círculo de vídeo cultura e inclusão social: uma discussão
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círculo de vídeo cultura e inclusão social: uma discussão
CÍRCULO DE VÍDEO CULTURA E INCLUSÃO SOCIAL: UMA DISCUSSÃO SOBRE O SANEAMENTO AMBIENTAL EM COMUNIDADES RURAIS Giselle Lopes Armindo1 Agnes Maria Gomes Murta2 Marivaldo Aparecido de Carvalho3 Marizete Aparecida Souza4 Rosana Passos Cambraia5 Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais – FAPEMIG. Bolsas de Iniciação Científica Institucional. 1. INTRODUÇÃO Nessa pesquisa foi adaptado o método de Paulo Freire e a técnica de vídeogravação denominando a proposta de Círculo de Vídeo Cultura (CVC) e a aplicada na educação ambiental com moradores de comunidades rurais. Buscou-se respeitar a particularidade e a diversidade das comunidades envolvidas e, ao mesmo tempo, tendo em vista a inclusão digital, garantir o acesso e benefícios do desenvolvimento de novos conhecimentos e tecnologias. 2. OBJETIVOS Verificar a utilidade da técnica na Educação Ambiental como ferramenta de uso de agentes de saúde. Promover participação coletiva na discussão e construção de soluções para os problemas da água, lixo e esgoto. Promover contato da comunidade com instrumentos tecnológicos de informação (ITI). 1 Graduanda em Enfermagem, Iniciação Científica/FCBS – UFVJM Profa. Dra. Psicologia da Educação/FCBS – UFVJM 3 Prof. Dr. Antropologia/FCBS – UFVJM 4 Aluna Iniciação Científica Júnior, EE Dom João Antonio dos Santos 5 Profa. Dra Psicobiologia/FCBS - UFVJM/Orientadora. Grupo JEQUI. 2 3. MATERIAIS E MÉTODOS Vídeo e foto-clipe confeccionados com imagens locais; Agentes de saúde treinados no uso da técnica e dos instrumentos; Encontro com as comunidades: apresentação de vídeos, discussão dos temas (água, lixo e esgoto), contato com os ITI (computador, data-show, filmadoras, filmes). Filmagem e gravação das conversas. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O espaço criado pelo círculo proporcionou oportunidade aos moradores de exporem suas opiniões e reivindicações, criando um espaço de participação: “Porque, se a água é tratada, geralmente ela foi tratada pras famílias e aqui o que mais existe são caixas de água né [em] pastos pra criação [...] Enquanto está abastecendo as criação, as famílias estão ficando sem água. Então eu acho que o pior problema tá sendo este aí [...]” (moradora de Alecrim) Evidenciou-se ainda que a ACS assimilou bem as técnicas de moderação com o Círculo de Vídeo Cultura, de entrevistas utilizando a vídeogravação. Durante os encontros a ACS estava tranqüila, segura, e direcionou muito bem as discussões. Em vários momentos ela prontamente explicava situações, direcionava perguntas e passava pra etapas seguintes. Poucas vezes os pesquisadores intervieram no processo. 5. CONCLUSÕES Emprego da técnica como instrumento de inclusão social e digital. Utilidade nas atividades educativas dos ACS. Necessidade de capacitação da equipe da ESF no uso de recursos multimeios, dos programas de computador e na moderação dos encontros. REFERÊNCIAS CÂNDIDO, A. Os parceiros do Rio Bonito: Estudo sobre o caipira paulista e as transformações dos seus meios de vida. Rio de Janeiro: José Olympio, 1964. 239p. DIEGUES, A.C.; ARRUDA, R.S.V. Saberes tradicionais e biodiversidade no Brasil. Brasília: Ministério do Meio Ambiente: São Paulo: USP, 2001. 176p. FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 27ª edição, 2003. Págs 110 a 150. GEERTZ,C. O saber local. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997. MURTA, Agnes M. G. Da atividade prescrita ao real da atividade: Análise da atividade docente em uma escola regular, sob a perspectiva da Psicologia Sócio-Histórica e da Clínica da Atividade. Tese de Doutorado. PUC SP. 2008. QUEIROZ, M.I.P. Bairros rurais paulistas: Dinâmica das relações bairro rural e cidade. São Paulo: Duas Cidades, 1973, 152p. RIBEIRO, E.M.; GALIZONI, F.M. Água, população rural e políticas de gestão: O caso do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. Ambiente & Sociedade, Campinas, v.5, n.2, p. 129141, 1998.