Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis
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Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis
Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Guia sobre as principais questões JUN 2013 Você conhece o assunto? Sabe defender uma posição? Quer liderar o debate? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Guia sobre as principais questões Copyright © 2013 GSMA Sobre este manual Abordagem Em qualquer país, o público se beneficia quando os setores privado e público trabalham juntos em um espírito de abertura e confiança. Para isso, a GSM Association está comprometida em apoiar governos e agências reguladoras para introduzir políticas de telecomunicações favoráveis ao investimento. Este manual é dividido de acordo com os três principais componentes de política pública para o setor móvel: ambiente empresarial, espectro e proteção do consumidor. Cada seção aborda a situação atual do mercado e identifica questões que deverão se tornar mais importantes no futuro. O Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis: Guia Sobre as Principais Questões é parte dos esforços da GSMA em promover uma colaboração mais ampla. Trata-se de um recurso único, que aborda vários tópicos de políticas públicas e posições do setor em um único volume, servindo como guia prático para as principais questões, referência sobre as perspectivas do setor, informativo sobre as melhores práticas regulatórias e portal para informações adicionais. Os tópicos são discutidos de acordo com uma estrutura fixa, começando com uma descrição geral do problema e seguida de uma declaração da posição da GSMA, com informações que fundamentam essa posição e outros dados. Para aprofundar o assunto, também é apresentada uma lista de documentos relacionados. O site e a versão eletrônica (PDF) do manual contêm links para esses recursos. O manual eletrônico pode ser baixado do site. A GSMA é a associação global de operadoras de redes móveis e produz pesquisas e análises objetivas e factuais de tendências e desafios no mercado de comunicações móveis. O manual apresenta as perspectivas da associação sobre o setor e apresenta, de maneira prática, para quem quer explorar as questões e entendê-las melhor. A versão online desse recurso é um catálogo continuamente atualizado das posições do setor. Na página web do Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis, o leitor encontrará outros links para materiais relacionados e poderá assinar e solicitar atualizações e novos dados, que são atualizados regularmente. www.gsma.com/publicpolicy/handbook O recurso foi criado para uso em várias atividades, de pesquisa acadêmica à elaboração de políticas pública de governo. Se tiver alguma dúvida ou quiser mais informações, o leitor pode contatar a GSMA. Estamos aqui para ajudar. [email protected] Tendências que mudam o mundo Ambiente Empresarial Competição.. ..................................................................... 02 Liberalização de Gateways........................................ 03 Nas últimas duas décadas, duas tecnologias transformaram as vidas de bilhões de pessoas: a comunicação móvel e a Internet. Embora tenham surgido em paralelo, os caminhos dessas duas tecnologias se encontraram. A convergência criou uma nova era, em que a maioria da população do mundo não apenas fez sua primeira ligação de celular, mas também está usando o aparelho para acessar a internet. A comunicação entre máquinas criou outra revolução da mesma magnitude. O processo ainda está no início, mas bilhões de mensagens automáticas estão sendo trocadas pelos mais diversos dispositivos conectados pela Internet, aumentando a produtividade e trazendo, por exemplo, grandes melhorias para serviços de saúde. Atualmente, cerca de metade da população do mundo tem acesso a telefone celular. Em uma década, a internet móvel suportará mais de 50 bilhões de conexões entre máquinas. Aprovação de Instalações de Estações Base. . ....... 01 Compartilhamento de Infraestrutura.. .................... 04 Direitos de Propriedade Intelectual.. ....................... 05 Roaming Internacional.. .............................................. 06 Taxas de Terminação Móvel...................................... 07 Neutralidade da Rede................................................. 08 Tributação. . ........................................................................ 09 Fundos de Universalização de Serviços de Telecomunicações. . ................................................... 10 Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Faixa de Frequência de 2,1 GHz............................... 11 Faixa de Frequência de 2,5 GHz............................... 12 Dividendo Digital.......................................................... 13 Limitação de Interferências....................................... 14 Essas são as principais tendências que motivam o trabalho da GSMA junto a elaboradores de políticas, com foco em temas como: Preço acessível e direito de acesso Privacidade e segurança Economias de rede Planejamento do Espectro Futuro. . ....................... 15 Limites de Espectro por Operadora. . ....................... 16 ■■ Harmonização do Espectro........................................ 17 ■■ ■■ Renovação de Licenças de Espectro........................ 18 Comercialização de Espectro.................................... 19 Valoração e Licenciamento de Espectro................ 20 Neutralidade Tecnológica e Modificações do Uso...21 Proteção do Consumidor A importância de uma política eficaz Os ministérios de comunicações e as agências reguladoras nunca tiveram papel tão importante para o sucesso de políticas socioeconômicas de governo, com repercussões em empresas, educação, saúde, acesso a serviços financeiros e do governo, além de muito mais. Como a internet móvel se tornou a chave para a transformação de muitos outros setores, os responsáveis por políticas públicas estão em um território totalmente novo, onde enfrentam desafios novos e interessantes. Esperamos que esse manual sirva como bússola para toda essa viagem. Proteção de Crianças On-line................................... 22 EMF e Políticas Públicas de Saúde........................... 23 EMF e Saúde: os Fatos Científicos........................... 24 Meio-ambiente e Mudanças Climáticas................ 25 Registro Obrigatório de Cartão SIM Pré-pago.. ... 26 Furto de Dispositivos Móveis..................................... 27 Segurança em Redes Móveis..................................... 28 mYouth.. ........................................................................... 29 Utilização Indevida de Números e Fraude............ 30 Privacidade.. ...................................................................... 31 Spam. . ............................................................................... 32 Contatos na GSMA....................................................... I Apêndice......................................................................... II Ambiente Empresarial Cabe aos governos criar um ambiente empresarial em que a indústria de redes móveis possa avançar e inovar para o bem de todos. Uma regulação leve e flexível é essencial, pois o mercado é o melhor meio de orientar a evolução do setor e políticas rígidas não conseguem acompanhar o avanço das tecnologias e serviços móveis ou as demandas do consumidor. A indústria de redes móveis está em uma fase crítica, pois os consumidores estão migrando de serviços tradicionais e confiando cada vez mais em comunicação de dados por banda larga. Portanto, os modelos de negócios precisam evoluir. A Cisco estima que a transmissão de dados em redes móveis aumentará 78% por ano entre 2011 e 2016, e que o tráfego médio por usuário aumentará de 92 para 1200 megabytes por mês neste período. Estima-se que será necessário investir centenas de bilhões de dólares para atender a esta demanda e que o retorno sobre este investimento é incerto. Arthur D Little1 observou que os investimentos das operadoras de rede foram responsáveis por 70% do total investido no setor em 2006 e 2011, mas o fluxo de caixa livre total no mesmo período caiu de 57% para 48%, valor que corresponde a menos da metade do total para o setor. O aumento do risco relacionado a investimentos em infraestrutura sustentável foi destacado em uma pesquisa realizada pelo Credit Suisse2 entre 65 investidores em telecomunicações. Mais de 90% dos entrevistados afirmaram que a regulamentação atual das telecomunicações na Europa desincentiva o investimento e que os mercados de redes móveis devem se consolidar deixando apenas três participantes. Entender a indústria é importante tanto para o setor de redes móveis e seus bilhões de clientes como para o setor digital como um todo. Em um artigo recente, Tim Cowen e Annabelle Gawer constataram que as políticas regulatórias e de concorrência inibem a inovação e a prestação de serviços digitais ao nível de acesso à rede, onde limites regulatórios restringem os incentivos das operadoras de rede à inovação. Os autores afirmam que os modelos de negócios com operadoras de redes precisam evoluir para alinhar incentivos ao investimento e expectativas de lucro, mas isso requer que a regulação passe de um modelo baseado em serviço público para outro voltado para inovação. Os elaboradores de políticas e players da indústria precisam colaborar para definir um novo modelo para a era digital. Um ambiente empresarial eficaz produzirá benefícios significativos e tangíveis. Pesquisas recentes da GSMA, Cisco e Deloitte mostraram causalidades que indicam que dobrar o consumo de dados aumenta o PIB em 0,5%. Garantir incentivos apropriados ao investimento e à inovação pode promover os benefícios econômico-sociais para o investimento e inovação na indústria, seja no Vale do Rift, no Vale do Silício, ou no Vale do Yangtzé. 1 Arthur D Little, “TIME Value Growth Tracker 2012,” Novembro 2012 2 Justin Funnell and Christopher Wright, Credit Suisse, “EU Telecoms Regulation,” 8 de fevereiro de 2012 Aprovação de Instalações de Estações Base Introdução A infraestrutura de redes móveis tornou-se um importante indicador de desenvolvimento econômico-social. A maioria dos países deseja adotar políticas para promover amplo acesso à telefonia móvel, incluindo banda larga. As estações base proporcionam cobertura geográfica e mais capacidade de rede conforme necessário. A implementação de novos serviços móveis requer mais infraestrutura com tecnologia específica. Para estender a cobertura por todo o país, pode-se exigir das operadoras de telefonia móvel, como condição para renovar suas licenças, que instalem estações base por toda a área que atendem, levando o acesso a serviços móveis a todos os cidadãos. As operadoras de redes móveis enfrentam diversas exigências e condições que variam de país para país para obter licenças para instalar estações base. Os procedimentos podem ser definidos em vários níveis de governo, embora a autoridade local (p.ex. o município) seja o principal ponto de referência. Também pode ser necessário cumprir exigências em nível regional ou nacional. Debate Que procedimentos devem ser adotados para evitar atrasos desnecessários na instalação de infraestrutura? Os limites de exposição a EMF devem ser especificados nas licenças de operadoras de redes móveis? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Posição da Indústria Deve-se definir processos explícitos de planejamento e aprovação de estações bases de redes móveis a fim de evitar atrasos na instalação da rede. As diretrizes de exposição recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (p.ex. ICNIRP) baseiam-se em sólidas evidências científicas e são revisadas periodicamente e devem ser observadas, assim como restrições relacionadas ao impacto ambiental. Apoiamos o uso de mecanismos que evitem atrasos devido a entraves burocráticos, incluindo isenções para instalações de pequeno porte, localização conjunta ou determinadas atualizações, procedimentos de licenciamento unificados e aprovação tácita. Resources Relatório: Base Station Planning Permission in Europe ICNIRP — International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection OMS — World Health Organization electromagnetic field (EMF) standards 01 Concorrência Introdução As redes móveis são a tecnologia de consumo mais disseminada da história. Um dos principais fatores que levou à sua disseminação foi a adoção de um modelo regulatório que promove a competição por meio da liberalização de serviços e infraestrutura de telecomunicações e da disponibilização de espectro suficiente para facilitar a disseminação de redes celulares de baixo custo. Outros fatores importantes, e em especial a evolução de redes móveis analógicas, digitais e baseadas em IP, levaram os operadores a entrar em novos mercados, a instalar redes de voz e de dados e a aumentar ainda mais o número de clientes no mundo inteiro. Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Com a disponibilização de mais faixas de frequência, outros participantes adquiriram licenças, estimulando ainda mais a competição. Além dos operadores de redes celulares, os revendedores e operadores de redes móveis virtuais (MVNOs na sigla em inglês) são outra fonte de competição do mercado de varejo. Debate Qual o nível de competição ideal em um determinado mercado? O que os governos podem fazer para promover a competição sem inibir a inovação? A maioria dos países procurou, logo no início do processo de concessão de licenças, autorizar pelo menos duas empresas por área para garantir que houvesse competição suficiente no mercado de comunicação móvel. A competição produziu efeitos salutares no mercado de telefonia celular de voz. Espero que a concorrência agora dissemine o acesso de banda larga, trazendo ainda mais prosperidade, especialmente em regiões sem redes fixas. — Martin Cave, Imperial College Business School Posição da Indústria Acreditamos que os governos devem se concentrar em medidas que facilitem a competição no setor de redes móveis em vez de promover regulação excessiva. O excesso de regulação pode inibir a inovação, elevar custos, restringir a concorrência e prejudicar os clientes. Em princípio, os mercados de redes móveis devem ser mantidos abertos à entrada de novos concorrentes, por meio de, por exemplo, licenciamento de faixas para novos entrantes sob os mesmos termos concedidos às operadoras já instaladas. Entretanto, as redes móveis caras e as operadoras precisam investir em grande escala para obter rentabilidade e oferecer preços acessíveis ao usuário final. O aumento do número de empresas nem sempre promove mais concorrência. 02 Conceder faixas de frequência a entidades sem recursos para instalar ou investir pesadamente em infraestrutura é uma forma ineficiente de alocar recursos escassos. Em nossa opinião, é sempre possível escolher, qualquer que seja a situação, entre intervenção ex ante e ex post. Se os mercados forem competitivos, sem nenhum participante com poder de mercado significativo, a regulação ex ante normalmente é inapropriada. As restrições impostas pela competição com outras operadoras devem ser suficientes para promover um bom resultado para os clientes. Os governos vêm acertadamente empregando cada vez mais legislação ex post para obter benefícios regulatórios no setor de comunicações móveis, um setor vibrante e competitivo. Resources Relatório: Competition and the Mobile Sector in Developed and Developing Countries Relatório: Mobile Boadband, Competition and Spectrum Caps Relatório: Licensing to Support the Broadband Revolution Liberalização de Gateways Introdução Os gateways internationais (IGWs) são estações que recebem e enviam ligações internacionais. Na maioria dos países desenvolvidos, os mercados de telecomunicações internacionais são plenamente competitivos, mas muitos países na Ásia-Pacífico, Oriente Médio, África e América Latina ainda não liberalizaram os gateways internacionais, restringindo a oferta a um monopólio. Historicamente, empresas já instaladas receberam monopólios sobre os gateways internacionais. A premissa era que um monopólio de gateway internacional permitiria que o país cobrasse tarifas internacionais elevadas para gerar lucros, que a empresa instalada usaria para financiar a expansão da rede e aumentar a geração de receitas tributárias. Entretanto, mudanças na tecnologia como o desenvolvimento de serviços VoIP reduziram significativamente o custo de entrada para prestação de serviços internacionais, aumentando bastante a concorrência, com ou sem autorização regulatória. Debate Qual a melhor estrutura para um país e sua população: a monopolista ou a liberalizada? As evidências mostram que a liberalização promove o investimento e que a perda de receitas em investimentos estrangeiros não ocorre. Combinado com os benefícios econômicos ao país e ao governo, a liberalização dos gateways internacionais (IGW) é uma opção regulatória melhor que o monopólio. — GSMA Research report on the Benefits of Gateway Liberalisation, 2007 Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Posição da Indústria A liberalização de gateways traz benefícios econômicos significativos ao país, como tarifas internacionais mais baixas, mais largura de banda internacional e redução do custo de prestação de serviços internacionais a operadoras. A liberalização de gateways internacionais pode reduzir os preços de varejo, melhorar a qualidade dos serviços e trazer benefícios para todo o país (p.ex. reduzindo o custo da atividade empresarial e facilitando o comércio e o investimento, melhorando assim o nível de emprego e o padrão de vida). 03 Para participar plenamente do mundo globalizado, os países em desenvolvimento devem liberalizar seus gateways internacionais, estimulando a concorrência e investimentos privados. Para os governos, a manutenção de monopólios de gateways internacionais cria significativos custos regulatórios e de fiscalização para evitar operação ilegal e redução da receita tributária que poderia ser gerada pela prestação de serviços dentro da lei. Resources Relatório: Gateway Liberalisation: Stimulating Economic Growth Compartilhamento de Infraestrutura Introdução Em muitos países, esquemas de compartilhamento de infraestrutura permitem que várias operadoras usem postes, edificações e até antenas, evitando assim a duplicação da infraestrutura. O compartilhamento de infraestrutura pode aumentar a capacidade em áreas congestionadas onde há pouco espaço para instalações e torres. O compartilhamento de infraestrutura pode estender a cobertura a regiões com baixo nível de serviços. Isso também pode ser facilitado por roaming nacional ou reduzindo os custos de aquisição de assinantes, compartilhando instalações e postes da rede de acesso de rádio. O compartilhamento de infraestrutura pode incentivar a concorrência, reduzir o número de torres, reduzir as emissões de carbono das redes celulares e diminuir os custos das operadoras. Debate Em que situações os reguladores devem supervisionar, autorizar ou gerenciar acordos de compartilhamento? Os reguladores devem permitir que operadoras de redes móveis compartilhem voluntariamente suas infraestruturas? Os acordos de compartilhamento de infraestrutura podem prejudicar a concorrência? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Posição da Indústria Os governos devem manter ambientes regulatórios que permitam às operadoras compartilhar voluntariamente suas infraestrutura. Os governos devem manter estruturas regulatórias que facilitem contratos de compartilhamento de infraestrutura, incluindo compartilhamento ativo e passivo dos vários componentes de cada rede. Embora o compartilhamento de infraestrutura possa ser vantajoso para as operadoras de redes móveis, a instalação de redes ainda é um elemento importante para se obter vantagens competitivas em Resources Relatório: Mobile Infrastructure Sharing ITU News: Mobile Infrastructure Sharing 04 mercados de redes móveis. Portanto, o compartilhamento deve surgir de negociações comerciais e não ser imposto nem sujeito a restrições regulatórias ou tarifas adicionais. Os acordos de compartilhamento de infraestrutura devem ser regidos pela legislação civil e, portanto, sujeitos às leis de defesa da concorrência. Em alguns casos, o compartilhamento de sites aumenta a concorrência ao dar às operadoras acesso aos sites de que precisam para competir em qualidade do serviço. Direitos de Propriedade Intelectual Introdução A emergência da internet como um local em que as pessoas fazem compras, compartilham e adquirem conteúdo criou desafios para a elaboração de políticas e para os atores do mercado, como o combate à pirataria, incentivos à demanda de produtos legais, reformas do licenciamento de conteúdo e definição clara dos direitos do consumidor. As operadoras de redes móveis estão posicionadas entre detentores de direitos de propriedade intelectual (PI), como artistas, editoras e usuários de produtos digitais. Existe a possibilidade de as operadoras móveis serem responsabilizadas por qualquer conteúdo transmitido por suas redes e obrigadas a assumir custosas obrigações de monitoramento ou a de revelar informações sem ordem judicial. Na Europa, o debate sobre pirataria vem ganhando momento. Vários estados membros da UE exigem que os provedores de internet cooperem com os detentores dos direitos no combate à pirataria. A maioria dos estados-membros introduziu taxas de copyright sobre dispositivos como aparelhos de MP3 e telefones celulares que podem ser usados para copiar e compartilhar conteúdos protegidos. A Comissão Europeia adotou uma proposta de diretiva sobre gestão coletiva de direitos e licenciamento de obras musicais para uso on-line em vários territórios a partir de julho de 2012. A diretiva sobre fiscalização de direitos de propriedade intelectual (IPRED) será revista em março de 2013. Debate Os detentores dos direitos querem leis rigorosas e ajuda dos provedores de internet e empresas de telefonia na luta contra a pirataria. As organizações da sociedade civil defendem os direitos básicos do consumidor, como liberdade de expressão e acesso á internet, e se opõem a medidas de combate à pirataria. As entidades que recebem direitos são contra reformas das políticas de concessão e querem licenciamento em nível nacional. Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Posição da Indústria O licenciamento do conteúdo é necessário para permitir a criação de novos modelos de negócios para os detentores dos direitos e usuários comerciais e ofertas de conteúdo atraentes para a clientela. A obrigação de desenvolver novos modelos de licenciamento de conteúdo deve caber aos detentores dos direitos. Os provedores devem ter pouca ou nenhuma responsabilidade de detectar atividades de pirataria. Para combater o compartilhamento ilegal de arquivos, é preciso promover atividades legítimas. Os operadores móveis desejam ter um papel ativo do mercado de conteúdo on-line, que deverá, segundo a Juniper Research, atingir receita global de € 120 bilhões até 2013. 05 A taxação de celulares e o licenciamento compulsório não são o melhor instrumento para compensar os detentores dos direitos por atividades de pirataria. As atuais incertezas sobre o rumo que as práticas de licenciamento das entidades que recebem direitos irão tomar e os acordos entre elas inibem a criação de novos modelos de negócios e retardam o lançamento de novos conteúdos no mercado. Na Europa, defendemos um modelo multiterritorial e pan-europeu de licenciamento de obras audiovisuais, incentivando a competição eficaz de entidades que gerenciam direitos coletivos dentro da UE e oferecendo mais opções aos criadores e usuários dos direitos. Resources GSMA consultation response on EU Property Rights Enforcement Directive Roaming Internacional Introdução O roaming internacional (RI) permite que os usuários continuem usando dispositivos móveis para fazer e receber chamadas de voz, enviar mensagens de texto e e-mail e usar a internet em outros países. Os reguladores e elaboradores de políticas vêm se mostrando preocupados com as tarifas praticadas, contas muito mais caras que o esperado e alguns preços mais altos cobrados por RI. Na Europa, onde existe apenas uma estrutura político-econômica, o roaming é regulamentado desde 2007. As soluções estruturais da UE serão implementadas para incentivar a concorrência visando a eliminar regulamentações que impõe tetos de preço. Entidades internacionais como a OCDE, a UIT e a OMC vêm analisando questões relacionadas ao roaming. Também estão sendo consideradas medidas regionais ou bilaterais. Debate Alguns elaboradores de políticas públicas acreditam que alguns preços de RI são altos demais. Existem diversas opções regulatórias para tornar mais transparentes e reduzir os preços de roaming. Uma comparação global dos preços de RI em vários países mostrou que, embora o roaming às vezes seja mais caro, existem vários planos de tarifa inovadores e opções de custo reduzido. Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Posição da Indústria O roaming é um serviço importante oferecido em um mercado competitivo. Não se deve regular os preços, pois o mercado vem apresentando várias soluções inovadoras. Contas acima do esperado e diferenças de preço entre regiões ou de região para região. Uma possível causa são diferenças estruturais, como bitributação, monopólios internos de gateways e fraudes. Outros fatores como nível de renda, PIB, inflação, flutuações cambiais, taxas de penetração de redes móveis e porcentagem da população que faz viagens internacionais também podem influenciar os preços do RI. Esses fatores devem ser considerados antes de se regulamentar o RI. Portanto, os reguladores devem abordar os problemas apenas em nível local e não global. Soluções impostas globalmente nem sempre alcançam a origem do problema regulatório. O resultado provável é a redução do desempenho do mercado e prejuízos ao consumidor em longo prazo. Resources GSMA Information Paper: Overview of International Mobile Roaming Press Release: GSMA Launches Data Roaming Transparency Initiative Roaming on GSMA.com A indústria de telefonia móvel está comprometida em proteger o consumidor. Na opinião da entidade, medidas bem planejadas 06 para promover a transparência são uma maneira eficaz de promover a competição em RI. Em junho de 2012, a GSMA lançou uma iniciativa para tornar as tarifas de roaming internacional e uso de dispositivos de dados móveis mais visíveis para os clientes. Essa iniciativa mostra que as operadoras promovem e mantêm a transparência do serviço de roaming junto a seus clientes. O mercado de roaming também é competitivo, com cada vez mais pacotes de serviços inovadores a preços competitivos visando a atender as necessidades de cada cliente. O roaming é parte do pacote geral de serviços e não deve ser visto isoladamente. As intervenções influenciam o modelo comercial das operadoras, que podem adaptar e redimensionar serviços domésticos ou modificar investimentos, afetando, por exemplo, a disseminação do acesso móvel de banda larga. Os governos devem regular preços apenas como último recurso em casos em que a transparência foi insuficiente para resolver as preocupações dos clientes. O controle de preços deve ser adotado após considerar cuidadosamente as atividades de cada mercado local, avaliar custos e benefícios de propostas e regulamentar apenas em situações em que a regulação traga mais benefícios do que custos. Taxas de Terminação Móvel Introdução As taxas de terminação móvel (TTMs) são tarifas cobradas pelas operadoras para conectar uma ligação originária de outra rede. A definição de TTMs reguladas atraiu enorme atenção, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, e várias abordagem e metodologias foram desenvolvidas para esse fim. diversas soluções foram impostas às operadoras para corrigir distorções no mercado, especialmente a exigência de definir preços de acordo com o custo para a terminação móvel. Debate Quanto cada operadora pode cobrar pela terminação de uma ligação em sua rede? Essas taxas devem ser reguladas? Se devem, como isso deve ser feito? De modo geral, os reguladores concluíram que a terminação de ligações em cada rede móvel funciona como um mercado separado e que cada operadora dessas redes possui ampla liberdade para fornecer terminação móvel a seus clientes. Portanto, A intervenção em mercados competitivos é muito mais difícil e complexa que a regulamentação tradicional de serviços públicos realizada em monopólios de gás, eletricidade e telecomunicações com linhas fixas. No setor móvel, as medidas precisam ser mais bem calibradas. Os benefícios de intervir são mais ambíguos e os erros são mais caros. — Stewart White, ex-diretor do Grupo de Políticas Públicas da Vodafone Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Posição da Indústria A regulação de TTMs é um tema complexo, que provavelmente requer uma análise de custo detalhada e uma cuidadosa avaliação dos efeitos de qualquer intervenção sobre a concorrência. Os TTMs são taxas de atacado, que são reguladas em muitos países onde um cronograma de reajustes da taxa foi acertado e incluído nos modelos de negócios das operadoras de redes móveis. Mudanças súbitas dessas taxas podem prejudicar o investimento e a lucratividade. 07 Em nossa avaliação, as autoridades governamentais são as mais qualificadas para analisar e determinar a necessidade de regulação em seus próprios mercados, adotando um processo consultivo detalhado. Na Europa e em outros continentes, as autoridades regulatórias têm autoridade legal para obter informações relevantes das operadoras e, portanto, não existe necessidade de intervenção extraterritorial para fins relacionados às taxas de terminação móvel. Resources Relatório: The Setting of Mobile Termination Rates Relatório: Comparison of Fixed and Mobile Cost Structures Relatório: Regulating Mobile Call Termination, Vodafone Neutralidade da Rede Introdução Não existe uma definição uniforme de neutralidade da rede, um termo muito usado para descrever a priorização de tráfego em redes. Alguns defendem que são necessárias leis para que todo o tráfego em uma rede seja tratado da mesma maneira. Alguns países adotaram regras de neutralidade da rede. Nos EUA, a FCC introduziu regras em 2010, mas o setor móvel foi isento de todas elas menos das exigências de transparência. A regulamentação será revista assim que o mercado de banda larga se desenvolver mais. A Comissão Europeia lançou recentemente uma consulta sobre aspectos relacionados à neutralidade da rede. Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial O gerenciamento de tráfego sempre foi usado em redes para, por exemplo, priorizar mensagens urgentes. Na discussão sobre neutralidade da rede, o foco recente vem sendo a promoção da transparência e a competição em vez de leis específicas sobre gerenciamento de tráfego. Posição da Indústria Debate As operadoras precisam distinguir entre vários tipos de aplicativos e dispositivos para gerenciar a qualidade do serviço de ponta a ponta, criando uma experiência satisfatória e que atenda às preferências dos consumidores. Deve-se permitir que as redes gerenciem o tráfego e priorizem um tipo de tráfego em vez de outro? As regras para redes fixas devem ser impostas também a redes móveis, cuja capacidade é mais limitada? É apropriado e razoável introduzir novas regras antecipando a possibilidade de um problema, antes que o problema surja? Da mesma forma que os provedores de conteúdo oferecem vários níveis de serviço (p.ex. conteúdo padrão e premium a preços diferentes), as operadoras de redes celulares oferecem produtos com diferentes larguras de banda para atender a necessidades diferentes de seus clientes. Essas soluções específicas beneficiam os usuários: apensa quem quer usar serviços mais avançados precisa pagar os custos associados. — GSM Association Acreditamos em uma internet aberta, mas para mantê-la aberta e funcionando é necessário flexibilidade para gerenciar o tráfego e inovar. 08 Nem todo tráfego é igual. Por exemplo, mensagens de voz precisam chegar mais rápido e, portanto, devem ser priorizadas. As operadoras de internet móvel devem continuar a ter flexibilidade para gerenciar suas redes e levar aos clientes diversas opções, serviços inovadores e propostas de mercado. Regulações restritivas limitariam a flexibilidade necessárias para construir uma rede eficaz de maneira sustentável. A gestão de tráfego é essencial para um gerenciamento eficiente da capacidade de redes móveis, que é limitada, diante do crescimento do tráfego. Resources Solicitação à FCC: GSMA Comments on the Open Internet Proceeding Tributação Introdução O setor de telecomunicações móveis produz efeitos positivos sobre o desenvolvimento econômicosocial ao gerar efeitos econômicos significativos, como criação de empregos, aumento da produtividade e benefícios sociais consideráveis. Alguns países tributam especificamente usuários e operadoras de serviços móveis por meio de impostos específicos sobre telecomunicações, tributando, por exemplo, a compra de aparelhos celulares, o uso do espectro ou a receita das operadoras móveis. Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Alguns países também usam tarifas majoradas sobre recebimento de tráfego internacional, que funcionam como um tributo sobre cidadãos e residentes de outros países. Debate A tributação específica do setor produz prejuízos maiores que os ganhos de curto prazo em receita fiscal? Quais os efeitos sobre a receita fiscal do governo de eliminar impostos específicos sobre redes móveis, considerando seus benefícios econômicos mais amplos? É bom constatar que muitas autoridades tributárias vêm reconhecendo que os serviços TIC não são como os outros, pois são capazes de estimular o crescimento econômico e o desenvolvimento social. Os governos comprometidos com as melhores práticas em regulação de TIC vêm reduzindo ou até eliminando impostos específicos do setor. A UIT gostaria que todos os governos adotassem essas medidas. — Dr. Hamadoun Touré, Secretário Geral da UIT Posição da Indústria A adoção de impostos elevados, discriminatórios e específicos para o setor inibe a aquisição e utilização de serviços móveis, reduzindo a adoção de TIC em geral. A redução dos impostos pode beneficiar os usuários, as empresas e promover o desenvolvimento socioeconômico. As operadoras móveis sabem que os governos precisam dos impostos para financiar gastos e gerenciar externalidades em setores onde falta investimento privado, mas esses modelos geralmente não são eficientes. Políticas fiscais que empregam um imposto específico para o setor de telecomunicações são ineficientes e causam distorções que afastam o investimento privado e, com isso, diminuem o bem-estar geral. A GSMA acredita que os governos devem reduzir ou eliminar impostos específicos para o setor móvel porque a vitalidade das telecomunicações 09 móveis traz benefícios em longo prazo que superam quaisquer aumentos temporários do orçamento do governo. Em países emergentes, as empresas precisam alinhar a tributação sobre a banda larga móvel com os objetivos de TIC do país. Se o acesso de banda larga for considerado um elementochave para o desenvolvimento socioeconômico, sua disseminação não deve ser impedida pela tributação. Reduzindo a tributação do setor, o serviço se dissemina mais rapidamente, criando efeitos multiplicadores por toda a economia. A tributação elevada de serviços móveis envia sinais errados para o investimento e o consumo, limitando os potenciais benefícios socioeconômicos de um setor de telecomunicações vibrante. Os impostos sobre ligações internacionais impactam consumidores, empresas e cidadãos de outros países, prejudicando a competitividade do país. Resources Mobile taxation research and resources, GSMA Mobile taxation em GSMA.com Relatório: Mobile Taxation: Surtaxes on International Incoming Traffic Relatório: Taxation and the Growth of Mobile Services in Sub-Saharan Africa Relatório: The Impact of Taxation on the Development of the Mobile Broadband Sector Fundos de Universalização de Serviços de Telecomunicações Introdução Muitos países adotaram uma política de promover a cobertura universal, que consiste em tornar as telecomunicações disponíveis e acessíveis a preços baixos. Alguns países criaram fundos de universalização de serviços de telecomunicações (FUST) porque creem que as operadoras não atenderiam determinadas regiões sem incentivos financeiros. Os FUSTs geralmente são financiados por tributos sobre a renda das operadoras. Em muitos países, observou-se falta de transparência e objetividade na administração dos FUSTs. A maioria dos fundos não adota princípios de capacidade técnica e neutralidade quanto à concorrência ao conceder contratos. As operadoras são obrigadas a contribuir para os FUSTs com parte de suas receitas, mesmo quando os serviços chegam à maioria dos cidadãos do país e os recursos ficam retidos nos fundos. Debate Qual a eficácia dos FUSTs em promover o acesso de toda a população aos serviços de telecomunicações? Que outras estratégias seriam mais eficazes? Os FUSTs devem ser repensados e os impostos sobre as operadoras eliminados? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Ambiente Empresarial Posição da Indústria Os FUSTs não se mostraram eficazes como mecanismos de universalização de serviços. A grande maioria da população mundial já vem recebendo serviços através de mercados liberalizados e investimento do setor privado, beneficiando o consumidor com serviços inovadores a preços baixos. Existem poucas evidências de que os FUSTs financiados por tributação das operadoras sejam eficazes para se universalizar os serviços. Os governos devem considerar incentivos que facilitem a disseminação de soluções de mercado, eliminando tributos específicos para o setor, incentivando a demanda e desenvolvendo a infraestrutura de apoio. Os FUSTs já existentes devem ser revistos, ter sua duração limitada e ser geridos de forma transparente. Os recursos devem ser alocados de forma competitiva, com neutralidade técnica e em parceria com a indústria. As evidências indicam que os FUSTs devem ser eliminados ou pelo menos reduzidos. Resources Em setembro de 2012, uma pesquisa sobre 64 FUSTs contratada pela GSMA mostrou que: ■■ ■■ ■■ 10 Mais de US$ 11 bilhões foram arrecadados e não foram gastos. Mais de um terço dos fundos não distribuíram nenhum recurso Mais de 80% dos fundos não tiveram metas bem definidas ou não atingiram as metas pretendidas. Gestão e Licenciamento de Espectro Atualmente a vida é cada vez mais móvel e dependente dos dispositivos e serviços oferecidos pela banda larga móvel, como e-mail, entretenimento, mapas, mensagens, web, internet banking, redes sociais e compartilhamento. As pessoas estão consumindo mais e querem mais conteúdo multimídia em redes móveis. Para atender a essa explosão de demanda, as operadoras precisam de mais acesso ao espectro. Espectro em quantidade suficiente e harmonizado mundialmente é essencial para garantir a qualidade de serviços de redes móveis que consumidores e empresas esperam e precisam. A GSMA vem atuando ativamente em níveis nacional, regional e global para promover a identificação oportuna e liberação de mais faixas de espectro para banda larga móvel. Para isso, trabalhamos junto a governos, agências reguladoras, organizações regionais e a União Internacional de Telecomunicações (UIT). Todas as atribuições de espectro em nível internacional são realizadas por tratados no âmbito da Conferência Mundial de Radiocomunicações (CMR) da UIT, que é realizada a cada 3 ou 4 anos. Com isso, pode levar mais de dez anos entre o início do processo junto à UIT e a implementação de novas faixas de frequência para uso comercial em vários países. Portanto, as faixas identificadas em razão da decisão da CMR-2012 de buscar mais espectro para serviços móveis não serão usadas comercialmente antes de 2020 ou 2025. A GSMA também serve como repositório de pesquisas e dados sobre o mercado do setor. Como o gerenciamento de espectro é multifacetado, incluindo problemas como interferência, leilões de faixas e processos de licenciamento, a GSMA contribuiu, em nome das operadoras, para o trabalho dos reguladores fornecendo projeções de mercado, análises, orientação regulatória e recomendações de políticas públicas baseadas em dados objetivos e melhores práticas. Este manual menciona vários desses relatórios. Faixa de Frequência de 2,1GHz Introdução Na maioria dos mercados, a faixa de 2,1 GHz (1,7/2,1 GHz; banda 3GPP 4: 1710–1755 MHz pareada com 2110–2155 MHz) (na maioria dos países das Américas) e 1,9/2,1 GHz (banda 3GPP 1: 1920–1980 MHz pareada com 2110–2170 MHz) (nos outros países) foram licenciadas para uso por serviços móveis de 3G em vários mercados, mas vários países ainda não autorizaram a utilização de serviços móveis nesses faixas. O custo por MHz é excessivo em alguns mercados porque os governos tentam racionar o espectro a fim de obter maior receita nos leilões, como ocorreu nos leilões de 3G (2,1 GHz) na Europa e na Índia. Na Europa, onde os estados membros usam a faixa pareada 1,9/2,1GHz para 3G, a Comissão Europeia e o Comitê de Comunicação Eletrônica (CCE) vêm estudando alternativas para promover a utilização do espectro não pareado associado à banda de 2,1GHz. Para tornar os serviços mais acessíveis, acreditamos que os governos deveriam autorizar o uso da faixa de 2,1 GHz por operadoras de serviços móveis. Debate Em alguns mercados sujeitos à instabilidade política ou incertezas regulatórias, as operadoras de redes móveis e os investidores em geral podem não solicitar o licenciamento imediato. Em alguns casos, o momento da atribuição do espectro depende de fatores locais. Como as licenças devem ser distribuídas para maximizar o valor para a sociedade? A faixa de 2,1GHz deve ser usada exclusivamente para redes móveis? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Posição da Indústria Apoiamos a liberação da faixa de 2,1GHz para uso por redes móveis. A faixa de 2,1GHz deve ser licenciada para uso por redes móveis em todos os mercados para permitir a implementação de serviços de banda larga móvel. Os governos não devem priorizar as receitas ao autorizar o uso da faixa de 2,1GHz, pois isso pode prejudicar a disseminação da rede, aumentar os preços cobrados dos usuários e limitar os benefícios econômicos. Preços excessivos também podem fazer com que as faixas não sejam vendidas, dificultando ainda mais o fornecimento de banda larga móvel a todos. Assim como com outras faixas para serviços de dados, deve-se preferir atribuições com mais de 2x10 MHz. A autorização do uso da faixa de 2,1GHz para redes móveis é essencial para governos que desejam criar uma economia digital e evitar a exclusão digital. Nos mercados em que a faixa de 2,1GHz não foi liberada, sugerimos que os governos procurem fazê-lo o mais rápido possível. O espectro deve ser limitado por operadora para promover a competição? Ao identificar SIMs inativos ou vários SIMs pertencentes à mesma pessoa ou empresa, criamos a mensuração mais precisa da base global de assinantes, que revelou que apenas 45% da população mundial utiliza serviços móveis. — Anne Bouverot, Diretora Geral da GSMA, outubro de 2012 11 Resources Relatório: Licensing to Support the Broadband Revolution Relatório: Momentum Building in the AWS Band (GVP) Faixa de Frequência de 2,5GHz Introdução A União Internacional de Telecomunicações (UIT) identificou a faixa de 2,5GHz (2500–2690 MHz) como global para IMT. A faixa de 2,5GHz é de alta capacidade para banda larga móvel e apropriada para a próxima geração de tecnologias móveis, respondendo à crescente demanda de conteúdo com grandes quantidades de dados (p.ex. vídeos). Essa faixa foi designada para IMT em todas as regiões e poderá ser utilizada de forma harmonizada no mundo inteiro. O uso harmonizado levará a economias de escala para a indústria e a preços menores para os usuários, além de aumentar a flexibilidade para o roaming. A UIT propôs três possíveis arranjos de frequência: Opção 1: 2x70 MHz para FDD com TDD de 50 MHz no intervalo central Opção 2: Somente FDD Opção 3: Arranjos flexíveis de TDD/FDD ■■ ■■ ■■ Debate A faixa de 2,5GHz deve ser licenciada em conjunto com o dividendo digital (700 MHz/800 MHz) para cobrir áreas rurais e urbanas e atender às necessidades de capacidade da banda larga móvel? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Posição da Indústria Defendemos a opção 1 da UIT para utilização como faixa de capacidade de 2.6 GHz harmonizada no mundo inteiro. O momento global é pelo licenciamento da faixa de 2,5GHz segundo a opção 1 da UIT, incluindo mercados europeus, Brasil e Canadá. Em casos onde os leilões promoveram mais flexibilidade, os mercados optaram por arranjos de frequência padronizados. A faixa de 2,5GHz será essencial para atender os requisitos de capacidade de banda larga móvel. A opção 1 da UIT é neutra quanto à tecnologia e suporta tanto TDD como FDD (p.ex. LTE e Wi-MAX). 12 O espectro disponível na faixa de 2,5GHz dá às grandes operadoras a possibilidade de adotar um arranjo de 2x20 MHz, que é ideal para implementação de LTE. Grandes operadoras: Melhorar o desempenho da rede, oferecendo maior taxa de transmissão de dados e mais capacidade Reduzir custos de instalação Melhorar o desempenho dos aparelhos ■■ ■■ ■■ Faixas mais elevadas (p.ex. 2,5GHz) são mais adequadas para as altas taxas de transmissão de dados necessárias para uso em áreas urbanas, aeroportos e outras áreas de alta densidade. Os governos não devem priorizar as receitas ao licenciar o uso da faixa de 2,5GHz, pois isso pode prejudicar a disseminação da rede, aumentar os preços cobrados dos usuários e limitar os benefícios econômicos. O excesso de tarifas pode impedir que sejam atingidas metas de universalização do acesso de banda larga. Resources The 2.6GHz Spectrum Band: An Opportunity for Global Mobile Broadband Taiwan — Economic Impact of Wireless Broadband The Socio-Economic Benefit of Allocating Harmonised Spectrum in the Kingdom of Saudi Arabia Momentum Building in the AWS Band (GVP) Dividendo Digital Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Introdução Debate Posição da Indústria O dividendo digital é o espectro disponibilizado para aplicações alternativas depois que a televisão passou de analógica para digital. O dividendo digital deve ser licenciado para os atuais usuários de radiodifusão ou para outros usuários, como operadoras de redes móveis, que oferecem maior valor socioeconômico a longo prazo? Parte do espectro do dividendo digital deve ser atribuído para redes móveis. Em redes móveis, a liberação do espectro disponibilizou duas faixas: 790–862 MHz (faixa de 800), que é usada na Região 1 do ITU-R (Europa, África e Oriente Médio) e 698–806 MHz (faixa de 700), adotada nas Regiões 2 e 3 do ITU-R (Américas e Ásia-Pacífico, respectivamente). Que arranjo de frequências deve ser adotado? Na Região 1 da UIT, um ‘segundo dividendo digital’ vem sendo debatido, que estenderia o dividendo digital até 694 MHz. Essas frequências são ideais para redes móveis, pois oferecem boas características de cobertura, capacidade razoável e o número de blocos disponíveis é suficiente para uso eficiente do espectro para banda larga. Os governos precisam colocar a banda larga no topo de suas agendas de desenvolvimento para implementá-la rapidamente e levar seus benefícios ao máximo número de pessoas possível. — Dr. Hamadoun Touré, Secretário Geral da UIT A transição para TV digital dá às estações de TV mais capacidade para canais adicionais de TV de alta definição, mesmo com parte do dividendo utilizado por redes móveis. Os benefícios econômicos do licenciamento do dividendo digital para redes móveis são muito maiores comparados a qualquer outro tipo de serviço. Como as características de propagação do sinal são muito boas em frequências abaixo de 1 GHz, o dividendo digital oferece um excelente equilíbrio entre capacidade de transmissão e área de cobertura. 13 O dividendo digital é um dos principais elementos de promoção do acesso universal à banda larga, que trará benefícios socioeconômicos tanto em cidades como em áreas rurais com baixa penetração de linhas fixas. É razoável impor obrigações de cobertura para garantir o uso eficiente deste espectro. A harmonização regional dessa faixa é necessária para promover economias de escala, reduzir o custo dos aparelhos e evitar interferências ao se transitar por fronteiras. Os governos não devem priorizar as receitas ao licenciar o dividendo digital, pois isso pode prejudicar a disseminação da rede, aumentar os preços cobrados dos usuários e limitar os benefícios econômicos. O excesso de tarifas pode impedir que sejam atingidas metas de universalização do acesso de banda larga. Resources Declaração de posição: Asia Pacific Digital Dividend/UHF Band Plans Relatório: Economic Benefits of the Digital Dividend for Latin America GSMA Digital Dividend Toolkit Relatório: Licensing to Support the Broadband Revolution Limitação de Interferências Introdução As transmissões sem fio podem interferir em sistemas de rádio que operam em faixas de frequência adjacentes porque os transmissores e a filtragem do receptor podem ser imperfeitos. No entanto, existem técnicas para reduzir a interferência. As novas técnicas são muito mais eficazes, mas a um custo superior dependendo do preço dos equipamentos, da eficiência energética e da capacidade de operar em várias faixas. A solução básica é definir parâmetros apropriados para radiotransmissores e receptores para garantir a compatibilidade entre sistemas que operam na mesma faixa ou em faixas adjacentes. Entretanto, isto não é possível com algumas tecnologias que não são padronizadas. O método tradicional de gerenciar interferências é manter ‘bandas de guarda’. Entretanto, essa solução reduz a eficiência espectral. Outras técnicas podem ser usadas para reduzir a interferência tanto quanto possível a fim de minimizar a perda de espectro utilizável. Debate As bandas de guarda são a única maneira de evitar interferências entre as faixas utilizadas por serviços móveis e outros sistemas que utilizam faixas adjacentes? A possibilidade de interferência deve ser resolvida antecipadamente pelas agências reguladoras antes de atribuir o espectro ou o problema deve ser abordado pelas operadoras? O crescente congestionamento dos céus requer gestão e monitoramento cuidadosos em escala global, com cooperação e discussão para evitar riscos de interferência. Esse é um dos principais componentes do trabalho da UIT, que é a agência global encarregada de gerenciar o espectro eletromagnético e recursos orbitais em nível mundial. — Dr. Hamadoun Touré, Secretário Geral da UIT Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Posição da Indústria A interferência pode ser limitada usando-se técnicas adequadas de planejamento e mitigação. A possibilidade de interferência transfronteiriça normalmente é abordada por tratados bi ou multilaterais entre países vizinhos. Contudo, o excesso de restrições e o uso excessivo de bandas de guarda pode comprometer a eficiência espectral. Para minimizar a largura das bandas de guarda e os custos para mitigar interferência, são necessárias 14 normas que definam padrões para sistemas transmissores e receptores de RF. Os radiodifusores temem que a introdução de serviços móveis na banda de UHF possa interferir na recepção de sinais de televisão, algo que as operadoras móveis também querem evitar. Um padrão para recepção de sinais de televisão melhoraria a situação. Resources Technical paper: Managing Radio Interference GSMA briefing paper on WRC Agenda Item 1.17 — broadcast interference Fact sheet: Potential for Interference to Electronics Planejamento do Espectro Futuro Introdução O número de conexões móveis e o volume de dados em redes móveis continuam crescendo rapidamente. Segundo a Cisco, o tráfego global em redes móveis aumentará 18 vezes entre 2011 e 2016. Antes da CMR-2015, programada para o último trimestre de 2015, grupos de estudo da UIT vêm estudando os requisitos de espectro necessários para atender à demanda por serviços móveis no futuro. A GSMA e seus membros vêm trabalhando de acordo com os procedimentos normais da UIT para garantir a identificação de espectro adequado para IMT. A harmonização global de faixas é definida pela CMR, e a indústria móvel vem participando ativamente deste programa. Debate Qual é a quantidade de espectro necessária para o setor móvel até 2020 ou 2025? Como serão as redes móveis do futuro e o que devemos fazer para planejar seu crescimento explosivo? Que novas aplicações de banda larga surgirão no futuro? O espectro precisa ser harmonizado em faixas entre aprox. 400 MHz e 5 GHz, que é o intervalo de frequência apropriado para serviços móveis. Com base no crescimento observado entre 2008 e 2010, a Analysys Mason espera que o tráfego em redes móveis cresça mais vigorosamente até 2015 que nos anos anteriores. Segundo previsões recentes, estimamos que o tráfego em redes móveis crescerá a uma taxa anualizada de 42%, atingindo 28.000 PB por ano em 2015. — Analysys Mason, Junho 2011 Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Posição da Indústria A indústria móvel precisará de mais espectro harmonizado para disseminar os benefícios sócioeconômicos da banda larga. As redes móveis terão papel cada vez mais importante em levar serviços de banda larga para todos, sobretudo em países em desenvolvimento com baixa penetração de linhas fixas. Se não houver atribuição de espectro apropriado e comercialmente viável para redes móveis, o setor terá cada vez mais dificuldade em prestar serviços de qualidade e levar aos clientes as taxas de transmissão de dados que desejam a preços acessíveis. 15 O tráfego de dados em redes móveis já superou o tráfego de voz e vem crescendo exponencialmente, impulsionado pelo consumo de vídeo, pelos smartphones e por novos equipamentos como os tablets. Se não forem tomadas medidas para acomodar o aumento da demanda de dados, o setor móvel passará muitos anos restringido, pois leva tempo para se obter consensos internacionais sobre a utilização do espectro. A indústria precisa de faixas de tamanho razoável (100 a 200 MHz) próximas às faixas já disponíveis para comunicações móveis ou que possam ser padronizadas internacionalmente. Resources Relatório: Global Mobile Network Traffic: A Summary of Recent Trends Briefing paper: GSMA — Suggested Suitable Frequency Bands Briefing paper: WRC Agenda Item 8.2 — Spectrum for IMT União Internacional de Telecomunicações (UIT) Broadband Commission for Digital Development Limites de Espectro Introdução Alguns governos e reguladores adotaram limites de espectro por operadora para gerenciar a quantidade de espectro em leilões a fim de promover a concorrência entre as operadoras e evitar que elas utilizem sua capacidade econômica para se apoderar de grandes segmentos de espectro capazes de lhes proporcionar vantagens sobre a concorrência. Os reguladores vêm recorrendo cada vez mais aos limites de espectro por operadora ao definir regras de leilões a fim de promover a realocação de espectro e equilibrar os portfólios das operadoras. Participantes novos e incumbentes com pouco espectro geralmente são favoráveis à adoção de limites, enquanto as operadoras já instaladas acreditam que esse método prejudica a qualidade dos serviços que podem prestar a seus clientes. Debate O uso de limites de espectro por operadora produz os melhores resultados sociais e econômicos? Os limites de espectro por operadora são a melhor maneira de limitar a dominância dos mercados? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Posição da Indústria Os limites de espectro por operadora podem ser apropriados quando não há competição efetiva, mas devem ser usados com cautela para evitar consequências indesejadas que podem prejudicar os clientes. As operadoras não devem ser penalizadas pela utilização bemsucedida das faixas de frequência que possuem ou ser impedidas de prover novos serviços. De modo geral, as operadoras com maior participação no mercado são aquelas que mais precisam de espectro para atender às demandas de seus clientes. Quando aplicados de forma holística, os limites de espectro por operadora distribuem o espectro entre as operadoras e potencialmente a outros que vierem a participar no futuro. Quando limites são impostos, isto deve ser feito de forma a permitir a todos os participantes instalar redes de forma eficiente do ponto de vista técnico e econômico. Resources Relatório: Licensing to Support the Broadband Revolution Relatório: Mobile Boadband, Competition and Spectrum Caps Artigo: Forbes.com, “Sending the Wrong Signals to the Wireless Marketplace” A utilização de limites de espectro por operadora visando especificamente a facilitar a entrada novos participantes pode causar fragmentação do espectro e ineficiências de mercado, que podem prejudicar os clientes e as empresas que utilizam seus serviços. 16 Embora os limites possam evitar o acúmulo do espectro e a concentração do mercado de varejo, o excesso de rigidez pode impedir as operadoras de instalar redes de próxima geração de forma eficiente e eficaz. Antes de aplicar limites de espectro por operadora, os reguladores devem analisar rigorosamente o mercado para garantir que existem outras operadoras capazes de usar o espectro de forma a proporcionar mais benefícios à sociedade. As regras de licenciamento pertinentes a limites de espectro precisam dar aos operadores a capacidade de manter um portfólio de espectro suficiente para fornecer serviços de banda larga a preços acessíveis. A dominância do mercado não deve ser abordada através de limites espectro, mas pela legislação de defesa da concorrência. Em muitos casos, condições de licenciamento condicionadas ao desenvolvimento da rede e utilização do espectro pode produzir melhores resultados para os clientes que limites rígidos de espectro. Harmonização do Espectro Introdução A harmonização de espectro é a atribuição uniforme de faixas de frequência em várias regiões. O uso de uma mesma faixa para comunicações móveis em países vizinhos e em várias regiões oferece muitas vantagens: Menor custo para os clientes, pois os fabricantes podem produzir dispositivos menos complexos e em grande escala, que funcionam em uma mesma faixa em vários países Maior disponibilidade de dispositivos, pois o mercado internacional é maior Roaming (capacidade de usar o dispositivo móvel em outros países) Menos interferência transfronteiriça aumenta o custo dos dispositivos, reduz a sensibilidade do receptor e requer mais bateria. A harmonização de faixas proporciona enormes economias de escala, ajudando a disseminar a telefonia móvel no mundo inteiro. Debate ■■ ■■ Que tamanho o mercado precisa ter para que os benefícios comerciais da harmonização se tornem marginais? Que grau de harmonização uma faixa precisa ter para se obter todos os benefícios da harmonização? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Posição da Indústria A harmonização do espectro é essencial e continuará sendo importante no futuro. O espectro harmonizado permite economias de escala para os fabricantes de equipamentos, reduzindo preços para os clientes e aumentando a utilização de serviços móveis. Embora a harmonização global de faixas para serviços móveis seria o ideal, isso raramente é possível ou prático. Portanto, deve-se implementar, no mínimo, a harmonização dentro das Regiões do UIT-R. Todos os mercados devem adotar a harmonização regional sempre que possível, pois isso beneficia todo o ecossistema global de redes móveis. Fazer tudo sozinho não traz nenhuma vantagem. As tecnologias de rádio cognitivo não reduzirão a necessidade de harmonizar o espectro de redes móveis em um futuro próximo. A única maneira de obter grandes economias de escala é harmonizar e limitar o número de planos de canalização reconhecidos internacionalmente. ■■ ■■ O número de faixas que um determinado dispositivo móvel pode suportar é limitado. Cada nova faixa No futuro, as tecnologias cognitivas permitirão que os dispositivos selecionem dinamicamente qualquer faixa, eliminando os incentivos para que os países harmonizem sua utilização? Na África Subsaariana, existe uma grande demanda de espectro harmonizado para fornecer capacidade suficiente a preços acessíveis aos usuários. Na maioria dos países da região, as operadoras de telefonia móvel geralmente dispõem de apenas 360 MHz de espectro para serviços móveis, enquanto em muitos países desenvolvidos existem 550 MHz de espectro utilizável disponível. — Plum Consulting, 2011 17 Mesmo pequenas variações nos planos de canalização podem levar os fabricantes a desenvolver dispositivos específicos para determinados mercados, o que impõe preços maiores para os consumidores. Resources Relatório: The Economic Benefits of Early Harmonisation of the Digital Dividend Spectrum and the Cost of Fragmentation in Asia Relatório: The Benefits of Releasing Spectrum for Mobile Broadband in Sub-Saharan Africa Relatório: Economic Benefits of the Digital Dividend for Latin America Renovação de Licenças de Espectro Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Introdução Debate Posição da Indústria Muitas das licenças 2G concedidas originalmente deverão ser renovadas nos próximos anos. Muitas agências reguladoras vêm discutindo o que acontecerá com os direitos quando as primeiras licenças vencerem. Quanto tempo antes do término das licenças os governos devem determinar a maneira de renovar as licenças? Os governos devem adotar um marco regulatório previsível e transparente para renovação de direitos de utilização do espectro. A possibilidade de vencimento da licença cria muitas incertezas para as operadoras móveis. Portanto, a renovação deve ser um processo transparente, previsível e coerente para que as operadoras possam tomar decisões de investimento de longo prazo bem fundamentadas. Embora a melhor abordagem para renovação dependa da situação do mercado, os melhores resultados são obtidos por meio de consulta aberta e ampla das operadoras. Os detentores de licenças devem presumir que poderão renovar a licença quando ela expirar, exceto se os termos de licenciamento indicarem o contrário? Os governos devem modificar as atribuições, mudar larguras de banda ou as condições de licenciamento ao renovar? Os direitos de utilização do espectro devem ser concedidos antes do vencimento das licenças em vigor. O ideal é emitir uma licença com validade de pelo menos três a cinco anos para garantir o investimento contínuo nas redes. Os governos e agências reguladoras devem proporcionar um marco claro e aberto sobre o uso do espectro para permitir que as operadoras planejem seus investimentos com uma compreensão clara da disponibilidade de espectro e dos custos e obrigações associados. 18 A renovação das licenças deve ser negada apenas em casos de replanejamento de espectro, falhas de mercado com prejuízo da concorrência ou violações graves das condições de licenciamento. O replanejamento de espectro deve ser realizado no momento oportuno, em parceria com a indústria e de forma aberta e transparente. Os custos de renovação dos direitos de utilização do espectro devem ser avaliados para obter os melhores resultados para a sociedade e não para gerar rendas de curto prazo para o governo. O replanejamento e a realocação do espectro devem seguir as melhores práticas locais ou internacionais e ser realizados de acordo com procedimentos bem definidos. Em casos de dúvida, deve-se renovar as licenças para minimizar o risco de interrupção dos serviços aos clientes. Resources Declaração de posição: Renewal of Spectrum Usage Rights Relatório: Licensing to Support the Broadband Revolution Comercialização de Espectro Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Introdução Debate Posição da Indústria O comércio de espectro é um mecanismo em que as operadoras de rede podem trocar recursos de espectro para aumentar a eficiência ou a capacidade de suas redes. Acordos de troca de espectro entre redes de telefonia móvel devem ser permitidos? Os países devem adotar um marco regulatório que permita às operadoras comercializar voluntariamente o espectro. O marco regulatório deve facilitar o intercâmbio de direitos de uso de espectro, permitindo que as organizações troquem ativos e impondo restrições apenas em casos isolados, geralmente para fins de defesa da concorrência. Que procedimentos regulatórios devem ser adotados para garantir a transparência e o registro de venda de espectro? A GSMA sabe que o espectro deve ser distribuído de forma a garantir a competição nos mercados downstream. Os governos podem equilibrar os interesses de operadoras que comercializam voluntariamente o espectro com os objetivos de garantir a distribuição do espectro para promover a concorrência. Como as agências reguladoras devem supervisionar esses acordos? A comercialização de espectro pode aumentar a flexibilidade do planejamento empresarial, garantir que o espectro não fique inutilizado e levar bons serviços aos cidadãos. Se não houver um motivo premente para restringi-la, a comercialização de direitos de uso do espectro deve ser facilitada dentro do marco regulatório. 19 Para os governos, exigir notificação do comércio de espectro e sujeitálo à aprovação pode fazer sentido. A exigência de notificação preserva a transparência e mostra quais entidades são proprietárias de que partes do espectro, garantindo assim que não haja prejuízo à livre concorrência. Os governos devem implementar procedimentos apropriados e eficazes para processar notificações de contratos de comercialização de espectro. Os contratos de comercialização de espectro são regidos pelas leis de comércio e sujeitos às regras pertinentes a tais contratos e à legislação de defesa da concorrência. Resources Declaração de posição: Comercialização de espectro GSM Europe consultation response: Secondary trading of rights to use spectrum Valoração e Licenciamento de Espectro Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Introdução Debate Posição da Indústria A avaliação de espectro é um assunto complexo. O licenciamento de espectro pode ser determinado por procedimentos administrativos em que os governos organizam um ‘concurso de beleza’ e distribuem as licenças de acordo com características ou propostas específicas, ou por diversos tipos de leilão. Qual a melhor maneira de determinar o valor do espectro? O licenciamento justo e a preços acessíveis para a indústria maximiza o valor de cada faixa. Entretanto, medir o valor do espectro é mais difícil. O benchmarking varia de mercado para mercado, e a avaliação econômica é difícil de usar. Atualmente, a maioria dos governos emprega leilões de licenciamento de espectro, pois é o método mais eficiente. Os governos devem projetar os leilões de modo a obter o máximo de recursos no curto prazo ou para criar um mecanismo economicamente eficiente de alocar um recurso escasso? Qual a melhor maneira: leilão ou ‘concurso de beleza’? Quais os principais fatores para projetar um leilão capaz de atingir as metas do governo? Os países que implementam políticas públicas corretas de licenciamento de espectro promovem acesso amplo a serviços de banda larga acessíveis e inovadores. Por sua vez, uma estrutura forte de telecomunicações traz benefícios econômicos muito mais amplos, elevando a produtividade e a qualidade de vida. — Competition Economists Group, 2012 Os custos dos direitos de utilização de espectro devem ser avaliados conforme necessário para obter os melhores resultados para a sociedade e não para gerar rendas de curto prazo para o governo. Os leilões de espectro devem exigir preços de reserva que desincentivem lances pueris ou especulativos, mas que não sejam tão elevados que afastem participantes mais sérios. A exigência de preços de reserva excessivos pode fazer com que o espectro não seja vendido. Isso é indesejável por vários motivos: o espectro fica vago, deixando ocioso um valioso recurso, e a legitimidade dos preços do leilão é prejudicada porque cria-se uma escassez artificial de espectro e tentativas futuras de licenciar o espectro não vendido podem ser contestadas por quem pagou mais no primeiro leilão. 20 Se o espectro for escasso e estiver sob alta demanda, o licenciamento por meio de procedimentos de mercado evita que as faixas fiquem ociosas. Em vez disso, elas são licenciadas para implementação dos serviços mais valorizados e para as operadoras mais qualificadas para fornecê-las. Durante o projeto e execução do leilão, os reguladores devem trabalhar junto aos participantes para garantir que o leilão seja justo, transparente, não discriminatório e bem projetado. Não há um tipo de leilão de espectro é adequado para todas as situações. Cada leilão deve ser projetado de acordo com a situação do mercado e os objetivos do leilão. Licenciar o espectro para entidades incapazes de aproveitá-lo é desperdiçar um recurso valioso. As restrições de uso reduzem o valor do espectro. Ao definir regras claras para utilização do espectro (p.ex. obrigações de cobertura e restrições técnicas), pode-se mensurar o valor do espectro com mais precisão. Resources Relatório: Licensing to Support the Broadband Revolution Neutralidade Tecnológica e Modificações do Uso Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Gerenciamento e Licenciamento do Espectro Introdução Debate Posição da Indústria A neutralidade tecnológica é uma política que permite a utilização de qualquer tecnologia que não cause interferência, em qualquer faixa. Na prática, isto significa que o governo atribui e licencia faixas para serviços específicos (p.ex. radiodifusão, redes móveis, satélite), mas não especifica a tecnologia a ser utilizada (p.ex. 3G, LTE ou WiMAX). O governo deve definir parâmetros técnicos para utilização das faixas ou o mercado deve decidir? Apoiamos uma abordagem tecnologicamente neutra para utilização de faixas para redes móveis. Muitas das primeiras licenças de redes móveis foram concedidas para uso de tecnologias específicas como GSM ou CDMA. Isso limita a possibilidade de reaproveitar a faixa e utilizar outras tecnologias mais eficientes. As condições de licenciamento devem restringir a capacidade das operadoras de empregar tecnologias mais eficientes e adaptar-se a mudanças no mercado? Como você gerenciaria a interferência entre serviços e operadoras que utilizam tecnologias diferentes? O reaproveitamento significa modificar a utilização de faixas de frequência que costumavam ser usadas para serviços móveis 2G (com tecnologia GSM) para uso com novas tecnologias, incluindo serviços móveis de terceira geração (UMTS) ou de quarta geração (LTE). Escolher o padrão errado pode levar a longos períodos de mau desempenho econômico, enquanto soluções de mercado vêm se mostrando capazes de criar um ambiente melhor para a escolha de tecnologias. — Comissária Europeia Viviane Reding, 4 de dezembro de 2006 A adoção de planos de canalização harmonizados em nível regional para redes móveis garante que as interferências entre serviços podem ser gerenciadas. Os governos devem permitir que as operadoras instalem qualquer tecnologia móvel que possa coexistir tecnicamente com o plano de canalização internacional. A neutralidade tecnológica incentiva a inovação e promove a concorrência, permitindo que os mercados determinem quais tecnologias continuarão em uso, beneficiando os consumidores e a sociedade. 21 A atribuição de espectro para IMT deve ser tecnologicamente neutra. As tecnologias IMT (GPRS, EDGE, UMTS, HSPA, LTE e WiMAX) são padronizadas de modo a permitir a coexistência técnica. Os governos devem adaptar as tecnologias específicas para cada licença de modo a permitir a instalação de novas tecnologias, permitindo às operadoras atender mais assinantes e disseminar serviços melhores e mais inovadores por unidade de largura de faixa. A possibilidade de reaproveitar o espectro licenciado favorece o desenvolvimento socioeconômico e deve ser aproveitada. Resources Declaração de posição: Change of use of Spectrum Relatório: Licensing to Support the Broadband Revolution Proteção do Consumidor Com a proliferação de smartphones e divulgação da internet móvel, os criminosos vêm buscando se aproveitar das pessoas que utilizam essas tecnologias. A GSMA trabalha junto a seus membros, governos e organizações multilaterais para resolver ameaças aos cidadãos que chegam através de redes móveis. Embora as operadoras não possam impedir totalmente atividades como furto de dispositivos ou acesso ilegal de dados privados, a indústria exerce um papel importante em coibir esses crimes e garantir a segurança das tecnologias móveis. Nos últimos 12 a 18 meses, os problemas de proteção do consumidor de que a GSMA mais tratou foram a segurança online de crianças, o furto de equipamentos e preocupações sobre riscos de saúde relacionados a emissões de radiofrequência. mYouth A GSMA e seus membros na Europa apoiam a ICT Coalition for a Safer Internet for Children and Young People. Em janeiro de 2012, o grupo publicou um conjunto de diretrizes para desenvolvimento de produtos e serviços capazes de promover ativamente a segurança online de crianças e jovens. Pesquisa da NTT DOCOMO buscaram quantificar a utilização de equipamentos móveis por indivíduos jovens e comparar achados obtidos em diversos países. Este trabalho contribuiu para discussões com responsáveis por políticas públicas e para oficinas do mYouth com participação dos principais stakeholders da indústria. Privacidade A GSMA interage regularmente com a indústria como um todo, desenvolvedores e outros stakeholders sobre problemas relacionados à privacidade, participando ativamente de debates na UE e nos Estados Unidos. Na Europa, a GSMA propõe regras de privacidade flexíveis e focadas no cliente, priorizando sempre os interesses do consumidor. Em fevereiro de 2012, a GSMA publicou um conjunto de Diretrizes de Projeto para Privacidade em Desenvolvimento de Aplicativos Móveis, que dão aos usuários mais transparência, opções e controle sobre como os apps utilizam suas informações pessoais. As operadoras de redes móveis na Europa concordaram em implementar as diretrizes nos aplicativos que levam suas marcas. Furto de telefones celulares Em julho de 2012, 13 grupos latinoamericanos de operadoras de redes móveis de toda a região se uniram para bloquear o uso de equipamentos roubados. Em uma reunião da GSMA, executivos da área regulatória responsáveis pela América Latina e representantes para assuntos públicos de operadoras de rede locais acordaram procedimentos necessários para começar a troca de informações sobre aparelhos roubados usando o banco de dados IMEI da GSMA. Política pública de saúde e campos magnéticos (EMF) Em 2012, agências de saúde pública da Noruega, Suécia e Reino Unido publicaram análises abrangentes dos riscos à saúde associados a sinais de radiofrequência. Todas concluíram que, embora não se possa ter certeza absoluta, não existem evidências científicas de que as recomendações atuais de proteção da Organização Mundial de Saúde (OMS) sejam insuficientes. Quanto a estações base, uma análise da GSMA de mais de 173.000 medidas em 23 países de 5 continentes constatou que, em todos os países que os sinais medidos ao nível do solo correspondiam a uma pequena fração dos valores nas normas vigentes e que a introdução e disseminação de serviços 3G não elevou significativamente os níveis de exposição. Apesar dos achados científicos, alguns governos impuseram restrições como inclusão de zonas de exclusão no planejamento urbano. Proteção de Crianças On-line Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Introdução Debate Posição da Indústria As crianças precisam de um ambiente seguro e protegido para se beneficiar das novas tecnologias. A indústria de TIC vem fazendo o suficiente para proteger as crianças no ambiente online? Assim como qualquer ferramenta, os dispositivos móveis podem ser usados para prejudicar crianças. Alguns governos esperam que a proteção de crianças online seja feita exclusivamente pela tecnologia. A tecnologia é suficiente para proteger os jovens contra ameaças online ou a educação e conscientização também são importantes? A indústria de redes móveis vem atuando ativamente na proteção de crianças e em assuntos mais amplos como o conteúdo ilegal. A GSMA vem promovendo novas iniciativas regulatórias em áreas como controle parental, educação, conscientização e imagens de abuso infantil. À medida que os dispositivos móveis tornam-se o principal meio pelo qual crianças e adolescentes acessam a internet, a GSMA e seus membros devem contribuir para tornar essa atividade mais segura. Os governos devem criar regulamentos para operadoras móveis ou prestadores de serviços? Os operadores de redes móveis precisam manter-se atentos para proteger e apoiar clientes mais jovens e ao mesmo tempo garantir que o uso de redes móveis seja positivo e enriquecedor para essa faixa etária. A GSMA vem participando de atividades internacionais relacionadas à proteção online de crianças, incluindo o Programa de Proteção à Criança da UIT, e atuando junto a governos e reguladores para abordar essa questão. Sempre menciono as redes móveis como exemplo de um setor em que a autorregulação pode produzir resultados. — John Carr OBE, eNacso 22 A melhor abordagem para proteger crianças online requer a participação de vários agentes. A GSMA lidera várias iniciativas relacionadas à utilização de serviços móveis por indivíduos jovens: Promover iniciativas em toda a indústria para proteger os jovens que utilizam serviços móveis Promover a utilização segura e enriquecedora de serviços móveis para beneficiar pessoas jovens Proporcionar documentos de pesquisa úteis e referências a informações adicionais Compreender melhor a forma como jovens do mundo inteiro utilizam seus dispositivos móveis ■■ ■■ ■■ ■■ A GSMA também coordena a Mobile Alliance, uma iniciativa global da indústria móvel que visa combater conteúdos relacionados a abuso sexual de menores. A Aliança vem procurando dificultar o uso indevido de redes móveis para hospedagem, acesso ou lucro envolvendo conteúdo de abuso sexual infantil para deter e reverter a proliferação desse tipo de conteúdo. Resources European Framework for Safer Mobile Use Pesquisas da GSMA e NTT DOCOMO sobre o uso da internet por crianças Mobile Alliance Against Child Sexual Abuse Content Políticas Públicas de Saúde e Campos Magnéticos Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Introdução Debate Posição da Indústria Em alguns países, existe uma preocupação se os sinais de radiofrequência utilizados em comunicações móveis são seguros. Que procedimentos devem ser adotados para evitar atrasos na aprovação de locais para instalação de novas antenas? Incentivamos as autoridades governamentais a implementarem políticas relacionadas a EMF com embasamento científico e compatíveis com as recomendações e normas técnicas internacionais. Segundo diversos grupos de especialistas e agências de saúde pública, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consenso é que a exposição aos sinais de rádio de baixa intensidade usados em comunicações móveis não traz riscos à saúde. Que limites de exposição a campo eletromagnético (EMF) devem ser especificados para estações base? A indústria móvel vem trabalhando junto a governos nacionais e locais para abordar as preocupações do público com as comunicações móveis. Para dar garantias ao público, é possível adotar políticas públicas nacionais baseadas em evidências para limites de exposição, localização de antenas, consultas e fornecimento de informações relevantes. A avaliação científica dos riscos e limites de exposição definidos cientificamente não deve ser sobrepujada por precauções arbitrárias. — Organização Mundial de Saúde A OMS e a União Internacional de Telecomunicações (UIT) recomendam que os governos adotem limites de exposição à radiofrequência (RF) baseados nas diretrizes da International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection (ICNIRP). Se um país impõe limites muito diferentes dos prescritos em diretrizes internacionais, isso pode confundir reguladores e elaboradores de políticas públicas, além de criar ansiedade entre o público geral. 23 A consistência é essencial. Pedimos aos governos que: Baseiem suas políticas em informações confiáveis de fontes como a OMS, autoridades de saúde confiáveis e pesquisas acadêmicas Definam políticas públicas nacionais sobre a instalação de torres, que equilibrem a implementação eficaz da rede com outros fatores importantes para o público Confirmem que as operadoras atingem níveis de RF relevantes buscando declarações de compatibilidade baseadas em normas internacionais publicadas por organizações como a International Electrotechnical Commission (IEC) e, talvez, medindo periodicamente por amostragem de estações Adotar limites de EMF para equipamentos móveis de acordo com as recomendações do ICNIRP e usar padrões internacionais para os testes ■■ ■■ ■■ ■■ Resources GSMA: Mobile and Health OMS overview: Electromagnetic Fields OMS: EMF Standards and Guidelines OMS: Communicating About EMF ICNIRP — International Commission on Non-Ionizing Radiation Protection Campos Eletromagnéticos e Saúde: os Fatos Científicos Introdução A segurança dos sinais de rádio vem sendo pesquisada há mais de 50 anos. As evidências obtidas nesses estudos fundamentou a elaboração de normas de exposição humana, incluindo fatores de segurança para proteção contra todos os riscos demonstrados. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu o International EMF Project em1996 para avaliar os efeitos da exposição a campos eletromagnéticos (EMF) de qualquer fonte sobre o meio-ambiente e a saúde. A OMS analisa pesquisas em andamento e emite recomendações de pesquisa para fundamentar a avaliação de riscos à saúde. Segundo a OMS, mais de US$200 milhões foram gastos desde 1997 para realizar as pesquisas recomendadas sobre o tema. Debate Os telefones celulares e outras tecnologias sem fio tornaram-se parte indispensável do dia-a-dia. Mas será que usar o telefone celular regularmente ou viver próximo de uma estação base tem algum efeito sobre a saúde? Segundo as evidências atuais, a exposição a campos eletromagnéticos de baixa intensidade não produz nenhum efeito sobre a saúde. — Organização Mundial de Saúde Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Posição da Indústria Segundo diversos grupos de especialistas e agências de saúde pública, como a OMS, o consenso é que a exposição aos sinais de rádio de baixa intensidade usados em comunicações móveis não traz riscos à saúde. Os conhecimentos científicos disponíveis atualmente sobre este tema são mais extensos que os disponíveis para a maioria dos produtos químicos. A OMS identificou áreas onde devem ser realizadas novas pesquisas para fundamentar análises futuras sobre o risco à saúde. 24 As prioridades de pesquisa da GSMA são definidas com base nas recomendações da OMS e em pareceres de especialistas do mundo inteiro. A GSMA e seus membros vêm trabalhando para apoiar as necessidades de avaliação de riscos, elaborar normas de segurança e fornecer informações para embasar o desenvolvimento de políticas públicas. Os estudos são realizados por instituições independentes, de acordo com as boas práticas laboratoriais e sob contratos que incentivam a publicação aberta na literatura científica sujeita a revisão por pares. A GSMA vem apoiando ativamente um programa para abordar questões relacionadas a possíveis riscos à saúde causados pelos sinais de radio usados para prestar serviços móveis. Resources GSMA: Mobile and Health Organização Mundial de Saúde: International EMF Project Banco de dados de pesquisas do portal EMF Meio-Ambiente e Mudanças Climáticas Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Introdução Debate Posição da Indústria O setor de tecnologia da informação e das comunicações (TIC) é responsável por cerca de 2% das emissões globais de CO2, um número que vem aumentando. A indústria móvel é responsável por uma pequena parte da emissões de efeito estufa relacionadas a TIC, mas a energia é uma despesa significativa para operadoras móveis, sobretudo em mercados emergentes. O setor de TIC deve reduzir suas emissões de gases do efeito estufa ao mesmo tempo que procura reduzir as emissões em outros setores? A indústria móvel vem medindo o consumo de energia de suas atividades, tomando medidas para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e desenvolvendo aplicativos para reduzir emissões em outros setores. Segundo pesquisas, as redes móveis podem contribuir para reduzir a emissão de gases do efeito estufa em outros setores, como transportes, construção civil e redes inteligentes em níveis quatro a cinco vezes superiores às suas emissões. Muitas empresas discordam da contabilidade detalhada de carbono, que é complexa e cuja metodologia é controversa. O setor de redes móveis deve procurar adotar medidas para reduzir emissões, custos e consumo de energia focando na eficiência energética? A União Europeia vem mostrando especial interesse em TIC e vem empregando uma contabilidade de carbono detalhada para ajudar a UE a atingir suas metas de redução de emissão de carbono. “As comunicações móveis têm potencial de reduzir emissões em pelo menos 900 milhões de toneladas de CO2 até 2020. Isso é cinco vezes mais que as emissões da indústria. A análise de 34 redes móveis do mundo inteiro mostrou que o consumo total de energia por unidade de tráfego diminuiu em cerca de 20% e o consumo de energia por conexão caiu 5% entre 2009 e 2010.” — Manifesto verde das redes móveis, junho de 2012 O Manifesto Verde das Redes Móveis (Mobile’s Green Manifesto) também prevê que as emissões globais de gases do efeito estufa por conexão diminuirão em até 40% até 2020 em comparação com 2009. A GSMA também está colaborando com a CE e a UIT para garantir a adoção da metodologia MEE como padrão global. A análise de 34 redes móveis mostrou que o consumo total de energia aumentou muito pouco entre 2009 e 2010, apesar de um aumento considerável das conexões móveis e do tráfego. O consumo total de energia por unidade de tráfego diminuiu em cerca de 20% e o consumo de energia por conexão diminuiu em 5%. A GSMA lançou um serviço de benchmarking chamado Mobile Energy Efficiency (MEE), que conta com a participação de 26 operadoras de redes móveis responsáveis por mais de 170 redes. O MEE permite às operadoras comparar suas redes interna e externamente em relação a quatro indicadores de energia. Resources ■■ ■■ ■■ ■■ 25 Mobile Energy Efficiency em GSMA.com Manifesto Verde das Redes Móveis, 2009 e atualização de 2012 GeSI Smart2020 (análise) UIT-T e Mudanças Climáticas Registro Obrigatório de Cartão SIM Pré-pago Introdução Alguns países exigem o registro de cartões SIM pré-pagos para combater o terrorismo e aumentar a eficiência das atividades policiais. e as possíveis dificuldades de implementação são muitas. Alguns desafios seriam: O usuário não entender por que precisa se registrar e ter o SIM desativado sem aviso Exclusão econômica e social de pessoas e grupos que antes dependiam de SIM pré-pago Aumento da criminalidade, incluindo mercado negro para cartões SIM roubados ou com registro adulterado ■■ ■■ Entretanto, até agora não há nenhuma evidência de que o cadastro de SIM pré-pago ajude a reduzir a prática de crimes que utilizam comunicações móveis. Alguns governos vêm pensando em introduzir registro de SIM pré-pago para oferecer serviços de comércio eletrônico e de governo para o público. Os países que estudaram essa possibilidade a rejeitaram, sobretudo porque pode haver brechas ■■ Debate O quanto os benefícios de exigir registro de SIM pré-pago superam os custos e riscos de manter um mercado específico? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Posição da Indústria Embora tenhamos posição neutra sobre o registro obrigatório de cartões SIM pré-pagos, os governos que pensam em implementar esse tipo de regulamentação devem primeiro avaliar o impacto e examinar as condições do mercado local. Acreditamos que a adoção e implementação bem-sucedida de registro de cartões SIM pré-pagos depende de uma cuidadosa avaliação de diversos fatores, incluindo os seguintes: Necessidade de identidade (O país possui bons registros de identidade? O registro depende da disponibilidade de identidades que sejam difíceis de falsificar.) Pontos de venda (Onde os clientes podem comprar cartões SIM pré-pagos?) ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ Conscientização do público (Os clientes sabem como proceder?) Disponibilidade e meios de registro (São simples e estão disponíveis também em áreas rurais ou regiões isoladas?) Cronogramas de implementação (São práticos e realistas?) Consequências da falta de registro (A regulamentação é flexível?) Retenção de registros (Como será feita? O procedimento é proporcional?) Poderes de reserva da agência reguladora responsável Sanções administrativas por descumprimento (Precisam ser claras) Capacidade tecnológica e flexibilidade do mercado (p.ex. capacidade de garantir a segurança de bancos de dados eletrônicos em vez de cópias de papel, etc.) ■■ Se o uso de outros métodos de identificação for proibido, isso pode dificultar a identificação dos clientes em países em que a emissão de identidades é deficiente. Os reguladores devem analisar mais detalhadamente os custos e benefícios do registro obrigatório, pois isso pode ter efeitos não pretendidos sobre a dinâmica do mercado. — Nicola Jentzsch, 2012 em Implications of Mandatory Registration of Mobile Phone Users in Africa 26 Resources Artigo: Implications of Mandatory Registration of Mobile Phone Users in Africa Artigo: Rwanda SIM Cards to Be Registered Electronically Artigo: Uganda to Streamline SIM Card Registrations Artigo: Kenya CCK to Restart SIM Registration Artigo: Nigeria NCC to Disconnect Unregistered Subscribers Soon Artigo: The Hindu: Prepaid Cellphone Users Short-Changed? Furto de Dispositivos Móveis Introdução Infelizmente, alguns criminosos exploram o comércio de celulares roubados, criando um mercado negro de aparelhos obtidos em assaltos e outros crimes. Em muitos países, as autoridades se preocupam com o furto de celulares, principalmente em situações em que o crime organizado começa a exportar grandes números de aparelhos roubados para outros países. Em 1996, a GSMA lançou uma iniciativa para bloquear telefones roubados baseada em um banco de dados compartilhado de identificadores únicos de aparelhos para os quais se comunicou furto ou perda. A GSMA mantém uma lista de International Mobile Equipment Identifier (IMEI) dos aparelhos – chamada de base de dados de IMEIs – que contém todos os telefones perdidos ou roubados por clientes de operadoras. O sistema de bloqueio é eficiente, baseia-se em Equipment Identity Registers (EIRs) e requer uma implementação segura do IMEI em todos os aparelhos móveis. Os principais fabricantes de equipamentos do mundo concordaram em adotar uma série de medidas para fortalecer a segurança do IMEI, e a GSMA vem monitorando o progresso. Debate O que a indústria pode fazer para evitar furtos de telefones celulares? Quais as implicações para as políticas públicas dessa crescente tendência? Os reguladores devem exigir registro de telefones celulares? “O uso de telefones celulares vem aumentando significativamente em anos recentes, e os aparelhos estão atraindo a atenção de ladrões. Cada aparelho roubado causa problemas, incluindo risco de violência e repercussões psicológicas para os usuários.” — James Moran, Diretor de Segurança da GSMA Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Posição da Indústria Embora não tenha criado o problema de furto de aparelhos, a indústria pode contribuir para a solução. Se puderem ser inutilizados, aparelhos perdidos ou roubados não terão nenhum valor no mercado negro, eliminando assim os incentivos para os ladrões. A GSMA incentiva seus membros a instalar EIRs em suas redes para evitar a conexão de dispositivos roubados. As operadoras devem conectar o banco de dados de IMEIs da GSMA para garantir que dispositivos roubados dos clientes possam ser bloqueados nas redes que utilizam esse banco de dados. 27 As autoridades governamentais são peças importantes para combater a criminalidade e devem interagir com a indústria de forma construtiva para evitar a distribuição de dispositivos móveis por canais escusos e tomar medidas contra indivíduos envolvidos em furto ou distribuição de aparelhos roubados. Uma abordagem coerente de compartilhamento de informações de todos os participantes tornaria essas medidas mais eficazes. Algumas autoridades do governo vêm propondo ‘listas brancas’ nacionais para combater o furto de equipamentos móveis. A GSMA é contra essa medida, que dificultaria o deslocamento de aparelhos pelo mundo e seria ilegal em alguns países. Embora o bloqueio de IMEI tenha tido impacto positivo em vários países, uma campanha antifurto realmente eficaz requer várias medidas, sendo que algumas delas estão fora do alcance do setor móvel. Resources OAS briefing paper on the theft of mobile terminal equipment Base de Dados de IMEIs Security Principles Related to Handset Theft IMEI Security Weakness Reporting and Correction Process Estudo de caso: Mobile Phone Theft in Costa Rica Perguntas e respostas: Consumer precautions against mobile phone theft Comunicado à imprensa: Latin American Mobile Operators Commit to Combat Mobile Device Theft Segurança de Redes Móveis Introdução Todas as formas de TIC estão sujeitas a ameaças de segurança, incluindo as tecnologias móveis. Os celulares e outros dispositivos voltados para consumidores são visados por diversos motivos, como mudar o número IMEI do celular para reabilitá-lo após furto, extração de dados ou uso de malware para executar funções a fim de prejudicar os usuários. As redes móveis utilizam criptografia para evitar que criminosos escutem as ligações ou interceptem os dados em trânsito. As barreiras legais para utilização de criptografia foram reduzidas em anos recentes, facilitando o emprego de algoritmos e protocolos melhores e mais robustos em aplicações móveis. O tema continua despertando enorme interesse, tanto entre hackers como entre equipes de segurança. O surgimento do Near Field Communications (NFC) criou a possibilidade de furto eletrônico, ou seja, aproximar-se fisicamente de alguém para invadir uma conta NFC. Essa possibilidade vem ganhando mais atenção à medida que aplicativos NFC ganham espaço no mercado. Debate As tecnologias móveis de voz e dados são seguras? Qual o significado da ameaça de malware móvel e o que está sendo feito para reduzir esses riscos? As novas tecnologias e serviços criam novas oportunidades para os criminosos roubarem informações, invadir contas de usuários ou comprometer de outras formas a segurança das redes e de seus usuários? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Posição da Indústria A proteção da privacidade dos clientes é uma das principais preocupações das operadoras. A indústria de redes móveis está comprometida em manter a integridade dos serviços que oferece. Embora nenhuma tecnologia de segurança seja totalmente inquebrável, as dificuldades para quebrar tecnologias móveis como UMTS e LTE são enormes e apenas ataques de altíssima complexidade podem ser bem-sucedidos. Embora o malware móvel não tenha se tornado a epidemia que alguns previam, a GSMA sabe que as ameaças existem e criou o Mobile Malware Group para coordenar as respostas das operadoras a ameaças identificadas. O grupo facilita a troca de informações entre participantes da indústria e incentiva as melhores práticas de combate e eliminação de malware emitindo diretrizes detalhadas para seus membros. Embora relatos de escuta de GSM não sejam incomuns, eles não vêm ocorrendo em grande escala e não há casos conhecidos de escuta de redes UMTS ou LTE. Resources GSMA Statement on Media Reports Relating to the Breaking of GSM Encryption The European Mobile Manifesto 28 A GSMA promove padrões globais de segurança para novos serviços e reconhece que elementos com segurança baseada em SIM têm seu papel como alternativa a recursos de segurança embutidos ou aparelho ou por cartão digital externo (microSD), pois os cartões inteligentes vêm se mostrando resistentes aos ataques. A GSMA desempenha importante papel em coordenar a resposta da indústria a incidentes de segurança, atuando junto às operadoras que fazem parte da associação e de vários outros stakeholders como fabricantes de aparelhos e fornecedores de infraestrutura para responder de maneira apropriada e oportuna. A GSMA monitora continuamente as atividades de grupos de hackers e emprega pesquisadores, inovadores e vários outros stakeholders para melhorar a segurança das redes de comunicação móvel. A capacidade de aprender e se adaptar é evidente nas melhoras de segurança observadas de uma geração de tecnologia móvel para outra. mYouth Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Introdução Debate Posição da Indústria As tecnologias móveis são partes integrais das vidas dos jovens, de um modo que não se imaginava há apenas alguns anos. O debate sobre jovens e dispositivos móveis vem sendo travado há algum tempo, com foco na proteção contra riscos associados à Internet. As tecnologias móveis são recursos valiosos para jovens, tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento. As crianças e os jovens estão entre os grupos que mais adotam tecnologias móveis, recebendo benefícios e oportunidades que muitas vezes superam os conhecimentos de pais, responsáveis e professores. O reconhecimento dos benefícios das redes móveis para os jovens ajudou a influenciar o debate, dando-lhe uma direção mais positiva. Isso vem tendo enorme impacto positivo sobre suas vidas, ensinando novas habilidades, criando novas formas de aprender, expondo-os a pessoas de outras camadas da sociedade e incentivando a criatividade e a inovação. Os dispositivos e serviços móveis melhoram as vidas dos jovens. Essa perspectiva precisa ser aceita, incentivada e melhor compreendida por todos os participantes para garantir que os jovens recebam o máximo de benefícios, incluindo: Conhecimentos profissionalizantes Melhor educação e aprendizado formal e informal Informação e serviços para promover a saúde e o bem-estar Mais engajamento social Oportunidades de ser criativo ■■ ■■ ■■ ■■ ■■ Os jovens serão consumidores e inovadores, e suas opiniões são importantes. Os jovens são ‘os primeiros participantes conscientes’ de uma era em que todos têm acesso a tudo, em qualquer lugar, sempre. — John Carr OBE, eNacso Resources GSMA: mYouth Pesquisa da GSMA: Children’s Use of Mobile Phones 29 A opinião dos jovens é importantíssima para a inovação no setor de redes móveis, pois é o primeiro grupo a crescer e conhecer um mundo que está sempre conectado e sempre plugado. Além de futuros clientes, os jovens são futuros inovadores e poderão introduzir a nova onda de inovação na indústria. Utilização Indevida de Números e Fraude Introdução Muitos países vêm se preocupando com a utilização indevida de números, uma prática abusiva em que a ligação nunca chega ao destino correspondente ao código do país e é encerrada devido a um arranjo entre a operadora e o provedor de conteúdo com valor adicionado sem conhecimento do detentor do número atribuído pelo UIT-T. Este tipo de abuso elimina todos os controles regulatórios de países sobre ligações mais caras e contratos de partilha de receita e são um dos principais fatores que contribuem para a fraude de partilha internacional de receita (IRSF, International Revenue Share Fraud) praticada contra redes de telefonia e seus clientes. Os praticantes de IRSF são motivados a gerar tráfego para seus próprios serviços sem intenção de pagar a rede que fez a ligação pela chamada. Em seguida, eles recebem o pagamento muito antes das outras partes do acordo. O uso indevido também prejudica o tráfego de telefonia ao bloquear números de telefone considerados de alto risco. Debate A utilização indevida de números deve ser combatida por tratados internacionais? Como as empresas do setor podem colaborar para evitar esse tipo de fraude? Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor Posição da Indústria A utilização indevida de números produz impactos econômicos significativos em vários países; portanto, é preciso que todos os agentes colaborem. Um tratado internacional não seria o instrumento correto para combater essa prática. A utilização indevida de números é um dos temas abordados no GSMA Fraud Forum, um fórum que vem discutindo as melhores práticas para eliminar fraudes para operadoras de redes móveis. O principal foco do Fraud Forum é identificar e analisar técnicas utilizadas para cometer fraudes contra redes dos membros e recomendar soluções práticas e custo-eficientes. 30 A chave é a participação e coordenação de vários agentes para implementar as melhores práticas. Quando um membro da GSMA comunica uso indevido, o Fraud Forum emite uma comunicação formal para o UIT-T. O Fraud Forum vem trabalhando para envolver reguladores europeus em questões relacionadas a uso indevido de números. O Fraud Forum compartilha os intervalos de números sujeitos a abuso e fraude entre seus membros e outras entidades do setor que lidam com fraudes. O Fraud Forum trabalha junto às principais operadoras internacionais para reduzir o risco de fraude decorrente de utilização indevida de números. Resources Os recursos de combate à fraude da GSMA estão disponíveis apenas para membros. Privacidade Introdução O surgimento do smartphone e o crescimento da Internet móvel criou um ecossistema móvel globalmente conectado, que traz enormes oportunidades e benefícios para os consumidores e para a sociedade como um todo. Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor dos usuários de redes móveis em um mundo globalmente conectado. Pesquisas mostram que os usuários querem transparência, opções e controle sobre suas informações. Outra preocupação são apps que acessam e utilizam suas informações pessoais em ‘segredo’. Entretanto, a nova tecnologia também cria problemas relacionados à privacidade e segurança de informações pessoais ao usar dispositivos móveis. Debate A privacidade online é tratada de forma inconsistente, com soluções oriundas tanto da indústria como de provedores de tecnologia, além de legislação nacional ou local em alguns casos. Com os novos apps móveis, os fluxos de dados e serviços são globais e imediatos. Com isso, leis de privacidade com área de vigência limitada tornam-se incompatíveis e incapazes de preservar a privacidade Quais as implicações de regras impostas por governos que variam de país para país ou em função da plataforma ou da tecnologia? Que desafios o setor móvel vem enfrentando para resolver problemas dos clientes? Como os vários participantes do setor móvel podem se unir para identificar maneiras próprias para redes móveis que ajudem os usuários a tomar decisões bem informadas sobre sua privacidade? Acreditamos que a privacidade é importante. Com a Mobile Privacy Initiative (MPI), a GSMA publicou um conjunto de princípios de privacidade em redes móveis (Mobile Privacy Principles) em 2011, que descrevem como a privacidade dos clientes desse serviço deve se respeitada e protegida. A GSMA também publicou diretrizes de privacidade para o desenvolvimento de apps móveis (Privacy Design Guidelines for Mobile Application Development), que os membros da entidade estão implementando. — Pat Walshe, Diretor de Privacidade, GSMA Posição da Indústria Acreditamos que a participação da indústria é essencial para identificar as melhores maneiras de os usuários gerenciarem sua privacidade em todo o setor móvel global, promovendo assim a confiança. Os clientes querem ter sua privacidade respeitada e protegida em qualquer tipo de dispositivo, plataforma ou serviço que usarem e independentemente do local em que o provedor do serviço é baseado. 31 As autoridades devem garantir que a proteção de dados e as regras de privacidade sejam claras e flexíveis o suficiente para abordar possíveis riscos futuros e, ao mesmo tempo, continuar incentivando a inovação tecnológica e o uso de informação. A GSMA está comprometida em trabalhar junto aos stakeholders de todo o setor móvel para manter a privacidade de forma eficaz e consistente entre usuários de redes móveis, garantindo que a privacidade seja sempre uma das principais considerações ao se desenvolver serviços em redes móveis. A indústria deve trabalhar em conjunto para desenvolver e promover a confiança dos usuários, definindo princípios com relevância global. As autoridades devem aplicar as mesmas regras a todos os participantes do setor de redes móveis. As regras também devem refletir a natureza global dos apps e serviços, para que possam ser adotadas em todos os países. Resources Mobile and Privacy em GSMA.com Privacy Design Guidelines for Mobile Application Development Spam Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis Proteção do Consumidor 32 Introdução Debate Posição da Indústria ‘Spam’ geralmente significa grandes volumes de mensagens não solicitadas. Como as ameaças relacionadas ao spam devem ser abordadas no âmbito dos serviços móveis? Estamos comprometidos em combater o spam em redes móveis, implementando soluções técnicas e promovendo mecanismos de prevenção. A GSMA criou também o serviço de denúncia de spam (Spam Reporting Service, SRS), que permite aos consumidores denunciar a prática usando um código curto universal para que as operadoras compartilhem informações e tomem medidas apropriadas. A tecnologia permite que os geradores de spam cruzem fronteiras facilmente, contornando as leis e a polícia. Uma abordagem eficaz do problema requer colaboração global em policiamento e tecnologia. Acreditamos que os tratados internacionais de telecomunicações não são o melhor instrumento para combater o spam, pois eles envolvem questões sensíveis de comércio e de liberdade de expressão política. As operadoras de redes móveis vêm se defendendo contra essas ameaças, aumentando continuamente a qualidade dos serviços móveis e reforçando a confiança de seus clientes. Acreditamos também que as medidas regulatórias formais devem ser consideradas o último recurso para combater o problema. Quando usadas, devem ter abrangência nacional e ser implementadas apenas após avaliações detalhadas de seu impacto. As técnicas de ataque mudam constantemente à medida que os geradores de spam identificam novas oportunidades em um ambiente tecnológico, social, político e econômico em constante mutação. Os avanços na detecção e prevenção do spam devem acompanhar as mudanças nessas técnicas. As soluções promovidas pela indústria são a abordagem mais eficaz? Os geradores de spam atuam à margem das leis locais e internacionais. A única maneira eficaz de prevenir o spam é evitar que as mensagens sejam entregues. O spam vem sendo discutido em muitas conferências internacionais de agentes da lei e por várias organizações como a Internet Engineering Task Force e o Internet Governance Forum. O GSMA Spam Reporting Service ajudará a proteger contra ataques lançados hoje e agirá de forma proativa para proteger os clientes e as redes de ameaças atuais e futuras. — Ed Amoroso, Chief Security Officer, AT&T A GSMA criou o Mobile Spam Code of Practice, um esforço coordenado das operadoras para prevenir o spam em redes móveis. Resources GSMA spam reporting services Cloudmark spam-reporting clearing house GSMA Mobile Spam Code of Practice Contatos na GSMA A equipe de assuntos regulatórios e de governo da GSMA representa o setor móvel perante governos e agências reguladoras do mundo inteiro, promovendo um ambiente regulatório que maximize o investimento, a inovação e as oportunidades para operadoras, o setor móvel como um todo e os usuários de redes móveis. Interagindo diretamente com os governos, podemos influenciar a agenda regulatória global. Tom Phillips Chefe de Relações Governamentais e Assuntos Regulatórios [email protected] Isabelle Mauro John Giusti Natasha Jackson Gabriel Solomon Sebastian Cabello Martin Whitehead Irene Ng Peter Lyons Diretora de Assuntos Externos [email protected] Diretor de Espectro [email protected] Diretora de Assuntos do Consumidor [email protected] Diretor de Política Regulatória [email protected] Diretor, GSMA América Latina [email protected] Diretor, GSMA Europa [email protected] Diretora, GSMA Ásia [email protected] Diretor, GSMA Oriente Médio [email protected] Se tiver alguma dúvida ou comentário sobre o Manual de Políticas Públicas em Redes Móveis, escreva para [email protected] I II Apêndice Wireless Intelligence Lista de operadoras de redes móveis por faturamento, Q4 2011 Conexões globais por geração de tecnologia, 2000–2017 Mobile for Development Intelligence (MDI) Penetração total no mercado (%) em países em desenvolvimento, 2009–2011 Custo total de propriedade (US$) em países em desenvolvimento, 2009–2011 Total de estações base renováveis, 2011 III Wireless Intelligence A fonte definitiva de análise de dados na indústria de redes móveis. https://wirelessintelligence.com/ Com mais de nove milhões de pontos de dados atualizados diariamente, a Wireless Intelligence cobre todas as 1140 operadoras, 3.505 redes e 236 países desde 1979 até hoje. Os dados históricos são suplementados por uma assinatura de cinco anos, incluindo projeções para todas as tecnologias em rede. Wireless Intelligence é um serviço por assinatura que traz a mais ampla linha de métricas do setor, incluindo dados sobre assinantes, operações, finanças, demografia e economia. O Feed é um novo serviço da Wireless Intelligence que traz informações e dados em tempo real sobre mercados e dados assim que a indústria os recebe. IV Lista de operadoras de redes móveis por faturamento, Q4 2011 Posição Grupo de operadora Faturamento com serviços móveis (US$ bilhões)1 Aumento anual do faturamento Variação anual Posição Conexões (milhões)1 Fonte: Wireless Intelligence, balanços de empresas 1 China Mobile 22,7 13,8% – 649,6 2 Verizon Wireless 15,1 6,4% +1 108,7 3 Grupo Vodafone 14,7 –3,1% 1 383,9 4 Grupo AT&T 14,3 4,0% – 103,2 5 Grupo Telefónica 2 12,2 –0,1% – 238,7 6 Grupo NTT DOCOMO 12,2 5,7% – 59,7 7 Grupo Deutsche Telekom 8,9 –5,1% – 106,7 8 Grupo France Telecom 7,9 –1,9% – 103,9 9 Grupo América Móvil 7,6 5,5% – 241,8 10 Sprint (Sprint Nextel) 7,0 7,4% – 55,0 11 au (KDDI) 5,7 –0,5% – 34,3 12 SoftBank Mobile 4,8 18,8% +1 27,8 13 Grupo Telecom Italia 4,6 –5,0% 1 96,3 14 Grupo VimpelCom 4,6 –87,9% +7 200,3 15 China Unicom 4,3 31,4% +1 199,7 16 MTN Group 3,8 –3,5% -2 128,8 17 Grupo Vivendi 3,1 –8,6% -2 41,0 18 Grupo Bharti Airtel 3,0 –3,2% -1 233,0 19 China Telecom 2,9 –55,6% +8 126,5 20 SK Telecom 2,8 –2,5% -2 26,6 1 3 As conexões e o faturamento são agregadas de acordo com a soma para as subsidiárias de cada grupo em que a participação é de pelo menos 50% mais uma ação. A receita é ponderada de acordo com as conexões para ajustar para uso de linhas fixas em determinadas regiões 3 Receita inclui algumas poucas operações de linha fixa 2 V Conexões globais por geração de tecnologia, 2000–20171 Fonte: Wireless Intelligence 100% 80% 60% 40% 20% 0% 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 2014 2016 1 A Wireless Intelligence utiliza as seguintes classificações de tecnologia: 2G: cdmaOne, CDMA2000 1X, GSM, PDC, PHS, iDEN, TDMA 3G: CDMA2000 1xEV-DO, CDMA2000 1xEV-DO Rev. A, CDMA2000 1xEV-DO Rev. B, WCDMA, WCDMA HSPA, TD-SCDMA 4G: LTE, TD-LTE, AXGP, WiMAX, LTE Advanced, TD-LTE Advanced, WiMAX 2. Observação: Como as operadoras classificam tanto LTE como TD-LTE como tecnologias 4G, nós seguimos esta convenção, que difere da definição rígida da UIT, segundo a qual o 4G transicional é distinto do 4G verdadeiro. VI Mobile for Development Intelligence Penetração total no mercado (%) em economias emergentes, 2009–2011 Relação entre o total de conexões móveis e a população total. Fonte: Wireless Intelligence A disseminação dos telefones celulares significa que eles estão bem posicionados para promover o desenvolvimento econômico e social em mercados emergentes. Os investimentos no setor vêm aumentando rapidamente, mas ainda há poucos dados para fundamentar decisões de negócios. O Mobile for Development Intelligence (MDI) é uma plataforma de dados online disponível gratuitamente com informações sobre o mercado e impactos, análises e acesso a uma comunidade ativa de participantes do setor. www.mobiledevelopmentintelligence.com O MDI foi aberto ao público em meados de 2012 e contém: Mais de 100 métricas quantitativas mensuradas em 150 países Mais de 2.000 organizações, produtos e serviços Mobile for Development A MDI apresenta dados setoriais e informações conjunturais sobre dinheiro móvel, saúde móvel, agricultura móvel, aprendizado e educação móveis, redes ecologicamente corretas, serviços móveis e mulheres, empreendedorismo e trabalho e indústria móvel. ■■ ■■ ■■ O MDI recebe apoio financeiro da Omidyar Network, MasterCard Foundation, Rockefeller Foundation e do UK Department for International Development (DFID). Educar e unir pessoas para usar o poder das redes móveis para o bem. VII País (região) África 2009 2010 2011 África do Sul 100,25 98,91 118,05 Argélia 92,96 91,76 98,3 Angola 46,45 50,78 60,25 Benin 57,51 78,31 83,23 Botsuana 109,6 125,04 145,82 Burkina Fasso 23,25 33,05 40,08 Burundi 13,01 19,65 22,86 Cabo Verde 69,29 77,4 102,2 Camarões 36,93 42,24 51,86 Chade 20,4 27,14 34,84 Comores 19,08 22,7 26,12 Congo 74,85 92,22 92,8 Costa do Marfim 64,32 79,45 86,24 Djibuti 14,63 18,46 21,7 Egito 68,83 85,72 102,02 Eritreia 3,4 4,05 4,62 Etiópia 6,19 10,26 16,22 Gabão 118,59 147,37 153,01 Gâmbia 90,82 105,3 117,76 Gana 63,67 68,97 82,17 Guiné 33,6 41,98 51,82 Guiné-Bissau 40,39 55,13 61,18 Lesoto 36,56 39,22 45,3 Libéria 30,06 38,37 49,66 Líbia 159,58 168,64 124,36 Madagáscar 24,35 26,53 31,11 VIII IX Maiote 87,55 86,89 91,36 Bolívia 65,61 71,73 81,86 Malauí 17,47 21,73 26,48 Brasil 90,9 105,34 124,73 Mali 28,36 44,08 67,29 Chile 103,45 123,89 141,31 Marrocos 79,61 99,59 112,7 Colômbia 88,13 93,78 95,74 Maurício 83,95 90,51 95,07 Costa Rica 51,89 68,19 84,79 Mauritânia 63,83 75,91 84,6 Cuba 5,52 8,91 12,49 Moçambique 26,33 26,27 29,36 Dominica 143,87 150,54 137,57 Namíbia 76,26 96,15 110,54 El Salvador 119,1 126,92 139,6 Níger 16,41 22,66 27,22 Equador 94,18 104,2 107,26 Nigéria 46,62 54,24 57,68 Granada 117,78 126,74 136,09 Quênia 47,29 60,81 66,57 Guatemala 80,23 89,26 97,09 República Centro-Africana 22,74 30,18 32,68 Guiana 78,14 83,96 81,89 República Democrática do Congo 15,07 17,35 21,96 Haiti 36,54 32,87 51,67 Ruanda 23,08 31,56 36,74 Honduras 95,77 93,3 94,73 São Tomé e Príncipe 49,4 59,89 72,85 Ilhas Malvinas 99,63 109,2 117,12 Seicheles 98,97 100,97 102,69 Jamaica 115,86 127,11 132 Senegal 56,25 66,22 72,08 México 73,92 80,11 82,18 Serra Leoa 34,83 41,02 46,76 Nicarágua 55,47 61,41 83,32 Somália 19,3 26,37 33,44 Panamá 129,7 133,73 142,92 Sudão 45,17 50,28 66,9 Paraguai 86,39 93,69 100,11 Sudão do Sul 6,61 10,4 15,23 Peru 71,26 79,76 90,26 Suazilândia 54,54 60,77 63,29 República Dominicana 90,16 93,73 88,08 Tanzânia 39,1 42,35 49,98 Santa Lúcia 114,64 119,52 122,41 Togo 36,67 40,26 50,04 São Cristóvão e Névis 165,44 171,77 175,41 Tunísia 93,99 106,43 118,68 São Vicente e Granadinas 118,3 125,37 130,81 Uganda 35,72 38,85 42,1 Suriname 109,91 116,5 121,32 Zâmbia 33,64 43,36 59,76 Uruguai 121,67 130,84 140,51 Zimbábue 31 60,32 69,86 Venezuela 102,58 101,48 104,13 Américas 2009 2010 2011 Ásia 2009 2010 2011 Antígua e Barbuda 159,58 168,64 124,36 Afeganistão 37,4 46,84 55,52 Argentina 24,35 26,53 31,11 Armênia 89,96 119,42 105,87 Belize 17,47 21,73 26,48 Azerbaijão 78,69 86,92 91,67 X XI Bangladesh 37,21 48,82 61,19 Europa 2009 2010 2011 Butão 46,47 51,7 66,11 Albânia 130,88 141,71 159,43 Camboja 56,48 69,8 107,56 Belarus 104,16 111,78 120,44 Cazaquistão 92,18 107,56 134,79 Bósnia-Herzegóvina 84,81 80,23 83,24 China 54,25 62,63 72,24 Bulgária 140,9 143,79 159,24 Coreia do Norte 0,38 1,77 3,82 Federação Russa 146,58 153,88 160,23 Filipinas 82,31 92,4 98,83 Kosovo 53,21 49,92 47,28 Geórgia 92,47 105,87 117,51 Lituânia 138,45 142,72 144,78 Iêmen 34,89 43,43 51,75 Macedônia 102,41 106,61 109,88 Índia 43,18 61 71,51 Moldávia 72,16 84,86 97,14 Indonésia 69,57 86,62 100,93 Montenegro 211,61 193,26 181,79 Irã 81,42 96,54 111,35 Polônia 117,23 122,46 131,85 Iraque 65,01 72,84 75,8 Romênia 139,87 137,63 129,31 Jordânia 100,12 106,5 121,54 Sérvia 100,6 100,61 104,45 Laos 39,09 60,27 70,19 Ucrânia 121,53 118,85 124,85 Líbano 56,51 66,96 80,31 Malásia 109,59 122,54 126,83 Oceania 2009 2010 2011 Maldivas 128,43 134,3 146,73 Fiji 100,35 91,05 97,98 Mianmar 1,75 3,22 4,32 Ilhas Marshall 4,32 5,17 6,08 Mongólia 63,31 73,02 83,55 Ilhas Salomão 10,73 21,18 38,26 Nepal 21,22 30,93 44,45 Kiribati 9,91 13,41 16,16 Paquistão 57,02 59,09 63,76 Micronésia 43,1 58,67 67,32 Quirguistão 80,93 97,22 117,38 Palau 40,77 44,22 47,53 Síria 46,45 53,13 60,04 Papua Nova Guiné 22,15 25,61 27,41 Sri Lanka 68,02 84,57 93,35 Samoa 96,01 105,76 112,49 Tadjiquistão 59,37 72,01 93,77 Samoa Americana 59,27 62,83 66,35 Tailândia 95,39 102,95 109,85 Tonga 68,87 77,27 82,85 Territórios palestinos 47,95 63,76 68,62 Tuvalu 2,55 8,51 12,82 Timor-Leste 31,56 41,52 51,77 Vanuatu 57,03 70,29 74,44 Turcomenistão 41,26 60,49 36,83 Turquia 87,01 84,42 88,14 Uzbequistão 57,64 74,33 83,94 Vietnã 109,49 127,59 130,13 XII XIII Custo total mensal de propriedade (US$) em alguns países em desenvolvimento, 2009–2011 Américas 2009 2010 2011 Argentina 20,48 23,42 33,36 Custo total de propriedade significa as despesas mensais do usuário para adquirir e manter um celular. incluindo o preço do aparelho e utilização média dos serviços (voz, SMS, dados, etc). Bolívia 9,52 9,33 8,47 Brasil 37,65 43,69 36,88 Chile 16,86 16,81 17,88 Fonte: Nokia Colômbia 15,25 15,56 14,61 África Equador 2009 2010 2011 12,65 12,52 12 Guatemala África do Sul 16,29 13,22 10,6 9,97 9,4 12,29 Haiti Argélia 9,35 8,93 8,64 7,51 7,58 6,52 Honduras Angola 13,69 13,74 12,54 11,45 11,97 12,05 Peru Burkina Fasso 20,75 14,39 9,39 34,62 36,97 33,94 República Dominicana 13,73 13,01 9,12 Camarões 17,91 17,11 10,77 Chade 23,51 21,81 12,76 2010 2011 14,87 12,08 12,16 Ásia 2009 Costa do Marfim Bangladesh 2,28 1,91 2,38 Egito 5,8 4,21 3,98 Camboja 5,84 5,24 5,17 Etiópia 4,15 5,02 2,7 Cazaquistão 12,78 12,27 9,47 Gana 6,32 5,91 3,9 China 2,14 2,33 3,7 Guiné 4,16 13,2 19,91 Filipinas 8,32 8,98 8,56 Madagáscar 14,61 13,34 10,17 Índia 2,45 2,45 2,06 Malaui 14,27 16,4 13,3 Indonésia 6,71 8,68 7,36 Marrocos 25,33 20,36 22,85 Irã 5,08 4,79 3,85 Moçambique 11,22 10,13 11,97 Paquistão 2,5 2,4 2,72 Nigéria 13,98 11,17 7,66 Síria 11,62 11,48 10,84 Quênia 10,3 3,71 2,83 Sri Lanka 2,44 2 1,73 República Democrática do Congo 15,73 14,71 12,28 Tailândia 5,73 5,47 6,01 Senegal 11,06 11,2 11,82 Turquia 20,58 20,62 18,64 Sudão 5,91 4,37 4,31 Uzbequistão 2,98 3,38 2,72 Tanzânia 12,69 7,53 6,15 Vietnã 4,47 4,3 4,03 Tunísia 9,29 9,2 8,57 Uganda 10,87 6,32 5,49 Zâmbia 14,94 16,13 12,38 Zimbábue 13,89 14,16 14,12 XIV Total de estações base renováveis, 2011 Ásia 2011 Estações base com energia parcial ou totalmente renovável são aquelas movidas à energia solar, eólica, híbrida solar e eólica, células de combustível e biocombustível. A tabela menciona apenas dados fornecidos à GSMA por operadoras de redes móveis e, portanto, não inclui todas as instalações ecologicamente corretas do mundo em desenvolvimento Bangladesh 15 Camboja 862 China 7.795 Filipinas 114 Índia 901 Indonésia 487 Malásia 8 Fonte: GSMA XV África Nepal 24 2011 Paquistão 66 África do Sul 122 Sri Lanka 3 Benin 41 Tailândia 14 Egito 306 Turquia 74 Gana 1 Guiné 192 23 Europa 2011 Lesoto Albânia 15 Moçambique 34 Montenegro 1 Namíbia 1 Romênia 4 Níger 105 Nigéria 150 27 Oceania 2011 Quênia Vanuatu 35 República Democrática do Congo 1 Senegal 80 Tanzânia 2 Américas 2011 Chile 19 Equador 100 Haiti 2 México 2 Peru 65 Suriname 7 Venezuela 23 XVI http://www.gsma.com/publicpolicy/handbook http://www.gsma.com/publicpolicy/handbook
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