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LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS COPING STRATEGIES USED BY CAREGIVERS OF CHILDREN WITH CANCER ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO UTILIZADAS POR CUIDADORES DE CRIANÇAS COM CÂNCER Priscilla Cristhina Bezerra de Araújo* Dandara Morais** Suênia Sâmara de Morais Lopes** Maihana Maíra Cruz Dantas*** Luciana Carla Barbosa de Oliveira **** Eulália Maria Chaves Maia***** *Psicóloga do Hospital de Pediatria Professor Heriberto Bezerra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HOSPED/UFRN). Especialista em Psicologia da Saúde: Desenvolvimento e Hospitalização (UFRN). Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRN. Preceptora da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do HOSPED/UFRN. Brasil. **Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Bolsista Voluntária de Iniciação Científica da Base de Pesquisa Grupos de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS) da UFRN. Natal-RN, Brasil. ***Psicóloga pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Especialista em Psicologia da Saúde: Desenvolvimento e Hospitalização (UFRN). Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFRN. Natal-RN, Brasil. ****Psicóloga do Hospital de Pediatria Professor Heriberto Bezerra da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (HOSPED/UFRN). Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da UFRN. Especialista em Psicologia da Saúde: Desenvolvimento e Hospitalização. Pesquisadora do Grupo de Estudos: Psicologia e Saúde (GEPS) da UFRN. Tutora da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde do HOSPED/UFRN. Docente do Curso de Psicologia da Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte. Natal/RN, Brasil. *****Psicóloga. Professora do Departamento de Psicologia e dos Programas de Pós-Graduação Psicologia e em Ciências de Saúde, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Doutora Psicologia Clinica pela Universidade de São Paulo (USP). Líder da base de Pesquisa Grupo Estudos: Psicologia e Saúde (GEPS) da UFRN. Tutora da Residência Integrada Multiprofissional Saúde do HOSPED/UFRN. Natal-RN, Brasil. [email protected] em em de em Cuidadores, Padres, Estrategias de enfrentamiento, Cáncer Caregivers, Parents, Coping strategies, Cancer Cuidador, Pais, Modo de enfrentamento, Câncer RESUMEN: Es evidente que ser el cuidador responsable de un niño con cáncer provoca varios cambios en la vida de un individuo, desde su rutina entera debe ser modificado para proporcionar el apoyo necesario para el ninõ. Los impactos de la función de cuidador afecta el tema de diferentes maneras, 1 13º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2012 www.interpsiquis.com - Febrero 2012 Psiquiatria.com LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS lo que refleja negativamente en el cuidado personal, vida profesional, dinámica familiar, y también pueden causar problemas de salud. Por lo tanto, este artículo tiene como objetivo llevar a cabo las discusiones conceptuales y teóricos y metodológicos consideren pertinentes sobre las estrategias de afrontamiento utilizadas por los cuidadores de niños con cáncer. Como resultado, se encontró que, con el fin de hacer frente a las presiones del papel de cuidador, la persona desarrolla algunas de las estrategias, la mayoría como reportados en la literatura: una mayor dedicación, para obtener información sobre la enfermedad y la espiritualidad. Frente a la complejidad de la cuestión fue esencial para recopilar y analizar las estrategias que figuran en la literatura, señalando las similitudes entre los estudios y la corroboración, que por lo general indican la necesidad de buscar en el cuidador como una pieza central para la recuperación del niño y por lo tanto para que pueda desempeñar su función con eficacia, hay que tratar de promover la calidad de vida. ABSTRACT: It can become evident that being the caregiver of a child with cancer can bring consequences to the person's life, in account of their routine being altered in order to give the necessary support to the infant. The impacts of such a role reach to the individual in several ways, reflecting negatively in the self-care, their professional life, family dynamics, and even causing health issues. With that being said, this study aims to provide conceptual, theoretical and methodological reflections considered relevant about the coping strategies used by the caregivers of children suffering from neoplasia. As a result, it could be identified that, in order to handle the pressures of the responsibility of the role of being a caregiver, the individual eventually develops strategies, those being the most recurrent in the bibliography: increase in dedication, acknowledgement with information about the disease and spirituality. Facing the complexity of this subject, it was of utmost importance to collect and analyse the strategies casted in the bibliography, to indicate the convergences and corroborations among the studies, which can show, in the broader sense, the necessity to see the caregiver as a main piece for the child's recovery, and that, in order to perform their activities in an efficient way, the quality of life of the individual must be increased. RESUMO: Evidencia-se que ser o cuidador responsável por uma criança com câncer provoca diversas mudanças na vida de um indivíduo, uma vez que toda sua rotina precisa ser alterada para fornecer o suporte necessário ao infante. Os impactos do papel de cuidador atingem o sujeito em diferentes aspectos, refletindo negativamente no autocuidado, na vida profissional, na dinâmica familiar, como também pode ocasionar problemas de saúde. Desse modo, o presente artigo objetivou realizar reflexões conceituais e teórico-metodológicas consideradas relevantes sobre as estratégias de enfrentamento utilizadas pelos cuidadores de crianças com neoplasia. Como resultado, identificou-se -213º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2012 www.interpsiquis.com - Febrero 2012 Psiquiatria.com LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS que, em vistas de lidar com as pressões decorrentes do papel de cuidador, o indivíduo desenvolve algumas estratégias, sendo as mais relatas pela literatura: maior dedicação, obtenção de informações sobre a doença e a espiritualidade. Frente à complexidade do tema, foi imprescindível compilar e analisar as estratégias elencadas na literatura, apontando as convergências e corroborações entre os estudos, o que de um modo geral, indica a necessidade de olhar para o cuidador como peça central para a recuperação da criança e desse modo, para que este possa desempenhar o seu papel de modo eficaz, deve-se buscar favorecer a qualidade de vida desse. -313º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2012 www.interpsiquis.com - Febrero 2012 Psiquiatria.com LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS Câncer Infantil Nos últimos anos o câncer tem figurado entre as doenças crônicas mais frequentes na infância, com uma incidência que varia entre 76 a 231 casos a cada milhão de crianças e adolescentes no Brasil (1, 2). O câncer, caracterizado pelo crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, ao incidir durante a infância costuma ser invasivo, apresentar um período de latência menor e proliferar-se rapidamente; no entanto, responde bem à quimioterapia (1). Se o diagnóstico for precoce e o tratamento adequado, aproximadamente 70% das crianças acometidas pela doença poderão ser curadas (3, 4). O diagnóstico do câncer é dificultado pelo seu caráter inespecífico, que o assemelha a outras patologias da infância, fazendo com que a criança não pareça severamente doente (5). O atraso no diagnóstico pode complicar a evolução do tratamento, tendo em vista que a doença estará num estágio mais avançado, portanto mais difícil de assegurar a cura. Por esta razão, os pais devem estar em alerta aos sinais de seus filhos, levando-os a assistência médica periodicamente (5, 3). O câncer infantil costuma ser mais comum em menores de 15 anos na maioria das populações do mundo, sendo as leucemias correspondentes de 25 a 35% dos casos (1). Além destas, as neoplasias mais comuns na infância são os tumores do sistema nervoso central e os linfomas (4). Embora o prognóstico seja favorável, se faz necessário seguir corretamente todos os passos do tratamento, demandando grande dedicação da criança, que vivenciará impactos diretos a sua rotina (5). A criança pode ser tratada no âmbito ambulatorial, sendo necessária a internação apenas quando este tratamento não for o suficiente (6). As adaptações necessárias a sua rotina incluem aprender a lidar com procedimentos invasivos, horários de medicação, o afastamento de atividades sociais e escolares, entre outros (7, 8). Somado ao estresse de intensas mudanças, o paciente e sua família ainda poderão se deparar com estigmas e mitos atrelados a doença, pois o câncer é usualmente compreendido como algo que traz sofrimento e leva à morte (9, 10, 11, 4). Desafios como aprender a lidar com efeitos colaterais desagradáveis, o convívio com a dor e mudanças na aparência física passam a fazer parte da vida da criança (10, 3, 12). A incerteza diante do tratamento pode levar a sentimentos de medo e angústia, aumentando o nível de estresse vivenciado pela criança neste momento de fragilidade (13). Por esta razão, família e equipe de saúde atuarão como facilitadores na adaptação a esta nova realidade, sendo aliados neste processo saúde-doença (12,10). -413º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2012 www.interpsiquis.com - Febrero 2012 Psiquiatria.com LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS Cuidadores de crianças com câncer O câncer pode exigir a submissão do indivíduo a repetidas hospitalizações e tratamento ambulatorial regular, que podem deixá-lo bastante debilitado. Em virtude disso, é necessário um cuidado constante para garantir ao enfermo o suporte necessário durante o processo de intervenções médicas. Os cuidadores de uma criança em tratamento oncológico, que usualmente são familiares, em especial a mãe (13, 11, 14), a acompanham por longos períodos e compartilham suas angústias, para isso tendo que adaptar suas rotinas sociais, profissionais e familiares. Visando fornecer a atenção necessária à criança, o cuidador pode abdicar de diversos aspectos de sua rotina, como ausentar-se do lar por vários dias ou mesmo abandonar o emprego (15, 16). Além disso, o cuidado ao bem-estar do enfermo implica em atenção à medicação, intercorrências, efeitos colaterais, consultas, internações e exames invasivos, que expõem o cuidador a condições com implicações adversas à qualidade de vida (14). O papel de cuidador acarreta diversos impactos na vida do indivíduo. Notavelmente, aumenta o tempo dedicado à criança, que pode passar a exigir atenção exclusiva (17). Dessa forma, a disponibilidade do cuidador para focar-se nos outros membros da família, em outras necessidades e em si próprio é reduzida. As atribuições do papel de cuidador podem passar a impedir ou dificultar a aceitação de atividades de cuidado pessoal e lazer (11), prejudicar atividades profissionais, muitas vezes levando ao abandono do emprego ou demissões (16). A diminuição no auto-cuidado pode se refletir na saúde do cuidador, sendo muitas as complicações relacionadas à tensão devido ao papel, como pele descamando, estresse, distúrbios hormonais, varizes, hérnia de disco, gastrite nervosa, anemia, dores no corpo, hipertensão, dores de cabeça, depressão, reumatismo, labirintite, sinusite, rinite alérgica, arritmia cardíaca, sopro cardíaco e trombose (18, 4, 19). A vivência do cuidado é marcada por angústia, incerteza do futuro e medo da morte. Sendo uma doença que carrega fortes estigmas, o diagnóstico de câncer pode ser compreendido pela família como uma sentença de morte (20). Caso os pais da criança sejam os cuidadores, a preocupação em superprotetores, diminuir para o sofrimento garantir que nada do filho e fornecer-lhe prejudique a sua conforto pode recuperação (12), torná-los ou, ainda, excessivamente permissivos, para minimizar as privações impostas pela doença (14). Tendo em vistas esses fatores, observa-se que a função de cuidador pode afetar também a dinâmica familiar. As diversas imposições do tratamento podem provocar o distanciamento entre os membros e o rompimento da estrutura (12), ou, ao contrário, diminuir os conflitos e favorecer a coesão familiar e a cooperação mútua (21). Em famílias com mais de um filho é necessária a reestruturação de papéis, uma vez que o cuidador pouco poderá dedicar-se aos outros. A relação conjugal também se modifica, menos atenção passa a ser dedicada ao companheiro, conflitos e cobranças surgem e se intensificam, relações sexuais se tornam menos frequentes e alguns casais -513º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2012 www.interpsiquis.com - Febrero 2012 Psiquiatria.com LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS chegam a se separar (11). Sendo uma atividade geradora de profundos impactos na vida do indivíduo, é de essencial importância que ele possa contar com uma rede de suporte para auxiliá-lo em suas funções. Esta pode consistir no apoio fornecido por familiares, que podem dividir atividades de forma a facilitar a administração do tempo do cuidador de maneira a oferecer a dedicação necessária ao enfermo (11). Além disso, a disponibilidade de suporte emocional especializado e a qualidade das informações fornecidas pelos profissionais de saúde representam um papel importante no conforto ao cuidador (21). Será menos difícil para a família aceitar o diagnóstico se tiverem acesso a conhecimento sobre ele, podendo assim sentir maior segurança para lidar com a enfermidade e reconhecer a qualidade do cuidado que está sendo oferecido à criança (20). Estratégias de enfrentamento Ser cuidador de uma criança com câncer implica em vivenciar juntamente com esta todas as mudanças que ocorrem do momento do diagnóstico ao transcorrer do tratamento. Os impactos que se sucedem em decorrência da doença nas relações sociais, na família, na vida profissional e na saúde do cuidador são elementos estressores que exigem deste uma nova postura diante de tantas mudanças (9, 11, 12). Diante da incerteza experienciada pela família, para que haja superação se faz necessário desenvolver estratégias de adaptação à situação estressora, envolvendo assim processos cognitivos emocionais, visando diminuir ou administrar a crise, reduzir ou tolerar as demandas criadas pela situação (21). A oncologia pediátrica adota o conceito de coping para a compreensão da postura do cuidador frente à realidade do câncer infantil (7, 12). O coping, traduzido para o português como enfrentamento, se refere aos esforços cognitivos e comportamentais que visam o manejo das demandas internas ou externas que são avaliadas como sobrecarga aos recursos pessoais do indivíduo (22). As estratégias de enfrentamento podem ser aprendidas, modeladas e descartadas e o encontro com eventos estressores não é imediato e estático, mas sim reflete uma interação relacional e multifacetada, que é específica às demandas e ocorre ao longo do tempo (7). As estratégias de enfrentamento podem mudar de acordo com o momento clínico vivenciado pela criança, sendo um processo dinâmico (23, 12). O enfrentamento é vivenciado de maneira singular, portanto, as estratégias utilizadas por cada cuidador apresentarão diversas particularidades. Entre as estratégias mais comumente relatadas estão o choro, pensamentos positivos, religiosidade, espiritualidade, busca por informações, fuga, protesto, comparações do estado físico da criança com o de outros pacientes, entre outros (21, 9). As estratégias de enfrentamento podem ser compreendidas a partir de sua classificação em duas categorias, de acordo com sua função: enfrentamento focalizado no problema e enfrentamento focalizado na emoção (22). No primeiro caso, o foco da estratégia é o manejo ou modificação da -613º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2012 www.interpsiquis.com - Febrero 2012 Psiquiatria.com LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS situação causadora de estresse, envolvendo em geral formas ativas de aproximação. Exemplos disso seriam a busca por informações a respeito da doença e seu tratamento e o planejamento de metas e reorganização de papéis. O segundo tipo de estratégia tem como função principal a regulação da resposta emocional causada pelo estressor, podendo se apresentar como atitudes de afastamento ou paliativas, como negação ou esquiva e atribuição de culpa. Os dois tipos não são necessariamente excludentes, diferentes estratégias de enfrentamento podem ser utilizadas simultaneamente para lidar com determinada situação estressora e diversos estudos apontam ainda outras estratégias de enfrentamento, como busca por suporte social e religiosidade ou espiritualidade (11, 4, 7, 20, 12, 22). Como exposto previamente, o suporte fornecido por familiares e a relação desenvolvida com a equipe de saúde podem figurar entre as estratégias de enfrentamento. Embora o indivíduo que assume o papel de cuidador em geral prefira não dividir a tarefa com outros, a ajuda de familiares na realização de atividades domésticas e cuidados com outros filhos em períodos de internação (no caso em que um dos pais é o cuidador principal da criança com câncer) são de grande importância e a falta de suporte familiar pode desencadear esgotamento físico e mental no cuidador (11). A adversidade da situação propicia a emergência da espiritualidade como fonte de esperança, que confere ao cuidador a positividade no alcance da cura (9, 24). A religiosidade é apontada como uma estratégia de enfrentamento presente na maioria dos cuidadores (15, 4). Muitos atribuem a Deus a força que encontram para persistir no tratamento, dando o suporte necessário à criança (18, 15). Além disso, cuidadores de crianças com câncer em estado terminal que dão sentido a sua experiência a partir da religiosidade apresentam menores níveis de estresse (4). A crença divina dá fé, conforto e segurança para aqueles que buscam dar um significado a sua experiência, porém também poderão existir momentos em que o cuidador atribua a Deus o aparecimento da doença, abalando assim a sua crença (20). Conclusão Quando uma criança é acometida por um câncer muitas são as mudanças em sua vida – e o seu cuidador acompanhará todas elas, tendo um importante papel ao dar carinho, conforto e segurança a essa. Por atualmente possuir um caráter crônico, a neoplasia demandará do enfermo e de seu acompanhante uma reestruturação do modo de vida. Tendo em vista este processo de adaptação, o cuidador sentirá a necessidade de encontrar meios que o ajudem a encarar as demandas da doença. Tais meios são conhecidos pela oncologia pediátrica por coping - estratégias de enfrentamento - que poderão variar de cuidador para cuidador e serão influenciados pelo estado clínico em que a criança se encontra. Como visto, as práticas espirituais e religiosas se mostram presentes como estratégia de enfrentamento da maioria dos cuidadores. Nesse sentido, além de todas as garantias que possam -713º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. Interpsiquis 2012 www.interpsiquis.com - Febrero 2012 Psiquiatria.com LAS ESTRATEGIAS DE ENFRENTAMIENTO CUIDADORES DE NIÑOS CON CÁNCER UTILIZADAS POR LOS ser dadas através de um tratamento moderno e eficaz, e do apoio da família e da equipe de saúde, a grande fonte de sustentação do cuidador está no divino. Por esta razão a espiritualidade dos acompanhantes das crianças hospitalizadas, ou em atendimento ambulatorial, deve receber maior atenção, possivelmente através da criação de espaços destinados a esse contato divinal, não existindo referências a uma religião ou outra. Desenvolver esse tipo de idéia seria ajudar essas pessoas a suavizarem o seu sofrimento. -813º Congreso Virtual de Psiquiatria.com. 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