Construindo sonhos

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Construindo sonhos
DVA
Construindo sonhos
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à direita. Ele vai passar.
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EDITORIAL
EDITORIAL
O que faz nossos olhos brilharem?
O design é um tema que nunca esteve tão em alta no mundo. A consciência da população sobre a forma e função de tudo que utilizamos, consumimos e vemos ao
nosso redor aumentou muito nos últimos anos, assim como a exigência de qualidade,
tecnologia, inovação e estética. Na Mercedes-Benz, o design acaba de dar um grande
salto. Com o lançamento do novo Classe A, a marca apresenta ao mundo uma nova
cara, mais jovem e arrojada, mas com a mesma tradição de qualidade, tecnologia e
segurança que só quem inventou o automóvel poderia ter.
Por isso, o design é o tema da sétima edição da DVA Magazine. Iniciamos falando sobre
o Classe A, que definitivamente veio para inovar o mercado. Com suas linhas distintas
e sua silhueta dinâmica, o carro surpreendeu e conquistou o mundo. Mas a atenção ao
design não é algo novo para a marca. Prova disso é o belíssimo Mercedes-Benz Roadster
K540, ano 1936, de 12 milhões de dólares. Entenda por que sua elegância e requinte
valem tanto. Afinal, o que é belo e perfeito aos nossos olhos? Temos uma reflexão feita
com base na filosofia de design da Mercedes-Benz, que busca utilizar a estética criativa
como um aspecto não apenas visual, mas de forte ligação emocional.
Como destaque desta edição, entrevistamos um dos grandes nomes dentro do mercado de luxo da construção civil do sul do país. Rogério Rosa, fundador e diretor-presidente da Embraed Empreendimentos, conta um pouco sobre sua história e
como construiu esta impressionante grife de empreendimentos de alto luxo. Seu bom
gosto, atenção à estética e perfeccionismo transformam seus empreendimentos em
verdadeiras obras de arte. Além disso, Rogério é um grande fã de carros.
Se você gosta de design de interiores vai adorar a seção sobre a Casa Cor 2013, dessa
vez realizada no empreendimento WOA na Beira Mar de Florianópolis. Nesta edição,
trazemos também dicas riquíssimas sobre música, tecnologia e viagem. As novas
vozes da MPB brasileira, grandes revelações jovens que chegaram para rejuvenescer
e enriquecer nossa cultura. E falando em Brasil, elaboramos um roteiro de férias pelo
país. Se você estiver em algum destes destinos ou planeja visitá-los, temos dicas de
lugares para se hospedar e comer bem. E para quem não abre mão de praticidade e
tecnologia, confira nossas dicas de produtos para lhe acompanhar na sua próxima
viagem. Além disso, temos mais matérias sobre design, tecnologia, cinema, gastronomia e moda para você ficar atualizado.
Aproveite a leitura e entre para o nosso mundo.
Paulo Toniolo Junior
Diretor Grupo DVA
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CONSTRUINDO SONHOS
Entrevista com Rogério Rosa
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CIDADES
ACOLHEDORAS
EXPEDIENTE
Ghana
Giancarlo Meneghini
Diretor de branding
Projeto Gráfico
Bernardo Presser
Diagramação
Raisa Harumi
Colaboradores
Ana Carolina Toniolo de Freire
Larissa Andrade
Juliana Cesar
Sansara Buriti
Silvia Argenta
Ulysses Dutra
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OLHANDO PARA
O FUTURO
CHAMPAGNE
BARS
Novo Mercedes-Benz Classe A
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50
DUELOS DE
FAROESTE
O QUE FAZ SEUS
OLHOS BRILHAREM?
Revisão
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74
24
64
GOOGLE GLASS
26
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PARA MORAR
COM DESIGN
CONSUMO
Especial Viagem
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O QUE É QUENTE
NO INVERNO?
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AS MENINAS DA NOVA MPB
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NOVO CLASSE A
NOVO MERCEDES-BENZ CLASSE A
OLHANDO PARA
O FUTURO
A alta do preço dos combustíveis, a crise de mobilidade urbana
nas cidades e a preocupação com o meio ambiente criaram um
cenário no qual as marcas premium investem nos hatches médios e compactos destinados ao público jovem. O novo classe
A é aposta da Mercedes para este segmento. O modelo chega
com a missão de rejuvenescer a marca. “O Classe A tem estilo,
design, alta tecnologia, conforto e sistemas de segurança alemães, mas será feito para atender a paixão do brasileiro por
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carros. Definitivamente, vamos ganhar os corações dos jovens
brasileiros, mas também dos jovens de cabelo branco”, conta
Yürgen Ziegler, presidente da Mercedes-Benz do Brasil.
Essa nova geração do Classe A em nada lembra a antiga versão do compacto, que chegou a ser fabricada no Brasil entre
1999 e 2005. O novo Classe A tem uma proposta bastante diferente, menos funcional e mais esportiva. A tração dianteira
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NOVO CLASSE A
é um dos poucos pontos em comum entre os dois modelos. O
anterior era uma minivan, agora é um ousado hatch compacto
esportivo, que vem para competir palmo a palmo com outros
veículos de seu segmento.
Design arrojado
O novo Classe A é recheado com os mais avançados e luxuosos
dispositivos dos demais carros da marca e um design completamente redefinido. A dianteira alongada com linhas em forma de
flecha e uma expressiva grade do radiador conferem ao veículo
um visual marcante. A lateral com duas linhas ousadas sugerem
movimento, mesmo quando o carro está parado.
“Graças às suas linhas distintas e à silhueta dinâmica, semelhante à de um coupé, o resultado é uma simbiose entre dinâmica e fascínio, única neste segmento. Esta linguagem desportivo-emocional é transportada de forma consistente para o
interior do veículo, realçada pelos detalhes meticulosos e pela
alta qualidade”, diz Oliver Schnell, designer-chefe de Novos
Carros Compactos da Mercedes.
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“Graças às suas linhas
distintas e à silhueta
dinâmica, semelhante
à de um coupé, o
resultado é uma simbiose
entre dinâmica e fascínio,
única neste segmento.
Esta linguagem
desportivo-emocional é
transportada de forma
consistente para o
interior do veículo (...)”
Robustez, economia e segurança
— Oliver Schnell, designer-chefe de Novos Carros
Compactos da Mercedes
O Classe A tem dois pacotes distintos de acabamento, o Urban
e o Style, ambos inovadores e que ficam fortemente caracterizados no painel de instrumentos e nas molduras de alta qualidade
com acabamento metálico cromo - de acordo com o modelo
O novo Classe A chega ao Brasil nas versões A200, com 156cv, e
A250, com 211cv, ambas equipadas com o sistema Start/Stop,
que desliga o motor nas paradas mais longas, como no semáforo, e o religa assim que o motorista tira o pé do freio. Além
disso, todas as opções de motores quatro cilindros do Classe
A foram concebidas para ser cerca de 35% mais econômicas
que as da geração anterior e ter um ótimo desempenho, já que
é possível acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 8,3 segundos.
No quesito segurança, o Classe A traz os sistemas utilizados em
modelos maiores e mais caros da Mercedes, como o Collision
Prevention Assist e o Pre-Safe, que detectam situações de risco
e preparam todos os sistemas do carro para auxiliar a reação do
motorista e minimizar os efeitos de um acidente.
Acabamento
No quesito segurança, o
Classe A traz os sistemas
utilizados em modelos
maiores e mais caros
da Mercedes, como o
Collision Prevention
Assist e o Pre-Safe, que
detectam situações de
risco e preparam todos
os sistemas do carro
para auxiliar a reação do
motorista e minimizar os
efeitos de um acidente.
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NOVO CLASSE A
LANÇAMENTO SMART
escolhido - no volante, nas saídas de ar, no console central, nos
apoios de braços das portas e em diversos controles.
O hatch ainda é equipado com direção elétrica, câmbio automático de dupla embreagem (sete marchas), volante de três raios
e bancos esportivos com regulagem eletrônica.
Interatividade com iPhone
Para os donos de iPhone, a Mercedes desenvolveu, em parceria
com a Apple, o aplicativo Digital DriveStyle, disponível para
download gratuito na App Store. Quando conectado ao dispositivo opcional Drive Kit Plus, liga o smartphone ao sistema
de áudio Audio 5 USB, que inclui um rádio com alto-falantes
ajustados. Utilizando o sistema de reconhecimento de voz da
Apple, o Siri, o motorista pode atualizar o Twitter e o Facebook,
trocar músicas, mudar estações de rádio, enviar mensagens e
fazer ligações.
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O hatch ainda é equipado
com direção elétrica,
câmbio automático de dupla
embreagem (sete marchas),
volante de três raios e
bancos esportivos com
regulagem eletrônica.
Além do acesso ao Twitter e Facebook, o aplicativo Digital
DriveStyle App oferece ainda outros serviços e conteúdos para
uma experiência única de conectividade. Para tirar maior proveito dos recursos do iPhone e do comando de voz, é só fazer
o download das apps Aupeo (rádio), o software de navegação
Garmin (GPS) e o Car Finder (localizador do veículo). Assim, é
possível efetuar a integração total do smartphone da Apple ao
sistema multimídia COMAND Online.
Planos ousados
Com este incrível hatch esportivo e moderno, a Mercedes tem
a ambiciosa meta de dobrar as vendas mundiais até 2020, e o
Brasil é parte importante dessa estratégia. Bons predicados
não faltam ao novo Classe A para conquistar os brasileiros mais
exigentes e sofisticados.
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DESIGN
O QUE FAZ
SEUS OLHOS
BRILHAREM?
A Mercedes-Benz vive um novo momento
onde o design tem papel fundamental.
Mas o que há por trás da forma que
buscamos colocar nos nossos carros?
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DESIGN
O processo de design dos carros da Mercedes-Benz anda paralelamente acompanhado de questionamentos complexos em
relação à perfeição e à beleza. A perfeição existe? Está intrinsicamente ligada ao belo? Tudo que é belo é perfeito? Quais
critérios determinam a perfeição?
A beleza é muito difícil de ser explicada e é complicado encontrar palavras para descrever algo que não precisaria ser explicado. A beleza se mostra, é exibida. A beleza é subjetiva e seus
conceitos mudam com o passar dos anos e dos movimentos
artísticos e comportamentais. Sem essas dúvidas, a equipe de
designers da empresa não realizaria o trabalho com a mesma
excelência.
“... A beleza é, para a maior
parte, alguma qualidade em
corpos agindo mecanicamente
sobre a mente humana, a
intervenção dos sentidos.”
A estética como criação e apreciação da beleza, da arte, do gosto
e sua natureza vai além do visual e deve carregar consigo uma
ligação emocional. O designer da Mercedes-Benz adere à estética influências socioculturais, para, assim, chegar à perfeição
do desenho e das formas que fazem dos carros da MercedesBenz uma referência e uma peça-desejo para seus possíveis
consumidores. O que depois amarra o designer para o projeto
e para o mundo em geral? É a “intervenção dos sentidos” por
parte do apreensor, que a beleza do objeto e expressão do designer tem significado conjuntivo. Para a Mercedes-Benz, a beleza é elegante, simples, com detalhes e de formas harmônicas.
Surpreende com um algo a mais, com um apelo emocional.
O desafio para o designer, então, é como retratar a indefinibilidade mudando de beleza, sendo que cada cidadão tem a
sua definição única, racionais ou emocionais, com uma dose
de poesia.
— Edmund Burke
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LUXO
O ROADSTER 540 K ESPECIAL
Ano de produção: 1936
Estreia: Pariser Motor Show, outubro de 1936
Potência (kW / PS): 116/180
Cilindrada: 5401 ccm
Velocidade máxima: 170 kmh
Preço (1936): 28 mil marcos
Equipamento especial: Telefunken rádio
Estofamento confeccionado com pele de porco
Painel forrado com couro
Escrivaninha de madeira
Brasão da família na porta do motorista
O carro de 12 milhões de dólares
O modelo Mercedes-Benz Roadster K
540 Especial é um veículo pré-guerra
vendido em um leilão no ano passado, fez
com que um leiloeiro britânico desembolsasse a quantia de 11,7 milhões de dólares. Esse foi o maior valor pago por uma
Mercedes-Benz em um leilão. Ao mesmo
tempo, o veículo tornou-se o carro pré-guerra mais caro já negociado em um
evento do gênero. O leilão foi realizado
na cidade de Pebble Beach, na Califórnia.
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A História
Além desse exemplar, apenas outros 24
foram construídos na época, nos anos
de 1936 e 1937. Elegante e com apenas
dois lugares, o carro leiloado pertenceu
à baronesa prussiana Gisela Josephine
von Krieger. Ela pagou pelo carro 28 mil
marcos, o equivalente a 115 mil euros
nos dias atuais. Em 1942, ela levou o automóvel para a Suíça fugindo dos nazitas, que queriam impedir que a nobreza
prussiana deixasse a Alemanha com suas
fortunas. Alguns anos depois, ela partiu para Nova York com seu K 540. Em
1950, o carro foi para uma garagem de
Greenwich, no estado do Connecticut, e
ficou lá esquecido por 40 anos. Um ano
após o falecimento da baronesa, em
1989, foi encontrado exatamente como
ela o havia deixado. Roteiros de viagem,
luvas cuidadosamente dobradas e pontas
de cigarro com marcas de batom foram
encontrados dentro do veículo.
Algumas semanas de trabalho de restauração foram necessárias para que o carro
voltasse aos seus áureos tempos. Peças
que sofreram com a ação do tempo foram
substituídas por outras originais, mantendo o mesmo padrão de qualidade da
década de 30, que permeia a filosofia e a
evolução da Mercedes-Benz.
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DECORAÇÃO
Foto: Fernando Willadino / Divulgação
PARA MORAR COM DESIGN
Foi dada a largada para a edição catarinense da maior mostra de
arquitetura, decoração e paisagismo das Américas. A Casa Cor
Santa Catarina acontece em Florianópolis e na Praia Brava, de
Itajaí, de forma simultânea, mostrando a força e o talento dos
profissionais do setor no estado.
“Esse projeto é uma consequência da forma como o evento vem
sendo tratado em Santa Catarina. Acreditamos que o estado
tem características próprias que permitem aos profissionais
e fornecedores ampliarem seus campos de atividade, buscando
novos negócios em cidades próximas. Trata-se de um processo
de estadualização do mercado de decoração que a Casa Cor
vem se apropriando e também contribuindo”, comenta Lucas
Petrelli Wilmer, diretor executivo do evento.
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Foto: LIO SIMAS / Divulgação
Na capital, a Casa Cor Santa Catarina tem como palco o elegante
empreendimento Simphonia WOA Beiramar, dentro do condomínio Jazz Club, da WOA Empreendimentos Imobiliários, localizado em uma das principais avenidas da cidade, a Beira-Mar
Norte. Já em Itajaí, a mostra está localizada no Riviera Concept,
o primeiro complexo multiuso do estado, empreendimento do
Grupo Riviera, na charmosa Praia Brava. Um único ingresso da
direito a visitar a mostra nas duas cidades.
Juntas, as sedes do evento apresentam ao público 45 ambientes distribuídos em 3.500 metros quadrados de luxo, ousadia
e bom gosto. Os espaços, amplos e planejados, foram pensados pela arquiteta Juliana Pippi, que teve a missão de assinar
o masterplan da mostra, mais uma novidade dessa edição.
“Queremos que a cada ano um novo profissional tenha essa
função, trazendo novas ideias e perspectivas, somando para um
evento cada vez melhor”, explica Lucas Petrelli Wilmer, diretor
executivo do evento.
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DECORAÇÃO
Foto: LIO SIMAS / Divulgação
Com o tema “Design, Arte e Artesanato personalizando a sua
casa”, a Casa Cor Santa Catarina buscou desafiar os expositores
a mostrarem o quanto o uso de peças de design, arte e artesanato podem conferir identidade e personalidade a um espaço,
e o quanto as inserções dos gostos pessoais dos moradores são
importantes para um excelente resultado final de um projeto
de interiores. “A Casa Cor é um espelho daquilo que as
pessoas gostariam de ter em suas casas e, nesse ano, queremos que cada visitante perceba o quanto um bom profissional
é fundamental na criação e na personalização de um espaço.
Diante deste cenário, o tema do evento não poderia ser mais
oportuno”, pontua o diretor.
A mostra é realizada anualmente em um imóvel redesenhado e
decorado por um seleto grupo de profissionais. Cada ambiente
é assinado por um ou mais profissionais, que podem modificar
livremente o espaço de acordo com a temática estabelecida pela
“A Casa Cor é um
espelho daquilo que
as pessoas gostariam
de ter em suas casas e,
nesse ano, queremos
que cada visitante
perceba o quanto um
bom profissional é
fundamental na criação e
na personalização de um
espaço”.
— Lucas Petrelli Wilmer
Foto: LIO SIMAS / Divulgação
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DECORAÇÃO
Foto: LIO SIMAS / Divulgação
Foto: LIO SIMAS / Divulgação
A mostra é realizada anualmente em um imóvel
redesenhado e decorado por um seleto grupo de
profissionais. Cada ambiente é assinado por um ou
mais profissionais, que podem modificar livremente
o espaço de acordo com a temática estabelecida
pela organização do evento.
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organização do evento. Para isso, alinham o projeto com o que
há de melhor em arte, materiais e equipamentos.
Período: 18 de Maio a 30 de Junho
Aberta ao público, a Casa Cor possibilita aos visitantes a experiência de passear pelo melhor da decoração, ambientação,
exposição de peças, materiais e equipamentos do setor. O
objetivo é direcionar, educar e ampliar o potencial de compra
dos visitantes, oferecendo de forma selecionada produtos e
serviços de qualidade para o “morar bem”.
Local:
Florianópolis - Simphonia WOA Beiramar - Av. Beira-Mar
Norte, 3.974. Praia Brava-Itajaí - Riviera Concept - Rod.
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O Grupo DVA está presente na edição deste ano, exibindo, entre outros, uma das novidades mais aguardadas do ano: o novo
Mercedes-Benz Classe A. Venha nos visitar!
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Domingo e Feriado das 12h30 às 21h30. Praia Brava-Itajaí Terça a Domingo das 15h às 21h30.
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Inteira - R$ 28,00 / Meia - R$ 14,00 / Passaporte - R$ 56,00
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CAPA
CONSTRUINDO
SONHOS
Das telonas saem inspirações para construções de alto luxo. “Quando
a pessoa vê, ela se apaixona”. Conheça Rogério Rosa e a sua capacidade
incontestável para criar conforto e transformar sonhos em realidade.
Sabe aquelas produções cinematográficas que
têm como cenários imponentes construções
e castelos na Europa, com luxo impecável nos
menores detalhes? Agora, imagine transportar
todas essas imagens para a prática e construir,
de forma artesanal, perfeitas estruturas, sem
sequer ter conhecido ao vivo os locais e sem experiência anterior alguma? Acredite, os filmes
foram grandes inspirações de Rogério Rosa,
dono do Grupo Embraed, para seus empreendimentos. De família humilde, filho de pescadores
da pequena Praia da Armação (SC), a sua capacidade visual incontestável desde criança, aliada
ao tino empreendedor, o transformou em um
dos maiores e mais importantes empresários do
sul do país no ramo da construção civil, além de
ser o grande responsável por mudar o conceito
de uma cidade.
32
Mas hoje, quando se pensa em Rogério Rosa,
é fácil definir o megaempresário, dono de um
império que dispõe de produtos inovadores e de
alto luxo consumidos por um público seleto, exigente e que preza por conforto e exclusividade.
É simples fazer esta leitura: basta observar o
padrão de seus mais de 30 edifícios já construídos (alguns com 60 mil metros quadrados) e,
igualmente, por ser bastante comum olhar um
empreendimento, mesmo à distância, e dizer:
“Este é um Embraed”, ou seja, inconfundível.
Rogério Rosa, 58 anos, atualmente comanda um
time de mais de 1.200 profissionais, a quem ele
chama de “artistas”, já que leva muito a sério o
trabalho artesanal em todas as suas obras. Os
produtos são conhecidos internacionalmente
pela delicadeza dos acabamentos presentes nos
33
CAPA
famosos “tapetes de mármore”, nos exclusivos desenhos em
gesso e em madeira, nos grandiosos espaços neoclássicos e na
luxuosa decoração. Morar em um Embraed é sonho cobiçado
por muitos e consumido por aqueles que desejam investir em
grandes negócios ou ter imóveis diferenciados em frente ou
bem pertinho do mar que banha a charmosa cidade catarinense
de Balneário Camboriú.
Por outro lado, conhecer o que há por trás do respeitado empresário é um desafio. Pai orgulhoso de quatro filhos, ele é um empreendedor nato. À frente de sua mesa de madeira maciça na
imponente sala presidencial da Central de Vendas da Embraed,
conta sobre episódios, gostos pessoais e fatos curiosos de sua
vida, mas todos com relação ao seu trabalho. “Não tem como
separar”, diz ele. E desde criança foi assim, quando inventava
mil e uma utilidades para vender como pandorgas, roupas, lanches... Ficar ocioso é algo que definitivamente não faz e nunca
fez parte de seu estilo.
A criatividade e a paixão por suas atividades profissionais e
o respeito pela sua equipe são visíveis pelo olhar, pela forma
de se expressar. O trabalho é o seu lazer e, mesmo ao afirmar
que está tentando se “desligar” e, de vez em quando, buscar
alternativas de diversão (que não sejam o trabalho), há de se
duvidar. Para se ter uma ideia, ele conta que ficou 12 anos trabalhando em Balneário Camboriú sem sequer fazer uma pausa
para uma viagem de lazer. Por quê? “Porque é gostoso ficar
aqui”, responde.
E esse gosto por Balneário Camboriú foi um dos grandes responsáveis por mudar o cenário da cidade que hoje é reconhecida como um dos locais com maior qualidade de vida do país
para se morar e também um produto para grandes investimentos, já que concentra um dos metros quadrados mais caros do
Brasil.
Esse gosto pela bela cidade do litoral catarinense foi ainda motivação para atravessar barreiras, superar desafios e revitalizar
um município que hoje faz parte da tão falada “grife” do luxo
nacional.
“Perfeição além dos detalhes”. Essa frase, apresentada na divulgação da empresa, é sem sombra de dúvidas a melhor definição
para Rogério Rosa.
Confira mais detalhes nesta entrevista exclusiva concedida à
Revista DVA.
Defina Rogério Rosa.
tem alguma justificativa?
Sou um empreendedor. Nasci em
Armação e fui com cinco anos para
Itajaí, em 1969, onde fiquei até os 17
anos. Sempre fui criativo, autodidata
desde criança. Dos 11 aos 13 anos já
fazia pandorgas. Também comprava
tecidos e fazia roupas para vender na
vizinhança, pois existiam raras lojas na
época. Sempre fui focado em investir e
vender. Sou uma pessoa ansiosa, mas
com o passar dos anos aprendi a manter
a calma, eu me policio constantemente.
Comecei tudo por paixão e não lucro. É
claro que dinheiro é importante, mas é
uma consequência da paixão e de muito
trabalho. Aos 13 anos, eu olhava para
uma marquise e ficava imaginando como
ela se mantinha daquele jeito, presa apenas no pilar. Sempre tive essa curiosidade. Iniciei na construção civil aos 19
anos. Fundei a Embraed nove anos depois, em 1984, na pior época em que se
poderia pensar em um negócio, pois o
Brasil passava por uma crise econômica
e altos índices de inflação, e Balneário
Camboriú se encontrava numa realidade totalmente diferente do que se vê
hoje, com infraestrutura precária. A paixão me impulsionou a seguir em frente.
Além disso, nasci criativo, e a construção
é capaz de criar um sonho, a condição de
se poder resolver uma série de situações
de conforto, por exemplo. Eu sempre
gostei de conforto. Lembro-me que, aos
11 anos de idade, quando ia almoçar na
casa da minha tia, ela falava: “Lá vem o
filho da Ondina, aquele enjoado” (risos).
O trabalho é seu
divertimento?
Sim, é e sempre foi porque enquanto
trabalho estou comprometido com o que
gosto de fazer. Eu nasci para o trabalho.
Estou tentando sair um pouco desse cenário, mas não é fácil, gosto muito do
que faço. Ficar parado é um perigo (risos). Fora do trabalho a gente perde o
equilíbrio.
E esse gosto pela construção
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Sempre quis ter um conforto a mais, eu
era muito humilde e queria ter o básico
que muitos poderiam na época. E pensava: “Como faço pra ter conforto, já que
eu gosto tanto?” A resposta é trabalhar
para conquistar meus objetivos.
Então esse resultado de ter
uma empresa com quase
30 anos no mercado, que
resultou em mais de 30
edifícios com metragem
acima de 500 mil m2 de área
construída, é fruto da paixão?
Sim, tudo isso que a Embraed apresenta
hoje é resultado da paixão pela construção, mesmo. A construção cria uma
série de possibilidades, de melhorar, de
inovar. É o que me impulsionou a chegar
aonde cheguei: fazer uma residência bonita para uma pessoa poder desfrutar de
Balneário Camboriú com mais conforto.
A cidade era muito carente. Fizemos a
diferença no passado, em 1984, porque
apostamos na qualidade, na perfeição e
nos detalhes.
E como você visualizou o potencial da cidade?
Eu via muita beleza natural e ao mesmo
tempo tanta coisa a ser feita, sem absolutamente nenhuma estrutura. E na época
eu pensei: “Por que não fazer construções caprichadas, confortáveis, de nível
internacional?”.
Você optou pelo alto padrão
que hoje atrai consumidores
nacionais e internacionais e,
além disso, se mantém ao
longo dos quase 30 anos da
Embraed. Mas no começo
você não tinha acesso aos
produtos de luxo. De onde
vêm suas inspirações?
Eu visualizava e criava conforto através
dos filmes, sou muito visual, porque eu
não conhecia nada relacionado ao conforto sem que a TV me mostrasse. E eu
queria criar situações de sonhos e consegui. Nos filmes eles preparam tudo pra
ficar da melhor forma possível e assim
35
CAPA
faço com o meu trabalho. Voltei recentemente dos Estados Unidos, onde me
hospedei no Ritz Carlton em Orlando e
não há nada de diferente do que fazemos
aqui no Brasil. E a construção civil é algo
para toda a vida.
Quais são seus passatempos
preferidos?
A construção civil, meu trabalho. De
segunda a sexta se constrói, sábado e
domingo se vende. Cheguei a ficar 12
anos sem sair de Balneário, sem viajar,
de 1999 a 2011. Até porque aqui é gostoso de ficar, e meu trabalho me envolve.
Agora, aos 58 anos de idade, passei pela
primeira vez 19 dias fora, de férias. E
pretendo fazer isso mais vezes.
Depois de conquistar tantos
bens, você tem medo de
perdas?
Eu não tenho medo de voltar para o nada,
porque foi do nada que eu surgi. Eu acredito que se a pessoa regride, ela consegue
facilmente se levantar, basta ter o perfil
e confiar. Além disso, sou muito ponderado com as finanças, sempre economizei muito, inclusive com viagens de lazer.
Fiz minha primeira casa aos 34 anos de
idade pela construtora, antes morava de
aluguel. Desde o meu primeiro salário,
sempre economizei muito para ter capital para levantar a empresa e seguir uma
vida de empreendedor.
O que mudou dos primeiros
anos da Embraed até hoje na
sua opinião?
Antes, eu tinha todo o tempo para fazer
a gestão de um edifício, com 12 funcionários, atuava em todos os departamentos - até o projeto eu criava. Fazia de
tudo: a parte de vendas, contabilidade,
projeto, tudo. Não existiam construções
como existem hoje, comecei do nada. Eu
aprendi muito, não tive na minha família alguém nessa área para me orientar.
Hoje continuo observando e me aperfeiçoando para fazer uma gestão cada vez
36
“Eu gosto de carros. Tenho alguns como uma
Mercedes SLS “Asa de Gaivota”, Rolls Royce
(que começa com RR – risos), Jaguar, Porsche
e outros do gênero. Nunca pensei em ter uma
Mercedes, era uma pessoa muito simples e tinha
até vergonha de passar na frente da loja”.
melhor, sempre orientando de perto a
equipe.
Foi essa visão que trouxe a
empresa para uma gestão
vertical, tendo uma grande
estrutura interna capaz de
criar fundações, modelagem
em gesso, marcenaria,
decoração?
Desde que comecei a construir, aos 19
anos, fazia de tudo um pouco. Além dos
trabalhos com construção, atendia no
carrinho de lanches que eu tinha em
Cabeçudas de dia e em Itajaí à noite. Em
1976, construía como terceirizado e, simultaneamente, montei uma marcenaria para fabricar as portas e os móveis
das obras que eu fazia, processo que sigo
ainda hoje. Acredito que, pra encantar
um cliente, não basta apenas o produto
pronto. É importante também que o
apartamento esteja decorado, limpo e
arrumado para que o cliente possa visualizar e sentir cada ambiente. Com certeza, a pessoa se apaixona.
E a mão de obra é
fundamental nesse processo...
A maior carência no Brasil é mão de obra
qualificada. Faltam empresas de todos os
segmentos e nos próximos seis anos irá
faltar mais. O desemprego, segundo economistas, se manterá em 5%. A mão de
obra ficará mais cara e terá uma queda
de qualidade com muita oferta de emprego. E quando se tem funcionários
devidamente treinados e orientados se
ganha. Como exemplo, estamos criando
um centro de produção de 14 mil metros
quadrados. Hoje são necessários de 90 a
120 dias para decorar um apartamento e
através desse novo Centro de Produção
atingiremos 45 dias para finalizar o trabalho. Hoje, se você quiser um apartamento decorado, temos sete coleções.
Dessa forma, com essa área específica
para a produção, ficará bem mais rápido
decorar, centralizando todo o processo.
E isso é um grande benefício ao cliente.
Hoje se tem uma dor de cabeça enorme
quando a pessoa compra o imóvel e quer
decorar por conta própria porque é muito
difícil encontrar fornecedores, materiais
necessários e de qualidade. Nós vamos
oferecer tudo. Portanto, o fato de verticalizar visa à qualidade tanto no produto em si quanto na própria compra,
com preços mais acessíveis, mais justos.
Em maio de 2011, você partiu
para outro segmento, o da
hotelaria, com a compra e
revitalização do Infinity Blue
Resort e SPA. Você considera
37
CAPA
“Aliás, a qualidade para todos
nós é o fator determinante,
sempre foi. E esse time faz
o trabalho com muito amor.
Os funcionários ficaram ao
meu lado e permanecem até
hoje, são de minha inteira
confiança e seguem passando
seus conhecimentos às suas
equipes”.
“Antes de começar a construir,
percebi que toda obra tem que
ser perfeita. Vistoriei todas as
obras da cidade e identifiquei
o mestre capaz de ajudar.
Contratei uma equipe em
1984, de 12 pessoas, muito
caprichosa e que está comigo
até hoje ”.
Balneário Camboriú carente
em termos de hotelaria e de
turismo como um todo?
Hoje, a cidade tem catalogados mais
de 90 meios de hospedagem, mas
considero que temos poucos hotéis
confortáveis em Balneário Camboriú.
Não há uma estrutura turística adequada
para atender a um público de alto nível
e a eventos de grande porte. Mas há
o novo plano diretor que está sendo
estudado e que vai tratar de novas
matrizes econômicas. Dessa forma, seria
fundamental tratar de incentivos à rede
hoteleira. Digo isso porque a capacidade
da construção civil, em razão da escassez
da oferta de terrenos, está se reduzindo
a cada dia. As pessoas precisarão se
adaptar a outra segmentação. Esse
plano econômico, em minha opinião,
deve priorizar a construção de hotéis.
Para o Infinity Blue, por exemplo, temos
interesse em fazer 1 mil suítes de luxo,
atrações culturais como um grandioso
teatro e opções de lazer e eventos.
Esperamos que esse plano auxilie no
desenvolvimento turístico até para
gerar um novo impulso à cidade e atrair
turistas nacionais e internacionais de
alto padrão. Com a aquisição do Infinity
Blue, a Embraed começou a penetrar no
turismo, assim como contribuiu com a
evolução da cidade através da construção
38
civil. Precisamos atrair visitantes de
qualidade.
Retomando o lado pessoal,
você tem algum hobbie, além
do trabalho?
Eu gosto de carros. Tenho alguns como
uma Mercedes SLS (Asa de Gaivota),
RollsRoyce (que começa com RR – risos), Jaguar, Porsche e outros do gênero.
Nunca pensei em ter uma Mercedes, era
uma pessoa muito simples e tinha até
vergonha de passar na frente da loja.
Em relação à sua equipe, você
valoriza os mestres de obra,
especialmente os que lidam
diretamente com a produção.
Percebe-se que eles têm esse
laço de amizade contigo e
grande orgulho de fazer parte
dessa empresa.
Antes de começar a construir, percebi que
toda obra tem que ser perfeita. Vistoriei
todas as obras da cidade e identifiquei o
mestre capaz de ajudar. Contratei uma
equipe, em 1984, de 12 pessoas, muito
caprichosa e que está comigo até hoje,
determinei funções e esse processo foi
se multiplicando. Quando você entra em
uma obra em construção da Embraed
é algo muito bacana, bem diferente e
envolvente. Isso graças à pessoas sempre preocupadas com a obra limpa,
organizada, com a qualidade nos seus
trabalhos e produtos utilizados. Aliás, a
qualidade para todos nós é o fator determinante, sempre foi. E esse time faz o
trabalho com muito amor. Os funcionários ficaram ao meu lado e permanecem
até hoje, são de minha inteira confiança e
seguem passando seus conhecimentos às
suas equipes. Fazem os trabalhos como
se fossem donos. Pra se ter uma ideia,
não existe na Embraed uma obra sequer
que saia do prumo nem por 3 cm em um
prédio de 40 andares. Um dos problemas
em algumas construções são estruturas
desniveladas, mas não para os empreendimentos da Embraed. O nosso é perfeito: esquadro, nível, prumo… além de
qualidade do reboco, revestimento, limpeza da obra, tudo bem feito.
E quanto à valorização salarial
de sua equipe?
Hoje corretores ganham Mercedes de
presente. Antigamente os serventes ganhavam 60% do salário mínimo (eram
os que mais trabalhavam e ganhavam
menos). Hoje ainda é baixo, mas já ganham em média três salários-mínimos.
Meu grande objetivo é valorizar cada vez
mais o salário do funcionário da construção civil. São os heróis que não são
reconhecidos. Além disso, fazemos parcerias com instituições de ensino profissionalizante como o Sesi, investindo no
conhecimento dessas pessoas. Tem gente
que entrou aqui sem saber nada, ajudamos, e tenho orgulho de dizer que hoje
é um profissional reconhecido no mercado. Um dos objetivos da minha vida
foi moralizar o mercado e hoje nossos
mestres de obras andam com excelentes
carros. Quando começaram, andavam de
bicicleta sem para-lama. Meu mestre de
obra morava num rancho muito pequeno
(de 3 × 4) atrás da obra, com três filhos,
e recebia 40% do seu salário. O resto, ele
deixava em stand by pra ajudar a empresa,
que precisava do capital para se manter.
Valorizar essas pessoas, pra mim, é muito
importante. A nossa filosofia sempre foi
incentivar com salários acima da média do
mercado, mesmo naquela época, e assim
que quero continuar. Se você os vê trabalhando, é incrível, são grandes heróis.
É possível separar o Rogério
do empresário?
Definitivamente não.
Há algum erro que você
considera que cometeu em um
momento de sua vida?
Um erro foi vender meu carrinho de lanches quando eu era jovem, mas o erro foi
benéfico, caso contrário não estaria aqui
hoje e eu seria o Rei do x-salada.
Digo isso porque, quando tinha 18 anos,
fui administrar um carrinho de lanches,
um “trailer”, que meu irmão havia desistido e deixado em Joaçaba (SC). Na
época, isso era novidade no Brasil. Eu
fiquei três meses pra vender o primeiro
lanche, dormindo dentro do carrinho e
tomando banho em um pequeno hotel pra conquistar meu primeiro cliente. Em
um período de seis meses, eu estava vendendo mais de 200 lanches por dia. Ou
seja, faturando alto naquela época, tinha
conseguido alugar apartamento, comprar
um carro, TV em cores… Para o meu momento eu estava muito bem.
Aí, apareceu um advogado e fez uma
oferta pra comprar o meu carrinho de
lanches por um valor quatro vezes maior
do que tinha comprado. Vendi achando
que tinha feito um bom negócio e, com
o dinheiro, mandei fazer outro carrinho
que levou seis meses pra ficar pronto,
com o objetivo de trabalhar na cidade de
Videira. Como havia aprendido a gastar,
o dinheiro acabou antes de o carrinho
ficar pronto. Ou seja, fiquei falido e não
consegui decolar.
determinaria o valor que com certeza seria muito maior do que foi vendido.
Por isso, uma dica aos novos empreendedores é, por mais que tenham capital
pra montar um negócio – como acontece
com alguns jovens de hoje em dia que
abrem um estabelecimento magnífico
com o dinheiro dos pais –, nunca se esqueçam de conquistar a clientela, que é o
verdadeiro tesouro e a chave de projeção
de seus negócios. Sem clientela você não
é ninguém.
Percebe-se que você tem um
lado místico. Nesse sentido,
qual é a base de tanto
sucesso?
A vida me fez entender que o pensado,
se bem exercitado e somado a muito trabalho, se transforma num forte sentimento, capaz de gerar o comportamento
que determinará a realidade. Com visão,
trabalho bem realizado e confiança, você
verá sua realidade.
Isso foi uma grande lição na minha vida
porque aprendi que, na empresa, o físico
detém 1% dos negócios e os clientes valem 99%. Resumindo, não era o valor do
carrinho de lanches que eu deveria ter
avaliado, mas sim a clientela que conquistei com muito trabalho. Isso sim
39
VIAGEM
CIDADES
ACOLHEDORAS
Entre os dias 15 e 30 de junho, seis cidades brasileiras recebem a Copa
das Confederações da FIFA 2013. Se você está indo para alguma
dessas cidades nessa época, fique por dentro de algumas dicas de
hospedagem e gastronomia que separamos para você.
40
41
VIAGEM
Recife – PE
Brasília – DF
A capital pernambucana carrega a influência dos holandeses somada à dos portugueses, além dos costumes indígenas e africanos.
O resultado é uma cultura única e interessante. Em um passeio
pela cidade, pode-se caminhar sobre pontes construídas pelos
holandeses, visitar igrejas portuguesas, provar a culinária indígena
e dançar maracatu, de origem africana. Entre as praias, as mais conhecidas são Boa Viagem e Porto de Galinhas, a 70 km de Recife.
A Arena Pernambuco receberá três partidas da Fase de Grupos
(dias 16, 19 e 23).
É a cidade de Oscar Niemeyer,. Cuidadosamente planejada,
Brasília é diferente e interessante. A Catedral Metropolitana e a
Ponte Juscelino Kubitschek são as estruturas mais emblemáticas.
Devido à sua arquitetura, é a única cidade do mundo construída
no século XX a ser declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO.
O Estádio Nacional de Brasília será palco da primeira partida da
Copa das Confederações, no dia 15 de junho.
Onde ficar: Hotel Atlante Plaza
Onde comer: Restaurante Bode do Nô
Avenida Boa Viagem, 5426. Fone: (81) 3302-4446
Avenida São Miguel, 1401 – Afogados
O único cinco estrelas da cidade está localizado na praia de Boa
Viagem, a apenas 3 km do aeroporto e 15 minutos do centro da
capital pernambucana. Abriga três restaurantes, sendo um deles
de cozinha mediterrânea, especialista em frutos do mar. Ainda
conta com serviços exclusivos first class, salão de beleza, SPA e
academia.
A carne de bode é a base de onze receitas, incluindo a costela na
brasa e a picanha. Porções de fava, arroz, macaxeira frita e farofa
acompanham os pratos, suficientes para três pessoas. As mesmas
guarnições escoltam os cortes bovinos, como maminha, picanha
argentina e carne de sol. Na entrada, escolha entre os caldinhos
de bode, feijão ou camarão.
Onde ficar: Hotel Kubitschek Plaza
Onde comer: C`est si Bon
SHN Quadra 2, Bloco E
213 Norte, Bloco A – loja 9
(61) 3329-3333
Entre os crepes salgados, experimente o camarão salteado no
azeite, musseline de abóbora, requeijão e amêndoas. Entre os
doces, o romeu e julieta é feito com geleia de goiaba, requeijão,
sorvete de queijo e manjericão. Ambos são montados sobre uma
massa branca preparada com cerveja, que garante a fermentação
da receita. A casa serve cervejas artesanais.
O serviço sofisticado e exclusivo é a marca do hotel que homenageia o fundador de Brasília, Juscelino Kubitschek. As acomodações
variam do standard à suíte presidencial. O hotel ainda conta com
piscina climatizada, sauna, bar e dois restaurantes.
Salvador – BA
Belo Horizonte – MG
É o centro da cultura afro-brasileira e exibe grande influência de
portugueses, afrodescendentes e indígenas, que contribuíram
com a riqueza cultural da Bahia. Ainda oferece música, culinária
deliciosamente única e arquitetura colonial portuguesa. Não saia
da cidade sem conhecer as ruas estreitas do Centro Histórico
(Pelourinho). Duas partidas da Fase de Grupos (dias 20 e 22) e
a disputa pelo terceiro lugar (dia 30) serão realizadas na Arena
Fonte Nova.
Uma cidade planejada, com áreas verdes, deliciosa gastronomia
local e muitas atividades culturais. Uma maneira de conhecer BH é
fazer o “roteiro Niemeyer”, que inclui a Igreja de São Francisco de
Assis, a Casa de JK e o edifício Niemeyer. Duas partidas da Fase
de Grupos (dias 17 e 22) e uma semifinal (dia 26) prometem lotar
o Estádio Mineirão.
Onde comer: Emporium Armazém Mineiro
Onde ficar: Hotel Villa Bahia
Largo do Cruzeiro de Sao Francisco, n 16/18 Pelourinho
(71) 3322-4271
Situado no centro histórico, esse hotel boutique ocupa dois casarões restaurados dos séculos XVII e XVIII, em pleno Centro
Histórico de Salvador. A decoração é charmosa e aconchegante,
e mistura design contemporâneo com elementos coloniais. A cozinha é tradicionalmente baiana.
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Onde comer: Don Papito
Onde ficar: Ouro Minas Palace Hotel
Avenida Afonso Pena, 4034
Avenida Otávio Mangabeira, 6 – Piatã
Avenida Cristiano Machado, 4001. Fone: (31) 3429-4001
A lambreta é um molusco muito popular em Salvador e merece
ser degustada tanto quanto a famosa dupla vatapá e acarajé. Na
receita tradicional do Don Papito, as lambretas são cozidas no
vapor com azeite e cebola. Também podem vir acompanhadas de
um rico molho de pimentões e pápricas doce e picante na versão
marinera.
O serviço faz jus ao nome do hotel de cinco estrelas, que se encontra próximo das melhores áreas de lazer, turismo e comércio de
Minas Gerais, como o Complexo da Pampulha, o Centro Comercial
Minas e o Centro Comercial Hot Point. O Ouro Minas Palace ainda
oferece centro de fitness, salão de beleza, menu de almofadas e
restaurante com cozinha internacional 24 horas.
O restaurante fica nos fundos de um imóvel cuja entrada imita
uma cidade do interior de Minas. Pratos mineiros como frango ao
molho pardo e tutu à mineira são servidos no almoço em sistema
de bufê, com cerca de vinte tipos de salada. À noite, o especial
emporium composto de picanha serenada, feijão fradinho, vinagrete, mandioca com farinha de cebola dourada e torresmo de
barriga é a melhor opção, acompanhado dos doces típicos mineiros na sobremesa.
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VIAGEM
Rio de Janeiro – RJ
A segunda maior cidade do país conta com incomparável beleza
natural e a energia contagiante dos cariocas. É o destino turístico
e cultural mais popular do Brasil. A impressionante arquitetura colonial e pontos turísticos como o Morro da Urca, o Cristo Redentor
e a Lapa deixam a cidade ainda mais charmosa. O Estádio do
Maracanã, maior do país, sediará dois jogos da Fase de Grupos
(dias 16 e 20) e a final do campeonato, em 30 de junho.
Onde ficar: Copacabana Palace
Avenida Atlântica, 1702
(21) 2548-7070
Localizado na icônica praia de Copacabana, é um hotel renomado
pelo seu serviço impecável, gastronomia, grandes festas e por já
ter acomodado nomes da realeza, do cinema, da música e da
política. Além dos apartamentos de luxo e da concorrida piscina,
o “Copa” ainda oferece aos seus hóspedes SPA, boutique e dois
restaurantes: o Cipriani e o Pérgula.
Onde comer: Lima Restobar
Rua Visconde de Caravelas, 113, Botafogo
Que tal experimentar a gastronomia peruana? No Lima, delicie-se
com o ceviche de atum com molho de ostras e pepino japonês ou
o salmão salomônico como entradas. Entre os pratos principais,
destaque para o escalope de pescado e camarão e as costelinhas
de porco com crosta agridoce.
Fortaleza – CE
Não é só de praias e dunas que vive o turismo cearense. Em
um passeio pelo centro de Fortaleza, é possível apreciar a
arquitetura do Teatro José de Alencar, construído no início
do século XX; da Catedral, que carrega elementos góticos e
românticos; e da Rede Ferroviária de estilo neoclássico. Vale a
pena conferir o pôr do sol na Ponte Metálica. A Copa será no
Estádio Castelão, que vai receber dois jogos da Fase de Grupos
(dias 19 e 23) e uma Semifinal (dia 27).
Onde comer a melhor peixada cearense: Colher de Pau
Onde ficar: Hotel Gran Marquise
Rua Ana Bilhar, 1178 - Varjota
Avenida Beira-Mar, 3980. Fone: (85) 4006–5000
A peixada cearense é uma receita local criada para recuperar as
forças dos jangadeiros que voltavam do mar. Feita em panelões
de ferro, conta com pedaços graúdos de batata, chuchu, cenoura,
tomate, cebola, pimentão e repolho, além de ovos inteiros, que
cozinham num rico caldo de leite de coco, temperado com cheiro-verde e coentro. O peixe também vem em nacos grandes e suculentos, sem espinhas.
Hotel cinco estrelas luxo, a 7 km do centro de Fortaleza. Possui
estrutura completa de lazer como piscina, health club e restaurantes. A feijoada servida aos sábados no restaurante Mucuripe
é imperdível, assim como um jantar no premiado Nostradamus
para provar a deliciosa lagosta grelhada com molho de alcaparras.
44
Quer ingressos para a
Copa das Confederações?
www.ticketbis.com.br
www.pt.fifa.com/confederationscup/index.html
www.viagogo.com
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GASTRONOMIA
Balthazar Champagne Bar –
Hotel D’Anglaterre
Dinamarca – Copenhagen
Champagne BarS
Um ambiente íntimo e acolhedor, com uma paleta de cores
que varia entre tons sóbrios e suaves, mesmo com a predominância do preto, resultou no equilíbrio entre claro e escuro,
macio e duro, rústico e requintado, elegante e sonhador,
gráfico e colorido. Os lustres Barovier Venezianos em vidro
atuam como nuvens de champanhe enormes esculpidas. Para
quem visita o local, há mais de 160 opções entre champagnes
e coquetéis. Para acompanhar, canapés com caviar e mariscos
são os mais indicados pelos chefs do Balthazar Champagne Bar.
www.balthazarcph.dk/bar
Bebida festiva é o carro-chefe da nova tendência do setor gastronômico,
o Champagne Bar. Ao deixar de ser uma bebida consumida somente em
ocasiões e datas muito especiais, o champagne conquista apreciadores e
investidores mundo afora, ganhando espaço exclusivo, especialmente em
hotéis de luxo. A DVA Magazine selecionou bares no Brasil, nos Estados
Unidos, na Inglaterra, na Dinamarca e no Japão para você anotar na
agenda e fazer uma visita em sua próxima viagem. Imperdível!
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GASTRONOMIA
The Bubble Lounge
New York Bar
Estados Unidos – NY e São Francisco
Japão – Tóquio
O Bubble Lounge tem duas residências, uma em Nova York
e outra em São Francisco. Os ambientes são aconchegantes, com uma decoração moderna, jovem e divertida, onde
poltronas e puffs de veludo dividem a atenção com coloridos
vitrais. Os drinks com champagne são super-requisitados, e
os mais pedidos são o Champagne Mojito e sua versão com
morangos. A casa recomenda como acompanhamento para a
bebida uma seleção de queijos, porções de mini-hambúrgueres, bolinhos de siri ou de carne de pato.
Esse bar foi cenário do filme Encontros e Desencontros, da
diretora Sofia Coppola. É ali que as personagens de Scarlett
Johansson e Bill Murray se conhecem. Apesar de não ser
um champagne bar, serve drinks feitos a partir da bebida
que merecem ser degustados, como os clássicos Bellini e
French 75. O Bar também indica o Beaver Maelstrom, uma
combinação de champagne, kiwi e gin Beefeater 24; e o drink
Siciliana, feito com champagne e suco de blood orange. O
ambiente conta com a elegante essência nova-iorquina. À
noite, bandas de jazz norte-americanas divertem os frequentadores com sofisticada trilha sonora. Ah, e ainda tem
a impressionante vista da cidade, já que o bar está localizado
no 52 º andar do Hotel Park Hyatt Tokio.
www.bubblelounge.com
www.tokyo.park.hyatt.com
Champagne Bar & Caviar
Emiliano
Texture
Londres – Inglaterra
Brasil – São Paulo
O Champagne Bar & Caviar do Hotel Emiliano é um espaço
contemporâneo localizado na rua Oscar Freire, na capital
paulista. São mais de 45 opções de champagne, entre eles os
clássicos Krug Brut e Pol Roger Sir Winston Churchill Brut
1996. Entre as novidades, o Perrier Jouët Brut Belle Epoque
Rosé 2002, um exemplar de aromas florais e frutas silvestres
com toque de baunilha e mel! Para degustar com a bebida, o
Emiliano lançou o caviar Oscetra Malossol, produzido com ovas
de esturjões trazidos da Rússia e criados em cativeiro no Rio
Negro, a 250 quilômetros de Montevidéu.
O premiado restaurante Texture oferece cozinha europeia
moderna, com grande influência da gastronomia islandesa. A
comida é leve, feita sem manteiga ou cremes, e destacam-se
no menu o bacalhau e o cordeiro. Como o restaurante já oferecia uma boa carta de champagnes, surgiu a ideia de abrir um
espaço para acolher a bebida. Um espaço elegante que recebe
os clientes antes ou depois do jantar. O Champagne Bar do
Texture oferece cinco opções em taça, uma carta diversificada
com 110 champagnes, além de coquetéis.
www.texture-restaurant.co.uk
www.emiliano.com.br
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49
CINEMA
Duelos
de Faroeste
Devido ao sucesso de Django Livre, filme de Quentin Tarantino
que ganhou o Oscar de melhor roteiro original em 2013, a DVA
Magazine resolveu revisitar os filmes de faroeste para falar de seus
caubóis e duelos inesquecíveis.
O western ou faroeste contou de forma romanceada a história
da conquista do Oeste dos Estados Unidos. Durante décadas,
foi o maior representante da produção cinematográfica norteamericana. Surgiu quando o cinema ainda era mudo e fez
muito sucesso até os anos 60. Até 1950, os roteiros reforçavam
a conquista das terras ocupadas pelos indígenas, retratados
erroneamente como selvagens que precisavam ser pacificados.
Mas diretores como Anthony Man e Delmer Daves mudaram
esse cenário e deixaram de ridicularizar os índios em seus
filmes.
Western Spaguetti
Gênero amado por Tarantino (além de Django Livre, nos filmes
Kill Bill Vol. 1 e 2 é possível identificar diversas referências ao
estilo), o western spaguetti era caracterizado pelos filmes de
50
baixo orçamento produzidos por italianos, espanhóis ou alemães e rodados em locações baratas na Europa. A violência é
mais impactante, pois os filmes têm mais ação e melodrama.
O gênero chegou aos Estados Unidos na década de 60 e tem
em Sergio Leone um de seus principais representantes. O diretor italiano é responsável pela aclamada trilogia dos dólares
(Por Um Punhado de Dólares, Por Uns Dólares a Mais e Três
Homens em Conflito), com Clint Eastwood como o anti-herói
“O Homem Sem Nome” nos dois primeiros títulos, mas um
mercenário em busca de fortuna nos três filmes. A veia criativa
de Leone associada à trilha sonora de Ennio Morricone conquistaram o mundo, e a trilogia superou recordes de bilheteria
entre os faroestes produzidos até então. Em 1968, ele dirigiu
Era Uma Vez no Oeste, com Harry Fonda e Charles Bronson.
O duelo final é uma das cenas mais envolventes da história do
cinema.
51
CINEMA
Top 10 DVA Magazine
Preparamos uma lista com os 10 filmes de faroeste
que você não pode deixar de ver e/ou rever.
Por Um Punhado de Dólares
(1964)
O pistoleiro sem nome (Clint Eastwood)
chega a San Miguel, cidade no México
que faz fronteira com os Estados Unidos.
O lugar está sofrendo com a guerra entre duas facções poderosas, e ambas querem o apoio do pistoleiro. Para ganhar
dinheiro, ele aceita as duas propostas
e passa a trabalhar para as gangues.
Quando foi feito, já havia cerca de 25
filmes de faroeste produzidos na Itália.
No entanto, este foi o primeiro filme
descrito como western spaghetti, por
ter recebido atenção internacional e se
tornado um divisor de águas no gênero.
52
Por Uns Dólares a Mais (1965)
É o segundo filme da trilogia dos dólares.
Desta vez, O Homem Sem Nome (Clint
Eastwood) é um astuto caçador de recompensas em busca de um novo alvo,
até ver o cartaz de procurado de Indio
(Gian Maria Volonté), um perigoso bandido também perseguido pelo coronel
Douglas Mortimer (Lee Van Cleef), outro
caçador de recompensas. Os dois partem
no encalço de Indio, mas, sem conseguir
capturar o bandido nem excluir o rival,
eles precisam decidir entre unir forças ou
serem eliminados pela gangue de Indio.
Django (1966)
Django Livre (2012)
O filme serviu de inspiração para
Tarantino escrever Django Livre. Logo na
cena de abertura, acompanhamos o cowboy Django caminhando pelo deserto,
arrastando com ele um caixão. Depois
de resgatar Maria de um grupo de bandidos, ele chega em uma cidade fantasma
destruída pelo mesmo bando. Cenas de
ação com uma metralhadora e um plano
para roubar o ouro do Major Jackson
distraem um pouco da atenção chamada
pelo caixão que Django carrega por todos
os lugares, mas não se sabe por quê.
No faroeste spaguetti de Quentin
Tarantino, Django (Jamie Foxx) é um
escravo liberto que se une ao caçador de
recompensas alemão Dr. King Schultz
(Christoph Waltz). Schultz está em
busca dos irmãos assassinos Brittle, e
Django quer resgatar Broomhilda (Kerry
Washington), sua esposa, que ele não vê
desde que ela foi adquirida por outros
proprietários há muitos anos. Nesta
jornada, eles conhecem Calvin Candie
(Leonardo DiCaprio), o dono de uma
famosa plantação. Ao explorar o local
com identidades falsas, Django e Schultz
chamam a atenção de Stephen (Samuel
L. Jackson), o escravo de confiança de
Candie. Para Django e Schultz conseguirem escapar com Broomhilda, eles terão
que escolher entre independência e solidariedade, sacrifício e sobrevivência.
Três Homens em Conflito
(1966)
O clássico dos clássicos do gênero.
Dirigido por Sergio Leone, é o capítulo
final da trilogia dos dólares. O filme
conta a história de três homens (O Bom,
O Mau e O Feio) que buscam um tesouro
em moedas enterrado.
Era Uma Vez no Oeste (1968)
Condenados a Viver (1972)
O épico de Sergio Leone conta com
Henry Fonda, Charles Bronson e Claudia
Cardinale. A história de vingança começa
quando um pai viúvo e seus filhos são assassinados por um matador profissional
(Fonda), por causa das terras localizadas
na rota de uma estrada de ferro. Só que
ele havia se casado novamente com uma
prostituta de Nova Orleans (Cardinale),
que recebe como herança toda a terra
e a proteção de um excelente atirador
(Bronson). Além de proteger a mocinha,
o atirador tem contas a acertar com o
matador. A bela trilha sonora de Ennio
Morricone é incrível e pontua o filme,
tornando diversas cenas inesquecíveis.
O filme espanhol dirigido por Joaquín
Luis Romero Marchent conta a história
de uma diligência com presos perigosos
a caminho da prisão que é escoltada por
uma tropa da cavalaria. Depois de um
sangrento ataque, sobrevivem um sargento, sua bela filha e sete cruéis e sanguinários prisioneiros. Além de proteger
a filha, o sargento deve recapturar os
bandidos. É um western sombrio, considerado o mais violento entre os faroestes
europeus.
Meu Ódio Será Sua Herança
(1969)
Quando Explode a Vingança
(1971)
Um bando considerado o mais perigoso
que o Oeste já viu segue seus próprios
códigos de honra e lealdade. Depois de
inúmeros assaltos, os tempos foram mudando. O risco já era alto demais, e eles
decidiram parar. Só que um trem carregado de armas é uma remessa valiosa
demais para passar despercebida pelos
ladrões ‘aposentados’, que recebem a
missão de um poderoso bandoleiro mexicano. Nada poderia detê-los, a não
ser a morte. William Holden e Ernest
Borgnine encabeçam o elenco sob a direção de Sam Peckinpah.
Outra obra de Sergio Leone. Juan
Miranda (Rod Steiger) é um camponês
rude com espírito de Robin Hood que
passa a atuar junto de Sean Mallory
(James Coburn), um revolucionário irlandês especialista em dinamite e que
vive no México. Eles se envolvem em
um ousado plano de fuga para libertar
prisioneiros políticos mexicanos contra
a milícia de um sádico oficial. É um dos
melhores westerns da década de 70.
Butch Cassidy (1969)
Dois amigos inseparáveis, Butch Cassidy
(Paul Newman) e Sundance Kid (Robert
Redford) lideram o Bando do Buraco
na Parede e assaltam trens e bancos.
Quando são caçados por todo o país,
resolvem ir para a Bolívia junto com
Etta (Katharine Ross), namorada de
Sundance. O filme é divertido, com
muitas cenas de ação. Ganhou diversos
prêmios, especialmente para sua trilha
sonora. A direção é de George Roy Hill.
53
MÚSICA
As meninas
da nova MPB
A Música Popular Brasileira se renova com as vozes femininas
que encantam e conquistam o Brasil e o mundo.
A primeira década do século 21 viu surgir, na cena musical, cantoras que navegam por diversas levadas, no que se pode chamar de
um pós-tropicalismo. Com misturas de instrumentos eletrônicos e
acústicos, ritmos de todo o mundo e música de raiz, umas mais
ousadas outras mais tradicionais, artistas como Céu, Tiê, Tulipa
Ruiz, Ana Cañas, Roberta Sá e Aline Calixto já há muito saíram da
categoria de promessas para se tornarem algumas das novas e
consagradas vozes femininas da Música Popular Brasileira.
Essa nova MPB vai bem mais além do banquinho e violão e abraça
com igual amor a bossa nova e o rock, o frevo e o hip hop. Suas
músicas tocam nas rádios, entram nas trilhas sonoras de novelas e
alcançam reconhecimento internacional, o que abre caminho para
turnês na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. Conheça um
pouco mais sobre algumas dessas talentosas cantoras.
Tulipa Ruiz
Nasceu no litoral paulista, em Santos, mas cresceu nas montanhas mineiras, na cidade de São Lourenço, para onde se mudou
aos três anos com a mãe e o irmão. Desde cedo teve contato
com a música, influenciada pelo pai, o jornalista e músico Luiz
Chagas, guitarrista da banda Isca de Polícia, que acompanhava
o lendário músico Itamar Assumpção.
Mudou-se para São Paulo, aos 22 anos, para estudar. Durante
a época de faculdade teve diversas bandas, mas levava tudo
como hobby. Trabalhou como redatora e ilustradora por dez
anos, até que decidiu criar uma conta no MySpace para divulgar suas composições. A partir daí não parou mais. Começou
a fazer shows e lançou, em 2010, seu primeiro disco, Efêmera,
que conta com participações de Tiê e Mariana Aydar.
Para ouvir!
O disco foi considerado o melhor do ano pela revista Rolling
Stone, um dos melhores pelo jornal O Globo e um dos melhores
da década pela Folha de São Paulo. A música-título entrou na
trilha sonora do FIFA 2011, um dos games mais populares do
planeta.
O enorme sucesso do álbum ainda trouxe para Tulipa o Prêmio
Multishow de melhor cantora de 2011 pelo júri especializado,
além de uma nomeação como artista revelação no VMB do
mesmo ano. Outra faixa, “Só Sei Dançar Com Você”, recentemente foi tema de uma das protagonistas da novela Cheias de
Charme, da TV Globo.
A turnê de Efêmera teve mais de 150 shows pelo Brasil e levou
a cantora para o exterior por sete vezes, onde participou do festival belga Europalia e fez shows na Inglaterra, Itália, Portugal,
França, Dinamarca, Argentina, Colômbia e Estados Unidos.
Em julho de 2012, lançou mais um disco, Tudo Tanto, dessa
vez com participação de Lulu Santos, Criolo, Kassin e produção
de Gustavo Ruiz.
Tulipa Ruiz - Só Sei Dançar com Você
http://youtu.be/SAMB1_31jg0
54
55
MÚSICA
Tiê
Compositora e neta da atriz Vida Alves, a paulistana Tiê já foi
modelo da Ford Models e atriz antes de se lançar na cena musical e conquistar seu espaço. Começou em 2007, quando gravou
um EP com Dudu Tsuda, tecladista do Pato Fu. Mas realmente
chamou atenção em 2009, com o lançamento do disco Sweet
Jardim. No álbum, Tiê mostra suas composições, canta e toca
piano e violão em dez faixas de autoria própria, tudo gravado
ao vivo no estúdio, sem pausas.
Suas composições autobiográficas conquistam pela delicadeza.
A música que dá nome ao disco, Sweet Jardim, um alegre folk,
conta com a participação de Toquinho no violão. O instrumento
Para ouvir!
Tiê - Dois
http://youtu.be/fx-Hd5pheYk
é a base da maioria das canções, às quais se somam efeitos
e intervenções que remetem à ampla gama de influências da
cantora/compositora.
Em 2011, ela lançou um novo disco, A Coruja e o Coração, com
o qual foi indicada como melhor cantora no Prêmio Multishow.
O segundo álbum veio com uma pegada diferente, um instrumental mais denso com bateria e percussão, parcerias e versões - como “Você Não Vale Nada”, sucesso interpretado pelos Aviões do Forró, Calcinha Preta e Ivete Sangalo -, além de
participações de nomes como Jorge Drexler, Marcelo Jeneci e
Hélio Flanders.
Desde então não parou mais de fazer shows em turnês que a
levaram pelo Brasil todo, Nova Iorque e um giro pela Europa,
com apresentações em Londres, Paris, Berlim e Barcelona.
Roberta Sá
Nascida no Rio Grande do Norte, aos 9 anos mudou-se para
o Rio de Janeiro e com 18 fez um intercâmbio nos Estados
Unidos, onde estudou canto durante um ano, participando de
um coral. De volta ao Rio, continuou com as aulas de canto,
enquanto estudava Jornalismo e trabalhava como balconista.
Em 2002, foi uma das participantes do reality show que formava cantores, Fama, da rede Globo. Foi eliminada na quarta
semana, porém ali conheceu Felipe Abreu, irmão da cantora
Fernanda Abreu, que se tornou seu preparador vocal e a incentivou a preparar um show e a gravar um CD demo com cinco
músicas, que chegou às mãos de Gilberto Braga. O autor de
novelas gostou do que ouviu e pediu para regravar o hit “A
Vizinha do Lado”, que entrou na trilha da novela Celebridade.
Daí para o primeiro disco foi um caminho natural e, em 2005,
saiu “Braseiro’, com participações especialíssimas de Ney
Matogrosso e MPB-4. O disco traz canções de medalhões da
MPB, como Paulinho da Viola e Chico Buarque, e de novos talentos, entre eles Marcelo Camelo, Teresa Cristina e Pedro Luís.
Roberta virou presença frequente nas trilhas de novelas. Em
2009, “Mais Alguém” embalou a trama de Viver a Vida. Já em
2010, foi “Fogo e Gasolina” que entrou em Passione. No ano
de 2011, Gilberto Gil a convidou para gravar “Minha Princesa
Cordel”, tema de abertura de Cordel Encantado. E em 2012,
“Pavilhão de Espelhos” foi mais um sucesso da trilha de Cheias
de Charme.
Em 2011, ela teve uma indicação como Artista Revelação no
Grammy Latino e já conta com cinco álbuns em sua discografia:
Braseiro (2005), Que Belo Estranho Dia Para se Ter Alegria
(2007), Pra se Ter Alegria (2009), Quando o Canto é Reza
(2010) e Segunda Pele (2012).
Para ouvir!
Roberta Sá - Pavilhão de Espelhos
http://youtu.be/3OcSqilSm8A
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57
MÚSICA
Ana Cañas
Mais uma paulista no time de cantoras revelação, Ana Cañas
começou a carreira na noite, onde cantou jazz e MPB por
quatro anos no All of Jazz, em São Paulo. Estreou em 2007
com o álbum Amor e Caos, no qual gravou canções de Jorge
Mautner, Bob Dylan e Caetano Veloso. Do baiano, registrou
“Coração Vagabundo”, que integrou a trilha sonora da novela
Beleza Pura, da Rede Globo.
Além de cantora, também é atriz, e traz essa experiência para
o palco, nas interpretações vibrantes em sua mistura de MPB
com a visceralidade do rock e o swing do jazz. Seu disco mais
recente chama-se “Hein?” e foi lançado em 2009.
Para ouvir!
Ana Cañas - Coração Vagabundo
http://youtu.be/0WyVRqfo9Qs
Céu
Maria do Céu Whitaker Poças, paulistana, é uma das grandes
revelações da música brasileira recente. Cantora e compositora,
se difere de suas contemporâneas pela não aceitação dos limites
do rótulo de MPB. “O rótulo da MPB ficou limitado. Ele é bem
abrangente, afinal é música popular brasileira. E me considero
isso. Quando vou fazer um som, me alimento do que gosto e,
como muitos outros da minha geração, me alimento não só de
coisas específicas”, afirma ela, que mistura sem pudor afrobeat, hip hop, jazz, reggae, sempre abrasileirando o sentimento
Para ouvir!
Céu - Cangote
http://youtu.be/Erd4LpzHXtA
embalado por sua voz doce e suave.
Céu começou a carreira em 2002, aos poucos, fazendo shows
e chamando a atenção de ouvintes atentos. O primeiro disco,
Céu, saiu só em 2005 e chegou na primeira posição nos
rankings “Heatseekers” e “World Music”, e na posição 57 do
“Hot 100” da Billboard. O feito marcou a mais alta posição alcançada por uma artista brasileira, desde Astrud Gilberto, em
1963, com “Garota de Ipanema”.
Desde então, Céu lançou outros álbuns, Remixed EP (2007);
Cangote EP (2009); Vagarosa (2009) e Caravana Sereia Bloom
(2012) e segue em turnês pelo Brasil e mundo afora.
Aline Calixto
Carioca criada em Minas, Aline Calixto tem no samba sua
paixão. Não é à toa que já ganhou, em 2008, o prêmio “Novos
Bambas do Velho Samba”, promovido pela tradicional casa
Carioca da Gema. Também é comum encontrá-la nas rodas
de samba, ao lado de grandes nomes como Martinho da Vila
e Nelson Sargento.
Vinda de um grande sucesso no cenário independente, ela
gravou e lançou o primeiro disco, Aline Calixto, em 2009,
pela gravadora Warner e, por ele, recebeu o prêmio de melhor álbum do ano pela APCA (Associação Paulista de Críticos
de Arte). Foi, por duas vezes, indicada ao Prêmio da Música
Brasileira na categoria de melhor cantora de samba e uma vez
na de melhor cantora. Seu disco mais recente, Flor Morena,
foi lançado em 2011.
Para ouvir!
Aline Calixto - Flor Morena
http://youtu.be/eulBqcwKqBI
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MODA
O que é quente no
PARA ELAS
Geométrico + Grafismo + Minimalismo
inverno?
Traços retos, modelagem definida. As linhas deixam de ser tão rígidas e respeitam as formas do corpo feminino. A estamparia
gráfica é a melhor opção para quem quer usar essa tendência. Se for com a dupla mais querida da estação, o preto e branco,
melhor ainda! Opte por estampas listradas, xadrezes, quadriculadas ou em outras formas geométricas. É a reinterpretação da
estética influente nos anos 90. Se antes era frio e rígido, hoje o novo minimalismo vem atrelado a conceitos de feminilidade,
suavidade e praticidade. O que pode dar uma nova bossa a todas essas tendências é o uso de franjas e rendas localizadas. O couro
é uma matéria-prima que sempre vale a pena investir. Opte pelos perfurados a laser. A técnica dá uma nova textura ao material,
deixando-o mais atual. Já na cartela de cores, destacam-se a combinação preto e branco, o verde-esmeralda, o azul-klein, o amarelo
e o bordô. Tons de açúcar continuam no inverno em looks que prezam pela modelagem inteligente, bem cortada e minimalista.
Quando se pensa em temporadas de moda, as diferentes estações nos dois hemisférios determinam o que será usado pelos consumidores. Enquanto no Brasil, as marcas
nacionais começam a abastecer as lojas com suas propostas para o inverno, as internacionais fazem o inverso e contam as horas por dias mais ensolaradas e quentes.
Com a chegada de tantas marcas renomadas europeias e norte-americanas por aqui,
é possível montar um guarda-roupa com as novidades desses dois mundos, já que
as tendências internacionais, antes tão distantes, agora estão acessíveis ao público
brasileiro.
Várias dessas tendências entre os mercados nacionais e internacionais conversam
entre si, o que é ótimo para quem gosta de acompanhar a moda. Selecionamos aqui
na DVA Magazine três tendências espertas e que prometem se estender por mais
de uma estação para o guarda-roupa feminino e masculino. Além disso, são opções
clássicas, sofisticadas e atemporais. Confira a seguir:
60
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MODA
PARA ELES
Militarismo + College + anos 60/80
O militarismo é uma tendência forte com influência de uniformes e dos camuflados, mais discreto e elegante. Os cortes de
casacos e jaquetas são bem estruturados. Já o “college”, estilo inspirado nos estudantes ingleses e norte-americanos da década
de 50, requisita peças como blazer, jaqueta, cardigã, gravata, jeans ou calça social e camisa branca. Dos anos 60, vem a silhueta
mais ajustada ao corpo, para blazers e costumes. A inspiração dos anos 80 traz o colorido, especialmente em calças, que pode
dar uma “esquentada” nas cores tradicionais, como o preto, marrom e azuis escuros. Na cartela de cores, ainda há tons de cinza,
o verde-militar fechado, os terrosos (desde o areia), o mostarda e opções mais quentes, como o vermelho e o vinho.
62
63
TECNOLOGIA
“Com apenas uma lente em um
tela logo acima do campo de
músicas, previsão do tempo,
é possível efetuar chamadas
Através dos óculos do Google, é possível compartilhar experiências praticamente em tempo real sob determinado
ponto de vista, literalmente. É da linha
dos olhos que podemos observar não somente a vida real como a que vivemos
desde o nosso nascimento, mas também
compartilhar e armazenar informações,
lembranças e emoções e nos comunicar
digitalmente. Parece coisa de filme? Não
mais.
Google Glass
Realidade Aumentada mais próxima do olhar.
Em pouco mais de uma década, a evolução da informática e da internet mudou
a rotina e o comportamento das pessoas,
gerou novos empregos e alterou a velocidade com que nos comunicamos com
o nosso ciclo de relacionamento social e
de trabalho.
Mas, como muitos acreditam que a perfeição não existe e que tudo pode ser
melhorado, a mais recente proposta do
Google promete uma nova e intensa revolução digital. A empresa propõe a comercialização de um óculos de realidade
aumentada, o Google Glass.
O gadget tem design sofisticado e futurista e é um dispositivo semelhante a
64
um óculos. Com apenas uma lente em
um dos olhos, funciona como uma pequena tela logo acima do campo de visão.
Nela, pode-se acessar músicas, previsão
do tempo, rotas de mapas e, além disso,
também é possível efetuar chamadas de
vídeo e tirar fotos de algo que você esteja
visualizando e compartilhá-las imediatamente através da internet.
A lente não ocupa todo o campo de visão
do usuário e conta com uma tecnologia
de foco bem interessante. Ela permite
que a pessoa observe o conteúdo que
aparece na tela sem a necessidade de
mudar o foco de visão, dando conforto e
segurança para quem o utiliza.
“O Google acredita que a
nova invenção é a melhor
maneira para capturar
um momento especial ou
espontâneo, ao contrário
do que se faz hoje em
dia, em que as pessoas
precisam procurar a
câmera e depois fazer o
registro.”
Leve como óculos de sol regulares, vêm
com um painel sensível ao toque na lateral, um botão na parte superior para tirar
fotos e vídeos, e uma tela transparente
para mostrar informações. O Google
acredita que a nova invenção é a melhor
maneira para capturar um momento especial ou espontâneo, ao contrário do
que se faz hoje em dia, em que as pessoas precisam procurar a câmera e depois
fazer o registro.
Alguns exemplos podem ser vistos nos
vídeos promocionais do Google Glass
encontrados na internet. Neles, é possível acompanhar aventureiros encarando
desafios esportivos, saltos de paraquedas
e passeios pelas ruas durante a manhã.
Mas não é só isso. Dá ainda para verificar
como vamos tirar fotos e checar nossos
e-mails, a previsão do tempo, o caminho
dos olhos, funciona como uma pequena
visão. Nela, pode-se acessar
rotas de mapas e, além disso, também
de vídeo e tirar fotos...”
mais curto no GPS e onde fica a padaria
mais próxima.
Há pouco mais de um ano, a estilista
Diane von Fürstenberg filmou seu desfile
e o backstage do evento com o Google
Glass. Ela e as modelos usaram o apetrecho e, no vídeo, pode-se ter a experiência
de ser Gisele por alguns minutos.
Os óculos ainda estão em fase de teste
nos Estados Unidos, e alguns aperfeiçoamentos já caíram na imprensa internacional e dão conta de uma “segunda
geração” do aparelho, antes mesmo da
primeira chegar aos consumidores, com
displays para ambos os olhos, e não apenas em um.
A maior preocupação do Google agora
deve ser sobre o alinhamento das imagens, para que não haja uma deformação no conteúdo. Algumas alterações no
quadro podem fazer com que o resultado
seja o esperado, assim como um sensor
fotodetector adicionado pelo Google na
nova geração do aparelho ajudaria a medir a distância entre os displays direito
e esquerdo.
A expectativa é de que o produto chegue
até os consumidores ainda em 2013, e o
valor previsto é de US$ 1,5 mil (cerca de
R$ 3 mil).
65
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Nesta edição, selecionamos diversos
produtos que não podem faltar na
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EDITORIAL
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#UNTAMED
A exposição #Untamed, promovida pela Mercedes-Benz, teve como
proposta uma nova instalação digital, reunindo inúmeras fotos
do Instagram. A ideia da exposição era mostrar retratos de um
momento, um estilo de vida, preferências e recordações, procurando a singularidade e o que deixa cada registro original.
Tudo isso através da rede social que compartilha com o mundo
milhões de fotografias com pontos de vista particulares do universo de cada usuário.
Qualquer pessoa podia participar, bastava fazer o upload das suas fotos do Instagram no
site untamed-installation.com. As mais marcantes receberam a classificação #Untamed
e foram exibidas na Pop-Up Store da Mercedes em Paris, durante a primeira quinzena
de abril. A rotação dessas imagens na exposição serviu como um reflexo do processo
criativo da campanha “The natural enemy of the average” (o inimigo natural daquilo que
é mediano ou habitual).
Venha até a DVA e sinta esta fragrância.
Florianópolis (48) 3381-1100 • Blumenau (47) 3334-4333
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