faculdade de ciências da saúde de são paulo pós
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FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE SÃO PAULO PÓS-GRADUAÇÃO EM FLORALTERAPIA Déficit de atenção e hiperatividade: um estudo de caso utilizando a Floralterapia. DINORÁ REGINA PEREIRA LIMA SÃO PAULO/SP 2010 DINORÁ REGINA PEREIRA LIMA Déficit de atenção e hiperatividade: um estudo de caso utilizando a Floralterapia. Monografia do curso de pós-graduação em Floralterapia da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo. Orientadora: Profª Michelly E. Paschuino 2010 DINORÁ REGINA PEREIRA LIMA Déficit de atenção e hiperatividade: um estudo de caso utilizando a Floralterapia. Monografia do curso de pós-graduação em Floralterapia da Faculdade de Ciências da Saúde de São Paulo. Aprovado em _____/_____/______: ______________________________________________________________________ Profª Marcia Cristina Oliveira Fernandes __________________________________________________________ Profª Luciana Chammas __________________________________________________________ Profª Monica Cervini 2010 Dedico esta pesquisa a todos aqueles, que de alguma forma participam da Casa do Zezinho AGRADECIMENTO Agradeço a minha família pela paciência e compreensão. A todos os professores, tão importantes no meu contínuo desenvolvimento. A Viviane, Viviam e Bia pelo carinho, dedicação e exemplo. A Michelly pelas pontuações sempre pertinentes, entusiasmo contagiante e paciência ímpar. “A vida não nos exige sacrifícios inatingíveis; ela nos pede que façamos nosso caminho com alegria no coração e que sejamos uma bênção para os que nos rodeiam, de forma que, se deixarmos o mundo apenas um pouquinho melhor do que era antes da nossa visita, teremos cumprido a nossa missão.” Dr. Bach RESUMO O presente trabalho trata-se de uma pesquisa sobre a possível atuação da Floralterapia, como tratamento complementar em saúde, para os casos de TDAH em crianças na fase escolar. O estudo foi realizado com 46 crianças, de ambos os sexos, com idades entre 9 e 11 anos, que são assistidas pela entidade Casa do Zezinho. Os florais Clematis, Fórmula do Aprendizado e Fórmula Ecológica foram aspergidos por 2 meses em uma sala de aula que apresentava cerca de 35% de alunos portadores do transtorno. Os resultados mostraram que houve um aumento no rendimento dos alunos, assim como aumento da auto-estima, da força de vontade, disposição e atenção. Os resultados levam a sugerir que a utilização da Floralterapia se apresenta como uma opção de tratamento terapêutico eficaz, simples, acessível e segura; complementar à terapêutica utilizada para os quadros de TDAH. Palavras chave: Floralterapia; TDAH. ABSTRACT This paper comes to be a research about the possible role of Flower Therapy, as a complementary health treatment, to cases of children in scholar phase with AttentionDeficit/Hyperactivity Disorder (ADHD). The research was conducted with 46 children, both genders, aged between 9 to 11 years old, helped by de institution Casa do Zezinho, located in São Paulo. The floral essences Clematis, Apprenticeship Formula and Ecological Formula were sprinkled for two months in a classroom where approximately 35% of the students would present ADHD disorder. The results showed that there was an increase in student performance, as well as an increase in their self-esteem, willpower, liveliness and attention. The results suggest that the use of Flower Therapy shows itself as an effective therapeutic treatment, simple, accessible and safe; complementary to the therapeutic to ADHD cases. Key-words: Flower Therapy; ADHD LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Medicamentos Comumente Utilizados no Tratamento de TDAH......35 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Flor da Essência Floral Clematis.................................................................34 Figura 2 – Flor de Salvia componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................35 Figura 3 – Flor de Margarites componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................36 Figura 4 – Flor de Lavandula componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................38 Figura 5 – Flor de Rosmarinus componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................39 Figura 6 – Flor de Taraxacum componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................40 Figura 7 – Flor de Piperita componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................42 Figura 8 – Flor de Tabebuia componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................43 Figura 9 – Flor de Lantana componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................44 Figura 10 – Flor de Sonchus componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado...............................................................................................................46 Figura 11 – Flor de Camellia componente da Essência Floral Fórmula Ecológica...................................................................................................................47 Figura 12 – Flor de Millefolium componente da Essência Floral Fórmula Ecológica...................................................................................................................48 Figura 13 – Flor de Artemísia componente da Essência Floral Fórmula Ecológica...................................................................................................................49 Figura 14 – Flor de Silene componente da Essência Floral Fórmula Ecológica...................................................................................................................50 Figura 15 – Flor de Impatiens componente da Essência Floral Fórmula Ecológica...................................................................................................................51 Figura 16 – Flor de Vernonia componente da Essência Floral Fórmula Ecológica...................................................................................................................53 SUMÁRIO Introdução.................................................................................................................12 Objetivo.....................................................................................................................13 1 Floralterapia...........................................................................................................14 1.1 As Essências Florais..........................................................................................14 1.2 Dr. Edward Bach.................................................................................................14 1.2.1 Filosofia do Dr. Bach.........................................................................................17 1.2.2 Preparação........................................................................................................18 1.3 Mecanismo de atuação dos florais...................................................................19 1.4 Assinatura...........................................................................................................19 1.5 As essências florais de Minas...........................................................................20 1.5.1 Histórico.............................................................................................................20 1.6 Fundamentação da Floralterapia......................................................................21 1.6.1 As essências florais e a física quântica.............................................................21 1.7 Regulamentação da Floralterapia segundo a ANVISA...................................22 1.8 Regulamentação da Floralterapia nos hospitais do Rio de Janeiro..............22 2 Conceitos sobre TDAH (ADD)..............................................................................23 2.1 O que é TDAH (ADD)..........................................................................................23 2.1.1 Histórico.............................................................................................................24 2.1.2 Comportamento.................................................................................................25 2.1.3 Etiologia.............................................................................................................27 2.1.4 Os quatro tipos de TDAH..................................................................................28 2.1.5 Diagnóstico........................................................................................................31 2.1.6 Tratamento........................................................................................................31 3 A Floralterapia como Terapêutica para o TDAH.................................................33 3.1 As essências florais indicadas.........................................................................33 3.1.1 Clematis (Clematis vitalba)................................................................................33 3.1.2 Fórmula de aprendizado....................................................................................35 3.1.3 Fórmula Ecológica.............................................................................................47 4 Arte integrativa......................................................................................................55 5 Casa do Zezinho....................................................................................................56 6 Métodos..................................................................................................................57 6.1 Método.................................................................................................................57 6.2 Voluntários..........................................................................................................57 6.3 TCLE....................................................................................................................57 6.4 Local da Realização...........................................................................................57 6.5 Procedimento......................................................................................................58 6.5.1 Questionário e Pintura de mandala...................................................................58 6.5.2 Aplicação da Floralterapia.................................................................................58 6.6 Tabulação de dados...........................................................................................58 7 Resultados.............................................................................................................60 7.1 Resultados obtidos através da análise dos questionários............................60 7.2 Resultados obtidos através da análise de arte integrativa............................70 7.2.1 Mandala voluntário 1, sexo masculino..............................................................71 7.2.2 Mandala voluntário 2, sexo feminino.................................................................72 7.2.3 Mandala voluntário 3, sexo masculino..............................................................73 8 Discussão...............................................................................................................74 CONCLUSÃO............................................................................................................76 REFERÊNCIAS..........................................................................................................77 APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado............83 APÊNDICE B – Depoimento escrito da educadora (por e-mail)...........................84 ANEXO A – Instrução Normativa nº 9, de 17 de Agosto de 2009.........................85 ANEXO B – O projeto de lei 5.471 de 10 de junho de 2009...................................90 ANEXO C – SNAP-IV.................................................................................................91 ANEXO D – Mandala utilizada na pesquisa............................................................93 Introdução O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) considerado como o transtorno de desenvolvimento infantil mais diagnosticado na atualidade é, frequentemente, um desafio no contexto social e familiar, principalmente para os educadores que mesclam as funções de ensinar, formar e integrar a criança à sociedade. Segundo Landskron (2008) o TDAH tem sido considerado o transtorno neurocomportamental mais comum na infância e a condição de doença crônica de maior prevalência na idade escolar. Ele é caracterizado por sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade, sendo pouco conhecido da população em geral e até mesmo da área médica. Com o ideal de construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde a cidadania e o desenvolvimento humano sejam permeados pela ética, a Casa do Zezinho – uma organização não governamental que atende criança e jovens carentes na zona sul de São Paulo – possui várias crianças com Déficit de Atenção, em suas salas de atividades. Este índice de transtorno gera dificuldades, para os professores da instituição interessados em educar e cuidar, mas principalmente para as crianças que são injustamente classificadas e discriminadas pelo comportamento diferenciado. Como perspectiva de tratamento natural e não invasivo, a Terapia Floral se apresenta como uma ferramenta positiva aplicada ao TDAH. A Terapia Floral constitui um método complementar de tratamento largamente utilizado na terapêutica de várias patologias em todo mundo, se caracterizando por atuar nos níveis mais sutis da vida existente. Utilizados isoladamente ou em conjunto com a medicação alopática, a Floralterapia vem se firmando como opção de tratamento suave, sutil e profundo, sendo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) por serem excelentes para o auto-cuidado e não oferecerem danos à saúde. Objetivo O objetivo básico desta pesquisa foi avaliar a eficácia terapêutica da Floralterapia como tratamento complementar para os casos de crianças portadoras de TDAH, visando melhorar aspectos emocionais e psicológicos. 1 Floralterapia A Floralterapia é uma abordagem terapêutica que se utiliza das essências florais para restabelecer o equilíbrio mental, emocional e físico do indivíduo. Foi elaborada pelo médico inglês Dr. Edward Bach, na década de 30, embasada no preceito de tratar a doença pela causa e não pelo sintoma. A terapia Floral não considera apenas o corpo físico, mas preza todos os campos energéticos sutis a este corpo. O Dr. Bach deixou um legado de 38 essências florais que serviram de inspiração e abriram as portas para diversos outros sistemas espalhados pelo mundo, entre eles o sistema dos Florais de Minas utilizado nesta pesquisa. 1.1 As Essências Florais Segundo Kaminski (1997), as essências florais são extratos líquidos sutis de flores, geralmente ingeridos por via oral, usados para tratar profundas questões do bem estar emocional, do desenvolvimento da alma e da saúde do corpo-mente. Semelhante a Homeopatia Clássica de Samuel Hahnemann, a Medicina Antroposófica e a Medicina Herbácea, as essências florais figuram entre os métodos sutis de cura que não atuam pelo caminho direto via corpo, mas em níveis sutis, que influenciam o sistema energético do corpo humano. Uma das razões pelas quais as essências florais parecem afetar a anatomia sutil humana com tanta intensidade é que elas tendem a conter uma maior quantidade de energia da força vital das plantas. A flor representa a máxima realização da planta e contém a mais alta concentração de sua energia vital, pois é neste local que a maioria é polinizada e se reproduz. 1.2 Dr. Edward Bach Dr. Edward Bach nasceu em Moseley, arredores de Birmingham, no dia 24 de Setembro de 1886. Era uma criança intuitiva, delicada, mas independente, com um grande amor pela natureza. Deixou a escola aos 16 anos e passou três anos na fundição de latão do pai, em Birmingham, a fim de pagar os seus estudos de medicina (MONAS’FLOWER, 2009). Em 1912 formou-se pela University College Medical Officer (UCH), e em 1913 se tornou Médico Encarregado de Urgências (Casualty Medical Officer); ainda no mesmo ano tornou-se Cirurgião de Urgências. Muito jovem, já tinha noção que a personalidade e as atitudes das pessoas afetavam o seu estado de saúde e concluiu que, no tratamento médico, o mais importante era conhecer a personalidade, para compreender os sintomas. O seu interesse era pelo doente e não pela doença. Insatisfeito com os limites da medicina convencional e acreditando de forma progressiva na eficácia de buscar o tratamento da causa da doença, decidiu seguir seus interesses pela imunologia, tornando-se Bacteriologista Assistente no UCH (University College Medical Officer) em 1915. Em 1917 foi acometido de um mal incurável, e mesmo sendo operado, os médicos lhe deram apenas 3 meses de vida. Com isso, veio a determinação de concluir o seu trabalho; abandonou o hospital e fechou-se em seu laboratório trabalhando em vacinas para doenças crônicas.Com o passar dos dias percebeu que estava completamente curado, o que o levou a concluir de que seguir a verdadeira vocação, ter um interesse absorvente ou um propósito definido na vida era essencial para a saúde espiritual e física (BACH, 2007). De 1919 a 1922 trabalhou como patologista e bacteriologista, no London Homeopathic Hospital (Hospital Homeopático de Londres) e nessa fase, ficou surpreendido pelo fato de que Samuel Hahnemann, o fundador da Homeopatia, havia reconhecido a importância da personalidade na doença, 150 anos antes. Combinando estes princípios com os seus conhecimentos da medicinal convencional, desenvolveu os Sete Nosódios de Bach, que são vacinas orais baseadas em bactérias intestinais, que purificam a flora intestinal, com excelentes resultados gerais na saúde do paciente em casos crônicos. Embora a comunidade médica tivesse adaptado as suas vacinas (que ainda são utilizadas por alguns homeopatas e outros médicos, nos dias atuais), ele não gostava do fato que, tratavam-se de bactérias, era ansioso por substituí-las por métodos mais suaves, possivelmente baseados em plantas. Durante um jantar, em 1928 observando os convidados daquela refeição, compreendeu que pertenciam a tipos distintos. A partir daí, chegou à conclusão de que cada tipo humano reagiria à doença de uma maneira particular, peculiar. Naquele outono, visitou o País de Gales e trouxe com ele duas plantas, Mimulus e Impatiens: preparou-as como as vacinas e receitou-as de acordo com a personalidade do doente, com resultados imediatos e coroados de êxito. Nesse mesmo ano, acrescentou o Clematis; com estes três florais, estava no limiar do desenvolvimento de um sistema de medicina inteiramente novo (MONAS’FLOWER, 2009). Em pleno êxito profissional como clínico e pesquisador, em 1930, com 43 anos de idade, o Dr. Bach encerrou seu laboratório e consultório e foi para o País de Gales, à procura de mais "florais" na natureza. Numa manhã, ao caminhar por um campo coberto de orvalho, compreendeu que cada gota de orvalho, aquecida pelo Sol, adquiria as propriedades curativas da planta na qual se encontrava depositada, isto o inspirou a desenvolver um método de preparação de "florais" utilizando a água pura. Entre 1930 e 1934, Dr. Bach descobriu os 38 remédios florais, que cobriam todos os aspectos da natureza humana e todos os estados negativos implícitos a doença e escreveu os fundamentos de sua nova medicina. Neste período mudou-se para Mount Vernon, em uma pequena casa de Oxford Shire, que é atualmente a Fundação Dr. Edward Bach Centre. No final de novembro de 1936, morreu enquanto dormia. Confiou a plena responsabilidade pela continuidade do seu trabalho aos amigos e colegas e pediu também que a sua casa continuasse a constituir a fonte de informação sobre a sua obra. Por isso ainda hoje, o Bach Centre, em Mount Vernon participa ativamente na preservação, na educação e na preparação das tinturas-mãe dos florais. Os Curadores asseguram, assim, a manutenção das tradições e princípios de pureza, simplicidade e integridade. 1.2.1 Filosofia do Dr. Bach “A saúde depende de estarmos em harmonia com as nossas almas”. Dr. Edward Bach Para o Dr. Bach existem verdades fundamentais a serem reconhecidas para se entender a natureza da doença. Em seu livro Cura-te a ti mesmo ele descreve o homem como possuidor de alma, espírito e corpo: a alma é a semente divina do homem, que guia e orienta, é o Eu Verdadeiro. O espírito seu Ser Divino e o corpo o abrigo material e temporário para manifestação da Alma, que usa do corpo para realizar experiências de aprimoramento moral e espiritual. Com esse entendimento, a doença seria resultado dos conflitos internos ou externos da personalidade com o real propósito interno de cada um. Identificando-se com as idéias do médico alemão Samuel Hahnemann, o pai da homeopatia, Dr. Bach incorporou ao seu sistema a mesma simplicidade de cura – o semelhante cura o semelhante, concordando com o homeopata que as causas primordiais do sofrimento físico ou mental estavam na desordem energética interna. Segundo Lambert (1997), a saúde e a enfermidade são pólos opostos decorrentes da harmonia ou desarmonia do ser para com as leis naturais. Quando a pessoa é afastada da sintonia de integração com a natureza e os princípios naturais, permite o aparecimento de estados mentais patológicos que levam ao desequilíbrio e a tornam predisposta e suscetível à enfermidade. De acordo com suas idéias e filosofia, o sistema terapêutico do Dr. Bach pode ser resumido da seguinte forma (LAMBERT, 1997): • Tratar o doente e não a doença; • Tratar as causas profundas e, conseqüentemente, os efeitos; • A cura ocorre do interior para o exterior; Na visão holística do Dr. Bach a cura se dá pela restauração da harmonia na percepção e os seus remédios florais seriam usados não só pelos médicos, mas por qualquer pessoa que trabalhe conscientemente pelo seu crescimento e desenvolvimento mental e espiritual (SCHEFFER, 2008). 1.2.2 Preparação Dr. Bach coletava as plantas que descobria com muito cuidado, apanhado-as pelas folhas e caules, evitando tocar nas flores. Depois as colocava em uma terrina de cristal, com água pura de fonte, sob o sol por várias horas. Ele sabia que o floral estava pronto quando a água da terrina se enchia de pequenas bolhas, e as flores tinham murchado. Removia, então, as flores murchas utilizando ramos ou folhas, para não tocar na água e a despejava em um frasco vazio até a metade. O frasco era cheio até a boca com conhaque, para conservar e a esse preparado se dá o nome de Essência-mãe. A este método, que extrai as qualidades das plantas com o calor vindo do alto é dado o nome de Solar (HEALINGHERBS, 2008). No método de Ebulição o calor vem fogo, por debaixo da panela. Um método diferente para problemas diferentes. Nesse processo pequenos ramos com as florações são fervidos por 30 minutos em uma panela esmaltada. Depois de frio é engarrafado e conservado em conhaque (HEALINGHERBS, 2008). Segundo Fernandes (2008) os produtores de essências florais mais respeitados seguem alguns passos, para a preparação de uma essência floral. Ao se depararem com uma nova flor, realizam: • um profundo estudo botânico sobre ela, observando-a em seu habitat e suas relações com o ambiente, das propriedades físicas e energéticas da planta, através de seus ciclos de crescimento. • dedicam-se durante horas a compreenderem as sensações e vibrações advindas daquela flor,usando a sensibilidade, a intuição estando em sintonia com a energia da flor. • organizam dados clarificam as qualidades vibracionais da essência. • produzem e distribuem para alguns terapeutas que irão comprovar as pesquisas feitas. • depois disso, passa a integrar os repertórios divulgados ao público do mundo todo. 1.3 Mecanismo de atuação dos florais Os Florais do Dr. Bach figuram entre os métodos sutis de cura, semelhantes a homeopatia clássica de Samuel Hahnemann, a medicina antroposófica e a medicina herbácea. Não atuam pelo caminho direto, via corpo físico, mas em níveis mais sutis, que influem diretamente no sistema de energia que constitui os seres humanos. De acordo com Gerber (2002) as essências florais parecem afetar a anatomia sutil humana com tanta intensidade por conterem maior quantidade da energia da força vital das plantas que outros remédios vibracionais. As essências florais contém padrões energéticos curativos das plantas e um tipo de tintura líquida da energia de sua força vital. A flor representa a máxima realização da planta e contém a mais alta concentração de sua energia vital, pois a flor é o local onde a maioria das plantas são polinizadas. 1.4 Assinatura Felipe Aurélio Teofrasto Bombasto Von Hohenhein, perpetuado como Paracelso, viveu no século XVI e foi médico, herbalista, astrólogo, alquimista e curador. É o autor da Doutrina das Assinaturas – estudo que relacionava as formas vegetais e as humanas. Ele acreditava que tudo que é criado pela natureza reproduz a imagem da virtude a que lhe é atribuída, assim associava o uso medicinal e nutritivo de uma planta ao seu formato e cor. De acordo com Fernandes (2008) a Doutrina das Assinaturas foi de grande valia para ajudar os homens a encontrar a cura para seus males no meio natural. Hoje ela representa uma forma de conservar e resgatar o conhecimento das comunidades de tradição oral, auxiliando no reconhecimento das plantas cujas propriedades medicinais foram colocadas em evidência freqüentemente quanto a sua forma, cor, gosto ou cheiro. A Doutrina das Assinaturas recebeu reforços, dentre outros, do Dr. Bach que classificou e separou as flores de acordo com (FERNANDES, 2008): • Forma e gesto; • Orientação no espaço e relações geométricas; • Família botânica; • Orientações no tempo: ciclos diários e sazonais; • Relacionamento com o meio ambiente; • Relacionamento com os quatro elementos da natureza; • Relacionamentos com outros reinos da natureza; • Cores; • Fragrância, textura e sabor; • Substâncias e processos químicos; • Uso medicinal; • Lendas, mitos e rituais; • Simbologia dos frutos. 1.6 As essências florais de Minas 1.6.1 Histórico Inspirados pela filosofia e trabalho do Dr. Edward Bach, Breno Marques da Silva – Doutor em Ciências pela USP – e Ednamara Batista Vasconcelos e Marques – Pedagoga e Pesquisadora – desenvolveram o sistema Florais de Minas, cujas essências são extraídas de flores das regiões montanhosas de Minas Gerais. As técnicas utilizadas na preparação das essências são semelhantes as do Dr. Bach, na década de trinta. A instituição Florais de Minas nasceu no ano de 1989 pela necessidade de consolidar e divulgar as pesquisas dos seus mentores. Desde esta época a empresa vem passando por inovações e expansões. As essências Florais de Minas estão estruturadas e classificam-se de acordo com os agrupamentos mentais propostos pelo Dr. Bach, assim existem essências para o medo, a incerteza, o desalento, a solidão, entre outras. As descrições de cada essência são personalizadas e, como na homeopatia clássica, procura tratar o indivíduo e não os sintomas físicos (SILVA, 2007). Assim como os Florais do Dr. Bach, os Florais de Minas não substituem as indicações médicas, pois não são medicamentos. Segundo Silva (2007) a base da terapia floral de Minas está no reino vegetal que segue sua trilha evolutiva em total entrega e harmonia. Impregnada deste equilíbrio, as essências florais são como uma bebida especial, cuidadosamente elaborada dentro dos princípios metodológicos e filosóficos do Dr. Bach, que objetiva trazer clareza mental, equilíbrio emocional e paz de espírito. 1.7 Fundamentação da Floralterapia 1.7.1 As essências florais e a física quântica A fundamentação da Floralterapia está baseada no paradigma da física quântica, que demonstrou que tudo, matéria e éter, tem o próprio campo magnético e a própria freqüência de vibrações harmônicas. Com esta descoberta, os seres humanos passam a ser vistos como campos de energia que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. Dentro desta abordagem, mais recentemente, David Chalmers, matemático e filósofo, transpõe a dualidade matéria e energia para a tríade matéria,energia e consciência como configuração da realidade do mundo. Chalmers considera estes três elementos inseparáveis e interdependentes combinando-se em infinitas probabilidades e alternâncias determinando a estrutura do todo. A consciência, então, se expressa através de campos que envolvem e interpenetram as manifestações da matéria e da energia. Esses campos conscienciais se relacionam através de ressonância e se movem por intenção (CERVINI, 2008). A ressonância é o mecanismo através do qual os campos se relacionam, segundo a teoria dos Campos Mórficos, de Rupert Sheldrake – semelhante influencia semelhante através do espaço/tempo. “Nesta comunicação entre dois campos específicos, há inicialmente apenas uma transferência de informação e não de energia” (GRILLO, 2009, p. 07). 1.8 Regulamentação da Floralterapia segundo a ANVISA Conforme publicação da ANVISA em Instrução Normativa de 17 de Agosto de 2009, que cita os florais no §2º do item IV do Artigo 4º (Anexo A). 1.9 Regulamentação da Floralterapia nos hospitais do Rio de Janeiro Conforme projeto de lei sancionado em junho de 2009, que cria um programa de terapia floral nos hospitais do Estado do Rio de Janeiro (Anexo B). 2 Conceitos sobre TDAH (ADD) 2.1 O que é TDAH (ADD) O Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), ou ADD (Attention Deficit Disorder) é um distúrbio neurobiológico crônico e biopsicossocial, ou seja, parece haver fortes fatores genéticos, biológicos, sociais e vivenciais que contribuem para a intensidade de problemas relacionados com a falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola. Foi comprovado que o TDAH atinge 3% a 6% da população durante toda a vida e até hoje é muito desconhecido, inclusive por muitos profissionais da saúde, que tratam apenas de suas conseqüências (GOLDSTEIN, 2006). Trata-se de uma disfunção originária de um distúrbio dos neurotransmissores, responsáveis pelo transporte dos impulsos nervosos nos neurônios, em que a dopamina, ao nível do pré-frontal, deixa de irrigar o sistema gerando na criança, um déficit de atenção e/ ou hiperatividade. De acordo com Silva (2003, p.16) o Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) é uma síndrome caracterizada por um distúrbio comportamental/atitudinal típico que muitas vezes pode vir acompanhado da tríade desatenção, hiperatividade e impulsividade, podendo ou não apresentar hiperatividade física, mas, jamais deixará de apresentar forte tendência à dispersão. A falta do diagnóstico e tratamento correto gera grandes prejuízos ao longo da vida da criança afetando seu futuro profissional, social, pessoal e afetivo. Sem tratamento, outros distúrbios vão se associando (comorbidades), a auto-estima fica cada vez mais comprometida, e a pessoa vai se isolando do mundo, sentindo-se muitas vezes um "estranho fora do ninho" (PARTEL, 2009). Diagnóstico precoce e tratamento adequado podem reduzir drasticamente os conflitos familiares, escolares, comportamentais e psicológicos vividos por essas pessoas. Acredita-se que, através de diagnóstico e tratamento corretos, um grande número dos problemas, como repetência escolar e abandono dos estudos, depressão, distúrbios de comportamento, problemas vocacionais e de relacionamento, bem como abuso de drogas, pode ser adequadamente tratado ou, até mesmo, evitado. 2.1.1 Histórico Este capítulo foi extraído da seguinte bibliografia: Diabinhos: Tudo sobre o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (ADD) – Fernando Lage Bastos (1999). Trabalhos científicos sobre comportamentos de agitação e falta de atenção foram feitos desde o começo do século XX, como um trabalho feito pelo médico George Frederic Still em 1902. Still descreveu um grupo de 20 crianças que se comportavam de maneira excessivamente emocional, desafiadora, passional e agressiva e que mostravam resistentes à qualquer tipo de ação com o objetivo de tornar o comportamento delas mais aceitável. O grupo tinha uma proporção de 3 meninos para cada menina e era composto de crianças que não tinham indícios de maus tratos pelos pais. Still especulou que devido à ausência de maus tratos, os problemas destas crianças deveriam ser de origem biológica. A hipótese ganhou mais força ainda quando Still notou que alguns membros das famílias das crianças eram portadoras de problemas psiquiátricos como depressão, alcoolismo, problemas de conduta, etc. (HALLOWELL et al.,1994- p.271). O simples fato que Still propôs uma base biológica para o problema, embora a evidência definitiva ainda demorou mais algumas décadas para chegar, já foi um grande passo. Antes disso, as crianças e os pais eram considerados responsáveis pela "falha moral" e o tratamento era freqüentemente feito através do uso de castigos e punições físicas. Os manuais de pediatria da época eram repletos de explicações de como bater em crianças e afirmavam necessidade deste tipo de tratamento. As observações e deduções de Still influenciaram o "pai" da psicologia Norte-Americana, Willian James que especulou que estes distúrbios de comportamento seriam devido à problemas na função inibitória do cérebro em relação à estímulos ou à algum problema no córtex cerebral onde o intelecto acabava se dissociando da "vontade" ou conduta social. Em 1934, Eugene Kahn e Louis H. Cohen publicaram um artigo no famoso "The New England Journal of Medicine" afirmando que havia uma base biológica para a hiperatividade baseado em um estudo feito com pacientes vítimas da epidemia de encefalite de 1917-1918. Os autores deste artigo foram os primeiros à mostrar uma relação entre uma doença e os sintomas da ADD (falta de atenção, impulsividade e hiperatividade). Em 1937, Charles Bradley mostrou mais uma linha de relação da ADD com o biológico através da descoberta acidental de que alguns estimulantes, as anfetaminas ajudavam crianças hiperativas a se concentrar melhor. Esta descoberta foi contrária à lógica tradicional, pois os estimulantes em adultos produziam um aumento de atividade no sistema nervoso central enquanto o inverso acontecia em crianças com ADD. O porquê deste fenômeno ainda iria ficar mais algumas décadas sem resposta. Em pouco tempo as pessoas com este problema receberam uma nova e obscura descrição: "Disfunção Cerebral Mínima" e começavam a serem tratadas com dois estimulantes que tinham se demonstrado muito eficazes no tratamento do problema (Ritalina e Cyclert). Em 1957, Maurice Laufer tentou associar os problemas da "síndrome hipercinética" com o tálamo, estrutura cerebral responsável pela filtragem de sinais somáticos provenientes do resto do corpo. Embora esta hipótese não pudesse ser provada, era o começo da ligação entre a ADD e alguma estrutura cerebral. Nos anos 60 as observações clínicas se tornaram mais apuradas e ficou cada vez mais aparente que a síndrome tinha alguma origem biológica e talvez até genética, absolvendo os pais da culpa pelo problema definitivamente na comunidade científica. A população em geral continuou culpando os pais, como ainda acontece até hoje em populações menos informadas. No final dos anos 60 muito já era sabido sobre ADD, mas a falta de novas evidências ligando a síndrome às bases biológicas começou a criar discussões sobre a existência da síndrome. Muitos acreditavam que o transtorno eram uma tentativa de livrar os pais de culpa por seus filhos mimados e mal comportados. Depois deste período de incerteza novas descobertas começaram a serem feitas ligando os problemas associados com a ADD com certos tipos de neurotransmissores. Em 1970, C. KORNETSKY propôs a hipótese de que a ADD poderia estar ligada à problemas com certos neurotransmissores como a Dopamina e a Norepinefrina. Embora a hipótese seja coerente, as pesquisas realizadas desde então na tentativa de comprovar o efeito destes neurotransmissores na ADD ainda não obtiveram sucesso. Embora não se saiba qual é o neurotransmissor específico ligado à ADD, muitos pesquisadores acreditam que o ADD é um problema de desequilíbrio químico no cérebro e estudos recentes somados à aparente melhora obtida através da psicofarmacologia parecem confirmar esta hipótese. Na década de 1980, vários autores como MATTES E GUALTIERI e CHELUNE (apud HALLOWELL ET. al.) especularam sobre o envolvimento dos lobos frontais no ADD devido à semelhança de sintomas apresentados por pacientes de ADD e aqueles que sofreram danos ao lobos frontais devido a acidentes ou outros problemas. Em 1984, LOU et. al. (apud HALLOWELL ET al.) acharam evidências de uma deficiência de circulação sangüínea no lobos frontais e no hemisfério esquerdo de pessoas portadoras de ADD. Todos estes achados forma confirmados em 1990 por ZAMETKIN (apud HALLOWELL ET al.) graças ao desenvolvimento de novas tecnologias como o PET (Tomografia por Emissão de Pósitrons), que mostravam o funcionamento do cérebro in vivo. Através de exame de PET comparativo entre pessoas diagnosticadas com ADD e controles, ZAMETKIN notou que os cérebros de pessoas com ADD tinham um consumo de energia cerca de 8% menor do que o normal e, que as áreas mais afetadas eram os lobos pré-frontais e pré-motores. Estes são responsáveis pela regulação e controle do comportamento, dos impulsos e dos atos baseado nas informações recebidas de áreas mais primitivas do cérebro como o tálamo e sistema límbico. Conforme estas novas evidências começaram a surgir e ficou claro que a ADD estava realmente associada à alterações do metabolismo cerebral, acabou-se definitivamente com a dúvida sobre a real existência da síndrome e sua ligação biológica. 2.1.2 Comportamento Algumas crianças com TDAH (DDA) são difíceis de serem cuidadas antes mesmo dos 3 anos de idade por serem muito ativas, irritáveis, temperamentais, autoritárias, podendo ainda ter distúrbio de sono e/ou alimentar. A maioria das crianças só são avaliadas e diagnosticadas após o ingresso no período escolar ao apresentar prejuízo no aprendizado e/ou nos relacionamentos com colegas, professores ou pais. Isso porque os 3 sintomas mais marcantes do TDAH (DDA) – a distração, a impulsividade e a grande atividade, num grau mais leve, são comuns nas crianças em geral, daí muitas ficarem sem diagnóstico. Além de distraída, a criança ou adolescente com TDAH tem enorme dificuldade em sustentar a atenção durante muito tempo numa mesma tarefa, sem interrompê-la por inúmeras vezes. Porém quando motivados ou desafiados por situações inovadoras (televisão, vídeo-game, salas de bate-papo, etc.), eles têm um poder de hiperconcentração, nem se dando conta do que acontece à sua volta. Os hiperativo-impulsivos são incapazes de planejar, selecionar com antecedência, para depois executar algo. Eles não conseguem controlar, inibir seus impulsos: dificilmente ficam quietos num lugar por muito tempo, podem ser muito falantes, falar sem pensar, interromper a fala dos outros, jogos, responder as questões antes de serem totalmente formuladas, comer muito, comprar muito, etc. “São crianças que costumam receber designações pejorativas como: bicho-carpinteiro, elétricas, desengonçadas, pestinhas, diabinhos, desajeitadas” (SILVA, 2009, pg. 11). Essa falta de autocontrole pode ser o terror de muitos pais e/ou professores, que sentem-se incapazes de colocar limites caso não conheçam o transtorno e como lidar com ele. Geralmente são desorganizados com seu material escolar, sua mochila, sua mesa, gavetas e principalmente com o planejamento de suas tarefas, estudos, empurrando-os sempre para a última hora. Problemas de memória são freqüentes: esquecem nomes, datas de trabalhos, provas, perdem ou esquecem objetos com facilidade. Também têm muita dificuldade em notar, interpretar dicas e regras sociais: sempre querem fazer tudo "do seu jeito, no seu tempo". Isso explica muitas vezes a dificuldade de viver adequadamente em sociedade, seus desencontros nos relacionamentos sociais e pessoais (PARTEL, 2009). A criança ou adolescente com TDAH (DDA) não sabe lidar com fracasso, frustração. Estão sempre ansiosos, sentem-se incompreendidos e irritam-se com facilidade. O transtorno gera uma real incapacidade na criança ou no adolescente de controlar sua própria vontade ou comportamento, relacionando-os com a passagem do tempo: muitos são incapazes de ter em mente futuros objetivos e/ou medir as conseqüências negativas de seus atos impulsivos a longo prazo. Segundo Mattos (2008), é mais comum que os portadores do TDAH tenham problemas de comportamento do que de notas. Eles cometem muitos erros por desatenção e não estudam o suficiente porque não conseguem ficar com um livro muito tempo, o que pode ocasionar repetências. O desempenho pode ser abaixo do esperado em relação aos seus pares e ao seu potencial, mas o TDAH ocorre em qualquer faixa de inteligência. De acordo com Partel (2009) crianças ou adolescentes com TDAH (DDA) sentem-se muito melhor quando após serem diagnosticadas, fazem um tratamento focado, onde os seus problemas e dificuldades são trabalhados e suas qualidades são realçadas e alimentadas, visando sempre a melhoria de sua auto-estima e o respeito aos seus limites. 2.1.3 Etiologia O fator hereditário é o mais importante. Múltiplos genes estariam envolvidos, o que justificaria a heterogeneidade do quadro clínico. Já foi sugerido que toxinas, problemas no desenvolvimento, alimentação, ferimentos ou malformação, problemas familiares e hereditariedade seriam as possíveis causas para o surgimento do TDAH. Mas pesquisas mostram diferenças significativas na estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com TDAH, particularmente nas áreas do hemisfério direito do cérebro, no córtex pré-frontal, gânglios da base, corpo caloso e cerebelo. Esses estudos estruturais e metabólicos, somados a estudos genéticos e sobre a família, bem como a pesquisas sobre reação a drogas, demonstram claramente que o TDAH é um transtorno neurobiológico. Apesar da intensidade dos problemas experimentados pelos portadores do TDAH variar de acordo com suas experiências de vida, está claro que a genética é o fator básico na determinação do aparecimento dos sintomas do TDAH. 2.1.5 Os quatro tipos de TDAH Para caracterizar os quatro tipos de TDAH, segue abaixo um poema cômico inglês: A História de Philip das mãozinhas sem paz “Deixem-me ver se Philip é capaz De ser bom rapaz Deixem-me ver se ele vai saber Sentar-se quieto na hora de comer”. Assim papai mandou Phil se comportar; E muito séria mamãe parecia estar Mas Phil das mãozinhas sem paz, Não fica sentado quieto jamais Remexe-se, o corpo, as mãozinhas E também dá risadinhas E então, posso declarar Para frente e para trás põe-se a balançar, Inclinando sua cadeira, Como se fosse um cavalinho de madeira “Philip, não estou de brincadeira!” Vejam como é levada, e não se cansa Cada vez mais selvagem essa criança Até que a cadeira cai de vez no chão Philip grita com toda a força do pulmão, Segura-se na toalha, mas agora Agora mesmo é que a coisa piora. Cai tudo no chão, e como cai Copos, garfos , facas e tudo mais Que caretas e choramingos mamãe fez Ao ver tudo aquilo cair de uma vez! E papai fez cara de tão feroz! Philip se encontra em maus lençóis... (poema cômico publicado no jornal inglês Lancet, em 1904, apud Hallowel e Ratey, 1999) Segundo Goldstein (2006), as características do TDAH aparecem logo na primeira infância e é caracterizada por comportamentos crônicos, com duração de no mínimo 6 meses, que se instalam definitivamente antes dos 7 anos. Atualmente, 4 subtipos de TDAH foram classificados: 1. TDAH - tipo desatento - a pessoa apresenta, pelo menos, seis das seguintes características: • Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado. • Dificuldade em manter a atenção. • Parece não ouvir. • Dificuldade em seguir instruções. • Dificuldade na organização. • Evita/não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado. • Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade. • Distrai-se com facilidade. • Esquecimento nas atividades diárias. 2. TDAH - tipo hiperativo/impulsivo - é definido se a pessoa apresenta seis das seguintes características: • Inquietação, mexendo as mãos e os pés ou se remexendo na cadeira. • Dificuldade em permanecer sentada. • Corre sem destino ou sobe nas coisas excessivamente (em adultos, há um sentimento subjetivo de inquietação). • Dificuldade em engajar-se numa atividade silenciosamente. • Fala excessivamente. • Responde a perguntas antes delas serem formuladas. • Age como se fosse movida a motor. • Dificuldade em esperar sua vez. • Interrompe e se intromete. 3. TDAH - tipo combinado - é caracterizado pela pessoa que apresenta os dois conjuntos de critérios dos tipos desatento e hiperativo/impulsivo. 4. TDAH - tipo não específico - a pessoa apresenta algumas características, mas número insuficiente de sintomas para chegar a um diagnóstico completo. Esses sintomas, no entanto, desequilibram a vida diária. Na idade escolar, crianças com TDAH apresentam uma maior probabilidade de repetência, evasão escolar, baixo rendimento acadêmico e dificuldades emocionais e de relacionamento social. Supõe-se que os sintomas do TDAH sejam catalisadores, tornando as crianças vulneráveis ao fracasso nas duas áreas mais importantes para um bom desenvolvimento - a escola e o relacionamento com os colegas. O TDAH é com freqüência apresentado, erroneamente, como um tipo específico de problema de aprendizagem. Ao contrário, é um distúrbio de realização. Sabe-se que as crianças com TDAH são capazes de aprender, mas têm dificuldade em se sair bem na escola devido ao impacto que os sintomas do TDAH têm sobre uma boa atuação. Por outro lado, 20% a 30% das crianças com TDAH também apresentam um problema de aprendizagem, o que complica ainda mais a identificação correta e o tratamento adequado. Pessoas que apresentaram sintomas de TDAH na infância demonstraram uma probabilidade maior de desenvolver problemas relacionados com comportamento opositivo desafiador, delinqüência, transtorno de conduta, depressão e ansiedade. Relatos sobre adultos com TDAH mostram que eles enfrentam problemas sérios de comportamento anti-social, desempenho educacional e profissional pouco satisfatórios, depressão, ansiedade e abuso de substâncias. Infelizmente, muitos adultos de hoje não foram diagnosticados como crianças com TDAH. Cresceram lutando com uma deficiência que, freqüentemente, passou sem diagnóstico, foi mal diagnosticada ou, então, incorretamente tratada (GOLDSTEIN, 2006). 2.1.5 Diagnóstico A esperança começa com o diagnóstico. Mais do que acontece com a maioria dos distúrbios, o simples fato de diagnosticar um poderoso efeito terapêutico. Os muros de anos de incompreensão começam a desabar sob a força de uma explanação lúcida da causa dos problemas do indivíduo. Enquanto no caso de outras condições médicas, o diagnóstico determina a direção do tratamento, no caso do DDA o diagnóstico é em grande parte, o tratamento, pois proporciona por si só um grande alívio (...). Tudo o mais no tratamento evolui de forma lógica a partir do entendimento do diagnóstico. (HALLOWELL; RATEY, 1999 apud Araújo 2007, p. 20). O diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade pede uma avaliação ampla e deve ser realizado pelo médico, em especial o psiquiatra, por meio de: • História clínica, • Testes e avaliações, como o questionários ASRS-18 e SNAP-IV. • Exames complementares, tais como exames de sangue, avaliação da visão e audição, exames neurológicos e de imagens para descartar diagnósticos diferenciais. 2.1.6 Tratamento A recomendação para o tratamento do TDAH é a associação de medicamentos, orientação aos pais e professores e técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A medicação é considerada muito importante no tratamento, pois em 80% dos casos ajuda a pessoa a concentrar-se, a terminar suas tarefas sem interrupções, reduz a impulsividade e a agitação. Os medicamentos mais comumente utilizados no Brasil são: Tabela 1 Princípios Ativos Cloridrato de bupropiona Nome Comum Wellbutrin; Zyban Grupo Farmacológico Inibidor seletivo da captação neuronal de catecolaminas (ADT) Cloridrato de clonidina Clonidina; Atesina Agonistaantagonista; Alfa-adrenérgico (ADT) Pamoato de imipramina; Cloridrato de imipramina Tofranil pamoato; Tofranil Cloridrato de metilfenidato; Metlfenidato Ritalina; Rispiridona Inibidor da recaptação de noradrenalina e serotonina, (MAO) Inibição da captação dopaminérgica, (MAO) Cloridrato de nortriptilina Pamelor Inibição da recaptação de serotonina, (ADT) Indicação Reações adversas Síndrome depressiva; tratamento de supressão do tabaco em pacientes fumantes Tratamento de hipertensão; Tratamento da “síndrome de abstinência de opiáceos” Síndrome do pânico, depressiva; doença maníacodepressiva; ansiedade Estimulante do SNC; Tratamento de déficit de atenção; narcolepsia. Agitação; boca seca; cefaléias; tremores; anorexia; urticária Síndrome depressiva; neurose reativa; síndrome do climatério Depressão mental; enjôo; sonolência; constipação Visão turva; sonolência; tontura; crises convulsivas; aumento de peso; rigidez muscular Taquicardia; hipertensão arterial; febre; coceiras; movimentos descontrolados do corpo Sonolência; constipação; insônia; mal estar; dor de cabeça Fonte: Bulário da Anvisa, 2009. Segundo Mattos (2008) a psicoterapia,o tratamento com fonoaudiólogo e, quando necessário, o treino em técnicas de reabilitação da atenção também produzem bons resultados. 3 A Floralterapia como terapêutica para o TDAH Por ser um sistema terapêutico simples, acessível e universal, pois é livre de sistemas de crenças e ideologias, a terapia floral pode se tornar uma forma de tratamento complementar, já que não exclui o tratamento médico convencional. Os florais atuam nas emoções e pensamentos, corrigindo conflitos psicológicos e desequilíbrios comportamentais de forma análoga a homeopatia – “semelhante cura semelhante” podendo, portanto, representar uma opção para minimizar o distúrbio comportamental provocado pelo TDAH. Além de ser uma terapia recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), não possui contra-indicação, nem efeitos colaterais. 3.1 As essências florais indicadas O trabalho se desenvolveu com uma essência floral do sistema Bach – Clematis – e dois compostos florais do sistema Florais de Minas – Fórmula de Aprendizado e Fórmula Ecológica. 3.1.1 Clematis (Clematis vitalba) Clematis faz parte dos doze primeiros florais descobertos pelo Dr. Bach, que são conhecidos como florais de tipo, ou seja, relacionados ao temperamento básico de cada indivíduo. A maioria das pessoas se encaixa a um destes doze primeiros florais, também chamados de Curadores. Figura 1 – Flor da Essência Floral - Clematis Fonte: Bernd Liebermann Nome científico: Clematis vitalba Família: Ranunculaceae Sinonímia: cipó do reino, vide branca, vitalba, clematite, clematite-branca Clematis se encarapita sobre as outras plantas, crescendo em solo calcáreo. Suas sementes parecem penas esperando que sejam sopradas para começar de novo em algum outro lugar, longe do solo firme, escalando em direção ao céu. Clematis cresce em cima de outras plantas, buscando outros para suportála. As flores branco marfim, sem forma claramente definida, lembram uma nuvem macia e pálida. Quando todas as folhas e flores morrem, se vê a massa emaranhada de seus caules mortos que se espalharam sobre as plantas e árvores, nas quais subiu durante a época de crescimento. Clematis é para aqueles que são sonhadores, meio sonolentos, que não estão totalmente acordados, e não têm grande interesse pela vida. Pessoas caladas, pouco satisfeitas com as circunstâncias atuais, vivendo mais no futuro que no presente (HEALINGHERBS, 2008). Para aqueles que parecem um tanto confusos, desorientados, desatentos, distraídos. Perdidos nos seus pensamentos podem apresentar memória fraca, pois desinteressados não se esforçam para prestar a devida atenção (SCHEFFER, 2008). O floral ajuda as pessoas Clematis a ter foco, ancoramento e enfrentar a vida com criatividade e alegria de viver 3.1.2 Fórmula de aprendizado Formulação útil nas dificuldades gerais de aprendizado (concentração, percepção, assimilação, síntese, desempenho, performance, memorização) e também quando há necessidade de um certo amadurecimento psicológico. Pode ser usada nos casos de crianças desatentas na escola ou em crianças especiais. Para aqueles que sentem necessidade, em algum momento da vida, de extrair o máximo de proveito das lições pertinentes às suas experiências mais significativas, pois sentem que estão sempre repetindo erros. Esta fórmula é composta pelas essências de: Salvia, Margarites, Lavandula, Rosmarinus, Taraxacum, Piperita, Tabebuia, Lantana e Sonchus. É uma das mais utilizadas, tanto para o aprendizado da vida quanto para a aprendizagem escolar, pois é ótimo para questões como: atenção, amadurecimento, síntese, globalização e convivência mútua. Figura 2 – Flor de Salvia componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: Photographers direct.com Nome científico: Salvia officinalis L. Família: Labiadas Sinonímia: Sálvia-de-jardim, Salva, Salva-das-boticas, Salva-dos-jardins, Salva-ordinária, Chá-da-grécia, Sauge (francês), Sage (inglês), Salvia (italiano), Gartensalbei (alemão), Salvia (espanhol). Erva de origem mediterrânea, porém bastante cultivada nos quintais do Brasil. Forma moitas muito densas, lenhosas na base e com ramos que se renovam todos os anos. Atinge no máximo uns sessenta centímetros de altura. As folhas são opostas e de formatos diversas, às vezes lanceoladas ou elípticas e lanceoladas, levemente crenadas, espessas ou reticuladas. Possui flores azuis com matizes violáceos, agrupadas em espigas, nas extremidades das hastes, com cheiro forte aromático. A sálvia foi e é considerada a maior panacéia médica vegetal de todos os tempos. É indicada para debilidade geral de origem nervosa, problemas estomacais, hemorragias, tosse crônica, edemas, laringites, entre outros. O nome sálvia está conectado com salbia, indicativo de sabedoria; em inglês sage, que literalmente significa sábia e no latim salvius que quer dizer salvo, são curado. Há, portanto uma estreita conexão entre cura e sabedoria na raiz etimológica do nome desta planta (SILVA, 1997). Para aqueles que têm muita dificuldade em, "digerir" as experiências da vida, repetem com freqüência os mesmos erros e, as vezes, colocam-se em situações difíceis por não perceberem os sinais a sua volta; são indivíduos apressados, impacientes, desatentos, não interessados em se deterem em minúcias, pois querem apenas cumprir suas obrigações até o final do dia. Figura 3 – Flor de Margarites componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: Vicent Martinez C. Nome científico: Chrysanthemum maximum Família: Compostas Sinonímia: Margarida-comum, Margarida-de-jardim É uma das plantas mais populares dos jardins. Herbácea, da família das Compostas, tem caules retos, folhas verde-escuras, moles e serrilhadas nos bordos. Os capítulos florais se apresentam na forma de um disco central, onde ficam alojadas as verdadeiras flores amarelas e tubulares, e envolvendo o disco aparecem as lingüetas brancas (as pétalas). No tapete central amarelo e redondo, todas as flores são hermafroditas, apresentando ora um sexo, ora outro. O nome Margarida vem do grego margarites, que quer dizer pérola ou alguma coisa preciosa. As pérolas ou margaridas do mar são concreções e materializações de potências astrais na água, são como olhos das deusas marinhas. As pérolas e as margaridas favorecem e desenvolvem a visão etérica, a intuição e a vidência. Além disso, da mesma forma que a Margarida, as pérolas adequadamente solubilizadas e diluídas são preconizadas contra as oftalmias. No Oriente, depois da Flor de Lótus, a Margarida se faz presente nas iconografias dos santos e iogues, representando o conhecimento mandálico, globalizado e intuitivo. Numa acepção mais ampla do termo, Margarida quer dizer algo que contém um conjunto grande de dados ou informações, que podem ser concatenados para os fins mais diversos, dependendo do enfoque que alguma inteligência superior lhes resolve dar...Cada pétala branca da Margarida sugere um ponto de vista puro, uma idéia latente, um dado, uma informação que, com o calor e o fogo do tapete central, a voz da mente e do coração, a intuição, podem servir para o propósito maior do espírito universal (SILVA, 1994, pg. 121). Para indivíduos com uma visão fragmentária da vida e que não conseguem correlacionar os eventos, devido à ilusão que as aparências externas lhes causam. Essa essência permite englobar muitas informações num todo integrado, ajudando a galgar novos estágios de consciência. Harmoniza as funções glandulares, regulando e integrando seu funcionamento. Contribui também para a dinamização plena do fluxo energético entre os lóbulos cerebrais direito e esquerdo, intuitivo e racional. Ótimo para disléxicos e, recomendável para pessoas especiais ou com dificuldades de aprendizado. Figura 4 – Flor de Lavandula componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: Henriette Kress Nome científico: Lavandula officinalis Família: Labiatae Sinonímia popular: Lavanda, alfazema, lavândula, nardo, espicanardo Subarbusto perene, de 30 a 60 cm de altura, muito ramificado. Folhas opostas, pontudas, estreitas, verde acinzentadas, com 2 a 5 cm de comprimento. Flores em espigas têm vários tons, que vão do malva até o violeta, e se comprimem em volta de uma única haste. O caule é quadrado e se torna lenhoso. Cresce bem em solos arenosos e calcários. Prefere locais ensolarados e bem drenados, protegidos do vento. Cresce principalmente nas regiões quentes do Mediterrâneo, encontrada aclimatada e nativa em diferentes pontos do globo. Desde há muito conhecida e utilizada pela Humanidade. Batizada de nardus pelos gregos, assim batizada por causa de Naarda, cidade síria à beira do rio Eufrates. A tranqüilidade e a pureza são inerentes à fragrância de lavanda. Perfume fresco e limpo era o aditivo de banho preferido dos gregos e romanos, e o nome deriva do latim lavare (lavar). Conta-se que a peste não chegava aos fabricantes de luva de Grasse, pois eles usavam a alfazema para perfumar o couro. Isso fez com que as pessoas na época andassem sempre com alfazema. Durante as duas Grandes Guerras, a alfazema foi utilizada para limpar os ferimentos; seu óleo vem sendo testado em bandagens cirúrgicas. Na África as flores e folhas são usadas contra maus-tratos maritais. Significa universalmente pureza, castidade, longevidade, felicidade. Dormir sobre ramos de lavanda abranda a depressão. Para aquelas pessoas talentosas, capazes e com suficiente força de vontade, que estão sempre perseguindo seus objetivos, porém nunca conseguem finalizar seus projetos. São pessoas que mentalmente ocultam seu próprio potencial criativo, procurando através de comparações, colocarem-se negativamente abaixo dos outros. Coadjuvante nas dificuldades de aprendizado em geral e no desenvolvimento e integração de pessoas especiais. Figura 5 – Flor de Rosmarinus componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: www.rz.uni-karlsruhe.de Nome Científico: Rosmarinus officinalis, Família: Lamiaceae Sinonímia: alecrim-da-horta, alecrim, alecrim-de-jardim, alecrim-de-cheiro, alecrim-rosmarino, alecrim-rosmarinho, libanotis, alecrim-rosmarino, alecrinzeiro, erva-da-graça, rosmarino. O alecrim é uma espécie arbustiva, muito ramificada, que pode alcançar 1,5 metros de altura. Seu nome científico Rosmarinus significa em latim "orvalho que vem do mar", essa denominação foi dada pelos romanos devido ao aroma da planta, que vegetava espontaneamente em regiões litorâneas. As hastes do alecrim são lenhosas e as folhas são filiformes, pequenas e sempre verdes na parte superior e esbranquiçadas no verso, com pêlos finos e curtos. As flores são axilares e podem ser azuis, brancas, roxas ou róseas. Floresce durante o ano todo. São muitas as variedades de alecrim, com portes maiores ou menores e cores diferentes de folhas e flores. Desde tempos imemoriais, o alecrim tem sido objeto de muitas lendas. Os gregos o denominavam “flor por excelência” e dela se serviam para cobrir suas cabeças em festas místicas. Nos casamentos era símbolo de fidelidade e enfeitava a grinalda da noiva, Era usado como oráculo e embebido no vinho, era servido como forma de assegurar plena felicidade. Foi consagrada como emblema da fecundidade e já teve uso nos rituais fúnebres. Acreditava-se que o alecrim era eficiente contra os venenos, contra a gota, que fazia crescer cabelo, curava vertigens, ansiedade e pesadelos. Os benzedeiros místicos o utilizam em defumações, nos exorcismos e em preces de proteção aos doentes. É também considerada uma panacéia da medicina popular (SILVA, 1997). Para pessoas que vivem quase constantemente afastadas da realidade perceptiva, envoltas em um mundo próprio de fantasias e sonhos. Apresentam-se com olhares perdidos, ares de indiferença e parecem estar ausentes psiquicamente, apesar da presença física. Caracterizam-se ainda por serem passivas, desatentas, distraídas, imaginativas, sonolentas, esquecidas e insensíveis às estimulações externas. Têm a memória fraca, e os detalhes são lembrados com muita dificuldade. Figura 6 – Flor de Taraxacum componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: Colin Bower Nome científico: Taraxacum officinalis Família: Compostas Sinonímia: Dente de leão, taraxaco, chicória amarga, almeirão, serralha (port.), dandelion (ingl.), piss em lit (frança), soffione (Itália). Planta pequena, de até 35 cm, caracterizada por apresentar rizoma cônico, curto e ramificado, de sabor agridoce. Folhas de sabor amargo, denteadas, que formam uma roseta basal de onde partem os talos floríferos, coroados por um capítulo amarelo. Cresce em solos úmidos e ricos em nitrogênio, em altitudes de até 2000metros e é considerada uma planta invasora. Segundo Silva (1997) sua denominação vem das formas de suas folhas, recortadas em forma de dentes agudos e curvos. A essência da flor ajuda com certos “dentes sutis”, a digerir melhor as idéias e sentimentos e a interagir com as experiências da vida. O termo latino Taraxacum vem do grego taraxis, que significa catarata, uma doença dos olhos caracterizada pela opacidade do cristalino. Os gregos já utilizavam esta planta para aquelas personalidades que tem uma visão grosseira e desfocada da vida. A mitologia dizia que as folhas do dente de leão deveriam ser mastigadas por aqueles que cruzassem o rio Stix, que separaria o inferno da terra. As flores do dente de leão se abrem às cinco da manhã e se fecham no final da tarde, sendo por isso chamada pelos suíços de relógio de pastor. Existe ainda a crença de que quando suas sementes saem voando na ausência de vento, seria um indicativo de chuva eminente. Para aqueles que têm também dificuldades de expressão oral, de encadeamento de raciocínios longos, e ainda podem ser propensas a um certo vocabulário grosseiro e poluído, reflexo de um modo impuro de pensar. Esta essência “alarga” os conceitos mais amplos de vontade e de aprendizado espirituais. Figura 7 – Flor de Piperita componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: Nancy J. Ondra Nome científico: Mentha piperita L. Família: Lameáceas Sinonímia: hortelã-pimenta, hortelã, hortelã das cozinha, menta inglesa, hortelã de cheiro, hortelã de folha miúda, hortelã de tempero, hortelã comum, hortelã cultivada, hortelã da horta, menthe anglaise, menthe oivrée, menta piperita, peppermint. Mentha piperita é uma espécie híbrida, resultante do cruzamento espontâneo entre duas outras espécies de menta, a hortelã-verde, Mentha viridis (L.) e a hortelã aquática, M. aquática L., que cresce entre os 30 e os 60 centímetros. Esta variedade possui uma rede extensa de rizomas subterrâneos que originam numerosos caules, com folhas lanceoladas, opostas e dentadas, pilosas na face interna, e flores lilases dispostas em espigas terminais. A planta cresce preferencialmente em solos fofos, úmidos, bem drenados, ricos e de preferência arenosos, em locais com alguma iluminação. O nome da erva está relacionado com a mitologia grega. Reza a lenda que uma ninfa chamada Menthe, filha do deus do rio, Cocyte, seria amada por Plutão, deus do inferno, e que a mulher deste, Perséfone, num acesso de ira transformou Menthe numa planta rasteira, cujo destino era crescer na entrada de cavernas rochosas. Assim, o nome botânico da hortelã provém de Menthe, claramente um atributo à ninfa, e uma alusão ao local de crescimento da planta. De acordo com Silva (1997) antigamente o dízimo era pago com menta, anis e cominho. Em Atenas as pessoas a usavam amplamente, esfregando-a nos braços, talvez pelos seus efeitos desodorizantes e sensibilizantes. Na Idade Média era utilizada como antídoto do cheiro do tabaco, vegetal esse tão ligado à supersensibilidade física e sensorial. O óleo de hortelã é usado em rituais para clarear as idéias e acalmar os nervos e ao mesmo tempo para atrair as coisas boas da vida. Para o indivíduo física e mentalmente lento. A pessoa pensa, fala e move-se devagar e também reage muito vagarosamente frente às excitações externas. A pessoa está sempre chegando atrasada aos compromissos, demora em terminar todas as suas atividades e acaba sofrendo isoladamente dos outros, que geralmente perdem a paciência com ela. Têm um raciocínio lento; a mente e os sentimentos estão sempre desfocados da situação. Há aqui perdas de concentração, não por devaneios, mas por atraso. Figura 8 – Flor de Tabebuia componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: http://www.jardimdeflores.com.br/floresefolhas Nome científico: Tabebuia chrysotricha Família: Bignoniaceae Sinonímia: pau-d’arco-amarelo, ipê-do-morro, ipê-tabaco, ipê-amarelocascudo, ipê-açu, aipe. O nome científico Tabebuia, de origem tupi-guarani, significa pau ou madeira que flutua. É denominada, pelos índios, de caxeta, árvore que nasce na zona litorânea do Brasil, cuja madeira íntegra (inatacável) resiste ao apodrecimento. O nome ipê, de origem Tupi, significa árvore de casca grossa. Devido à exuberância do florescimento dos ipês, dezenas de poesias, contos e sonetos foram produzidos por escritores e poetas. Citado na obra Macunaíma de Mário de Andrade e em obra de Castro Alves, o ipê é consagrado como símbolo de força e resistência. Na medicina doméstica, a casca e a entrecasca são empregadas, na forma de gargarejos, com a infusão, como adstringente, nos casos de estomatite e de úlceras da garganta. Os ipês também são empregados contra a flacidez dos tecidos, provavelmente por analogia à extrema dureza do caule e à forte resistência à putrefação. A tabebuia, que tem forte analogia sonora com Aleluia ou “Tábua-boa”, é uma “tábua de salvação” que pode ajudar àquele solitário que, mesmo estando imerso nas águas bravias da dor e do sofrimento, pode resistir infinitamente, por honra e glória do Criador (SILVA, 1997). Auxilia na capacidade de concentração mental, evitando a excessiva dispersão de idéias. Para todas as condições em que há dispersão energética que impede a transição de etapas ou um novo recomeço. Para aquela alma que precisa concentrar e potencializar todos os seus recursos internos para obter a recuperação. Figura 9 – Flor de Lantana componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: http://www.rain-tree.com/Plant-Images/Lantana_camara_p3jpg.jpg Nome Científico: Lantana camara Família: Verbenaceae Sinonímia: cambará, lantana, verbena, cambarazinho, lantana-cambará, verbena-arbustiva, cambará - miúdo, cambará-de-cheiro, cambará - verdadeiro Arbusto semi-herbáceo muito ramificado de caule quadrangular, folhas ovais rugosas e de forte odor. Flores pequenas tubulares reunidas em inflorescência pequena ao longo dos ramos em diversas cores, inclusive bicolores, com floração o ano inteiro. Têm propriedades balsâmicas, diuréticas, estimulantes, expectorantes e tônicas. É indicada para infecções respiratórias, reumatismo, febre alergias respiratórias e infecções de ouvido. Silva (1997) esclarece que o nome da planta está ligado aos conceitos de camarada e camaradagem, portanto, de convivência amistosa, fraterna e leal. Por sua vez, o nome Lantana vem do grego lanthan, que significa “local fechado” ou “esconderijo”. A idéia de união e entendimento entre individualidades separadas esta consagrada neste nome através dos elementos químicos lantanídios. Este grupo de átomos químicos é encontrado na natureza em conjunto e, a despeito de suas particularidades, combinam harmoniosamente entre si. Trata-se de uma essência floral apropriada para a harmonização de grupos humanos reunidos em assembléias, congressos, locais de trabalho, escolas, hospitais, casas de detenção, creches, asilos, retiros, meditações, viagens, festas, simpósios e quadras de diversão em geral. É indicado para as situações que exigem a necessidade de equilíbrio entre a manifestação individual e coletiva, entre o saber ouvir e o saber falar ou quando o propósito grupal necessita de elevação em seu padrão vibratório. Ajuda a pessoa a captar em maior profundidade a psique do outro, criando assim um plano de maior entendimento mútuo. Figura 10 – Flor de Sonchus componente da Essência Floral Fórmula do Aprendizado Fonte: http://www.natureinthecity.org/coppermine/albums Nome Científico: Sonchus oleraceus Família: Asteraceae Sinonímia: chicória-brava; serralha-lisa; ciúmo; serralheira; serralhabranca. A serralha, embora nativa da Europa, da Ásia e do norte da África, adaptou-se bem às regiões frias do território brasileiro. A sonchus oleraceus é muito parecida com o dente-de-leão, que produz flores amarelas. No Brasil, alastrou-se como erva daninha nas pastagens. Cabras e bovinos apreciam as folhas e diz-se que sua ingestão aumenta a produção de leite. Suas folhas novas são comestíveis e podem ser usadas em saladas e refogados. É digestiva, diurética, cicatrizante e diminui os índices de glicose do sangue. É uma planta que produz seiva leitosa, trazendo um certo ancoramento maternal. Entretanto, o aspecto mais importante é a sua preferência em crescer rente aos portões, esses obstáculos físicos que cercam as casas. “Ao atravessá-los nos deparamos com aqueles pequenos ‘soizinhos’, que parecem querer sempre nos incentivar. A essência permeia-nos de fé quando temos de enfrentar os obstáculos da vida” (SILVA, 1997, p. 283). Para os indivíduos pessimistas, que se desanimam com muita facilidade frente ao menor obstáculo, e que tendem à depressão quando surge alguma insinuação de fracasso. Para aqueles negativistas que estão lançando dúvidas sobre as boas perspectivas, faltando-lhes um mínimo de fé. 3.1.3 Fórmula Ecológica Fórmula floral para situações que exigem equilíbrio entre as manifestações individuais e coletivas ou onde e quando o padrão vibratório ambiental precisa ser elevado. Para quando se faz necessário captar em maior profundidade a psique alheia, criando assim um clima de maior entendimento mútuo. Deve ser empregada nos agrupamentos humanos ou mesmo no convívio de animais, sempre quando há necessidade de atenuar rixas, distúrbios, interesses divergentes, agressividade mútua. Esta fórmula é composta das essências de: Lantana, Camelli, Millefolium, Artemísia, Silene, Impatiens e Vernonia. Figura 11 – Flor de Camellia componente da Essência Floral Fórmula Ecológica Fonte: http://www.made-in-china.com/image Nome Científico: Camellia japônica Família: Theaceae Sinonímia: Camélia, japoneira São grandes arbustos de folhas verdes e brilhantes, com flores grandes e alvas ou vermelhas e rajadas. Florescem abundantemente de março a abril, com a curiosa característica de não deixarem cair as flores, mesmo murchas. As flores brancas escurecem facilmente quando tocadas pela mão, refletindo assim o desamor instalado no coração humano. Essa planta no passado era considerada mágica e usada nas evocações angélicas. Segundo Paracelso, quando ela é convenientemente destilada, produz um azeite de grande valor médico, destinado à alimentação de lâmpadas empregadas nos rituais teúrgicos, permitindo a conexão com as entidades mais evoluídas e bondosas. Embora não haja nenhum emprego médico descrito, uma variedade de Camélia, o Chá-da-índia, tem sido utilizado como beberagem tônica, devido ao alto teor em cafeína (SILVA,1997). Para ausência de amor expressa na forma de ódio, inveja, ciúme, ganância, desconfiança, sentimentos de vingança, malícia, amargura, raiva, agressividade, sectarismo, racismo, intolerância, mágoa, crueldade e violência. Ajuda na percepção do amor que vem das profundezas d alma e que não tem nada de pessoal, pleno de compaixão e benevolência e de um sentido de unidade. Figura 12 – Flor de Millefolium componente da Essência Floral Fórmula Ecológica Fonte: http://www.nature-diary.co.uk/nn-images/0411/041102-achillea-millefolium.jpg Nome Científico: Achillea millefolium Família: Asteraceae Sinonímia: mil - folhas, mil-em-rama, erva-do-carpinteiro, erva-de-sãojosé, erva-dos-juízes Os talos da planta sobem retos até cerca de um metro de altura; são roliços, endurecem com a idade e têm alguma pelosidade. Suas folhas são fendidas, dando a impressão de serem múltiplas, o que originou o nome mil - folhas e suas variantes. Têm cheiro balsâmico e gosto amargo e adstringente, devido ao princípio ativo aquileína. A disposição das flores brancas ou rosadas lembra um guardachuva, assim a idéia de proteção do conjunto floral é muito aparente. Têm ainda enorme capacidade de sobrevivência e adaptabilidade em condições adversas. Nos lugares onde nenhuma outra planta conseguiria sobreviver, ela é capaz de proliferar em abundância. Na mitologia, Aquiles curou-se de uma hemorragia com as folhas do milefólio, daí o nome Achillea ou Aquiléia. No passado, os juízes, após darem suas sentenças, batiam com um ramo dessa planta sobre a mesa, como que querendo se proteger das reações psíquicas adversas dos réus, razão de outro de seus nomes, Erva-dos-juízes. A denominação de Erva-do-carpinteiro e Erva-de-são-josé tem origem lendária comum: José, sendo carpinteiro, certo dia se feriu, e o menino Jesus foi buscar uma erva para curá-lo, que era o milefólio (SILVA, 1997). Para os indivíduos que estão atravessando mudanças que lhes podem ser dolorosas. Para a personalidade supersensível às idéias de terceiros, aos ambientes circundantes e ás influências dos outros. Deve ser ministrada durante os estágios de transição espiritual, psíquica ou biológica (dentição, puberdade, menopausa, andropausa, gravidez, amputação de membros, separação, divórcio, mudanças de trabalho, moradia, etc.) Figura 13 – Flor de Artemísia componente da Essência Floral Fórmula Ecológica Fonte: http://www.floralimages.co.uk/images Nome Científico: Artemísia vulgaris Família: Asteraceae Sinonímia: erva-de-são-joão, flor-de-diana, rainha-das-ervas, erva-de-fogo É uma erva que atinge cerca de um metro de altura, com folhas bem recortadas, fendidas, verdes na parte superior e esbranquiçadas por baixo. Possue muitas flores miúdas de coloração amarelo-claras; seus frutos são pequenas bagas que escurecem gradativamente com o tempo. Artemísia vem de Artêmis, a deusa da caçadora de animais ferozes, que presidia os partos e socorria as mulheres doentes. A Artemísia é uma medicação clássica no tratamento das moléstias do útero e daquelas provenientes de resfriamento. As flores são reputadas como emenagogas, febrífugas, vermífugas, antiespasmódicas, estimulantes e tônicas. Em grego, artemísia significa “integridade” e por extensão “boa saúde”. A Artemísia cumpre um papel importante de “parto” no corpo humano, num sentido bem mais amplo. Assim ela é útil não só durnte o parto de um filho, mas na regulação da menstruação, na expulsão de vermes, na eliminação de líquidos patologicamente retidos ou quando há necessidade de expulsão de toxinas psicológicas, pensamentos negativos, ingerências astrais e corpos estranhos. (SILVA, 1997). Para limpeza profunda dos corpos mais densos. Para a purificação do corpo e da mente, em situações traumáticas, quando há necessidade de eliminação rápida de toxinas psíquicas e físicas. Figura 14 – Flor de Silene componente da Essência Floral Fórmula Ecológica Fonte: Florais de Minas Nome Científico: Silene armeria Família: Carifoleáceas Sinonímia: alfinetes, fel-da-terra, centáurea-menor, silena, Juliana-falsa De acordo com Silva (1997) é uma herbácea anual, baixa e com caules delgados, ramificados, com folhas verdes lanceoladas. Cada ramo termina numa espécie de cimeira pequena e compacta, cheia de flores róseas. O nome Silene vem de Sileno, deus frígio da mitologia grega. Atribuíamlhe dons proféticos e também a invenção da flauta, sob cujo som se preparava a atmosfera para a revelação das verdades místicas. Ainda segundo a tradição, registrada numa fábula de Ovídio, o centauro Chíron serviu-se de uma planta desse gênero para curar-se de um ferimento que Hércules lhe fizera no pé. Os pés têm o formato semelhante aos rins e aos ouvidos, sendo também filtros como esses, pois é através deles que filtramos nossas ações físicas, que “pisamos” nossas atitudes mais concretas. Assim, a planta contribui no alinhamento superior daquelas personalidades que “mancam” em suas atitudes mais simples por lhes faltar sinceridade na convivência mútua. Para aquelas personalidades que estão sempre falseando em suas atitudes perante terceiros. Têm muitas dificuldades em contrapor suas próprias idéias às dos outros e assim, em um diálogo, estão sempre concordando com o interlocutor. Para aqueles propensos à toda sorte de mentiras e falsidades, do tipo “camaleão”, ou seja, pra cada instante assumem uma dada postura ou “cor”, para cada platéia adotam um certo discurso. Figura 15 – Flor de Impatiens componente da Essência Floral Fórmula Ecológica Fonte: Photograph Rajender Krishan June 30, 2005. Nome Científico: Impatiens walleriana Família: Balsaminaceae Sinonímia: beijo-turco, maria-sem-vergonha, beijinho, não-me-toques, erva-impaciente. Planta herbácea de caule suculento e noduloso. Folhas ovulares e denteadas, com flores de cores muito variadas. O nome vulgar maria-sem-vergonha aparece em alusão à vertiginosa propagação que se dá por meio de sementes, armazenadas em cápsulas, que maduras, permanecem em constante tensão, prestes a se romper, sob o menor toque ou aragem, e lançar suas sementes. O nome latim Impatiens significa “aquilo que não, pode se conter”, em referência a esses frutos que, provocados, abrem repentinamente suas válvulas e expelem suas sementes. O fruto, numa cápsula com cinco válvulas elásticas, após se abrir e atirar as sementes, enrosca-se sobre si mesmo, parecendo uma mãozinha, fechada. Daí também a razão dos outros nomes populares, não-metoques e erva-impaciente. Essa planta pode ser encontrada cada vez com mais facilidade e abundância, talvez refletindo a ânsia com que a humanidade tenta vencer o tempo (SILVA, 1997). Para aqueles que são rápidos na ação e no pensamento, perdendo sempre a paciência com pessoas lentas. Para os indivíduos francos e com muita iniciativa, mas também tensos, irritadiços, nervosos com detalhes, impetuosos, impulsivos, impacientes, ansiosos e fisicamente inquietos. Coadjuvante na agitação psicomotora infantil. Figura 16 – Flor de Vernonia componente da Essência Floral Fórmula Ecológica Fonte: www.lyndha.com/zenflora/assapeixe.jpg Nome Científico: Vernonia polyanthes Família: Asteraceae Sinonímia: assa-peixe-branco, cambará-branco, cambará-guacú, chamarrita. Planta nativa do Brasil pode atingir até 4 metros de altura, crescendo em pastagens, beira de estradas e terrenos baldios. Tem folhas moles, ásperas e compridas e pequeninas flores brancacentas e aromáticas. Possui propriedades terapêuticas empregadas em casos de gripes pulmonares, bronquites e tosses rebeldes. Também é benéfica para a eliminação de cálculos renais e o mel de Assapeixe é reputado como curativo e tônico. É uma planta muito freqüentada por abelhas que se apoderam ao longo do dia das flores do Assa-peixe, impondo padrões arquitetônicos e organizacionais sutis e profundos à geometria formal da inflorescência e nas hierarquias energéticas internas da planta. Assim, o Assa-peixe incorpora as lições de harmonia entre os papéis individuais e coletivos, tão bem estruturados na hierarquia das abelhas. Os gregos davam o nome de abelha ao discípulo dos mistérios que atingia um certo grau, no qual já era capaz de viver “ciente por compaixão”, aberto às vindas e idas de seus irmãos, pleno e bem posicionado na hierarquia cósmica da vida (SILVA, 1997). Para pessoas inconformadas com suas posições na sociedade, no trabalho ou na família. Para aqueles que se sentem inadequados na hierarquia profissional e são acometidos por conflitos de autoridade e de insubordinação, não compreendendo as diferenças de nível e as hierarquias na sociedade humana e, com freqüência, revoltam-se com a aparente “desordem” de posições. Para crianças desobedientes, que criam conflitos no relacionamento familiar. 4 Arte integrativa A arte integrativa, oriunda da arte terapia, é uma abordagem terapêutica que abrange diferentes visões e forças de pensamento, envolvendo o aspecto físico, cognitivo e emocional do indivíduo. Utiliza diversas vertentes da arte como a pintura, a dança, o teatro, a expressão corporal, a colagem, a fotografia, etc. como canal de expressão e comunicação, além de ser um instrumento de avaliação e prática terapêutica. Segundo Paschuino (2009) a arte integrativa proporciona ao profissional maior flexibilidade e um repertório maior de ferramentas para aplicar na área artística desejada, adequando a necessidade individual de cada paciente ao momento e as condições ambientais. Freud foi pioneiro em observar que o inconsciente humano se expressa por meio de imagens de conteúdo simbólico que escapam da censura da mente mais facilmente que as palavras. A arte não visa descobrir talentos artísticos no sentido comercial, mas descobrir o prazer intrínseco ao ser humano em produzir arte (PASCHUINO, 2009). A manifestação artística é um recurso de livre expressão do ser, de sua realidade e emoções. Favorece o contato com a própria personalidade, através do autoconhecimento e organização dos sentimentos. De acordo com Leirner (2004) os desenhos têm o potencial de criar uma ordem externa a partir do caos interno. Para este trabalho a pintura de mandalas foi escolhida como um dos instrumentos para análise do domínio psicológico que pode ser entendido como uma forma de auto-avaliação. Na interpretação das pinturas, segundo os critérios de Furth (2006), as cores e o modo de distribuição no espaço têm valor significativo e traduzem de forma específica o estado emocional da criança. 5 Casa do Zezinho Estas informações foram extraídas do site da entidade: www.casadozezinho.org.br . A Casa do Zezinho é uma organização social não governamental e sem fins lucrativos, que propõe idéias e atua com o objetivo de interferir na paisagem social caótica vigente. Estruturou-se como uma comunidade de pessoas que têm como visão comum a necessidade de construção de uma sociedade onde os conceitos de desenvolvimento humano, de cidadania e os direitos a ela inerentes sejam a linha ética mestra da convivência. Localizada no Parque Santo Antônio, Zona Sul da cidade de São Paulo, a Casa do Zezinho foi fundada oficialmente em 6 de março de 1994, com uma área construída de 3.200m². Atualmente atende cerca de 1.200 crianças e jovens, de 6 a 21 anos, atuando em toda a rede de relações dos Zezinhos: a escola, a casa, a família, a comunidade, a saúde, as leis, a cidadania, promovendo seu auto-desenvolvimento e o reconhecimento de suas potencialidades através do incentivo à curiosidade, ao prazer pela descoberta e ao aprendizado constante através de um processo de construção do conhecimento que desenvolve a criação e a reflexão crítica. Com o objetivo de assegurar o desenvolvimento integral das crianças e jovens, o projeto oferece complementação pedagógica, educação moral e ética, orientação em saúde, medicina complementar, atendimento odontológico, psicológico, acupuntura, naturologia e iridologia, convênios médico e hospitalar e oftalmológico, atendimento às famílias, alimentação básica e reeducação alimentar. A Casa também é um Pólo de Prevenção à Violência, trabalho desenvolvido em parceria com a Fundação ABRINQ e o Instituto Sedes Sapientae. 6 Métodos 6.1 Método Este é um estudo sobre crianças com TDAH, com uma parte prática, experimental e outra com pesquisas na literatura médica, psicológica e educacional abrangendo revistas, livros e artigos científicos datados de 1999 até 2009, nos idiomas Português, Inglês e Espanhol. 6.2 Voluntários Participaram da pesquisa 46 crianças, atendidas pela Casa do Zezinho, com idades entre 9 e 11 anos, de ambos os sexos, sendo que deste total, 16 crianças apresentavam o distúrbio verificado através do questionário SNAP-IV (Anexo C). 6.3 TCLE A educadora responsável pelas crianças participantes assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Apêndice 1), concordando em participar da pesquisa e podendo se desligar da mesma a qualquer momento desejado. 6.4 Local da Realização O trabalho de pesquisa aconteceu nas dependências da Casa do Zezinho. 6.5 Procedimento 6.5.1 Questionário e Pintura de mandalas A educadora responsável respondeu na primeira e última sessões de Floralterapia o questionário que avalia o comportamento das crianças –SNAPIV(Anexo C), e as crianças pintaram mandalas (Anexo D) que avaliam o estado psicológico nestas respectivas sessões. 6.5.2 Aplicação da Floralterapia Os participantes utilizaram a Floralterapia, na forma de aspersões durante 2 meses. O composto floral levou em sua composição, para cada 100ml da mistura álcool e água, 4 gotas da Fórmula de Aprendizado, 4 gotas da Fórmula Ecológica e 2 gotas de Clematis. A educadora responsável aspergiu o composto floral, em sala de aula, 2 vezes ao dia pelo período acima mencionado. 6.6 Tabulação de dados Os dados foram tabulados de acordo com as exigências das respectivas ferramentas de avaliação, ou seja, o questionário SNAP-IV obedece o critério ditado pelo Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais (DSM-IV) e a pintura das mandalas obedece a interpretação de desenhos de Gregg M. Furth, descrita em seu livro O Mundo Secreto dos Desenhos – uma abordagem junguiana da cura pela arte. 7 Resultados 7.1 Resultados obtidos através da análise dos questionários De acordo com os resultados da 1ª aplicação do questionário 35% das crianças apresentaram TDAH. Após ter recebido a terapia floral, a aplicação do mesmo questionário revelou que nenhuma criança apresentava o transtorno, ou seja, 0%. Gráficos relativos a análise dos resultados da 1ª aplicação (antes) e 2ª aplicação (depois) do questionário SNAP-IV 1. Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas. Nem um pouco 19 ANTES Só um Bastante Demais pouco 06 08 13 Nem um pouco 33 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 13 0 0 2. Tem dificuldades de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer. Nem um pouco 25 ANTES Só um Bastante Demais pouco 07 08 06 Nem um pouco 33 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 12 01 0 3. Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele. Nem um pouco 27 ANTES Só um Bastante Demais pouco 07 03 09 Nem um pouco 38 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 08 0 0 4. Não segue instruções até o fim e não termina deveres de escola, tarefas ou obrigações. Nem um pouco 20 ANTES Só um Bastante Demais pouco 09 05 12 Nem um pouco 36 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 10 0 0 5. Tem dificuldades para organizar tarefas e atividades. Nem um pouco 21 ANTES Só um Bastante Demais pouco 14 04 07 Nem um pouco 36 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 10 0 0 6. Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado. Nem um pouco 18 ANTES Só um Bastante Demais pouco 08 06 14 Nem um pouco 33 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 13 0 0 7. Perde coisas necessárias para atividades (p. ex: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros). Nem um pouco 24 ANTES Só um Bastante Demais pouco 09 05 08 Nem um pouco 44 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 02 0 0 Nem um pouco 12 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 32 02 0 8. Distrai-se com estímulos externos. Nem um pouco 02 ANTES Só um Bastante Demais pouco 14 07 23 9. É esquecido em atividades do dia-a-dia. Nem um pouco 19 ANTES Só um Bastante pouco 10 08 Demais 09 Nem um pouco 33 DEPOIS Só um Bastante pouco 13 0 Demais 0 10. Mexe com as mãos ou com os pés ou se remexe na cadeira. Nem um pouco 24 ANTES Só um Bastante pouco 16 03 Demais 13 DEPOIS Só um Bastante pouco 18 06 Nem um pouco 22 Demais 0 25 nem um pouco 20 15 só um pouco 10 bastante 5 demais 0 10 11. Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado. Nem um pouco 26 ANTES Só um Bastante Demais pouco 02 03 15 Nem um pouco 32 DEPOIS Só um Bastante Demais pouco 12 02 0 12. Corre de um lado para o outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado. Nem um pouco 26 ANTES Só um Bastante pouco 02 02 Demais 16 Nem um pouco 37 DEPOIS Só um Bastante pouco 09 0 Demais 0 13. Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma. Nem um pouco 27 ANTES Só um Bastante pouco 04 03 Demais 12 Nem um pouco 41 DEPOIS Só um Bastante pouco 05 0 Demais 0 14. Não para ou frequentemente está a “mil por hora”. Nem um pouco 30 ANTES Só um Bastante pouco 05 02 Demais 9 Nem um pouco 35 DEPOIS Só um Bastante pouco 11 0 Nem um pouco 41 DEPOIS Só um Bastante pouco 05 0 Demais 0 15. Fala em excesso. Nem um pouco 25 ANTES Só um Bastante pouco 08 05 Demais 08 Demais 0 16. Responde as perguntas de forma precipitada antes delas terem sido terminadas. Nem um pouco 33 ANTES Só um Bastante pouco 04 01 Demais 08 Nem um pouco 43 DEPOIS Só um Bastante pouco 03 0 Nem um pouco 42 DEPOIS Só um Bastante pouco 04 0 Demais 0 17. Tem dificuldade de esperar sua vez. Nem um pouco 24 ANTES Só um Bastante pouco 07 05 Demais 10 Demais 0 18. Interrompe os outros ou se intromete (p. ex. mete-se nas conversas/jogos). Nem um pouco 31 ANTES Só um Bastante pouco 05 01 Demais 09 Nem um pouco 43 DEPOIS Só um Bastante pouco 03 0 Demais 0 7.2 Resultados obtidos através da análise de arte integrativa Para se fazer uma análise através da arte integrativa, as crianças receberam mandalas (Anexo D) para colorir. As mandalas foram analisadas segundo dois princípios: a) Cor b) Áreas de interpretação correspondentes aos 3 níveis de consciência Fonte: Paschuino, 2008 As mandalas foram analisadas individualmente numa avaliação comparativa no antes e depois da aplicação da Floralterapia. Para ilustrar o trabalho, três mandalas foram escolhidas por apresentarem resultados mais aparentes, principalmente relacionados às cores. É importante salientar que as mandalas além de atuar como ferramenta de avaliação dos estados emocionais das crianças, ainda agem terapeuticamente trabalhando o foco, a atenção, o limite, a concentração e a harmonização, temas que o portador do TDAH tem dificuldades. 7.2.1 Mandala voluntário 1, sexo masculino Antes Depois Na 1ª mandala, à esquerda, pintada antes da utilização da Floralterapia se observa que há uma predominância de cores fortes indicando força e irritabilidade. As cores ultrapassam os limites, tomando conta de toda folha denotando dificuldades em se conter no espaço. O traçado é ansioso e repetitivo demonstrando inquietação. Na 2ª mandala, à direita, pintada depois da utilização da Floralterapia se observa que as cores foram suavizadas, o traço se atenuou e a pintura se contém nos limites do desenho. Da mesma forma, pode-se observar mudanças claras nas mandalas seguintes: 7.2.2 Mandala voluntário 2, sexo feminino Antes Depois 7.2.3 Mandala voluntário 3, sexo masculino Antes Depois 8 Discussão Abordar dois temas tão importantes e polêmicos como TDAH e Floralterapia foi desafiante e árduo. Primeiro porque a Floralterapia se apresenta como uma opção de tratamento complementar que carece ainda de trabalhos aprofundados e cientificidade que valide seu uso amplo. Segundo porque o TDAH se configura como uma realidade, cada vez mais presente, entre a população, principalmente infantil, e que conta ainda,com pouco conhecimento desse transtorno que traz enormes prejuízos para o indivíduo. Por entender que o comportamento inquieto e/ou desatento provoca inúmeros desconfortos em vários contextos e que este desajuste comportamental se evidencia nas escolas, onde se requer concentração, atenção e disciplina, a Casa do Zezinho foi escolhida por trabalhar com crianças carentes e muitas delas se encaixando no perfil do TDAH. A classe foi selecionada pela instituição por ser considerada difícil, indisciplinada e com dificuldades de aprendizagem. A classe era composta por 46 alunos, meninos e meninas, na faixa etária de 9 a 11 anos. A orientadora da sala, professora V.R.S recebeu por parte da pesquisadora, as orientações para a aplicação dos questionários e da pintura das mandalas. Este procedimento levou algum tempo, pois dependia da disponibilidade de tempo da educadora para responder os questionários. É importante frisar que por se tratarem de crianças, o questionário teria que ser respondido por alguém que os conhecessem bem, no caso a professora. Esta primeira avaliação assinalou que 35% das crianças apresentavam o transtorno de acordo com o SNAP-IV. A partir daí, a educadora responsável iniciou a utilização do composto floral, na forma de aspersões, duas vezes ao dia, por um período de 2 meses. A professora aspergia o composto floral antes das crianças entrarem em sala de aula e mais tarde durante as atividades escolares. Segundo a professora os alunos não estranharam as aspersões pois, as vezes, ela utilizava um desodorizador para melhorar o ar. Ainda segundo a educadora logo nos primeiros dias ela observou alguma mudança no comportamento das crianças, estavam um pouco mais calmas e menos agressivas. Relatou que gradualmente esta mudança foi se acentuando. Antes mesmo dos dois meses de aplicação a mudança no comportamento das crianças foi visivelmente nítida, a ponto de outras professoras indagarem o que tinha acontecido com aquela classe. Findo os dois meses, o mesmo questionário (SNAP-IV) foi respondido pela professora responsável e a mesma mandala foi pintada pelas crianças, para se fazer a avaliação da atuação dos florais. De acordo com o questionário nenhuma criança agora apresentava o perfil para ser classificada como portadora do transtorno, o que pode ser verificado através da comparação dos gráficos e corroborado com o depoimento escrito (Anexo E) e relatado pela educadora. Conforme seu depoimento a agressividade diminuiu consideravelmente: “nesse período não aconteceram mais brigas”. Os alunos estão mais dispostos e mais atentos: “agora eles param, escutam, entendem e executam, coisa que antes não se conseguia”. O rendimento aumentou: “antes apenas 30% da sala conseguia fazer as atividades, hoje 90% dos alunos concluem as tarefas”. Aumentou a autoestima e a força de vontade: “antes eu escutava ‘eu não sei fazer’ agora eles dizem ‘eu vou tentar’ (sic)”. CONCLUSÃO Este estudo trouxe à luz duas questões atuais e controversas, que vem ganhando espaço como fato concreto no cotidiano da população: O TDAH e a utilização da Floralterapia. Dois temas que no decorrer deste estudo, se afinizaram por se configurarem ainda desconhecidos, em sua profundidade, da população leiga e dos profissionais da área da saúde, e que se ajustaram enquanto doença e medida terapêutica bem sucedida. Os resultados apresentados por este trabalho permitiu corroborar que a Floralterapia se apresenta como uma opção terapêutica fortemente segura e eficaz, principalmente para tratar estados de ânimo em desequilíbrio. Se verificou que as essências florais podem atuar facilitando o equilíbrio emocional e ajudando no crescimento individual, sem desrespeitar a complexidade que é inata no ser humano. É importante salientar que esta pesquisa não pretende generalizar a atuação da Terapia Floral, mas abrir discussões e novas propostas de investigação que certifique esta proposta terapêutica e auxilie, de forma não invasiva, o portador do TDAH. REFERÊNCIAS ACHILLEA MILLEFOLIUM (2009). Disponível em <http://www.nature-diary.co.uk/nnimages/0411/041102-achillea-millefolium.jpg>, acesso em 20/10/09 AMEN, Daniel Goleman. Transforme seu cérebro, transforme sua vida. Editora Mercuryo, São Paulo, 2000. ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Bulário Eletrônico (2009). Disponível em <http://www.anvisa.gov.br/bularioeletronico>. Acesso em 02/11/09. ARAÚJO, Vanesa A. C., (2007) Como lidar com a hiperatividade? Pós Graduação “Lato Sensu” – Universidade Cândido Mendes. Rio de Janeiro, Brasil. ARTEMISIAVULGARIS (2009). Disponível em < http://www.floralimages.co.uk/images/artemisia_vulgaris_1486.jpg >. Acesso em 20/10/09 BACH, Edward. Os remédios florais do Dr. Bach. 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