desenvolvimento de métodos e algoritmos para avaliação e
Transcrição
desenvolvimento de métodos e algoritmos para avaliação e
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS E ALGORITMOS PARA AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DA CONFIABILIDADE EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO TESE DE DOUTORADO ALZENIRA DA ROSA ABAIDE Santa Maria, RS, Brasil 2005 DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS E ALGORITMOS PARA AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DA CONFIABILIDADE EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO por Alzenira da Rosa Abaide Tese apresentada ao Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, Área de Concentração em Processamento de Energia, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Engenharia Elétrica. Orientador: Prof. Vladimir Andreevitch Popov Co-orientador: Prof. Felix Alberto Farret, PhD. Santa Maria, RS, Brasil 2005 i Universidade Federal de Santa Maria Centro de Tecnologia Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Tese de Doutorado DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS E ALGORITMOS PARA AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DA CONFIABILIDADE EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO elaborada por Alzenira da Rosa Abaide como requisito parcial para obtenção do grau de Doutora em Engenharia Elétrica COMISÃO EXAMINADORA: Vladimir Andreevitch Popov, PhD (Presidente/Orientador) Felix Alberto Farret, PhD. (UFSM) (Co-orientador) Lineu Belico dos Reis, PhD. (USP) Reinaldo Martinez Palhares , PhD. (UFMG) Alexandre Campos, PhD. (UFSM) Luciane Neves Canha, Dra. (UFSM) Santa Maria, 17 de junho de 2005. ii Para meus filhos Aline e Matheus iii AGRADECIMENTOS Eis que chegou o momento de expressar meus sinceros agradecimentos a muitos que colaboraram para a realização desta tese. Bem sei que corro o risco de não expressar este “muito obrigado” como é merecido por todos. Expresso meu agradecimento ao Programa de Pós Graduação em Engenharia através de seus coordenadores Prof. Hélio Hey e Prof. Hilton Abílio Grundling. Quero agradecer também a contribuição e dedicação de Cleonice Sanger de Oliveira que à frente da secretaria da Pós-Graduação tornou mais leve minha jornada. Sou inteiramente grata ao meu orientador, Prof. Vladimir A. Popov pelas lições de vida ultrapassando a função de orientador. Agradeço, sobretudo, o privilégio de haver trabalhado com uma pessoa desta grandeza, profissionalismo, sabedoria e acima de tudo, paciência. Ao Prof. Felix Alberto Farret – co-orientador sou imensamente grata pelo apoio e pela leitura atenta. Não apenas valorizo os comentários e observações críticas a respeito do texto, mas também sua amizade. Você é indispensável. Ao Prof. Ricardo Nederson do Prado – meu muito obrigada pelo estímulo para iniciar está jornada e sobretudo por acreditar que este momento chegaria. Agradeço, ao colega Prof. Nilton Fabbrin pela generosa solidariedade e colaboração assumindo uma disciplina na época mais crítica da realização dessa tese. Meu carinho e reconhecimento a também companheira dessa aventura singular, Profª. Luciane Neves Canha, colega, amiga, grande incentivadora e também por esses belos caminhos da vida – ex-aluna – que soube ensinar à ex-professora a superar os obstáculos. Aos doutorandos Eng. Daniel Bernardon, Eng. André Leonardo Konig e ao Eng. Lorenzo Comassetto, meu muitíssimo obrigado pelas múltiplas e inestimáveis contribuições. A meus filhos, Aline e Matheus, que trazem tanta luz e gosto para minha vida, um amor especial. Vocês são a lição mais profunda que vivi de ética, dignidade e amor e, no entanto, foram muitas vezes privados da minha atenção no decorrer deste trabalho. A meu marido pela compreensão quanto ao meu afastamento e ausência em muitos momentos. A minha mãe, o meu mais profundo agradecimento por suas sábias lições de esperança; sempre repetindo palavras essenciais – como, por exemplo, amor, crença, iv compreensão – infundiram-me a confiança necessária para realizar os meus sonhos, e a coragem de prosseguir, fazendo sempre o melhor possível. Para aqueles que não souberam compreender e de uma forma ou de outra dificultaram, eu agradeço da mesma maneira pois fizeram com que compreendesse que não há empecilhos para a vontade. Esses percalços, longe de obscurecerem o trajeto, aumentaram-lhe o brilho. E, ao invés de me deterem, impulsionaram-me com mais força para a construção deste trabalho. Há muito mais a quem agradecer... A todos aqueles que, embora não nomeados, me brindaram com seus apoios e suas presenças carinhosas em inesquecíveis momentos, o meu reconhecido e carinhoso muito obrigado. v RESUMO Tese de Doutorado Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Universidade Federal de Santa Maria DESENVOLVIMENTO DE MÉTODOS E ALGORITMOS PARA AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DA CONFIABILIDADE EM REDES DE DISTRIBUIÇÃO AUTORA: ALZENIRA DA ROSA ABAIDE ORIENTADOR: VLADIMIR ANDREEVITCH POPOV CO-ORIENTADOR: FELIX ALBERTO FARRET Data e Local da Defesa: Santa Maria, 17 de junho de 2005. O sistema de distribuição é parte extremamente importante do fornecimento de energia. Ao mesmo tempo, as redes de distribuição, na maioria das vezes com configuração radial, são os elementos mais vulneráveis comparado com o sistema de transmissão e sub transmissão. A experiência mundial mostra que até 80% de todas as interrupções no fornecimento de energia são provocados por falhas nos elementos dos sistemas de distribuição. Naturalmente, que um aumento significativo na confiabilidade pode ser atingido através da reestruturação das redes de distribuição. Isto envolve as transformações das redes aéreas tradicionais para redes compactas protegidas, ou a duplicação das alternativas de suprimento de energia para os consumidores, através da instalação de dois transformadores de distribuição ou automatização completa das redes. Todas estas alternativas exigem investimento muito elevado. Outro meio de aumento da confiabilidade está relacionado com a instalação de equipamentos de comutação. Entretanto, esta solução deve prever a escolha da composição ótima de vários tipos de equipamentos, quantidade necessária e localização estratégica, que em conjunto podem garantir maior efeito sob o ponto de vista do custo-benefício. A importância e eficiência destas soluções estão confirmadas através do grande número de pesquisas realizadas em vários países. Entretanto este problema é extremamente complexo. Em primeiro lugar, é necessário definir o que significa nível ótimo de confiabilidade, o que está ligado com a análise das várias formulações possíveis do problema de otimização da confiabilidade. Em segundo lugar, é necessário encontrar quais características podem servir para a estimação da confiabilidade e de que forma elas devem ser implementadas na função objetivo e restrição no processo de otimização da confiabilidade. Em terceiro lugar, através da análise dos dados disponíveis na concessionária é preciso definir se a informação é suficiente para a solução do chaveamento ótimo e qual o nível de incerteza desta informação. E, por último, devem ser escolhidos os métodos adequados de otimização, considerando que as pesquisas mostram a impossibilidade do uso eficiente de métodos de programação linear e não linear, levando em conta as características da função objetivo e restrições do problema em análise. Além disso, é necessário não esquecer que na maioria das vezes este problema deve ser resolvido em redes que já possuem equipamentos de comutação instalados. Por isso, geralmente, o problema de otimização está direcionado para a redistribuição dos equipamentos já instalados ou a instalação de equipamentos adicionais. Neste trabalho é realizada a tentativa de encontrar as respostas em relação a todos os itens mencionados anteriormente, com base nas condições de operação das concessionárias brasileiras. Palavras-chaves: Estimação da confiabilidade, Distribuição de energia elétrica, Métodos de otimização. vi ABSTRACT PhD Thesis Post-Graduation Program in Electrical Engineering Federal University of Santa Maria DEVELOPMENT OF METHODS AND ALGORITHMS FOR EVALUATION AND OPTIMIZATION OF THE RELIABILITY IN NETWORKS DISTRIBUTION AUTHOR: ALZENIRA DA ROSA ABAIDE SUPERVISOR: VLADIMIR ANDREEVITCH POPOV CO-SUPERVISOR: FELIX ALBERTO FARRET Santa Maria, June, 17 2005. The distribution system is an extremely important part of the energy supply. At the same time, distribution networks, most of them with radial configuration, are much more vulnerable elements compared with transmission and sub transmission systems. The world experience shows that up to 80% of all interruptions in the energy supply are caused by failure in elements of the distribution systems. Naturally, a significant increase in reliability can be obtained through re-structuring of the distribution networks. This involves transformation of the traditional overhead networks into protected compact networks, duplication of energy supply alternatives for the consumers, duplication of the distribution transformers and wide use of network automation. All these alternatives demand massive investments. Another way of reliability improvement is related with the installation of commutation equipments. However, this solution should foresee a composition choice of types of equipment, the necessary amount and strategic location that all together can guarantee better results under the costbenefit point of view. The importance and efficiency of these solutions are confirmed through a large number of related researches accomplished in several countries. However, optimal installation of commutation equipments is an extremely complex problem. In the first place, it is necessary to define what means optimal degree of reliability, which is linked with the analysis of several possible formulations for the reliability optimization problem. In the second place, it is necessary to find out which characteristics can be used for reliability estimation and in what ways they should be implemented in the objective functions and restrictions along the process of reliability optimization. In the third place, through analysis of the available data existing in the electricity company, it is necessary to define if this information is sufficient for solution of the network optimal sectioning problem and what is the uncertainty level of this information. Finally, it should be chosen appropriate optimization methods, considering that researches show the impossibility of an efficient use of the linear and non linear programming methods taking into account characteristics of objective functions and restrictions. Furthermore, it is necessary not to forget that, most of the time, this problem should be solved in networks that already have commutation equipment installed. Therefore, usually, the optimization problem is addressed to redistribution of equipments already installed or the installation of additional equipments. This work is an attempt to find answers with respect to all these previously mentioned items, taking into account the operational conditions of the Brazilian electricity companies. Keywords – Reliability estimation, power distribution, optimization methods. vii SUMÁRIO AGRADECIMENTOS........................................................................................iii RESUMO ............................................................................................................. v ABSTRACT ........................................................................................................ vi LISTA DE TABELAS ........................................................................................ xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS........................................................ xii LISTA DE QUADROS.....................................................................................xiii LISTA DE FIGURAS ....................................................................................... xiv LISTA DE GRÁFICOS ..................................................................................xviii LISTA DE VARIÁVEIS.................................................................................... xx CAPÍTULO 1 ....................................................................................................... 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 1 1.1 Objetivos da tese..................................................................................... 6 1.2 Organização da Tese............................................................................... 8 CAPÍTULO 2 ..................................................................................................... 10 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................... 10 CAPÍTULO 3 ..................................................................................................... 21 REGULAMENTAÇÃO DA CONFIABILIDADE E SISTEMA DE REGISTRO DAS INTERRUPÇÕES NO FORNECIMENTO DE ENERGIA NAS CONCESSIONÁRIAS ........... 21 3.1 Regulamentação da confiabilidade do fornecimento de energia no Brasil .......................................................................................................... 22 3.2 Sistemas de registro das informações sobre as interrupções no fornecimento de energia.................................................................................. 26 3.3 Processamento preliminar das informações de interrupção no fornecimento de energia.................................................................................. 27 CAPÍTULO 4 ..................................................................................................... 32 viii FORMULAÇÕES DO PROBLEMA DE AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DA CONFIABILIDADE NOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO ............................................ 32 4.1 Minimização das despesas associadas ao aumento da confiabilidade.................................................................................................. 32 4.2 Minimização dos investimentos para aumento da confiabilidade com restrições para alguns nós da rede de distribuição.................................. 34 4.3 Maximização da confiabilidade do sistema com restrições para o investimento permissível ................................................................................ 36 4.4 Indicadores integrais de confiabilidade................................................ 37 CAPÍTULO 5 ..................................................................................................... 40 PROCESSAMENTO DE DADOS ESTATÍSTICOS PARA AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE CONFIABILIDADE ..................................................................... 40 5.1 Análise comparativa das informações sobre falhas com base nos dados da RGE ................................................................................................. 41 5.2 Algoritmo para comparação entre as médias de duas amostras pertencentes a um conjunto ............................................................................ 55 5.3 Processamento das informações sobre falhas....................................... 56 CAPÍTULO 6 ..................................................................................................... 64 MODELO ANALÍTICO PARA AVALIAÇÃO DOS INDICADORES INTEGRAIS DE CONFIABILIDADE ................................................................................................. 64 6.1 Princípios de formação da matriz lógico-estrutural ............................. 65 6.2 Exemplo de formação da matriz lógico-estrutural com instalação de vários equipamentos de manobra e proteção ............................................. 69 6.3 Construção da função objetivo e restrições baseadas na matriz lógico-estrutural .............................................................................................. 73 CAPÍTULO 7 ..................................................................................................... 80 MODELOS E MÉTODOS DE OTIMIZAÇÃO DISCRETA ............................................. 80 7.1 Breve análise dos métodos de otimização discreta .............................. 80 ix 7.2 Transformação da função objetivo e restrições com variáveis booleanas......................................................................................................... 82 7.3 Chaveamento ótimo das redes de distribuição ..................................... 90 CAPÍTULO 8 ..................................................................................................... 95 DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS HEURÍSTICOS PARA LOCALIZAÇÃO ÓTIMA DE EQUIPAMENTOS DE COMUTAÇÃO ....................................................... 95 8.1 Algoritmo heurístico de maximização para localização ótima de equipamentos de comutação de mesmo tipo .................................................. 95 8.2 Algoritmo heurístico de minimização para localização ótima de equipamentos de mesmo tipo........................................................................ 108 8.3 Algoritmo de localização ótima de meios heterogêneos para aumento da confiabilidade ............................................................................ 119 8.4 Aumento da eficiência de soluções no processo de chaveamento ótimo 123 CAPÍTULO 9 ................................................................................................... 129 FERRAMENTA COMPUTACIONAL E RESULTADOS PRÁTICOS .............................. 129 9.1 Localização de equipamentos com restrições para o número de equipamentos ................................................................................................ 131 9.2 Localização de equipamentos utilizando restrições para a diferença de desempenho.............................................................................. 145 9.3 Localização de equipamentos utilizando restrições por número de equipamentos ou diferença de desempenho............................................. 155 CAPÍTULO 10 ................................................................................................. 163 CONCLUSÕES E PESQUISAS FUTURAS ................................................................ 163 10.3 Contribuições...................................................................................... 165 10.2 Prosseguimento do trabalho ............................................................... 166 BIBLIOGRAFIA.............................................................................................. 167 APÊNDICE A – Freqüência de falhas ............................................................. 178 APÊNDICE B – Taxa de falhas ....................................................................... 179 x APÊNDICE C – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia ......................................................................................................... 180 APÊNDICE D – freqüência de falhas médias, comparação entre períodos dos anos ............................................................................................. 181 APÊNDICE E – Taxa de falhas média, comparação entre departamentos da RGE..................................................................................... 182 APÊNDICE F – Freqüência de falhas média, comparação entre subestações da RGE ......................................................................................... 184 APÊNDICE G – Freqüência de falhas média, comparação entre dia útil e fim semana..................................................................................................... 187 APÊNDICE H – Tempo de restabelecimento médio, comparação entre departamentos da RGE..................................................................................... 191 APÊNDICE I – Tempo de restabelecimento médio, comparação entre departamentos da RGE..................................................................................... 192 APÊNDICE J – Tempo de restabelecimento médio, comparação entre departamentos para dia útil e fim de semana ................................................... 195 APÊNDICE K – Solução gráfica do problema de otimização inteira utilizando algoritmo Gomory ........................................................................... 199 APÊNDICE L – Programação linear ............................................................... 201 APÊNDICE M – Método branch and bound ................................................... 213 APÊNDICE N – Variação da energia não fornecida ....................................... 215 APÊNDICE O – Matriz lógico-estrutural para o cálculo dos valores da energia não fornecida para o algoritmo de maximização ................................ 219 APÊNDICE P – Matriz lógico-estrutural para o cálculo dos valores da energia não fornecida para o algoritmo de minimização ................................. 225 APÊNDICE Q – Eficiência da solução do problema de chaveamento ótimo sob o ponto de vista das perdas.............................................................. 229 xi LISTA DE TABELAS Tabela 5.1 – Freqüência de falhas média para os semestres do ano........................................57 Tabela 5.2 – Taxa de falhas média, comparação entre departamentos para o ano de 2001. ..................................................................................................................57 Tabela 5.3 – Taxa de falhas média, comparação entre departamentos para o ano de 2002 ...................................................................................................................58 Tabela 5.4 – Freqüência de falhas média, comparação entre dia útil e final de semana para a concessionária no ano de 2001. ..............................................................59 Tabela 5.5 – Freqüência de falhas média, comparação entre dia útil e final de semana para a concessionária no ano de 2002. ..............................................................59 Tabela 5.6 – Tempo de restabelecimento médio para toda a RGE, para diferentes períodos dos anos. .............................................................................................60 Tabela 5.7 – Tempo de restabelecimento médio por falha para toda a RGE, comparação entre dia útil e final de semana para o ano de 2001. .....................60 Tabela 5.8 – Tempo de restabelecimento médio por falha para toda a RGE, comparação entre dia útil e final de semana para o ano de 2002 ......................61 Tabela 5.9 – Tempo médio de restabelecimento para todos os departamentos da RGE.........61 Tabela 8.1 – Valores de energia não fornecida com a retirada de apenas uma chave...........103 Tabela 8.2 – Variação da energia não fornecida. ..................................................................106 Tabela 8.3 – Valores de energia não fornecida após a retirada de duas chaves. ...................106 Tabela 8.4 – Variação da energia não fornecida com a retirada de duas chaves...................107 Tabela 8.5 – Valores de energia não fornecida com apenas uma chave instalada. ...............114 Tabela 8.6 – Valores da variação da energia não fornecida. .................................................115 Tabela 8.7 – Valores da energia não fornecida considerando uma chave fixa instalada e acrescentando outra chave. ...........................................................................117 Tabela 8.8 – Variação da energia não fornecida. ..................................................................118 xii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica DEC Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora FEC Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora DIC Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora FIC Freqüência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora SAIDI System Average Interruption Duration Index SAIFI System Average Interruption Frequency Index CAIDI Customer Average Interruption Duration Index ASAI Average Service Availability Index ASIDI Average System Interruption Duration Index ASIFI Average System Interruption Frequency Index MAIFI Momentary Average Interruption Frequency Index DNAEE Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica DMCI Duração Máxima de Interrupção por Unidade Consumidora CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica RGE Rio Grande Energia S/A xiii LISTA DE QUADROS Quadro 6.1 – Matriz lógico-estrutural – Caso de instalação de chaves facas. ........................67 Quadro 6.2 – Matriz lógico-estrutural – Caso de instalação de chave faca e chaves fusíveis...............................................................................................................71 Quadro 6.3 – Matriz lógico-estrutural – Caso de instalação de ponto de interligação............72 Quadro 6.4 – Matriz lógico-estrutural para um diagrama unifilar de uma rede de distribuição com chaves em todos os trechos....................................................74 Quadro 6.5 – Matriz lógico-estrutural do alimentador com a presença de diversos equipamentos de comutação e possibilidade de interligação. ...........................77 Quadro 8.1 – Dados do diagrama unifilar do alimentador representado na Figura 8.2.........102 Quadro 9.1 – Valores de energia não fornecida para o algoritmo de minimização e maximização....................................................................................................135 Quadro 9.2 – Número de consumidores-hora sem energia para o algoritmo de minimização e maximização. ..........................................................................137 Quadro 9.3 – Valores de energia não fornecida para o algoritmo de minimização e maximização....................................................................................................139 Quadro 9.4 – Número de consumidores-hora sem energia para o algoritmo de minimização e maximização. ..........................................................................141 Quadro 9.5 – Redução da energia não fornecida, algoritmo de minimização.......................147 xiv LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 – Mapa extraído do site da ANEEL em 30/04/2005. .............................................24 Figura 3.2 – Estrutura da análise de dados estatísticos sobre falhas. ......................................29 Figura 3.3 – Telas da ferramenta computacional de filtragem de dados.................................30 Figura 6.1 – Diagrama unifilar da rede de distribuição para análise das características integrais de confiabilidade.................................................................................66 Figura 6.2 – Diagrama unifilar de alimentador típico, onde D – disjuntor, C – chave faca e F – chave fusível. ....................................................................................70 Figura 6.3 – Diagrama unifilar de alimentador típico com ponto de interligação...................72 Figura 6.4 – Diagrama unifilar de uma rede de distribuição em todos os trechos. .................73 Figura 6.5 – Diagrama unifilar com a presença de diversos equipamentos de comutação e possibilidade de interligação. .......................................................76 Figura 8.1 – Diagrama de blocos representativo do algoritmo de maximização. ...................99 Figura 8.2 – Diagrama unifilar para o cálculo da localização de equipamentos de comutação de mesmo tipo. ..............................................................................102 Figura 8.3 – Diagrama após a retirada de uma chave............................................................106 Figura 8.4 – Diagrama de blocos representativo do algoritmo de minimização. ..................111 Figura 8.5 – Diagrama unifilar do alimentador. ....................................................................113 Figura 8.6 – Diagrama unifilar com a instalação de apenas uma chave................................117 Figura 8.7 – Diagrama de blocos representativo algoritmo de localização ótima de meios heterogêneos para aumento da confiabilidade. .....................................122 Figura 8.8 – Fragmento de rede de distribuição ....................................................................124 Figura 8.9 – Diagrama unifilar considerando o deslocamento da chave para a direita.........125 Figura 9.1 – Tela de abertura da ferramenta computacional. ................................................130 Figura 9.2 – Janelas que disponibilizam a escolha da tensão e da corrente. .........................130 Figura 9.3 – Detalhe do alimentador BG1 103......................................................................131 Figura 9.4 – Chaves facas, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. ..............132 Figura 9.5 – Zoom de um detalhe da Fig. 9.4........................................................................133 Figura 9.6 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. ..............134 xv Figura 9.7 – Chaves facas – algoritmo de minimização e maximização – energia não fornecida por quantidade de equipamentos. ....................................................135 Figura 9.8 – Chaves facas – sem equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. ...................................................................................................136 Figura 9.9 – Chaves facas – algoritmo de minimização e maximização – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos. ................137 Figura 9.10 – Chaves fusíveis – com equipamentos existentes – energia não fornecida por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. ........138 Figura 9.11 – Chaves fusíveis – sem equipamentos existentes – energia não fornecida por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. ........139 Figura 9.12 – Chaves fusíveis – algoritmo de minimização e maximização – energia não fornecida por quantidade de equipamentos. .............................................140 Figura 9.13 – Chaves fusíveis – algoritmo de minimização e maximização – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos. ................141 Figura 9.14 – Religadores, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos............................................................................142 Figura 9.15 – Tela que mostra a os valores atribuídos a cada equipamento de comutação........................................................................................................143 Figura 9.16 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos. ...................................................144 Figura 9.17 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos. ...................................................144 Figura 9.18 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização..............................................................145 Figura 9.19 – Mensagem de interrupção do processo de cálculo em função da eficiência da inserção dos equipamentos.........................................................146 Figura 9.20 – Chaves facas, com equipamentos existentes – por diferença de desempenho para algoritmo de minimização da energia não fornecida..........147 Figura 9.21 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – por diferença de desempenho para minimização da energia não fornecida. ..............................148 xvi Figura 9.22 – Chaves facas, com equipamentos existentes – por diferença de desempenho para minimização do número de consumidores-hora sem energia. ............................................................................................................149 Figura 9.23 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – por diferença de desempenho para minimização do número de consumidores-hora sem energia. ............................................................................................................149 Figura 9.24 – Chaves fusíveis, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização..............150 Figura 9.25 – Chaves fusíveis, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização..............151 Figura 9.26 – Religadores, com equipamentos existentes – consumidores sem energia por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização..............152 Figura 9.27 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – energia não fornecida por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. ...................................................................................................153 Figura 9.28 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – energia não fornecida por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. ...................................................................................................153 Figura 9.29 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. .........................................................................154 Figura 9.30 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. .........................................................................154 Figura 9.31 – Chaves facas, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................156 Figura 9.32 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................157 Figura 9.33 – Chaves facas, com equipamentos existentes – consumidores sem energia, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização..............................................................157 xvii Figura 9.34 – Chaves fusíveis, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................158 Figura 9.35 – Chaves fusíveis, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................159 Figura 9.36 – Religadores, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................159 Figura 9.37 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................160 Figura 9.38 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................161 Figura 9.39 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – consumidores sem energia, por quantidade de equipamentos e desempenho através do algoritmo de minimização. ..............................................................................161 xviii LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 3.1 – DEC anual apurado para o Brasil, Região Sul e estado do Rio Grande do Sul.................................................................................................................23 Gráfico 3.2 – FEC, anual apurado para todo o Brasil, para a Região Sul e estado do Rio Grande do Sul. ............................................................................................24 Gráfico 3.3 – DEC, anual apurado para as concessionárias AES Sul, CEEE e RGE. ............25 Gráfico 3.4 – FEC, anual apurado para as concessionárias AES Sul, CEEE e RGE. .............25 Gráfico 5.1 – Freqüência de falhas médias mensais para os anos de 2001 e 2002. ................41 Gráfico 5.2 – Freqüência de falhas médias mensais por departamento para o ano de 2001. ..................................................................................................................42 Gráfico 5.3 – Freqüência de falhas médias mensais por departamento para o ano de 2002. ..................................................................................................................42 Gráfico 5.4 – Taxa de falhas para a concessionária. ...............................................................44 Gráfico 5.5 – Taxa de falhas por departamento para o ano de 2001. ......................................44 Gráfico 5.6 – Taxa de falhas por departamento para o ano de 2002. ......................................45 Gráfico 5.7 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia para toda a RGE. .......................................................................................................46 Gráfico 5.8 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia por departamento para o ano de 2001. .....................................................................47 Gráfico 5.9 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia por departamento para o ano de 2002. .....................................................................47 Gráfico 5.10 – Tempo médio de despacho por departamento para o ano de 2001. ................48 Gráfico 5.11 – Tempo médio de despacho por departamento para o ano de 2002. ................49 Gráfico 5.12 – Tempo médio de despacho para os anos 2001 e 2002. ...................................49 Gráfico 5.13 – Tempo médio de despacho para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. ......................................................................................................50 Gráfico 5.14 – Tempo médio de deslocamento por departamento ano de 2001. ....................51 Gráfico 5.15 – Tempo médio de deslocamento por departamento ano de 2002. ....................51 Gráfico 5.16 – Tempo médio de deslocamento por departamento, anos 2001 e 2002............52 Gráfico 5.17 – Tempo médio de deslocamento para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. ......................................................................................................52 xix Gráfico 5.18 – Tempo médio de serviço por departamento ano de 2001................................53 Gráfico 5.19 – Tempo médio de serviço por departamento ano de 2002................................54 Gráfico 5.20 – Tempo médio de serviço por departamento, anos de 2002 e 2002. ................54 Gráfico 5.21 – Tempo médio de deslocamento para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. ......................................................................................................55 xx LISTA DE VARIÁVEIS Ai número esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia por ano. D(x ) parâmetro que caracteriza a insuficiência da confiabilidade no sistema. Por exemplo, valor esperado de energia não fornecida. H (x ) somatório das despesas associadas com a realização de algum conjunto de medidas de aumento de confiabilidade. H0 investimento permissível para aumento de confiabilidade. k quantidade de lugares alternativos para instalação de chaves m número de trechos do alimentador. n quantidade de nós da rede de distribuição onde estão estabelecidas as restrições do ponto de vista da confiabilidade. A quantidade de unidades (comprimento da linha em quilômetros, por exemplo). M número de elementos do sistema analisado. N (x ) parâmetro que caracteriza a confiabilidade do funcionamento do sistema. Por exemplo, a probabilidade do funcionamento sem faltas. N 0i nível padronizado de confiabilidade para nó i da rede de distribuição. Ni nível de confiabilidade para nó i da rede de distribuição. Nj quantidade de consumidores, ligados ao transformador de distribuição j. P demanda dos consumidores desligados no caso da falta de energia. r quantidade de valores padronizados de variáveis. Si carga, por exemplo, de um transformador de distribuição i. t recurso disponível (quantidade de chaves). ui prejuízo por unidade de 1 kWh de energia não fornecida para o consumidor i. U i , (ui , xi ) prejuízo do fornecimento incompleto de energia para o consumidor i, no caso de realização de algum conjunto de ações associadas com o aumento de confiabilidade. xxi Wn valor energia não fornecida. Wnko valor inicial de energia não fornecida para o transformador de distribuição k. Wn perm limite de energia não fornecida para o transformador n. Wni valor esperado de energia não fornecida por ano para os consumidores do transformador de distribuição i. x conjunto de possibilidades para o aumento de confiabilidade com diferentes versões de seccionamentos de redes, criação de interligações, etc. τ tempo médio esperado de restabelecimento do fornecimento de energia, podendo assumir o valor de τ tot ou τ parc . τ tot tempo total gasto no completo restabelecimento do fornecimento de energia τ tot = τ desp + τ desl + τ serv . τ desl tempo de deslocamento - tempo decorrido desde o repasse da informação pelo “call center” até a chegada no local onde houve a interrupção do fornecimento de energia. τ desp tempo de despacho - é o tempo decorrido desde o recebimento da reclamação pelo “call center” até o início do deslocamento da equipe de manutenção. τ serv tempo gasto pela equipe de eletricistas para executar a manutenção e restabelecer o fornecimento de energia. τ parc representa o tempo de despacho adicionado ao tempo de deslocamento. τ tot valor de τ parc mais a parcela do tempo para a execução do serviço de manutenção. τS tempo de seccionamento λ0 taxa de falhas por unidade, por exemplo, para 1 km de rede de distribuição, por ano. λ'0 taxa de falhas permanentes λ'0' taxa de falhas transitórias λp taxa de desligamentos programados xxii Ri resistência do trecho i do alimentador; Ij corrente da carga do trecho j ; CAPÍTULO 1 INTRODUÇÃO A energia elétrica é um recurso valioso e indispensável no mundo de hoje. A sociedade depende do seu fornecimento em nível confiável e com qualidade para promover o seu desenvolvimento. O consumo crescente e permanente de energia elétrica, o aumento da potência exigida nos equipamentos elétrico-eletrônicos, a sensibilidade dos modernos processos tecnológicos, onde a falta de fornecimento de energia até por curtos períodos de tempo, causa prejuízos inestimáveis, fazem com que a confiabilidade do fornecimento de energia seja uma das mais importantes características técnicas e econômicas de um sistema elétrico. A procura de soluções para os problemas de planejamento e controle ótimo dos sistemas elétricos concentrou-se, por um longo período de tempo, nos sistemas de geração e transmissão. O motivo deste procedimento foi o volume de investimentos direcionados para esta área e também o enorme dano para a sociedade e meio ambiente, no caso do funcionamento inadequado destes sistemas. As redes de distribuição são partes importantes do sistema geral de fornecimento de energia realizando interligações entre os sistemas de potência e os consumidores. Os sistemas de distribuição são constituídos predominantemente de redes aéreas convencionais com cabos nus, na categoria de média tensão (13,8 e 23 kV, no estado do Rio Grande do Sul). Sob o ponto de vista da confiabilidade, são os responsáveis por 85% de todas as interrupções no fornecimento de energia, sendo os elementos mais vulneráveis de todo o sistema energético. Por isto, o crescimento da confiabilidade da distribuição permitirá aumentar a eficiência geral da operação de toda a estrutura de fornecimento de energia. Os problemas de planejamento e operação dos sistemas de distribuição são normalmente entendidos como a escolha da estratégia que permita minimizar todas as despesas para funcionamento do sistema, com o objetivo de atender todas as cargas previstas, com o cumprimento das restrições técnicas, das exigências de qualidade e da confiabilidade 2 deste sistema energético. O somatório das despesas inclui os investimentos e os custos operacionais calculados para um período determinado. Geralmente, fazem parte dos custos operacionais os gastos em operação, na manutenção dos equipamentos e também na compensação das perdas de energia. Para as restrições técnicas da qualidade de energia existem padrões estabelecidos, já para as restrições da confiabilidade não existe padronização definida e nem uma única abordagem para sua estimativa. A análise do problema de aumento da confiabilidade depende de um completo e preciso conhecimento das interrupções no fornecimento de energia. A construção desta base de informações inclui a classificação, o registro, a coleta, a verificação e a análise dos dados estatísticos sobre a falta de energia nos elementos de redes elétricas de distribuição. Estes dados devem estar disponíveis nas concessionárias de energia, em meio magnético ou ótico, acatando determinação da ANNEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), a partir de 1º de janeiro de 2004. É importante mencionar que as concessionárias do Estado do Rio Grande do Sul já possuíam, antes desta data, estes dados coletados e armazenados. Para estimação ou mesmo para a otimização da confiabilidade é necessário definir índices ou características. No Brasil, existem os índices chamados de indicadores de continuidade de serviço, que devem ser apurados pelas concessionárias no período mensal, trimestral e anual. São eles: o DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), o FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), o DIC (Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora) e o FIC (Freqüência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora). Para apuração destes indicadores, a concessionária deve manter um banco de dados com informações como a data e a hora em que a interrupção no fornecimento de energia foi comunicada, o número de consumidores atingidos, a causa e o serviço realizado e duração da interrupção, entre outras. Os conjuntos de unidades consumidoras para o cálculo dos indicadores são estabelecidos de comum acordo entre a concessionária e a agência reguladora. Como conjunto, por exemplo, pode ser considerada a área urbana de um município, sendo que a sua área rural pode ser um outro conjunto. Este acordo resultará em uma resolução específica, da qual constará a meta dos indicadores para cada conjunto. Caso a concessionária viole a meta estipulada, será penalizada pelo agente regulador com multas por violação dos padrões de continuidade do serviço. De acordo com estas determinações as distribuidoras estão cada vez mais preocupadas em manter o fornecimento de energia dentro dos padrões exigidos. Adotando, então, sistemas de distribuição mais complexos e de maior flexibilidade, através da 3 construção de novos alimentadores viabilizando, assim, diversas possibilidades de transferência de carga; possibilitando o seccionamento de trechos defeituosos por meio da instalação de equipamentos de manobra e proteção telecomandados; subestações supervisionadas; adequando os sistemas de proteção; utilizando dispositivos de auxílio à localização de faltas, entre outros. Estas alternativas implicam em investimentos de grande magnitude fazendo com que as empresas busquem a otimização de seus investimentos, procurando as melhores alternativas, sejam elas operacionais ou técnicas. Os indicadores utilizados no Brasil caracterizam a confiabilidade completa, e não refletem as causas das interrupções no fornecimento de energia. Ao mesmo tempo, estas características são insuficientes para a solução de todo elenco de problemas associados com a modelagem e a otimização da confiabilidade, pois não permitem definir as causas da insuficiência de confiabilidade e as ações necessárias ao seu aumento. Para tanto, é necessário considerar fatores adicionais para completar está análise e possibilitar a estimação ou mesmo a otimização da confiabilidade. Os valores de taxa de falhas, tempo médio de falha, e duração anual das falhas no fornecimento de energia são os principais indicadores de confiabilidade utilizados em sistemas de distribuição. Estes valores são básicos para o cálculo dos índices integrais de confiabilidade, como por exemplo, o valor esperado de energia não fornecida ou o número esperado de consumidores sem fornecimento de energia. Esta característica serve também para a avaliação do prejuízo ou algumas de suas parcelas. O valor monetário do prejuízo de uma interrupção no fornecimento de energia é uma característica mais direta e clara, se comparada com os valores de energia não fornecida. Entretanto, a definição do prejuízo não é simples e há muito tempo são realizadas pesquisas para a sua avaliação. Estes trabalhos fazem a avaliação dos prejuízos para grupos típicos de consumidores industriais, comerciais, administrativos e residenciais. A dificuldade da análise monetária da confiabilidade está associada à presença de um grande número de fatores. Alguns destes fatores não podem ser monetariamente quantificados, por isso, praticamente em todas as pesquisas foram utilizadas entrevistas diretas e estudos da opinião dos consumidores. A análise dos dados obtidos permite definir as principais características do prejuízo para cada grupo típico de consumidores, geralmente em função da duração das interrupções no fornecimento de energia e dimensão das cargas desligadas. No entanto, se a análise for realizada para os nós da rede de distribuição com vários tipos de carga, os prejuízos integrais são definidos como médias ponderadas pela potência, considerando a composição e as demandas de cada grupo típico de consumidores. 4 Os prejuízos podem ser definidos em função de dois fatores: potência média do consumidor e valor da energia não fornecida. Porém, as estimativas quantitativas para os mesmos grupos de consumidores apresentam grandes faixas de variações, independentemente da forma de apresentação dos resultados. Portanto, é aceitável concluir que a utilização do prejuízo para a análise de confiabilidade é possível e eficiente somente quando estas características forem obtidas na área de atuação da concessionária. A utilização dos dados de regiões com estrutura sócio-econômica diferente ou de outros países pode mascarar os resultados da análise. No entanto, a obtenção de dados adequados para esse tipo de pesquisa exige muito tempo e grandes recursos financeiros e humanos. Do ponto de vista matemático, para a estimação quantitativa das características integrais de confiabilidade podem ser utilizados métodos analíticos ou modelagem probabilística. Os métodos analíticos são baseados na representação do sistema através de modelo matemático e a definição das características integrais de confiabilidade calculadas com base nos parâmetros de confiabilidade dos vários elementos do sistema. Neste caso, deve ser considerada a contribuição de cada componente do sistema para a falha no fornecimento de energia. Contudo, somente o conhecimento das características integrais de confiabilidade permite analisar a qualidade da operação do sistema, mas não pode indicar à eficiência da utilização de um ou de outro meio de aumento de confiabilidade. Para isto devem ser desenvolvidos métodos que permitam estimar o nível de confiabilidade do sistema de forma quantitativa, com base na topologia da rede, localização e características dos equipamentos de proteção e comutação, dados sobre a confiabilidade dos elementos do sistema e outras características operacionais. Para viabilizar esta modelagem da confiabilidade são necessários dados confiáveis e em elevada quantidade, obtidos da operação da própria concessionária. O processo de obtenção desta informação é trabalhoso, pois os parâmetros de confiabilidade dependem de um grande número de fatores muitas vezes difíceis de formalizar, que influem para a determinação de suas características quantitativas, diretamente ou indiretamente Métodos analíticos permitem definir o valor médio ou o esperado de algumas características de confiabilidade. Estes valores são bastante informativos, entretanto não permitem conhecer o nível e o caráter da variabilidade destas características. Naturalmente que, por exemplo, o histograma de distribuições dos valores aleatórios dos parâmetros possibilita além de definir as estimativas pontuais, encontrar os valores que podem influir significativamente para o sistema, mesmo até com baixo nível de probabilidade de aparecimento. 5 Através da análise bibliográfica é possível concluir que a utilização de modelos determinísticos mais simples não conduz ao aumento significativo do erro na estimação de parâmetros de confiabilidade comparados aos métodos de modelagem probabilística mais complexa. Todo este procedimento tem como objetivo estabelecer os parâmetros para a determinação dos indicadores de confiabilidade, energia não fornecida ou número esperado de consumidores-hora desligados em conseqüência de falhas no sistema de distribuição. Estes indicadores serão utilizados como critérios no processo de solução de problemas de otimização da confiabilidade. Pois, o crescimento da confiabilidade permite aumentar a eficiência geral da operação de toda a estrutura de fornecimento de energia, onde o seccionamento ótimo é um dos mais eficientes e conhecidos métodos utilizados para o aumento de confiabilidade. Os equipamentos de proteção e comutação, permitem no caso de falha, isolar o trecho com defeito, reconfigurar a rede e restabelecer o fornecimento de energia pelo menos para parte dos consumidores em um tempo menor que o necessário para realização do serviço completo de manutenção. Este procedimento permite reduzir os prejuízos ligados com a interrupção no fornecimento de energia Geralmente, o problema de otimização inclui a especificação, a quantidade e a localização mais eficiente de cada tipo de equipamentos de comutação. As soluções destas questões são necessárias não somente no planejamento das redes elétricas como também na operação. No processo de operação surge a necessidade de redistribuição dos equipamentos de comutação, gerada pelas alterações das cargas elétrica e desenvolvimento das redes. O problema típico da otimização dos sistemas de distribuição é discreto, combinatório, com função objetivo e/ou restrições não lineares e não diferenciáveis. Isto dificulta a aplicação dos métodos tradicionais de programação linear ou não linear para a sua solução. Além disso, para este grupo de problemas a obtenção da solução ótima global, em geral, não pode ser garantida. Estas considerações podem ser totalmente aplicadas para problemas de chaveamento ótimo. A maioria das pesquisas para modelagem e contrução da função objetivo para otimização de confiabilidade utiliza a abordagem chamada “realibility worth assessment”. Este método permite incluir o custo dos danos aos consumidores, no caso de interrupções no fornecimento de energia, nas despesas ligadas com a operação e o desenvolvimento das redes elétricas. Esta abordagem permite definir a função objetivo analiticamente de forma única e fácil. Naturalmente que a meta neste caso é a quantificação monetária dos prejuízos. 6 Porém muitas concessionárias não dispõem de dados confiáveis sobre prejuízos, que serviriam para a estimação adequada da confiabilidade do fornecimento de energia e poderiam ser utilizados nos problemas de otimização. Naturalmente, que neste caso, o problema de chaveamento ótimo das redes de distribuição não pode ser analisado de forma geral, quando é necessário definir o mínimo da função objetivo que se apresenta como o somatório dos investimentos para equipamentos, das despesas operacionais e dos valores dos prejuízos causados pela interrupção no fornecimento de energia. Os possíveis problemas de seccionamento ótimo devem ser reformulados de forma a considerar a experiência prática, os interesses da concessionária, a informação disponível, o modelo e os indicadores integrais utilizados para estimação quantitativa da confiabilidade do sistema. Diante do exposto conclui-se que o modelo para análise quantitativa da confiabilidade deve estar baseado na informação que realmente está disponível na concessionária e para o uso mais eficiente do modelo desenvolvido, os dados estatísticos primários sobre falhas acumulados nas concessionárias devem ser preliminarmente analisados, processados e testados. Este procedimento permite eliminar os possíveis erros e estabelecer as relações principais. No processo de desenvolvimento do modelo para avaliação da confiabilidade é necessário considerar que ele deve servir não somente para a estimação qualitativa da confiabilidade do sistema e seus componentes como também permitir uma solução eficiente dos problemas de otimização da confiabilidade. Para isso é preciso haver a possibilidade de analisar a confiabilidade do sistema, em função das suas características técnicas (topologia de rede, composição e localização dos equipamentos de proteção e comutação) e operacionais (estratégia e possibilidade de identificação, localização e eliminação de falhas). Esta situação estimula a utilização de métodos heurísticos que permitem achar uma solução quase ótima com consumo razoável de tempo e recursos computacionais. 1.1 Objetivos da tese A interrupção no fornecimento de energia elétrica não é mais aceita pelos consumidores, pois a vida moderna depende cada vez mais de um fornecimento de energia confiável. 7 A falta de energia pode causar enormes danos para o setor industrial, sendo que as concessionárias poderão ser penalizadas com indenizações vultosas aplicadas pelo agente fiscalizador. Em se tratando de consumidores não industriais, os prejuízos causados pela interrupção no serviço de distribuição de energia elétrica poderão gerar além dos danos materiais, danos pessoais, que não podem ser facilmente quantificáveis. Considerando todos os fatores apresentados, a concessionária deverá ter como meta manter o fornecimento contínuo oferecendo um serviço confiável e de qualidade a todos os seus consumidores. No entanto, trabalham com o elemento mais vulnerável de todo o sistema energético, as redes de distribuição, estando permanentemente expostas à ação de agentes externos que poderão provocar interrupção no fornecimento de energia. A concessionária depara-se com um problema dos mais complexos a resolver. Pois, para melhorar a confiabilidade de seus sistemas são necessários grandes investimentos e, caso viole os indicadores de continuidade, pagam multas elevadas. As soluções para o problema do aumento da confiabilidade podem ser agrupadas em várias alternativas, entre elas a localização ótima de seus equipamentos de comutação, que no caso de falha em suas redes, permitirá restabelecer o fornecimento de energia para o maior número de consumidores possível. Para tanto, a concessionária deverá dispor de uma base de dados confiável, onde se encontre todas as informações a respeito das faltas de energia ocorrida em seu sistema, o que permitirá definir as variáveis que auxiliarão na determinação das características de confiabilidade. Os objetivos desta pesquisa podem ser expressos de forma concisa de acordo com os seguintes itens: • Definir as formulações mais apropriadas para o problema de otimização da confiabilidade, considerando as condições específicas das redes do sistema de distribuição brasileiro. Uma vez que estas redes têm características peculiares como: ser constituída predominantemente por redes aéreas com cabos nus, ter um elevado número de transformadores e seus alimentadores serem de grande extensão. • Desenvolver métodos de modelagem das características integrais de confiabilidade, considerando topologia, parâmetros de redes, localização dos equipamentos de comutação, de acordo com as formulações do problema de aumento de confiabilidade considerado nesta pesquisa. 8 • Avaliar os dados estatísticos para a definição, a composição e a quantidade de informações que podem ser utilizadas para a determinação dos indicadores de confiabilidade das redes de distribuição. • Analisar os métodos matemáticos que podem ser utilizados para solução de problemas de otimização da confiabilidade, considerando as várias formulações do problema e estruturas da função objetivo e restrições. • Desenvolver um algoritmo para distribuição ótima de equipamentos de comutação nas redes de distribuição, considerando várias formulações de problemas. • Aplicar o algoritmo desenvolvido para a localização ótima de equipamentos de comutação numa concessionária distribuidora de energia elétrica. 1.2 Organização da Tese A tese aqui apresentada “Desenvolvimento de métodos e algoritmos para avaliação e otimização da confiabilidade em redes de distribuição” está disposta em vários capítulos. No Capítulo 1, como introdução foi construída uma breve análise do assunto, bem como o objetivo a ser alcançado. O Capítulo 2 mostra uma apreciação do tema proposto através de referências bibliográficas. No Capítulo 3 encontra-se uma breve descrição da regulamentação da confiabilidade do fornecimento de energia no Brasil, bem como, a sistemática de registro das interrupções do fornecimento na concessionária. Analisa o processo pelo qual passam os dados de falta de energia elétrica, com vistas à consolidação das informações armazenadas na base de dados. O Capítulo 4 mostra o modelo matemático para análise da confiabilidade dos sistemas de distribuição, através de formulações para o problema de otimização da confiabilidade, bem como a definição dos indicadores integrais de confiabilidade. O Capítulo 5 apresenta o procedimento usado para obtenção e análise dos dados para estudo da confiabilidade, define freqüência de falha, taxa de falhas, tempo de restabelecimento do fornecimento de energia, tempo médio de despacho, tempo médio de deslocamento e tempo médio de serviço, necessários para reparar o defeito. 9 Também descreve o algoritmo utilizado para a comparação das médias de duas amostras pertencentes a um conjunto. Utilizando-se este algoritmo de comparação são analisadas as falhas e os tempos médios de restabelecimento do fornecimento de energia. A análise realizada permite verificar o nível de variação dos indicadores de confiabilidade, taxa de falhas e tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia. No Capítulo 6, encontra-se o método de organização da matriz lógico-estrutural que serve de base para a construção da função objetivo e restrições. No Capítulo 7 são analisados sucintamente os métodos de otimização discreta e as transformações para a adaptação da função objetivo e restrições para utilização destes métodos, também é indicada uma metodologia para a localização ótima de vários tipos de equipamentos de comutação. No Capítulo 8 é mostrada a utilização de métodos heurísticos de otimização discreta para a localização de equipamentos de comutação de mesmo tipo e conjunto de diferentes dispositivos de proteção e manobra em redes de distribuição, como também seus respectivos exemplos numéricos. No Capítulo 9 são mostrados os resultados práticos da modelagem para otimização da confiabilidade em sistemas de distribuição. O Capítulo 10 mostra as conclusões e a possível continuidade do trabalho aqui apresentado. CAPÍTULO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA O fornecimento de energia elétrica de qualidade e com elevada confiabilidade é requisito imprescindível ao desenvolvimento de um povo, sendo inclusive fator limitador do crescimento sócio econômico. A falta de energia mesmo por pequenos períodos não é mais tolerada, pois qualquer interrupção causa prejuízo para todos os tipos de consumidores. A sociedade moderna tem como expectativa um sistema de fornecimento de energia que opere da forma mais econômica possível e com uma confiabilidade cada vez maior. A crescente necessidade de energia leva ao crescimento da demanda, o que torna cada vez mais complexo o planejamento, a construção, a operação e o controle ótimo dos sistemas elétricos. Os objetivos principais do planejamento e controle ótimo dos sistemas energéticos são: a satisfação da demanda e a oferta de energia elétrica com qualidade padronizada para os consumidores, com despesas mínimas e alto nível de confiabilidade. Durante muitos anos a busca da solução deste problema teve como enfoque principal os sistemas de geração e transmissão [1]. Isto se deve a quantidade de investimentos aplicados nestas áreas e também aos enormes danos que podem causar para a sociedade, pois quando esses sistemas falham provocam grandes desligamentos, com elevado número de consumidores interrompidos, atingindo vastas regiões trazendo como conseqüência enormes prejuízos. No caso da análise de desempenho [2] o sistema pode ser considerado como um conjunto com base em sua performance passada [3]. Se, no entanto, for necessária uma nova apreciação sob o ponto de vista do planejamento futuro, esse procedimento torna-se impraticável devido a grande quantidade de variáveis e dados envolvidos. Os métodos utilizados para análise da confiabilidade em sistemas elétricos de potência nem sempre podem ser utilizados ou são pouco eficientes para redes de distribuição [4]. De acordo com a experiência mundial, uma análise individual do sistema de distribuição é importante considerando que, exigem até 50% dos investimentos, são responsáveis por 11 aproximadamente 60% das perdas e 85% das falhas no fornecimento de energia de todo o setor energético [5], [6], [7]. Assim sendo, tem influência predominante nos indicadores de desempenho das concessionárias. Portanto, uma análise particularizada do sistema de distribuição é importante, considerando que é o principal responsável pela falta de fornecimento de energia para os consumidores. Normalmente os problemas de planejamento e operação dos sistemas de distribuição são estabelecidos como a seleção da estratégia que minimiza o somatório das despesas para a distribuição de energia, tendo como finalidade atender as cargas previstas. Conseqüentemente, todas as alternativas devem garantir o cumprimento das restrições técnicas, das exigências de qualidade e confiabilidade do fornecimento de energia. A confiabilidade [8] pode ser difícil de ser obtida economicamente, principalmente em níveis de baixa e média tensão, onde o sistema é radial, constituído praticamente em sua totalidade de cabos nus, expostos as condições adversas [9], como por exemplo, descargas atmosféricas, vegetais em contato com a rede, etc. Comumente as despesas operacionais abrangem os custos de operação e manutenção dos equipamentos e também a compensação das perdas de energia. Existem padrões estabelecidos para qualidade de energia, já para as restrições de confiabilidade não existe padronização definida e nem metodologia incontestável para sua estimativa. Estas considerações podem explicar o grande número de pesquisa e publicações que tratam deste assunto. Os principais indicadores de confiabilidade utilizados em sistemas de distribuição [10] são: taxa de falhas, tempo médio de falhas e duração anual das falhas no fornecimento de energia. Esses índices básicos podem servir para o cálculo dos indicadores integrais de confiabilidade para todo o sistema. Atualmente são utilizados mundialmente [11], de uma ou outra forma, os indicadores integrais de confiabilidade [4] SAIDI (System Average Interruption Duration Index), SAIFI (System Average Interruption Frequency Index), CAIDI (Customer Average Interruption Duration Index), CAIFI (Customer Average Interruption Frequency Index) e ASAI (Average Service Availability Index). Geralmente os indicadores integrais de confiabilidade são calculados pelas concessionárias de energia ao final de cada ano baseados nos dados estatísticos acumulados. Ao mesmo tempo, estas características são insuficientes para a solução de todo elenco de problemas ligados com a modelagem e a otimização da confiabilidade. Por isso, em inúmeras pesquisas foram introduzidos critérios adicionais que permitem refletir um outro aspecto da 12 confiabilidade do fornecimento de energia, são eles: taxa de falhas, duração da interrupção e duração média anual das falhas. Em [12] destacam-se SAIFI1 e SAIFI2, que representam simultaneamente a freqüência das falhas permanentes e transitórias. Além disso, o mesmo trabalho propõe a determinação de uma série de indicadores semelhantes aos citados acima, definidos em relação ao somatório das cargas e não em relação a quantidade de consumidores, são eles: ASIDI (Average System Interruption Duration Index) e ASIFI (Average System Interruption Frequency Index). Especificamente em [11] para a análise de falhas transitórias é utilizado um índice especial: MAIFI (Momentary Average Interruption Frequency Index). Em [13] todas as características estão definidas em relação a cada alimentador ao contrário de outras propostas, onde os índices foram definidos para todo o sistema. Entretanto, conforme a referência [12] a utilização de todos os indicadores apresentados acima não permite comparar objetivamente a confiabilidade de várias concessionárias, e o que é mais importante, não definem as causas da insuficiência de confiabilidade e as ações necessárias ao seu aumento. Para tanto, é necessário à consideração de fatores adicionais para completar está análise. No Brasil, nos últimos anos, a área de distribuição de energia elétrica começou a receber mais atenção, provavelmente devido a sua reestruturação que foi decorrência da privatização do setor. Este processo está acontecendo em vários países do mundo [14], e num futuro próximo o abastecimento de energia elétrica será um mercado competitivo como outro qualquer. As fortes mudanças que têm ocorrido após a privatização das empresas de distribuição de energia elétrica se devem também à fiscalização da agência reguladora. Essa agência é responsável por estabelecer a qualidade do serviço prestado pelas empresas e também aplicar as penalidades, quando o desempenho esperado não for alcançado. Portanto, as concessionárias de energia devem estar preocupadas em manter condições operacionais adequadas, bem como, em garantir o nível de confiabilidade requerido [15]. No Brasil, as metas são estabelecidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) [16], [17] através dos indicadores gerais [18] DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), o FEC (Freqüência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), o DIC (Duração de Interrupção Individual por Unidade Consumidora) e o FIC (Freqüência de Interrupção Individual por Unidade Consumidora) que são semelhantes aos utilizados em outros países. Estes limites podem ser estabelecidos para um grupo de consumidores baseados em dados históricos e no método benchmarking.[19]. 13 A confiabilidade esperada da rede primária de distribuição pode ser estimada através da avaliação da sua configuração [20], [21] e dos parâmetros do circuito, considerando a extensão, o tipo de condutor, os equipamentos de comutação e o risco de uma interrupção atingir um determinado número de consumidores. Indicadores numéricos podem ser calculados para uma parte qualquer ou para todo o circuito desde que sejam conhecidos os dados estatísticos do seu desempenho [22]. Numa série de trabalhos para a avaliação integral da confiabilidade é usado o índice de valor esperado de energia não fornecida [12], [23], [24], [25]. Entretanto, esta característica não tem uso independente e serve, em princípio, para a avaliação do prejuízo ou algumas de suas parcelas. A avaliação da ocorrência de falhas num sistema de distribuição [11], [26] pode ser realizada através de diferentes enfoques como: valores reais, valores normalizados, valores relativos e valores probabilísticos de falhas. As falhas afetam de forma significativa a confiabilidade, a segurança e a qualidade da energia fornecida entre outros fatores. A quantificação da confiabilidade é parte integrante da informação de um sistema de distribuição, assim como a sua topologia, os parâmetros dos equipamentos, o consumo de energia, etc. A determinação da confiabilidade juntamente com outros objetivos permite um planejamento ótimo para o sistema de distribuição. Para manter um bom nível de confiabilidade pode ser utilizada a inspeção, que tem como finalidade localizar problemas em potencial [27], [28] a fim de que providências possam ser tomadas para evitar que falhas venham a ocorrer [29]. Também a melhoria da confiabilidade dos sistemas de distribuição pode ser obtida através do uso de equipamentos de chaveamento preexistentes ou da inclusão de novos [30], permitindo desta forma a transferência de carga ou a redução de trechos com interrupção no fornecimento de energia [31], [32]. Evidentemente que o valor monetário do prejuízo é uma característica mais informativa comparada com o valor da energia não fornecida. Entretanto, a determinação do prejuízo é um problema extremamente complexo e trabalhoso, pois o prejuízo depende de vários fatores como: demanda de energia, horário do dia, dia da semana e estação do ano em que houve a interrupção. Existe um interesse crescente na avaliação quantitativa da confiabilidade dos sistemas elétricos e a avaliação do custo/benefício calculado para sua operação, planejamento e expansão. O elemento chave da estimação do custo equivalente é a avaliação do prejuízo que as interrupções causam aos consumidores e a capacidade de determinação dos indicadores adequados que possam ser usados no planejamento e na operação. 14 Nestas condições, para a consideração da confiabilidade em problemas de planejamento [33] e controle das redes elétricas podem ser propostos dois caminhos [23]: considerar a confiabilidade como critério adicional no processo de comparação das alternativas ou considerar este fator como parte das despesas operacionais, da mesma forma que as perdas anuais de energia, pois ambas exigem a quantificação dos prejuízos. A análise bibliográfica mostra que as pesquisas ligadas com a avaliação dos prejuízos em sistemas elétricos têm longa história [34]. Em vários países, foram realizadas amplas pesquisas na tentativa de quantificar monetariamente as conseqüências sócio-econômicas das falhas no fornecimento de energia [20], [35], [36], [37], [38], [39]. Dentre estas pesquisas é necessário destacar os trabalhos que apresentam o resultado da análise e a avaliação dos prejuízos para grupos típicos de consumidores industriais, comerciais, administrativos e residenciais [37], [40], [41], [42]. Os métodos que foram utilizados para estimação dos prejuízos ligados com as interrupções no fornecimento de energia de acordo com a classificação [43] podem ser apresentados através de três procedimentos: métodos analíticos, análise das conseqüências dos “apagões” e entrevistas diretas juntamente com estudos da opinião dos consumidores. A dificuldade da apreciação analítica da confiabilidade está ligada com a presença de um grande número de fatores. Alguns destes fatores não podem ser monetariamente quantificados, por isso, praticamente em todas as pesquisas foi utilizado o último método. Neste caso, os consumidores têm a possibilidade de quantificar de forma monetária as conseqüências das falhas no fornecimento de energia para as próprias empresas, escritórios, apartamentos, etc. [44], [45], [46], [47]. Em seguida, a análise dos dados permite definir as principais características do prejuízo para cada grupo típico de consumidores, geralmente em função da duração das interrupções no fornecimento de energia e valores das cargas desligadas. Para os nós da rede de distribuição com vários tipos de carga os prejuízos integrais são definidos como médias ponderadas pela potência, considerando a composição e as demandas de cada grupo típico de consumidores. Os prejuízos das interrupções no fornecimento de energia podem ser opcionalmente divididos em prejuízos diretos e indiretos [43]. Para alguns grupos de consumidores os prejuízos diretos ligados com as perdas na produção industrial, produtos e peças danificadas, perdas do tempo de trabalho podem ser estimadas de forma razoavelmente exata. Para outros grupos de consumidores os prejuízos diretos como adiamento de reuniões ou planos pessoais pode ser facilmente identificado, mas a estimativa quantitativa adequada apresenta grandes dificuldades. Os prejuízos indiretos nem sempre podem ser identificados. 15 Os valores dos prejuízos até para os mesmos grupos de consumidores é função de um grande número de fatores como a forma e o nível de dependência do fornecimento energia elétrica a que está sujeito o consumidor. Esta vinculação é definida através das características do próprio consumidor como tipo de equipamento, potência, energia consumida, quantidade de cargas desligadas, caráter do processo interrompido, considerando o período do dia, da semana e do ano. Depende também das características das falhas como freqüência, duração (permanentes, transitórias ou desligamentos programados), intervalos de tempo decorrido desde a última falha, etc. [39]. Nos trabalhos publicados [36], [38], [41], [43], [48], [49], [50], [51], [52], [53] foram utilizadas várias abordagens para a definição e processamento de dados sobre prejuízos para os consumidores causados pelas interrupções de diferentes durações ocorridas em diversos períodos do dia e do ano. Na maioria das vezes os prejuízos estão definidos em função de dois fatores [54]: potência média do consumidor e valor da energia não fornecida e são apresentados na forma de cenários gerais [39], valores médios [49], em formas de curvas e tabelas, [48], [55] considerando a variação do prejuízo para os consumidores em função do tempo [37] e equação de regressão [36]. Entretanto, independentemente da forma de apresentação dos resultados é claro que as estimativas quantitativas para os mesmos grupos de consumidores apresentam grandes intervalos de variações. Além disso, é necessário também levar em conta que a definição dos prejuízos para um conjunto de vários tipos de carga com valor médio ponderado nem sempre é adequada. Por isso, é admissível concluir que a utilização de prejuízos para a análise de confiabilidade é possível e eficiente somente quando estas características forem obtidas na área de atuação da concessionária. A utilização dos dados de regiões com diferentes estruturas sócio-econômicas ou de outros países pode distorcer os resultado da análise. Ao mesmo tempo, a realização deste tipo de pesquisa é um problema que exige muito tempo e grandes recursos financeiros e humanos [55]. Para a estimação quantitativa das características integrais de confiabilidade foram utilizados vários enfoques, que em geral podem ser divididos em dois grandes grupos: métodos analíticos e modelagem probabilística [56], [57]. A idéia principal dos métodos analíticos está baseada na representação do sistema na forma de modelo matemático e definição das características integrais de confiabilidade através de cálculos com base nos parâmetros de confiabilidade de vários elementos do sistema. Neste caso, deve ser analisada a contribuição de cada componente do sistema para a falha no fornecimento de energia. Entretanto, o conhecimento somente das características 16 integrais de confiabilidade permite, de certa forma, analisar a qualidade de operação do sistema mas não pode dar uma resposta quanto à efeito da utilização dos vários meios de aumento de confiabilidade. Para verificar a eficácia de uma alternativa de aumento da confiabilidade devem ser desenvolvidos métodos que permitam estimar quantitativamente o nível de confiabilidade do sistema [27] com base na topologia da rede, na localização e características dos equipamentos de proteção e comutação, nos dados sobre confiabilidade dos elementos do sistema e outras características operacionais [11]. Para isto é necessário o conhecimento das principais características de confiabilidade: taxas de falhas permanentes, transitórias, desligamentos programados, tempo médios de restabelecimento do fornecimento de energia, tempo médio de seccionamento para vários equipamentos de comutação, etc. Neste caso, alguns indicadores devem ser definidos independentemente para cada componente básico da rede elétrica: redes aéreas, compactas ou subterrâneas, disjuntores, religadores, chaves fusíveis, etc. Evidentemente que para a realização desta modelagem de confiabilidade são necessários dados confiáveis e em elevada quantidade, obtidos no processo de operação da própria concessionária [11], [36]. O processo de obtenção desta informação é trabalhoso, pois os parâmetros de confiabilidade dependem de um grande número de fatores muitas vezes difíceis de formalizar, que influem diretamente ou indiretamente para a determinação de suas características quantitativas. A referência [58] serve como exemplo da utilização dos métodos matemáticos estatísticos para análise dos componentes do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia. Neste trabalho, foi feita a tentativa de estimação quantitativa da influência de vários fatores para o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia. Esta técnica permite definir mais adequadamente o tempo de restabelecimento para vários nós da rede, ao contrário da utilização de um único valor médio para todos os consumidores localizados a jusante do equipamento de proteção que atuou por ocasião da falha [59]. A quantificação das características integrais de confiabilidade realiza-se através da análise consecutiva de todas as possíveis falhas da rede e suas influências para o sistema inteiro. Na referência [60] são utilizados equivalentes especiais das redes elétricas, considerando suas características específicas e regras sobre a localização dos equipamentos de proteção e comutação. Este método permite simplificar a determinação das cargas atingidas para cada provável falha da rede. Admite também definir a estratégia de restabelecimento do fornecimento de energia dependendo da estrutura da rede e do conjunto de regras utilizadas pela concessionária. Este procedimento é a parte mais complexa da análise. Para a 17 quantificação das características integrais de confiabilidade alguns autores utilizam métodos matemáticos baseados nas seções mínimas [4], [61]. Entretanto, a utilização deste método para análise de redes muito extensas, com inúmeras derivações e na maioria das vezes com estruturas radiais, não é aceitável. Esta técnica pode ser considerada como uma tentativa para adaptar para os sistemas de distribuição os métodos desenvolvidos e utilizados em sistemas elétricos de potência. Os métodos analíticos admitem definir o valor médio ou o valor esperado de algumas características de confiabilidade. Estes valores são bastante informativos, entretanto não permitem analisar o nível e o caráter da sua variabilidade. Naturalmente que, por exemplo, o histograma de distribuições dos valores aleatórios dos parâmetros possibilita além de definir as estimativas pontuais, encontrar os valores que podem influir significativamente para o sistema, mesmo até com baixo nível de probabilidade de aparecimento [56]. Para permitir a estimação desta influência é necessário incluir a distribuição de probabilidade de vários valores dos parâmetros no processo de cálculos das características integrais de confiabilidade. Esta idéia é a base para os métodos de modelagem estatística ou métodos de Monte Carlo. O princípio de utilização do Método de Monte Carlo para problema de confiabilidade está apresentado na referência [62]. De acordo com esta abordagem devem ser gerados ciclos constituídos de períodos de estado normal e anormal dos elementos do sistema, ao longo do tempo. Os valores que refletem o tempo de operação normal e o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia são determinados através de um gerador de valores aleatórios utilizando as leis de distribuição das freqüências de falhas dos elementos e as parcelas do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia. Na etapa seguinte, com base nas interligações entre os estados dos vários elementos do sistema e o estado do sistema inteiro, as distribuições de probabilidade podem ser definidas para todos os indicadores integrais de confiabilidade. Evidentemente que para a utilização deste método é necessário definir adequadamente as leis de distribuição para todas as variáveis aleatórias. Entretanto, nas pesquisas publicadas não existe uma opinião única em relação à quais leis de distribuição podem ser utilizadas para a determinação dos parâmetros de confiabilidade. Por exemplo, em [63] os componentes do tempo de restabelecimento da energia é modelado através da distribuição exponencial. Para a apresentação da taxa de falhas é analisada a possibilidade de utilização das distribuições normal, log-normal ou gama. A referência [56] afirma que as parcelas que compõe o tempo de restabelecimento também podem ter diferentes leis de distribuição: normal, log-normal ou exponencial. Além disso, destaca que para sistemas complexos com ampla faixa de variação dos parâmetros da confiabilidade de alguns 18 elementos, é praticamente impossível definir as características probabilísticas dos critérios integrais de confiabilidade. A referência [64] assegura que as falhas em redes de distribuição correspondem às leis de distribuição normal, exponencial ou Poisson. Entretanto, o trabalho conclui que muitas vezes a utilização destas distribuições não permite realizar uma modelagem adequada. Na referência [66] é analisada uma série de leis de distribuição, entretanto afirma que muitas vezes a distribuição de falhas para alguns nós de carga é multimodal e não pode ser representada através de nenhuma lei de distribuição conhecida. O mesmo trabalho apresenta também dados sobre as características integrais de confiabilidade obtidos através de modelagem estatística com a utilização de várias combinações de leis de distribuição. Os resultados apresentam grande diferença. Entretanto, através da análise dos resultados do trabalho [56] é possível concluir que algumas vezes a utilização dos modelos determinísticos mais simples não conduz ao aumento significativo do erro na estimação dos parâmetros de confiabilidade comparados com os métodos mais complexos de modelagem probabilística. A mesma situação acontece com a tentativa de modelagem probabilística dos prejuízos em [6], [32], [65], [67], [68], [69], onde várias leis de distribuição foram utilizadas com este objetivo. Neste caso, as leis de distribuição, ou pelo menos os parâmetros das leis de distribuição [38], na maioria das vezes, são diferentes para várias durações da interrupção no fornecimento de energia. Naturalmente que para a efetivação desta abordagem, é necessária à realização de pesquisa preliminar que inclui a coleta e a análise dos dados correspondentes da concessionária. A breve análise apresentada acima admite fazer as seguintes conclusões. O modelo para análise quantitativa da confiabilidade deve estar baseado na informação que realmente está disponível numa determinada concessionária. Neste caso, é preferível a utilização de um modelo mais simples, que tenha uma base de informação confiável em comparação aos modelos mais sofisticados que exigem a utilização de dados gerais obtidos fora da concessionária. Para o uso mais eficiente do modelo desenvolvido, os dados estatísticos primários sobre falhas acumulados nas concessionárias devem ser preliminarmente analisados, processados e testados de uma forma especial. Este procedimento permite eliminar os possíveis erros e estabelecer as principais relações entre os fatores. No processo de desenvolvimento do modelo para avaliação da confiabilidade é necessário considerar que este deve servir não somente para estimação qualitativa da confiabilidade do sistema e seus componentes como também permitir uma solução eficiente para os problemas de otimização da confiabilidade. Para tanto, é preciso haver a possibilidade de analisar a confiabilidade do 19 sistema em função das suas características técnicas (topologia de rede, composição e localização dos equipamentos de proteção e comutação) e operacionais (estratégia e possibilidade de identificação, localização e eliminação de falhas). A solução do problema de otimização da confiabilidade tem como finalidade aumentar a eficiência geral da operação de toda a estrutura de fornecimento de energia sendo que o seccionamento ótimo [70] é um dos métodos mais conhecidos, eficiente e utilizado. Os equipamentos de proteção e comutação permitem no caso de falha isolar o trecho com defeito, reconfigurar a rede e restabelecer o fornecimento de energia, pelo menos para parte dos consumidores em um tempo menor que o necessário para realização do serviço completo de manutenção. Este procedimento permite reduzir os prejuízos associados à interrupção no fornecimento de energia [71]. Geralmente inclui a especificação, a quantidade e a localização mais eficiente de cada tipo de equipamentos de comutação. Além disso, no processo de operação aparece a necessidade de redistribuição dos equipamentos de comutação gerada pelas alterações das cargas elétrica [72] e desenvolvimento das redes [73]. A maioria dos problemas típicos de otimização dos sistemas de distribuição é discreto [74], [75], combinatório, com função objetivo e/ou restrições não lineares e não diferenciáveis. Isto dificulta a aplicação de métodos tradicionais de programação linear ou não linear para a sua solução [76]. Além disso, como mostra [54], para este grupo de problemas a obtenção de solução ótima global, em geral, não pode ser garantida. Estas considerações podem ser totalmente aplicadas para problemas de chaveamento ótimo. Esta situação estimula a ampla utilização de métodos heurísticos [77], [78], [79] que permitem achar uma solução quase ótima com consumo razoável de tempo e recursos computacionais [80]. Já existe uma certa experiência positiva na aplicação de algoritmos genéticos [78], simulated annealing [71], redes neurais [25] tabu search e ant colony algorithms [77] para a solução de grande número de problemas de planejamento [81] e operação de sistemas de distribuição incluindo o chaveamento ótimo de redes elétricas. Com uma pequena exceção [82] na maioria das pesquisas de modelagem e formação da função objetivo para otimização da confiabilidade utiliza-se a abordagem chamada “realibility worth assessment” [23], [48], [83], [84]. Este método permite incluir o custo das perdas do consumidor, no caso de interrupções no fornecimento de energia, nas despesas gerais ligadas com a operação e o desenvolvimento das redes elétricas. Esta abordagem permite definir a função objetivo analiticamente de forma única e fácil. Naturalmente que a meta neste caso é a quantificação monetária dos prejuízos. 20 Entretanto, muitas concessionárias não dispõem de dados confiáveis sobre prejuízos, que serviriam para a estimação adequada da confiabilidade do fornecimento de energia e logo após seriam utilizados nos problemas de otimização. Como já mencionado anteriormente, o uso de dados obtidos fora da área de atuação da concessionária pode levar a solução incorreta dos problemas de otimização da confiabilidade. Naturalmente, que neste caso, o problema de chaveamento ótimo das redes de distribuição não pode ser analisado na forma geral, quando é necessário definir o mínimo da função objetivo que se apresenta como o somatório dos investimentos para equipamentos, despesas operacionais e valores dos prejuízos causados pela interrupção no fornecimento de energia. Os possíveis problemas de seccionamento ótimo devem ser reformulados de forma a considerar a experiência prática, os interesses da concessionária, a informação disponível, o modelo e os indicadores integrais utilizados para estimação quantitativa da confiabilidade do sistema. Este contexto estimula a aplicação de métodos heurísticos com o objetivo de encontrar uma solução quase ótima para os problemas de seccionamento. Neste trabalho será proposta a utilização de um algoritmo heurístico que já foi usado com sucesso para solução de muitos problemas relacionados aos sistemas de energia elétrica [74], incluindo os vinculados a otimização da confiabilidade [75]. CAPÍTULO 3 REGULAMENTAÇÃO DA CONFIABILIDADE E SISTEMA DE REGISTRO DAS INTERRUPÇÕES NO FORNECIMENTO DE ENERGIA NAS CONCESSIONÁRIAS Com a reestruturação do setor elétrico brasileiro, decorrência da privatização do setor, o estado passou ao papel de regulador e fiscal do serviço de fornecimento de energia elétrica, do novo mercado que se formou no país. Então foi criada a ANEEL com a finalidade de regular e fiscalizar a produção, a transmissão e a comercialização de energia elétrica em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal. De forma a atender as exigências do agente regulador, as concessionárias de distribuição de energia elétrica mantêm registro de todas as interrupções que ocorrem em seus sistemas, sendo que cada uma delas tem a sua própria sistemática de armazenamento de informações. Os dados acumulados são basicamente os mesmos, pois têm como finalidade apurar os indicadores de continuidade de serviço regulamentados. Também é importante salientar a grande dificuldade que é o gerenciamento destas informações, pois existem diferenças quanto aos procedimentos adotados pelas concessionárias para atender as reclamações dos consumidores sobre falta de energia. Estes métodos podem gerar inconsistências que poderão acarretar distorções nas informações compiladas com base em números não tratados. Então as concessionárias possuem um sistema de consolidação dos registros armazenados, visando eliminar distorções. A criação da base de informação necessária para a análise de confiabilidade, a mais completa e adequada possível, passa pela solução do problema que inclui a coleta, o registro, a verificação, a classificação e a análise dos dados estatísticos sobre falhas dos elementos dos sistemas elétricos de distribuição. 22 3.1 Regulamentação da confiabilidade do fornecimento de energia no Brasil A privatização do setor energético brasileiro no ano de 1997 fez com que houvesse mudanças radicais no órgão fiscalizador. Antes da privatização a função reguladora era exercida pelo Ministério de Minas e Energia e pelo DNAEE – Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica. Até então praticamente todo o setor elétrico era estatal. Com a privatização foi criada a ANEEL. Em 2000 foram implantados mais três indicadores com o objetivo de aferir a qualidade da energia fornecida aos consumidores, são eles: DIC (Duração da Interrupção por Unidade Consumidora), FIC (Freqüência da Interrupção por Unidade Consumidora) e DMIC (Duração Máxima de Interrupção por Unidade Consumidora). O DMIC é um indicador que limita o tempo máximo de cada interrupção impedindo que a concessionária deixe o consumidor sem energia elétrica, durante um período muito longo. Esse indicador passou a ser controlado a partir de 2003 e penalidades são aplicadas no caso de violação dos padrões de continuidade estabelecidos. O padrão de continuidade do serviço de energia elétrica tem apresentado um ganho de eficiência significativo, como pode ser verificado nos gráficos extraídos dos dados da ANEEL [85], referente aos índices de DEC e FEC, para os cenários nacional, regional, estadual e suas maiores concessionárias. Quando foi iniciado o período de observação, ano de 1996, cada consumidor brasileiro ficava sem energia elétrica, aproximadamente, 22 vezes por ano, num total de quase 26 horas. Em 2002 estes números caíram para 14,8 interrupções, num total de 18,07 horas por ano. O Gráfico 3.1, que representa o DEC anual apurado para o Brasil, para a Região Sul e para o estado do Rio Grande do Sul, mostra que a Região Sul, até o ano de 1999 apresentou uma atuação melhor que a média brasileira. No entanto, nos de 2000, 2001 e 2002 o seu desempenho foi inferior ao nacional, mas individualmente, a sua performance foi melhorando ano a ano, com exceção do ano de 2002, onde houve um ligeiro acréscimo no seu indicador. Avaliando o comportamento do estado do Rio Grande do Sul, verifica-se que o estado teve um pior desempenho se comparado ao nacional e ao regional, em todo o período considerado quanto à duração das interrupções. 23 DEC Anual 30 25 Horas 20 15 10 5 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Período Brasil Região Sul RS Gráfico 3.1 – DEC anual apurado para o Brasil, Região Sul e estado do Rio Grande do Sul. Analisando o FEC através do Gráfico 3.2 e comparando os resultados alcançados pelo Brasil, pela Região Sul e pelo estado do Rio Grande do Sul observa-se que na Região Sul a freqüência das interrupções no fornecimento de energia é bem maior, com exceção apenas do ano de 1998, onde a média foi ligeiramente menor que a brasileira. Novamente, o estado do Rio Grande do Sul apresentou um comportamento pior do que o da sua região quanto ao número de interrupções. Logo, o estado está sujeito a uma freqüência maior de desligamentos do que o Brasil e a Região Sul. A análise completa quanto a DEC e FEC do estado do Rio Grande do Sul mostrou um desempenho desfavorável em todo o período observado. No ano de 2003 foram 19,49 interrupções, num total de 21,92 horas. Frente a este péssimo desempenho surge a curiosidade de verificar o desempenho das distribuidoras gaúchas de energia elétrica. No estado do Rio Grande do Sul existem oito concessionárias responsáveis pelo serviço de distribuição de energia. Apenas três delas, AES-Sul, CEEE e RGE, são as responsáveis por mais de 90% do território riograndense, conforme pode ser verificado na Fig. 3.1. Portanto, para a análise dos indicadores de continuidade de serviço serão utilizados somente os dados das três maiores distribuidoras gaúchas de energia. 24 FEC Anual N° de Interrupções 32 24 16 8 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Período Brasil Região Sul RS Gráfico 3.2 – FEC, anual apurado para todo o Brasil, para a Região Sul e estado do Rio Grande do Sul. AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S/A CEEE Companhia Estadual de Energia Elétrica DEMEI Departamento Municipal de Energia de Ijuí ELETROCAR Centrais Elétricas de Carazinho S/A MUXFELDT Muxfeldt, Marin & Cia. Ltda. NOVA PALMA Usina Hidro Elétrica Nova Palma Ltda. PANAMBI Hidroelétrica Panambi S/A. RGE Rio Grande Energia S/A Figura 3.1 – Mapa extraído do site da ANEEL em 30/04/2005. 25 O Gráfico 3.3, mostra no ano de 1996, apenas a CEEE, pois neste ano a distribuição de energia ainda era quase que totalmente estatal. Observa-se que o comportamento das três concessionárias de energia é irregular quanto à duração das interrupções. Analisando o indicador FEC para as três concessionárias gaúchas, Gráfico 3.4, também o desempenho das concessionárias mostrou-se imprevisível também. No ano de 2004, último ano do período de observação, a RGE foi a concessionária que apresentou pior desempenho tendo 15,04 interrupções num total de 23,87 horas. DEC Anual - Concessionárias Gaúchas 30 25 Horas 20 15 10 5 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 Período AES Sul CEEE RGE Gráfico 3.3 – DEC, anual apurado para as concessionárias AES Sul, CEEE e RGE. FEC Anual - Concessionárias Gaúchas 35 N° de Interrupções 30 25 20 15 10 5 0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 Período AES Sul CEEE RGE Gráfico 3.4 – FEC, anual apurado para as concessionárias AES Sul, CEEE e RGE. 2004 26 Os dados apresentados levam a fazer as seguintes observações: A redução dos indicadores DEC e FEC são bastante lentas e não é estável tanto para o país, quanto para região e suas concessionárias, está situação dificulta a definição dos dados estatísticos médios com suficiente nível de precisão e exige uma análise mais ampla e detalhada. Os problemas de otimização da confiabilidade para as empresas do Rio Grande do Sul devem ter grande importância, considerando que, os seus indicadores de qualidade do fornecimento de energia são piores do que a média da Região Sul e do Brasil. 3.2 Sistemas de registro das informações sobre as interrupções no fornecimento de energia As concessionárias possuem uma central de atendimento ao cliente centralizada [16], [176. As informações registradas são basicamente as mesmas como já foi mencionado anteriormente, no entanto os procedimentos para o registro podem ser muito diferentes. A concessionária que forneceu os dados para esta pesquisa foi a Rio Grande Energia – RGE – através do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento intitulado “Distribuição ótima de recursos para aumento da confiabilidade das redes de distribuição da RGE, visando melhoria nos indicadores DEC e FEC”. Nesta concessionária, o fluxo de informação da interrupção possui três formas iniciais de registro distintas entre si. A principal é realizada através do “RGE 24h”, localizado em Caxias do Sul, atendendo um total de 243 municípios e com uma população superior a 3,2 milhões de habitantes, totalizando mais de um milhão de clientes. Através da central de atendimento são realizados todos os pedidos comerciais além do registro de reclamação de falta de energia e dos níveis de tensão. A segunda forma de entrada de informação de interrupção, está associada aos desligamentos programados, ou seja, desligamentos temporários que se fazem necessários devidos alguma situação especial, tal como: troca ou reposição de equipamentos, manutenção na rede ou equipamentos, entre outras. A terceira forma de entrada da informação de interrupção é realizada através da conversão dos dados cadastrados no sistema SRE (Sistema de Registro de Eventos da Transmissão), na qual são registrados todos os eventos ocorridos no sistema de transmissão 27 RGE, CEEE ou do Sistema Básico de Transmissão, que tenham atingido o sistema de distribuição. 3.3 Processamento preliminar das informações de interrupção no fornecimento de energia Para a avaliação do nível de confiabilidade nos sistemas de distribuição, é necessário o conhecimento histórico da incidência de falhas, a forma como estas informações são registradas e a consistência dos dados a serem utilizados. Através do banco de dados central da RGE foram gerados os relatórios utilizados para analisar as características da confiabilidade da operação das redes de distribuição. Estes relatórios apresentam as seguintes informações: • ID: Número seqüencial atribuído para a identificação técnica da falha; • Departamento: Indica a qual dos cinco departamentos da RGE pertence à interrupção (Serra, Metropolitano, Planalto, Noroeste ou Missões); • Data/Hora INI: Data e hora de início do evento (momento em que a reclamação entra no RGE24h); • Data/Hora DES: Data e hora de despacho do evento para a equipe de eletricistas; • Data/Hora CHEG: Data e hora de chegada da equipe de eletricistas ao local do evento; • Data/Hora FIM: Data e hora do encerramento do evento pela equipe de eletricistas e restabelecimento do fornecimento de energia; • Tipo de rede onde houve o defeito: C- Circuito (Transformador); P- Rede Primária; S – Rede Secundária; T – Transmissão; U - Subestação • Tipo de Interrupção programada ou emergencial: S-Programada; N- Emergencial • Clima: 1-Tempo Bom, 2-Neve, 3-Neblina, 4-Vento, 5-Chuva, 6-Temporal; • Tipo de Equipamento: CC- Circuito/Transformador RGE; PM- Medidor Primário/Transformador Particular; FU – Chave Fusível; CH- Chave Faca; RL – Religador; SC- Seccionalizadora; AL- Alimentador 28 • Equip: Identificação técnica do equipamento que provocou a interrupção; • Região do Equipamento de Interrupção: 1 –Urbano; 2 – Rural • SUB: Sigla da subestação de origem; • AL: Número de identificação do alimentador; • Causa: Código de identificação numérica da causa da interrupção; • Serv: Código de identificação numérica do serviço realizado: • Resp: Responsável pela Interrupção: (RGE, Cliente ou CEEE) • Tempo: Tempo total da interrupção em minutos • CJ: Número de Municípios com consumidores atingidos; • CS: Número de consumidores atingidos. Entretanto, como mostra a análise da informação acumulada nem todos os dados tem o mesmo nível de confiança, pois alguns registros não são colocados na base de dados em tempo real. Algumas vezes, aparecem contradições entre os códigos que representam a causa da falha e o do serviço realizado. Além disso, os dados disponíveis não permitem uma diferenciação quanto ao tipo de rede, se aérea com cabos nus convencional, que é a grande maioria, se rede compacta ou ainda se rede subterrânea. Devido ao exposto, não é possível uma avaliação da confiabilidade para os vários elementos do sistema de distribuição em separado. Por outro lado, no banco de dados estão disponíveis informações que permitem identificar o departamento, a subestação e o alimentador onde ocorreu a falha. Também é possível localizar a parte do sistema de distribuição que foi responsável pelo defeito (rede secundária, primária, linhas de transmissão) e todas as características de tempo: períodos do ano, dia da semana e horário. Além disso, o registro de falhas permite calcular as várias parcelas do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia, em particular, o intervalo de tempo entre a chegada da reclamação sobre ausência de energia e a designação da equipe para realização do serviço necessário, o tempo decorrido até a chegada no local da falha e o tempo necessário para execução do serviço completo. Evidentemente que todos estes dados devem ser considerados de forma mais eficiente no processo de desenvolvimento do modelo para avaliação e otimização dos indicadores de confiabilidade. Diante do exposto e também levando em conta que um dos objetivos desta pesquisa é a otimização da confiabilidade das redes primárias de distribuição, neste trabalho foi desenvolvida uma ferramenta computacional com o objetivo de filtrar as informações das 29 falhas e do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia referente apenas às interrupções na rede primária e eliminar os registros que se caracterizam como desligamentos programados. Além disso, é necessário avaliar as diferenças em relação ao caráter e o valor das cargas, ao comprimento das redes, a infra-estrutura das regiões atendidas pelos vários departamentos da concessionária e também as condições climáticas típicas para os períodos do ano. Sem dúvida todos estes fatores influem para o nível dos indicadores de confiabilidade. Por isso, existe interesse na análise comparativa dos indicadores básicos de confiabilidade para o primeiro e o segundo semestre do ano, para dias úteis e fim de semana, para os vários departamentos, subestações e alimentadores, Fig. 3.2. Falhas Ano 1° Semestre Área 2° Semestre Departamento Dia útil Dia útil Subestação Fim de semana Fim de semana Alimentador Figura 3.2 – Estrutura da análise de dados estatísticos sobre falhas. Para facilitar está análise foi desenvolvido um filtro computacional onde foram incluídas as opções mencionadas na Fig. 3.2. Este filtro permite calcular a taxa de falhas, ou o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia e suas parcelas para toda a concessionária, para um departamento, para o alimentador ou subestação, para as interrupções que ocorreram no período 01/01/2002 até 30/06/2002, por exemplo, e tiveram o serviço de manutenção necessário para restabelecer o fornecimento de energia maior do que 30 minutos, Fig. 3.3. Este procedimento justifica-se devido as seguintes considerações. É importante definir as características básicas de confiabilidade não somente para a avaliação dos indicadores integrais de confiabilidade, mas também de forma que possam ser utilizadas nos problemas de otimização. 30 Um dos meios mais utilizados e eficientes, para aumento da confiabilidade em redes de distribuição, é a localização ótima dos equipamentos de comutação. O objetivo principal, neste caso, é restabelecer o fornecimento de energia para parte dos consumidores em tempo menor do que o necessário para a execução completa do serviço de manutenção, através da localização, e isolamento do trecho com falha. Evidentemente que o isolamento da falha é razoável somente quando o tempo de serviço previsto ultrapassa um determinado valor. Figura 3.3 – Telas da ferramenta computacional de filtragem de dados. A informação acumulada no sistema computacional de registro de falhas da concessionária permite a obtenção e análise das principais características de confiabilidade: taxa de falhas, tempo de restabelecimento do fornecimento de energia e suas parcelas. No entanto, é necessário salientar que na maioria dos casos estes sistemas computacionais estão sendo usados pelas concessionárias somente nos últimos 2 ou 3 anos. Entretanto, para uma análise estatística adequada será necessária uma amostra de dados maior. Por isso, nesta pesquisa não foi assumida a tarefa de obtenção das características probabilísticas dos indicadores de confiabilidade. Pois, os métodos da teoria da probabilidade 31 não podem ser considerados como ferramenta matemática adequada, para análise dos dados estatísticos sobre falhas, devido ao pequeno período de observação disponível nas concessionárias de energia. CAPÍTULO 4 FORMULAÇÕES DO PROBLEMA DE AVALIAÇÃO E OTIMIZAÇÃO DA CONFIABILIDADE NOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO Os indicadores de continuidade de serviço apurados atualmente pelas companhias energéticas são insuficientes para a solução do elenco de problemas associados com a modelagem e a otimização da confiabilidade, pois não permitem definir as causas da sua insuficiência nem as ações necessárias ao seu aumento. Estes indicadores também não podem ser utilizados diretamente nos problemas de otimização da confiabilidade. A avaliação e a otimização da confiabilidade são interligadas, portanto se está prevista a utilização do modelo de avaliação também para otimização, este deve permitir estimar quantitativamente as características integrais de confiabilidade, em função dos parâmetros principais das redes de distribuição como topologia, comprimento dos trechos, localização dos equipamentos de manobra e proteção, cargas e quantidade de consumidores. Contudo, a escolha da formulação do problema de otimização depende das informações disponíveis em cada concessionária. Por isso, as possíveis formulações dos problemas de otimização da confiabilidade e o modelo de avaliação dos indicadores integrais de confiabilidade devem ser discutidos simultaneamente. 4.1 Minimização das despesas associadas ao aumento da confiabilidade A formulação mais tradicional do problema de otimização da confiabilidade [54] supõe incluir diretamente na função objetivo o somatório dos investimentos associados com o aumento da confiabilidade das redes elétricas e as despesas para compensação dos prejuízos dos consumidores atingidos pela interrupção no fornecimento de energia, 33 ⎧ ⎫ Z = min ⎨ H (x ) + ∑U i (ui , x i )⎬ x i ⎩ ⎭ (4.1) onde, x , é o conjunto de estratégias para o aumento da confiabilidade através das diferentes opções de seccionamentos das redes, instalação de equipamentos de proteção e criação de interligações entre alimentadores; H (x) , é o somatório das despesas associadas com a realização de algum conjunto de medidas para o aumento da confiabilidade; ui , é o valor normalizado (por exemplo, para 1 kWh de energia não fornecida) do prejuízo para o consumidor i ; U i , (ui , xi ) , é o prejuízo do fornecimento incompleto de energia para o consumidor i , no caso de realização da estratégia x de aumento de confiabilidade. A maior desvantagem deste modelo é a complexidade da definição dos valores do prejuízo da interrupção no fornecimento de energia. Para os consumidores industriais, o valor do prejuízo teoricamente pode ser calculado, já para os consumidores comerciais e residenciais uma análise deste tipo é extremamente complicada e exige uma pesquisa especial [66]. No entanto, até para os consumidores industriais o valor do prejuízo depende do período do dia quando aconteceu essa falta, do período da produção, do valor da carga não atendida e da duração da interrupção [86]. Esta dependência é muitas vezes não linear. Os prejuízos são diferentes para os vários tipos de consumidores industriais. Esta diferença impossibilita estabelecer um único valor de prejuízo por unidade para todos os consumidores. Esta situação pode levar a necessidade da definição do prejuízo, por exemplo, para 1 kWh de energia não fornecida, para praticamente cada consumidor ligado à rede. Enfim, na solução dos problemas de planejamento é necessário ter certeza, de que os dados sobre prejuízo calculado com base nas informações anteriores possam ser extrapolados para o futuro, o que é tarefa complicada, especialmente para as concessionárias em processo de reformulação ou novas. 34 4.2 Minimização dos investimentos para aumento da confiabilidade com restrições para alguns nós da rede de distribuição A segunda formulação do problema de otimização da confiabilidade pode ser apresentada da seguinte forma: é necessário minimizar as despesas associadas com a realização das ações de aumento da confiabilidade, com o cumprimento das restrições para o nível de confiabilidade, para alguns nós das redes de distribuição. Z = min {H (x )} x N i ≤ N 0i , i = 1,...n (4.2) onde, H (x ) é o somatório das despesas para a realização de um conjunto de medidas para o aumento da confiabilidade; N i é o nível de confiabilidade; N 0i é o nível padronizado de confiabilidade para nó i da rede de distribuição; n , é a quantidade de nós da rede de distribuição, para os quais estão estabelecidas as restrições do ponto de vista da confiabilidade; Neste ponto, é necessário mostrar que o problema de manter um determinado nível de confiabilidade para todos os nós da rede de distribuição, muitas vezes pode não ter sentido prático. Na equação 4.2, podem ser utilizadas como restrições, as seguintes características que refletem o nível de confiabilidade: a) Probabilidade de funcionamento do sistema sem falhas (neste caso, a restrição tem a seguinte forma N i ≥ N 0i ); b) Taxa de falhas; c) Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia; d) Valor esperado de energia não fornecida; e) Agrupamento de algumas das características dadas acima, por exemplo, taxa de falhas e tempo médio de restabelecimento de fornecimento de energia. 35 Muitas pesquisas mostram a conveniência do último item para a formulação das restrições. Esta vantagem está baseada nas seguintes considerações: as características probabilísticas de confiabilidade tal como, probabilidade de funcionamento do sistema sem faltas, leva em conta somente o fato do aparecimento do defeito no sistema, mas não pode dar nenhuma informação quanto ao nível de influência deste defeito para o fornecimento de energia aos consumidores. As características b e c, separadas, também não fornecem as informações necessárias e suficientes para a análise do caráter da influência das faltas para os consumidores. Então, para os pontos de entrega de energia podem ser definidos os níveis máximos permissíveis da taxa de falhas para um período de tempo, geralmente um ano, e o tempo máximo permissível para o restabelecimento da energia para cada falta. Para que esta abordagem seja bem sucedida, é necessário o interesse econômico mútuo entre a concessionária e o consumidor. Por um lado, nem todos os consumidores estão interessados no mesmo nível de confiabilidade do fornecimento de energia, já que uma maior confiabilidade acarretaria aumento nos custos relativos ao consumo de energia elétrica. Por outro lado, para as concessionárias são necessários diferentes investimentos, para garantir o mesmo nível de confiabilidade para vários consumidores, por exemplo, em razão das diferentes distâncias aos centros de fornecimento de energia. Por isso, uma padronização única de confiabilidade não pode considerar todos os interesses, pois no processo de criação de um padrão único existem interesses opostos, o dos fornecedores e o dos consumidores de energia. Uma das possibilidades para a solução destas contradições está na hipótese de utilização de tarifas diferenciadas, definidas individualmente para cada consumidor (prioritariamente, consumidores industriais de médio e grande porte) ou grupos de consumidores, para os quais estão definidas as condições técnicas e econômicas do fornecimento de energia. Multas poderão ser aplicadas para os fornecedores de energia, no caso da transgressão destas condições. Assim, os interesses econômicos das concessionárias são representados na forma de aumento das tarifas, que levam em conta a compensação das despesas adicionais associadas ao aumento da confiabilidade. Esta solução está sendo utilizada em alguns países, onde já estão claramente estabelecidas as relações de mercado na área energética. 36 4.3 Maximização da confiabilidade do sistema com restrições para o investimento permissível Mais uma formulação do problema de otimização da confiabilidade prevê a inclusão dos parâmetros de confiabilidade diretamente na função objetivo e as características econômicas na forma de restrições [54]: Z = min {D (x )}, Z = max {N (x )} x H (x ) ≤ H 0 x (4.3) onde, x é o conjunto de possibilidades para o aumento de confiabilidade com diferentes versões de seccionamentos de redes, criação de interligações, etc; D (x ) é o parâmetro que caracteriza a insuficiência da confiabilidade no sistema. Por exemplo, valor esperado de energia não fornecida; N (x ) é o parâmetro que caracteriza a confiabilidade do funcionamento do sistema. Por exemplo, a probabilidade do funcionamento sem faltas; H (x ) é o somatório das despesas ligadas com a concretização de algum conjunto de procedimentos para o aumento de confiabilidade; H 0 , é o investimento permissível para aumento de confiabilidade; Esta abordagem também tem algumas desvantagens. Geralmente no processo de escolha dos métodos para o aumento da confiabilidade, analisa-se um alimentador ou um grupo de alimentadores, que estão interligados através de chaves normalmente abertas. Neste caso, a função objetivo representa os parâmetros que caracterizam a falta de confiabilidade ou a confiabilidade integral do alimentador ou do conjunto de redes de distribuição. Isto significa que no processo de otimização, o aumento da confiabilidade pode ser conseguido por conta de um grupo de consumidores, algumas vezes em detrimento de outro grupo. 37 4.4 Indicadores integrais de confiabilidade Neste trabalho, a proposta é utilizar como indicadores integrais de confiabilidade os valores esperados de energia não fornecida e consumidores-hora sem fornecimento de energia. O primeiro indicador caracteriza, de certa forma, o prejuízo provocado pela falha no fornecimento de energia, o segundo indicador (número esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia) assemelha-se aos critérios integrais de confiabilidade utilizados e padronizados atualmente no Brasil e análogos a SAIDI e SAIFI. No caso geral, o valor esperado de energia não fornecida calcula-se através da fórmula M Wni = ∑ λ0 m A m τ S i (4.4) m =1 onde, Wni é o valor esperado de energia não fornecida por ano para o alimentador analisado; λ0 m é a taxa de falhas do elemento m ; A são os trechos m do sistema; τ é o tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia, em função da presença ou ausência de equipamento de comutação; S i é demanda média dos consumidores desligados no caso da falta de energia, que pode ser facilmente calculada através dos dados sobre consumo de energia; M é o número de elementos do sistema analisado. Além de Wni , como indicador integral de confiabilidade, pode-se considerar o valor esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia por ano. Neste caso, as cargas médias devem ser alteradas para a quantidade de consumidores desligados do sistema, no caso de falha. 38 M Ai = ∑ λ0 mA m τ N j (4.5) m =1 onde: Ai é o número esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia por ano. N j é a quantidade de consumidores ligados ao transformador de distribuição j. A vantagem principal da utilização destes indicadores está ligada com a possibilidade de definir as características integrais de confiabilidade para o sistema inteiro, alimentadores ou nós da rede em função da topologia, dos parâmetros, do tipo e localização de equipamentos de comutação e proteção [87]. Entretanto, como já foi citado, o sistema computacional de registro de falhas, atualmente, permite definir a taxa de falhas somente para toda a rede primária, sem a possibilidade de fazer a diferenciação para os vários elementos do sistema. Em situações mais simples, a carga pode ser considerada como valor médio, definido com base nos dados sobre o consumo anual de energia de todos os consumidores supridos pelo transformador de distribuição i . É claro que o mesmo valor de Wn e Ai pode ser obtido através de várias combinações dos fatores: taxa de falhas ( λ0 ); tempo de restabelecimento do fornecimento de energia (τ ); demanda dos consumidores desligados em razão das faltas ( Si ou N ). Esta é a principal desvantagem destes indicadores. Entretanto, como será mostrado a seguir, no processo de definição destes indicadores relativamente simples podem ser considerados fatores como topologia e parâmetros de redes, características e localização de equipamentos de proteção e manobra. A criação de um modelo formal para avaliação da confiabilidade integral do sistema, com base nestes indicadores, permite também fazer uma previsão destes indicadores em função dos fatores acima citados. Isto simplifica a utilização destes modelos em problemas de otimização. Entretanto para viabilizar o estudo proposto em relação aos indicadores integrais de confiabilidade será necessária a obtenção de dados básicos confiáveis, tais como: freqüência de falhas, taxa de falhas e as parcelas do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia. 39 Concluindo, é necessário destacar que, as características integrais de confiabilidade (4.4) ou (4.5) não estão em contradição com as características de confiabilidade utilizadas no Brasil, DEC e FEC, DIC e FIC, mas as complementam como instrumento para solução dos problemas de otimização de confiabilidade. CAPÍTULO 5 PROCESSAMENTO DE DADOS ESTATÍSTICOS PARA AVALIAÇÃO DOS INDICADORES DE CONFIABILIDADE O objetivo deste capítulo é descrever os procedimentos utilizados para a obtenção e análise dos dados necessários para o estudo de confiabilidade, considerando a maneira como são registradas e acumuladas as informações referentes às interrupções no fornecimento de energia no sistema de cadastro das distribuidoras de energia elétrica [88]. Os dados acumulados podem e devem ser utilizados de forma mais eficiente, servindo para desenvolver um modelo para avaliação e otimização dos indicadores de confiabilidade em redes de distribuição, o que até o momento não é realizado. Os valores de taxa de falhas e tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia são as principais características de confiabilidade utilizadas em sistemas de distribuição. Estes dados são fundamentais para a obtenção dos indicadores integrais de confiabilidade: valor esperado de energia não fornecida e o número esperado de consumidores sem fornecimento de energia. A seguir será realizada uma análise dos dados de falhas da RGE com o objetivo de subsidiar a determinação dos indicadores integrais de confiabilidade do sistema de distribuição. A análise de dados sobre falhas tem como objetivo verificar a existência de alguma diferença estatisticamente significativa entre as estimativas das características de confiabilidade para várias regiões de atuação da concessionária, subestações, alimentadores, períodos do ano, dias úteis e fim de semana e períodos típicos do dia. O resultado desta análise deve dar como resposta: qual elemento do sistema (alimentador, subestação, departamento ou concessionária inteira) deve ter as características taxa de falhas e tempo médio de 41 restabelecimento do fornecimento de energia diferenciados de acordo com os períodos do ano ou dias da semana. 5.1 Análise comparativa das informações sobre falhas com base nos dados da RGE Para realizar está análise, primeiramente foi necessário filtrar as informações de acordo com o procedimento descrito anteriormente, permanecendo apenas os dados referentes a interrupções não programadas ocorridas na rede primária de distribuição. Exemplos de análise da freqüência das faltas da concessionária de energia elétrica, RGE, serão mostrados nos gráficos a seguir. O Gráfico 5.1 refere-se a todas as interrupções ocorridas na área de atuação da concessionária analisada. Os dados disponíveis e consolidados são os referentes aos anos de 2001 e 2002. Observa-se que durante o ano de 2002 houve uma incidência maior de falhas em relação ao ano de 2001. A característica que se repetiu nos dois anos analisados é que existe uma tendência de incidência maior de falhas no segundo semestre do ano. Este comportamento se deve às características climáticas do estado, onde o segundo semestre é o mais crítico, conseqüência do período de tempestades que se manifestam rotineiramente entre os meses de setembro e janeiro. RGE - Freqüência de Falhas 5000 Falhas 4000 3000 2000 1000 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses 2001 2002 Gráfico 5.1 – Freqüência de falhas médias mensais para os anos de 2001 e 2002. DEZ 42 A seguir será analisada a freqüência de falhas separada nos cinco departamentos operacionais da empresa. Nos Gráficos 5.2 e 5.3 representativos dos anos 2001 e 2002 respectivamente, e os gráficos apresentados no Apêndice A observa-se o mesmo tipo de tendência, ou seja, um acréscimo na incidência no número de falhas no segundo semestre do ano em todos os departamentos. Também nota-se que o departamento Serra apresenta a maior incidência de falhas durante os anos de 2001 e 2002 permanecendo sempre acima da média de freqüência de falhas de toda a concessionária. Freqüência de falhas por departamento ano de 2001 700 600 Falhas 500 400 300 200 100 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.2 – Freqüência de falhas médias mensais por departamento para o ano de 2001. Freqüência de falhas por departamento ano de 2002 1200 1000 Falhas 800 600 400 200 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.3 – Freqüência de falhas médias mensais por departamento para o ano de 2002. DEZ 43 O fator freqüência de falhas não permite uma comparação adequada entre os componentes do sistema. Naturalmente que o número de falhas ocorridas em um determinado alimentador, ou mesmo numa área qualquer da concessionária, não é uma característica adequada para representar a confiabilidade. Pois, para redes de comprimento maior o número de falhas esperado deverá ser maior do que para uma rede mais curta. Para a estimativa quantitativa de falhas, que é uma das principais características de confiabilidade, geralmente utilizam-se valores normalizados, por exemplo, quantidade de falhas para 1 km de rede de distribuição de certo nível de tensão nominal, por ano. Assim, será possível comparar informações igualmente quantificadas. Por exemplo, no caso da comparação entre departamentos: o departamento com maior extensão de redes pode apresentar o maior número de faltas, enquanto o departamento que possuir menor extensão de redes apresentarem um menor número de interrupções e, no entanto, ambos possuírem valores muito próximos de taxa de falhas, o que indicaria redes com condições físicas e operacionais semelhantes. Por isso, toda a análise sobre freqüência de falhas apresentada acima, deve em seguida ser realizada para o parâmetro taxa de falha. A taxa de falhas é calculada através da expressão F λ0 = ∑ , ∑A onde: ∑ F é o somatório das falhas emergenciais da rede primária durante determinado período, geralmente um ano; ∑ A é o comprimento total do circuito estudado em quilômetros. O gráfico 5.4 compara a taxa de falhas dos anos de 2001 e 2002 de toda a empresa. 44 Taxa de falhas RGE anos 2001 e 2002 Taxa de falhas 0.120 0.090 0.060 0.030 0.000 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses 2001 2002 Gráfico 5.4 – Taxa de falhas para a concessionária. O gráfico 5.5 apresenta as taxas de falhas por departamento, praticamente repete o traçado do Gráfico 5.2. Os gráficos 5.5, 5.6 e Apêndice B representam os dados dos anos de 2001 e 2002 respectivamente e mostram claramente um acréscimo na taxa de falhas no segundo semestre de cada ano e também diferenças entre estes valores para as diferentes regiões. Taxa de falhas por departamento ano de 2001 Taxa de falhas 0.105 0.070 0.035 0.000 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.5 – Taxa de falhas por departamento para o ano de 2001. MÉDIA DEZ 45 Freqüência de falhas por departamento ano de 2002 1200 1000 Falhas 800 600 400 200 0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.6 – Taxa de falhas por departamento para o ano de 2002. Outra característica indispensável para a análise da confiabilidade das redes de distribuição é o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia. Não pode deixar de ser considerada, a grande influência no tempo de restabelecimento do fornecimento de energia, fatores como: a área de atuação da concessionária, que define o tempo de deslocamento para o atendimento da falta de energia; a quantidade e a qualificação das equipes; a extensão das redes de distribuição; a qualidade e a proximidade das redes às rodovias; a quantidade e composição dos equipamentos de comutação e proteção instalados nas redes de distribuição, entre outras. Evidentemente que o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia, depende também da possibilidade e do tempo necessário para o isolamento do elemento com defeito, dos recursos das concessionárias como meios de telecomando e telecomunicações. No caso específico da RGE, o procedimento padrão do “RGE 24 horas” ao atender o reclamante de falta de energia é fazer algumas indagações com a finalidade de identificar possíveis reclamações improcedentes, tais como: A falta de energia ocorreu somente em sua residência? O senhor/ senhora já verificou o seu disjuntor? O senhor/ senhora já verificou o seu ramal de entrada? No caso da reclamação ser procedente, o atendente verifica no sistema se existe algum desligamento programado para o circuito em questão, em caso negativo inicia o processo de registro e procedimentos para atender a reclamação. 46 O Gráfico 5.7 representa o tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia para toda a área de concessão da RGE. Observa-se que o ano de 2002 apresentou um intervalo de tempo maior para restabelecer a energia do que o do ano de 2001, isto pode ser creditado a maior freqüência de falhas que houve no ano de 2002, conforme Gráfico 5.1. Tempo médio total de restabelecimento do fornecimento de energia 2:52 2:24 Tempo 1:55 1:26 0:57 0:28 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses 2001 2002 Gráfico 5.7 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia para toda a RGE. Analisando o tempo médio de restabelecimento por departamento, para o ano de 2001, apresentado no Gráfico 5.8 e, para o ano de 2002 apresentado no Gráfico 5.9, é difícil fazer qualquer conclusão em relação à tendência das alterações deste indicador durante o ano e sobre uma diferença estável entre os valores do tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia para os vários departamentos da concessionária. Os gráficos do Apêndice C confirmam as conclusões acima apresentadas. No ano de 2001 o pior desempenho foi do departamento Metropolitano e Missões. Já para o ano de 2002, a pior performance foi do departamento Noroeste seguido pelo Metropolitano e Missões. Quando a análise é realizada considerando a média dos dois anos, Apêndice C, a diferença entre os valores de tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia para os vários departamentos tende a nivelar-se. 47 Tempo médio de restabelecimento por departamento ano de 2001 2:24 Tempo 1:55 1:26 0:57 0:28 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.8 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia por departamento para o ano de 2001. Tempo médio de restabelecimento por departamento ano de 2002 3:21 2:52 Tempo 2:24 1:55 1:26 0:57 0:28 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.9 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia por departamento para o ano de 2002. Considerando-se a necessidade de utilização do modelo para avaliação e para otimização da confiabilidade faz-se necessário determinar algumas parcelas do tempo geral de restabelecimento do fornecimento de energia. 48 A primeira parcela do tempo está definida como o tempo decorrido desde o recebimento da reclamação pela central de atendimento até o inicio do deslocamento da equipe. Analisado os Gráfico 5.10 e 5.11, que representam o tempo médio de despacho por departamento para o ano de 2001 e 2002 respectivamente, observa-se que no período compreendido entre os meses de setembro e janeiro houve uma elevação deste indicador para a maior parte dos departamentos, especialmente para o departamento Missões. Entretanto, a análise dos mesmos dados através dos Gráficos 5.12 e 5.13 mostram que a elevação do valor médio do tempo de despacho para o departamento Missões não é estável. Por outro lado, os mesmos gráficos mostram que existe certa diferença neste indicador para os vários departamentos. Tempo médio de despacho por departamento ano de 2001 2:52 Tempo 1:55 0:57 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.10 – Tempo médio de despacho por departamento para o ano de 2001. DEZ 49 Tempo médio de despacho ano de 2002 4:12 Tempo 3:21 2:31 1:40 0:50 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.11 – Tempo médio de despacho por departamento para o ano de 2002. Tempo médio de despacho por departamento 1:48 Tempo 1:26 1:04 0:43 0:21 0:00 2001 METROPOLITANO 2002 Ano MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.12 – Tempo médio de despacho para os anos 2001 e 2002. MÉDIA DEZ 50 Tempo médio de despacho ano de 2001 e 2002 1:33 Tempo 1:14 0:56 0:37 0:18 0:00 Departameto METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.13 – Tempo médio de despacho para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. A segunda parcela do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia está definida como o tempo médio decorrido entre a designação da equipe de manutenção, até a sua chegada no local e localização do defeito ( τ desp ). Geralmente, pode ser determinado como valor médio independente para cada região, pois depende de várias características, como por exemplo, da área de atendimento, da extensão dos alimentadores, da quantidade de derivações, da facilidade de acesso, representada pela qualidade das rodovias e sua proximidade às redes. Além de todos os fatores acima mencionados, o valor desta componente também depende da sistemática das concessionárias, no atendimento das reclamações. A RGE somente faz a designação da equipe de manutenção quando a mesma está disponível, ou seja, já tenha concluído o serviço anterior. Outras concessionárias distribuem vários serviços ao mesmo tempo, não estabelecendo prioridades de atendimento, ficando a equipe de eletricistas responsável por decidir qual reclamação atender primeiro, geralmente está escolha é realizada em função da proximidade da equipe ao local onde ocorreu o defeito. O ideal desta parcela de tempo é que pudesse ser dividida em mais duas componentes que seriam: tempo de deslocamento e tempo de localização da falha. O tempo de deslocamento τ desl seria o tempo decorrido entre a designação da equipe e a chegada na área da reclamação. O tempo de localização representaria o tempo gasto para encontrar o defeito especificamente, ou seja, na inspeção da rede com o objetivo de identificar a causa da interrupção. No entanto, esta informação não está disponível nas concessionárias, atualmente. 51 Dados da RGE para os anos de 2001 e 2002, (Gráfico 5.14 e 5.15), que apresentam as alterações mensais do valor do tempo de deslocamento médio mostram que todos os departamentos mantiveram-se em torno da média. Tempo médio de deslocamento ano de 2001 1:48 Tempo 1:26 1:04 0:43 0:21 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.14 – Tempo médio de deslocamento por departamento ano de 2001. Tempo médio de despacho ano de 2002 4:12 Tempo 3:21 2:31 1:40 0:50 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA MÉDIA Gráfico 5.15 – Tempo médio de deslocamento por departamento ano de 2002. Os gráficos 5.16 e 5.17 representam a média desta parcela do tempo de restabelecimento por departamento para os anos de 2001 e 2002. Neste caso, é possível 52 observar que somente o departamento Missões teve um pior desempenho comparado aos outros departamentos. Tempo médio de deslocamento por departamento 1:26 Tempo 1:09 0:51 0:34 0:17 0:00 2001 METROPOLITANO 2002 Ano MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.16 – Tempo médio de deslocamento por departamento, anos 2001 e 2002. Tempo médio de deslocamento ano de 2001 e 2002 1:19 Tempo 1:03 0:47 0:31 0:15 0:00 Departamento METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.17 – Tempo médio de deslocamento para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. A terceira parcela representa o tempo médio de serviço τ ser que é o tempo gasto pela equipe de eletricistas para executar a manutenção e restabelecer o fornecimento de energia. 53 Atualmente a maioria das concessionárias que atuam na área de distribuição de energia elétrica usa serviços terceirizados, ou seja, contratam empresas prestadoras de serviços para fazer o trabalho de restabelecimento do fornecimento de energia. As alterações mensais no tempo de serviço por departamento, para o ano de 2001, apresentado no gráfico 5.18 mostram que para o departamento Metropolitano e Missões, este parâmetro ficou abaixo da média da empresa, enquanto o departamento Noroeste ficou acima da média. No ano de 2002, gráfico 5.19, apenas o departamento Metropolitano mostrou picos de desempenho acima da média, especialmente no segundo semestre do ano. Os Gráficos 5.20 e 5.21 representam o tempo médio de serviço por departamento para os anos de 2001 e 2002, através de outra forma de apresentação. Com base nestes dados é difícil destacar alguns departamentos com melhor ou pior desempenho. Entretanto, é possível supor que entre os vários departamentos existe certa diferença em relação a esta parcela do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia. Tempo médio de serviço ano de 2001 3:50 Tempo 2:52 1:55 0:57 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.18 – Tempo médio de serviço por departamento ano de 2001. MÉDIA DEZ 54 Tempo médio de serviço ano de 2002 3:50 3:21 Tempo 2:52 2:24 1:55 1:26 0:57 0:28 0:00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV Meses METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.19 – Tempo médio de serviço por departamento ano de 2002. Tempo médio de serviço por departamento 2:24 Tempo 1:55 1:26 0:57 0:28 0:00 2001 2002 Ano METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.20 – Tempo médio de serviço por departamento, anos de 2002 e 2002. MÉDIA DEZ 55 Tempo médio de serviço ano 2001 e 2002 2:24 Tempo 1:55 1:26 0:57 0:28 0:00 Departamentos METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 5.21 – Tempo médio de deslocamento para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. Os dados sobre falhas apresentados acima, de várias formas gráficas não permitem através da análise visual concluir se existe alguma tendência estável de variação nos indicadores de confiabilidade durante o ano ou se existe diferença significativa entre estas características para vários departamentos da empresa. Por isso, na busca destas respostas, deve ser utilizada alguma teoria matemática formal. 5.2 Algoritmo para comparação entre as médias de duas amostras pertencentes a um conjunto Este procedimento tem como objetivo identificar para quais períodos de tempo e área devem ser calculados os indicadores de confiabilidade da rede primária. Para realizar tal tarefa é necessário verificar se entre os vários subconjuntos dos dados existem diferenças significativas estatisticamente. Para a verificação da significância da diferença entre os valores médios de duas amostras que pertencem a um único conjunto é necessário definir com qual probabilidade esta diferença pode ultrapassar o valor calculado ∆ f [68]. 56 P ⎡⎣( x1 − x 2 ) > ∆ f ⎤⎦ = 2 ⎡⎣1 − S (α f ) ⎤⎦ (5.1) x1 e ~ x2 são os valores médios de cada amostra com dimensão n1 e n2 , respectivamente, onde ~ ∆f = x1 − x 2 µ= ⎡ ∑ ( x −x ) 2 + ∑ ( x −x ) 2 ⎤ ⋅ ( n + n ) 2i 2 2 i ⎣⎢ i 1i 1 ⎦⎥ 1 ( n1 + n2 − 2)n1n2 α = ∆f f µ S (α f ) é a integral de Student, que deve ser definida através de tabelas especiais [68] com número de graus de liberdade n = n1 + n2 − 2 . Uma probabilidade P muito grande quer dizer que as diferenças entre as médias das amostras poderão ser maiores do que no caso analisado, ou seja, as diferenças entre ~ x e ~ x 1 2 não são significativas. Ao contrário, se a probabilidade é muito pequena a diferença entre ~ x1 e ~ x2 podem ser consideradas significativas. 5.3 Processamento das informações sobre falhas Os resultados da análise mostrados nas tabelas apresentadas a seguir são referentes a várias amostras extraídas dos dados armazenados sobre falhas de acordo com a estrutura apresentada na Fig. 3.2. As características foram calculadas de acordo com (5.1) com o objetivo de comparar os valores médios das falhas tanto para os semestres dos anos de 2001 e 2002 separadamente, como para o conjunto formado pelos dois anos. Na Tabela 5.1 são mostrados os valores da probabilidade para os dados de toda a concessionária e foram encontrados valores variando entre 0,002 e 0,066. Estes valores podem ser considerados pequenos, o que indica que existem diferenças significativas entre os valores analisados. 57 Tabela 5.1 – Freqüência de falhas média para os semestres do ano. RGE ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 1397,8 1943,8 1670,8 1397,8 1965,3 1681,6 1965,3 3422,7 2694,0 1943,8 3422,7 2683,3 10 10 10 10 10 22 2,1 4,8 4,3 2,5 4,2 3,2 967 999 999 983 999 998 Prob. % 6,60 0,20 0,20 3,40 0,20 0,40 Os resultados das análises realizadas para todos os departamentos da concessionária estão apresentados no Apêndice D. A análise comparativa entre as características de confiabilidade entre os departamentos da concessionária apresenta grande interesse, pois existe o objetivo de detectar se existem diferenças significativas entre as regiões de atuação da concessionária. Neste caso, para esta comparação é utilizada a característica de confiabilidade taxa de falhas, considerando-se a diferença em área, estrutura, condições operacionais das redes dos vários departamentos (Tabela 5.2 e 5.3). Os mesmos estudos porém comparando a taxa de falhas para cada semestre do ano separadamente são mostrados no Apêndice E. Tabela 5.2 – Taxa de falhas média, comparação entre departamentos para o ano de 2001. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 0,740 0,740 0,740 0,740 0,678 0,678 0,678 0,440 0,440 0,340 0,678 0,440 0,340 0,571 0,440 0,340 0,571 0,340 0,571 0,571 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 0,6 3,3 5,7 1,8 2,1 3,5 0,9 1,3 1,3 2,9 722 998 999 956 976 999 811 896 896 996 Prob. % 55,60 0,40 0,20 8,80 4,80 0,20 37,80 20,80 20,80 0,80 58 Tabela 5.3 – Taxa de falhas média, comparação entre departamentos para o ano de 2002 DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 1,046 1,046 1,046 1,046 1,347 1,347 1,347 0,798 0,798 0,557 1,347 0,798 0,557 0,919 0,798 0,557 0,919 0,557 0,919 0,919 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 1,6 2,1 5,0 1,0 2,9 4,4 2,2 2,2 0,9 3,2 937 996 999 835 996 999 980 980 811 998 Prob. % 12,60 0,80 0,20 33,00 0,80 0,20 4,00 4,00 37,80 0,40 Os dados agrupados por subestações, Apêndice F, não permitem chegar a uma conclusão pois a quantidade de falhas assim distribuídas foi muito pequena para uma análise estatística confiável, apresentando uma variação de valores muito grande. Em alguns caso a média mensal não chegou a uma falta por dia. Por exemplo, a Tabela 1 (Apêndice F), mostra a incidência de falhas na Subestação de Taquara do departamento Metropolitano para o ano de 2001, pode-se confirmar que a incidência de falhas foi baixa, sendo que nos meses de Abril e Agosto do ano de 2001 não ocorreu uma falta por dia. A probabilidade da diferença entre valores médios da taxa de falhas definidos para dias úteis e fins de semana separadamente, ultrapassar o valor calculado ∆ f é apresentado na Tabela 5.4 para o ano de 2001 e na Tabela 5.5 para ano de 2002. O valor da probabilidade na maioria das vezes é bastante elevado, o que permite concluir que a diferença entre estas amostras não é significativa. Os resultados da mesma análise realizada para todos os departamentos da concessionária estão apresentados no Apêndice G. Os mesmos estudos estatísticos foram realizados para os valores médios do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia por falha. A Tabela 5.4 apresenta os resultados dos cálculos feitos para toda a RGE considerando as amostras divididas por semestres. Os valores ~ x1 e ~ x2 representam a média do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia por falha por semestre ou ano, conforme informações das Tabelas. 59 Tabela 5.4 – Freqüência de falhas média, comparação entre dia útil e final de semana para a concessionária no ano de 2001. RGE 2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 75,30 39,70 43,05 51,24 44,04 35,95 76,73 38,83 64,85 76,26 88,09 61,67 ~ x2 final semana 71,63 33,00 36,67 43,67 25,25 34,11 35,11 33,63 85,50 41,00 83,75 48,90 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,2 0,8 0,1 0,5 1,5 0,2 1,6 0,2 0,6 1,2 0,1 0,7 578 785 539 689 928 578 940 578 724 881 539 756 Prob. % 84,40 43,00 92,20 62,20 14,40 84,40 12,00 84,40 55,20 23,80 92,20 48,80 Tabela 5.5 – Freqüência de falhas média, comparação entre dia útil e final de semana para a concessionária no ano de 2002. RGE 2002 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 76,57 60,90 73,71 59,68 76,22 51,40 86,48 117,09 139,57 147,26 129,81 107,59 ~ x2 final semana 56,25 49,38 61,70 68,75 52,50 61,00 56,38 68,67 54,67 151,25 103,33 95,44 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,8 0,7 0,2 0,5 0,9 0,7 1,0 1,1 1,8 0,1 0,7 0,3 785 756 578 689 813 756 838 860 959 539 756 616 Prob. % 43,00 48,80 55,20 62,20 37,40 48,80 32,40 28,00 8,20 92,20 48,80 76,80 A probabilidade encontrada está apresentada na Tabela 5.6. Os seus valores permaneceram entre 0,002 e 0,066 que são valores baixos. Portanto, a diferença entre as médias pode ser considerada como significativa. 60 Tabela 5.6 – Tempo de restabelecimento médio para toda a RGE, para diferentes períodos dos anos. RGE ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 99 135 117 99 123 111 123 158 140 135 158 146 10 10 10 10 10 22 3,1 2,1 2,8 5,1 3,0 4,3 994 967 990 999 993 999 Prob. % 1,20 6,60 2,00 0,20 1,40 0,20 A mesma análise foi realizada para todos os departamentos da concessionária, Apêndice H. Os resultados provam que a diferença encontrada entre as amostras pode ser considerada significativa. A análise realizada para amostras do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia (expressa em minutos) divididas em dias úteis e fins de semana, Tabelas 5.7 e 5.8, mostra que os valores de probabilidade obtidos têm variação extremamente grande, o que dificulta uma interpretação definitiva dos resultados. Tabela 5.7 – Tempo de restabelecimento médio por falha para toda a RGE, comparação entre dia útil e final de semana para o ano de 2001. RGE 2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 99 98 90 82 85 88 102 89 93 113 115 96 ~ x2 final semana 117 108 113 107 97 87 108 80 109 100 120 121 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 1,9 0,8 2,3 2,5 1,7 0,0 0,4 1,4 1,9 0,9 0,3 0,3 967 785 986 991 951 500 654 915 967 813 616 616 Prob. % 6,60 43,00 2,80 1,80 9,80 100,00 69,20 17,00 6,60 37,40 76,80 37,40 61 Tabela 5.8 – Tempo de restabelecimento médio por falha para toda a RGE, comparação entre dia útil e final de semana para o ano de 2002 RGE 2002 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 121 113 120 97 106 107 104 110 135 142 138 127 ~ x2 final semana 108 129 131 106 123 136 129 118 139 174 134 149 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,6 0,9 0,7 0,9 0,9 2,5 2,2 0,5 1,5 1,5 0,2 0,2 724 813 756 813 813 991 982 689 578 928 578 578 Prob. % 55,20 37,40 48,80 37,40 37,40 37,40 3,60 62,20 84,40 14,40 84,40 84,40 A Tabela 5.9 mostra a análise do tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia por falha para todos os departamentos da RGE, para os semestres do ano. Todos os valores encontrados são de probabilidade baixa indicando uma diferença significativa entre as amostras comparadas. Apenas um valor foi de probabilidade alta, o que pode ser desconsiderado estatisticamente. Tabela 5.9 – Tempo médio de restabelecimento para todos os departamentos da RGE. Metropolitano ~ x1 ~ x2 N αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Missões 111 125 118 111 143 127 ~ x 143 158 150,5 125 158 141 ~ x 10 10 10 10 10 22 3,3 2,3 3,6 1,5 1,0 1,3 995 977 997 916 828 896 N αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 89 103 96 89 119 104 119 134 127 103 134 119 10 10 10 10 10 22 2,8 2,3 3,2 1,7 1,0 1,1 990 977 995 938 828 858 1 2 Prob. % 1,00 4,60 0,60 16,80 34,40 20,80 Prob. % 2,00 4,60 1,00 12,40 34,40 28,40 62 Noroeste ~ x1 ~ x2 N αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Planalto 92 178 135 92 110 101 ~ x 110 161 135 178 161 169 ~ x 10 10 10 10 10 22 1,9 1,1 0,1 7,3 3,7 4,3 955 850 539 999 998 999 N αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Serra 102 119 140 102 113 107 ~ x 113 152 133 119 152 166 ~ x 10 10 10 10 10 22 1,1 2,5 0,6 2,0 2,7 3,8 850 983 718 962 988 999 N αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 89 103 96 89 119 104 119 134 127 103 134 119 10 10 10 10 10 22 2,8 2,3 3,2 1,7 1,0 1,1 990 977 995 938 828 858 1 1 2 2 Prob. % 9,00 30,00 100,00 0,20 0,40 0,20 Prob. % 30,00 3,40 56,40 7,60 2,40 0,20 Prob. % 2,00 4,60 1,00 12,40 34,40 28,40 Os cálculos dos valores médios do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia realizados para várias combinações de departamentos, Apêndice I, apresentam grandes variações no valor de probabilidade. O Apêndice J apresenta os mesmos cálculos realizados para todos os departamentos da RGE. Os indicadores principais utilizados para modelagem e otimização de confiabilidade são: taxa de falhas e tempo necessário para o restabelecimento do fornecimento de energia [31]. Por isso, a tarefa principal da análise de dados estatísticos sobre falhas, está diretamente associada à definição quantitativa destas características e a definição da sua variação dentro da concessionária. Neste capítulo foi definido o caráter das alterações da freqüência e taxa de falhas, bem como o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia para várias regiões geográficas, dentro da área de atuação da concessionária. Considerando o enorme comprimento de alguns alimentadores é recomendável fazer a estimação dos indicadores de freqüência de falhas, para várias partes de um mesmo alimentador, em separado, pois trechos deste alimentador podem, por exemplo, atender o centro da cidade, a periferia e até mesmo ultrapassar o limite urbano chegando ao meio rural. 63 Cada parte deste alimentador tem sua própria característica de carga por unidade (carga para 1 km de rede), de quantidade de equipamentos de proteção e comutação, bem como, sua infra-estrutura de serviço técnico. Entretanto, atualmente, a maioria das concessionárias não dispõe de dados estatísticos em quantidade suficiente para uma análise estatística adequada, o que dificulta este tipo de apreciação [89]. Para uma análise apropriada de dados estatísticos são necessários vários anos de observação, como 10 anos, por exemplo. Mas a experiência em sistema de distribuição leva a afirmar, que ao final de 10 anos o sistema de distribuição inicial não mais existiria, sendo esta situação uma conseqüência da expansão e crescimento natural das cargas atendidas [90]. Então, o conjunto de dados mais apropriado seria o de 5 anos. Assim seria equilibrada a falta de confiança estatística com a expansão do sistema de distribuição de energia elétrica. Inicialmente para o desenvolvimento desta tese foi realizada uma análise minuciosa fazendo a filtragem dos dados por alimentador, por subestações, por períodos do ano e do dia. No entanto, os resultados encontrados não foram conclusivos, devido à pequena incidência de falhas quando procedemos a divisão da amostra nestes elementos do sistema de distribuição. Então a alternativa escolhida foi a de realizar a análise para um conjunto maior de dados utilizando as características por departamento da concessionária. A análise dos dados estatísticos disponíveis permite concluir que a diferença entre a média das características de confiabilidade calculadas por semestre e departamentos da concessionária é estatisticamente significativa. Ao mesmo tempo, as diferenças entre as mesmas características definidas para dias úteis e finais de semana são estatisticamente insignificantes. Estes resultados permitem definir a estrutura do modelo que pode ser utilizado para a avaliação dos indicadores integrais de confiabilidade. A taxa de falhas e a duração das interrupções no fornecimento de energia servem, de maneira geral, como estimativa da confiabilidade de um sistema de distribuição. No entanto, não se pode deixar de considerar que a confiabilidade para os consumidores pode ser diferente, mesmo para aqueles que estiverem ligados num mesmo alimentador, pois a possibilidade de manobra na rede, a quantidade de equipamentos de proteção e automação instalados podem ser diferentes para cada um. Diante desta situação e da impossibilidade de se utilizar critérios diferenciados e individualizados para cada consumidor, na solução dos problemas relacionados ao aumento da confiabilidade, os indicadores de confiabilidade devem ser definidos independentemente para cada departamento ou outra divisão geográfica adotada pela concessionária, considerando a quantidade e o caráter das alterações dos dados estatísticos. CAPÍTULO 6 MODELO ANALÍTICO PARA AVALIAÇÃO DOS INDICADORES INTEGRAIS DE CONFIABILIDADE Na maioria das vezes, a formação do modelo matemático do objeto de investigação é a primeira etapa de solução de qualquer problema de otimização. Neste ponto, é muito importante fazer tudo para garantir o mais alto nível possível de adequação do modelo. Esta condição possibilita a obtenção de resultados confiáveis e realmente úteis no processo de análise dos objetos reais. A principal dificuldade na formação dos modelos matemáticos é a complexidade da criação de expressões analíticas para a definição dos indicadores que representem a confiabilidade do sistema (valor esperado de energia não fornecida ou número esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia) em função dos parâmetros de controle. Como parâmetros de controle podem ser considerados os diferentes tipos e lugares de instalação dos equipamentos de comutação. Dependendo da formulação do problema, estas expressões matemáticas podem apresentar função objetivo e/ou restrições. Para a simplificação da solução deste problema pode ser utilizada a matriz lógica-estrutural [69]. A complexidade na formação desta matriz depende das definições das características de tempo de restabelecimento do fornecimento de energia, que não dependem somente da instalação de equipamentos de comutação, mas também da quantidade, composição e esquema de distribuição destes equipamentos. 65 6.1 Princípios de formação da matriz lógico-estrutural A análise do desempenho das redes de distribuição, pode ser realizada através da matriz lógico-estrutural, na qual é considerada a distância de cada trecho de rede ( A ), a taxa de falhas por unidade ( λo ), o tempo médio do restabelecimento do fornecimento de energia (τ ) e a carga ( Si ) ou número de consumidores ( N j ) dos transformadores de distribuição. Com tais características é possível determinar o valor esperado de energia não fornecida por ano ( Wn ) para um determinado transformador ( i ), conforme a equação (6.1) ou o número esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia. Supõe-se que a taxa de falhas dependa somente da confiabilidade de toda a rede (sem considerar os componentes individualmente) e que o tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia possa assumir dois valores: τ parc que é a soma das parcelas do tempo decorrido entre o recebimento da informação até a designação da equipe de manutenção ( τ desp ) e o tempo decorrido desde a saída da equipe até a chegada ao local da falha (τ parc = τ desp + τ desl ), τ tot representa a parcela de tempo τ parc acrescida do tempo utilizado para realizar o serviço necessário ao restabelecimento do fornecimento de energia ( τ tot = τ desp + τ desl + τ serv ). Cada coluna da matriz corresponde a cada um dos trechos da linha de distribuição. Cada linha da matriz corresponde a um transformador ou nó do sistema de distribuição. Nas células da matriz, colocam-se os valores dos tempos médios de restabelecimento da energia, neste caso τ parc ou τ tot . Para a definição do valor de τ , é preciso analisar quanto tempo é necessário para o restabelecimento do fornecimento de energia para os consumidores ligados ao transformador de distribuição (linha da matriz), no caso de falta no trecho da rede de distribuição (coluna da matriz), considerando os equipamentos de comutação instalados na rede. A ferramenta, matriz lógico-estrutural, pode considerar a presença de qualquer tipo de equipamento de comutação ou proteção. As parcelas de tempo com as quais devem ser preenchidas as células da matriz dependem do tipo de dispositivo instalado. A Fig. 6.1 e o Quadro 6.1 mostram a construção da matriz lógico-estrutural para obtenção dos valores de energia não fornecida ou consumidores-hora sem fornecimento de energia, quando estão instaladas somente chaves facas. 66 Como nos trechos 0-1, 2-3, 3-4 e 6-7 (Fig. 6.1) estão instaladas chaves facas. Evidentemente, que no caso de falha ocorrida nos trechos 0-1 e 1-2 para o restabelecimento do fornecimento de energia para o transformador de distribuição 1 (TR1) é necessário o tempo τ tot (tempo que inclui a execução do serviço). No caso de falta nos trechos 2-3, 3-4, 4-5, 3-6, 6-7 ou 7-8 será necessário um tempo τ parc (que não inclui tempo de execução do serviço), porque neste caso, considerando o transformador 1, a falha pode ser isolada através da chave C2, C3 ou C4 e o fornecimento de energia TR1 pode ser restabelecido antes da execução da manutenção. Da mesma forma é possível preencher todas as células da matriz (Quadro 6.1). TR4 S4 0 C1 A1 1 TR1 S1 A2 C2 2 TR2 S2 A3 4 A5 5 TR5 S5 A4 C3 3 TR3 S3 A6 6 TR6 S6 C4 A7 7 TR7 S7 A8 8 TR8 S8 Figura 6.1 – Diagrama unifilar da rede de distribuição para análise das características integrais de confiabilidade. Com base nesta matriz pode ser calculada a característica integral de confiabilidade pelas equações (6.1) ou (6.2), através do somatório das parcelas individuais de estimativa de energia interrompida de cada transformador do sistema. 67 Nós 0-1 1-2 2-3 (A 1 ) (A 2 ) (A 3 ) Trechos 3-4 4-5 (A 4 ) (A 5 ) Taxa de falhas média 3-6 6-7 (A 6 ) (A 7 ) 7-8 (A 8 ) λ0 λ0 λ0 λ0 λ0 τ parc τ parc τ parc τ parc τ parc τ parc τ tot τ parc τ parc τ parc τ parc τ parc τ parc τ tot τ tot τ tot τ parc τ parc τ tot τ parc τ parc TR4(S4,N4) τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ parc τ parc TR5(S5,N5) τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ parc τ parc TR6(S6,N6) τ tot τ tot τ tot τ parc τ parc τ tot τ parc τ parc TR7(S7,N7) τ tot τ tot τ tot τ parc τ parc τ tot τ tot τ tot TR8(S8,N8) τ tot τ tot τ tot τ parc τ parc τ tot τ tot τ tot λ0 λ0 λ0 TR1(S1,N1) τ tot τ tot TR2(S2,N2) τ tot TR3(S3,N3) Quadro 6.1 – Matriz lógico-estrutural – Caso de instalação de chaves facas. Wn = λ0 {[τ parc ( A 23 + A 34 + A 45 + A 36 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 )] ⋅ S1 + [τ parc ( A 23 + A 34 + A 45 + A 36 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 )] ⋅ S2 + [τ parc ( A 34 + A 45 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 36 )] ⋅ S3 + [τ parc ( A 67 + A 78 ) + τ tot ( A 01 + A 12 + A 23 + A 34 + A 45 + A 36 )] ⋅ S4 + [τ parc ( A 67 + A 78 ) + τ tot ( A 01 + A 12 + A 23 + A 34 + A 45 + A 36 )] ⋅ S5 + (6.1) [τ parc ( A 34 + A 45 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 36 )] ⋅ S6 + [τ parc ( A 34 + A 45 ) + τ tot ( A 01 + A 12 + A 23 + A 36 + A 67 + A 78 )] ⋅ S7 + [τ parc ( A 34 + A 45 ) + τ tot ( A 01 + A 12 + A 23 + A 36 + A 67 + A 78 )] ⋅ S8 Ou, considerando o número de consumidores-hora sem fornecimento de energia: 68 A = λ0 {[τ parc ( A 23 + A 34 + A 45 + A 36 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 )] ⋅ N 1 + [τ parc ( A 23 + A 34 + A 45 + A 36 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 )] ⋅ N 2 + [τ parc ( A 34 + A 45 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 36 )] ⋅ N 3 + [τ parc ( A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 34 + A 45 + A 36 )] ⋅ N 4 + [τ parc ( A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 34 + A 45 + A 36 )] ⋅ N 5 + (6.2) [τ parc ( A 34 + A 45 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 36 )] ⋅ N 6 + [τ parc ( A 34 + A 45 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 36 + A 67 + A 78 )] ⋅ N 7 + [τ parc ( A 34 + A 45 ) + τ tot (A 01 + A 12 + A 23 + A 36 + A 67 + A 78 )] ⋅ N 8 A matriz lógico-estrutural também pode ser utilizada para a obtenção do valor da energia não fornecida para cada nó ou transformador da rede, correspondendo a cada linha da matriz. Por exemplo, o valor da energia não fornecida para o transformador 1, será: Wn1 = λ0{[τ parc (A 23 + A 34 + A 45 + A 36 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 )] ⋅ S1} Ou o número esperado de consumidores sem fornecimento de energia para o TR1, por exemplo, será: An1 = λ0{[τ parc (A 23 + A 34 + A 45 + A 36 + A 67 + A 78 ) + τ tot (A 01 + A 12 )] ⋅ N1} A matriz lógico-estrutural permite levar em conta todos os principais fatores que influem na avaliação da confiabilidade. Como foram mostradas no Capítulo 5 as características de confiabilidade são estatisticamente diferentes para diferentes períodos do ano. Isto pode ser levado em conta, considerando-se os diferentes valores das taxas de falhas, tempo médio de restabelecimento da energia e valores médios de carga dos transformadores de distribuição. 69 6.2 Exemplo de formação da matriz lógico-estrutural com instalação de vários equipamentos de manobra e proteção Todas as falhas no sistema de fornecimento de energia podem ser divididas em permanentes (conseqüência de defeitos permanentes), transitórias (conseqüência de defeitos transitórios) e desligamentos programados. Esta divisão estabelece a necessidade de definição da taxa de falhas permanentes ( λ'0 ), transitórias ( λ'0' ) e de desligamentos programados ( λ p ) independentemente. Ao mesmo tempo, considerando a estrutura das redes de distribuição brasileiras esta tarefa não é simples. Os alimentadores na maioria das vezes são aéreos, radiais com grande número de derivações. Praticamente em todas as derivações estão instaladas chaves fusíveis. No tronco do alimentador a utilização deste equipamento não é freqüente. Já para os trechos protegidos pelos disjuntores ou religadores são registradas somente as interrupções provocadas por defeitos permanentes. Isto significa que a simples análise de dados sobre falhas não permite definir as características de confiabilidade com suficiente nível de adequação. Por isso, no processo de cálculo da taxa de falhas geral ( λ0 = λ'0 + λ'0' ) devem ser considerados os trechos protegidos pelos fusíveis ou é necessário levar em conta, adicionalmente, os dados sobre atuação dos religadores e/ou disjuntores. Além disso, os últimos dados podem servir para o cálculo da taxa de falhas provocadas por defeitos transitórios. Os dados sobre falhas somados para todos os trechos protegidos pelos disjuntores ou religadores permitem determinar a taxa de falhas provocadas por defeitos permanentes. Desta forma, é possível levar em conta a diferença da reação à falhas, dos vários tipos de equipamentos de proteção instalados na rede. As derivações de rede (Fig. 6.2) estão protegidas pelas chaves fusíveis ( F1 e F2 ) e o disjuntor do alimentador possui funções de religamento. Neste caso, surge a necessidade de analisar separadamente as falhas permanentes considerando que o fusível vai reagir para qualquer falha na área protegida, enquanto o disjuntor reagirá somente para falhas permanentes. Além disso, o fusível desliga parte da rede com falha praticamente instantaneamente (τ = 0) . 70 TR4 S4 0 D A1 1 TR1 S1 A2 C 2 TR2 S2 A3 4 A5 5 TR5 S5 A4 S F1 3 A6 TR3 S3 6 TR6 S6 F2 S 7 A7 A 8 TR7 S7 8 TR8 S8 Figura 6.2 – Diagrama unifilar de alimentador típico, onde D – disjuntor, C – chave faca e F – chave fusível. Evidentemente que neste caso, qualquer falha nos trechos 3-5 ou 6-8 provoca interrupção no fornecimento de energia para os transformadores 4 e 5 ou 7 e 8, respectivamente, durante o tempo necessário para a realização da manutenção para o elemento com defeito. Para ambas as situações, os transformadores 1, 2, 3 e 6 o tempo de interrupção no fornecimento de energia será igual a zero, pois a chave fusível interromperá somente o trecho a jusante permitindo que os trechos de rede a montante do defeito permanecem com fornecimento de energia. Como λ0 , em todas as fórmulas, utiliza-se o valor que corresponde ao conjunto de falhas permanentes. Qualquer falha no tronco da linha provocará desligamento de todos os transformadores para o tempo necessário para eliminação de falha. A matriz lógico-estrutural, neste caso, tem a forma do Quadro 6.2. É claro que a expressão para o cálculo da energia não fornecida obtida através desta matriz, será: Wn = S1λ0' [τ tot ( A1 + A 2 ) + τ par ( A 3 + A 6 )] + S2λ0' [τ tot ( A1 + A 2 ) + τ par ( A 3 + A 6 )] + S3λ0'τ tot ( A1 + A 2 + A 3 + A 6 )] + S4λ0' [τ tot ( A1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + λ0 ( A 4 + A 5 )] + S5λ0' [τ tot ( A1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + λ0 ( A 4 + A 5 )] + S6τ tot λ0' ( A1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + S7λ0' [τ tot ( A1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + λ0 ( A 6 + A 7 )] + S8λ0' [τ tot ( A1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + λ0 ( A 6 + A 7 )] 71 Trechos 3-4 4-5 0-1 1-2 2-3 (A 1 ) (A 2 ) (A 3 ) λ λ λ λ0 TR1(S1,N1) τ tot τ tot τ parc TR2(S2,N2) τ tot τ tot TR3(S3,N3) τ tot TR4(S4,N4) 3-6 6-7 (A 6 ) (A 7 ) 7-8 (A 8 ) λ0 λ'0 λ0 λ0 0 0 τ parc 0 0 τ parc 0 0 τ parc 0 0 τ tot τ tot 0 0 τ tot 0 0 τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot 0 0 TR5(S5,N5) τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot 0 0 TR6(S6,N6) τ tot τ tot τ tot 0 0 τ tot 0 0 TR7(S7,N7) τ tot τ tot τ tot 0 0 τ tot τ tot τ tot TR8(S8,N8) τ tot τ tot τ tot 0 0 τ tot τ tot τ tot Nós (A 4 ) (A 5 ) Taxa de falhas média ' 0 ' 0 ' 0 Quadro 6.2 – Matriz lógico-estrutural – Caso de instalação de chave faca e chaves fusíveis. Não apresenta nenhuma dificuldade a consideração da presença da possibilidade de várias interligações com outros alimentadores. (Fig. 6.3). Entretanto, neste caso é necessário introduzir mais uma parcela de tempo de restabelecimento do fornecimento de energia – tempo de seccionamento de rede τ S (Quadro 6.3). Este tempo se define através de ações para a identificação e localização do lugar da falha e também do acionamento do equipamento de comutação normalmente aberto que permita redistribuir parte dos consumidores para outra fonte de energia. 72 4 TR4 S4 0 D A1 1 A2 TR1 S1 C1 2 A3 A5 NA TR5 S5 A4 S F1 3 A6 6 TR6 S6 F2 S TR3 S3 TR2 S2 C2 5 A7 A 8 7 8 TR7 S7 TR8 S8 Figura 6.3 – Diagrama unifilar de alimentador típico com ponto de interligação. Trechos 3-4 4-5 0-1 1-2 2-3 (A 1 ) (A 2 ) (A 3 ) λ λ λ λ0 TR1(S1,N1) τ tot τ tot τ parc TR2(S2,N2) τ tot τ tot TR3(S3,N3) τ sec TR4(S4,N4) 3-6 6-7 (A 6 ) (A 7 ) 7-8 (A 8 ) λ0 λ'0 λ0 λ0 0 0 τ parc 0 0 τ parc 0 0 τ parc 0 0 τ sec τ tot 0 0 τ tot 0 0 τ sec τ sec τ sec τ tot τ tot τ sec 0 0 TR5(S5,N5) τ sec τ sec τ sec τ tot τ tot τ sec 0 0 TR6(S6,N6) τ sec τ sec τ tot 0 0 τ tot 0 0 TR7(S7,N7) τ sec τ sec τ tot 0 0 τ tot τ tot τ tot TR8(S8,N8) τ sec τ sec τ tot 0 0 τ tot τ tot τ tot Nós (A 4 ) (A 5 ) Taxa de falhas média ' 0 ' 0 ' 0 Quadro 6.3 – Matriz lógico-estrutural – Caso de instalação de ponto de interligação. Neste caso, o valor da energia não fornecida é dado pela seguinte expressão: 73 Wn = [λ0'τ tot ( A1 + A 2 ) + λ0'τ parc (A 3 + A 6 )]S1 + [λ0'τ tot (A1 + A 2 ) + λ0'τ parc (A 3 + A 6 )]S2 + [λ0'τ sec ( A1 + A 2 ) + λ0'τ tot (A 3 + A 6 )]S3 + [λ0'τ sec (A1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + λ0τ tot (A 4 + A 5 )]S4 + [λ0'τ sec ( A1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + λ0τ tot (A 4 + A 5 )]S5 + [λ0'τ sec (A1 + A 2 ) + λ0'τ tot ( A 3 + A 6 )]S6 + [λ0'τ sec ( A1 + A 2 ) + λ0'τ tot (A 3 + A 6 ) + λ0τ tot (A 7 + A 8 )]S7 + [λ0'τ sec (A1 + A 2 ) + λ0'τ tot (A 3 + A 6 ) + λ0τ tot (A 7 + A 8 )]S8 6.3 Construção da função objetivo e restrições baseadas na matriz lógico-estrutural Na Fig. 6.4, é apresentado um esquema de rede de distribuição onde estão indicados os possíveis lugares de instalação de equipamentos de comutação, como por exemplo, chaves. A especificidade desde exemplo é que, ao contrário do exemplo anterior, é impossível definir exatamente qual o equipamento de comutação é responsável pela definição do tempo de restabelecimento de energia. Neste caso, é claro que, em relação ao transformador TR1, no caso de falta no trecho que fica após o transformador TR2, a localização da falha pode ser feita através de chave x1 ou da chave x2. Para expressar esta condição será utilizado o operador lógico ∨ . A mesma situação permanece para a análise de confiabilidade para outros transformadores da rede. Neste caso, a matriz lógica estrutural tem a forma do Quadro 6.4. D A1 1 TR1 S1 x1 A2 2 TR2 S2 x2 A3 x3 3 x5 6 A6 TR3 S3 A4 4 x4 TR4 S4 A5 5 TR5 S5 Figura 6.4 – Diagrama unifilar de uma rede de distribuição em todos os trechos. 74 Trechos 1-2 2-3 3-4 4-5 3-6 (A 1 ) ( A 2 ) (A 3 ) (A 4 ) (A 5 ) (A 6 ) 0-1 nós Taxa de falhas média λ0 λ0 λ0 λ0 λ0 λ0 TR1(S1,N1) τ tot x1 TR2(S2,N2) τ tot τ tot x2 x2 ∨ x3 x 2 ∨ x3 ∨ x 4 x2 ∨ x5 TR3(S3,N3) τ tot τ tot τ tot x3 x3 ∨ x4 τ tot TR4(S4,N4) τ tot τ tot τ tot τ tot x4 x5 TR5(S5,N5) τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot x5 x1 ∨ x2 x1 ∨ x2 ∨ x3 x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ x4 x1 ∨ x2 ∨ x5 Quadro 6.4 – Matriz lógico-estrutural para um diagrama unifilar de uma rede de distribuição com chaves em todos os trechos. A expressão analítica para o cálculo do valor esperado de energia não fornecida, para todo o alimentador, tem a forma a seguir: Wn = λ0{S1[A 1τ tot + A 2 x1 + A 3 ( x1 ∨ x2 ) + A 4 ( x1 ∨ x2 ∨ x3 ) + A 5 ( x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ x4 ) + A 6 ( x1 ∨ x2 ∨ x5 )] + S 2 [(A 1 + A 2 )τ tot + A 3 x2 + A 4 ( x2 ∨ x3 ) + A 5 ( x2 ∨ x3 ∨ x4 ) + A 6 ( x2 ∨ x5 )] + S3[A 1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 6τ tot + A 4 x3 + (6.3) A 5 ( x3 ∨ x4 )] + S 4 [A 1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 4τ tot + A 5 x4 + A 6 x5 ] + S5 [A 1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 4τ tot + A 5τ tot + A 6 x5 ]} onde, x j ∈ [τ tot ,τ parc ] j = 1,..., k , k é o número de lugares alternativos para instalação de chaves (no caso geral k = m , onde m é o número de trechos do alimentador). A variável x j pode ter valores τ tot ou τ parc em função da ausência ou presença de chave nos trechos correspondentes do alimentador. 75 A restrição pode ser definida, por exemplo, para os transformadores TR3, como Wn 3 ≤ Wn 3 perm ou λ0 S3[A1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 6τ tot + A 4 x3 + A 5 ( x3 ∨ x4 )] ≤ Wn perm . Nesta pesquisa, as características como tempo de serviço e tempo parcial (incluem as parcelas de tempo de despacho e tempo de deslocamento) na forma de valores fixos, que não dependem da quantidade ou dos lugares de instalação dos equipamentos de comutação. Estas características foram definidas no processo de análise de dados estatísticos sobre faltas, para diferentes regiões da concessionária, tomadas como valores médios. No processo das investigações seguintes será confirmado que os componentes do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia são variáveis e dependem, por exemplo, da quantidade de equipamentos de manobra instalados na rede. Diante do exposto, para sua definição será necessário o desenvolvimento de um algoritmo especial. Naturalmente que isto elimina totalmente a possibilidade de apresentação analítica da função objetivo e restrições. Para alguma simplificação no problema considera-se que o equipamento de comutação não pode ser instalado em qualquer ponto da rede, mas somente em alguns trechos definidos. Considerando a Fig. 6.5, que para a instalação das chaves x1 ,..., x5 ∈ {τ tot ,τ parc } estão previstos os trechos A 5 , A 7 , A 8 , A 9 , A 10 , e para os religadores x6 e x7 ∈ {τ tot ,τ R } os trechos A 8 e/ou A 9 , no trecho A 14 (Fig. 6.5) está instalada uma chave normalmente aberta (NA) x8 , que dá a possibilidade, no caso de necessidade, de transferir parte da carga para outro alimentador. A matriz lógica estrutural construída para estas condições esta apresentada no Quadro – 6.5. Evidentemente que nesta situação somente é possível o uso eficiente de chave x8 , no caso da presença de alguns equipamentos de comutação já instalados no alimentador. Por isso, no processo de construção da matriz lógica estrutural além da operação lógica “ou” representada por ∨ , deve ser utilizadas também a operação lógica “e”, cuja representação é por ∧ . 76 D A1 A2 TR1 S1 A3 TR2 S2 A5 x1 A6 TR4 S4 A4 x2 x6 x4 A7 TR3 S3 x3 x7 A8 TR6 S6 A9 A 12 x5 A 10 TR5 S5 x8 A 14 A 13 TR7 S7 A 11 TR9 S9 TR8 S8 Figura 6.5 – Diagrama unifilar com a presença de diversos equipamentos de comutação e possibilidade de interligação. Neste caso, a expressão analítica para o cálculo do valor esperado de energia não fornecida para transformador de distribuição TR4, por exemplo, tem a seguinte forma: Wn 4 = λ0 S4 [(A1 + A 2 + A 3 + A 4 )( x1 ∧ x8 ) + (A 5 + A 6 )τ tot + A 7 x4 + A 8 ( x2 ∨ x6 ) + A 9 ( x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) + (A10 + A 11 )( x2 ∨ x3 ∨ x5 ∨ x6 ∨ x7 ) + (6.4) (A12 + A 13 )( x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 )] onde: x1 ,..., x5 ∈{τ tot ,τ parc } – tempo necessário para restabelecimento do fornecimento de energia considerando a instalação de chaves nos trechos correspondentes a A 5 , A 7 , A 8 , A 9 e A 10 ; x6 e x7 ∈{τ tot ,τ R } – tempo de restabelecimento de energia considerando a instalação de religadores nos trechos correspondentes a A 8 ou A 9 ; x8 ∧ ( x1 ,..., x5 ) ∈{τ tot ,τ R } – tempo de restabelecimento do fornecimento de energia no caso da transferência de carga para outro alimentador, e instalação de uma das chaves nos trechos A 5 , A 7 , A 8 , A 9 , e A 10 ; x8 ∧ ( x6 , x7 ) ∈ {τ tot ,τ R } – tempo de restabelecimento do fornecimento de energia, considerando a possibilidade de transferência de carga para outro alimentador e instalação de religador nos trechos A 8 ou A 9 . A S S1 S2 S3 S4 S5 S6 A1 τ tot τ tot τ tot x 8 ∧ x1 x8 ∧ x1 A2 τ tot τ tot τ tot x8 ∧ x1 x 8 ∧ x1 A3 τ tot τ tot τ tot x8 ∧ x1 x8 ∧ x1 A4 τ tot τ tot τ tot x8 ∧ x1 x8 ∧ x1 A5 x1 x1 x1 τ tot τ tot A6 x1 x1 x2 A7 x1 ∨ x 4 x1 ∨ x 4 x1 ∨ x 4 τ tot τ tot ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x 2 ( x1 ∨ x 2 ( x 2 ∧ x8 ) ( x 2 ∧ x8 ) ∨ x6 ) ∧ x8 ∨ x 6 ) ∧ x8 ∨ x 6 ) ∧ x8 ∨ x 6 ) ∧ x8 ∨ ( x 6 ∧ x8 ) ∨ ( x 6 ∧ x8 ) x4 τ tot A8 x1 ∨ x2 ∨ x6 x1 ∨ x2 ∨ x6 x1 ∨ x 2 ∨ x6 x 2 ∨ x6 x 2 ∨ x6 A9 x1 ∨ x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 x8 ) τ tot A 11 x1 ∨ x2 x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x5 ∨ x6 x5 ∨ x6 ∨ x7 ∨ x7 x1 ∨ x2 x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x5 ∨ x6 x5 ∨ x6 ∨ x7 ∨ x7 x1 ∨ x2 x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x5 ∨ x6 x5 ∨ x6 ∨ x7 ∨ x7 x2 ∨ x3 x2 ∨ x3 x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ ∨ x5 ∨ ∨ x5 ∨ x7 x6 ∨ x 7 x6 ∨ x7 x1 ∨ x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 x1 ∨ x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 x2 ∨ x3 x2 ∨ x3 x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ ∨ x6 ∨ ∨ x6 ∨ x7 x7 x7 x3 ∨ x5 x3 ∨ x5 ∨ x7 ∨ x7 ( x2 ∧ x8 ) ∨ ( x6 ∧ A 10 x3 ∨ x 7 A 12 A 13 x1 ∨ x2 x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 x6 ∨ x7 x1 ∨ x2 x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 x6 ∨ x7 x1 ∨ x2 x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 x6 ∨ x7 x 2 ∨ x3 x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ∨ x6 ∨ x7 x 2 ∨ x3 x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ∨ x6 ∨ x7 x3 ∨ x 7 x3 ∨ x 7 Quadro 6.5 – Matriz lógico-estrutural do alimentador com a presença de diversos equipamentos de comutação e possibilidade de interligação. 78 S7 S8 S9 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) ∧ x8 ∧ x8 ( x1 ∨ x 2 ( x1 ∨ x2 ∧ x8 ∧ x8 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) ∧ x8 ∧ x8 ∧ x8 ∧ x8 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ( x1 ∨ x2 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) ∧ x8 ∧ x8 ∧ x8 ∧ x8 ∨ x3 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) x6 ∨ x7 ) ( x2 ∨ x3 ( x 2 ∨ x3 x4 ∨ ( x2 ( x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ ∨ x6 ∨ ∨ x3 ∨ x6 ∨ x6 ∨ x 7 ) ∧ x8 x 7 ) ∧ x8 ∨ x7 ) ∧ x8 x 7 ) ∧ x8 ( x 2 ∨ x3 ( x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ ∨ x6 ∨ x 7 ) ∧ x8 x 7 ) ∧ x8 ( x 2 ∨ x3 ( x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ ∨ x6 ∨ x 7 ) ∧ x8 x 7 ) ∧ x8 x4 ∨ ( x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) ∧ x8 x4 ∨ ( x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) ∧ x8 ( x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x 7 ) ∧ x8 ( x 2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x 7 ) ∧ x8 ( x3 ∨ x 7 ) ∧ x8 ( x3 ∨ x 7 ) ∧ x8 ( x3 ∨ x 7 ) ∧ x8 τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot τ tot Quadro 6.5 – CONTINUAÇÃO – Matriz lógica estrutural do alimentador com a presença de diversos equipamentos de comutação e possibilidade de interligação 79 Da mesma forma, pode ser definido o indicador integral de confiabilidade para o sistema de distribuição, possibilitando uma análise para qualquer rede elétrica independentemente da quantidade e do tipo de equipamento de proteção, de comutação e automação, nela instalados. Em princípio, o modelo proposto pode levar em conta a confiabilidade de todos os elementos da rede para os quais existam dados estatísticos confiáveis. No entanto, a forma de apresentação das expressões para a definição das características integrais de confiabilidade não permitem a utilização dos métodos exatos de otimização. Para isso as expressões que representam a função objetivo e/ou restrições devem ser transformadas. CAPÍTULO 7 MODELOS E MÉTODOS DE OTIMIZAÇÃO DISCRETA 7.1 Breve análise dos métodos de otimização discreta De maneira geral, o problema de otimização inteira pode ser apresentado da seguinte forma: é necessário encontrar o vetor x com componentes não negativos xi , com i = 1,..., n , que devem maximizar ou minimizar a função objetivo f ( x1 ,..., xn ) considerando as restrições g j ( x1 ,..., xn ) ≤ 0 , j = 1,..., m . Para alguns problemas de programação inteira pura é imprescindível que todos os componentes de x sejam valores inteiros, para outros, programação inteira mista, é necessário que somente parte dos componentes de x tenha valores inteiros. Permanece ainda mais um grupo de problemas que precisa da definição do vetor x , é quando seus componentes têm somente valores “ 0 ” ou “1 ”. Existem duas direções principais para a solução dos problemas de programação inteira incluindo programação discreta, são eles: os Métodos Exatos e os Métodos Heurísticos. Primeiramente é necessário salientar, que todos os métodos exatos de programação inteira estão direcionados para a solução somente de problemas lineares. Um grupo destes métodos está baseado nos algoritmos Gomory (Apêndice K). Neste procedimento, a região viável de solução do problema linear inteiro é o conjunto de pontos com coordenadas inteiras, que pertence ao polígono convexo de soluções não inteiras do problema. O problema inicial pode ser resolvido através dos métodos de programação linear, se for possível definir as retas que passam pelos vértices do conjunto de soluções inteiras permissíveis, de forma que todos os outros pontos fiquem dentro de um polígono convexo novo. Neste caso, todos os vértices 81 do polígono novo têm coordenadas inteiras, e o problema pode ser resolvido com um número finito de passos. A idéia principal dos algoritmos Gomory está baseada na exclusão consecutiva (cortes) de partes da área inicial de possíveis soluções, que não contém soluções inteiras. Então, todos os algoritmos Gomory fundamentam-se na transformação do problema inicial em uma série de problemas, que são analisados consecutivamente, com a introdução em cada passo de algumas restrições lineares, ou seja, exclusões. Por exemplo, o primeiro algoritmo Gomory utilizado para a solução de problemas inteiros puros inclui a seqüência de operações descritas a seguir. No primeiro passo, deve ser resolvido o problema sem a exigência de o resultado ser inteiro, utilizando, por exemplo, o Método Simplex (Apêndice L)[91][92][93][94]. Se a solução deste problema for inteira, este resultado é a solução do problema inicial. No caso inverso, devem ser introduzidas restrições adicionais que formarão um novo problema de programação linear. Para isso, uma das variáveis básicas que não seja inteira deve ser apresentada através de variável não básica, com a inclusão de uma variável adicional. De acordo com as regras, as variáveis adicionais devem ter valores não negativos e inteiros. Isto significa que a tabela simplex nova, forma-se com base na tabela anterior com a inclusão de mais uma linha e coluna correspondente à restrição introduzida. Se as soluções encontradas forem inteiras, através da utilização do método simplex, então o processo de solução do problema inicial está concluído. Caso contrário será preciso analisar de novo a última tabela simplex, escolher uma nova variável básica com valor não inteiro, e introduzir mais uma restrição adicional. Este procedimento se repetirá até que seja obtida uma solução inteira. Se em alguma iteração, no processo de utilização do método simplex, ficar claro que não existe solução permissível, isto significa que o problema inicial também não tem solução inteira admissível. Evidentemente que a dimensão da tabela simplex aumenta no processo de inclusão de novas restrições adicionais. Geralmente, o número geral de restrições do novo problema, não pode ser maior que o número de variáveis do problema inicial, senão algumas das restrições serão redundantes e deverão ser excluídas da análise. O método de “branch and bound”, (Algoritmo de Bifurcação e Limite) é mais uma abordagem amplamente utilizada para a solução de problemas de programação inteira (Apêndice M). A característica importante deste algoritmo está na necessidade de fazer um grande número de iterações, porque durante a execução, muitas vezes, é necessário “voltar atrás” no processo de busca de novas alternativas permissíveis. A idéia principal do método está baseada na divisão consecutiva da região viável de soluções em alguns subconjuntos, e cálculos de estimativas da função objetivo, de forma a permitir a exclusão de alguns subconjuntos, aqueles que notoriamente não contêm a solução do problema. Geralmente a 82 execução do algoritmo começa com a solução do problema linear inicial, sem a exigência de que todas as variáveis sejam inteiras, por exemplo, utilizando o método simplex. No passo seguinte, deve ser escolhido algum componente não inteiro xr , do vetor de solução x . Dividise o problema inicial em dois subproblemas. Primeiro, com a restrição adicional xr' < [xr ] e como segunda restrição xr" ≥ [xr ] + 1 , onde [xr ] significa a parte inteira do valor de xr . Neste caso, o conjunto inicial de soluções x divide-se em dois subconjuntos x ' e x " . No passo seguinte, é analisado o subconjunto que tem a maior estimativa da função objetivo (para problemas de maximização), porque dentro deste subconjunto é razoável procurar a solução do problema, em primeiro lugar. Em seguida, deve ser resolvido novamente o problema de programação linear composto pelas restrições iniciais, incluindo as restrições criadas no passo anterior, sem a exigência de que todas as variáveis sejam inteiras, formando o novo conjunto de restrições. O processo de ramificação continuará até que se obtenha a melhor solução inteira. Para a solução de problemas discretos, pode ser utilizada programação dinâmica. A característica importante deste método é a possibilidade de uso deste algoritmo, quando a função objetivo não puder ser apresentada analiticamente. A breve análise apresentada mostra que a solução dos problemas com variáveis inteiras ou discretas está associada às grandes dificuldades computacionais da utilização de métodos de otimização inteira ou discreta. Estas dificuldades são típicas para os assuntos considerados nesta pesquisa, o mesmo acontecendo com a maioria dos problemas de otimização dos modos de operação e parâmetros das redes de distribuição. 7.2 Transformação da função objetivo e restrições com variáveis booleanas A função objetivo e restrições construídas com base na equação (6.3), em princípio, não permitem a utilização de métodos de otimização discreta. Para possibilitar o uso deste método, é necessário no mínimo, o cumprimento das duas condições seguintes. Primeiramente é necessário supor que o parâmetro de tempo de restabelecimento do fornecimento de energia (τ ) utilizado no processo de otimização, pode ter somente valores fixos: τ tot ou τ parc . Neste caso, τ tot ou τ parc precisam ser definidos como valores médios e 83 devem permanecer constantes no processo de solução do problema de otimização. Isto significa que os valores destes parâmetros não dependem do lugar de falta, nem da quantidade de equipamentos de comutação instalados ao longo do alimentador. Esta suposição somente será correta para os primeiros passos da otimização da localização das primeiras unidades dos equipamentos de comutação, como será mostrado em seguida. A segunda dificuldade está associada à presença de operações lógicas entre variáveis nos modelos propostos. Esta condição impossibilita a utilização dos métodos exatos de otimização. Por isso, a seguir serão propostas algumas abordagens que possibilitam transformar as funções objetivo e restrições construídas com base na equação (6.3) de forma a permitir a utilização dos métodos exatos de otimização discreta. Para excluir as operações lógicas entre variáveis pode ser utilizado o processamento descrito em [53], então para qualquer xi e xj é possível estabelecer: xi ∨ x j = xi + x j − xi x j xi ∧ x j = x i x j Considerando esta condição a expressão (6.3) pode ser transformada da seguinte forma: Wn = λ0 { S1A1τ tot + S1A 2 x1 + S1A 3 x1 + S1A 3 x2 − S1A 3 x1 x2 + S1A 4 x1 + S1A 4 x2 + S1A 4 x3 − S1A 4 x1 x2 − S1A 4 x1 x3 − S1A 4 x2 x3 + S1A 4 x1 x2 x3 + S1A 5 x1 + S1A 5 x2 + S1A 5 x3 + S1A 5 x4 − S1A 5 x1 x2 − S1A 5 x1 x3 − S1A 5 x1 x4 − S1A 5 x2 x3 − S1A 5 x2 x4 − S1A 5 x3 x4 + S1A 5 x1 x2 x3 + S1A 5 x1 x2 x4 + S1A 5 x1 x3 x4 + S1A 5 x2 x3 x4 − S1A 5 x1 x2 x3 x4 + S1A 6 x1 + S1A 6 x2 + S1A 6 x5 − S1A 6 x1 x2 − S1A 6 x1 x5 − S1A 6 x2 x5 + S1A 6 x1 x2 x5 + S2A1τ tot + S2A 2τ tot + S2A 3 x2 + S2A 4 x2 + S2A 4 x3 − S2A 4 x2 x3 + S2A 5 x2 + S2A 5 x3 + S2A 5 x4 − S2A 5 x2 x3 − S2A 5 x2 x4 − S2A 5 x3 x4 + S2A 5 x2 x3 x4 + S2A 6 x2 + S2A 6 x5 − S2A 6 x2 x5 + S3A1τ par + S3A 2τ par + S3A 3τ tot + S3A 6τ tot + S3A 4 x3 + S3A 5 x3 + S3A 5 x4 − S3A 5 x3 x4 + S4A1τ tot + S4A 2τ tot + S4A 3τ tot + S4A 4τ tot + S4A 5 x4 + S4A 6 x5 + S5A1τ tot + S5A 2τ tot + S5A 3τ tot + S5A 4τ tot + S5A 5τ tot + S5A 6 x5 Reagrupando os termos, } 84 Wn = λ0{τ tot [( S1 + S2 + S3 + S4 + S5 )A1 + ( S2 + S3 + S4 + S5 )A 2 + ( S3 + S4 + S5 )A 3 + ( S4 + S5 )A 4 + S3A 6 + S5A 5 ] + x1[ S1 (A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x2 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S2 ( A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x3 [ S1 (A 4 + A 5 ) + S2 (A 4 + A 5 ) + S3 (A 4 + A 5 )] + x4 [( S1 + S2 + S3 + S4 )A 5 ] + x5 [( S1 + S2 + S4 + S5 )A 6 ] − x1 x2 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] − x1 x3[ S1 ( A 4 + A 5 ) − x1 x4 [ S1 (A 5 )] − x1 x5 [ S1 (A 6 )] − x2 x3[ S1 (A 4 + A 5 ) + S2 (A 4 + A 5 )] − x2 x4 [( S1 + S2 )A 5 ] − x2 x5 [( S1 + S2 )A 6 )] − x3 x4 [( S1 + S2 + S3 )A 5 ] − x1 x2 x3[ S1 (A 4 + A 5 )] + x1 x2 x4 [ S1 ( A 5 )] + x1 x3 x4 [ S1 (A 5 ) + x1 x2 x5 [ S1 ( A 6 )] + x2 x3 x4 [( S1 + S2 )A 5 ] − x1 x2 x3 x4 [ S1 ( A 5 )]} Então, Wn = λ0{τ tot [ S1A 1 + S 2 (A 1 + A 2 ) + S3 (A 1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + S 4 (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 ) + S5 (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 )] + x1[ S1 (A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x2 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x3[ S1 (A 4 + A 5 ) + S 2 (A 4 + A 5 ) + S3 (A 4 + A 5 )] + x4 [( S1 + S 2 + S3 + S 4 )A 5 ] + x5 [( S1 + S 2 + S 4 + S5 )A 6 ] − x1 x2 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] − x1 x3[ S1 (A 4 + A 5 ) − (7.1) x1 x4 [ S1 (A 5 )] − x1 x5 [ S1 (A 6 )] − x2 x3[ S1 (A 4 + A 5 ) + S 2 (A 4 + A 5 )] − x2 x4 [( S1 + S 2 )A 5 ] − x2 x5 [( S1 + S 2 )A 6 )] − x3 x4 [( S1 + S 2 + S3 )A 5 ] + x1 x2 x3[ S1 (A 4 + A 5 )] + x1 x2 x4 [ S1 (A 5 )] + x1 x3 x4 [ S1 (A 5 )] + x1 x2 x5 [ S1 (A 6 )] + x2 x3 x4 [( S1 + S 2 )A 5 ] − x1 x2 x3 x4 [ S1 (A 5 )]} Da mesma forma é possível representar o número de consumidores-hora sem fornecimento de energia: A n =λ0{τ tot [ N1A 1 + N 2 (A 1 + A 2 ) + N 3 (A 1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + N 4 (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 ) + N 5 (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 )] + x1[ N1 (A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x2 [ N1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x3[ N1 (A 4 + A 5 ) + N 2 (A 4 + A 5 ) + N 3 (A 4 + A 5 )] + x4 [( N1 + N 2 + N 3 + N 4 )A 5 ] + x5 [( N1 + N 2 + N 4 + N 5 )A 6 ] − x1 x2 [ N1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] − x1 x3[ N1 (A 4 + A 5 ) − x1 x4 [ N1 (A 5 )] − x1 x5 [ N1 (A 6 )] − x2 x3[ N1 (A 4 + A 5 ) + N 2 (A 4 + A 5 )] − x2 x4 [( N1 + N 2 )A 5 ] − x2 x5 [( N1 + N 2 )A 6 )] − x3 x4 [( N1 + N 2 + N 3 )A 5 ] + x1 x2 x3[ N1 (A 4 + A 5 )] + x1 x2 x4 [ N1 (A 5 )] + x1 x3 x4 [ N1 (A 5 )] + x1 x2 x5 [ N1 (A 6 )] + x2 x3 x4 [( N1 + N 2 )A 5 ] − x1 x2 x3 x4 [ N1 (A 5 )]} 85 O valor esperado de energia não fornecida pode ser definido como: Wn = Wn 0 − ∆Wn , onde: Wn 0 é o valor esperado de energia não fornecida no caso de ausência de qualquer equipamento de comutação e proteção instalados na rede; ∆Wn é a redução do valor esperado de energia não fornecida que foi alcançada através da instalação de equipamentos de comutação. Evidentemente que sem equipamentos de comutação qualquer falha na rede provoca interrupção no fornecimento de energia por um tempo τ tot para todos os consumidores. Então n m i =1 1 Wn 0 = λ0τ tot ∑ Si ∑ A j onde n é a quantidade de transformadores de distribuição e m é a quantidade de trechos. O valor de ∆Wn pode ser definido através de (7.1), considerando todos os termos desta expressão com a presença das variáveis x . Além disso é necessário levar em conta que o aumento da confiabilidade (redução do valor da energia não fornecida ou número de consumidores-hora sem fornecimento de energia) no processo de distribuição de equipamentos de comutação, praticamente se define através do seguinte valor: ∆τ = τ tot − τ parc Esta condição permite de definir a característica de confiabilidade representada na expressão (7.1) através da seguinte equação: 86 n m i =1 j =1 Wn = λ0 { τ tot ∑ Si ∑ A j − ∆τ {x1[ S1 (A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x2 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x3[ S1 (A 4 + A 5 ) + S 2 (A 4 + A 5 ) + S3 (A 4 + A 5 )] + x4 [( S1 + S 2 + S3 + S 4 )A 5 ] + x5 [( S1 + S 2 + S 4 + S5 )A 6 ] − x1 x2 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] − x1 x3[ S1 (A 4 + A 5 ) − x1 x4 [ S1 (A 5 )] − x1 x5 [ S1 (A 6 )] − x2 x3[ S1 (A 4 + A 5 ) + (7.2) S 2 (A 4 + A 5 )] − x2 x4 [( S1 + S 2 )A 5 ] − x2 x5 [( S1 + S 2 )A 6 )] − x3 x4 [( S1 + S 2 + S3 )A 5 ] + x1 x2 x3[ S1 (A 4 + A 5 )] + x1 x2 x4 [ S1 (A 5 )] + x1 x3 x4 [ S1 (A 5 )] + x1 x2 x5 [ S1 (A 6 )] + x2 x3 x4 [( S1 + S 2 )A 5 ] − x1 x2 x3 x4 [ S1 (A 5 )]} } onde, n representa o número de transformadores; m representa o número de trechos. Um exemplo apresentado no Apêndice N pode confirmar a adequação da última transformação. Entretanto, a expressão (7.2) não permite a utilização dos métodos exatos de otimização devido à presença de termos não lineares. No próximo passo, é necessário transformar as equações representadas acima para a forma linear. Isto pode ser realizado introduzindo-se variáveis e restrições adicionais. Neste caso, o número de variáveis adicionais é igual ao número de componentes não lineares. n yn = ∏ x j j =1 As variáveis yn também devem ser booleanas. Para garantir esta condição ( y k = 1 ) todos os x j = 1 e todos os y n = 0 . Caso não sejam, introduzem-se restrições adicionais através das seguintes equações: nk ∑x j =1 j 1 nk − (nk − 1) ≤ yn nk ∑x j =1 j ≥ yn (7.3) (7.4) 87 Se todos os x j = 1 , então nk ∑x j =1 j = nk . Neste caso, (7.3) transforma-se em y n ≥ 1 , e (7.4) em yn ≤ 1 . Assim, fica garantido que y = 1 . Por outro lado, se pelo menos um x j = 0 , então (7.3) e (7.4) transformam-se em yn ≥ (n k −1) e y n < 1 , respectivamente. Então, assegura-se que y n = 0 . Levando-se em conta estas considerações, a função (7.2) pode ser transformada para a seguinte forma: x1 x2 → x6 , x2 x5 → x12 , x1 x3 → x7 , x3 x4 → x13 , x2 x3 x4 → x18 , x1 x4 → x8 , x1 x5 → x9 , x2 x3 → x10 , x1 x2 x3 → x14 , x1 x2 x4 → x15 , x2 x4 → x11 , x1 x3 x4 → x16 , x1 x2 x3 x4 → x19 Depois da linearização a equação (7.2) tem a seguinte forma: n m i =1 j =1 Wn = λ0 { τ tot ∑ Si ∑ A j − ∆τ {x1[ S1 (A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x2 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + x3[ S1 (A 4 + A 5 ) + S 2 (A 4 + A 5 ) + S3 (A 4 + A 5 )] + x4 [( S1 + S 2 + S3 + S 4 )A 5 ] + x5 [( S1 + S 2 + S 4 + S5 )A 6 ] − x6 [ S1 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] − x7 [ S1 (A 4 + A 5 ) − x8 [ S1 (A 5 )] − x9 [ S1 (A 6 )] − x10 [ S1 (A 4 + A 5 ) + S 2 (A 4 + A 5 )] − x11[( S1 + S 2 )A 5 ] − x12 [( S1 + S 2 )A 6 )] − x13[( S1 + S 2 + S3 )A 5 ] + x14 [ S1 (A 4 + A 5 )] + x15 [ S1 (A 5 )] + x16 [ S1 (A 5 )] + x17 [ S1 (A 6 )] + x18 [( S1 + S 2 )A 5 ] − x19 [ S1 (A 5 )]} } Com as seguintes restrições: x1 + x2 − x6 ≥ 1 x1 + x2 − 2 x6 ≥ 0 x1 + x3 − x7 ≥ 1 x1 + x3 − 2 x7 ≥ 0 x1 + x4 − x8 ≥ 1 x1 + x4 − 2 x8 ≥ 0 x1 + x5 − x9 ≥ 1 x1 + x5 − 2 x9 ≥ 0 x2 + x3 − x10 ≥ 1 x2 + x3 − 2 x10 ≥ 0 x2 + x4 − x11 ≥ 1 x2 + x4 − 2 x11 ≥ 0 88 x2 + x5 − x12 ≥ 1 x2 + x5 − 2 x12 ≥ 0 x3 + x4 − x13 ≥ 1 x3 + x4 − 2 x13 ≥ 0 x1 + x2 + x3 − x14 ≥ 2 x1 + x2 + x3 − 3x14 ≥ 0 x1 + x2 + x4 − x15 ≥ 2 x1 + x2 + x4 − 3x15 ≥ 0 x1 + x3 + x4 − x16 ≥ 2 x1 + x3 + x4 − 3x16 ≥ 0 x1 + x2 + x5 − x17 ≥ 2 x1 + x2 + x5 − 3x17 ≥ 0 x2 + x3 + x4 − x18 ≥ 2 x2 + x3 + x4 − 3x18 ≥ 0 x1 + x2 + x3 + x4 − x19 ≥ 3 x1 + x2 + x3 + x4 − 4 x19 ≥ 0 x j ≤ 1, j = 1,...,19 O exemplo acima exposto mostra que a apresentação do problema inicial, através de modelo linear, produz um aumento do número de variáveis de 5 para 19 e de restrições de 3 para 47. Evidentemente, que para alimentadores reais o nível de aumento do número de variáveis e restrições, será significativamente maior. Da mesma forma, caso seja necessário, todas as restrições do problema podem ser processadas. Mais uma abordagem pode ser utilizada para adaptação da função objetivo ou restrições para a forma que permita, a princípio, a utilização dos métodos exatos de otimização inteira. Supondo que, para o transformador de distribuição TR3 da Fig. 6.4 esteja definida a restrição do valor permissível de energia não fornecida. Ao mesmo tempo, está prevista a possibilidade de instalação ao longo do alimentador de duas chaves, nos trechos A 4 ( x3 ) e A 5 ( x4 ) . A restrição correspondente pode ser apresentada da seguinte forma: λ0 S3[A 1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 6τ tot + A 4 x3 + A 5 ( x3 ∨ x4 )] ≤ Wn perm x j ∈ [τ tot ,τ parc ] (7.5) 89 Claro que, o parâmetro τ pode tomar dois valores: τ tot ou τ parc . Neste caso, a expressão (7.5) pode ser apresentada através do sistema de duas equações, que dá a possibilidade de excluir a operação lógica “ou”. λ0 S3[A1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 6τ tot + A 4 x3 + A 5 x3 ] ≤ Wn perm λ S [A τ + A τ + A τ + A τ + A x + A x ] ≤ W 0 3 1 tot 2 tot 3 tot 6 tot 4 3 5 4 n perm (7.6) (7.7) Para a satisfação da restrição inicial (7.5) é suficiente a satisfação de qualquer uma das condições (7.6) ou (7.7). Para atender as condições acima mencionadas, é possível utilizar a seguinte abordagem. É necessário o cumprimento somente de p restrições dentro do conjunto de m restrições, e não está definido anteriormente qual o conjunto de restrições que devam ser obedecidas. Na restrição inicial, gi ( x1 ,..., xk ) ≤ bi , i = 1,..., m introduzem-se novas variáveis, que são definidas através da seguinte regra: ⎧0, se as restrições j estão satisfeitas yj = ⎨ ⎩1, se as restrições j não estão satisfeitas Define-se um valor bastante grande e aleatório para M. Neste caso, a execução de pelo menos p dentre m restrições, ocorre obedecendo as seguintes condições: g i ( x1 ,..., xn ) ≤ bi + Myi , i = 1,..., k yi + ... + y m = m − p Como resultado desta transformação, parte das restrições fica excedente. Com base nestas regras agora, as restrições (7.6) e (7.7) podem ser apresentadas da seguinte forma: 90 λ0 S3[A 1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 6τ tot + A 4 x3 + A 5 x3 ] ≤ Wn 3 + My1 λ0 S3[A 1τ tot + A 2τ tot + A 3τ tot + A 6τ tot + A 4 x3 + A 5 x4 ] ≤ Wn 3 + My2 y1 + y 2 = 1 7.3 Chaveamento ótimo das redes de distribuição Em princípio, todas as formulações do problema de otimização da confiabilidade apresentadas no Capítulo 4, podem ser utilizadas para a localização ótima de chaves nas redes primárias de distribuição. Por exemplo, se está definido o problema de otimização da confiabilidade (minimização do valor esperado de energia não fornecida ou número de consumidores-hora sem fornecimento de energia) com restrições para os recursos permissíveis, as quais devem ser representadas da seguinte forma: k ∑x j =1 j ≥ t τ parc + (k − t )τ tot , no caso da formação da função objetivo de acordo com a equação (6.3), ou k ∑x j =1 j ≤ t , se a função objetivo for construída de acordo com a equação (7.2), com a utilização de variáveis booleanas. onde: k é a quantidade de possíveis lugares para a instalação de chaves, t é o recurso disponível (quantidade de chaves). Se a formulação do problema tem como finalidade garantir determinados níveis de confiabilidade do fornecimento de energia para os consumidores de alguns transformadores 91 de distribuição com investimento mínimo, a função objetivo pode ser apresentada da seguinte forma: n ∑x j =1 j → máx se (7.8) x j ∈ {τ tot ,τ parc } j = 1,..., k ou n ∑x j =1 j → min se x j ∈ {0, 1} (7.9) j = 1,..., k Neste caso, as restrições estão estabelecidas com base nas expressões (6.3) ou (7.2). Por exemplo, se é necessário garantir que o valor esperado de energia não fornecida para os consumidores do transformador de distribuição TR2, (Fig. 6.4) não deve ultrapassar o valor Wn perm, então as restrições podem ser dadas da seguinte forma: Wn 2 = λ0 S 2 [(A 1 + A 2 )τ tot + A 3 x2 + A 4 ( x2 ∨ x3 ) + A 5 ( x2 ∨ x3 ∨ x4 ) + A 6 ( x2 ∨ x5 )] ≤ ∑ Wn perm x j ∈ {τ tot ,τ parc }, j = 1,...k . (7.10) ou m Wn 2 = λ0 S2{τ tot ∑ A i − ∆τ [ x2 (A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + x3 (A 4 + A 5 ) i =1 + x4A 5 + x5A 6 − x2 x3 (A 4 + A 5 ) − x2 x4A 5 − x2 x5A 6 − x3 x4A 5 + x2 x3 x4A 5 ]} ≤ ∑ Wn perm (7.11) x j ∈{0,1}, j = 1,...k As expressões (7.10) e (7.11) podem ser transformadas através da abordagem apresentada no item 7.2. 92 Para a expressão analítica que representa o valor esperado de energia não fornecida pelo transformador de distribuição1 TR4 a equação (6.4) da Fig. 6.5, por exemplo: Wn 4 = λ0 S4 [( A1 + A 2 + A 3 + A 4 )( x1 ∧ x8 ) + ( A 5 + A 6 )τ tot + A 7 x4 + A 8 ( x2 ∨ x6 ) + A 9 ( x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 ) + ( A10 + A11 )( x2 ∨ x3 ∨ x5 ∨ x6 ∨ x7 ) + ( A12 + A13 )( x2 ∨ x3 ∨ x6 ∨ x7 )] No caso da orientação para o modelo construído com base nas variáveis booleanas e levando em conta que xi ∨ x j = xi + x j − xi x j e xa ∧ xb = xa xb , equação acima se transforma da seguinte forma: Wn 4 = λ0 S 4 {(A 1 + A 2 + A 3 + A 4 ) x1 x8 + (A 5 + A 6 )τ tot + A 7 x4 + A 8 x2 + A 8 x6 − A 8 x2 x6 + A 9 x2 + A 9 x3 + A 9 x6 + A 9 x7 − A 9 x2 x3 − A 9 x2 x6 − A 9 x2 x7 − A 9 x3 x6 − A 9 x3 x7 − A 9 x6 x7 + A 9 x2 x3 x6 + A 9 x2 x6 x7 + A 9 x3 x6 x7 + A 9 x2 x3 x7 − A 9 x2 x3 x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 + (A 10 + A 11 ) x3 + (A 10 + A 11 ) x5 + (A 10 + A 11 ) x5 + (A 10 + A 11 ) x6 + (A 10 + A 11 ) x7 − (A 10 + A 11 ) x2 x3 − (A 10 + A 11 ) x2 x5 − (A 10 + A 11 ) x2 x6 − (A 10 + A 11 ) x2 x7 − (A 10 + A 11 ) x3 x5 − (A 10 + A 11 ) x3 x6 − (A 10 + A 11 ) x3 x7 − (A 10 + A 11 ) x5 x6 − (A 10 + A 11 ) x5 x7 − (A 10 + A 11 ) x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 + (A 10 + A 11 ) x2 x5 x6 + (A 10 + A 11 ) x2 x5 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 x3 x6 + (A 10 + A 11 ) x2 x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 x3 x7 + (A 10 + A 11 ) x3 x5 x6 + (A 10 + A 11 ) x3 x5 x7 + (A 10 + A 11 ) x3 x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x5 x6 x7 − (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 x6 − (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 x7 − (A 10 + A 11 ) x2 x3 x6 x7 − (A 10 + A 11 ) x2 x5 x6 x7 − (A 10 + A 11 ) x3 x5 x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 x6 x7 + (A 12 + A 13 ) x2 + (A 12 + A 13 ) x3 + (A 12 + A 13 ) x6 + (A 12 + A 13 ) x7 − (A 12 + A 13 ) x2 x3 − (A 12 + A 13 ) x2 x6 − (A 12 + A 13 ) x2 x7 − (A 12 + A 13 ) x3 x6 − (A 12 + A 13 ) x3 x7 − (A 12 + A 13 ) x6 x7 + (A 12 + A 13 ) x2 x3 x6 + (A 12 + A 13 ) x2 x6 x7 + (A 12 + A 13 ) x3 x6 x7 + (A 12 + A 13 ) x2 x3 x7 − (A 12 + A 13 ) x2 x3 x6 x7 1 É repetida a equação (6.4) para facilitar o entendimento do processo de transformação. (7.12) 93 Reagrupando, Wn 4 = λ0 S 4 [(A 5 + A 6 )τ m + (A 8 + A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x3 + A 7 x4 + (A 10 + A 11 ) x5 + (A 8 + A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x6 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x7 − (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 ) x1 x8 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x3 − (A 10 + A 11 ) x2 x5 − (A 8 + A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x6 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x7 − (A 10 + A 11 ) x3 x5 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x3 x6 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x3 x7 − (A 10 + A 11 ) x5 x6 − (A 10 + A 11 ) x5 x7 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x3 x6 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x3 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 x5 x6 + (A 10 + A 11 ) x2 x5 x7 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x3 x5 x6 + (A 10 + A 11 ) x3 x5 x7 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x3 x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x5 x6 x7 − (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 x6 − (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 x7 − (A 10 + A 11 ) x2 x5 x6 x7 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x3 x6 x7 − (A 10 + A 11 ) x3 x5 x6 x7 + (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 x6 x7 ] Evidentemente que nos trechos A 8 e A 9 não podem ser instaladas as chaves ( x2 , x3 ) e os religadores ( x6 , x7 ) ao mesmo tempo. Por isso, em cada par ( x2 , x6 ) e ( x3 , x7 ) uma das variáveis será igual a zero. Logo, nas equações apresentadas acima todos os termos da equação que contém multiplicação das variáveis x2 ⋅ x6 ou x3 ⋅ x7 serão nulos. Estas considerações possibilitam simplificar a expressão analítica para a definição do valor esperado de energia não fornecida pelo transformador TR4. 94 Wn 4 = λ0 S 4 [(A 5 + A 6 )τ m + (A 8 + A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x3 + A 7 x4 + (A 10 + A 11 ) x5 + (A 8 + A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x6 + (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x7 − (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 ) x1 x8 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x3 − (A 10 + A 11 ) x2 x5 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x2 x7 − (A 10 + A 11 ) x3 x5 − (7.13) (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x3 x6 − (A 10 + A 11 ) x5 x6 − (A 10 + A 11 ) x5 x7 − (A 9 + A 10 + A 11 + A 12 + A 13 ) x6 x7 − (A 10 + A 11 ) x2 x3 x5 + (A 10 + A 11 ) x2 x5 x7 + (A 10 + A 11 ) x3 x5 x6 + (A 10 + A 11 ) x5 x6 x7 ] A seguir, a expressão (7.13) pode ser linearizada considerando a abordagem apresentada anteriormente, através da introdução de novas variáveis e restrições. A tentativa de solução do problema de localização ótima de equipamentos de comutação, através dos métodos exatos de otimização inteira ou discreta, está associada às dificuldades computacionais, especialmente levando-se em conta a dimensão do modelo a ser analisado. As mesmas dificuldades são típicas para os métodos de otimização que operam com variáveis booleanas. Por isso, neste trabalho serão sugeridos métodos heurísticos de otimização, que possibilitarão superar as dificuldades apresentadas acima. Os algoritmos propostos a seguir estão baseados na combinação de procedimentos heurísticos e formais, e permitirão obter uma solução ótima ou quase ótima utilizando um número relativamente pequeno de passos/iterações, e por isso está livre das desvantagens típicas dos métodos exatos de otimização. CAPÍTULO 8 DESENVOLVIMENTO DE ALGORITMOS HEURÍSTICOS PARA LOCALIZAÇÃO ÓTIMA DE EQUIPAMENTOS DE COMUTAÇÃO A necessidade de busca da possibilidade de utilização de métodos aproximados é provocada pelas dificuldades computacionais associadas com a tentativa de utilização de métodos exatos de otimização discreta aplicada ao conjunto dos problemas considerados neste trabalho. A seguir, serão analisados os algoritmos baseados na reunião dos processamentos formais e heurísticos. A maior vantagem dos algoritmos propostos é a possibilidade de chegar a uma solução quase ótima, com um número relativamente pequeno de passos de cálculo. Outra grande vantagem deste método é o fato de não exigir a representação analítica da função objetivo e nem das restrições, que neste caso, podem ser mostradas na forma de tabelas ou algoritmos. A especificidade principal deste procedimento é a possibilidade de se calcular somente as variações da função objetivo e restrições, em cada passo da otimização. A abordagem que será proposta, não apresenta a necessidade da execução de complicadas transformações matemáticas e de cálculos pesados, cujo volume aumentaria com a dimensão do problema analisado [95]. 8.1 Algoritmo heurístico de maximização para localização ótima de equipamentos de comutação de mesmo tipo Supondo uma função objetivo e restrições quaisquer, como as representadas a seguir. 96 F ( x1s ,..., x js ,..., xms ) → máx (8.1) g k ( x1s ,..., x js ,..., xms ) ≤ bk , (8.2) j = 1,..., m s = 1,..., r k = 1,..., K x js ∈ [τ tot ,τ parc ] onde r é a quantidade de valores discretos que podem assumir as variáveis e k são as restrições. O processo de otimização é realizado através da seqüência de operações descritas a seguir: 1º Calculam-se os componentes do vetor {∆G (j t ) } ∆G (jt ) = máx ∆g kj( t ) (8.3) j ∈ J ( t ) , k = 1,..., K , onde t é o número da iteração de otimização, J (t ) é o conjunto de índices das variáveis que na iteração atual t satisfazem todas as restrições. (t ) (t ) ∆g kj( t ) = [ g k ( x1(st ) ,..., x (jst )+1 ,..., xms ) − g k ( x1(st ) ,..., x (jst ) ,..., xms )] B ( t −1) k b (8.4) onde B é um valor positivo arbitrado, definido aleatoriamente e chamado de fator de normalização. Na primeira iteração (t = 1) e j ∈ J m , onde J m é o conjunto inicial de índices de variáveis, bk(t −1) = bk( 0 ) = bk 2º Corrige-se o conjunto de variáveis que podem ser utilizadas. Se ∆G (j t ) ≤ B , então a variável com índice j é incluída no conjunto J ( t ) ( j ∈ J ( t ) ) . Caso contrário, ( ∆G (jt ) ≥ B ) elimina-se esta variável j da iteração seguinte ( j ∉ J (t ) ) . 97 3º Verifica-se se o conjunto J (t ) não é vazio. Se J ( t ) ≠ φ , procede-se a transferência para o próximo passo deste algoritmo. Caso contrário, transfere-se o procedimento de execução deste algoritmo para o passo 11. 4º Calcula-se o acréscimo da função objetivo para cada versão da eliminação de chave. (t ) (t ) ∆F j(t ) = F ( x1(st ) ,..., x (jst )+1 ,..., xms ) − F ( x1(st ) ,..., x (jst ) ,..., xms ), j ∈ J (t ) 5º Corrige-se o conjunto das variáveis que podem ser utilizadas para a otimização na iteração t . Se ∆F j( t ) > 0 , então a variável j é incluída no conjunto J ( t ) ( j ∈ J ( t ) ) . Caso contrário, esta variável é eliminada do processo de otimização. 6° Verifica-se se o conjunto J (t ) não é vazio. Se J (t ) ≠ φ executa-se o próximo passo. Caso contrário, a transferência será para o item 11. 7° Calcula-se os componentes da estimativa vetorial α (tj ) α (jt ) = ∆F j( t ) ∆G (t ) j , j ∈ J (t ) (8.5) 8º O índice da variável que deve ser eliminada neste passo é definido através das seguintes condições: α A(t ) = máx α (jt ) j ∈ J (t ) 9º Recalculam-se os valores dos parâmetros x (t ) js ⎧⎪ x (jst ) se j ≠ A, = ⎨ (t ) ⎪⎩ x js +1 se j = A (8.6) 98 (t ) k b ( t −1) k =b − ∆g kj( t ) bk( t −1) B , j ∈ J ( t ) , k = 1,..., K (8.7) 10º Verifica-se se o conjunto J (t ) não é vazio. Se J ( t ) ≠ 0 então t = t + 1 e o processo iterativo retorna ao item 1 deste algoritmo. Caso contrário, faz-se a transferência para o passo 11. 11º Fim dos cálculos. No problema de maximização a solução é alcançada quando for violada pelo menos uma das restrições no processo de execução do passo 2 do algoritmo. Para facilitar a compreensão, o algoritmo acima descrito pode ser expresso na forma de diagrama de blocos, o que será feito a seguir. 99 F ( x1s ,..., x js ,..., xms ) → máx g k ( x1s ,..., x js ,..., xms ) ≤ bk , j = 1,..., m s = 1,..., r k = 1,..., K x js ∈ [τ tot ,τ parc ] 2 ∆G (j t ) = máx ∆g kj(t ) j ∈ J (t ) , k = 1,..., K (t ) ∆g kj( t ) = [ g k ( x1(st ) ,..., x (jst )+1 ,..., xms ) (t ) − g k ( x1(st ) ,..., x (jst ) ,..., xms )] B b Não ∆G (t ) j ≤B . Sim ( t −1) k A variável com índice jé eliminada do processo de otimização Sim J (t ) = φ FIM Não (t ) ∆F j( t ) = F ( x1(st ) ,..., x (jst )+1 ,..., xms ) (t ) − F ( x1(st ) ,..., x (jst ) ,..., xms ), ∆F j( t ) > 0 Sim . j ∈ J (t ) Não Variável com índice jé eliminada do processo de otimização 1 Figura 8.1 – Diagrama de blocos representativo do algoritmo de maximização. 100 1 Sim J (t ) = φ FIM Não α (t ) j = ∆F j( t ) ∆G (jt ) j ∈ J (t ) , Sim α A(t ) = máx α (jt ) . x (t ) js jé eliminada do processo de otimização j ∈ J (t ) Não A variável com índice ⎧⎪ x (jst ) se j ≠ A = ⎨ (t ) ⎪⎩ x js+1 se j = A bk( t ) = bk( t −1) − ∆g kj( t )bk( t −1) B , j ∈ J (t ) k = 1,...K J (t ) = φ Sim FIM Não t = t +1 2 Figura 8.1 – CONTINUAÇÃO – Diagrama de blocos do algoritmo de maximização. Para ilustrar o algoritmo de maximização analisa-se o problema da localização ótima de chaves facas para garantir um dado nível de confiabilidade para alguns (K ) nós da rede de 101 distribuição com despesas mínimas. Neste exemplo, as despesas são consideradas indiretamente. É claro que à despesa mínima corresponde a um número mínimo de chaves instaladas na rede. Por outro lado, a inserção de cada chave permite reduzir o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia de τ tot até τ parc . Considera-se a instalação de equipamentos de mesmo tipo num alimentador, e supõese uma função objetivo e restrições quaisquer, como as representadas a seguir. F = x1s + .... + x js + .... + xms → máx onde x js ∈ [τ parc ,τ tot ] evidentemente, que seu máximo deve corresponder ao mínimo somatório das despesas. As restrições (8.2) representam o indicador integral de confiabilidade que é o valor esperado de energia não fornecida ou valor esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia definido para os nós da rede ( k transformadores de distribuição), com investimento mínimo. Para implementar o algoritmo inicia-se supondo que estão instaladas chaves em todos os trechos da rede. Neste caso, o parâmetro m na equação (8.2) corresponde à quantidade de trechos do alimentador onde é possível a instalação de chaves, r = 2 , considerando que cada uma das variáveis x js pode assumir somente dois valores discretos τ parc ou τ tot . Então, no processo de execução do algoritmo serão retiradas as chaves facas instaladas consecutivamente até que a retirada de qualquer chave seguinte provoque a violação de pelo menos uma das restrições. Em cada iteração é testada, uma por uma, a retirada de cada uma das chaves instaladas. Para cada alternativa é controlada a restrição expressa através da equação (8.3) que é mais vulnerável a retirada da chave em análise. A solução em relação a qual chave deve ser retirada em cada iteração deve ser tomada com base nas equações (8.5) e (8.6). Para ilustração deste algoritmo é possível analisar o exemplo da Fig. 8.2 que representa um modelo de alimentador de distribuição, onde, para simplificação dos cálculos, foram consideradas apenas 4 chaves instaladas, ao invés de chaves em todos os trechos. No Quadro 8.1, são informados os dados necessários para a otimização. 102 Comprimento (m) Taxa de Falha ω0 Potência dos Transformadores Fator de Demanda 0–1 800 0,2 TR1 = 112,5 kVA 0,9 1–2 200 0,2 2–3 300 0,2 3–4 400 0,2 TR4 = 112,5 kVA 0,9 4–5 150 0,4 5–6 200 0,4 TR6 = 75 kVA 0,6 2–7 400 0,2 TR2 = 112,5 kVA 0,7 3–8 350 0,2 TR3 = 75 kVA 0,5 5–9 800 0,4 TR5 = 45 kVA 0,6 Trecho Quadro 8.1 – Dados do diagrama unifilar do alimentador representado na Figura 8.2. Para os transformadores de distribuição (TR2 e TR6) as restrições estão definidas em relação à energia não fornecida permissível ( b2 ≤ 95kWh , b6 ≤ 65kWh ). Também pode ser analisado o número esperado de consumidores-hora sem energia com suas respectivas restrições. Como condição inicial, considera-se a instalação das chaves x1,..., x4 8 0 x2 TR1 x3 2 1 TR3 3 x1 TR4 6 5 4 TR6 x4 7 9 TR2 TR5 Figura 8.2 – Diagrama unifilar para o cálculo da localização de equipamentos de comutação de mesmo tipo. 103 A função objetivo e restrições podem ser apresentadas da seguinte forma: F = ( x1 + x2 + x3 + x4 ) → máx, x j ∈ [τ tot ,τ parc ] Wn2 (x i ) ≤ 95kWh , Wn6 (x i ) ≤ 65kWh Considera-se a possibilidade de instalação de chaves (x1,...,x4), (Fig. 8.2) e, então se calcula o valor da energia não fornecida para os transformadores TR2 e TR6. No caso das 4 chaves instaladas, (Apêndice O) os valores da energia não fornecida serão: Wn2 = 67,33 kWh e Wn6 = 42,98 kWh. No processo de retirada consecutiva das chaves x1,...,x4, retira-se apenas uma chave de cada vez. Para o cálculo da energia não fornecida seguinte, considera-se a chave retirada anteriormente como instalada, e retira-se uma outra. O valor da energia não fornecida nas barras dos transformadores TR2 e TR6 é apresentado no quadro a seguir. Tabela 8.1 – Valores de energia não fornecida com a retirada de apenas uma chave j=1 Wn2 = 67,33 Wn6 = 51,98 Sem a chave x1, permanecem instaladas as chaves x2, x3 e x4. j=2 Wn2 = 72,84 Wn6 = 51,53 Sem a chave x2, permanecem instaladas as chaves x1, x3 e x4 . j=3 Wn2 = 90,96 Wn6 = 48,38 Sem a chave x3, permanecem instaladas as chaves x1, x2 e x4 . j=4 Wn2 = 67,33 Wn6 = 62,78 Sem a chave x4, permanecem instaladas as chaves x1, x2 e x3. No início do processo de otimização, considera-se g k ( x (j10) ) = 0 . Neste caso, Como B é um valor aleatório qualquer, considera-se igual a 200. Neste caso, de acordo com a equação (8.3), definida no primeiro item do processo de cálculo, obtém-se ∆g kj(t ) para o TR2 e TR6, respectivamente, para a retirada das chaves de x1 até x4: 104 ∆g kj0 = [ g k ( x (j11) ) − g k ( x (j10) )] B bk0 (1) ∆g 21 = (67,33 − 0) × 200 = 141,7474 95 (1) ∆g 22 = (72,84 − 0) × 200 = 153,3474 95 (1) ∆g 23 = (90,96 − 0) × 200 = 191,4947 95 (1) ∆g 24 = (67,33 − 0) × 200 = 141,7474 95 (1) ∆g 61 = (51,98 − 0) × 200 = 159,9385 65 (1) ∆g 62 = (51,38 − 0) × 200 = 158,0923 65 (1) ∆g 63 = (48,38 − 0) × 200 = 148,8615 65 (1) ∆g 64 = (62,78 − 0) × 200 = 193,1692 65 De acordo com o passo 2 do algoritmo calculam-se os componentes do vetor ∆G (j t ) . Considera-se apenas o maior valor comparando a retirada de cada chave para cada um dos transformadores analisados, TR2 e TR6. ∆G1(1) = 159,9385 ∆G2(1) = 158,0923 ∆G3(1) = 191,4947 ∆G4(1) = 193,1692 Como em todos os casos ∆G (jt ) < B , então todas as variáveis participam do processo de otimização. 105 No próximo passo do algoritmo calculam-se as variações da função objetivo. Inicialmente, com a presença de todas as chaves x1,...,x4 nos trechos de rede correspondentes, e todas as variáveis xj têm valor igual a τ parc , por exemplo, 0,5 hora. Depois da retirada de uma chave qualquer, algumas das variáveis passam a ter valor igual τ tot , por exemplo 1,5 horas. Por isso, para cada chave retirada, o acréscimo da função objetivo deve ser igual a 1 hora. De acordo com o passo 7 do algoritmo, equação (8.5), calculam-se os componentes da estimativa α (jt ) . x1( 2 ) = 1,5 h, x2( 2) = x3( 2 ) = x4( 2 ) = 0,5 h α1(1) = 1 = 0,00625 159,9385 α 2(1) = 1 = 0,00633 158,0923 α 3(1) = 1 = 0,00522 191,4947 α 4(1) = 1 = 0,00518 193,1692 α 2(1) > α1(1) > α 3(1) > α 4(1) Então, de acordo com o passo 8 deste algoritmo, como resultado parcial da primeira iteração é indicada a retirada da chave que possui o maior valor de α j , correspondente a chave x2. Recalculam-se os valores dos parâmetros, de acordo com o passo 9: b2(1) = 95 − 153,3474 × 95 = 22,16 200 b6(1) = 65 − 158,0923 × 65 = 13,62 200 Reinicia-se o processo iterativo de otimização, considerando t = 2. Tomam-se os valores de energia não fornecida, para os transformadores TR2 e TR6, com a retirada apenas da chave 2, obtidos na primeira iteração (Apêndice O), que são: j=2 Wn2 = 72,84 Wn6 = 51,53 sem a chave x2, e permanecendo instaladas as chaves x1, x3 e x4. O diagrama para o novo cálculo é o mostrado na Fig. 8.3. 106 Tabela 8.2 – Variação da energia não fornecida. ∆Wn 21 = 67,33 – 0 = 67,33 ∆Wn 61 = 51,98 – 0 = 51,98 ∆Wn 22 = 72,84 – 0 = 72,84 ∆Wn 62 = 51,53 – 0 = 51,53 ∆Wn 23 = 90,96 – 0 = 90,96 ∆Wn 63 = 48,38 – 0 = 48,38 ∆Wn 24 = 67,33 – 0 = 67,33 ∆Wn 64 = 62,78 – 0 = 62,78 8 0 TR3 TR1 x3 2 1 3 x1 4 TR4 7 6 5 TR6 x4 9 TR2 TR5 Figura 8.3 – Diagrama após a retirada de uma chave. Com a retirada consecutiva das chaves x1, x3 e x4 o valor da energia não fornecida nos transformadores TR2 e TR6, (Apêndice O) é igual aos mostrados na Tabela 8.3. Tabela 8.3 – Valores de energia não fornecida após a retirada de duas chaves. j=1 Wn2=72,84 Wn6=55,13 sem as chaves x2 e x1, permanecem instaladas as chaves x3 e x4. j=3 Wn2=96,47 Wn6=51,53 sem as chaves x2 e x3, permanecem instaladas as chaves x1 e x4. j=4 Wn2=72,84 Wn6=65,93 sem as chaves x2 e x4, permanecem instaladas as chaves x1 e x3. Neste caso, a variação da energia não fornecida é mostrada na Tabela 8.4. 107 Tabela 8.4 – Variação da energia não fornecida com a retirada de duas chaves. ∆Wn 22 = 72,84 – 72,84 = 0 ∆Wn 62 = 55,13 – 51,53 = 3,60 ∆Wn 23 = 96,47 – 72,84 = 23,63 ∆Wn 63 = 51,53 – 51,53 = 0 ∆Wn 24 = 72,94 – 72,84 = 0 ∆Wn 64 = 65,93 – 51,53 = 14,40 Então, de acordo com (8.4), ( 2) ∆g 21 = (72,84 − 72,84) × ( 2) ∆g 23 = (96,47 − 72,84) × 200 = 213,2671 22,16 ( 2) ∆g 24 = (72,84 − 72,84) ( 2) ∆g 61 = (55,13 − 51,53) × 200 =0 22,16 200 = 52,8634 13,62 ( 2) ∆g 63 = (51,53 − 51,53) × ( 2) ∆g 64 = (65,93 − 51,53) 200 =0 22,16 200 =0 13,62 200 = 211,4537 13,62 Recalculam-se os componentes do vetor ∆G (j t ) . Tomam-se apenas os maiores valores correspondentes à retirada de cada chave. Então: ∆G1( 2 ) = 52,8634 ∆G3( 2 ) = 213,2671 ∆G4( 2 ) = 211,4537 De acordo com o passo 2 desse algoritmo, no caso de ∆G (j t ) ≤ B , sendo B = 200, a variável correspondente deve ser incluída no processo de otimização. Como, ∆G3( 2 ) e 108 ∆G4( 2 ) ≥ B , então, as variáveis correspondentes que são as chaves x3 e x4 não podem participar da iteração seguinte. A única chave que será possível retirar é a chave x1. b2( 2) = 22,16 − 0 × 22,16 = 22,16 200 b6( 2) =13,62 − 52,863 × 13,62 = 10,02 200 Agora o conjunto J ( t ) = φ , o que significa o fim do processo de otimização. Conclui-se, então, que para o modelo apresentado, devem permanecer instaladas as chaves x3 e x4. 8.2 Algoritmo heurístico de minimização para localização ótima de equipamentos de mesmo tipo Para execução do algoritmo heurístico de minimização as variáveis são apresentadas na forma de valores booleanos. Supõe-se uma função objetivo: F ( x1s ,..., x js ,..., xms ) → min x js ∈ [0,1], j = 1,..., m g k ( x1s ,..., x js ,..., xms ) ≥ bk k = 1,..., K O algoritmo de minimização exige preliminarmente a normalização [86] das restrições: g k ( x1s ,..., x js ,..., xms ) k = 1,..., K onde B é um valor aleatório qualquer. B ≥B bk (8.8) 109 A solução pode ser atingida através da execução da seguinte seqüência de operações: 1º Calculam-se os componentes do vetor {∆G (jt ) } ∆G (jt ) = ∑ ∆g kj( t ) j ∈ J (t ) k = 1,...K k onde t é o número da iteração e J ( t ) é o conjunto de índices de variáveis. (t ) (t ) ∆g kj( t ) = [ g k ( x1(st ) ,..., x (jst )+1 ,..., xms ) − g k ( x1(st ) ,..., x (jst ) ,..., xms )] bk( t −1) B (8.9) Para a primeira iteração (t = 1) k ∈ K m , onde K m é o conjunto inicial de índices das variáveis e bk( 0) = B . 2° Reajusta-se o conjunto J ( t ) de variáveis para as quais é possível a otimização na iteração t , j ∈ J ( t ) se ∆G (j t ) > 0 . 3° Verifica-se se o conjunto J (t ) não é vazio. No caso de J (t ) ≠ 0 transfere-se para o passo 4. Caso contrário, faz-se a transferência para o passo 10. 4º Calculam-se os componentes do vetor de acréscimo da função objetivo. (t ) (t ) ∆F j(t ) = F ( x1(st ) ,..., x (jst +1) ,..., xms ) − F ( x1(st ) ,..., x (jst ) ,..., xms ), j ∈ J (t ) 5º Calculam-se os componentes de estimativa vetorial α (jt ) α (jt ) = ∆F j( t ) ∆G (t ) j , j =∈ J ( t ) 6º Define-se o número de variável ( j = A) que deve ser alterada. A escolha é feita através da seguinte condição: α A(t ) = min α (jt ) , j ∈ J (t ) (8.10) 110 7º Recalculam-se os valores das variáveis e restrições x (t ) js +1 ⎧⎪ x (jst ) , se j = A, j = 1 ∈ J ( t ) = ⎨ (t ) ⎪⎩ x js +1 , se j ≠ A bk( t ) = bk( t −1) − ∆g kj( t ) B ( t −1) k b (8.11) k = 1,..., K 8º Reajusta-se o conjunto de restrições do problema. Se para alguma restrição bk( t ) > 0 , então esta restrição pertence ao conjunto K (t ) . Caso contrário, a restrição deve ser eliminada da iteração seguinte. 9º Verifica-se se o conjunto K ( t ) é vazio. No caso de K (t ) ≠ 0 , reinicia-se o processo iterativo no passo 1 deste algoritmo, considerando que o índice t toma o valor de t = t + 1 . Caso contrário, segue-se para o passo 10. 10º Fim dos cálculos. Este algoritmo também pode ser expresso na forma de diagrama de blocos, conforme a Fig. 8.4. 111 F ( x1s ,..., x js ,..., xms ) → min g k ( x1s ,..., x js ,..., xms ) ≥ bk , j = 1,..., m s = 1,..., r k = 1,..., K x js ∈ [0,1] g k ( x1s ,..., x js ,..., xms ) B ≥B bk ∆G (j t ) = ∑ ∆g kj(t ) 2 k j∈J k = 1,...K (t ) (t ) ∆g kj( t ) = [ g k ( x1(st ) ,..., x (jst )+1 ,..., xms ) bk(t −1) − g k ( x ,..., x ,..., x )] B (t ) 1s (t ) js (t ) ms (t ) Reajusta-se o conjunto J de variáveis para as quais é possível a otimização no passo t , j ∈ J ( t ) se ∆G (j t ) > 0 . J (t ) = φ Sim FIM Não (t ) ∆F j( t ) = F ( x1(st ) ,..., x (jst )+1 ,..., xms ) (t ) − F ( x1(st ) ,..., x (jst ) ,..., xms ), α (t ) j ∆F j( t ) = , ∆G (jt ) j ∈ J (t ) j = 1 ∈ J (t ) 1 Figura 8.4 – Diagrama de blocos representativo do algoritmo de minimização. 112 1 Sim . α A(t ) = min α (jt ) Não x (t ) js +1 Instala-se a chave j=A ⎧⎪ x (jst ) , se j = A, j = 1 ∈ J (t ) = ⎨ (t ) ⎪⎩ x js +1 , se j ≠ A bk( t ) = bk(t −1) − ∆g kj( t ) . b >0 (t ) k B ( t −1) k b Não A restrição de índice k é eliminada do processo de otimização Sim J (t ) = φ Sim FIM Não t = t +1 2 Figura 8.4 – CONTINUAÇÃO – Diagrama de blocos representativo do algoritmo de minimização. Para elucidar o algoritmo de minimização, analisa-se o mesmo exemplo que foi apresentado para ilustração do algoritmo de maximização. Porém, neste caso, a solução será buscada através do algoritmo de minimização e com a utilização de variáveis booleanas. A solução será alcançada quando todas as restrições forem satisfeitas. A seguir, o algoritmo será considerado somente para o problema de chaveamento ótimo. Evidentemente, que na formulação do problema de minimização, as restrições (na forma de ≥), devem refletir o nível de redução de energia não fornecida ou consumidores-hora sem fornecimento de energia, para determinados transformadores de distribuição, então 113 g k ( x1s ,..., x js ,..., xms ) ≥ Wnko − Wnk permissível k = 1,..., K onde, Wnko , Wnk permissível são respectivamente, os valores iniciais e os desejados da energia não fornecida para o transformador de distribuição k. Então a função objetivo terá a seguinte forma; F = ( x1 + x2 + x3 + x4 ) → min, x j ∈ [0, 1] j = 1,...,4 Para os transformadores de distribuição TR2 e TR6 estão definidas as restrições em relação à energia não fornecida permissível (b2 ≤ 95 kWh e, b6 ≤ 65 kWh) e também foi escolhido o valor aleatório de B = 200. De acordo com o algoritmo proposto, as restrições do problema devem refletir o nível de redução da energia não fornecida. Então, calcula-se o valor da energia não fornecida para os transformadores TR2 e TR6, supondo a ausência de equipamentos de comutação.(Apêndice P) 8 0 TR3 1 2 4 3 TR1 7 TR2 6 5 TR4 TR6 9 TR5 Figura 8.5 – Diagrama unifilar do alimentador. 114 Os valores encontrados para os transformadores para os quais foram estabelecidas restrições são: Wn2 = 121,67 kWh e Wn6 = 69,53 kWh Significa que a redução da energia não fornecida para o TR2 deve ser, ∆Wn 2 ≥ 121,67 − 95 = 26,67 kWh e para o TR6 ∆Wn 6 ≥ 69,53 − 65 = 4,53 kWh. De acordo com a equação (8.8) as restrições devem ser recalculadas da seguinte forma: g 2 ( x1s ,..., x js ,..., xms ) 200 ≥ 200 26,67 g 6 ( x1s ,..., x js ,..., xms ) 200 ≥ 200 4,53 Então, na primeira iteração, para cada trecho da rede, um por um, instala-se chaves e define-se a alteração do valor da energia não fornecida para os transformadores que tem as restrições estabelecidas. Para o exemplo, supõe-se a instalação consecutiva das chaves x1,..., x4 e recalcula-se o valor da energia não fornecida para os transformadores TR2 e TR6. (Apêndice P). Tabela 8.5 – Valores de energia não fornecida com apenas uma chave instalada. j=1 Wn 2 = 121,67 Wn 6 = 65,93 Instalada apenas a chave x1. j=2 Wn 2 = 116,16 Wn 6 = 66,38 Instalada apenas a chave x2. j=3 Wn 2 = 72,84 Wn 6 = 69,53 Instalada apenas a chave x3. j=4 Wn 2 = 96,47 Wn 6 = 55,13 Instalada apenas a chave x4. 115 O valor da redução necessária da energia não fornecida é igual à: Tabela 8.6 – Valores da variação da energia não fornecida. j=1 ∆Wn 2 = 121,67 − 121,67 = 0 ∆Wn 6 = 69,53 − 65,93 = 3,60 j=2 ∆Wn 2 = 121,67 − 116,16 = 5,51 ∆Wn 6 = 69,53 − 66,38 = 3,15 j=3 ∆Wn 2 = 121,67 − 72,84 = 48,83 ∆Wn 6 = 69,53 − 69,53 = 0 j=4 ∆Wn 2 = 121,67 − 96,47 = 25,2 0 ∆Wn 6 = 69,53 − 55,13 = 14,40 Calculam-se os componentes do vetor {∆G (j t ) } . De acordo com (8.9): 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 21 = ⎢(0 − 0) × × =0 26,67 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 22 = ⎢(5,51 − 0) × × = 41,3198 26,67 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 23 = ⎢(48,83 − 0) × × = 366,1792 26,67 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 24 = ⎢(25,2 − 0) × × = 188,9764 26,67 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 61 = ⎢(3,60 − 0) × × = 158,9404 4,53 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 62 = ⎢(3,14 − 0) × × = 139,0728 4,53 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 63 = ⎢(0 − 0) × × =0 4,53 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 200 ⎡ (1) ∆g 64 = ⎢(14,40 − 0) × × = 635,7616 4,53 ⎥⎦ 200 ⎣ 116 Neste caso, ∆G (j t ) = ∑ ∆g kj(t ) : k ∆G1(1) = 158,9404 ∆G2(1) = 180,3926 ∆G3(1) = 366,1792 ∆G4(1) = 824,7380 Evidentemente que em todas as situações ∆F j = 1 , então α1(1) = 1 = 0,0063 158,9404 α 2(1) = 1 = 0,0055 180,3926 α 3(1) = 1 = 0,0027 366,1792 α 4(1) = 1 = 0,0012 824,7380 Os resultados evidenciam, que de acordo com o item 6 do algoritmo apresentado, para a primeira iteração, como solução ótima considera-se a instalação da chave x4, pois é esta a solução que apresenta o menor valor de α (jt ) . Recalculam-se as restrições, usando (8.11), b2(1) = 200 − [(25,20 − 0)] × b6(1) = 200 − [(14,40 − 0)] × (1) Os valores b2 200 = 11,02 26,67 200 = −453,76 4,53 ≥ 0 e b6( 1 ) ≤ 0 significam, que é necessário seguir para o item 2 (1) considerando somente a restrição em relação a TR2, pois b6 ≤ 0 , então, esta restrição deve ser desconsiderada na próxima iteração. Considerando t = 2. Nesta iteração, deve-se calcular o valor da energia não fornecida apenas para o transformador TR2, já que a restrição para o TR6 deve ser desconsiderada. Considerando o diagrama unifilar da Fig. 14, o valor da energia não fornecida é: Wn2 = 96,47 kWh e Wn6 = 55,13 kWh 117 Verifica-se o procedimento de cálculo com a desconsideração de Wn6, cujo valor obtido foi de 55,13 kWh, portanto é menor que o valor da sua restrição inicial que é de 65 kWh. 8 0 TR3 2 1 TR1 3 x1 TR4 7 6 5 4 TR6 x4 9 TR2 TR5 Figura 8.6 – Diagrama unifilar com a instalação de apenas uma chave. Para calcular os componentes do vetor {∆G (jt ) } é necessário instalar consecutivamente na rede as chaves x1, x2 e x3 e calcular para cada versão de instalação o valor da energia não fornecida, para o transformador TR2. (Apêndice P). Tabela 8.7 – Valores da energia não fornecida considerando uma chave fixa instalada e acrescentando outra chave. j=1 Wn2 = 96,47 Chave x4 já instalada, acrescentando a chave x1. j=2 Wn2 = 90,96 Chave x4 já instalada, acrescentando a chave x2. j=3 Wn2 = 72,846 Chave x4 já instalada, acrescentando a chave x3. Neste caso, o nível de redução da energia não fornecida depois da instalação da segunda chave é igual: 118 Tabela 8.8 – Variação da energia não fornecida. j=1 Wn2 = 121,67 – 96,47 = 25,20 j=2 Wn2 = 121,67 – 90,96 = 30,71 j=3 Wn2 = 121,67 – 72,84 = 48,83 Calcula-se, de acordo com (8.9) 200 ⎤ 11,02 ⎡ ( 2) ∆g 21 = ⎢(25,20 − 25,20) × × =0 26,67 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 11,02 ⎡ ( 2) ∆g 22 = ⎢(30,71 − 25,20) × × = 2,2767 26,67 ⎥⎦ 200 ⎣ 200 ⎤ 11,02 ⎡ ( 2) ∆g 24 = ⎢(48,83 − 25,20) × × = 9,7639 26,67 ⎥⎦ 200 ⎣ Neste caso, ∆G1( 2 ) = 0 ∆G2( 2 ) = 2,2767 ∆G3( 2 ) = 9,7639 De acordo com o primeiro item do algoritmo, reajusta-se o conjunto J (t ) de variáveis para as quais é possível a otimização na iteração t, j ∈ J ( t ) se ∆G (j t ) > 0 . Os valores encontrados para ∆G (jt ) mostram que a chave x1 está fora do processo de otimização. Em seguida, calcula-se: α 2( 2 ) = 1 = 0,4392 2,2767 α 3( 2 ) = 1 = 0,1024 9,7639 Os resultados mostram que de acordo com o item 6 do algoritmo apresentado, para a segunda iteração, como solução ótima pode ser considerada a instalação da chave x3. Recalculam-se as restrições de acordo com (8.11), 119 b2( 2) = 11,02 − [(48,83 − 25,2)] × 200 = −166,1828 26,67 Considerando, que esta restrição corresponde à condição bk(t ) ≤ 0 , o processo de otimização está finalizado devido ao cumprimento de todas as restrições. Então as chaves que devem ser instaladas são as x3 e x4, que é a mesma solução, encontrada através do algoritmo de maximização. 8.3 Algoritmo de localização ótima de meios heterogêneos para aumento da confiabilidade Analisando, mais uma vez, o problema para localização ótima dos meios de aumento de confiabilidade, neste caso considera-se como meios de aumento da confiabilidade a instalação de equipamentos diferentes, tais como, chaves, religadores ou a possibilidade de criação de interligações com outros alimentadores. Supondo que Ci, Rj e Ln correspondam aos conjuntos de possíveis lugares de instalação das chaves, dos religadores ou da criação de pontos de interligação, respectivamente, o algoritmo geral deste problema pode ser apresentado da seguinte forma: 1º Realiza-se o aumento das variáveis que correspondem ao conjunto Ci. Este procedimento está associado à localização consecutiva de chaves, considerando, a minimização da função objetivo e satisfação das restrições, na forma de energia não fornecida permissível (ou consumidores-hora sem fornecimento de energia) para alguns (k) transformadores de distribuição. 2º Verifica-se a satisfação das restrições. Se as restrições foram atendidas, então, fazse a transferência para o passo 10. Caso contrário segue-se para o passo 3. 3º Realiza-se o aumento de variáveis de acordo com o conjunto Rj. Este procedimento está associado com a localização consecutiva de religadores considerando a minimização da função objetivo e satisfação das restrições. 120 4º Verifica-se a satisfação das restrições. Se as restrições foram atingidas, então, há a transferência para o passo 5. Caso contrário executa-se o passo 6. 5º Realiza-se a retirada consecutiva (uma por uma) das variáveis (chaves) que correspondem ao conjunto Ci. Este processo está vinculado com a retirada seqüencial das chaves que foram instaladas no alimentador durante o processo de execução do passo 1 deste algoritmo. O objetivo deste passo é a maximização da função objetivo, juntamente com o cumprimento das restrições. Se a tentativa de retirada de uma chave provoca a violação das restrições, significa que esta chave não pode ser retirada. Faz-se, então, a tentativa de retirada da próxima chave, e novamente verificam-se as restrições. Se as restrições foram violadas esta chave também não pode ser retirada. Se, no entanto, não há violação das restrições, esta chave pode ser retirada. E assim sucessivamente até que todas as chaves tenham sido testadas. Segue-se para o passo 10. 6º Realiza-se o aumento das variáveis de acordo com o conjunto Ln. Esta tarefa está direcionada para a criação da possibilidade de reserva do fornecimento de energia por conta das interligações com outros alimentadores. 7º Verifica-se a execução das restrições iniciais com a minimização da função objetivo; se as restrições estão satisfeitas, então, faz-se a transferência para o passo 8. Caso contrário, executa-se o passo 11 deste algoritmo. 8º Efetua-se a retirada seqüencial das variáveis que correspondem ao conjunto Rj. Isto significa a tentativa de retirada, um por um, dos religadores instalados no processo de execução do passo 6, deste algoritmo. O procedimento tem como finalidade a maximização da função objetivo, com o controle das restrições. Se a tentativa de retirada do religador provoca violação das restrições. Testa-se o próximo religador, caso não haja violação das restrições, significa que pode ser retirado, e assim sucessivamente até que todos tenham sido testados. 9º Realiza-se a retirada racional das variáveis que correspondem ao conjunto Ci, retirada de chaves excedentes localizadas no processo de execução do passo 1, deste algoritmo. A solução do problema tem como meta a maximização da função objetivo com o controle das restrições. Se a tentativa de retirada de uma chave provoca a violação das restrições, significa que esta chave não pode ser retirada. Faz-se, então, a tentativa de retirada 121 da próxima chave, e novamente verifica-se as restrições, caso as restrições tenham sido violadas, esta chave também não pode ser retirada. Se, no entanto, não há violação das restrições, esta chave pode ser retirada. E assim sucessivamente até que todas as chaves tenham sido testadas. Segue-se para o passo 10. 10º A solução do problema será atingida, quando todas as restrições estiverem satisfeitas, e faz-se a transferência para passo 12. 11º Caso as restrições não tenham sido atendidas, o problema não tem solução, faz-se a transferência para passo 12. 12º Fim dos cálculos. Com relação ao algoritmo em discussão é necessário fazer algumas considerações. A seqüência dos conjuntos Ci, Rj e Ln são definidos supondo o aumento gradual das despesas que correspondem à instalação de chaves, à instalação de religadores e à criação de pontos de interligações com outros alimentadores. Este algoritmo apresenta a reunião dos algoritmos de maximização e minimização apresentados nos itens 8.1 e 8.2, respectivamente. Sendo que no diagrama de blocos da Fig. 8.7, os blocos que representam a inserção dos diferentes tipos de equipamentos podem seguir o algoritmo de minimização exposto através da Fig. 8.4. Assim como os blocos que representam a retirada dos equipamentos excedentes podem seguir o algoritmo de maximização representado na Fig. 8.1. A execução dos passos 1, 3 e 6 deste algoritmo pode ser realizada através do uso do algoritmo de minimização. Enquanto, os passos 5, 8 e 9 estão direcionados para a retirada dos equipamentos excedentes, evitando assim soluções não ótimas, ou seja, soluções realizadas em excesso, sendo que a execução destes passos pode ser efetuada com base no algoritmo de maximização. 122 Ci, Rj e Ln Instalação consecutiva de chaves (Ci) para minimizar a função objetivo (FO) com restrições (R) na forma de Wn ≥ Wnperm Sim R Atendida 1 3 Problema não tem solução Sim Retirada consecutiva dos religadores (Rj) para maximizar a FO e atender R Não Instalação consecutiva de religadores (Rj) para minimizar NÃa FO com R na forma de Wn ≥ Wnperm R Atendida SI Não Não R Atendida Não Nenhum religador pode ser retirado. 3 Sim R Atendida Retirada consecutiva as chaves (Ci) para maximizar FO e atender R x1, ..., xCi Sim Retirada consecutiva das chaves (Ci) para maximizar FO e atender R x1, ..., xP1 R atendidas Sim R Atendida Não 3 3 . Não Nenhuma chave pode ser retirada. Sim Fim dos cálculos Instalação consecutiva de pontos de interligações (Ln) para minimizar a FO com R na forma de Wn ≥ Wnperm 1 Figura 8.7 – Diagrama de blocos representativo algoritmo de localização ótima de meios heterogêneos para aumento da confiabilidade. Considerando a possibilidade de utilização destes algoritmos para problemas de otimização da confiabilidade mostrados nos itens anteriores, é necessário fazer os seguintes comentários: 123 Em função da formulação do problema de otimização da confiabilidade de redes de distribuição, podem ser utilizados tanto o algoritmo de maximização como o algoritmo de minimização. Como foi mostrado em [74],[75] estes algoritmos são universais e podem ser utilizados com sucesso para vários problemas incluindo a localização ótima de equipamento de comutação e proteção com várias formulações. Naturalmente que dependendo da formulação do problema os algoritmos podem incluir alguns processamentos adicionais. Por exemplo, para a localização ótima de chaves fusíveis ou grupos de equipamentos que incluem religadores e chaves fusíveis, antes de testar a versão de instalação do equipamento seguinte, devem ser verificadas as condições de seletividade do sistema de proteção. Se estas condições não forem satisfeitas, então esta alternativa não será analisada. 8.4 Aumento da eficiência de soluções no processo de chaveamento ótimo Uma das soluções mais eficientes e utilizadas para o controle dos modos de operação dos sistemas de distribuição está diretamente relacionada com a escolha da sua configuração ótima. A maioria dos alimentadores estão interligados através de chaves NA. Isto significa que a otimização da topologia das redes de distribuição está associada com a escolha dos equipamentos de comutação que devem estar abertos no processo de operação normal. Em princípio, este problema está relacionado com a redistribuição de cargas entre vários alimentadores. O objetivo principal, neste caso, é a minimização das perdas de potência através da escolha do fluxo de carga ótimo nos trechos da rede. Ao mesmo tempo, estas decisões influem também nos regimes de tensão e nos níveis de confiabilidade. O problema de seccionamento ótimo das redes de distribuição, analisado nesta tese prevê a instalação de novos equipamentos de manobra, os quais permitem aumentar a flexibilidade das redes e minimizar as conseqüências negativas das possíveis falhas no fornecimento de energia. Entretanto, a instalação de novos equipamentos de comutação ou a redistribuição dos já existentes, cria a possibilidade de se analisar novamente os locais de abertura dos alimentadores em regimes de funcionamento normal. Neste caso, como critério serve, por 124 exemplo, a possibilidade de redução das perdas de potência em regime de demanda máxima. A complexidade da solução deste problema se deve ao seguinte fator. Para o seccionamento ótimo é suficiente analisar um único alimentador. Contudo, para tomar uma decisão a respeito da eficiência da reconfiguração da rede são necessários dados adicionais sobre todos os alimentadores adjacentes. Para a decisão sobre qual o melhor ponto de abertura da malha, considerando um único alimentador é possível através da construção preliminar de certas características equivalentes definidas para cada equipamento de comutação, considerando os alimentadores de cada lado deste equipamento. Estas características equivalentes podem ser definidas na etapa de estimação de estado das redes de distribuição. A seguir, considerando o diagrama unifilar representado na Fig. 8.8 será analisado um fragmento de redes de distribuição, sob o ponto de vista de perdas de potência. 1 z Rz 2 R2 R1 I1 I2 Iz -1 z+1 Rz+1 Iz Iz +1 I a montante da chave Iz +2 n+1 Rn+1 n Rn z+2 Rz+2 In -1 In II a jusante da chave Figura 8.8 – Fragmento de rede de distribuição Para o lado “I” do alimentador a montante da chave NA, tem-se ⎛ z ⎞ ⎜ ⎟ ∆PI = 3∑ Ri ⎜ ∑ I j ⎟ i =1 ⎜ j =1 ⎟ ⎝i ←j ⎠ 2 z onde, Ri é a resistência do trecho i do alimentador; I j é a corrente da carga do trecho j ; i representa os trecho da rede de distribuição; j representa os nós do alimentador; (8.13) 125 z ∑I j =1 i←j j define-se como a soma de todas as cargas dos nós j que fornecem energia para o trecho i . Analisando o lado “II” do alimentador, a jusante da chave NA ⎛ n ⎞ ⎜ ⎟ ∆PII = 3 ∑ Ri ⎜ ∑ I j ⎟ i= z +2 ⎜ j = z +1 ⎟ ⎝i← j ⎠ 2 n +1 (8.14) Neste caso foi desconsiderado o trecho Rz +1 porque é o trecho onde está localizada a chave NA. Para verificar a eficiência da mudança do ponto de interligação entre os dois alimentadores, faz-se uma segunda análise, considerando o deslocamento da chave NA para a direita, Fig. 8.9. z Rz Iz -1 z+1 Rz+1 Iz z+3 Rz+3 z+2 Rz+2 Iz+1 Iz +2 n Rn Iz +3 In -1 n+1 Rn+1 In II’ a jusante da chave I’ a montante da chave Figura 8.9 – Diagrama unifilar considerando o deslocamento da chave para a direita. ⎛ z +1 ⎞ ⎜ ⎟ ' ∆PI = 3∑ Ri ⎜ ∑ I j ⎟ i =1 ⎜ j =1 ⎟ ⎝i← j ⎠ 2 z +1 ⎛ n ⎞ ⎜ ⎟ ' ∆PII = 3 ∑ Ri ⎜ ∑ I j ⎟ i = z +3 ⎜ j=z+2 ⎟ ⎝i ← j ⎠ 2 n +1 Para definir a variação das perdas de potência considerando o deslocamento do ponto de interligação para a direita, calcula-se 126 2 ⎛ z +1 ⎞ z ⎜ ⎟ ' d δ (∆PI ) = ∆PI − ∆PI = 3∑ Ri ⎜ ∑ I j ⎟ − 3∑ Ri i =1 i =1 ⎜ j =1 ⎟ ⎝i← j ⎠ z +1 ⎛ z ⎞ ⎜ ⎟ ⎜∑Ij⎟ ⎜ j =1 ⎟ ⎝i← j ⎠ 2 2 ⎛ n ⎞ ⎛ n ⎞ n +1 ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ' d δ (∆PII ) = ∆PII − ∆PII = 3 ∑ Ri ⎜ ∑ I j ⎟ − 3 ∑ Ri ⎜ ∑ I j ⎟ i = z +3 i=z+2 ⎜ j=z+2 ⎟ ⎜ j = z +1 ⎟ ⎝i← j ⎠ ⎝i← j ⎠ (8.15) 2 n +1 (8.16) δ (∆P ) = [δ (∆PI ) − δ (∆PII ) ] (8.17) ⎡ z ⎛ z ⎞ ⎛ n +1 ⎞⎤ n n +1 ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎢ δ (∆P) = 6 I P ⎢∑ I j ⎜ ∑ Ri ⎟ − ∑ I j ⎜ ∑ Ri ⎟⎥⎥ + 3I P2 ∑ Ri j =1 i =1 ⎜ i =1 ⎟ j = z + 2 ⎜ i = z + 2 ⎟⎥ ⎢⎣ ⎝ i∈α j ⎠ ⎝ i∈ α j ⎠⎦ (8.18) d d d d As transformações das equações 8.15, 8.16, 8.17 e 8.18 estão apresentadas no Apêndice Q. No caso da tentativa de mudança da chave NA para o trecho seguinte em direção à esquerda, ⎡ n ⎛ n +1 ⎞ z ⎛ z ⎞⎤ n +1 ⎜ ⎜ ⎟ ⎟ ⎢ δ (∆P) = 6 I P ⎢ ∑ I j ⎜ ∑ Ri ⎟ − ∑ I j ⎜ ∑ Ri ⎟⎥⎥ + 3I P2 ∑ Ri j = z +1 ⎜ i = z + 2 i =1 ⎟ j =1 ⎜ i =1 ⎟ ⎝ i∈α j ⎠ ⎝ i∈ α j ⎠⎦⎥ ⎣⎢ e Supondo que, Rz +1 = RP I z +1 = I P (8.19) z z i =1 j =1 M I = ∑ Ri ∑ I j M II = n +1 ∑ i= z+2 Ri (8.20) n ∑I j = z +2 j (8.21) 127 z RI = ∑ Ri i =1 RII = n +1 n ∑ R ∑I i= z+2 i j = z+2 j R∑ = RI + RII + R p (8.22) Resultando em, δ (∆P)d = 6 I P ( M I − M II ) + 3I P2 ⋅ R∑ (8.23) δ (∆P) e = 6 I P ( M II − M I ) + 3I P2 ⋅ R∑ (8.24) Aplicando as equações acima, pode-se definir o ponto de instalação da chave NA de acordo com as condições a seguir relacionadas: se δ (∆P ) < 0 mudar a chave NA para a direita, d se δ (∆P ) < 0 mudar a chave NA para a esquerda. e Quando os resultados não corresponderem a nenhuma das alternativas acima a chave deve permanecer no lugar onde estava instalada inicialmente. Ou analisado e reagrupando as equações, as condições anteriores acima podem ser apresentadas da seguinte forma: se M II − M I > se M I − M II > I p ⋅ R∑ 2 mudar a chave NA para a direita, I P ⋅ R∑ mudar a chave NA para a esquerda. 2 Quando os resultados não corresponderem a nenhuma das alternativas acima a chave deve permanecer no lugar onde estava instalada inicialmente. É possível mostrar que os resultados obtidos têm caráter geral. Eles servem não somente para o caso quando é necessário analisar a eficiência das alterações do ponto de abertura entre um trecho e o trecho adjacente, mas também podem ser utilizados para verificar as possibilidades de redistribuição do conjunto de trechos incluindo a presença de derivações. Neste caso, nas equações (8.23) e (8.24) no lugar do parâmetro Ip deve ser colocada a carga 128 do trecho onde está prevista a colocação do equipamento NA. No Apêndice Q é apresentado um exemplo que pode ilustrar estas considerações. Os resultados obtidos permitem depois da solução do problema de localização ótima de equipamento de comutação analisar a eficiência de redistribuição das cargas elétricas entre alimentadores com objetivo de redução das perdas de potência. CAPÍTULO 9 FERRAMENTA COMPUTACIONAL E RESULTADOS PRÁTICOS Os algoritmos desenvolvidos nesta tese foram implementados através de uma ferramenta computacional que permite visualizar a topologia da rede, faz o cálculo do fluxo de potência, através de dados de demanda máxima, médias diárias, semestral ou anual com as grandezas de tensão, corrente, potência ativa e reativa além das perdas de energia do alimentador analisado. A determinação destas informações é indispensável para a localização ótima dos equipamentos de comutação, pois cada equipamento tem suas próprias características e não podem ser usados indiscriminadamente, por isso é necessário considerar as suas limitações de corrente para a sua instalação. Para a validação da ferramenta computacional foram utilizados alimentadores reais da RGE de forma a verificar e comparar os resultados obtidos através dos algoritmos de otimização com a instalação das chaves existentes determinada por especialistas da empresa baseados na experiência prática. A Fig. 9.1 mostra a tela inicial, juntamente com os vários alimentadores disponíveis para a avaliação e otimização da confiabilidade. Na Fig. 9.2 estão reunidas as janelas: a que determina o cálculo do fluxo de potência, a que permite ajustar o valor da corrente e a que informa o número de iterações realizadas. É importante salientar que o arquivo de dados de cada alimentador trás a informação do valor da tensão de operação do alimentador e este valor pode ser ajustado, como também pode ser mudado o valor da corrente de acordo com as medidas realizadas na saída das subestações. A Fig. 9.3 mostra um trecho do alimentador BGO1 103 que é o alimentador 3 de 13,8 kV da SE Bento Gonçalves com os equipamentos instalados. 130 Figura 9.1 – Tela de abertura da ferramenta computacional. Figura 9.2 – Janelas que disponibilizam a escolha da tensão e da corrente. A ferramenta computacional oferece a possibilidade de avaliar o algoritmo de otimização utilizando as duas características de confiabilidade propostas, energia não fornecida e consumidores-hora sem fornecimento de energia. Também permite a simulação de várias possibilidades de localização ótima dos equipamentos de comutação que serão mostradas a seguir. 131 Figura 9.3 – Detalhe do alimentador BG1 103. 9.1 Localização de equipamentos com restrições para o número de equipamentos Neste item são mostradas as soluções ótimas da localização de vários tipos de equipamentos de comutação utilizando como restrição o número de equipamentos disponíveis utilizando o alimentador BGO1 103, Fig. 9.4. Para a realização da análise através da ferramenta computacional, foi utilizado como tempo de localização a parcela de tempo que inclui o tempo de despacho mais o tempo de deslocamento, neste caso, 30 minutos. Para tempo de serviço foram considerados 60 minutos e para taxa de falhas foi utilizado o valor de 0,25 falhas por quilômetro por ano, Fig. 9.4. Primeiramente, o algoritmo para avaliação e otimização da confiabilidade em redes de distribuição, é utilizado para a localização ótima de chaves facas buscando minimizar o valor da energia não fornecida considerando os equipamentos já existentes. Foram instaladas 132 as cinco chaves facas disponíveis resultando numa redução de 15% no valor da energia não fornecida. Aqui, cabe uma observação quanto ao gráfico de desempenho, onde se observa a eficiência da instalação de cada chave. O ponto denominado “1”, sempre expressará à situação do alimentador sem o acréscimo de nenhum equipamento de comutação recomendado pelo algoritmo. DESEMPENHO kVAh 5,000 1 4,800 2 kVAh 4,600 3 4,400 4 5 4,200 6 4,000 3,800 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.4 – Chaves facas, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. A Fig. 9.5 mostra o detalhe de um trecho onde foi inserida a chave faca com prioridade 1, juntamente com as chaves já instaladas no alimentador, desta forma é possível verificar a localização dos equipamentos já existentes e os equipamentos localizados de acordo com o algoritmo. Este procedimento também pode ser utilizado para a comparação entre a localização proposta e a existente. 133 Figura 9.5 – Zoom de um detalhe da Fig. 9.4. A prioridade de instalação é mostrada através da numeração das chaves, ou seja, a chave de maior prioridade, ou a que reduz de forma mais significativa o valor da energia não fornecida é a de número 1 e assim sucessivamente. Juntamente com a localização das chaves, a ferramenta computacional permite visualizar o gráfico do desempenho das chaves instaladas. A Fig. 9.6 mostra a localização ótima das chaves facas desconsiderando-se a presença dos equipamentos de comutação existentes através da minimização do valor da energia não fornecida, com restrições para o número de equipamentos. Neste caso, igual a 5 equipamentos disponíveis, obtendo-se uma redução no valor da energia não fornecida de 32%. 134 DESEMPENHO kVAh 8,000 1 7,000 2 3 6,000 4 5 kVAh 5,000 6 4,000 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 4 Número de chaves 5 6 Figura 9.6 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. O processo de otimização proposto no Capítulo 8 prevê a utilização simultânea do algoritmo de minimização e maximização. Para o alimentador em análise foi realizada a otimização da confiabilidade através da minimização do valor da energia não fornecida com restrições econômicas na forma da quantidade de chaves disponíveis (Fig. 9.6). Considerando-se que o algoritmo proposto permite realizar somente soluções quase ótimas, o problema foi resolvido duas vezes. Primeiramente, foram instaladas sucessivamente, uma por uma, as chaves disponíveis. Em segundo lugar, a solução foi obtida a partir da retirada sucessiva das chaves até a quantidade permissível (Fig. 9.7). Observa-se que a solução encontrada através do algoritmo de minimização é confirmada pelo algoritmo de maximização coincidindo na localização e na prioridade de instalação e retirada. Por exemplo, a primeira chave a ser instalada de acordo com o algoritmo de minimização é a última chave a ser retirada pelo algoritmo de maximização. Estes resultados em função da energia não fornecida, expressos em kVAh são mostrados no Quadro 9.1. 135 Figura 9.7 – Chaves facas – algoritmo de minimização e maximização – energia não fornecida por quantidade de equipamentos. Energia Algoritmo de não Minimização fornecida em Algoritmo de kVAh-ano Maximização Sem Chaves +1ª Chave +2ª Chave +3ª Chave +4ª Chave +5ª Chave 7.593 6.737 6.124 5.681 5.387 5.174 Com 5 Chaves -1ª Chave -2ª Chave -3ª Chave -4ª Chave -5ª Chave 5.174 5.387 5.681 6.124 6.737 7.593 Quadro 9.1 – Valores de energia não fornecida para o algoritmo de minimização e maximização. A análise realizada foi sob o aspecto da característica de confiabilidade – energia não fornecida, que em outras palavras significa redução no faturamento da empresa. A mesma análise será realizada considerando-se a outra característica proposta – consumidores-hora sem fornecimento de energia, que terá influência direta nos indicadores DEC e FEC. 136 Com o objetivo de minimizar o número de consumidores sem fornecimento de energia foi utilizado como restrição a mesma quantidade de equipamentos de comutação, considerando-se os equipamentos já instalados no alimentador. Como resultado foi obtido a mesma localização recomendada sob o critério da energia não fornecida, mostrado na Fig. 9.4. Este resultado pode ser atribuído à localização dos equipamentos de comutação já existentes no alimentador ou a demanda ser proporcional ao número de consumidores. Quando a mesma condição é aplicada ao alimentador sem nenhum equipamento de comutação instalado, o resultado obtido é mostrado na Fig. 9.8. DESEMPENHO Consumidores-hora Consumidores-hora 5,000 4,800 1 4,600 2 4,400 3 4 4,200 5 4,000 6 3,800 3,600 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.8 – Chaves facas – sem equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. O algoritmo de maximização foi aplicado também para a característica de confiabilidade – consumidores-hora sem fornecimento de energia. A configuração do alimentador é apresentada na Fig. 9.9. O resultado obtido através dos dois algoritmos foi idêntico. O Quadro 9.2 mostra o aumento ou a redução do número de consumidores de acordo com a instalação de cada chave. 137 Figura 9.9 – Chaves facas – algoritmo de minimização e maximização – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos. Algoritmo de Quantidade de consumidoreshora Minimização Algoritmo de Maximização Sem Chaves +1ª Chave +2ª Chave +3ª Chave +4ª Chave +5ª Chave 4.758 4.530 4.451 4.209 4.119 4.052 Com 5 Chaves -1ª Chave -2ª Chave -3ª Chave -4ª Chave -5ª Chave 4.052 4.119 4.209 4.451 4.530 4.758 Quadro 9.2 – Número de consumidores-hora sem energia para o algoritmo de minimização e maximização. O mesmo estudo realizado para chaves facas também pode ser realizado para chaves fusíveis. As telas obtidas são mostradas através das Fig. 9.10, Fig. 9.11 e Fig. 9.12. A Fig. 9.10 mostra o resultado obtido quando foi escolhida a opção para a localização das chaves fusíveis considerando-se a característica de confiabilidade – energia não fornecida – e o número de equipamentos igual a 5, considerando-se os equipamentos existentes. Observa-se que as chaves fusíveis estão localizadas nos ramais enquanto as chaves 138 facas estão situadas no tronco do alimentador. Esta situação não poderia ser diferente, pois enquanto a chave faca tem capacidade para interromper 400 A, a chave fusível atua para uma corrente de até 25 A. DESEMPENHO kVAh 6,000 1 5,000 2 kVAh 4,000 3 4 5 6 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.10 – Chaves fusíveis – com equipamentos existentes – energia não fornecida por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. A Fig. 9.11 mostra que com a localização das chaves fusíveis desconsiderando-se os equipamentos existentes, obteve-se uma redução de 35% na energia não fornecida para todo o alimentador. Observa-se que nenhuma chave fusível foi localizada no tronco do alimentador. É importante salientar que a localização das chaves fusíveis realizada pelo algoritmo coincide nas chaves 2 e 4 com a localização definida pelos especialistas da concessionária, Fig. 9.11 e Fig. 9.5. 139 DESEMPENHO kVAh 8,000 1 7,000 2 kVAh 6,000 3 4 5,000 5 6 4,000 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.11 – Chaves fusíveis – sem equipamentos existentes – energia não fornecida por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. A Fig. 9.12 mostra a localização de chaves fusíveis utilizando o algoritmo de minimização e maximização, também neste caso a inserção e a retirada das chaves são idênticas, o que confirma os resultados obtidos. O resultado em função dos valores de energia não fornecida está representado no Quadro 9.3, expressa em kVAh por ano para a retirada e a inserção de cada chave. Energia não fornecida Algoritmo de Minimização em kVAh-ano Algoritmo de Maximização Sem Chaves +1ª Chave +2ª Chave +3ª Chave +4ª Chave +5ª Chave 7.593 6.673 6.009 5.532 5.213 4.929 Com 5 Chaves -1ª Chave -2ª Chave -3ª Chave -4ª Chave -5ª Chave 4.929 5.213 5.532 6.009 6.673 7.593 Quadro 9.3 – Valores de energia não fornecida para o algoritmo de minimização e maximização. 140 Figura 9.12 – Chaves fusíveis – algoritmo de minimização e maximização – energia não fornecida por quantidade de equipamentos. A localização das chaves sob o critério de consumidores-hora sem fornecimento de energia é a mesma obtida quando foi utilizado o critério da energia não fornecida considerando-se os equipamentos existentes e desconsiderando-se os equipamentos existentes, Fig. 9.10 e Fig. 9.11, respectivamente. A utilização da característica de confiabilidade, consumidores-hora sem fornecimento através do algoritmo de minimização e maximização é mostrado na Fig. 9.13. O Quadro 9.4 mostra a redução ou aumento do número de consumidores de acordo com a instalação ou retirada de cada chave. 141 Figura 9.13 – Chaves fusíveis – algoritmo de minimização e maximização – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos. Algoritmo de Quantidade de Minimização consumidoreshora Algoritmo de Maximização Sem Chaves +1ª Chave +2ª Chave +3ª Chave +4ª Chave +5ª Chave 4.758 4.211 3.798 3.491 3.293 3.114 Com 5 Chaves -1ª Chave -2ª Chave -3ª Chave -4ª Chave -5ª Chave 3.114 3.293 3.491 3.798 4.211 4.758 Quadro 9.4 – Número de consumidores-hora sem energia para o algoritmo de minimização e maximização. A análise completa pode ser realizada para a possibilidade de instalação de religadores. Claro que esta possibilidade deverá ser criteriosamente avaliada devido ao alto custo deste equipamento. Mas para comprovar o algoritmo proposto é interessante este exame para apenas um critério, neste caso foi escolhida a localização de religadores desconsiderando-se os equipamentos existentes através da característica de confiabilidade – energia não fornecida, Fig. 9.14. 142 DESEMPENHO kVAh 8,000 1 7,000 2 kVAh 6,000 3 4 5,000 5 6 4,000 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 4 5 6 Número de religadores Figura 9.14 – Religadores, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos. Outra opção para a localização ótima de equipamentos de comutação é a possibilidade de inserir a quantidade de equipamentos obedecendo ao critério de custo crescente. A Fig. 9.15 mostra o valor atribuído a cada equipamento, cujo custo pode ser alterado de acordo com as variações dos preços de mercado. 143 Figura 9.15 – Tela que mostra a os valores atribuídos a cada equipamento de comutação. A Fig. 9.16 mostra a localização dos 5 equipamentos de comutação através do algoritmo de minimização da energia não fornecida sendo que a solução recomendada foi: instalação de 3 chaves facas e 2 chaves fusíveis. Considerando-se os equipamentos já instalados foi alcançada uma redução de 21% com investimento de R$2.600,00 (dois mil e seiscentos reais). Quando se desconsidera os equipamentos existentes, Fig. 9.17, a distribuição de equipamentos torna-se igual a 4 chaves facas e 1 chave fusível, obtendo-se uma redução no valor da energia não fornecida de 36% a um custo de R$ 2.550,00 (dois mil quinhentos e cinqüenta reais). As mesmas alternativas podem ser aplicadas para a característica de confiabilidade – número de consumidores sem fornecimento de energia. Os resultados obtidos são mostrados nas Fig. 9.18. 144 DESEMPENHO kVAh 6,000 1 5,000 2 kVAh 4,000 3 4 5 6 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.16 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos. DESEMPENHO kVAh 8,000 1 7,000 2 kVAh 6,000 3 4 5,000 5 6 4,000 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.17 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos. 145 A topologia do alimentador com a localização dos equipamentos quando foi utilizado o critério do número de consumidores sem energia, considerando-se os equipamentos existentes é a mesma mostrada na Fig. 9.16. No entanto, quando se desconsidera os equipamentos existentes a resposta obtida é diferente da resposta para o critério da energia não fornecida e está representada na Fig.9.18. A composição dos equipamentos foi definida como 2 chaves facas e 3 chaves fusíveis obtendo-se uma redução de 30% no número de consumidores sem fornecimento de energia com um custo de R$ 2.650,00 (dois mil seiscentos e cinqüenta reais). DESEMPENHO Consumidores-hora Consumidores-hora 5,000 1 2 4,000 3 4 5 3,000 6 2,000 1,000 0 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.18 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por quantidade de equipamentos através do algoritmo de minimização. 9.2 Localização de equipamentos utilizando restrições para a diferença de desempenho Neste item será testada a inserção de equipamentos de comutação até que seja alcançado o desempenho estipulado no menu de opções. 146 Para melhor ilustrar o processo de cálculo será utilizado, agora, o alimentador CAC2 201, que é o alimentador 1 de 23kV da SE Cachoeirinha 2. Foi alterado o tempo de localização para 20 minutos, o tempo de serviço para 30 minutos e a taxa de falhas 0,36 falhas por quilômetro. Os testes serão realizados para todas as possibilidades considerando-se ou desconsiderando-se a presença dos equipamentos já existentes no alimentador. Para este tipo de alternativa o algoritmo poderá ser interrompido quando a diferença de desempenho entre a inserção de um equipamento e do próximo for menor do que 1% (Fig. 9.19). Figura 9.19 – Mensagem de interrupção do processo de cálculo em função da eficiência da inserção dos equipamentos. A Fig. 9.20 mostra que foi possível alcançar uma melhoria de somente 14% no desempenho do alimentador CAC2 201 (o objetivo era alcançar 15%), pois o algoritmo foi interrompido quando a diferença de desempenho entre a inserção de um equipamento e o próximo foi menor do que 1% (Fig. 9.19). Foram instaladas 6 chaves facas. 147 DESEMPENHO kVAh 8,800 1 8,400 2 kVAh 8,000 3 4 7,600 5 6 7 7,200 6,800 6,400 1 2 3 4 5 6 7 Número de chaves Figura 9.20 – Chaves facas, com equipamentos existentes – por diferença de desempenho para algoritmo de minimização da energia não fornecida. Para comprovar a lógica de interrupção expressa na Fig. 9.19, o Quadro 9.5 mostra a redução da energia não fornecida após a instalação de cada chave. Energia em Sem Chaves +1ª Chave +2ª Chave +3ª Chave +4ª Chave +5ª Chave +6ª Chave kVAh-ano 8.558 8.142 7.859 7.645 7.516 7.428 7.357 Quadro 9.5 – Redução da energia não fornecida, algoritmo de minimização. O resultado da aplicação da característica de confiabilidade da energia não fornecida com o objetivo de redução de 15% desconsiderando-se os equipamentos existentes é apresentado na Fig. 9.21. Observa-se que com apenas 3 equipamentos foi possível alcançar a melhoria requerida. 148 DESEMPENHO kVAh 14,000 1 kVAh 13,000 2 12,000 3 4 11,000 10,000 1 2 3 4 Número de chaves Figura 9.21 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – por diferença de desempenho para minimização da energia não fornecida. A topologia do alimentador, quando o objetivo é reduzir o número de consumidores sem fornecimento de energia considerando os equipamentos já instalados, definindo-se como critério a redução de 15% no número de consumidores cujo fornecimento de energia seria interrompido, é mostrada na Fig. 9.22. Quando foram desconsiderados os equipamentos existentes, a distribuição dos equipamentos no alimentador está indicada na Fig. 9.23, totalizando a inserção de 2 chaves e obtendo-se uma redução de 17% na quantidade de consumidores sem energia 149 DESEMPENHO Consumidores-hora 9,000 Consumidores-hora 1 8,500 2 3 8,000 4 5 7,500 6 7 8 7,000 6,500 1 2 3 4 5 6 7 8 Número de chaves Figura 9.22 – Chaves facas, com equipamentos existentes – por diferença de desempenho para minimização do número de consumidores-hora sem energia. DESEMPENHO Consumidores-hora Consumidores-hora 15,000 1 14,000 13,000 2 3 12,000 11,000 10,000 1 2 3 Número de chaves Figura 9.23 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – por diferença de desempenho para minimização do número de consumidores-hora sem energia. 150 A mesma análise realizada para chaves facas será realizada para chaves fusíveis, ou seja o processo de cálculo será finalizado quando for atingido o objetivo de melhorar a eficiência em 15%, ou quando a inserção de mais um equipamento apresentar uma diferença em termos de rendimento menor do que 1%. A análise inicia-se com a Fig. 9.24 com a inserção de chaves fusíveis considerandose os equipamentos já existentes no alimentador em estudo. O objetivo foi alcançado, melhoria de 22% no desempenho do alimentador sob o ponto de vista da energia não fornecida com a inserção de 2 chaves fusíveis. DESEMPENHO kVAh 9,000 1 8,000 2 7,000 3 kVAh 6,000 5,000 4,000 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 Número de chaves Figura 9.24 – Chaves fusíveis, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. A Fig. 9.25 mostra a localização dos equipamentos de comutação quando foi considerado o alimentador sem nenhum equipamento instalado. Claro que, neste caso, a melhoria de 15% no desempenho será alcançada com um número menor de equipamentos. 151 DESEMPENHO kVAh 16,000 14,000 1 kVAh 12,000 2 10,000 8,000 6,000 4,000 2,000 0 1 2 Número de chaves Figura 9.25 – Chaves fusíveis, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. O critério de diferença de desempenho será aplicado para a característica de confiabilidade – consumidores-hora sem fornecimento de energia, considerando-se a instalação de chaves fusíveis. Para a opção que considera os equipamentos existentes, a localização e número de chaves foram iguais à obtida para a característica energia não fornecida, Fig. 9.24. Da mesma forma o resultado para o número de consumidores foi igual ao da energia não fornecida quando foram desconsiderados os equipamentos existentes, Fig. 9.25. Novamente, para a instalação de religadores, a análise sob o critério de desempenho será realizada apenas para uma característica de confiabilidade – consumidores-hora sem energia, considerando-se o alimentador com os equipamentos de comutação já instalados. O resultado é apresentado na Fig. 9.26. 152 DESEMPENHO Consumidores-hora Consumidores-hora 10,000 1 8,000 6,000 2 4,000 2,000 0 1 2 Número de religadores Figura 9.26 – Religadores, com equipamentos existentes – consumidores sem energia por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. Outra opção para a localização ótima de equipamentos de comutação “misto x custo” é a possibilidade de inserir a quantidade de equipamentos obedecendo ao critério de custo crescente considerando a diferença de desempenho. Para mostrar a performance do algoritmo foi aumentado o objetivo a ser atingido para 35% de redução na energia não fornecida ou redução do número de consumidores-hora sem fornecimento de energia. É importante lembrar que é possível adequar os custos dos equipamentos de acordo com o preço de mercado, conforme Fig. 9.15. Os resultados destas opções são mostrados nas Fig. 9.27, 9.28, 9.29 e 9.30. 153 DESEMPENHO kVAh 9,000 1 8,000 2 7,000 3 kVAh 6,000 4 5 5,000 6 7 4,000 3,000 2,000 1,000 0 1 2 3 4 5 6 7 Número de chaves Figura 9.27 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – energia não fornecida por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. DESEMPENHO kVAh 16,000 14,000 1 kVAh 12,000 2 10,000 3 4 5 8,000 6,000 4,000 2,000 0 1 2 3 4 5 Número de chaves Figura 9.28 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – energia não fornecida por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. 154 DESEMPENHO Consumidores-hora Consumidores-hora 10,000 1 8,000 2 3 4 6,000 5 6 7 4,000 2,000 0 1 2 3 4 5 6 7 Número de chaves Figura 9.29 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. DESEMPENHO Consumidores-hora 16,000 1 Consumidores-hora 14,000 12,000 2 10,000 3 4 5 8,000 6,000 4,000 2,000 0 1 2 3 4 5 Número de chaves Figura 9.30 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – consumidores-hora sem energia por diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. 155 9.3 Localização de equipamentos utilizando restrições por número de equipamentos ou diferença de desempenho Este item permitirá testar as características de confiabilidade energia não fornecida e consumidores-hora sem fornecimento de energia, considerando-se a inserção de equipamentos até que uma das restrições seja violada. São elas: número de equipamentos ou diferença de desempenho. Em outras palavras, o processo de cálculo será interrompido quando todos os equipamentos designados forem instalados ou quando for atingida a melhoria solicitada. Aqui, cabe salientar que o processo iterativo será sempre interrompido quando a diferença da eficiência entre a inserção de um equipamento e o próximo for menor que 1%, sendo que esta restrição é predominante sobre todas as demais. Isto se justifica em função do custo benefício relacionado ao investimento necessário à aquisição do equipamento e o retorno da instalação deste equipamento em termos de energia não fornecida ou consumidores-hora sem fornecimento de energia. Esta análise será iniciada com a inserção de chaves facas, utilizando-se o alimentador FAR 111 que identifica o alimentador 11 da subestação de Farroupilha da classe de 13,8 kV . A Fig. 9.31 mostra que foi possível alcançar a melhoria de 5% no desempenho do alimentador sob o critério da energia não fornecida com a instalação de apenas 2 chaves. 156 DESEMPENHO kVAh 44,500 1 44,000 kVAh 43,500 43,000 42,500 2 42,000 3 41,500 41,000 40,500 1 2 3 Número de chaves Figura 9.31 – Chaves facas, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. No caso da Fig. 9.32 o algoritmo foi interrompido quando a melhoria atingiu 19 % com a instalação das 5 chaves previstas. A análise para o número de consumidores sem fornecimento de energia, considerandose os equipamentos existentes, é mostrada na Fig. 9.33. Para este caso, sem a inserção de nenhuma nova chave, o número de consumidores-hora sem fornecimento de energia era de 43.999, após a inserção da primeira chave esse número caiu para 42.277, com a segunda chave o número foi de 41.883, sendo que o algoritmo foi interrompido porque a diferença para inserção da próxima chave foi menor do 1%. Quando se desconsidera os equipamentos existentes, a localização das chaves facas é igual a Fig. 9.31. 157 DESEMPENHO kVAh 70,000 1 60,000 2 3 kVAh 50,000 4 5 6 40,000 30,000 20,000 10,000 0 1 2 3 4 5 6 Número de chaves Figura 9.32 – Chaves facas, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. DESEMPENHO Consumidores-hora 44,500 1 Consumidores-hora 44,000 43,500 43,000 42,500 2 42,000 3 41,500 41,000 40,500 1 2 3 Número de chaves Figura 9.33 – Chaves facas, com equipamentos existentes – consumidores sem energia, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. 158 A análise será repetida para a instalação de chaves fusíveis, os resultados serão mostrados através das Fig. 9.34, 9.35, 9.36 e 9.37. A redução de 28% no valor da energia não fornecida quando se considera os equipamentos de comutação já instalados no alimentador é alcançada com a instalação de 3 chaves fusíveis, Fig. 9.34. No entanto, quando se desconsidera os equipamentos instalados, são necessárias apenas 2 chaves fusíveis para atingir a melhoria de 30%, Fig. 9.35. DESEMPENHO kVAh 50,000 1 kVAh 40,000 2 3 30,000 4 20,000 10,000 0 1 2 3 4 Número de chaves Figura 9.34 – Chaves fusíveis, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. Os resultados da aplicação da característica de confiabilidade – consumidores-hora sem fornecimento de energia, são os mesmos quando o critério utilizado foi de redução do valor da energia não fornecida mostrado na Fig. 9.34 e 9.35. A análise para religadores é mostrada apenas através da característica integral de confiabilidade – energia não fornecida considerando-se os equipamentos existentes Fig.9.36. 159 DESEMPENHO kVAh 70,000 1 60,000 kVAh 50,000 2 3 40,000 30,000 20,000 10,000 0 1 2 3 Número de chaves Figura 9.35 – Chaves fusíveis, sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. DESEMPENHO kVAh 50,000 1 40,000 2 kVAh 3 4 30,000 20,000 10,000 0 1 2 3 4 Número de religadores Figura 9.36 – Religadores, com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e diferença de desempenho através do algoritmo de minimização. 160 A análise será realizada para o critério que insere equipamentos de vários tipos e informa o custo desta medida para melhorar a confiabilidade do alimentador em estudo, para este caso o objetivo de melhoria no desempenho a ser atingido é de 35%. O resultado é apresentado nas Fig. 9.37. Figura 9.37 – Todos os equipamentos – com equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e desempenho através do algoritmo de minimização. Para a característica de confiabilidade – consumidores-hora sem fornecimento de energia, o resultado foi o mesmo encontrado para a característica de confiabilidade – energia não fornecida considerando os equipamentos existentes, Fig. 9.37. Porém quando os equipamentos instalados no alimentador são desconsiderados o resultado obtido é mostrado na Fig. 9.39. 161 Figura 9.38 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – energia não fornecida, por quantidade de equipamentos e desempenho através do algoritmo de minimização. Figura 9.39 – Todos os equipamentos – sem equipamentos existentes – consumidores sem energia, por quantidade de equipamentos e desempenho através do algoritmo de minimização. 162 Após toda análise realizada conclui-se que cada alimentador tem sua própria localização ótima dos equipamentos de comutação para cada característica integral de confiabilidade dependendo da distribuição de carga e de consumidores, da sua topologia, do tipo de equipamento de comutação a ser instalado, etc. CAPÍTULO 10 CONCLUSÕES E PESQUISAS FUTURAS O consumo “per capita” de energia elétrica e o índice de crescimento deste consumo indica o grau de desenvolvimento de um povo, dada a sua ligação direta com a produção industrial e o poder aquisitivo da população. Além disso, um sistema de energia elétrica, moderno deve oferecer aos consumidores uma boa qualidade de serviço com a segurança de um fornecimento contínuo, com o mínimo de interrupções, sejam elas programadas ou não, de curta ou longa duração. Considerando-se, que os consumidores exigem um serviço com cada vez menos interrupções, que o agente regulador exige das concessionárias de distribuição de energia elétrica indicadores de continuidade de serviço cada vez mais rigorosos, um instrumento que permita uma modelagem e otimização da confiabilidade do seu sistema é extremamente útil. As concessionárias devem ser as principais interessadas em manter um fornecimento de energia confiável, pois no caso de defeito deixam de vender o seu produto e podem ser penalizadas, pelo agente regulador, com a aplicação de multas. O sistema de distribuição historicamente sempre recebeu menos atenção do que os sistemas de geração e transmissão de energia elétrica, no entanto é o principal responsável pela interrupção do fornecimento de energia para os consumidores. Nos últimos anos, o sistema de distribuição começou a receber mais cuidado, principalmente durante o processo de reestruturação e privatização do setor elétrico ocorrido em vários países do mundo. Nesse trabalho, primeiramente foi verificada a situação brasileira, regional e estadual a respeito dos indicadores de continuidade do serviço de fornecimento de energia elétrica, DEC e FEC. Está análise permitiu constatar que o estado do Rio Grande do Sul e consequentemente suas concessionárias estão com seu desempenho médio abaixo do contexto 164 nacional, levando a concluir que medidas precisam ser tomadas de forma a melhorar o desempenho gaúcho quanto ao fornecimento de energia. Os indicadores DEC e FEC apurados pelas concessionárias não contribuem para a solução dos problemas de modelagem e otimização da confiabilidade, pois não identificam as causas e nem as ações necessárias para melhorar a confiabilidade do fornecimento de energia. Diante do exposto, foi necessária a criação de característica integrais de confiabilidade baseadas na topologia, localização dos equipamentos de comutação, cargas e consumidores atendidos fundamentadas nas informações disponíveis nas concessionárias. Tais características são: valor esperado de energia não fornecida ou número esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia. Estas características integrais de confiabilidade propostas estão de acordo com as características de confiabilidade brasileiras, e as completam como instrumento para solução dos problemas de otimização de confiabilidade. Para a determinação das características integrais de confiabilidade é necessária a aquisição de dados primários, tais como: freqüência de falhas, taxa de falhas e as parcelas do tempo de restabelecimento do fornecimento de energia. Estes dados que são obtidos da base de dados da concessionária e precisam ser validados de forma que as características de confiabilidade tenham valores confiáveis. Para a estimativa das características integrais de confiabilidade foi utilizada a matriz-lógico estrutural que permite determinar de forma analítica a função objetivo e restrições, limitando o custo do aumento da confiabilidade às condições impostas pela disponibilidade financeira da concessionária ou níveis requeridos de confiabilidade. A solução do problema de localização ótima dos equipamentos de comutação, utilizando os métodos exatos de otimização inteira ou discreta provoca dificuldades computacionais, especialmente levando-se em conta a dimensão do modelo a ser analisado, neste caso, os alimentadores do sistema de distribuição onde existe a possibilidade de instalação de um equipamento de comutação em cada trecho da rede. Com a finalidade de superar as dificuldades citadas foi sugerida uma combinação de algoritmos heurísticos e formais de otimização que levam a uma solução ótima ou quase ótima sem as desvantagens peculiares dos métodos exatos de otimização. Para a localização ótima dos equipamentos de comutação através do procedimento proposto pode ser utilizado tanto o algoritmo de minimização como o de maximização. A abordagem proposta permite, depois da solução do problema de localização ótima do equipamento de comutação, analisar a eficiência de redistribuição das cargas elétricas entre alimentadores com o objetivo de redução das perdas de potência. 165 10.3 Contribuições As etapas desenvolvidas neste trabalho foram: 1. Estabelecer as formulações do problema de otimização da confiabilidade em sistemas de distribuição considerando-se os interesses da concessionária e as informações disponíveis; 2. Analisar os dados estatísticos das interrupções do fornecimento de energia de uma concessionária gaúcha; 3. Modelar os indicadores de confiabilidade utilizando a matriz lógico-estrutural; 4. Analisar os métodos de otimização e algoritmos de adaptação da função objetivo e restrições para utilização de métodos de otimização discreta. 5. Desenvolver métodos heurísticos de otimização discreta, para a localização ótima de equipamentos de comutação em redes de distribuição. 6. Implementar os algoritmos desenvolvidos através de uma ferramenta computacional de forma a visualizar a topologia da rede e localizar os equipamentos instalados no alimentador. 7. Avaliar a eficiência das soluções propostas pela ferramenta computacional. 8. Aplicar os métodos e algoritmos desenvolvidos no projeto de P&D de uma concessionária gaúcha de energia elétrica. Através da utilização da ferramenta computacional desenvolvida foi possível verificar a configuração de cada alimentador e as várias alternativas para reduzir o valor esperado de energia não fornecida ou o número esperado de consumidores-hora sem fornecimento de energia. Constatou-se, que com investimentos relativamente pequenos é possível melhorar de forma significativa o desempenho dos alimentadores de distribuição, através da localização ótima de equipamentos de comutação. A localização ótima dos equipamentos de comutação é uma solução relativamente simples e com baixo custo que permitirá a concessionária melhorar sua atuação do ponto de vista da confiabilidade no fornecimento de energia. 166 10.2 Prosseguimento do trabalho A pesquisa futura deve concentrar-se em três áreas principais: - Analisar a incerteza das informações e sua influência para adequação da avaliação dos indicadores de confiabilidade e decisões tomadas através da utilização dos métodos de otimização propostos neste trabalho; - Implementar através da ferramenta computacional a possibilidade da escolha dos melhores pontos de interligações entre alimentadores; - Ampliar a pesquisa econômica de forma a verificar o custo/benefício da instalação dos equipamentos comparados ao prejuízo causado pela interrupção no fornecimento de energia. BIBLIOGRAFIA [1]. BILLINTON, R.; ALLAN R.; Reliability evaluation of power systems. Pitmann book. N.Y., London, 1984. [2]. BILLINTON, R.; CUI, L.; PAN, Z.; Quantitative reliability considerations in the determination of performance-based rates and customer service disruption payments. IEE Proceedings Generation, Transmission and Distribution, v. 149 Issue: 6, pp. 640 -644, Nov. 2002. [3]. BILLINTON, R.; GAN, L.; Monte Carlo Simulation model for multiarea generation system reliability studies. IEE Proceedings Generation, Transmission and Distribution, v. 140 Issue: 6, pp. 532 –538, Nov. 1993 C. [4]. WANG Z., SHOKOOH F.; OIU J.; An efficient algorithm for assessing reliability indexes of general distribution system. IEEE Transactions on Power Systems, v. 17, n. 3, pp. 608-614, 2002. [5]. CHANG W. F.; WU Y. C.; Optimal reliability design in an electrical distribution system via a polynomial-time algorithm. Electric Power and Energy Systems, n. 25, pp. 659-666, 2003. [6]. GOEL L.; OU Y.; Reliability worth assessment in radial distribution systems using the Monte Carlo simulation technique. Electric Power System Research, n. 51, pp. 43- 53, 1999. [7]. TSAO T.; CHANG H. C.; Composite reliability evaluation model for different types of distribution systems. IEEE Transactions on Power Systems, v. 18, n. 2, pp. 924-930, 2003. 168 [8]. ALLAN, R.; BILLINTON, R.; Power system reliability and its assessment III. Distribution systems and economic considerations. Power Engineering Journal [see also Power Engineer], v. 7 Issue: 4, pp. 185 –192, Aug. 1993. [9]. BILLINTON, R.; SINGH, G.D.; Reliability assessment of transmission and distribution systems considering repair in adverse weather conditions. Electrical and Computer Engineering, 2002. Canadian Conference on IEEE CCECE 2002, v.1, 12-15, pp. 88 –93, May 2002. [10]. BILLINTON R.; WANG P.; Distribution system reliability cost/worth analysis using analytical and sequential simulation technique. IEEE Transaction on Power Systems, v. 13, n. 3, pp. 1245-1250, 1998. [11]. BROWN R.; OCHOA J.; Distribution system reliability: default data and model validation. IEEE Transactions on Power Systems, v. 13, n. 2, pp. 704-709, 1998. [12]. WARREN C., AMMON R.; WELCH G.; A survey of distribution reliability measurement practices in the USA. IEEE Transaction on Power Delivery, v. 14, n. 1, pp. 250-257, 1999. [13]. HORTON W., GOLDBERG S.; HARTWELL R.; A cost/benefit analysis in feeder reliability studies. IEEE Transaction on Power Delivery, v. 4, n. 1, pp. 446-452, 1989. [14]. RODRIGUEZ, R.A.; VARGAS, A.; Penalty costs by electric service quality as real time decision making criteria on load restoration in MV networks. IEEE/PES Transmission and Distribution Conference and Exposition, 2001, v. 1 , 28 Oct.-2 pp.287 – 292, Nov. 2001. [15]. WARREN, C.A.; PEARSON, D.J.; SHEEHAN, M.T.; A nationwide survey of recorded information used for calculating distribution reliability indices. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 18 Issue: 2, April 2003. 169 [16]. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – Legislação Normativa – Resolução N° 24 de 27.01.2000 – Continuidade de Serviço. Disponível em http://www.aneel.gov.br/biblioteca.cfm?target=indexren. Acesso em 15 mar. 2004. [17]. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – Resolução N° 75 de 13.02.2003 – Altera dispositivos da Resolução N° 24 de 27.01.2000 – Continuidade de Serviço. Disponível em http://www.aneel.gov.br/biblioteca.cfm?target=indexren. Acesso em 15 mar. 2004. [18]. KAGAN, N.; OLIVEIRA, C. C. B.; Goal planning and risk analysis for distribution reliability indices. Electricity Distribution, 2001. Part 1: Contributions. CIRED. 16th International Conference and Exhibition on (IEE Conf. Publ No. 482), v. 2 , 18-21 pp. 6, June 2001. [19]. GILLIGAN, S. R.; A method for estimating the reliability of distribution circuits. IEEE Transactions on Power Delivery, V. 7 Issue: 2, pp. 694 –698, April 1992. [20]. BILLINTON, R.; WIJARN WANGDEE; Customer outage cost evaluation of an actual failure event. Electrical and Computer Engineering, 2002. IEEE CCECE 2002. Canadian Conference on May 2002, v.1, pp. 94 -99. [21]. FUMAGALLI, E.; BLACK, J.W.; ILIC, M.; VOGELSANG, I.; A reliability insurance scheme for the electricity distribution grid. IEEE Power Engineering Society Summer Meeting, 1, v. 1, pp.:261 – 266, July 2001. [22]. RAMIREZ-ROSADO, I. J.; BERNAL-AGUSTIN, J. L.; Reliability and costs optimization for distribution networks expansion using an evolutionary algorithm. IEEE Transactions on Power Systems, v. 16, Issue: 1, pp. 111 –118, Feb 2001. [23]. KJOLLE G., ROLFSENG L. DAHL E.; The economic aspect of reliability in distribution systems. IEEE Transaction on Power Delivery, v. 5, n. 2, pp. 1153-1157, 1990. 170 [24]. GOEL L.; BILLINTON R.; Determination of reliability worth for distribution system planning. IEEE Transaction on Power Delivery, v. 9, n. 3, pp. 1574-1583, 1994. [25]. LEVITIN G., MAZAL-TOV S.; ELMAKIS D.; Reliability indices of a radial distribution system with sectionalizing as a function of network structure parameters. Electric Power System Research, n. 36, pp. 73-80, 1996. [26]. MAKINEN, A.; PARTANEN, J.; LAKERVI, E.; A practical approach for estimating future outage costs in power distribution networks. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 5 Issue: 1, pp. 311 –316, Jan. 1990. [27]. KUNTZ, P.A.; CHRISTIE, R.D.; VENKATA, S.S.; A reliability centered optimal visual inspection model for distribution feeders. IEEE Transactions on Power Delivery,, v.16, Issue: 4, pp. 718 –723, Oct. 2001. [28]. EICKHOFF F., HANDSHIN E.; HOFFMANN W.; Knowledge based alarm handling and fault location in distribution networks. IEEE Transactions on Power Systems, v. 7, n. 2, pp. 770-776, 1992. [29]. TINE, J.G.; WALDER, D.A.; Improved distribution system reliability at northeast utilities: a case history. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 8, Issue: 2, pp. 689- 696, Apr 1993. [30]. ALLAN, R.N.; DA SILVA, M.G.; Evaluation of reliability indices and outage costs in distribution systems. IEEE Transactions on Power Systems, v. 10 Issue: 1, pp. 413 – 419, Feb. 1995. [31]. BILLINTON R.; JOUNAWITHULA S.; Optimal switching devices placement in radial distribution systems. IEEE Transactions on Power Delivery, V. 11, N. 4, 1991, pp. 1646-1651 [32]. LEVITIN S., MAZAL-TOV S.; ELMAKIS D.; Optimal allocation of sectionalizers in radial distribution networks. Proceedings of the 1995 Stockholm Power Tech. Conference, PS25-01-0034, pp. 761-764, 1995. 171 [33]. LONGO C.; PUNTEL W.; Evaluation of distribution system enhancement using value-based reliability planning procedures. IEEE Transactions on Power Systems, v. 15, n. 4, pp. 1148-1153, 2000. [34]. TOLLEFSON G., BILLINTON R.; WACKER G.; Comprehensive bibliography on reliability worth and electrical service consumer interruption costs: 1980-1990. IEEE Transaction on Power Systems, v. 6, n. 4, pp. 1508-1514, 1991. [35]. SANGHVI A.; Measurement and application of customer interruption cost/value of service for cost-benefit reliability evaluation: some commonly raised issues. IEEE Transaction on Power Systems, Vol. 5, No. 4, pp. 1333-1344, 1990. [36]. SULLIVAN M., VARDELL T.; Interruption cost, customer satisfaction and expectations for service reliability. IEEE Transaction on Power Systems, v. 11, n. 2, pp. 989-995, 1996. [37]. GATES J., BILLINTON R.; WACKER G.; Electrical service reliability worth evaluation for government, institutions and office buildings. IEEE Transactions on Power Systems, v. 14, n. 1, pp. 43-50, 1999. [38]. BILLINTON R.; WANG P.; Reliability worth of distribution system network reinforcement considering dispersed customer cost data. IEE Proceedings Generation, Transmission, Distribution, v. 146, n. 3, pp. 318-324, 1999. [39]. TOLLEFSON G., BILLINTON R., WAKER G., CHAN E.; AWEYA J.; A Canadian customer survey to assess power system reliability worth. IEEE Transactions on Power Systems, v. 9, n. 1, pp. 443-450, 1994. [40]. KOS P., BILLINTON R.; WACKER G.; Cost of electric power interruptions in the agricultural sector–statistical analysis. IEEE Transactions on Power Systems, v. 6, n. 4, pp. 1432-1438, 1991. 172 [41]. BILLINTON R.; PANDEY M.; Reliability worth assessment in a developing countryresidential survey results. IEEE Transactions on Power Systems, v. 14, n. 4, pp. 1226- 1231, 1999. [42]. PANDEY M.; BILLINTON R.; Reliability worth assessment in a developing countrycommercial and industrial survey results. IEEE Transactions on Power Systems, v. 14, n. 4, pp. 1232-1237, 1999. [43]. BILLINTON R., TOLLEFSON G.; WACKER G.; Assessment of electric service reliability worth. Electric Power and Energy Systems, v. 15, n. 2, pp. 95-100, 1993. [44]. KARIUKI K., ALLAN R.; Factors affecter customer outage cost due to electric service interruption. IEE Proceedings on Generation, Transmission and Distribution, v. 143, n. 6, pp.521-528, 1996. [45]. SANGHVI A.; Measurement and application of customer interruption cost/value of service for cost - benefit reliability evaluation: some commonly realised issues. IEEE Transactions on Power Systems, v. 5 n. 4, pp. 1333 – 1344, 1990. [46]. KARIUKI K., ALLAN R.; Assessment of customer outage cost due to electric service interruption: residential sector. IEE Proceedings on Generation, Transmission and Distribution, v. 143, n. 2, pp. 163-167, 1996. [47]. KARIUKI K.; ALLAN R.; Application of customer outage cost in system planning design and operation. IEE Proceedings on Generation, Transmission and Distribution, v. 143, n. 4, pp. 305-312, 1996. [48]. CHEN R. L., ALLEN K.; BILLINTON R.; Value-based distribution reliability assessment and planning. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 10, n. 1, pp. 421- 429, 1995. [49]. BURNS S.; GROSS G.; Value of service reliability. IEEE Transaction on Power Systems, v. 5, n. 3, pp. 825-834, 1990. 173 [50]. GOEL L.; BILLINTON R.; Evaluation of interrupted energy assessment rates in distribution systems. IEEE Transaction on Power Delivery, v. 6, n. 4, pp. 1876-1882, 1991. [51]. KARIUKI K.; ALLAN R.; Evaluation of reliability worth and value of lost load. IEE Proceedings Generation, Transmission, Distribution, v. 143, n. 2, pp. 171-180, 1996. [52]. WANG, P., BILLINTON, R.; Optimum load-shedding technique to reduce the total customer interruption cost in a distribution system. , IEE Proceedings Generation, Transmission and Distribution,, v. 147 Issue: 1, pp. 51 –56, Jan. 2000. [53]. WANG P.; BILLINTON R.; Time sequential distribution system reliability worth analysis considering time varying load and cost models., IEEE Transactions on Power Delivery, v. 14 Issue: 3, pp. 1046 –1051, July 1999. [54]. BROWN R.; GUPTA S.; CRISTIE R.; VENKATA S.; FLATCHER R. Automated primary distribution system design: reliability and cost optimization. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 12, n. 2, pp 1017 – 1022, 1997. [55]. MAKINEN A., PARTANEN J.; LAKARVI, E.; A practical approach for estimating future outage cost in power distribution networks. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 5, n. 1, pp. 311-315, 1990. [56]. BILLINTON R.; WANG P.; Teaching distribution system reliability evaluation using Monte Carlo simulation. IEEE Transactions on Power Systems, v. 14, n. 2, pp. 397- 403, 1999. [57]. ALLAN R.; BILLITON R.; BREIPOHL A.; GRIGG G.; Bibliography of the application of probability methods in power systems reliability evaluation. IEEE Transactions on Power Systems, v. 9, n.1, pp. 41-49, 1994. [58]. CHOWN M. Y.; TAYLOR L. S.; CHOW M. S.; Time of outage restoration analysis in distribution system. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 11, n. 3, pp 1652 1659, 1996. 174 [59]. MOMOH J.; DIAS L.; LAIRD D.; An implementation of a hybrid intelligent tool for distribution system fault diagnosis. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 12, n. 2, pp. 1035-1040, 1997. [60]. BILLINTON R.; WANG P.; Reliability network equivalent approach to distribution system reliability evaluation. IEE Proceedings Generation, Transmission, Distribution. v. 145 n. 2, p 149 – 153, 1998. [61]. KJOLLE G.; D SAUD K.; RELRAD –An analytical approach for distribution system reliability assessment. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 7, n. 2, pp. 809-814, 1992. [62]. GOEL L.; OU Y.; Reliability worth assessment in radial distribution systems using Monte Carlo simulation technique. Electric Power System Research, n. 51, pp.43-53, 1999. [63]. OU Y.; GOEL L.; Using Monte Carlo simulation for overall distribution system reliability assessment. IEE Proceedings Generation, Transmission, Distribution, v. 146, n. 5, pp. 535-540, 1999. [64]. TATIETSE T.; VILLENEUVE P.; NDONG E.; KENFACK F.; Interruption modelling in medium voltage electric network. Electric Power and Energy Systems, No. 24, 2002, pp. 859-865. [65]. GOEL L.; BILLINTON R.; Monte Carlo simulation applied to distribution feeder reliability evaluation. Electric Power System Research, n. 29, pp. 193-202, 1994. [66]. BILLINTON R.; CHAN E.; WACKER G.; Probability distribution approach to describe customer cost due to electric supply interruptions. IEE Proceedings: Generation, Transmission, Distribution, v. 141, n. 6, pp. 594-598, 1994. 175 [67]. YPSILANTIS J.; YEE H.; TEO C.; Adaptive rule-based fault diagnostician for power networks. IEE Proceedings Generation, Transmission, Distribution, v. 139, n. 6, pp. 461-468, 1992. [68]. VENETSKIY I.; VENETSKAYA V.; Basic mathematical-statistic notions and formulas in economical analysis. Statistics. Moscow, 447 p (in Russian), 1979. [69]. KLOEPELL F.; ADLER G.; ZORIN W.; TISLENKO V.; Zuverlassigkeit von elektroenergieversor-gungssystemen. VEB Deutscher Verlag, Leipzig, 192 p., 1984. [70]. LEVITIN A.; MAZAL-TOV SH.; ELMAKIS D.; Optimal allocation of sectionalizers in radial distribution networks. Proceedings of the 1995 Stockholm Power Tech. Conference, PS25-01-0034, pp. 761-764, 1995. [71]. BILLINTON R.; JOUNAVITHULA S.; Optimal switching device placement in radial distribution systems. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 11, n. 3, pp. 1646-1651, 1996. [72]. LEITE DA SILVA; A.M.; CASSULA, A.M.; BILLINTON, R.; MANSO, L.A.F.; Optimum load shedding strategies in distribution systems. Power Tech Proceedings, 2001 IEEE Porto, v. 2, 10-13. pp. 6, Sept. 2001. [73]. TENG J.; LU C.; Feeder switch relocation for customer interruption costs minimization. IEEE Transaction on Power Delivery, v. 17, n. 1, pp. 254-259, 2002. [74]. EKEL P., POPOV V.; TKACHENKO V., Discrete optimisation methods in problem of decision making in a fuzzy environment, in Proceedings of the Fifth International Fuzzy System Association World Congress, Seoul, Korea, v. 1, pp. 733-736, 1993. [75]. ZORIN V.; POPOV V.; EKEL P.; Models of reliability optimisation in distribution systems, Energetics and Electrification, n. 3, pp. 38-42, 1988. [76]. GAREY M.; JOHNSON D.; Computers and intractability: a guide to the theory of NP completeness, W. Freeman and Co., San Francisco. 1979. 176 [77]. TENG J.; LIU Y.; A novel ACS based optimum switch relocation method., IEEE Transaction on Power Systems, v. 18, n. 1, pp. 113-120, 2003. [78]. LEVITIN G.; MAZAL-TOV S.; ELMAKIS D.; Optimal switch allocation in electrical distribution systems by genetic algorithm. Electric Power System Research, n. 31, pp. 97-102, 1994. [79]. GELLI G.; PILO F., Optimal sectionalizing switches allocation in distribution systems, IEEE Transaction on Power Delivery, v. 11, n. 3, pp. 1167-1172, 1999. [80]. BILLINTON, R.; AWEYA, J.; WACKER, G.; Value-based reliability evaluation of electric distribution systems WESCANEX 93. 'Communications, Computers and Power in the Modern Environment.' Conference Proceedings, IEEE , 17-18 May 1993, pp. 107 –114, 1993. [81]. TAHA H.; Operations research, Macmillan Publishing, Co., Inc., N.Y., 1982. [82]. TSAI L.; Network reconfiguration to enhance reliability of electrical distribution systems. Electric Power System Research, n. 27, pp.135-140, 1993. [83]. CHEN R.; ALLEN K.; BILLINTON R.; Value based distribution reliability assessment and planning. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 10, n. 1, pp. 421- 429, 1995. [84]. CHOWDHURY A.; KOVAL D.; Value-based power system reliability planning. IEEE Transactions on Industry Applications, v.34, n. 1, pp.23-29, 1998. [85]. ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica – Continuidade de Serviço. Disponível em http://www.aneel.gov.br/. Acesso em 30 abr. 2005. [86]. BERZIN E.; Optimal resource allocation and elements of system synthesis. Sovetskoe Radio, Moscow, 1974 (in Russian). 177 [87]. EKEL P.; Approach to decision making in fuzzy environment. Computers and Mathematics with Application, n. 37, pp. 59-71, 1999. [88]. MO-YUEN CHOW; TAYLOR, L.S.; A novel approach for distribution fault analysis. IEEE Transactions on Power Delivery, v. 8 Issue: 4, pp. 1882 –1889, Oct. 1993. [89]. ASGARPOOR, S.; MATHINE, M. J.; Reliability evaluation of distribution systems with no-exponential down times IEEE Transactions on Power Systems, v. 12 Issue: 2, pp. 579 – 584, May 1997. [90]. SAND K.; KJOLLE G.; BILBERG J.; Reliability aspects concerning distribution systems expansion planning. Electricity Distribution, 1989., 10th International Conference on CIRED 1989, 8-12 May 1989, pp 530 – 534. [91]. CAIXETA-FILHO, J. V. Pesquisa Operacional: técnicas de otimização aplicadas a sistemas agroindustriais. São Paulo: Atlas, 2001. [92]. MACULAN FILHO, N.; FERRAZ P.; VEIGA M. Programação Linear. São Paulo: Atlas, 1980. [93]. PUCCINI, A. L.; Introdução à Programação Linear. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda., 1975. [94]. FRITZSCHE, H. Programação não-linear: análise e métodos. São Paulo: Edgard Blücher: Ed. Universidade de São Paulo, 1978. [95]. POPOV, V. A., ABAIDE, A. R., CANHA, L. N., BERNARDON, D. P., COMASSETTO, L., RODRIGUES, M. G., FARRET, F. A., KÖNIG, A. L., LICHT, A. P. “Algorithm of Reliability Optimization for Operational Planning of Distribution Systems.” IEEE/PES Transmission and Distribution Conference and Exposition Latin America, pp. 523 – 528, 2004. 178 APÊNDICE A – Freqüência de falhas Freqüência falhas média por departamento 700 600 Falhas 500 400 300 200 100 0 2001 2002 Ano METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 1 – Freqüência de falhas média por departamento para os anos de 2001 e 2002. Freqüência de falhas média ano de 2001 e 2002 600 500 Falhas 400 300 200 100 0 Departamento METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 2 – Freqüência média por departamento para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. 179 APÊNDICE B – Taxa de falhas Taxa de falhas média por departamento ano de 2001 e 2002 0,12 Taxa de falhas 0,1 0,08 0,06 0,04 0,02 0 2001 2002 Ano METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 1 – Taxa de falhas entre departamento para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. Taxa de falhas média para os anos de 2001 e 2002 Taxa de falhas 0,09 0,06 0,03 0 Departamentos METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 2 – Taxa de falhas entre departamentos para o conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. 180 APÊNDICE C – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia Tempo médio de restabelecimento por departamento por ano 2:24 Tempo 1:55 1:26 0:57 0:28 0:00 2001 METROPOLITANO 2002 Ano MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 1 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento energia para os anos de 2001 e 2002. Tempo médio de restabelecimento ao de 2001 e 2002 2:09 1:48 Tempo 1:26 1:04 0:43 0:21 0:00 Departamento METROPOLITANO MISSÕES NOROESTE PLANALTO SERRA Gráfico 2 – Tempo médio de restabelecimento do fornecimento de energia para conjunto formado pelos anos de 2001 e 2002. 181 APÊNDICE D – freqüência de falhas médias, comparação entre períodos dos anos Tabela 1 – Freqüência de falhas média para os departamentos da RGE, por períodos do ano. Metropolitano 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Missões 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Noroeste 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Planalto 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Serra 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 248,67 363,67 612,33 60,611 337,33 293,00 ~ x 10 10 10 10 10 22 1,9 2,0 3,2 2,4 2,5 3,1 955 962 995 980 983 997 1 337,30 475,50 812,83 363,70 475,50 419,60 ~ x n αf S (α f ) 199,50 296,30 495,80 199,50 322,30 260,90 ~ x 322,33 610,17 932,5 296,33 610,17 453,25 ~ x 10 10 10 10 10 22 2,9 4,9 4,7 2,3 4,5 3,1 991 999 999 977 999 997 n αf S (α f ) 294,00 398,67 447,17 740,00 741,17 1138,67 294,00 447,17 49,00 740,00 346,33 593,58 ~ ~ x1 x2 10 10 10 10 10 22 1,3 2,7 2,6 2,1 3,0 3,1 887 988 986 967 993 997 n αf S (α f ) 300,17 393,17 396,50 738,83 696,67 1132,00 300,17 396,50 393,17 738,83 346,67 567,67 ~ ~ x1 x2 10 10 10 10 10 22 1,4 5,5 4,5 1,8 4,8 3,2 902 999 999 947 999 998 n αf S (α f ) 347,83 513,83 465,33 858,17 813,17 1418,60 347,83 465,33 513,83 858,17 430,83 661,75 10 10 10 10 10 22 2,5 5,2 2,2 2,4 4,0 2,9 983 999 972 980 998 996 1 2 2 Prob. % 9,00 7,60 1,00 4,00 3,40 0,60 Prob. % 1,80 0,20 0,20 4,60 0,20 0,60 Prob. % 22,60 2,40 2,80 6,60 1,40 0,60 Prob. % 19,60 0,20 0,20 10,60 0,20 0,40 Prob. % 3,40 0,20 5,60 4,00 0,40 0,80 182 APÊNDICE E – Taxa de falhas média, comparação entre departamentos da RGE Tabela 1 – Taxa de falhas média, comparação entre os departamentos para o ano de 2001. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 0,319 0,319 0,319 0,319 0,296 0,296 0,296 0,172 0,172 0,147 0,296 0,172 0,147 0,214 0,172 0,147 0,214 0,147 0,214 0,214 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 0,4 2,5 3,8 1,7 1,8 2,7 1,1 0,5 0,6 1,2 651 983 998 938 947 2,655 850 685 721 870 Prob. % 69,80 3,40 0,40 12,40 10,60 2,40 30,00 63,00 55,80 26,00 Tabela 2 – Taxa de falhas média comparação entre os departamentos para o ano de 2001. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 0,420 0,420 0,420 0,420 0,681 0,381 0,381 0,268 0,268 0,193 0,381 0,268 0,193 0,357 0,268 0,193 0,357 0,193 0,357 0,357 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 0,5 2,5 4,9 1,2 2,6 2,4 0,3 1,5 1,6 4,098 685 983 999 870 986 980 615 916 928 999 Prob. % 63,00 3,40 0,20 26,00 2,80 4,00 77,00 16,80 14,40 0,20 Tabela 3 – Taxa de falhas média comparação entre os departamentos para o ano de 2002. 183 DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 0,453 0,453 0,453 0,453 0,440 0,440 0,440 0,301 0,301 0,194 0,440 0,301 0,194 0,323 0,301 0,194 0,323 0,194 0,323 0,323 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 0,2 2,7 5,8 2,9 2,7 0,0 3,0 2,7 0,561 6,448 578 988 999 991 988 999 993 988 718 999 Prob. % 84,40 2,40 0,20 1,80 2,40 0,20 1,40 2,40 56,40 0,20 Tabela 4 – Taxa de falhas médias, comparação entre os departamentos para o ano de 2002. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 0,593 0,593 0,593 0,593 0,907 0,907 0,907 0,497 0,497 0,362 0,907 0,497 0,362 0,596 0,497 0,362 0,596 0,362 0,596 0,596 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 3,0 1,2 3,8 0,0 3,8 5,8 3,0 2,0 1,231 4,095 993 870 998 500 998 999 993 962 870 999 Prob. % 1,40 26,00 0,40 100,00 0,40 0,20 1,40 7,60 26,00 0,20 Tabela 5 – Taxa de falhas média, comparação entre departamentos para a média dos anos de 2001 e 2002. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 0,074 0,074 0,074 0,074 0,084 0,084 0,084 0,052 0,052 0,037 0,084 0,052 0,037 0,062 0,052 0,037 0,062 0,037 0,062 0,062 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 0,8 0,3 0,2 0,4 0,5 0,9 0,4 0,4 0,1 0,6 785 616 578 654 689 811 653 653 539 722 Prob. % 43,00 76,80 84,40 69,20 62,20 37,80 69,40 69,40 92,20 55,60 184 APÊNDICE F – Freqüência de falhas média, comparação entre subestações da RGE Tabela 1 – Freqüência de falhas média por subestações. Metropolitano ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) TAQ GRA1 CAC2 UBUG 35,67 41,83 25,17 10,33 ~ x 36,00 53,67 25,83 11,00 ~ x 10 10 10 10 0,0 1,5 0,1 0,2 500 916 539 578 n αf S (α f ) 8,17 14,50 27,50 33,67 ~ x 8,50 31,17 50,67 47,00 ~ x 10 10 10 10 0,1 3,1 2,7 1,1 539 994 988 850 n αf S (α f ) 40,83 55,00 20,67 7,83 ~ x 52,17 74,50 19,83 15,00 ~ x 10 10 10 10 1,2 0,9 0,2 1,9 870 804 578 955 n αf S (α f ) 51,33 32,17 39,17 32,00 ~ x 10 10 10 10 0,4 2,5 0,4 2,7 651 983 651 988 Serra 56,00 12,00 35,83 12,67 ~ x n αf S (α f ) BGO1 CAX1 NPE FAR 17,50 13,67 17,33 27,33 26,00 22,67 23,67 34,00 10 10 10 10 1,5 2,6 1,6 0,9 916 986 928 804 Missões GIR CLA SLG UIVA° Noroeste FWE CNO PMI SAU Planalto ERE1 CAS GPR SOL 1 1 1 1 2 2 2 2 Prob. % 100,00 16,80 92,20 84,40 Prob. % 92,20 1,20 2,40 30,00 Prob. % 26,00 39,20 84,40 9,00 Prob. % 69,80 3,40 69,80 2,40 Prob. % 16,80 2,80 14,40 39,20 185 Tabela 2 – Freqüência de falhas na subestação de Taquara, ano de 2001 SE TAQ Jan. 60 Fev. 28 Mar. 32 Abr. 24 Mai. 35 Jun. 35 Jul. 44 Ago. 13 Set. 30 Out. 41 Nov. 43 Tabela 3 – Freqüência de falhas média para ano de 2002. Metropolitano ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) TAQ GRA1 CAC2 UBUG 41,33 53,00 32,17 3,17 ~ x 58,33 51,50 32,00 8,17 ~ x 10 10 10 10 2,5 0,1 0,0 1,0 983 539 500 828 n αf S (α f ) 11,83 28,33 47,50 50,50 ~ x 20,83 49,83 92,00 88,67 ~ x 10 10 10 10 2,3 4,3 2,9 2,7 977 999 991 988 n αf S (α f ) 49,83 86,17 27,83 19,83 ~ x 99,67 110,83 51,17 19,33 ~ x 10 10 10 10 3,8 1,0 2,8 0,1 998 828 990 539 n αf S (α f ) 131,17 49,33 68,83 44,67 ~ x 10 10 10 10 3,7 2,6 3,7 5,9 998 986 998 999 Serra 73,00 31,33 33,50 20,83 ~ x n αf S (α f ) BGO1 CAX1 NPE FAR 25,17 20,33 23,00 28,50 40,33 40,17 45,17 62,33 10 10 10 10 1,4 3,7 2,4 3,1 902 998 980 994 Missões GIR CLA SLG UIVA Noroeste FWE CNO PMI SAU Planalto ERE1 CAS GPR SOL 1 1 1 1 2 2 2 2 Prob. % 3,40 92,20 100,00 34,40 Prob. % 4,60 0,20 1,80 2,40 Prob. % 0,40 34,40 2,00 92,20 Prob. % 0,40 2,80 0,40 0,20 Prob. % 19,60 0,40 4,00 1,20 Dez. 45 186 Tabela 4 – Freqüência de falhas média para os anos de 2001e 2002. Metropolitano ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) TAQ GRA1 CAC2 UBUG1 35,83 47,75 25,50 10,67 ~ x 49,83 52,25 32,08 5,67 ~ x 22 22 22 22 2,6 0,7 1,7 1,7 991 754 948 948 n αf S (α f ) 8,33 22,83 39,08 40,33 ~ x 16,33 39,08 69,75 69,58 ~ x 22 22 22 22 3,0 3,0 2,7 2,8 997 997 993 995 n αf S (α f ) 46,50 64,75 20,25 11,42 ~ x 74,75 98,50 39,50 19,58 ~ x 22 22 22 22 2,6 2,1 3,3 2,8 991 976 998 995 n αf S (α f ) 102,08 40,33 51,17 32,75 ~ x 22 22 22 22 3,7 2,8 1,7 1,7 999 995 948 948 Serra 53,67 22,08 37,50 22,33 ~ x n αf S (α f ) BGO1 CAX1 NPE FAR 21,75 18,17 20,50 30,67 32,75 30,25 34,08 45,42 22 22 22 22 1,7 2,7 2,3 1,8 948 993 984 956 Missões GIR CLA SLG UIVA Noroeste FWE CNO PMI SAU Planalto ERE1 CAS GPR SOL 1 1 1 1 2 2 2 2 Prob. % 1,80 49,20 10,40 10,40 Prob. % 0,60 0,60 1,40 1,00 Prob. % 1,80 4,80 0,40 1,00 Prob. % 0,20 1,00 10,40 10,40 Prob. % 10,40 1,40 3,20 8,80 187 APÊNDICE G – Freqüência de falhas média, comparação entre dia útil e fim semana Tabela 5 - Freqüência de falhas média, comparação entre dia útil e final de semana para todos os departamentos da RGE, ano de 2001. Metropolitano 2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Missões 2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 10,57 5,42 9,82 8,71 9,04 9,24 13,32 6,83 9,70 13,09 13,82 10,48 ~ x1 dia útil 11,52 6,40 6,09 7,33 6,26 2,81 13,09 7,74 8,40 12,65 15,32 11,81 ~ x2 final semana 17,38 4,75 7,63 7,22 5,00 5,78 6,67 5,00 12,80 6,88 19,00 13,90 ~ x2 final semana 11,63 4,75 7,11 4,56 4,00 5,00 4,44 7,00 12,40 7,00 9,00 7,60 n αf S (α f ) 29 25 28 28 28 28 29 29 28 29 27 29 1,7 0,4 0,0 0,5 1,6 1,3 1,2 1,2 0,8 1,5 0,8 0,6 951 654 500 689 940 899 881 881 785 928 785 724 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,0 0,7 0,0 1,1 0,7 1,4 2,4 0,3 0,9 1,1 1,2 0,9 500 756 500 860 756 915 989 616 813 860 881 813 Prob. % 9,80 69,20 100,00 62,20 12,00 20,20 23,80 23,80 43,00 14,40 43,00 55,20 Prob. % 100,00 48,80 100,00 28,00 48,80 17,00 2,20 76,80 37,40 28,00 23,80 37,40 188 Noroeste 2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Planalto 2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Serra 2001 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 17,30 8,45 8,95 9,76 9,96 6,43 11,59 6,65 16,40 14,70 20,68 10,24 ~ x1 dia útil 17,61 10,55 8,64 12,19 8,35 6,10 17,36 6,39 12,80 14,17 18,00 14,38 ~ x1 dia útil 18,30 9,15 9,55 13,24 10,43 11,38 21,36 11,22 17,55 21,65 20,27 14,76 ~ x2 final semana 16,00 9,00 7,22 5,56 5,13 8,33 4,00 7,38 13,50 13,88 26,25 9,70 ~ x2 final semana 10,88 6,63 7,67 13,00 5,25 5,67 7,44 4,50 19,30 7,00 14,38 8,30 ~ x2 final semana 15,75 7,88 7,89 13,33 6,50 9,33 12,56 9,75 27,50 6,25 17,50 9,40 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,2 0,2 0,0 1,1 0,8 0,5 1,9 0,2 0,4 0,1 0,6 0,2 578 578 500 860 785 689 967 578 654 539 724 578 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 1,3 1,2 0,0 0,2 1,1 0,1 1,3 1,1 0,8 1,0 0,6 1,4 899 881 500 578 860 539 899 860 785 838 724 915 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,5 0,7 0,0 0,0 1,5 0,7 1,1 0,5 0,8 1,8 0,4 1,4 689 756 500 500 928 756 860 689 785 959 654 915 Prob. % 84,40 84,40 100,00 28,00 43,00 62,20 6,60 84,40 69,20 92,20 55,20 84,40 Prob. % 20,20 23,80 100,00 84,40 28,00 92,20 20,20 28,00 43,00 32,40 55,20 17,00 Prob. % 62,20 48,80 100,00 100,00 14,40 48,80 28,00 62,20 43,00 8,20 69,20 17,00 189 Tabela 6 - Freqüência de falhas média comparação entre dia útil e final de semana para todos os departamentos da RGE, ano de 2002. Metropolitano 2002 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Missões 2002 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Noroeste 2002 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 11,39 19,85 11,81 9,59 10,13 10,20 11,61 16,23 20,71 21,52 17,52 14,82 ~ x1 dia útil 12,96 8,30 11,48 9,77 10,52 8,85 17,22 20,18 24,76 25,83 25,67 17,14 ~ x1 dia útil 18,70 13,00 17,14 12,18 22,04 8,50 14,61 29,64 27,24 37,00 24,81 25,41 ~ x2 final semana 8,75 16,13 11,50 17,63 7,00 11,60 7,75 10,11 8,78 19,88 12,00 11,78 ~ x2 final semana 10,50 5,75 9,10 8,38 8,38 8,40 12,38 9,56 7,56 32,25 19,89 11,22 ~ x2 final semana 13,38 9,38 13,70 12,00 17,75 13,10 14,50 10,67 6,89 36,50 21,78 20,78 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,6 0,4 0,0 1,3 0,8 0,3 0,9 1,1 1,5 0,2 0,9 0,8 724 654 500 899 785 616 813 860 928 578 813 785 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,4 0,8 0,1 0,4 0,4 0,1 0,5 1,2 1,9 0,7 0,6 1,1 654 783 539 654 654 539 689 881 967 756 724 860 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,7 0,6 0,1 0,1 0,4 1,1 0,0 1,6 1,9 0,0 0,4 0,5 756 724 539 539 654 860 500 940 967 500 654 689 Prob. % 55,20 69,20 100,00 20,20 43,00 76,80 37,40 28,00 14,40 84,40 37,40 43,00 Prob. % 69,20 43,40 92,20 69,20 69,20 92,20 62,20 23,80 6,60 48,80 55,20 28,00 Prob. % 48,80 55,20 92,20 92,20 69,20 28,00 100,00 12,00 6,60 100,00 69,20 62,20 190 Planalto 2002 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Serra 2002 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 16,17 11,60 15,10 12,23 16,48 10,70 20,26 25,23 26,52 28,04 30,48 26,36 ~ x1 dia útil 17,35 14,15 18,19 15,91 17,04 13,15 22,78 25,82 40,33 34,87 31,33 23,86 ~ x2 final semana 10,88 9,38 13,10 13,88 9,63 11,50 8,50 15,56 9,78 28,63 23,33 28,33 ~ x2 final semana 12,75 12,63 14,30 16,88 9,75 16,40 13,25 22,78 21,67 34,00 26,33 23,33 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 1,1 0,6 0,0 0,4 1,0 0,3 1,2 0,9 1,8 0,0 0,6 0,2 860 724 500 654 838 616 881 813 959 500 724 578 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,9 0,4 0,1 0,2 1,3 0,8 1,2 0,3 1,0 0,1 0,5 0,1 813 654 539 578 899 785 881 616 838 539 689 539 Prob. % 28,00 55,20 100,00 69,20 32,40 76,80 23,80 37,40 8,20 100,00 55,20 84,40 Prob. % 37,40 69,20 92,20 84,40 20,20 43,00 23,80 76,80 32,40 92,20 62,20 92,20 191 APÊNDICE H – Tempo de restabelecimento médio, comparação entre departamentos da RGE Tabela 7 – Tempo médio de restabelecimento para todos os departamentos da RGE. Metropolitano ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Missões 111 125 118 111 143 127 ~ x 143 158 150,5 125 158 141 ~ x 10 10 10 10 10 22 3,3 2,3 3,6 1,5 1,0 1,3 995 977 997 916 828 896 n αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Noroeste 89 103 96 89 119 104 ~ x 119 134 127 103 134 119 ~ x 10 10 10 10 10 22 2,8 2,3 3,2 1,7 1,0 1,1 990 977 995 938 828 858 n αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Planalto 92 178 135 92 110 101 ~ x 110 161 135 178 161 169 ~ x 10 10 10 10 10 22 1,9 1,1 0,1 7,3 3,7 4,3 955 850 539 999 998 999 n αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 Serra 102 119 140 102 113 107 ~ x 113 152 133 119 152 166 ~ x 10 10 10 10 10 22 1,1 2,5 0,6 2,0 2,7 3,8 850 983 718 962 988 999 n αf S (α f ) 2001 por semestre 2002 por semestre 2001+2002 por semestre 1° sem. 2001 e 2002 2° sem. 2001 e 2002 2001 e 2002 89 103 96 89 119 104 119 134 127 103 134 119 10 10 10 10 10 22 2,8 2,3 3,2 1,7 1,0 1,1 990 977 995 938 828 858 1 1 1 1 2 2 2 2 Prob. % 1,00 4,60 0,60 16,80 34,40 20,80 Prob. % 2,00 4,60 1,00 12,40 34,40 28,40 Prob. % 9,00 30,00 100,00 0,20 0,40 0,20 Prob. % 30,00 3,40 56,40 7,60 2,40 0,20 Prob. % 2,00 4,60 1,00 12,40 34,40 28,40 192 APÊNDICE I – Tempo de restabelecimento médio, comparação entre departamentos da RGE Tabela 8 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre departamentos para o ano de 2001. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 110 110 110 110 100 100 100 90 90 91 100 90 91 89 90 91 89 91 89 89 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 2,3 3,7 3,9 4,3 1,0 1,7 2,1 0,2 0,2 0,4 984 999 999 999 835 948 976 578 578 653 Prob. % 3,20 0,20 0,20 0,20 33,00 10,40 4,80 84,40 84,40 69,40 Tabela 9 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre departamentos para o ano de 2002. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 124 124 124 124 128 128 128 134 134 107 128 134 107 99 134 107 99 107 99 99 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 0,4 1,3 2,0 3,0 0,4 2,6 3,7 5,6 8,3 1,4 653 896 970 997 653 991 999 999 999 912 Prob. % 69,40 20,80 6,00 0,60 33,00 1,80 0,20 0,20 0,20 17,60 193 Tabela 10 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre departamentos para o ano de 2001 – primeiro semestre. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 104 104 104 104 94 94 94 89 89 92 94 89 92 85 89 92 85 92 85 85 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 1,6 2,3 2,5 3,7 0,9 0,2 2,2 0,8 0,6 0,8 928 977 983 998 804 578 972 778 718 778 Prob. % 14,40 4,60 3,40 0,40 39,20 84,40 5,60 44,40 56,40 44,40 Tabela 11 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre departamentos para o ano de 2001 – segundo semestre. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 117 117 117 117 105 105 105 92 92 90 105 92 90 93 92 90 93 90 93 93 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 2,3 3,0 4,2 2,2 1,4 2,6 1,7 1,0 0,3 0,65 977 993 999 972 902 986 938 828 615 718 Prob. % 4,60 1,40 0,20 5,60 19,60 2,80 12,40 34,40 77,00 56,40 194 Tabela 12 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre departamentos para o ano de 2002 – primeiro semestre. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 111 111 111 111 115 115 115 135 135 101 115 135 101 92 135 101 92 101 92 92 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 0,4 2,8 2,1 3,5 3,5 2,2 4,6 6,7 10,1 1,8 651 990 967 997 997 972 999 999 999 947 Prob. % 69,80 2,00 6,60 0,60 0,60 5,60 0,20 0,20 0,20 10,60 Tabela 13 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre departamentos para o ano de 2002 – segundo semestre. DEP 1 Metropolitano Metropolitano Metropolitano Metropolitano Missões Missões Missões Noroeste Noroeste Planalto DEP 2 Missões Noroeste Planalto Serra Noroeste Planalto Serra Planalto Serra Serra ~ x1 ~ x2 n αf S (α f ) 138 138 138 138 141 141 141 133 133 112 141 133 112 105 133 112 105 112 105 105 10 10 10 10 10 10 10 10 10 10 0,2 0,5 1,0 1,8 0,7 2,1 2,8 2,6 4,1 0,8 578 685 828 947 749 967 990 986 999 778 Prob. % 84,40 63,00 34,40 10,60 50,20 6,60 2,00 2,80 0,20 44,40 195 APÊNDICE J – Tempo de restabelecimento médio, comparação entre departamentos para dia útil e fim de semana Tabela 1 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre dia útil e final de semana para todos os departamentos da RGE, ano de 2001. Metropolitano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Missões JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 110 85 112 102 98 86 101 117 114 122 124 104 ~ x1 dia útil 98 100 84 84 81 90 125 99 91 119 121 85 ~ x2 final semana 130 88 113 135 117 109 146 99 123 119 109 140 ~ x2 final semana 136 72 131 106 75 108 79 91 95 84 126 126 n αf 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,7 0,2 0,0 1,1 0,8 0,9 3,2 0,8 0,2 0,2 0,7 0,6 n αf 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 2,5 1,5 1,9 1,1 0,4 1,3 2,4 0,3 1,4 1,4 0,2 0,2 Prob. % 756 48,80 578 84,40 500 100,00 860 28,00 785 43,00 813 28,00 998 0,40 785 43,00 654 69,20 578 84,40 756 48,80 724 55,20 S (α f ) Prob. % 991 1,80 928 14,40 967 6,60 860 28,00 654 69,20 899 28,00 989 2,20 616 76,80 578 84,40 915 17,00 578 84,40 578 84,40 S (α f ) 196 Noroeste JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Planalto JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Serra JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 100 91 86 69 88 101 64 75 82 99 121 91 ~ x1 dia útil 100 117 89 73 70 73 99 77 84 92 98 84 ~ x1 dia útil 99 90 74 73 89 85 98 68 85 113 90 101 ~ x2 final semana 99 95 88 75 91 82 91 59 103 98 140 95 ~ x2 final semana 122 127 90 105 117 78 94 77 95 87 109 92 ~ x2 final semana 117 103 68 84 74 69 91 67 101 84 105 111 n αf 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,0 0,3 0,2 0,5 0,2 1,3 2,7 0,8 0,1 0,1 0,7 1,0 n αf 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 1,4 0,4 0,1 2,0 2,8 0,3 0,3 0,0 0,3 0,3 0,8 0,9 n αf 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 1,1 0,5 0,6 0,9 0,8 0,8 0,4 0,1 1,2 1,2 1,0 0,9 Prob. % 500 100,00 616 76,80 578 84,40 689 62,20 578 84,40 899 62,20 995 1,00 785 43,00 993 1,40 539 92,20 756 48,80 838 32,40 S (α f ) Prob. % 915 17,00 654 69,20 539 92,20 973 5,40 996 0,80 616 5,40 616 76,80 500 100,00 689 62,20 616 76,80 785 43,00 813 37,40 S (α f ) Prob. % 860 28,00 689 62,20 724 55,20 813 37,40 785 43,00 785 37,40 654 69,20 539 92,20 838 32,40 881 23,80 838 32,40 813 37,40 S (α f ) 197 Tabela 2 – Tempo de restabelecimento médio comparação entre dia útil e final de semana para todos os departamentos da RGE, ano de 2002. Metropolitano JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Missões JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Noroeste JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 106 94 110 94 96 148 99 111 148 147 120 133 ~ x1 dia útil 123 125 125 88 118 106 89 131 142 170 178 119 ~ x1 dia útil 144 132 141 113 127 132 117 129 118 150 136 127 ~ x2 final semana 114 133 114 98 98 151 126 133 201 236 131 155 ~ x2 final semana 102 117 139 108 106 121 128 137 151 190 140 146 ~ x2 final semana 101 175 144 159 159 140 152 102 154 132 140 169 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,4 1,6 0,2 0,2 0,1 0,2 1,4 0,9 1,1 2,0 0,6 0,3 653 940 578 578 539 578 915 813 860 973 724 616 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,7 0,2 0,5 1,4 0,4 0,6 1,7 0,3 0,5 0,5 0,8 1,4 756 578 689 915 654 724 951 616 616 689 785 915 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 1,1 1,0 0,1 1,6 0,9 0,2 1,4 1,3 0,7 0,7 0,2 0,1 860 838 539 940 813 578 915 899 860 756 578 539 Prob. % 69,40 12,00 84,40 84,40 92,20 84,40 17,00 37,40 28,00 5,40 55,20 76,80 Prob. % 48,80 84,40 62,20 17,00 69,20 17,00 9,80 76,80 76,80 62,20 43,00 17,00 Prob. % 28,00 32,40 92,20 12,00 37,40 12,00 17,00 20,20 28,00 48,80 84,40 92,20 198 Planalto JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ Serra JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ ~ x1 dia útil 109 101 109 94 91 94 91 90 111 123 128 125 ~ x1 dia útil 100 92 107 94 85 88 96 89 130 98 101 116 ~ x2 final semana 95 94 130 77 96 132 87 103 108 133 118 140 ~ x2 final semana 94 78 88 75 74 111 93 99 119 103 110 117 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,6 0,3 1,3 1,4 0,3 2,4 0,2 0,7 0,4 0,4 0,3 0,4 722 616 899 915 616 989 578 756 539 654 616 654 n αf S (α f ) 29 26 29 28 29 28 29 29 28 29 28 29 0,5 1,2 1,1 1,6 1,2 2,5 0,2 0,8 0,4 0,4 0,5 0,5 689 881 860 940 881 991 578 785 654 654 689 689 Prob. % 55,60 76,80 20,20 17,00 76,80 17,00 84,40 48,80 92,20 69,20 76,80 69,20 Prob. % 62,20 23,80 28,00 12,00 23,80 12,00 84,40 43,00 69,20 69,20 62,20 62,20 199 APÊNDICE K – Solução gráfica do problema de otimização inteira utilizando algoritmo Gomory É analisado como ilustração, um exemplo onde é necessário definir o ótimo da função objetivo a seguir: Z = 7 x1 + 9 x2 → máx Com as seguintes restrições: − x1 + 3 x2 ≤ 6 R1 7 x1 + x2 ≤ 35 R2 x1 , x2 ≥ 0 R3 x1 e x2 são valores inteiros. De acordo com o algoritmo, primeiramente deve ser resolvido o problema, sem considerar a exigência de que as variáveis devam ser inteiras, levando em conta somente às restrições R1, R2 e R3. A solução deste problema definiu a região viável ABCD (Fig. 1) sem as exigências de que todas as variáveis devem ser inteiras. Nos passos seguintes introduzemse sucessivamente as restrições adicionais R4 e R5, que transformam a região viável da seguinte maneira: ABCD → ABEFD → ABEGHD. Um dos vértices de polígono convexo da região viável construída (G) com coordenadas x1 = 4, x2 = 3, é a solução do problema inicial de otimização inteira. 200 R2 x2 R1 C 3,5 E 3,0 R4 F G H B R5 0 A 4,0 4,5 D x1 Figura 1 - Solução gráfica do problema de otimização inteira de acordo com o algoritmo Gomory. É claro que o número de iterações necessárias no processamento deste algoritmo aumenta bruscamente com o aumento do número de variáveis e restrições. 201 APÊNDICE L – Programação linear O objetivo da presente análise é encontrar os valores de x1 , x2 ,..., xn , que maximizem ou minimizem a função linear (função objetivo), Z = c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn , Sabendo-se que x1 , x2 ,..., xn devem satisfazer o seguinte sistema de inequações lineares (restrições): a11 x1 + a12 x2 + ... + a1n xn ≤ b1 a21 x1 + a22 x2 + ... + a2 n xn ≤ b2 .............................................. am1 x1 + am 2 x2 + ... + amn xn ≤ bn e que x1 ≥ x2 ≥ 0,..., xn ≥ 0 As considerações necessárias para solucionar um problema através da programação linear são as seguintes: a) A solução do problema de minimização pode ser encontrada a partir da suposição que minimizar uma função equivale a maximizar o negativo de seus coeficientes, portanto: Minimizar Z = c1 x1 + c2 x2 + ... + cn xn , equivale a Maximizar Z = (−c1 ) x1 + (−c2 ) x2 + ... + (−cn ) xn b) Se houverem desigualdades (inequações) em vez de equações, devem ser introduzidas novas variáveis, conhecidas como variáveis de folga, de maneira a obter-se uma igualdade. Exemplos: 202 4 x1 + 2 x2 ≤ 5 I. A variável de folga s1 ( s1 ≥ 0) deve ser introduzida para obter-se: 4 x1 + 2 x2 + s1 = 5 Logo, para as desigualdades (inequações) do tipo ≤, a variável de folga deverá ter sinal positivo. 4 x1 + 2 x2 ≥ 5 II. Acrescentando a variável de folga para obter-se: 4 x1 + 2 x2 − s1 = 5 Então, para as desigualdades (inequações) do tipo ≥, a variável de folga deverá ter sinal negativo. É necessário colocar uma variável de folga diferente para cada restrição. Se a mesma variável de folga for usada, se “forçará” uma relação entre as desigualdades (inequações) que não existe no problema e o novo conjunto de equações não seria equivalente ao original. c) Se uma variável é considerada livre ( x j ), ou seja, sem restrição de sinal, esta variável pode ser substituída por duas variáveis da seguinte forma: x j = x 'j − x"j Exemplo: Z = 6 x1 − 5 x2 − 4 x3 → mín , sujeita as seguintes restrições (R): x1 + x2 − x3 = 4 R1 2 x1 + x2 − x3 = 6 R2 − x1 + x2 − 2 x3 ≤ 5 R3 x1 ≥ 0, x2 ≥ 0 R4 203 x3 é uma variável livre, não faz parte da restrição (R4), então deverá ser substituída por: x3 = x3' − x3" Como a restrição (R3) é uma desigualdade, deverá ser introduzida uma variável de folga de acordo com o item b). O exemplo anterior tornar-se-á: Z = 6 x1 − 5 x2 − 4x'3 + 4x"3 → min x1 + x2 − x'3 + x"3 = 4 R1 2 x1 + x2 − x'3 + x"3 = 6 R2 − x1 + x2 − 2x'3 + 2x"3 + x4 = 5 R3 x1 ≥ 0, x2 ≥ 0, x3 ≥ 0, x4 ≥ 0 R4 Para melhor esclarecer o método de solução, é interessante buscar a solução gráfica e a solução analítica do mesmo problema. Primeiramente, será apresentada a solução gráfica do seguinte exemplo de programação linear: Z = 5 x1 + 2 x2 → máx , sujeita as seguintes restrições: x1 ≤ 3 R1 x2 ≤ 4 R2 x1 + 2 x2 ≤ 9 R3 x1 ≥ 0, x2 ≥ 0, R4 As restrições R1 e R2 indicam que as soluções esperadas devem ser maiores que 3 e 4 respectivamente. A restrição R4 informa que não são admitidos valores negativos. 204 x2 (0,4) 4 R4 R1 (3,4) R2 3 2 1 R4 (3,0) (0,0) 0 0 1 2 3 x1 Figura 2 – Representação gráfica das restrições R1, R2 e R4. Finalmente, marca-se a restrição R3 ( x1 + 2 x2 ≤ 9 ), obtendo-se: Ponto (3,0) → x1 = 3 3 + 2 x2 = 9 → x2 = 3 Novo ponto (3,3) Ponto (0,4) → x2 = 4 x1 + 2 ⋅ 4 = 9 → x1 = 1 Novo ponto (1,4) Estes dois novos pontos determinam uma reta, que será inserida na resolução gráfica definindo o polígono convexo. Z* = 5x1* + 2x2* = 21 x2 E(0,4) D(1,4) F(3,4) C(3,3) Z = 5x1 + 2x2 = 0 A(0,0) Região viável B(3,0) x1 Figura 3 – Representação da região viável e do ponto de máximo. 205 Para achar a solução ótima, marca-se a reta 5 x1 + 2 x2 = 0 , que passa pelos pontos (0, 0) e (1, -2,5). Traça-se uma reta paralela procurando afastá-la o máximo possível da origem dos eixos. O ponto máximo é o ponto C (3, 3) resultando em um valor máximo igual a 21 para a função objetivo. O ponto ótimo (máx. ou mín.) sempre será obtido nos vértices do polígono ABCD, isto é, a função objetivo sempre passa por um ótimo num dos pontos extremos do conjunto das soluções compatíveis. Analisando o exemplo gráfico, destacam-se as seguintes propriedades: a) O conjunto de todas as soluções compatíveis com o modelo de programação linear é um conjunto convexo (região viável – área delimitada pelas restrições), e tem um número finito de vértices, que são normalmente chamados de pontos extremos. Analisando o exemplo gráfico da Fig. 2 conclui-se que o valor da função objetivo no ponto C é maior que os valores da função objetivo nos pontos B e D, adjacentes a C. Pode-se, então, garantir que a solução ótima é o ponto C, pois o conjunto de soluções compatíveis (A,B,C,D,E) é convexo. b) Se o valor ótimo da função for limitado por restrições, pelo menos um vértice do conjunto convexo de soluções viáveis ótimo pode ser alcançado, movendo-se de um vértice a um vértice adjacente. Como se trata de um polígono convexo (número limitado de vértices) a solução ótima é um ponto extremo do polígono e o número de iterações para achar a solução é finito. Em segundo lugar, a solução analítica do exemplo gráfico mostrado acima será apresentada através do Método Simplex, que é um procedimento algébrico e iterativo que fornece a solução exata de qualquer problema de programação linear através de um número finito de iterações. O processo de cálculo inicia-se a partir de um ponto inicial (geralmente x1 = 0 ), ou seja, um dos pontos do polígono ABCDE. (Fig. 2). Realizam-se deslocamentos consecutivos de um vértice da região viável para outro até encontrar o ponto que corresponda à solução ótima. A primeira solução a ser testada está normalmente associada à origem do sistema de eixos, ponto A do exemplo. O método simplex verifica se a presente solução é ótima. Se for, o processo está encerrado. Se não for, é porque um dos pontos extremos adjacentes ao ponto “A” fornece para a função objetivo um valor maior do que o atual. No caso, do exemplo gráfico, tanto “B” como “E” são melhores que A. 206 O método simplex faz então a mudança do ponto A para o ponto extremo adjacente (vértice), que mais aumente o valor da função objetivo, neste caso é o ponto B. Então o processo é refeito, agora, para o ponto B. O processo finaliza quando, estando-se num ponto extremo, todos os pontos extremos adjacentes fornecem valores menores para a função objetivo. O algoritmo do Método Simplex constitui-se na seguinte série de passos: 1°) Encontrar uma solução compatível básica inicial. 2°) Verificar se a solução atual é ótima. A solução é ótima quando todos os valores dos coeficientes da linha Z, na solução através de tabelas, forem positivos. Neste caso, é o final do processo de cálculo e a solução ótima foi encontrada. Caso contrário, a busca da solução continua através do 3° passo. 3°) Determinar a variável não básica que deve entrar na base. 4°) Determinar a variável básica que deve sair da base. 5°) Achar a nova solução compatível básica e voltar ao 2° passo. Para melhor esclarecer o algoritmo acima exposto, o exemplo gráfico, será solucionado analiticamente. Exemplo: Z = 5 x1 + 2 x2 → máx , sujeito as seguintes restrições: x1 ≤ 3 R1 x2 ≤ 4 R2 x1 + 2 x2 ≤ 9 R3 x1 ≥ 0, x2 ≥ 0 R4 Tabela 1 – Equações com a introdução das variáveis de folga. Z - 5 x1 x1 x1 - 2 x2 + x3 x2 + 2 x2 + x4 + x5 =0 =3 =4 =9 Representando o sistema de maneira esquemática para a solução inicial por: 207 Variáveis não básicas: x1 = x2 = 0 Variáveis básicas x3 = 3, x4 = 4, x5 = 9 A tabela é preenchida com os coeficientes das equações, incluindo as variáveis de folga: Tabela 2 – Coeficiente das equações incluindo as variáveis de folga. BASE Z x1 x2 x3 x4 x5 b Z 1 -5 -2 0 0 0 0 x3 0 1 0 1 0 0 3 x4 0 0 1 0 1 0 4 x5 0 1 2 0 0 1 9 A função objetivo já se encontra em termos das variáveis não-básicas x1 e x2. Esta não é uma solução ótima, pois de acordo com o passo 2, ainda existem coeficientes negativos na linha Z. Para melhorar a qualidade da solução, mecanismos de “troca” ou de “pivoteamento” entre as variáveis deve ser efetuado por meio dos seguintes passos: Escolher a variável não básica, coluna de x1 que será pivô. Esta coluna será escolhida por possuir o maior coeficiente com sinal negativo, na linha Z. Para a determinação da variável que será excluída da linha pivô, é necessário definir a relação entre os elementos da última coluna, formada pelos coeficientes do vetor independente “b” e os valores da coluna pivô. Assim, x3 ≤ 3/1 alterar x1 para x5 ≤ 9/1 O menor valor da relação corresponde a variável de saída da base, x3. A variável x1 tomará o valor 3. A variável não básica x1 entrará no lugar da variável básica x3, ou seja x3 sai da base e x1 entra no lugar de x3. 208 Determina-se uma nova linha pivô, repetindo a linha da variável de saída x3, dividindo-a pelo elemento pivô (intersecção entre coluna e linha de saída), 0 x3 1 0 1 0 0 3 0 3 Dividir pelo elemento pivô, neste caso = 1 0 x1 nova 1 0 1 0 Obtém-se desta forma a nova linha x1 que substituirá a linha x3, na Tabela 2, sendo está a linha pivô nova. Determina-se então a nova linha Z, aplicando-se a seguinte transformação: Znovo = Zantigo – [(elemento da intersecção do Zantigo com a coluna pivô antiga) x (linha pivô nova)] Z antiga Z 1 -5 -2 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 -5 0 0 -15 0 0 15 (- 5) multiplicando 0 x1 nova 1 0 1 Z antiga Z 1 -5 -2 - 0 x1 -5 0 = Znovo 1 0 -2 5 Determina-se a nova linha x4 através da transformação: x4 novo = x4 antigo – [(elemento da intersecção da linha x4 com a coluna pivô) x (linha pivô nova)] 209 x4 antiga 0 x4 0 1 0 1 0 4 – 0 multiplicando x1 nova 0 1 0 1 0 0 3 x4 0 0 1 0 1 0 4 0 0 0 0 0 1 0 4 – 0 x1 0 0 = x4 nova 0 0 1 Para a determinação da nova linha x5: x5 novo = x5 antigo – [(elemento da intersecção da linha x5 com a coluna pivô) x (linha pivô nova)] x5 antiga 0 x5 1 2 0 0 1 9 – 1 multiplicando x1 0 1 0 1 0 0 3 x5 0 1 2 0 0 1 9 1 0 0 3 -1 0 1 6 – 0 x1 1 0 = x5 nova 0 0 2 Resultando na primeira iteração apresentada na Tabela 3. 210 Tabela 3 – Resultado do primeiro processo iterativo. BASE Z x1 x2 x3 x4 x5 b Z 1 0 -2 5 0 0 15 x1 0 1 0 1 0 0 3 x4 0 0 1 0 1 0 4 x5 0 0 2 -1 0 1 6 Pelo coeficiente “-2” na linha Z, Tabela 3, pode-se afirmar que a solução não é ótima. A variável que entrará na base será x2. Reiniciando-se o algoritmo, da Tabela 3, obtém-se: x4 ≤ 4/1 alterar x2 para x5 ≤ 6/2 O menor valor da relação corresponde a variável que sairá da base, x5. A variável x2 tomará o valor 3. A variável não básica x2 substituirá a variável básica x5, ou seja, x5 sai da base e x2 entra no lugar de x5. As operações descritas a seguir deverão ser realizadas baseadas na Tabela 3. Para a determinação da nova linha pivô, repetir a linha da variável de saída x5 e dividi-la pelo elemento pivô, intersecção da coluna com a linha de saída. A linha pivô nova deverá ocupar o lugar da antiga linha x5. x5 0 0 2 -1 0 1 6 0 ½ 3 Dividir por 2 (elemento pivô) x2 nova 0 0 1 -1/2 A linha Z nova é determinada, fazendo-se as seguintes operações: 211 Z antigo Z 1 0 -2 5 0 0 15 -1/2 0 ½ 3 5 0 0 15 1 0 -1 -6 4 0 1 21 – (-2) multiplicando x2 nova 0 0 1 Obtém-se: Z antigo Z 1 0 -2 – x2 nova 0 0 -2 = Znovo 1 0 0 A linha x1 nova é encontrada a partir das seguintes operações: x1 antiga 0 x1 1 0 1 0 0 3 -1/2 0 ½ 3 1 0 0 3 – 1 multiplicado pela linha pivô x2 nova 0 0 1 = x1 nova 0 1 0 A seguir será determinada a nova linha x4, assim o segundo processo iterativo ficará concluído, 212 x4 antiga 0 x4 0 1 0 1 0 4 – 1 multiplicado pela linha pivô novo x2 nova 0 0 1 -1/2 0 ½ 3 ½ 1 -1/2 1 = x4 nova 0 0 0 O resultado da segunda iteração é mostrado na Tabela 4. Tabela 4 – Resultado da segunda iteração. BASE Z* x1 x2 x3 x4 x5 b Z* 1 0 0 4 0 1 21 x1* 0 1 0 1 0 0 3 x4* 0 0 0 1/2 1 -1/2 1 x2* 0 0 1 -1/2 0 1/2 3 A presente solução é ótima, pois não existe nenhum coeficiente negativo na linha de Z na Tabela 4. Os valores finais são: x1 = 3 e x2 = 3. Substituindo os valores de x1 e x2 na equação Z = 5 x1 + 2 x2 →máx, obtém-se 21. Resultado idêntico ao obtido na solução gráfica. 213 APÊNDICE M – Método branch and bound O algoritmo de branch and bound pode ser ilustrado através do seguinte exemplo. Considerando a função objetivo: Z = 2 x1 + 3x2 → máx Com as restrições: 5 x1 + 7 x2 ≤ 35 4 x1 + 9 x2 ≤ 36 x1 , x2 ≥ 0 x1 e x2 são valores inteiros A solução deste problema com base no Método Simplex sem considerar a exigência que todos os valores devam ser inteiros é a seguinte solução: x1 = 3 12 , 17 x2 = 2 6 8 , Z = 14 17 7 O processo de solução deste problema está representado na Figura 1 a seguir. 214 x ( 0) = [3,7; 2,3] Z = 14,5 x2 ≥ 3 x1 ≤ 4 x ( 2) = [4; 2,1] Z = 14,42 x (1) = [2,2; 3] Z = 13,5 x2 ≤ 3 x1 ≥ 3 x1 ≤ 2 Sem solução Sem solução x x2 ≥ 4 (3) = [2; 3,1] Z = 13,3 x2 ≤ 3 x2 ≥ 2 x ( 6) = [4,2; 2] x1 ≤ 5 Z = 14,4 x1 ≤ 2 x ( 7 ) = [5; 1,4] Z = 14,28 x ( 4) = [0, 4] Z = 12 Sem solução x2 ≥ 1 x (5) = [2, 3] Z = 13 x (8) = [5,6; 1] Z = 14,2 x1 ≤ 6 x (9) = [6; 0,7 ] Z = 14,14 x2 ≥ 0 x (10) = [7; 0] Z = 14 x2 ≤ 1 Sem solução Figura 4 - Ilustração de resolução do problema de otimização inteira através do algoritmo “branch and bound”. Então, como solução final do problema inicial considera-se x [7, 0] onde Z = 14. 215 APÊNDICE N – Variação da energia não fornecida Aqui, está apresentado um exemplo que pode servir como ilustração para a definição da redução do valor esperado de energia não fornecida, no caso de instalação de equipamento de comutação. D A1 A2 TR1 S1 TR2 S2 A6 A3 A4 TR3 S3 A5 TR4 S4 TR5 S5 TR6 S6 Figura 1 - Diagrama unifilar de um alimentador sem a presença de nenhum equipamento de comutação. No caso da ausência de qualquer equipamento de comutação na rede, o valor esperado de energia não fornecida (Wna) fica definido através do fato de que qualquer falha na rede provoca uma interrupção no fornecimento de energia para o tempo (τ tot ) necessário para a realização da manutenção. Por isso, o valor de Wna para o exemplo da Fig. 1 será calculado de acordo com a seguinte expressão: Wna = λ0 [ S1τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 2τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 3τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 4τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 5τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 6τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] 216 Agora, supondo que no começo dos trechos A 3 e A 4 estejam instaladas as chaves x1 e x2, Fig. 2. D A1 A2 TR1 S1 TR2 S2 A3 x1 A6 A4 TR3 S3 x2 A5 TR4 S4 TR5 S5 TR6 S6 Figura 8 - Diagrama unifilar do alimentador com a presença das chaves x1 e x2. Esta situação faz com que, no caso de falhas nos trechos A 3 , A 4 e A 5 , o tempo de restabelecimento do fornecimento de energia para os transformadores S1 e S2 e S6, defina-se como o tempo necessário para o chaveamento na rede (τ parc ) com o objetivo de isolar os trechos com falha. Calcula-se, neste caso, o novo valor esperado de energia não fornecida: Wnb = λ0 {S1[τ tot (A 1 + A 2 + A 6 ) + τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )] + S 2 [τ tot (A 1 + A 2 + A 6 ) + τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )] + S 3 [τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + τ parc (A 4 + A 5 )] + S 4 [τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + S 5 [τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + S 6 [τ tot (A 1 + A 2 + A 6 ) + τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )]} É claro que a redução do valor de energia não fornecida obtém-se através da instalação de chaves nas redes e define-se através da seguinte forma: 217 ∆Wn = λ0 {[ S1 (τ tot − τ parc )(A 3 + A 4 + A 5 )] + [ S 2 (τ tot − τ parc )(A 3 + A 4 + A 5 )] + [ S 3 (τ tot − τ parc )(A 4 + A 5 )] + [ S 6 (τ tot − τ parc )(A 3 + A 4 + A 5 )] Calcula-se, Wna − ∆Wn = λ0 [ S1τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 2τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 3τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 4τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 5τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 6τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] − λ0 {[ S1 (τ tot − τ parc )(A 3 + A 4 + A 5 )] + [ S 2 (τ tot − τ parc )(A 3 + A 4 + A 5 )] + [ S 3 (τ tot − τ parc )(A 4 + A 5 )] + [ S 6 (τ tot − τ parc )(A 3 + A 4 + A 5 )] Então, Wna − ∆Wn = λ0 [ S1τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 2τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 3τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 4τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 5τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 ) + S 6τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + λ0 {− S1τ tot (A 3 + A 4 + A 5 ) + S1τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )] + [− S 2τ tot (A 3 + A 4 + A 5 ) + S 2τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )] + [− S 3 (τ tot (A 4 + A 5 ) + τ parc S 3 (A 4 + A 5 )] + [− S 6τ tot (A 3 + A 4 + A 5 ) + τ parc S 6 (A 3 + A 4 + A 5 )] Logo, 218 Wna − ∆Wn = λ0{S1[τ tot (A 1 + A 2 + A 6 ) + τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )] + [ S2τ tot (A 1 + A 2 + A 6 ) + τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )] + [ S3τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 6 ) + τ parc (A 4 + A 5 )] + S4 [τ tot (A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + S5τ tot [(A 1 + A 2 + A 3 + A 4 + A 5 + A 6 )] + S6τ tot (A 1 + A 2 + A 6 )] + τ parc (A 3 + A 4 + A 5 )]} = Wnb Então, Wnb = Wna − ∆Wn Estes resultados justificam a utilização da expressão (7.2) para a definição do valor esperado da energia não fornecida, no processo de instalação de equipamentos de comutação em redes elétricas. 219 APÊNDICE O – Matriz lógico-estrutural para o cálculo dos valores da energia não fornecida para o algoritmo de maximização Tabela 1 – Cálculo da energia não fornecida com chaves em todos os trechos. Potência L0-1 do Tr L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn TR1 112,4 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 24,80 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 108,84 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 48,38 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 67,33 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 31,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 1,5 Wn total 37,67 318,70 Tabela 2 – Energia não fornecida com a retirada da chave x1. Potência do Tr L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn TR1 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 24,87 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 116,94 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 51,98 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 67,33 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 34,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 Wn total 39,83 335,64 220 Tabela 3 – Energia não fornecida com a retirada da chave x2. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 115,93 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 51,53 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 72,84 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 31,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 Wn total 39,56 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 24,99 336,54 Tabela 4 – Energia não fornecida com a retirada da chave x3. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 108,84 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 48,38 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 90,96 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 42,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 1,5 Wn total 37,67 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 25,36 354,14 221 Tabela 5 – Energia não fornecida com a retirada da chave x4. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 1,5 141,24 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 1,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 1,5 62,78 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 67,33 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 31,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 1,5 Wn total 37,67 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 24,80 365,50 Segunda Iteração – Sem a chave x1. Tabela 6 – Energia não fornecida com a retirada da chave x1. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 116,94 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 51,98 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 67,33 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 34,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 Wn total 39,83 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 0,5 0,5 24,87 335,64 222 Tabela 7– Energia não fornecida com a retirada das chaves x1 e x2. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 124,03 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 55,13 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 72,84 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 34,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 Wn total 41,72 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 25,14 353,54 Tabela 8 – Energia não fornecida com a retirada da chave x1 e x3 TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 116,94 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 51,98 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 90,96 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 45,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 Wn total 39,83 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 25,51 371,15 223 Tabela 9 –– Energia não fornecida com a retirada da chave x1 e x4 TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 156,43 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 69,53 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 72,84 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 34,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 Wn total 41,72 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 25,14 400,34 Terceira Iteração – Sem as chaves x1 e x2. Tabela 10 – Energia não fornecida com a retirada da chave x1 e x2 e x3 TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 124,03 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 55,13 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 96,47 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 45,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 41,72 Wn 389,06 total L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 25,78 224 Tabela 11 – Energia não fornecida com a retirada da chave x , x2 e x4. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 156,43 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 69,53 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 72,84 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 34,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 Wn total 41,72 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 25,14 400,34 225 APÊNDICE P – Matriz lógico-estrutural para o cálculo dos valores da energia não fornecida para o algoritmo de minimização Tabela 12 – Energia não fornecida sem nenhuma chave TR1 Potência do Tr 112,5 0 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 26,26 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 156,43 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 69,53 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 121,67 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 57,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 41,72 Wn 473,54 total Tabela 13 – Energia não fornecida com apenas a chave x1 TR1 Potência L0-1 do Tr 112,5 1,5 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 26,03 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 148,33 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 65,93 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 121,67 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 54,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 39,56 Wn 456,45 total 226 Tabela 14 – Energia não fornecida com apenas a chave x2 TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 149,34 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 66,38 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 116,16 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 57,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 Wn total 39,83 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 25,67 455,31 Tabela 15 - Energia não fornecida com apenas a chave x3 TR1 Potência L0-1 L1-2 do Tr 112,5 1,5 1,5 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 25,14 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 156,43 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 69,53 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 72,84 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 34,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 Wn total 41,72 400,34 227 Tabela 16 – Energia não fornecida com apenas a chave x4 TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 124,03 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 55,13 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 96,47 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 45,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 Wn total 41,72 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 25,78 389,06 Segunda Iteração, apenas chave x4 instalada. Tabela 17 – Energia não fornecida com a chave x4 instalada e acrescentando a chave x1. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 115,93 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 51,53 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 96,47 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 42,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 1,5 Wn total 39,56 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 0,5 25,55 371,97 228 Tabela 7 – Energia não fornecida com a chave x4 instalada e acrescentando a chave x2. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 116,94 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 51,98 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 90,96 TR3 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 45,94 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 1,5 Wn total 39,83 L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 25,51 371,15 Tabela 8 – Energia não fornecida com a chave x4 instalada e acrescentando a chave x3. TR1 Potência do Tr 112,5 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 0 0 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR4 112,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 124,03 0 0 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,00 TR6 75 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 0,5 55,13 TR2 112,5 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 72,84 TR3 75 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 34,69 TR5 45 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 41,72 Wn 353,54 total L0-1 L1-2 L2-3 L3-4 L4-5 L5-6 L2-7 L3-8 L5-9 Wn 1,5 1,5 1,5 0,5 0,5 0,5 1,5 1,5 0,5 25,14 229 APÊNDICE Q – Eficiência da solução do problema de chaveamento ótimo sob o ponto de vista das perdas Considerando-se o deslocamento do equipamento NA para um trecho adjacente da rede de acordo com as Fig. 8.8 e 8.9, apresentadas no Capítulo 8, 2 z ⎛ z +1 ⎞ δ (∆PI ) = ∆PI − ∆PI = 3∑ Ri ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟ − 3∑ Ri i =1 i =1 ⎝ j =1 ⎠ z +1 ' d ⎛ z ⎞ ⎜∑ I j ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ j =1 ⎠ 2 como a parcela, 2 z ⎛ z +1 ⎞ ⎛ z +1 ⎞ 3∑ Ri ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟ = 3∑ Ri ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟ + 3Rz +1 I z2+1 i =1 i =1 ⎝ j =1 ⎠ ⎝ j =1 ⎠ z +1 obtém-se, 2 2 ⎡⎛ ⎞ ⎛ z ⎞ ⎤ z +1 ⎟ ⎜ ⎟ ⎥ ⎢⎜ δ (∆PI ) d = 3∑ Ri ⎢⎜ ∑ I j ⎟ − ⎜ ∑ I j ⎟ ⎥ + 3 Rz +1 I z2+1 = i =1 ⎢⎜⎝ ij =←1 j ⎟⎠ ⎜⎝ ij =←1 j ⎟⎠ ⎥ ⎣ ⎦ z (a 2 − b 2 ) = (a − b)(a + b) então, z ⎡⎛ z +1 ⎞ ⎛ z ⎞⎤ ⎡⎛ z +1 ⎞ ⎛ z ⎞⎤ = 3∑ Ri ⎢⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟ − ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟⎥ ⎢⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟ + ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟⎥ + 3Rz +1 ⋅ I z2+1 i =1 ⎣⎢⎝ j =1 ⎠ ⎝ j =1 ⎠⎦⎥ ⎣⎢⎝ j =1 ⎠ ⎝ j =1 ⎠⎦⎥ z ⎧⎪⎡⎛ z +1 ⎞ ⎛ z ⎞⎤ ⎡⎛ z +1 ⎞ ⎛ z ⎞⎤ ⎫⎪ = 3∑ Ri ⎨⎢⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟ − ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟⎥ ⋅ ⎢⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟ + ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟⎥ ⎬ + 3Rz +1 I z2+1 i =1 ⎪⎩⎣⎢⎝ j =1 ⎠ ⎝ j =1 ⎠⎦⎥ ⎣⎢⎝ j =1 ⎠ ⎝ j =1 ⎠⎦⎥ ⎪⎭ z ⎧⎪⎡⎛ z ⎞ ⎛ z ⎞⎤ ⎡⎛ z ⎞ ⎛ z ⎞⎤ ⎫⎪ = 3∑ Ri ⋅ ⎨⎢⎜⎜ ∑ I j + I z +1 ⎟⎟ − ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟⎥ ⋅ ⎢⎜⎜ ∑ I j + I z +1 ⎟⎟ + ⎜⎜ ∑ I j ⎟⎟⎥ ⎬ + 3Rz +1 I z2+1 i =1 ⎪⎩⎢⎣⎝ j =1 ⎠ ⎝ j =1 ⎠⎥⎦ ⎪⎭ ⎠ ⎝ j =1 ⎠⎥⎦ ⎢⎣⎝ j =1 230 z ⎧⎪ ⎡ z ⎤ ⎫⎪ 3 R [ I ] = ∑ i ⋅ ⎨ z +1 ⋅ ⎢2∑ I j + I z +1 ⎥ ⎬ + 3Rz +1 I z2+1 ⎪⎩ i =1 ⎣ j =1 ⎦ ⎪⎭ z z ⎫ ⎧ = 3∑ Ri ⋅ ⎨ I z2+1 + 2 I z +1 ∑ I j ⎬ + 3Rz +1 I z2+1 i =1 j =1 ⎭ ⎩ z z z i =1 i =1 j =1 = 3I z2+1 ∑ Ri + 6 I z +1 ∑ Ri ∑ I j + 3Rz +1 I z2+1 z +1 = I z2+1 ∑ Ri i =1 z +1 z z i =1 i =1 j =1 δ (∆PI ) d = 3I z2+1 ∑ Ri + 6 I z +1 ∑ Ri ∑ I j Considera o valor de R do trecho onde está instalada a chave. Porção do alimentador “antes” da chave n +1 n +1 i= z +2 i = z +3 δ (∆PII )d = −3I z2+1 ∑ Ri − 6 I z +1 ∑ Ri Considera o valor de R do trecho onde está instalada a chave. n ∑I j = z+2 j Porção do alimentador “depois” da chave δ (∆P )d = [δ (∆PI )d − δ (∆PII )d ] z +1 z z i =1 i =1 j =1 i ←j δ (∆P )d = 3I z2+1 ∑ Ri + 6 I z +1 ∑ Ri ∑ I j − 3I z2+1 n +1 n +1 j = z +2 i ←j i = z +3 ∑ R j − 6 I z+1 ∑ Ri onde z +1 z i =1 i =1 3I z2+1 ∑ Ri = 3I z2+1 ∑ Ri + 3I z2+1 Rz +1 n ∑I j= z+2 j 231 z δ (∆P )d = 3I z2+1 ∑ Ri + 3I z2+1 Rz +1 i =1 z z n +1 n +1 i =1 j =1 i= z +2 i = z +3 n + 6 I z +1 ∑ Ri ∑ I j − 3I z2+1 ∑ Ri − 6 I z +1 ∑ Ri n +1 − 6 I z +1 ∑ Ri i = z +3 n n +1 j = z+2 i = z +3 ∑ I j = − 6 I z+1 ∑ Ri ∑I j = z +2 n n +1 j = z +2 i = z +3 j ∑ I j + 6 I z+1 ∑ Ri I z+1 Equivale à retirada do trecho para onde foi deslocada a chave z Rz Iz -1 z+1 Rz+1 Iz+1 Iz z+3 Rz+3 z+2 Rz+2 n Rn Iz +3 Iz +2 n+1 Rn+1 In -1 In II’ a jusante da chave I’ a montante da chave Figura 1 – Instalação da chave no trecho z+2. z z z i −1 j =1 n +1 n n +1 n +1 j= z+2 i = z +3 i= z +2 δ (∆P )d = 6 I z +1 ∑ Ri ∑ I j + 3I z2+1 ∑ Ri + 3I z2+1 Rz +1 − 6 I z +1 ∑ Ri i = z +3 n +1 − 6 I z +1 ∑ Ri i = z +3 n ∑Ij j = z +2 i =1 ∑ I j + 6I z+1 ∑ Ri I z+1 − 3I z2+1 ∑ Ri n +1 = − 6 I z +1 ∑ Ri i = z +3 n ∑ I j + 6 I z+1Rz+2 j = z +1 n ∑I j = z +1 j Neste caso, foi incluído no intervalo do somatório o trecho Rz+2 onde está colocada a chave ( z + 2 ) n +1 + 6 I z +1 ∑ Ri I z +1 i = z +3 n +1 = 6 I z2+1 ∑ Ri − 6 I z2+1 Rz +2 i= z+2 232 Considerando, Rz +1 = RP I z +1 = I P , z z i =1 j =1 M I = ∑ Ri ∑ I j M II = n +1 ∑ i= z+2 Ri n ∑I j= z+2 j z RI = ∑ Ri i =1 RII = n +1 ∑ i= z+2 Ri n ∑I j = z+2 j R∑ = RI + RII + R p δ (∆P) d = 6 I P M I + 3I P2 RI + 3I p2 R p − 6 I p M II + 6 I p2 Rz + 2 + 6 I p2 RII − 6 I p2 Rz + 2 − 3I p2 RII δ (∆P) d = 6 I P ( M I − M II ) + 3I P2 ⋅ R∑ ou ⎡ z ⎛ z ⎞ ⎜ ⎟ ⎢ δ (∆P) = 6 I P ⎢∑ I j ⎜ ∑ Ri ⎟ − j =1 ⎜ i =1 ⎟ ⎢⎣ ⎝ i∈α j ⎠ d ⎛ n+1 ⎞⎤ n +1 ⎜ ⎟⎥ 2 I R + 3 I Ri ∑ j ⎜ ∑ i ⎟⎥ P ∑ j = z+2 ⎜ i= z +2 i =1 ⎟⎥ ⎝ i∈ α j ⎠⎦ n Por analogia, δ (∆P) e = 6 I p ( M II − M I ) + 3I p2 ⋅ RΣ ⎡ n ⎛ n+1 ⎞ z ⎛ z ⎞⎤ n +1 ⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎢ δ (∆P) = 6 I P ⎢ ∑ I j ⎜ ∑ Ri ⎟ − ∑ I j ⎜ ∑ Ri ⎟⎥⎥ + 3I P2 ∑ Ri j = z +1 ⎜ i = z + 2 i =1 ⎟ ⎟ j =1 ⎜ i =1 ⎢⎣ ⎝ i∈ α j ⎠⎥⎦ ⎝ i∈α j ⎠ e 233 Como exemplo, será analisado um alimentador simplificado onde é proposta de mudança de posição da chave NA do trecho 8-11 (Fig. 2) para o trecho 6-7 (Fig. 3). Primeiramente a análise será realizada para a situação 1, Fig. 8.2. 4 0 0,2 2 0,2 1 20 0,1 2 3 0,3 5 0,2 17 18 2 Alimentador 1 2 12 3 1 6 0,3 0,1 11 1 10 8 3 9 0,1 0,2 1 4 1 0,1 19 25 22 3 20 0,4 15 0,2 0,1 12 10 16 2 0,3 0,1 3 13 0,2 8 4 2 0,1 8 2 0,3 11 12 0,3 2 Chave NA 5 3 5 8 5 17 0,2 14 7 6 3 Alimentador 2 318 Fig. 2 – Situação 1 – Trecho de alimentador com a chave no trecho 11 – 12. Cálculos diretos de perdas da potência da rede apresentada na Fig. 2, fornecem os seguintes resultados: ∆PI = 838,5 ∆PII = 981,9 ∆P∑ = 1820,4 Supõe-se que no processo de solução do problema de chaveamento ótimo foi indicado a instalação de chave faca no trecho 6-7. Verifica-se eficiência de redistribuição de cargas entre alimentadores 1 e 2 através do fechamento da chave localizada no trecho 11-12 e abertura da chave localizada no trecho 6-7. 234 Para a nova topologia da rede Fig. 3 tem-se: ∆PI' = 209,4 ∆PII' = 2019 ∆P∑' = 2228,4 Então, a alteração de perdas de potência nesta situação apresenta o seguinte valor: δ (∆P) = ∆P∑ − ∆P∑' δ (∆P) = 1820,4 − 2228,4 δ (∆P) = −408 Agora, a mesma análise é realizada utilizando características equivalentes definidas anteriormente para a primeira situação, Fig. 2. M I = 24,3 M II = 15,5 RI = 2,3 RII = 1,0 R∑ = 2,9 Analisando a possibilidade de mudança da chave NA para o trecho 6 – 7, Fig. 3. 235 4 Alimentador 1 0 0,2 2 0,2 1 12 0,1 2 3 0,3 9 10 2 2 Chave NA 5 0,2 4 3 1 6 0,3 0,1 3 1 10 7 3 9 0,1 0,2 1 4 1 3 19 33 0,4 30 3 15 0,1 0,2 14 20 10 4 16 16 0,2 6 0,3 2 12 0,3 13 3 8 5 2 8 0,3 13 0,1 8 11 20 0,1 2 2 0,1 Alimentador 2 5 17 3 0,2 18 3 Fig. 3 – situação 2 – Trecho de alimentador com a chave no trecho 6 -7. Agora através da equação 8.24 (alterações de chave NA para o lado esquerdo) definem-se as alterações das perdas de potência, considera-se que para o exemplo apresentado Ip = 8 δ (∆P) e = 6 I P ( M II − M I ) + 3I P2 ⋅ R∑ = 6 ⋅ 8(15,5 − 24,3) + 3 ⋅ 82 ⋅ 2,9 = 134,4 A condição para verificar a eficiência da mudança do ponto de interligação entre os alimentadores é: se δ (∆P ) < 0 mudar a chave NA para a esquerda, conforme definido no e Capítulo 8. O resultado verdadeiro ou falso de δ (∆P ) < 0 corresponde: falso à ineficiência da e mudança da chave NA, ou verdadeiro à eficiência da alteração do ponto de abertura do alimentador em regime de operação normal. 236 M I − M II > I P ⋅ R∑ 2 8,8 > 11,6 A condição para mudança do ponto de abertura do alimentador é: se M I − M II > I P ⋅ R∑ mudar a chave NA para a esquerda. Esta condição, para o exemplo em 2 análise, também não é verdadeira. Como nenhuma das condições se verifica como verdadeira, então sob o ponto de vista das perdas não é conveniente mudar o local de instalação da chave NA. Os resultados idênticos comprovam a possibilidade de utilização de características equivalentes para este tipo de análise.