Apostila de pintura - Giulliano Polito - DEMC

Transcrição

Apostila de pintura - Giulliano Polito - DEMC
Universidade Federal de Minas Gerais
Escola de Engenharia
Depto. de Engenharia de Materiais e Construção
Principais Sistemas de Pinturas e suas
Patologias
Autor: Giulliano Polito
Março 2006
1
1.
Conceito
Pintar significa proteger e embelezar. É necessário assegurar que as qualidades da tinta
permanecerão firmes e aderidas ao substrato mantendo por um determinado tempo, as
propriedades essenciais. Esta mesma preocupação deverá ser direcionada à preparação das
superfícies a serem pintadas. Sem o que tudo estará comprometido. Por fim, dever-se-á
exigir profissionais com qualidade, experiência e, porque não, equipamentos modernos.
2.
A história da tinta
A história do uso das cores e da pintura se confunde com a própria história da humanidade.
O ser humano na pré-história, possuidor de limitados recursos verbais para transmitir suas
experiências, viu-se obrigado a desenvolver alternativas que complementassem sua
comunicação e que perpetuasse a informação.
2.1. A cor na pré-história
Descobertas atuais demonstram que as gravuras encontradas em cavernas remetem ao
último Período Glacial. Os nossos ancestrais perceberam que certos produtos, como o
sangue por exemplo, uma vez espalhado nas rochas deixavam marcas que não
desapareciam. Logo estes materiais começaram a ser utilizados para transmitir informações.
Com a necessidade de aumentar a durabilidade das pinturas e diversificar as cores, as
chamadas pinturas rupestres passaram a utilizar óxidos naturais, presumivelmente
abundantes junto à superfície do solo naquele tempo, como os ocres e vermelhos.
Para que fosse possível "pintar" era necessário um ligante que pudesse fixar os pigmentos à
superfície conferindo alguma durabilidade. A solução foi misturá-los ao sebo ou seiva
vegetal.
Com o aprimoramento da competência artesanal, ainda no período glacial, começaram a
surgir as primeiras ferramentas e equipamentos auxiliares para executar as pinturas, bem
como para manufaturar as matérias-primas utilizadas na preparação das tintas.
Depois disso, durante milhares de anos, pouco se acrescentou às descobertas iniciais. A
história começa a registrar novidades quando várias civilizações surgem do longo período
de maturação da mente humana.
2.2. Egito
Durante o período de 8000 a 5800 a.C. surgiram, desenvolvidos pelos egípcios, os
primeiros pigmentos sintéticos. Estes pigmentos eram derivados de compostos de cálcio,
alumínio, silício e cobre, razão pela qual possuíam grande gama de azuis, como o até hoje
utilizado Azul do Egito. Além do desenvolvimento de pigmentos baseados em materiais
minerais também foram desenvolvidos os de origem orgânica.
2
Os produtos usados como ligantes incluíam goma arábica, albumina de ovo, cera de abelha
entre outros.
2.3. Grécia e Roma
Gregos e romanos utilizavam pigmentos como os egípcios, tendo desenvolvido grande
variedade de pigmentos minerais, derivados de chumbo, zinco, ferro e orgânicos; derivados
de ossos. Assim como no Egito, os bálsamos naturais eram utilizados como proteção para
navios, revestindo os cascos.
Neste período da história são relatados usos de ferramentas como espátulas e trinchas.
2.4. A pintura no Oriente
Os orientais utilizavam diversos materiais orgânicos e minerais para suas pinturas.
Os chineses e japoneses preparavam materiais para decoração de suas porcelanas, sendo
que os indianos e persas faziam uso de trinchas e elementos de corte para executar a
pintura.
Ainda neste período os maiores desenvolvimentos se davam em função do uso decorativo
da pintura, sem grande importância ao aspecto de conservação.
2.5. As Américas
Os índios das Américas, especialmente no que hoje conhecemos como América do Norte,
faziam uso de vários materiais de origem vegetal nas suas pinturas e em seus cosméticos,
além dos minerais retirados de rios e lagos.
Os nativos da América do Sul utilizavam penas de pássaros para a confecção de seus
apetrechos de pintura. Neste período, algumas pinturas já possuíam boa durabilidade.
2.6. Idade Média
Neste período surgem os primeiros registros da utilização de vernizes como proteção para
superfícies.
Estes materiais eram preparados a partir do cozimento de óleos naturais e adição de alguns
ligantes.
2.7. O impulso da Revolução Industrial
Assim como em outros setores industriais, foi durante o período da Revolução Industrial
que a indústria de tintas e vernizes se desenvolveu com maior rapidez.
O copal e o âmbar eram as resinas mais comumente utilizadas.
As primeiras indústrias surgiram na Inglaterra, França, Alemanha e Áustria.
As fórmulas eram tratadas sob sigilo absoluto, e tidas como uma informação de poucos
privilegiados.
2.8. Novos desenvolvimentos
3
Durante o século XX, a indústria de tintas passou por grande evolução tecnológica, o que
gerou o aparecimento de novos materiais, cada vez mais adequados ao usuário.
Os desenvolvimentos também trouxeram produtos de maior resistência, garantindo
longevidade às superfícies tratadas.
2.9. Início desta atividade industrial no Brasil
A história da indústria de tintas brasileira teve início por volta do ano 1900, quando os
pioneiros Paulo Hering, fundador das Tintas Hering, e Carlos Kuenerz, fundador da Usina
São Cristóvão, ambos imigrantes alemães, iniciaram suas atividades na nova pátria e lar.
Sucessivamente outras empresas, atraídas pelo novo mercado potencial, começaram a se
instalar em nosso País e desenvolver fortemente o setor.
3.
Tipos
Existem duas classificações básicas para tintas:
•
•
À base de óleo ou solventes
À base de água
As denominações citadas espelham a principal diferença entre as duas categorias de tintas,
denominada porção líquida, ou veículo da tinta. A porção líquida de uma tinta à base de
óleo contém solventes como o mineral spirits. Nas tintas à base de látex. A porção líquida
contém água.
3.1. As vantagens das tintas a base de solvente são:
•
•
•
•
Proporciona melhor cobertura na primeira demão
Adere melhor a superfícies que não estão muito limpas
Tempo de abertura maior (espaço de tempo em que a tinta pode ser aplicada com
pincel antes de começar a secar)
Depois de seca apresenta maior resistência à aderência e a abrasão
3.2. As vantagens das tintas à base de água são:
•
•
•
•
•
•
Melhor flexibilidade em longo prazo
Maior resistência a rachaduras e lascas
Maior resistência ao amarelecimento, em ares prot4egidas da luz do sol
Exala menos cheiro
Pode ser limpa com água
Não é inflamável
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Tabela comparativa da performanceara avaliação de tintas de qualidade
ÓLEO
Durabilidade
Retenção de
cor
Facilidade de
aplicação
Resistência ao
mofo
Adesão excelente. Oferecem elhor
adesão que as de látex quando
pintadas sobre superfícies
padronizadas
Não são melhores que as látex. A
película pode se degradar em
contato com o sol
São mais difíceis de aplicar, pois é
Mais pesada. No entanto, com
apenas uma demão, oferecem maior
cobertra
Sendo formadas á base de óleos
vegetais, fornecem nutrientes para o
crescimento ou desenvolvimento do
mofo.
LÁTEX
Adesão excelente em todo tipo de
superfícies, oferecendo melhor
elasticidade que as tintas à base de óleo
Grande resistência contra a deterioração
da película, quando exposta à luz solar.
São mais fáceis de aplicar
Oferecem poucas condições ao
crescimento de colônias de mofo. O uso
de fungicidas inibe o crescimento do
mofo.
Versabilidade
Podem ser aplicadas na maioria das
superfícies,menos em superfícies
cujo aglomerante seja o cimento
portland, como concreto, emboços e Podem ser aplicadas praticamente sobre
rebocos tradicionais. Dever-se-á
todo tipo de superfície. Sugere-se usar
aplicar um protetor penetrante para primer antes
isolar a superfície. Não podem ser
aplicadas diretamente sobre
superfícies galvanizadas
Limpeza
Só é possível com solventes
derivados de petróleo, como xilol,
toluol e etc.
Lavam-se apenas com água
Tempo de
secagem
de 8 a 24 horas
1 a 6 horas, permitindo repintura
3.3. Tintas à base de óleo
As tintas à base de óleo têm boa cobertura (característica da tinta de cobrir ou mudar a
superfície original) e adesão ao substrato aplicado. Por outro lado, em aplicações externas,
algumas destas tintas tendem a oxidar, fazendo com que a película, com o passar do tempo
torne-se quebradiça, ocorrendo diversas linhas de trincas e fissuras. Em aplicações internas,
costuma ocorrer o amarelamento e, às vezes, pequenos desplacamentos da película. Estas
tintas são mais difíceis de aplicação que as formuladas com látex, demorando de 8 a 24
horas para proceder a secagem da película aplicada.
Não devem ser aplicadas sobre superfícies com características alcalinas e, mais
especificamente, sobre aquelas que não se apresentem totalmente curadas. Também não
devem ser aplicadas diretamente sobre superfícies metálicas galvanizadas. Em ambos os
casos há esta contra indicação devido ao fato de que, desta forma, haverá a saponificação
do filme.
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3.4. Tintas base água
As tintas base água dividem-se em acrílicas e copolímero de acetato de vinila (PVA).
3.4.1. Tintas à base de PVA
As tintas à base de PVA oferecem mais qualidades para fins externos que as tintas à base de
óleo, já que apresentam maior variedade de cores, retenção do brilho, melhor resistência a
surgência de fissuras, à radiação UV e ao desenvolvimento de mofo.
3.4.2. Tintas à base de Acrílico
As tintas de acrílico de fórmula pura oferece em relação ao látex maior resistência:
• Ao amolecimento por gordura
• Ao descascamento
• À formação de bolhas
• Ao crescimento de algas e fungos
• À formação de manchas por água, mostarda, molho de tomate, café
• Aos produtos de limpeza doméstica
• Manutenção de cor
• Adesão em condições úmidas
A qualidade das tintas à base de látex para utilização externa, hoje, é inquestionável,
Particularmente aquelas formuladas com resinas 100% acrílicas, já que seu filme mantém a
flexibilidade por anos.
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COMPOSIÇÃO TÍPICA DE UMA
TINTA LÁTEX
27%
26%
8%
9%
65%
65%
Tinta com brilho
Tinta semi-brilho
23%
12%
20%
15%
65%
65%
Tinta acetinada
16%
PIGMENTO
RESINA
ÁGUA,
ADITIVOS
E CARGAS
Tinta fosca
para interiores
6%
19%
19%
65%
75%
Tinta fosca para
interiores de
baixa qualidade
Tinta fosca para
interiores de
baixa qualidade
e preço
7
4.
Componentes
Todas as tintas são compostas por quatro componentes básicos, que darão efeitos
particulares em suas performances, desconsiderando o fato de serem à base de solvente ou
água. Os componentes são: O pigmento, a resina, a porção líquida e os aditivos. Os três
últimos formam o veículo da tinta.
4.1. Pigmento
São materiais insolúveis, geralmente com grande finura, sendo sintéticos ou naturais, que
dão cor e poder de cobertura à tinta. O dióxido de titânio, pigmento branco, é o mais
empregado na formulação das tintas, é um dos ingredientes que melhora a qualidade da
tinta, garantindo alto poder de cobertura, alvura, durabilidade, brilho e opacidade.. Os
“extenders” ou “cargas” também são pigmentos, inertes como o carbonato de cálcio,
silicatos de magnésio e de alumínio, sílica, etc., que são adicionados às tintas de modo a dar
volume, sem acrescentar praticamente nada em seu custo.
Os pigmentos podem ser divididos em Orgânicos e inorgânicos.Os inorgânicos são todos os
pigmentos brancos e cargas e uma grande faixa de pigmentos coloridos, sintéticos ou
naturais. Os orgânicos são substâncias corantes insolúveis e normalmente não tem
características ou funções anticorrosivas. Uma dos aspectos mais importantes a se observar,
é sua durabilidade ou propriedade de permanência sem alteração de cor.
Cargas
4.1.1.Pigmentos inorgânicos
4.1.2.Pigmentos Orgânicos
Pigmentos verdadeiros
Dióxido de titânio
Óxido de ferro
Cromatos de chumbo
Cromatos de zinco
Verdes de cromo
Azul de Prússia
Óxido de zinco
Oxido de cromo
Negro fumo
Pigmentos metálicos
Fosfato de zinco
Monoazóicos
Vermelho toluidina
Vermelho paraclorado
Laranja de dinitroanilina
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4.2. Resina
É um material ligante ou aglomerante, normalmente um polímero, normalmente um
polímero, não volátil, também chamado de “veículo sólido” que fixa, junta e faz aderir as
partículas do pigmento, dando integridade à película de pintura. Propriedades da tinta como
dureza, resistência à abrasão, resistência aos álcalis e adesão são governadas basicamente
pela resina.
Quando a pintura é aplicada e seca, seu poder de aderência à superfície deve-se à resina que
, dependendo do tipo e quantidade adicionada à formulação da tinta será fundamental para
dar resistência ou retenção de cor, brilho, flexibilidade ao filme e, finalmente, durabilidade.
Deduz-se, portanto, que uma tinta com pouca ou nenhuma resina terá uma performance
deficiente e, por fim uma durabilidade extremamente baixa. A caiação é uma tinta que ,
essencialmente, não contém resina.
Propriedade
Resistência a
Luz solar Ambientes Abrasão Atmosfera
Úmidos ou
ácida
imersão
Álcalis
Solventes
Dureza
Estabilidade
ao calor
Cores
Custo
relativo
Hidrocarbonetos
1
5
2
5
3
0
1
0
limitada
1,00
Nitrocelulósicas
2
1
2
2
2
1
1
0
todas
1,90
Borracha clorada
2
5
3
5
3
0
2
1
muitas
3,80
Borracha clorada/
alquídicas
3
2/3
amarela
2
2/3
2
0
1
2
todas
2,80
Vinílica /
alquídica
3
3
amarela
levemente
2
3
2
2
1
2
todas
3,90
PVC
copolimerizado
3
5
3
5
3
2
2
3
todas
5,50
PVC
3
5
5
5
5
2
2
4
restrições
6,00
Vinil / acrílica
4
4
3
4
4
2
2
3
todas
5,20
Acrílica
5
3
3
3
4
2
2
3
todas
4,60
Epóxi poliamida
2
4/5
4
4
3
4
3
4/5
restrições
6,60
Epóxi poliamina
2
4/5
5
5
5
5
4
4/5
restrições
7,00
Poliuretano aromático
2
3
5
4
5
5
4
4/5
restrições
7,00
Poliuretano alifático
5
3
5
5
5
5
4
4/5
todas
10,40
Legenda 5 = Excelente
4 = Muito bom
3 = Bom
2 = Regular
1= Insuficiente
0 = Não indicado
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As tintas compostas de solventes podem ser formuladas com resinas sintéticas ou naturais.
É interessante ressaltar que mais de 90% das tintas a base de solvente usam resinas
alquídicas (reação de álcools polihidricos, como os glicols e a glicerina, adicionando-se
ácidos orgânicos como o maleic e o sebaic) como aglomerante. Este aglomerante,
explicando de outra maneira, é composto por resinas modificadas com óleos vegetais, como
o de linhaça e de tungue que secam rapidamente e formam uma película dura,
diferentemente dos óleos vegetais e resinas sintéticas. Estas tintas não devem ser aplicadas
diretamente sobre paredes ou superfícies alcalinas, a não ser que se aplique um isolante
resistente aos álcalis. De outra forma, ocorrerá a saponificação do veículo. Nas tintas à base
d´água, a resina é essencialmente sintética, sendo que a acrílica ( ou 100% acrílica) e a vinil
acrílica( também chamada acetato de polivinil ou PVA) são mais comuns. Já é de
conhecimento geral que as tintas formadas com 100% de resina acrílica promovem melhor
adesão à superfície e dão maior durabilidade que as tintas vinil acrílicas, particularmente
em superfícies alcalinas ( existem tiras de papel e lápis que medem o PH da superfície)
4.3. Porção líquida ou volátil ( solvente)
Com diferentes funções, dependendo do tipo da tinta, mantém os pigmentos e as resinas
dispersas ou dissolvidas em um estado fluido ou com baixa viscosidade, tornando a tinta
fácil de aplicar. Após a aplicação da tinta, a porção líquida evapora totalmente e deixa atrás
uma película de pigmentos estruturada com a resina. Normalmente não reagem com os
constituintes da tinta.
A porção volátil mais freqüente nas tintas à base de óleo são: a trupentina (solvente
destilado do pinheiro) e os derivados do petróleo como xilol, toluol, etc., que dissolvem a
resina.
São os produtos que tem a capacidade de dissolver outros materiais sem alterar suas
propriedades químicas. O resultado dessa interação é denominado solubilização. Os
solventes são, via de regra, voláteis e na sua maioria inflamáveis. Eles estão presentes nas
tintas com duas finalidades.
•
•
Solubilizar a resina
Conferir viscosidade adequada à aplicação
A solubilização da resina é necessária para que haja um melhor contato da tinta com o
substrato, favorecendo a aderência. A utilização de solventes inadequados, que não tenham
poder de solvência sobre a resina, pode causar problemas nas tintas, como a coagulação ou
precipitação da resina, perda de brilho, diminuição da resistência à água.
Normalmente, são utilizados composições de solventes com diferentes pontos de ebulição,
de maneira que os solventes “ mais leves” formam a película logo após a aplicação,
evitando o escorrimento, e os “ mais pesados” possibilitam a correção de imperfeições
como marcas de pincel e crateras.
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Características gerais:
•
•
•
•
•
•
Incolores
Voláteis, sem formação de resíduos
Quimicamente estáveis, não se alterando no armazenamento
Neutros (não devem reagir com os demais componentes da tinta)
Inodoros ou de odor fraco ou agradável
Estáveis, com propriedades físicas constantes.
Os solventes mais amplamente utilizados são :
•
•
Hidrocarbonetos alifáticos (poder de solvência e volatilidade baixo devido
seu alto peso molecular) e aromáticos (forte poder de solvência e odor. São
eles: benzeno, tolueno, etc.). São muito utilizados devido ao seu custo
relativamente baixo e indicação para a maioria das resinas.
Oxigenados: Caracterizado genericamente por ser hidrosolúveis. São eles:
Álcoois, ésteres, cetonas e os glicóis.
Limites de tolerância.
A água é o único solvente absolutamente sem perigo como, porém, muitas substâncias não
se dissolvem na água, houve na segunda guerra um extraordinário desenvolvimento do uso
de solventes orgânicos.
Entre eles alguns são poucos nocivos, como o etanol e a acetona. Outros como o benzeno, o
dissulfeto de carbono e o sulfato de dimetila, são extremamente perigosos. Em função do
perigo potencial que eles representam os higienistas fixaram limites de tolerância diária, os
quais não devem ser ultrapassados em locais de trabalho. Estes limites estão definidos nas
NRs.
Nas tintas à base de látex, a porção líquida principal é a água, que não dissolve a resina,
mantendo-a apenas dispersada, funcionando como um diluente. Além da água, nas tintas à
base de látex, são usados outros solventes coalescentes que aderem à resina, amolecendo-a,
fazendo com que a tinta sofra uma secagem mais rápida.
4.4. Aditivo
Combinam-se aos componentes primários, de modo a incrementar a performance da tinta.
Os aditivos variam, de preservativos (que impedem que a tinta estrague ao ser estocada na
prateleira) aos fungicidas (que evitam o crescimento de colônias de mofo na superfície da
película aplicada). As sílicas garantem a homogeneidade do revestimento, evitando o
surgimento de fissuras e outros tipos de deformação, seus principais benefícios são: alto
poder de fosqueamento, alta porosidade, consistência, fácil dispersão e qualidade de filme,
proporcionando excelente resistência a riscos e manchas. O glicol também entra na
composição das tintas com a função de impedir que, após a aplicação o filme seque
rapidamente.
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Os modificadores reológicos são uma outra linha de aditivos usado nas tintas à base de
látex, coma função de melhorar suas propriedades de aplicação e a aparência do produto
final, fazendo com que o sistema tenha boa fluidez ou espalhamento, interferindo
eficazmente na cobertura da pintura e, principalmente, em sua durabilidade.
Quanto ao mecanismo de atuação, os aditivos dividem-se em:
5.
•
Aditivos de cinética
o Secantes
o Catalisadores
o Antipeles
•
Aditivos de Reologia
o Espessantes
o Niveladores
o Antiescorrimento
•
Aditivos de processo
o Surfactantes
•
Aditivos de preservação
o Biocidas
o Estabilizantes de ultravioleta
Qualidade
Ao variar a quantidade e o tipo de resina, pigmento, porção, líquida e aditivos, podem criar
uma vasta variedade de tintas. O teor de sólidos, o conteúdo de pigmentos e a qualidade de
óxido de titânio são os três indicadores da qualidade de uma tinta.
Quanto maior a porcentagem de sólidos em volume, não em peso, na tinta; maior espessura
da película, considerando-se uma determinada taxa de espalhamento. Esta vantagem,
simplesmente traduz-se em uma melhor cobertura e, obviamente, em uma verdadeira
proteção da superfície, significando, no fim das contas, durabilidade.
Por exemplo, as tintas comuns à base de látex apresentam-se com cerca de 15 a 20% de
sólidos em volume e 80 a 85% de água. As boas tintas ou de qualidade, normalmente
apresentam cerca de 35 a 35% de sólidos e, conseqüentemente, 55 a 65% de água.
Se pintarmos com uma tinta de qualidade e uma tinta comum, em igualdade de condições,
uma mesma espessura de filme molhado (recém pintado), após a secagem obteremos uma
película mais espessa, que dará mais proteção e durabilidade. De fato, com uma tinta de
40% de sólidos em volume após a secagem da pintura, obteremos uma película seca (EPS)
três vezes mais espessa do que com a tinta 30% de sólidos.
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TINTA LATEX
Alta Qualidade
Resina e Pigmentos
Baixa Qualidade
Resina e Pigmentos
Líquidos
E
Aditivos
Líquidos
E
Aditivos
Espessura do filme
antes da secagem
Espessura do filme após da secagem
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6.
Características que uma boa tinta deve ter
Variáveis para formulação de tintas de qualidade
Variáveis da formação
Mudança
Teor de sólidos
Espessura do filme
seco
Pigmento: proporção com a resina
Porosidade e
integridade do filme
Benefícios
Cobertura e
durabilidade
Retenção da tinta,
resistência à
desintegração ( perda
de pigmento, etc) e à
formação de trincas
Fungicida
Modificação Reológica
Tipo de resina
Nível de TIO2
Seleção de Carga
Viscosidade, fluidez
Cobertura, aparência e
estruturação do filme
durabilidade
Adesão, resist6encia à
chuva, flexibilidade,
resistência aos álcalis e
à radiação UV.
Opacidade
Cobertura
Tinta com alta
resistência à
Durabilidade
desintegração ( perda
de pigmento, etc.)
Diferença de componentes
TINTA À ÓLEO
Pigmentos para dar cobertura
e cor
Líquidos para uma
consistência adequada
Resinas para
promoveradesão e
estruturação do filme
TINTA LÁTEX
TiO2, cores orgânicas,
cores inorgânicas, cargas.
TiO2, cores orgânicas, cores
inorgânicas, cargas.
solvente
água
Óleo de linhaça, óleo de
tungue ou alquídico
100% acrílico ou vinil/acrílico
ou terpolímero vinílico
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6.1. Componentes
As tintas são compostas por quatro categorias de componentes: pigmentos, ligantes,
líquidos e aditivos.Como uma regra geral, quanto maior a quantidade de pigmento e ligante,
melhor será a qualidade da tinta.
•
•
•
•
Pigmentos: responsáveis pela cor e poder de cobertura.
Ligantes: dão "liga" aos pigmentos e proporcionam integridade e adesão ao filme.
Líquidos: também conhecidos como veículo, proporcionam a consistência desejada.
Aditivos: proporcionam à tinta propriedades específicas.
6.2. Características de aplicação
As principais características de aplicação são:
Característica
Benefício
Excelente alastramento e nivelamento
Suavidade da aplicação e boa aparência
Capacidade superior de cobertura
Aparência,
rapidez
de
necessidade de menos demãos
Não respinga quando aplicada com rolo
Facilidade de limpeza e rapidez no trabalho
aplicação,
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6.3. Características de resistência e durabilidade
As características de resistência estão intimamente relacionadas com a qualidade da tinta.
Tintas para Interiores
Característica
Alto grau de adesão
Resistência a abrasão
Resistência a polimento
Resistência a manchas
Resistência a aderência
Benefício
Menor possibilidade de formação de
bolhas, descascamento, maior resistência a
umidade e a lavagem
Maior resistência a limpeza
Não fica brilhante quando polida ou limpa
Não absorve sujeira e maior facilidade de
limpeza
Superfícies que não grudam quando se
tocam
Tintas para Exteriores
Característica
Alta adesão
Resistência a calcinação
Resistência a mofo (bolor) e algas
Retenção de cores
Resistência alcalina
Resistência a sujeira
Benefício
Menor possibilidade de formar bolhas ou
de descascar
Menor desbotamento, menor escurecimento
da superfície e baixa taxa de erosão
Impede o crescimento de fungos ou algas
Manutenção da cor e a aparência
Resiste à deterioração em alvenaria fresca
Não aderência de partículas de sujeira em
suspensão no ar
6.4. Teor de pigmentos
A proporção de pigmentos, volumetricamente falando, referida ao volume total de sólidos
de resina e pigmentos de uma tinta é chamada de teor de pigmentos, e é expressa em
porcentagem.
Teores de pigmentos entre 10 e 2% representam uma proporção baixa na relação
pigmento/resina, significando, certamente, uma tinta com brilho. De forma inversa, as tintas
16
com altos teores de pigmentos entre 45 e 75%, apresentam-se com uma proporção superior
à resina, o que resulta em uma pintura ou acabamento fosco, sem brilho.
As pinturas com acabamento acetinado ou com maio brilho apresentam-se, de um modo
geral, com teores de pigmento entre 28 e 385%
Uma outra forma de entender o teor de pigmento é analisando-se a quetão de quanta resina
será necessária para envolver o pigmento. As tintas, com baixos teores de pigmento, são
consideradas, portanto, com alto teor de resina, isto é, mais resina do que pigmento. Logo,
como já afirmamos acima obteremos uma pintura polida, com brilho.
7.
Aplicação
7.1. Condições climáticas
Não muito frio
5° C é a temperatura mínima de aplicação para a maior parte das tintas à base de água ou de
solvente, seja em relação à superfície a ser pintada ou ao ambiente.
Temperaturas muito baixas
Dificultam as pinceladas e passadas de rolo
Prolongam o tempo de secagem, o que faz com que a tinta fique mais sujeita a adesão de
partículas de poeira do ar
Não muito quente
Temperaturas muito elevadas podem fazer com que a tinta seque rápido demais,
comprometendo a durabilidade da pintura. Evite pintar sob as seguintes condições,
especialmente se mais de uma estiver presente.
Temperatura do ar ou da superfície superior a 30° C
Luz do sol direta, principalmente ao usar cores escuras
Baixa umidade
Ventilação adequada
Ao usar tintas à base de solventes, cuide para que o local seja muito bem ventilado. Isso
evitará que forte odor do solvente, prejudicial à saúde das pessoas, permaneça no local por
muito tempo.
17
8.
Substratos
8.1. Propriedades das superfícies
As propriedades das superfícies, que influem diretamente no comportamento das pinturas
são:
• Permeabilidade: É a propriedade que tem o substrato de permitir a passagem de
gases ou líquidos que poderão resultar em diversas combinações químicas.
•
Porosidade: É a relação percentual entre o volume de espaços vazios e o volume
total. Esta relação influenciará substancialmente no grau de absorção dos compostos
líquidos pela tinta.
•
Resistência a radiações energéticas: É a propriedade dos materiais de não
sofrerem deterioração ou decomposição quando expostos às radiações energéticas ,
especial as radiações provenientes do sol , como luz ultravioleta.
•
Plasticidade / fragilidade: Plasticidade é a propriedade do material de sofrer
alteração de forma sob ação de forças externas e as manter mesmo após a retirada
destas forças, sem o aparecimento de fissuras.
Fragilidade é a propriedade segundo a qual o material se rompe,sob a ação de forças
externas , sem ter sofrido deformação
•
Reatividade química:´a capacidade do material de combinar com agentes químicos
ambiantais.
Os materiais de alvenaria são via de regra porosos, absorvem e podem reter água,
desenvolver e abrigar fungos e possuem comportamento alcalino.
As madeiras são porosas, higroscópicas e sofrem decomposição superficial sob efeito dos
fungos e das radiações solares (raios infravermelho e ultravioleta). Por absorverem
umidade, sofrem alteração dimensional provocando empenamentos.
Os metais, basicamente as ligas ferrosas, são altamente sensíveis à corrosão quando em
contato com a umidade, o oxigênio e os elementos poluentes.
As especificações de pintura na construção civil devem ser feitas mediante pleno
conhecimento das condições ambientais e dos diversos tipos de substratos.
Propriedade de superfícies
Porosidade
Permeabilidade
SUPERFÍCIES
ALVENARIA
MADEIRA
METAIS
alta
alta
nula
alta
alta
nula
Retividade química
Resistência a radiações solares
média
alta
baixa
baixa
Caracterísitca básica peculiar
alcalinidade
higroscopia
PROPRIEDADES
muito alta para
metais ferrosos
alta
sensibilidade à
corrosão
18
9.
Especificação de sistemas de pintura
9.1. Classificação do ambiente segundo as diretrizes da Norma BS6150
Regime anual de
Classificação
chuvas
Exemplo de
cidades brasileiras
baixo
Mais de 6 meses secos
médio
de 4 a 5 meses secos
Teresina, Fortaleza
Belo Horizonte, Cuiabá
Goiania
até 3 meses secos
Belém. Manaus, Rio
de janeiro, São Paulo
Porto alegre, Curitiba,
Florianópolis, Salvador
elevado
9.2. Classificação do ambiente quanto à agressividade da atmosfera local
Classificação
Atmosfera
Baixa
Área não industrial (rural e urbana)
Média
Área semi-industrial
Elevada
Área industrial e marítima
19
Grau de
agressividade
Fraco
1
Moderado
2
1
2
Intenso
Ambiente
externo
Ambiente
Interno
área afastada da orla marítima ( mais de 10km),
não industrial e com regime de chuva médio
área próxima à orla marítima,urbana ou
semi-industrial, com regime de chuva médio
área afastada da orla marítima,urbana ou semiindustrial, com poluição artmosférica média,
mas afastada de fontes de poluição
área dentro da orla marítima( até 3km), não
industrial, com regime de chuva intenso
Ambientes secos, bem ventilados, de
edifícios residenciais e comerciais
Ambiente com possibilidade de condensação
de umidade, como cozinhas e
banheiros, ou com pouca necessidade
de limpeza de superfície
Ambiente frequentemente submetido à
umidade e condensação elevada
ou com necessidade de limpeza
freqüente das superfícies
Ambiente industrial e/ou com umidade e
condensação elevadas
área industrial, com poluição atmosférica elevada
área dentro da orla marítima ( até 3km) e com
elevada poluição atmosféria
Muito intenso
9.3. Sistemas de acabamento para substratos à base de cimento ou cal
Tipo de
ambiente
Grau de
Vinílico
Esmalte
Silicone
agressividade
T
B
F
B
F
B
F
A
A
S
Cal
Cimento
Fraco
R
R
R
X
X
R
R
R
R
R
X
R
R
R
X
-
-
R
X
R
R
R
X
R
R
R
X
-
-
R
R
R
R
R
-
-
R
X
-
-
-
X
-
-
R
R
X
R
R
X
-
-
-
X
-
-
R
R
-
-
Muito intenso
X
-
-
-
-
-
-
-
-
R
-
-
Fraco
R
R
R
R
R
R
R
R
-
-
-
R
Moderado
R
-
-
-
-
R
R
R
-
-
-
R
intenso
-
-
-
-
-
R
-
-
-
-
-
R
1
2
1
2
Moderado
Interno Externo
Tipos de pinturas
Acrílica
Intenso
R – Recomendável
F -Fosco
X – Recomendável até dois pavimentos T - Texturizado A- acetinado B – Brilhante
20
9.4. Definindo o sistema de pintura
CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA
CARACTERÍSTICAS
Óleo
Acrílico
Borracha
Clorada
Vinílica
Dureza
Flexibilidade
Resistência à abrasão
Resistência a álcalis
Resistência à água
Baixa
Alta
Baixa
Baixa
Baixa
Média
Média
Média
média alta
média alta
Média
Média
Média alta
Alta
Alta
Média
Média
Média alta
Alta
Alta
Alta
édia
Alta
Alta
Alta
Alta
Média alta
Alta
Alta
Alta
Alta
Média alta
Alta
Alta
Alta
Resistência à temperatura
Preparação mínima da
superfície
até 90ºC
Limpeza
mecânica
até 100ºC
até 70ºC
até 65ºC
até 120ºC
até 130ºC
até 120ºC
sobre fundo
Jato Sa2
Resistência às intempéries
Resistência a solventes
Espessura µm/demão
Ressitência a ácidos
Média
Baixa
30/40
Baixa
Alta
Baixa
30/40
Média
Média alta
Baixa
35/75
Alta
Jato Sa 2
Epóxi
Epóxi
Epóxi
poliamina poliamida betuminoso
1/2
Média alta
Baixa
25/70
Alta
Jato Sa 2
1/2
Média baixa
Alta
50/150
Média baixa
Jato Sa 2
1/2
Média baixa
Alta
50/150
Média baixa
Jato Sa2
Média baixa
Média baixa
150/250
Alta
CARACTERÍSTICA DE DIVERSOS SISTEMAS DE PINTURA (B)
CARACTERÍSTICAS
Alquídica
fenolada
Poliuretano
Epóxi rico
em zinco
Silicat rico
em Zn
Alquídica
Silicone
Dureza
Flexibilidade
Resistência à abrasão
Resistência a álcalis
Resistência à água
Média
Média alta
Média
Média
Alta
Alta
Média alta
Alta
Alta
Alta
Alta
Média
Alta
Baixa
Alta
Alta
Baixa
Alta
Baixa
Alta
Média baixa
Média alta
Média baixa
Baixa
Baixa
Média alta
Média
Média baixa
Média alta
Alta
Resistência à temperatura
Preparação mínima da
superfície
até 120ºC
até 120ºC
até 250ºC
até 400ºC
até 105ºC
até 600ºC
Sobre fundo
sobre fundo
Jato Sa 3
Jato Sa 3
Limpeza mecânica
Jato Sa 2
Alta
Média baixa
30/40
Média alta
Alta(*)
Alta
30/80
Alta
Média alta
Alta
70/80
Baixa
Média alta
Alta
75
Baixa
Média alta
Baixa
30/40
Média baixa
Alta
Média baixa
20/25
Média
Resistência às intempéries
Resistência a solventes
Espessura µm/demão
Ressitência a ácidos
(*) Poliretano alifático
21
10. Ensaios de uniformidade dos lotes de tintas
MÉTODOS
DETERMINAÇÕES
TINTAS
VERNIZES
ASTM D-2369
ASTM D-1644
Sólidos
NBR - 8621
-
Pigmentos
NBR - 9944
-
ASTM D-4563
-
Material não volátil
(105º)
Dióxido de titãnio
Espectroscopia de
infravermelho
Massa específica
Viscosidade
ASTM D-2621
ASTM D-2621
NBR-5829
NBR-5829
ASTM D-562
ASTM D-562
TOLERÂNCIA DE
VARIAÇÃO
±
±
±
±
2%
2%
2%
2%
Devem apresentar
espectrogramas de
mesmas
características
± 0,1%
± 5%
22
11. Ensaios de desempenho
Ensaio
n.º
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
TINTAS LATEX
PROPRIEDADES
Poder de cobertura
absorção de água
evaporação de água
Resistência à água
Resistência a Alcalis
Resistência a Agentes Químicos
de uso doméstico
Resistência à eflorecência
Resistência a lavabilidade
Resistência ao desenvolvimento
de fungos
Resistência ao Empolamento
MÉTODOS
Proj. ABNT 2.02.29-012
Proj. ABNT 2.02.29-18
Proj. ABNT 2.02.29-17
ASTM d870 - ASTM D 1647
ASTM D 1647
ASTM D 1308
Proj. ABNT 2.02.29-005
Proj. ABNT 2.02.29-006
Proj. ABNT 2.02.29-011 ou
ASTM D 3273
ASTM D 2366
Fita adesiva ASTM D 3359
11
12
arrancamento ABNT D 2.02.29-008
Aderência
Resistência à
variação de umidade
3ciclos
ASTM D 3469
Weather-ometas(1000h)
13
14
15
ASTM G-26
Envelhecimento
C.V.U.B.
acelerado
(500h)
ASTM G-53
Envelhecimento Natural ( 1 ano)
Proj. ABNT 2.02.23-014
Ensaio de Névoa Salina (200h) *** ASTM B-117
ESMALTE
SINTÉTICO
VERNIZ SILICONE
LISO
TEXTURIZADO
ÓLEO
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I.E
I(*)
I(*)
I.E
I.E
-
I
I.E
I
I.E
I
-
I
I.E
I.E
EXIGÊNCIAS
Tolerância de variação em
relação ao valor indicado
pelo fabricante
Não deve apresentar alterações
visíveis a olho nu nem
deterioração da pelicula
I
I
I
-
-
I.E
-
I.E
-
I.E
E
I.E
E**
-
I.E
-
I.E
-
-
-
I.E
-
-
-
não deve apresentar falha na
pelícla após 3000 ciclos de
ensaio
Baixa frequência de
empolamento
classificação 38
tensão de arrancamento
1,on/mm2
Não deve apresentar
bolhas,fissuração
-
-
I**
I**
-
alteração de cor, ou
descolamento de película
E
E
E
E
E
E
E
-
E
E
-
E
E
E
E
E
-
E
E
-
* apenas para substratos à base de cimento
** apenas em sustratos de madeira
*** apenas indicado para substratos metálicos, em ambiente marítimo ou salino
I - Interno
E - Externo
Baixo grau de ferrugem
23
12. Conhecendo a qualidade de sua tinta
Os testes mais representativos são os de: lavabilidade, cobertura úmida, cobertura seca e
porosidade.
Para fazer o teste são necessários:
• cartela de extensão - cartão de papel branco com uma tarja preta, justamente para melhor
observar o poder de cobertura da tinta.
• extensor - peça de metal de espessura constante para puxar a tinta sobre a cartela.
Pode-se fazer o teste de uma ou mais tintas colocando-se uma pequena quantidade de
produto sobre a cartela e puxá-las ao mesmo tempo com o extensor.
24
A tinta de melhor cobertura pode ser observada a olho nu, principalmente sobre a tarja
preta.
Uma vez que a tinta tenha secado, pode-se fazer o teste de porosidade, deixando cair sobre
a cartela uma corrente de água com o uso de um conta-gotas, por exemplo. As tintas de
baixa qualidade têm maior porosidade e conseqüentemente absorvem mais água, fazendo
com que a cobertura diminua e deixando transparecer o substrato, independentemente de
ser papel, tijolo ou argamassa. A porosidade da tinta pode ser melhor observada com a
utilização de uma lupa. Os produtos de alta qualidade são menos porosos.
O teste de lavabilidade pode ser realizado friccionando um pedaço de gaze cirúrgica úmida
sobre as tintas aplicadas na cartela de extensão. No exemplo, a tinta A só resistiu a três
ciclos de fricção; a tinta B resistiu a 23 ciclos, e a tinta C não se desgastou da cartela
durante o teste. Segundo o engenheiro Flávio, as tintas de alta qualidade resistem a 500
fricções ou mais, sem desgaste. Por resistirem a poucos ciclos, as tintas A e B são
consideradas de baixa qualidade.
25
13. Patologias
RELAÇÃO ENTRE FATORES ENVOLVIDOS NA
DEGRADAÇÃO DE UM FILME
Influência do
meio ambiente
•
•
•
•
•
•
•
Influência
do
FATORES
Temperaturas e
variações
Tempo
Radiações
Gases
Ação mecânica
Ataque biológico
Imersão
o Efeitos cíclicos
o Concentração
o PH
•
•
•
•
•
Ataque químico
Pré-tratamento
Aplicação
Elétrico
Efeitos térmicos
Superfície
•
•
•
•
•
DEGRADAÇÃO
Abrasão
Pulverulência
Fissuramento
Mudança de cor
Enfraquecimento
o Térmico
o Químico
Interface
pintura•
•
•
Película
soltando
Impacto
Bolhas
ATRAVÉS DO
FILME
•
•
•
•
•
Fissuramento
Flexibilidade
Distenção ou
deformação por
tração
Fissuras em V no
filme
Enfrequecimento
o Térmico
o Químico
26
Descrição, causas e soluções
13.1. Adesão de duas superfícies
Adesão de duas superfícies quando pressionadas umas sobre as outras. Exemplo: a porta
gruda no batente.
Possíveis Causas
• Não aguardar portas e janelas secarem totalmente antes de fechá-las.
• Uso de tintas alto ou semibrilho de baixa qualidade.
Soluções
• Usar tintas alto ou semibrilho acrílicas de alta qualidade. As tintas de qualidade inferior
possuem pouca resistência ao problema, principalmente sob condições de calor e vapor. As
tintas acrílicas são mais resistentes à esse problema que as tintas vinílica, base óleo ou
alquídica. Esta última, desenvolve sua resistência à adesão com o passar do tempo.
• Siga sempre o tempo de secagem recomendado pelo fabricante.
• A aplicação de talco pode atenuar o problema.
27
13.2. Baixa adesão a metais galvanizados
A tinta não adere à superfícies de metal galvanizado.
Possíveis Causas
• Incorreta preparação da superfície, por exemplo remoção insuficiente da ferrugem.
• Falha na aplicação do selador antes de aplicação de tinta base óleo ou látex vinílico.
• Não lixar corretamente superfícies de acabamento esmaltado ou brilhoso antes da pintura.
Soluções
• Todo e qualquer ponto de ferrugem deve ser eliminado com auxílio de uma escova de aço
e em seguida aplique sobre o substrato um selador resistente à corrosão (uma demão é,
geralmente, suficiente).
• Ao pintar pela primeira vez ou repintar uma superfície galvanizada que não apresente
pontos de ferrugem, pode-se utilizar um látex acrílico sem aplicação prévia de selador. No
caso de usar tintas base óleo ou látex vinílico em superfície bruta, a aplicação de um
selador se torna fundamental.
28
13.3. Baixa resistência a alcalinidade
Perda de cor e deterioração do filme se aplicado sobre alvenaria recém-construída.
Possíveis Causas
• Tinta base óleo ou vinil acrílico aplicada sobre alvenaria recém-construída, que não tenha
sido curada por um ano. Construções novas, geralmente contém cal que é muito alcalino.
• A alcalinidade da construção permanece tão alta a ponto de afetar a integridade do filme
formado sobre a superfície.
Soluções
• O ideal é deixar a superfície sem pintura por até um ano, para que o concreto seque bem.
Se não for possível, espere pelo menos 30 dias. Antes iniciar a pintura, aplique sobre o
substrato um selador resistente à alcalinidade.
• Prefira tintas 100% acrílicas, porque são mais resistentes a esse problema.
29
13.4. Baixa resistência às manchas
A tinta não apresenta resistência contra ao acúmulo de sujeiras e manchas.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade que seja muito porosa.
• Aplicação de tinta em uma superfície que não tenha sido selada.
Soluções
• Tintas base água de alta qualidade contêm mais emulsão, ingrediente que ajuda a evitar
com que as manchas penetrem na superfície pintada. Com isso, a sujeira pode ser removida
com facilidade.
• Superfícies novas, que tenham sido seladas, proporcionam formação do filme em uma
espessura correta, oferecendo fácil remoção de manchas.
30
13.5.
Baixa resistência ao atrito
Remoção parcial ou total do filme, quando esfregado.
Possíveis Causas
• Escolha do tipo de brilho incorreto para o ambiente.
• Uso de uma tinta de baixa qualidade.
• Limpar o local com um material muito abrasivo.
• Limpar a superfície sem que a tinta esteja totalmente seca.
Soluções
• Áreas que necessitam de freqüente limpeza ou que estejam expostas a grande tráfego
requerem um tipo de tinta que ofereça grande resistência. Nesses casos é aconselhável o
uso de tintas alto ou semi brilho ao invés de tintas foscas.
• Quando for limpar a superfície utilize um material não abrasivo e um detergente bem
suave.
31
13.6. Baixa retenção de brilho
Deterioração da tinta, resultando em excessiva ou rápida perda de brilho.
Possíveis Causas
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas.
• Uso de tinta de baixa qualidade.
• Uso de tinta alto brilho base óleo ou alquídica em locais que recebem direta luz do sol.
• A incidência luz do Sol diretamente sobre a superfície pode comprometer a emulsão e os
pigmentos da tinta, provocando a calcinação e perda de brilho.
Soluções
• Com o passar do tempo, toda tinta perde um pouco do seu brilho inicial, porém as de
baixa qualidade o processo se dá mais rapidamente.
• Emulsões usadas em tintas acrílicas são mais resistentes aos raios UV, enquanto as
presentes em tintas base óleo e alquídicas absorvem a radiação, causando seu
comprometimento.
• A preparação da superfície deve ser a mesma de locais que apresentam sinais de
calcinação (ver Calcinação).
32
13.7. Baixa uniformidade de brilho
Brilho desigual da pintura que apresenta manchas brilhantes ou foscas sobre a superfície
pintada.
Possíveis Causas
• Desigual taxa de espalhamento durante a pintura.
• Falha na selagem de uma superfície porosa ou superfície que apresenta vários graus de
porosidade.
• Aplicação da tinta de maneira errada.
Solução
• Substratos novos devem ser selados antes da aplicação da tinta, assegurando uma
uniformidade de porosidade na superfície. Se a superfície não for selada, uma segunda
demão de tinta é indicada.
33
13.8.
Baixo poder de cobertura
A superfície, mesmo pintada, não encobre totalmente a camada subjacente.
Possíveis Causas
• Uso de uma tinta de baixa qualidade.
• Uso de pincel ou rolo de baixa qualidade.
• Uso de uma combinação imprópria de base de tingimento e cor de tingimento.
• Pobre alastramento e nivelamento da tinta (ver Alastramento e Nivelamento).
• Uso de uma tinta muito mais clara que o substrato ou que contenha pigmentos orgânicos
de baixo poder de cobertura.
• Aplicação de tinta com taxa de espalhamento maior que o recomendado.
Soluções
• Use sempre tintas de alta qualidade, pois proporcionam um melhor escoamento e poder de
cobertura.
• Use rolos ou pincéis de boa qualidade. Quando optar por rolo, verifique se é o tipo
indicado para a pintura.
• Se o substrato for muito escuro ou estiver com papel de parede, utilize um selador antes
da aplicação da tinta.
• Se optar por uma tinta tingida, utilize a base correta.
• Quando a utilização de pigmentos orgânicos de baixo poder de cobertura for necessária,
aplique um selador antes da pintura.
• Siga as recomendações do fabricante quanto a taxa de espalhamento.
34
13.9. Bolhas
Esse problema, geralmente é resultante de perda localizada de adesão e levantamento do
filme da superfície.
Possíveis Causas
• Aplicação de tinta base óleo ou alquídica sobre uma superfície úmida ou molhada.
• Umidade infiltrando através de paredes externas (menos provável com tintas base água).
• Superfície pintada exposta à umidade, logo após a secagem, principalmente se houve
inadequada preparação da superfície.
Soluções
• Se nem todas as bolhas baixaram remova-as, raspando e lixando as regiões
comprometidas e repinte com tinta acrílica, indicada para interiores.
• Se todas as bolhas baixaram elimine a fonte de umidade, raspe e lixe o local e aplique um
selador antes de aplicar a tinta.
• Considere a possibilidade de instalar, um exaustor no ambiente.
35
13.10.
Bolor
Esse problema é caracterizado pela existência de manchas ou pontos pretos, acinzentados
ou amarronzados sobre a superfície.
Possíveis Causas
• Aparece, geralmente, em áreas úmidas ou que recebem pouca ou nenhuma luz do sol,
como banheiros, cozinhas ou lavanderias.
• Uso de uma tinta alquídica ou base óleo, ou de uma tinta base água de baixa qualidade.
• Inadequada selagem de uma superfície de madeira, antes da aplicação da tinta.
• Pintura sobre substrato ou camada de tinta na qual o bolor não tenha sido removido.
Soluções
• Certifique-se de que o problema seja mesmo bolor, fazendo o seguinte teste: Pingue
algumas gotas de alvejante doméstico sobre as manchas, se elas clarearem certamente tratase de bolor. Em seguida, remova todo o bolor do local com a seguinte solução: 1 parte de
alvejante para 3 de água, protegendo mãos e olhos.
• Pinte a superfície com uma tinta base água de alta qualidade e quando houver necessidade
de limpeza, faça-a com alvejante /detergente.
• A instalação de um exaustor em locais de intensa umidade é uma boa opção.
36
13.11.
Calcinação
Formação de finas partículas, semelhantes a um pó esbranquiçado, sobre a superfície
pintada exposta ao tempo, causando o desbotamento da cor. Ainda que algum
desbotamento seja normal, devido ao desgaste natural, em excesso pode causar extrema
calcinação.
Possíveis Causas
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, que contenha alta concentração de pigmentação.
• Uso externo de uma tinta indicada para superfícies internas.
Soluções
• Remova a tinta, usando uma escova de aço, todo e qualquer vestígio de calcinação,
enxaguando bem com uma mangueira ou com jatos d’água. Verifique se ainda há presença
de
vestígios,
passando
a
mão
sobre
a
superficie
já
seca.
• Caso o problema persista, aplique um selador base óleo ou látex acrílico e repinte com
uma
tinta
de
alta
qualidade,
indicada
para
superfícies
externas.
• Se a superfície estiver isenta ou apresentar mínimo sinal de calcinação e a tinta antiga
estiver em boas condições não é necessário utilizar um selador.
37
13.12.
Crateras/espumação
Crateras surgem do rompimento de bolhas causadas pela espumação.
Possíveis Causas
• Agitação da lata de tinta parcialmente cheia.
• Uso de uma tinta de baixa qualidade, ou, muito velha.
• Aplicação muito rápida da tinta, especialmente com rolo.
• Uso de rolo com comprimento de pêlo não adequado.
• Passar muitas vezes o rolo ou o pincel sobre o mesmo lugar.
• Aplicação de tinta alto ou semi brilho sobre uma superfície porosa.
Soluções
• Todas as tintas espumam durante a aplicação, entretanto, tintas de alta qualidade são
formuladas para que as bolhas se rompam enquanto a tinta ainda esteja úmida,
proporcionando perfeito fluxo e aparência.
• Evite passar o rolo ou o pincel várias vezes sobre um mesmo local.
• Evite usar uma tinta que tenha sido fabricada há mais de um ano.
• Ao pintar uma superfície com tintas alto ou semi brilho, use sempre um rolo de pêlo curto.
• Antes de pintar uma superfície porosa, aplique um selador.
• Prepare adequadamente a superfície antes de aplicar a tinta.
38
13.13.
Desbotamento
Prematuro ou excessivo clareamento da cor original da tinta. Ocorre, geralmente, em
superfícies expostas constantemente à luz do sol. Esse problema pode ser um resultado de
calcinação.
Possíveis Causas
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas.
• Uso de tinta de baixa qualidade, culminando em rápida deterioração do filme.
• Uso de determinadas cores de tinta mais suscetíveis aos raios UV (como tons de
vermelho, azul e amarelo).
• Tingimento de tinta branca não indicada para o processo ou dosagem excessiva de uma
base clara ou média.
Solução
• Quando o problema for decorrente de calcinação, remova todo e qualquer vestígio (ver
Calcinação). Para a repintura, escolha tintas e cores recomendadas pelo fabricante para uso
externo.
39
13.14.
Descamação
Ruptura na pintura causada pelo desgaste natural do tempo, levando ao total
comprometimento da superfície. No estado inicial o problema se apresenta como uma fina
fissura e em seguida, num estágio mais avançado, começam a ocorrer as descamações da
tinta.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade, que oferece pouca adesão e flexibilidade.
• Diluição exagerada da tinta.
• Inadequada preparação da superfície, ou aplicação de tinta sobre madeira bruta sem
selador.
• Excessiva fragilização de tinta alquídica envelhecida.
Solução
• Remova todos os fragmentos de tinta com uma raspadeira ou escova de aço e lixe a
superfície. Se as rupturas ocorrerem também nas camadas mais profundas, o uso de uma
massa corrida pode ser necessário. Em superfícies de madeira bruta use selador antes da
repintura.
40
13.15.
Eflorescência/manchas
Aspereza e depósito de sais brancos que provocam manchas na superfície.
Possíveis Causas
• Falta de uma adequada preparação da superfície, como total remoção de sinais de
eflorescência anteriores.
• Excesso de umidade passando para a superfície.
• Eflorescências também pode ser decorrente do vapor, principalmente em cozinhas,
banheiros e áreas de serviço.
Soluções
• Se a causa do problema for umidade, elimine- a totalmente. Vede quaisquer fissuras na
superfície com um selante acrílico base d´água ou um acrílico siliconizado.
• Seja a causa umidade ou vapor, remova as manchas com uma escova de aço ou com
auxílio de uma lavadora de alta pressão e enxágüe bem. Aplique um selador para alvenaria
base d´água ou solvente de alta qualidade e, só então aplique a tinta.
• Uma boa opção para evitar que o problema ocorra em áreas suscetíveis a vapor é a
instalação de ventiladores ou exaustores.
41
13.16.
Encardimento da superfície
Acúmulo de sujeira, poeira e outros fragmentos sobre a superfície pintada. O problema
pode ser confundido com bolor
Possíveis Causas
• Uso de tintas de baixa qualidade, especialmente acetinada ou semi-brilho de baixa
qualidade.
• Agressores externos, como poluição, aceleram o encardimento da superfície.
Soluções
• Em virtude da semelhança do problema com bolor faça o seguinte teste: pingue algumas
gotas de alvejante doméstico sobre o local, se as manchas desaparecerem é bolor. Nesse
caso, siga as recomendações da seção Bolor. Se as manchas persistirem limpe a região
afetada com uma escova e detergente, enxaguando bem.
• Sujeiras mais acumuladas, portanto de difícil remoção, devem ser limpas com auxílio de
uma lavadora de alta pressão.
• Para evitar a ocorrência do problema, use produtos de alta qualidade. As tintas látex e alto
brilho são boas opções, por oferecerem maior resistência ao acúmulo de sujeira e à lavagem
da superfície.
42
13.17.
Enrugamento
Formação de rugas e ondulações sobre a superfície ocorrem quando a tinta ainda está
úmida.
Possíveis Causas
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa (mais provável com uso de tintas
alquídicas ou base óleo).
• Pintura realizada sob condições extremas de calor ou frio. Isso faz com que a camada
mais externa do filme seque mais rápido, enquanto que a camada de baixo ainda permaneça
úmida.
• Expor uma superfície, que não esteja totalmente seca, à muita umidade.
• Aplicação de uma camada de tinta, sem que, o selador esteja totalmente seco.
• Pintura sobre superfície suja ou engordurada.
Soluções
• Raspe ou lixe a superfície para remover a camada enrugada. Antes de aplicar um selador,
certifique-se de que a superfície esteja totalmente seca. Repinte o local, evitando fazê-lo
sob condições extremas de temperatura e umidade.
• Utilize uma tinta para Interior de alta qualidade.
43
13.18.
Escorrimento de calcinação
O escorrimento da calcinação é proveniente da excessiva erosão/desgaste de tinta antiga
existente sobre o substrato, comprometendo a sua aparência.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade que contenha alta concentração de pigmentação.
• Uso externo de tinta indicada para superfícies internas.
Soluções
• Remova totalmente os resíduos de calcinação (ver Calcinação). Limpe bem as áreas
manchadas, esfregando detergente sobre elas, com o auxílio de uma brocha. Em seguida,
enxágüe bem. Em casos de manchas mais resistentes, substitua o detergente por um produto
ácido.
• Caso ocorra clareamento de cor nos locais que foram limpos, aplique uma tinta base água
de alta qualidade.
44
13.19.
Escorrimento de tinta
Escorrimento de tinta, logo após ser aplicada, resulta em cobertura irregular da superfície.
Possíveis Causas
• Aplicação de uma camada muito espessa.
• Aplicação da tinta sob condições de frio ou umidade.
• Uso de uma tinta muito diluída.
• Usar pistola com o bico muito próximo à superfície que recebe a tinta.
Soluções
• Se a tinta ainda estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local a fim de uniformizar
a superfície.
• Se a tinta estiver seca, lixe a superfície e reaplique uma nova demão.
• Não dilua a tinta para fazê-la render mais.
• Evite realizar a pintura sob condições de frio e umidade.
• Lixe superfícies brilhantes, antes de pintá-las.
A tinta deve ser aplicada com taxa de espalhamento indicada pelo fabricante.
• Duas demãos de tinta, na taxa de espalhamento recomendada, são melhores do que uma
demão extremamente espessa.
• Ao pintar portas, convém, se possível, retirá-las e pintá-las na posição horizontal.
45
13.20.
Ferrugem
Manchas marrom avermelhadas sobre a tinta.
Possíveis Causas
• Pregos de ferro não galvanizado tendem à enferrujar, causando comprometimento de toda
superfície.
• Pregos não galvanizados que não tenham sido colocados até o fim.
• Pregos galvanizados enferrujam após longa exposição ao tempo.
Soluções
• Ao pintar uma superfície que não apresente ferrugem, mas na qual há pregos não
galvanizados, primeiramente bata-os bem, de maneira que suas cabeça fiquem pouco
abaixo da superfície, vede-os usando um selante acrílico base água ou acrílico siliconizado
e aplique tinta apenas sobre eles, para depois pintar a superfície toda.
• A pintura de uma superfície que já esteja enferrujada requer além dos procedimentos
citados acima, limpeza do local e lixamento das "cabeças" dos pregos.
46
13.21. Incompatibilidade de tintas
Perda da adesão de uma tinta látex aplicada sobre outra camada de uma tinta alquídica ou
base óleo.
Possível Causa
• Uso de tinta base água sobre mais de três ou quatro camadas já existentes de tinta base
óleo ou alquídica envelhecidas faz com que as tintas velhas descolem do substrato.
Solução
• Repinte a superfície, usando tinta base óleo ou alquídica. Se optar por usar tinta látex,
remova totalmente a tinta existente e prepare a superfície; limpando, lixando e
impermeabilizando onde houver necessidade.
47
13.22.
Mancha por migração de Tanino
Amarelecimento ou perda da cor escura da madeira, devido à migração do tanino através do
substrato, chegando até a superfície pintada. Geralmente ocorre em madeiras manchadas,
como sequóia, cedro e mogno.
Possíveis Causas
• Impermeabilização incorreta da superfície antes da pintura.
• Uso de um selador insuficientemente resistente à manchas.
• Excesso de umidade passando pela madeira. A água acaba conduzindo as manchas até a
superfície.
Solução
• Elimine a umidade, se existir (ver Eflorescência e Manchas). Após a superfície estar
completamente limpa, aplique um selador base óleo ou acrílico de alta qualidade. Em casos
extremos, uma segunda demão de selador pode ser aplicada após secagem total da primeira.
Para finalizar, aplique uma tinta de alta qualidade base água.
48
13.23.
Manchas causadas pelo rolo
Marcas causadas pelo uso de um rolo inadequado.
Possíveis Causas
• Uso do tipo de rolo errado.
• Uso de uma tinta de baixa qualidade.
• Uso de um rolo de baixa qualidade.
• Uso incorreto das técnicas de pintura com rolo.
Soluções
• Use um rolo apropriado à superfície a ser pintada.
• Use um rolo de boa qualidade.
• Tintas de alta qualidade tendem a deslizar com maior facilidade, devido à alta
concentração de conteúdos sólidos e as propriedades de nivelamento que possui.
• Umedeça o rolo com água e tire o excesso antes de molhá-lo com tinta base água.
• Ao pintar uma parede, comece bem próximo ao teto e vá descendo. Procure pintar a
superfície por partes (seção de aproximadamente 1m2), fazendo a forma de zigzag (M ou
W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em linhas paralelas e
uniformes.
49
13.24.
Migração de sulfactantes
Concentração de ingredientes solúveis em água sobre superfície pintada com tinta base
água. Geralmente, aparece no teto de ambientes que possuem alta umidade ( banheiros e
cozinhas ). Pode se tornar evidente pela formação de manchas amareladas ou
amarronzadas, adquirindo, às vezes, aspecto brilhante, áspero e pegajoso.
Possível Causa
• Todas as tintas base água podem desenvolver esse problema se aplicadas em áreas
úmidas, como em banheiros, principalmente no teto.
Soluções
• Lave a área, que apresenta as manchas, com água e sabão e enxague bem. Só então
repinte-a. O problema pode ocorrer mais uma ou duas vezes até que os surfactantes sejam
totalmente removidos.
• Remova todas as manchas antes de repintar.
• Quando uma tinta for aplicada em banheiros, certifique-se que superfície pintada está seca
antes de utilizar o chuveiro.
50
13.25.
Não uniformidade de cor
Efeito de cor não uniforme, pode aparecer quando uma superfície é pintada com rolo, e os
cantos são com pincel. Geralmente, os recortes pintados com pincel ficam mais escuros e,
às vezes, mais brilhantes.
Isso também pode ocorrer quando a aplicação da tinta nos recortes é feita com pistola.
Possíveis Causas
• Usualmente um efeito de diferença na cobertura. Pinturas feitas com pincel, geralmente,
resultam em menor taxa de espalhamento que o rolo, produzindo assim, um filme mais
espesso e conseqüentemente com maior cobertura.
• Adição de corantes em uma tinta imprópria para tingimento ou uso em quantidade
inadequada de corante.
Solução
• Certifique-se de que a taxa de espalhamento seja similar, tanto com uso de pincel ou de
rolo. Não faça os recortes com pincel em todo o ambiente antes da aplicação do rolo.
Trabalhe em pequenos espaços para manter uma borda úmida. Isso evitará, que ao iniciar a
pintura de um novo trecho, o anterior não esteja totalmente seco. Se usar tintas tingidas,
certifique-se de que tenha sido usada a combinação correta da base de corantes.
51
13.26. Pele de jacaré
A superfície da tinta apresenta uma série de pequenas rachaduras, semelhantes à pele de um
jacaré.
Possíveis Causas
• Aplicação de uma demão de tinta que apresenta formação de filme extremamente duro ou
rígido, como esmalte alquídico, sobre uma camada mais flexível, como a de um selador
base água.
• Aplicação de outra camada de tinta, sem que a inferior esteja totalmente seca.
• Influência de agentes externos, como oscilação de temperatura e constantes movimentos
de expansão e retração sofridos pelo substrato comprometem a elasticidade do filme,
principalmente se a tinta existente for base óleo.
Soluções
• Remova toda tinta velha existente na superfície rapando-a e lixando-a.
• Antes de aplicar a tinta, prepare a superfície com um selador base óleo ou água de alta
qualidade.
52
13.27.
Pobre alastramento/nivelamento
Ao secar, a tinta apresenta marcas visíveis de rolo ou pincel.
Possíveis Causas
• Uso de tinta de baixa qualidade.
• "Retoque" em áreas parcialmente secas.
• Uso de tipo rolo ou pincel de baixa qualidade ou inadequados.
• Uso de tipo errado de rolo, ou de um pincel de baixa qualidade.
Soluções
• Use tintas base água de alta qualidade que, geralmente, são formuladas com ingredientes
que aumentam o poder de escoamento da tinta, evitando a ocorrência de marcas de pincel
ou de rolo sobre a superfície. Isso resulta em um acabamento liso e uniforme.
• Quando usar rolo, verifique se é o tipo indicado para a pintura.
• Se optar por uso do pincel,é importante escolher um de boa qualidade, pois um pincel
ruim pode causar insuficiente escoamento e nivelamento da tinta.
53
13.28.
Polimento da tinta
Aumento do brilho e poder de reflexão da tinta, quando esfregada.
Possíveis Causas
• Uso de tintas foscas em locais de grande tráfego, onde é aconselhável usar tintas alto
brilho.
• O local recebe freqüente limpeza para a remoção de manchas.
• Móveis pressionados contra a parede.
• Uso de tintas de baixa qualidade, que oferecem pouca resistência a manchas e à limpeza
(ver baixa resistência a manchas).
Soluções
• Pinte áreas que sofrem desgaste constante e necessitam de limpeza diária, como portas,
janelas, rodapés e peitoril de janelas, com uma tinta base água de alta qualidade, pois esse
tipo de tinta oferece maior durabilidade e facilidade de limpeza.
• Em áreas de grande tráfego escolha uma tinta alto ou semi brilho ao invés de fosca.
• Para a limpeza de superfícies pintadas use um pano ou esponja macia e não abrasiva e
enxágüe bem.
54
13.29.
Rachaduras na superfície
Rachaduras profundas e irregulares na superfície.
Possíveis Causas
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, geralmente, sobre superfície porosa.
• A tinta é aplicada em uma camada muito espessa, a fim de melhorar o poder de cobertura
de um produto de baixa qualidade.
• Acúmulo de tinta nos cantos da superfície, durante a aplicação.
Soluções
• Remova a camada afetada, raspando e lixando a superfície. Em alguns casos, apenas o
lixamento é necessário. Em seguida, prepare a superfície e repinte-a com uma tinta base
água de alta qualidade. Esse tipo de tinta, geralmente, previne o reaparecimento do
problema, por ser mais flexível que as tintas alquídicas, base óleo e, mesmo, à base água de
baixa qualidade.
• Tintas de alta qualidade têm alta concentração de conteúdos sólidos, que reduzem a
tendência a rachaduras na superfície, facilitando a aplicação e proporcionando grande poder
de cobertura, o que evita a aplicação de demãos muito espessas.
55
13.30.
Respingo
O rolo respinga tinta durante a aplicação.
Possíveis Causas
• Uso interno de uma tinta indicada para superfícies externas.
• Uso de uma tinta base água de baixa qualidade.
Soluções
• Tintas de boa qualidade são formuladas para minimizar os respingos.
• Rolos de boa qualidade, também reduzem o risco de respingos.
• Em alguns casos, pode-se usar uma tinta indicada para paredes, no teto, para a diminuição
de respingos.
• Excesso de tinta no rolo resultará em excessivo respingamento e desperdício de tinta.
• Procure pintar a superfície por partes (seções de aproximadamente 1m2), fazendo a forma
de zigzag (M ou W). Em seguida, preencha os espaços, sem tirar o rolo da superfície, em
linhas paralelas e uniformes.
56
14. Estudo de caso
14.1.
Patologias sobre rebocos e concretos
Introdução
Emboços, rebocos e concreto aparente caracterizam-se por sua alcalinidade, porosidade,
friabilidade e propensão a absorver e reter a umidade. Vamos analisar estas características .
Alcalinidade
A maioria dos revestimentos calcários e cimentícios são alcalinos por natureza. Esta
alcalinidade é usualmente, derivada da cal no revestimento ou propriamente do concreto
aparente pela hidratação do tricálcio .
1 ( 3 CaO SiO2) + 5.5H2O
Silicato tricálcico
3 CaO 2SiO2 2.5H2O
+ Ca (OH)2
Hidrato de silicato
de cálcio
Hidróxido
de cálcio
As vezes o álcali é introduzido deliberadamente na forma de cal. Acrescentamos também
sais solúveis. Na presença da cal, o sal solúvel produz poderosos hidróxidos álcali
metálicos através da simples reação inorgânica.
Ca (OH)2
Hidróxido
de cálcio
+
K2SO4
Sulfato
de potássio
CaSO4
Sulfato
de cálcio
+
2KOH
Hidróxido
de potássio
Os hidróxidos álcali metálicos como os de sódio e potássio são bem mais agressivos que os
hidróxidos terra alcalinos (como a cal). São exatamente estes álcalis, a fonte de todos os
problemas entre os substratos e a pintura com resinas sensíveis aos álcalis.
Na presença de umidade, os álcalis atacam rapidamente os grupos éster da resina que
estrutura a película das tintas à base de óleo ou as alquídicas simples, quebrando a ligação
éster e formando o conhecido sabão. Este processo é conhecido como saponificação ou
hidrólise induzida por álcalis.
57
O
C
Água
O
CH
“Ligação” éster
na resina da
película da tinta
+ NaOH + H2O
O
C
O
CH
OH-
Hidróxido de
sódio
O
C
O CH
OH-
O
C
OH + O
-
CH
O
C
Saponificação do grupo ester
-
O
Resina
Saponificada
(sabão)
Na OH
CH
Resíduo
hidroxilado
58
A umidade necessária para a reação é facilmente disponível no substrato formado devido ao
processo de hidratação do emboço ou concreto aplicados. À medida que a reação é
completada e substrato seca, o problema da alcalinidade diminui, muito embora formem
grande porosidade absorver grandes quantidades de chuva.
O grau de afetamento da película aplicada sobre o substrato alcalino dependerá de pH dessa
superfície, da composição da tinta (composição do tipo éster do polímero), da idade da
tinta, da persistência a este ciclo.
Os efeito variam, podendo ocorrer formação de escamas e desplacamento da película,
diretamente relacionados às tintas à base de ésteres aplicadas em rebocos ainda “verdes” ou
em processo de cura. Isto também acontece quando o reboco retem água, fazendo com que
fique pegajoso no contato com o dedo. O filme oleoso torna-se solúvel em água. Se secar
ficará quebradiço, fraturando a película, perda de adesão, perda do brilho e muito
comumente, uma descoloração um tanto parda. As tintas látex a base de acetato de vinil e
acrílicas oferecem grande resistência ao álcali.
Porosidade
Todas as superfícies a base de cimento portland são porosas., portanto são excessivamente
absorventes. Isto traz inúmeros problemas e algumas vantagens para a película de tinta..
As superfícies porosas dão mais base à película de tinta, permitindo melhor adesão
mecânica do que superfícies lisas e duras. No entanto, estas superfícies contaminam
facilmente quando qualquer líquido adentra nos poros.levando consigo sugidades e
substâncias químicas.
Quando pintadas com tintas viscosas ou de cura rápida, a película fecha os poros e as
bolhas de ar que na fase de cura no filme, são expulsas resultando em milhares de furinhos
na película de tinta.Esse problema é resolvido com o uso de primers de baixa viscosidade.
59
Friabilidade
Esta característica é muito comum em rebocos que não apresentam um processo de
hidratação adequado, ocorrendo com muita freqüência em materiais calcáreos. Caracterizase pela ausência de coesão e adesão à real superfície do substrato. Nesta situação, torna-se
necessário reforçar tais superfícies aplicando primers do tipo penetrantes com baixa energia
superficial e reduzida viscosidade. As tinta látex a base d´água não devem ser aplicadas
pois possuem alta energia superficial e pelo tamanho de suas partículas. A remoção desta
camada friável é sempre uma boa opção, utilizando-se o ataque ácido com posterior
neutralização por hidrojateamento, lixamento ou jato de areia.
O que ocorre é que o filme adere na camada superficial e a área imediatamente abaixo
permanece sem coesão para agüentar qualquer tensionamento. O processo de ruína devido a
coesão lateral,no interior do substrato, se torna inevitável. A medida que e película desplaca
nota-se perfeitamente a fragilidade da camada imediatamente abaixo.. Não é um problema
causado pela tinta.
60
Eflorescência
Sais Inorgânicos Solúveis (SIS)- Os mais comumente encontrados são os sulfatos de sódio,
cálcio e magnésio.Após a construção a água dissolve estes sais fazendo com que a solução
escorra pelo substrato. Uma vez escorrendo pelo substrato, seca com facilidade, formando
um filme cristalino ou ficando depositado na superfície aquele material pulverulento
branco. Este fenômeno é chamado eflorescência.
Quando a superfície é pintada com tinta impermeável,os sais se depositam sob sua
película, causando trincas no filme com presença de eflorescência , conduzindo o filme à
ruína. Quando a película tem uma excelente poder de adesão,os sais vão se depositando nos
poros do substrato,imediatamente abaixo do filme,criando uma pressão cristalina que
desintegrará o sistema substrato/revestimento. Este fenômeno particular é conhecido como
criptoflorescência.
A única maneira correta de eliminarmos as eflorescências é preenchendo os locais por onde
a água tem acesso
61
62
14.2.
Calcinação de pintura epóxi
A tinta epóxi possui uma excelente resistência, principalmente à abrasão, confirmado pelo
estado interno do corrimão das rampas, área com alto tráfego. O mesmo desempenho não se
aplica às intempéries. Fato também confirmado pelos guarda corpos expostos ao tempo.
1) Ponto de ferrugem localizado
2) Desgaste da superfície de tinta
3) Ponto em melhor estado por estar protegido da intempérie
pela planta
1) Pintura em melhor estado de
conservação por estar protegido da
intempérie pela planta
2) Ponto de ferrugem localizado
3) Superfície de pintura desgastada
Pintura interna em perfeito estado de conservação, apresentando excelente resistência a
abrasão, oleosidade e produtos químicos
Aumento gradual da Calcinação proporcional à exposição
63 á
intempéries.
14.3.
Pintura sobre superfície galvanizada
64
Bibliografia
o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume1 , 2.º Edição 1995 Abrafati
o Fazenda J.M.R. , TINTAS E VERNIZES , Volume2 , 2.º Edição 1995 Abrafati
o Uemmoto K.L , Projeto, Execução e Inspeção de Pinturas, 1.º Edição 2002 CTE
o Recuperar N.º 29 , 1999 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 9 , 1996 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 18 , 1997 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 24 , 1998 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 41 , 2001 Ed Thomastec
o Recuperar N.º 21 , 1998 Ed Thomastec
o Paint Quality Institute
65
66