Computational model for the analysis of distributed - 2015 ISGT-LA
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Computational model for the analysis of distributed - 2015 ISGT-LA
2015 IEEE PES Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT LATAM) Computational model for the analysis of distributed generation in systems including smart grids Camilo Sepúlveda , Mariana Resener, Sérgio Haffner, Luis A. Pereira Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica – PPGEE Universidade Federal do Rio Grande do Sul –UFRGS Porto Alegre, Brasil [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Abstract— this work presents a simplified computational model for the analysis and the optimization of distribution networks considering the presence of smart grids. The determination of bus voltages and branch currents is based on a linear approximation, which allows to evaluate the impact on the network resulting from the connection of different distributed generation sources (DG). One of the main advantages of the proposed model is the convergence for any operation condition. Furthermore, it is possible to apply the model to problems concerning the operation and expansion of smarts grids. Finally, to test and validate the model, it was applied to an existing distribution network composed of 135 buses and with distributed generation. The main results are presented and discussed. Index Terms-- distributed generation, distribution system planning and modeling, optimization, linearized model, smart grids. I. INTRODUÇÃO As redes inteligentes são constituídas por um sistema que reúne os recursos energéticos centralizados e distribuídos, incluindo o uso intensivo de fontes renováveis e a participação ativa da demanda, em um mercado competitivo no qual são aplicadas tecnologias de comunicação e controle [1]. Quando existem incentivos econômicos, torna-se atrativa a presença de dispositivos para a produção de energia elétrica nas proximidades de seu consumo e ainda a possibilidade de venda do excedente ao próprio sistema no qual a conexão é realizada [2]. Isto favorece a disseminação da geração distribuída (GD), empregando uma grande diversidade de fontes alternativas, admitidas como de baixo impacto ambiental, tais como eólica, solar fotovoltaica e células de combustível [3]. A inclusão desta GD no sistema elétrico pode trazer benefícios como: continuidade do atendimento, quando o sistema de transmissão apresenta alguma contingência, melhorias no perfil de tensão e redução de perdas do sistema [3] [4]. Com a presença da GD em redes de distribuição, os fluxos tornam-se bidirecionais, transformando o sistema de distribuição anteriormente passivo em uma rede ativa [5]. 978-1-4673-6605-2/15/$31.00 ©2015 IEEE Dentro desse contexto, a definição da forma de operação dos dispositivos de controle e proteção torna-se mais complexa, pois necessita levar em consideração todas as formas que a GD será autorizada a operar. Origina-se ai a necessidade de um modelo que permita verificar os efeitos da inclusão das redes inteligentes nos sistemas de distribuição de energia visando possibilitar formular e resolver os problemas relacionados com o planejamento ótimo da operação e expansão destes sistemas [6]. No modelo clássico, utilizado na formulação do fluxo de carga, as fontes e cargas são representadas por injeções constantes de potência, fazendo com que as equações de balanço de potência dos nós da rede constituam um sistema de equações não lineares. O modo clássico de solução deste sistema de equações não lineares, que é associado às redes de distribuição, é através de métodos de varredura [7]. Um método alternativo, para a resolução deste mesmo problema de fluxo de carga, começa a tratar as cargas como injeções de correntes, permitindo obter as tensões nas barras a partir de um cálculo matricial simples. Porém, com a penetração da geração distribuída esse método pode não ter boas características de convergência [8][9]. A definição da melhor localização dos recursos de GD é um problema de otimização que tem sido estudado por diferentes pesquisadores e geralmente está associado a métodos heurísticos de otimização[4] [10]. Isto se deve em parte ao fato de que as expressões que determinam o modo de operação do sistema (equações do fluxo de carga) são não lineares e são resolvidas empregando métodos iterativos. Por outro lado, quando o sistema de distribuição é representado por intermédio de expressões lineares, é possível incorporar este conjunto de equações lineares diretamente aos modelos de otimização, sem que estes se tornem mais difíceis de resolver. Isto possibilita que os modelos de otimização possam ser resolvidos empregando métodos clássicos, com garantia de otimalidade e ainda com informações de sensibilidade no entorno da solução obtida. 435 2015 IEEE PES Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT LATAM) Com a metodologia exposta neste trabalho, tem-se uma modelagem linear aproximada para a determinação de tensões e correntes do sistema de distribuição que permite a análise do desempenho da rede sujeita às possíveis formas de inserção de geração distribuída. O modelo linear proposto permite determinar o modo de operação da rede para qualquer situação de carregamento ou modo de operação da GD. Isto permite avaliar situações nas quais os métodos baseados nos fluxo de carga convencionais não apresentariam resultado, geralmente relacionados a pontos de operação com altos níveis de carregamento e grandes quedas de tensão. Assim, a metodologia proposta destina-se a todos os modelos de otimização relacionados ao problema de planejamento da operação e da expansão de sistemas de distribuição – em particular, dos sistemas nos quais as redes inteligentes estão presentes, pois o número de controles disponíveis neste caso é ainda maior do que as redes convencionais. II. REPRESENTAÇÃO DAS CARGAS Neste trabalho a carga em cada barra é representada por injeções de corrente obtidas a partir das demandas de potência ativa e reativa, considerando que as cargas são trifásicas e equilibradas, os ângulos de fase das tensões nodais são todos iguais a zero e as magnitudes das tensões são iguais aos seus valores nominais. Levando em conta o circuito equivalente por fase e utilizando grandezas por unidade, as correntes demandadas pelas cargas são determinadas por [11]: – (1) sendo e as componentes real e imaginária da corrente demandada na barra i, a demanda de potência complexa na barra i, e a potência trifásica ativa e reativa demandada na barra i, e o fasor tensão na barra i, que é considerado igual ao valor nominal, ou seja, . III. REPRESENTAÇÃO DOS GERADORES Os geradores são representados por injeções de corrente com componentes real ( ) e imaginária ( ), definidas para toda barra com capacidade de geração, incluindo todos os locais nos quais existe capacidade de injeção de potência proveniente das redes inteligentes que apresentem algum superávit entre produção e consumo [11]. Uma barra com capacidade de geração é selecionada para fechar o balanço e os demais geradores podem operar de diferentes modos. De um modo geral, qualquer barra com capacidade de geração deve operar respeitando os seguintes limites operacionais: (4) onde e representam os limites da tensão de operação da barra i e , , e os limites de injeção das parcelas ativa e reativa da geração instalada na barra i. Desta forma, é possível determinar os valores ótimos, segundo o objetivo do problema em análise. Como uma ampliação ao modelo apresentado por [11], neste trabalho se propõem quatro modos de operação da GD. A diferenciação entre os modos de operação da GD é realizada por intermédio da definição dos limites utilizados nas restrições (2) a (4), de acordo com o modo de operação desejado: Modo de operação PQ: Neste modo de operação as injeções reais e imaginárias são definidas (especificadas). Para sua implementação no modelo proposto é necessário fixar os limites das equações (3) e (4) da seguinte forma: (5) (6) sendo e os valores especificados para as injeções ativa e reativa, respectivamente; Modo de operação FPdef: Neste modo de operação, a injeção ativa não está definida e o fator de potência é especificado. Desta forma, é necessário ajustar os limites da injeção reativa, para garantir que seja mantida uma relação fixa entre as injeções ativa e reativa utilizando: – (7) sendo o fator de potência desejado (especificado). É importante salientar que o valor positivo ou negativo da equação (7), depende do tipo do fator de potência a adotar (+ para indutivo, para capacitivo). Modo de operação FPlim: é similar ao caso anterior, mas neste caso, existe um intervalo para o valor da injeção reativa, sendo os limites dados por: – – (8) – (9) (2) Se desejado incluir um valor definido para a injeção ativa, devem-se adorar limites como os definidos em (5). Por outro lado, se for desejado incluir um valor definido para a magnitude da tensão, deve-se considerar os seguintes limites: (3) (10) 436 2015 IEEE PES Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT LATAM) sendo aproximação. Caso desejado pode ser utilizado um maior detalhamento, mas nos testes realizados isto não foi necessário. o valor especificado para a tensão da barra i; Modo de operação PV: Neste modo de operação apenas a injeção real está definida e operando como uma barra de tensão controlada. Para isto é necessário fixar os limites das equações (2) e (3) da seguinte forma: As equações utilizadas para representar as perdas ativas são dadas por [11]: (11) onde e são constantes, conforme mostrado na Fig. 1. Os valores destes coeficientes são mostrados na Tabela I (17) (12) Caso desejado, outros modos de operação podem ser definidos, bastando para tanto ajustar os limites a serem considerados nas equações (4) a (6). Estabelecendo um modo de operação livre (sem limites) é possível chegar aos valores das injeções ativa e reativa de potência na barra selecionada para alocar a GD, de forma que as perdas sejam minimizadas. IV. REPRESENTAÇÃO DA REDE A rede de distribuição é detalhada por um modelo por fase linearizado [11]. As equações que descrevem a operação da rede são: Figura 1. Restrições lineares utilizadas para aproximar as perdas ativas nas linhas. (13) (14) - – (15) em que, S é a matriz de incidência do sistema; e representam os vetores das partes real e imaginária das injeções de correntes; e os vetores das partes real e imaginária da corrente de carga. As barras são caracterizadas pelos subscritos i e j. Assim, e são as tensões das barras i e j. Os ramos são denotados pelo subscrito ij, sendo e a parte real e imaginária da corrente no ramo ij, a resistência a reatância do ramo ij e o fator calculado para cada trecho de rede do alimentador, de forma que a solução obtida pelo modelo aproximado seja igual à solução exata do fluxo de carga, em torno do ponto onde o modelo linear foi desenvolvido [11]. A. Representação das Perdas As perdas ativas no ramo podem ser determinadas através da seguinte expressão: (16) As parcelas e podem ser aproximadas por um conjunto de expressões lineares, conforme mostrado para a parcela ( ) na Fig. 1 [11], na qual são utilizadas 10 retas para aproximar a parábola no intervalo de –5 pu a +5 pu para o valor da corrente . Observar que mesmo que o intervalo adotado para os valores da corrente seja bastante grande, o emprego de 10 retas é satisfatório, permitindo uma boa Tais restrições operam em conjunto com a inclusão de um termo na função objetivo do problema, visando minimizar as parcelas e . Isto garante que o valor aproximado para os termos quadráticos esteja sempre próximo do valor exato, mostrado pela parábola. TABELA I. VALORES DOS COEFICIENTES DA INEQUAÇÃO (17) Retas Retas 0,60 2,00 4,00 6,40 8,79 0,00 0,84 – 3,64 – 9,87 – 18,99 – 0,60 – 2,00 – 4,00 – 6,40 – 8,79 0,00 – 0,84 – 3,64 – 9,87 – 18,99 Ressalta-se que o conjunto de inequações (17) é aplicado tanto para a parcela real quanto para a imaginária , resultando neste caso em 20 inequações para o ramo . B. Representação dos Limites Operacionais. Os limites de tensão de operação podem ser modelados por restrições simples de canalização, nas variáveis que caracterizam a magnitude da tensão: (18) considerando NB como o número de barras do alimentador de distribuição. Os limites de fluxo nos ramos são também aproximados por restrições lineares. A partir da equação (16) podem-se definir 437 2015 IEEE PES Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT LATAM) restrições que consideram o limite de fluxo em cada ramo através de: (19) V. PARÂMETROS UTILIZADOS PARA COMPARAÇÃO DOS MODELOS Para comparar os resultados obtidos pelo modelo apresentado com relação à solução obtida pelo fluxo de carga convencional foram definidos índices de diferença das tensões e perdas. Estes índices foram definidos como a média das diferenças obtidas pelos modelos comparados, para o total do sistema ou para o alimentador testado. Desta forma, o índice de diferença das tensões é dado por: (2) Neste sistema testou-se diferentes níveis de participação da GD em cada alimentador, variando de 0 MW a 4,5 MW, estando este recurso instalado nas barras indicadas na Tabela II. Além disto, foram determinadas, utilizando o modelo de operação livre (sem limites), as quantidades ótimas de injeção das G ’ l c b rras especificadas na Tabela II. O objetivo destes testes foi verificar a diferença do modelo aproximado apresentado com o fluxo de carga convencional, sendo quantificadas as diferenças nas magnitudes das tensões e nas perdas. Em todos os testes a GD foi modelada como uma barra PV, com tensão especificada em 1 pu, pois a modelagem convencional do fluxo de carga não permite ajustar este valor para atender a algum objetivo específico (minimizar as perdas, por exemplo). Para uma melhor interpretação das barras selecionadas com GD, a Fig. 2 mostra a distribuição das GD’s alocadas no sistema teste. no qual é o numero total de barras do sistema ou alimentador e o valor da diferença relativa é determinado para cada barra por meio de : TABELA II. SISTEMA 135 BARRAS – BARRAS COM GE E INJEÇÕES ÓTIMAS Alimentador (3) Al1 Al2 Al3 Al4 Al5 Al6 Al7 Al8 onde é o valor da magnitude da tensão da barra obtido na solução do fluxo de carga convencional e é a magnitude da tensão obtida pelo modelo apresentado. O índice de diferença das perdas é definido em cada sistema ou alimentador considerando: Numero da Barra 10 35 61 82 125 139 159 214 Injeção Ativa Ótima (MW) 1,62 2,12 2,18 0,92 1,53 1,65 1,84 1,92 Total da Carga (MW) 2,58 2,26 2,56 1,55 1,64 2,76 2,97 2,00 (4) sendo e as perdas totais obtidas pelo fluxo de carga e pelo modelo apresentado, respectivamente. VI. ESTUDO DE CASO Para exemplificar a utilização do modelo aproximado, foi realizado um estudo comparativo com a solução obtida pelo fluxo de carga convencional usando o método de varredura [7]. O sistema de distribuição utilizado nos testes possui 135 barras e opera com tensão nominal de 13,8 kV, sendo constituído por 8 alimentadores [12], que serão designados por Al1 até Al8, conforme mostrado na Fig. 2. Inicialmente, foi realizado um teste considerando a configuração base (sem GD), visando comparar o valor das perdas totais obtidas pelo modelo proposto com o valor obtido pelo fluxo de carga convencional. Por se tratar de uma rede de distribuição, em todos os testes a carga foi modelada no fluxo de carga como sendo 50% de potência constante e 50% de impedância constante. Como resultado deste teste inicial, as perdas totais do modelo aproximado foram de 0,299 MW e as do fluxo convencional de 0,298 MW, mostrando uma diferença de 0,001 MW e uma diferença percentual de 0,341 %, sendo assim uma boa aproximação entre estes resultados. Figura 2. Sistema 135 barras Alocação das GD nas barras. Considerando as injeções e barras escolhidas, a Fig. 3 e a Fig. 4 apresentam as perdas totais obtidas para os alimentadores 1 a 4 e 5 a 8 no modelo proposto. Nestas figuras se pode observar que os valores de injeção que minimizam as perdas correspondem aos selecionados pelo modo de operação livre do modelo aproximado. Assim, conforme a injeção ativa cresce, as perdas começam a diminuir até chegar aos pontos ótimos de injeções, cujos valores correspondem aos mostrados 438 2015 IEEE PES Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT LATAM) na Tabela II. Depois de chegar nestes valores, as perdas começam a aumentar em cada alimentador, como consequência dos fluxos reversos presentes no sistema de distribuição. Figura 3. Sistema com GD – Al1 a Al4 A Fig. 7 mostra que mesmo para o alimentador 7, que apresentou os maiores índices de diferença, as curvas do modelo aproximado e do fluxo de carga estão praticamente superpostas, mostrando que o modelo proposto chega a resultados muito similares com os obtidos pelo fluxo de carga convencional para as perdas. Perdas vs Injeção ativa. Figura 4. Sistema 135 barras com GD – Al5 a Al8 A Fig. 5 e a Fig. 6 mostram que mesmo variando a participação da GD, o modelo proposto tem um comportamento satisfatório, dado que as diferenças com o fluxo de carga são sempre pequenas (Valores nos índices menores a 5%) dentro da faixa de injeção ativa selecionada. Também, pode-se observar que perto do valor ótimo de injeção ativa (Tabela II), os erros tendem a ser menores na maioria dos alimentadores (menores que 2%). Também, quando a barra com GD é alocada longe da subestação, as diferenças são maiores, como acontece com o alimentador 7. No entanto, estas diferenças são limitadas como será amostrado na Fig. 7. Perdas vs Injeção ativa. Para estes alimentadores, na Fig. 5 e na Fig. 6 mostram-se os valores obtidos do índice de diferença das perdas, definido na equação (4), para cada injeção da GD. Figura 7. Sistema 135 barras com GD – Al7 – Perdas vs Injeção ativa para o FC e o MA. A Tabela III e a Tabela IV mostram os valores obtidos para as tensões mínimas e as perdas totais para cada alimentador no fluxo de carga (FC) e no modelo proposto (MA) respectivamente, considerando a injeção ótima ativa nas barras selecionadas da Tabela II. Neste caso, são apresentados os índices de diferenças calculados conforme (2) e (3) e (4). TABELA III. Figura 5. Sistema 135 barras com GD – Al1 a Al4 vs Injeção ativa. Al1 Al2 Al3 Al4 Al5 Al6 Al7 Al8 Figura. 6 Sistema 135 com GD – Al5 a Al8 vs Injeção ativa. VALORES DAS TENSÕES – INJEÇÕES ÓTIMAS Tensão mínima (pu) Fluxo de Carga Modelo Proposto 0,9916 0,9916 0,9976 0,9976 0,9960 0,9960 0,9892 0,9892 0,9919 0,9919 0,9941 0,9941 0,9854 0,9854 0,9919 0,9919 Diferenças %) 0,00086 0,00008 0,00012 0,00043 0,00029 0,00277 0,00928 0,00025 Como se pode observar da Tabela III, existe pouca diferença entre os valores obtidos do fluxo de carga e do modelo apresentado, sendo o índice de diferença das tensões menor a 0,00928, mostrando assim uma aproximação boa entre 439 2015 IEEE PES Innovative Smart Grid Technologies Latin America (ISGT LATAM) os modelos. Também, é mostrado para a faixa de injeções utilizadas, um bom perfil da tensão com valores perto de 1 pu. TABELA IV. Al1 Al2 Al3 Al4 Al5 Al6 Al7 Al8 VALORES DAS PERDAS TOTAIS –INJEÇÕES ÓTIMAS Perdas totais (MW) Fluxo de Carga Modelo Proposto 0,0148 0,0150 0,0028 0,0029 0,0033 0,0034 0,0562 0,0558 0,0059 0,0060 0,0077 0,0078 0,0299 0,0303 0,0051 0,0052 Diferenças (%) –0,74 –3,68 –4,12 0,86 –1,23 –1,44 –1,25 –1,73 A flexibilidade dos modos de operação da GD também se apresenta como uma vantagem em comparação com a metodologia do fluxo de carga convencional, dado que nessa metodologia só é possível modelar a carga como PV ou PQ, dificultando a implementação de modos para regulação do fator de potência ou na determinação da melhor solução. A aplicação deste modelo aproximado em modelos de otimização é objeto de outros trabalhos; neste trabalho, mostrou-se que é possível obter a solução do fluxo de carga nas redes de distribuição incluindo as perdas por intermédio de um conjunto de equações lineares considerando também a GD. Tal conjunto de equações pode ser incorporado aos modelos de otimização sem acarretar qualquer prejuízo a sua convexidade ou mesmo introduzir alguma não-linearidade. Como se pode observar da Tabela IV os valores das diferenças entre as perdas totais para cada alimentador são inferiores a -4,12%. Desta forma, o modelo proposto consegue aproximar-se satisfatoriamente dos valores obtidos pelo fluxo de carga permitindo ainda a determinação ótima da injeção da GD para reduzir as perdas de potência na rede. Também é possível, com o uso deste modelo, determinar a melhor tensão de operação que pode ser usada para definir a tensão que deve ser regulada na barra. Testando a convergência, foi possível verificar que mesmo com um aumento de 500 vezes no valor da carga o modelo proposto consegue chegar a uma resposta, enquanto o fluxo carga não converge. Desta forma, é possível avaliar o comportamento do sistema em condições extremamente precárias. Finalmente, comparando os tempos médios necessários para a solução dos exemplos mostrados, o modelo aproximado apresentou um tempo de resolução de 0,718 segundos, enquanto o fluxo de carga apresentou um tempo de execução de 2,44 segundos, sendo assim que a metodologia proposta apresentou um melhor desempenho computacional. VII. CONCLUSÕES O modelo aproximado apresentado neste trabalho se mostrou capaz de representar de forma adequada a rede de distribuição de energia elétrica, pois leva em conta as características específicas dos circuitos de distribuição e do comportamento da carga. O estudo de caso demonstra que o modelo proposto chega a valores muito próximos dos obtidos com métodos convencionais, garantindo sua validade como método de análise de redes de distribuição. O sistema também se mostrou muito versátil na análise do impacto de geração distribuída, que geralmente está presente nas redes inteligentes, pois permite considerar esta operando de diferentes modos. O modo de operação sem limites utilizado no modelo é um critério útil para determinar a injeção ótima da GD, podendo assim observar a redução das perdas e a melhoria do perfil da tensão do sistema. REFERÊNCIAS [1] Z b J v løy “ k t-based approach for optimal operation of customer- w Gu t tG ” em Electricity Distribution (CIRED 2013), 22nd International Conference and Exhibition on}, Stockholm, 2013. [2] H. Lee Willis, Distributed Power Generation: Planning and Evaluation, New York: CRC Press, 2000. [3] J t “ t but y uc Power and Energy Magazine, IEEE, vol. 6, n. 3, pp. 30-40, 2008. ” [4] w h “ -PSO based loss sensitivity clustering technique to identify optimal DG allocation nodes for energy efficient t t ” Industrial Electronics and Applications (ICIEA), 2014 IEEE 9th Conference, Hangzhou, 2014. [5] J “ l t but l l w u c c ” Power Systems, IEEE Transactions on, vol. 21, n. 3, pp. 1458-1459, 2006. 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