economia ecológica como uma estratégia corporativa
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economia ecológica como uma estratégia corporativa
ECONOMIA ECOLÓGICA COMO UMA ESTRATÉGIA CORPORATIVA: A INOVAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE NO PROCESSO PRODUTIVO DAS EMPRESAS Carlos Eduardo Durange de Carvalho Infante (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Ingrid Labanca Cantanhede (Universidade Federal do Rio de Janeiro) RESUMO O presente artigo toma como referência a racionalidade instrumental para promover um diálogo epistemológico e exploratório envolvendo duas abordagens da economia: a ecológica e a neoclássica. Para tanto, recorre a alguns fundamentos das teorias econômicas, tentando resgatar as diferentes formas como essas teorias enfrentam os processos de apropriação dos recursos naturais. Demonstra que a abordagem neoclássica da economia, por fazer concessões à racionalidade instrumental, não consegue questionar as causas centrais da crise ambiental, as contradições internas à forma social capitalista de produção. Demonstra, ainda, que a abordagem ecológica consegue avançar na explicação da crise ambiental porque enfrenta as referidas contradições. Foi utilizado como metodologia, a pesquisa de artigos e livros publicados, principalmente pelo matemático e economista Nicholas Georgescu-Roegen, cuja tese predominante foi do desenvolvimento econômico decrescente. Georgescu estava próximo da aposentadoria na Universidade de Vanderbilt, onde lecionou de 1949 a 1976, quando bradou aos economistas que deixassem de ignorar a 2ª Lei da Termodinâmica: a energia passa de forma irreversível e irrevogável da condição de disponível para a de não-disponível. As atividades econômicas aceleram esse processo ao transformarem energia concentrada (baixa entropia) em formas de calor, que de tão dissipadas são inutilizáveis (alta entropia). Como resultados deste trabalho estão a nova conceituação de desenvolvimento sustentável na visão da Economia Ecológica, os novos paradigmas estratégicos adotados pelas empresas e a adequação dos resíduos proposta por Georgescu. PALAVRAS-CHAVE Economia Ecológica; Sustentabilidade; Estratégia Corporativa; Entropia ABSTRACT This article takes as a reference to instrumental rationality to promote a dialogue and exploration involving two epistemological approaches to economics: ecological and neoclassical. The article draws on some fundamentals of economic theories, trying to rescue the different ways these theories face the processes of appropriation of natural resources. Shows that the neoclassical approach to economics, for making concessions to the instrumental rationality, cannot question the central causes of the environmental crisis, the internal contradictions of capitalist social form of production. Also shows that the ecological approach can advance the explanation because of the environmental crisis facing those contradictions. Was used as a methodology, articles and books published, especially by the mathematician and economist Nicholas Georgescu-Roegen, whose thesis was predominant economic development down. Georgescu was nearing retirement at Vanderbilt University, where he taught from 1949 to 1976, when he cried to economists who failed to ignore the 2nd law of thermodynamics: energy is irreversible and irrevocable condition available for non-available. The economic activities accelerate this process by transforming concentrated energy (low entropy) in a heat, that's so removed are unusable (high entropy). The results of this work are the new concepts of sustainable development in view of Ecological Economics, new strategic paradigms adopted by companies and the adequacy of waste proposed by Georgescu. KEY WORDS Ecological Economics; Sustainability; Corporate Strategy; Entropy