mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa

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mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa
mecânica, alta tenacidade a baixas temperaturas e boa soldabilidade. Esta
combinação de propriedades permite aos fabricantes de tanques de armazenagem e
vasos de todos os tipos, máquinas industriais de um modo geral, navios, pontes,
construções civis e outras estruturas, a realizar seus projetos segundo as normas
mais exigentes, com máxima segurança e baixo custo.
Classe de 600 N/mm² - Possui uma resistência à tração mínima de 600 N/mm² e um
limite de escoamento de cerca de duas vezes a do aço carbono. Estes aços têm
Cmáx = 0,18%, Si < 0,75%, Mn < 1,50% e pequenas adições combinadas de um ou
mais elementos como Cu, Ni,Cr, Mo, V. Devido às suas propriedades, estes aços de
600 N/MM² permitem uma redução de peso das estruturas e possuem baixa
sensibilidade a trincas na soldagem e estão sendo aplicados na construção de
tanques esféricos. São usados ainda em pontes, tanques para estocagem de óleos,
tubos de grande diâmetro para condução de água, lança de guindastes, máquinas
industriais, equipamentos de mineração, etc.
Classe de 700 N/mm² - Esta classe combina alta tenacidade e boa soldabilidade
com uma resistência à tração mínima de 630 N/mm². Estes aços têm Cmáx = 0,18%,
Si < 0,35%, Mn = 0,60% ~1,20%, além de adições de Cu, Cr, Mo, V e B. Nestes
aços o Ni é adicionado principalmente para proporcionar boa tenacidade na junta
soldada. As aplicações mais importantes são: pontes, tubo adutor para turbina
hidráulica, tubos para revestimento de poços artesianos, vasos de pressão,
máquinas industriais, equipamentos de mineração, etc.
Classe de 800 N/mm² - O desenvolvimento de aços desta classe começou nos
Estados Unidos e são classificados segundo a norma ASTM A -514 e 517. São aços
que apresentam um limite de resistência mínima de 800 N/mm² e um escoamento
de cerca de três vezes o do aço carbono estrutural. Possuem um bom
comportamento relacionado a trinca na soldagem, tenacidade da junta soldada,
trincas por corrosão sob tensão. Apresentam ainda uma boa performance quanto ao
trabalho a frio, desdobramento e corte. É um aço com teor de C relativamente baixo,
Si < 0,35% e Mn = 0,60% ~1,20% e adições combinadas, dependendo da aplicação
de alguns elementos de liga tais como: Cu, Ni, Cr, Mo, V, Nb, B. Estes aços se
aplicam em construções de pontes, vasos de pressão, tubos adutores, máquinas
industriais, equipamentos de mineração, etc.
Classe de 1000 N/mm² - Esta classe oferece um limite de resistência da ordem de
1000 N/mm² e escoamento de cerca de 900 N/mm², embora tenha uma composição
química semelhante à dos aços da classe 800 N/mm². De um modo geral este aço é
usado na construção de máquinas industriais, equipamentos de mineração, etc.
Classe de 1200 N/mm² - Esta série possui um teor máximo de C de 0,18% e uma
combinação de adição de elementos tais como Cu, Ni, Cr, Mo, V, Nb e B que
proporciona para diversas espessuras do produto final e após adequados ciclos de
tratamento de têmpera e revenimento uma resistência mecânica da ordem de 1200
N/mm². Estes aços têm sido aplicados em locomotivas, pontes, navios, torres de TV,
componentes para engenharia, aeronáutica, equipamentos bélicos, etc.
•
Aços resistentes a desgaste
O desgaste de materiais é um dos principais problemas enfrentados pela indústria.
Falhas em equipamentos e componentes por desgaste resultam em um custo
elevado, especialmente em minerações, extração de pedras, serviços de
terraplanagem e indústrias siderúrgicas. Os aços resistentes a desgaste possuem
como característica importante uma elevada dureza, geralmente na faixa de 320 a
450 HB. Eles são produzidos com tratamento térmico de têmpera seguido, em
alguns casos, quando se deseja alguma dutilidade, de um revenimento. Estes aços
se caracterizam por possuir C = 0,12 ~ 0,30% e outros elementos tais como Cr, Mo,
V e B que aumentam a temperabilidade do aço. A tenacidade e a soldabilidade
deste aços não são demasiadamente críticas para algumas aplicações, como por
exemplo, no caso de desgaste por erosão, caçamba de caminhões, etc.
Considerando aplicações onde o desgaste é do tipo “gouging” ou “grinding”, como
em mandíbulas de britadores e placas de moinhos, exigem-se certas características
de tenacidade.
Aço estrutural soldável resistente à corrosão
•
Aço resistente à corrosão atmosférica
Este tipo de aço é largamente usado no mundo inteiro, sendo o mais conhecido e
série COR – TEN, também comercializado no Brasil como USI – SAC, COS – AR –
COR e outros. Nestes aços, sob determinadas condições de exposição ao meio
ambiente, principalmente em atmosferas industriais e rurais, desenvolve-se uma
camada de óxidos compacta e aderente ao substrato metálico. São aços de baixa
liga, caracterizando-se pela resistência mecânica na faixa de 500 N/mm², que além
da notável resistência à corrosão apresenta boa soldabilidade. Possui C < 0,20%,
Mn < 1,40%, Cu < 0,50% e adições combinadas de P, Cr, Si, N, V, etc. Estes aços
são muito utilizados na construção de edifícios, pontes, viadutos, vagões, torres de
transmissão, podendo ser utilizado sem pintura, dependendo das condições do meio
ambiente e do projeto.
Aços para uso a baixas temperaturas
Estes aços podem ser classificados principalmente pelo teor de Ni. Nas estruturas
projetadas para temperaturas de trabalho na faixa de -100ºc, utilizam-se aços com
3,5% Ni; a – 150ºc, 5% Ni e a – 200º c, 9,0% Ni. São fornecidos como temperados e
revenidos, destinados, sobretudo, à construção de tanques, sujeito a temperaturas
de trabalho na faixa criogênica. Estes aços são usados na construção de
equipamentos e tanques para liquefazer, armazenar e transportar gases como
etileno, metano e nitrogênio que se liquefazem às temperaturas de – 104ºc, - 162ºc
e – 196ºc, respectivamente. Possuem características especiais, como boa
soldabilidade, alta resistência e, principalmente, alta tenacidade e baixas
temperaturas.
Aço para uso a altas temperaturas
Basicamente os aços para uso a alta temperatura podem ser classificados em: C
comum, C – Mn, 0,5% Mo, Cr – Mo, Mn – Mo, (Ni) e Ni – Cr – Mo. Os aços da série
C comum e C – Mn mais usados são cobertos pelas normas ASTM A – 285, ASTM
A – 455, ASTM A – 442, ASTM A – 515 e DIN 17155 – 15 M0
3
, NBR 5001, NBR
5002 e NBR 5006. Estes aços são utilizados na fabricação de equipamentos tais
como caldeiras e vasos de pressão e são fornecidos como laminado ou após
tratamento de normalização. Estas aplicações requerem espessuras na faixa de 100
a 300 mm com unidades de peso de 30 ~ 50 t. A maioria dos vasos de pressão
(aproximadamente 80%) é fabricada com aços C-Mn, operando na faixa de 400°C e
a baixas pressões.
Os aços Cr-Mo considerados de baixa liga são usados a temperaturas elevadas e
altas pressões na fabricação de vasos de pressão e caldeiras, vasos para
hidrogenação de óleos e craqueamento de petróleo, partes de fornos, incluindo o
corpo de altos fornos e convertedores. Eles pertencem a uma família de aços Cr-Mo
cobertos pela norma ASTM A – 387. Os aços com teor de Cr relativamente baixo
estão incluídos em A – 387 Grau 2 (0,5% Cr ~ 0,5% Mo), Grau 12 (1,0% Cr ~ 0,5
Mo) e Grau 11 (1,25% Cr – 0,5% Mo). Estes aços são usados na condição de
recozido (classe 1) ou normalizado e revenido (classe 2).
As temperaturas de
serviço que estes aços podem suportar dependem largamente das condições
ambientais de operação, podendo chegar até a 600° C.
Aço para aplicações eletromagnéticas
Para a construção de motores, geradores e transformadores utilizam-se materiais de
alta permeabilidade magnética e com baixas perdas de energia no núcleo. Estes
materiais podem ser produzidos com grão orientado ou não orientado e, conforme a
aplicação, são empregadas composições químicas variadas. O elemento mais
importante que entra na composição das chapas elétricas é o Si.
Para a produção de chapas de núcleos de motores e transformadores são usadas
ligas de Fe – Si com até 4,5% Si e, dependendo da aplicação, com alguma adição
de Al. Não se empregam teores de Si acima de 4,5% porque, tanto as propriedades
mecânicas quanto a trabalhabilidade são fortemente diminuídas, conduzindo a maus
resultados. De um modo geral estes aços são usados na fabricação de motores para
compressores,
frigoríficos,
transformadores
para
máquinas
de
solda,
transformadores de potência, rádio, pequenos geradores, núcleos para indutores,
grandes máquinas rotativas, geradores e motores com média freqüência,
amplificadores magnéticos, instrumentos de medida, etc.
Aços ligados
Segundo a NBR: “aço ligado é aquele que contém elementos de liga adicionados
intencionalmente, com a finalidade de conferir-lhe propriedades desejadas”. Nesta
série incluem-se os aços para uso a altas temperaturas e pressões e os aços para
uso a baixas temperaturas, além daqueles com características especiais de
resistência à corrosão como os aços inoxidáveis. Estes aços são quase sempre,
tratados termicamente. A seguir são apresentadas as especificações, propriedades
e aplicações de alguns tipos específicos desta série que se encontram no mercado.
Aços para uso a altas temperaturas e pressões
Estes aços possuem baixo carbono, com adição de Cr, Cr-Mo, em teores superiores
a 3%, sendo utilizados a temperaturas e pressões superiores às da faixa de trabalho
dos aços estruturais de baixa liga para uso a altas temperaturas. São fornecidos
com garantia de propriedades mecânicas a elevadas temperaturas. Estes aços são
cobertos pela norma ASTM A – 387 até o nível de 9,0% Cr – 1,0% Mo e o mais
conhecido e mais largamente usado é o aço 2,25 Cr – 1,0 Mo, pela sua tenacidade
e resistência a hidrogênio a alta temperatura, é capaz de atingir elevadas
características de tração e elevadas temperaturas, através de diversos tratamentos
térmicos. Inicialmente, estes aços eram usados tanto na condição de recozido
quanto após tratamento de normalização e revenimento e, consequentemente, após
tensões admissíveis nos projetos de vasos eram relativamente baixas e com
grandes espessuras. Estes graus de aço são cobertos por ASTM a ~ 387 Gr 22
classe 1 para a condição recozida e ASTM A ~ 387 Gr 22 classe 2 para a condição
normalizado e revenido. Em recentes anos, a necessidade de uma maior eficiência
e uma baixa unidade de custo dessas estruturas, têm exigido melhores
propriedades e menores espessuras para os aços 2,25% Cr – 1,0% Mo. Isto
conduziu à produção destes aços na condição de temperado e revenido como
especificado em ASTM A – 542.
Aços para uso a baixas temperaturas
Estes aços podem ser classificados principalmente pelo teor de Ni. Nas estruturas
projetadas para temperaturas de trabalho na faixa de -100° C, utilizam-se aços com
3,5% Ni; a – 150° C, 5% Ni e a – 200° C, 9,0% Ni. São fornecidos como temperados
e revenidos, destinados, sobretudo, à construção de tanques sujeitos a
temperaturas de trabalho na faixa criogênica. Estes aços são usados na construção
de equipamentos e tanques para liquefazer, armazenar e transportar gases como
etileno, metano e nitrogênio que se liquefazem às temperaturas de -104° C, - 162° C
e -196° C, respectivamente. Possuem características especiais, como boa
soldabilidade, alta resistência e, principalmente, alta tenacidade e baixas
temperaturas.
Aços inoxidáveis
Os aços inoxidáveis são ligas Fe-Cr que contêm tipicamente um teor de 12% Cr.
Mesmo possuindo diferentes composições químicas e propriedades mecânicas os
aços inoxidáveis podem ser reunidos, em função de sua estrutura, em três grandes
grupos: austeníticos, martensíticos e ferríticos.
Aços inoxidáveis austeníticos – São assim denominados porque contêm estrutura
austenítica mesmo à temperatura ambiente. Esta série apresenta a melhor
característica de resistência à corrosão, combinando um baixo limite de escoamento
com alto limite de resistência e excelente alongamento. Caracterizam-se por possuir
Cr (12 ~30%), Ni (7 ~ 25%) e outros elementos como Mo, Ti, Nb, em menor
proporção.
Aços inoxidáveis martensíticos – Este tipo de aço adquire a estrutura
martensítica após tratamento térmico, podendo ser produzido em vários graus de
dureza, por meio de variações de condições de resfriamento. Por outro lado,
apresenta propriedades inferiores em termos de soldabilidade e trabalhabilidade,
que os outros dois tipos de aços inoxidáveis. Este tipo é usado principalmente em
cutelaria. Caracterizam-se por possuir Cr (12 ~16%), C (0,1 ~0,4%) e outros
elementos em menores teores como Ti, Mo, Si, Ni.
Aços inoxidáveis ferríticos
–
Todos os aços deste grupo possuem melhor
trabalhabilidade e resistência à corrosão que os aços inoxidáveis martensíticos.
Devido à sua boa resistência à corrosão, por soluções oxidantes, estes são usados
na
fabricação
de
equipamentos
na
indústria
química,
assim
como
em
eletrodomésticos e outras utilizações residenciais. Caracterizam-se por possuir Cr
(16 ~30%).
Aços “maraging”
Os aços “maraging” constituem um tipo especial de aços de alta resistência,
apresentando resistência à tração até 2400 N/mm², com boa dutilidade. Estes aços
contém Ni, Co, Mo, Ti, baixo C (0,03%) e apresentam como características
principais, além da resistência mecânica elevada, razoáveis soldabilidade e
conformabilidade. São usados, especialmente, para matrizes, punções, caixas de
motores de mísseis, trem de aterrisagem de aviões, etc.
Aços Hadfield
Este aço, assim chamado devido ao seu inventor, é uma liga não magnética cuja
característica principal é a sua elevada capacidade de endurecimento por trabalho
mecânico, proporcionada por uma combinação da presença de Mn (11 ~ 14%) e
adequado tratamento térmico. Este aço é caracterizado por sua excelente
resistência a desgaste. Devido a esta propriedade, é largamente usado em muitos
campos como: indústria de construção; equipamentos de mineração, extração de
rochas (pedreiras), perfuração de poços de petróleo, processamento de produtos de
cimento e argila, drenagem, ferrovias, etc.
BIBLIOGRAFIA
1. Produtos Siderúrgicos – Terminologia ABNT – NBR 6215, out. 1982.
2. CARBON and Alloy Steels – SAE J – 411, jun. 1981.
3. METALS Handbook, v. 1 – Properties and Selection of Metals, American
Society for Metals, 1300 p., 1969.
4. Aços Estruturais Laminados, USIMINAS – Fascículo de Informação Técnica
(5) 20 p.
5. Linha de Produtos – COSIPA, 70 p., ag. 1984.
6. Linha de Produtos – USIMINAS, 94 p., 1983.
7. SUPERCORT – Barras em Aços Baixa Liga para Construção Mecânica com
Usinabilidade Melhorada. Siderurgia N.S. Aparecida S.A., 8 p.
8. Sídon Etrusco – Curso ABM - 1987
PRODUTOS PLANOS REVESTIDOS
Produtos siderúrgicos planos revestidos são chapas (bobinas) ou folhas de aço,
recobertas por outros metais ou ligas metálicas, fabricadas por processos
eletrolíticos ou de imersão a quente.
No Brasil, os principais produtos siderúrgicos planos revestidos são produzidos pela
Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), USIMINAS e COSIPA. Estes produtos
atendem tecnicamente a todas as aplicações que são possíveis com os produtos
planos não-revestidos, ou seja, podem ser conformados, soldados ou pintados.
- Chapas Zincadas ou Galvanizadas
São produtos siderúrgicos planos fabricados por processo de inversão a quente ou
eletroposição a partir de chapa ou bobina de aço baixo carbono, usualmente
laminados a frio, que recebe o revestimento de zinco, na espessura desejada, em
uma ou ambas as faces.
Esta camada de zinco confere à chapa de aço, resistência e rigidez, associadas a
uma excelente proteção anti-corrosiva.
Em Minas Gerais, estes produtos, tanto por imersão a quente ou por
eletrodeposição, são fabricados pela USIMINAS. São usados, principalmente, pela
indústria automobilística e pela indústria chamada linha branca – fabricação de
geladeiras, freezers, fogões, máquinas de lavar roupas, etc.
- Folhas-de-Flandres
Folhas-de-Flandres são produtos siderúrgicos planos, revestidos com estanho por
processo eletrolítico. Representa o mais importante segmento de embalagens
metálicas para alimentos, porque alia a resistência mecânica e dutilidade do aço ao
aspecto sanitário de estanho. No Brasil, este produto somente é fabricado em larga
escala pela CSN.
PRODUTOS NÃO PLANOS
Os produtos não planos têm a seção reta diferente da forma retangular (exceção de
barras chatas, alguns blocos e tarugos), formas variadas e até complexas. Quanto à
forma, podem ser divididos em:
•
Barras – possuem seção redonda, quadrada, sextavada, chata ou octavada
•
Perfilados – aquelas cuja seção tem a forma de H, I, U, L, trilhos, etc.
Estes produtos têm aplicações diversas na indústria mecânica, especialmente, e na
indústria de construção civil como elemento estrutural.
PRODUTOS TUBULARES
Em princípio, pode-se considerar dois tipos fundamentais de produtos tubulares,
tendo em vista o seu principio básico de fabricação:
- tubos sem costura
- tubos com costura
Os tubos sem costura são fabricados a partir de tarugos maciços de aço por
processos diversos, geralmente perfuração, extrusão ou mandrilagem, podendo
atingir diâmetros até cerca de 660 mm.
Este tipo de tubo é fabricado pela Vallourec & Mannesmann do Brasil, em sua Usina
do Barreiro, em Belo Horizonte (MG).
Os tubos com costura são obtidos a partir de tiras (bobina) de aço laminadas a
quente, passadas através de uma matriz adequada que as dobra na forma de um
cilindro, ao mesmo tempo em que suas extremidades são soldadas de modo a ficar
constituído o tubo.
Este tipo de tubo é fabricado em Minas Gerais por algumas empresas, sendo a
maior a Usiminas Mecânica, em sua fábrica de Ipatinga.
Devido à diversidade de seu emprego, os tubos são de grande importância na
engenharia e na indústria. São usados em encanamentos de água, vapor, óleo, gás,
ar comprimido, aquecimento, poços de água e de petróleo; fins estruturais e
ornamentais em construção, arquitetura, etc.
O Brasil tem uma das maiores reservas mundiais de minério de ferro, o mineral mais
produzido e consumido no planeta. A produção de Minas Gerais corresponde a
71,4% da produção nacional, ocupando o primeiro lugar entre os Estados
Brasileiros.
O estado de Minas Gerais, como principal Estado Minerador do Brasil lançou em fins
de 2008 o trabalho “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais” – uma
importante e inédita ferramenta de consulta sobre sua produção mineral. O trabalho
reúne os números do setor mineral do Estado referentes ao período de 2001 a 2005
viabilizados a partir de dados do Departamento Nacional de Produção Mineral
(DNPM). Mostra que a atividade está concentrada na produção comercializada de
minerais metálicos, com predominância do minério de ferro. Responsável por cerca
de 35% da produção mineral do País, o estado de Minas Gerais guarda em seu solo
riquezas que há séculos atraem mineradores.
Contudo, mesmo ocupando esta posição o Estado tem somente 35% de seu
território coberto por levantamento aerogeofísico (dos quais, 18% foram concluídos
em 2006). Um novo convênio entre a Companhia de Desenvolvimento Econômico
de Minas Gerais (CODEMIG) e a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais
(CPRM), assinado em 2008, serão acrescidos 21,85% de áreas de mapeamento.
Alguns indicadores do Setor Mineral do estado de Minas Gerais no período de 2006
a 2008, apontados pelo DNPM e Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM são:
•
O
Estado
respondeu
por
49,3%
da
produção
mineral
brasileira
comercializada, em 2008;
•
Maior produtor brasileiro de ferro (das 370 milhões de toneladas produzidas
no Brasil, 71% saíram de Minas Gerais), calcário, fosfato, grafita, lítio, nióbio,
ouro, tantalita e zinco.
•
Possui mais de 300 minas de ferro em operação;
•
Detém 46% das minas brasileiras de grande porte;
•
Arrecadação de R$ 287,7 milhões de CFEM – 2008 (68,8% do total nacional);
•
Seis municípios mineiros estão entre os 10 maiores municípios brasileiros
arrecadadores de CFEM;
•
Dos US$ 47 bilhões de investimentos previstos até 2014 no Brasil,
aproximadamente 30% serão em Minas Gerais;
•
O setor mineral corresponde a 31% do PIB total do Estado.
A Balança Comercial de Minas Gerais (2006) registra que o Setor Mineral
correspondeu por 35% do total das exportações do Estado, ou seja, US$ 5,98
bilhões.
As tabelas 7.1 e 7.2 mostram o valor da produção comercializada do Setor Mineral
do Brasil e Minas Gerais, no período de 2006 a 2008.
Tabela 7.1 - BRASIL E MINAS GERAIS – VALOR DA PRODUÇÃO
COMERCIALIZADA (R$) - 2006 a 2008
Ano
Minas Gerais
Brasil
MG/ Brasil (%)
2006
18.470.814.690
38.033.419.029
48,56
2007
16.714.356.651
38.489.475.720
43,43
2008
22.337.236.501
45.274.868.239
49,34
Fonte: DNPM
Tabela 7.2 – MINAS GERAIS – VALOR DA PRODUÇÃO
COMERCIALIZADA (R$) - 2006 a 2008
Descrição
2006
2007
2008
Metálicos
16.942.568.736
15.418.565.217
20.782.980.512
Não-Metálicos
1.518.598.139
1.270.606.093
1.531.466.415
9.647.815
25.185.340
22.789.573
18.470.814.690
16.714.356.650
22.337.236.500
Gemas e
Diamante
Total
Fonte: DNPM
EMPRESAS DE MINERAÇÃO DE FERRO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
De acordo com o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral – DNPM, o estado de
Minas Gerais possui cerca de 74,4% das reservas de minério de ferro do Brasil,
dados de 2008, enquanto que Pará com 17% e Mato Grosso do Sul, com 16%,
também possuem reservas de ferro, além de serem fortes produtores. Pesquisas
têm sido feitas em outros estados, apontando a Bahia com alguma reserva em
estágio avançado de estudos.
A tabela 7.3 mostra a participação relativa de Minas Gerais no Brasil, referente às
reservas e à produção, em 2008.
TABELA 7.3 – MINÉRIO DE FERRO PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE MINAS GERAIS NO BRASIL
DESCRIÇÃO
Reservas Totais (t)
Produção Bruta (t)
Produção Beneficiada (t)
Valor da Produção Comercializada(R$)
CFEM Arrecadada (R$)
Mão de Obra (minas + usinas)
MINAS
GERAIS
BRASIL
67.322.068.470 90.406.986.887
340.092.067
476.004.858
243.975.160
347.313.568
18.973.861.843 27.662.909.766
287.728.907
429.792.781
19.887
29.148
MG/Brasil(%)
74,47
71,45
70,25
68,59
66,95
68,23
Fonte: DNPM
Em Minas Gerais encontram-se em atividade minas de ferro, usinas de tratamento e
usinas de pelotização, administradas por 13 empresas. Outras usinas de tratamento
e até usinas de pelotização estão em fase de montagem ou de projeto. Entre estas
últimas estão uma usina de pelotização da Vale em Itabirito e, em projeto, uma da
Vallourec Sumitomo do Brasil, (VSB) junto à sua usina siderúrgica para fabricação
de tubos, no município de Jeceaba.
A tabela 7.4 mostra a relação das principais minas de ferro do estado de Minas
Gerais, os respectivos municípios onde se localizam, bem como as empresas
mineradoras, cabendo à VALE – 79%, CSN – 7,4%, Anglo American/MMX – 3% e
outras – 10,6%.
TABELA 7.4 – MINAS DE FERRO EM MINAS GERAIS
NOME DA MINA
Brucutu
Minas do Meio
Conceição
Pico
Fábrica Nova
Fábrica
Alegria
Capão Xavier
Tamanduá
Capitão do Mato
Fazendão São Luiz
Água Limpa
Córrego do Feijão
Gongo Soco
Jangada
Abóboras (Vargem Grande)
Andrade
Mar Azul
Chacrinha
Segredo
Timbopeba
Galinheiro
Conquistinha
Cururu
Fazendão Tamanduá
Montes Claros
Santa Luzia
Córrego do Meio
Baú
Morro da Mina
Apolo
Alegria (Germano)
Casa de Pedra
Engenho
Fernandinho
Pau Branco
AVG
Minerminas
Bom Sucesso
Central
Oeste
Leste
Minas Itatiaiuçu
Esperança
Serrinha
Santanense
Anglo Ferrous
LOCALIZAÇÃO
São Gonçalo do Rio Abaixo
Itabira
Itabira
Itabirito
Mariana
Ouro Preto
Mariana
Nova Lima
Nova Lima
Nova Lima
Mariana/ Catas Altas
Rio Piracicaba
Nova Lima
Barão de Cocais
Nova Lima
Nova Lima
Bela Vista de Minas
Nova Lima
Nova Lima
Congonhas
Ouro Preto
Itabira
Brumadinho
Rio Piracicaba
Catas Altas
Montes Claros
Santa Luzia
Sabará
Barão de Cocais
Conselheiro Lafaiete
Rio Acima
Mariana/ Ouro Preto
Congonhas
Congonhas
Rio Acima
Brumadinho
Igarapé
Brumadinho
Bom Sucesso
Itatiaiuçu
Itatiaiuçu
Mateus Leme
Itatiaiuçu
Brumadinho
Brumadinho
Itatiaiuçu
Conceição do Mato Dentro/
Alvorada de Minas
EMPRESA MINERADORA
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
VALE
Samarco
CSN
Namise
Namise
V&M
MMX
MMX
MMX
Usiminas
Usiminas
Usiminas
ArcelorMittal
Ferrous
Ferrous
Ferrous
Anglo Ferrous
Minerita
Palmital
Tanque Seco/
Sapecado
Ferro +
J8
Retiro
do
Itatiaiuçu
Itabirito
Itabirito
Minerita
Cayman Mineração do Brasil
Herculano Mineração
Ouro Preto
Congonhas
J. Mendes
J. Mendes
E o mapa a seguir a indicação de onde se encontram estas minas, oferecendo um destaque para o conhecido Quadrilátero Ferrífero.
Figura 7.1
TABELA 7.5 - MAIORES MUNICÍPIOS PRODUTORES DE MINÉRIO DE FERRO
EM MINAS GERAIS
Mineral
Municípios de MG
São Gonçalo do Rio Abaixo
Itabira
Itabirito
Mariana
Minério de Ferro
Ouro Preto
Nova Lima
Rio Piracicaba
Barão de Cocais
Congonhas
Brumadinho
PRODUÇÃO
A mineração de ferro viveu nos últimos anos, notadamente a partir de 2003 e,
principalmente com as compras realizadas pelas usinas siderúrgicas chinesas, um
ritmo muito grande de desenvolvimento conforme pode ser visto nas Figuras 7.2 e
7.3.
A participação do Brasil, em 2008, diminuiu em relação aos anos anteriores, ficando
próximo a 17,5%.
Figura 7.2 – PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DO BRASIL COM RELAÇÃO
AO MUNDO
(em milhões de toneladas)
PARTICIPAÇÃO BRASIL
19,5%
18%
18,5%
18,4%
17,5%
Fonte: SINFERBASE, SBB, IBRAM
Figura 7.3 – PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DO
BRASIL
(em milhões de toneladas)
450
400
350
300
250
200
150
100
50
0
262
223
278
317
2004
2004
2005
2006
Exportação
Fonte: SINFERBASE/ IBRAM
258
244
2007
Produção
2008
O estado de Minas Gerais lidera o ranking da produção mineral brasileira, sendo
responsável por 44% do total nacional, segundo o Anuário Mineral Brasileiro do
DNPM de 2006.
O Estado é responsável por 53% da produção brasileira de
minerais metálicos e 29% de minérios em geral. A cadeia produtiva mineral
representa 31% do PIB do Estado.
A tabela 7.6 mostra a produção mineral mundial, Brasil e Minas Gerais, relativa a
2008
Tabela 7.6 – PRODUÇÃO MINERAL 2008
Mundo
2.200
205
14
1,5
89
2.500
11,3
6
Ferro 10
Bauxita 106
Manganês 106
Níquel 106
Nióbio 103
Ouro t (*)
Zinco 103
(*) 2007
Brasil
370
26,6
2,4
85
86
49
199
Minas Gerais
258
3,7
0,13
12,7
52,5
17
19,9
Fonte: IBRAM
A Tabela 7.7 mostra uma previsão, realizada em 2007 pelo Instituto Brasileiro de
Produção Mineral (IBRAM), para a produção brasileira de minério de ferro para o
período de 2008 a 2012.
Tabela 7.7 - Produção de Minério de Ferro - Brasil
Previsões 2009 - 2013 (t x 106)
EMPRESA / ANO
2009
2010
2011
2012
2013
MHAG
2.000
2.000
3.600
10.000
10.000
ARCELOR
MITTAL
3.800
3.800
3.800
5.000
5.000
MINERAÇÃO
CORUMBAE NSE
2.000
2.000
2.000
5.000
5.000
5.000
5.000
5.000
6.000
12.000
VALE
USIMINAS
300.000
360.000
400.000
422.00 0
460.00 0
CSN
20.500
24.500
27.000
72.000
87.000
ANGLO FERROUS
6.300
12.300
33.000
33.000
53.000
V&M MINERAÇÃO
3.000
3.000
4.000
4.000
4.000
OUTROS
10.000
15.000
20.000
30.000
35.000
TOTAL
352.000
427.600
498.400
587.00 0
671.00 0
Fonte: IBRAM
PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO PELA VALE EM 2008
A produção de minério de ferro pela Vale atingiu a marca de 301,8 milhões de toneladas
em 2008, representando uma ligeira queda de 0,5%, em relação a 2007, que foi de 303,2
milhões de toneladas. Esta foi a primeira redução da produção anual da Vale desde 1999.
De 2001 a 2007 a produção anual apresentou uma taxa de crescimento de 13,4% como
conseqüência de ganhos de produtividade, acentuado programa de investimentos para
aumentar a capacidade de produção e atender ao rápido crescimento da demanda global.
A Tabela 7.8 mostra a variação da produção de minério de ferro da Vale em 2007 e 2008,
apontando o efeito da crise financeira internacional no último trimestre de 2008. Da
mesma forma registra a variação da produção de minério de ferro de Minas Gerais
(Sistema Sudeste e Sistema Sul). Esta produção foi 203 milhões de toneladas, em 2007,
caindo para 196 milhões, em 2008, indicando os efeitos da crise financeira internacional.
TABELA 7.8 – VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DA VALE, EM 2007 E 2008
(Mt)
80,098
30,743
63,275
23,066
Variação
4º trimestre 2008/
4º trimestre 2007
-21.0%
-25.0%
11,799
7,749
-34.3%
46,710
41,849
-10.4%
4º Trimestre
2007
Minério de Ferro (Mt)
Sistema Sudeste
4º Trimestre
2008
Variação
2008/2007
2007
2008
303,164
113,781
301,696
115,428
-0.5%
1.4%
•
Itabira
•
Mariana
9,507
7,653
-19.5%
33,135
36,150
9.1%
• Minas Centrais
Sistema Sul
9,437
7,664
-18.8%
33,936
37,429
10.3%
22,598
15,599
-31.0%
89,337
80,461
-9.9%
16,849
11,309
-32.9%
68,276
60,015
-12.1%
5,749
4,290
-25.4%
21,061
20,446
-2.9%
24,620
1,870
0,267
22,306
2,060
0,244
-9.4%
10.1%
-8.7%
91,687
7,231
1,128
96,495
8,322
0,990
5.2%
15.1%
-12.2%
•
MBR
• Minas do Oeste
Carajás
Samarco
(Pelotas)
Urucum
Fonte: Vale – 24/01/2009
A produção de pelotas, relativas às suas usinas próprias (Tubarão I e II, Fábrica de
São Luis), e às suas coligadas atingiu 44,8 milhões de toneladas em 2008,
aproximadamente igual a produção de 2007, como mostra a Tabela 7.9. A produção
de 2008 corresponde a 30,6 milhões de toneladas de pelotas de alto-forno e 14,2
milhões de pelotas de redução direta.
TABELA 7.9 – VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO DE PELOTAS DA VALE, EM 2007 E 2008
(Mt)
4º Trimestre
2007
Pelotas (Mt)
Tubarão I e II
Fabrica
São Luis
Nibrasco
Kobrasco
Hispanobras
Itabrasco
Samarco
Fonte: Vale – 24/01/2009
11.662
1.681
1.117
1.852
2.347
1.283
466
1.012
1.904
4º Trimestre
2008
9.572
1.143
965
1.790
1.918
1.125
210
384
2.038
Variação
4º trimestre 2008/
4º trimestre 2007
-17,9%
-32,0%
-13,6%
-3,3%
-18,3%
-12,3%
-55,0%
-62,0%
7,0%
2007
2008
44.825
6.369
4.148
7.053
8.966
4.971
2.173
4.015
7.130
44.762
6.096
4.165
6.960
8.775
4.935
1.938
3.321
8.572
Variação
2008/2007
-0,1%
-4,3%
0,4%
-1,3%
-2,1%
-0,7%
-10,8%
-17,3%
20,2%
PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO DE MINAS GERAIS
Enquanto a produção de minério de ferro do Brasil foi de 370 milhões de toneladas
em 2008 (Figura 7.1 e 7.2), a de Minas Gerais foi de 262,7 milhões de toneladas,
correspondendo, portanto, a 71% de acordo com dados do Instituo Brasileiro de
Mineração – IBRAM. Em segundo lugar, ficou o estado do Pará com 96,2 milhões de
toneladas ou 26%, e os outros Estados produziram 11,1 milhões de toneladas, ou
3% da produção brasileira.
Tabela 7.10 – EXPORTAÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO
Mt
Produto
Brasil
2007
Minas
Gerais
%
Brasil
2008
Minas
Gerais
%
Minério
de Ferro
219
141
64,4
231
147
63,6
Pelotas
50
1,8
3,6
50
3,2
6,4
Fonte: Aliceweb/ MDIC
US$103
Produto
Brasil
2007
Minas
Gerais
Minério
de Ferro
7,1
4,6
64,8
11,0
6,9
62,7
Pelotas
3,4
0,1
3,0
5,5
0,2
3,6
Fonte:Aliceweb/ MDIC
%
Brasil
2008
Minas
Gerais
%
EXPORTAÇÃO
A tabela 7.10 mostra os números de exportação e valores arrecadados para minério
de ferro, Brasil e Minas Gerais, em 2007 e 2008, segundo Aliceweb/ MDIC.
Apesar da retração na produção de minério de ferro, no último trimestre de 2008 –
devido à crise financeira internacional – a Vale continua sendo a empresa maior
exportadora do estado de Minas Gerais. A empresa vinha de um período de queda
devido à crise de 2008 e, a partir de janeiro de 2009 as exportações voltaram a
crescer.
Assumiu o 2º lugar nas exportações de minério de ferro, com um resultado
surpreendente, a Nacional Minérios S/A (Namisa). Um consórcio siderúrgico japonês
liderado pela Nippon Steel S/A comprou 40% da Namisa da Companhia siderúrgica
Nacional (CSN) por US$ 2 milhões em novembro de 2009 e alavancou os
investimentos imediatos em expansão.
O minério de ferro merece destaque entre os itens de exportação, seja pelo volume
exportado quanto pelo crescimento na receita, respondendo sozinho por 8,36% da
receita brasileira de exportações.
Em 2008 foram embarcadas 281,68 milhões de toneladas, 4,5% acima do volume
registrado em 2007, que foi de 258,60 milhões de toneladas (Figura 7.2). Em
valores, o minério de ferro rendeu US$ 16,54 bilhões, representando uma elevação
de 19,5%, em relação a 2007.
A tabela 7.11 mostra o volume de exportações de minério de ferro nos últimos seis
anos e os valores financeiros comercializados, conforme dados do SINFERBASE.
Tabela 7.11 – VOLUME DE EXPORTAÇÕES DE MINÉRIO DE FERRO
E VALORES COMERCIALIZADOS - 2003-2008
ANOS MT
US$ (10³)
PREÇO MÉDIO US$ /t
2003 184,4 3.796.562,00
20,58
2004 200,9 4.992.745,00
24,85
2005 223,4 9.415.082,00
42,15
2006 244,6 11.754.156,00
48,06
2007 269,5 13.887.799,00
53,72
2008 281,7 16.538.421,00
58,71
Fonte: SINFERBASE
Os principais tipos de minério de ferro exportados pelo Brasil em 2008 comparados
com o ano anterior, são mostrados na tabela 7.12.
Tabela 7.12 – TIPOS DE MINÉRIO DE FERRO EXPORTADOS PELO BRASIL
EM 2008
2007
2008
mt
%
mt
%
FINOS
(Fe – 66%) 219.397 81,4 231.692 82,2
PELOTAS (Fe – 67%) 50.051 18,6 49.990 17,8
269.448 100 281.682 100
TOTAL
TIPO DE MINÉRIO
Fonte: SINFERBASE
Tabela 7.13 – ORIGEM DO MINÉRIO EXPORTADO
2007
mt
186.220
MINAS GERAIS
80.592
PARÁ
2.247
MATO GROSSO DO SUL
200
RIO GRANDE DO NORTE
189
OUTROS
269.448
TOTAL
Fonte: SINFERBASE
2008
%
69,1
29,9
0,8
0,07
0,07
100
mt
191.226
86.382
3.925
74
75
281.682
%
67,9
30,7
1,4
0,02
0,02
100
Figura 7.4 - Investimentos do Setor Mineral Previstos para MG - 2008/2012
US$ 13 bilhões
7%
Investimentos em MG, por Mineral
3% 2% 2% 1%
Ferro
Fonte : IBRAM
Ouro
Zinco
Fosfato
Nióbio
85%
Bauxita
TABELA 7.14 - INVESTIMENTOS
Inv estimentos Prev istos para Minas Gerais de 2008 a 2012 em US$ 1.000
GRUPO
INVESTIMENTOS
OBJETIVO
LOCAL
US$ 1.000
PRAZO
130.000
2008 a 2008
London Min ing
Expansão Mina
Mineração de Ferro
Itatiaiuçi - MG
MMX
Proj. Minas Rio
Mineração de Ferro
Minas e Rio
2.350.000
2008 a 2011
MMX
Ferrovia MG-RJ
Transporte M. Ferro
Minas e Rio
1.000.000
2008 a 2009
Gerdau
Expansão Mina
Mineração de Ferro
Minas Gerais
120.000
2008 a 2010
CSN
Expansão Mina
Mineração de Ferro
Minas - MG
2.330.000
2008 a 2011
Vale
Nova Planta Pelota
Mineração de Ferro
Itabiritos -MG
973.000
2008 a 2011
Vale
Nova Mina M-Baú
Mineração de Ferro
Caeté - MG
2.207.000
2009 a 2011
Usiminas
Expansão Mina J.M
Mineração de Ferro
Itaúna - MG
1.000.000
2008 a 2011
Usiminas
Pelotizadora J.M
Mineração de Ferro
Itaúna - MG
1.000.000
2009 a 2012
Ferrous Resour.
Expansão Mina
Mineração de Ferro
Brumadinho - BH
250.000
2008 a 2010
Fonte: IBRAM
LEVANTAMENTO AEROGEOFÍSICO
Contudo, o maior estado produtor mineral do Brasil tem somente 35% de seu
território coberto por levantamento aerogeofísico (dos quais, 18% foi concluído em
2006). A partir de um novo convênio entre a CODEMIG (Companhia de
Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) e CPRM (Companhia de Pesquisas
de Recursos Minerais), assinado este ano, serão acrescidas 21,85% de áreas de
mapeamento, às 35% existentes, em 2009.
Principais Investimentos em Minério de Ferro em Minas Gerais e Novos
Projetos
Minério de Ferro
SAMARCO
- 2º Mineroduto: 398 km
Cidades: Mariana a Ponta Ubu (ES)
- 2ª Usina de Concentração
Cidade: Mariana
Investimentos: R$ 3,1 bilhões
(incluindo a usina de pelotização em Anchieta, ES)
Minério de Ferro
USIMINAS
Mineração J.Mendes
Mina de Itatiaiuçu
Cidade: Itatiaia
Ampliação
Produção 2008/2013: 4,5 Mtpa
p/ 6Mtpa p/13 Mtpa
Investimento: US$ 1 bilhão
Aço
ArcelorMittal Brasil
Cidade: João Monlevade
Expansão: 1,2 Mtpa para 2,4 Mtpa
de aço bruto
Em implantação
Investimentos: US$ 1,2 bilhão
Conclusão: 2011
Outros Investimentos: US$ 1,6 bilhão
Expansão: de 3,9 para 6,5 Mtpa
de aços longos
Em estudo de viabilidade
Unidade: ainda não definida
Conclusão: 2011
Minério de Ferro
CSN
Mineração Casa de Pedra
Cidade: Congonhas
- Expansão da Mina: 40 Mtpa
Investimentos US$ 856 milhões
Conclusão: 2009
- Expansão da planta adicional: 8 Mtpa
Produto: Pellet Feed
Investimentos: US$ 383 milhões
Conclusão: 2011
- Expansão da planta acional: 23 Mtpa
Produto: Pellet Feed
Investimentos: US$ 700 milhões
Conclusão: 2011
- Planta de recuperação de finos
de alto teor
Produto: Pellet Feed
Produção: 3,3 mil tpa
Investimentos: US$ 26,8 milhões
Conclusão: 2009
Mina do Engenho
Expansão da planta de beneficiamento
Sondagens e pesquisa mineral
Pires
Cidade: Ouro Preto
- Expansão: Concentrador Magnético
(Rejeitos)
Produção: 3 Mtpa
Produto: Pellet Feed
Investimentos: US$ 22,9 milhões
- Concentrador Magnético (minério Santo Antônio)
Produção: 2,97 Mtpa
Produto: Sinter Feed e Pellet Feed
Investimentos: US$ 22,9 milhões
Conclusão: 2008
Mina do Fernandinho
Cidade: Itabirito
- Expansão da Mina: 3Mtpa
Produto: Pellet Feed
Investimentos: US$ 162,2 milhões
Conclusão: 2010
- Concentrador Magnético (Rejeitos)
Produto: Pellet Feed
Produção: 1,7 Mtpa
Investimentos: US$ 22,3 milhões
Conclusão: 2009
Minério de Ferro
Anglo Ferrous Brasil
Projeto Minas-Rio
- Complexo Mineral: minas e unidade
de beneficiamento
Cidades: Conceição do Mato Dentro e
Alvorada de Minas
- Mineroduto: 525 quilômetros
de extensão (LI concedida)
Trajeto: Alvorada de Minas (MG) a Porto do Açu (RJ)
Investimentos: US$ 3 bilhões
(incluindo o Porto do Açu)
Produção: 26,6 Mtpa de Pellet Feed
Conclusão: 2010
Minério de Ferro
Ferrous Ressources do Brasil
- Aquisição de direitos minerários /
Reativação de Minas
Mina de Serrinha
Cidade: Brumadinho
Em reativação
Mina de Santanense
Cidade: Itatiaiuçu
Sondagem, reconformação e
Construção de barragem
Mina Esperança
Cidade: Brumadinho
Recuperação do passivo ambiental e implantação
do separador magnético
Mina de Viga
Cidade: Congonhas do Campo
Sondagem
Objetivo: produção de 50 Mtpa
(a partir de 2014)
- Mineroduto: 400 km de extensão
Trajeto: Congonhas do Campo a Presidente Kennedy (ES)
Em fase de estudos conceituais
Conclusão: 2014
Investimentos: US$ 6 bilhões (2008 / 2014)
Minério de Ferro
Vale
Diretoria de Ferrosos Sudeste (DIFS)
Complexos: Itabira, Mariana e Minas Centrais
- Projeto Gongo Soco:
Cidade: Barão de Cocais
Expansão da vida útil
Investimentos: US$ 49,27 milhões
Conclusão: 2009
- Projeto: Fazendão
Cidade: Mariana
Ampliação da Produção
Investimentos: US$ 205,4 milhões
Conclusão: 2008
- Projeto: Maquine – Baú
Cidades: divisa de Caeté e Santa Bárbara
Minério de Ferro
Implantação
- Mina/planta/ferrovia
Produção: 24 Mtpa
Investimentos: US$ 2,2 milhões
Início: 2008
Conclusão: 2011
Minério de Ferro
Grupo Gerdau
Reservas 800 milhões t
9.000 há – Itabirito e Hematita
Investimentos US$ 120 milhões
Conclusão: 2010
- Mina Miguel Burnier
Cidade: Ouro Preto
- Mina Várzea do Lopes
Cidade: Itabirito
- Mina Gongo Soco
Cidade: Barão de Cocais
Fase de Pesquisa Mineral
Minério de Ferro
Votorantim
Projeto Salinas – Norte de Minas
Cidades: Padre Carvalho e Grão Mogol
Reserva calculada: 1,3 bilhão t . Fe – 25%
300 milhões t. Fe – 68%
Investimentos: US$ 3 bilhões
Minério de Ferro
MMX Sudeste
Produção: 4,2 milhões t - 2008
33,7 milhões t – 2013
AVG Mineração
Cidade:
Mina de Bom Sucesso
Cidade: Bom Sucesso
Minério de Ferro
V&M Mineração
Mina de Pau Branco
Cidade: Brumadinho
Produção Anual: 4 milhões t
Verticalização
O aumento de preços verificado nos últimos anos para o minério de ferro está
motivando as siderúrgicas a seguirem o caminho da verticalização. A aquisição de
empresas de mineração é estratégica para a siderurgia já que o minério de ferro é o
principal insumo para a fabricação do aço.
Neste contexto, a Usiminas adquiriu o controle de três mineradoras na região do
quadrilátero ferrífero de Minas Gerais: Mineração J.Mendes Ltda., Somisa
Siderúrgica Oeste e Global Mineração Ltda.
“ ...Usiminas venderá minério no mercado doméstico. Os ativos de minério de ferro
da Usiminas prometem competir com a Vale não apenas no mercado de exportação,
mas também no mercado brasileiro. A siderúrgica recentemente divulgou seu plano
comercial para a produção das minas adquiridas e pretende comercializar pelo
menos 2,2 milhões de t/ano no mercado local, para terceiros.
Segundo o relatório, a produção de minério de ferro do grupo alcançaria 29,2
milhões de toneladas anuais em 2014, das quais 10,3 milhões alimentariam à planta
da COSIPA, enquanto outras 16,7 milhões de toneladas seriam exportadas.
Sendo assim, a Usiminas reduzirá sua dependência em relação ao minério da Vale,
embora tenha contrato de longos prazos com a mineradora brasileira.
Analogamente, o Grupo Gerdau por meio de sua siderúrgica Gerdau Açominas
mantém em operação as minas de minério de ferro de Miguel Burnier (Ouro Preto),
Várzea do Lopes (Itabirito) e realiza pesquisa mineral na mina do Congo Soco
(Barão de Cocais).
O Grupo ArcelorMittal, maior produtor mundial de aço, além de possuir a Mina de
Andrade (Bela Vista de Minas), arrendada para a Vale, adquiriu a mina de minério
de ferro da London Mining, na Serra Azul (região do município de Itatiaiuçu).
Esta vantagem competitiva de verticalização já era dominada tanto pela Companhia
Siderúrgica Nacional – CSN, com as minas de Casa de Pedra e Namisa
(Congonhas), quanto pela Vallourec & Mannesmann com a mina de Pau Branco
(Brumadinho).
BIBLIOGRAFIA
1) DNPM / AMB – 2006
2) Trabalho ALMG – Luiz Antônio Fontes Castro
3) Revista In The Mine – nº 16 – 2008
Segundo o “Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa – 2ª edição – Aurélio
Buarque de Holanda Ferreira, insumo é uma combinação de fatores de produção
(matérias primas, horas trabalhadas, energia consumida, taxa de amortização, etc)
que entram na produção de determinada quantidade de bens ou serviço”.
De acordo com a Wilkipédia: “insumo em Economia designa um bem ou serviço
utilizado na produção de um outro bem ou serviço. Inclui cada um dos elementos
(matérias primas, bens intermediários, uso de equipamentos, capital, horas de
trabalho, etc.) necessários para produzir mercadorias e serviço.”
“ Uma definição simplificada de insumo seria: tudo aquilo que entra no processo
(“input”), em contraprodução ao produto (“output”), que é o que sai” (Wilkipédia).
Seguindo esta conceituação, neste trabalho serão abordados os principais insumos
(sua existência, produção e comercialização), originados no Estado de Minas Gerais
e que são usados na produção do aço brasileiro.
As matérias primas utilizadas na produção de aço pela siderurgia brasileira podem
ser agrupadas em:
•
Minério de ferro
•
Carvão mineral
•
Carvão vegetal
•
Fundentes e adições (calcário/ dolomita, fluorita, minério de manganês, etc)
•
Sucata de aço
•
Ferroligas
Outros insumos como gases, energia elétrica, óleos lubrificantes, água, etc, também
serão relacionados.
MINÉRIO DE FERRO
A principal matéria prima para a produção de aço é o minério de ferro, nas suas
formas mais comuns: hematita, com teor de ferro mais elevado, cerca de 68% e
itabiritos, com teor de ferro na faixa de 30 a 50%. Atualmente, a utilização do minério
de ferro de forma “in natura” é menos comum, sendo mais usado como
aglomerados, que apresentam um comportamento muito melhor, elevando a
produtividade dos equipamentos de redução. Tem sido encontrado na natureza com
maior abundância os itabiritos, que para sua melhor utilização recebem um
tratamento de concentração, para elevar o seu teor de ferro. Tem-se uma elevada
geração de finos que são aglomerados, dependendo da sua granulometria, em
sínter ou pelotas.
- Sínter: 90% do minério de ferro deve ter granulometria superior a 0,15mm (100
mesh) é misturado com combustíveis sólidos e fundentes em processo especial
formando um bolo (sinter bruto) que depois é britado, dando origem ao sínter de
alto-forno com granulometria na faixa de 50 mm, conveniente para processo de
redução. Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu 30.436.614t de sínter.
- Pelotas: 99% de minério de ferro com granulometria inferior a 0,15mm (100 mesh)
é misturado com água e algum ligante e, processado em um disco, formando as
pelotas verdes de 15mm de diâmetro. Após um aquecimento a 1200ºc adquirem
resistência mecânica (muito maior que o sínter, podendo ser transportadas a
grandes distâncias. Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu 6.342.601t de pelotas.
Minas Gerais é o maior produtor brasileiro de minério de ferro. Outros dados sobre o
minério de ferro produzido em Minas Gerais foram apresentados no Capítulo 7 deste
trabalho. A tabela 7.1 mostra a participação relativa de Minas Gerais no Brasil
referente à reservas, produção e comercialização em 2008.
Contudo, como pode ser verificado nos cálculos a seguir, somente 15% do minério
de ferro extraído em Minas Gerais são aplicados aqui ou 17% do volume exportado.
VOLUME DE MINÉRIO DE FERRO APLICADO EM MINAS GERAIS SOBRE
VOLUME EXTRAÍDO E EXPORTADO – 2008
- Exportação de minério de ferro de MG (inclui pelotas do ES) ► 150,18 Mt
- Produção de aço bruto em MG ► 12,0 Mt
- Produção de ferro-gusa em MG ► 4,4 Mt
- Equivalente em minério de ferro aplicado em MG ► 26,24 Mt
CONCLUSÃO: 15% do minério de ferro extraídos em MG são aplicados em MG
ou 17% do volume exportado.
Fonte: Sinferbase/ IBS/ Sindifer
CARVÃO MINERAL
O carvão mineral é uma massa compacta estratificada de matéria vegetal, cujo
processo de decomposição foi interrompido como resultado de ação geológica.
O grupo de carvões minerais se divide em: turfa, linhito, hulha e antracito, de acordo
com o teor de carbono (20 a 90%) e tempo crescente desde a sua origem. Por suas
características, somente o tipo hulha que equivale aos carvões betuminosos ou
coqueificáveis. Possui uma porcentagem elevada de carbono (na faixa de 75 a 92%)
e baixo teor de matérias voláteis. Este tipo não é encontrado no Brasil, sendo,
portanto, totalmente importado. As reservas de carvão metalúrgico encontram-se na
América do Norte, Rússia, China, Alemanha, Inglaterra, Polônia e Austrália. Uma
mistura de carvões metalúrgicos é carregada em células aquecidas ao abrigo do ar,
formando as baterias de fornos ou coqueria, que destilam os voláteis de carvão,
produzindo o coque bruto, que após britagem dá o coque de alto forno, além de
subprodutos:
•
Moinha de coque (utilizada na sinterização)
•
Gás de coqueria (combustível utilizado em vários setores da usina)
•
Alcatrão, naftaleno, Xilol, Toluol, etc (comercialização)
As usinas integradas que usam o carvão mineral possuem os próprios fornos para
produção de coque ou importam também este produto.
Em 2008 o Brasil consumiu 13.299.000t de carvão mineral coqueificável e importou
1.900.000t de coque (Fonte: IBS)
CARVÃO VEGETAL
O carvão vegetal, produzido ambientalmente a partir de plantações de eucalipto, é
usado tanto nas usinas integradas, como por produtores independentes de ferro
gusa. Também pode ser obtido, sob controle, a partir de floresta nativa.
A tabela 8.1 mostra a origem geográfica e natural do carvão vegetal consumido em
Minas Gerais pelos diversos segmentos da indústria nos anos de 2004 a 2008.
Tabela 8.1 – ORIGEM DO CARVÃO VEGETAL – 2004 a 2008
Unidade: 1000 mdc
Minas Gerais
Ano
2004
2005
2006
2007
2008
Fonte: IEF - AMS
Outros Estados
Plantado
Nativo
Soma
Plantado
Nativo
Soma
11.722,30
12.639,90
11.068,30
10.949,40
12.616,00
2.441,00
2.289,10
3.306,50
3.507,20
2.732,00
14.163,30
14.929,00
14.374,80
14.456,60
15.348,00
1.515,70
2.203,90
1.130,20
1.149,20
1.004,80
8.744,60
8.031,8
5.599,20
6.303,00
4.816,70
10.260,30
10.235,70
6.729,40
7.452,20
5.821,50
Total
24.423,60
25.164,70
21.104,20
21.908,80
21.169,50
A tabela 8.2 apresenta a evolução do consumo de carvão vegetal pelos diferentes
segmentos industriais, nos anos de 2004 a 2008.
Tabela 8.2 – EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE CARVÃO VEGETAL
Unidade: 1000 mdc
Ano
Integradas
Ferro-Gusa
Ferroligas
Total
2004
3984,00
17910,00
2323,00
24217,00
2005
4628,00
17654,00
2513,60
24795,60
2006
4578,50
13766,12
2351,14
20695,76
2007
5526,84
13708,49
2405,00
21640,33
2008
5710,88
12890,92
2333,20
20935,00
Fonte: AMS
Em Minas Gerais a cadeia produtiva floresta emprega cerca de 800 mil pessoas.
São 69 indústrias de ferro gusa, 4 siderúrgicas integradas, 17 empresas de ferro
ligas, além de outras empresas de processamento de madeira. Os municípios de
maior concentração do plantio de eucalipto são: João Pinheiro, Curvelo, Capelinha,
Minas Novas, Itamarandiba, etc.
PELOTAS
Enquanto a produção de sínter de alto forno tem sido produzido internamente nas
usinas siderúrgicas integradas, as pelotas são produzidas em unidades distintas, até
mesmo longe dessas usinas. Isto se deve pelas suas próprias características, como
a resistência mecânica, que possibilitam o seu transporte, inclusive para distâncias
transoceânicas.
As pelotas são produzidas, a partir de minério de ferro fino, especialmente
preparado para este fim.
CALCÁRIO / DOLOMITA
Segundo dados do “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais – 2001 a
2005” (Fundação João Pinheiro), são rochas carbonatadas, sendo o calcário
constituído de carbonato de cálcio (CaCO3) e o dolomito de cálcio e magnésio
(CaCO3MgCO3). Estas rochas são usadas na siderurgia como fundentes (para
fluidificar a escória e, assim, facilitar a sua retirada no processo de produção de
gusa), como principal insumo na produção de cimento, cal e indústria química, além
de diversos outros usos (refratário, cerâmica, ração animal, vidros). Na agricultura,
como corretivo de solo.
A tabela 8.3 mostra a participação relativa do estado Minas Gerais em reservas,
produção e comercialização no Brasil – dados de 2005.
Tabela 8.3 - PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE MINAS GERAIS NO BRASIL
PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE CALCÁRIO / DOLOMITO EM 2005
Descrição
Minas Gerais
Brasil
% MG/ BR
Reservas Totais (t)
19.416.817.600
58.207.994.808
33,36
Produção Bruta (t)
27.150.800
86.948.070
31,23
Produção Beneficiada (t)
24.499.254
73.088.424
33,52
255.569.099
1.078.095.274
23,71
3.740.353
11.345.231
32,96
2.587
13.650
18,95
Valor da Produção
Comercializada (R$)
CFEM Arrecadada (R$)
Mão de Obra (Minas +
Usinas)
Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro
Tabela 8.4 - MINAS GERAIS: 5 MAIORES MUNICÍPIOS PRODUTORES DE
CALCÁRIO/ DOLOMITO EM 2005
Município
Produção
Bruta (t)
Participação %
Arcos
5.201.250
19,16
São José da Lapa
4.052.555
14,93
Pedro Leopoldo
3.336.576
12,29
Itaú de Minas
2.521.863
9,29
Ijaci
1.834.792
6,76
Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro
Empresa Produtora
Agrimig Calcário Agrícola
Ltda.
Holdercim Brasil S.A
Camargo Corrêa
Cimento S.A
Cia. Cimento Porttand
Itaú
Camargo Corrêa
Cimentos S.A
Em 2008, o consumo de calcário pela siderurgia brasileira foi de 4.768.000 t, sendo
3.850.000 t adquiridas no mercado interno e 1.586.000 t de geração própria. E o
consumo de dolomita foi de 1.493.000 t, sendo 833.000 de geração própria e
1.017.000 t adquiridas no mercado interno.
(Fonte: IABr)
SUCATA
A sucata é utilizada como matéria prima, principalmente em usinas semi integradas
que utilizam os fornos elétricos. Também é usada nas usinas integradas a gusa ou
ferro esponja como complemento da carga metálica. A sucata assim utilizada pode
ser gerada internamente, a partir dos cortes e desbates do processo de produção do
aço; ou adquirida no mercado externo às usinas.
Em 2008, o consumo de sucata de ferro e aço pela siderurgia brasileira foi de
9.405.000 t, sendo 6.396.000 t adquiridas no mercado interno e 3.423.000 t geradas
internamente pelas usinas.
(Fonte: IABr)
ADIÇÕES
As adições realizadas no processo de produção do aço são feitas na forma de ferro
ligas e servem para ajustar a composição química da carga (tanto no refino como na
redução). São dependentes de outras matérias primas levando-se em conta a
produtividade, qualidade e as características que se deseja ao aço.
Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu um total de 520.762 t de ferroligas,
distribuídos conforme a tabela 8.5.
Tabela 8.5 – CONSUMO DE FERROLIGAS
FERROLIGA/ FERROALLOY
2008
FeMn-AC/HC FeMn
61.586
FeMn-MC, BC/ MC, LC FeMn
51.645
FeSiMn
FeSi 75%/45%
180.383
68.321
FeCr-AC/HC FeCr
127.994
FeCr-BC/ LC FeCr
12.443
FeNi-AC,BC/HC,LC FeNi
4.816
FeMo
3.029
FeW
410
FeV
2.108
Outros/ Other
8.027
TOTAL
520.762
Fonte: IABr
Outros detalhes da produção de ferroligas em Minas Gerais encontram-se no
capítulo 5.3.3 deste trabalho.
MINÉRIO DE MANGANÊS
O manganês é utilizado na produção de aço sob a forma de ligas (Fe-Mn e Fe-MnSi) e como adição direta na forma de minério. O minério de manganês é usado como
dessulfurante e desoxidante.
Segundo o “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais – 2001 a 2005”
(Fundação João Pinheiro), a produção de manganês metálico do Brasil, em 2005, foi
de 6.429.393 t bruto, enquanto que a de Minas Gerais foi de 1.071.831 t,
correspondendo a 16,7%. Os municípios de Minas Gerais com produção
mais
expressiva são:
Tabela 8.6 – PRODUÇÃO EM MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS
Município
Produção Bruta (t)
Participação em Minas
Gerais
Conselheiro Lafaiete
354.062
33%
Belo Vale
312.265
29%
Itabirito
252.742
23,6%
Gonçalves
102.200
9,5%
São Domingos do Prata
30.371
2,8%
Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro
Em 2008, o consumo de minério de manganês pela siderurgia brasileira foi de
420.000t (Fonte IABr).
GRAFITA
A grafita, por sua combinação única de propriedades (alta condutividade elétrica e
térmica, baixo coeficiente de expansão térmica, resistência a altas temperaturas, alta
capacidade de lubrificação, etc) é uma matéria prima importante na composição de
refratários e na siderurgia em geral (produção de ferro cinzento, modular, aços
especiais e peças sinterizadas estruturais como elemento de liga metálica). Ainda na
siderurgia, dado a sua resistência à combustão, é também utilizada na fabricação de
cadinhos para a fusão de metais.
Segundo o “Perfil da Economia Mineral do Estado de Minas Gerais – 2001 a 2005”
(Fundação João Pinheiro), a tabela 8.1 mostra a participação relativa do Estado de
Minas Gerais em reservas, produção e comercialização no Brasil – dados de 2005.
Tabela 8.6 - PARTICIPAÇÃO RELATIVA DE MINAS GERAIS NO BRASIL EM
RESERVAS, PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE GRAFITA EM 2005
Descrição
Minas Gerais
Brasil
% MG/ BR
Contido de Reserva Medida (t)
9.158.566
10.328.531
88,67
Produção Bruta (t)
1.191.398
1.318.737
90,34
72.087
77.494
93,02
88.329.197,89
94.337.322
93,63
1.554.383
1.604.585
96,87
466
567
82,19
Produção Beneficiada (t)
Valor da Produção
Comercializada (R$)
CFEM Arrecadada (R$)
Mão de Obra (Minas + Usinas)
Fonte: DNPM/ Organização: Fundação João Pinheiro
Tabela 8.7 - MINAS GERAIS: 5 MAIORES MUNICÍPIOS PRODUTORES DE
GRAFITA EM 2005
Município
Produção
Bruta (t)
Participação %
Empresa Produtora
Pedra Azul
785.696
65,95
Nacional de Grafite Ltda
Salto da Divisa
311.936
26,18
Nacional de Grafite Ltda
Itapecerica
79.416
6,67
Nacional de Grafite Ltda
Mateus Leme
14.210
1,19
Grafita MG Ltda
Arcos
140
0,01
Nacional de Grafite Ltda
Minas Gerais
1.191.398
100
___
Fonte: DNPM/ Organização; Fundação João Pinheiro
ÁGUA
A
água
é
um
insumo
importantíssimo
para
a
siderurgia,
cujas
usinas
preferencialmente devem localizar-se próximas a fontes de água (rios, represas),
com informações necessárias de histórico de vazões, batimetria, perenidade, etc. da
região.
A necessidade do uso da água está presente em todas as fases do processo de
produção de aço. Apresenta portanto, um consumo muito elevado, cerca de 5,0 a
10,0 m3 por tonelada de aço produzida.
Um caso típico de um projeto siderúrgico a ser instalado em Minas Gerais para a
produção de 5.000.000 de toneladas de aço por ano prevê um consumo de água de
25,6 m3/s. Projetando uma recirculação de 24,3m3/s, haverá, portanto, a
necessidade de uma captação diária de 1,3m3/s. Assim, um projeto siderúrgico atual
prevê um volume de 95% de recirculação de água.
O mapa a seguir mostra a hidrografia da região do Quadrilátero Ferrífero do Estado
de Minas Gerais. O fator água é uma das referências para que a solução de
alternativas de localização de implantação de usinas siderúrgicas seja em Minas
Gerais.
Figura 8.1 – HIDROGRAFIA DA REGIÃO DO QUADRILÁTERO FERRÍFERO
Fonte: CODEMIG
ENERGIA ELÉTRICA
A energia elétrica é um dos insumos principais da siderurgia, compondo com o
minério de ferro e o carvão cerca de 70% dos custos industriais variáveis.
Em uma usina siderúrgica para a produção de 5.000.000 de toneladas de aço por
ano estima-se um consumo de cerca de 230 MW.
O elevado consumo de energia elétrica e os custos têm induzido as empresas
siderúrgicas a investir na produção própria por meio de geração termoelétrica com
instalação de turbinas no topo dos altos fornos, para aproveitamento dos gases
gerados; participação em projetos hidroelétricos; e utilização de coquerias do tipo
“non-recovery”
Em 2008 a siderurgia brasileira consumiu 16.592.152 Mwh, sendo 9.400.931 Mwh
provenientes de suprimento externo e 7.697.519 Mwh de geração própria.
(Fonte IBS)
OUTRAS MATÉRIAS PRIMAS
Em 2008 a siderurgia brasileira apresentou o seguinte consumo de outras matérias
primas:
Tabela 8.8 - OUTRAS MATÉRIAS PRIMAS USADAS PELA SIDERURGIA
BRASILEIRA EM 2008
Insumo
Unidade
Consumo
t
3.483
t
2.454
t
34.238
t
23.343
t
462
t
54.756
t
72.931
Gás Natural
1000 Nm3
1.228.524
Oxigênio
1000 Nm3
2.495.155
t
12.766
t
24.459
Estanho
Cal
Fluorita
Eletrodos
Chumbo
Alumínio
GLP
Carbureto de Silício
Carbureto de Cálcio
Fonte: IABr
Refratários são materiais sólidos, policristalinos, normalmente inorgânicos e
polifásicos. São estáveis volumetricamente na temperatura de uso, capazes de
resistir a solicitações mecânicas, químicas e térmicas durante certo tempo. São
empregados para:
•
Manter, armazenar e ceder calor;
•
Conter fluidos;
•
Resistir a solicitações mecânicas;
•
Resistir a solicitações térmicas;
•
Resistir a solicitações químicas;
•
Suportar cargas sólidas e/ ou líquidas, elásticas ou dinâmicas
(www.grupomagnesita.com.br)
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define material refratário
como sendo todos aqueles materiais, naturais ou manufaturados, não metálicos
(mas não excluindo aqueles que contenham um constituinte metálico) que podem
suportar, sem se deformar ou fundir, temperaturas elevadas em condições
específicas de emprego.
Os refratários são utilizados nas indústrias siderúrgicas, de cimento, de vidro,
petroquímica e outras onde são necessárias excelentes propriedades térmicas e
outras mais específicas como resistência à corrosão, abrasão e choque térmico.
Os refratários estão divididos quimicamente em 5 categorias distintas: silicosos,
sílico-alumínosos, aluminosos, básicos e especiais.
A seleção do refratário ideal para cada aplicação depende, entre outros fatores
da temperatura do processo, da agressividade química do meio, das ações
físicas, enfim de qual mecanismo físico-químico é mais predominante
(www.ibar.com.br). Uma determinada característica técnica do produto refratário
é obtida pela mistura de dois ou mais minerais refratários.
Os refratários são fabricados em escala industrial a partir de matérias primas não
metálicas e são indispensáveis em inúmeros processos industriais. O
desenvolvimento da siderurgia e metalurgia, do vidro e do cimento, a
petroquímica exigiu da indústria cerâmica uma contínua melhoria de qualidade
dos produtos refratários.
São várias as matérias primas utilizadas, tanto as encontradas livremente na
natureza, quanto aquelas produzidas industrialmente. Entre outras, citam-se:
sílica, argilas refratárias, bauxito refratário, mulita, coríndon, alumina tabular,
cimento aluminoso, andalusita, ciamita e silimanita, carbeto de silício, zircão e
zircomita e magnésia (Magnesita). A magnesita é um mineral de carbonato de
magnésio (MgCO3) abundantemente encontrado em Brumado – Bahia.
As principais empresas, fabricantes de refratários e prestadoras de serviços
nesta área, que se encontram em Minas Gerais são:
EMPRESA – BEKA BRASIL - Produtos refratários Especiais Ltda.
Av. Beira Rio, 10.245
Distrito Industrial Simão Cunha
33040-260 - Santa Luzia – MG
A Beka Brasil foi fundada em 1973, sendo concebida para assegurar a mais alta
qualidade de seus produtos, melhorando resultados nos trabalhos de montagens
e manutenção de fornos industriais, com redução global de custos.
Principais produtos:
•
Alumina globular
•
Peças eletrofundidas
•
Grãos refratários eletrofundidos
•
Massas e concretos refratários
•
Peças pré-moldadas refratárias
•
Serviços de refratamento em geral
Fonte: www.bekabr.com.br
EMPRESA – CERÂMICA SAFFRAN S/A
Rua Quatro, 100
Distrito Industrial Paulo Camilo
32530-500 - Betim – MG
A cerâmica Saffran foi fundada em 1954 e com as outras empresas que compõem o
Grupo Saffran tem atingido e consolidado uma notável reputação como produtora de
refratários de alta qualidade para indústria, siderúrgicas, metalúrgicas, mineradoras,
petroquímicas, de alumínio primário, indústrias de cal e de cimento, etc.
A Saffran atende as necessidades dos usuários de maneira eficaz, por meio de:
especificação dos materiais refratários de acordo com os equipamentos e utilização;
projetos para revestimentos refratários; indicações de secagem e reaquecimento a
serem seguidas; simulação: cálculo de perfis térmicos.
Fonte: www.saffran.com.br
EMPRESA: MAGNESITA REFRATÁRIOS S.A
Praça Louis Ensch, 240
32210-902 - Contagem – MG
A Magnesita Refratários S.A é uma empresa privada, dedicada à mineração,
produção e comercialização de extensa linha de materiais refratários, com foco na
prestação de serviços de alto valor agregado para indústria siderúrgica e de cimento.
Opera 24 unidades industriais e de mineração, sendo dez no Brasil, três na França,
três na Alemanha, três nos Estados Unidos, três na China, uma em Taiwan e uma
na Argentina, com capacidade total de produção de refratários de 1.420 mil
toneladas/ ano.
Em setembro de 2008, a Magnesita anunciou a compra da empresa alemã, também
produtora de refratários, LWB. Com esta aquisição, a brasileira tornou-se a terceira
maior fabricante de refratários do mundo.
Fonte: www.grupomagnesita.com.br
EMPRESA REFRAMAX
Rua Alentejo, 1255 – São Francisco
31255-110 - Belo Horizonte – MG
A REFRAMAX, fundada em 1999, consolidou-se no mercado de aplicação de
revestimento refratário e isolamento térmico, destacando-se por meio de soluções
inovadoras e reconhecida competência no desempenho de suas atividades. A
REFRAMAX executa a reforma e a montagem de revestimento refratário e antiácido
em equipamentos novos e faz a manutenção e reforma dos equipamentos existentes
e, também a aplicação de isolamento térmico e acústico em diversos setores da
atividade industrial. Atua em diversos setores como: siderurgia, cimento, calcinação,
vidro, montagem, ferroliga, mineração, petroquímica, celulose, química, fertilizante,
cerâmica, engenharia e metalurgia.
Fonte: www.reframax.com.br
EMPRESA – TOGNI S/A - MATERIAIS REFFRATÁRIOS
Rua Antônio Togni, 2439
37704-356 - Poços de Caldas -- MG
A TOGNI iniciou sua produção de refratários em 1954 e hoje é detentora de
avançada tecnologia, possuindo duas fábricas em Poços de Caldas, uma totalmente
integrada, onde gera os produtos finais e outra, beneficiadora de matérias primas.
Uma terceira unidade, em Sacramento, no Triângulo Mineiro, produz sínter
magnesiano, de magnésia-cromo e mulita sinterizada. Os produtos da Togni são
aplicados na siderurgia, fundição, fornos de ferro ligas, fornos para produção de
alumínio, chumbo, cobre, cal e cimento, papel e celulose, vidro, cerâmica, química e
petroquímica, usina de açúcar/ álcool/ alimentícios e mineração.
Fonte: www.togni.com.br
A tabela 9.1 apresenta a evolução da produção e importação brasileira de
refratários, de 2007 para 2008, observando um pequeno aumento do consumo.
Tabela 9.1 - PRODUÇÃO E IMPORTAÇÃO BRASILEIRA DE REFRATÁRIOS
2007 e 2008
Refratários Básicos
Capacidade
Instalada
Refratários Não Básicos
Produção
Importação
Capacidade
Instalada
Produção
Importação
2007
250
219
10,7
450
300
50,2
2008
250
228
14,7
450
315
67,3
Fonte: Associación Latino Americana de fabricante de Refratários - ALAFAR
O Estado de Minas Gerais com sua vocação para o desenvolvimento dos setores,
entre outros, de mineração e siderurgia possui um importante e diferenciado parque
industrial com empresas de engenharia fornecedoras de tecnologia, serviços e
fabricantes de equipamentos.
O setor de bens de capital, acompanhando o setor de mineração e siderurgia,
também foi muito afetado pela crise econômica mundial do último trimestre de 2008.
Entretanto, o Estado deve intensificar o programa de políticas públicas para
fortalecer e ampliar as áreas de engenharia, consultoria e fabricação de
equipamentos do setor.
A seguir são apresentadas algumas destas empresas situadas no Estado para o
atendimento, principalmente ao setor siderúrgico.
EMPRESA – ABB Brasil
Estrada de Acesso a ABB, s/nº - Barreiro de Cima
32501-970 - Betim – MG
A ABB – com sede em Zurique, Suíça – é líder em tecnologias de potência e
automação que proporcionam aos seus clientes dos setores industriais e de
concessionárias a melhoria de sua performance enquanto reduzem seus impactos
ambientais.
Produtos e Serviços disponíveis para o Brasil:
Motores e Geradores – Produtos de Baixa Tensão – Reatores – Semicondutores –
Transformadores – Eletrônica de Potência – Instrumentação e Analítica – Produtos
de Média e Alta Tensão – Robótica – Sistemas de Controle.
Fonte: www.abb.com.br
EMPRESA – ATA INDÚSTRIA MECÂNICA
Avenida Pinheiros, 790 – Limoeiro
35181-402 - Timóteo – MG
O grupo ATA atua na produção de caldeiraria, estruturas metálicas e silagem que
atendem indústrias nos setores de siderurgia, mineração, hidromecânica, geração
de energia, petroquímica, celulose e construções metálicas.
Fonte: www.ata.ind.br
EMPRESA – ATAN
Avenida Afonso Pena, 4001 – 9º andar
30130-008 - Belo Horizonte – MG
A ATAN desenvolve aplicações para o ambiente industrial desde o chão de fábrica
até a interface com o ERP. Já implantou mais de 600 sistemas de automação no
Brasil e no exterior para vários segmentos industriais, tais como: mineração &
metais, cimento & cal, óleo & gás, petroquímica, fertilizantes, papel & celulose,
alimentos & bebidas, automotiva e manufatura geral.
Na área de siderurgia atual, em projetos como: Sistema de supervisão e controle de
fornos de recozimento, supervisão e controle da rede geral de gás de altos-fornos,
sistema de automação de planta de injeção de finos em altos-fornos, sistema de
automação de forno-panela, sistema de modernização de lingotamento contínuo,
entre outros.
Fonte: www.atan.com.br
EMPRESA: CALDEMIG
Rodovia MG 030 - Km 1 - Joaquim Murtinho
36415-000 - Congonhas – MG
A CALDEMIG é uma empresa de caldeiraria mecânica produtora de estruturas
metálicas e equipamentos industriais, atendendo aos setores de siderurgia,
metalurgia, mineração e etc.
Fornece produtos diversos sob encomenda e com tecnologia própria como:
•
Caldeiraria, tubulações, silos, tanques e estruturas metálicas
•
Vagões ferroviários – fabricação e manutenção
•
Pontes e viadutos metálicos
•
Montagem de equipamentos
Fonte: www.caldemig.com.br
EMPRESA – COBRAPI - Cia. Brasileira de Projetos Industriais
Avenida do Contorno, 9155 – 9º andar – Bairro Prado
30110-130 - Belo Horizonte – MG
A COBRAPI, empresa com mais de 40 anos de experiência na área de Engenharia,
está capacitada a oferecer prestação de Serviços Técnicos Especializados em
Engenharia Consultiva e de Projetos, Gerenciamento de Implantação de
Empreendimentos, Engenharia de Suprimentos e Assistência Técnica.
Setores de Atuação:
•
Mineração – Metalurgia – Siderurgia – Petróleo e Gás – Celulose –
Petroquímica / Química – Infraestrutura – Bens de Capital.
Fonte: www.cobrapi.com.br
EMPRESA – COMEC - Construções Metálicas e Civil Ltda.
Rua Pará de Minas, Quadra 102 – Bairro Jardim Teresópolis
32663-270 - Betim – MG
A COMEC atua nas áreas de mineração, siderurgia, mecânica e componentes
automotivos, além dos tradicionais serviços de manutenção e instalações industriais.
Alguns dos produtos fornecidos para a siderurgia são: fabricação de abóboda
refrigerada para forno panela, chute refrigerado de LD, fabricação e reformas de
trocadores de calor e serpentinas, trocador de calor, fabricação de sobressalentes
diversos para as áreas de aciaria, alto-forno, laminações, linhas de estanhamento,
etc.
Fonte: www.comec.com.br
EMPRESA – CONVERTEAN BRASIL
Avenida Álvares Cabral, 1345 – 8º andar
30170-001 - Belo Horizonte – MG
A CONVERTEAN é uma empresa que disponibiliza soluções para conversão de
energia por meio de aplicação de tecnologias em controles, motores e geradores.
Áreas de atuação: Indústria Naval – óleo e gás – Siderurgia – Geração de energia.
Produtos: Conversores eletrônicos de freqüência para variação de velocidade de
motores elétricos, controladores programáveis, motores trifásicos de 100 CV e
transformadores trifásicos secos de 500 kVA a 10.000 kVA. Atualmente fabrica
painéis de baixa e média voltagem e desenvolve soluções integradas de engenharia
para suprimento energético.
Fonte: www.convertean.com
EMPRESA – DELP ENGENHARIA MECÃNICA
Rua Haeckel Ben Hur, 1333 – Cinco
Contagem – MG
Atua no desenvolvimento e implementação de projetos desde a engenharia básica e
detalhamento até a fabricação e entrega dos equipamentos. Hoje o foco de atuação
concentra-se nos mercados de PETROQUIMICA, ENERGIA ELÉTRICA e
INDÚSTRIA, abrangendo os setores de metalurgia, siderurgia e mineração.
A DELP SERVIÇOS Industriais possui, em Vespasiano – MG, uma das mais
modernas fábricas de bens de capital da América Latina. Utilizando Know-how
Demag AG, empresa alemã com mais 170 anos de experiência na fabricação de
máquinas e equipamentos industriais, a fábrica no Brasil, desde 1977, fabrica uma
variada gama de produtos, como: alto-fornos, convertedores, fornos elétricos a arco,
fornos panela, instalações de lingotamento contínuo, instalações de laminação,
equipamentos antipoluição e de transporte siderúrgico e instalações para a
fabricação de tubos de aço.
Fonte: www.delp.com.br
EMPRESA – ELBA (Grupo EES)
Rua Lecy Gomes Barbosa, 110
30664-004 - Belo Horizonte – MG
O Grupo EES tem por objetivo dar suporte e implementar soluções em toda a cadeia
logística de suprimentos e produção de clientes, possibilitando a otimização da
competitividade. Conta com as unidades:
Elba – Equipamentos e Serviços
EES – Logística e Transportes
Atua principalmente nos setores de siderurgia, metalurgia e gases industriais.
Fonte: www.elba.com.br
EMPRESA – ELEB Eletromecânica Benfica S.A.
Rua Leôncio de Paula Almeida, 768
36420-000 - Ouro Branco – MG
A ELEB atua na prestação de serviços nas áreas de elétrica e de mecânica para
atendimento aos setores de siderurgia, mineração e indústrias de transformação em
geral.
Disponibiliza atendimento de caldeiraria, usinagem, fabricação e montagem de
estruturas metálicas.
Fonte: www.eleb.com.br
EMPRESA – EMALTO (Estruturas Metálicas Alexandre Torquetti)
Avenida Emalto, 780 – Núcleo Industrial
35180-001 - Timóteo – MG
A EMALTO atualmente chama-se EMALTO INDÚSTRIA MECÂNICA e atua nos
setores de siderurgia, mineração, hidromecânica e diversos outros segmentos
industriais. Sua base de atividades é a fabricação de peças, novas e de reposição
para os setores que atua, utilizando suas unidades de caldeiraria média/leve e
caldeiraria usinagem pesada.
Fonte: www.emalto.com.br
EMPRESA – EMAP MONTAGENS LTDA.
Rua Caraça, 57 – Serra
30220-260 - Belo Horizonte – MG
Alameda das Violetas, 40
Bairro Quinta da Jangada
32400-000 - Ibirité – MG
A empresa iniciou suas atividades em 2000, especializando-se em oferecer serviços
de alta qualidade na área de montagens industriais: estruturas metálicas, montagens
mecânicas e montagens de tubulações.
Áreas de atuação:
•
Siderurgia – Mineração – Construção Civil – Papel e Celulose – Indústria de
Transformação.
Produtos e Serviços:
•
Montagens e Estrutura Metálica – Montagem Eletromecânica – Montagem,
Cobertura e Tapamentos – Recuperação de Estruturas – Desmontagem de
Equipamentos e Descomissionamento – Revestimento Antiaderente em
Polímero – Montagem de Tubulação Industrial.
Fonte: www.emapmontagens.com.br
EMPRESA – EPC ENGENHARIA PROJETO CONSULTORIA
Avenida Barão Homem de Melo, 4.324 – Estoril
30450-250 - Belo Horizonte – MG
Desde 1972 a EPC oferece ao mercado o que existe de mais avançado e eficaz em
engenharia consultoria, projetos, gestão de suprimentos e gerenciamento de
empreendimentos para empresas de grande porte nos seguintes setores da
economia: Mineração - siderurgia – óleo e gás – petroquímico – infraestrutura básica
(transporte e saneamento) – energia – papel e celulose.
Áreas de Negócio:
•
Projetos – conceituais, básicos e detalhados.
•
Suprimentos – fornecimento de materiais, equipamentos e orçamentação.
•
Gerenciamento
–
supervisão
e
fiscalização
de
implantação
empreendimento
•
Turn Key – Instalação, equipamentos e materiais, obras civis e montagem.
Fonte: www.epd.com.br
EMPRESA: GRUPO CLB
Rua dos Aeroviários, 257 _ Aeroporto
31270-330 - Belo Horizonte – MG
Soluções em Engenharia, Fabricação e Gerenciamento de Implantação
Empresas do Grupo CLB:
•
CLB Engenharia & Consultoria
- Prestação de serviços de engenharia siderúrgica e ferroliga;
- Consultoria tecnológica em diversas áreas
•
CLB Indústria & Engenharia
- Prestação de serviços de engenharia industrial, siderurgia e ferroliga;
- Fabricação de equipamentos industriais
•
CLB Elétrica & Automação
- Prestação de serviços de engenharia elétrica e automação na área industrial;
- Consultoria tecnológica nas áreas de elétrica e automação
Fonte: www.grupoclb.com.br
de
EMPRESA: GRUPO COMBUSTOL & METALPÓ
Avenida Sócrates Mariani Bittencourt, 1300 - Bairro Cinco
32010-010 - Contagem – MG
A COMBUSTOL está hoje entre um dos maiores fabricantes de fornos industriais do
país, além de fabricar refratários, produtos de metalurgia do pó e oferecer ao
mercado nacional uma linha completa de serviços na área de tratamentos
termoquímicos.
Atende os setores de:
- Siderurgia: grandes fornos de reaquecimento, linhas contínuas de recozimento,
galvanização e estanhamento e fornos especiais para laboratório;
- Metalurgia: projeto, fabricação, montagem e comissionamento de uma variada
gama de fornos e linhas contínuas para atender aos mais diversos setores
industriais como fabricantes de autopeças, componentes de alumínio, agrícolas,
cerâmicos, indústria aeronáutica e mineradoras.
- Petroquímica: fornos aquecedores e de processo para a indústria petroquímica em
geral.
Fonte: www.combustol.com.br
EMPRESA: GRUPO LINDE
AGA Gases Industriais
Rua José Maria de Lacerda, 1230 – Cidade Industrial
Contagem – MG
(e outras unidades no Estado de Minas Gerais)
O GRUPO atende a soluções em gases em quase todas as indústrias: no
processamento de metais e indústria metalúrgica, mineração, química e energia, no
processamento de alimentos e na proteção ambiental, na produção de construção e
processamento de plásticos ou ainda medicina e pesquisa.
Fonte: www.aga.com.br
EMPRESA – GRUPO TENOVA
Rua Carangola, 333 – Santo Antônio
30330-240 - Belo Horizonte – MG
O Grupo TENOVA desenvolve tecnologias avançadas para as indústrias de
mineração e de metalurgia.
Sua linha de produtos compreende fornos industriais para produção de metais não
ferrosos, plantas e redução direta do ferro, equipamentos para aciaria, linhas de
laminação a quente e a frio, tratamentos térmicos e galvanização; e, equipamentos
de mineração.
Fonte: www.tecnovagroup.com
EMPRESA – HORÁCIO ALBERTINI COMÉRCIO E INDÚSTRIA MECÃNICA LTDA.
Rodovia MG 10 - km 19,5 – Bairro Santa Clara
33200-000 - Vespasiano – MG
A HASA – Horácio Albertini Comércio e Indústria Mecânica Ltda. é uma empresa
100% nacional, focada em projeto e fabricação de equipamentos, peças e serviços
de manutenção para os setores siderúrgicos, minerador, metalúrgico, cimenteiro,
portuário, petroquímico e energético. Também presta serviços de usinagem em
peças de pequeno, médio e grande porte.
Fonte: www.hasa.com.br
EMPRESA: INUSA INDUSTRIAIS UNIDAS LTDA
Rua Osório de Almeida, 1004 - Poço Rico
36020-020 - Juiz de Fora – MG
A INUSA é uma empresa de projetos, fabricação e montagem de estruturas
metálicas e caldeiraria. Produz estruturas leves, médias e pesadas em aço e
alumínio.
Está capacitada a fornecer seus serviços para o setor de siderurgia, construção civil,
etc., com produtos como:
- estruturas para edifícios de andares múltiplos industriais;
- torres de transmissão e telefonia;
- silos, tanques e reservatórios;
- pontes rodoviárias e ferroviárias;
- equipamentos (pontes rolantes, pórticos,etc.) ;
- montagens eletromecânicas;
- construção civil comercial
Fonte: www.inusa.com.br
EMPRESA – ISOBRASIL
Rua Domingos Monteiro, 333 – Jardim Industrial
32215-380 - Contagem – MG
A ISOBRASIL é uma referência na área de tecnologia e engenharia de isolamentos,
com sua capacidade técnica e estrutura de prestação de serviços.
Atua nas diversas áreas industriais, oferecendo soluções completas em: Isolamento
Térmico, Tratamento Acústico, Revestimento Refratário (fornos, dutos, caldeiras,
reatores e outros), Proteção Passiva Contra Fogo, Proteção Anti-Corrosiva,
Sistemas de Monitoramento de Máquinas/Vibração.
Fonte: www.isobrasil.com.br
EMPRESA: ISOMONTE S.A
Rua Cristiano França Teixeira Guimarães, 265 – Cinco
32010-130 - Contagem – MG
A ISOMONTE é uma empresa especializada na fabricação e montagem de
equipamentos industriais como guindastes móveis sobre trilhos, máquinas para
transporte e manuseio de minérios e equipamentos portuários.
Atende os setores de mineração, siderurgia, cimentos, químico e petroquímica, etc.
Fonte: www.isomonte.com.br
EMPRESA – KUTTNER DO BRASIL
Rua Santiago Ballesteros, 610 – Cinco
Contagem – MG
O grupo KÜTTNER se desenvolveu a partir de uma empresa de Engenharia,
fundada em Essen na Alemanha em 1949, sendo hoje um grupo empresarial
internacional, dedicado à engenharia e construção de instalações industriais. No
Brasil foi fundada em 1974, desenvolvendo atividades de Engenharia, Projeto e
Fabricação.
São fornecidas instalações em regime de “turn key”, relativas a processos
industriais, manuseio de materiais, assim como, tecnologia de fusão para as
indústrias siderúrgicas, metalúrgicas e fundição.
A gama de atividades compreende o desenvolvimento de novas tecnologias, a
Engenharia, o Projeto, o Fornecimento, a Montagem e a Colocação em
funcionamento de instalações completas, incluindo, equipamentos mecânicos e
elétricos, comandos com sistemas de controle via PLC e supervisão de processo.
Áreas de atuação:
•
Siderurgia: Projetos nas áreas de coqueria e sinterização, altos-fornos,
instalações para reciclar restos de materiais de fundição, aço e moinho
rotativo é tradicionalmente o campo de maior atuação da KUTTNER.
•
Não ferrosos: Instalações para composição de cargas, secagem e
carregamento de cavacos, pacotes, placas de catodos, etc.
•
Fundição: Planejamento, coordenação e fornecimento de sistemas de fusão
(cubilô), preparação de carga para fornos a inclusão, sistema completo de
preparação de área verde para moldagem, sistema de desmoldagem e
resfriamento de peças fundidas.
Fonte: www.kuttner.com.br
EMPRESA: MAYER WERKE Engenharia e Equipamentos Industriais Ltda.
Via Gastão Camargos, 1300 - Cincão
Contagem – MG
A MAYER WERKE é uma empresa prestadora de serviços de engenharia,
especializada em projetos mecânicos, caldeiraria, soldas, usinagem, fabricação
mecânica e montagem industrial.
Sua área de atuação abrange indústrias dos setores de siderurgia e metalurgia,
mineração, químico e petroquímico, papel e celulose, cimento e refratários.
Fonte: www.mayerwerke.com.br
EMPRESA: MECÂNICA INDUSTRIAL NUNES LTDA
Rua Antônio João Vieira, 391 – Distrito Industrial
36420-000 - Contagem – MG
A MECÂNICA INDUSTRIAL NUNES, fundada em 1994 é uma empresa
especializada em mecânica industrial pesada e de precisão. Atende aos segmentos
siderúrgicos, mineração, cimenteiro e têxtil, produzindo uma gama de equipamentos
industriais. Desenvolve como prestadora de serviços um trabalho conjunto com
parceiros em contratos longos ou temporários.
Fonte: www.mecanicanunes.com.br
EMPRESA – MILPLAN
Rua Senhora de Lourdes, nº 115
Bairro Olhos D’Água Norte
30390-530 - Belo Horizonte – MG
A MILPLAN é uma empresa voltada para a execução de montagens e manutenções
industriais, atuando isoladamente, ou por meio de parcerias, associações e
consórcios com empresas nacionais e estrangeiras, executando obras sob regime
de empreitada, sistema turn key ou administração.
Mantém posição de destaque nos seguintes setores:
Siderurgia – Mineração – Cimento – Papel e Celulose, Petróleo, Química e Gás.
Fonte: www.milplan.com.br
EMPRESA – MINITEC Minitecnologias Ltda.
Rua Bananal, nº 405 – 4º andar
Bairro Santo Antônio
35500-036 - Divinópolis – MG
A MINITEC conta com vasta experiência na elaboração de engenharia e projetos de
equipamentos siderúrgicos, tais como Mini Altos-Fornos, Mini Sinterizações e
Unidades EOF de Produção de Aço, bem como de Mini Usinas Siderúrgicas
Integradas. Também reúne larga experiência na metalurgia de não ferrosos.
É responsável pelo desenvolvimento de uma nova tecnologia para a aglomeração de
materiais com granulometria reduzida, a Mini Sinterização Tipo Carrossel, a qual já é
nacionalmente reconhecida e atende as demandas de empresas de ferrosos e não
ferrosos do Brasil.
Fonte: www.minitecnologias.com.br
EMPRESA – MIP Engenharia S/A
Rod. Anel Rodoviário – BR 040 – km 3,8
Palmeiras
31950-640 - Belo Horizonte – MG
A MIP Engenharia é uma empresa especializada em execução de obras industriais e
na gestão de empreendimentos.
Atualmente, a MIP Engenharia atua na gestão de empreendimentos, de projetos
Turn Key e EPC – Engineering, Procurement and Construction, prestando serviços
de montagem e manutenção em plataformas de petróleo, além de atender a
diversos segmentos de negócios, tais como: papel e celulose, mineração, siderurgia,
metalurgia, petróleo, cimento e energia.
Fonte: www.mip.com.br
EMPRESA – ORTENG Equipamentos e Sistemas
Via Expressa de Contagem, 3850 – Cincão
32370-485 - Contagem – MG
A ORTENG – Soluções em Sistemas de Energia e Automação – vem consolidandose como um dos maiores fornecedores nacionais de sistemas, equipamentos
eletromecânicos e elétricos.
Áreas de atuação:
•
Transporte – Telecomunicações – Siderurgia – Prospecção – Infraestrutura –
Energia.
Fonte: www.orteng.com.br
EMPRESA: OUTOTEC TECNOLOGY BRASIL
Avenida Afonso Pena, 3111 - Cj. 1004/1011
30130-008 - Belo Horizonte – MG
OUTOTEC é o novo nome da OUTOKUMP TECNOLOGY. Atua nos segmentos:
•
Soluções para processamento de minérios: moinho, flotação, espessamento,
automação, analisadores, sinterização, pelotização e calcinação.
•
Tecnologias para cobre, níquel, zinco: fundição, lixiviação, extração por
solventes, eletro-obtenção e refinaria eletrolítica.
•
Tecnologias e plantas metalúrgicas para o processamento de ferro, alumina,
alumínio, ilmenita e rutilo sintético.
Fonte: www.outotec.com
EMPRESA – PAUL WURTH DO BRASIL
Rua Andaluzita, 110 – 12º andar
30310-030 - Belo Horizonte – MG
Fundada em 1870, em Luxemburgo, a Paul Wurth atua desde 1977, em Belo
Horizonte – MG, no setor de siderurgia e, recentemente, no setor de não ferrosos e
soluções ambientais, fornecendo serviços de engenharia e equipamentos industriais,
sempre com elevado nível de tecnologia e qualidade.
Tecnologia/Produtos:
•
Altos Fornos: construção e reformas, sistema de carregamento Topo sem
cone, área de corrida, sistema de refrigeração (“staves”), sistemas de limpeza
de gás a seco e a úmido, sistema de injeção de finos, granulação e
desaguamento de escória INBA, sondas e válvulas.
•
Aciaria: aciaria a oxigênio – LD, aciaria elétrica, metalurgia secundária,
lingotamento contínuo.
•
Não ferrosos e ferroligas: sistema de injeção, sistemas de solidificação e
desaguamento, equipamentos especiais de vazamento.
•
Meio Ambiente: Processo PRIMUS para reciclagem de subprodutos.
Fonte: www.paulwurth.com.br
EMPRESA – PLANAR ENGENHARIA
Avenida do Contorno, 6664 - 11º andar – Funcionários
30110-044 - Belo Horizonte – MG
A PLANAR Engenharia atua no setor de construção civil na implantação e expansão
de unidades industriais, com destaque para os segmentos: siderurgia, metalurgia,
mineração, fertilizantes, alimentos, cimento, indústria de transformação, papel
celulose, química e petroquímica.
EMPRESA – PRAXIS Informática e Sistemas Ltda.
Rua da Bahia, 905 – Centro
30160-011 - Belo Horizonte – MG
A PRAXIS Informática e Sistemas Ltda. atua nas mais diversas áreas industriais
oferecendo soluções para os setores de informática e telecomunicações –
especificamente softwares e internet.
EMPRESA – RMG ENGENHARIA
Avenida Álvares Cabral, 593 – 6º andar – Centro
30170-455 - Belo Horizonte – MG
A RMG Engenharia é uma empresa brasileira com padrões de qualidade
internacionais, pioneira em técnicas e projetos de obra de arte viária em estrutura
metálica. Atua nos setores de Infraestrutura, Plantas Industriais, notadamente na
área
de
Siderurgia
e
Serviços
Públicos
Urbanos.
Participa
ainda
de
empreendimentos como parceira de grandes empresas.
Alguns dos serviços realizados são: desenvolvimento de projeto e consultoria em
obras de estrutura metálica como edifícios industriais, edifícios comerciais, portos
marítimos e pluviais e estruturas especiais.
Fonte: www.rmg.com.br
EMPRESA: SMS DEMAG
Rua Fernandes Tourinho, 152 - Funcionários
Belo Horizonte – MG
A SMS DEMAG é uma empresa de reconhecimento mundial como detentora de
tecnologia e fornecimento de equipamentos para a indústria metalúrgica e
siderúrgica.
Tradicionalmente trabalha, com mais de 100 anos de experiência, em soluções na
área fornos a arco submerso para a industria de ferro ligas e metais não ferrosos.
É um líder global no atendimento a plantas de engenharia na industria de produção
de aço, alumínio e cobre, além de ferro ligas, com equipamentos nas áreas de
aciaria, lingotamento continuo, tecnologia de laminação de planos e manufatura de
tubos, assim como equipamentos para área de laminação a frio.
Fonte: Catálago: SMS DEMAG
EMPRESA – TECNOMETAL Engenharia
Avenida das Nações, 3801 – Distrito Industrial
33200-000 - Vespasiano – MG
A TECNOMETAL Engenharia e Construções Mecânicas Ltda. possui modernos
recursos de usinagem e caldeiraria para a fabricação de equipamentos de grande
porte para atender aos setores de mineração e siderurgia, principalmente.
Para a mineração destacam-se as soluções de engenharia para a movimentação de
granéis sólidos tais como transportadores de correia, alimentadores e amostradores.
E para plantas de pelotização, tecnologia para fornecimento de discos e peneiras de
rolos. Na área de siderurgia, fabricam convertedores, panelas, pontes rolantes,
tenazes, partes e componentes de lingotamento contínuo além de sistemas
completos de adição de ligas para fornos em geral.
Fonte: www.tecnometal.com.br
EMPRESA – TSA – TECNOLOGIA DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO
A TSA é uma empresa que trabalha com soluções inovadoras procurando os
melhores resultados na sua área de operação. Atua na área de mineração e
metalurgia, eletricidade, petróleo e gás, cimento, papel e celulose, tendo como
clientes: Belgo ArcelorMittal, Usiminas, Acesita, VALE, Petrobrás, Samarco, Cemig,
etc.
Fonte: www.tsamg.com.br
EMPRESA – USIMINAS MECÂNICA – Empresa do Sistema Usiminas
Rua 01, 2.000 – Bairro Usiminas
35160-900 - Ipatinga – MG
A USIMINAS MECÂNICA foi fundada pela USIMINAS em 1970, com o objetivo de
promover a utilização do aço na construção civil e mecânica do Brasil.
Com uma estrutura organizada em seis Unidades de Negócio, tem como meta
atender ao mercado com maior eficiência, prontidão e qualidade. As unidades de
negócio
são:
Equipamentos
Industriais,
Estruturas
Metálicas,
Blankes
e
Estampagens, Perfis Metálicos, Montagens Industriais, Pontes e Viadutos Metálicos.
A USIMINAS MECÂNICA pode participar de fornecimentos de instalações completas
fabricando equipamentos e estruturas metálicas para os mais diversos segmentos.
Entre os setores do mercado que atende estão: Siderurgia, Metalurgia, Mineração,
Papel e Celulose, Hidroeletricidade, Petróleo, Petroquímica, Recuperação de Peças,
Recondicionamento de Rolos e Cilindros para a Mecânica Pesada, Blanks sob
encomenda para a Indústria em geral, Perfis Metálicos, Vagões Ferroviários, além
de executar montagens industriais e eletromecânicas.
Fonte: www.usiminasmecanica.com.br
EMPRESA: UNITECH AUTOMAÇÃO
Rua Guajajaras, 1707 – Barro Preto
30180-101 - Belo Horizonte – MG
A UNITECH Engenharia de Automação Ltda. é uma empresa de prestação de
serviços de engenharia de automação industrial e comercial. Suas atividades
compreendem desde o desenvolvimento, comercialização e implantação de
programas aplicativos, até o fornecimento de soluções integradas, incluindo
equipamentos e instalações.
Atua
nos
segmentos
de
siderurgia,
metalurgia,
cimento,
cal,
ferroviário,
petroquímico, saneamento, energia, alimentos, etc.
Fonte: www.weasistemas.com.br
EMPRESA: VIGA CALDEIRARIA LTDA
Avenida Gaggiato, s/nº – Distrito Industrial
Santana do Paraíso – MG
A VIGA CALDEIRARIA iniciou suas atividades em 1977, fabricando estruturas no
Vale do Aço, expandindo suas atividades para outros mercados.
Atualmente, além de estruturas, produz equipamentos para despoeiramento,
serviços de caldeiraria em geral, estrutura naval e serviços industriais como
tratamento anti-corrosivo industrial, projetos industriais de galpões e pontes
rodoviárias, etc.
Fonte: www.vigacaldeiraria.xom.br
EMPRESA – VOEST-ALPINE INDUSTRIAL SERVICES LTDA.
Rua Mato Grosso, 960 - 7º andar – Santo Agostinho
30190-081 - Belo Horizonte – MG
É uma empresa do Grupo Siemens, fornecedora global de soluções, sistemas,
produtos, automação e controle e serviços para os segmentos de mineração e
metalurgia. Fabrica equipamentos e atua no desenvolvimento de projetos
siderúrgicos e metalúrgicos.
EMPRESA: WHITE MARTINS PRAXAIR
Unidade Belo Horizonte
Rua Cristiano FT Guimarães, 50 – Cinco
32010-130 - Contagem – MG
(e várias outras unidades no Estado de Minas Gerais)
A WHITE MARTINS é uma das maiores empresas em soluções de gases. Tem
como produtos toda a linha de gases industriais, especiais e medicinais.
Os serviços e equipamentos contemplam demandas ambientais, gerenciamento na
planta do cliente, tarefas de solda e corte e ofertas para segmento de gás natural,
entre outros.
Entre os mercados atendidos estão as áreas de metalurgia / siderurgia, metal
mecânica, etc.
Fonte: www.praxair.com.br
Um empreendimento siderúrgico caracteriza-se por uma movimentação muito
grande de massas, necessitando assim de uma infraestrutura logística muito
avançada para o transporte dos principais insumos de abastecimento e escoamento
de seus produtos.
Considerando-se algumas características químicas e físicas das matérias primas e a
tecnologia de processo adotada na produção de ferro-gusa ou aço pode-se citar,
para efeito indicativo do volume de movimentação de materiais:
1. Para a produção de 1t de ferro-gusa:
1,5 a 1,8 t de minério de ferro ou sínter, 600kg de carvão vegetal ou 450kg de
coque e 100 a 300 kg de calcário;
100 a 200 kg de finos de carvão para injeção.
São gerados de 150 a 300 kg de escória.
2. Para a produção de 1t de aço:
1000 kg de ferro-gusa;
150 a 150 kg de sucata;
coque e ferroligas
Gera: escória e lama
3. Para a produção de 1t de coque consome-se 1300 kg de carvão mineral
A Tabela 11.1 apresenta algumas características básicas de um projeto siderúrgico,
levando-se em conta o processo de redução de minério de ferro e os volumes de
insumos e produtos a serem transportados.
Tabela 11.1 - ALGUMAS CARACTERÍSTICAS BÁSICAS PARA UM
PROJETO SIDERÚRGICO
Minério
de Ferro
Pelotas
Sucata
e/ou gusa
sólido
Calcário
INSUMOS
Outros
TRANSPORTADOS Materiais
Carvão
Mineral
Carvão
Vegetal
Produtos
Acabados
Material
Gerado
Mt / ano
VOLUME TOTAL
TRANSPORTADO
USINA A
USINA A CARVÃO
CARVÃO
MINERAL
VEGETAL
1.000.000 5.000.000 10.000.000
t / ano
t / ano
t / ano
1,7
5,0
10,0
0,1
1,6
-
3,2
-
0,1
0,2
0,8
1,15
1,6
2,3
-
2,7
5,4
0,5
-
-
1,0
5,0
10,0
0,4
0,6
1,2
4,0
16,85
33,7
O mapa a seguir mostra a relevância do transporte para a siderurgia da região
sudeste do Brasil nos seus diversos modais, otimizando a movimentação de grande
volume de matérias primas e escoamento dos produtos siderúrgicos.
Figura 11.1 – INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES
Modais para o Transporte de Matérias Primas e Produtos da Siderurgia
Brasileira na Região Sudeste
A siderurgia brasileira movimentando grandes volumes de carga utiliza diversos
tipos de modais de transporte compatíveis com as características específicas dos
produtos. Dois tipos de carga devem ser considerados:
Matérias primas: minério de ferro, pelota, carvão, coque, fundentes (cal, calcário,
dolomita e outros), ferro-gusa e sucata; com origem nas usinas produtoras até as
unidades de aplicação.
Produtos siderúrgicos: ferro-gusa, semi-acabados de aço, produtos planos e
produtos não planos; com origem nas usinas produtoras até as unidades de
aplicação.
A figura 11.2, a seguir, apresenta a consolidação da movimentação de produtos e
matérias primas da siderurgia brasileira em 2004, e projetados para 2010, conforme
trabalho apresentado pela ANUT em dezembro de 2005.
Figura 11.2 – MOVIMENTAÇÃO DE PRODUTOS E MATÉRIAS PRIMAS DA
SIDERURGIA BRASILEIRA
Fonte: ANUT
Modais utilizados pela Siderurgia Brasileira na Região Sudeste
SISTEMA FERROVIÁRIO
Os dois principais eixos de transporte ferroviário para insumos e produtos
siderúrgicos na Região Sudeste são os sistemas da EFVM e FCA, pertencentes à
VALE e a malha da MRS Logística, controlada por VALE, CSN, Usiminas e Gerdau
Açominas.
As características básicas desses sistemas são:
EFVM – A estrada de Ferro Vitória-Minas EFVM conta com 905 km de
extensão de linha, sendo 594 quilômetros em linha dupla, correspondendo a
3,1% da malha ferroviária brasileira. Dispõe de 15.376 vagões e 207
locomotivas e transporta atualmente, cerca de 110 milhões de toneladas por
ano, das quais 80% são minério de ferro e 20% correspondem a mais de 60
diferentes tipos de produtos, tais como aço, carvão, calcário, granito,
contêineres, ferro-gusa, produtos agrícolas, madeira, celulose, veículos e
cargas diversas. A ferrovia atende cerca de 300 clientes empresariais.
Possui pontos de conexão com outras ferrovias, como: MRS (Ouro Branco/ MG);
FCA (Pedro Nolasco/ ES, Engenheiro Lafaiete Bandeira/ MG, Capitão Eduardo/ MG
e Pedreira do Rio das Velhas/ MG). E ponto de conexão com o porto de Tubarão/
ES.
FCA – A ferrovia Centro-Atlântica é detentora da maior malha ferroviária do
país com 8.093 Km de extensão (97,4% bitola1 e 2,6 % bitola mista 1/1,6)
conexão entre as regiões Nordeste e Sudeste do país, atravessando mais de
250 municípios em oito estados brasileiros (MG, GO, DF, BA, SE, ES, RJ e
SP).
A ferrovia conta com uma frota de 404 locomotivas e 10.498 vagões e tem como
principais mercadorias transportadas o açúcar, adubos e fertilizantes, derivados de
petróleo e álcool, produtos siderúrgicos, soja e farelo de soja, fosfato, ferro-gusa,
contêineres e carga geral, representando um volume superior a 14 milhões de
toneladas ano. A FCA faz a integração dos portos de Vitória (TVV, Paul, CODESA),
Santos, Angra dos Reis, Aratu, Salvador e Aracajú. Conecta-se às ferrovias EFVM
(Pedro Nolasco / ES, Capitão Eduardo/ MG, Engenheiro Lafaiete Bandeira / MG e
Pedreira Rio das Velhas / MG); MRS (Bárbara / RJ, Barão de Angra/ RJ, Barreiro /
MG, Miguel Burnier / MG); CFN (Própria/ SE); e FERROBAN (Boa Vista Nova/ SP),
funcionando como um grande corredor de importação exportação do país.
Em parceria da VALE e o Governo do Espírito Santo, a FCA fará a ligação dos
municípios de Colatina e Cachoeira do Itapimirim, numa extensão de 165 km e
viabilizando a construção de um novo complexo industrial/ portuário na Ponta do
Ubu (Anchieta).
O acordo comercial assinado em 2008 entre a FCA e a LLX Açu Operações
Portuárias S/A – para criação de um novo corredor ferroviário ligando a Região
Metropolitana de Belo Horizonte ao Porto de Açu, no município de São João da
Barra/ RJ – prevê o escoamento de 29 milhões de toneladas de insumos e
commodities, sobretudo minério de ferro, após cinco anos do início das operações.
O “projeto” do Novo Corredor de Importação e Exportação terá uma extensão de 600
km e aproveitará a antiga Linha Centro, escoando a produção de minério de ferro do
Sistema Minas Rio (Anglo Ferrous).
MRS - A MRS Logística opera e monitora a antiga Malha Sudeste da Rede
Ferroviária Federal. A empresa atua no mercado de transporte ferroviário
desde 1996, quando foi constituída, interligando os estados do Rio de
Janeiro, Minas Gerais e São Paulo. São 1674 km de malha (97,5 % bitola 1,6
e 2,5% bitola mista 1/1,6), facilitando o processo de transporte e distribuição
de cargas numa região que concentra aproximadamente 65% do produto
interno bruto do Brasil e estão instalados os maiores complexos industriais do
país. Pela malha da MRS também é possível alcançar os portos de Sepetiba
e de Santos (o mais importante da America Latina). O foco das atividades da
MRS está no “heavy haul” (minério) e, subordinadamente, no transporte de
cargas gerais, como produtos siderúrgicos acabados, cimento, bauxita,
produtos agrícolas, coque verde e containeres. A companhia tem obtido um
desempenho operacional e financeiro crescentemente positivo, projetando
alcançar cerca de 200 milhões de toneladas em 2011, em função do aumento
de cargas, especialmente insumos e produtos siderúrgicos. A MRS é
controlada por VALE, CSN, Usiminas e Gerdau Açominas.
A MRS conecta-se a outras ferrovias: FCA (Barão de Angra / RJ, Bárbara / RJ,
Três Rios / RJ, Engenheiro Lafaiete Bandeira / MG, Miguel Burnier / MG,
Barreiro/ MG); EFVM (Ouro Branco/ MG); FERROBAN (Jundiaí / SP, Lapa / SP,
Perequê / SP).
E faz a conexão com os portos: Rio de Janeiro / RJ, Sepetiba / RJ e Santos / SP.
Para 2010, a ANUT estima que a ocupação das ferrovias da Região Sudeste
com o transporte de cargas siderúrgicas, sem levar em conta o minério de ferro
de exportação, terá um aumento de 33% na EFVM e 59% na MRS. Isso
representará 25 milhões de toneladas, considerando os aumentos previstos de
capacidade das usinas existentes e a implantação da CSA em Sepetiba, no Rio
de Janeiro, o que elevaria a produção siderúrgica nacional para cerca de 50
milhões de toneladas anuais.
Tabela 11.2 - PREVISÃO DE TRANSPORTE FERROVIÁRIO
Notas:
(1) inclusive material para CSA e exclusive exportação de 24 Mt de minério pela CSN
(2) Exclusive cercanias de Belo Horizonte
Fonte: ANUT
Os mapas a seguir mostram as ferrovias utilizadas pelo setor de mineração e
metalurgia para o transporte de seus produtos nos estados do sudeste do Brasil.
Figura 11.3 – FERROVIAS UTILIZADAS PELOS SETORES DE
MINERAÇÃO E METALURGIA
Figura 11.4 - MINAS GERAIS – INFRAESTRUTURA E LOGÍSTICA
Figura 11.5 – FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA
Figura 11.6 – LOGÍSTICA DE TRANSPORTE NO ESTADO DE MINAS
GERAIS
Figura 11.7 – LOGÍSTICA DE TRANSPORTE NO ESTADO DE MINAS
GERAIS
SISTEMA RODOVIÁRIO
A malha rodoviária nacional é intensamente utilizada pela siderurgia, tanto no
transporte de matérias primas quanto no escoamento dos produtos acabados.
Para o mercado interno, há uma predominância do transporte rodoviário, que
representa 60% do total, utilizando especialmente as rodovias BR-381, BR-116
(Via Dutra e Régis Bittencourt), SP-150 (de Cubatão a São Paulo), SP-065 (Via
D. Pedro I, da Dutra à região de Campinas) e a BR-101 Sul. O Brasil com seus
1.632.932 km de rodovias ocupa o quarto lugar entre os países com maior malha
rodoviária, ficando atrás dos Estados Unidos (6.430.366 km – 1º lugar), Índia
(3.383.344 km – 2º lugar) e China (1.930.544 km – 3º lugar).
Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil. São 25 mil km
pavimentados que correspondem a 13% do total do país. É a unidade da
federação com a maior malha rodoviária federal, cerca de 11 mil km. Porém, no
Estado é imprescindível a duplicação ou até mesmo, um novo traçado para a BR
381 trecho Belo Horizonte – Governador Valadares para um maior fluxo e
segurança para o transporte dos insumos, matérias primas e escoamento dos
produtos siderúrgicos e demais usuários da rodovia. Neste trecho intensificam as
atividades de mineração (Vale, Usiminas Mineração, ArcelorMittal, etc.) e
escoamento de produtos siderúrgicos (Usiminas, ArcelorMittal João Monlevade,
ArcelorMittal Aços Especiais – Acesita e outros). A duplicação desta estrada
proporcionará uma melhoria na ligação da Região Norte ao Sul do país,
favorecendo os mercados produtivos e consumidores.
Outra rodovia também importante neste contexto no Estado é a BR-040,
principalmente necessitando de duplicação e melhorias urgentes. No trecho Belo
Horizonte – Juiz de Fora, que abrange uma intensa atividade de mineração
(Vale, CSN, Gerdau Açominas, Namisa, Ferrous, V&M e outras) e escoamento
de produtos siderúrgicos (V&M, Gerdau Açominas, ArcelorMittal Juiz de Fora e
outros).
A figura a seguir mostra as principais rodovias do estado de Minas Gerais
utilizadas para a movimentação de cargas do setor de mineração e metalurgia.
Figura 11.8 - PRINCIPAIS RODOVIAS DO ESTADO DE MINAS GERAIS
MODAL CABOTAGEM
Cabotagem é um transporte marítimo com origem e destino no mesmo país.
Apesar de possuir cerca de 7.500km de costa o transporte de produtos
siderúrgicos pelo modal cabotagem é, ainda muito pouco utilizado. Somente a
ArcelorMittal Tubarão o pratica utilizando as instalações do Terminal de Produtos
Siderúrgicos de Praia Mole – ES - para o transporte de bobinas de aço com
destino ao ponto de Paranaguá, no Paraná, utilizando-se de pequenos e médios
navios.
Este modal permite que a ArcelorMittal Tubarão garanta o transporte de bobinas
a quente para a sua unidade de laminação a frio e galvanização, ArcelorMittal
Vega, em São Francisco do Sul, Santa Catarina.
MINERODUTOS
Na região Sudeste existem, atualmente, dois minerodutos em atividade e, pelo
menos, outros três projetos.
Minerodutos Samarco – A Samarco é uma “joint venture” entre a Vale e a
BHP Billinton (Austrália). Os dois minerodutos existentes transportam a polpa
mineral constituída de minério de ferro e água, da região de Mariana/ Ouro
Preto, em Minas Gerais, na unidade Alegria/ Germano, onde é extraído e
beneficiado o minério de ferro, até a região de Ubu, Espírito Santo. Neste
local ficam as usinas de pelotização e o porto de companhia. Um dos
minerodutos, o primeiro do Brasil para transporte de polpa de minério de ferro
teve sua operação iniciada em 1977; e o outro foi inaugurado em 2008.
Possuem cerca de 396 km de extensão. Está em estudos o projeto de um
terceiro mineroduto para a mesma área.
Mineroduto do Projeto Minas-Rio
Trata-se do projeto de um mineroduto de 462km de extensão, já em fase de
construção, componente do projeto Minas-Rio, “joint venture” dos grupos
Anglo Ferrous (Anglo American) e MMX Mineração e Metálicos S/A, ligando
as jazidas de minério de ferro, na região de Conceição do Mato Dentro, em
Minas Gerais, ao Porto do Açu, São João da Barra, no norte fluminense, onde
será construído um complexo logístico integrado, incluindo um porto para
exportação de produtos siderúrgicos e outros produtos, além de áreas para
desenvolvimento de usinas e pelotização e uma siderúrgica.
Outros Minerodutos projetados:
Mineroduto Ferrous, da Ferrous Resources do Brasil Ltda. Transporte
de polpa de minério de ferro (70%) e água (30%); das minas situadas
no quadrilátero ferrífero de Minas Gerais até o Porto em Presidente
Kennedy, no Espírito Santo, numa extensão de cerca de 400 km. Na
área próxima a este porto estuda-se um local potencial de uma planta
de pelotização, uma usina termoelétrica e uma siderúrgica.
Mineroduto Votorantim, Transporte de polpa de minério de ferro e
água, relativo ao projeto minerário do norte de Minas Gerais – Projeto
Salinas – numa extensão de cerca de 450 km até a região de Ilhéus
(BA), onde projeta-se a construção de um porto
SISTEMA PORTUÁRIO
O Sistema portuário brasileiro é composto por cais de uso público e por terminais
especializados privativos ou de uso misto. Os primeiros são administrados pelas
diversas companhias Docas, apresentando uma situação geral de obsolescência de
equipamentos e instalações. Nestes, existe a necessidade de dragagem e
desenvolvimento
de
infraestrutura
básica
necessária
para
uma
eficiente
movimentação de cargas.
Os terminais especializados, administrados por empresas privadas têm recebido
investimentos para sua modernização e apresentam resultados competitivos no
mercado.
A Tabela e o mapa a seguir, mostram o sistema portuário do sudeste brasileiro.
Tabela 11.3 – SISTEMA PORTUÁRIO DO SUDESTE BRASILEIRO
PORTO
LOCALIZAÇÃO
PRAIA MOLE
SERRA -ES
VITÓRIA
Vitória - ES
OPERAÇÃO
TERMINAL
Condomínio
ArcelorMittal
Tubarão, Gerdau
Açominas e
Usiminas
Para Produtos
Siderúrgicos
Vale S.A.
De Carvão
Companhia
Docas do
Espírito Santo/
CODESA
Cais Comercial
de Vitória
CODESA/ Vale
Cais de
Capuaba
Consórcio Peru
Cais de Paul
Vale S.A
___
Vila Velha - ES
TUBARÃO
Vitória - ES
TERMINAL
DE PONTA
DE UBU
Anchieta - ES
Samarco
Mineração
ANGRA DOS
REIS
Angra dos
Reis/ RJ
Companhia
Docas do Rio de
Janeiro
CDRJ
CARGA
Produtos
Siderúrgicos
Café, papel, celulose e
trigo
Produtos agrícolas,
operação de navios
Roll-on/ Roll-off,
Carga geral, mármore
e granito, produtos
siderúrgicos e
contêineres
Granéis sólidos,
produtos
siderúrgicos, carga
geral e automóveis
Minério de ferro,
pelotas
Terminal de
Produtos
Diversos TPD
Granéis Líquidos
(Petrobrás), Grãos
Contêineres e
fertilizantes
____
Minério de ferro e
pelotas
--------
Produtos siderúrgicos
da CSN
RIO DE
JANEIRO
Rio de Janeiro
- RJ
Companhia
Docas do Rio de
Janeiro – CDRJ
(Triunfo
Operadora
Portuária)
ITAGUAÍ
(ANTIGO
SEPETIBA)
Rio de Janeiro
– RJ
Companhia
Docas do Rio de
Janeiro CDRJ
Terminal de
Produtos
Siderúrgicos
TPS São
Cristóvão
Píer de Carvão
Pátio de Carvão
Pátio de
Minérios
Píer de
Minérios
Pátio de Uso
Múltiplo
Produtos
Siderúrgicos
Carvão
Carvão
Minérios
Minérios
Consolidação de
carga e produtos
siderúrgicos
Carvão
Companhia
Siderúrgica
Nacional – CSN
Terminal de
Carvão - TCV
Companhia
Portuária de
Sepetiba S.A
CPBS
Terminal de
Minérios – TM1
Sepetiba Tecon
Terminal de
Contêineres –
TCS
Vale Sul
Alumínio S.A
Terminal de
Alumínio – TAL
Alumínio
Minerações
Brasileiras
Reunidas S.A
MBR
Terminal da Ilha
Guaípe
Minério
Minérios
Contêineres
SANTOS
Santos - SP
Companhia
Docas de São
Paulo
CODESP
______
Commodities
agrícolas,
fertilizantes, carnes,
produtos petrolíferos,
produtos siderúrgicos
e cargas geral
TERMINAL
MARÍTIMO
PRIVATIVO
DE CUBATÃO
TMPC
Cubatão - SP
Usiminas
(Cosipa)
______
Produtos
Siderúrgicos, carvão
Outros Portos
Encontram-se em estudos e projetos três novos portos para exportação de minério
de ferro e produtos siderúrgicos:
•
Porto de Açu – São João da Barra – RJ (norte fluminense) da LLX.
•
Porto Presidente Kennedy – Presidente Kennedy – ES (sul do Espírito Santo,
divisa com Estado do Rio de Janeiro) da Ferrous Resources do Brasil LTDA.
•
Porto da Usiminas - Itaguaí – Rio de Janeiro, da Usinas Siderúrgicas de
Minas Gerais.
Figura 11.9 – SISTEMA PORTUÁRIO DO SUDESTE BRASILEIRO
Baseando-se no desempenho das economias mundial e brasileira em 2007, as
análises para 2008 eram as mais promissoras. No Brasil, “O setor industrial foi o que
mais se expandiu em relação ao ano anterior. Com crescimento da ordem de 6%
obteve seu melhor resultado desde 2004, readquirindo sua posição como motor do
crescimento econômico do país” – Siderurgia em Foco nº.7 – Fevereiro 2008. IBS.”
Em continuação este mesmo trabalho informava que: “O panorama não foi diferente
no setor siderúrgico. O consumo aparente de produtos siderúrgicos atingiu o nível
recorde de 22 milhões de toneladas, 19% acima do registrado em 2006.
A produção cresceu 9%, chegando ao valor também recorde de 34 milhões de
toneladas de aço bruto. As exportações diretas de produtos siderúrgicos de 10,3
milhões de toneladas, correspondentes a US$ 6,6 bilhões, situaram o setor entre os
grandes geradores de saldo comercial do País.”
Com este cenário previa-se para a siderurgia expectativas otimistas. Previa-se que a
demanda interna de aço continuaria crescendo, porém com um percentual menor
que o registrado no ano anterior.
Segundo o IBS, “o menor crescimento previsto para 2008 acompanha as previsões
mundiais, que também estão menos otimistas pelas recentes turbulências nos
mercados internacionais, principalmente nos Estados Unidos onde há perspectivas
de desaceleração econômica que poderá provocar impactos negativos em todo o
mundo”.
Em outubro de 2008, o Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do
Bradesco em seu relatório “Tendências Setoriais para 2009” apresentou os
seguintes fatores de risco para o minério de ferro e para a siderurgia:
•
Minério de Ferro
1. A desaceleração da economia mundial deverá impactar nas exportações de
minério de ferro;
2. Negociações internacionais, de preços do minério de ferro, com as siderurgias
chinesas, deverá ser mais difícil no início de 2009 em razão da desaceleração
da demanda”.
•
Siderurgia
1. A desaceleração da economia mundial deverá impactar nas exportações de
produtos siderúrgicos;
2. Tendência de redução dos preços internacionais de aço refletindo a
desaceleração de demanda;
3. Desaceleração da economia doméstica e do crédito junto com o
encarecimento dos financiamentos devido a liquidez mais apertada, impactará
em menor ritmo de crescimento dos setores demandantes de aço.”
Estas previsões se concretizaram, pois desde outubro de 2008 a siderurgia brasileira
enfrenta uma conjuntura extremamente desfavorável. Alguns dos principais setores
consumidores reduziram suas compras diante da queda e imprevisibilidade para
2009. Com isto, e devido a dificuldades também para preservação das exportações,
as empresas siderúrgicas brasileiras tiveram que recorrer à redução da produção e
ao adiamento de investimentos programados. Esta situação trouxe reflexos
negativos na conservação da mão de obra, em geral. As usinas siderúrgicas
reduziram os preços, produção e número de funcionários no segundo semestre de
2008, diante das dificuldades dos setores consumidores de aço.
Ainda, com a crise econômica global do final de 2008, os novos projetos e aqueles
de expansão anunciados sofreram uma mudança no planejamento, sendo quase
todos retardados e adiados para início após 2011.
Apenas um projeto, com obras iniciadas, Valourec Sumitomo Tubos do Brasil – VSB,
em Jeceaba–MG, não foi interrompido, estando a produção de 1,0 milhão de
toneladas de aço e 600 mil toneladas de tubos sem costura prevista parase iniciar
em junho de 2010.
O outro projeto, a Companhia Siderúrgica do Atlântico – CSA, no Rio de Janeiro,
pareceria de ThyssenKrupp e Vale, que começou a sua implantação em 2006,
sofreu algum atraso, mas o início da produção de placas de aço está previsto para
os primeiros meses de 2010.
Atualmente, com protocolos ou memorandos de intenções assinados com os
respectivos governos estaduais a VALE planeja a construção de uma usina para a
produção de 2,5 milhões de toneladas de placas anuais, em Marabá – PA e outra de
5,0 milhões de toneladas, em Ubu – ES, além da Usina de Pecém, no Ceará.
A Usiminas, que planejava implantar uma nova usina para produção de 5,0 milhões
de toneladas de placas, em Santana do Paraíso – MG, suspendeu este projeto
adiando-o para 2011 e está priorizando, no momento, uma expansão de algumas
unidades na sua usina de Ipatinga, para atender a sua linha de laminação de chapas
grossas e uma nova unidade de galvanização, ambas na usina de Ipatinga.
Da mesma forma, a ArcelorMittal e a Gerdau adiaram seus planos de expansão.
RETOMADA DE RUMO
A siderurgia de um modo geral elevou a projeção da produção para 2009 e, neste
cenário, as perspectivas para a siderurgia brasileira voltaram a ficar positivas a partir
do segundo semestre deste ano, conforme pode ser visualizado na Figura a seguir.
Figura 12.1 -
Produção de Aço e Vendas de Produtos Siderúrgicos no Brasil
3,50
3,00
2,93
2,67
2,70
2,50
2,50
1,98
2,00
1,62
1,62
1,65
1,50
0,93
1,00
0,95
1,73
1,90
1,94
1,29
1,30
0,65
0,70
Mai 2009
Jun 2009
1,73
1,19
1,20
0,56
0,55
Mar 2009
Abr 2009
1,64
0,95
0,47
0,48
Jan 2009
Fev 2009
1,40
1,50
0,89
0,87
0,89
Jul 2009
Ago 2009
Set 2009
0,50
0,00
Jun 2008
Dez 2008
Produção de Aço no Brasil
Produção de Aço em Minas Gerais
Vendas Internas de Produtos Siderúrgicos no Brasil
Fonte IAB (ex IBS)
Neste ano de 2009, a siderurgia brasileira, começou uma pequena recuperação,
passando de 1,62 milhões de toneladas em janeiro para 1,94 milhões em junho; um
crescimento de 19,75%. O aumento da produção de junho relativa a maio foi de
apenas 2,5%. Porém, de junho para julho o crescimento foi expressivo, de 28,5%.
Este forte crescimento da produção de aço bruto brasileiro aponta para um cenário
otimista nos próximos meses. As vendas internas totalizaram 1,4 milhões de
toneladas, em julho, o que significou um avanço de 9,1% sobre o mês anterior.
Estes resultados, apresentados pelas três maiores siderúrgicas – CSN, Gerdau e
Usiminas apontam para um aumento dos volumes comparados com o primeiro
trimestre, embora sejam estes dados ainda muito inferiores aos do mesmo período
de 2008.
No Brasil, seis dos 14 principais altos-fornos foram desligados no início de 2009 e a
capacidade de produção das siderúrgicas caiu para 49%. Porém, a retomada de
expansão do mercado brasileiro e uma pequena melhora de cenário externo, estão
fazendo com que as empresas promovam o religamento destes fornos.
Com o objetivo de atingir a partir de 2010, a produção de 180 mil toneladas anuais
de trefilados, um aumento de 250% da capacidade, a ArcelorMittal Sabará recebeu
em julho deste ano mais uma linha para a produção de barras trefiladas, concluindo
a terceira e última etapa do projeto iniciado em 2004. Com este volume adicional
pretende ampliar sua participação nos segmentos automobilísticos, de implementos
agrícolas e indústria em geral, no Brasil e no exterior. Também na unidade de João
Monlevade, o projeto de expansão que foi paralisado devido à crise, está sendo
estudado, indicando à empresa uma sinalização para a retomada dos aportes de
investimentos.
O parque guseiro instalado em Minas Gerais, o maior do país, está passando por
recuperação. O segmento que no auge da crise financeira abafou a maioria dos
altos fornos, acarretando mais de 80% de ociosidade, está aumentando a produção
e já opera (setembro) com 67% da capacidade instalada. Este índice é bastante
expressivo, pois nunca se trabalha a 100% da capacidade instalada.
Também o setor de fundição já iniciou a sua recuperação a partir de agosto deste
ano.
Observam-se para a siderurgia brasileira, neste quarto trimestre de 2009, sinais
positivos de recuperação, projetando-se para 2011 retornar ao ritmo de 2008. Muitos
fatores sinalizam para esta tendência como os estímulos governamentais aos
setores da construção civil, automotivo, linha branca e bens de capital e novos
investimentos nas áreas de petróleo e gás, energia, transportes e portos e
infraestrutura urbana para atender à Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de
2016.
Neste ritmo, as previsões de empréstimos para projetos na área de siderurgia
tornaram-se mais positivas. Estimava-se um volume de empréstimos da ordem de
R$ 25 bilhões para o período de 2009 a 2012. Atualmente, prevê-se trabalhar em
valores de financiamento entre R$ 30 bilhões e R$ 32 bilhões no mesmo período.
APÊNDICE
2010 – PERSPECTIVAS PARA A SIDERURGIA EM MINAS GERAIS
No Brasil, os setores mais afetados pela crise internacional de 2008/2009 foram o de
siderurgia e metalurgia, correspondendo em 2009, uma variação negativa de 26,7%
em relação a 2008.
Contudo, um novo cenário passou a ser desenhado para a siderurgia a partir do final
do ano de 2009, e neste ano de 2010 as siderurgias estão retomando a produção
em todo o mundo, em níveis anteriores à crise. Projetam-se para a siderurgia
brasileira em 2011 sinais positivos de recuperação, retornando a produção aos
níveis de 2008. muitos fatores sinalizam para esta tendência como os estímulos
governamentais aos setores da construção civil, automotivo, linha branca, bem de
capital e novos investimentos nas áreas de petróleo e gás, energia, transporte e
infraestrutura urbana para atender à Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de
2016.
Neste ritmo, os projetos de expansão da siderurgia brasileira e os novos
empreendimentos anunciados, que tinham sido postergados, estão voltando a serem
estudados para implantação nos próximos anos.
Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, os
investimentos na indústria em infraestrutura no país serão de aproximadamente R$
773 bilhões, no período de 2010 à 2013, devendo ser liberados pelos projetos em
petróleo & gás e energia elétrica, setores fortemente demandantes de aço.
Os desembolsos do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG,
direcionados a setores privado e público, somaram R$ 358,6 milhões no primeiro
trimestre deste ano, o que representa 78% a mais que o valor liberado a igual
período de 2009. prefeituras, especialmente em regiões de baixo dinamismo,
receberam R$ 16,3 milhões. Para empresas de pequeno, micro e médio porte a
instituição pretende injetar R$ 1,35 bilhão na economia mineira.
De acordo com Marco Pólo de Mello Lopes, presidente do Instituto Aço Brasil – IABr,
“o clima de otimismo deverá permitir a retomada de investimentos em projetos de
expansão, adiados por causa da crise. Para viabilizar esse cenário, o mercado tem
que ser estimulado, com incentivos ao consumo e investimentos e proteção contra
importação desleais. As vendas do setor automotivo, com redução do IPI,
alcançaram recordes históricos. A construção civil apresenta uma retomada de suas
atividades. Em bens de capital, a situação tem melhorado gradativamente. E mesmo
no mercado internacional já se observa certa recuperação para a retomada do nível
de atividade anterior.
Para a siderurgia o período a partir de 2010 será bastante desafiador. Enquanto as
usinas da China e as economias emergentes devem encarar um estável crescimento
de consumo, as empresas da Europa e dos Estados Unidos irão jogar
constantemente com a equação oferta-demanda.
Neste primeiros meses de 2010, a crise financeira de 2008-2009 parece ser uma
triste lembrança para o mercado siderúrgico brasileiro. A demanda se recupera,
níveis de produção seguem em bom ritmo e consumidores renovam as carteiras de
pedidos.
No Brasil, continuam programados para instalação até 2015, vários projetos para a
produção de placas de aço, que deverão adicionar uma capacidade excedente de 29
milhões de toneladas anuais.
Em Minas Gerais as siderúrgicas estão incrementando suas operações – ou
ampliação – de segmentações em mineração, cimento, serviços de logística e
distribuição, além de produtos diversificados para a indústria em geral, como blanks
e peças para a indústria automotiva e a construção civil. As empresas estão
construindo a sua cadeia de valor, integrando áreas afins, como mineração,
siderurgia, logística, portos e novos produtos (cimento, peças, etc).
E existem também, para o nosso Estado, projetos de instalação de novas unidades
(Greenfield) e expansão (Brownfield) de unidades existentes. Por exemplo: o projeto
da Vallourec Sumitomo Tubos do Brasil, em Jeceaba; os projetos da Usiminas –
expansão da usina de Ipatinga e uma nova usina, em Santana do Paraíso; a
expansão da usina da Açominas, em Ouro Branco, pelo Grupo Gerdau; a Arcelor
Mittal anuncia expansão das suas usinas de longos, em Juiz de Fora e Juiz de Fora.
E a Ferrous Resources do Brasil que anunciou, recentemente, a instalação de uma
usina para a produção de 3,5 milhões de toneladas de aço anuais, em Juiz de Fora.