INVENTÁRIO ARQUITETÔNICO - IMPORTÂNCIA E
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INVENTÁRIO ARQUITETÔNICO - IMPORTÂNCIA E
SUMÁRIO INVENTÁRIO ARQUITETÔNICO - IMPORTÂNCIA E DESDOBRAMENTOS NA FIOCRUZ BAPTISTA, Andreza FIOCRUZ, 97647-7407, [email protected] RESUMO O projeto de “Organização dos Inventários do Patrimônio Arquitetônico da FIOCRUZ” está em desenvolvimento desde 2010 e tem o objetivo de organizar e sistematizar as informações relativas ao acervo arquitetônico da Casa de Oswaldo Cruz (COC). O inventário possui importância para a divulgação dos bens culturais e históricos, sendo utilizado como base para o ensino, turismo, pesquisas arqueológicas e históricas. O inventário desenvolvido no Departamento de Patrimônio Histórico da COC foi dividido em duas fichas principais, contendo informações relativas à descrição arquitetônica e sobre projetos e obras realizados. Durante o preenchimento do inventário foram encontradas algumas dificuldades, por conta da falta de organização e padronização de arquivos e lacunas de informação. Com a ajuda do inventário podemos comparar intervenções em bens arquitetônicos de diferentes estilos, analisando obras que aconteceram na mesma época e com mesmo escopo de serviço. E assim compreendendo a importância, utilidade e desdobramentos que o inventário possui, contribuindo para o estudo e preservação dos bens edificados. Palavras-chave: Inventário, Patrimônio Arquitetônico, Preservação. ABSTRACT The project "Organization of Inventories of the Architectural Heritage of FIOCRUZ" has been in development since 2010 and aims to organize and systematize information on the architectural heritage of the Casa de Oswaldo Cruz (COC). The inventory has importance for the dissemination of cultural and historical assets, is used as a basis for teaching, tourism, archaeological and historical research. The inventory developed in the Department of COC Heritage Site was divided into two main records containing information relating to the architectural description and on realized projects and works. When filling out the inventory found some difficulties, due to the lack of organization and standardization files and information gaps. With the help of inventory can compare interventions in architectural goods of different styles, analyzing works that happened around the same time and same service scope. And so understanding the importance, usefulness and developments that the inventory has, contributing to the study and preservation of built assets. Keywords: Inventory, Architectural heritage, preservation. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO O trabalho apresenta as experiências acumuladas nos nove meses de estágio no Núcleo de Estudos de Urbanismo e Arquitetura em Saúde (NUCLEUAS) do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Casa de Oswaldo Cruz (COC). O objetivo do trabalho consiste em apresentar o projeto de “Organização dos Inventários do Patrimônio Arquitetônico da FIOCRUZ”, desenvolvido no NUCLEUAS, propondo melhorias para a continuidade do projeto. Antes da apresentação do projeto é feita uma revisão sobre o surgimento do inventário no Brasil e no mundo, mostrando sua importância. Durante a apresentação do projeto é feita uma analise de dois exemplares arquitetônicos, de diferentes épocas e estilos, a fim de mostrar como o modo de tratar um edifício pode interferir na confecção do inventário. 2 O PAPEL DO INVENTÁRIO NA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO De acordo com André Chastel (1990), o inventário surgiu na antiga França, na época das “Luzes”, sob responsabilidade das academias de província nos anos de 1770 e 1780. Chamado de “Estatística”, este inventário foi resultado de perspectivas gerais criadas nessas academias, onde foram listados diversos tipos de bens culturais, históricos e naturais. Durantes os anos seguintes foram feitas diversas tentativas de continuidade do “inventário geral” como era chamado, mas todas fracassavam devido à guerra e a modernização que as províncias estavam passando. Esse cenário foi revertido após a criação da lei do IV Plano de 1962, onde deveriam ser identificados e estudados edifícios e objetos de interesse para a memória nacional, resultando no fornecimento de documentos para serviços administrativos, ensino e a história regional e nacional. A reivindicação da criação de um inventário dos bens culturais brasileiros surgiu junto com a criação do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN). A criação do inventário se dava em função da necessidade da identificação e registro das manifestações culturais. O inventário do patrimônio nacional se inicia durante o período em que Rodrigo Melo Franco de Andrade era o diretor do SPHAN, em 1939. Muitas dificuldades foram encontradas nesse período, chamado de “Fase Heroica”, onde diversos fotógrafos, historiadores e pesquisadores se aventuravam a descobrir os monumentos. Paulo Ormindo em seu artigo publicado na 22º edição da Revista do Patrimônio esclarece que o inventário é um instrumento de proteção, utilizado para a preservação do acervo cultural que oferece embasamento para a adoção de medidas administrativas e conscientização da população, sendo um meio também de vigilância para o Estado e a sociedade. SUMÁRIO Baseando-se em Marcos Olender (2010), entendemos que a criação de inventários se justifica pela necessidade de se conhecer melhor todos os bens que possuem importância e na divulgação destes como base para o ensino, turismo, pesquisas arqueológicas e históricas. Justifica-se ainda por ser uma ferramenta que serve de base para o desenvolvimento das políticas e práticas de preservação do patrimônio. O inventário deve abrigar as informações relevantes para o reconhecimento do bem, contando sua importância e histórico. Para reunir tais informações podemos contar com a ajuda de fotografias, inspeções visuais, documentos, desenhos e a memória de pessoas ligadas ao edifício. 3 COMO FOI MONTADO O INVENTÁRIO DO DPH Os alvos do projeto, “Organização dos Inventários do Patrimônio Arquitetônico da FIOCRUZ”, foram as edificações de interesse para preservação do campus Manguinhos. Estas edificações, que se enquadram nos estilos eclético e moderno, são: Pavilhão Mourisco (Castelo), Pombal, Cavalariça e anexo, Casa de Chá, Pavilhão Figueiredo de Vasconcelos (Quinino), Pavilhão do Relógio, Hospital Evandro Chagas, Pavilhão Arthur Neiva, Pavilhão Carlos Augusto da Silva (Restaurante central), Casa amarela e Portaria da Avenida Brasil. O inventário possui duas fichas principais: ficha de identificação (Anexo 1) e lista de projetos e obras (Anexo 2). A ficha de identificação trás as informações administrativas e descritivas dos edifícios como sua localização o sitio em que está inserido, seu histórico, além de informações sobre o projetista. A lista de projetos e obras abriga a relação de todas as intervenções, levantamentos e projetos que foram desenvolvidos para tal edifício. Para cada item da lista de projetos e obras foi preenchida uma ficha anexa contendo informações sobre data de desenvolvimento e execução, empresas responsáveis, descrição do que foi realizado e relação de documentos e desenhos. Para o preenchimento destas fichas foram realizadas consultas nos arquivos digitais e analógicos pertencentes ao departamento, também foram consultados funcionários. O arquivo é composto por fotografias, documentos e desenhos. As fotografias são importantíssimas para a composição do inventário, através delas podemos observar o estado em que se encontra o bem, observando possíveis intervenções e até determinando sua data. A inspeção visual é importante também, pois a fotografia pode enganar em relação à perspectiva e coloração. Os documentos podem trazer a descrição do edifício, de intervenções realizadas, de projetos desenvolvidos, de funcionários mobilizados e muito mais. Os desenhos ajudam a confirmar o que os documentos dizem ou até o que não dizem. Um desenho de arquitetura pode mostrar intervenções não documentadas. A memória de pessoas ligadas ao edifício pode SUMÁRIO preencher lacunas encontradas nos informações que foram esquecidas. documentos e/ou fornecer O inventário do DPH tem sido utilizado para a solução de problemas ocasionais, como o rompimento de uma tubulação na copa do Pavilhão Mourisco. A contribuição do inventário para a resolução deste problema se deu através da fácil identificação e consulta as plantas originais para localização das prumadas das instalações hidráulicas do edifício. O inventário também contribui para o “Grupo de Trabalho de Gerenciamento de Riscos e Conservação Preventiva” da FIOCRUZ. Os dados relacionados no inventário são fornecidos para a construção dos cenários de riscos. Outra contribuição foi para o preenchimento de Fichas de Ocorrência, onde foram organizadas informações sobre acontecimentos que tenham interferido nas edificações. Estas informações foram identificadas em conjunto com as informações utilizadas no inventário. 4 DIFICULDADES ENCONTRADAS Algumas dificuldades foram encontradas durante o processo de preenchimento das fichas que fazem parte do inventário. Lacunas de informação e falta de organização e padronização dos arquivos, foram uns dos principais problemas encontrados. As informações utilizadas no inventário foram retiradas do arquivo do DPH, que conta com duas listas que facilitam a procura de documentos e identificação de projetos e obras. A “Lista unificada de projetos”, que faz parte da Organização do Acervo técnico do DPH, abriga a relação de todos os projetos e obras desenvolvidos para os acervos de responsabilidade do departamento. Esta lista possui algumas lacunas de informação importantes como data e autores de projetos e falta de identificação de alguns projetos e obras, que foram posteriormente identificados na documentação. Esta lista foi de grande utilidade para iniciar a identificação dos projetos e obras. A outra lista faz parte do Projeto de Gestão de Documentos da COC, que resultou na “Planilha de Classificação de Documentos das Unidades da Casa de Oswaldo Cruz”. Nesta planilha é listado cada invólucro (caixa) e os documentos que o compõem, os documentos são divididos em unidades e descritos resumidamente. Esta planilha contém alguns erros como duplicação de descrições e numeração de invólucro errado. Os problemas relacionados anteriormente podem ser solucionados sem grandes dificuldades, se compararmos com outra dificuldade encontrada, a falta de padronização da documentação. O preenchimento do item “Descrição”, presente na ficha de projetos e obras, foi o mais prejudicado pela falta de padronização. Foram utilizados relatórios, diários de obra, folhetos, memorandos, cartas e etc. a fim de descobrir o que de fato foi feito nos projetos e obras, porém algumas destas ações não possuem todos estes documentos. SUMÁRIO Inicialmente procuramos os relatórios de obra, onde eram descritos como a edificação estava antes e após a obra, mas não foram feitos relatórios para todas, como exemplo algumas obras emergenciais em telhados. Na falta dos relatórios utilizamos os diários de obra, onde são descritas as atividades de cada dia de obra. A diferença entre o relatório e o diário de obra está na época de confecção. O relatório é feito no final, enquanto o diário é feito ao longo da obra. O diário de obra, quando utilizado para descrição de uma obra, muitas vezes traz informações confusas e desnecessárias, enquanto o relatório descreve diretamente o que foi realizado. Atualmente nas obras realizadas pelo DPH não é obrigatória a confecção de um relatório ao final da obra, porém sua confecção seria ideal para compor os arquivos do departamento e futuramente servir de base para o inventário. Para melhorar o processo de inventário é necessário que se estabeleça um relatório padrão a ser preenchido ao final de cada intervenção, identificando datas, autores e, principalmente, o escopo da obra realizada. 5 COMPARAÇÃO DE INTERVENÇÕES EM EXEMPLARES ECLÉTICO E MODERNO Os edifícios que compõem o acervo arquitetônico da Fundação Oswaldo Cruz possuem diferentes características seja por seu estilo ou época de construção. Os edifícios que fazem parte do núcleo inicial da fundação foram construídos no início do século XX, baseados na arquitetura inglesa, portuguesa e árabe, enquadrando-se no estilo arquitetônico eclético. Estes edifícios são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Outro estilo arquitetônico de destaque na instituição é o modernismo. A fundação conta com exemplares construídos na década de 50, que são protegidos pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). Com a confecção do Inventário do Patrimônio da FIOCRUZ foi possível observar as diferenças e semelhanças que as duas tipologias arquitetônicas apresentam em relação à guarda e produção de documentação e tratamentos em projetos e obras. Para estudo destas questões foram escolhidas as edificações da Cavalariça (Figura 1) e do Pavilhão Arthur Neiva (Figura 2). A Cavalariça, junto a mais três edificações, faz parte do núcleo inicial da fundação. Foi projetada pelo arquiteto Luiz Moraes Junior e construída entre os anos de 1904 e 1905 e de acordo com a descrição presente nas Fichas de Inventário (2014), a edificação foi concebida para a pesquisa e produção de soros através da inoculação de material em cavalos. A edificação segue o estilo inglês, utilizando pedra, cimento e areia como principais materiais estruturais. SUMÁRIO Figura 1 - Prédio da Cavalariça Fonte: Acervo DPH (2009) Fachada principal do prédio da Cavalariça. O revestimento das paredes internas é todo em azulejos brancos até a altura de 2,90, na ala central, e de 2,40, nas alas leste e oeste. O piso é composto por ladrilhos cerâmicos cor gelo. O telhado possui estrutura metálica e é composto por telhas francesas de Marselha. As fachadas são compostas por tijolos e pedras. O espaço é dividido em três alas. A ala leste é composta por três salas, na maior funcionava um pequeno laboratório, em outra sala eram realizadas pequenas cirurgias nos cavalos e a outra possui uma escada de acesso à parte superior da edificação. A ala central é o espaço onde os cavalos eram abrigados e alimentados. A ala oeste, também composta por três salas, possui uma sala de sangria dos cavalos, outra de limpeza desses animais e um pequeno depósito de objetos esterilizados. O Pavilhão Arthur Neiva, inicialmente chamado de Pavilhão de Cursos, foi projetado pelo arquiteto Jorge Ferreira e construído na década de 50, época que a fundação estava estabelecendo seus limites territoriais e para isso foram concebidos alguns edifícios. O projeto de paisagismo e os painéis de azulejos são obra de Roberto Burle Marx. SUMÁRIO Figura 2 - Pavilhão Arthur Neiva Fonte: Acervo DAD Destaque do painél de azulejos do Pavivlhão Arthur Neiva. A equerda o Pavilhão Mourisco e a direita o Pavilhão Carlos Chagas. Baseando-se ainda na descrição das Fichas de Inventário (2015) sabemos que o edifício possui dois blocos, um retilíneo, que abriga as salas de aula, e outro em forma de cunha abaulada, que abriga o auditório. Seguindo o estilo modernista o edifício possuiu uma laje suspensa por pilotis que liga os dois blocos do edifício. A fachada principal do bloco retilíneo é marcada pela presença de varandas e cobogós e pilotis. O bloco do auditório possui planta trapezoidal, com sua face principal curva revestida pelo painel de azulejos. As duas edificações fazem parte do projeto de “Organização dos Inventários do Patrimônio Arquitetônico da FIOCRUZ”. Foram destacadas duas intervenções realizadas nas edificações em épocas próximas e com escopo de serviço parecido. Da Cavalariça foi escolhido o “Projeto de restauração e reutilização da Cavalariça”, executado em 1996 pela empresa Opera Prima Arquitetura e Restauro Ltda, e do Pavilhão Arthur Neiva a obra de “Restauração dos Painéis de azulejos do Pavilhão de Cursos e do Refeitório da Fiocruz”, executada entre 1994 e 1995 por empresa não identificada. Entre estas duas intervenções podemos destacar que ambas possuíam em seu escopo os serviços de restauração em azulejos, porém foram executados de forma diferente. A obra da Cavalariça foi composta pela retirada de azulejos novos que foram substituídos por azulejos fora de linha do mesmo tamanho e SUMÁRIO dimensão. Durante esta obra foram realizados outros serviços, além da restauração de azulejos. Esta obra possui grande quantidade de documentos, desenhos e fotografias, porém não possui relatório de obra, que dificultou na descrição dos serviços específicos. Na obra do Pavilhão Arthur Neiva o serviço realizado foi específico de restauração dos azulejos. Os azulejos foram mapeados, fotografados, limpos, alguns foram removidos, tratados e reintegrados. Esta obra possui pouquíssimos documentos, como um relatório de outra obra onde é descrita esta intervenção, porém estes documentos forneceram informações diretas e esclarecedoras do que foi realizado. Podemos concluir então que as duas intervenções, realizadas na mesma época, sob responsabilidade do DPH, com escopo de serviço parecido, em edifícios de estilos diferentes, foram tratadas de formas diferentes tanto em relação à execução de obra, onde os azulejos foram recuperados na obra do Pavilhão Arthur Neiva, já na Cavalariça eles foram apenas removidos e substituídos, quanto ao registro documental destas intervenções, na obra do Pavilhão Arthur Neiva foram produzidos poucos documentos, quanto que na Cavalariça existem muitos documentos e desenhos. Podemos destacar ainda que há possibilidade, da falta de documentação, em ambas as obras, ter se perdido durante os anos. 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto de "Organização dos Inventários do Patrimônio Arquitetônico da FIOCRUZ" é de extrema importância, pois facilita o acesso às informações sobre os edifícios do campus de interesse para preservação. O inventário surge como ferramenta para auxilio na tomada de decisões em intervenções atuais e futuras. É preciso ter cuidado durante o processo de preenchimento do inventário, lembrando que também é preciso haver a conscientização geral sobre a importância da documentação correta para esse preenchimento. Podemos ver ainda, que o Inventário do Patrimônio Arquitetônico está sendo utilizado apenas como forma de catalogação dos edifícios e que diante do cenário atual, de discussão entre bens inventariados e tombados, sua função é esta apenas, além do mais todos os edifícios inventariados são tombados por diferentes instâncias. SUMÁRIO REFERÊNCIAS CHASTEL, A. A invenção do inventário. Revue de l’Art. Paris, CNRS, n. 87, 1990. OLENDER, M. Uma “medicina doce do patrimônio”. O inventário como instrumento de proteção do patrimônio cultural – limites e problematizações. Arquitextos, São Paulo, ano 11, n. 124.00, Vitruvius, set. 2010. Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/11.124/3546>. Acesso em: 20 JUL. 2015. AZEVEDO, P.O. Por um inventário do patrimônio cultural brasileiro. Revista do Patrimônio, n. 22, p. 82-85, 1987. SANTOS, F.; ANDRADE, I. E.; SILVA, P. F.; COELHO, C. Ficha de InventárioPCavalariça. Organização dos Inventários do Patrimônio Arquitetônico da FIOCRUZ, 2014. ANDRADE, I. E. Ficha de Inventário-PArthurNeiva. Organização dos Inventários do Patrimônio Arquitetônico da FIOCRUZ, 2015. AGRADECIMENTOS À Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), pelo apoio recebido. SUMÁRIO ANEXO 1 Ficha de identificação do Pavilhão Mourisco Fonte: Ficha de inventário (2012) SUMÁRIO ANEXO 2 Ficha de Projetos e obras do Pavilhão do Relógio Fonte: Ficha de Inventário (2015)