BARATA-GIGANTE-DE-MADAGASCAR
Transcrição
Thiago Angeli & Sandra Sakamoto No 04 * BARATA-GIGANTE-DE-MADAGASCAR * Gromphadorhina portentosa (Schaum, 1853) Gigante como seu nome popular, esta barata recebeu tal denominação, porque é uma das maiores espécies da Ordem Blattodea e, quando adulta, pode medir entre 6-10 cm de comprimento e pesar até 15 gramas. E para quem pensa que Madagascar é apenas um desenho animado, está enganado: é a ilha africana de onde originou-se este inseto fascinante e assustadiço. Seu outro nome popular refere-se a uma característica curiosa: barata-chiadeira, já que a G. portentosa contrai seu abdômen para liberar ar pelos seus espiráculos respiratórios, provocando um forte ruído similar ao sibilar de uma serpente. Este som Inseto amistoso e tranquilo também é um meio de comunicação entre as baratas. Os machos têm no primeiro segmento do pronoto, dois chifres bem evidentes. A fêmea é vivípara, ao contrário da maioria das baratas que lançam sua ooteca em um ambiente protegido para que os filhotes possam eclodir de seus ovos. Ela pare até 60 filhotes já formados que nascem branquinhos e com o passar do tempo escurecem, adquirindo uma coloração marrom em toda extensão do seu corpo oval e brilhante. Como todo inseto, possui exoesqueleto: uma carapaça feita de quitina - a mesma proteína dos fios de cabelo humanos - que lhe protege contra predadores e quedas, evitando também perda de água. Este invertebrado noturno, vive escondido em meio às folhagens, serrapilheiras e troncos de árvores. Das quase três mil espécies de Blattodeas, apenas uns 5% são prejudiciais à saúde humana, justamente a porcentagem que vive nos centros urbanos (animal sinantrópico) poluídos e contaminados. Esta barata não consegue se adaptar à vida no interior das casas. A G. portentosa não morde, mas possui espículas em suas pernas, é limpa e de alimentação herbívora. Nos EUA e na China, é comum criá-la como um pet por se habituar O nascimento dos filhotes com o contato humano e por ser de fácil manutenção. A barata-gigante-de-Madagascar, no Brasil, é muito utilizada como complemento alimentar de anfíbios, aves, mamíferos, peixes e répteis por ser bastante proteica. A série ANIMALife é uma criação de Thiago Angeli e Sandra Sakamoto. Ficha no. 04: texto, revisão e layout: Sandra Sakamoto. Foto 1: arquivo pessoal. Foto 2: retirada do blog Novo Mundo Estranho. Publicado no site do Projeto Herpetus em 12 de junho de 2014.
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