Universidade nunca subscreveu intervenção na
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www.barlavento.pt Autorizado pelos CTT a circular em envólucro fechado de plástico. Aut. Nº DE05272008GRC Pode abrir-se para verificação postal PORTUGAL Publicações periódicas Devesas - 4400 - V. N. Gaia Taxa Paga 1 E u ro | D i re t o r : H e l d e r N u n e s | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 | A n o X X X V I | N ú m e ro 1737 Presidente da República faz elogios a Teixeira Gomes | 24 Tradição do Menino Jesus continua viva na serra algarvia | 13 a 20 SEMANÁRIO REGIONAL DO ALGARVE Universidade nunca subscreveu intervenção na barra da Fuzeta| 22 e c o n o m i a | 05 Macário Correia foi ao Brasil procurar investidores O presidente da Câmara de Faro esteve três dias no Brasil, onde contactou com empresários, associações do setor da hotelaria e também com portugueses. r e g i o n a l |12 Tavira amplia estacionamento gratuito junto ao rio Circuito de manutenção, zona verde e obra de arte assinada por Bartolomeu dos Santos vão surgir junto à zona ribeirinha. Projeto custa 800 mil euros. filipe antunes C U L T U R A | 23 Peixes algarvios já nadam na Turquia | 07 Para o PSD há demagogia, para o PS uma dose de ignorância Unidade de Cuidados Continuados de Estoi é composta por 41 camas A guerra PSD/PS no Algarve está ao rubro: social-democratas não acreditam no que os socialistas afirmam, enquanto estes chamam ignorante à outra força política. | 06 Foi lançada a primeira pedra da Unidade de Cuidados Continuados, propriedade da Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social, que tem mais projetos em carteira. | 10 Lídia Jorge continua a “tender” livros na casa de sua avó A nova Doutora Honoris Causa da UAlg confessa que, no Algarve, «há uma grande familiaridade, como se houvesse uma espécie de responsabilização» por ela. D e s p o rt o | 25 Plantel do Olhanense fica enfraquecido com saídas Treinador do Olhanense admite que plantel fica enfraquecido se Vinícius, Jardel ou Paulo Sérgio abandonarem o clube no mercado de Inverno. PE S S OA S barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 1ª Coluna Foto | elisabete rodrigues P 02 Elisabete Rodrigues Chefe de redação Xenofobia A língua é cheia de expressões que traduzem, mesmo que nós não nos apercebamos, discriminações em relação a certos grupos de pessoas ou etnias. Há expressões que estão tão enraizadas no nosso falar que nem nos damos conta que, ao utilizá-las, estamos a perpetuar esse estigma. Não está a ver quais? Por exemplo quando alguém chama «cigano» a uma pessoa porque ela é aldrabona, ou «judeu» a outra porque é má. Ou quando se diz que uma pessoa está a fazer «judiarias» quando faz uma maldade… Há tempos, o Provedor do Ouvinte da Antena1 foi confrontado por uma pessoa que considerou ofensiva a expressão «não ter dinheiro nem para mandar cantar um cego», usada por alguém na rádio. É, por acaso, uma coisa que digo muitas vezes, até por ser uma expressão que traduz bem a situação de penúria do país…e de tantos de nós. Mas admito que pode ser considerada ofensiva, porque hoje, felizmente, e na maioria dos casos, os deficientes visuais já não são obrigados a tocar e a cantar nas ruas para ganhar a vida. Mas, com a crise que aí vai, não sei se a expressão não voltará a fazer sentido…literalmente. Não vou ao ponto dos americanos, a terra do «politicamente correto», onde expressões como «spokesman», que significa portavoz e que traduzido à letra quer dizer «homem que fala», foram há anos substituídas por «spokesperson» («pessoa que fala») para não discriminar as mulheres, que também desempenham essa função. Mas acho que devemos pensar bem antes de abrir a boca e dizer certas coisas. A origem destes epítetos negativos, na nossa língua, é longínqua e nós, no dia a dia, não nos damos conta de como o seu uso pode ser ofensivo. E de como pode ser uma forma de transmitir, ainda que de forma quase subliminar, comportamentos e atitudes xenófobas. Pela minha parte, já comecei a corrigir-me! A D. Gigolete, antiga operária conserveira, ofereceu um ramo de flores a Maria Cavaco Silva, durante a visita do casal presidencial ao Museu de Portimão. Pessoas José Quaresma Horácio Nunes Luís Coelho Jéssica Augusto Simulacro As Comemorações Nacionais dos 150 anos do nascimento de Teixeira Gomes chegaram ao fim a 11 de Dezembro, o feriado municipal que assinala precisamente a data em que aquele portimonense, enquanto Presidente da República, elevou a Vila Nova de Portimão à condição de cidade. O balanço das comemorações é muito positivo. Apesar da falta de apoios externos e de alguns cortes que foi preciso fazer devido à crise, a qualidade e quantidade de iniciativas, que atraíram muito público, são de assinalar. Está por isso de parabéns Câmara de Portimão, bem como o comissário das comemorações, o poeta e professor José Alberto Quaresma. Em Dezembro de 2009, tinha prometido que, no final de 2010, a Unidade de Cuidados Continuados Integrados Al-Vita, equipamento da iniciativa privada, estaria pronta. O prometido é devido e no passado sábado a ministra da Saúde Ana Jorge, que tinha lançado a primeira pedra, estava a abrir as portas desta nova infraestrutura. Vão ser criados 65 postos de trabalho, para assistirem às 70 camas das duas valências desta unidade – média duração e reabilitação e longa duração e manutenção. Este é um equipamento que traz uma mais valia à região e concretamente à cidade de Portimão, no que diz respeito ao setor da saúde. A Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social lançou a primeira pedra da construção da Unidade de Cuidados Continuados Integrados em Estoi. Esta é a sua primeira obra nesta área, mas já se encontra programada uma outra, dentro da mesma vertente, para o concelho de Monchique. É um projeto que vai ser financiado ao abrigo do Programa Modelar e edificado num terreno cedido pela Câmara de Faro. Segundo as palavras de Luís Coelho, não estão em causa fins economicistas, mas antes a prestação de serviço e apoio ao setor populacional, como é o da terceira idade, que está carenciado de unidades vocacionadas para esta assistência. A Câmara Municipal de Albufeira está de parabéns e Jéssica Augusto também. A autarquia conquistou para a pista das Açoteias a realização do Campeonato Europeu de Corta Mato de 2010 e a seleção feminina de Portugal classificou-se no 1º lugar, sendo a única equipa a conseguir, até agora, o triunfo coletivo pela terceira vez consecutiva. Jéssica Augusto sagrou-se campeã europeia, sendo esta a sua primeira medalha individual como sénior. Foi uma prova difícil, num circuito bem delineado na histórica pista das Açoteias. Se Portugal conquistou medalhas, Albufeira e o Algarve conquistaram muitos admiradores na Europa. Na terça-feira, a Via do Infante foi o local escolhido para um exercício de simulacro, envolvendo várias viaturas e situações, no sentido de pôr à prova a resposta que as várias organizações envolvidas poderiam dar. O Plano Prévio de Intervenção na Via do Infante já está homologado, mas só agora o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDS) de Faro conseguiu reunir as condições para o testar. O simulacro permitiu detetar falhas de comunicação, que deverão agora ser corrigidos. É precisamente para melhorar a operacionalidade dos meios numa situação real – que ninguém deseja, mas que pode acontecer - que estes exercícios são promovidos. gr a mofone barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 G 03 www.barlavento.pt Chefões O turismo do Algarve está em alta. É tão grande a evolução que a entidade regional teve de criar mais chefias para gerir os passarinhos, os spas, as discotecas de praia e sabe-se lá que mais. Para toda esta panóplia de novos mercados, são precisos chefões – desde Maio e até final deste ano, com essas nomeações, vão ser gastos mais de 58 mil euros. É claro que tem de haver medidas de racionalização na despesa, por isso, e em vez do habitual jantar de Natal, os trabalhadores do Turismo vão apenas ter direito a um lanche, mas onde não há bolos nem chocolates, porque isso são coisas que criam gordura e no turismo querem-se pessoas elegantes. Vanguarda O Centro de Saúde de Sagres está na vanguarda das novas tecnologias. Tão avançada vai a saúde que a marcação de consulta, para ser rápida, terá que ser feita obrigatoriamente pela internet. Quem não souber mexer em computadores, mas tenha pernas para ir ao Centro de Saúde, recebe como resposta: «consulta rápida? Só pela internet!». Também aqui haverá novas oportunidades. Os idosos vilabispenses vão ser submetidos a um curso de formação profissional e, no final, terão direito, como prenda de Natal, a um Magalhães que em Sagres se chamará Infante D. Henrique. Está doente? Não vá, mande um email...que a doença passa! Luz verde O Hospital Central do Algarve pode avançar em 2011 se houver «luz verde» para a sua construção. Quem fez esta grande revelação foi a ministra da Saúde Ana Jorge, que descobriu que a luz verde significa pode avançar. Mas, como os semáforos do Governo estão intermitentes, já se sabe que a luz verde vai ficar vermelha dentro em pouco. A ministra, que só conseguiu convencer Miguel Freitas do avanço do Hospital, continua a dar aos algarvios aspirinas para adormecer as críticas. Uma coisa é certa – o próximo programa eleitoral do PS, como aconteceu há cinco anos, vai voltar a dizer que o Hospital Central será uma realidade e uma urgência, e o do PSD dirá que foi uma prioridade e já não é uma urgência. Negócios Macário Correia foi para São Paulo, mas não pensem que foi de férias. Armado de pá e enxada, foi arrancar uns coqueiros para substituir as palmeiras que secaram em Faro. O motivo oficial foi o de atrair investidores e é bem capaz de trazer de lá umas brasileiras para ensinarem a dançar a lambada ao pessoal camarário nos tempos livres. Os funcionários, com esta música animada, perderão o vício de fumar e de beber café. O seu chefe de gabinete Cristóvão Norte, tão entusiasmado anda nesta ação diplomática, que já tem agendada para o próximo ano uma ida à China, porque descobriu que lá também existem grandes artistas de circo e esta é uma área com grandes potencialidades na capital algarvia. A chave Manuel da Luz entregou a chave da cidade a Cavaco Silva e reserva para Manuel Alegre a chave da sede do Partido Socialista. O presidente da Câmara de Portimão disse que a chave ficava em «boas mãos», porque anda por aí muita gente a meter as chaves em casas alheias. Aquela fotografia de Cavaco a abraçar Manuel da Luz vai servir de cartaz de campanha, vendo-se sentado ao lado e a sorrir Adriano Pimpão e João Guerreiro a bater palmas. Manuel da Luz é bem capaz de vir a receber um convite para o próximo jantar de campanha no Algarve, acompanhado de um presente de Natal. Patrão O patrão do turismo de Portugal Luís Patrão veio ao Algarve colocar a nova sinalética dos hotéis. Mudou a cor das letras e o tamanho das placas. Foi no dia em que o Turismo do Algarve apresentava o balanço do programa Allgarve que Luís Patrão esteve em Olhão, acompanhado do secretário de Estado do Turismo, a destapar uma placa e a seguir deu à sola. Toda a gente esperava que se sentasse ao lado do secretário de Estado para apadrinhar o Allgarve, mas Patrão disse que isso era assunto para a criadagem e fez-se representar por um adjunto vindo de Lisboa, com ajudas de custo, claro. O próximo Allgarve vai ser small e chamar-se pomposamente Allgarve Nations. Dizem que é a pensar nos ingleses, mas é só para disfarçar a falta de verbas. Faz o que eu digo O vereador da Câmara de Albufeira David Martins, estilista em turismo, dedica-se atualmente à cultura da batata redonda. Desde que passou a assessor do Ministério da Agricultura, nem tempo tem para ir às reuniões de Câmara. Das últimas 36 reuniões, faltou a 20, mas foi por uma boa causa – andou a plantar nabos nos campos alentejanos, à espera que se transformem em rosas. O vereador, que não quer passar o seu testemunho a mais ninguém, achou que o presidente Desidério Silva, de tão ocupado que anda na alta roda da política como representante do Algarve na Associação Nacional de Municípios, já devia ter passado a pasta a outro. É caso para dizer - faz o que eu digo, não o que eu faço! economi a barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 E 04 Portimão une-se em associação para promover o turismo ana sofia varela Sócios vão juntar forças para fazer chegar o nome do concelho mais longe e atrair mais turistas, mas o objetivo é também dinamizar a economia local e gerar negócios ana sofia varela | [email protected] A união faz a força e foi por isso que a Câmara Municipal constituiu a Associação de Turismo de Portimão (ATP), na quinta feira passada, no Teatro Municipal (Tempo). São, numa primeira fase, 66 associados, que representam cerca de cem entidades locais, os fundadores desta nova aliança. «Os 66 associados fundadores da ATP são cem por cento dos contactos feitos. Todos responderam à nossa proposta e ninguém quis ficar de fora. Mas ainda há pessoas que não foram formalmente contactadas», afirmou o presidente da Câmara de Portimão Manuel da Luz. E quanto mais associados a ATP tiver, mas fácil será cumprir os objetivos, que não se resumem à promoção do turismo. Os sócios vão poder participar na dinamização do concelho no mercado externo e interno ou opinar acerca dos eventos organizados pela Câmara. Por outro lado, vão poder funcionar em parceria e criar relações de confiança entre si. No futuro, a associação quer dinamizar a economia e gerar negócios, através dos sócios aliados, que não necessitam de estar diretamente ligados ao turismo. As empresas que queiram juntar-se à ATP podem atuar em setores tão transversais como a carpintaria ou as seguradoras. É que, por exemplo, será mais vantajoso negociar um pacote de seguros para 50 empresas do que para uma e ambas as partes podem sair beneficiadas. No caso de um carpinteiro, as entidades que necessitem de um serviço nesta área podem dar prioridade, na hora de escolher, aos sócios aliados, sendo esta uma forma de promover a economia local. Para já, na lista de sócios fundadores, constam entidades tão diversas como as empresas municipais Portimão Urbis e EMARP, diversas unidades hoteleiras, agências de viagens, restauração ou bares, bem como a Acral e a Associação Comercial de Portimão, a Associação de Nadadores Salvadores do Barlavento Algarvio, a Frota Azul, a Subnauta, a Marinas do Barlavento, os clubes hípicos, o Autódromo ou o Hospital Particular do Algarve. O presidente da Câmara de Portimão Manuel da Luz, que, por inerência, deverá também presidir à ATP, reforçou que a associação será um parceiro municipal que partilhará decisões e projetos, terá uma palavra a dizer na política dos eventos e nas estratégias de promoção. «Participaremos soli- dariamente na promoção do Algarve no estrangeiro, mas exigiremos a promoção do destino Portimão. Não surgimos contra ninguém, mas seremos uma força de pressão em prol dos interesses do concelho, em que a sua capitalidade tem que ser assumida», avisou o edil. Na opinião de Nuno Aires, presidente da Associação Turismo do Algarve (ATA), é obvio que Portimão tem «um papel muito importante na região. Mas é o Algarve que tem que continuar a ser promovido nos mercados internacionais». O responsável pelo turismo algarvio acredita «que a ATP trabalhará também sob o chapéu da ATA. [No entanto,] a marca Algarve é que tem força internacional, pela sua diversidade e riqueza». Falta, porém, muito caminho a percorrer até chegar a altura da promoção de Portimão. Para já, a próxima etapa é a tomada de posse dos novos dirigentes. Supermercado SPAR já chegou a Portimão O sétimo supermercado da SPAR no Algarve abriu as suas portas ao público, na segunda feira passada, no edifício Casa do Rio, junto à zona ribeirinha de Portimão. O proprietário da superfície Carlos Cabrita inaugurou assim a sua segunda loja - a primeira fica em Albufeira - que emprega doze pessoas. Esta nova loja pretende dar resposta às necessidades das pessoas no dia a dia. «São lojas com secções como o talho, a charcutaria de corte, frutas e legumes, padaria e take away», explicou o diretor de expansão da SPAR em Portugal Carlos Mendes. Há, no entanto, uma ino- vação nesta loja recém inaugurada no Barlavento algarvio. Segundo o proprietário Carlos Cabrita, será criado um espaço de «bebidas frescas prontas a servir, denominado celebrate (celebrar em português). Vamos ter também produtos gourmet neste espaço», sendo este um conceito novo em Portugal. Num espaço amplo e acessível, frente ao Largo do Dique, onde param quase todas as linhas do circuito urbano Vai e Vem, é possível encontrar produtos diversificados, onde nem sequer faltam os tradicionais bolos de doce fino ou os licores tradicionais da região. Esta aposta ana sofia varela Loja terá um conceito novo em Portugal, de bebidas frescas prontas a servir, num espaço denominado «Celebrar» surge porque «as pessoas gostam do que é produzido na sua região, mais do que o que é feito noutras zonas do país», justificou Carlos Mendes. Desde a fundação da SPAR, na Holanda, em 1932, que a filosofia tem sido a pro- ximidade. «Somos uma marca global, pois estamos em 34 países, desde a Ásia, a Europa, a África e até à China, mas somos muito locais», explicou ao «barlavento» David Moore, Retail Development Manager da SPAR Interna- tional. A marca, com mais de 12 mil lojas, chegou a Portugal em 2007. Em território nacional, já existem 45 superfícies e no Algarve as duas lojas piloto foram as de Aljezur e Olhão. E nem a crise assusta os responsáveis, que querem continuar a seguir um plano de expansão. «Teremos mais lojas para abrir no Algarve para potenciar esta apetência da SPAR para o mercado estrangeiro», até porque a marca tem grande notoriedade e uma imagem muito positiva nos países de origem dos turistas que passam férias na região, revelou Luís da Bernarda, responsável da SPAR Portugal. David Moore não tem mesmo dúvidas que é em época de crise que a marca tem que reforçar os valores que oferece aos seus clientes. «A filosofia da SPAR gere-se pela escolha, serviço, frescura, por isso a nossa estratégia, com a crise, é reforçar, dando aos clientes mais e melhor: melhor serviço, maior frescura, maior escolha. Esta é uma vantagem do nosso modelo porque trabalhamos com retalhistas independentes de cada país onde estamos», acrescentou. |A.S.V. Economi a barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 E 05 www.barlavento.pt Macário Correia foi ao Brasil procurar investidores O presidente da Câmara de Faro Macário Correia esteve três dias no Brasil, onde contactou com empresários, associações do setor da hotelaria e também com portugueses radicados naquele país hugo rodrigues | [email protected] Tentar atrair investimento do outro lado do Atlântico foi o principal objetivo de uma visita de trabalho que o presidente da Câmara de Faro Macário Correia efetuou ao Brasil, na passada semana. Na bagagem, o autarca algarvio trouxe muitos contactos e o interesse de empre- sários brasileiros em investir no concelho. «Senti uma grande vontade em apostar em Faro, mas os negócios não se fazem de um dia para o outro», disse Macário Correia ao «barlavento». Mas, nos próximos tempos, será de esperar uma aproximação de alguns dos interessados a Faro, para prospeção, pelo que o balanço que o autarca faz da visita é «positivo». A deslocação do autarca a São Paulo e a Santos foi repleta de iniciativas, muitas das quais com homens de negócios, mas também com associações portuguesas. De resto, muitos dos potenciais investidores contactados «têm raízes familiares, culturais e negócios» em Portugal. «Falei com pessoas e associações ligadas ao setor imobiliário, imobiliário turístico e à hotelaria. A crise não se sente tanto no Brasil como aqui na Europa, pelo que há mais disponibilidade para investir», resumiu. Com «os contactos e a informação recolhida», Macário Correia espera conseguir arran- jar pontes para que algumas das ideias apresentadas se concretizem e haja «negócios no futuro». «Em Faro, sentimos uma carência forte ao nível da hotelaria, daí que tenha havido um enfoque nesta área», apontou. Uma das sugestões colocadas em cima da mesa por Macário Correia foi a transformação da antiga fábrica de cerveja da Portugália, na Vila-Adentro de Faro, num hotel de luxo. Uma ideia que não é nova e já foi apresentada a vários grupos hoteleiros nacionais, mas que ainda não foi agarrada por nenhum investidor. No Brasil, «ficaram várias pessoas na expetativa» de poder aproveitar esta oportunidade». Ao longo dos últimos anos, têm sido muitas as ideias avançadas para a recuperação deste espaço para a fruição pública. Mas esta abertura a um investimento privado, na área da hotelaria, só surgiu com o executivo de coligação liderado por Macário Correia. Até há bem pouco tempo, a possibilidade mais falada e para a qual foi mesmo apresentado um projeto era a da construção de um Museu de Arte Contemporânea. Uma ideia colocada de parte por Macário Correia, que disse querer «fazer alguma coisa pela Arte Contemporânea no casco histórico da cidade» com o retorno da construção de um hotel de cinco estrelas naquele local. Na calha há outros investimentos que foram apresentados no Brasil, como a transformação do antigo edifício do Magistério Primário, junto à Sé de Faro, num hotel de luxo. Este processo está apenas dependente da negociação de uma parcela de terreno com a Santa Casa da Misericórdia, que está a ser mediado pela autarquia. No interior do concelho, foram criados dois Núcleos de Desenvolvimento Turístico, onde serão construídas mais de mil camas turísticas. Na carregada agenda da visita que fez ao Brasil, Macário Correia teve ainda tempo para encontros «com um conjunto de instituições da diáspora portuguesa no Brasil», que mantêm a ligação a Portugal e ao Algarve bem viva. «Encontrei muitos farenses e algarvios em geral», disse ao «barlavento». Empresas & Negócios Intermarché de Portimão abre loja renovada e cheia de novidades Na reabertura do espaço, o s clientes terão muitos atrativos. Intermarché, Bricomarché e Roady aliam-se a restaurante A renovada loja Intermarché de Portimão, ontem inaugurada, propõe-se revolucionar o mercado local com a introdução de um novo conceito e a oferta de descontos em cartão que podem atingir os 50%. Em complemento, decorrerão ações promocionais, entre os dias 15 de Dezembro e 11 de Janeiro, que consistem em 10% de desconto extra em todas as compras, mais 10% para novos cartões, culminando com a oferta de carrinho de compras, a sortear entre os clientes que efetuem compras com o cartão no valor de 295 euros. Quem o garante é o gestor operacional daquela unidade de negócio do grupo português Os Mosqueteiros, «que opera em Portugal através do Intermarché desde 1991» e é responsável por «301 lojas, 35 das quais Bricomarché e 32 Roady, implantadas de norte a sul do país». Segundo António Barros, esta rede de distribuição constitui «um suporte importante das economias locais e nacional, através da criação de emprego e de parcerias com produtores» das zonas de implantação. Alvo de recente intervenção ao nível do parque e acessos, que, poucos meses após a entrada em funcionamento, apresentavam deficiências, a renovada loja distinguir-seá pela «adaptação às reais necessidades dos moradores e visitantes do Barlavento algarvio, particularmente do concelho de Portimão». Dispõe de espaços amplos e funcionais e apresenta «um novo conceito», salientando-se a conjugação do Hipermercado, assumido como loja-âncora, com o Bricomarché (bricolage) e o Roady (centro de assistência auto), aliados à existência de restaurante self-service e take-away. «Enquanto o carro é submetido a manutenção, a família pode fazer as suas compras e tomar as suas refeições sem sair do local». A propósito de refeições, o gestor asse- gura que serão fornecidas ao preço unitário de 3,99 euros, incluindo prato do dia, pão, bebida e café. «Fiz uma prospeção nos restaurantes económicos da região e não encontrei mais barato», acentua. Para acrescentar que «será uma mais valia para atrair pessoas à loja». Os pontos fortes do novo Intermarché de Portimão, no contexto da política de qualidade empreendida pelos Mosqueteiros, serão as marcas próprias, os frescos «e o preço, naturalmente». António Barros assegura que «haverá peixe fresco de boa qualidade to- dos os dias, exceto quando o mar o não permitir, uma vez que recorreremos ao mercado local». Também no talho «as carnes serão da melhor qualidade, respeitando todas as condições higio-sanitárias». Os produtos regionais serão outra aposta a ter em conta. «Para além de produtos tradicionais de outras regiões, vamos inovar em produtos tipicamente algarvios, através de fornecedores locais, nomeadamente, vinhos, enchidos, conservas, sumos de laranja, legumes, frutas frescas, frutos secos e outros». Disponíveis estarão tam- bém «produtos estrangeiros de qualidade, tendo em vista a satisfação de clientes ingleses e de outras nacionalidades que residem ou frequentam a região». Outra vertente da maior importância para o êxito do negócio é a formação. «Os 72 funcionários que exercem nesta loja, para além de serem rigorosamente selecionados, terão formação permanente com vista a manter elevados parâmetros de qualidade profissional. É nosso propósito oferecer aos clientes um atendimento personalizado, simpático e afável». O recrutamento, salienta o gestor operacional, «tem sido e continuará a ser efetuado localmente, de forma a contribuirmos para o incremento do emprego na região». A par do estacionamento à superfície para dezenas de carros, o Intermarché dispõe de 130 lugares na cave, «com ótimas condições de acesso ao piso comercial e total comodidade para os clientes». Aos fins de semana e dias festivos haverá «animação no interior da loja e com muita frequência degustação de produtos tradicionais e das marcas própria». polí t ica barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 P 06 Para o PSD há demagogia, para o PS uma dose de ignorância A guerra PSD/PS no Algarve está ao rubro: social-democratas não acreditam no que os socialistas afirmam, enquanto estes chamam ignorante à outra força política helder nunes | barlavento. [email protected] O PS anunciou que o investimento público no Algarve em 2011 seria na ordem dos 280 milhões de euros, montante que fez com que o PSD se manifestasse «perplexo», classificando tal anúncio de demagógico e acusando-o de ser «pura contabilidade criativa». Os social-democratas confirmam que há um ligeiro aumento do PIDDAC, de 53 para 60 milhões, que se «esboçam investimentos da Parque Escolar», valores que estão muito longe dos anunciados. Miguel Freitas, líder do PS Algarve, contrapõe que «a perplexidade da direção do PSD mostra uma grande dose de ignorância, ao confundir PIDDAC regionalizado com investimentos na região». O PS Algarve, em comunicado, indicou os investimentos previstos em 2011: «o investimento em oito escolas do Algarve feito pela Parque Escolar será de 80 milhões de euros, verba que está centralizada no Orçamento de Es- tado no Ministério da Educação; na EN 125 está prevista a concretização de obra em praticamente toda a plataforma entre Vila do Bispo e Vila Real de Santo António e arrancar com muitas das variantes e ligações à Via do Infante, no volume de investimento próximo dos 100 milhões de euros; no programa Polis, entre a Ria Formosa e a Costa Vicentina, a programação financeira é de 38 milhões de euros (tivemos o cuidado de considerar dificuldades de execução inerentes a um processo complicado e considerar apenas 15 milhões de euros, equivalente ao investimento de 2010); a ANA vai continuar o investimento no aeroporto de Faro, tendo programado 25 milhões de euros para o próximo ano; o Instituto Nacional da Água (INAG) tem no seu orçamento previstas intervenções na ordem dos cinco milhões de euros na praia de D. Ana em Lagos e de Albufeira, enquanto a Estradas de Portugal, vai investir três milhões de euros em manutenção das vias algarvias». Para o PSD, o «Orçamento previsto e a execução do mesmo são duas coisas distintas». E acrescenta: «os relatórios semestrais do Tribunal de Contas relativos à execução orçamental de 2008 e 2009 têm enfatizado esse facto. O Algarve não foi só, desde 2005 até hoje, a região que, em termos nacionais, tolerou maior decréscimo relativo (75%) nas intenções de investimento público (PIDDAC) como também, do ponto de vista da concretiza- ção do investimento programado, a taxa de execução das verbas previstas atingiu anualmente uns medíocres 30%, menos de metade da média nacional». Os socialistas sustentam os seus números na recolha feita «junto das entidades regionais e portanto merecem toda a credibilidade da nossa parte», enquanto os socialdemocratas questionam se «está prevista alguma norma de exceção que exclua a região dos sacrifícios?» «Já que [os socialistas] não explicam aos algarvios porque não fizeram o que prometeram, pelo menos, em nome da transparência e rigor na aplicação dos recursos públicos, esclareçam quais são os contornos desta operação de charme, bem como os prazos previstos para a consecução destes projetos», salienta ainda o PSD. O líder socialista Miguel Freitas conclui: «lamento que a direção do PSD Algarve tenha enveredado por um caminho de escaramuça e desconfiança política, não procurando esclarecer-se, nem junto dos organismos públicos da região, nem pedindo de forma correta e oficial os números ao PS Algarve, que teríamos muito gosto em ter fornecido de forma detalhada». Mas o PSD afirma estar «a par da trágica situação que o país atravessa. Não a iludiu nem iludiu os algarvios. Não persiste em fazer promessas de investimentos insustentáveis que hipotequem o bolso dos contribuintes». «A nossa posição é clara e as prioridades também: concretizar o Hospital Central do Algarve e requalificar a EN-125». T3 PORTIMÃO - ao ano. Equipado e mobilado. Tlm: 917071294 Tlm: 966128700 P/ ALUGAR AO ANO -Portimão T2 - r/c - preferência com Quintal. 962981418/282485408 oferece-SE PARA CANTAR - Repertório internacional. Sra. Ucraniana procura locais para cantar no Algarve. Bares, Restaurantes, etc... Tlm: 925611454 Anuncie nos Classificados Tlm: 964209792 T3 C/ 120M2 - SB MESSINES - 85000€ Negociáveis Tlm: 922162738 Imobiliário VENDE-SE loja PORTIMÃO - P/ comércio. 1º andar. C. Comercial Tropical. 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Nem todos os atributos são normalmente associados aos habitantes do mar, mas a questão ganha outros contornos se tivermos em conta que centenas de exemplares capturados vivos ao largo da costa algarvia vão estar em exposição, durante vários anos, na Turquia, no novíssimo aquário de Istambul, cuja inauguração deverá acontecer em Fevereiro. Os responsáveis pela operação são os portugueses João Correia e José Graça, dois biólogos que, depois de mais de uma década a trabalhar no Oceanário de Lisboa, montaram um negócio por conta própria para assegurar a captura e transporte de animais vivos com finalidades científicas ou pedagógicas. Fundada em 2006 e com sede social na Horta (Açores), assim viria a nascer a Flying Sharks [tubarões voadores, na tradução portuguesa], aquela que se tornou numa das quatro maiores empresas mundiais da área, tendo já sido contratada para operar na Virgínia (Estados Unidos), em Valência (Espanha) ou Israel. Apesar de as capturas para as encomendas serem feitas em zonas tão distintas como a Horta, o Funchal e Peniche, é ao largo do Algarve que as operações mais importantes são concretizadas. O quartel-general das manobras é a Tunipex (empresa especializada na exportação de pescado gourmet para o Japão), com instalações no porto de pesca de Olhão, onde vários tanques de grandes dimensões aí instalados são a casa temporária de milhares de animais até à sua nova morada. A encomenda feita pela Turquia seria apenas mais um trabalho se não fosse a maior entrega jamais feita pela Flying Sharks. A absorver a quase totalidade das atenções da empresa desde Abril, a operação envolve o transporte de quatro mil animais, a colaboração de uma centena de pessoas e meio milhão de euros de orçamento. Mas houve outras variáveis a dificultar, uma vez que os sucessivos atrasos na construção do novo aquário levaram a que os animais capturados nos Açores – posteriormente transportados para o porto de Lisboa – tivessem de vir de camião até às instalações da Tunipex, para aqui permanecerem vários dias. Isto obrigou a que, até ao início desta semana, cerca de 95 por cento da encomen- filipe entunes filipe antunes | [email protected] Pescadores algarvios deram uma ajuda Apesar de o novo oceanário de Istambul também ter uma área tropical, a Flying Sharks será desde logo o maior fornecedor. Sargos, douradas, besugos, sarrajões, raias, lagostas, santolas, chocos, peixes-aranha são apenas algumas das mais de 200 espécies que seguiram de Olhão para o outro lado da Europa. A captura dos animais foi feita quer através de mergulho com garrafa (a empreda turca estivesse concentrada em Olhão, numa complexa operação que envolveu múltiplos aquários e uma bateria de quatro contentores TIR. «Somos quase obcecados com o bem-estar dos animais e procurámos, durante o transporte, simular os ambientes marinhos. É por isso sa possui uma licença especial), quer através da ajuda das comunidades piscatórias, que acabaram por lucrar com a operação. «Ao longo dos últimos anos, já introduzimos milhares de euros aqui em Olhão e queremos continuar, uma vez que foram empresas como a Tunipex e os pescadores locais que nos ajudaram nas capturas», apontou o gerente da Flying Sharks João Correia. Apesar de a ideia ser a criação de um mostruário do Atlântico, houve a preocupação de capturar essencialmente peixes com boas hipóteses de sobrevivência fora do seu habitat natural e foram deixadas de parte espécies ameaçadas, como o atum rabilho. Não mesma linha, a empresa não faz reservas de animais, considerando isso que até colocamos algas artificiais dentro dos tanques e, nos dias de maior frio, estivemos tentados a comprar aquecedores para aumentar a temperatura ambiente», confidenciou ao «barlavento» João Correia, gerente da Flying Sharks. Apesar de, a esta hora, o carregamento já estar em solo turco, nem só no Algarve se fez espera. Em Peniche, outros habitantes marinhos tiveram de aguardar algumas semanas pela conclusão dos tanques do oceanário. Também ali permaneceram os peixes vindos da Madeira (apenas dois tanques que, por isso, vieram de avião), além de um pequeno lote en- «anti-ético». «Operamos com base nas encomendas que temos, da mesma forma que adicionamos sempre uma percentagem de 10 por cento às nossas faturas para financiar investigação científica em locais tão distintos como a Turquia, a Índia ou a Costa Rica. Além disso, estamos a colaborar com algumas universidades portuguesas», concluiu João Correia. |F.A. comendado pelo cliente ao Canadá. A espera deu, contudo, aos habitantes marinhos, direito a mordomias: todos os peixes tiveram direito a uma passagem por Lisboa em camião TIR, de onde seguiram, esta segunda-feira, diretamente para Istambul em dois aviões de carga. Sem enjoos. Novo Centro de Emprego de Portimão custa 5,5 milhões de euros A ministra do Trabalho e Solidariedade Social lançou a primeira pedra de um projeto que já tem alguns anos, mas que só agora foi possível concretizar helder nunes | barlavento. [email protected] A ministra do Trabalho e da Solidariedade Social Helena André esteve em Portimão, no sábado, Dia da Cidade, para o lançamento da primeira pedra do Centro de Emprego e Formação Profissional. O novo edifício do Instituto de Emprego e Formação Profissional será composto pelas instalações do Centro de Emprego, que irá servir quatro concelhos, um polo de formação, com salas de formação teórica e prática, nomeadamente oficinas e laboratório, gabinetes técnicos, mediateca e campo de jogos cobertos, num investimento de cerca de 5,5 milhões de euros, prevendo-se que a obra esteja concluída em Março de 2012. A ministra Helena André, à margem dos trabalhos, a propósito das iniciativas que o Governo tem vindo a efetuar para alterar as leis do trabalho, referiu que a criação de um fundo social para ajudar à despesa com os despedimentos é «prematura», adiantando mesmo que «não podemos já estar a prever o resultado da negociação e só no final é que veremos as conclusões em relação a algumas ideias e propostas». Segundo a ministra, os objetivos das negociações são para criar condições de apoio às empresas e trabalhadores para responderem às mudanças do mercado de trabalho, de processos de produção e de competitividade, reconhecendo Helena André que o Governo e os parceiros sociais têm de possuir capacidade para «agir rapidamente para responder às necessidades e pôr em marcha alguns dos aspetos que podem ser melhorados». R EGIONA L barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 R 08 Bombeiros de Portimão têm muitos planos para melhorar o serviço prestado A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão (AHBVP) comemorou, no dia 5, o seu 84º aniversário. A «velha senhora» encontra-se de boa saúde, embora tenha sofrido altos e baixos ao longo da sua vida, além de grandes mudanças estruturais provocada pela vontade dos homens e pelas transformações que o desenvolvimento foi operando no concelho. Nasceu da boa vontade de um grupo de cidadãos, numa base de voluntariado puro, quando o auxílio aos vizinhos era um imperativo moral e mais importante do que o dinheiro. «Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades». Nos tempos que correm, as solicitações e exigências da população não se compadecem com voluntariados puros. As entidades patronais não estão preparadas para prejudicar a produção, libertando os seus trabalhadores para acorrer a calamidades; nem os clientes estão preparados para sofrer atrasos no seu atendimento. O número de solicitações, entre acidentes de vária ordem e fogos florestais, subiu em flecha e as associações de bombeiros viram-se obrigadas a profissionalizar um número razoável de elementos. Caso contrário, ser-lhes- ia impossível responder atempadamente e com a qualidade exigida. A AHBVP não foi exceção e conta neste momento com cerca de quarenta trabalhadores assalariados (entre bombeiros e administrativos), com um custo de meio milhão de euros anuais, ou seja, um terço do total das despesas da associação. O «barlavento» foi procurar saber mais, junto de Álvaro Bila, presidente da direção desde Fevereiro, e de Fernando Castelo, o comandante, sobre esta instituição com quem os cidadãos contam nos momentos críticos, mas que tendem a esquecer no seu dia-a-dia. tenção, serão necessários tantos assalariados na corporação? AB – Esta cidade já não permite que haja um incêndio, toque a fogo e os voluntários venham a correr, na medida das suas disponibilidades. São os assalariados quem assegura os inúmeros serviços que diariamente prestamos, 24 horas por dia, como a central telefónica, o serviço de INEM, o pessoal de reserva e uma equipa de primeira intervenção, que deveria ser paga pelo Estado e não é, sendo mais um custo para a AHBVP. Mas é bom que se diga que os assalariados também dão muitas horas do seu tempo à associação como voluntários e têm uma disponibilidade total. Nós somos uma espécie de família e, quando acontece alguma coisa, temos sempre cá muita gente. b– Expliquem lá essa história da equipa de primeira intervenção e do seu pagamento. FC (Comandante Fernando Castelo) – Foi proposto aos corpos de bombeiros do Algarve, pelo senhor coordenador distrital, que se candidatassem à criação de equipas de intervenção permanente, capazes de atuar ao minuto, tendo em vista a especificidade do Algarve e a necessidade de proteção não só dos residentes, mas também dos turistas. O pagamento dessas equipas seria feito em partes iguais pela autarquia respetiva e pela Autoridade Nacional da Proteção Civil. A anterior direção da AHBVP, por razões que desconheço, decidiu não apresentar can- te momento, não dispõe. Felizmente que os nossos bombeiros voluntários estão a regressar a esta casa, até aos fins-de-semana. Até alguns que se tinham afastado permanentemente estão a pedir o seu reingresso. b– E, neste momento, já não é possível apresentar a candidatura? josé garrancho | [email protected] barlavento- Foi eleito em Fevereiro, após um processo eleitoral conturbado. Porque é que se candidatou e o que tem feito nestes últimos oito meses? Álvaro Bila – Havia duas listas a posicionar-se para concorrer e alguns diferendos entre elas, que não estavam a dar bom ambiente interno. Então, para assegurar a estabilidade da associação, decidimos avançar. b– E o que mudou nestes meses? AB – Ter dez anos desta casa, embora integrado noutra direção, com outras pessoas e outras ideias, deram-me algumas noções muito claras do que desejava fazer. Trouxe na minha equipa pessoas que já faziam parte da direção anterior e outras com grande capacidade de trabalho, entre as quais a Celeste, que já por cá tinha passado como bombeira. O nosso objetivo passa por abrir mais o quartel à população em geral, para que saibam quem somos e o que fazemos e que estamos cá, quando necessário. Depois, queremos dar melhores condições de trabalho aos nossos bombeiros. E quando digo melhores condições de trabalho, não será tudo o que eles possam necessitar, pois não temos nenhum poço sem fundo. O dinheiro é cada vez menos, o que nos obriga a fazer cada vez mais contas para podermos acudir ao que o comando nos pede e acha que precisa. b– Abrir o quartel, em que sentido? AB – Primeiro que tudo, dividir o quartel. O quartel tem óptimas condições. Con- tudo está mal dividido: mistura-se, por exemplo, a zona operacional com a do centro médico. E é por isso que estamos a fazer modificações, esperando que, no final deste ano, as coisas estejam a correr de maneira diferente. Esta associação necessita do centro médico e os nossos bombeiros têm de compreender que há zonas que são exclusivamente suas e outras destinadas aos clientes que nos ajudam a viver. Existem cinco gabinetes médicos e iremos abrir mais dois, temos um diretor e um sub-diretor clínicos, respetivamente os drs. Amândio Boneca e Nelson Santos. Agora, vamos tentar aliciar para o nosso centro médico algumas companhias de seguros. E temos um projeto para criar uma acessibilidade externa exclusiva do centro médico para pessoas com mobilidade reduzida. b– E além do centro médico? AB – A secretaria vai mudar de local e ficará localizada junto à porta principal do edifício. Assim, quem vier tratar de assuntos relacionados com os bombeiros não invadirá nem a área operacional, nem a zona do centro médico. b– E que mudanças a nível operacional? AB – A AHBVP tem um novo comando desde Outubro, embora o atual comandante tivesse sido nomeado segundo comandante em Agosto e tenha vindo, desde essa altura, a reestruturar a corporação. b– As pessoas perguntamse: numa época de con- didatura, ao contrário de outras, como Silves e Vila do Bispo. Todas as associações de bombeiros que se candidataram foram contempladas. Ora Portimão, sendo a cidade que é, carece com urgência de uma equipa de intervenção permanente. Só que isso acarreta verbas de que a nossa associação, nes- FC – Falámos com o senhor coordenador distrital e apresentámos a candidatura, mesmo fora de prazo. Tivemos o aval da senhora Governadora Civil mas, quando chegou à Autoridade Nacional de Proteção Civil, devido à falta de verbas, foi chumbada. b– Além dos quarenta assalariados, quantos bombei- «Precisamos urgentemente de uma nova A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Portimão aposta em servir cada vez melhor a população e apela a que as pessoas a apoiem, tornando-se associadas b– No passado, as verbas pagas aos bombeiros pelo serviço de transporte de doentes eram muito inferiores às que pagavam às ambulâncias privadas e os bombeiros perdiam dinheiro em cada viagem que efetuavam a Lisboa. E agora? AB – As verbas foram atualizadas, mas temos de pensar que uma viatura destas custa 50 mil euros, leva oxigénio, que também é pago por nós, dois homens que, muitas vezes, ultrapassam o horário de trabalho e têm de comer, mas uma coisa é certa: a população de Portimão merece que os seus bombeiros os levem a Lisboa, se for caso disso. b– E a população de Portimão merece os bombeiros que tem? Quantos associados têm vocês, com as quotas em dia? AB – Eu penso o contrário. Penso que temos de dar primeiro, para receber depois. Devo dizer que cada vez há mais serviços sociais, cobrados a cinco euros e que mesmo assim, semanalmente, nas reuniões de direção, encontramos muitas guias de transporte que não foram pagas, porque as pessoas não têm condições para o fazer. Mas isso não impede que sejam tratadas com dignidade. Todas as semanas levamos um número elevado de doentes à hemodiálise, numa viatura que já tem muitos anos e muitas horas de trabalho, mas não temos meios para substitui-la. Temos de comprar uma nova viatura urgentemente, não podemos passar sem ela, e teremos de encontrar subsídios – e quando falo de subsídios estou a falar de ajuda de toda a população, pessoas conhecidas e amigas da associação -, porque não podemos tirar dinheiro do orçamento deste ano para a comprar. E aproveito aqui para fazer um apelo: se as pessoas de Portimão querem ter bombeiros à altura, deviam associar-se, pois 12 euros por ano não representam nada para muita gente. Temos 2700 sócios, mas felizmente estão a aparecer novos associados, quase todos os dias. E aproveito para frisar que esta casa não é dos bombeiros, nem da direção, é de toda a população. É para ela que nós existimos. b– E têm alguma campanha de R EGIONA L 09 www.barlavento. pt josé garranho barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 R viatura para levar as pessoas à hemodiálise» angariação de sócios programada? AB – Durante todo o passado mês de Novembro, tivemos várias atividades de rua programadas, nas várias freguesias, que passaram por visitas às escolas, rastreios, exposições, simulacros e atividades desportivas e culturais. b– Voltando ao corpo ativo e aos serviços permanentes: o INEM é rentável para a associação? AB – Nós recebemos uma percentagem sobre os serviços efetuados e o que recebemos é suficientes para pagar as duas pessoas que são necessárias para cada serviço. O número de serviços diminuíram, quando o INEM entregou de uma ambulância ao hospital, mas estão a aumentar de novo. Mais doze elementos desta corporação acabaram de completar com êxito o curso que lhes permite andar nas ambulâncias do INEM. E o transporte de doentes sempre foi uma vocação dos bombeiros. b– A zona antiga da cidade, com todos os seus problemas, que vão das construções antigas às ruas estreitas e estacionamento desordenado, com problemas de acessos às viaturas de socorro, como é vista pelos responsáveis pela segurança? AB – Essa foi sempre a preocupação das direções e dos comandantes desta casa. Finalmente, com a ajuda da Câmara e da Junta de Freguesia, comprámos uma viatura de fogo mais pequena, que entra em muitas ruas dessa zona. E não entra em todas, porque as pessoas não pensam e os próprios moradores estacionam em locais onde não deviam e dificultam-nos a passagem. FC – O maior problema não são os moradores, mas aqueles que se deslocam ao centro da cidade, não querem pagar estacionamento e deixam as viaturas de qualquer maneira, dificultando ou impe- dindo até o acesso. E a polícia não possui qualquer viatura que consiga removê-las, devido exatamente à pouca largura das ruas. Isso tem a ver com civismo e com a sensibilidade das pessoas. Porque, mesmo nas zonas mais largas, temos pessoas que estacionam de qualquer maneira, dificultando a passagem das viaturas prioritárias. b– Falem-nos das vossas equipas especiais, que o grande público desconhece. FC – Temos uma equipa de resgate em grande ângulo, ou seja, salvamento em grande altura, uma equipa de mergulhadores que tem sido requisitada para muitos serviços, as equipas de formadores, que atuam na formação interna e estamos agora a iniciar o fornecimento de serviços de formação externa, além das conhecidas equipas do INEM. E podemos acrescentar que o nosso pessoal de resgate e primeira intervenção treina diariamente. E não podemos es- quecer a secção desportiva e a fanfarra, que levam o nome da associação e do município por esse País fora. E, neste particular, gostaria que deixar um agradecimento especial ao chefe Nuno Silva, responsável pela fanfarra, que tem sido incansável para levar a bom porto a tarefa difícil de ensinar e transmitir os conhecimentos necessários, tanto aos mais pequenos, como aos mais graúdos. AB – Como comentário final, gostaria de agradecer a todo o corpo de bombeiros, pois mudaram várias caras, mudaram de direção e de comando e a resposta sempre muito positiva e o apoio que nos têm dado são de salientar. Porque, com tantas mudanças de pessoas, as novas caras que entraram no quartel e as imensas transformações, até a nível de obras que têm sido efetuadas, é natural que surja um ou outro atrito. Mas, no próximo ano, já poderemos colher os frutos destas modificações. ros voluntários tem a AHBVP no ativo? FC – Embora as entidades patronais não soltem os seus trabalhadores durante as horas de trabalho, eles vêm durante a noite e asseguram um piquete semanal que nos dá alguma garantia de intervenção em caso de necessidade. Temos cerca de sessenta voluntários para formar equipas de seis homens cada. E há 28 novos voluntários em formação. b– E de onde vem o dinheiro para fazer face às despesas da AHBVP? AB – A quase totalidade é assegurada por um contratoprograma com a Autarquia, a renda do Pingo Doce, a garagem de recolha e os gabinetes médicos. b– Essas são, então, as verbas permanentes da Associação? AB – Permanentes, mas não tão permanentes assim. O contrato-programa depende das disponibilidades da autarquia e é isso que eu gostava de salientar: nunca podemos fazer contas certas com o dinheiro que vamos ter. E, ao fim e ao cabo, isto é quase uma empresa, com os seus custos diários e o seu pessoal assalariado, que custa cer- ca de 40 mil euros mensais, e temos de gerir contando com recursos que, muitas vezes, não são certos. FC – Estamos a dar início a ações de formação viradas para as empresas que careçam dela, nas áreas do combate a incêndios e do socorrismo. Essa vertente irá ser positiva, não só no campo financeiro, mas também na divulgação da AHBVP. AB – E vamos também dinamizar o aluguer das salas de formação que possuímos. E prestamos serviços a várias entidades, como o autódromo e o Morgado de Reguengos, tentando rentabilizar os meios de que dispomos. b– Se as verbas de que estamos a falar chegassem a tempo e horas, as dificuldades da associação terminavam? AB – Certamente. Temos um orçamento anual a rondar o milhão e meio de euros e temos que fazer muitas contas e ter muito cuidado para que o nosso pessoal receba atempadamente e os nossos fornecedores, que são muitos, sejam pagos a tempo e horas. Nós também fazemos outros serviços, incluindo para o Ministério da Saúde, com o transporte de doentes. regional barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 R 10 Unidade de Cuidados Continuados de Estoi é composta por 41 camas No sábado, foi lançada a primeira pedra da Unidade de Cuidados Continuidades de Estoi, propriedade da Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social, que tem mais projetos idênticos em carteira helder nunes | [email protected] «Este novo projeto foi pensado há 15 anos. Sempre foi nossa intenção intervir na área da terceira idade», revelou Luís Coelho, presidente da Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social, que lançou a primeira pedra de uma unidade de cuidados continuados a ser construída na freguesia de Estoi. A ceri- mónia, que foi presidida pela ministra da Saúde Ana Jorge, decorreu no Cinema Ossónoba, naquela vila do concelho de Faro, no passado sábado. Luís Coelho adiantou que a Fundação «vai ter muitas outras intervenções nesta área, não com ideias economicistas, mas de apoio ao setor mais carenciado. Esta é a primeira obra, mas temos em fase adiantada o processo para desenvolvermos em Monchique um outro projeto». A ministra Ana Jorge lembrou o trabalho que tem vindo a ser desenvolvi- do a nível da rede de cuidados continuados no país, que existe há já quatro anos, sendo o Algarve uma das regiões onde maior incremento se verificou. «O ideal seria que os mais velhos ficassem o mais tempo possível nas suas ca- sas, mas por vezes isso não pode ser. E o Algarve tem respondido às necessidades, através do apoio domiciliário alargado e da abertura de unidades para cuidados continuados», acrescentou Ana Jorge, concluindo que «Por- Novo Hospital central pode ter «luz verde» em 2011 A ministra da Saúde Ana Jorge, na sua visita ao Algarve, disse que o novo Hospital Central da região poderá ter «luz verde» no início de 2011. Ana Jorge disse que o futuro hospital «é uma mais valia em saúde e permite algumas economias» na gestão em relação ao Hospital Distrital de Faro, por isso admite que há boas probabilidades de a Parceria Pú- blico Privada para a construção da nova unidade de saúde central da região ser uma das escolhidas na reavaliação que o Governo está a fazer a estes mecanismos, devido à crise. A ministra disse estar «com esperança de que a crise não vá afetar» a construção do Hospital Central do Algarve e por isso ser possível «pensar na transferência deste hospital (o Distrital de Faro), que tem 30 anos, para outro de grande dimensão e maior qualidade» a partir do início do próximo ano. Depois dos sucessivos adiamentos do lançamento desta obra, o anúncio de uma possível «luz verde» no próximo ano levou o PSD Algarve a criticar a posição da responsável pela pasta da Saúde, por considerar que Ana Jorge não justificou as sucessivas alterações de da- tas para a construção do futuro Hospital Central. «Lamentamos o facto de a senhora ministra ter vindo ao Algarve e não ter justificado aos algarvios as sucessivas alterações ao calendário do processo de construção do referido Hospital», afirmou a Comissão Política Distrital dos social-democratas em comunicado. Este órgão regional do PSD, presidido por Luís Gomes, sublinhou que Ana Jorge «não referiu a razão pela qual não foi cumprido o prazo para o início da obra que era de 2009, tal como foi anunciado em 2007 pelo Governo». «Mais uma vez existe uma nova promessa de calendário e mais uma promessa não cumprida por parte do governo PS na Região do Algarve», acrescentou a CPD do PSD algarvio. tugal mais solidário é capaz de dar resposta aos mais carenciados». A Unidade de Cuidados Continuados de Estoi é composta por 41 camas para internamento de manutenção ou longa duração, fica implantada numa área de terreno de 2372,31 metros quadrados, e é constituída por dois pisos, estando o seu custo final previsto em 2,53 milhões de euros, estimando-se que dentro de 14 meses a obra esteja concluída. Este projeto é financiado ao abrigo do Programa Modelar e vai ser edificado num terreno cedido pela Câmara de Faro. O projeto da autoria da «Mech Consultores» procurou envolver o edifício com o espaço público, nomeadamente com o Centro de Saúde, utilizando na sua construção materiais da região, como pedra e reboco branco. Outra das soluções contempladas é o recurso às energias renováveis, como contribuição para uma melhor eficiência energética, proporcionando condições de conforto e de qualidade do ar interior e reduzindo os custos dos consumos energéticos. A Fundação Algarvia de Desenvolvimento Social procura expandir a sua atividade, daí ter desenvolvido um projeto para a construção desta unidade de cuidados continuados integrados, estando prevista a criação de 30 a 40 postos de trabalho. Um ano depois da primeira pedra, Al-Vita abre as portas como prometido A ministra da Saúde inaugurou, em Portimão, a Unidade de Cuidados Continuados Integradas Al-Vita, um investimento totalmente privado Um ano depois de ter sido lançada a primeira pedra do projeto Al-Vita – Unidade de Cuidados Continuados Integrados de Portimão, um investimento totalmente privado, deu-se a sua inauguração no sábado, com a presença da ministra da Saúde Ana Jorge. E assim se cumpriu a promessa feita em 2009 por Horácio Nunes, presidente da empresa PRO-FN Serviços de Saúde, proprietária daquela infraestrutura, de que esta seria a data para abrir as portas. «A criação deste espaço, com toda esta qualidade, é mais uma esperança de vida para os idosos que têm aqui a possibilidade de continuar o seu tratamento e voltar à sua casa», afirmou a ministra da Saúda, no decorrer do ato de inauguração. Ana Jorge sugeriu, depois da visita que efetuou, que nos espaços exteriores fosse criado «um jardim de cheiros e cores», para estimular os sentidos que o envelhecimento vai retirando. Esta infraestrutura «vem dar uma mais valia à cidade em termos competitivos», realçou o presidente da Câmara Manuel da Luz. É que, salientou o autarca, numa região como Algarve, os «turistas põem em primeiro lugar a perceção que têm da qualidade dos serviços prestados na área da saúde». Na mesma linha, falou Rui Lourenço, presidente da Administração Regional de Saúde, ao salientar que o facto de se «colocar à disposição das pessoas esta rede de cuidados continuados marca a excelência da região». Ficou a promessa de Horácio Nunes, visivelmente contente e ao mesmo tempo nervoso, de que, «no futuro prestaremos cuidados de excelência a todos os que para aqui venham, com muita proximidade e uma grande hu- manidade», exemplo que ele próprio transmitia afagando nos seus braços a sua neta. A obra está pronta e começa a funcionar em Janeiro. Foram assinados dois protocolos de cooperação com a Administração Regional de Saúde e o Instituto de Segurança Social, para a contratualização dos serviços para a Unidade de Convalescença e para a Unidade de Média Duração, estando prevista a criação de 65 postos de trabalho. O custo total do investimento ronda os sete milhões de euros. Possui 35 camas para a unidade de média duração e reabilitação e 35 camas para a longa duração e manutenção. |H.N. p u b li c i d a d e barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 11 www.barlavento. pt regional barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 R 12 Tavira amplia estacionamento gratuito junto ao rio Circuito de manutenção, zona verde e obra de arte assinada por Bartolomeu dos Santos vão surgir junto à zona ribeirinha. Projeto custa 800 mil euros filipe antunes | [email protected] Até ao Verão, a margem esquerda de Tavira vai estar mais próxima do rio e oferecer novos lugares de estacionamento para servir a Baixa da cidade. Apesar de o local já ser informalmente utilizado como zona de parqueamento, depois de as últimas cheias do rio Gilão terem derrubado parte de um muro ali existente, a ideia da autarquia é agora organizar o espaço, «voltando a cidade para rio». Apelidado de Parque Verde do Rio Séqua (o rio só dá pelo nome de Gilão depois de passar a ponte antiga), o projeto contempla uma zona de estadia e convívio, um circuito de manutenção e permitirá a ligação à escola fixa de trânsito e restantes equipamentos de lazer ali situados. O estacionamento será uma das mais valias do parque, já que serão criados 88 novos lugares gratuitos para veículos ligeiros. As bicicle- tas não foram esquecidas, estando reservados seis espaços para o efeito. De acordo com fonte do gabinete da presidência da Câmara de Tavira, a intervenção contempla igualmente a instalação de uma estátua de homenagem ao navegador tavirense João Vaz Corte Real, nos terrenos circundantes à Casa das Artes. A obra de arte será esculpida pelo mestre José Faria e o desenho foi idealizado pelo falecido artista e professor Bartolomeu dos Santos, que escolheu Tavira como residência nos seus últimos anos de vida e doou parte do seu espólio à Câmara de Ta- vira, com vista à criação de um centro de gravura. O valor global dos trabalhos ascende aos 800 mil euros, estando neste momento em «fase de procedimento». O prazo de execução da obra é de nove meses, podendo vir a beneficiar de fundos comunitários (o montante ainda não é conhecido). O anúncio da requalificação ribeirinha surge poucos dias depois de a Câmara de Tavira ter decretado a suspensão do estacionamento tarifado na margem esquerda da cidade. O pagamento naquela zona havia sido decretado em 2008, ainda durante o mandato do so- cial-democrata Macário Correia. Por agora, fonte do executivo de Jorge Botelho (PS) garante que a medida está «em avaliação», embora a gratuidade naquela zona se deva manter até ao Verão. Apesar o estacionamento tarifado ter sido implementado em várias ruas da margem esquerda, poucos automobilistas recorriam ao pagamento, optando por alternativas gratuitas, embora mais distantes. Ao que o «barlavento» apurou, vários parquímetros chegaram a ser vandalizados, ficando interrompido o seu normal funcionamento. pub. barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 13 filipe antunes Enquanto em São Brás existe a maior coleção de Meninos Jesus do país, em Santa Catarina, Tavira, há quem ainda conserve as raízes medievais do Natal na sala de estar Aos 77 anos, nunca a dona Maria Valentina Jesus pensou que a sua sala se transformasse numa galeria de museu. Até ao passado domingo… altura em que o Museu Municipal de Tavira/Palácio da Galeria organizou uma visita cultural à tradição do presépio algarvio. É que esta residente em Santa Catarina Fonte do Bispo (Tavira) é a fiel detentora de dois Meninos Jesus centenários, peças cuja origem remonta às mãos do mestre Faustino José Bernardo, conhecido como um dos antigos pinta-santos da serra algarvia. Como ele, havia mais três «faz santos» – José Martins Murteira e Ventura das Neves – agricultores e carpinteiros de profissão que, perante a falta de trabalho nas invernias prolongadas, ocupavam o tempo fazendo imagens de santos não só para família, mas também para vender. De tal modo assim foi que a localidade entalada na Serra do Caldeirão ganhou fama e transformou-se num dos maiores polos desta arte popular. O exemplar de Valentina é uma das peças oferecidas pelo próprio artesão à família. Como ela, o «barlavento» descobriu haver mais pessoas que ainda conservam relíquias em casa, muitas delas esquecidas em gavetas. Não é este o caso. De Inverno, o menino de faces rosadas e de rosto estranhamente adulto, esculpido em madeira, permanece no quarto de Valentina Jesus, ao passo que na quadra natalícia é cuidadosamente transportado numa redoma de vidro para a divisão de entrada. «O padre José da Cunha Duarte já me perguntou se eu o queria vender para o museu, mas eu disse que não. Enquanto for viva, tenho o menino comigo, porque tem um valor sentimental. É mais velho do que eu», atira, decidida. Esta história não estaria completa sem nova referência ao padre José da Cunha Duarte, fundador do Museu Etnográfico do Trajo Algarvio (São Brás de Alportel), onde se encontra a maior coleção de Meninos Jesus do país. Para atingir esta meta, muito contribuiu a sua investigação sobre as origens do Natal algarvio, trabalho que deu origem ao livro «Natal do Algarve – Raízes Medievais». Apesar de o museu continuar a adquirir relíquias, o pároco contou que muitas imagens dos pinta-santos estão dadas como perdidas. Outras foram mesmo para o lixo, como testemunhou, quando chegou ao Algarve, no início da década de 80, e iniciou a recolha. Hoje, mais do que conservar o valor das peças – que é muito –, José da Cunha Duarte quer sobretudo preservar a memória, não abdicando por isso de armar os presépios tradicionais na sua paróquia de São Brás, onde naturalmente o Menino está em primeiro plano. Depois, há nestas imagens outras pistas que permitem ler a história e o contexto social do passado. «Consoante as posses, assim se vestiam as figuras. Por isso, as mais pobres estão descalças, enquanto as que estavam nas famílias mais abastadas até apresentam sapatos de couro», exemplificou ao «barlavento». Tradição remonta ao século XVI Segundo o padre José da Cunha Duarte, foi no século XVI que o Cardeal Bérulle introduziu naquela região francesa a tradição das searinhas e das laranjas ao lado do Menino Jesus, para que Este abençoasse as se- menteiras e as árvores de fruto. Em Portugal, este presépio ainda se conserva no Alentejo e no Algarve, sendo representado por um trono em forma de escadaria, onde um Menino apare- ce de pé, ao centro, ladeado por laranjas e searinhas de trigo. Apesar de a Revolução Francesa ter introduzido os presépios de grandes dimensões, o Sul de Portugal conservou os modelos arcaicos. |F.A. filipe antunes Tradição do Menino Jesus continua viva na serra algarvia 14 barlavento Quinta-feira 16-12-2010 15 barlavento Quinta-feira 16-12-2010 Um Natal diferente na Ucrânia Yana Chaban* Sob frio intenso e debaixo de neve, o Natal ucraniano é celebrado só no dia 7 de Janeiro, de acordo com o calendário ortodoxo. E as tradições são diferentes das portuguesas são ”Kristos narodevsia”, que significa “Cristo já Nasceu”. Após a Ceia, a mesa é deixada com o resto dos alimentos até à manhã de Natal. Este ritual serve para homenagear os antepassados que, segundo a crença, devem ser relembrados nesta noite. Na véspera de Natal, após a Ceia, a família reúnese e canta Kolhadkas, que tem subjacente temas religiosos, como o nascimento de Jesus Cristo. Também no dia de Natal, após a missa, e de regresso a casa, a família reúne-se para cantar estas canções. No Natal, as crianças e jovens reúnem-se e andam de casa em casa a cantar Kolhadkas, mascaradas de anjos, pastores, reis, e mostram a sua felicidade e divertimento. Tenho muitas saudades de celebrar o Natal na Ucrânia, pois há muito tempo que não é possível reunir toda a minha família. *Aluna do 10ºano, da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, de Portimão Pub. G ostaria de descrever as Tradições e Costumes da celebração da festa de Natal no meu país – a Ucrânia, que são totalmente diferentes, não só pela diferença da cultura de Leste, mas também pela diferença do clima. O Inverno é muito frio na Ucrânia, com temperaturas até 25 graus negativos. Os campos e as árvores mudam o seu vestido por um cobertor branco, formado de flocos de neve, que cobre tudo à sua volta. As árvores ficam muito lindas cobertas pela geada que intensifica mais o ar natalício. Muitos dos seus costumes e tradições antigos têm sido, ao longo dos tempos, preservados e transmitidos de pais para filhos. O Natal é uma das celebrações mais importantes, incluída no calendário de feriados religiosos, que no meu país se comemora no dia 7 de Janeiro, segundo o calendário velho. No período soviético, contado pelos meus pais, o Natal não era festejado oficialmente na Ucrânia. Contudo, os ucranianos nunca esqueceram as suas tradições natalícias. Na véspera do Natal, não se consome carne nem derivados de leite até à Ceia. A véspera de Natal, dia 6 de Janeiro, é chamada Sviaty Vetchir (noite santa). Neste dia, junta-se família toda e as pessoas dedicam-se somente à preparação da Ceia de Natal. Um dos símbolos é a árvore de Natal, que tem que ser bem decorada com bo- linhas de Natal. A mesa é decorada, simbolicamente, com o didukh, que é um pequeno feixe de trigo, centeio ou aveia, decorado de forma especial, como símbolo de prosperidade, que é colocado na cabeceira da mesa. A mesa natalícia é forrada com feno seco e no chão também é espalhado algum feno, de forma a relembrar que Jesus Cristo nasceu numa manjedoura. Em cima do feno, é colocada uma toalha bordada, ou duas toalhas. Uma para representar os membros vivos da família e outra para os familiares que já faleceram. Na mesa festiva, encontram-se 12 pratos de Ceia diferentes, que simbolizam os doze apóstolos de Jesus Cristo. Muitos pratos, que compõem a mesa festiva, são à base de vegetais, peixe, cogumelos. Exemplo disso são os pratos típicos: borsch, varenyky, golubtsi e muitos outros. No centro de mesa, é colocado kalatch - semelhante ao pão doce com sementes de papoila. O primeiro prato a ser servido é kutiá. O kutiá e feito com dois ingredientes de extrema importância: o trigo cozido, que simboliza a riqueza, e o mel, que é o símbolo de felicidade. Também constam os miolos de nozes e sementes de papoila. O kutiá é servido pela pessoa mais velha da família. A Ceia começa quando aparece a primeira estrela no céu, o que significa que Jesus Cristo nasceu e os membros de família cumprimentamse, pronunciando a expres- 16 barlavento Quinta-feira 16-12-2010 Os lados bons da Vida Carlos Luís Figueira M as os da minha infância têm outro sentido. Vivíamos na casa da minha avó materna, num espaço que, passados que foram muitos anos, quando de novo o visitei, me parecia pequeno demais para ali se ter feito tanta coisa, pois naquela única sala que dispúnhamos se confecionava o que comíamos, sempre a cargo da minha avó, que assumia a responsabilidade da gestão dos recursos da casa, e, nesse mesmo espaço, o meu pai fabricava roupa, auxiliado por jovens costureiras. Roupa nova que se estreava no dia de festa. Vivíamos apertados, mas não amontoados. A casa, que dispunha de mais alguns espaços, tinha lugares mágicos. Um poço na dita sala de entrada, com água suficiente para as lim- As minhas recordações do Natal têm muito que ver com a minha infância. Há certamente outros Natais que já em idade adulta aconteceram, sobretudo com a presença dos meus filhos, dos quais guardo também gratas recordações. pezas que regularmente ocupavam fins de semana, e também para nele se refrescarem as bebidas no Verão, através de um engenhoso processo. Mas o que impressionava e tornava o lugar mágico era quando, através da queima de papel, se iluminava o espaço para tentar descobrir a altura da água que dispunha. Víamos então paredes negras que desafiavam a nossa imaginação e, lá muito em baixo, a água, cuja origem nos intrigava. Seguia-se um longo corredor por onde já noutros tempos tinham passado animais para se reconfortarem numa manjedoura, após jornadas duras de trabalho. A manjedoura ainda lá estava, a servir agora de depósito de trastes velhos, com a esperança de algum dia poderem vir a ser úteis. No teto do longo corredor que lhe dava acesso, penduravam-se melões e secavam-se uvas que se comiam na noite de Natal, perfumando um percurso que dava acesso à última divisão da casa. Lugar também ele misterioso, no qual se guardavam enchidos e conserva de azeitonas, se tratava e conservava a carne de porco. Misterioso porque nele se respiravam cheiros diversos e, na obscuridade de alguns dos seus recantos, imaginávamos existirem animais perigosos, porque avisados estávamos da sua existência pelos nossos pais, e assim sendo só nos atrevíamos a aproximar de tais labirintos em certos dias em que nos sobrava a coragem. A ceia de Natal principiava com uma sopa de feijão e espinafres, a que se seguia bacalhau frito de cebolada, terminando com um galo assado, porque para peru não havia dinheiro. Em anos de maior desafogo, o borrego substituía o galo. Mas era a seguir que vinha o melhor, os doces de Natal, as aze- vias que por aqui, por influência de Espanha, se chamam tortilhas, recheadas de doce de amêndoa ou de grão, em anos de maior aperto. Os doces antecediam os esperados presentes. Embora a expetativa das ofertas estivesse sempre dependente da presença do tio Luis. Marinheiro de todos os mares, figura sempre desejada e nem sempre desfrutada, trazia consigo, para além de histórias que alimentavam sonhos, brinquedos que antecipavam o tempo. Nessas noites, quando a esperança de podermos ter a sua presença já se perdia e de súbito se abria a porta e entrava ele, alto e ruivo, com uma grande mala que de pronto se abria no chão da sala onde tudo se fazia, então a felicidade atingia-nos a todos. Estávamos num ano de Natal mais feliz. pub. 17 barlavento Quinta-feira 16-12-2010 18 barlavento Quinta-feira 16-12-2010 O regresso das filhas pródigas A falta de saúde e o cansaço, de mais um dia de trabalho, produziam evidentes marcas no rosto de Justina. O coração, esse «maganão», resistia a todas as canseiras e desgostos, alguns deles ainda bem recentes. «Se o coração serve para amar também servirá para sofrer!», pensava ela, enquanto batia as claras do bolo para a ceia de mais um Natal. Arménio Aleluia Martins M eu Deus, que Natal me dás este ano? E continuava agitando a colher de pau com maior violência como que para afastar as imagens que fervilhavam na sua cabeça. Maquinalmente olha para o fogão, sobre o qual estava a panela grande para cozinhar o galo que depenara horas antes. Quanto mais queria esquecer, mais as imagens surgiam na sua mente. Pensava «onde estará naquele momento a Maria Antonieta, a sua filha mais nova que, em busca da felicidade fácil e efémera, deixara casa, marido e uma filhinha de 3 anos, a Lurdinhas? E a Maria de Jesus, a outra filha, que casada, sem amor, com um primo, rompera essa ligação, indo de abalada, com outro homem, até terras de França, deixando ao marido o encargo de cuidar das suas duas filhas? Saberá ela que o Gabriel morreu intoxicado com algo que comera?». Uma certa angústia atingea enquanto limpa no avental o dedo sujo de farinha e açúcar. Indiferentes a tudo isto, a Lurdinhas e as suas primas Isabel Maria e Carla, que vieram viver com a avó, brincam despreocupadas. De vez em quando, os seus olhinhos dirigem-se para a pequena árvore de Natal colocada ao canto da salinha, com as luzinhas a acenderem e a apagarem, ao lado da qual se encontra um minúsculo pre- sépio, símbolo do mais sublime acontecimento da história da humanidade: o nascimento do Redentor. Na ingenuidade dos seus verdes anos, poderia ver-se alegria, mas não aquela felicidade que faz transbordar corações e se reflete nos rostos, nos olhos e até nos próprios gestos. A falta dos pais, naquele momento, não poderia deixar de ser sentida. Acabara de chover e assim o frio fazia-se sentir com mais intensidade. O vento agita violentamente as ramagens dos pinheiros que quase abraçam as casas alinhadas pela encosta acima, no bairro onde moram alguns dos trabalhadores da empresa em que trabalham. Justina abre a panela para ver se o ensopado está quase cozido. Olha para o relógio e atravessa o corredor, indo ao encontro das suas netinhas, a maior rique- pub. 19 barlavento Quinta-feira 16-12-2010 za da sua vida amargurada. Faltam dez minutos para a meia-noite e dentro de pouco tempo chegará António José, que sai do emprego a essa hora. As crianças, normalmente, vão cedo para a cama, mas, hoje, por ser um dia especial, partilharão com eles a Ceia do Natal, o que para elas constitui um motivo de prazer, por ser diferente dos outros dias. Justina coloca na mesa a sua mais bela toalha e põe os melhores pratos e os copos do serviço que lhe ofereceram quando casou. Até põe o talher inox e guardanapos como se fosse receber visitas especiais. Ao centro, uma pequena jarra de flores e uns pratinhos com azeitonas, miolos de amêndoa e bolinhos. Estava a cortar o pão quando a porta se abre e entra o António José. Dá um sorriso para as crianças que, não sendo suas netas, adora como se o fossem, enquanto esfrega no rosto as mãos sujas. - Justina, está um frio de rachar! Espera só um bocadinho que eu vou lavar as mãos e volto já! As crianças dão voltas à mesa, mirando o bolo grande e os bolinhos que estão nos pratos. Justina, com paciência, diz-lhes para esperarem pelo avô. Sentam-se à mesa em silêncio. Já passam alguns minutos da meia-noite. A canja é comida sem grande prazer. Justina serve os pratos com a precisão que sempre faz no dia-a-dia. Não há alegria no seu rosto e António José também está taciturno. Olha para as crianças, cujos rostos inocentes e puros estão tristes e os seus olhitos sem chama. Sentirão a falta dos pais? Pensa ele, sem se enganar. Começam a comer as batatas com a carne do galo, engordado durante largos meses, quando no meio do ruído da noite invernosa e agreste sentem a chegada de um automóvel. Deixam de mastigar por momentos. Justina levanta-se e vai espreitar pela janela. Vê um carro grande que lhe pareceu um táxi, donde saem duas mulheres. É com visível ansiedade que sente os passos encaminharem-se para a porta da sua casa. Batem ligeiramente e ela vai abrir sem perguntar quem está. Duas mulheres jovens e ainda belas entram naquela modesta casa, caindo nos braços da sua angustiada mãe. As crianças, essas sim, é que sentem com maior intensidade a alegria que transborda nos seus pequenos corações. Há sorrisos, há felicidade, há amor naqueles seres sentados em redor daquela mesa, ainda há pouco tão silenciosa e triste. A Ceia do Natal fez unir mais uma família. pub. 20 barlavento Quinta-feira 16-12-2010 R egiona l barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 R 21 www.barlavento. pt O exercício foi o primeiro teste no terreno do plano de intervenção e permitiu detetar algumas falhas Dois mortos e 15 feridos foi o resultado fictício do simulacro de acidente que decorreu esta manhã na Via do Infante, entre os nós da Penina e da Mexilhoeira Grande, no concelho de Portimão. O exercício, promovido pelo Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, serviu para testar no terreno os procedimentos e a operacionalidade do Plano Prévio de Intervenção na A22, que se encontra homologado, e que nunca tinha sido testado. No final, o comandante do CDOS revelou que o exercício, denominado «Infante Seguro10», permitiu detetar falhas de «articulação e informação» entre os vários agentes de Proteção Civil. Segundo Vaz Pinto, há «aspetos da operacionalidade que têm de ser melhorados, nomeadamente a articulação e a passagem de informação no terreno com as várias entidades envolvidas». O simulacro tinha como cenário dois acidentes graves neste troço da A22: no sentido Portimão/Lagos, um camião cisterna carregado de materiais perigosos despistou-se e virou-se, tendose incendiado o depósito de gasolina. A intervenção dos bombeiros evitou que o fogo alastrasse à carga perigosa. No entanto, em consequência do acidente, o motorista e o ajudante do camião cisterna ficaram gravemente feridos. Devido ao fumo do incêndio, que atravessou a faixa de rodagem, no sentido contrário da Via do Infante deuse um choque em cadeia, envolvendo cinco viaturas, uma das quais uma carrinha. Um dos automóveis caiu do viaduto, estatelando-se cá em baixo e causando a morte dos seus dois ocupantes. Deste choque em cadeia resultaram ainda 13 feridos, alguns dos quais tiveram de ser desencarcerados das viaturas sinistradas. O simulacro, que contou pub. EMARP, EEM – PORTIMÃO ADMISSÃO DE PESSOAL (M/F) 1 TÉCNICO SUPERIOR NA ÁREA DE GESTÃO INTEGRADA DE SISTEMAS Requisitos: • Curso superior, de preferência numa área de engenharia; • Pós-graduação / Curso de especialização em sistemas integrados de gestão (com duração entre as 300 e as 400 horas); • Bom domínio da Língua Inglesa (oral e escrita); • Carta de Condução; • Conhecimentos de informática na óptica do utilizador. As condições e o prazo limite de candidatura (23-12-2010), encontram-se afixadas na Sede desta Empresa Municipal, sita na Rua José António Marques, n.º 17 em Portimão. Para mais informações, devem os interessados contactar os Recursos Humanos, através do telefone 282 400 266 ou consultar o site www.emarp.pt Portimão, 14 de Dezembro de 2010. O Administrador Executivo, (João Rosa) com a participação de meios da Proteção Civil, nomeadamente dos Bombeiros de Portimão, Lagoa, Lagos e Silves, bem como da GNR, do INEM/CODU, e até da empresa Euroscut, responsável pela concessão da autoestrada A22, levou ao encerramento completo da Via do Infante, entre os nós da Penina e da Mexilhoeira. Enquanto durou o simulacro, o trânsito foi desviado pela GNR para a EN125. Comentando o exercício, josé garrancho Simulacro de acidente fechou Via do Infante a governadora civil Isilda Gomes sublinhou que «uma rápida resposta pode evitar a perda de muitas vidas». No simulacro, estiveram envolvidos 126 operacionais, 46 viaturas ligeiras e pesadas dos diversos agentes de Proteção Civil. |J.G./E.R. Veja mais fotos na galeria multimédia em www.barlavento.pt pub. r egiona l barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 R 22 Universidade do Algarve nunca subscreveu intervenção na barra da Fuzeta filipe antunes O projeto para abertura de uma nova barra na ilha da Fuzeta não contou com a participação da UAlg, que só foi chamada a pronunciar-se quando a obra estava a começar hugo rodrigues | [email protected] pub. A Universidade do Algarve, que nunca subscreveu a solução encontrada, avisou a Administração da Região Hidrográfica do Algarve que a manutenção de duas barras abertas, em simultâneo, na Fuzeta, em Olhão, poderia resultar no fecho da barra que estava a começar a ser aberta, algo que acabou por acontecer pouco dias depois da inauguração da obra. Apesar de ter sido chamada a pronunciar-se, a UAlg não participou na elaboração de um plano para a obra, tendo apenas sido solicitado o seu parecer «numa segunda fase», garantiu ao «barlavento» o geólogo e professor universitário Óscar Ferreira. Segundo este especialista em dinâmica costeira, ao contrário do que foi avançado pela presidente da ARH do Algarve Valentina Calixto a diversos órgãos de comunicação social, a Universidade não participou na fase de estudo e na solução encontrada. «Houve um mal-entendido da parte da engenheira Valentina, com quem já falei. Era suposto termos dado parecer na primeira fase, mas o pedido acabou por não chegar às nossas mãos», disse, sem querer aprofundar as razões que levaram a este lapso. Aquele pedido só chegou mais tarde. «Fomos confrontados com a intenção da ARH numa altura em que a barra que abriu naturalmente já estava fechada e que a nova já estava a ser aberta. Na altura, avisei que a manutenção de duas barras abertas ia levar a um processo de competição», explicou Óscar Ferreira. «Neste caso, infelizmente, ganhou a barra velha», considerou. A necessidade de abrir uma nova barra na Ilha da Fuzeta surgiu no seguimento da abertura de uma barra natural, frente à vila, na sequência do mau tempo. Foram também as condições adversas do mar que motivaram o fecho quase total da barra recém aberta. Este será um fator que irá estar presente na intervenção de emergência que terá de ser agora levada a cabo, para resolver este problema. «O ideal será uma intervenção quase simultânea de abertura da barra nova e fecho da velha, esperando que o mar ajude. As condições do mar, principalmente nesta altura do ano, são sempre problemáticas e de um grande grau de imprevisibilidade», referiu o geólogo da UAlg. Na passada semana, Valentina Calixto já havia admitido ao nosso jornal que o cenário de competição entre as duas barras e potencial fecho da barra nova estava em cima da mesa desde o início. Terá sido a tempestade que se abateu sobre a costa algarvia nos dias a seguir à inauguração que deitou tudo a perder, disse a mesma responsável. Óscar Ferreira reforçou esta ideia, já que, lembrou, a nova abertura na ilha da Fuzeta foi sujeita «a mar bravo quando ainda não tinha ganho corpo suficiente». «No Inverno, este tipo de intervenções depende sempre da boa disposição do mar», disse. A ARH do Algarve já adjudicou, entretanto, a obra de encerramento da barra velha da Fuzeta e começou um levantamento topo-hidrográfico na barra nova, para determinar quanta areia terá de ser retirada do local. A obra de fecho da abertura antes existente custará 750 mil euros. Já a abertura da barra entretanto quase fechada custou um milhão de euros. Entretanto, os principais prejudicados por esta situação continuam a ser os pescadores da Fuzeta, que vêm as suas condições de trabalho deterioradas. E até foram os profissionais da pesca dos primeiros a avisar que a solução encontrada pela ARH e pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil não ia resultar e que a barra iria fechar em pouco tempo…tal como realmente veio a acontecer. Desporto barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 D 23 www.barlavento. pt Lídia Jorge continua a “tender” livros na casa de sua avó luís pereira O grau de Doutora Honoris Causa da Universidade do Algarve foi ontem atribuído à escritora algarvia, que confessa que, no Algarve, «há uma grande familiaridade, como se houvesse uma espécie de responsabilização» por ela hugo rodrigues | [email protected] Ser homenageada na região que a viu nascer e onde nasceu muita da sua obra, confessa Lídia Jorge, tem um sabor especial. A escritora natural de Boliqueime, Loulé, é desde ontem Doutora Honoris Causa da Universidade do Algarve, instituição que acompanha desde a sua génese e da qual conhece «a problemática, ambição, natureza e desejo de afirmação». A autora algarvia foi a convidada desta semana do programa radiofónico «Impressões», dinamizado em conjunto pelo «barlavento» e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM. O programa foi emitido originalmente ontem e pode voltar a ser ou- vido na íntegra no sábado, às 12 horas, em 102.7 FM ou em www.rua.pt. No ano em que celebra 30 anos desde que viu a sua primeira obra «O Dia dos Prodígios» publicada, Lídia Jorge recebe uma honra há muito anunciada. «Foi um dos dias mais importantes da minha vida. Tinha conhecimento de que o Doutoramento me ia ser atribuído há bastante tempo, mas por acaso aconteceu tudo em simultâneo. Fiquei muito comovida», disse. Esta distinção acontece numa altura em que Lídia Jorge se prepara para lançar uma nova obra. «Terminei agora um livro e ele sairá em Março», anunciou. Para já, como o processo de edição ainda decorre, a escritora prefere guardar o segredo quanto ao nome e tema da obra. «Coloco o Algarve como uma rota especial, quando lanço um livro», garantiu. Apesar de a gestão da distribuição e promoção pertencer à editora e «sair da mão» do escritor, Lídia Jorge faz sempre questão de à região trazer as suas obras novas. «Gosto de sentar-me em locais que eu gosto, onde encontro amigos e leitores preferenciais. Sítios onde encontro pessoas que estão à espera de um livro meu», disse. «Acho que as pessoas aqui do Algarve estão à espera de ver como um escritor que saiu daqui está vendo o mundo. Tentam ver o meu percurso e o que agora digo. E é muito curioso como há muitos que me telefonam ou mandam mensagens para saber quando lanço um livro novo. Há uma grande familiaridade, como se houvesse uma espécie de responsabilização por mim, que me é muito grata», confessou. Com a serenidade que a carateriza, Lídia Jorge deixou ainda uma apresentação. «Sou uma pessoa que se entregou à escrita de alma e coração, que gosta do mundo, mas não está satisfeita com o mundo, e que precisa de o transfigurar para ter a ideia que faz algo por ele. De resto, gosto de criar objetos que eu sinta que têm beleza. Tenho a ideia que é a minha forma de me ligar com os outros. Gos- to, acima de tudo, das pessoas e de dialogar com elas e os meus livros são uma espécie de diálogo», descreveu. Na sua obra, apesar de o Sul nem sempre estar presente, a influência da região é constante, já que Lídia Jorge passa grandes temporadas na casa que era de sua avó, onde a sua mãe agora habita, e aproveita para escrever. «A minha avó tinha uma mesa onde tendia o pão. Agora é a mesa que eu uso. Gosto da sensação que estou a tender alguma coisa», disse. Em Loulé, foi programado um conjunto de iniciativas para homenagear a escritora e refletir sobre a literatura no Algarve. Uma delas é o Encontro de Escritores «Existe uma escrita a Sul?», no dia 11 de Janeiro. A rir, Lídia Jorge confessa que «é muito difícil» responder a esta pergunta e prefere esperar pela iniciativa, que contará ainda com Gastão Cruz, Nuno Júdice e Fernando Cabrita. Mas acrescentou que acredita que há um traço comum aos escritores da região, que descreve como «uma espécie de deslumbramento, em face da luminosidade, que cria uma espécie de rasgão na realidade». Uma «Atlântica» em formato de crise, mas com muitos planos O nº 6 da revista foi lançado, mas o ICIA já tem planos para mais outra publicação, agora voltada para o Mediterrâneo elisabete rodrigues | [email protected] Três anos depois do lançamento do número anterior, eis que surge a revista «Atlântica» nº 6, em formato quase de bolso, reduzido. João Ventura, diretor da revista editada pelo Instituto de Cultura Ibero-Atlântica (ICIA), disse, no lançamento, que o formato se aproxima dos «cadernos Moleskine» que Bruce Chatwin usava para a sua escrita de viagens. Apesar dos eufemismos e das evocações literárias, a verdade é que o formato quase de bolso da «Atlântica» tem a ver é com a crise, que cortou de forma substancial os financiamentos da revista, em especial os da Câmara de Portimão, mas também alguma publicidade. Até o presidente da Câmara Manuel da Luz, presente na sessão de lançamento, admitiu que este tamanho é «sinal dos tempos que vivemos». O nº 6 foi lançado na Casa Manuel Teixeira Gomes, perante cerca de uma centena de pessoas, em dia de feriado municipal e cerca de hora e meia depois de o Presiden- te da República Cavaco Silva ter encerrado, logo ali em frente, um ano de Comemorações dos 150 anos do Nascimento do escritor e político portimonense. A revista foi, por isso, apresentada como fazendo parte ainda desse ciclo comemorativo. Mas a verdade é que, nas suas páginas bonitas, apenas é feita uma evocação do escritor, através da republicação de uma carta de Teixeira Gomes a João de Barros, editada na revista «Atlântida», dirigida por este último, em 1927. O texto, apesar de não ser um inédito produzido de propósito para a revista contemporânea (nem o poderia ser, tendo em conta o autor…), tem, segundo a presidente do ICIA, «muita atualidade», já que fala «da Língua Portuguesa e da forma como é entendida em Portugal e no Brasil», remetendo, por isso, para a questão do Acordo Ortográfico. Apesar de não cumprir a sua anunciada integração nas comemorações do sesquicentenário de Teixeira Gomes, a «Atlântica» contém, ao longo das suas cerca de 80 páginas, que apresentam o grafismo irrepreensível de sempre, motivos de sobra de interesse para ler ou simplesmente olhar. Entre os autores, destaque para Marina de Mello e Souza («Os negros do Brasil colonial»), Juan Villoro («Cidade do México: o céu artificial»), Maria da Graça Ventura («Lugares de Partida - Portimão») e ainda Isabel Drumond Braga («Os alimentos do Novo Mundo na tradição gastronómica portuguesa»). Ou para as ilustrações de Daniel Barraco, sobre Frida Khalo. E a «Atlântica», certamente refletindo os tem- pos de contenção orçamental, aproveita ainda trabalho já conhecido, como as belíssimas imagens do algarvio João Mariano ou as estranhas fotos do argentino Júlio Pantoja. Na apresentação, João Ventura anunciou que ainda não sabe se este será ou não «o último número» da «Atlântica». Mas a presidente do ICIA, Maria da Graça Ventura, por sinal mulher do diretor da revista, adiantou que este instituto, que tem sede em Portimão, até já tem «um novo projeto em marcha», o de uma outra revista, chamada «Meridional», associada a um novo projeto de investigação, voltado para o Mediterrâneo. Uma prova de que a crise só é financeira e não afeta as ideias e os projetos. pub. Levaremos com profissionalismo e estamos gratos porque nos haveis confiado uma vida de Investigação e Dedicação em prol dos Produtos que hoje Comercializamos, assim como dos Clientes que nos haveis delegado. Jamais te esqueceremos Amigo e Colega Eng.º José Xavier Sequeira, Fundador da Odexlar LDA, Única Empresa Fabricante de Produtos Químicos para Higiene e Limpeza no Algarve, desde 1978. http://www.facebook.com/odexlar C u lt u r a barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 C 24 Presidente da República faz elogios a Teixeira Gomes Cavaco Silva presidiu à sessão de encerramento do ciclo comemorativo. Manuel da Luz lamentou a falta de apoios oficiais Saiba mais sobre a visita do Presidente da República e o encerramento das comemorações em www.barlavento.pt elisabete rodrigues | [email protected] Manuel Teixeira Gomes «nunca tolerou a desonestidade, sobretudo quando envolvia dinheiros, públicos e privados», sublinhou o Presidente da República Cavaco Silva, na sessão solene de encerramento das comemorações dos 150 anos daquele escritor e político portimonense, que decorreu sábado, no Teatro Municipal de Portimão. Elogiando o também antigo Presidente da República, de quem Cavaco Silva disse ainda que «a sua dignidade pairava muito acima das querelas dos grupos e das facções», o atual Chefe de Estado quase assumiu Manuel Teixeira Gomes como uma sua alma gémea, para mais algarvia como ele. «Acima de tudo, amava o Algarve e sua paisagem», disse Cavaco de Teixeira Gomes, por entre muitos elogios à sua obra literária e ação política e diplomática. «O patriotismo profundo e inabalável é a maior lição que Teixeira Gomes nos deu ao longo de uma vida singular», acrescentou ainda o Presidente da República. Apesar de daí a pouco ir receber das mãos do presidente da Câmara de Portimão a chave de ouro da cidade – uma homenagem que disse muito o honrar, «enquanto Presidente da República mas também enquanto cidadão português nascido no Algarve» -, Cavaco Silva não deixou, ainda assim, de dar umas ferroadas: «Portimão é hoje muito diferente da terra que viu nascer Manuel Teixeira Gomes (…). O litoral algarvio sofreu profundas transformações, algumas das quais mereceriam, sem dúvida, a reprovação de um humanista que, antes de tudo, se deixou seduzir pela beleza das paisagens». Indiferente a esta pequena ferroada presidencial, o autarca socialista Manuel da Luz fez um discurso que, em certas passagens, poderia até ser confundido como apoio a Cavaco Silva. Foi assim, por exemplo, quando explicou os requisitos que norteiam a atribuição da Chave de Ouro da cidade, acrescentando depois: «quero crer que Vossa Excelência, Senhor Presidente, multiplica estes requisitos formais, merecendo de todos os cidadãos de Portimão, um enorme carinho e admiração». Manuel da Luz considerou mesmo que «a nossa Chave não poderia estar em melhores mãos». Mas o discurso do presidente da Câmara de Porti- mão, como não podia deixar de ser, foi centrado no balanço das Comemorações, que tiveram um saldo reconhecidamente positivo, fosse pela qualidade das iniciativas, fosse pelo público envolvido. No entanto, o autarca não deixou de lamentar a falta de apoio para estas comemorações nacionais, nominalmente integradas nas comemorações do Centenário da República, mas das quais nunca receberam qualquer incentivo. «Tudo foi feito com muita dignidade, apesar dos condicionalismos impostos pelos modestos meios ao dispor do Município, que não contou com qualquer tipo de apoio oficial», disse. «Aliás, este programa poderia muito bem ter criado raízes regionais em vários pontos do país, mas parece que um certo complexo centralista ainda se faz sentir entre nós», acrescentou Manuel da Luz. A cerimónia culminou Pub. com a entrega de medalhas das Comemorações, medalhas de mérito municipal e ainda com a entrega de prémios aos vencedores do Concurso Literário Juvenil Manuel Teixeira Gomes. Uma das jovens vencedoras não se coibiu mesmo de pedir um autógrafo ao Presidente da República. A culminar a sua visita oficial a Portimão, em pleno Dia da Cidade, Cavaco Sil- va e a sua mulher deslocaram-se também ao Museu de Portimão. Aí, Maria Cavaco Silva recebeu, das mãos da antiga operária conserveira Gigolete Loirinho, um belo ramo de flores. Carta ao diretor Exmº Senhor Diretor do Semanário Barlavento Publicou o jornal que V. Exª. dirige, na edição de 9 de Dezembro do corrente, um artigo intitulado «Colóquio e música põem um ponto final num ano de comemorações» de Manuel Teixeira Gomes. A notícia é baseada em parte numa entrevista que concedi, a este propósito, para esta edição. Corresponde no essencial ao que foi afirmado. Mas, porque contém pequenas imprecisões e omissões que podem levar os leitores a uma apreciação menos objetiva do seu conteúdo, solicito a publicação dos seguintes esclarecimentos: 1 - A Programação das Comemorações foi cumprida em mais de 90 por cento. A ópera «Sabina Freire», libreto e partitura, encontra-se completada. Simplesmente, face aos custos elevados da sua produção, foi decidido, por unanimidade, não a levar à cena. A comissão executiva das comemorações esteve inteiramente solidária com o executivo camarário nessa decisão. 2 - Não foi expressa, durante a entrevista, qualquer “mágoa” pela não apresentação da ópera. Antes sim, foi realçado o pragmatismo e inoportunidade da não apresentação do espetáculo, face às dificuldades conjunturais que o país - e não apenas o município de Portimão - atravessa. Foi igualmente manifestada a esperança da sua realização, num contexto mais favorável. 3 - Foram omitidas as minhas afirmações sobre a postura da Câmara nestas Comemorações e que passo a relembrar. Recebi sempre inequívoco apoio e estímulo de todos os vereadores e, em particular da senhora vereadora da Cultura e do senhor presidente da Câmara Dr. Manuel da Luz. Sem esse apoio, estímulo, empenho e confiança demonstrados, não seria possível estas Comemorações nacionais atingirem a diversidade de eventos, o brilho e a qualidade da programação, o nível dos autores e artistas presentes, a elevada participação de público que teve. Todos devemos estar orgulhosos pelo conjunto destas realizações nacionais, que contaram exclusivamente com o esforço da Câmara Municipal de Portimão, e que obtiveram a excelência que raras comemorações nacionais, em homenagem a outras personalidades atingiram, essas sim, mobilizando meios avultados, disponibilizados pelo poder central em vários períodos da nossa Democracia. Agradecendo a atenção dispensada pelo «barlavento» às Comemorações, durante todo o ano de 2010, apresento-lhe os meus melhores cumprimentos Com elevada estima e consideração José Alberto Quaresma (Comissário para as Comemorações Nacionais do 150º Aniversário do Nascimento de Manuel Teixeira Gomes) Nota da direção: a autora do artigo nunca atribui a palavra «mágoa» ao comissário José Alberto Quaresma. No entanto, tendo em conta que a ópera «Sabina Freire» foi apresentada pela Câmara e pela Comissão como o corolário das Comemorações, a decisão de não a levar à cena por questões orçamentais só pode representar uma mágoa…e quem sabe uma mácula. As declarações do comissário José Alberto Quaresma omitidas foram-no apenas por razões evidentes de espaço – que não é infinito nos jornais. Visto que se tratava somente de naturais elogios à Câmara, considerou-se que não seriam material mais relevante que o que foi publicado. desporto barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 D 25 www.barlavento.pt Daúto Faquirá: «Se chegarmos a meio da segunda volta numa boa posição, objetivos podem ser redefinidos» Treinador do Olhanense admite que plantel fica enfraquecido se Vinícius, Jardel ou Paulo Sérgio abandonarem o clube no mercado de Inverno nuno costa | [email protected] Faz seis meses que Daúto Faquirá chegou a Olhão para fazer um «campeonato melhor que no ano passado». A equipa já andou nos lugares cimeiros, mas caiu para o meio da tabela, a sete pontos dos lugares de descida e a seis dos lugares europeus. Por enquanto, o treinador do Olhanense não quer assumir objetivos mais ambiciosos do que a manutenção na Liga Zon Sagres, mas admite que, a meio da segunda volta, os objetivos podem ser repensados. Em entrevista ao «barlavento», Daúto Faquirá, que faz um balanço positivo dos seis primeiros meses de trabalho no Algarve, afirmou que o Olhanense tem uma «equipa boa, ambiciosa, com muitos jogadores com sede de vitórias e de aparecer, e essa tem sido a nossa arma até ao momento. Não fugimos daquilo que é a nossa realidade, mas a nossa ambição faz-nos pensar que, se chegarmos a meio da segunda volta em posições mais acima na tabela, poder- se-ão redefinir objetivos». Apesar dessa ambição, Daúto Faquirá lembra que «as coisas têm que ser feitas de forma gradual e consistente» e aponta alguns problemas que o clube ainda enfrenta. «Temos muitas limitações a nível estrutural. É importante termos um campo de apoio e uma estrutura cada vez mais profissional e é para isso que trabalhamos diariamente. Temos a ambição de criar alicerces mais fortes neste clube e projetar cada vez mais o nome de Olhão. Este processo tem que ser feito com muita calma, porque já vi muitos clubes a perspetivar uma presença na Europa e depois acabam por cair». A boa temporada do Olhanense aguçou o apetite de vários clubes por jogadores do clube algarvio e Jardel, Vi- nícius e Paulo Sérgio podem estar de saída do José Arcanjo. O treinador do Olhanense admite que, a confirmaremse as saídas, o «plantel ficará enfraquecido», mas que existem jogadores referenciados pelo clube. «Em termos desportivos, não é benéfico perdermos jogadores que têm sido fundamentais para nós, até ao momento. Se perdermos esses jogadores, é natural que o plantel fique enfraquecido, mas estamos a trabalhar já nesse aspeto. Fomo-nos acautelando, fazendo trabalho quer para o mercado de Janeiro, quer para o próximo ano, dependendo do encaixe que for feito. Se algum jogador sair, há várias hipóteses para não beliscar a força deste grupo», garante. Além da boa prestação na Liga Zon Sagres, o Olhanense mantém- se em prova na Taça da Liga e na Taça de Portugal, com um adversário em comum nas duas competições: o Benfica. Daúto Faquirá admitiu ao «barlavento» que o sorteio não foi o mais favorável, mas que a equipa vai tentar seguir em frente. «A Taça da Liga e a Taça de Portugal são provas para as quais aquilo que o sorteio dita tem uma importância extrema. Na Taça da Liga, temos o Aves, o Marítimo e o Benfica e só uma equipa é apurada no grupo. Na Taça de Portugal, encontramos o Benfica, em campo alheio. Podíamos ter tido um sorteio mais favorável, mas vamos tentar ir o mais longe possível. A partir do momento em que as coisas estão definidas, não vale a pena lamentarmonos. Já jogámos no Estádio da Luz este ano e tivemos um comportamento honroso. Vamos tentar repeti-lo e talvez tenhamos mais sorte». Este fim de semana, o Olhanense joga em casa com o Nacional da Madeira para a Liga Zon Sagres. Daúto Faquirá quer que a partida marque o regresso da equipa às vitórias (os rubronegros somam seis jogos sem vencer), mas refere que o jogo apenas assume importância por ser o «próximo» e porque, em caso de vitória, ajudará nos objetivos da equipa. «Se conseguirmos 18 pontos, e penso que vamos conseguir fazê-los, vamos ficar mais perto dos nossos objetivos. Além disso, por irmos para um descanso, se ganharmos, essa semana de férias será melhor, mais tranquila e entraremos no novo ano de forma mais positiva», conclui. Jessica Augusto e equipa feminina de Portugal sagram-se campeãs europeias O clube de Monte Gordo atravessa uma fase negra, mas o seu treinador ainda tem esperança de uma reviravolta A prestação portuguesa no Europeu das Açoteias saldou-se em sete medalhas, quatro individuais e três coletivas antónio martins | [email protected] Foi vergonhosa a goleada sofrida pelo Beira Mar de Monte Gordo, em Lagos, frente ao Esperança, no passado domingo, na 11ª jornada da 3ª Divisão-Série F. Uma derrota por 1-12, que já não se usa em futebol sénior, muito menos entre equipas do mesmo campeonato, e que só não caminhou para números ainda mais expressivos porque os lacobrigenses tiraram o pé do acelerador, tão fraca foi a prestação do emblema de Monte Gordo. Depois da falta de comparência no Fabril, registando por derrotas os jogos disputados e com esta prestação paupérrima, o Beira Mar dificilmente conseguirá não só manter-se nos Nacionais, como manter a equipa a competir. O Messinense também ganhou (2-0 ao Costa a Caparica) e por isso ascendeu à 5ª posição, a um ponto do Esperança, que é 4º. Mostrando as suas fragilidades, o Beira Mar de Monte Gordo apresentou-se em Lagos com três jogadores no banco, mas só um deles, o guarda-redes Tiago Oliveira, estava em condições de ser utilizado. Os outros dois, Pablo e Soares, lesionados, faziam figura de corpo presente. No terreno, os montegordinos foram os primeiros a marcar e por instantes ficou a sensação de que poderiam fazer uma exibição agradável. Tudo não passou de um aguaceiro festivo, e depressa o sol raiou para os lacobrigenses, que, sem terem de acelerar muito, chegaram à dúzia de golos. Com isso impuseram ao Beira Mar uma derrota pesadíssimo, que o treinador Paixão, antiga glória do Farense, teve dificuldades em justificar. «Foi mau de mais para uma partida de futebol. A minha equipa não se encontrou em campo. Temos vindo a trabalhar limitados, sobretudo porque há jogadores lesionados, mas isso não explica tudo. Pedi aos meus jogadores que tentassem não correr riscos, mas afinal não fizeram nada do que lhes pedimos e quando assim é, não há nada a fazer», disse Paixão. Num piscar de olhos ao que resta da 1ª Fase, o técnico dos montegordinos acredita que o milagre da recuperação pode acontecer. «Em conversa com o presidente, este garantiu-me que vai tentar resolver as coisas financeiramente e que vão ser inscritos quatro ou cinco jogadores ainda esta semana. Se assim for, aumentaremos as opções e, porque na 2ª Fase as equipas partirão com metade dos pontos, tudo ficará em aberto». A portuguesa Jessica Augusto sagrou-se no domingo campeã europeia, enquanto a seleção de Portugal conseguiu o terceiro triunfo consecutivo em seniores femininos, nos Europeus de Corta Mato, disputados nas Açoteias, em Albufeira. Dulce Félix, que perdeu nos últimos metros o 2º lugar para a turca Binnaz Uslu (26.57 minutos), fechou o pódio individual, com a medalha de bronze, em 26.59 minutos. Marisa Barros (5ª, com 27.06 minutos) e Sara Moreira (9ª, 27.26) concluíram a prestação da seleção portuguesa para a tabela coletiva, com um total de 19 pontos. A algarvia Ana Dias, já fora do contingente que pontuou, fechou o top-10 individual e Anália Rosa foi a última portuguesa, no 32º lugar. Na classificação coletiva, depois do 1º lugar de Portugal, classificouse a Grã Bretanha (2º lugar, com 65 pontos), e a Espanha (3ª, com 72). Portugal conseguiu assim o feito inédito de revalidar o seu título coletivo pelo terceiro ano consecutivo, em seniores femininos, depois dos sucessos em Bruxelas (2008) e Dublin (2009). Este é o oitavo título coletivo para as atletas portuguesas. A prestação portuguesa nestes Europeus de Corta Mato saldou-se ainda em mais duas medalhas, de bronze. O português de origem marroquina Youssef El Kalai classificou-se em 3º lugar na prova barlavento Beira Mar arrasado em Lagos por 12-1 Medalhas de Portugal Individuais: 1º lugar (ouro) de seniores masculinos, enquanto Rui Pinto foi também 3º, mas em juniores. Jessica Augusto, que há dez anos se tinha sagrado campeã europeia de juniores de corta mato e já tinha sido 2ª classificada em seniores em 2008, conseguiu nas Açoteias a sua primeira medalha de ouro individual como sénior. «Foi uma vitória fantástica. Cheguei isolada, mas não foi uma vitória assim tão fácil, porque, quando passo na meta com duas voltas por fazer, já estava a sofrer bastante. Pensei que só precisava de sofrer um pouco mais para vencer», disse a atleta portuguesa. A vencedora dedicou o triunfo ao público português que se deslocou à pista das Açoteias, às colegas de equipa e também à família, especialmente à mãe, que «apareceu de surpresa» para apoiar e, no final, dar um abraço à filha. Jessica Augusto (seniores femininas) 3º lugar (bronze) Dulce Félix (seniores femininas) 3º lugar (bronze) Youssef El Kalai (seniores masculinos) 3º lugar (bronze) Rui Pinto (juniores femininos) Coletivas: 1º lugar (ouro) Seniores Femininas 2º lugar (prata) Seniores Masculinos 2º lugar (prata) Juniores Masculinos desporto barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 D 26 Campeonato Distrital Almancilense estreia a ganhar Ao cabo de 12 jornadas, finalmente o Almancilense obteve o primeiro triunfo. Foi na receção ao Imortal (3-0) e, com esta vitória, a equipa de Almancil entregou o último lugar ao Aljezurense, goleado em Vila Real de Santo António por 0-8. O líder Quarteirense obteve triunfo difícil em Moncarapacho e ao 3º lugar subiu o Silves, que foi ganhar a Odeáxere (2-0) e beneficiou do desaire do Ferreiras, em Quarteira (1-2). Perdidos em casa Animado e justo Odeáxere 0 Guia 2 Silves 2 José Nobre Campo Rossio das Eiras, em Odeáxere. Árbitro: Luís Costa, auxiliado por Filipe Pereira e Luís Caiado. Odeáxere: Hugo Furtado; João Paulo, Miguel (João Santana, 82), Roberto, Janita, Márcio (Bablina, 58), Madeira, Sérgio Brito, Vitinha (Lino Roque, 65), Filipe Borges e Luís Lamy. Toni Seromenho Silves: César; Salvador (Ricardo Sequeira, 84), Toni, Nilton, João Teodoro, Pipi, Bráulio, Mica Júnior (Pelé, 90), Hernâni, Mica e Carlinhos (Nelson Peres, 58). Treinador: Calu Golos: Bráulio (45) e Pipi (60) Cartões amarelos: Salvador (21), Carlinhos (46), Janita (58), Nel- son Peres (67), Toni (88) e Bablina (90). O Silves impôs a primeira derrota caseira ao Odeáxere e regressou ao 3º lugar da tabela. Os locais, entusiasmados com o triunfo na jornada anterior nas Ferreiras, iniciaram a partida com forte disposição de marcar, mas encontraram pela frente um conjunto coeso a meio campo e disponível para gizar lances de apuro junto da baliza de Hugo Furtado, chamado, por indisposição do habitual titular Hugo Prudêncio, à defesa das redes. O marcador funcionou no último minuto da primeira parte, para o Silves, e viria a sofrer nova alteração já no decorrer da etapa complementar e de novo para os silvenses, de nada valendo a oposição dos locais. Arbitragem regular. Jorge Peres Campo da Torrinha, em Moncarapacho. Árbitro: Gonçalo Sousa, auxiliado por Jorge Nunes e André Nunes. Moncarapachense: Bruno Guerreiro; Lelo, Celso Borges, Luís Mendes, Pedro Silva, Ruben, Marco Sousa (Steven, 79), Vítor Russo, André Rosa (Carlos Reis, 62), Marco Sousa e Luís Cavaco. Treinador: Miguel Serôdio Quarteirense: Lamah; Filhó, Rui Graça, Trindade (Josimar, 77), Idalécio, Carolo, Vandame, Rodrigo (Diogo, 83), Vila, Anderson e Cláudio (Toni, 63). Treinador: Marito Golo: Anderson (32). Cartões amarelos: Anderson (28), Diogo (30), Marco Sousa (62), Trindade (71), Carlos Reis (72) e Filhó (85). António Agapito Complexo Desportivo Arsénio Catuna, na Guia. Árbitro: Bruno Brás, auxiliado por Pedro Sancho e Tiago Cravo. Guia: Nuno Benedito; Cabral, Batalha, André Gomes, André, Marquinho, Américo (Nuno Costa, 78), Abentes, Chico (Pedro Rodrigues, 74), Mário José (Bruninho, 83) e Adriano. Treinador: Rui Clemente Armacenense: Palminha; Catita, Rui Guerreiro, Copos, Paco, Oceano, Nelson Moutinho (Jimmy, 90), Pedro Santos, Rui Monteiro (Pisco, 68), Miguel Oliveira e Nuno Vieira (Aaron, 82). Treinador: Carlos Simões Golos: Miguel Oliveira (2), Mário José (9), Oceano (47) e Adriano (64). Cartões amarelos: Catita (28), Chico (45) e André Gomes (47). Jogo animado, entre vizinhos, onde não faltaram os golos, dois para Triunfo sofrido Moncarapachense 0 Armacenense 2 Quarteirense 1 As reduzidas dimensões do campo pelado do Moncarapachense dificultaram, e muito, as ações ofensivas programadas pelo Quarteirense, no sentido de ganhar e manter-se na liderança do campeonato. Valeu o golo de Anderson, aos 32 minutos, depois da bola ter andado quase perdida na pequena área do Moncarapachense, isto no seguimento de um pontapé de canto. O líder, apesar de ter mais tempo a posse de bola, raramente conseguiu fazê-la circular e, perante um opositor bastante aguerrido, viu-se na contingência de usar a mesma estratégia, ou seja, optar por um futebol direto. Houve muito nervo de parte a parte, os locais chegaram a ameaçar a igualdade e o Quarteirense só respirou de alívio quando o jogo terminou. Boa arbitragem. cada lado, a coincidir com um desfecho justo e que abre boas perspetivas para ambos, no que concerne à manutenção na 1ª Divisão Distrital. Decorria o segundo minuto, ainda as equipas se posicionavam no terreno, Primeira vitória Muito fácil Almancilense 3 Lusitano VRSA 8 Imortal 0 Mário Cunha Estádio Municipal, em Almancil. Árbitro: Cristiano Pires, auxiliado por Sérgio Lopes e Mauro Valente. Almancilense: Hugo; Mauro, Graça, César, Henrique, Rony, Chinho (Flori, 77), Xando, Athos, Chico (Edir, 46 e depois Manuel, 62) e Edi. Treinador: Hélder Rosa Imortal: Márcio; João (Araújo, 78), Ricardo Cruz, Mesquita, Sandro, Claudinho, Rui Sacramento, Roberto (Cascalvo, 46), Pipoca e Ricky. Treinador: Nuno Ramos Golos: Graça (55), Xando (75) e Manuel (84). Cartões amarelos: Pipoca (80) e Graça (84). O Almancilense conseguiu, na receção ao Imortal, a primeira vitória no campeonato, uma vitória justíssima, tal como espelham os números, e que permitiu à equipa de Almancil deixar a ingrata posição de lanterna vermelha para o Aljezurense. Se a primeira parte teve alguns momentos de equilíbrio, já a segunda foi totalmente dominada pela equipa agora comandada por Hélder Rosa. O defesa Graça abriu o ativo num excelente cabeceamento e, com este golo, a formação da casa ganhou o ânimo que desejava. Perante um Imortal nitidamente desnorteado, o Almancilense dominou e com todo o merecimento chegou aos 3-0. Arbitragem em bom plano. Pé quente Quarteira 2 e já o Armacenense se adiantava no marcador. Miguel Oliveira captou a bola junto ao grande círculo e, sem oposição, galgou terreno até chegar junto da área do Guia, rematando com êxito. Reagiu de pronto o Guia e aos 9 minutos, por intermédio de Mário José, restabelecia a igualdade. Estava dado o mote para um jogo aberto e recheado de lances interessantes, numa e noutra baliza. Dois minutos após o intervalo, o Armacenense voltou a adiantar-se no marcador, desta vez com o golo a pertencer a Oceano. De novo se assistiu a uma atitude positiva do Guia que, com todo o merecimento, voltou a empatar, desta vez por Adriano. O 2-2 parecia não agradar a nenhum dos conjuntos e isso foi bom para o espetáculo. Voltaram a ver-se lances interessantes nas duas áreas, nos quais os defesas se superiorizaram aos atacantes. Boa arbitragem. Rui Clemente, treinador do Guia , considerou que foi um «resultado certo, num bom jogo de futebol onde as três equipas estiveram bem». Por seu lado, Dário Marques, treinador adjunto do Armacenense, revelou que «queríamos vencer, mas o empate também nos agrada». Aljezurense 0 Carlos Santos Cartão amarelo: Jorge (63m) Campo Francisco Gomes Socorro, em Vila Real de Santo António. Árbitro: Fernando Santos, auxiliado por Miguel Santos e André Martins. Lusitano: João Azul; Afonso Leal (João Martins, 75), Carlos Neves (Hélder, 30), Nuno Silva, Guilherme, Bruno Conduto, Marco Nuno, Mikael, Edgar Rosa, Ito e Cris Baiano (Nélson Afonseca, 80). Treinador: Ivo Soares Aljezurense: Luís; André, Jorge, Boca Negra (Marquinhos, 46), Dany, Hugo, Rafa, Cuco, Leandro (João Almeida, 46), Marco (Casinhas, 65) e Djan. Treinador: José Fernandes Golos: Cris Baiano (12 e 42), Ito (17, 19, 60 e 87), Bruno Conduto (34) e Nélson Afonseca (80). Fácil, muito fácil mesmo, foi a vitória do candidato Lusitano VRSA sobre o aflito Aljezurense, que, depois de saber que o Almancilense tinha ganho ao Imortal, se viu relegado para a última posição da tabela. A história deste jogo pode resumir-se aos golos dos pombalinos, tal foi o domínio exercido perante um conjunto que em momento algum logrou incomodar o guardião João Azul. Na contabilidade dos golos, há um nome que deve ser fixado, o de Ito, ele que só à sua conta marcou quatro. A Cris Baiano pertenceu a honra de abrir a marcha do marcador e Nelson Afonseca fechou o score. Pelo meio, Bruno Conduto assinou um dos tentos da expressiva goleada. Arbitragem sem problemas. Dani foi decisivo Ferreiras 1 Paulo Jesus Estádio Municipal de Quarteira, em Quarteira. Árbitro: Nuno Brito, auxiliado por Ricardo Martins e José Albino. Quarteira: Miguel; Cristiano, Fábio Marques, Dani, Madeira, Cambuta (Tinaia, 90), Marcel, Túlio Benje, Filipe Nunes (Moki, 89), Hugo e Marcelo (Ema, 73). Treinador: Luís Resende Ferreiras: Nélio; Luís Ferreira (Flávio Manuel, 65), Pedro Colaço, Diogo Afonso, Ricardo Mestre, Flávio Lança (Pedro Casimiro, 80), Bonifácio (Wilson, 85), Peixinho, Ricardo Pereira, Pias e Jair. Treinador: Ricardo Moreira Golos: Pedro Colaço (43) e Filipe Nunes (45 e 68). Campinense 1 Cartões amarelos: Fábio Marques (10), Túlio Benje (19), Pedro Cilaço (86 e 87), Pias (86 e 87), Jair (89) e Peixinho (89). A alteração no comando técnico do Quarteira surtiu o efeito desejado, uma vez que Luís Resende sentou-se no banco e viu a sua equipa ganhar ao Ferreiras, num jogo onde o avançado Filipe Nunes esteve com o «pé quente», uma vez que os seus dois golos foram marcados de livre direto, a mais de 25 metros da baliza de Nélio. Foram dois lances de bola parada, que fizeram a diferença no desfecho final. Já o Ferreiras, apesar de ter mais tempo a bola em seu poder, fazendo-a circular entre os jogadores, andou sempre atrás do resultado e isso fê-lo perder o discernimento, fator bem aproveitado pelo Quarteira. Arbitragem em bom plano. Faro e Benfica 0 José Pires Campo Municipal de Loulé Árbitro: Carlos Cabral, Auxiliado por Ricardo Glória e João Ferreira. Campinense: Joel, Vítor Silva, Miguel Teixeira (Cap.), José Miguel, Diamantino, Sílvio (Mário Costa 62), Paul Mota, Tiago Botelho (Dani 55), Ricardo Sousa, Hélder Martins, Garrana (Diogo Santos 88). Treinador: José Miguel. Faro e Benfica: Nuno, Baresi, Maia, Uva, Hugo Santos(Pinto 81), Pépe(Marco 88), Jaime(74), Luís Viegas, Valério, Galinha, Candeias(Cap.) Treinador: Luís Pires. Golo: Dani (59). Cartões amarelos: Diamantino (23), Hélder Colaboração Algarve FM Martins (31), Baresi (46), Galinha (67,77), Luís Viegas (77). Cartão vermelho: Galinha (77) Em dia de aniversário, Dani saltou do banco para brindar a massa associativa com o golo da vitória, num remate rasteiro e colocado. Os primeiros minutos da partida pertenciam aos louletanos, mas a meio da primeira parte já o jogo esteva equilibrado, cabendo as melhores oportunidades ao Faro e Benfica. Mas Luís Viegas e Jaime viram Joel negar o golo com duas boas intervenções. No outro lado, Nuno negou o golo a Hélder Martins. A entrada de Dani seria determinante. Quatro minutos após a sua entrada em campo, encontrou o caminho daquele que viria a ser o golo decisivo. Arbitragem regular. B L O C O DE N OT A S barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 Restaurante B 27 www.barlavento.pt rafael rodosa | [email protected] Restaurante «Viriato», na Praia da Rocha Há cerca de três anos, sob o título «o Viriato desceu à Praia da Rocha», demos a conhecer um recém-aberto restaurante familiar, que trazia alguns pratos novos, uma excelente confeção, bom serviço e simpatia a rodos; enfim, uma ótima relação qualidade/preço. Passado este tempo, mantém a mesma rota e a D. Célia continua a sua saga de descobrir novos petiscos para surpreender a clientela, por mais assídua que seja. O amigo João é um relações públicas nato e mais não há a dizer. O saborosíssimo cozido à portuguesa, às quartas-feiras, continua a tornar escassos os 26 lugares no interior, mais os 14 da zona de fumadores, como o fazem a cabidela e o cabrito no forno, às sextas. Mas o famoso bife com molho «cajun», que continuamos a não encontrar noutro local, mantém a sua clientela fiel, da qual fazemos parte. E as «francesinhas» não foram postas de lado. Outros pratos têm surgido, como a cataplana de peixes e camarão (2 pessoas), massada de peixe, carapauzinhos fritos com arroz de feijão, o saboroso arroz de lingueirão, picanha, costeletão de vitela (2 pessoas), ou o bife com molho quatro pimentas. Sem esquecer o peixe do dia. Mas o que aquele pessoal gosta mesmo é de desafios: criar qualquer coisa diferente para um grupo, por mais pequeno que seja; algo que nos faça recordar o momento, como aconteceu com um crepe recheado com lapas que nos foi apresentado para início de repasto e não nos sai da cabeça. A carta de vinhos é variada e escolhida com algum critério, cobrindo várias regiões, tendo sempre dois ou três vinhos algarvios, que vão rodando, tentando descobrir os preferidos pela clientela. Nos preços, vai do vinho da casa (Quinta do Portal), a 6,50/3,50 euros, ao Cartuxa, a 23,50 euros. FICHA TÉCNICA: Av. V6 – Edif. 2 Rosas, Loja B 8500 Praia da Rocha Tel. 282 418 083 / 964 663 457 Encerra domingo e segunda-feira Aceita Multibanco Agenda cultural Albufeira Câmara - 289599500 GNR - 289590790 GNR Fiscal - 289589363 Bombeiros - 289586333 Centro Saúde - 289598400 Conto de Natal. Domingo, dia 19, às 11h00, no Auditório Municipal, a Companhia de Teatro Contemporâneo põe em cena o conto de Natal «O velho Scrooge». Este espetáculo é para crianças e familiares. Afonso Dias. Sexta-feira, dia 17, às 21h30, na Biblioteca Municipal, Afonso Dias apresenta o seu novo CD de originais composto por 13 canções que falam de temas de intervenção e de amor, sempre em tom de diversão. Pessoa ao cubo. Entre 18 de Dezembro e 26 de Janeiro, na Biblioteca Municipal, vai estar patente a exposição «Pessoa ao Cubo», da autoria de Catarina Pinheiro. Livro. Sábado, dia 18, às 16h00, na Biblioteca Municipal, apresentação do livro «Apeixonados» de José Pinheiro, com ilustrações de Catarina Pinheiro. Velharias. Sábado, dia 18, às 10h00, junto ao Mercado Municipal dos Caliços, realiza-se mais uma feira de velharias. Dança. Segunda-feira, dia 20, às 21h00, no Auditório Municipal, espetáculo de dança «Mundo a Cantar», pela Academia de Dança do Imortal Desportivo Clube. Presépios. Até 30 de Dezembro, na Galeria de Arte Pintor Samora Barros, vai estar presente uma exposição de presépios intitulada «Olhares sobre o Deus Menino». Outras Viagens. A exposição «Outras Viagens, Outros Olhares», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algarve: do reino à região», pode ser vista no Museu de Arqueologia, que apenas encerra à segunda-feira. gavam no Guadiana até meados da década de 60 do século XX, está patente no Museu do Rio, em Guerreiros do Rio. Olhos de Água Câmara - 282990010 GNR - 282998130 Bombeiros - 282990140 Centro Saúde - 282990200 OLHOS DE ÁGUA Cantares. Domingo, dia 19, às 20h30, na Junta de Freguesia de Olhos de Água, o Grupo de Cantares da ACRODA – Associação Cultural, Recreativa dos Olhos de Água irá interpretar temas alusivos à época natalícia. Alcoutim Câmara - 281540500 GNR - 281546208 Bombeiros - 281540450 Centro Saúde - 281540140 Coral. Quarta-feira, dia 22, às 21h30, na Igreja Matriz, atuação do Coral Ideias do Levante que apresenta o seu reportório natalício. Entrada livre. Presépios. Até 6 de Janeiro, na Casa dos Condes, está patente uma exposição dos trabalhos do concurso de presépios. Terra de Fronteira. A exposição «Alcoutim, Terra de Fronteira», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algarve: do reino à região», pode ser vista no centro histórico da vila, que será a «sala de exposições», sendo a paisagem uma linha condutora nesta exposição. Paisagem. Na galeria de exposições da Casa dos Condes, está patente «A Volúpia e o Suplício da Esteva», exposição inspirada na paisagem de Alcoutim, da autoria de Carlos Luz. Barcos. A exposição Barcos Tradicionais do Guadiana, de José Murta Pereira, composta por 28 réplicas dos barcos que nave- Aljezur Banda desenhada. Até ao final de Dezembro, na sede da Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur, está patente a exposição de banda desenhada «A Tomada do Castelo de Aljezur». Exposição. Até 20 de Dezembro, desenrola-se em três espaços municipais - Espaço + (pintura, escultura, fotografia e desenho e instalação), Galeria Municipal de Aljezur (artes decorativas – vitral, estanho, encaustik, pintura em porcelana) e Paços do Concelho (artesanato – trabalhos em madeira, feltro e cabedal, trapologia, etc) - a 5ª Exposição ArteDentro este ano subordinada ao tema «A Implantação da República». Altura ALTURA Música de Natal. No domingo, dia 19, às 18h00, a Igreja do Coração Imaculado de Maria recebe um concerto de Natal da Orquestra do Algarve, sob direção do maestro Sílvio Veigas. O programa inclui composições de Heitor Villa-lobos (1887-1883), Richard Wagner (1813-1883) e Franz Shhubert (1797-1828). Azinhal AZINHAL Presépio. O Rancho Folclórico do Azinhal tem patente um Presépio de Natal em Cerâmica, constituído por 1400 peças, no Centro Multiusos. O Presépio estará visitável até 6 de Janeiro, diariamente, de manhã, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00. Faro Câmara - 281510740 GNR - 281531004 Centro Saúde - 281530100 Câmara - 289870870 GNR - 289887600 PSP - 289899899 PJ - 289884500 Bombeiros M. - 289888000 Bombeiros V. - 289803604 Centro Saúde - 289830300 Hospital - 289891100 Capitania - 289887540 Concerto. A Igreja de Nossa dos Mártires recebe no dia 18, às 21 horas, um Concerto de Natal da Banda Musical Castromarinense. Participam também a Escola de Música da Banda e os Grupos Etnográficos da Universidade do Tempo Livre. Baluarte defensivo. A exposição «Castro Marim, baluarte defensivo do Algarve», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve denominado «Algarve: do reino à região», decorre ao ar livre, no centro histórico da vila. Teatro. Sexta-feira e sábado, dias 17 e 18, às 21h30 e no domingo, dia 19, às 16h00, no Teatro Lethes, a ACTA apresenta a peça «Um Homem Singular - Retratos de Manuel Teixeira Gomes». Preço: 10 euros com habituais descontos. Bailado. Sexta-feira e sábado, dias 17 e 18, no Teatro das Figuras, espetáculo de bailado em dois atos «Coppélia». Preço: 10 euros. Dança. Sábado, dia 18, às 21h00, no Castro Marim Auditório Pedro Ruivo, a Álgora – Companhia de Dança Regional do Algarve apresenta o espetáculo «A dança e a vida». Concerto de Natal. Sábado, dia 18, às 21h30, na Sé Catedral, concerto de Natal com o Cancioneiro do Grupo Folclórico de Faro, Grupo Coral Ossónoba e Grupo Musical de Santa Maria. Poesia. Sexta-feira, dia 17, às 21h30, no Pátio de Letras, leitura de poemas que foram deixados na árvore de Natal, com acompanhamento à viola de Joaquim Morgado. Produtores. Domingo, dia 19, entre as 10h00 e as 16h00, junto ao Fórum Algarve, realiza-se mais uma feira de produtores, artesãos e colecionismo. Feira. Até ao dia 23 de Dezembro, das 15h00 às 23h00, junto ao Fórum Algarve, realiza-se a Cidade Natal de todos para todos. Lucy Pereira. Até ao dia 21 de Dezembro, no Arte Café, situado perto da entrada principal do Campus Gambelas – Universidade do Algarve, vai estar patente a exposição «Urbanismo», da autoria de Lucy Pereira. Arte Top. Até ao dia 5 de Janeiro, algumas das melhores lojas da Baixa de Faro apresentam peças de arte de renomados artistas portugueses e estrangeiros, em colaboração com o Centro Cultural São Lourenço. Museu. Pode visitar no Museu Marítimo Almirante Ramalho Ortigão (junto ao Hotel EVA), a exposição «Os Descobrimentos Portugueses», uma evocação aos desenvolvimentos que permitiram o sucesso das navegações além-mar. Esta exposição integra-se no projeto da Rede de Museus do Algarve «Algarve: do reino à região». Lagoa Câmara - 282380400 GNR - 282380190 Bombeiros - 282352888 Centro Saúde - 282340370 Dança. Domingo, dia 19, às 17h00, no Centro de Congressos do Arade, apresentação do espetáculo de dança «Quebra -Nozes», pelo Moscow Tchaikovsky Ballet. Bilhetes: 1ª plateia – 25 euros; 2ª plateia – 22 euros. Coral. Quinta-feira, dia 16, às 21h30, no Convento de S. José, o Coral Ideias do Levante participa nos «Serões do Convento», tertúlia musical dinamizada por Afonso Dias. Presépios. Até ao dia 9 de Janeiro, nas montras do comércio tradicional da cidade, decorre a XXI Exposição de Presépios. Lagos Câmara - 282780900 GNR - 282770010 PSP - 282762930 Bombeiros - 282770790 Centro Saúde - 282780000 Hospital - 282770100 Pol. Marítima - 282762826 Capitania - 282762826 Dança e vídeo. Sexta-feira e sábado, dias 17, às 21h30 e 18, às 15h00, 18h00 e 21h30, no Centro Cultural, espetáculo «Planalto», um projeto de criação de dança e vídeo que investiga uma fusão entre os artistas e os lugares por onde passam, organizado pela Associação Teatro Experimental de Lagos. Festa de Natal. Domingo, dia 19, às 15h30, na sede da Sociedade Filarmónica 1º de Maio (Praça d’Armas) tem lugar a Festa de Natal da Filarmónica. Entrada livre. Concerto. Segunda-feira, dia 20, às 21h30, B L O C O DE N OT A S barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 B 28 Agenda cultural no Centro Cultural de Lagos, tem lugar o concerto de Natal pela Sociedade Filarmónica 1º de Maio. Jazz. Quarta-feira, dia 22, às 21h30, no Centro Cultural, realiza-se um concerto de Natal pela Orquestra de Jazz de Lagos. Mercado do livro. Domingo, dia 19, entre as 10h00 e as 17h00, no Mercado da Avenida, realiza-se mais uma edição do Mercado do Livro Usado/Descatalogado, aberto aos comerciantes e pessoas individuais. Marcos Barbosa. Até ao dia 14 de Janeiro, no Espaço Jovem, vai estar patente uma exposição de pintura da autoria de Marcos Barbosa. Caravela. Sábado, dia 18, às 10h30, o Centro de Ciência Viva organiza uma viagem na Caravela Boa Esperança com a duração de três horas, se houver condições meteorológicas favoráveis. Partida do porto de Lagos. Inscrição obrigatória através do telefone 282 770 000. Infante. Está patente até ao dia 31 de Dezembro, no Centro Cultural, a exposição «Retratos do Infante Dom Henrique», com obras de vários artistas. Descobrimentos. A exposição «O Reino dos Algarves de aquém e para além mar» está patente no Forte Ponta da Bandeira. Esta mostra integra-se no projeto da Rede de Museus do Algarve, intitulado «Algarve: do Reino à Região». Destaca a importância de Lagos e do Algarve no contexto dos Descobrimentos. Cartografia. A exposição «Algarbia Cartographica – Leituras e Resenha da Cartografia Regional», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algarve: do reino à região», pode ser visitada no Museu Municipal Dr. José Formosinho. Só encerra à segunda-feira. Pintura. Até 31 de Dezembro, na Galeria, Rua Joaquim Tello, patente a exposição «Sobre a Indiferença das Regras», composta por desenhos e pinturas de Timo Dillner. Invasões. O Armazém Regimental acolhe, até 29 de Dezembro, das 10h00 às 22h00 (fecha à segunda), a exposição «Operações Militares no Norte de Portugal durante as Invasões Francesas – Conhecimento Geográfico e Defesa». A mostra é promovida pelo Exército Português. Loulé Câmara - 289400600 GNR - 289463770 GNR Fiscal - 289314174 Bombeiros - 289400560 Centro Saúde - 289416513 Conferência. Sábado, dia 18, às 15h00, no Arquivo Municipal, conferência sobre «Paulo Madeira, um louletano da República», por Luís Guerreiro. Presépio. Até dia 6 de Janeiro, na Alcaidaria do Castelo, está patente uma exposição do presépio tradicional. Lídia Jorge. Até ao dia 31 de Março, no Convento de Santo António, exposição «Dia dos Prodígios e Lídia Jorge». Nos 30 anos do primeiro livro da consagrada escritora nascida em Loulé. Pai Natal. Até 24 de Dezembro, na Cerca do Convento do Espírito Santo, está montada a Aldeia do Pai Natal, onde são feitos penteados loucos, modelagem de balões. Há insufláveis, atelier de desenho e leitura e muitas outras surpresas. Pintura. Até 31 de Dezembro, na Galeria do Convento do Espírito Santo, está patente a exposição de pintura e desenho de Alexandre Sequeira Lima, intitulada «Less Than Beauty». Mais República. No Arquivo Municipal, está a exposição documental «A 1ª República 1910-1926», com documentos e imagens referentes ao concelho de Loulé. Até ao dia 31 de Dezembro. Baile. Sábado, dia 18, às 21h00, no salão de festas da Câmara Municipal, realiza-se um baile sénior. Almancil ALMANCIL Coletiva. Até ao dia 30 de Dezembro, na Galeria de Arte da Associação Social e Cultural de Almancil, está patente uma exposição coletiva de Nathalie Guerreiro e Edite Correia. Artes plásticas. Até 31 de Janeiro, na Galeria do Centro Cultural de São Lourenço, está patente uma exposição de artes plásticas com artistas da galeria. ALTE Alte Teatro. Até ao dia 17 de Dezembro, Alte é palco do XII Festival de Teatro. Programa: dia 17, às 21h30, na Horta das Artes, o Grupo de Teatro Penedo Grande (Messines) apresenta a peça «O Marinheiro», de Fernando Pessoa. Quarteira QUARTEIRA Exposição. Até 9 de Janeiro, na Galeria de Arte Praça do Mar, está patente a exposição «Artistas Solidários», organizada pela Associação Humanitária de Doentes de Parkinson e Alzhmeimer. Vilamoura VILAMOURA Viviane. Sábado, dia 18, às 21h00, no Casino de Vilamoura, concerto de Viviane com a Orquestra do Algarve. Escultura. O Museu e Estação Arqueológica do Cerro da Vila, recebe, até 10 de Setembro do próximo ano, uma exposição ao ar livre de esculturas monumentais da Coleção Berardo. Obras de Henry Moore, Lynn Chadwick, Peter Burke, Zadok BenDavid, Allen Jones, William Furlong e Tony Cragg podem ser vistas nesta mostra integrada no Allgarve. Golf Stream. Até 31 de Dezembro, o Posto 1, em Vilamoura, recebe mais uma iniciativa integrada no Programa Allgarve’10: “Golf Stream: uma exposição-índice”. Monchique Câmara - 282910200 GNR - 282912629 Bombeiros - 282912115 Centro Saúde - 282910100 Amália. Até 9 de Fevereiro, na Galeria Santo António, vai estar patente a exposição coletiva «Amália meu Amor». 18 artistas plásticos nacionais e internacionais seguiram o convite da Galeria, e cada um mostra a sua própria versão das ideias e dos sentimentos provocados por Amália. Olhão Câmara - 289700100 GNR - 289703089 PSP - 289702144 Bombeiros - 289710000 Capitania - 289714665 Centro Saúde - 289700260 João Ratão. Sábado, dia 18, às 16h00, no Auditório Municipal, tem lugar a Festa de Natal com o espetáculo «As Aventuras da banda do João Ratão». Concerto. Sábado, dia 18, às 21h00, na Igreja Matriz de Olhão, realiza-se o Concerto de Natal com a presença do Coro de Santo Amaro de Oeiras. Entrada livre. Poesia. Quinta-feira, dia 16, às 17h30, na Biblioteca Municipal, acontece «À roda da poesia...»: leituras e conversas em torno da poesia, poetas e outras coisas concretas. Exposição. Até ao dia 31 de Dezembro, na Casa da Juventude, está patente uma exposição de pintura da autoria de Vera Brás. Fotografia. Até ao dia 7 de Janeiro, na Ecoteca de Olhão, pode visitar a exposição de fotografia «Ria Formosa - Um Palco de Biodiversidade». Artes de pesca. Até 31 de Dezembro, no Museu Cidade de Olhão, está patente uma exposição sobre artes de pesca e as pesca na arte, que reúne um conjunto de óleos, desenhos e aguarelas de temática marítima pertencentes à coleção de arte do Museu Marítimo de Ílhavo. República. Na Biblioteca Municipal está patente a exposição «Letras e Cores, Ideias e Autores da República». Na Sociedade Recreativa Olhanense, pode visitar a exposição «Da Monarquia à República: Figuras e Factos em Olhão». Compromissos. A exposição «Os Compromissos Marítimos no Algarve» é o con- tributo de Olhão para o projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algarve: do reino à região», e pode ser vista no Edifício do Compromisso Marítimo de Olhão. Moncarapacho MONCARAPACHO Teatro. Sábado, dia 18, às 16h00, na Casa do Povo do Concelho de Olhão, espetáculo teatral com a peça «Aventura no Sótão dos Sonhos», do grupo de teatro da Casa da Juventude. Entrada livre. Pechão PECHÃO Pai Natal. Sábado, dia 18, às 15h00, numa parceira entre a Junta de Freguesia e o Grupo Motard de Pechão, realiza-se o «Pai Natal Motard» que se destina a apoiar as famílias carenciadas da freguesia. Teatro. Domingo, dia 19, às 16h00, no Espaço Multiusos da Junta de Freguesia, espetáculo teatral com a peça «Aventura no Sótão dos Sonhos», do grupo de teatro da Casa da Juventude. Entrada livre. Desenho. Está patente até ao dia 2 de Janeiro na Galeria de Arte da Casa-Museu, uma exposição de desenho intitulada «Nas mãos as mãos», da autoria de Paulo Serra. Portimão Câmara - 288 470700 GNR - 282 420750 PSP - 282417717 PJ - 282405400 Bombeiros - 282422122 Hospital - 282450300 Pol. Marítima - 282417714 Capitania - 282417258 Orquestra. Sábado, dia 18, às 21h30, no grande auditório do Tempo – Teatro Municipal, a Orquestra de Câmara Portuguesa oferece um Natal Europeu – um programa romântico que percorre várias correntes musicais do velho continente. Bilhetes: 10 euros com os habituais descontos. Concerto de Natal. Domingo, dia 19, às 16h00, no grande auditório do Tempo – Teatro Municipal, a Sociedade Filarmónica Portimonense apresenta o seu Concerto de Natal. Fotografia. Até ao dia 18, na Casa Manuel Teixeira Gomes, está patente a exposição de fotografia «Lutas territoriais da cegonha branca», da autoria de Orlando Teixeira. Stela Barreto. Até 31 de Dezembro, na Casa Manuel Teixeira Gomes, pode visitar a exposição de pintura «Evoluções II», da pintora Stela Barreto. Biodiversidade. Até ao dia 7 de Janeiro, no hall da EMARP, está patente a exposição de fotografia subaquática «Um olhar sobre a diversidade biológica do Parque Marinho Professor Luiz Saldanha», promovida pela Liga para a Proteção da Natureza. Fotografia. Até 2 de Janeiro, no Museu de Portimão estão patentes os trabalhos premiados na 10ª Corrida Fotográfica de Portimão. Alvores do Século. A exposição «Portimão nos Alvores do Século XX» continua patente na sala de exposições temporárias do Museu de Portimão até 2 de Janeiro, com entrada livre. A mostra pode ser vista às terças-feiras das 14h30 às 18h00 e de quarta a domingo, entre as 10h00 e as 18h00, e resulta do trabalho de investigação da equipa do Museu, e integra o projeto «Algarve: do Reino à Região», em conjunto com outras onze exposições, patentes de Barlavento a Sotavento. Mexilhoeira MEXILHOEIRA Teatro. Está em exibição no Teatro Experimental da Mexilhoeira Grande a peça de Manuel Teixeira Gomes «Sabina Freire». Reservas: 967174468. S. Brás Alportel Câmara - 2899840000 GNR - 289842210 Bombeiros - 289842666 Centro Saúde - 289840440 Fotografia. A Zem Arte apresenta até 12 de Janeiro a exposição de fotografia «MdG: Sabotagem», de Otelo Fabião e Vasco Célio, com curadoria de Nuno Faria. A galeria fecha à quinta-feira. AlportelArt’10. Até 30 de Dezembro, na Galeria Municipal, estão patentes trabalhos de pintura e escultura de cerca de 30 autores. Coletiva. No Museu do Trajo está patente uma exposição coletiva de artes plásticas de Jane Page, Petra Kartak, Adérita Silva, Anna Teeuwes e Rosnia Boxall. Sombras e Luz. A mostra «Sombras e Luz: o Século XIX no Algarve» pode ser vista no Museu do Trajo. Trajos e objetos permitem ao visitante descobrir os ambientes e as intimidades de Oitocentos. Exposição integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve intitulado «Algarve: do Reino à Região». Museu. No Museu do Trajo, estão em permanência as exposições «São Brás de Alportel, Terra de Cortiça», «Etnografia do Barrocal Algarvio» e «Trajo e Artesanato de Marrocos». Silves Câmara - 282440800 GNR - 282442414 Bombeiros - 282442411 Centro Saúde - 282440020 Amália Nossa. Integrada no programa de eventos do Allgarve 2010, a exposição de arte contemporânea «Amália Nossa», na Igreja da Misericórdia, está patente ao público até ao dia 31 de Janeiro, embora só possa ser visitada aos dias de semana e em horários de expediente. Do Gharb. A exposição «Do Gharb ao Algarve: uma sociedade islâmica no Ocidente», integrada no projeto da Rede de Museus do Algarve, denominada «Algarve: do reino à região», já pode ser vista em dois locais: na Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica (junto à Escola Secundária) e no Museu Municipal de Arqueologia. Tavira Câmara - 281320500 GNR - 281325704 PSP - 281322022 Bombeiros - 281322123 Centro Saúde - 281329000 Pol. Marítima - 281321777 Capitania - 281322438 Concerto de Natal. Domingo, dia 19, às 16h00, na Igreja do Carmo, realiza-se o Concerto de Natal pela Banda Musical de Tavira. Às 21h00, na Ermida de São Sebastião, tem lugar o Concerto de Natal pela Academia de Música de Tavira. Jazz. Segunda-feira, dia 20, às 18h00, na Igreja da Misericórdia, espetáculo «O Natal no Jazz», com Sofia Vitória e Júlio Resende. Recital. Terça-feira, dia 21, às 18h00, na Igreja da Misericórdia, tem lugar um recital de piano por Fernando Miguel Jalôto. Música. Quarta e quinta-feiras, dia 22 e 23, às 18h00, na Igreja da Misericórdia, espetáculo musical com «Ludovice Ensemble». Conferência. Sexta-feira, dia 17, às 11h00, na Biblioteca Municipal, conferência sobre história «A Igreja de S. Roque em Lisboa», por Ron B. Thomson. Teatro. Sexta-feira, dia 17, às 21h30, no Espaço da Corredoura, espetáculo teatral «Tenho um Sonho», com o grupo Aperitivo. Feira. Domingo, dia 19, entre as 11h00 e as 18h00, no Mercado da Ribeira, a Associação de Artes e Sabores de Tavira realiza a feira «O Nosso Natal». Baile. Domingo, dia 19, às 15h00, na sede da Associação Renascer do Campo – Cachopo, realiza-se a festa de Natal com baile abrilhantado por Ângelo e Jaime. Presépio vivo. Nos dias 18, 22 e 23, entre as 15h00 e as 18h00, na Casa André Pilarte, recreação do presépio vivo, em parceria com o Corpo Nacional de Escutas – Agrupamento 100 Tavira. Músicas. Sábado, dia 18, às 18h00, na Ermida de Santa Ana, no âmbito do ciclo Músicas na Igreja, atuação do grupo Duo Tanguíssimo, violino e guitarra. Cineclube. Esta quinta-feira, dia 16, às 21h30, no Cine Teatro António Pinheiro, o Cineclube de Tavira apresenta o filme «Os Pais das Minhas Filhas», de Mia Hansen Love. Sexta-feira, dia 17, às 21h00, sessão extraordinária com os filmes «O Estrangeiro» e «Vai com o vento», de BL O C O D E N O TA S barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 Agenda cultural Ivo M. Ferreira. Domingo, dia 12, será projetado o filme «Ondine», de Neil Jordan. República. Até ao dia 31 de Dezembro, no Museu Municipal/Palácio da Galeria, está patente a exposição «A 1ª República em Tavira: transformações e continuidade». Exposição. Até ao dia 18 de Junho de 2011, no Museu Municipal/Palácio da Galeria, vai estar patente a exposição «Cidade e mundos rurais». Vila do Bispo Câmara - 282630600 GNR - 282639112 Bombeiros - 282639285 Centro Saúde - 282636900 Concerto de Natal. Quarta-feira, dia 22, às 21h00, na Igreja Matriz, Concerto de Natal com os grupos «Anima» e «ADC de Vila do Bispo». Exposição. Até 2 de Janeiro, no Centro Cultural, vai estar patente uma exposição de trabalhos sobre o tema «O Natal no passado e no presente». Memórias. A exposição «Memórias da Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe» está patente até 31 de Dezembro nesta igrejinha, sob a tutela da direção regional de Cultura. SAGRES Sagres Concerto. Domingo, dia 19, às 14h00, no Salão de Festas de Nossa Senhora da Graça, realiza-se o concerto «Estrelinhas de Natal», com o Grupo Coral Hen- B 29 www.barlavento.pt Cinemas riquinas. Vila Real Câmara - 281510000 GNR - 281530150 PSP - 281543066 Bombeiros - 281512989 Centro Saúde - 281511371 Pol. Marítima - 281513999 Capitania - 281512035 Concerto. Sábado, dia 18, às 19h00, na Igreja Paroquial, realiza-se o concerto de Natal da Banda Filarmónica da Associação Cultural de Vila Real de Santo António. Desenho. Até ao dia 27 de Dezembro, na Biblioteca Municipal, vai estar patente a exposição de desenho «O caminho da Deusa», da autoria de António Afonso. Letras e cores. Durante o mês, na Biblioteca Municipal, pode ser visitada a exposição «Letras e cores, ideias e autores da República», no âmbito das comemorações do centenário da República, com coordenação da Direção Geral do Livro. Escultura. No seguimento da sua integração no projeto Bienal Portugal Arte 10, Vila Real de Santo António acolhe uma escultura de Yoan Capote, denominada «Stress 2010», que será exibida durante seis meses na Avenida Ministro Duarte Pacheco, junto ao farol. Exposições. No Arquivo Histórico Municipal estão patentes as exposições «Indústria Conserveira em Vila Real de Santo António», «Memento Mar Menor» e «Artes Litográficas». pub. Guia Portimão CASTELLO LOPES Tel.: 289 560 351 Reservas: 707220220 SALA 1 – Megamind - VP (M/6) Sessões: 12.55; 15.00; 17.05; 1910 (diariamente) Jackass 3D (M/16) Sessões: 21.40 (diariamente); 00.15 (6ª a 4ª) SALA 2 – Entrelaçados VP (M/) Sessões: 13.00; 15.10; 17.25; 19.40; 21.50 (diariamente); 00.15 (6ª a 4ª) SALA 3 – Jogo Limpo (M/12) Sessões: 13.40; 16.00; 18.25; 21.30 (diariamente); 00.05 (6ª a 4ª) SALA 4 – Harry Potter e os Talismãs da Morte (M/12) Sessões: 12.45; 15.30; 18.15; 21.00 (diariamente); 23.45 (6ª a 4ª) SALA 5 – O Americano (M/12) Sessões: 13.15; 15.50; 18.10; 21.10 (diariamente); 23.30 (6ª a 4ª) SALA 6 – As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam. Alvo VP 3D (M/6) Sessões: 13.10 (diariamente) As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam.Alvo VO 3D (M/6) Sessões: 15.40; 18.20; 21.20 (diariamente); 23.50 (6ª a 4ª) SALA 7 – O Amor é Melhor a Dois (M/) Sessões: 13.20; 16.10; 18.30; 21.35 (diariamente); 00.00 (6ª a 4ª) SALA 8 – A Tempo e Horas (M/12) Sessões: 13.30; 16.20; 18.40; 21.25 (diariamente); 23.55 (6ª a 4ª) SALA 9 – Imparável (M/12) Sessões: 12.50; 14.55; 17.00; 19.05; 21.15 (diariamente); 23.40 (6ª a 4ª) CASTELLO LOPES Tel: 282 418 180 Reservas: 707220220 SALA 1 – Entrelaçados VP 3D (M/) Sessões: 12.50; 15.00; 17.15; 19.30; 21.40 (diariamente); 00.10 (6ª a 4ª) SALA 2 – Harry Potter e os Talismãs da Morte (M/12) Sessões: 12.40; 15.30; 18.20; 21.10 (diariamente); 00.00 (6ª a 4ª) SALA 3 – Imparável (M/12) Sessões: 13.00; 15.10; 17.20; 19.35; 21.50 (diariamente); 00.15(6ª a 4ª) SALA 4 – Red - Perigosos (M/12) Sessões: 13.20; 15.50; 18.30; 21.30 (diariamente); 00.05 (6ª a 4ª) SALA 5 – A Tempo e Horas (M/12) Sessões : 13.30; 16.00; 18.40; 22.00 (diariamente); 00.20 (6ª a 4ª) SALA 6 – Megamind VP (M/6) Sessão: 18.50 (diariamente) As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam.Alvo VP 3D (M/6) Sessão: 13.10 (diariamente) As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Cam.Alvo VO 3D (M/18) Sessões : 15.40; 21.20 (diariamente); 23.50 (6ª a 4ª) CINEMAS PORTIMÃO Algarcine Tel.: 282 411 888 SALA 1 – Jogo Limpo (M/12) Sessões: 15.30; 18.15; 21.30 (diariamente); 00.00 (6ª e sábado) SALA 2 – As Aventuras de Sammy: A Passagem Tabela das marés Fastpower Lda Manutenção Automóvel Serviços Rápidos Promoções de Verão Cargas de ar condicionado • mudanças de óleo e filtros • substituições de travões e amortecedores Check auto gratuito Loteamento Industrial do Pateiro 1, lote 9, Ponte do Charuto 8400-651 Lagoa Telf. 282 476 625 / 969343724 / 927415106 E-mail: [email protected] visite-nos em www.barlavento.pt Secreta VP 3D (M/6) Sessões: 14.00; 20.00 (diariamente) Entrelaçados VP 3D (M/6) Sessões: 15.45; 18.15; 21.45 (diariamente); 00.00 (6ª e sábado) Olhão Olhão CC RIA SHOPPING Algarcine 289703332 SALA 1 – Entrelaçados VP (M/6) Sessões: 14.00; 16.00; 18.00; 20.00; 22.00 (diariamente); 00.00 (6ª, sábado); 10.30 (sábado, domingo ) SALA 2 – Oh Não! Outra Vez Tu? (M/12) Sessões: 13.10; 15.30; 18.30; 21.30 (diariamente); 23.50 (6ª, sábado e 3ª) SALA 3 – Megamind VP (M/6) Sessões: 13.00; 15.00; 17.00; 19.00 (diariamente); 10.40 (sábado, domingo) Harry Potter e os Talismãs da Morte (M/12) Sessão: 21.15 (diariamente) Faro Faro SBC - FÓRUM Tel.: 289 887214 SALA 1 – Harry Potter 7 – Parte 1 (M/12) Sessões: 14.55; 18.00; 21.05 (diariamente); 10.15 (sábado e domingo) SALA 2 – Toy Story 3 VP (M/6) Sessões: 10.20 (sábado, domingo) O Amor é Melhor a Dois (M/12) Sessões: 14.10; 16.25; 18.45; 21.10 (diariamente); 23.30 (6ª, sábado) SALA 3 – Megamind (M/6) Sessões: 14.25; 16.35; 18.50 (diariamente); 10.05; 12.15 (sábado, domingo) 22 Balas (M/16) Sessões: 21.00 (diariamente); 23.40 (6ª e sábado) SALA 4 – As Crónicas de Nárnia: A Viagem do Caminheiro da Alvorada (M/18) Sessões: 14.05; 16.30; 18.55; 21.20 (diariamente); 10.40 (sábado e domingo) Saw 7 (M/6) Sessão: 23.55 (6ª e sábado) SALA 5 – Entrelaçados (M/6) Sessões: 14.45; 17.00; 19.15; 21.30 (diariamente); 23.50 (6ª, sábado); 10.10; 12.30 (sábado, domingo) SALA 6 – A Verdade da Crise (M/12) Sessão: 19.20 (diariamente) Imparável (M/12) Sessões: 14.35; 16.50; 21.50 (diariamente); 00.10 (6ª, sábado); 12.20 (sábado, domingo) SALA 7 – A Tempo e Horas (M/16) Sessões: 14.50; 17.05; 19.30; 21.40 (diariamente); 00.00 (6ª, sábado); 12.40 (sábado, domingo) SALA 8 – Cela 211 (M/16) Sessões: 19.00 (diariamente); 00.15 (6ª, sábado) O Americano (M/12) Sessões: 14.20; 16.40; 21.45 (diariamente) Marmaduke VP (M/4) Sessão: 10.30 (sábado, domingo) SALA 9 – Gru – O Maldisposto VP (M/6) Sessões: 14.30 (diariamente); 10.00; 12.15 (sábado e domingo) Jogo Limpo (M/12) Sessões: 16.45; 19.10; 21.35 (diariamente); 00.05 (6ª, sábado). Farmácias ALBUFEIRA: 16 a 17 - Alves Sousa; 18 a 24 - Santos Pinto. FARO: 16 - Higiene; 17 - Caniné; 18 - Pereira Gago; 19 - Da Penha; 20 - Baptista; 21 - Helena; 22 -Crespo Santo; 23 Crespo Santo; 24 - Palma Batista. LAGOA: 16 a 17 - Lagoa; 17 a 24 - José Maceta. LAGOS: 16 - Ribeiro Lopes; 17 - Lacobrigense; 18 - Silva; 19 - Telo; 20 - Neves; 21 - Ribeiro Lopes; 22 - Lacobrigense; 23 - Silva; 24 - Telo. LOULÉ: 16 - Pinheiro; 17 Pinto; 18 - Avenida; 19 - Martins; 20 - Chagas; 21 - Pinheiro; 22 - Pinto; 23 - Avenida; 24 - Martins. ALMANCIL: 16 a 19 - Paula; 20 a 26 - Nobre Passos. MONCHIQUE: 16 a 19 - Hygia; 20 a 26 - Moderna. OLHÃO: 16 - Olhanense; 17 - Nobre Sousa; 18 - Brito; 19 Rocha; 20 - Pacheco; 21 - Progresso; 22 - Olhanense; 23 Nobre Sousa; 24 - Brito. PORTIMÃO: 16 - Rosa Nunes; 17 - Amparo; 18 - Arade; 19 - Guilherme Dias; 20 - central; 21 - Pedra Mourinha; 22 - Moderna; 23 - Carvalho; 24 Rosa Nunes. QUARTEIRA: 16 a 17 - Mi- guel Calçada; 18 a 24 - Algarve. S. B. ALPORTEL: 16 - S. Brás; 17 - Dias Neves; 18 a 20 - S. Brás; 21 - Dias Neves; 22 - S. Brás; 23 - Dias Neves; 24 - S. Brás. SILVES: 16 a 18 - Guerreiro; 19 a 25 - Socorros Mútuos. TAVIRA: 16 - Felix Franco; 17 - Sousa; 18 e 19- Montepio; 20 - Maria Aboim; 21 Central; 22 - Felix Franco; 23 - Sousa; 24 - Montepio . V.R.S. ANTÓNIO: 16 a 17 Pombalina; 18 a 24 - Carrilho. FARMÁCIAS EM SERVIÇO DE DISPONIBLIDADE EM: Alcantarilha, Algoz, Alvor, Alte, Areias S. João, Armação de Pêra, Benafim, Boliqueime, Carvoeiro, Conceição Tavira, Estoi, Estombar, Faro, Ferragudo, Fuzeta, Ferreiras, Guia, Luz Tavira, Mexilhoeira Grande, Monte Gordo, Montenegro, Odiáxere, Olhos D’ Água, Pêra, Patacão; Pechão, Praia da Luz, Praia da Rocha, Santa Bárbara Nexe, Santa Luzia, Santo Estevão; São Bartolomeu de Messines, São Marcos da Serra, Moncarapacho, Sagres, Salir, Santa Catarina Fonte do Bispo, Três Bicos, Vilamoura, Vila Nova Cacela. TR IBU NA LIV R E barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 T 30 Lucrar na Crise: com laranja e peixe Jack Soifer [email protected] Autor de «Empreender Turismode Natureza» e «Como Sair da Crise» O lóbi da indústria alimentar criou o mito da economia de escala. Nós, consultores, sabemos que, para cada setor e nicho, há uma faixa de escala ideal, dinâmica, consoante variações de custos dos materiais. Conservas de peixe e citrinos são rentáveis, se especializados. A agroindústria para alguns alimentos deve ficar próxima ao produtor rural, ser flexível para atender a procura específica de distintos nichos e poder integrar diferentes processos industriais para aproveitar ao má- ximo a matéria-prima recebida. É o caso das packing-house de citrinos que, após classificar os melhores para exportação, depois para mercados exigentes e locais, aproveita os demais para a indústria de sumos, depois de doces e ainda faz rações. Da casca, obtêm-se extratos ou mesmo, já com tecnologia, mas sem grandes dimensões, refinamse para fármacos ou essências aromáticas. O investimento é muito limitado, mas pode exigir técnica. Precisam de espaço? Atualmente há muitos arma- zéns vazios que podem ser recuperados e arrendados. Por exemplo, a indústria ligada ao pescado na orla do Algarve morreu, pois baseava-se em conservar com sal ou similar, em vez de congelar. O tipo de pescado capturado nas costas do Algarve e Alentejo é excelente para filetar e congelar ou defumar, para maior durabilidade. São os processos mais desejados hoje na Europa do Norte, por evitar conservantes, etc. Os de maior valia são os semi-artesanais, que necessitam de uma autorização da UE para assim serem classificados. Cabe aos clusters de pesca solicitar e batalhar e ao Ministério da Agricultura agilizar a aprovação em Bruxelas. Enquanto defumar o peixe quase nada exige em capital, mesmo a máquina de embalagem a vácuo é barata, a linha de congelação e conservação já exige algum. Há dezenas destas linhas recémabandonadas na Europa do Norte, que, com limitado custo, podem ser atualizadas. Ao considerar as nossas 3000 horas/ano de sol, deve-se instalar a unidade de frio que use painel solar e reduza o custo da eletricidade a quase zero. Esta indústria, além de trazer maior rendimento ao pescador, oferece emprego para as suas esposas e filhos nas aldeias e vilas, que assim não precisam de ir trabalhar para as capitais. Ao exportar, deve haver uma central, para embaratecer o frete internacional. Os clusters devem vender diretamente aos restaurantes, refeitórios industriais e catering nas 50 cidades com baratas ligações aéreas de Faro. Ver os detalhes nos meus livros. dos e concessão, em casos especialmente motivados, de subvenções não reembolsáveis. O despesismo público e corrupção, indicadores que aportam desconfiança aos investidores, combatem-se com conhecimento técnico qualificado rotativo e migratório entre “aparelhos político- administrativos”. Terceiro ativo: a reestruturação de toda a propriedade coletiva. Para aumentar o nosso capital social e dar confiança aos credores. Tudo o que são ónus, encargos ou servidões de interesse coletivo devem ser registados e ter valor económico, como toda a propriedade pública, nela se incluindo redes de infraestruturas coletivas de água, saneamento básico, eletricidade e comunicações. A sua função seria interagir com a propriedade privada na criação de indicadores-base para funções orçamentais, fiscais e creditícias. Contabilizadas em cada prédio, reverteriam a favor de associações de condomínios taxas de passagem dessas infraestruturas com compromissos de consignação a investimentos de reabilitação urbana e certificação ambiental. É na interação entre propriedade pública, coletiva e privada que se vence a incerteza. Precisa-se uma nova de pensar e agir Portugal. Não basta criar leis. É necessário interiorizar e efetivar ligações funcionais a nível internacional e nacional a um capital financeiro desregulado e especulativo. Assim faz-se soberania. A reação necessária é a Revolução do Direito. Com tranquilidade, sentido sistémico e estratégico. A revolução necessária Virgílio Machado Professor A pressão dos mercados em relação à dívida soberana resulta de um capital financeiro que exige das economias débeis aval do Estado para atingir a mesma rentabilidade das economias favoráveis A soberania de um país, dizia Montesquieu, dependia da relatividade do Direito. Da sua adaptabilidade ao caráter físico do terreno, à sua situação e extensão, ao género de vida e número das populações, à produção, ao comércio e seus usos. O poder depende do controlo dos processos e conexões funcionais entre essas variáveis: nas estradas, no mar, nas ligações aéreas, em suma, nos territórios, numa interação constante, chamaríamos um campo de poder entre um Estado e o seu povo. Somos hoje um país independente? A denominada pressão dos mercados em relação à dívida soberana resulta de um capital financeiro que, aproveitando-se dos desequilíbrios mundiais do crescimento, exige das economias débeis, aval do Estado para atingir a mesma rentabilidade das economias favoráveis. Chamemos-lhe «despesa social» ou «parcerias público-privadas», o resultado é igual. Trata-se de uma interação Portugal-capital financeiro global com dependência daquele a um juro “internacional” a este. Como contrariar este “campo de poder”, criando novas ligações funcionais que gerem confiança no nosso desenvolvimento? Pelo Direito. Este é o melhor instrumento que faz interagir nos mercados sentido de Justiça. Exigindo regulação dos produtos e serviços que podem ser neles colocados, do crédito que produtores e consumidores podem aceder, do preço justo, atendendo ao trabalho feito e às necessidades dos produtores e dos consumidores. Colocando o Estado a funcionar em interação legislativa-administrativa-judicial nesses processos. Com desregulação, o nosso território será mero palco de ação de outras esferas de poder. A economia europeia exige que cresçamos? Então convoque-se um Direito de emergência onde todo o capital económico, financeiro, social, intelectual e humano esteja em interdependência, gerando confiança mútua. Como? Capitalizando o país, colocando ativos que aumentem o seu capital social, aumentando a confiança dos credores na economia. Colocando os dividendos a distribuir e o crédito concedido como função daqueles ativos. O primeiro ativo é o princípio de presunção favorável de todo o investimento privado no território, suscetível de contestação por associações de interesses coletivos. A Administração Pública assumiria o figurino pombalino específico na reconstrução da Baixa de Lisboa, como administradora-juiz desses processos. É uma Administração retrógrada, pré-constitucional? Mas foi eficiente. Basta reforçar o princípio da interdependência de pode- res previsto na Constituição para termos Administração e Justiça interdependentes que conciliem o crescimento económico com redistribuição social, o verdadeiro investimento reprodutivo, fixandoo a territórios e fins específicos com distribuição a favor das populações locais. O segundo ativo: a reorganização de uma Administração local prestadora. A freguesia a manter-se mas com municípios alargados que dependam de comités técnicos na proposta de orçamentos e controlo da sua execução. Com robustez financiada nas receitas da produção e serviços gerados nos seus territórios e para se assistirem mutuamente em estudos, assistência técnica, formação qualificada, fornecimento de equipamento, empréstimos a juros reduzi- pub. Aplublicidade g arvis m os barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 31 www.barlavento.pt Ú LT I M A H O R A barlavento | Quinta-feira, 16 de Dezembro de 2010 U 32 Jovem chef algarvia soma e segue nos prémios europeus A algarvia Miléne Nobre deu a Portugal a primeira medalha de excelência na categoria de cozinha, no Campeonato Europeu das Profissões, cuja edição de 2010 decorreu na Feira Internacional de Lisboa (FIL), no passado fim de semana. «Apesar de Portugal participar desde os anos 50, no então Campeonato Internacional das Profissões, nunca tinha conseguido posicionarse acima do décimo lugar nesta área», explicou Miléne Nobre ao «barlavento». A medalha, obtida numa prova que durou mais de 22 horas, repartida por três dias, dará à também estudante da Escola de Hotelaria do Algarve direito a participar nos Mundiais, que terão lugar em Inglaterra. Em Janeiro, a jovem natural de Alcoutim e residente em Tavira irá igualmente iniciar um estágio de um mês na cozinha três estrelas Michelin de Ferran Adrià (El Bulli), um dos melhores chefs do mundo e impulsionador da gastronomia molecular. Portinado assume liderança no Campeonato A Portinado garantiu, a 11 de Dezembro, mais uma vitória no Campeonato Nacional Sénior masculino da 1ª divisão de Polo Aquático, que lhe permitiu ascender à liderança. A Portinado recebeu e goleou em casa (24-4) a recém promovida à Primeira Divisão, a equipa do Sporting. Ao fim de seis jornadas, a equipa de Portimão situa-se agora no 1º lugar na tabela classificativa, com cinco vitórias e um empate, com os mesmos pontos do Salgueiros, mas com maior diferença entre golos marcados e sofridos. Um presépio bem algarvio | filipe antunes Bombeiros de Portimão têm muitos planos para melhorar o serviço | 08 e 09 DIRETOR: HELDER NUNES (CPJ 3379) CHEFE DE REDAÇÃO: ELISABETE RODRIGUES (CPJ 2799) REDAÇÃO: António Martins, João Tiago (CPJ 5324), Ana Sofia Varela (CPJ 8755), Nuno Costa (CPJ 8962) José Garrancho (CR 520) Faro: Hugo Rodrigues (CPJ 6479) Filipe Antunes (CPJ 7396) FOTOGRAFIA Armindo Vicente (TP 685), Carlos Filipe de Sousa (CPJ 9160) GRAFISMO / INFORMÁTICA: Vanda Brazona e Cíntia Diniz ADMINISTRATIVOS E PUBLICIDADE: Simplício Espírito Santo Helder Marques, José Correia PROPRIEDADE: Mediregião - Edição e Distribuição de Publicações, Lda N.C. 501705619 | Alicoop - 50% Alisuper - 40% do Capital EDITOR: Mediregião - Edição e Distribuição de Publicações, Lda SEDE: Administração e Publicidade: Edifício Pátio da Rocha - Loja 46 Piso 0 - BA - Praia da Rocha Apartado 168 8501 - 911 Portimão Telefones: 282480220/22/23 Fax: 282480221 Redação: Telefones: 282480224/25/26 Fax: 282480229 e-mail: [email protected] Impressão: CORAZE - Oliveira de Azeméis Telefone: 256600580 Fax: 256600589 E-mail: [email protected] Depósito Legal Nº 8755/85 Registo no ICS nº 102457 Distribuição: VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição Lda - MLP: Media Logistics Park Quinta do Granjal - Venda Seca 2739-511 Agualva, Cacém Email: [email protected] Tel. 214337000 | Fax 214326009 Registo no ICS nº 102457 Tel. 214398500 | Fax 214302499 Tiragem: 7.500 exemplares pub.