HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL
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HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL
HÉRNIAS DA PAREDE ABDOMINAL Defeito na continuidade músculo-aponeurótica que permite a passagem de orgãos ou estruturas da cavidade abdominal , mantida a integridade da pele e do peritônio . Classificação Quanto à etiologia: Congênitas ou Adquiridas Quanto à localização o Hérnia Inguinal - 80% o Hérnia Incisional - 5% o Hérnia Umbilical - 5% o Hérnia Femoral - 5% o Hérnia Epigástrica - 3% o Hérnia Lombar - 2% o Hérnias Especiais - 2% Quanto à redutibilidade o Hérnias redutíveis o Hérnias irredutíveis Não Complicadas Complicadas: encarceradas ou estranguladas HÉRNIA INGUINAL Incidência o 10 – 15% - 700.000 cirurgias ano (EUA) o 12Homem : 1Mulher o 25 – 40 anos : 5 – 8% / > 75 anos: > 45% o 10% das cirurgias -Hérnias Recidivadas : 40 – 50% recidivas em 1 Ano Anatomia da Região Inguinal o Limites : Superior: Linha Biespinhal Lateral e Inferior: Prega cutânea medial da coxa Medial: Borda lateral do Reto Abdominal o Subcutâneo Região Inguino Femoral Superficial: Fascia de Camper ou Areolar (Tecido Adiposo ) Profunda :Fascia de Scarpa ou Membranosa (Fibras Conjuntivas) o Canal Inguinal: Espaço virtual Parede Anterior: Aponeurose do Músculo Oblíquo Externo Parede Posterior: músculos Oblíquo Interno e Transverso do Abdome, pela aponeurose do Transverso e pela Fáscia Transversal o Ligamento Redondo Conteúdo: Músculo Cremaster, Fáscia Cremastérica, Nervo Ilio inguinal, Nervo Ilio hipogástico o Funículo Espermático: Ducto Deferente, Conduto Peritônio vaginal, Art. Espermática interna, Plexo Pampiniforme , a. v. Espermáticas externas , Linfáticos , Ramo genital do nervo , Genito femoral Etiopatogenia o Persistência do conduto peritônio-vaginal – indireta o Inserção alta do músculo oblíquo interno - direta o idade, sedentarismo, multiparidade, obesidade, emagrecimento - direta o tosse, obstipação, prostatismo, gravidez, ascite, neoplasias - direta o Anormalidades na estrutura do colágeno CLASSIFICAÇÃO - Nyhus o Tipo I: Hérnia inguinal indireta ( anel inguinal interno normal ) o Tipo II: Hérnia inguinal indireta ( anel inguinal interno dilatado ) o Tipo III: Defeitos da parede posterior Hérnia inguinal direta Hérnia inguinal indireta ( “mistas” , inguinoescrotais , deslizamento ) Hérnia femoral o Tipo IV : Hérnias recidivadas ( direta , indireta , femoral , combinada ) Clínica o abaulamento doloroso redutível o início súbito ou insidioso , duração variável o relação com os esforços o Abd: Inspecção (pé e deitada), palpação (Exame digital do canal inguinal), percussão , ausculta o Manobra de Valsalva o Encarceramento : sinais de obstrução intestinal - cólica , não eliminação gases/fezes o Estrangulamento : sinais de irritação peritoneal - dor intensa , febre Exames o Herniografia o Hernioscopia o Ultrassonografia o Laparoscopia Diagn diferencial o Lipomas o Linfadenites o Hidrocele o Varicocele o Varizes de safena o Tumores o Abscessos o Cistos o Endometriose Tratamento o Via anterior sem prótese o Via anterior com prótese o Via posterior convencional o Via posterior laparoscópica o INDIRETA Bassini McVay o DIRETA o ENCARCERADA o ESTRANGULADA Complicações Gerais: o - Atelectasia o - Embolia pulmonar o - Pneumonia o - Tromboflebite o - Retenção urinaria Complicações Locais: o - Hemorragia, infeção e abscesso o - Lesão Vesical o - Complicações Testiculares : Edema Testicular, Orquite , Atrofia Testicular o - Lesão Ducto Deferente o - Lesão Intestinal o - Lesão Nervosa o - Infeção Ferida operatória Hernias recidivadas Incidência: 1 – 30% Recorrência precoce: Cirurgião Recorrência Tardia: Fraqueza Tecidual Fatores relacionados: o Tensão o Infeção o Inflamação e Edema o Tamanho da Hérnia o Material de Sutura o Cirurgia de Urgência HÉRNIA EPIGÁSTRICA Hérnia da região mediana ( linha alba , supra umbilical , lipoma interxifoumbilical ) 6H:1M Orifício feixe vásculo-nervoso (menor resistência) Pequenas e múltiplas Quadro clínico incaracterístico - dor local e risco de encarceramento Saco herniário presente em 25% dos casos ( hérnia epigástrica verdadeira ) Diagnóstico - História Clínica e Exame Físico ( nódulo firme, fixo e irredutível ) Tratamento Cirúrgico - Incisão mediana ou transversa HÉRNIA UMBILICAL Persistência do anel umbilical sem o fechamento de sua camada aponeurótica Hérnias da cicatriz umbilical 3M:1H Diagnóstico diferencial: Endometriose, Linfonodo ( Sister Mary Joseph), Hérnia epigástrica supra-umbilical Tratamento o a) Expectante - crianças até 3 anos e anel herniário até 1,5 cm o b) Cirúrgico - Técnica de Mayo ( 1901) jaquetão, Técnica com tela HÉRNIA INCISIONAL Fatores Predisponentes o Fatores de ordem técnica- Incisão incorreta, Falhas da técnica , infecção o Fatores ligados ao paciente- DM,Obesidade,Desnutrição, Anemia,Deficiência vit c, Tosse,Vômitos e íleo prolongado Diagnóstico o Anamnese e Exame Físico o USG e CT Abdominal Classificação o anel até 5 cm- Hérnia Pequena o anel de 5 a 10 cm- Hérnia Média o anel > 10 cm- Hérnia Grande Localização o Mediana infra-umbilical: 47,4% o Mediana supra-umbilical: 23,3% o Paramediana longitudinal : 15,0% o Mcburney 3,0% o Pfannenstiel 1,3% Tratamento o Técnicas sem prótese Mayo , Cattell, Alcino Lázaro o Técnicas com prótese Cattell , Chevrel, Stoppa, Laparoscopia
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