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Revista
# 60
2015
MAIO/JUNHO
PREPARADOS PARA
REINVENTAR O NEGÓCIO?
Agendado para os dias
09 e 10 de setembro,
o XII Fórum Nacional da
Indústria do Aluguel
de Automóveis mostrará
novos caminhos ao setor
Orientações práticas sobre dúvidas do dia a dia das locadoras
Advogados do setor de locação
1 se reunirão em Brasília
2
Revista
Repaginada.
Mais páginas e mais informação.
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3
CORRETORA DE SEGUROS
Ano XI • Nº 60 • maio/junho 2015
17
Capa
XII Fórum Nacional
da Indústria de Aluguel de
Automóveis terá
roupagem inédita
7
Carta do Presidente
8
Na Frente
Jeep com estrutura
dedicada aos clientes
de vendas diretas
10
Ao Volante
Anuário ABLA e novidades
no mundo automotivo
8
15
Diálogos
A tolerância como fator
essencial às empresas
16
Agenda
Segundo Fórum Jurídico:
Leis e projetos que influenciam
as locadoras de veículos
4
10
20
Tira-teima
As dúvidas das locadoras
sobre apropriação indébita,
RENAPTV, indicação de
condutores, licitações...
28
Entrevista
Orientações do Professor
Marins para atravessar tempos
de crise
34
Por Dentro
Uno, sucesso na locação
36
Representatividade
Os caminhos que levaram à
oficialização da FENALOC
38
Brasil – Viagem
Minas histórica
40
Mercado
Os prós e contras das fusões e
aquisições no setor de locação
Use o leitor de QR Code
do seu smartphone para
acessar o site da ABLA.
34
42
Legislação
As arbitrariedades da lei
do IPVA paulista
44
Gestão
Saiba o que é e como montar
um Conselho Consultivo na
sua locadora
48
Marketing &
Comunicação
38
SMS aproxima ainda mais
a ABLA de seus associados
50
Homenagem
Raimundo Teixeira
5
A ABLA tem sempre
novidades para seus
associados. Fique
conectado e acompanhe.
Expediente
CONSELHO GESTOR
Paulo Nemer (Presidente do Conselho
Nacional), Carlos Cesar Rigolino Jr.
(Vice-Presidente do Conselho
Nacional), Alberto Faria, Emanuel
Trigueiro, José Adriano Donzelli,
Marcelo Fernandes, Nildo Pedrosa,
Paulo Gaba Jr., Paulo Miguel Jr.,
Raimundo Teixeira (in memoriam),
Saulo Froes e Simone Pino.
CONSELHO GESTOR (SUPLENTES):
Bernard da Costa Teixeira, Carlos
Roberto Pinto Faustino, Celio Fonseca,
Gustavo do Carmo Azevedo, José
Emilio Houat, José Zuquim Militerno,
João José Regueira de Souza,
Leonardo Soares, Luiz Carlos Lang,
Márcio Castelo Branco Gonçalves e
Valmor Emilio Weiss.
CONSELHO FISCAL:
Alvani Laurindo, Eduardo Correa da
Silva, Eládio Paniágua Jr., Jacqueline
Moraes de Melo, Marco Aurélio
Gonçalves Nazaré e Ricardo Gondim
Espírito Santo.
COORDENAÇÃO GERAL:
Alberto Faria e Olivo Pucci.
PUBLICIDADE:
Jorge Pontual e Francine Evelyn
(11) 5087-4100.
Associação Brasileira das Locadoras
de Automóveis – ABLA São Paulo:
Rua Estela, 515 – Bloco A – 5º andar –
04011-904 – São Paulo/SP – (11) 50874100 | [email protected]
Brasília: Saus Quadra 1 – Bloco J –
edifício CNT sala 510 – 5º andar – Torre A
– 70070-010 – Brasília – DF. (61) 3225-6728
www.abla.com.br
Revista Locação – Coordenação
Editorial Em Foco Comunicação
11 3816.0433 | [email protected]
Editor: Nelson Lourenço
Textos das páginas 10 a 14; 20 a 25; 28
a 39: Fatto Stampa
Textos: Nelson Lourenço, Mayara
Barbosa, Kaiqui Macaulay
Revisão: Tarcila Lucena
Arte: Leandro Cagiano
© Matej Kastelic/Shutterstock
CONSELHO FISCAL (SUPLENTES):
Lusirlei Albertini, Marco Antonio de
Almeida Lemos, Marconi José de
Medeiros Dutra, Nilson Oliveira Silva e
Paulo Hermas Bonilha Júnior.
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Carta do Presidente
Capa:
Em novo formato, XII Fórum
Nacional da Indústria do
Aluguel de Automóveis está
marcado para 09 e 10 de
setembro
Capa:
Duis autem vel eum iriure dolor in
hendrerit in vulputate velit esse molestie consequat.
A NOVA Revista Locação chega no
momento em que se completam
60 edições de sua história. Um
ininterrupto retrato da evolução
de um setor que alcança hoje o
amadurecimento necessário para se firmar como um dos motores
do crescimento econômico do país.
A indústria da locação de automóveis é, de fato, uma atividade
cada vez mais relevante na cadeia produtiva. Um setor que interfere
positivamente na economia, seja colaborando diretamente para a
expansão dos negócios de clientes (no que se refere à terceirização
de frotas), seja ofertando serviço de qualidade para turistas de negócios e de lazer. Hoje, a locação de automóveis representa 12,45%
das compras da indústria automotiva, e interfere diretamente em
toda a cadeia produtiva da economia nacional.
Toda essa valorização reflete-se também no capital humano encerrado pela atividade de locação. À frente de seus negócios, os empresários e as empresárias que atuam no setor demonstram cada
vez mais profissionalismo. E isso não poderia ser diferente. Nas posições de comando e de gestão, a atualização e a capacidade de buscar o novo precisam estar sempre presentes.
A Revista Locação muda para acompanhar essa evolução, não
apenas do setor, mas principalmente das pessoas que comandam e
trabalham nas locadoras de veículos, que merecem ter uma publicação sintonizada com suas demandas, a partir de conteúdos dirigidos
para o sucesso profissional e o êxito empresarial.
Em novo formato, a Revista traz nesta 60ª edição uma reportagem
que aborda algumas das principais dúvidas que surgem no dia-a-dia
das locadoras, além de outros textos elucidativos, como o que retrata a possibilidade de implantação de Conselhos Consultivos em
pequenas e médias empresas do setor.
O desafio é ampliar o espaço para este material de interesse imediato de nosso público leitor, sem deixarmos de ter uma Revista ágil,
bonita e agradável de ser lida e relida.
Sejam bem-vindos à nova Revista Locação!
Foto: Tomé de Aquino
Paulo Nemer
Presidente do Conselho Nacional da ABLA
7
Na Frente
O Jeep está entre nós
Estrutura de vendas dedicada aos clientes de vendas
diretas, inclusive locadoras, deve ficar pronta no final do
ano, garante o diretor geral da Chrysler Brasil. O lendário
SUV passou a ser fabricado recentemente no país
CONSIDERADO o mais autêntico dos SUVs (Sport
Utility Vehicle ou Veículo Utilitário–Esportivo), o
Jeep Renegade passou a ser fabricado no Brasil em
abril, na fábrica que a Chrysler instalou na cidade de
Goiana, Pernambuco. Em fase de expansão, a marca anunciou com exclusividade à Revista Locação,
por meio do diretor da Jeep América Latina, Sérgio
Ferreira, que terá uma estrutura dedicada aos clientes de vendas diretas, como as locadoras, até o final
do ano. “Locadoras e gestoras de frotas contarão
com uma estrutura de atendimento da própria montadora”, assinala o executivo.
Também diretor geral da Chrysler Brasil (responsável pelas marcas Chrysler, Dodge, Jeep e Ram),
o economista Sérgio Ferreira está em sua segunda
passagem pela empresa, que dirigiu entre fevereiro
de 2011 e agosto de 2013.
Segundo ele, o plano de expansão da rede Jeep
vai continuar forte, para chegar a dezembro com
mais de 200 concessionárias. A produção está num
processo natural de aceleração e a expectativa da
marca é um segundo semestre com vendas em alta.
Com relação às vendas diretas, Ferreira enxerga uma participação expressiva dessa modalidade
no segmento de SUVs compactos. “Acreditamos
que o Jeep Renegade se destacará também nessa
categoria, pela excelente relação custo-benefício,
pelas opções de motor e câmbio e pela oferta de
itens tecnológicos e de segurança inéditos para
esse segmento, o que vem sendo cada vez mais
considerado pelas empresas em suas avaliações
de compras”, explica o diretor da marca. “Até o final
de 2015 toda a rede Jeep de concessionárias estará habilitada para atender os clientes de vendas
diretas, com um sistema de faturamento exclusivo
para o segmento”, completa.
8
9
Ao Volante
Anuário da ABLA mostra a expansão do setor
O SETOR de locação de automóveis atingiu R$ 14,72 bilhões
em faturamento no ano passado e foi responsável pela aquisição de 415 mil veículos, o que faz das locadoras o principal
comprador de automóveis do país, com 12,45% das unidades
licenciadas.
Estes são alguns dos números apresentados pelo Anuário
da ABLA, que a associação lançou em abril, em São Paulo. A
publicação, com 120 páginas, traz ainda outros números relevantes, como o de empresas atuantes no setor, que chegou a
5.624. A frota total de veículos atingiu 773.222 unidades.
Ao todo, o setor teve mais de 25 milhões de usuários durante
o ano de 2014. Desse total, 25% foram gerados pelas locações
destinadas a pessoas físicas em eventos de trabalho (turismo
de negócios) e 18% para clientes em viagens de lazer, principalmente usuários em férias e/ou nos finais de semana. A maior
parte das locações (57%) foi gerada pela terceirização de frotas.
A marca Fiat lidera a preferência do setor de locação, com
18,9%, seguida pela Volkswagen (16,3%), GM (8,3%), Renault
(7,9%) e Ford (3,2%). Outras marcas representam 45,26%. n
Focus 2016
chega em julho
ao Brasil
A FORD está preparando o lançamento da reestilização do Focus no Brasil.
Enfim vai alinhar o Focus argentino com
seu similar europeu – desde a primeira
geração, o modelo fabricado no país vizinho e vendido no Brasil vive a um passo do modelo produzido no Velho Continente. O lançamento deve ocorrer no
início do segundo semestre, primeiro na
Argentina e depois aqui. Apesar das novidades visuais, o Focus não deve evoluir muito em outros sentidos, exceto
no interior, que ganhará um cockpit revisado. O Focus 2016 trocará de volante,
agora mais refinado e com três raios. n
10
Ao Volante
Gran Siena
mais equipado
A FIAT lançou a versão 2016 do Grand
Siena, que ganhou mais itens de série em todas as suas versões. A de
entrada, Attractive 1.4, passa a contar
com ar-condicionado, antes oferecido
apenas como item opcional para esta
versão, enquanto a Tetrafuel 1.4 traz
faróis de neblina e chave canivete com
telecomando para abertura das portas,
vidros elétricos e porta-malas. Ambas
as versões são equipadas com câmbio
Dualogic Plus com alavanca de seleção
das marchas tipo borboleta no volante. Já a versão intermediária Essence
traz de série o sistema de rádio, vidros
elétricos traseiros com sistema anti­
esmagamento. n
Luxo
sem crise
O MERCADO de carros de luxo está na
contramão da crise do setor automotivo
no Brasil. Enquanto a maioria das montadoras dispensa funcionários ou concede férias coletivas para minimizar as
perdas, Audi, BMW e Mercedes-Benz,
que juntas dominam 70% do setor de
alto padrão no País, comemoram os resultados. Entre janeiro e abril deste ano,
elas venderam quase 14 mil veículos
premium, um crescimento de 18,4% se
comparado ao mesmo período de 2014,
quando foram comercializadas 11.807
unidades. n
11
Ao Volante
Recorde:
recall de 180 mil carros
Financiamento
recua em 2015
A LISTA é longa. 180 mil consumidores foram chamados em maio
para fazer recall em seus carros. Foram no total 13 casos, após
serem registrados oito em abril, seis em março, sete em fevereiro
e seis em janeiro. A Toyota chamou às oficinas 112.996 modelos
Corolla, mas uma análise da lista de convocação revela que não
há distinção de marca: traz de motos Harley Davidson a jipes Troller, passando pelos imponentes BMW. Fazem parte dos chamados carros da Honda (Civic, Fit, City e CR-V), da Renault (Sandero
e Logan), da Hyundai (i30), da Land Rover (Discovery 4), da Jeep
(Grand Cherokee), da Suzuki (Ignis) e da Nissan (Pathfinder). n
A FALTA de confiança na economia
e a restrição da oferta de crédito causaram redução no financiamento de
veículos no primeiro quadrimestre de
2015. Considerando modelos novos e
usados, entre janeiro e abril 1,83 milhão de automóveis comerciais leves,
motocicletas e pesados, foram adquiridos a prazo, com queda de 10,2% na
comparação com o mesmo período do
ano passado.
Os dados foram divulgados pela
Cetip, que opera o Sistema Nacional
de Gravames (SNG), responsável por
armazenar as informações sobre veículos dados como garantia em operações
financeiras.n
Renault apresenta sucessor do Clio
A RENAULT apresentou em maio na Índia
o sucessor do Clio, que deve ser fabricado no Brasil. O novo modelo compacto é
inspirado no conceito Kwid (foto), projeto concebido pelas equipes de estilo da
marca em vários países, liderado pelo
centro de design do Brasil, com a missão
de explorar novos mercados.
O visual do lançamento lembra um
“mini-utilitário”, com 3,68 metros de
comprimento, tração dianteira e estética com apelo aventureiro. O modelo
apresentado na Índia foi equipado com
tela multifuncional de sete polegadas
e sensível ao toque, ar-condicionado,
tomada 12V, vidros e travas elétricas e
marcador do velocímetro digital. n
12
Ao Volante
Nissan
não vai alterar
aliança
CARLOS GHOSN, presidente-executivo
da Nissan, disse que não há necessidade
de alterar a aliança de capital da montadora com a Renault, depois que a França aumentou sua participação e direitos
de voto na companhia francesa no mês
passado. O governo francês, que detém
quase 20% da Renault, tem dito que deseja preservar interesses franceses na
montadora, que está aprofundando seus
laços com a Nissan. No entanto, a Renault tem alertado que a movimentação
do governo pode prejudicar a aliança.
Ghosn garantiu que a fusão de capital
entre a Nissan e a Renault tem “influência zero” sobre as operações diárias da
montadora. Desde que a Renault resgatou a Nissan da falência em 1999, a
montadora japonesa ultrapassou a controladora francesa e é responsável por
dois terços das vendas combinadas de 8
milhões veículos (Reuters). n
Ferrari,
a mais amada do país
APESAR de ter vendas estritamente limitadas (só emplacou
duas unidades em abril), a Ferrari foi considerada a marca mais
amada pelos brasileiros – esse foi o resultado de uma pesquisa
realizada pela Officina Sophia, empresa especializada em varejo e comportamento de compra. No ranking com 10 marcas
de vários setores, as automotivas aparecem por várias vezes. A
Porsche ficou com a vice-liderança, seguida pela BMW e Lamborghini. Ainda no “top 10” está a Mercedes-Benz, na sétima
colocação, e a Land Rover, na oitava. O modelo de entrada da
marca Maranello no Brasil é a California, de 560 cv, com preço
sugerido de R$ 1,85 milhão. A topo de linha na gama é a Ferrari
FF, que utiliza motor V12 de 660 cv e tem tração nas quatro rodas, custa R$ 3,5 milhões. n
13
Ao Volante
Gol na versão
Rock in Rio
A VOLKSWAGEN também relançou o
Gol Rock in Rio, série especial que comemora os 30 anos do festival de música.
Segundo a montadora, o carro será produzido até agosto em edição limitada. O
Gol Rock in Rio traz faixas adesivas nas
laterais, retrovisores com capa prateada e repetidores das luzes de direção. A
grade dianteira tem pequenas aberturas
em forma de colmeia, e a Volkswagen
utilizou faixas pretas nas colunas centrais e na região da placa traseira, além
de lanternas escurecidas. Entre os itens
de série estão rodas de liga leve de 15
polegadas e rádio CD-Player. n
Cruze e Sentra,
difíceis de furtar
© GM Group
14
O CHEVROLET CRUZE, em sua versão
topo LTZ, e o Nissan Sentra são os carros mais difíceis de serem furtados.
Ao menos é o que aponta o ranking
de índice de furtos do Cesvi Brasil.
Para chegar a essa conclusão, são levados em consideração itens como
chaves codificadas, imobilizadores,
localização da bateria, trava de coluna de direção, alarme e vidros laterais
laminados. Tudo isso classifica esses
veículos com até cinco estrelas – mas
nenhum ficou com a classificação máxima. Os dois modelos citados acima
receberam 4,5 estrelas, justamente
por não possuírem vidros laterais laminados. De acordo com o estudo do
Cesvi, este tipo de vidro aumenta em
até oito vezes (quando comparado ao
vidro temperado) o tempo que um
criminoso leva para obter acesso ao
interior do veículo. n
Diálogos
A tolerância
Cecília Lodi, diretora da Lodi Consultoria
VISITANDO e trabalhando em
arquitetura, a advocacia, os soum país de contrastes culturais
nhos e desejos dos demais são
tão marcantes como a Turquia
uma grande perda de tempo.
entendemos a importância da
A alegação é sempre ficar
tolerância para o convívio entre
junto de onde está o dinheiro. O
as pessoas. Conhecer um país
resultado são pessoas infelizes
asiático e muçulmano é comeque largam seu caminho para viçar a entender que podemos
ver a vida de outros, fazendo um
Ӄ preciso ouvir e respeitar
conviver e aproveitar a viagem
trabalho desgastante que não
de forma a possibilitar que não
da vida respeitando as escolhas
resultará nenhum benefício seja
apenas nós, mas todos nós posde cada um.
para o bolso seja para alma.
O garoto que ouve o hip hop
samos escolher com liberdade o
Quisera eu que as famílias e
pode estar sentado ao lado de
as empresas também entendescaminho da felicidade.”
uma mulher de véu sem que
sem a beleza da tolerância. Por
ambos se sintam abalados ou
que temos que, sistematicamenultrajados. Cabem, nesta sociedade, todas as escote, impor nossos pensamentos, desejos sem levar em
lhas desde que não se invada a liberdade do outro.
consideração as necessidades e escolhas dos outros?
Desde que haja o respeito.
Por que acreditamos que nossas escolhas servem a
Acredito que fomos colocados neste planeta
todos e que sabemos o caminho da felicidade?
para aprendermos a nos relacionar: e temos faO diálogo, a construção do caminho seria mais
lhado sistematicamente nesta tentativa. Estamos
fácil se aprendêssemos a tolerar as escolhas
atolados num universo de “verdades absolutas”,
alheias. Para o desenvolvimento da tolerância exisde imposição da vontade e da visão de mundo.
te a necessidade de se desenvolver a empatia. A
Coibimos qualquer pensamento que achamos concapacidade de se colocar no lugar do outro e bustrário ao nosso e estamos perdendo a habilidade
car entender porque este seguiu outro caminho,
de dialogar.
outra história. O resultado para a longevidade dos
Assim como no macro cosmo, no micro cosmo,
negócios seria impressionante. A tolerância ainda
em nossas empresas, em nossa família, padecemos
é a grande habilidade para nos relacionarmos em
de igual insucesso. Procuramos, na maior parte das
paz, neste planeta.
vezes, impor nossa conduta como se fosse única e
Vivemos tempos difíceis, no mundo e em nossomos implacáveis ao que é diferente. Em muitos
sas casas. Está na hora de entendermos que precasos aquele que está à frente dos negócios acredita
cisamos aprender para viver.
piamente que chegou até aqueQue, embora tenhamos vivido
le ponto do caminho pelo seu
com nossos credos tão cristaliúnico esforço. Que não foram
nos, eles não se fazem os úninecessárias outras contribuicos, os certos, os verdadeiros.
ções para este sucesso.
E que para viver este planeta,
Envolvidas nesta ilusão de
nestas empresas e nestas faherói, as pessoas começam a
mílias teremos que estar disse tornarem surdas e cegas a
postos a parar um momento e
outros interesses, outras escorefletir porque insistimos tanto
lhas e outras verdades. Assisto,
em dominar. É preciso ouvir e
não raras vezes, pais e irmãos
respeitar de forma a possibiliexigindo que os familiares lartar que não apenas nós, mas
guem suas profissões para se
todos nós possamos escolher
dedicar ao negócio da família,
com liberdade o caminho da
alegando que a medicina, a
felicidade. n
15
Agenda
II Fórum Jurídico
reunirá advogados
do setor
AS ASSESSORIAS jurídicas e/ou advogados e advogadas que prestam serviços para as locadoras que fazem parte
do quadro de associadas da ABLA terão
a oportunidade de se reunir na segunda
edição do Fórum Jurídico da Indústria
de Locação de Veículos.
O Fórum será realizado nos dias 6 e
7 de agosto, em Brasília (DF), no edifício da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que também abriga as sedes da ABLA e da FENALOC na capital
federal.No dia 6, quinta-feira, o Fórum
Jurídico será aberto às 14 horas, com
trabalhos até 19 horas. No dia seguinte,
terá sequência a partir das 9 horas, com
encerramento previsto para 16 horas.
Segundo o Presidente do Conselho
Nacional da ABLA, Paulo Nemer, o Fórum Jurídico prossegue este ano com
cunho técnico, tendo sido convidadas
também as Assessorias Jurídicas dos
SINDLOCs. “Nosso objetivo é abordar
as questões que de modo imediato afetam o ambiente de negócios do setor”,
afirma. “Ao reunir advogados e advogadas dos sindicatos e das empresas, promoveremos uma troca de experiências
e de soluções jurídicas que certamente
será ótima ”.
O segundo Fórum Jurídico da Indústria de Locação de Veículos será coordenado pelo Dr. Adriano Castro, consultor
jurídico da ABLA e da FENALOC. “Estamos em fase final de definição da pauta
de debates”, adianta. “Assim como na
primeira edição, o que já podemos dizer
é que procuraremos manter a diversidade de formatos e temas para oferecer
experiência mais rica aos participantes”.
Conforme Adriano Castro há intenção de, nos seminários, convidar os
advogados e advogadas dos SINDLOCS
16
para apresentarem as ações coletivas
em execução nos respectivos estados,
“para evidenciarmos as peculiaridades
de cada região”, explica. “E, no simpósio, a ideia é ouvir as experiências individuais de profissionais do Direito na
defesa de cada locadora”.
Paralelamente, haverá também os
chamados módulos técnicos, que em
linhas gerais deverão seguir a bem sucedida organização temática empregada na edição de 2014. Trata-se de dividir,
atualizar e expandir os debates por áreas do Direito (Administrativo, Empresarial e Tributário).
Além disso, também já estão sendo estudadas conferências especiais
e espaço para exposição da FENALOC
sobre os projetos de lei em trâmite no
Congresso Nacional. “Acredito que esse
momento é importante para dar visibilidade à entidade perante o qualificado
público que tomará parte do Fórum Jurídico”, avalia Adriano Castro. n
As inscrições das Assessorias
Jurídicas das locadoras
associadas serão gratuitas.
Participem!
Fórum Jurídico da Indústria de
Locação de Veículos
Datas: 6 e 7 de agosto de 2015
Horários: dia 6, das 14h às 19h;
dia 7, das 9h às 16h
Local: Sede da ABLA
em Brasília (DF)
Endereço: SAUS – Quadra 01 –
Bloco J – Torre A
Capa
XII
Fórum Nacional
da ABLA será
inovador
Principal evento do setor de locação de veículos do Brasil terá mesas de
negócios. Em relação ao conteúdo, será focado somente em workshops e
em palestras sobre assuntos diretamente ligados às locadoras
Paulo Nemer e Carlos César Rigolino Jr.:
Presidente e Vice do Conselho Nacional
COM O OBJETIVO de se aproximar
ainda mais das locadoras associadas
e proporcionar um conteúdo voltado
exclusivamente aos temas que interessam ao dia a dia das empresas que
atuam no setor, a ABLA vai adotar um
novo e inédito modelo para a realização do XII Fórum Nacional da Indústria
do Aluguel de Automóveis. O Fórum já
está marcado para os dias 9 e 10 de setembro, no espaço Estanplaza International, em São Paulo (SP).
Segundo o Presidente do Conselho
Nacional da ABLA, Paulo Nemer, trata-se de separar, em dois eventos distintos, o Fórum e o Salão ABLA. Até a
edição de 2013, Fórum e Salão vinham
sendo realizados sempre juntos. “Entendemos que chegou o momento de
mudar, inclusive para gerar um maior
aproveitamento de cada evento para
as locadoras associadas e para os
parceiros de negócios”, explica o Presidente. “Além disso, fazendo os eventos em separado vamos proporcionar
economia de recursos físicos e financeiros para a ABLA”.
17
Capa
Dessa forma, com o Salão ABLA sendo feito nos
anos pares e o Fórum nos anos ímpares – ambos
ganham dimensão ainda maior, beneficiando diretamente as locadoras associadas.
Foi exatamente o que já ocorreu na mais recente
edição do Salão ABLA, em 2014, realizada dentro
do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo
(em separado do Fórum ABLA). Naquela oportunidade a ABLA montou uma área apropriada dentro
do Pavilhão do Anhembi para recepcionar as locadoras associadas, que visitaram os estandes das
montadoras e dos demais fornecedores da indústria automobilística. “Na prática, realizamos o Salão ABLA dentro do Salão do Automóvel, já com a
intenção de fazer o nosso XII Fórum somente com
palestras, workshops e mesas de negócios”, lembra
Paulo Nemer.
Assim, as locadoras associadas foram inseridas diretamente na maior feira automobilística da
América Latina e já puderam visitar os estandes e
ver as novidades das montadoras. “Agora chegou
a vez do Fórum, voltado 100% para conteúdo, para
dar mais espaço aos assuntos que podem ajudar
as locadoras associadas a gerir com mais eficiência e melhores resultados”, diz Nemer. “O objetivo
de ver as novidades do setor automobilístico já foi
cumprido no ano passado, dentro do Salão do Automóvel”.
Saulo Fróes:
Programação terá muitas atrações
OPORTUNIDADE
IMPERDÍVEL
Programação
Cada locadora associada
A ORGANIZAÇÃO, nos novos moldes, do XII Fórum
Nacional da Indústria de Aluguel de Automóveis
está em pleno andamento. Conforme o conselheiro
gestor da ABLA, Saulo Fróes, responsável pela área
de Eventos do Planejamento Estratégico da associação, o objetivo é trazer um time de renomados
palestrantes e realizar workshops práticos, de interesse imediato para o setor de locação.
Para isso, o Estanplaza International, local do evento, será dividido em dois espaços: um auditório com
capacidade para receber confortavelmente mais de
300 pessoas, no qual serão realizados os workshops
e as palestras; e um espaço com aproximadamente
a mesma dimensão logo ao lado, onde ficarão mais
de 20 mesas de negócios (veja na página seguinte)
a serem ocupadas pelos parceiros e fornecedores. n
da ABLA terá dois
ingressos gratuitos,
que incluem todos os
workshops, palestras e
almoços.
Não perca!
18
Capa
Rodadas de negócios
No novo formato do XII Fórum Nacional
da Indústria do Aluguel de Automóveis,
a ABLA utilizará o modelo de mesas de
negócios e abrirá mão da montagem
de estandes grandiosos e distantes uns
dos outros.
Esse formato é hoje um dos instrumentos de mercado mais eficazes para
a promoção de negócios, usando a dinâmica de encontros empresariais com interesses complementares e afins. “Cada
fornecedor será colocado em uma mesa
individual, de acordo com suas necessidades e perfil de atuação”, explica o diretor comercial da ABLA, Jorge Pontual.
Segundo ele, nos intervalos entre
as palestras e workshops haverá coffee
-breaks exatamente nessa área de negócios, onde também acontecerá o almoço em um modelo business lunch,
no qual participantes e parceiros terão
oportunidade de interagir de forma
muito mais moderna e dinâmica, permitindo uma maior integração. “Vamos
proporcionar a aproximação direta entre os fornecedores e as locadoras associadas”, acrescenta Pontual, que já iniciou a comercialização das mesas junto
aos parceiros do setor.
O modelo é semelhante ao utilizado,
por exemplo, na Auto Rental Summit,
o maior evento do setor de locação de
veículos dos Estados Unidos. “Haverá
tempo suficiente para que os parceiros
se apresentem, de forma objetiva, para
que as conversações possam evoluir a
respeito de produtos, serviços, propostas de parcerias e até sobre um novo
produto ou serviço”, diz Pontual. “Tudo
diretamente com a empresa locadora
interessada. O sistema é muito ágil, dinâmico e muito produtivo”.
BENEFÍCIOS PARA AS LOCADORAS
n Identificação de novos fornecedores e assim
melhor poder de negociação;
n Identificação de possibilidade
de novas parcerias;
n Conhecimento de novas
tecnologias;
n Maior conhecimento do mercado;
n Integração com a comunidade empresarial.
BENEFÍCIOS PARA OS PARCEIROS
n Acesso pessoal, direto e próximo dos empresários
do setor de locação;
n Prospecção e possibilidade de abertura de novos mercados;
n Novas parcerias e intercâmbio com locadoras regionais e nacionais;
n Forma extremamente econômica de divulgar a empresa/produtos/
serviços;
n Troca de informações.
SERVIÇO
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negociadas pela ABLA. Acesse o Portal
dos Associados no www.abla.com.br e
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XII Fórum Nacional da Indústria
do Aluguel de Automóveis
Datas: 09 e 10 de setembro
Local: Estanplaza International Hotel
Endereço: Rua Fernandes Moreira,
1293, Chácara Santo Antônio,
São Paulo (SP).
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19
Tira-teima
SERVIÇO DE ATENDIMENTO ÀS
LOCADORAS
Renovação da frota, apropriação
indébita, multas, convênios, dúvidas
sobre legislação.
O dia a dia de uma locadora de
automóveis pode provocar muitos
questionamentos em quem é
responsável pela administração do
negócio.
Nas próximas páginas, divulgamos e
indicamos a solução para algumas das
principais questões que podem surgir
ao longo da operação.
20
Tira-teima
Apropriação indébita
DÚVIDA: Existe alguma alternativa legal
que livre as locadoras do pagamento do
Imposto sobre a Propriedade de Veículos
Automotores (IPVA) referentes a veículos que sofreram apropriação indébita
e cujos Boletins de Ocorrência foram
devidamente feitos pela locadora?
RESPOSTA: O IPVA é tributo
estadual e cada estado possui regras
próprias referentes à suspensão
da exigibilidade de veículos
roubados e furtados. Em linhas
gerais, normalmente incumbe à
locadora (proprietária do veículo)
levar o Boletim de Ocorrência (BO)
ao órgão de trânsito e à Secretaria da
Fazenda para suspenderem a cobrança.
Em alguns estados – Minas Gerais, por
exemplo – é possível até mesmo pedir
a restituição proporcional do IPVA pago
antecipadamente. Em determinados
estados o sistema funciona melhor que
em outros e com o próprio BO os órgãos
fazendários e de trânsito já se comunicam
automaticamente, mas há aqueles em
que é necessário fazer os comunicados
manualmente. Ou seja, embora existam
detalhes diferentes sobre o processo para
cada unidade da Federação, de modo
geral o procedimento não se afasta dessa
orientação.
21
Tira-teima
Indicação
do Condutor
DÚVIDA: Qual o procedimento correto
para a locadora indicar um condutor/
infrator, no caso de não ter recolhido
sua assinatura? As locadoras podem
fazer essa indicação?
RENAPTV
DÚVIDA: A Resolução 461/2013, apesar
de já estar em vigência, ainda não foi
implantada na prática pelos órgãos e
autoridades responsáveis. Há alguma
previsão sobre quando o sistema
RENAPTV estará vigorando?
RESPOSTA: De fato a Resolução
461/2013 ainda não foi implantada. Há
ajustes a serem feitos em relação ao
sistema homologado, mas o motivo
principal tem sido a resistência dos
órgãos de trânsito dos estados em
implantá-la na prática. O sistema
necessariamente tem de ser nacional,
para haver “diálogo” com os sistemas
de registro de infrações (RENAINF) e de
condutores (RENACH). Embora ainda
não exista previsão a respeito, a ABLA
e a Federação Nacional das Locadoras
(FENALOC) seguem acompanhando de
perto todos os detalhes que envolvem
o tema para trazer novidades ao setor
assim que haja evolução.
22
RESPOSTA: A indicação do condutor
é de responsabilidade do proprietário
do veículo (locadora). Ou seja, no
momento da locação o usuário deve
apresentar a Carteira Nacional de
Habilitação (CNH) válida e assinar
o contrato de aluguel conforme a
assinatura que consta na CNH. A não
indicação do condutor implicará em
agravos para a locadora sempre que a
mesma infração de trânsito ocorrer em
um período inferior a 30 dias contados
da data da última infração, mesmo que
cometida por usuário diferente. Para
indicação de condutores à distância
as locadoras devem utilizar o termo
de Responsabilidade de Multas, cujo
modelo pode ser obitido junto à ABLA.
Proteção do
patrimônio
DÚVIDA: Em casos em que locatários
tentam subtrair veículos das locadoras
apresentando documentos falsos, tratase de “estelionato” ou de “roubo”?
RESPOSTA: Já existe jurisprudência
favorável à equiparação entre furto,
roubo e estelionato e apropriação
indébita para fins de cobertura
securitária. Segundo essa corrente
jurisprudencial, o interesse do
segurado é proteção contra gênero de
crime – crime contra o patrimônio – e
não contra crimes isolados.
Tira-teima
Licitações
DÚVIDA: Há alguma orientação quanto
à indicação ou recomendação de
uma empresa idônea, que preste o
serviço de aviso de licitações para as
locadoras?
RESPOSTA: Existe uma série de
empresas especializadas em licitações,
que enviam avisos diretamente
para o e-mail das locadoras que
contratam seus serviços. Há também
fornecedores que liberam o acesso aos
seus sites, por meio de senha, para
que as próprias locadoras confiram
os processos licitatórios. Na prática,
são empresas que captam todas
as licitações publicadas em Diários
Oficiais e fazem a triagem conforme
o segmento desejado pelo cliente.
Atualmente a ABLA não possui parceria
com nenhuma empresa específica
desse segmento, mas a nova diretoria
comercial da associação buscará
aproximação para poder oferecer, o
quanto antes, indicações e benefícios
em relação às condições comerciais
para as locadoras interessadas em
contar com serviços do gênero. Vale
lembrar que a ABLA oferece para as
locadoras associadas interessadas uma
declaração de participação regular no
quadro associativo, que é muito bem
recebida nas licitações.
23
Tira-teima
Convênio
ICMS
DÚVIDA: Sobre o Convênio ICMS/06, que trata das vendas
diretas, em que poderia ser vantajoso para as locadoras de
veículos?
RESPOSTA: A ABLA defende a modificação/expansão do
Convênio ICMS 64/2006, o qual proíbe a venda do veículo
adquirido há menos de 12 meses pela locadora de veículos.
A associação defende que o uso de critério monodimensional
– 12 meses de contínua propriedade – é insatisfatório para
a adequada regulação do setor. Por exemplo, em caso de
veículos sinistrados, a locadora terá dificuldade para a venda
da sucata se o veículo tiver sido adquirido há menos de um
ano. O funcionamento do impedimento é simples. Dá-se pelo
registro no CRLV do veículo da restrição tributária à venda. As
locadoras que necessitarem de informações mais específicas
podem entrar em contato com a ABLA.
24
Tira-teima
Condutor
estrangeiro
DÚVIDA: O que fazer quando o
locatário é oriundo de um país que não
é signatário da Convenção de Viena,
como a China? A locadora pode alugar
o veículo para portadores de CNH
desses países?
RESPOSTA: Para os condutores
estrangeiros de países que assinaram
a Convenção de Viena basta a CNH
de origem, passaporte e visto de
permanência. Para os demais, não. Aí
o procedimento é similar à obtenção
de uma nova habilitação: o condutor
deverá se submeter a todos os exames
exigidos pela Resolução 360/2010,
artigo 2º, do CONTRAN. Isso porque,
pelo princípio da reciprocidade das
relações internacionais, enquanto
o país de origem do condutor não
aderir à Convenção de Viena e, dessa
forma, aceitar a CNH brasileira em
seu território, o Brasil também não
aceitará que turistas desses países
dirijam por aqui. A não ser que
o turista se submeta aos exames
exigidos pelo CONTRAN. Ou seja,
há solução para esses casos, que é a
apresentada acima, mas é uma solução
impraticável.
Renovação
da frota
DÚVIDA: Como saber o prazo mínimo
que a locadora precisa ficar com os
veículos em seu nome antes de efetuar
as vendas para a renovação da frota?
RESPOSTA: Independentemente da
informação que possa estar gravada na
documentação dos veículos, é sempre
importante verificar as normas vigentes
da Secretaria da Fazenda (SEFAZ) de
seu estado para certificar-se de que não
houve alteração. n
25
26
27
Entrevista
Brasil em crise:
É hora de focar
no essencial
Com 28 livros publicados, o
Professor Luiz Almeida Marins
Filho vem se dedicando ao estudo
das empresas e desenvolvendo
a antropologia empresarial.
Doutor (Ph.D.) em antropologia
na Austrália e pós-doutorado em
macroeconomia em Londres, ele
tem muito a ensinar às locadoras
que hoje enfrentam o cenário
turbulento da economia brasileira.
Confira nesta entrevista.
28
Entrevista
“O que mais conta
em épocas de crise
é confiabilidade,
assistência técnica,
acompanhamento
pós-venda,
atendimento eficaz.
Muitas empresas se
enganam pensando
ser o preço o que o
cliente mais valoriza
em tempos de crise.
Na maioria das
vezes, não costuma
ser.”
29
Entrevista
REVISTA LOCAÇÃO: A retração de
investimentos pela qual o Brasil está
passando poderá se ampliar ainda
mais no curto e médio prazos?
PROFESSOR MARINS: Tudo depende de
como vai se comportar a avaliação do
Brasil, se o país vai conseguir manter
o atual grau de investimento pelas
agências de rating. Se o Brasil perder
esse grau, a retração dos investimentos
será grande. No momento, o cenário
está completamente embaçado, com a
Europa em processo de deflação e resto
do mundo também muito complicado.
Pode ser que não tenhamos uma
retração muito forte de investimentos
diretos internacionais de longo prazo,
pois todos acreditam que o futuro do
Brasil é ainda positivo. O problema está
no curto e no médio prazos.
REVISTA LOCAÇÃO: Dentro das
possibilidades que restam, o que
as empresas do setor de locação de
veículos podem fazer para minorar os
efeitos dessa retração da economia até
que a neblina baixe?
PROFESSOR MARINS: Há cinco
medidas que posso sugerir. A primeira
delas é sentar em cima do caixa,
tomar muito cuidado com o caixa. Não
fechar contratos com pessoas físicas e
jurídicas de crédito duvidoso e evitar
todo e qualquer desperdício. Ser muito
cauteloso com compras desnecessárias
de veículos. O caixa é o fator mais
fundamental na crise. A segunda
medida é fazer de tudo para não perder
os atuais clientes. Em época de crise,
isso é um pecado capital e deve ser
evitado a qualquer custo. O que nos
leva a mais uma medida, que é tentar
vender mais para esses clientes que já
temos. É o que o se chama de “pocket
share” ou “wallet share”, ou seja, como
participar mais da carteira dos meus
atuais clientes, verificando todas as
possibilidades de “cross-selling” que
possam existir. Outra medida é manter
o foco no que realmente interessa. Não
perder tempo com coisas acidentais
que podem tirar a locadora do foco,
que é conquistar e manter clientes. Não
30
ficar acompanhando detalhes e mais
detalhes da Operação Lava-Jato, por
exemplo, ou a crise da Ucrânia, em
vez de sair no mercado em busca de
oportunidades. Por fim, é necessário
fazer um bom planejamento, simples
e eficaz, e verificar tudo o que pode
ser feito para maximizar resultados e
fortalecer o caixa.
REVISTA LOCAÇÃO: O senhor falou em
fazer de tudo para não perder os atuais
clientes. Poderia citar algumas medidas
ou ações práticas importantes para isso?
© Bigstock
Entrevista
PROFESSOR MARINS: Na crise, o
cliente se torna ainda mais seletivo,
e a questão do preço tende a ganhar,
por incrível que pareça, importância
ainda mais relativa. O que mais conta
em épocas de crise é confiabilidade,
assistência, acompanhamento pósvenda, atendimento eficaz. Muitas
empresas se enganam pensando ser o
preço o fator que o cliente mais valoriza
em tempos de crise. Na maioria das
vezes, não costuma ser.
REVISTA LOCAÇÃO: Como as
locadoras de veículos podem tentar
vender mais, servindo os clientes que
já possuem?
PROFESSOR MARINS: As empresas
precisam aprender a estudar os clientes
com metodologia e estratégia sérias.
Não há dois clientes iguais e o que é
valor para um não é valor para outro.
E o cliente só paga a mais por algo
que ele sinta de fato como valor para
31
Entrevista
“Temos hoje
que ter uma
estratégia
específica
para cada
um de nossos
clientes ou
prospects.”
32
Entrevista
ele. As empresas ainda trabalham com
tamanho único para todos os clientes, e
isso não funciona mais. Temos hoje que
ter uma estratégia específica para cada
um de nossos clientes ou prospects.
REVISTA LOCAÇÃO: Retomando a
questão dos cuidados com o caixa.
Quais os itens mais importantes a
serem observados?
PROFESSOR MARINS: O caixa de
uma empresa pode estar no caixa,
no estoque, em contas a receber,
inadimplências, cheques sem fundos,
nas mãos das pessoas para quem
a empresa locou veículos e que
não pagam essas contas. O caixa
pode ser afetado também pelos
desperdícios, pequenos ou grandes.
Somados, comem os recursos da
empresa. É necessário cuidar de todos
esses aspectos com muito afinco e
determinação. Costumo dizer que o
caixa some pelos vãos dos dedos se
não sentarmos em cima dele.​
REVISTA LOCAÇÃO: O senhor acredita
que os juros subirão e a inadimplência
como um todo ainda poderá aumentar?
PROFESSOR MARINS: Com certeza.
Os juros subirão um pouco mais e a
inadimplência aumentará por causa do
desemprego e da crise.
REVISTA LOCAÇÃO: Como assegurar
os bons níveis de criatividade e
inovação dentro das empresas,
inclusive as locadoras de veículos,
diante do clima e do ambiente tenso
pelo qual passa o Brasil?
PROFESSOR MARINS: É preciso
agora planejar com simplicidade.
Não adiantam ideias mirabolantes
e de alto custo. Deve-se inovar
frugalmente, com simplicidade e
foco, e ver aquilo que não estamos
conseguindo enxergar. Em épocas
de crise, vale o ditado português
do século XVIII: Andando na égua e
perguntando por ela. Muitas vezes,
a solução de nossos problemas está
debaixo de nós, de nosso nariz e não
a enxergamos. Por isso é que temos
feito as Oficinas de Planejamento
Estratégico – Visão, Foco e Ação. Para
que as empresas vejam o que elas
não estão conseguindo ver.
REVISTA LOCAÇÃO: Como o senhor
acredita que será o ano de 2016?
PROFESSOR MARINS: Sem dúvida
será melhor que 2015, principalmente
o segundo semestre. A neblina já
deverá ter baixado um pouco mais e
teremos condições de voltar para a
estrada e acelerar. Não muito ainda,
mas até uns 80 quilômetros por hora
talvez dê para chegar.
REVISTA LOCAÇÃO: Deixe uma
mensagem sobre a importância
de coragem e determinação para
quem deseja superar as dificuldades
inerentes aos negócios.
PROFESSOR MARINS: Já passamos
por muitas crises e sabemos como
enfrentá-las. É uma pena que
tenhamos chegado a essa nova crise
por pura incompetência governamental
e de gestão. Mas não adianta brigar
com o tema. Ela está aí, e temos que
enfrentá-la tomando as medidas certas,
com coragem e simplicidade, nos
preparando para quando a neblina
baixar. Por isso planejar é essencial,
além de cuidar ainda mais do
atendimento ao cliente, cumprir o que
foi prometido, fazer acompanhamento
após cada venda, ser ágil e rápido e
não descuidar da qualidade em tudo o
que fizermos.n
33
Por Dentro
UNO, adatradição
FIAT
O FIAT UNO é um carro que faz parte da nossa paisagem. São
anos e anos de convivência com o consumidor brasileiro – foi
assim que ele ganhou notoriedade e confiança. O Uno também
é um dos preferidos pelos locadores e locadoras. O novo modelo 2015 é uma extensão da tradição da Fiat no País. Por quê?
Quem responde é o diretor de Vendas Diretas da Fiat, Fábio
Meira Júnior: “Primeiro gostaria de dizer que os carros da Fiat
são os melhores para a locação no Brasil, por nossa grande
parceria com as locadoras e pela confiança que eles têm entre
os consumidores”.
Para Fábio, o novo Uno tem tudo para agradar os locadores,
“principalmente por sua versatilidade, por seus benefícios e
por sua manutenção econômica”. O executivo da Fiat continua:
“Além de todas as suas virtudes, o novo Uno representa a marca que é líder do mercado brasileiro há 13 anos”. E tem mais,
continua Fábio, “outro ponto a favor do novo Uno é que a Fiat
34
Por Dentro
tem uma rede bastante capilarizada: são mais de
600 postos de atendimento em todo o Brasil”.
O carro que agrada os consumidores também
é apreciado por suas qualidades técnicas: o novo
Uno é o primeiro carro nacional a ter um dispositivo que desliga e liga o motor automaticamente no
anda e para do trânsito. Bem conhecido na Europa,
o start-stop é um aliado para ajudar a reduzir consumo de combustível e emissões de poluentes. Ele
desliga o motor quando o carro para e volta a ligar
quando o veículo reinicia o movimento.
Na linha 2015, a família Uno cresceu. Antes havia
seis versões, agora há sete:Vivace (duas e quatro portas), Attractive e Way (quatro portas) 1.0, Evolution,
Way e Sporting (quatro portas) 1.4. A Vivace permaneceu sem alterações, assumindo o papel de modelo de entrada que antes era do falecido Mille. Todas as versões adotaram dois recursos para reduzir
o consumo: pneus verdes, mais eficientes (com resistência ao rolamento 8% menor, segundo a Fiat),
e ajustes no câmbio. Além disso, o motor passou a
ser apoiado em novos coxins, que contribuem com
o start-stop, por uma questão técnica – o start-stop
de um carro manual usa o pedal da embreagem
como referência para funcionar.
Entre os itens de série, todo Uno vem com di-
reção hidráulica, banco traseiro rebatível, palhetas
flat blade e calotas, entre outros. A versão Evolution
tem como diferenciais computador de bordo, quadro de instrumentos com tela de LCD, som, retrovisores externos com luzes de direção e volante
com regulagem de altura. A unidade mostrada aqui
exibe ainda todos os opcionais a que tem direito,
como o cinto de segurança de três pontos atrás,
na posição central. A lista toda contempla ainda ar-condicionado, bluetooth, sensor de ré e rodas de
liga leve, além de itens de personalização.
Ao volante, o Uno não mudou. Ele continua obediente e com sua suspensão cumpridora, embora
com calibragem macia. O desempenho também se
manteve como antes, esperto para um hatch da sua
categoria, já que não houve mudanças no motor
e as alterações no câmbio se resumem ao alongamento da quinta marcha, com o objetivo de melhorar o rendimento na estrada, principalmente.
O novo Uno também ganhou um câmbio. O
novo sistema Dualogic tem como grande atrativo
a ausência de manopla – substituída por botões.
Ele ainda não deixou de ser automatizado, então os
trancos em trocas de marchas continuam lá. Mas
eles foram suavizados e deixam a condução bem
mais confortável. n
35
Representatividade
FENALOC,
ideia visionária que virou realidade
Acompanhe a história da
criação da FENALOC e o
intenso trabalho realizado
ao longo dos últimos
anos que resultou na
oficialização da entidade
2000 – PRIMEIRO ENCONTRO NACIONAL DE
PRESIDENTES DE SINDICATOS DE LOCAÇÃO
DE VEÍCULOS NO BRASIL
2010 – CONSTITUIÇÃO DA
PRIMEIRA DIRETORIA DA
FENALOC
36
O SETOR de locação de veículos conquistou
recentemente uma das principais vitórias de
sua história no Brasil: a concessão do registro
sindical à FENALOC (Federação Nacional das
Empresas Locadoras de Veículos Automotores). Foi um longo caminho até essa conquista.
No final da década de 90, havia poucos sindicatos patronais das locadoras de veículos
(ainda nem existia a padronização do nome
SINDLOC), mas os poucos que existiam eram
bastante atuantes, como o do Espírito Santo,
que era presidido por Eduardo Corrêa, hoje
membro do Conselho Fiscal da ABLA. Ele
conta que o Sindicato que presidiu por quatro
anos fez conquistas importantes, como a sede
própria e o desconto do IPVA para os veículos
de locação. “As nossas conquistas deram muito reconhecimento ao trabalho da diretoria do
Espírito Santo. Assim, ao lado do presidente
do Sindicato da Bahia, na época Júlio Gontijo,
e de seu vice-presidente, Alberto Faria, começamos a pensar em uma estrutura de organização nacional dos nossos sindicatos com o
objetivo de fortalecer o setor e trocar experiências”, relembra Eduardo Corrêa.
Alberto Faria, integrante do Conselho Nacional da ABLA, acrescenta que essa proposta
foi levada para o IV Fórum Nacional da Indústria do Aluguel de Automóveis da ABLA, em
1999. “Lembro que foi recebida com muito entusiasmo”, conta o empresário. No ano seguinte, 2000, foi realizado em Salvador o primeiro
Encontro Nacional de Presidentes de Sindicatos de Locação de Veículos no Brasil. Foi um
sucesso. Hoje já foram realizados 14 encontros
dos SINDLOCS – “eles eram tão bons que a
cada seis meses havia uma reunião”, diz Eduardo Corrêa, do Espírito Santo. Além de dar
Representatividade
visibilidade para a categoria, 10 anos depois do primeiro encontro já eram 18 Sindicatos atuando em
todo o país. E foi em uma dessas reuniões que nasceu a proposta de criação de uma federação para o
setor: “Hoje a FENALOC é uma realidade e vai cuidar
das partes política e jurídica do setor de locação, enquanto a ABLA continuará fazendo o seu competente trabalho comercial”, acrescenta Eduardo Corrêa.
Em 2010, no 12º Encontro dos SINDLOCS, novamente na Bahia, a FENALOC – bastante discutida e
já estruturada no papel, foi oficialmente lançada, e
dessa forma constituída a primeira Diretoria Provisória. Coube a Adriano Donzelli comandar os esforços
para a sua consolidação interna e externa. Ele foi eleito o primeiro presidente da entidade e é atualmente conselheiro gestor da ABLA. Donzelli dedicou seu
tempo e seu conhecimento do setor para transformar
o sonho da FENALOC em realidade e, dessa forma,
foi um dos grandes responsáveis pelo trabalho que
culminou com a concessão da Carta Federativa, que
ocorreu no último dia 5 de março. Donzelli costuma
parafrasear Raul Seixas: sonho que se sonha só é só
um sonho; sonho que se sonha junto vira realidade.
Trata-se de uma significativa e inédita ampliação da
representatividade do setor de locação de veículos.
Agora, a Federação - que já possui cadeira no DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito), no
Conselho Nacional do Turismo e em diversos outros
órgãos de importância econômica e política - ganhou
ainda mais força e poder de negociação também junto
ao Governo e aos demais Poderes Públicos.
Paulo Gaba Júnior, também integrante do Conselho Gestor da ABLA, foi eleito em 2014 para dar
continuidade ao trabalho de Adriano Donzelli na
presidência da federação, que é vinculada à Confederação Nacional dos Transportes (CNT). O mandato
é de quatro anos. A chapa única foi eleita por aclamação, durante Assembleia Geral Ordinária da entidade. Conforme o atual presidente, o trabalho da
FENALOC seguirá voltado para alavancar a projeção
nacional e a representatividade do setor.
Ele explica que está tudo muito bem alinhado
entre a ABLA e a FENALOC. A federação trabalhará nas áreas política e jurídica, sempre focada
em consolidar o diálogo com os órgãos públicos
(DENATRAN, por exemplo) e com as autoridades
políticas (Congresso). “Paralelamente, também trabalharemos para estimular o desenvolvimento, o
crescimento e a integração dos sindicatos do nosso
setor”, acescenta o empresário.
Paulo Gaba lembra que o setor de locação de veículos evoluiu significativamente, tanto em termos de
volume de frota como também junto às indústrias do
turismo e dos transportes. “Certamente, em função
disso teremos uma agenda repleta nos próximos anos,
tanto em Brasília como em cada estado da Federação”,
complementa. “Vamos estimular a união, dividindo
responsabilidades. Pretendemos ter todos os sindicatos colaborando efetivamente e em conjunto, dentro
de um verdadeiro espírito de cultura federativa”. n
Atual Diretoria
Presidente
Vice-Presidente
Diretor Administrativo Diretor Financeiro
Diretor Região Sudeste Diretor Região Nordeste Diretor Região Sul Diretor Região Centro Oeste
Diretor Região Norte
Diretor de Relações Públicas e Institucionais Presidente do Conselho Fiscal
Conselheiro Fiscal
Conselheiro Fiscal Conselheiro Fiscal
Conselheiro Fiscal
Paulo Gaba Jr.
Valmor Weiss
Edson Ganho
Saulo Tomaz Fróes
Paulo Miguel Jr.
Alberto Faria
Tercio Gritsch
Marco Antonio de Almeida Lemos
José Emílio Houat
José Adriano Donzelli
Rodolfo Miranda Marques
Lusirlei Albertini
Rogério Vila Verde Reis
Ricardo Gomes Brás da Silva
Nilson Oliveira Silva
HOJE
2015 – OFICIALIZAÇÃO PELO
MINISTÉRIO DO TRABALHO
37
Brasil Viagem
Em Minas, um roteiro
para oferecer aos clientes
As cidades históricas são o caminho de inúmeros turistas. A sugestão da Revista Locação é
que as locadoras coloquem essa sugestão de viagem em seus sites, à disposição dos viajantes.
jetados por Burle Marx, e a Igreja de São Francisco
de Assis, conhecida por suas curvas e cores.
Para provar os sabores de Minas, dirija até o
Mercado Central, perfeito para quem quer abastecer as malas. E se a ideia é petiscar, ali também é o
lugar: encontre uma cadeira em um dos 14 botecos
do espaço e prove um bom queijo mineiro.
A viagem segue pelo interior de Minas, mais
especificamente, por Sabará, já parte do caminho
aberto pela Coroa Portuguesa para levar o ouro de
Minas até o Rio de Janeiro. O passeio por lá começa na Capela Nossa Senhora do Ó, considerada
uma das representações mais ricas do barroco em
Minas. A cidade conserva casario histórico e também é cheia de tradições. Uma delas é a delicada
renda turca de bicos, patrimônio cultural do município, feita à mão pelas artesãs da região.
A próxima parada é mais uma joia da estrada
EM MEADOS do século XVIII já eram muitos os caminhos que conduziam às minas de Minas Gerais.
Mas, para aumentar a segurança, a Coroa Portuguesa determinou que o ouro e os diamantes deixassem
as terras mineiras apenas por trilhas outorgadas pela
realeza, que receberam o nome de Estrada Real, hoje
uma das principais rotas turísticas do Brasil.
O ponto de partida desse tour, ideal para quem
gosta de arte, arquitetura e história, é Belo Horizonte. Comece o passeio pela região da Lagoa da Pampulha, uma das áreas mais belas da capital mineira.
Às suas margens está o Parque Ecológico Promotor
Francisco Lins do Rego. Na mesma área ainda estão
outros cartões-postais de BH assinados por Oscar
Niemeyer, autor de todo o projeto da região, que recebeu o nome de Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Por isso, não deixe de visitar o Museu de Arte,
que abriga um acervo de 900 obras e tem jardins pro-
38
Brasil Viagem
O roteiro foi produzido para ser feito de automóvel. Portanto,
sinta-se à vontade para oferecê-lo a clientes do rent a car. Iniciativas assim são boas para ampliar a fidelização.
O ponto alto do passeio pelas ladeiras é a Igreja
Matriz de Nossa Senhora do Pilar, que guarda 400
kg de ouro e possui seis altares laterais. No subsolo
ainda pode-se visitar o Museu de Arte Sacra. Outra parada obrigatória é a Igreja de São Francisco
de Assis, projetada por Aleijadinho e considerada
a principal obra da arquitetura colonial mineira. O
espaço também abriga o Museu Aleijadinho, com
peças de arte sacra produzidas por vários artistas
da região. Tanta história contrasta com bares cheios
de universitários e restaurantes como o Bené de
Flauta, que tem cardápio incrementado com pratos
como o bacalhau servido com purê de legumes.
As belezas de Ouro Preto preparam para as atrações da próxima cidade do nosso tour. Em Congonhas você irá encontrar os 12 profetas de pedra-sabão, obra-prima de Aleijadinho que brilha na
Basílica do Senhor Bom Jesus Matosinhos. Bastam
duas horas para conhecer o conjunto – e sair de
queixo caído. A sequência da arte sacra continua
na pequena Tiradentes. Charme em cada esquina.
Aqui, a Igreja Matriz de Santo Antônio está entre os
destaques. Construída voltada para a Serra de São
José, ostenta lustres de prata e altar rico em ouro.
O passeio pode ficar ainda mais interessante se
você optar pelo Roteiro Narrado noturno, que conta
a história da Igreja com jogos de luz e um texto gravado pelo ator Paulo Goulart. Quando a fome bater
vá conhecer o estrelado Leitão do Luiz Neto, que
prepara o famoso leitão a pururuca no restaurante
da pousada Villa Paolucci.
Vale a pena continuar dirigindo até São João
del Rei. A cidade, acessível via Tiradentes, preserva
construções no Centro Histórico e um lindo artesanato em estanho. Mas se você quiser dar um tempo
no roteiro histórico, uma boa pedida é ir até a Gruta
Casa de Pedra. O passeio por lá leva meia hora e
revela formações calcárias.
A viagem se encerra em Brumadinho, a 55 km de
Belo Horizonte. Em meio a um jardim incrível, a arte
colonial dá lugar à contemporânea no Instituto Inhotim, maior museu a céu aberto do mundo. O espaço
guarda 22 pavilhões com obras de mais de 30 países. Entre os nomes de destaque que têm peças ali
estão Cildo Meireles, Hélio Oiticica, Adriana Varejão,
Chris Burden e Matthew Barney. Para conhecer tudo
com calma recomenda-se dois dias na cidade. Quem
pensa em fazer o passeio com crianças deve ir sem
medo: há restaurantes, lanchonetes e vários espaços
que são um convite a brincadeiras. n
real. Além de ter belos exemplares do barroco por
suas ruas, Santa Bárbara é a cidade mais próxima
do Santuário do Caraça. No espaço, a 26 km da cidade, estão trilhas, cachoeiras e construções que
abrigaram uma escola e um seminário do século
18. O locador também pode se hospedar por lá. As
diárias incluem pensão completa. Ao voltar para a
área urbana da cidade, não deixe de passear pelo
centro histórico, onde está a Igreja Matriz de Santo
Antônio, cheia de entalhes cobertos de ouro e teto
pintado pelo Mestre Athaíde.
O giro por tesouros arquitetônicos continua em
Mariana, próxima parada do roteiro. Vila mais antiga e primeira capital mineira, a cidade mais rica do
Ciclo do Ouro exibe obras de Aleijadinho e Athaíde.
Aqui, caminhe pela Rua Direita, repleta de construções coloniais que serviram de residência para autoridades da época. Mas nenhuma viagem ao passado
diverte mais do que a descida, em vagonetas, aos
120 metros de profundidade da Mina Ouro desativada desde 1985 – o passeio é incrível, percorrendo
túneis e observando grandes galerias e um lago.
De volta à rota, siga até Ouro Preto. Estacione o
carro, alongue as pernas e encare quantas ladeiras
puder: a Antiga Vila Rica esbanja cultura. A cidade,
que no passado chegou a ser capital de Minas Gerais, exibe um conjunto arquitetônico declarado
Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco.
39
Mercado
Fusões e
aquisições
de Locadoras
40
Mercado
”Conhecidas como fusões e
aquisições, as operações de compra de
empresas costumam ter como objetivo,
no caso de uma fusão, a junção de
esforços para redução de custos e
aumento da atuação no mercado”
Bruno Accorsi Saruê,
sócio da Bruno Accorsi Saruê Advocacia
Empresarial, é especializado em operações
societárias e consultor jurídico da Buysell
Compra&Venda de locadoras.
veículos, ou se unir ou adquirir uma empresa que
já atua no estado, com vários estabelecimentos e
uma frota em operação?
Com a aquisição de uma empresa que já atua
no Paraná, a empresa de São Paulo poderá entrar
rapidamente no mercado local e melhorar sua distribuição logística, reduzindo custos operacionais.
Evidentemente, diversas questões jurídicas precisam ser analisadas para evitar problemas futuros,
tais como as eventuais dívidas da empresa a ser
adquirida, os passivos trabalhistas e tributários e
a situação de seus contratos (sejam de locação de
imóveis, leasing ou financiamento de veículos e,
também, os contratos com clientes empresariais).
Essa análise jurídica é realizada num processo
conhecido como due diligence, no qual as questões jurídicas serão avaliadas para que o comprador saiba o que está comprando e possa mensurar
eventuais riscos ligados à operação. Além disso,
costuma-se elaborar um valuation, um estudo que
visa determinar o valor real da empresa que está
sendo adquirida, com base em suas informações
financeiras e contábeis, aliadas às informações de
seu mercado de atuação e seu funcionamento em
relação a este mercado. Isso tudo para que as partes possam negociar um preço justo.
E você, já pensou em expandir seu negócio rapidamente, ganhando escala, mais clientes, mais
veículos e reduzindo custos? n
VOCÊ quer aumentar sua base de clientes? Precisa
aumentar sua frota? Quer reduzir custos operacionais? Se sim, já pensou em adquirir uma empresa
concorrente, constituída, que já possui frota estabelecida e base de clientes cadastrada? Essa pode ser
uma forma rápida de expandir seu negócio.
Conhecidas como fusões e aquisições, as operações de compra de empresas costumam ter como
objetivo, no caso de uma fusão, a junção de esforços para redução de custos e aumento da atuação
no mercado e, no caso de aquisição, o crescimento
de quem compra ou a diminuição da concorrência.
Ao adquirir uma empresa, a compradora trará
para dentro de si o patrimônio daquela que está sendo comprada. Com isso, ela incorporará a base de
clientes, os veículos que pertenciam àquela empresa
e também os pontos comerciais em que a empresa
atuava. Mas quais vantagens isso pode trazer?
De início, obviamente, um rápido aumento na
capacidade de atendimento (pois terão mais veículos e mais pontos de atendimento disponíveis)
além do aumento da base de clientes, gerando
aumento de receitas. Porém, além disso, pode-se
ganhar em escala e logística, reduzindo custos de
operação – o que aumentará o lucro. Por exemplo:
imagine que uma locadora de São Paulo tem interesse em expandir sua operação no Paraná. Qual é
o caminho mais fácil: iniciar uma busca por pontos
comerciais e negociação para aquisição de novos
41
Legislação
A lei do
IPVA
Paulista
é natural se supor que nenhuma empresa estaria
adaptada aos novos trâmites do processamento
desse imposto, potencialmente expondo a todos os
clientes de locadoras não sediadas em São Paulo ao
risco de autuação. Evidentemente ninguém gosta
de se ver responsável pelo pagamento do imposto
alheio, motivo pelo qual a medida gera barreira tributária discriminatória para locadoras domiciliadas
em outros estados.
O risco da bitributação também é evidente. Se
a lei de um estado exige o recolhimento do imposto no local do domicílio da locadora, independentemente da localização do veículo, e a lei paulista
exige o pagamento em São Paulo, independentemente da localização do domicílio do proprietário,
tem-se nítida sobreposição de fatos geradores. Supondo-se que todos os estados adotassem a mesma regra, o que se teria não seria o fim da guerra fiscal, mas tão somente a multitributação pelo
mesmo fato gerador.
A Lei SP 13.296/2008 foi atacada por meio da
ação declaratória de inconstitucionalidade movida
perante o Supremo Tribunal Federal. O STF ainda
não julgou a Adin e, enquanto isso, o Tribunal de
Justiça de São Paulo mantém a aplicação da Lei do
IPVA Paulista. Não se concorda com a posição do
TJSP, entretanto até que o STF se manifeste precisaremos conviver com as arbitrariedades dessa lei.
ESTE ARTIGO analisa como o estado de São Paulo
conseguiu transformar o maior mercado do país em
ambiente hostil às locadoras de veículos. Sob argumentos falaciosos e genéricos sobre “defender-se
da guerra fiscal” e “combater a sonegação” o estado até há pouco considerado progressista se tornou
reacionário em relação à política tributária aplicada
à indústria de locação.
Não se trata de acusação leviana ou irrefletida,
trata-se da conclusão obtida após atender inúmeras consultas formuladas por locadoras de veículos
paulistas e de outros estados, as quais foram envolvidas em questões fiscais potencialmente ruinosas
e arbitrariamente criadas por legislação estadual
discriminatória às locadoras.
O principal problema é a Lei 13.296/2008 (“Lei
do IPVA Paulista”). A Lei do IPVA Paulista inovou ao
exigir o pagamento do imposto no local de circulação do veículo alugado ao invés de ser no domicílio
da locadora de veículos. Na prática o IPVA deixou
de ser imposto sobre a propriedade do veículo e se
transformou em espécie de imposto sobre a atividade econômica vinculada ao veículo. Trata-se de
mudança substancial de sua estrutura jurídica e por
este motivo inconstitucional.
A Lei SP 13.296/2008 inovou também ao declarar
o locatário solidariamente obrigado ao pagamento
do imposto. Ao criar modalidade de IPVA sui generis
42
Legislação
Burocracia
e sanções políticas
OS PIORES ASPECTOS da Lei SP 13.296/2008 são
acentuados quando se percebe a adoção de inúmeros mecanismos burocráticos de constrangimento
de locadoras de veículos adotados pelo Fisco para
inibi-las de procurar a proteção na Justiça. São as
sanções políticas, normas que consubstanciam as
mais diversas formas de restrições a direitos do contribuinte para obrigá-lo, de modo oblíquo, ao pagamento de tributo ou para retaliar o contribuinte que
busca na Justiça a proteção contra cobranças ilegais.
A grande burocracia é o sistema de cadastro de
locadoras de veículos para gozo do benefício da alíquota reduzida do IPVA. A manutenção do cadastro
não funciona bem, exige muito trabalho improdutivo
na elaboração de planilhas específicas, remessa de
CDs e outros documentos, modificações constantes
nos dados conforme a flutuação da frota... Quem tem
experiência em diversos estados pode confirmar que
os procedimentos de São Paulo estão entre os mais
complexos do Brasil do ponto de vista do contribuinte. Acredita-se que essas dificuldades são medidas
deliberadas para inibir o acesso ao benefício fiscal,
punindo desnecessariamente empresas de boa fé.
Outra medida tomada pelo Fisco Paulista contra as locadoras de veículos é o impedimento de
acesso ao benefício da alíquota reduzida do IPVA
às empresas com inscrições no CADIN (cadastro
informativo de créditos não quitados do setor público). Trata-se de mais uma medida adotada com o
intuito de constranger e aterrorizar os contribuintes
ao pagamento de tributos questionáveis e potencialmente inconstitucionais, como é o IPVA das locadoras previsto pela Lei SP 13.296/2008.
Mais uma prática é negar às locadoras de veículos com motorista o benefício do IPVA reduzido.
Trata-se de outra arbitrariedade, pois como já se
apresentou em vários outros artigos nesta Revista
são distintas as atividades de locação de veículos
com motorista da atividade de transporte. Pelo contrato de transporte, a transportadora se obriga, mediante retribuição, a transportar, de um lugar para
outro, pessoas ou coisas (Código Civil, art. 730). O
negócio jurídico viabilizado pelo contrato, portanto,
é a transladação, o deslocamento físico de pessoas
ou bens. A locação de veículos com motorista é atividade significativamente distinta.
Trata-se de contrato complexo, que une à locação de bens móveis elementos da prestação de serviços, sem desnaturá-la como locação. A locação
de coisas é a cessão remunerada do uso de determinada coisa, por tempo determinado ou não (Código Civil, art. 565). Na locação de veículos, com ou
Adriano Augusto Pereira de Castro, advogado
especializado na locação de veículos, é assessor
jurídico da ABLA, Fenaloc e Sindloc/MG.
sem motorista, não é elemento do contrato a simples transladação (resultado específico que define
o transporte), porém a mera disponibilidade para
a locatária de meio idôneo para tal — a entrega do
veículo em perfeito funcionamento à sua disposição. A despeito de essa distinção técnica ser de
amplo conhecimento aos técnicos em mobilidade
o Fisco estadual finge ignorá-la para criar mais um
embaraço aos contribuintes estaduais.
É triste constatar que o estado de São Paulo de
progressista se tornou reacionário. Essa decepção
é mais amarga para aqueles “forasteiros”, como
este autor, que sempre tiveram no estado a referência segura de melhores práticas a serem seguidas; àqueles que sempre foram ao estado de São
Paulo para aprender como o maior mercado do país
se comportava e reagia à evolução da indústria de
locação. Infelizmente essa situação mudou radicalmente, transformando-se o estado não em vítima da
“guerra fiscal”, mas em agressor de contribuintes de
boa fé que sofrem bitributação em seus estados de
origem e se embaraçam nas barreiras burocráticas
criadas artificialmente apenas para estorvar e atrapalhar a vida das empresas.
Se alguma Autoridade Fiscal ler este artigo, ouça
o apelo do Brasil inteiro e, pelo menos, melhore o
sistema do cadastro de locadoras. Todos os estados
vizinhos mantêm mecanismos mais simples, baratos e possivelmente mais eficazes que os procedimentos de São Paulo. Uma simples demonstração
de boa vontade faria muito para pacificar os ânimos.
E às locadoras de veículos que se sentirem prejudicadas, fica uma orientação: não se rendam à bitributação. A solução para o IPVA Paulista não é discuti-lo
perante a justiça estadual porque o TJSP já firmou
posição no sentido de manter a aplicação da lei. Para
evitar o risco de sofrer pesadas autuações tributárias
a recomendação é efetuar a consignação em pagamento no seu estado de origem, depositando o valor
integral do imposto devido na Justiça e intimar ambos os estados – São Paulo e o seu – para que discutam entre si a quem esse imposto é devido. n
43
Gestão
Conselho
Consultivo
pode ser
estratégico para
pequenas e médias
empresas
O Conselho Consultivo agrega para a
locadora a visão de negócios de pessoas
experientes que atuam em outros setores
44
Gestão
© Rawpixelimages | Dreamstime.com
ainda incomum no Brasil, mesmo sabendo que o
aconselhamento propiciado é bastante valioso.
Para quem possui negócios de pequeno e médio
porte, o Conselho se transforma, na prática, em
um núcleo de profissionais experientes, que atuam
em setores diferentes e que, a partir desse conhecimento, podem prestar orientações a partir de novas visões sobre estratégias, gestão, elaboração e
implantação de planos de ação.
Há quem ainda considere desnecessária a prática
do Conselho Consultivo. A insegurança e o receio em
adotar algo pouco usual em nosso mercado são motivados, muitas vezes, pela relutância de proprietários
e proprietárias em abrirem suas portas a profissionais experientes de outros setores, diante do natural
O CONSELHO Consultivo não é um Conselho de
Administração, embora também seja comum em
empresas de grande porte. Nele, líderes internos da
empresa e integrantes que atuam em outros setores de atividade se reúnem para estabelecer metas,
compartilhar sugestões para melhorias da empresa
e discutir assuntos de interesse comum.
Essa prática pode perfeitamente se adequar às
locadoras de pequeno e médio portes. Confira na
sequência todas as dicas sobre o assunto, em material elaborado por Clarisse Monteiro, da Endeavor,
e Marcelo Nakagawa, professor e coordenador do
Centro de Empreendedorismo do Insper.
Segundo eles, a adoção do Conselho Consultivo
por parte de pequenas e médias empresas é algo
45
Gestão
Como montar
não sejam sócias nem atuem na operação
da empresa. Assim as sugestões para
a resolução dos problemas agregarão
estratégias já aplicadas em outros setores;
n A prática do aconselhamento é
indicada para empresas que tenham
objetivos e metas;
n
O Conselho Consultivo para
pequenas e médias deve ser
pensado como um núcleo que irá
interferir diretamente no avanço da
empresa;
n
Deve-se estabelecer a frequência das
reuniões (podem ser mensal ou trimestral)
e o local;
n
As reuniões devem ser pautadas
principalmente sobre as estratégias e
melhorias na prática da gestão, bem como
o acompanhamento da implantação dos
planos de ação.
n
O número de integrantes do
Conselho é variável, mas
recomenda-se que haja pelo menos
duas pessoas externas, ou seja, que
Como manter
n É importante ressaltar que, formado
o Conselho, deve-se mantê-lo
sempre atualizado;
n
Registrar a periodicidade, pauta,
convocação e dinâmica das reuniões,
regimento interno ou manual do
Conselho Consultivo;
nAvaliar integrantes e definições
periodicamente assegura que o
coletivo funcione bem;
n
Arquivar contratos de
confidencialidade e de nãoconcorrência.
n
Analisar a contribuição de
cada integrante ao Conselho,
questionando a pertinência de sua
manutenção ou não;
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Gestão
© Monkeybusinessimages | Dreamstime.com
precisam de orientações e de outra perspectiva
de desafio organizacional. Vale dizer que não há
obrigatoriedade de remuneração pela atividade.
Existem conselhos consultivos que trabalham de
graça, porém o mais comum é fixar uma remuneração, seja por reunião, mês ou ano; ou ainda
é possível prever participação nos resultados da
empresa.
O importante é salientar que a remuneração confere comprometimento e mais seriedade. Por um
lado, isso repercute num caráter mais formal; por
outro, exige o intermédio de um advogado para formalizar a contratação. Em resumo, é fundamental
consultar um advogado antes de formalizar o Conselho, seja ele remunerado ou não.
Ou seja, o melhor é que a relação seja informal
e com caráter exclusivamente consultivo, porém
com documentos que regulamentem a relação e
registrem cada reunião. n
temor de serem taxados incapazes de liderarem o
próprio negócio. “É um medo que não se justifica”,
afirma Carlos Faustino, conselheiro gestor da ABLA,
ele próprio integrante de conselhos consultivos.
Conforme Faustino, a relação é essencialmente
de confiança. “Gente que atua em conselhos desse
tipo não o faz para julgar as capacidades de ninguém, mas sim para trocar experiências e buscar
soluções conjuntas, que podem ser úteis para a
resolução de problemas”, explica ele, que inclusive
levou o tema para ser discutido na IX Convenção
Nacional da ABLA, em março deste ano.
Conforme especialistas no assunto, quando a
empresa adquire alguma estabilidade e previsibilidade é a hora de começar a pensar num Conselho Consultivo, pois é natural que surjam dúvidas quanto a novos sócios, tomadas de decisão e
desafios do momento. Nessa etapa, aquelas que
pretendem realmente desenvolver o seu negócio
47
Marketing & Comunicação
Comunicação digital:
Como utilizar o SMS marketing
Ferramenta do marketing digital pode ser uma aliada quando
utilizada de maneira estratégica e não invasiva
Porque sim SMS
Rápido
Leveza
Direto
Modernidade
Funcional
Praticidade
Direcionado
Poder de alcance
INERENTE a qualquer ser humano, a comunicação
assume, no mundo empresarial, uma importância
estratégica. As empresas de locação de veículos também têm observado com cada vez mais interesse e
relevância a necessidade de se comunicar com seu
público. Essa troca de informações pode ocorrer de
diferentes formas, incluindo a plataforma digital, impressa, interna e as mídias sociais. E qual seria a melhor forma de se comunicar no mundo dos negócios?
Segundo Paula Calil, professora de planejamento de
marketing da ESPM-SP, não existe “a” melhor forma
de comunicação. A escolha vai depender do momento
em que a empresa se encontra. “Para descobrir qual
a melhor forma de comunicação, temos que levar em
consideração o diagnóstico de atuação da empresa, de
sua situação e seu target”, explica a especialista.
Paula acrescenta a necessidade de se avaliar o contexto em que a locadora se insere, os problemas que
enfrenta e as demandas de seu público. Essa análise
é uma das etapas que vai originar o plano de comunicação, e este será o instrumento que vai determinar
as maneiras de se comunicar.
Uma tendência mundial de comunicação é o
marketing digital. Empresas dos mais diversos setores estão se conectando ao mundo online e buscando
nele soluções para melhorar e tornar mais próximo o
relacionamento com clientes e fornecedores, procurando a melhor forma de transmitir sua mensagem
e receber o feedback. “Marketing digital envolve planejamento e pesquisa, assim como o marketing tradicional. Entendo que ao falarmos em usar o marketing
digital, estamos falando na verdade de comunicação
digital, usando as plataformas digitais”, comenta o
professor de marketing e coordenador do curso de
Sistemas de Informações da ESPM, Rodrigo Tafner.
Uma evidência do mundo digital é o SMS, ferramenta que se baseia no uso do envio de mensagens
curtas, disponível em telefones celulares. Por meio
dele, é possível contatar os stakeholders (públicos
que se relacionam com a empresa, incluindo clientes e fornecedores) de forma rápida e direcionada.
Porém, segundo Tafner, essa ferramenta deve ser utilizada com muita estratégia. “Não adianta dizer que
vai mandar um SMS por semana, um por dia, um por
mês. O que precisa ser enviado são informações que
tenham relevância. Aí sim eu tenho uma ferramenta
de comunicação”.
Segundo o professor, hoje no Brasil existem mais
de 50 milhões de smartphones conectados. Dados
da pesquisa “A Presença Mobile das 500 maiores
empresas do país”, realizada pela empresa de desenvolvimento de software Mowa, indicam que em 2011,
das grandes empresas nacionais, 29% já faziam uso
do SMS como recurso de comunicação e mobilização
dos seus públicos.
Porém, um cuidado que precisa ser tomado é a
forma de utilização dessa plataforma. Apesar de muitas pessoas utilizarem serviços mobile, o SMS pode
ser considerado invasivo. A professora Calil afirma:
“É importante filtrar as mensagens, pois do mesmo
jeito que você tem uma penetração, uma capilaridade, um contato direto com o consumidor, você também corre o risco de despertar rejeição. Se já existe
um vínculo, como no caso de uma associação com
suas empresas associadas, o mais provável é que
você possa entrar em contato por meio do SMS sem
que haja esse risco, sem despertar a rejeição.”
Graduada em administração pela FGV, Paula diz
que não existe uma forma pronta para obter sucesso. “O conteúdo a ser divulgado vai depender do
conhecimento a respeito do seu consumidor, o que
demanda um estudo das necessidades em torno da
situação, e uma análise do custo/benefício, para finalmente construir um vínculo”, diz ela.
A professora lembra ainda que a empresa precisa
entender que não se pode usar plataformas de comunicação indiscriminadamente.
Uma sugestão dada por ambos os professores é
o uso de aplicativos. Para os especialistas, o aplicativo age de forma eficiente, satisfazendo as necessidades do consumidor. “Eu sempre recomendo o uso
de aplicativos, porque com o aplicativo você garante
quem é que está do outro lado, além do request, ou
seja, do pedido, vir do usuário”, diz Tafner.
Paula completa: “Ter aplicativos para aluguel de
carros, assim como para reserva de hotel e compra
de passagem, é algo positivo, que pode ser visto
como serviço correlato à viagem.”
Mas este é um assunto para a próxima edição
da revista.
48
Marketing & Comunicação
ABLA já utiliza SMS com as locadoras associadas
TODAS as ofertas comerciais oferecidas pelos fornecedores de produtos e serviços para as locadoras
associadas da ABLA, inclusive as condições diferenciadas para a compra de veículos, já estão sendo informadas pela associação por meio de SMS.
Conforme o diretor comercial da ABLA, Jorge
Pontual, a adoção da tecnologia está gerando mais
rapidez e segurança na comunicação com as locadoras associadas. “Ter acesso a essas informações é
importante para não perder oportunidades que poderão ajudar a melhorar receitas e reduzir custos”.
Na prática, por meio do SMS a ABLA avisa as
locadoras sobre oportunidades comerciais que estão
à disposição. “A mensagem chega diretamente no celular dos empresários, que assim são avisados para
entrarem no Portal do Associado no site da ABLA
para conferir os detalhes das condições negociadas
pela associação com os fornecedores”.
Assim, é fundamental que as locadoras estejam
com os dados cadastrais, principalmente o número do celular, em dia no Portal do Associado. Para
atualizar imediatamente os dados cadastrais, basta
que a locadora associada da ABLA siga os seguintes procedimentos:
1. No portal http://abla.com.br digite seu login
e senha e click em OK.
2. Agora, já no portal do associado basta clicar na aba
AUTO ATENDIMENTO.
3. Dentro da Área AUTO ATENDIMENTO, selecionar a
opção ATUALIZAÇÃO CADASTRAL.
4. Assim que os Dados Cadastrais da Associada forem
atualizados clique em CONFIRMAR DADOS.
5. Confirme também os Dados Gerais da Associada após
atualizá-los.
6. Nessa nova tela confira os Dados das Pessoas de Contato da Associada e atualize o celular das mesmas. Feito
isso basta CONFIRMAR OS DADOS DIGITADOS e então
seu cadastro será atualizado.
49
Homenagem
Raimundo
Nonato Teixeira
(1945-2015)
INTEGRANTE do Conselho Nacional da ABLA, incansável defensor do Setor de Locação de Veículos no
Brasil, Raimundo Nonato de Castro Teixeira foi vítima
de infarto, no último dia 27 de maio, deixando esposa, filhos, parentes, amigos, amigas, companheiros e
companheiras perplexos e pesarosos com a precoce
despedida da vida.
Amante dos esportes, nadador assíduo dos mil
metros (inclusive durante nossas Convenções), jogador apaixonado de peteca, tocador de um bom
violão. Este era o companheiro Nonato, como era
conhecido, cujas posições serenas e firmes conquistaram o respeito e a admiração de todos, marcando
sua elegante e eficiente trajetória no Conselho de
Gestão e no Conselho Nacional da ABLA.
Engenheiro de formação, com mestrado em Engenharia Econômica pela PUC mineira, desenvolveu um longo trabalho no setor de franchising, sua
paixão, ocupando a cadeira de professor do curso
de pós-graduação de Marketing da FUMEC durante
13 anos.
O DNA associativo de Nonato o levou a prestar inestimáveis serviços para a consolidação do
SINDLOC-MG, participando de sucessivas gestões
como membro da diretoria, inclusive tendo ocupado a presidência por um período de quatro anos.
Um dos fundadores da Yes, Nonato também exercia com paixão a sua função de diretor executivo e
sócio da rede.
Raimundo Nonato tenha certeza que sua passagem entre nós e seu exemplo de vida serão sempre
lembrados.
Conselho Nacional da ABLA
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