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identidadeS transitóriaS “Eu quero ser uma guitarrista. Eu quero ser escritora. Eu quero ser uma roteirista. Eu quero ser uma jornalista de música aclamada. Eu um quero tocar em uma banda. Eu quero me apaixonar. Eu quero continuar a ser a menina tímida, de fala mansa. Eu quero ser o coração bondoso que empresta seu ouvido. Eu quero ser a bailarina culta. socialite culturalmente Quero ser excêntrica. Quero Eu quero ser a consciente. calma e reservada. Quero extrovertida e espontânea. Quero ser pacífica. Quero ser Rachel.” Trecho do relato de uma garota adolescente, publicado no blog dela. ser ser A mobilidade das identidades tem desdobramentos imprevisíveis sobre todo tipo de negócio. É um fenômeno diretamente relacionado a como as pessoas se comportam e a como fazem escolhas. A identidade mediada pela internet é o eixo de uma crise que tornou o assunto identidade relevante no cenários dos negócios. Não poderia ser de outra forma, considerando que a identidade passou a ser confundida com o perfil que projetamos nas redes sociais. Um enunciado volátil, não necessáriamente vinculado à realidade, destinado a oferecer o melhor ângulo do autor editado por ele mesmo. IDENTIDADE é o conjunto de caracteres diferenciar as pessoas umas das outras. É através dos quais podemos possível falar de uma identidade individual ou coletiva, falsa ou verdadeira, presumida ou ideal, perdida ou resgatada. Identidade é um conceito que interessa a vários ramos do conhecimento, história, sociologia, antropologia, direito, arte e também à moda que monta suas identificação estratégias de venda sobre a de identidades. Salvo alguns imperativos, no caso da identidade genética, por exemplo, identidade é algo construído, o que nos leva à ideia de identidade cultural, conceito que abarca as variáveis que formam e caracterizam as identidades, sejam elas de etnia, classe ou gênero. Hoje, todas elas em pleno processo de fragmentação. A globalização, as viagens, a internet e as migrações em massa minimizaram o peso das identidades associadas às tradições nacionais. A mobilidade entre classes alterou a hierarquia social embaralhando os signos que no passado caracterizavam uma classe social em oposição à outra. As lutas por reconhecimentos de outras sexualidades e as fronteiras difusas entre os gêneros diluíram certezas impondo a multiplicidade em um campo, até pouco tempo atrás, aparentemente imutável. É neste quadro, caracterizado por trânsitos e instabilidade, que se movem a indústria e o mercado da moda. Sempre à procura do diferente e dependente do igual e do reprodutível para sobreviver. O mercado de informação estratégica que alimenta o setor, muitas vezes sob o disfarce do tom contestatório e jovem, estabeleceu como prática a geração de nomenclaturas e conceitos sazonais para definir comportamentos “novos”. Travestida de cool, essa outra forma de construir estereótipos procura atender à necessidade pontual de adaptar o discurso aos tempos atuais obedecendo à dinâmica acelerada da moda. Atrelado a própria necessidade de sobrevivência como negócio, este informações nem sempre estabelece seguras com a realidade. fluxo de conexões Ao identificar ruídos na construção dessa linha de informação nosso objetivo contribuir não é desqualificá-la, mas para expandir o alcance das discussões e os recursos disponíveis com a finalidade de tornar os processos estimulantes e os resultados eficazes. As interações que se estabelecem entre produtos e nossas aparências, como elementos formadores das nossas identidades, estão vinculadas à nossa vida econômica na mesma medida que estão à nossa vida psicológica e emocional. A ausência fixos para as experiência contemporânea é a da de referenciais identidades. Mesmo assim, a produção de informação que alimenta as ações de moda e design insiste na sedimentação de estereótipos baseados nelas como embasamento para ações estratégicas. O princípio isolar de identificar e grupos que apresentam comportamentos semelhantes, e assim aumentar as chances de acerto das estratégias de marketing destinadas a fomentar o desejo de consumo, é um dos pilares da construção de cenários voltados para a orientação de ações do mercado, e conta com um arsenal de metodologias para dar suporte na conquista deste objetivo. Não vamos analisar cada uma delas. Todo mundo sabe que elas permitem, pelo artifício do recorte, tornar os desejos e necessidades do cliente, no futuro, um campo aparentemente menor e previsível. Boa parte delas é bem sucedida. Como ferramentas que são e, nas mais variadas formas, tornaram-se indispensáveis para a tomada de decisões estratégicas. Entretanto, no âmbito das informações que alimentam estas construções de possíveis cenários um problema decorrente é a carga normativa, ou, em linguagem mais coloquial, o enquadramento de pessoas em clichês. Resumir gente de verdade a características visuais e comportamentais demarcadas - e à condição exclusiva de compradores de coisas - atende a ânsia do mercado de informações por certezas. O alcance efetivo da prática, entretanto, é limitada, considerando que uma das principais características da cultura contemporânea, e consequentemente do comportamento das gerações jovens é, exatamente, a identidade, instabilidade da seja ela ÉTNICA, social ou de gênero. Como é infinitamente mais difícil operar na instabilidade, ou aceitar que de fato algo não mudou, muitas vezes o que é entregue ao mercado é uma aparência destinada a manter um ciclo aflitivo e ficcional de informações supostamente estratégicas. Algumas das metodologias empregadas contam com procedimentos de base científica -aplicação de formatos de pesquisa já testados, observação de indicativos e estatísticas, cálculos de probabilidade, etc.mas todas contam com boa margem de sugestão e especulação. De ficção, enfim. Uma das estratégias para transformar o coeficiente ficcional - uma nota de desconcerto em um corpo de conhecimento que se vende como racional e científico valor, foi adotar o storytelling. tradução ruim, mas expressiva, à de histórias. recurso tal qual ele – em Em contação Incluiu-se aí um existe a milhares de anos, vindo da tradição oral e dos formatos da arte, agora adaptado aos formatos de comunicação do marketing para atribuir significados emocionais à informação e aos produtos através da estrutura narrativa. É uma ferramenta eficaz. Ao contar histórias, toda a cadeia aumenta as chances de garantir o desejado lugar no futuro. As questões que se colocam são que histórias contar e como contá-las. Isso quando os personagens envolvidos não tem identidade fixa, mas identidades transitórias. IDENTIDADE TRANSITÓRIA é um conceito antigo. Em culturas primitivas, xamãs já lidavam com o tema, Freud interessou-se por ele. Sobram exemplos de abordagens, sejam elas pelo lado mágico, da saúde ou da arte. Se não estamos falando de algo novo, entretanto, trata-se de um fenômeno que se tornou central para a cultura e para o mercado de moda e design agora. “Está bem claro que as velhas hierarquias de uma ordem mundial com identidades fixas para pessoas e nações estão perdendo terreno para o que se poderia chamar de humanidade superdiversa.” Charles Esche | Curador da próxima Bienal de São Paulo O tema é tão relevante que define a linha de abordagem de várias manifestações culturais ao redor do mundo. BORDERLAND- IDENTIDADES INVISÍVEIS E DESEJOS PROIBIDOS é um festival de arte que aconteceu este ano (2014) em três pontos diferentes da Europa. Veja como o material de divulgação definia a realização: Borderland investiga as partes secretas de nossas identidades, o núcleo bruto de nosso ser e dos desejos e aspirações subterrâneas que desejamos alcançar e não podemos em nossa vida cotidiana. O assunto FOI abordado sobre perspectivas diferentes, da entropia das identidades ao corpo em transformação. O artista chinês Cang Xin deixa se fotografar com a roupa de outras pessoas. Sem se prender a gênero, classe ou nacionalidade, ele assume a aparência de alguém vestindo as roupas dessa pessoa. E daí? Você pode perguntar. E daí que o gesto aparentemente banal põe em cheque, de forma simbólica, a AUTENTICIDADE DAS IDENTIDADES, todas elas, pela forma como são representadas. A nacionalidade, o gênero, a idade, a etnia ou o pertencimento a uma determinada profissão não definem quem você é. São identidades transitórias. Cang Xin não se torna o outro, ele apenas assume a aparência dele. As irmãs francesas Monette e Maddy, gêmeas idênticas, se vestem da mesma forma, comem as mesmas quantidades de comida, nunca se casaram e vivem juntas. A identidade de uma é tão a da outra que a fotógrafa que realizou o ensaio fotográfico com elas chegou a se perguntar se elas não seriam a mesma pessoa duplicada. Mady e Monette são indiferentes a muitos estereótipos que estão relacionados também ao envelhecimento. De fato, há muito tempo deixaram de celebrar seus aniversários e desafiam quaisquer noções preconcebidas relacionadas com IDENTIDADE. FAIXA ÉTÁRIA E Q uando o assunto é identidade, é tentador conhecíamos lidar apenas com aquilo que antes, com o que nos dá O mundo, entretanto, não é assim, ele nos desaloja dos lugares seguros e nos conta conforto. histórias desconcertantes. É difícil obter respostas precisas para o que pode significar assumir a aparência/identidade do outro. Quando a Chanel promove um desfile na Índia e a coleção é toda ela inspirada nas roupas locais, trata-se de uma admiração de Lagerfeld e dos executivos da marca pelo vestuário local ou uma adaptação ao mercado no qual a CHANEL pretende expandir seus negócios? Quando um político se veste como um índio no Brasil é um artifício de marketing ou é a manifestação de uma identificação autêntica com a cultura do país que ele representa? O elementos étnicos na moda é antigo, já uso de era feito por Poiret lá no começo da história da moda. O que é novo é a sofisticação estratégica do uso deste recurso depois de mais de um século de treinamento dessa habilidade. As coleções Resort da Chanel, Anna Sui e Thakoon são apenas algumas das que voltam a reafirmar referências étnicas AGORA. Nada, nos três casos, é gratuito. São escolhas que bem pensadas, necessidade obedecem de a estratégias relacionadas expansão à de mercados (Chanel ) ao DNA da marca (caso da Anna Sui, marca com origem na década de 70, período particularmente forte da influência étnica sobre a moda) designer acostumado ou ao histórico do (Thakoon é um criador jovem, aos nacionalidades. nos Estados Unidos). trânsitos entre Nasceu na Tailândia e vive São, no mínimo, surpreendentes algumas formas que as apropriações étnicas podem assumir AGORA, quando duas forças contrárias estão todo o tempo em manifestação, a transnacionalização das identidades e o fortalecimento de da identidades culturais localizadas. Vale registrar que iniciativas originadas de ambos os lados tem status associado à contemporaneidade. Na cena atual, quando estas duas forças convergem surgem fenômenos tão singulares que nos levam da noção de identidade étnica à ideia de migração étnica. A lguns cases recentes escapam a todo esforço de classificação e desafiam velhas certezas. É do Brasil este rapaz de ascendência alemã. Hoje ele atende pelo nome de Xiahn e expõe ao mundo o resultado do esforço – foram dez cirurgias - para adquirir a aparência asiática. Xiahn tem milhares de fãs na internet. Muitos surgiram depois que ele participou de um programa de televisão. A maioria deste fãs, entretanto, é de longa data. Acompanham-no desde uma fase anterior quando ele realizou algumas mudanças corporais para se parecer com príncipes de Agora histórias da Disney. ele passou a fazer parte do Ulzzang Brasil. No Ulzzang, pessoas com características ocidentais se vestem e se maquiam de forma a ficarem parecidas com os orientais, em especial, os sul-coreanos. A partir daí, são feitas selfies postadas na internet, seja em páginas pessoais ou em blogs sobre o assunto. Os “novos olhos” de Xiahn fizeram dele brasileiro para o o referencial estilo. O neo sul coreano brasileiro não está sozinho. No Japão, uma subcultura chamada b-style (junção das palavras black e lifestyle) atrai jovens que prestam uma espécie de homenagem à cultura hip-hop americana. Eles buscam se parecer com negros dos Estados Unidos. Não apenas nas roupas e acessórios. As garotas fazem bronzeamento artificial para escurecer a pele, usam maquiagem adequada e frequentam salões de beleza especializados em trançar ou cortar cabelos de forma a aproximá-los da aparência de integrantes da cultura afro-americana. E sta migração étnica tem outra variável que é a equalização da cultura global jovem gueto urbano pela cultura do , originalmente de origem negra. Recentemente, no Brasil, a estrela pop Rihanna posou para um editorial em uma favela carioca. Em outros tempos talvez a opção fosse por vesti-la de luxo evidente e explorar o contraste com o cenário miserável. Sinal dos tempos: Rihanna enche as imagens passando por uma habitante local. Pouco antes dela, a super top Cara Delevingne encarnou uma rapper/funkeira carioca em outra favela do Rio. Outra vez não há contraste, mas assimilação dos símbolos locais por sua vez fundidos a outros transnacionais. Sem falar que as roupas usadas são de griffes globais que buscam mimetizar a forma de se vestir de indivíduos dos extratos econômicos mais baixos da sociedade. Entramos no terreno da identidade social. Um tanto do universo rapper americano, outro tanto da favela funk carioca e a disseminação desta estética que “vem de baixo”, na avaliação social clássica, ascende ao primeiro escalão das manifestações transformando-se lucrativos em culturais grandes negócios. e Na música tanto quanto na moda. N a música tem rapper muçulmano e tem rapper português. O funk carioca diluiu-se nos sets de Djs internacionais bem como os estilos de se vestir de rappers e funkeiros, adotados por garotas e garotos de todas os lugares e classes sociais em que o fenômeno acontece. O que temos aí é a afirmação de uma identidade urbana na sociedade global ditada por aqueles que estiveram à margem dela. Códigos de vestir e de se comportar são compartilhados planetariamente promovendo uma democracia estética sem precedentes. Pelo menos desde o abandono do vestuário aristocrático em favor da roupa burguesa. O “laboratório” Brasil tem protagonizado fenômenos de grande importância nesta questão. Nos acostumamos as cifras que contabilizam mais com de 40 milhões de pessoas ascendendo socialmente no país durante o recente ciclo de crescimento econômico. Esta imensa população levou com ela suas preferências, hábitos e reivindicações. Além dos desdobramentos sociais -vistos os movimentos que demandam por melhor qualidade de transporte e educação, por exemplo- as referências estéticas a que antes permaneciam restritas determinados círculos, ganharam visibilidade e agora passam a requerer também uma legitimidade. Padrões de beleza e gosto são alterados e novos referenciais estéticos se impõe. As trocas são tão dinâmicas que ficou obsoleto falar em hi low, da forma que se falava na moda há pouco tempo atrás. A cultura dita de cima e a cultura dita de baixo se misturam de forma indistinguível em um fluxo contínuo, sem fronteiras sociais definidas. Toda classificação é instável. Um estudo detalhado sobre os ganhos e os gastos das classes C, D e E trouxe UM DADO NOVO SOBRE A CLASSE C, considerada a nova classe média do país: a renda dessa parcela da população não é tão estável quanto se pensa. Na verdade, tanto o valor quanto as fontes de rendimento tendem a mudar, às vezes drasticamente, mês a mês. "podemos dizer que a classe c é classe média quando dá", diz Luciana Aguiar, sócia diretora da Plano CDE, consultoria especializada em baixa renda, responsável pelo estudo. A fusão de expressões provenientes de extratos variados da sociedade cria um painel cultural diversificado, como não se conhecia antes. Para operar com segurança, o mercado procura isolar estas manifestações em redutos definidos pela aparência com a ajuda de alguns indicativos, mas há cada vez menos estabilidade nnas circunstâncias em que isso é possível. Se há algo de novo é que as aparências se misturam de forma incontrolável. Elementos de uma e de outra fonte migram incessantemente impondo um indistinção acelerada. Entre as transições identitárias elas da contemporaneidade, sejam étnicas, de classes sociais, de cultura trash e cultura erudita, uma das mais pungentes, no momento, é a de gênero. É o caso dos inúmeros relatos envolvendo familiares de transexuais que acompanharam o processo de readequação do corpo e da aparência de algum parente à sua identidade real. No filme australiano 52 Tuesdays, uma garota acompanha a transformação de gênero da mãe. A mãe se submete aos procedimentos de mudança e é a filha que modifica a maneira de pensar a respeito do assunto ao longo do processo. Recentemente, um vídeo da banda Arcade Fire colocou em cena o ator Andrew Garfield interpretando personagem transexual em vídeo de divulgação da música We exist. Imediatamente o vídeo viralizou na rede. Os milhões de acesso atestam o interesse pelo assunto. Nós existimos diz a letra da música e o número de pessoas cantando juntas só faz crescer. A visibilidade do homem gay, e a imagem positiva que ele gradativamente passou a desfrutar, ajudou a criar uma distensão de hábitos gerando novas maneiras de comportamento e de representaçao do jovem heterossexual. Nas redes sociais, surgiram inúmeros vídeos de grupos de heterossexuais se beijando, e se tocando sem inibições. O que eles dizem é que não estão mais dispostos a evitar as manifestações de afeto e intimidade. À medida que deixa de ser negativo ter aspectos femininos no comportamento e na aparência, deixa de ser imperioso aparentar masculinidade para ser homem. As manifestações de afeto e fragilidade em público, o contato físico e o choro masculino já não assustam o homem heterossexual como no passado. Alguns dos mais arraigados costumes da cultura ocidental desabam sob esta conjuntura com implicações decisivas sobre as formas de comportamento e expressões identitárias definidas sobre as através da aparência. Questões de gênero a vida cotidiana fomentadas pelas entraram para experiências reais de quem vive na própria pele alguma situação relativa a elas, compartilha com alguém que vive ou simpatiza com o tema, e se transformaram em um causa central da contemporaneidade. Alimentam uma profusão de estudos acadêmicos, frequentam a políticas sociais pauta das de boa parte dos governos ao redor do planeta e são transformadas em filmes, séries, novelas e livros. A flexibilização dos códigos de comportamento conduz a uma outra estética, com elementos masculinos e femininos moldando a aparência de ambos os sexos. A moda assimila estas transformações em intensidades que variam de com cada mercado e público. A temporada de moda masculina para acordo o verão 2015 europeu é, em grande parte, uma aposta nessa nova realidade. C fenômeno que envolve comportamento social e mercado de moda, este da pulverização das identidades omo todo encontrou uma contrapartida, ou variável, expressa no paradoxo. Dessa vez no conceito NORMCORE. Ele surge para identificar o desejo pela aparência banal, independente de quão radical possa ser o comportamento do usuário. Desafiadas pelo império da roupa básica, fabricada em grandes volumes e comercializada a custo baixo, as marcas de design entraram no jogo e deram a sua versão para fazer frente à “gaperização” do mercado. A estratégia foi dar personalidade aos básicos. Ou seja, transformar moletons, calças funcionais e sneakers em itens expressivos pela adição de elementos diferenciais – alterações na modelagem, bordados, estampas, cristais, metais etc. Outra alternativa é o redirecionamento do posicionamento de marca, estratégia disponível para pequenos e grandes. Para citar apenas um exemplo, marcas como a American Apparel vendem básicos com status de cults apoiadas por eficientes estratégias de marketing. Elas conseguem associar roupa banal a questões que interessam ao público contemporâneo. A AA vende básicos amparada por campanhas que apoiam a causa gay, movimentos sociais e de sustentabilidade, discriminalização das drogas e a relativização da idade. a G igantes do mercado em áreas distintas tem explorado este terreno novo em busca de encontrar abordagens de marketing que não sejam definidas pelo estereótipo. A Toshiba, em parceria com a Intel, é coprodutora de uma série de vídeos chamada The Beauty Inside (a beleza interior). Nela, o personagem Alex tem o computador como centro da vida. Ele acorda a cada dia como uma nova pessoa e grava sua atual identidade para lembrar-se dela depois. Ele é velho em um dia, magro, gordo e mulher em outro,. A trama se desenvolve a partir dos cruzamentos destas identidades com as de outros personagens. O enredo permite a colocação de produtos de forma sutil. Além disso os fãs da série enviavam fotos e vídeos concorrendo para se tornar um das formas de Alex. A internet, que não criou esta crise, é um meio privilegiado de difusão e potencialização dela. Identidade, hoje, pode ser apenas o perfil editado pela adolescente na rede social, ou uma estratégia de personal impulsionada pelo online identitiy management. Em busca de branding, sucesso, pessoal e no mundo dos negócios, editamos nossas identidade e nos colocamos no lugar de produtos transformando-nos em nossas próprias marcas. Este náo é um panorama imaginário. É apenas um perfil não editado de um contexto real. Lidar com a diversidade, com o desejo de sermos múltiplos, iguais e diferentes, com as mixagens dos sinais de etnia, de classe social e de gênero e ainda com os trânsitos e representações que toda essa complexidade ganha no mundo virtual é o que há a se fazer agora. Recortes de mercado baseados em identidade podem ser feitos caso a caso, considerando variáveis específicas de marca e contexto. No plano da informação estratégica genérica, a simplificação não é produtiva. Não adianta fechar os olhos ou querer encolher a realidade. Crédito de fotos slide por slide Slide 1. Hidden Identities , Andreas Poupoutsis - http://www.andreaspoupoutsis.com/ Slide 2. Katie Drew, 17 anos - http://www.beaniekids.com/bkforum/index.php?topic=138440.25 Slide 3. Future of Storytelling - http://www.wired.co.uk/news/archive/2012-11/22/the-future-of-storyingtelling/viewgallery/292230 Slide 4. New Tab, novela de Guillaume Morissette - http://guillaumemorissette.com/Bio Slide 5. Fucking Young, online – editorial por Sonia Cheldi com Lucas para L&A Mätgher Collection - http://fuckingyoung.es/wp-content/uploads/2014/03/Them-Was-Rotten-Days_FY10.jpg Slide 6. Shtik Fleis Mit Tzvei Eigen, Adam Broomberg & Oliver Chanarin - http://www.a-political.org/projects/adam-broomberg-oliver-chanarin/shtik-fleis-mit-tzvei-eigen Slide 7. Genetic Portraits - Ulric Collette Slide 8. Broomberg Chanarin - https://static-secure.guim.co.uk/sys-images/Arts/Arts_/Pictures/2014/2/5/1391621401300/Broomberg-and-Chanarin----014.jpg Slide 9. Identical Twins, Diane Arbus – Roselle, New Jersey, 1967 - http://www.lightsgoingon.com/wp-content/uploads/2013/09/Diane-Arbus-twins.jpg Slide 10. Hidden Identities , Andreas Poupoutsis - http://www.andreaspoupoutsis.com/ - http://www.andreaspoupoutsis.com/data/photos/178_1hidden_identity_andreas_poupoutsis_28.jpg Slide 11. Storytelling art, Mats Rehnman - http://cdn3.inboundcafe.com/wp-content/uploads/2013/05/story-telling.gif Slide 12. Humanities Research Journal Series; Humanities Research Vol XV. No. 2. 2009 - http://press.anu.edu.au/titles/humanities-research-journal-series/hrj2009_02_citation/attachment/humanities-research-vol-xv-no-2-2009 Slide 13. 31ª Bienal de São Paulo – “Como Falar de Coisas que Não Existem”? - http://www.bienal.org.br/ Slide 14. Borderland – Identidades Invisíveis e Desejos Proibidos – Festival de arte na Europa, 2014 - http://pixelsandfibre.files.wordpress.com/2014/03/borderland_005_opening_web.jpg Slide 14. Borderland – Identidades Invisíveis e Desejos Proibidos – Festival de arte na Europa, 2014 - http://www.lucacurci.com/artexpo/wp-content/uploads/2014/03/borderland_008_web.jpg Slide 14. Borderland – Identidades Invisíveis e Desejos Proibidos – Festival de arte na Europa, 2014 - http://www.larivistaweb.it/le_monde_en_un_clic/wp-content/uploads/2014/04/borderbody_005b_web.jpg Slide 15. Cang Xin - http://quod.lib.umich.edu/t/tap/images/7977573.0002.106-00000014-ic.jpg Slide 15. Cang Xin - http://quod.lib.umich.edu/t/tap/images/7977573.0002.106-00000018-ic.jpg Slide 16. Monette e Maddy por Maja Daniels - http://majadaniels.com/projects/monette-mady/ Slide 17. Impressão digital - http://riaus.org.au/wp-content/uploads/2011/07/fingerprint.jpg Slide 18. Chanel pre fall 2012 - http://3.bp.blogspot.com/-wXun1WCVNsk/Tt-ZXu0L9MI/AAAAAAAAEjk/sDst1Zw_mf0/s1600/4.jpg Slide 18. Dilma Roussef exibido cocar dado por índio. Foto por Roberto Stuckert - http://1.bp.blogspot.com/-C9wTnI-MNs4/Ua66G36vRhI/AAAAAAAASPU/bXkQsjaMARg/s1600/Dilma+Rousseff+e+Lula+exibindo+cocar+dado+por+'%C3%ADndio',+24-10-2011+Foto+Roberto+Stuckert-PR.jpg Slide 19. Abertura de flagship da Burberry em Xangai - http://www.standard.co.uk/incoming/article9409799.ece/binary/original/Burberry%20Shanghai.jpg Slide 20. Resort Thakoon Verão 15/16 Slide 20. Anna Sui, lookbook resort 2015 - http://cdni.condenast.co.uk/452x678/Shows/SS2015/New_York/R-T-W/anna_sui_-_pre/Anna_Sui_003_2000_452x678.jpg Slide 20. Chanel resort 2015 - http://1.bp.blogspot.com/-6pdQWMO3Ox8/U3o2YcUiCTI/AAAAAAAAAvk/KCrSi6QfWjc/s1600/chanel-dubai-desfile18.jpg Slide 21. Transnational Art 2014 - Contemporary Art Exibithion - En Kojima , Osaka - http://3.bp.blogspot.com/-9t_0kzMfjO8/UpmHsukS2LI/AAAAAAAABZA/YscdgCj9O9c/s1600/TA_2014_sqr_2.jpg Slide 21. Livro Restoring Indigenous Self-Determination: Theoretical and Practical Approaches, 2014 - Bristol, UK: e-International Relations Publishing. Crédito de fotos slide por slide Slide 22. Xiahn Nishi - https://www.facebook.com/pages/Xiahn-ga%C3%BAcho-oriental/644254838986626 Slide 23. B Stylers - http://img.trendencias.com.br/2014/04/fotos-trabalho-joyce27.jpg Slide 24. Rihanna para Vogue Brasil Maio 2014 - http://modamoods.com/blog/wp-content/uploads/EasyRotatorStorage/user-content/erc_51_1399391219/content/assets/rihanna-by-mariano-vivanco-for-vogue-brazil-may-2014-7-0.jpg Slide 24. Cara Delevigne para Vogue Fevereiro 2014 - http://elainezanolblog.com/wp-content/uploads/cara-delevingne-vogue-brazil-3.jpg Slide 24. Cara Delevigne para Vogue Fevereiro 2014 - http://elainezanolblog.com/wp-content/uploads/cara-delevingne-vogue-brazil-1.jpg Slide 25. Silhueta Slide 26. Lisbon In The Dance - Dj Nigga Fox - Renato Santos – Dazed and Confused - http://images.dazedcdn.com/786x700/dd/1070/3/1073213.jpg Slide 26. DJ Tags On The Social Housing Walls - Renato Santos –Dazed and Confused Slide 27. Mc Guimê - https://pbs.twimg.com/profile_images/451540286939074560/8YULBKu7.jpeg Slide 27. Pearls Negras- http://www.dnadabalada.com.br/wp-content/uploads/2014/01/Pearls-Negras.jpg Slide 28. “Passinho do Romano” Passo de dança criado pelo funkeiro Magrão Slide 29. Adore Delano - http://up3.xhcdn.com/000/023/043/030_1000.jpg Slide 30. Imagem retirada do clipe “We Exist – Arcade Fire” com Andrew Garfiled - http://img08.rl0.ru/afisha/c1500x630/volna.afisha.ru/uploads/images/b/a8/ba8bf1d386bd45db9912fa0827d95f9d.jpg Slide 30. Foto de divulgação do filme australiano 52 Tuesdays com Tilda Cobham-Hervey - http://images.dazedcdn.com/1200/0-0-1989-1326/dd/1070/2/1072116.JPG Slide 31. Editorial “How High” para Bullett Magazine por Andy Long Hoang - http://fuckingyoung.es/wp-content/uploads/2014/02/How-High_fy2.jpg Slide 32. Brasil x Colômbia – Copa 2014 Slide 33. Raf Simmons verão 2015 Slide 33. Rick Owens verão 2015 - http://lilianpaccestore.blob.core.windows.net/media/2014/06/260614-rick-owens-masc-primavera-verao-201502-398x600.jpg Slide 34. Produto a venda na American Apparel - http://store.americanapparel.co.kr/bb408lg.html Slide 34. Isis King para American Apparel - http://ecx.images-amazon.com/images/I/71P2R7zMY3L._UL1500_.jpg Slide 34. Outdoor da American Apparel - http://razzmag.files.wordpress.com/2014/03/aa03.png?w=610 Slide 34. Jacky O'Shaughnessy para a American Apparel - http://razzmag.files.wordpress.com/2014/03/aa05.jpg Slide 35. The Beauty Inside – Intel - http://i1.ytimg.com/vi/f6s3fiQcwTc/maxresdefault.jpg Slide 36. Montagem de Eduardo Motta PORTIFÓLIO RESUMIDO www.radarconsultoria.com | SITE CONSULTORIA www.radarconsultoria.com CONTEÚDOS PROJETOS EDITORIAIS PROJETOS EXTRAORDINÁRIOS MODA PALESTRAS CURSOS WORKSHOPS DESIGN ARTE DESIGN COMPORTAMENTO