Ports - MDS Insure
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Ports - MDS Insure
69 70 Get to know the risks involved in an activity crucial for world trade Riscos em operações portuárias PORTS Risks in port operations DOSSIER Ports Conheça os riscos inerentes a uma atividade fundamental para o comércio mundial Victor Garibaldi Regional Director – São Paulo, MDS Brasil Market solutions 75 Clients and Underwriters look for integrated approaches Soluções de mercado Clientes e Seguradores procuram abordagens integradas Mike Fountaine Specialty Board Director in Cooper Gay and Head of Marine FULLCOVER 70 PORTS Ports - Risks and market solutions Portos - Riscos e soluções de mercado With the globalization of the economy, international trade and sea transportation are increasing at a fast pace. As a result, port operations are becoming a critical component of national economies. In terms of risk management, port operations pose specific challenges, to which the insurance industry provides appropriate solutions. As a first step, it is fundamental to identify the risks and exposures involved in port operations. Victor Garibaldi’s article gives a strong contribution for this aim. The following article, authored by Mike Fountaine, assists in getting to know some of the solutions that the international insurance market has to offer towards covering these risks. Com a globalização da economia, o comércio internacional e o transporte marítimo crescem a um ritmo acelerado. Como consequência, as operações portuárias estão a tornar-se numa componente crítica das economias nacionais. No que respeita à gestão de risco, as operações portuárias colocam desafios específicos, para os quais a indústria seguradora oferece soluções adequadas. Numa primeira fase, é fundamental identificar os riscos envolvidos nas operações portuárias. O artigo da autoria do Victor Garibaldi dá um sólido contributo neste sentido. O artigo que se segue, escrito por Mike Fountaine, apresenta algumas das soluções existentes no mercado segurador internacional para cobertura destes riscos. Risks in port operations Riscos em operações portuárias Victor Garibaldi, Regional Director – São Paulo at MDS Brasil Port Operations are a crucial part of world trade and are, without a doubt, the largest entry and exit door for products in many countries around the globe. According to data from the World Trade Organization (WTO), from 1990 to 2004 the volume of international trade grew almost three times more than the Gross Domestic Product (GDP) of this institution’s signatory nations. Furthermore, according to data from Brazil’s Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), 95% of that international trade was carried out by sea. Beginning in the 90s, many ports underwent deep reforms in order to be made compatible with the new economic order and international politics. Port Operations comprise a complex network of hubs and logistics operations, being often the meeting point and transshipment to rail, river and road transport. This complexity includes different types of activities and risks, including capacity for loading, unloading, storing, customs control, logistics operations, among others. If we perform a 360º analysis of all the risks involved in port operations, we will identify a series of risks and exposures encompassing several insurance classes, such as property risk, liabilities, environmental damage, transports, business interruption, engineering risks, and others. A GENERAL VIEW ON PORTS In the last three decades, the world has witnessed a strong development of Port Terminals, leveraged by the growing world trade in the period, especially in the Asian countries. Today, three of the five largest Ports in the world are located in Asia, with two of them, Hutchison Port Holdings (Hong Kong) and COSCO (Beijing) located in China. FULLCOVER A Operação Portuária é parte fundamental do comércio mundial e sem dúvidas é a maior porta de entrada e saída de produtos em países de todo o mundo. Segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), o volume do comércio internacional cresceu de 1990 a 2004 quase três vezes mais que produto interno bruto (PIB) das nações signatárias dessa instituição, sendo que, segundo dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) do Brasil, 95% desse comércio internacional fez-se por via marítima. A partir da década de 90 , muitos portos passaram por profundas reformas, a fim de compatibilizá-los com a nova ordem econômica e política internacional. A operação de portos compreende uma complexa rede de entroncamento de modais e operações logísticas, sendo muitas vezes o ponto de encontro e transbordo para modais ferroviários, fluviais e rodoviários. Essa complexidade considera diferentes tipos de atividades e riscos, envolvendo capacidade de carga, descarga, armazenamento, controles alfandegários, operações logísticas e outras funções. Se fizermos uma análise 360º de todos os riscos envolvidos na operação portuária, veremos uma série de riscos e exposições compreendendo diversos ramos de seguro, como riscos patrimoniais, responsabilidade civil, danos ambientais, transportes, lucros cessantes, riscos de engenharia e outros. UMA VISÃO GERAL SOBRE OS PORTOS No mundo, assistiu-se nas últimas três décadas a um franco desenvolvimento dos Terminais Portuários, alavancados pelo crescente comércio mundial durante esse período, em especial nos países asiáticos. PORTS Porto de Santos, in Brazil, is the largest in Latin Hoje, três dos cinco maiores Portos do mundo Logistics costs as a % of the GDP America and is also regarded as the best Brazilian estão localizados na Ásia, sendo que dois deles, Custos logísticos em % do PIB port. It accounts for almost 30% of Brazil’s entire Hutchison Port Holdings (Hong Kong) e COSCO Country / Pais % GDP / % PIB foreign trade. (Beijing) estão localizados na China. When talking about port operators, the logistics O Porto de Santos, no Brasil, é o maior da Argentina 21 operation itself must be mentioned as it plays, América Latina e é considerado também o Brazil 20 without doubt, a crucial role in the competitiveness melhor porto brasileiro. Ele responde por Mexico 18 of products and nations in terms of international quase 30 % de todo o comércio exterior do Singapore 13.9 trade. Brasil. Hong Kong 13.7 A survey conducted by CETRAN1 (PNLT2) revealed Quando se fala de operadores portuários não Germany 13 how much Logistics represents in the nations’ GDP. se pode deixar de mencionar a operação logística Portugal 12.7 That study, shown in the table, clearly presents em si, que sem dúvidas se mostra como Canada 12 how infrastructure and logistics costs interfere, both personagem fundamental na competitividade positively and negatively, in the nations’ trade de produtos e nações junto ao comércio Japan 11.3 competitiveness. internacional. Italy 11.2 The same study also showed how much, on average, Um levantamento realizado pela CETRAN1 United Kingdom 10.6 each of the five items that make a country’s logistics (PNLT2), mostrou quanto a Logística representa United States of America 10.5 cost represents.The item “transport” (which includes do PIB das nações. port costs) accounts for 31.8% of the logistics costs, i.e., CETRAN, 2007 Esse estudo, demonstrado no quadro, an efficient port operation unquestionably assists in the apresenta de maneira clara como a questão da competitiveness of products and development of nations. infraestrutura e custo logístico interfere, de maneira positiva ou negativa, na competitividade das nações em seu comércio. RISK MANAGEMENT AND ANALYSIS Ainda, esse mesmo estudo demonstrou quanto representa As previously mentioned, port operations includes several risks em média, cada um dos cinco principais itens que compõem and operations across different insurance classes. o custo logístico dos países. O item “transporte” (que inclui Some examples of risks and exposure analysis: custos portuários) representa 31,8% do custo com logística, ou seja, uma operação portuária eficiente sem dúvida colabora • Liabilities com a competitividade de produtos e desenvolvimento das One of the existing risks concerns Damage to Goods. As a depositary nações. of the goods and also responsible for its movement (loading and unloading) and storage, the operator is uniquely responsible in GERENCIAMENTO E ANÁLISE DE RISCO caring for the goods, whether they be of high or low added value, Como mencionado anteriormente, a operação portuária shipped in containers or in bulk, and handled in standard or specific compreende uma série de riscos e operações que se estendem way (e.g. chemical, flammable or corrosive products). The operator por diferentes ramos de seguro. must consider the goods’ integrity in its operation. Alguns exemplos de riscos e análise de exposições: FULLCOVER 71 72 PORTS “If we perform a 360º analysis of all the risks involved in port operations, we will identify a series of risks and exposures encompassing several insurance classes.” “Se fizermos uma análise 360º de todos os riscos envolvidos na operação portuária, veremos uma série de riscos e exposições compreendendo diversos ramos de seguro.” Risk analysis also takes into account exposures such as Property Theft, especially for goods with high added value and easily liquidated in the markets (easy to trade in illegal markets) such as, for example, electronics, medical drugs, beverages, among others. Another situation taken into consideration is the Risk of Collision, mostly common in loading operations and in the transportation of mobile equipment in the terminal’s areas, often causing damage to the container and to the goods. Natural Hazards unquestionably represent a major exposure for port operations. In contrast with the previous example, their frequency is not as high. However, the amounts involved may be significant, with damages to the port structure as well as to stored goods and products. The examples below show relevant events that amounted to over $50 million and were the result of strong winds and flooding. There are also other liabilities risks connected to the operation, such as storage failure, dispatch and counting errors, goods disappearance, financial damage to third parties, employer liability, damage to ships, and others. • Environmental damages The issue of Environmental Damages is specific and relevant. Failures in the operation may have consequences and lead to environmental damages. The examples of failures in handling liquid, solid, and even gaseous bulk products are not rare, damaging the environment, halting operations leading to financial loss, expenses with occurrence containment, cleaning up and recuperation of the affected area. • Responsabilidade Civil (RC) Um dos riscos existentes refere-se a Danos à Mercadoria. Como depositário das mercadorias e também responsável pela sua movimentação (carga e descarga) e armazenagem, o operador possui responsabilidade singular no zelo dessa mercadoria, seja ela de alto ou baixo valor agregado, transportada através de containers ou granel, considerando manuseio padrão ou específico (no caso de produtos químicos, inflamáveis e corrosivos). O operador tem que considerar em sua operação a integridade dessa mercadoria. Muito da análise de risco considera igualmente exposições como o Roubo de Bens, principalmente para as cargas de alto valor agregado e com liquidez na comercialização do produto (facilidade de comercialização em mercados ilegais), como por exemplo eletrônicos, medicamentos, bebidas e outros. Outra situação considerada é o Risco de Abalroamento, comum principalmente nas operações de movimentação de carga e no trânsito de equipamentos móveis nas áreas do terminal, muitas vezes causando danos ao container e à mercadoria. Danos da Natureza, sem dúvida, representam grandes exposições à operação portuária. Ao contrário do exemplo anterior, sua frequência de sinistros não é tão elevada. No entanto, os prejuízos podem acumular quantidades expressivas, com danos à estrutura portuária e também aos bens e produtos armazenados. Os exemplos abaixo, mostram sinistros relevantes que somaram mais de 50 milhões de dólares, decorrentes de vendaval e alagamento. Existem ainda outros riscos de RC ligados à operação, como falha de armazenagem, erro de despacho e contagem, desaparecimento de bens, prejuízo financeiro ao terceiro, RC Empregador, danos à embarcação e outros. • Danos ambientais A questão dos Danos Ambientais configura um item particular e relevante. Falhas de operação podem causar consequências e danos ao meio ambiente. Não são raros os exemplos de falhas no manuseio de produtos em granel líquido, sólido e mesmo gasoso, causando danos ao meio ambiente, paralisação da operação com prejuízo financeiro, despesas com contenção do evento, limpeza e recomposição da área afetada. Recentemente ocorreu em um terminal portuário da América do Sul um exemplo peculiar de incêndio com danos ambientais expressivos. Esse incêndio, de difícil combate e extinção, ocorrido com material “fertilizante” cuja composição química Flooding in Port Area in 2008. http://pontoaporto.blogspot.com.br/2008/12/tragdia-do-porto-de-itaja-x-o-modelo.html FULLCOVER PORTS VICTOR GARIBALDI Victor Garibaldi cursou engenharia civil e mecânica na USP e Universidade Mackenzie e é pós-graduado em Administração de Empresas. Atuou na área de engenharia nas indústrias automobilista e bélica. Desde 2004 está presente no mercado de seguros, atuando em seguradoras internacionais, tendo ampla experiência na área de inspeção, subscrição, resseguro e gerência técnica de Riscos de Energia, Risco de Engenharia, Aeronáutico e Riscos Patrimoniais. Atualmente ocupa a posição de Diretor da MDS Brasil responsável pela gestão dos seguros empresariais, benefícios e seguros de linhas pessoais. Possui ampla experiência internacional como palestrante em congressos da ABGR, CRE, além de publicações e artigos técnicos relacionados a seguros, gerenciamento de riscos e benefícios. BIO Victor Garibaldi studied civil and mechanical engineering at the University of São Paulo and Mackenzie University and has a postgraduate degree in Business Administration. His career in engineering has included the automotive and arms industries. Since 2004 he has been active in the insurance market, working for international insurance companies. He has extensive experience in the fields of audit, underwriting, reinsurance and the technical management of Energy, Engineering, Aeronautics and Property Risks. He currently holds the position of Regional Director at MDS Brazil, in charge of corporate insurance, benefits and personal insurance. In addition to his extensive international experience as a speaker at ABGR and CRE congresses, he has published a variety of work and technical articles related to insurance, risk management and benefits. “An efficient port operation unquestionably assists in the competitiveness of products and development of nations.” “Uma operação portuária eficiente sem dúvida colabora com a competitividade de produtos e desenvolvimento das nações.” Recently a peculiar kind of fire with significant environmental damages took place in a port terminal in South America. This fire, hard to fight and extinguish, involved “fertilizing” material whose chemical composition included Ammonium Nitrate, created a considerable amount of toxic smoke that spread across a large area, making it necessary to evacuate the population in the surrounding areas. • Property damage There is no question that Property Damages include all the events commonly seen in other industrial sectors, such as fire, lightning, explosion, strong wind, flooding, electrical damage, collapse, and others. What actually differs for the port operator is the originating event, i.e., what started the disaster and the extent to which the infrastructure and protection systems were effective in limiting the subsequent damages. • Business interruption Another item that should be part of the analysis are the financial losses stemming from the operation’s partial or total interruption, and resulting impact on the operator’s revenue. These interruptions usually result from events and material damages to equipments, infra-structures, yards, warehouses and topside area, or may be caused even by sunk or stranded ships blocking the access to the port to other vessels. • Engineering risks Lastly, the exposure to Engineering Risks (CAR/EAR3) must also possuía Nitrato de Amônia, gerou um grande volume de fumaça tóxica que se deslocou por uma extensa área, sendo que nas regiões mais próximas houve evacuação da população. • Danos Patrimoniais Os Danos à Propriedade, sem dúvidas, compreendem todos os eventos usualmente vistos em outros segmentos de indústria, como incêndio, raio, explosão, vendaval, alagamento, danos elétricos, desmoronamento e outros eventos. O que realmente difere no operador portuário é o fato gerador, ou seja, o que deu início ao sinistro e como a infraestrutura e sistemas de proteção foram efetivos na limitação dos danos consequentes. • Lucros Cessantes Um outro item que deve compor a análise são as perdas financeiras decorrente de paralisação parcial ou total da operação, e consequente impacto na receita do operador, normalmente consequente de eventos e danos materiais ocorridos em equipamentos, estrutura civil, pátios, armazéns e área do costado, ou mesmo decorrente de bloqueio de porto por afundamento ou encalhe de embarcação, bloqueando acesso de outras embarcações. • Riscos de Engenharia Por ultimo, não se pode deixar de avaliar a exposição aos Riscos de Engenharia (CAR/EAR3). O porto, por sua função básica, mostra-se em constante movimentação, ampliação, adequação e modernização, sendo com isso constantes as obras civis em FULLCOVER 73 74 PORTS Fire in Port Area – Navegantes – SC - R$28 million in 2009 Jonathan Lopes at http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/vc-reporter-incendio-atingeporto-de-navegantes-em-sc,4ba168f40d94b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html Fire in Port Area – Navegantes – SC - R$28 million in 2009 Diego Duarte at http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/vc-reporter-incendio-atingeporto-de-navegantes-em-sc,4ba168f40d94b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html be assessed. The port, due to its very functioning, is in constant movement, expansion, upgrade, and modernisation. Thus civil works and equipment installation are seen very often at port areas. In this context, exposures inherent to the works are common (failures in assembly, project, execution, materials, collapse, etc.) for the surrounding properties, and may even cause damages to third parties, originating from the works. região portuária, assim como a instalação de máquinas e equipamentos. São assim comuns as exposições inerentes à obra (falhas de montagem, de projeto, execução, material, desmoronamento, etc.) às propriedades circunvizinhas ou mesmo danos causados a terceiros, decorrentes da mesma. O PAPEL DO CONSULTOR DE SEGUROS The insurance broker main mission is, without a doubt, to study the client and to understand in detail his operation and the risk characteristics. At the same time, he must promote full risk and exposure analysis (risk mapping) and identify the insured risk transfer policy. Thus, to promote the development of an insurance program that is suitable to the risk and that is aligned with the risk transfer expectation of the insured is fundamental. The broker’s main role is also to develop important and necessary information for risk analysis and underwriting, making it possible to obtain the best insurance and reinsurance conditions for the insured. It is his role to maintain control and constant proximity to the client and his operation, making insurance hiring dynamic and constantly in line with the client’s evolution. A principal missão do corretor de seguros é, sem dúvida, desenvolver o estudo sobre o cliente e entender em detalhe a operação e características do risco. Ao mesmo tempo, promover a análise completa de riscos e exposições (mapeamento de risco) e identificar a política de transferência de risco do segurado é fundamental. Assim, promover o desenvolvimento de um programa de seguros adequado ao risco e que reflita a expectativa de transferência de risco do segurado é crítico. O papel fundamental do broker é também desenvolver informações importantes e necessárias para a análise e subscrição de risco, permitindo alcançar as melhores condições de seguro e resseguro para o segurado. Cabe-lhe manter controlo e aproximação constante junto ao cliente e sua operação, fazendo com que a contratação dos seguros seja dinâmica e acompanhe sempre a evolução do cliente. 1. Conselho Estadual de Trânsito do Brasil 2. Plano Nacional de Logística e Transporte (Logistics and Transport National Plan), survey carried out by the Brazilian Federal Government’s Ministry of Transports 3. CAR – Construction All Risks; EAR – Erection All Risks 1. Conselho Estadual de Transito do Brasil 2. Plano Nacional de Logística e Transporte, estudo desenvolvido pelo Ministério de Transportes do Governo Federal Brasileiro 3. CAR – Construction All Risks; EAR – Erection All Risks THE INSURANCE CONSULTANT’S ROLE FULLCOVER PORTS Ports and terminals – what does the market has to offer? Portos e terminais – qual a oferta de mercado? Mike Fountaine, Specialty Board Director in Cooper Gay and Head of Marine THE MARINE INSURANCE MARKETPLACE Year after year we have seen statistics published from all our Marine markets bemoaning their losses. At the very least the underwriters complain about the absence of profit within the main Marine classes. Cargo and Marine War risk results seem to keep the Marine specialists ahead of the curve, but their core Hull account has consistently lost money. Capacity remains abundant and our brokers continue to drive healthy competition and keep insurance costs contained for the hard pressed shipping sector. Marine liability portfolios had therefore been sought after by underwriters to achieve spread but with the heavy reliance on PandI4 Club reinsurance, the liability books alone can no longer be relied upon to offset other marine losses. Previously clean layers of the Clubs’ reinsurance programme have now sustained losses. The recently published PandI Club annual report and accounts continue to point to claims inflation, and their market’s volatility has been epitomized with the massive removal of wreck claims for the “Rena” and “Costa Concordia”. O MERCADO DE SEGURO MARÍTIMO Ano após ano somos confrontados com estatísticas de todos os mercados de seguro marítimo a lamentarem-se das suas perdas. No mínimo, os subscritores queixam-se da ausência de lucro do ramo. Enquanto os resultados da cobertura de mercadorias transportadas e a de risco de guerra mantêm os especialistas em terreno positivo, a principal cobertura - Casco – tem vindo a apresentar prejuízos de forma consistente. O mercado tem vindo a assegurar capacidade de aceitação de risco, e a concorrência saudável entre brokers tem permitido manter os custos destes seguros numa plataforma estável para o já de si pressionado sector marítimo. Por essa razão, e numa perspectiva de diversificação de risco, os subscritores têm procurado alargar o seu portefólio de seguros de responsabilidades nesta área. No entanto, com a forte dependência do resseguro (Pandl Club4) os riscos aqui assumidos por si só não são suficientes para compensar outras perdas. Layers de resseguro que até aqui não tinham sido atingidos têm já perdas registadas. No relatório e contas anual do PandI Club, recentemente publicado, o aumento da “So clearly there is a sound business case and opportunity for clients to want a comprehensive insurance programme for a port or terminal.” “Parece evidente que existe uma oportunidade de negócio dada a crescente procura de programas de seguros integrados para portos e terminais.” MIKE FOUNTAINE Mike Fountaine é Specialty Board Director na Cooper Gay e é responsável pelo setor marítimo na operação grossista da empresa em Londres. Durante a sua carreira profissional de 35 anos no Lloyd’s, Mike foi gestor de conta de muitas das maiores empresas do setor marítimo. Nos últimos anos, ganhou um interesse especial pela gestão do negócio relativo ao setor portuário e de terminais do Grupo. Continua diariamente a fazer corretagem de seguros e, em especial, tem acesso a subscritores de responsabilidade civil e a P&I Clubs ao mais alto nível. Está na Cooper Gay há seis anos, tendo anteriormente ocupado importantes cargos de gestão noutros três grandes corretores globais. Em 2003 foi eleito para o Marine Executive of the LIIBA e participa ativamente no desenvolvimento futuro do mercado de seguros marítimos. BIO Mike Fountaine is a Specialty Board Director in Cooper Gay and is the Head of Marine at their London wholesale operation. During his 35 year Lloyd’s career he has been the account executive for many of the world’s largest marine businesses. In recent years he has taken a particular interest in the Group’s Port and Terminal business. He continues to actively broker risks on a daily basis, and in particular accesses liability underwriters and PandI Clubs at the highest level. He has been with Cooper Gay for six years having previously held senior management positions at three other major Global brokers. Elected in 2003 to the Marine Executive of the LIIBA he actively participates in the future development of the marine insurance market. FULLCOVER 75 76 PORTS Question: Where do the insurance companies and syndicates now turn to help attract new Marine premium and achieve spread for the future? Answer: Port and terminal packages. THE OPPORTUNITY This lies not only in the opportunity for our brokers, but also for our prospective and target clients. Firstly let us consider the recent history. Many ports were until recent years government owned and controlled and had little need or appetite for any, other than statutory, insurance policies (such as employer’s liability, auto or workers compensation). Many ports have now been privatized or are operated under concessions. To secure investment to upgrade ageing facilities the lending banks now demand that these ports are comprehensively insured. We must remember after all that these ports are national assets supporting a nation’s economy. They need constant investment to upgrade their facility to keep pace with the requirements of the shipping sector. Concurrently in an increasingly litigious world, port and terminal operators want to enjoy the certainty insurance provides to indemnify potential liability claims. So clearly there is a sound business case and opportunity for clients to want a comprehensive insurance programme for a port or terminal. Secondly at Cooper Gay we have perfected the opportunity for our brokers to win and secure new clients. The success is built around the product offering, and in particular the ability to combine several lines of business within a package policy. FULLCOVER sinistralidade continua em grande destaque, e a volatilidade do mercado ficou bem ilustrada nas perdas elevadas resultantes da remoção de destroços do “Rena” e do “Costa Concordia”. Pergunta: A que é que os Seguradores e Sindicatos recorrem agora de modo a trazer mais prémio para o seguro marítimo e a assegurar a diversificação do risco? Resposta: Pacotes de seguros para portos e terminais. A OPORTUNIDADE A oportunidade existe não só para os nossos brokers mas também para os nossos clientes atuais e prospects. Em primeiro lugar, consideremos a história recente. Até há poucos anos atrás, muitos portos eram propriedade do Estado e, por esse motivo, não se evidenciava a necessidade de fazer outro tipo de seguros para além dos obrigatórios (responsabilidade patronal, automóvel ou acidentes de trabalho). Hoje em dia muitos do portos foram privatizados ou concessionados. Para garantir o financiamento aos investimentos de renovação, os bancos começam agora a exigir que as instalações portuárias estejam amplamente seguras. Não devemos esquecer que estes portos são ativos nacionais, que dão suporte à economia, e que necessitam de investimento constante em melhorias para acompanharem o ritmo exigente do setor marítimo. Simultaneamente, e num mundo cada vez mais litigante, os operadores de portos e terminais querem assegurar que não terão que suportar as indemnizações de potenciais reclamações. Parece evidente que existe uma oportunidade de negócio dada PORTS a crescente procura de programas de seguros integrados para portos e terminais. Por outro lado, na Cooper Gay asseguramos aos nossos brokers as soluções que lhes permitem conquistar e manter estes clientes. O sucesso é construído em torno da oferta do produto, e, em especial, da capacidade para combinar vários ramos num pacote de seguros. PACOTES DE SEGUROS Incluem vários tipos de seguro, entre eles: • Responsabilidade por danos à carga e danos a terceiros • Perda ou dano à mercadoria sob custódia e controlo do cliente • Custo de remoção de carga após si nistro • Perda/danos materiais em propriedade de terceiros • Danos corporais provocados a terceiros • Erros e omissões • Erro na entrega de mercadoria • Responsabilidade civil profissional • Multas e coimas (responsabilidade perante autoridades) • Multas ou penalidades impostas por autoridades por violação de regulamentos decorrentes de importação ou exportação de carga, imigração, regras de segurança no trabalho ou poluição. THE PACKAGE APPROACH The Package facility includes many types of insurance as follows: • Seguro de equipamento de manobramento e instalações portuárias • Perda física/danos a equipamentos próprios • Perda física/danos a equipamentos alugados • Perda física/danos a instalações marítimas e não marítimas nas imediações. •Liability to cargo and third party liability •Physical loss of/damage to cargo under client’s custody and control •Cost of disposing of cargo following an insured Loss •Physical loss of/damage to third Party property •Bodily injury to a third party • Perdas de exploração – cobre a perda decorrentes de: • Perda física/danos causados à propriedade ou equipamento seguros • Bloqueio do porto • Errors and omissions •Wrongful delivery of cargo •Professional indemnity O terrorismo não está, por regra, previsto no pacote de coberturas. Pode, no entanto, ser facilmente incluído no pacote ou em contrato separado, negociado com o Lloyd’s. O custo do seguro é um fator importante desde que não se negligencie o nível de cobertura. Poderia pensar-se que um pacote de seguros nesta área seria mais caro pelo nível de proteção que garante. No entanto, uma vez que agrupa coberturas, os subscritores têm a possibilidade de dispersar o risco, reduzindo assim as taxas de modo considerável. Os subscritores preferem analisar o risco de um porto ou terminal como um todo e não parcela a parcela. É mais comum encontrar sistemas de “participação de resultados” nas apólices de grupo do que em apólices individuais. O clausulado que preferimos foi escrito especificamente para o setor marítimo e já foi testado em toda a sua extensão. Para sermos justos, a ideia foi roubada do TT Club5, pioneiro no conceito. No entanto, o clausulado que utilizam, apesar de certificado, já sofreu alterações consideráveis, tornando-o de difícil implementação. Não podemos deixar de referir que o próprio TT Club reconheceu esta falha, e prepara-se para lançar em 2014 um nova versão deste clausulado. •Fines & duty (liability to authorities) •Fines or penalties imposed by the authorities due to a breach of regulation in respect of import or export of cargo, immigration, safety of working conditions or pollution • Insurance of handling equipment and port property •Physical loss of/damage to owned equipment •Physical loss of/damage to leased equipment •Physical loss of/damage to marine and non-marine property in port confines • Business interruption – cover for loss following: •Physical loss of/damage to insured property or insured handling equipment •Port blockage • Port craft •Embarcações do porto FULLCOVER 77 78 PORTS Terrorism cover is not normally included within the package structure but it can easily be accommodated within the package or by a separate contract negotiated with Lloyd’s. Cost of insurance protection is an important factor providing it is not at the expense of adequate cover. It would be assumed that with a package programme premium should increase with wider protection but it has been shown that when grouping together many insurances, underwriters are often prepared to reduce rates considerably. Underwriters are more inclined to consider sympathetically all the insurance of a port or terminal than merely judging the merits of any individual policy or section. We often find that underwriters are more prepared to offer profit commissions and a continuity credit in our packages not normally found in individual policies. The wording we tend to prefer is the tried and tested Wavelength (LSW) wording that was specifically written for the port class. To be fair the idea was probably stolen from the TT Club5 who had pioneered the port package concept, but their certificate wording much adapted can be complicated and clumsy to use. We hasten to add that this short falling has been recognized by the TT Club and a revamped and shorter version will be available in 2014. CATASTROPHE RISKS Our existing portfolio of clients is worldwide however Cooper Gay’s early days were firmly grounded in the Caribbean, and the particular difficulties associated with insuring windstorm risks. Our book has been built around such difficult exposures and the markets recognize that we have the specialist knowledge to handle the hardest of risks. Marine underwriters will model say hurricane and flood exposures in the same way as their non-marine counterparts. However while they are careful to keep track of aggregate exposed FULLCOVER RISCOS CATASTRÓFICOS O nosso portefólio de clientes é global. No entanto, nos primeiros anos da Cooper Gay estávamos mais concentrados nas Caraíbas e com maior foco nos riscos associados a tempestades. Por termos trabalhado desde sempre num ambiente desafiante, os mercados reconhecem a capacidade dos nossos especialistas para gerir os riscos mais difíceis. Subscritores marítimos vão modelar, por exemplo, a exposição ao risco de furacão ou inundação, do mesmo modo que os subscritores não marítimos. A manutenção de uma visão global do cúmulo de risco assumido permite-lhes colocar capacidade adicional à disposição dos seguradores não marítimos. A distribuição e combinação dos mercados marítimos e não marítimos, permite-nos assumir limites mais amplos que, num mercado único, não estariam disponíveis a um custo razoável. SINISTROS CATASTRÓFICOS Talvez seja apenas um sinal dos tempos o facto de lermos mais sobre perdas catastróficas, mas os mercados internacionais de seguros parecem estar a enfrentar uma série pouco invejável de incidentes de grande dimensão. Dada a localização costeira dos portos, estes têm estado na linha da frente de todos os grandes acontecimentos. Sem nenhuma ordem em especial, no século XXI já tivemos o furacão Katrina, a super tempestade Sandy, o terramoto no Chile e o tsunami no Japão. Todos danificaram significativamente as zonas de influência e as infraestruturas portuárias. Apesar das perdas resultantes destas catástrofes, os riscos estavam bem dispersos por todo o mercado, pelo que os lucros dos subscritores resistiram e, em Londres, temos ainda vários players ansiosos por entrar neste negócio. PORTS amounts, they can often offer additional capacity to the conventional non marine carriers. Careful layering and blending of marine and non-marine market enables us to secure the largest of limits, which would otherwise be unavailable at a reasonable cost if the layers were consolidated within one market. THE CATASTROPHE CLAIMS Maybe it is simply a sign of the times that we read more about catastrophe losses but the world’s insurance markets seem to have been faced with an unenviable run of massive incidents. Given the seaboard location of ports they have been in the front line of all the major events. In no particular order in the 21st century we have had hurricane Katrina, superstorm Sandy, the Chilean earthquake and the Japanese tsunami which have all seriously damaged the port hinterlands and infrastructures. Despite the losses generated by these events, the risks were well spread around the marketplace so underwriting profits endured and in London we still have plenty of people hungry to get into the package class. THE MARKET PACKAGE LEADERS Our packages are largely placed on a subscription basis with several underwriters combining capacity to complete a risk. Selection of the best leader for any package programme is the broker’s critical task. Some leaders have geographical leanings and others have a preferred appetite for certain section of the package product. Choosing the right combination of lead lines is paramount to achieving the broadest cover at the best price. In the past the class had been written by the marine liability underwriters. The growth in the package class has led to the emergence of specialist port underwriters. In Lloyd’s the recognized experts sit on the QBE, Navigators, Travelers and XL syndicates. Company specialists now sit in RSA, IGI, AIG and Allianz. However our choice of markets and leaders continues to grow as more insurers take an interest in the Class. Recent underwriter moves have brought the relatively new Skuld syndicate into this arena, and we are expecting both the Markel and Antares syndicates to feature strongly in 2014. If the broker has calculated correctly and secured the right leaders for a risk then there are many other syndicates that are prepared to give following support. We mentioned earlier that TT Club had pioneered the Class and they continue to lead the market in premium terms as all their accounts are written 100%. A heavy loss sustained in hurricane Katrina has led to a rethink on their strategy and while they will continue to be at the helm of the business, they are scaling back their interest in the property element of the risk, especially in catastrophe exposed areas. The slack is easily taken up elsewhere. SUMMARY Underwriters will not thank us for saying this but for some time to come, and with new capacity coming in, we will have a soft market to trade in for our packages. This places us as brokers in a great place to aggressively target new port and terminal business. 4. Each P&I club is an independent, non-profit making mutual insurance association, providing cover for its ship-owner and charterer members against third party liabilities relating to the use and operation of ships. Clubs cover a wide range of liabilities including personal injury to crew, passengers and others on board, cargo loss and damage, oil pollution, wreck removal and dock damage. Clubs also provide a wide range of services to their members on claims, legal issues and loss prevention, and often play a leading role in the management of casualties. 5. The TT Club is the international transport and logistics industry’s leading provider of insurance and related risk management services. It specializes in the insurance of liabilities and equipment for multi-modal operators. Its customers include large shipping lines, ports, big freight forwarders and cargo handling terminals. LÍDERES DE MERCADO NESTE SEGMENTO A colocação do risco é feita com base numa análise prévia do subscritor que, em conjunto com outros subscritores, combinam capacidade e colocam o risco. Uma tarefa crítica para o broker é a escolha do melhor líder para um programa de seguros. Alguns líderes tendem para determinadas geografias e outros têm um apetite especial por determinados riscos. Escolher a combinação certa é fulcral para obter a cobertura mais abrangente ao melhor preço. No passado, a classe estava dominada pelos subscritores de responsabilidade marítima. O crescimento deste segmento levou ao aparecimento de subscritores especializados em risco da atividade portuária. No Lloyd’s os peritos de renome pertencem aos seguintes sindicatos: QBE, Navigators, Travelers e XL. Já do lado dos seguradores destacam-se a RSA, IGI, AIG e Allianz. No entanto, e à medida que mais seguradores mostram interesse neste segmento, o nosso leque de escolha aumenta. Recentes mudanças a nível dos subscritores resultaram na afirmação de um novo sindicato – Skuld – e é expectável que em 2014 , outros sindicatos como Markal e Antares se destaquem. “Choosing the right combination of lead lines is paramount to achieving the broadest cover at the best price.” “Escolher a combinação certa é fulcral para obter a cobertura mais abrangente ao melhor preço.” Se o broker analisou corretamente o risco e o colocou com os líderes corretos então, com facilidade, conseguirá o suporte de outros sindicatos. O TT Club mencionado anteriormente como pioneiro neste segmento, continua a liderar o mercado em termos de prémios, e todos os riscos em que se assumem como líderes são subscritos na totalidade. A grave perda que resultou do furacão Katrina levou-os a repensar a estratégia. Apesar de continuarem a liderar o negócio, estão pouco a pouco a diminuir o seu envolvimento no risco patrimonial, principalmente em áreas de grande exposição catastrófica. A margem libertada é facilmente absorvida por outras áreas. EM SÍNTESE Os subscritores não nos agradecerão por dizer isto mas, no futuro e com nova capacidade a surgir, teremos um mercado soft. Isto coloca-nos a nós brokers numa ótima posição para abordarmos de modo determinado o mercado. 4. Um PandI Club é uma associação mútua independente e sem fins lucrativos, que disponibiliza aos armadores e membros certificados cobertura para sinistros que envolvam responsabilidade civil contra terceiros e que estejam relacionados com a utilização e funcionamento de navios. Os clubes cobrem uma ampla variedade de responsabilidades, incluindo danos pessoais à tripulação, aos passageiros ou a outras pessoas a bordo, perda ou danos causados à carga, poluição por hidrocarbonetos, remoção de destroços de navios e danos causados ao cais. Os clubes prestam ainda aos membros um vasto leque de serviços relacionados com sinistros, aspetos legais e prevenção de perdas, para além de desempenharem, frequentemente, um papel de liderança na gestão de fatalidades. 5. O TT Club é líder internacional no fornecimento de soluções de seguro e risco para a indústria dos transportes e logística. É especializado em seguros de responsabilidades e de equipamentos para operadores multi-modais. Os seus clientes incluem grandes armadores, transitários de elevada dimensão e operadores portuários. FULLCOVER 79