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caixas dynaudio evidence platinum, amplificador monobloco air tight atm-3b e pré-amplificador mcintosh c2500 Ano 18 A ESSÊNCIA DO HI-END AUDIO VIDEO MAGAZINE - MUSICIAN MAGAZINE . setembro 2013 . # 193. ANO 18 amplificador monobloco AIR TIGHT ATM-3B E MAIS Testes de áudio SUPER AUDIO CD PLAYER LUXMAN CD D-05 CABOS DE CAIXA SYNERGISTIC RESEARCH ELEMENT TUNGSTEN opinião MÉDIOS NATURAIS E VEROSSÍMEIS. SERÁ QUE OS TEMOS? PRÉ-AMPLIFICADOR MCINTOSH C2500 POLIVALENTE, VERSÁTIL E COMPLETO PRIMEIRAS IMPRESSÕES FONE DE OUVIDO AKG QUINCY JONES Q 701S 9 9 771 677 85 500 2 00176 ISSN 167785500-2 r$18 9 771677 85500 2 00170 9 771 677 85 500 2 ISSN 167785500-2 00175 00169 9 771677 85500 2 CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM 9 771677 85500 2 9 771677 85500 2 9 771677 85500 2 9 771677 85500 2 FIDELIDADE ABSOLUTA ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 ISSN 167785500-2 00168 ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 00167 ISSN 167785500-2 00166 ISSN 167785500-2 00165 ISSN 167785500-2 Arte em reprodução eletrônica 00174 00173 ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 00172 ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 00171 ISSN 167785500-2 clubedoaudioevideo.com.br 193 ISSN 167785500-2 setembro 2013 teste áudio 1 CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM Fernando Andrette [email protected] Todos conhecem minha admiração por esse fabricante dinamarquês de caixas acústicas. Meu primeiro contato foi em 1993, quan- feito na Dinamarca, dentro da própria fábrica, e seus alto-falantes há mais de uma década não são comercializados para terceiros! do ainda na revista Audio News recebi para teste as Contour 1.8. Foi As caixas da Dynaudio produzidas no fim da década de 1980 e amor à primeira vista! O acabamento irretocável, a coerência tonal e no início da década de 1990 eram muito exigentes com os amplifi- o grau de transparência e velocidade me fizeram ficar com as caixas, cadores. Isso lhe deu uma fama de caixas difíceis de ‘domar’. Outra e ali teve início uma longa jornada por vários modelos, até culminar queixa muito comum era de que seus graves eram demasiadamente com a Evidence Temptation, que foi minha referência por mais de secos, e seu grau de transparência muito grande, o que para muitos cinco anos! Essa relação deu-me a oportunidade de conhecer toda ‘retirava’ o calor necessário para uma reprodução! A questão, no a linha e testar para os nossos leitores praticamente todos os mo- meu modo de entender, era outra: devido ao seu alto grau de coe- delos mais interessantes. Paralelamente também utilizei monitores rência tonal e sua enorme transparência, não havia o ‘mascaramen- Dynaudio em todas as gravações realizadas para a CAVI Records, e to’ dos problemas ou a limitação da eletrônica, e isso acabava se também nos dois discos da série ‘Genuinamente Brasileiro’! Foram tornando realmente um problema. Por outro lado, quando as caixas quase 20 anos de parceria ininterrupta! O que aprendi sobre a mar- da Dynaudio eram bem ajustadas, elas proporcionavam um altíssi- ca nesses anos todos? Que esses dinamarqueses, além de muito mo grau de prazer ao usuário! Claro que tudo depende do gosto sérios, possuem um padrão de qualidade e conhecimento técnico do audiófilo, o que para muitos pode ser uma virtude, e para outros muito grande! A coerência sônica está presente desde o primeiro pode ser algo não desejável! Mas algumas de suas características, produto de entrada até as caixas top de linha. O que muda de escala quando bem utilizadas, são realmente irrefutáveis! Seus graves, é o refinamento, que obviamente é maior e mais preciso nas séries livres de qualquer tipo de coloração, permitem uma melhor adequa- superiores! Outra característica inata desse fabricante dinamarquês ção a salas com problemas entre 60 e 120 Hz! O posicionamento é o seu alto grau de conservadorismo. Na Dynaudio, um upgrade só em salas de tamanhos reduzidos também é muito compatível. Quais é realizado quando realmente ele atingiu um patamar superior, o que outras caixas do tamanho das Temptation poderia usar em uma sala leva um modelo tranquilamente a ficar até mesmo uma década em de apenas 16 metros quadrados e extrair a qualidade que necessita- produção sem nenhuma alteração técnica! E outro grande diferen- va para testar os produtos? Eu brincava que transportava um cavalo cial é o grau de verticalização na produção de toda a linha: tudo é em uma Kombi! E essa analogia era perfeita para a situação em que setembro . 2013 37 CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM até então por nenhum outro fabricante de caixas hi-end! Bem, mas toda grande ideia tem sempre um começo, e o princípio desta tecnologia começou no meio da década de 1990, quando o engenheirochefe da Dynaudio Mark Thorup empilhou duas caixas monitores modelo Dynaudio Air de ponta-cabeça. Sua ideia inicial era estudar o efeito de direcionalidade vertical, tentando diminuir as reflexões do chão e do teto. O problema é que todas as tentativas de alinhar os alto-falantes dessa maneira levam à anulação e interferência, principalmente das frequências mais altas! Por isso que a maioria dos fabricantes só utiliza um alto-falante para cada frequência. Mark Thorup teve então a ideia de ir diminuindo o volume de um dos médios e de um dos tweeters, usando um filtro passa-baixa de primeira ordem (6 dB / oitava). E o resultado foi espetacular! Nas frequências mais altas, um tweeter tocou sozinho sem interferência, e nas frequências mais baixas o tweeter adicional aparecia apenas para gerar o efeito de direcionalidade desejado. Mas ele ainda estava muito longe do resultado pretendido, pois era necessário uma série interminável de cálculos e testes com o crossover para que este pudesse ser construído em grande quantidade! Em outra fase do projeto, Mark Thorup estudou o problema acústico nas baixas frequências e percebeu que com todos os alto-falantes de graves distribuídos verticalmente, os modos de graves são muito menos excitados pela sala, consequentemente eles são mais limpos e equilibrados! Bem, o restante da história todo audiófilo informado já coas Temptation trabalharam por dois anos! Outra qualidade delas é o grau de transparência e precisão desde o modelo mais simples, o As Dynaudio Platinum utilizam os melhores alto-falantes Esotar 2 que permite fazer uma avaliação criteriosa de todas as limitações e especiais, com o mesmo domo de seda de 28 mm, sendo que o qualidades de qualquer eletrônica! Elas realmente se portam como tweeter debaixo responde de 2,5 kHz até mais de 25 kHz, e o de um monitor de alta qualidade de estúdio. Agora, esse grau de trans- cima vai somente até 10 kHz! A radiação efetiva é gradualmente parência também pode ser um problema para todos que desejam aumentada à medida que a frequência desce, enquanto que o ân- um som mais colorido, eufônico e sedoso! Para esse gosto, as gulo vertical de radiação permanece inalterado. Os alto-falantes de Dynaudio não são caixas adequadas. Outra questão também rele- médios de 6 polegadas possuem o famoso cone de polímero de vante é que os modelos mais tops necessitam de um ajuste muito magnésio, feito a partir de uma peça única. Eles são direcionados sensível e coerente, caso contrário elas soarão frias e jogarão nos direto para o ouvinte, fazendo com que as reflexões no teto e no nossos ouvidos todas as limitações de nossas escolhas! chão sejam drasticamente diminuídas, proporcionando ao ouvinte a Quando a Dynaudio apresentou os modelos Master Evidence 38 nhece, ambas as caixas estão no mercado há mais de uma década! audição diretamente sem as reflexões da sala. e Temptation na passagem para o século XXI, o grande pulo do Ao contrário dos modelos anteriores, as Platinum possuem um gato para uma estética tão ‘slim’ foi a tecnologia DDC (Dynaudio padrão de direcionalidade horizontal maior, então é preciso um cui- Directivity Control - Controle de Direcionalidade Dynaudio), uma bela dado adicional com o posicionamento um pouco mais distante das sacada para a estabilização no padrão de direcionalidade das caixas, paredes laterais (isso seria para mim um problema na antiga sala, usando alto-falantes adicionais e um novo crossover que restringe pois as Temptation ficavam apenas 0,4 cm das paredes laterais!). a verticalidade para que o ouvinte de seu ponto de audição ouça Os quatro alto-falantes de graves são de 7 polegadas (18 cm - 1 cm mais o som direto do que os refletidos, ganhando uma reprodução a mais que os alto-falantes de graves das Temptation) e as bobinas com menor coloração da soma do som direto com as reflexões do têm 3 polegadas, competindo diretamente em termos de perfor- ambiente! Parecia o ovo de Colombo, mas jamais tinha sido utilizado mance com os alto-falantes de 8 polegadas das Master Evidence. setembro . 2013 CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM apreciar toda a sua coerência tonal. Mais 100 horas, e os agudos desabrocham, nos dando a magia de sua naturalidade, com velocidade e decaimento correto. E com aproximadamente 220 horas, os graves apresentam suas credenciais, e é possível começar o teste! Minha primeira avaliação muito antes de aplicar a metodologia foi ver o quanto as Platinum são superiores às Temptation. Diria apenas que elas que são de campeonatos distintos! As Platinum são muito Crossover mais corretas, possuindo melhor resposta na fundação dos graves, na velocidade e no peso, além de um equilíbrio tonal superior até Ainda assim, o gabinete possui o mesmo volume das Temptation. mesmo em relação às Master Evidence! Não conheço até o mo- O modelo enviado para teste tinha acabamento laca de piano, e mento caixas que possuam maior transparência que as Platinum. É a grande diferença visual em relação às Temptation é que o bloco simplesmente um misto de espanto, incredulidade e perplexidade! E sólido de alumínio em que são instalados os tweeters e alto-falantes não estou falando da recuperação de microdetalhes, e sim do seu de médios agora é preto, e não mais prata. Isso deu às caixas um senso do tamanho da sala, dos instrumentos, dos planos, da inten- ar ainda mais elegante e imponente! E os pés agora possuem spike cionalidade, da velocidade, do foco, do recorte etc. E no que esse (12 spikes por caixa)! pacote resulta? Resulta em um grau de realismo e prazer auditivo Para o teste das Platinum, utilizamos os seguintes equipamentos: inigualável! amplificadores: BMC 2, Krell Evo One, Air Tight ATM-3B (leia o Teste 2 Em relação às Temptation que conheço tão bem, a maior dife- nesta edição), Sunrise Lab V8 MkII e Atlas; pré-amplificadores: BMC rença certamente se encontra nos dois extremos e na naturalidade Pré DAC, darTZeel NHB-18NS, Air Tight ATC 1 e ATC 2; fontes digitais: Luxman D-05 (leia o Teste 4 nesta edição) e dCS Scarlatti; cabos de caixa: Tara Labs Zero Omega, Transparent Audio Reference XL MM2 e Kubala-Sosna Elation; fontes analógicas: toca-discos Basis Debut V, Braço SME V e Cápsula Benz LP-S; prés de phono: Tom Evans Groove 25th Anniversary e VTL 6.5; e condicionadores de energia: AC Organizer 311 SE Plus e Audience RT6. e coerência tonal. A fundação dos graves é muito mais realista e impactante, o extremo agudo é mais preciso, veloz e natural, e a região média é fisicamente palpável! Fiquei com a sensação nítida de que neste quesito de naturalidade e coerência tonal as Platinum são superiores até mesmo às Master Evidence! E na resposta dos extremos, se as Platinum não são superiores, elas também não ficam nada a dever às Master Evidence. Sua precisão em termos de foco e Ainda que todas as caixas necessitem de um longo período de recorte, quando corretamente posicionadas (testamos as caixas em amaciamento, algumas já saem da embalagem dando-nos uma duas posições distintas: sem toe-in nenhum, com 4 m de distância ideia exata de seu potencial. Quando ligadas em um sistema cor- entre cada tweeter, 1,2 m das paredes laterais e 2 m da parede atrás reto, qualquer Dynaudio já nos apresenta de cara suas qualidades, delas; e com 25 graus de toe-in, com 4 m de distância entre cada ainda que os médios estejam um pouco frontais, os agudos se mostrem tímidos e os graves engessados! Aquele grau de transparência assustador e a velocidade já estão presentes desde o primeiro minuto de audição! Com apenas 50 horas, os médios recuam e já é possível tweeter, 1,2 m das paredes laterais e 2,4 m da parede atrás delas) é de longe o melhor palco sonoro que já tivemos em nossa sala de referência. No final, optamos por 25 graus de toe-in, para ter o ganho de uma maior profundidade na reprodução de obras sinfônicas. Os planos das Platinum são tão nítidos e precisos, que você percebe até se existiu vazamento de algum microfone próximo ao solista, pois o foco se movimenta. Em obras sinfônicas com orquestra e coral, o ouvinte consegue delimitar o espaço de cada músico, pois a largura, profundidade e altura são simplesmente exemplares! Ouvir órgão de tubo nas Platinum é um acontecimento, pois elas permitem a percepção exata do som direto, do som de ambiência da sala, dando-nos uma ideia exata do tamanho do ambiente e do Módulo traseiro 40 setembro . 2013 posicionamento dos rebatimentos (se eles são laterais, de teto ou de profundidade). CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM Como todas as caixas da Dynaudio, as Platinum não se intimidam com o alto volume, diria que elas até gostam do desafio. Levamos em muitos exemplos as caixas próximas ao limite, e a folga é absurdamente impressionante! Elas não se perdem, mesmo com gravações mais limitadas ou comprimidas. E, ainda que em volumes próximos do real, as Platinum somem na sala como se literalmente fossem apenas objetos de decoração! Vozes são os melhores exemplos para se ter uma ideia concreta do grau de realismo e equilíbrio tonal das caixas. Parece que estamos ouvindo aquelas gravações pela primeira vez e descobrindo nuances antes completamente submersas! Esse é o grande diferencial da tecnologia DDC, pois o grau de estabilização e de direcionalidade permite ao ouvinte escutar o som direto com o menor nível de coloração! A macrodinâmica das Platinum também é muito superior às Temptation, e ombreia tranquilamente com as Master Evidence. Reproduzindo os mesmos discos que usei no teste das Master Evidence e com o mesmo volume (ainda que com eletrônicas distintas - no 42 setembro . 2013 CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM teste das Master Evidence, o amplificador era o Evo 600 da Krell, e CONCLUSÃO agora utilizei o Evo One), o resultado foi muito similar! E em termos Para quem deseja ter audições repletas de precisão, naturalidade de palco sonoro e folga, eu preferi sem dúvida alguma a resolução e detalhamento de seus discos preferidos e possui sala e equipa- das Platinum. Claro que para uma conclusão mais segura, o ideal mento à altura de caixas Estado da Arte, as Platinum devem ser seria um teste A x B, mas como isso é praticamente impossível levadas em consideração e escutadas com interesse redobrado! nesse momento, dou meu testemunho apenas para que o leitor Suas virtudes são direcionadas a todos que possuem como refe- tenha uma ideia do patamar em que as Platinum se encontram em rência a música reproduzida ao vivo, e desejam trazê-la para a sala relação às Master Evidence. de audição. Com elas, você terá a garantia que suas audições serão Conhecendo como a Dynaudio atua no mercado, diria que as muito mais verossímeis e emocionantes. Mas como todas supercai- Platinum são apenas o primeiro round de uma nova geração de xas hi-end, não esqueça que seus pares devem estar rigorosamente caixas que em breve esse fabricante dinamarquês irá apresentar ao no mesmo patamar, pois as Platinum irão denunciar qualquer vacilo mercado. Certamente, em algum momento virão caixas acima das ou limitação imediatamente! Agora, atendendo aos seus caprichos, Master Evidence também com a denominação Platinum, afinal, a você receberá em troca tudo que sempre desejou de caixas Estado concorrência atual com outras grandes caixas hi-end do mercado é da Arte: fidelidade absoluta! muito mais intensa do que era há 15 anos! A Dynaudio já mostrou ser capaz de produzir supercaixas que possuem uma longevidade impressionante. Com essa nova geração, ela certamente manterá sua posição de destaque e continuará a ser uma sólida referência para o mercado. CAIXAS DYNAUDIO EVIDENCE PLATINUM Equilíbrio Tonal12,0 Palco Sonoro13,0 Sensibilidade 89 dB Textura12,0 Transientes13,0 Potência mínima Distância: Dinâmica12,0 recomendada 3 m: 20 W (4 Ohms) Corpo Harmônico12,0 5 m: 60 W (4 Ohms) Organicidade12,0 7 m: 120 W (4 Ohms) Musicalidade13,0 10 m: 250 W (4 Ohms) Total99,0 Potência 550 W Impedância 4Ω Faixa de freqüência 28 Hz - 25 kHz (± 3 dB) Princípio Bass-Reflex Frequência de 27 Hz ressonância VOCAL ROCK . POP JAZZ . BLUES MÚSICA DE CÂMARA SINFÔNICA Ferrari Technologies (11) 5102.2902 Preço: sob consulta do duto Crossover 6 dB / oitava Peso 115 kg setembro . 2013 43
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