Anuário Estatístico das Companhias Abertas - Edição 2007
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Anuário Estatístico das Companhias Abertas - Edição 2007
Sumário / Retrospectiva do mercado Summary Market retrospective Brasil em perspectiva Brazil in perspective 8 10 12 14 15 Miguel Jorge, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Miguel Jorge, Minister for Development,Industry and Foreign Trade Marcelo Trindade, presidente da CVM Marcelo Trindade, President of the Brazilian Securities Commission (CVM) Raymundo Magliano Filho, presidente da Bovespa Raymundo Magliano Filho, President of the São Paulo Stock Exchange (Bovespa) Alfredo Setubal, presidente da Anbid Alfredo Setubal, President of the National Association of Investment Banks (Anbid) Alvaro Bandeira, presidente da Apimec Nacional, Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais Alvaro Bandeira, President, National Chapter, Capitals Market Investment Professionals and Analysts Association (APIMEC) Abrasca 35 anos Abrasca 35 years 17 20 28 32 34 Editorial Editorial Histórico Background Depoimento Alfried Plöger Statement Alfried Plöger Relato Eduardo Lucano Report Eduardo Lucano Próximos Passos The Next Steps Visão econômica Economic viewpoint 43 O caminho do desenvolvimento por Paulo Rabello de Castro e Marcel Pereira The path to development, by Paulo Rabello de Castro and Marcel Pereira 55 56 58 61 62 63 66 67 70 Bovespa São Paulo Stock Exchange Bovespa Fix e Soma Fix Bovespa Fix and Soma Fix Debêntures Debentures FIDC Direct Credit Investment Funds (FIDCs) Notas Comerciais Commercial Papers Índice de Sustentabilidade Sustainability Index Índice de Governança Corporate Governance Index Abertura de capital Going Public Registros na CVM Registrations with the Brazilian Securities Commission (CVM) Desempenho setorial Sectorial performance 73 74 75 78 79 80 82 83 84 86 87 88 90 91 92 93 94 Atacado e Varejo Retail Agricultura Agribusiness Alimentos Foodstuffs Extrativismo Mineral Mining Máquinas e Equipamentos Machinery and Equipment Papel e Celulose Pulp & Paper Petróleo e Gás Oil and Gas Indústria Têxtil Textiles Construção Civil Civil Engineering Petroquímica e Borracha Petrochemicals & Rubber Energia Elétrica Electricity Saneamento Sanitation Siderurgia e Metalurgia Steel and Metallurgy Telecomunicações Telecommunications Transporte Transport Bancos Banking Seguros Insurance DIRETORIA BIÊNIO 2007-2009 Executive Board 2007-2009 PRESIDENTE / President Antonio Duarte Carvalho de Castro Souza Cruz S.A. Sede Rua Boa Vista, 63 Conj. 83 01014-001 São Paulo - SP Tel (11) 3107-5557 / Fax (11) 3107-5557 email: [email protected] Rio de Janeiro Rua da Conceição, 105 sala 1301 20051-010 Rio de Janeiro - RJ Tel (21) 2223-3656 / Fax (21) 2233-2741 site: www.abrasca.org.br 1º VICE-PRESIDENTE / 1st Vice President Frederico Carlos Gerdau Johannpeter Gerdau S.A. VICE-PRESIDENTES / Vice Presidents Alfried Plöger Cia Melhoramentos de São Paulo Paulo Setubal Neto Itaúsa Investimentos Itaú S.A. DIRETORES / Directors Luis Fernando Costa Estima Forjas Taurus S.A. Maurício Perez Botelho Energisa S.A. Morvan Figueiredo Paula e Silva Nadir Figueiredo Indústria e Comércio S.A. Osvaldo Burgos Schirmer Metalúrgica Gerdau S.A. Paulo Cezar Castello Branco Aragão Barbosa, Müssnich e Aragão Associados Paulo Sérgio Coutinho Galvão Filho Klabin S.A. Plínio do Amaral Pinheiro Duratex S.A. Roberto Terziani Telemar S.A. Thomás Tosta de Sá Mangels Industrial S.A. Wang Wei Chang Perdigão S.A. SUPERINTENDENTE GERAL / General Manager Eduardo Lucano da Ponte Prêmio Destaque Setorial Síntese das Atas do Copom Abrasca Sector Leader Award Summary of the Monetary Policy Committee Copom Meetings 97 102 103 104 106 107 108 109 110 111 Metodologia Methodology Extração Mineral: Vale do Rio Doce Mining: Vale do Rio Doce Telecomunicações: Telesp Telecommunications: Telesp Metalurgia e Siderurgia: Aços Villares Steel and Metallurgy: Aços Villares Transporte: Localiza Rent a Car Transport: Localiza Rent a Car Máquinas e Equipamentos: Randon Machinery and Equipment: Randon Saneamento: Comgás Sanitation: Comgás Petroquímicos e Borracha: Fosfertil Petrochemicals and Rubber: Fosfertil Papel e Celulose: Aracruz Celulose Pulp and Paper: Aracruz Celulose Petróleo e Gás: Petrobras Oil and Gas: Petrobras Produtos com ações Share based products 113 119 120 122 123 Fundos de pensão Pension funds Clubes de investimento Investment clubs Fundos de ações Share funds PIBB Brazil Bovespa Papers Index (PIBB) BNDESPar BNDESPar Regulação 147 Atas refletem processo de ajuste Minutes Reflect Adjustment Process Estatísticas Statistics 153 163 164 166 167 169 174 188 190 191 192 193 194 195 196 197 Análise: Desempenho das empresas em 2006 Analysis: Corporate Performances in 2006 Indicadores macroeconômicos Brazil: main economic indicators Os principais números das companhias abertas em 2006 Main results for quoted companies in 2006 Empregos gerados pelas companhias abertas Jobs supplied by the Public Companies Considerações metodológicas Methodological considerations Denominação social das empresas Companies’ names Resultado das empresas por setor Corporates’ results (by sectors) Evolução real do ativo total (série de 9 anos) Total Average Assets Evolution Evolução real do patrimônio líquido (série de 9 anos) Average Shareholders’ Equity Evolução real do lucro/prejuízo (série de 9 anos) Actual Average Net Income/Loss Evolution Evolução real da receita líquida (série de 9 anos) Average Net Revenue Evolution Evolução real do resultado operacional (série de 9 anos) Average Operating Profit Evolution Evolução real do endividamento (série de 9 anos) Average Indebtedness Evolution Evolução real do giro do ativo (série de 9 anos) Average Asset Turnover Evolution Evolução real do grau de endividamento (série de 9 anos) Average Degree of Indebtedness Evolution Evolução real do capital de giro (série de 9 anos) Average Working Capital Evolution Regulation 125 130 136 142 144 Entrevista com Arnoldo Wald Entrevista com Arnoldo Wald Iniciativas das entidades Institutional Initiatives Legislação Legislation Abrasca: Acompanhamento Legislativo ABRASCA: Legislative Monitoring Bulletin Plano Diretor do Mercado de Capitais Capitals Market Master Plan Projeto editorial da CCRio Comunicação desenvolvido para a ABRASCA A publishing project by CCRio Comunicação for ABRASCA EDITOR / Editor Cleber Cabral Reis (R.P. nº 12.567) REPÓRTERES / Reporters Martha Corazza e Adriana Braz PROJETO GRÁFICO / Graphic Design Raquel Ponte Associados da Abrasca Abrasca Associates 198 Nome e site das companhias associadas da Abrasca Name and site of quoted companies associated to Abrasca REVISÃO / Revision Astrogildo Esteves Filho As análise setoriais e os dados estatísticos deste Anuário foram produzidos pela GRC VISÃO, Gestão de Riscos e Cenários. Sectorial analisys and statistic data from this edition were produced by GRC VISÃO, Gestão de Riscos e Cenários. TRADUÇÃO / Translation Carolyn Brissett Sonia Maria Iorio GRC VISÃO, Gestão de Riscos e Cenários GERENTE DE PUBLICIDADE Publishing manager Epaminondas Baptista GERENTE DE CONTAS Accounts manager Angela Caldas IMPRESSÃO E FOTOLITO Printing and photoliths Sol Ação Editora DIRETOR EXECUTIVO / CEO Alexandre Fischer ECONOMISTA-CHEFE / Chief Economist Eric Sweet ECONOMISTA / Economist Vitor Catão ESTAGIÁRIA / Trainee Nathália Dias Fotos Abrasca 35 anos: Arquivo Abrasca Photographs Abrasca 35 years: Abrasca Archives Fotos gentilmente cedidas por: Photographs kindly provided by: Yosia Urip (Harbor Crane 3 - capa) www.yosiaurip.com; Carole Nickerson (paper curl); Christoph Hardes (Schliessfächer); Douglas Enry (fire); Eduardo Mota (acerolas 2); Niki Michailov (coffe beans 2); Keith Wilson (Close up of some cogs); Sarp Sencer Saygýver (industry 2); Tiago Pantaleão (rubber tree - detail) Este Anuário pode ser adquirido nos escritórios da Abrasca ou através do site www.abrasca.org.br This annual can be purchased at the Abrasca offices or via the site www.abrasca.org.br Brasil em perspectiva Brazil in perspective Mercado de capitais e desenvolvimento Capitals markets and development Miguel Jorge (*) M uitos têm sido os avanços institucionais para melhoria do ambiente de negócios na busca pelo desenvolvimento sustentado. O Brasil alcançou a estabilidade econômica, as vulnerabilidades externas foram reduzidas, o comércio exterior brasileiro tem batido recordes seguidos. Em 2006, superamos os US$ 137 bilhões em exportações e a tendência, conforme se vê pelos números do primeiro quadrimestre, continua muito positiva. There has been much institutional progress enhancing the business setting, spurred by the quest for sustainable development. Brazil has attained economic stability, strengthening areas where it was vulnerable to outside influences, with foreign trade setting a series of records. In 2006, its exports topped US$ 137 billion, with the trend remaining very positive, as shown by the figures for the first four months of the year. Um clima de confiança, que não se observava há muitos anos, entre a população e os agentes econômicos, passa a ser o dominante, como acontece na maioria dos países em que a estabilidade já se incorporou à vida comum dos cidadãos. The atmosphere is more upbeat than it has been for many years in the population in general and among economic agents, with this mood prevailing, as found in most countries where stability has become a commonplace aspect of the lives of their citizens. Por tudo isso, esse segundo mandato do presidente Lula reafirma, com firmeza e determinação, o compromisso do crescimento econômico sustentado. O lançamento do Programa de Aceleração do Crescimento muda o foco das políticas públicas da moeda para a geração de emprego e renda. This is why President Luiz Inácio Lula da Silva is determined to reaffirm his commitment to sustained economic growth during his second term in office. The launch of Brazil’s Accelerated Growth Programme (PAC) shifts the focus of Government policies from the nation’s currency to generating jobs and income. Nesse ambiente, o mercado de capitais terá papel dos mais importantes nessa nova etapa de uma economia mais madura e complexa. Within this setting, the capitals market will play an extremely important role in this new stage leading to a more mature and complex economy. Desde a fundação da Bovespa, em 23 de agosto de 1890, até que ela se tornasse o maior centro de negociação com ações da América Latina, a economia brasileira foi industrializada, ampliada e diversificada. Since the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) opened on August 23, 1890 and grew into the largest bourse in Latin America, the Brazilian economy has been industrialised, expanding and diversifying. De Getúlio Vargas a Juscelino Kubitschek, o desenvolvimento nacional tem sido promovido com grande participação do capital público, sendo os mais emblemáticos a Petrobras, a Companhia Vale do Rio Doce, a Companhia Siderúrgica Nacional, as grandes usinas hidrelétricas, estradas e outras importantes obras. Mas, ao longo das últimas décadas, o Estado tem perdido muito de sua capacidade de investimentos. UnderPresidentsfromGetúlioVargastoJuscelinoKubitschek, the nation’s development was underwritten by massive flows of Government funding during the mid-XX century, establishing landmark enterprises such as Petrobras (oil), Companhia Vale do Rio Doce (mining) and Companhia Siderúrgica Nacional (steel), as well as huge hydro-power complexes, highways and many other important works. But the State has lost much of its investment capacity over the past few decades. Em muitos setores, nossa infra-estrutura vem tornandose obsoleta, gerando custos adicionais às empresas e dificultando o desenvolvimento. A necessidade de encontrar alternativas para o financiamento da produção nacional valorizou o papel do capital privado, e nesse sentido, as bolsas de valores desempenham uma função das mais importantes: a captação de recursos para novos empreendimentos. Na última década, fortaleceram-se a segurança jurídica e a responsabilidade social, com medidas oficiais de regulação 8 In many sectors, Brazil’s infrastructure is becoming obsolete, generating additional costs for companies and hobbling development. The need to find alternative ways of financing production highlights the role of private capital, with Stock Exchanges playing a crucial role: bringing in funds for new enterprises. Over the past decade, juridical security and social accountability have grown stronger, supported by official e de incentivo, mas principalmente, em função do trabalho das entidades do setor, como a Abrasca e a Bovespa. A criação do Novo Mercado foi um passo fundamental para difundir o mercado de títulos privados, trazendo mais segurança para o investidor, reduzindo riscos e melhorando a precificação dos papéis. Essa é uma experiência que tem dado excelentes resultados nos países que a adotaram. Na Alemanha, o Novo Mercado significou grande avanço, exigindo das empresas compromissos como: poder de voto para todas as ações, publicação de demonstrativos trimestrais, submissão de eventuais disputas sobre a gerência da sociedade à arbitragem, entre outras. Essas mudanças trouxeram mais segurança para os investidores e incrementaram os volumes negociados, popularizando o mercado de capitais. A chave para o sucesso do Novo Mercado, em todos os países nos quais foi implementado, é o fato de essas iniciativas terem partido das próprias bolsas, promovendo a governança corporativa. Cada vez mais, o pequeno investidor participa da bolsa. Em 2003, a CVM e o CMN aprimoraram a legislação e em 2006, foram criados incentivos fiscais e a conta investimento. Assim, governo e iniciativa privada, juntos, vão criando o ambiente adequado ao desenvolvimento do mercado. O Estado tem se esforçado para promover a formalização das empresas e reduzir o peso da tributação, mas infelizmente, esses são processos lentos. A Lei do Bem reduziu os custos do investimento produtivo em diversos setores, a Lei de Inovação e a de Falências, assim como a Lei Geral das Pequenas e Médias Empresas, ajudaram a melhorar o ambiente de negócios no país, com conseqüências importantes no mercado de capitais. Um exemplo importante dessa influência é que em 2006 as empresas brasileiras captaram R$ 119,89 bilhões com ofertas públicas, um crescimento de 73,8% em relação a 2005. Apesar de todos esses avanços, ainda há muito a fazer para garantir o desenvolvimento desse mercado no Brasil. A transparência, a responsabilidade social das empresas e a segurança jurídica para os acionistas minoritários precisam ser aprimoradas constantemente. Este Anuário Estatístico das Companhias Abertas cumpre papel importante na democratização das informações necessárias aos investidores. A evolução do mercado de capitais, que espelha uma economia pujante, é o sinal de que o Brasil está na direção certa. (*) Ministro do Desenvolvimento,Indústria e Comércio Exterior regulatory measures and incentives to some extent, but buttressed largely through the efforts of entities in this sector such as the Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA) and the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). The establishment of Brazil’s New Market (Novo Mercado) was a vital step for endowing the private papers market with a higher profile, enhancing investor confidence with fewer risks and better paper pricing. This experience has produced excellent results in countries adopting this approach. The New Market triggered an upsurge of progress in Germany, imposing corporate commitments such as: voting rights on all shares, publication of quarterly statements and submitting corporate management disputes to arbitration, among other aspects. These changes have made investors more confident, stepping up trading volumes and popularising the capitals market. The key to the success of the New Market in every country where it has been introduced is the fact that these initiatives are launched by the Stock Exchanges themselves, fostering corporate governance. To an increasing extent, small investors are turning to the Stock Exchange. In 2003, Brazil’s Securities Commission (CVM) and National Monetary Council (CMN) fine-tuned its laws, introducing tax incentives and investment accounts in 2006. The Government and private enterprise are thus working together to shape an environment that will foster market development. The State is striving to bring enterprises into the formal segment and ease tax burdens, although these are unfortunately slow processes. The Wellbeing of Society Act lowered productive investment costs in several sectors, while the Innovation Act, Bankruptcy Act and the Small and Medium Enterprises Act has helped upgrade the context of doing business in Brazil, with important effects on its capitals market. An important example of this influence is the R$ 119.89 billion brought in through public offerings by Brazilian companies in 2006, up 73.8% over 2005. Despite all this progress, much still remains to be done in order to ensure the development of this market in Brazil. Transparency, corporate social responsibility and juridical security for minority shareholders require steady enhancement. This Listed Companies Statistical Year Book plays an important role in democratising the information required by investors. Reflecting a powerful economy, the development of Brazil’s capitals market is a clear sign that the nation is moving ahead in the right direction. (*) Minister for Development,Industry and Foreign Trade 9 Brasil em perspectiva Brazil in perspective Esforço para fortalecer as instituições Striving to Strengthen Institutions Marcelo Trindade (*) O desenvolvimento econômico tem sido o assunto central da agenda de discussões nacional e, portanto, parece pertinente refletir sobre a contribuição do mercado de capitais neste processo. O momento inclusive é bastante favorável em função da liquidez nos mercados internacionais e o ambiente interno estável, com estabilidade macroeconômica e preservação da disciplina fiscal. Esse ambiente, que tem levado a Bovespa a superar recordes históricos, vem atraindo novas empresas para o mercado. Em 2006, por exemplo, 15 novas companhias abriram o capital. Além disso, as operações de securitização, com emissão de certificados de recebíveis imobiliários e quotas de fundos de direitos creditórios, cresceram 65% em relação ao ano anterior, ao totalizarem R$ 14 bilhões. Embora o quadro seja otimista é preciso fortalecer as nossas instituições, o que pode representar a principal vantagem competitiva do Brasil na disputa pelos fluxos de capitais internacionais com outras economias emergentes. Aliás, nos últimos anos, a CVM vem concentrando esforços, justamente, na melhoria institucional como a criação, no segundo semestre de 2005, dos Comitês de Regulação e de Termo de Compromisso. O trabalho já começou a apresentar resultados satisfatórios. No ano passado, o Comitê de Regulação aprofundou as discussões relativas à elaboração normativa. O Comitê deTermo analisou 82 processos, dos quais 37 resultaram na celebração de Termo de Compromisso firmando-se como uma forma eficiente de empregar os recursos da CVM. Além disso, o Colegiado julgou 131 processos sancionadores (contra 84 em 2005) desses, 27 foram encerrados em decorrência da celebração de Termos de Compromisso. Com isso fechamos 2006 com 158 processos encerrados, com aumento de 50% em relação ao ano anterior. As economic development is the core topic on Brazil’s agenda for discussion, it seems pertinent to reflect on the contribution of its capitals market to this process. This is a very positive phase, due to ample liquidity on international markets and a sound domestic situation grounded on with macroeconomic stability and fiscal discipline. Spurring the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) to unparalleled heights, this setting is attracting new companies to the market. For example, fifteen corporations went public in 2006, most of them medium-sized. Moreover, securitization transactions through the issue of real estate receivables certificates and credit rights fund quotas rose by 65% over the previous year, totaling R$ 14 billion. Despite this upbeat outlook, Brazil must strengthen its institutions, which may well constitute a major comparative advantage in the battle to attract international capital flows being waged with other emerging economies. Over the past years, the Brazilian Securities Commission (CVM) has been striving for institutional enhancement, reflected through the establishment of the Regulations and Deed of Commitment Committees during the second half of 2005. These efforts are already bearing fruit - last year, the Regulations Committee extended its discussions in greater depth on the preparation of standards, rules and directives. The Deed of Commitment Committee analyzed 82 proceedings, with 37 of them leading to the signature of Deeds of Commitment, firming up its position as an efficient way of deploying the resources of the CVM. Additionally, its Board heard 131 punitive proceedings (compared to 84 in 2005), with 27 of them terminating in the signature of Deeds of Commitment, closing 2006 with 158 proceedings completed, up 50% over the previous year. Em 2007, pretendemos dar continuidade ao trabalho de desenvolvimento institucional. Um grande passo nesta direção foi a autorização, dada pela Resolução 3.427, de 21 de dezembro de 2006, para que a CVM adote um modelo de supervisão baseado em risco. A implementação desse modelo, hoje utilizado em alguns dos mais importantes mercados de capitais internacionais, possibilitará a utilização mais racional dos recursos da CVM e representará uma contribuição efetiva para o desenvolvimento econômico. In 2007, we intend to continue to work towards institutional development. A major step forward in this direction was the authorization issued through Resolution Nº 3,427 dated December 21, 2006, allowing the Brazilian Securities Commission (CVM) to adopt a risk-based supervision model. Today used by some of the world’s leading capitals markets, the introduction of this tool will ensure more rational use of the CVM resources, hopefully making an effective contribution to Brazil’s economic development. (*) Presidente da Comissão de Valores Mobiliarios (CVM) (*) President of the Brazilian Securities Commission (CVM) 10 Brasil em perspectiva Brazil in perspective O mercado e avanço institucional The Market and Institutional Progress Raymundo Magliano Filho (*) A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) orgulha-se de contribuir efetivamente para o desenvolvimento do Brasil. No ano passado, registramos a listagem de 26 novas companhias, o maior número de ofertas públicas dos últimos 15 anos. Esse dado comprova que o mercado de capitais tornou-se a principal fonte de financiamento para as nossas empresas. Paralelamente, indica também que os empreendedores brasileiros já consideram natural a participação de novos sócios como uma forma de garantir o crescimento dos seus negócios. O valor das empresas foi outro destaque de 2006, ultrapassando a barreira dos R$ 1,5 trilhão. Esse volume retrata a força e a competência do nosso negócio – que representa 74% do PIB brasileiro. Cada vez mais corporações buscam no mercado de capitais alternativas de capitalização, capazes de financiar novos projetos e promover o crescimento. A presença de mais empresas abertas beneficia os investidores, que se tornam acionistas de projetos capazes de remunerar adequadamente seu capital, além de contribuir para a formação de poupança no país. É chegada a hora, porém, de as companhias abertas e o mercado de capitais unirem forças para promover o avanço institucional do Brasil. Um modelo a ser seguido é o que serviu de inspiração para a criação do Novo Mercado. Em vez de esperar pacificamente por uma futura e eventual solução governamental, a Bovespa e as empresas abertas buscaram na criação de um ambiente de listagem voluntário que respeitasse os mais altos padrões de governança corporativa. Hoje, tal iniciativa é reconhecida internacionalmente pelo Banco Mundial. Enquanto ainda trilhamos o caminho do desenvolvimento, é preciso levar em conta a importância de questões como responsabilidade social e ambiental. De nada adianta o crescimento desenfreado e inconseqüente, incapaz de gerar bemestar social, inclusão e distribuição de renda. O verdadeiro desenvolvimento sustentado se faz com consumidores, empresas e mercados conscientes, que sabem valorizar e diferenciar práticas de gestão realmente responsáveis. A Bovespa tem plena convicção de que a construção de um país melhor, com cidadania e democracia realmente eficazes, passa pelo fortalecimento da sociedade civil e pela busca permanente do desenvolvimento sustentável. (*) Presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) 12 The São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) is proud to offer an effective contribution to the development of Brazil. Last year, it listed 26 new companies – the largest number of public offering during the past fifteen years, proving that the capitals market has become the main source of financing for Brazilian enterprises. In parallel, this also shows that Brazilian entrepreneurs are already considering the involvement of new partners as a natural way of ensuring the growth of their businesses. Another outstanding aspect of 2006 was the value of these companies, which topped R$ 1.5 trillion. This reflects the power and competence of our business – which represents 74% of Brazil’s GDP. To an increasing extent, corporations are seeking alternative types of capitalization through stock markets, financing new projects and spurring growth. The presence of more listed companies is good for investors, who become shareholders in projects that can provide adequate remuneration on their capital, in addition to building up savings in Brazil. The time has now come for listed companies and the capitals market to work together in order to foster institutional progress in Brazil. A model to be followed is that which inspired the establishment of Brazil’s New Market (Novo Mercado): instead of waiting passively for some possible future Government solution, the São Paulo Stock Exchange and its listed companies sought to establish a voluntary listing environment, compliant with the most stringent corporate governance standards. Today, this initiative is acknowledged internationally by the World Bank. While we are still moving ahead along the path leading to development, we must bear in mind the importance of aspects such as social responsibility and environmental accountability. Heedless growth is of little use, unable to generate social wellbeing or foster inclusion and fairer income distribution. True sustainable development is constructed by aware consumers, companies and markets that know how to appreciate and distinguish truly responsible management practices. The São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) is fully convinced that building up a better nation with truly effective citizenship and democracy encompasses the strengthening of civil society and the ceaseless quest for sustainable development. (*) President of the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) Brasil em perspectiva Brazil in perspective A consolidação do mercado de capitais Consolidating Brazil’s Capitals Market Alfredo Setubal (*) O mercado de capitais brasileiros segue continuamente na trilha do seu fortalecimento. Os significativos avanços registrados nos últimos anos favorecem diretamente o desenvolvimento econômico do país. Uma das principais evidências desta expansão pode ser mensurada pela forte presença de companhias que recorrem à Bolsa de Valores, como fonte de captação de recursos. Em 2006, as empresas captaram R$ 119,79 bilhões por meio de ofertas públicas, o que representa um crescimento de 73,8% em relação ao ano anterior. Deste total, as ofertas de ações totalizaram R$ 31,3 bilhões, superando em 121% o volume registrado em 2005. E mais: as emissões primárias representam 53% das operações. As fusões e aquisições também atingiram patamares históricos, confirmando o processo de globalização da economia brasileira. A maioria das operações (67%) foi de companhias nacionais comprando estrangeiras. Em 2006, o volume chegou aos R$ 131,7 bilhões, significando um acréscimo de 237% na comparação com o ano anterior. A indústria de fundos de investimento também vive uma nova realidade. Em 2007, quando completa 50 anos, o seu patrimônio líquido bate o valor histórico de R$ 1 trilhão, e será dado um importante passo rumo à internacionalização. A nova Instrução 450 da CVM, entre outras novidades, liberou operações dos fundos no exterior. Além disso, a Instrução também tornou mais clara e flexível as regras de investimentos em títulos privados de renda fixa. Para garantir a contínua consolidação do mercado, a Anbid manterá firme a sua premissa de contribuir para a criação de mecanismos que sustentem esse desenvolvimento. Entre as metas estão previstas propostas para todas as suas esferas de atuação. Desde o aprimoramento do arcabouço legal e tributário, o fortalecimento da auto-regulação, a capacitação dos profissionais até projetos que visam à educação do investidor. Para isso, a Anbid contará com parcerias com entidades, órgãos de regulação e fiscalização. Ações em conjunto, como a recente recomendação sobre o período de silêncio, elaborada pela Anbid e Abrasca, são, realmente, fundamentais para alcançar o objetivo de aperfeiçoamento do mercado de capitais. (*) Presidente da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) 14 Moving ahead steadily as it builds up muscle, Brazil’s capitals market has posted significant progress over the past few years, directly fostering economic development. Offering clear evidence of this expansion, companies are thronging to the Stock Exchange in order to raise funds. In 2006, public offerings brought in R$ 119.79 billion, up 73.8% over the previous year. Of this total, shares totaled R$ 31.3 billion, 121% higher than the volumes for 2005, with primary issues accounting for 53% of these transactions. Mergers and acquisitions also rose to historic highs, reflecting the globalization process sweeping through the Brazilian economy. Most (67%) of these transactions consisted of Brazilian companies purchasing foreign enterprises. In 2006, these deals topped R$ 131.7 billion, up 237% over the previous year. The investment funds industry is also riding the crest of a wave. Celebrating its 50th anniversary in 2007, the net assets of this segment reached an all-time high of R$ 1 trillion.Taking an important step towards internationalization, Instruction Nº 450 issued by the Brazilian Securities Commission (CVM) recently approved foreign fund transactions, among other innovations. Moreover, this Instruction also clarified and flexibilized the rules for investing in private fixed income papers. In order to ensure the ongoing consolidation of this market, the National Investment Banks Association (ANBID) will continue help establish mechanisms upholding this development. These goals include drawing up proposals for every sphere of its activities, ranging from fine-tuning legal and tax frameworks to buttressing self-regulation, from building up professional capacities through to projects designed to educate investors. This is why the National Investment Banks Association (ANBID) is eager to set up partnerships with regulation and oversight entities as well as other organizations. Joint actions such as the recent recommendation on the Silence Period, drawn up by the National Investment Banks Association (ANBID) and the Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA) – are crucial stepping-stones for obtaining their objective: upgrading Brazil’s capital market. (*) President of the National Association of Investment Banks (ANBID) Perspectivas animadoras no horizonte Bright Outlook on the Horizon Alvaro Bandeira (*) O mundo capitalista não pode prescindir do mercado de capitais como instrumento de política econômica eficiente. Todos os países que cresceram e se desenvolveram de forma rápida tiveram como sustentáculo um mercado de capitais ativo como instrumento auxiliar. No Brasil não deveria ser diferente, mas até bem pouco tempo não havia qualquer contrapartida do mercado de capitais, sempre alijado do processo. Porém, desde 2004 a situação foi se modificando, e hoje podemos dizer que temos esperança de que isso possa ocorrer em grande estilo. As emissões e aberturas de capital vão se sucedendo, capitalizando empresas, ampliando investimento e fazendo o país crescer de forma mais acentuada nos próximos anos. Não ficamos só nas aberturas de capital que foram muitas e expressivas durante 2006. Até mesmo as operações de private equity e venture capital que eram quase embrionárias estão crescendo fortemente, com novos fundos sendo criados especificamente para o segmento, e ajudando na gestão financeira e preparação das empresas para virem ao mercado, já incorporando elevados padrões de governança corporativa. Do lado do segmento de empresas mais maduras estamos diante de situação ímpar. Provavelmente nunca tivemos quadro tão favorável para investimento, já que as empresas estão bem capitalizadas, com boa parte delas tendo em caixa o valor de suas dívidas. Além disso, estão em plena expansão da governança corporativa tendo como lema a sustentabilidade de resultados e preocupações sociais e ambientais. Para 2007, esse quadro de mercado tende a ampliar ainda mais com novas empresas vindo ao mercado buscar recursos mais estáveis e de longo curso para investimento, com ainda maior concentração na emissão de ações, ao invés de outros títulos de crédito. De outra feita, a larga pulverização dessas ações em mãos dos diferentes tipos de investidores, inclusive externos, garante boa liquidez, crescimento do mercado secundário de ações e amadurecimento dos investidores, com destaque para a participação de pessoas físicas, diluindo a cultura de aplicação em renda fixa ou em imóveis. Não tenho dúvidas que assistiremos nos próximos anos o desenvolvimento do mercado de capitais no Brasil e sua importância no crescimento acelerado da economia. (*) Presidente da Apimec Nacional, Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais The capitalist world cannot ignore the capitals market as an efficient tool for implementing economic policies. Every country that grew and developed quickly has been buttressed by an active capitals market as an ancillary tool. Things should not be any different in Brazil, but until quite recently, there was little room for the capitals market, which was always edged out of the process. However, this situation has been changing since 2004, bringing fresh hope that this may now occur in great style. Shares are now being issued, with a steady stream of companies going public, enhancing corporate capitalization, extending investments and spurring vigorous growth for Brazil over the next few years. During 2006, it was not just the large numbers of companies going public that were significant. Today, even private equity and venture capital transactions that were once barely embryonic are on the rise, with new funds being set up specifically for this segment, as well as helping with financial management and gearing companies up for launch on the market, already compliant with high corporate governance standards. Looking at more mature enterprises, the situation is unparalleled. There has probably never been such a favorable investment situation in Brazil, as companies are well capitalized, with many of them having cash on hand equivalent to their debts. Moreover, corporate governance is expanding rapidly, grounded on the sustainability of earnings, in parallel to social and environmental concerns. During 2007, this situation will tend to flourish even more, with new companies turning to the market in search of longer-term investment funds, more stable and focused on issuing shares instead of other credit papers. On the other hand, the widespread fragmentation of these shares among different types of investors, including foreigners, ensures good liquidity with growth of the secondary share market and investor maturation, particularly the participation of individuals, diluting the culture of investing in fixed income options or real estate. I have no doubt that we will watch the development of Brazil’s capitals market over the next few years, as it becomes increasingly more important for the rapid growth of the nation’s economy. (*) President, National Chapter, Capitals Market Investment Professionals and Analysts Association (APIMEC) 15 Abrasca 35anos Paulo Setubal, Francisco Dornelles e Brunet Diretores da Abrasca em reunião na CVM em meados da década de 1970 ABRASCA Directors in a meeting at the CVM in the mid-1970s Paulo Setubal, presidente da Abrasca, e o ministro da Fazenda, Francisco Dornelles – década de 1980 Paulo Setubal, Chairman of ABRASCA and Treasury Minister, Francisco Dornelles – mid-1980s Abrasca 35 Years Em 35 anos de existência, a Abrasca colecionou conquistas e contribuições importantes para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Foi uma das principais entidades de classe a participar ativamente na estruturação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e na edição da Lei das Sociedades Anônimas, em 1976, conduzida pelas mãos do então ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen. Em 2000, quando a lei passou por novas alterações, a Abrasca teve participação importante nas discussões e várias de suas propostas integram o texto final da nova Lei das Sociedades Anônimas. A Abrasca continua, até hoje, fiel ao princípio que lhe deu origem: contribuir para que o mercado de capitais seja, efetivamente, uma fonte de recursos, capaz de promover o desenvolvimento econômico e social do Brasil. 16 Stretching back 35 years, the track-record of ABRASCA includes many conquests and important contributions to the development of Brazil’s capitals market. It was among the leading professional entities playing an active role in structuring the Brazilian Securities Commission (CVM) and rewording the Corporations Act in 1976, headed byTreasury Minister Mário Henrique Simonsen. In 2000, when this Law was altered yet again, ABRASCA was well to the fore in these discussions, with several of its proposals included in the final wording of Brazil’s new Corporations Act. As it celebrates its 35th anniversary, ABRASCA remains faithful to its core principle: ensuring that Brazil’s capitals market is a real source of funding that fosters social and economic development nationwide. Abrasca 35 anos Abrasca 35 years EDITORIAL / Editorial Uma história e muitos desafios A History of Many Challenges Antonio Duarte Carvalho de Castro, presidente da Abrasca Antonio Duarte Carvalho Castro, Presidente of Abrasca Em seus 35 anos de existência, a Abrasca desempenhou, com eficácia, a missão de defender os interesses legítimos do mercado e das companhias abertas. O exame atento de cada cenário e seus desdobramentos, seja nos momentos de calmaria, sejam nos de turbulência, tem permitido identificar antecipadamente problemas potenciais, possibilitando estudar soluções, discuti-las em profundidade com todas as áreas do mercado e finalmente propô-las às autoridades competentes. During its 35 years of unceasing efforts, the Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA) has efficiently fulfilled its mission of protecting the lawful interests of the market and listed companies. A detailed examination of each context and its outcomes – some tranquil, others turbulent – ensures early identification of potential problems, with time to study solutions and discuss them in depth with all market areas, finally presenting them to the competent authorities. In the course of its history, ABRASCA has always been Ao longo de sua história a Abrasca sempre se caraca pro-active organization that does not merely react to events. terizou por ser uma organização pró-ativa, que não se limita The seminars that it organizes to discuss issues affecting or a reagir aos acontecimentos. Os seminários que promove that may impact the market clearly reflect this approach. para o debate de questões que The many challenges that lie afetam ou podem afetar o merahead include maintaining this Ao longo de sua história a Abrasca cado são claros exemplos desta pro-active stance as one of the sempre se caracterizou por ser uma postura. Entre os muitos desafios main characteristics of this que temos pela frente, um deles Association. organização pró-ativa, que não se limita é o de manter a pró-atividade Underpinned by its a reagir aos acontecimentos. como uma das principais caracvocation for building up links terísticas da Abrasca. with other entities and In the course of its history, institutions, this characteristic Graças a esta característica, aliada à sua forte vocação para helped shape many of the tools Abrasca has always been that have endowed the Brazilian o entrosamento com as demais a pro-active organization that does not capitals market with today’s entidades e instituições, foram merely react to events. modern structure, forming on moldados muitos dos instrumentos que deram ao mercado the base on which it has grown. de capitais brasileiro a configuração moderna de hoje e a base The market value of the companies listed on the São sobre qual ele tanto tem crescido. Paulo Stock Exchange (BOVESPA) topped R$ 1.5 trillion in O valor de mercado das empresas listadas na Bolsa de December 2006, equivalent to around 70% of Brazil’s Gross Domestic Product (GDP) clearly reflecting the power of the Valores de São Paulo (Bovespa) superou R$ 1,5 trilhão em Brazilian market and its companies. These accomplishments dezembro de 2006, cifra que representa aproximadamente 70% do Produto Interno Bruto brasileiro, o que deixa are backed by the efforts of organizations such as ABRASCA, striving tirelessly to foster the growth and development of the claro o considerável porte do nosso mercado e de nossas empresas. Este resultado é parte do trabalho de organizações Brazilian capitals market for many years. como a Abrasca, que se empenharam, ao longo de todos These organizations urged the establishment of a structure esses anos, para o crescimento e desenvolvimento do that today benefits companies, investors and the Brazilian mercado de capitais brasileiro. economy as a whole. This militancy cannot ease up without risking the loss of ground that has already been hard-won. Elas militaram para a formação da estrutura que hoje After all, in a constantly changing world, it is vital to remain beneficia empresas, investidores e a própria economia do alert, ensuring that the market is equipped with tools, standards país. Trata-se de uma militância que não pode ser relaxada, and regulations that are tailored to each new need as it arises. sob pena de perda do terreno já conquistado. Afinal, num “ “ ” ” 17 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years EDITORIAL / Editorial mundo em constante mutação, é vital ficar alerta para que o mercado seja dotado de instrumentos, normas e regras adequados a cada nova necessidade. Sem isso, não conseguiremos manter o ritmo que nos trouxe até aqui. Portanto, uma das minhas missões à frente da Abrasca é dar continuidade ao trabalho de estimular, nas empresas que estão chegando ao mercado, este mesmo espírito militante que tanto nos entusiasma. Este espírito está presente em uma das frentes de trabalho deste momento, para a qual a Abrasca está procurando mobilizar forças dos diversos segmentos do mercado: a do combate ao vazamento de informações das companhias abertas. Otherwise, we would not be able to keep up the pace that has carried us along so far. Thus, one of my missions in heading up ABRASCA is to continue its efforts to encourage this same militant spirit that inspires us among companies that are arriving on the market. This spirit is well to the fore on one of the current workfronts where ABRASCA is mobilizing the forces of various market segments in order to stanch information leaks from listed companies. Investors of all types and sizes conduct transactions on the Brazilian Stock Exchange today, confident of the credibility of the mechanisms that regulate trading in stocks and guided by the basic principle of equal information available to all participants. Os investidores de todos os portes e tipos estão hoje na nossa Bolsa de Valores pela credibilidade dos mecanismos que Um principio fundamental que regem os negócios com ações, norteia muitas das atividades da Abrasca norteados pelo princípio básico de igualdade de informações para é o reconhecimento de que a informação todos os que deles participam. é o bem mais precioso do mercado e que, “ Leaks undermine this credibility, and may even scare investors away from the market if not properly checked. This shows the importance of defining practices that plug loopholes through which privileged information may slip, benefiting a small group of people to the detriment of others. A broader-ranging code of conduct must be drawn up urgently, extending beyond current requirements. This is tagged as high priority for ABRASCA. Vazamentos afetam esta exatamente por esta razão, tem de ser credibilidade e se não forem acessível a todos, igualmente. eficientemente coibidos podem terminar por afastar inA key factor guiding many vestidores do mercado. Daí a importância de se definir práof the activities performed by ABRASCA ticas que bloqueiem brechas is the acknowledgement that information pelas quais eventualmente is the most precious of all market assets possam escapar informações que previlegiem um pequeno and must thus be accessible In this battle, we are grupo de pessoas em relação inspired by the principles of to all on equal bases. aos demais. Um conjunto de corporate governance, including condutas, mais amplo do que transparency and equity, in o existente atualmente, precisa ser montado com urgência. addition to rendering accounts and corporate responsibility. Esta é uma das prioridades da Abrasca. These are the principles endowing the market with the solid foundations needed for sustained growth, attracting steadily Temos a nos inspirar nesta batalha os princípios da increasing inflows of savings from investors and thus constituting governança corporativa, entre os quais figuram a transa regular force of funds for companies to invest in their parência e a equidade, além da prestação de contas e da expansion. responsabilidade corporativa, como princípios que dão ao mercado solidez para crescer de forma sustentada, atraindo ABRASCA does its utmost to encourage companies to cada vez mais poupança dos investidores e gerando assim remain focused on these principles. One of its initiatives in this direction is the Sector Highlight Prize, awarded to the para as empresas uma fonte consistente de recursos para best Annual Reports issued by listed companies. This prize seus investimentos e expansão. was introduced by ABRASCA as it feels that these Annual A Abrasca tem atuado para estimular as empresas a Reports may well be the most efficient and complete corporate manterem o foco nestes princípios. Uma das suas iniinformation channels for underpinning relationships with ciativas nesta direção é o prêmio que confere aos melhores investors and other market players. Relatórios Anuais das companhias abertas. A Abrasca Today, the Annual Reports produced by Brazilian criou o prêmio por entender que o Relatório Anual pode corporations reach the same high standards as those drawn up ser o mais eficiente e completo canal de informações de “ ” ” 18 uma empresa no seu relacionamento com investidores e demais integrantes do mercado. Hoje, companhias brasileiras produzem relatórios à altura dos que são elaborados por empresas dos países desenvolvidos. A Abrasca orgulha-se do papel fundamental que teve na valorização do Relatório Anual e do fato de o prêmio que ela concede ter se consolidado como chancela de qualidade. Outra ferramenta de análise de iniciativa da Abrasca é o Anuário Estatístico das Companhias Abertas, que reúne dados indispensáveis à compreensão do expressivo papel destas companhias na economia brasileira. Um principio fundamental que norteia muitas das atividades da Abrasca é o reconhecimento de que a informação é o bem mais precioso do mercado e que, exatamente por esta razão, tem de ser acessível a todos, igualmente. Assim, a Abrasca se compromete a seguir valorizando este importante princípio, com o intuito de representar da melhor forma possível o universo brasileiro das companhias abertas. by companies in the more developed countries. Proud of its leading role in upgrading these Annual Reports, ABRASCA also appreciates the fact that its Prize is now acknowledged as a quality seal. Another analysis tool provided ABRASCA is the Annual Year Book of Listed Companies, which gathers together the date needed for a full understanding of the important role played by these enterprises in the Brazilian economy. A key factor guiding many of the activities performed by ABRASCA is the acknowledgement that information is the most precious of all market assets and must thus be accessible to all on equal bases. Consequently, ABRASCA is firmly committed to enhancing the value of this crucial principle, in order to represent the universe of Brazilian listed companies as accurately as possible. Perfil do novo presidente Profile – New Chairman Antonio D.C. Castro “Para mim é um privilégio assumir a presidência da Abrasca, pela rica história desta entidade e por seu papel determinante na estruturação e aperfeiçoamento do mercado de capitais brasileiro.” Declarou Antonio Duarte Carvalho de Castro ao assumiu o cargo no dia 26 de abril em substituição a Alfried Plöger, que dirigiu a entidade nos últimos 10 anos. Ele foi eleito para o Conselho Diretor da Abrasca em 2001, por indicação da Souza Cruz S.A., onde ingressou em 1980 e permaneceu por mais de 25 anos, ao longo dos quais exerceu várias funções executivas nas áreas administrativa e financeira, tendo sido responsável por Relações com Investidores. Desde abril de 2003, ocupava a vice-presidência da Abrasca. Antonio Castro é formado em Ciências Econômicas pela UFRJ e pós-graduado em Economia e Administração pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Iniciou sua carreira profissional em 1973 como Analista de Projetos do Grupo Brascan. “It is a privilege for me to take office as Chairman of ABRASCA, as I am proud of the impressive track-record built up by this entity and its important role in structuring and fine-tuning Brazil’s capitals market,” said Antônio Duarte Carvalho de Castro on April 26, replacing Alfried Plöger, who directed this Association for the past ten years. He was elected to the ABRASCA Board in 2001 at the recommendation of Souza Cruz S.A., a company that he joined in 1980 and where he spent more than 25 years, holding many executive functions in the administrative and financial areas, including Investor Relations. Since 2003, he has been the Vice-President of ABRASCA. With a Degree in Economics from the Rio de Janeiro Federal University (UFRJ) and a Graduate Degree in Economics and Business Administration from the University of California, Los Angeles, he began his career in 1973 as a project analyst with the Brascan Group. 19 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years HISTÓRICO / Background Uma trajetória de participação ativa na construção do mercado de capitais Track-Record of Active Participation in building up the Capitals Market O cenário político e econômico que serviu como pano de fundo para o projeto de desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro também inspirou, no fim de 1971, o início das atividades da Abrasca como representante das companhias abertas, respondendo assim a uma demanda cada vez mais expressiva das empresas e dos investidores em ações. Naquele ambiente, o nascimento da Abrasca antecedeu outras importantes iniciativas institucionais do mercado, como a criação da Comissão de Valores Mobiliários, em 1976. Na verdade, esses foram os primeiros resultados das reformas promovidas no sistema financeiro nacional pela Lei de Mercado de Capitais (n.º 4.728, de 14 de junho de 1965), que começou a atrair um grande número de investidores em ações. Essa legislação assegurou acesso dos investidores a novos instrumentos para a aplicação do capital, buscando o desenvolvimento do mercado para estimular a poupança nacional. Em 1972, a organização do mercado avançou mais alguns passos com a edição das novas regras sobre os serviços dos auditores independentes. A regulamentação dos investimentos estrangeiros no mercado de capitais foi outro importante marco na década. Esse aperfeiçoamento viria a ser complementado ainda pela nova Lei das Sociedades por Ações, em 1976, e pela regulamentação das entidades de previdência privada, em 1977. PRA FRENTE BRASIL A Abrasca nasceu em um cenário francamente favorável às idéias de desenvolvimento econômico. A década de 1970 foi inaugurada ao ritmo de Pra Frente Brasil, de Miguel Gustavo, transformada em hino da vitória brasileira na Copa do México de 1970. As jogadas mágicas de Pelé, Tostão, Rivelino & cia. pareciam coroar a transformação do Brasil em potência industrial, num processo de crescimento econômico conhecido pelo nome, não menos mágico, de Milagre Brasileiro. 20 The political and economic context that forms the backdrop for the project establishing the Brazilian capitals market also prompted the start-up of the activities of ABRASCA in late 1971, representing its listed companies in response to increasingly stringent demands from corporations and investors. Within that setting, the appearance of ABRASCA preceded other important institutional market initiatives, such as the establishment of the Brazilian Securities Commission (CVM) in 1976. In fact, these were the initial outcomes of the restructuring of Brazil’s financial system under its Capitals Market Act (Law Nº 4,728 dated June 14, 1965), which began to attract large numbers of investors in shares. This Act provided investors with access to new capital investment tools, striving to develop the market in order to encourage savings. In 1972, the market structure moved steadily ahead with the enactment of new rules on independent auditing services. The regulation of foreign investments on the capitals market was another landmark in this decade. This finetuning process was also supplemented by the new Corporations Act (1976) and the regulation of private pension fund entities in 1977. BRAZIL MOVES AHEAD The Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA) was established during a time that strongly favored economic development concepts. The 1970s dawned to the lively beat of Pra Frente Brasil, adopted as Brazil’s victory chant for the 1970 World Soccer Cup in Mexico. The magic footwork of Pelé, Tostão, Rivelino and their team-mates seemed to crown Brazil’s arrival as an industrial power, through an upsurge in industrial growth identified by the no-less magical name of the Brazilian Miracle. However, all this prosperity began two decades earlier: During the Juscelino Kubitschek Administration (1956-1961), Tudo, porém, começou duas décadas antes: durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-61), o Brasil começava a consolidar o processo de substituição de importações e iniciava o desenvolvimento de uma indústria de bens de consumo duráveis (eletrodomésticos e automóveis) e de bens de capital (máquinas industriais). Durante os anos 1960/70, o governo brasileiro desenvolveu grande esforço legislativo para criar um mercado de capitais, entendendo claramente que sem a mobilização da poupança e o estímulo aos investimentos de médio e longo prazos dificilmente poderia acelerar seu desenvolvimento econômico. Em 1964, o presidente Castelo Branco institui o Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG). Este plano desenhou a estrutura do mercado de capitais no Brasil dotando as instituições financeiras, como as bolsas de valores, de autonomia em relação ao governo e reorganizou o setor bancário com a criação do Banco Central. Em 1965, os professores Octavio Bulhões e Roberto Campos, ministros do presidente Castelo Branco, criaram a Lei do Mercado de Capitais. Foi também desta época o Paulo Setubal participa de evento internacional, realizado no Brasil, resultante de parceira entre a Abrasca e a E.M.Foundation, promotora do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Brazil began to consolidate its import substitution process, underpinning the development of its durable consumer goods (household appliances and automobiles) and capital goods (industrial machinery) segments. During the 1960s and 1970s, the Brazilian Government expended much legislative effort to establish a capitals market, well aware that it would not be able to speed up the nation’s economic development without widespread savings and ample encouragement for medium and long-term investments. In 1964, President Castelo Branco launched the Government Economic Action Plan (PAEG) that consolidated Brazil’s capitals market structure, endowing financial institutions such as Stock Exchanges with independence from the Government, while reorganizing the banking sector through setting up the Brazilian Central Bank. In 1965, Professors Octavio Bulhões and Roberto Campos – who were Ministers in the Castelo Branco Administration – drew up the Capitals Market Act. Additionally, Decree- Law Nº 157 dates back to this period, allowing individuals to allocate part of their income tax to Paulo Setubal at the international event held in Brazil under a partnership between ABRASCA and the World Economic Foundation that organizes the World Economic Forum at Davos, Switzerland. 21 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years HISTÓRICO / Background Decreto-Lei 157, que permitiu que pessoas físicas usassem parte do imposto de renda a pagar na aquisição de quotas de fundos de investimento em ações, especialmente criados para receber esses recursos. Surgiram bancos de investimento com a função de atuar no desenvolvimento do mercado de capitais. Mais tarde, em 1976, no governo Geisel, Mário Henrique Simonsen deu um passo importante ao reformar a arcaica legislação sobre sociedades anônimas, que, simultaneamente, criava a Comissão de Valores Mobiliários como órgão regulador. purchasing quotas in investment funds specializing in shares, set up specifically to absorb these funds. Investment banks were also established, spurring the development of the capitals market even more. In 1976, during the Geisel Administration, Mário Henrique Simonsen took a major step forward by restructuring the outdated Corporations Act, which simultaneously established the Brazilian Securities Commission (CVM) as its Regulator. A CVM, como autarquia independente, deu ao mercado a atenção prioritária que ele requeria, assumindo funções que até então foram exercidas parcialmente pelo Banco Central. As an autonomous government entity, the CVM gave the market the detailed attention that it required, taking over functions that had been performed partially by the Central Bank. When restructuring the CVM, the participation of ABRASCA was crucial. It played a not dissimilar role in 1978, Encontro que reuniu o então presidente da CVM, Francisco da Costa e Silva, Roberto Faldini, Eduardo Lucano, Alfried Plöger e Luiz Fernando Furlan Gathered together at a meeting, the then Chairman of the CVM, Francisco da Costa e Silva, Roberto Faldini, Eduardo Lucano, Alfried Plöger and Luiz Fernando Furlan Na estruturação da CVM, a participação da Abrasca foi fundamental, bem como em 1978, quando a entidade apoiou a criação do Comitê de Divulgação do Mercado de Capitais (Codimec), organização destinada a atuar como divulgadora e promotora do mercado. supporting the establishment of the Capitals Market Publicity Committee (CODIMEC), which was set up to publicize and promote the market. HEART OF THE DISCUSSION NO CENTRO DOS DEBATES Em meio aos altos e baixos do cenário econômico e da política nacional, ao longo de seus 35 anos de vida institucional a Abrasca tem participado e, muitas vezes, liderado, todas as 22 Having weathered many economic and political peaks and troughs during the course of its 35 years of institutional life, ABRASCA has been engaged in - and often headed up all the major struggles to develop the capitals market and listed companies in Brazil. lutas relevantes pelo desenvolvimento do mercado de capitais e das companhias abertas no Brasil. Em setembro de 1977, enquanto ainda engatinhava a recémcriada CVM, o ambiente do mercado e da economia era fértil em discussões. Entre os temas que empolgavam a agenda da Abrasca estava o debate sobre como se daria o full disclosure, ou seja, como conciliar a divulgação de informações relevantes com o necessário sigilo do negócio, fixando adequadamente os limites da proteção dos investidores; qual o papel reservado aos conselhos de administração, entre outros. Foi nesse período que ficou registrado o “caso” Vale do Rio Doce, a primeira intimação da CVM a uma empresa, assim como a luta por uma política tributária compatível com o desenvolvimento do mercado. Roberto Faldini, Gilberto Tamm Barcellos e Victorio Cabral, três ex-presidentes da Abrasca reunidos na solenidade que comemorou os 30 anos da entidade In September 1977, when the newly-established Brazilian Securities Commission (CVM) was still finding its feet, lively discussions stirred up the market context and the economy. Outstanding among the issues listed on the ABRASCA agenda were discussions over how to ensure full disclosure, meaning how to reconcile the disclosure of important information with the necessary business secrecy, establishing proper protection limits for investors, as well as the roles assigned to company Boards, among others. It was at this time that the Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) episode occurred, which was the first time that the Brazilian Securities Commission (CVM) notified a businessman, in parallel to the struggle for a taxation policy compatible with market development. Three former Chairmen of Abrasca - Roberto Faldini, Gilberto Tamm Barcellos and Victorio Cabral - gathered together at the ceremony commemorating its thirtieth anniversary Em 1978, a Abrasca conduziu, ao lado da CVM, um grande trabalho para estipular regras sobre negociação de ações por administradores das companhias emissoras. No ano seguinte, a entidade foi uma das maiores incentivadoras da criação do Comitê de Divulgação do Mercado de Capitais (Codimec), que, durante mais de uma década, congregou representantes de diversas áreas do setor e contribuiu decisivamente para o crescimento das bolsas. In 1978, ABRASCA and CVM worked closely together on a major project establishing the rules on stock trading by the officers of issuer companies. The following year, this entity was one of the driving forces behind the establishment of the Capitals Market Publicity Committee (CODIMEC), which gathered together representatives of many different areas in this sector for more than a decade, contributing decisively to the growth of Brazil’s stock exchanges. Também merece registro o empenho da Abrasca para adoção do sistema de ações escriturais pelas companhias e a instituição da custódia escritural no mercado de valores Also noteworthy are the efforts of ABRASCA urging the adoption of a book-entry share system by companies, and the establishment of a book-entry custody institution for stock 23 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years HISTÓRICO / Background mobiliários, o que significou um avanço expressivo no processo de negociação com ações. Essas duas medidas trouxeram mais segurança aos investidores, uma vez que a guarda das ações passou a ser feita por instituições especializadas. exchanges, which triggered significant progress in trading procedures. These two measures offered investors greater security, as shares are held in safekeeping by stock exchanges and financial institutions. PRIVATIZAÇÃO PRIVATIZATION Ainda em 1979, quando a venda de estatais era um assunto citado de maneira bissexta, a entidade discutiu com o então BNDE a necessidade de que o governo se desfizesse de algumas de suas controladas. A privatização – compreendia a Abrasca já naquela época – deveria ser feita sob rígidos critérios e de forma ordenada, de modo a atrair investidores para o Brasil. Back in 1979, when selling off State-run enterprises was rarely mentioned, this Association was already engaged in discussions with the National Economic Development Bank (BNDE) on the need for the Government to divest some of its holdings. Even back then, ABRASCA was already well aware that privatization processes must be conducted in an orderly manner under firm criteria, in order to attract investors to Brazil. Na década de 1980, a entidade possui mais de 200 associados. O período foi marcado pela realização do III Congresso Brasileiro das Companhias Abertas, ocorrido no Rio de Janeiro entre 16 e 18 de setembro de 1981, no Hotel Intercontinental, e cuja abertura foi realizada pelo, então, presidente João Batista Figueiredo, com um discurso enfatizando a importância do mercado de ações. By the 1980s, this Association had more than 200 members. A landmark event at this time was the III Brazilian Listed Companies Congress, held at the Hotel Intercontinental in Rio de Janeiro on September 16 - 18, 1981. The opening speech was given by President João Batista Figueiredo, stressing the importance of the stock market. No início de 1981, preocupada com a escassez de informação, na língua portuguesa, sobre economia de mercado, a Abrasca encomendou uma ampla pesquisa sobre o tema, da qual resultou o livro Economia de Mercado: Fundamentos, Falácias e Valores, de autoria dos professores José Paschoal Rossetti, Cláudio Roberto Contador, Maria José Villaça e Renata Miceli Zondine. Além disso, sua atuação editorial gerou o livro Manual de Abertura das Companhias, coordenado pelo professor Ari Cordeiro Filho. In early 1981, the shortage of information on the market economy available in Portuguese prompted ABRASCA to commission a broad-ranging survey on this topic, resulting in a handbook on the market economy entitled: Economia de Mercado: Fundamentos, Falácias e Valores, written by Professors José Paschoal Rossetti, Cláudio Roberto Contador, Maria José Villaça and Renata Miceli Zondine. Its publishing unit also produced a handbook on going public (Manual de Abertura das Companhias) coordinated by Professor Ari Cordeiro Filho. Luiz Fernando Furlan, presidia a Abrasca no início da década de 1990, quando quase foi agredido ao ir participar de um leilão de privatização na Bolsa do Rio Chairing Abrasca in the early 1990s, Luiz Fernando Furlan was almost attacked on his way to attend a privatization auction on the Rio de Janeiro Stock Exchange 24 PAPEL DE ORIENTADOR GUIDING ROLE Um dos principais papéis da Abrasca foi o de orientação às companhias durante os diversos planos de estabilização da economia lançados entre 1986 e 1994. Promoveu os seminários sobre correção integral realizados em cinco capitais brasileiras, com a presença de mais de 1.500 participantes. No Plano Collor, por exemplo, um momento de complexas modificações na economia, a Abrasca se esforçou para esclarecer às suas associadas as principais mudanças, como nas regras para pagamento de dividendos, emissões de certificados e apresentação das demonstrações financeiras. O mesmo ocorreu no Plano Real, quando a instituição não só orientou suas associadas sobre as mudanças como também demonstrou irrestrito apoio ao combate à inflação. One of the main roles played by ABRASCA was to steer companies through the series of economic stabilization plans launched between 1986 and 1994. It organized seminars on full monetary restatement in five State Capitals, attended by more than 1,500 participants. When the Collor Plan ushered in a wave of complex economic modifications, ABRASCA did its utmost to explain the most important changes to its members, including rules on payments and dividends, issuing certificates and drawing up financial statements. It followed the same approach during the Real Economic Stabilization Plan, advising its members on how to handle these changes while demonstrating full support for curbing inflation. Em 1990, foi aceita pelo Congresso Nacional a reivindicação da Abrasca para reduzir substancialmente o IOF especial criado pelo Plano Collor para as ações, com a utilização do índice de bolsa como indexador. No mesmo ano, após uma solicitação da Abrasca, as companhias ganharam mais 60 dias para entregar o Imposto de Renda. A conquista foi importante na história da Abrasca e das companhias, até porque as mudanças que afetaram a economia brasileira naquele ano criaram a necessidade particular de que as empresas tivessem um prazo maior para preparar suas declarações. Em 1991, a Abrasca dedicou-se ao trabalho relacionado aos commercial papers: a flexibilização das regras para emissão dos títulos. No mesmo ano, colocou em discussão a questão da emissão de ações ordinárias e preferenciais. E, em mais uma ação voltada para o desenvolvimento das bolsas, a Abrasca apoiou a criação do mercado de acesso. No ano seguinte, foi também devido ao pleito da Abrasca que a CVM reduziu as taxas de registro para a emissão de commercial papers. Ainda em 1992, a Associação entregou ao BNDES um importante documento com sólidas argumentações a respeito da necessidade de uso do IGP/ FGV no lugar da TR como indexador dos contratos acordados com o banco. In 1990, the Brazilian Congress accepted the request submitted by ABRASCA to lower the special Financial Transactions Levy (IOF) imposed on shares by the Collor Plan, using the Stock Exchange Index. That same year, in response to a request from ABRASCA, the deadline for filing corporate tax returns was extended by sixty days. This was a landmark accomplishment in the history of ABRASCA and Brazilian corporations, because the changes sweeping through the Brazilian economy at that time meant that companies needed a longer lead-time to complete their tax declarations. In 1991, ABRASCA focused its efforts on Commercial Papers, urging more flexible issuing rules. In the course of the year, it presented for discussion the rules on issuing common and preferred shares, while also supporting the establishment of Brazil’s over-the-counter market, as yet another measure designed to underpin stock market development. The following year, the CVM responded to another ABRASCA request by lowering the registration fee for issues of commercial papers. Still in 1992, this Association handed over an important document to Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES), with solid arguments on the need to use the General Price Index issued by the Getulio Vargas Foundation (IGP / FGV) instead of the Reference Rate (TR) as the indexing unit for contracts agreed with the banks. LIVRE PACTUAÇÃO Em 1993, a entidade defendeu o princípio de mercado para definição dos direitos das ações através da livre pactuação entre investidores e emissores. Além disso, trabalhou pela adoção de critérios unicamente técnicos para a escolha dos diretores da CVM. Atuou também em defesa da instituição da custódia escritural no mercado de valores, que significou um grande avanço para todos os envolvidos nas negociações. Além de agilizar as operações, a FREE NEGOTIATION In 1993, the Association supported the market principle of defining share rights through free negotiations between investors and issuers. It also urged the adoption of solely technical criteria for selecting the CVM Directors, while encouraging the establishment of book-entry custody services on the stock market, which was a major step forward for all those engaged in these 25 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years HISTÓRICO / Background medida trouxe maior segurança aos investidores, uma vez que a guarda das ações passou a ser feita por instituições especializadas. discussions. In addition to streamlining transactions, this measure also offered greater security to investors, as shares are held in safe-keeping by stock exchanges and financial institutions. Ainda em 1993, merecem destaque as gestões da Abrasca junto ao Ministério da Fazenda para a extinção do IOF sobre estoque de ações, estipulado pelo Plano Collor I – a suspensão da cobrança se mostrou importante para estimular operações de fusão e aquisição – e seu firme posicionamento contra a adoção do IPMF. No ano seguinte, a Abrasca trabalhou em defesa da eliminação do Imposto de Renda na Fonte em cascata sobre dividendos, que havia sido criado pela MP 402. Em 1995, após um longo tempo de gestões junto à Receita Federal The highlights of 1993 included the activities of ABRASCA with the Treasury Ministry, aiming at the elimination of the FinancialTransactions Levy (IOF) on share inventories stipulated by the first Collor Plan, with the suspension of this charge proving a key factor for encouraging mergers and acquisitions. It also stood out strongly against the introduction of the Provisional Financial Movements Levy (IPMF). The following year, ABRASCA worked towards eliminating income tax withheld at source charged cumulatively on dividends, introduced by Alfried Plöger, ao lado do então presidente do Banco Central, Armínio Fraga, no 2º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais Alfried Plöger alongside the then Chairman of the Brazilian Central Bank Armínio Fraga, at the II National Capitals Market and Investor Relations Meeting. e de uma série de exposições fundamentadas, um antigo pleito da Abrasca é atendido: a remuneração sobre capital próprio passou a ser dedutível como despesa do Imposto de Renda. Em 1998, a Abrasca deu uma grande contribuição para fomentar o mercado de capitais ao encomendar à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe) um amplo estudo sobre os reais empecilhos para o desenvolvimento do mercado no Brasil. A história da Abrasca é caracterizada pela contínua defesa da redução dos custos para as companhias abertas. Várias de suas propostas integram o texto final da nova Lei das Sociedades 26 Provisional Measure 402. In 1995, after lengthy discussions with the Federal Revenue Bureau and a series of well-grounded presentations, a long-standing claim of ABRASCA was finally accepted: remuneration on company capital became a taxdeductible corporate expenditure. In 1998, ABRASCA made a great contribution to strengthening the capitals market by commissioning a broadranging study from the Economic Research Institute Foundation (FIPE) at the University of São Paulo, analyzing the real stumblingblocks hampering market development in Brazil. The history of ABRASCA is characterized by its tireless urging of lower costs for listed companies. In 2000, ABRASCA Anônimas. Em 2000, a Abrasca teve presença destacada na audiência pública feita pela Câmara dos Deputados para discutir as alterações na Lei das S/A. Como resultado, várias das propostas da Associação fizeram parte do texto final da nova lei. Entre 2000 e 2001, período marcado pela celeuma causada pela entrada em vigor do novo Sistema de Pagamentos Brasileiro, que sofreu vários adiamentos, a Abrasca realizou diversas reuniões para esclarecer as empresas como proceder diante das mudanças. played a leading role at the public hearing held by the Lower House to discuss alterations to this Law, with several of its suggestions included in the final wording of this Act. In 2000 and 2001, in the midst of the tumult prompted by the entry into effect of the new Brazilian Payment System, which was postponed several times, ABRASCA organized several meetings that taught companies how to handle these changes. MAJOR ISSUES AND FIRM STANCE GRANDES TEMAS E POSTURA FIRME Outro grande momento da Abrasca foi sua postura firme em relação à adequação das empresas à lei Sarbanes-Oxley. No fim de 2002, a CVM realizou uma reunião com companhias emissoras de ADRs e solicitou que a Abrasca coordenasse a elaboração de uma posição conjunta das companhias sobre o assunto. O trabalho realizado ao longo de 2003 foi compensador. A Securities and Exchange Commission (SEC) aceitou os pontos levantados pela CVM baseados no trabalho coordenado pela Abrasca. Another great moment for ABRASCA was its firm stance towards the corporate adaptations required by the SarbanesOxley Act. In late 2002, the CVM held a meeting with companies issuing ADRs, and requested ABRASCA to coordinate the preparation of the joint position of the companies on this matter. The work expended on this project during 2003 was well rewarded, as the Securities and Exchange Commission (SEC) in the USA accepted the points raised by the CVM, based on the efforts coordinated by ABRASCA. Ainda em 2003, a instituição participou ativamente da criação do Plano Diretor do Mercado de Capitais por entender que a proposta da Apimec significava um poderoso impulso aos negócios com ações em nosso país, beneficiando empresas, entidades, instituições, acionistas e a própria economia brasileira. Still in 2003, the Association played an active role in drawing up the Capitals Market Master Plan, confident that the proposals set forth by the Capitals Market Investment Professionals and Analysts Association (APIMEC) would serve as a powerful springboard for trading in Brazilian shares, benefiting companies, entities, institutions, shareholders and the entire Brazilian economy. Outra atuação que merece destaque é o acompanhamento constante de Projetos de Leis de interesse do mercado, principalmente os que tratam de aumento dos custos tributários das empresas. Um dos destaques deste acompanhamento tem sido o Projeto de Lei 3.741/2000, que altera a parte contábil da Lei das S.A. , principalmente o Artigo 177, que cria o Livro de Apuração do Lucro Contábil. Até hoje, a Abrasca continua atenta às discussões deste projeto de lei. Another noteworthy field of action is its constant monitoring of Draft Bills of interest to the market, particularly those dealing with increases in corporate taxes. An especially important project was monitoring Draft Bill Nº 3,741/2000, which altered the accounting portion of the Corporations Act, more specifically Article 177, which introduced the Accounting Profits Calculation Book. Still today, ABRASCA is closely attuned to discussions of this Draft Bill. Outro ponto que se tornou fundamental para o aperfeiçoamento do mercado de capitais foi o empenho da Abrasca, a partir de 2004, no apoio às propostas de implementação da Governança Corporativa nas empresas brasileiras, principalmente a partir da criação do Novo Mercado, pela Bovespa. Em 2005, para aprofundar as discussões em torno do assunto, a instituição criou um Grupo de Trabalho que passou a analisar a questão com outras entidades do mercado. As propostas reunidas por este grupo geraram a publicação Governança Corporativa: a visão das companhias abertas, de acordo com a realidade brasileira, lançada em um seminário realizado na PUC/RJ e distribuída para os associados e todas as entidades do mercado de capitais. Another key factor for upgrading the capitals market were the efforts of ABRASCA to support proposals for implementing Corporate Governance in Brazilian corporations from 2004 onwards, prompted by the establishment of the Novo Mercado on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). In 2005, eager to extend discussions of this matter in greater depth, the Association set up a Working Group to analyze this issue with other market entities. The proposals drawn up by this Group gave rise to a publication portraying the view of Corporate Governance held by listed companies (Governança Corporativa: a visão das companhias abertas) that reflects the real situation in Brazil. Launched at a seminar held at the Pontifical Catholic University (PUC) in Rio de Janeiro, it was distributed to members and all capitals market entities. 27 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years DEPOIMENTO ALFRIED PLÖGER / Statement Alfried Plöger Desafios dos últimos dez anos Challenges over the Past Ten Years Em 1997, quando Alfried Plöger assumiu pela primeira vez a presidência da Abrasca, teve logo de início uma grande surpresa: as entidades congêneres, representativas de outros segmentos do mercado de capitais, quase não se falavam. “Uma não entrava na casa da outra”, lembra Plöger dez anos depois, quando transfere o comando da Abrasca para o primeiro vice-presidente, Antonio Duarte Carvalho de Castro. In 1997, when Alfried Plöger took his seat for the first time as the Chairman of the Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA), he had a great surprise: peer entities representing other capitals market segments barely talked to each other. “They would not call on each other,” recalls Plöger ten years later, as he transfers command of ABRASCA to its First Vice-President, Antonio Duarte Carvalho de Castro. Na época, a primeira providência foi agendar visitas a todas aquelas entidades. “Sabíamos quais eram as convergências e as divergências e foi muito interessante porque o mercado foi surpreendido pela iniciativa do contato. Além disso, descobrimos que muitas daquelas divergências já estavam arquivadas havia tempos, então era preciso somar esforços, unir os pontos positivos para conseguir maior força em defesa de nossas reivindicações junto aos órgãos públicos”, comenta Plöger. At that time, his first step was to schedule visits to all these entities. “We were well aware of the points of agreement and disagreement, and this is very interesting, because the market was startled by this initiative to build up links. Moreover, we discovered that many of these disagreements had already been shelved long ago, so we had to work together and focus on the positive points in order to present our claims more forcefully to government entities,” comments Plöger. A iniciativa de quebrar as barreiras que separavam as entidades, observa Plöger, contribuiu, entre outros resultados, para a formação do Plano Diretor do Mercado de Capitais, idéia de Humberto Casagrande, então presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado (Apimec). “Hoje o Plano Diretor é integrado por mais de 90 entidades e é um importante fórum de debates dos principais pontos de interesse para o mercado. Ele consegue ter uma expressiva força aglutinadora sem que as entidades percam suas características próprias.” He notes that the initiative of breaking down the barriers separating these entities helped underpin the Capitals Market Master Plan, which was the brainchild of Humberto Casagrande, at that time chairing the Capitals Market Investment Professionals and Analysts Association (APIMEC). “This Master Plan today encompasses more than nineteen entities, constituting an important forum for discussing important aspects of interest to the market. It has developed into a powerful hub, without these entities losing their own characteristics.” GENTLEMEN’S AGREEMENT ACORDO DE CAVALHEIROS Outra experiência importante foi o debate para alterar a Lei nº 6.404, que resultou na Lei nº 10.303, de 2001, a nova Lei das Sociedades Anônimas, visando diversos aspectos societários. “Esse debate incluiu propostas de todos os tipos, inclusive algumas completamente loucas, mas foi muito importante porque tivemos a colaboração de um grande número de pessoas e de entidades”, lembra Plöger. Depois de uma longa e trabalhosa luta, ele avalia que o resultado foi “digerível para todos, não houve derrotados ou vitoriosos”. Um aspecto especialmente interessante foi o acordo de cavalheiros feito entre todos os que participaram da elaboração dessa proposta. “A matéria foi aprovada na Câmara e iria para o Senado e nós decidimos que nenhum de nós iria 28 Another important experience was the discussion over the alterations to Law Nº 6,404, which gave rise to Brazil’s new Companies Act (Law Nº 10,303) in 2001, encompassing several business aspects. “These discussions included all sorts of proposals, some of them quite crazy, but this was nevertheless very relevant as large numbers of people and entities cooperated with this drive,” recalls Plöger. After a long, tough struggle, he feels that the outcome was “acceptable to everyone, with no winners or losers.” A particularly interesting aspect was the gentlemen’s agreement reached among all those engaged in drawing up this draft bill. “The wording was approved by the Lower House, and was going to the Senate, so we decided that none of us would alter anything else, in order to avoid problems modificar mais nada para não atrapalhar e alongar ainda mais o assunto, e todos cumpriram.” Foi aí, realça Plöger, “que ficou visível o peso da Abrasca, sua capacidade de trabalhar pacientemente, como formiga, de Norte a Sul do país”. that would drag this matter out even longer, and everyone complied.” It was there, stresses Plöger, “that the clout of ABRASCA was quite apparent, its ability to work nationwide as patiently as an ant.” Ele destaca também um terceiro momento especial: a aceitação, pela Secretaria da Receita Federal, da proposta para manutenção dos juros sobre capital próprio, na verdade uma espécie de dedutibilidade do dividendo. A medida permitiu expressiva economia fiscal aos acionistas e às companhias. O instituto dos juros sobre capital próprio permite que a companhia pague menos imposto de renda, porque possibilita a dedução de parte do dividendo distribuído da base de cálculo do lucro líquido da sociedade, uma vez que esta parcela do dividendo é tratada como despesa. He also highlights a third special occasion: the acceptance by the Federal Revenue Bureau of the proposal to maintain payments of interest on company capital, which is in fact a type of dividend deductibility. This step resulted in significant fiscal savings for shareholders and companies. By opting to pay out interest on company capital, enterprises could lower their income tax, as this allowed part of the dividends distributed to be deducted from the net profit calculation basis of the company, with this portion of their dividends handled as expenditures. “Essa era uma reivindicação muito antiga do mercado, há tempos todos esperávamos que o dividendo tivesse o mesmo tratamento concedido ao juro”, diz Plöger. Como resultado dessa solicitação, o secretário Everardo Maciel pediu um levantamento ao Banco Central que confirmou aquilo que havíamos defendido, ou seja, que a medida seria um convite para que as empresas sediadas lá fora passassem a integralizar recursos no Brasil como capital próprio e não sob a forma de empréstimos. “Esse é um instrumento que ainda hoje prevalece junto às companhias abertas”, lembra o presidente. “This was a measure that the market had long been calling for, as everyone hoped that dividends would receive the same treatment as interest,” said Plöger. In response to this request, Secretary Everardo Maciel requested the Brazilian Central Bank to conduct a survey that confirmed this claim, as this measure would invite foreign companies to channel funds to Brazil as capital investments, rather than loans. “This is a tool that is still deployed today by listed companies,” he recalls. Among other highlights of this period, Plöger also stresses the adaptation of Brazilian companies to the rules of the Sarbanes-Oxley Entre os pontos altos desse Act in the USA. “The real situation período, Plöger enfatiza ainda a in Brazil was quite different - as adaptação das companhias this new Law was fully applicable Alfried Plöger presidiu a Abrasca nos últimos 10 anos brasileiras às regras da lei Sarbanes- Alfried Plöger chaired ABRASCA for the past ten years to Brazilian companies trading in Oxley, dos Estados Unidos. “A ADRs and other papers outside realidade brasileira era outra e, como a nova legislação atingia Brazil, tricky situations arose that required immediate solutions. em cheio as empresas brasileiras que negociavam ADRs e The coordination of this project was delegated to the Brazilian outros papéis lá fora, foram criadas situações difíceis que Association of Listed Companies (ABRASCA) by the Brazilian exigiam soluções rápidas. A CVM delegou à Abrasca a Securities Commission (CVM), which also built up closer coordenação desse projeto e isso nos aproximou também de links with consultants and law firms. Working flat out, we consultorias e escritórios de advocacia. Trabalhamos em tempo completed the job in record time, with only three meetings recorde, tivemos apenas três encontros com a CVM antes de with the CVM before delivering the final document in English entregar o documento final, em inglês e português”, conta and Portuguese,” recalls Plöger. Presented on the CVM Plöger. O documento, transcrito em papel timbrado da CVM, letterhead, the document was forwarded to the Securities and foi encaminhado à Securities Exchange Comission (SEC) e Exchange Commission (SEC) in the USA, with most of its grande parte das reivindicações foram aceitas. A CVM foi requests accepted. The CVM was mentioned four times. mencionada quatro vezes. “Esse foi um trabalho que resultou “This successful project built up a feeling of togetherness and em êxito, união e novos contatos com o mercado que developed new contacts with the market that still remain in permanecem até hoje”, comenta Plöger. place today,” comments Plöger. 29 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years DEPOIMENTO ALFRIED PLÖGER / Statement Alfried Plöger UMA NOVA ETAPA A NEW STAGE In terms of his successors, Plöger feels that this process Em relação à sua sucessão, Plöger considera esse processo is yet another success for ABRASCA. “Some eight years ago um outro sucesso da Abrasca. “Há cerca de oito anos definimos we decided that this Association would have a First Vice que a Abrasca teria um primeiro vice-presidente, que seria President, who would always succeed its President. My initial sempre o sucessor do presidente. Meus primeiros vices nunca First Vice Presidents were never able to take the Chair, due to puderam vingar como presidentes, por motivos pessoais ou personal or professional reasons, profissionais diversos, e o and the first of them to remain primeiro a ficar com esse Afinal, você mede o valor de uma in office was Antonio Duarte mandato foi o Antonio Duarte presidência pela sucessão que ela consegue Carvalho de Castro. This makes Carvalho de Castro, o que me me extremely happy, because he deixou muito feliz porque ele é fazer, ou seja, quanto melhor a sucessão, is competent and very familiar competente e conhece muito maior a garantia de continuidade with the market.” Thus, his bem o mercado.” Desse modo, e de qualidade do trabalho. administration of ABRASCA sua gestão à frente da Abrasca could not end on a better note, não poderia terminar de maneira After all, you measure the value believes Plöger: “After all, you mais adequada, acredita Plöger: measure the value of a Chairman “Afinal, você mede o valor de of a Chairman by his successor: by his successor: the better the uma presidência pela sucessão the better the successor, successor, the greater the guarantee que ela consegue fazer, ou seja, the greater the guarantee of of continuity and good quality quanto melhor a sucessão, maior work.” a garantia de continuidade e de continuity and good quality work. qualidade do trabalho.” In the view of Plöger, the next few years will continue to present many challenges for Na avaliação de Plöger, os próximos anos continuarão ABRASCA and listed companies in Brazil. They include the trazendo muitos desafios para a Abrasca e para as companhias demutualization of Brazilian Stock Exchanges: “This step will abertas. Entre eles, a desmutualização das bolsas brasileiras: have sweeping consequences, ushering in an important concept “isso vai ter conseqüências importantes, estabelecendo um novo and paving the way for joint ventures with stock exchanges conceito e abrindo portas para joint ventures com bolsas do elsewhere in the world. Finally, Brazil’s capitals market is exterior, enfim, o mercado de capitais brasileiro entra em uma moving into a new era.” nova era.” “ “ ” ” Professor Lélio Laurett e Alfried Plöger na entrega do Prêmio Abrasca de Melhor Relatório Anual, que estimula a transparência nas informações das empresas 30 Professor Lélio Laurett and Alfried Plöger at the award of the ABRASCA Prize for the best Annual Report, encouraging transparency in corporate information. Abrasca 35 anos Abrasca 35 years RELATO EDUARDO LUCANO / Report Eduardo Lucano Abrasca 2007: renovada e atuante Abrasca 2007: Revitalized and Active Ao longo dos últimos 35 anos o mercado de capitais brasileiro mudou significativamente. E a Abrasca acompanhou de perto esta evolução. As discussões de novos conceitos, práticas e ferramentas exigem hoje versatilidade e flexibilidade na representação institucional das companhias, observa o superintendente geral da entidade, Eduardo Lucano da Ponte, profissional que há 20 anos responde pela parte operacional da instituição. During the past 35 years, Brazil’s capitals market has changed significantly - and the Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA) has kept pace with its progress. “Discussions of new concepts, practices and tools today require versatility and flexibility, in order to represent companies adequately at the institutional level,” notes the General Superintendent of this Association, Eduardo Lucano da Ponte, who has handled the operational side of this organization for the past twenty years. Nesse sentido, o trabalho da Abrasca tem dado prioridade a uma estrutura leve e enxuta, capaz de ser ágil para responder às demandas que caracterizam este processo de evolução do mercado. “A meta é consolidar a opinião das companhias abertas sobre os diversos temas de interesse do setor e sustentar esse ponto de vista perante nossos interlocutores. Procuramos também manter um canal aberto para troca de idéias com as entidades que representam outros segmentos do mercado”, afirma Lucano. Consequently, the efforts of ABRASCA have assigned high priority to a trim structure that is light and nimble enough to respond to the demands imposed by the market development process. “The target is to firm up the opinions of listed companies on a wide variety of issues of interest to this sector, and present these viewpoints to our interlocutors. We also strive to keep an open channel of communication for exchanging ideas with entities representing other market segments,” he affirms. INICIATIVAS INITIATIVES Além de apoiar e participar de reivindicações e propostas In addition to supporting and participating in claims de outras entidades sempre que o tema interessa às and proposals presented by other entities on topics that affect companhias abertas, a Abrasca listed companies, ABRASCA tem promovido uma série de has also organized a series of its Procuramos também manter iniciativas próprias. Eduardo own initiatives. As an example, um canal aberto para troca de idéias Lucano cita como exemplo a Eduardo Lucano mentioned the com as entidades que representam questão dos programas de issue of registration programs for registro de ofertas, assunto que stock offerings, a matter that will outros segmentos do mercado. será colocado em discussão por be put up for discussion through meio de um ciclo de seminários a cycle of seminars during 2007. We also strive to keep an open ao longo de 2007. “This is an important step channel of communication for exchanging “Esse é um ponto imporfor simplifying the registration ideas with entities representing tante para simplificar o processo process, which is why we will other market segments. de registro e para isso vamos suggest that special programs be sugerir a criação de programas introduced. These specific especiais. Serão mecanismos específicos desenhados conforme mechanisms will be tailored to issuer profiles, and to investor o perfil do emissor e também de acordo com o perfil do profiles as well,” he explained. investidor”, explica. Among the items listed on the current ABRASCA agenda, Entre os destaques da atual agenda da Abrasca, Lucano Lucano highlighted the alignment of Brazilian accounting rules cita a questão da convergência das normas contábeis ao with global standards. A member of the Accounting padrão global. A Abrasca é membro do Comitê de Pronouncement Committee, ABRASCA feels that Congressional Pronunciamentos Contábeis (CPC) e considera essencial approval is crucial during 2007 of Draft Bill Nº 3.741/00, which que, em 2007, seja aprovado pelo Congresso o Projeto de alters the accounting portions of Brazil’s Corporations Act. Lei nº. 3.741/00, que altera a parte contábil da Lei das Through its suggested new wording for this Article, ABRASCA “ “ 32 ” ” Sociedades Anônimas. A Abrasca sugeriu nova redação para o artigo, de modo a afastar o risco de aumento de custos tributários, para torná-lo mais seguro. Ele também enfatiza a elaboração do Manual de Controle e Divulgação de Informações Relevantes, além de outras medidas de caráter educacional para evitar vazamento de informações. Estão em pauta também os seguintes assuntos: Discussão da adequação de normas e procedimentos para companhias com controle difuso ou pulverizado; Realização de pesquisa para avaliar os resultados do rodízio de auditorias; Criação de um Grupo de Trabalho com a participação de Anbid, Andima e Bovespa para discutir um modelo de debênture simplificada e ampliar a liquidez do mercado secundário. A Associação vem propondo há algum tempo medidas para reduzir o custo das empresas na publicação de fato relevante. Segundo Eduardo Lucano, a Abrasca considera necessário esclarecer se, no entendimento da CVM, a publicação de fato relevante no BDI da Bovespa, e portanto, em jornal diário de grande circulação em São Paulo, atende plenamente à norma relativa à obrigatoriedade prevista na Instrução CVM n.º 358/2002, desde que o jornal, aprovado e divulgado em ata de Assembléia Geral Ordinária da empresa, seja aquele no qual é reproduzido o BDI. “Estamos aguardando o parecer da CVM à consulta enviada em agosto do ano passado”, acentuou. intends to block the risk of any increase in tax outlays through to make it safer. He also stressed the preparation of the Relevant Information Disclosure and Control Handbook, in addition to other educational measures designed to plug information leaks. The following issues are also listed for attention: discussion of adapting rules and procedures for companies with diffuse or fragmented control; conducting a survey to assess the findings of Brazil’s mandatory auditor switching system; establishing a Working Group that includes the National Investment Banks Association (ANBID), the National Association of Financial Market Institutions (ANDIMA) and the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) in order to discuss a simplified debentures model, enhancing the liquidity of the secondary market. For quite some time, the Association has been proposing measures that will lower corporate costs when publishing Relevant Facts. According to Eduardo Lucano, ABRASCA feels that, in the view of the Brazilian Securities Commission (CVM), the publication of a relevant fact in the Daily Information Bulletin (BDI) published by BOVESPA, and consequently in a largecirculation newspaper in São Paulo, complies fully with the rule on mandatory disclosure set forth in Instruction Nº 358 issued by the CVM in 2002, provided that the newspaper announcement is the same as that published in this Bulletin, as approved and disclosed in the Minutes of an Annual General Meeting. ¨We are awaiting the Expert Opinion of the CVM in reply to a consultation submitted in August last year,” he said. A Abrasca está atuando também para que seja feita a correção de rumos do Projeto de Lei nº.119/05, que Additionally, ABRASCA is striving Lucano, superintendente geral da Abrasca obriga as companhias emissoras a Eduardo to alter the course of Draft Bill Nº 119/ Eduardo Lucano, ABRASCA General Manager transferir para o Tesouro Nacional a 05, which forces issuer companies to propriedade das ações não-reclamadas e a recolher os ditransfer ownership of unclaimed shares to the National Treasury, videndos a que fizerem jus mediante Darf. “No entendimento paying out the related dividends through a DARF deposit slip. “In da Abrasca, a proposta atenta contra o direito constitucional the view of ABRASCA, this proposal breaches Constitutional à propriedade e é estatizante”, diz o superintendente da rights to ownership and extends the power of the State,” says the entidade. Superintendent of his entity. Outros pontos relevantes nessa agenda são: o trabalho para reforçar a argumentação da entidade sobre a questão do PIS/Cofins sobre juros do capital próprio; a atuação conjunta com a CNI em relação a um sistema de defesa da concorrência que seja ágil e técnico; e a elaboração, pelo Grupo de Trabalho, de proposta de substitutivo ao Projeto de Lei nº. 2.426/03, em tramitação na Câmara dos Deputados, que visa disciplinar o procedimento de declaração judicial de desconsideração da personalidade jurídica. Além disso, a Abrasca está preparando o lançamento do Prêmio Criação de Valor para os Acionistas. Other important points of interest on this agenda are: efforts to buttress the argument set forth by this entity on the issue of charging the Social Integration Program (PIS) and the Social Security Financing (COFINS) levies on interest paid out on corporate capital; joint efforts with the National Confederation of Industries (CNI) on an agile and technically solid anti-trust system; and the drafting by a Working Group of a proposal replacing Draft Bill Nº 2,426/03, being heard by the Lower House, in order to regulate the procedure for issuing legal declarations of disregard for corporate status. Moreover, ABRASCA is preparing to launch its first Shareholder Value Creation Prize. 33 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years Os próximos passos The Next Steps Empresários e dirigentes das principais entidades que formam o mercado de capitais brasileiro manifestaram opiniões sobre os passos da Abrasca nas próximas décadas. A maioria das sugestões aponta que a instituição deve focar seus esforços para fomentar, juntos às empresas, as boas práticas de governança corporativa e a transparência nas informações. Destacam também a importância da entidade no fortalecimento da cultura do mercando junto às empresas que abrem o capital e começam a vivenciar a experiência de ser uma companhia aberta. Seguem abaixo os depoimentos: Business leaders and the heads of the main entities constituting Brazil’s capitals market express their opinions on the steps to be taken by ABRASCA over the next few decades. Most of these suggestions stress that this Association must focus its efforts on encouraging good corporate governance practices, with transparent information. They also underscore the importance of buttressing a market culture among enterprises going public, guiding their first steps as listed companies. These comments are presented below. GILBERTO TAMM BARCELLOS CORRÊA, presidente da Abrasca de 1973 a 1974 GILBERTO TAMM BARCELLOS CORRÊA, Former Chairman of ABRASCA (1973 – 1974) “Em minha opinião, a atual direção da Abrasca tem sabido responder à altura os desafios enfrentados pelas companhias e pelo mercado, contribuindo para a solução dos problemas de forma satisfatória. A sugestão que posso apresentar para a trajetória da entidade ao longo dos próximos anos é a de que seja dada continuidade à orientação atual.” “In my opinion, the current ABRASCA Directors have known how to respond appropriately to the challenges facing companies and the market, helping find satisfactory solutions. My suggestion for the course to be followed by this Association over the next few years is that it should continue to forge ahead along its current path”. VICTORIO BHERING CABRAL, conselheiro e presidente da Abrasca nos períodos 1978/1980 e 1980/1982 VICTORIO BHERING CABRAL, Board Member and Former Chairman of ABRASCA (1978 - 1980 and 1980 – 1982) “O maior desafio da Abrasca daqui para frente, no meu entendimento, é participar ativamente do aperfeiçoamento dos instrumentos de mercado, alavancando didaticamente a melhoria dos padrões éticos e de governança corporativa nas empresas de capital aberto. Também me parece adequado um empenho político para suavizar os efeitos deletérios que os descaminhos, nos quais o país atolou, geraram na esperança dos jovens em viverem uma democracia civilizada, como as do Primeiro Mundo.” “As I see it, the main challenge facing ABRASCA from here on is to play an active role in fine-tuning market instruments, providing didactic leverage for upgrading ethical standards and corporate governance among listed companies. I also feel that political efforts would be appropriate to ease the negative effects of some missteps that have bogged the country down, in order to offer hope to young people living in a civilized democracy, like those of the First World”. JOSÉ LUIZ ACAR PEDRO, vice-presidente do Bradesco JOSÉ LUIZ ACAR PEDRO, Vice-President of Bradesco “Vivemos hoje uma conjuntura de grande expectativa em relação à volta do crescimento econômico em bases “We live today in times of high expectations focused on a return to economic growth on sustainable bases, at higher 34 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years sustentáveis. Isto é, a taxas mais altas, por mais longo tempo e com mecanismos de distribuição de renda. Nesse contexto, assume papel central a empresa privada brasileira, pois é da sua disposição em investir que depende a confirmação dessas previsões. Sem dúvida, o mercado de capitais ganha destaque quando é preciso encontrar mecanismos para viabilizar os investimentos. Estamos assistindo à volta do interesse por operações de abertura de capital. É da responsabilidade da Abrasca fortalecer a cultura do mercado de capitais nas empresas que estão chegando, esclarecendo direitos e deveres e, principalmente, promovendo o intercâmbio necessário para difundir a todos a importância de uma participação ativa na construção de uma economia moderna e saudável, na qual a riqueza nacional tem lastro em práticas éticas e transparentes.” rates, for longer periods, and with fairer income distribution mechanisms. Within this context, private corporations play a key role in Brazil, as any confirmation of these forecasts depends on their willingness to invest. There is no doubt that the capitals market stands out when seeking mechanisms that will underpin the feasibility of investments. We are watching an upsurge in the number of companies going public. Now, ABRASCA must strengthen the capitals market culture among these new arrivals, explaining their rights and duties and above all underpinning the exchanges required to make sure that they are all fully aware of the importance of playing active roles in building up a modern, thriving economy through which the nation’s wealth is grounded on ethical, transparent practices”. LUIZ FERNANDO FIGUEIREDO, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec) LUIZ FERNANDO FIGUEIREDO, Chairman, Capitals Market Investors Association (AMEC) “A adoção de boas práticas de governança corporativa, a transparência das informações, a concessão do direito de voto, a previsão de cláusula de tag along, a profissionalização da administração, a implementação de regras de responsabilidade social e sustentabilidade são princípios cada vez mais apreciados pelos investidores, e quiçá determinantes para a sua decisão de investimento. Assim, a Abrasca poderá dar seguimento ao seu notável papel histórico, fomentando a adoção dessa postura de modernidade no conjunto das companhias abertas brasileiras. Este é o desafio que a Abrasca tem pela frente, e nós da Amec queremos estar ombreados nessa missão.” “The adoption of good corporate government practices, transparent information, the award of voting rights, the introduction of the tag-along clause, professional management and the implementation of social responsibility and sustainability rules are principles that are increasingly appreciated by investors, and may well be determining factors in their investment decisions. Thus, ABRASCA can move steadily ahead with its notable historic role through fostering the adoption of this modern stance among Brazil’s listed companies. This is the challenge facing this Association, and we at AMEC stand firmly alongside it in this mission”. THOMAS REICHENHEIM, conselheiro da Abrasca THOMAS REICHENHEIM, ABRASCA Board Member “O futuro do mercado, das empresas e da Abrasca, num ambiente em constante e rápida metamorfose, pede que os grandes temas sejam constantemente debatidos e ofertadas soluções e caminhos. Considero a Abrasca uma das formadoras de grande parte da inteligência dessa nação. Portanto, um local propício para interpretar essas mudanças, perceber os anseios e ofertar, com sua imagem, soluções e caminhos em que todos acreditam. Toda empresa recémchegada ao mercado deve entender que chegou pelo esforço de entidades como a Abrasca, e entender que para que a mesma possibilidade de acesso seja dada a outros, dinamizando cada vez mais os mercados, requer a participação do maior número possível dos novos, para que a renovação se traduza na excelência de propósitos.” “In a setting that is changing quickly and ceaselessly, the future of the market, its companies and ABRASCA requires constant discussions of important topics, seeking solutions and paths. I consider ABRASCA to be one of the shapers of much of the intelligence of this nation, and consequently a great place for interpreting these changes, perceiving concerns and offering solutions and outcomes in which everyone believes, grounded on its image. All new corporate arrivals must understand that they have achieved this position on the market through the efforts of entities such as ABRASCA, well aware that this same possibility of access must be opened up for others, steadily pumping up market dynamism, which requires the participation of the largest possible number of new arrivals in order for renovation to be reflected in the excellence of their purposes”. 36 PAULO CEZAR ARAGÃO, do escritório Barbosa, Mussnich e Aragão Advogados PAULO CEZAR ARAGÃO, Barbosa, Mussnich and Aragão Law Firm “O mercado de capitais brasileiro passa por uma fase bastante positiva, evidenciada pelo aumento substancial do volume de negociações em bolsa e pelo crescimento relevante de novos lançamentos de ações, surpreendente até para os participantes desse mercado. Creio que, no momento, estamos na expectativa da audiência pública sobre o processo de reformulação das regras da CVM relativas tanto às informações prestadas pelas companhias abertas quanto à própria regulamentação das bolsas de valores. Trata-se, assim, de um momento crucial na regulamentação do mercado, no qual tem também papel importantíssimo a preocupação central da Abrasca com o uso inadequado de informação privilegiada, que abala a confiabilidade do mercado brasileiro. Ademais, os desafios decorrentes da necessidade de adaptar o mercado brasileiro a um processo de internacionalização progressiva, com o lançamento no Brasil de títulos de companhias estrangeiras, através de BDRs, e o sucessivo aumento de companhias brasileiras listadas no exterior também representam um foco de atenção da Abrasca. Da mesma forma, a internacionalização e uniformização de padrões contábeis, entre o modelo norte-americano e o modelo global, de inspiração mais européia, certamente desperta a atenção da Abrasca.” “Brazil’s capitals market is going through a very positive phase, reflected by the upsurge in trading volumes on its stock exchanges and significant growth in new share issues, which is surprising to even the players on this market. I believe that we are currently awaiting a public hearing on the reformulation of the rules issued by the Brazilian Securities Commission (CVM) on the information provided by listed companies, as well as the regulations controlling stock exchanges. This is thus a crucial time for market regulation, with the core concern of ABRASCA also playing an extremely important role, prompted by the improper use of insider information that undermines the trustworthiness of the Brazilian market. Moreover, the challenges arising from the need to adapt the Brazilian market to a steady process of internationalization, with the launch of papers issued by foreign companies in Brazil through BDRs and the steady increase in the number of Brazilian companies listed abroad are also matters for close attention by ABRASCA. Similarly, the internationalization and uniformization of accounting standards, matching up the US model with the global model inspired more by Europe, certainly warrants the attention of ABRASCA”. JOSÉ GUIMARÃES MONFORTE, presidente do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) JOSÉ GUIMARÃES MONFORTE, Chairman, the Brazilian Institute for Corporate Governance (IBGC) “O futuro nos reserva um mundo cada vez mais dinâmico e inclusivo. Acredito que o maior desafio para a Abrasca será o de participar ativamente do debate sobre as expectativas da sociedade quanto ao papel das corporações de capital aberto e procurar transmiti-las a seus membros, criando assim uma ação nas duas direções: dos seus membros para o ambiente institucional, e da sociedade para seus membros.” “The future promises an increasingly more dynamic and inclusionary world. I believe that the main challenge facing ABRASCA will be to play an active role in discussions on the expectations of society in terms of the role played by listed corporations, trying to present this to its members through a twoway channel: the actions of its members within the institutional setting, and the effects of the actions of society on its members”. ALVARO BANDEIRA, presidente da Apimec-Nacional ALVARO BANDEIRA, Chairman, National Chapter, Capitals Market Investment Professionals and Analysts Association (APIMEC) “The contribution of ABRASCA should consist of transferring and urging the enhancement of corporate governance among its members, setting examples for the companies that will follow them onto the market during the next few years. Moreover, it should work closely with other market institutions, heading up Phase II of the Capitals Market Master Plan, which will underpin the development of Brazil’s capitals market, endowing it with a keener competitive edge. This Association “A contribuição da Abrasca deve-se dar em incutir e tentar forçar o aprimoramento da governança corporativa de suas empresas filiadas, exemplos para tantas outras que devem vir para o mercado nos próximos anos. Além disso, liderar junto com outras instituições do mercado uma segunda fase do Plano Diretor do Mercado de Capitais, base para evoluções e competitividade do nosso mercado de capitais. A Abrasca deve também buscar estimular a sustentabilidade 37 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years dos resultados corporativos, bem como a sustentabilidade ambiental e social. Palestras, seminários e encontros para divulgar e estimular são atitudes que serão bem interpretadas pelo mercado de capitais.” must also strive to ensure the sustainability of corporate earnings, in addition to environmental and social sustainability. Lectures, seminars and meetings to present and encourage these approaches will be welcomed by the capitals market”. PAULO EDUARDO DE SOUZA SAMPAIO, superintendente geral da Andima PAULO EDUARDO DE SOUZA SAMPAIO, General Superintendent, National Association of Financial Market Institutions (ANDIMA) “Há um tema que deverá ganhar grande relevância na agenda daqueles que quiserem contribuir de forma efetiva para a expansão do mercado de capitais no curto e médio prazos. Trata-se da Reforma da Previdência. As propostas que vêm sendo discutidas entre diversas entidades têm em comum o fato de que, se implementadas, levarão a um acréscimo significativo da poupança doméstica beneficiando as empresas, que terão acesso a um volume crescente de recursos para o financiamento de seus investimentos produtivos. A Abrasca, com sua capacidade de mobilização e articulação, pode contribuir bastante, seja atuando junto às demais entidades, seja difundindo a proposta a seus associados.” “There is an issue that should be underscored on the agendas of all those wishing to contribute effectively to the expansion of Brazil’s capitals market over the short and medium terms. This consists of the reform of Brazil’s social security and pension fund systems. The proposals being discussed among many different entities share the fact that, if implemented, they will result in a significant increase in domestic savings that will benefit companies through access to a rising volume of funding that will finance their investments in production facilities. With its capacity to mobilize and articulate, ABRASCA has a great contribute to make, working closely with other entities while also disseminating this proposal to its members”. ROBERTO FALDINI presidente da Abrasca nos períodos 1987/1988, 1991/1992 e 1995/1997 ROBERTO FALDINI, Chairman, Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA) (1987 - 1988, 1991 - 1992 and 1995 – 1997). “Indiscutivelmente, a Abrasca deverá continuar firme em seu caminho, mostrando para toda a sociedade que um mercado de capitais pujante necessita da participação efetiva e equânime de todos os envolvidos nos mecanismos de solidificação e perenização das empresas brasileiras. Em outras palavras, não se pode imaginar um mercado de capitais que não tenha um órgão forte e firme que defenda abertamente os interesses dos empreendedores e empresários e, portanto, emissores de ações, matéria-prima sem a qual não há mercado.” “There can be no doubt that ABRASCA must continue firmly along its path, showing society that a powerful capitals market requires fair and effective participation by all those engaged in the mechanisms firming up and ensuring the longevity of Brazilian corporations. In other words, a capitals market cannot be imagined without a strong and solidly-grounded entity that firmly protects the interests of entrepreneurs and business people, with companies issuing shares that are the raw materials, without which there is no market”. Ex-presidentes lembram momentos Highlights recalled by former Chairmen A história é feita por homens notáveis que, com idéias e perseverança, transformam sonhos em realidades. Um exemplo são os ex-presidentes da Abrasca que lembram com orgulho a contribuição da entidade para o desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro. Ao longo de seus mandatos venceram grandes batalhas e algumas ficaram para sempre na memória. 38 History is made by notable men who turn dreams into reality through ideas and perseverance. The former Chairmen of ABRASCA are great examples of this, recalling with pride the contributions made by this Association to the development of Brazil’s capitals market. During their terms of office, they won some memorable battles. GILBERTO TAMM BARCELLOS CORRÊA, presidente no período de 1973/1974 Gilberto Tamm Barcellos Corrêa, Chairman (1973 - 1974) “Durante meu mandato à frente da Abrasca, o segundo após a fundação da entidade, a preocupação básica da diretoria era a de consolidar a Associação e conquistar a credibilidade e representatividade perante a classe, as entidades de mercado e os órgãos do governo. Essas tarefas foram facilitadas pela discussão do anteprojeto de reforma da Lei das Sociedades Anônimas, que resultou na Lei nº. 6.404 em 1976, na qual a Abrasca teve participação acentuada, com contatos assíduos com os co-autores do anteprojeto, o professor Alfredo Lamy e o dr. Bulhões Pedreira. Ao findar os dois primeiros mandatos – o do saudoso Fernando Rudge Leite e o meu –, a Associação estava bem conhecida, considerada e com expressiva representatividade.” “During my term of office heading up ABRASCA, which was only the second after it was established, the main concern of its Board was to consolidate this Association, building up its credibility and representativity in terms of its members, market institutions and Government entities. These tasks were made easier through discussions of the Draft Bill restructuring the Corporations Act, that resulted in Law Nº 6,404, enacted in 1976, with ABRASCA playing a leading role, in constant contact with the joint authors of this Draft Bill: Professor Alfredo Lamy and Dr. Bulhões Pedreira. By the end of the first two terms of office – held by the late Fernando Rudge Leite and my own – this Association was well-known and equally well-respected, representing a significant number of members”. VICTORIO BHERING CABRAL, presidente nos períodos 1978/1980 e 1980/1982 Victorio Bhering Cabral, Chairman (1978 - 1980 and 1980 - 1982) “À época da minha gestão na Abrasca, o evento politicamente mais relevante foi o início do processo de abertura política, do qual a Associação e muitos de seus associados participaram. Em economia e, sobretudo, no mercado de capitais, a formulação da Lei das Sociedades Anônimas e a criação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) foram marcantes na vida da Associação, pois tivemos uma intensa e qualificada participação nesses projetos, seja nas discussões com o então ministro da Fazenda, Mário Henrique Simonsen, seja nas que tivemos com o relator do projeto, o então deputado Tancredo Neves. A Abrasca teve uma participação importante em muitos momentos da vida política nacional, em uma época em que isso não era habitual nas representações empresariais.” “During my Administration at ABRASCA, the most important political event was the start of the deregulation process, in which this Association and many of its members were engaged. In economic terms, and particularly for the capitals market, the restructuring of the Corporations Act and the establishment of the Brazilian Securities Commission (CVM) were landmarks in the history of this Association, as we worked intensively and specifically on these projects, engaged in discussions with Treasury Minister Mário Henrique Simonsen, as well as meetings with the Draft Bill Rapporteur, Congressman Tancredo Neves. This Association played an important role at many moments in Brazil’s political life, at a time when this was not usual among business associations”. 39 Abrasca 35 anos Abrasca 35 years AYRTON FURIANI GIRÃO, presidente no período 1976/1978 Ayrton Furiani Girão, Chairman (1976 - 1978) “Acredito que durante a nossa gestão à frente da Abrasca, os fatos mais importantes tenham sido a nossa participação na formulação da Lei das Sociedades Anônimas (6.404/76) e o nosso trabalho participando da Comissão Consultiva de Mercado de Capitais do Conselho Monetário Nacional, após audiência com o então presidente da República, Ernesto Geisel.” “I believe that during my term of office heading up ABRASCA, the most important points were our participation in restructuring the Corporation’s Act (Law Nº 6,404/76) and our efforts through the Capitals Market Advisory Commission set up by the National Monetary Council (CMN), after a meeting with the President of Brazil at that time, Ernesto Geisel”. ROBERTO FALDINI, Presidente nos períodos 1987/1988, 1991/1992 e 1995/1997 Roberto Faldini, Chairman (1987 - 1988, 1991 - 1992 and 1995 - 1997) “O fato mais relevante nesse período foi o progresso obtido na área fiscal. Na gestão do então ministro da Fazenda, Pedro Malan, marcada por grandes realizações neste setor, a Abrasca conseguiu a reintrodução, na regra fiscal, da dedução, como despesa, para fins tributários, de parte dos dividendos distribuídos aos acionistas, a título de juros remuneratórios do capital próprio. Tal dispositivo veio promover maior isonomia fiscal entre o capital próprio e o capital de terceiros. Além disso, foi eliminada a tributação, sobre a pessoa física, do dividendo na fonte e na declaração de Imposto de Renda. Assim, a integração das alíquotas, antes incidentes sobre o lucro da pessoa jurídica e a renda da pessoa física, permitiu o fim da distorção que ocorria anteriormente.” Faldini lembra também com orgulho a ampliação do convênio entre a Abrasca e a Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas, para a administração do curso de Pós-Graduação em Mercado de Capitais. Além do lançamento do MBA em Finanças e Mercado de Capitais, foram incluídos no convênio os cursos de Especialização em Administração Financeira e Ciências Contábeis Lato Sensu. Destaca também os seminários internacionais realizados em Nova York e Londres, sobre as companhias abertas para 400 investidores e administradores de recursos estrangeiros. “The most important fact during this period was the progress attained in the fiscal area. Under the administration of Treasury Minister Pedro Malan, which chalked up impressive accomplishments in this sector, ABRASCA managed to ensure the re-introduction into the tax regulations of the deduction of part of the dividends distributed to shareholders as interest on company capital, classed as expenditures for tax purposes. This provision resulted in greater physical isonomy between company capital and third party capital. Moreover, personal income tax was lifted on dividends withheld at source and in Income Tax Declarations. As a result, the integration of the tax brackets established previously for corporate profits and personal income removed this distortion”. Additionally, Faldini recalls with pride the extension of the agreement between ABRASCA and the Graduate Economics School at the Getúlio Vargas Foundation, for the Capitals Market Graduate Course. In addition to launching the MBA in Finance and Capitals Market studies, this agreement also encompassed a Financial Administration Specialty course as well as Accounting Sciences Lato Sensu. He also stressed the international seminars in held in New York and London presenting Brazilian listed companies to 400 investors and foreign fund mangers. 40 O PAC é um começo. O desafio do crescimento é bem maior “O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) não é mais do que um passo inicial e, de certa forma, ainda acanhado, diante do desafio de retomar o desenvolvimento econômico brasileiro.” A opinião encerra o artigo assinado pelos economistas Paulo Rabello de Castro e Marcel Pereira, que faz uma análise sobre o processo de crescimento do país nos diversos períodos da história republicana brasileira. Eles entendem que para o Brasil iniciar a partida buscando se realinhar no caminho do desenvolvimento é preciso buscar, por meio da construção de um pacto social, soluções para três questões: baixar o custo financeiro da produção; operar a simplificação tributária; e, democratizar o acesso popular ao capital, a começar pela reforma da Previdência Social. Ainda assim, é só um começo, pois ainda restaria todo um outro plano de preparação educacional e tecnológica do qual o Brasil não começou, sequer, a arranhar a superfície. No more than an initial step, Brazil’s Accelerated Growth Program (PAC) is a somewhat timid measure, compared to the massive challenge of returning to economic growth. This is the opinion that closes the article written by economists Paulo Rabello de Castro and Marcel Pereira, who offer an overview of the nation’s growth at various periods in its history as a Republic. They feel that getting back on the path of growth involves a quest for answers through building up a social pact, seeking solutions to three key issues: lowering the financial costs of production; simplifying the taxation system; and democratizing access to capital, starting with the reform of the Social Security system. Even so, this is only the beginning, as the fields of education and technology remain quite untouched, as Brazil has not even started to scratch the surface of these key areas. Brazil’s Accelerated Growth Program (PAC) is just the start. The challenge of growth is far greater 42 Visão econômica Economic viewpoint O caminho do desenvolvimento The path to development Paulo Rabello de Castro (*) Marcel Pereira (**) E m um país emergente, com enormes massas populacionais pobres, nada supera em importância social o objetivo do crescimento acelerado. O exemplo mais impressionante vem da China que, num único ano de crescimento acelerado, consegue resgatar cerca de 50 milhões de chineses para cima da linha da pobreza. Em dez anos, serão 500 milhões, ou seja, cerca de três vezes a população total do Brasil. No Brasil, com bastante retardo, finalmente se anunciou um Programa de Aceleração de Crescimento. O PAC pretende fazer a locomotiva velha e emperrada andar ao dobro da velocidade da última década: 5% anuais, contra os medíocres 2,5% obtidos na média dos anos da estabilização econômica do Plano Real. É um começo. Mas a caminhada para o “crescimento auto-sustentado” e o desenvolvimento é mais longa. O ponto de partida na compreensão de quão longa é essa caminhada se inicia na busca do entendimento de um conjunto de questões. Por que a locomotiva emperrou? Por que o Brasil – o “País do Futuro”, como batizou Stefan Zweig, nos anos 1940 – deixou de ser dinâmico? Por que uma economia que cresceu mais de 140%, acumulados entre 1967 e 1976, tem dificuldade para manter-se crescendo mais de 3% ao ano? I – O MISTÉRIO DO CRESCIMENTO: POR QUE OS PAÍSES CRESCEM? A pergunta não é fácil. Os economistas têm alguma familiaridade com a mecânica da relação entre o uso de insumos convencionais (capital e trabalho) e o nível da produção. Contudo, o que não é fator convencional costuma explicar mais o crescimento alcançado do que o uso dos fatores convencionais. Ainda no século XIX, o economista inglês A. Marshall chamou esse fator não convencional de “Organização”. Operar mais produtivamente os fatores convencionais empregados aumenta o produto potencial, sem a necessidade de mais investimentos tradicionais. A esse fenômeno se chama de aumento na Produtividade Total dos Fatores (PTF). O que causa esse aumento da PTF é menos conhecido. As pesquisas recentes, cruzando dados de muitos países, dão conta da importância da PTF não só para explicar diferenças no nível da In an emerging country with widespread poverty, nothing exceeds the target of rapid growth in social importance. The most impressive example is China, which managed to lift some fifty million of its citizens above the poverty line in a single year of dynamic growth. In ten years, this figure will reach 500 million, around three times the total population of Brazil. Somewhat tardily, Brazil has finally announced an Accelerated Growth Program (PAC) that is designed to stoke its rusty old economic locomotive up to twice its speed for the past decade: 5% a year, compared to the mediocre 2.5% average posted since the Real Economic Stabilization Plan. This is a start, but the path leading to self-sustainable growth and development is much longer. Understanding just how long this trip will be starts with the quest for answers to a series of questions: Why did Brazil’s economic locomotive grind to a halt? What caused the dynamism of Brazil – the Country of the Future, according to Stefan Zweig during the 1940s – to peter out? How come an economy that soared by more than 140% between 1967 and 1976 is now finding it hard to maintain growth at more than 3% a year? I – THE MYSTERY OF GROWTH: WHY DO COUNTRIES GROW? This is not an easy question. Economists are somewhat familiar with the mechanics of the relationship between the use of conventional input (capital and labor) and production levels. However, something that is not a conventional factor often explains actual growth better than the use of conventional factors. Back in the XIX century, English economist A. Marshall called this non-conventional factor “Organization”. Deploying conventional factors more productively boosts the potential output, with no need for further traditional investments. This phenomenon is called Total Factor Productivity (TFP). What causes this upsurge in TFP is less known. Cross-referencing data from several countries, recent research is realizing the importance of TFP, not only for explaining differences in worker income levels, but mainly for the per capita income expansion rate. The level of explanation reaches 60% for the 43 Visão econômica renda por trabalhador como, principalmente, na taxa de expansão da renda per capita. O grau de explicação vai a 60% no primeiro caso e a 90% no segundo (Helpman 2004)1. Mas como ativar e “energizar” esta PTF? Episódios de crescimento mais acentuado estão associados a uma determinação política das elites dirigentes (não confundir com governo federal), desde que acompanhada por efeito de modernizações institucionais significativas, de inovações extraordinárias, de choques culturais positivos provocados por migrações etc. Os economistas concentram sua atenção em elementos destacados como os avanços tecnológicos, a abertura ao exterior, a estruturação financeira, o avanço do empreendedorismo e da educação no trabalho, a estabilidade política regional e a modernização do Estado, como fatores nãoconvencionais de explicação de avanços na PTF. Pensar a aceleração do crescimento de um país é pensar incentivos para que pessoas, físicas e jurídicas, inovadoras e empreendedoras, decidam “desequilibrar” as relações econômicas existentes, introduzindo técnicas novas, facilidades comerciais e industriais diversas, novos meios de comunicação e transporte, meios mais eficazes de escolarização e treinamento, abertura de novas fronteiras territoriais, manejos inovadores dos recursos ambientais e assim por diante. Com base nestes fatores, a sociedade brasileira deve se perguntar o que aconteceu no passado econômico do Brasil. Economic viewpoint former and 90% for the latter (Helpman 2004)1. But how can this TPF be spurred into action? Faster growth spurts are associated with the political determinations of the governing elites (not to be confused with the Federal Government), provided that this is accompanied by the effects of significant institutional modernization, extraordinary innovations, positive cultural clashes triggered by waves of migration etc. Economists focus their attentions on notable elements such as technological progress, opening up to the outside world, financial structuring, the spread of entrepreneurialism, education for work, regional political stability and State modernization, as non-conventional factors explaining the spread of TFP. Thinking about how to speed up national growth means considering incentives that will prompt innovative and enterprising individuals and corporations to “unbalance” existing economic relations, introducing new techniques, commercial facilities and assorted industries, new means of communication and transport, more effective approaches to schooling and training, opening up new territorial frontiers, innovative stewardship of environment resources, and many others. Based on these factors, Brazilian society must ask itself what happened during the nation’s economic past. II – GROWTH: THE LAST 100 YEARS II – CRESCIMENTO: OS ÚLTIMOS 100 ANOS Para avaliar o tamanho do desafio do Brasil em sua caminhada para o desenvolvimento deve-se entender como se desempenhou o país nos diversos períodos da sua história republicana. No gráfico 1 este comportamento é apresentado em períodos bem definidos. A curva de crescimento é calculada em médias móveis de dez anos (os precedentes até o ano assinalado). Aspectos importantes saltam à vista. In order to assess the size of the challenge facing Brazil in its drive to development, it is important to understand how it has performed at various stages in the history of its Republic. Graph 1 presents this behavior during clearly-defined periods. Its growth curve is calculated at mobile ten-year averages (the precedents up to the indicated year). Some important aspects stand out immediately: (a) A taxa da última década e meia (período do Plano Real) está consolidada e estável na faixa de 2 – 2,5%. (a) The rate over the past two and a half decades (covered by the Real Economic Stabilization Plan) is stable, consolidated at 2% to 2.5%. (b) O ritmo atual é completamente distinto da experiência histórica, e esta, por sua vez, apresenta três episódios bastante diferentes: 1) do início do século XX (1907) até meados dos anos 30 (1936) o Brasil vive três décadas de “integração” ampla – agroexportadora e absorvedora de imigrantes – no ciclo de expansão e débâcle do capitalismo ocidental; 2) de meados dos anos 30 ao final dos 70, são quarenta anos de expansão ininterrupta e crescente, na direção dos 10% ao ano; 3) de 1978 (ano seguinte ao da última Conferência Nacional das Classes Produtoras – Conclap, realizada em (b) The current pace is very different from Brazil’s track-record, which in turn features three quite different episodes: 1) from the early XX century (1907) through to the mid-1930s (1936), Brazil experienced three decades of broad-ranging “integration” – exporting agricultural produce and absorbing immigrants in the boom and bust cycles of Western Capitalism; 2) the mid-1930s through to the late 1970s saw forty years of steady expansion at around 10% a year; 3) from 1978 – the year after the last National Production Class Conference (Conclap), held in November 46 novembro de 1977, no Rio de Janeiro) até o Plano Real (1994), há uma total inversão do crescimento, apresentando quase duas décadas de demolição da modernidade econômica alcançada nas décadas anteriores; 4) o quarto período é o atual, de consolidação da mediocridade do crescimento. (c) O desvio-padrão do crescimento anual é o menor de todos no período atual, (gráfico 2) deixando entrever a estabilidade alcançada no baixo ritmo da produção (quer dizer, a euforia mundial dos tempos recentes parece não penetrar a blindagem de mediocridade erigida pela política econômica do Brasil). 1977 in Rio de Janeiro – through to the Real Economic Stabilization Plan (1994), there was a complete inversion of growth for almost two twenty years, demolishing the modern economic status attained during the previous decades; 4) the fourth period is the current stage, consolidating mediocre growth. (c) The standard deviation for annual growth is at its lowest during the current period (Graph 2) hinting at stability achieved at a low rate of production, indicating that recent global euphoria seems unable to penetrate the shield of mediocrity raised by Brazil’s economic policy. Fonte: IPEA (1901-47), IBGE (desde 1948) / Source: Institute for Applied Economic Research (IPEA) (1901-47); Brazilian Statistics Bureau (IBGE) (since 1948) As questões colocadas ao longo das observações anteriores nos parecem fundamentais como pistas para enfrentar o enigma da estagnação atual. The questions posed in the previous paragraphs seem to offer crucial ways of dealing with the current enigma of stagnation. III – THE LEAP TO DEVELOPMENT III – O SALTO PARA O DESENVOLVIMENTO A partida para o Brasil se realinhar ao caminho do desenvolvimento tem três pontos de alicerce na construção de um pacto verdadeiro por um Brasil produtivo: 1) baixar o custo financeiro da produção; 2) operar a simplificação tributária; e 3) democratizar o acesso popular ao capital, a começar pela reforma da Previdência Social. É só um começo, pois ainda restaria todo um outro plano de preparação educacional e tecnológica do qual o Brasil não começou, sequer, a arranhar a superfície. The first step leading Brazil back to the path of development is underpinned by three points that are vital for building up a real pact leading up to a productive nation: 1) lower the financial costs of production; 2) simplify its taxation system; and 3) democratize access to capital for the people, starting through a reform of the social security system. This would be just the start, as there is still an entire other area linked to education and technological preparation where Brazil has not even yet begun to scratch the surface. 47 Visão econômica Economic viewpoint O que trava o potencial de crescimento brasileiro? O fato é que desincentivos diversos (alto encargo financeiro, alta carga tributária, corrupção endêmica, violência e medo, liames burocráticos e inferno regulatório) permanecem como travas e obstáculos ao alcance do crescimento acelerado. What is curbing Brazil’s growth potential? An assortment of disincentives (steep financial charges, heavy tax burdens, endemic corruption, violence, fear, tangled red tape and a nightmare regulatory structure) are the stumbling-blocks that are still hampering the nation’s progress towards rapid growth. Como reverter este quadro? Mais uma pista é fornecida pela história. O período de crescimento mais acelerado do Brasil coincide com uma abertura comercial bem-sucedida (1965-68), e, principalmente, com um período de “modernização econômica e institucional”. Este período está associado a uma fértil legislação renovadora em matérias tão diversas e amplas como a administração da moeda e do crédito (CMN e Bacen), bancos e outras instituições financeiras (Lei n°. 4.595), mercado de capitais, tributação, habitação, benefícios trabalhistas e previdenciários, poupança popular, ocupação fundiária e colonização, uso de insumos modernos na agricultura e incentivos industriais e regionais (como ZFM) e outros tantos que poderiam ser lembrados. How can this situation be reversed? Yet another clue is offered by history. Brazil’s fastest growth spurt coincided with a highly successful trade deregulation phase (1965-1968) and above all with an “economic and institution modernization” phase. This period is associated with fertile renovating legislation on matters as broad-ranging and diverse as the administration of currency and credit through the National Monetary Council (CMN) and the Brazilian Central Bank (BACEN), banks and other financial institutions (Law Nº 4,595), capitals market, taxation, housing, labor and social security benefits, mass savings, land occupancy and settlement, use of modern inputs in agriculture, and industrial and regional incentives (such as the Manaus Free Zone) as well as many others that could well be recalled. Esta arquitetura jurídico-institucional no campo econômico “durou” cerca de quatro décadas, sendo, entretanto, vastamente adulterada, e quase demolida, ao longo das duas últimas décadas. O pontapé inicial foi o texto da Constituição de 88 em seus capítulos econômicos e administrativos. This juridical and institutional architecture in the economic field lasted for some four decades, although vastly adulterated and almost demolished during the past twenty years. The kick-off came from the wording of the economic and administrative chapters of Brazil’s 1988 Constitution. A Carta de 88, como grande estuário das tendências políticas e dos anseios sociais dos brasileiros, cumpriu seu papel, naquele tumultuado momento, ao juntar as águas que desembocavam no grande mar da legitimação democrática pós-regime militar. A Constituição foi e é “cidadã”, sim; ela captura as múltiplas “cidadanias” traduzidas em vantagens (muitas) e obrigações (escassas) com que se alinhavou o pacto anistiante entre as forças políticas antes postas em conflito. As a massive estuary of political trends and the social anxiety of Brazilians, the 1988 Constitution played its role during those turbulent times, by flowing smoothly into the great sea legitimizing democracy after the collapse of the military regime. This Constitution was and still is citizen-focused; it captures the multiple facets of citizenship translated into advantages (many) and obligations (few) that underpinned the covenant on amnesty among political forces that had long been in opposition. 48 Visão econômica Economic viewpoint Vinte anos depois, entretanto, percebe-se, com mais clareza, algumas conseqüências: (1) a perda do ritmo de acumulação da renda e do emprego; (2) a explosão da economia informal e dos trabalhadores sem vínculo formal; (3) a expansão da carga tributária via tributos indiretos, essencialmente sobre as classes de renda mais baixas; e (4) forte aceleração da inflação, até 1994, e da dívida pública, desde então. However, twenty years later, some consequences are appearing more clearly: 1) the slowdown in the pace of accumulating income and jobs; 2) the explosion of the informal economy and huge contingents of workers with no formal employment links; 3) the expansion of the tax burden through indirect taxes, imposed largely on the lower-income classes; and 4) soaring inflation through to 1994 and ballooning public debt since then. A carga tributária no Brasil virou repulsivo mecanismo de extorsão de quem produz para quem usufrui. A carga crescente reflui do Erário (nas três esferas de poder) de volta para a sociedade, já diminuída de cerca de 50% de cada real ingressado aos cofres públicos. Seria a “Regra dos 20 – 30 – 50”, fácil até de memorizar. A receita pública total (100%) é transformada em encargos financeiros na razão de 20% da receita total, em benefícios previdenciários da ordem de 30%, e 50% em despesas de custeio. Os 5% em investimentos públicos são realizados à custa do déficit fiscal nominal. Logo, não há que pesquisar mais longe: de cada real arrecadado em tributos, retornarão, no máximo, 50 centavos ao cidadão comum. Brazil’s tax burden has turned into an unpalatable extortion mechanism that penalizes producers to the benefit of freeloaders. This rising tax load flows back to society from the Treasury (at all three levels of Government) at around 50% for each Real paid into the public coffers. This is the “20 – 30 – 50 Rule”, which is easy to memorize: total public revenues (100%) are turned into financial charges at 20% of total revenues and social security benefits at around 30%, with 50% for defrayal costs. The 5% assigned to public investments are underwritten by the nominal fiscal deficit cost. Consequently, there is no need to search any further: for each tax Real paid in, no more than 50 centavos trickles back to the man in the street. Fonte: Estudo Fipe/Fecomércio M.H. Zockun et alia (inédito) Source: FIPE / Fecomércio M.H. Zockun et al. (unpublished study) A reforma financeira-constitucional requer, para além dos interessantes, embora incompletos, comandos da lei de responsabilidade fiscal, a inscrição, em lei complementar, do autocontrole da dívida federal bruta, um encontro de contas patrimonial com os particulares e as demais esferas de poder, e, não menos importante, a implementação de uma gestão pública por resultados. Constitutional and financial reform must extend beyond the interesting, although incomplete commands established by the Fiscal Accountability Act, the introduction through supplementary law of self-control of the gross Federal debt, matching equity accounts with private accounts and other spheres of power, as well as, no less importantly, implementing a civil service driven by results. Cabe ainda enfrentar o mais espinhoso dos temas constitucionais: o de provisão de benefícios por idade avançada, invalidez ou morte, tanto no regime geral, hoje atendido pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) como nos vários regimes próprios, dos servidores públicos civis e militares. Some of the thornier constitutional aspects must also be dealt with: the provision of benefits due to advanced age, disability or death under the general system that is today serviced by the National Social Security Institute (INSS) as well as various private systems for civil servants and members of the Armed Forces. 50 Visão econômica O sistema brasileiro de previdência obrigatória já colapsou, embora emendado por crescentes intervenções tópicas do legislador pós-constitucional. Os contornos essenciais da repactuação previdenciária envolveriam quatro propostas conceituais: (1) para os futuros entrantes na força de trabalho, a previdência social de capitalização progressiva, obrigatória até certo limite de contribuição individual e através de conta previdenciária personalizada; (2) para todos, independentemente de contribuição prévia, um benefício básico concedido ao idoso, a partir de certa idade, sustentado pelo orçamento da União; (3) para a força de trabalho ativa, um “benefício proporcional”, calculado até a data da repactuação com base na legislação precedente, e a partir daí, conforme o sistema de capitalização; (4) para os já aposentados e pensionistas, a manutenção dos seus benefícios conforme auferidos, porém sujeito a uma limitação global da rubrica previdenciária no Orçamento Federal. Para ser confiável, a proteção previdenciária do futuro deve ser contributiva, eqüitativa e capitalizada. O resultado trágico do imenso engodo da poupança popular pode ser medido em trilhões de reais, em termos de rendas e empregos perdidos. O Brasil, assim, perdeu pujança, e, pior, com uma avassaladora concentração de renda, que comeu mais de dez pontos de porcentagem dos ganhos do trabalho no bolo nacional (caiu de 50%, na década de 60, para pouco mais de 30%, hoje). Não é preciso dizer com quem ficou o maior bocado: as rendas financeiras. A reforma financeira é, portanto, antes mesmo da tributária, da trabalhista ou da previdenciária, a pedra de toque que hoje falta no diagnóstico das raízes de nosso crescimento perdido. E o equacionamento conjunto dos gargalos financeiro, tributário, trabalhista e previdenciário é o salto emergencial de partida no rumo ao desenvolvimento. Diante desses desafios que separam o Brasil do desenvolvimento, o PAC não é mais do que um passo inicial; e, de certa forma, ainda acanhado. Ele não trata da questão estrutural central que impede a aceleração do crescimento econômico: o elevado padrão de gastos públicos. Economic viewpoint Brazil’s mandatory social welfare system has already collapsed, patched up by a steady stream of specific interventions undertaken by post-constitutional legislators. The essential outlines of restructuring this social security system would involve four conceptual proposals: 1) for newcomers joining the work force in future, the progressive capitalization social security system would be mandatory up to a specified individual contribution ceiling, through a personal social security account; 2) a basic benefit should be granted to all senior citizens on reaching a specific age, regardless of earlier contributions, underwritten by the Federal Government budget; 3) for the active work force, a proportional benefit should be calculated through to the restructuring date, based on preceding laws and from then on grounded on the capitalization system; 4) the benefits awarded to retirees and pensioners must be maintained as granted, although subject to an overall ceiling under the social security heading in the Federal Government Budget. In order to be trustworthy, this future social security safety-net must be contributive, equitative and capitalized. The tragic outcome of the vast trap of mass savings may be measured in trillions of Brazilian Reais, weakening the nation through lost jobs and vanished incomes. Worse still, this has resulted in an overwhelming concentration of income that has eroded more than ten percentage points of labor gains in the national cake (down from 50% in the 1960s to just over 30% today). There is no need to state who grabbed the lion’s share: financing incomes. Consequently, financial reform is the touchstone that is missing today in a diagnosis of the reasons behind Brazil’s stunted growth, even before restructuring its taxation, labor or social security systems. Sweeping away these financial, tax, labor and social security bottlenecks is the first step bringing Brazil back to the path of development. Facing these challenges hobbling Brazil’s development, the Accelerated Growth Program (PAC) is no more than the initial stage, which is still somewhat timid. It fails to address the core structural issue that is holding back any real acceleration in economic growth: high Government spending patterns. 1 Helpman, Elhanan – The Mystery of Economic Growth, Harvard U. Press, Cambridge 2004. 1 Helpman, Elhanan – The Mystery of Economic Growth, Harvard University Press, Cambridge 2004. * * Paulo Rabello de Castro is an economist with a Bachelor’s Degree in Law and a PhD in Economics from the University of Chicago. He is the Executive Vice-President of the Instituto Atlântico; Chairman of SR Rating, a Brazilian risk rating agency; Managing Director of the RC Consultores consulting firm; and Chairman of the Board of the GRC Visão consulting firm. He was the Editor-in-Chief of the Revista Conjuntura Econômica economic review (1979 - 1994) and lectured at the Graduate Economics School (EPGE), Getúlio Vargas Foundation (FGV). He sat on the Superior Economics Board of the São Paulo State Federation of Industries (FIESP) from 1983 to 2004 and chaired the International Law and Economics Academy from 1994 to 1996. ** Marcel Pereira is the Chief Economist of the RC Consultores consulting firm and contributed to the preparation of this report. Paulo Rabello de Castro é economista e bacharel em direito, doutor em economia (PhD) pela Universidade de Chicago, VicePresidente Executivo do Instituto Atlântico, chairman da SR Rating, empresa brasileira de classificação de riscos, Sócio-Diretor da RC Consultores e Presidente do Conselho de Planejamento Estratégico da Fecomércio SP. Foi redator-chefe da Revista Conjuntura Econômica (1979 a 1994) e professor da Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Participa do Conselho Superior de Economia da Fiesp desde 1983 e da Academia Internacional de Direito e Economia, que presidiu entre 1994 e 1996. ** Marcel Pereira é economista-chefe da RC Consultores e colaborou no desenvolvimento deste trabalho. 52 Mercado de capitais brasileiro bate todos os recordes em 2006 Estabilidade econômica, maior liquidez nos mercados internacionais, aperfeiçoamento dos mecanismos de proteção aos acionistas e a redução do risco Brasil foram os ingredientes que levaram a Bolsa de Valores de São Paulo a fechar mais um ano com recordes históricos. O índice de rentabilidade da Bovespa acumulou, ao longo de 2006, uma valorização de 32,9%, superando por 29 vezes suas máximas de pontuação, 44.526 pontos no dia 27 de dezembro. O volume de negócios atingiu a soma de R$ 598,9 bilhões, a maior registrada na história da bolsa. Este excelente desempenho foi acompanhado pelos outros mercados de títulos com destaque para as debêntures. As emissões desses papéis alcançaram 56% do total dos valores mobiliários registrados na CVM, seguidas pelas ações com 21,6%. As Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) foram recordes em 2006 com 26 empresas ingressando pela primeira vez na Bovespa. Economic stability, greater liquidity on international markets, finely-tuned shareholder protection mechanisms and a drop in the Brazil Risk were the factors spurring the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) to close yet another year at historic highs. During 2006, its profitability index rose by 32.9%, reaching 29 times its peak at 44,526 points on December 27, with its highestever trading volumes topping R$ 598.9 billion. This outstanding performance was paralleled by other securities markets, particularly debentures, whose issues reached 56% of the total securities registered with the Brazilian Securities Commission (CVM), followed by shares at 21.6%. With a record number of Initial Public Offerings (IPOs) in 2006, 26 newcomers were listed for the first time on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). Brazil’s Capitals Market breaks all records in 2006 54 Retrospectiva do mercado Market retrospective BOVESPA / São Paulo Stock Exchange Bolsa teve desempenho notável Outstanding Stock Exchange Performance cenário favorável ao mercado de capitais permitiu que a Bovespa registrasse em 2006 mais um ano de recordes e de valorização. O Ibovespa acumulou alta nominal de 32,9% no ano, superando por 29 vezes suas máximas históricas de pontuação, 44.526 pontos em 27 de dezembro. A Bolsa de Valores de São Paulo registrou também no ano passado, em um único pregão, o seu maior volume financeiro (R$ 11 bilhões) e de negócios (159.478). O A context favoring the capitals market allowed the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) to post yet another year of records and rising values in 2006. Its IBOVESPA Index posted a nominal hike of 32.9% during the year, 29 times more than its all-time high score, reaching 44.526 points on December 27. This Stock Exchange also posted its highest financial volume (R$ 11 billion) during a single trading session last year, as well as the largest number of trades (159,478) ever recorded. O volume total negociado na Bovespa apresentou crescimento de 49,3% em 2006 na comparação com 2005, atingindo R$ 598,9 bilhões, o maior registrado na história da bolsa. O valor de mercado das 350 empresas com ações negociadas na Bovespa atingiu R$ 1,54 trilhão em dezembro de 2006, com alta de 36,9% sobre o ano anterior. The total volumes traded on the São Paulo Stock Exchange rose by 49.3% in 2006, compared to 2005, reaching R$ 598.9 billion, the highest figure ever recorded in its history. The market value of the 350 companies whose shares are traded on this bourse reached R$ 1.54 trillion in December 2006, 36.9% up over the previous year. Na opinião do economista Carlos Antônio Rocca, sócio da RiskOffice, um dos fatores que contribuiu para esse desempenho positivo foi a maior participação dos investidores externos no mercado brasileiro. Em 2006, os estrangeiros foram responsáveis por 35,5% na participação dos negócios em bolsa – tornando ainda mais expressiva uma presença que já havia atingido 32,8% em 2005 –, com saldo líquido comprador de R$ 1,75 bilhão. “A presença mais significativa dos estrangeiros ocorreu em função da redução do risco País, da maior liquidez no mercado internacional e dos mecanismos de aperfeiçoamento de proteção aos acionistas”, explica. In the view of RiskOffice partner, economist Carlos Antônio Rocca, one of the factors driving this impressive performance was the more important role played by foreign investors on the Brazilian market. In 2006, they accounted for 35.5% of trading – making their presence even more striking compared to the 32.8% they held in 2005 – with a net purchase value of R$ 1.75 billion. “The more significant presence of foreigners was due to the drop in the Brazil Risk, greater liquidity on international markets and better shareholder protection mechanisms”, he explains. Com a definição do marco regulatório, aprovado pela CVM, a bolsa paulista lançou o Bovespa Mais, um novo segmento do mercado de balcão organizado. A partir disso, criou a Comissão de Listagem, formada por maioria de membros externos à bolsa, para avaliar os aspectos gerais das companhias solicitantes. With its regulatory framework defined and approved by the Brazilian Securities Commission (CVM), the São Paulo Stock Exchange launched its new organized over-the-counter market segment: Bovespa Mais. It also set up the related Listing Committee, whose members drawn largely from outside the stock exchange universe, in order to assess the general aspects of applicant companies wishing to go public. Desempenho em 2006 / Performance in 2006 Indicadores Indicators Ibovespa (variação acumulada) / Ibovespa (accumulated variation) Volume financeiro / Financial volumes Volume médio mensal / Average monthly volumes Recorde de volume financeiro (*) / Financial volume record (*) Média diária negociada / Average daily trades Nº de negócios / Nº of trades Média diária do nº de negócios / Average daily number of trades Valor de mercado das empresas / Market value of the companies Fonte: Bovespa (*) Volume financeiro alcançado num único dia de negócios, em 13/12/2006. Resultados Variação sobre 2005 Results 32,9% Variation over 2005 ————— R$ 598,9 bilhões / billion 49,3% R$ 49,91 bilhões / billion 49,3% R$ 11,1 bilhões / billion 109,8% R$ 2,4 bilhões / billion 51,1% 21,5 milhões / million 38,9% 87.488 40,5% R$ 1,54 trilhão / trillion 36,9% Source: São Paulo Stock Exchange (*) Financial volume for a single day’s trading: December 13, 2006 55 Retrospectiva do mercado Market retrospective BOVESPA FIX E SOMA FIX / Bovespa Fix e Soma Fix Sistema de renda fixa cresceu 119,8% Fixed Income System up by 119.8% maior interesse dos investidores por ativos diferenciados no mercado de renda fixa tem garantido a expansão desse segmento nos últimos anos. O melhor exemplo foi o desempenho em 2006 do Bovespa Fix e o Soma Fix, sistemas de renda fixa da Bovespa, que encerraram o ano com R$ 104,6 bilhões em ativos registrados, o que representou aumento de 119,8% sobre 2005 (R$ 47,6 bilhões). O Keen investor interest in outstanding assets on the fixed income market has driven the expansion of this segment over the past few years. The best examples for 2006 were the fixed income systems offered by the São Paulo Stock Exchange and its over-the-counter market respectively: Bovespa Fix and Soma Fix . They closed the year with R$ 104.6 billion in registered assets, up 119.8% over the 2005 figures of R$ 47.6 billion. Esse crescimento também pode ser creditado às facilidades do registro automático, concedida pela Bovespa a partir de fevereiro de 2006, para os FIDCs e os FIC-FIDCs, fundos de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios. Com isso, logo após o registro do fundo na CVM, os administradores, coordenadores e investidores passam a utilizar o ambiente do Bovespa Fix para realizar a negociação primária e secundária das cotas. Na verdade, este resultado confirma as previsões dos analistas, feitas no fim de 2005, que apostavam em um bom resultado do produto em 2006. This growth is also due to the automatic registration facilities offered by the São Paulo Stock Exchange from February 2006 onwards for Credit Rights Investment Funds of Funds (FIDCs and FIC-FIDCs). As a result, immediately after registering the fund with the Brazilian Securities Commission (CVM), its managers, coordinators and investors can use the Bovespa Fix facilities for primary and secondary trading in these quotas. In fact, these figures confirm the forecast drawn up by analysts in late 2005, wagering on a good performance by this product in 2006. Ocorreram 275 emissões em 2006, lideradas pelas debêntures (133), seguidas pelos FIDCs (97) e pelos Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com 45. Em 2005, foram 202 emissões. O volume de negócios com debêntures passou de R$ 41 milhões em 2001 para R$ 100 milhões em 2006. As negociações com CRIs subiram de R$ 50 milhões, em 2003 quando foram lançados, para R$ 252 milhões. Os FIDCs atingiram R$ 867 milhões em 2006, contra R$ 421 milhões em 2004, ano em que estrearam na Bovespa. There were 275 stock issues in 2006, headed by debentures (133), followed by FIDCs (97) and Real Estate Receivable Certificates (CRIs) at 45, compared to 202 issues in 2005. The debentures trading volumes rose from R$ 41 million in 2001 to R$ 100 million in 2006, while trading in CRIs rose from R$ 50 million in 2003 (when they were launched) to R$ 252 million. The FIDCs reached R$ 867 million in 2006 compared to R$ 421 million in 2004, the year that they made their debut on the São Paulo Stock Exchange. No mercado secundário, os negócios foram reduzidos em 2006. No total, a bolsa movimentou R$ 1,220 bilhão, abaixo dos R$ 2,015 bilhões em 2005. Romeu Pasquantonio, assessor de Desenvolvimento de Negócios da Bovespa, lembra que a formação de liquidez está, entre outros fatores, na pulverização do mercado primário. Desempenho / Performance On the secondary market, trading shrank in 2006 to total of R$ 1,220 billion, below the R$ 2,015 billion in 2005. The São Paulo Stock Exchange Business Development Advisor, Romeu Pasquantonio, recalls that liquidity formation is under analysis, together with primary market fragmentation. Volume Registrado para Negociação (R$ milhões) Trading Volumes (R$ million) Ano Emissores Emissões Year Issuers Issues Ano Volume Negociável 28 57 Year Tradable Volumes 76 2002 13.726,72 149 2003 17.871,76 24.055,99 2002 2003 2004 40 84 2005 118 202 2004 2006 164 275 2005 47.606,35 2006 104.666,94 Fonte: Bovespa / Source: São Paulo Stock Exchange 56 Retrospectiva do mercado DEBÊNTURES Market retrospective / Debentures Um ano excepcional para o mercado Outstanding Year for the Brazilian Market O mercado de debêntures conquistou em 2006 marcas históricas e se consolidou como fonte de financiamento para as companhias. Os principais destaques do ano foram: o volume total emitido, a diversidade da destinação dos recursos, a qualidade dos emissores e o montante das ofertas. A melhora das condições macroeconômicas e a expectativa de que o Brasil atinja o grau de investimento (investment grade) em 2008, atraindo mais investidores estrangeiros, contribuem para fortalecer a demanda por esse tipo de financiamento. As debêntures foram ativos com maior participação no mercado de capitais brasileiro no ano passado. As emissões alcançaram 56% do total dos valores mobiliários registrados na CVM, seguidas pelas ações (21,6%) e FIDC (10,2%). O volume recorde de emissões desses título superou em 67% o resultado verificado no fim de 2005, e os R$ 73,54 bilhões ofertados levaram o estoque de papéis registrado no Sistema Nacional de Debêntures (SND) a atingir R$ 150,5 bilhões no fim de 2006. Apenas no último bimestre do ano passado, ingressaram no sistema 11 novas emissões, totalizando R$ 18 bilhões. In 2006, the debentures market posted some landmark accomplishments, firming up its position as a source of corporate financing. The highlights for the year were: total volumes issued; diversity of fund allocation; quality issues and volumes. Improved macro-economic conditions and expectations that Brazil will attract even more foreign investors – once it reaches Investment Grade Rating in 2008 – all helped spur demands for this type of financing. Debentures were the asset with the highest profile on Brazil’s capitals market last year. Issues reached 56% of the total securities registered with the Brazilian Securities Commission (CVM), followed by shares (21.6%) and FIDC funds (10.2%). The record issues of these papers outstripped the yearend 2005 figure by 67%, with the R$ 73.54 billion offered Registros por setor / Registrations by sector Arrendamento Mercantil Leasing Mineração Mining Energia Elétrica Electricity Total de emissões / Total Issues Emp. Adm. Participações Ano /Year Quantidade /Quantity Vol. Financeiro (R$) / Financial volume (R$) Management and holding companies Telecomunicações 2004 38 9,6 bilhões 2005 45 43,5 bilhões Bebidas 2006 47 73,54 bilhões Beverages Telecommunications Fonte: Sistema Nacional de Debêntures / Source: National System of Debentures Serviços Diversos Sundry services Transporte Destino das emissões 2006 / Purpose of Issues – 2006 Investimento ou aquisição de participações societárias Investment or Acquisition of Corporate Stakes Aquisição de bens para arrendamento Acquisition of Goods for Leasing Capital de Giro Working capital Alongamento do perfil de endividamento Extension of Debt Profile Recompra ou resgate de debêntures de outra emissão Repurchase / Redemption of Debentures (Other Issues) Redução do passivo Reducing liabilities Investimento em imobilizado Investment in property, plant and equipment Investimento em infra-estrutura Investment in Infrastructure 33,72% 27,71% 20,77% 9,92% 4,49% 2,49% 0,83% 0,07% Fonte: Sistema Nacional de Debêntures / Source: National System of Debentures 58 Transportation Petroquímica e Borracha Petrochemicals and rubber Siderurgia Steel Petróleo Oil Têxtil Textiles Construção Civil Civil construction Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel-Making Alimentação Foods Securitização de Recebíveis Securitization of Receivables 67,21% 7,48% 6,30% 4,90% 4,70% 2,81% 1,69% 1,63% 0,90% 0,82% 0,48% 0,34% 0,33% 0,31% 0,07% 0,05% Fonte: Sistema Nacional de Debêntures / Source: National System of Debentures Retrospectiva do mercado DEBÊNTURES Do total de títulos emitidos no ano passado 33,7% foram destinados para investimentos ou aquisição de participações acionárias, 27,7% para compra de bens e 20,7% foram utilizados pelas empresas no capital de giro. As maiores emissões foram realizadas pelas empresas de arrendamento mercantil, que responderam por 67,2% do total, seguidas pelas mineradoras (7,4%) e as companhias de energia elétrica (6,3%) Paulo Eduardo de Souza Sampaio, superintendente geral da Andima, classifica 2006 como um ano de desempenho excepcional para as debêntures. “Foi o melhor resultado alcançado em 19 anos em termos de emissão de novos papéis no mercado.” A estabilidade econômica do Brasil é um fato preponderante no que se refere à emissão de debêntures como uma boa alternativa de financiamento para as empresas. Os grandes concorrentes das debêntures sempre foram os papéis emitidos pelo governo. À medida que os spreads dos títulos públicos baixam, ao mesmo tempo em que o governo promove o alongamento do perfil de sua dívida, cresce a procura por títulos privados. Além disso, a melhora da qualidade do risco de crédito privado está levando a rentabilidade das debêntures a atingir níveis que tornam viáveis novas emissões. A elevação das emissões nos últimos quatros anos também é creditada ao aumento do número de empresas que abriram o capital, o que amplia a possibilidade de mais empresas virem a acessar o mercado de dívida. Também contribui para isso a redução dos prêmios dos títulos públicos, que desperta o interesse por retornos mais expressivos, como os proporcionados pelas debêntures. O setor que continuou liderando as emissões em 2006 foi o de arrendamento mercantil, com 67,21%, somando R$ 49,42 bilhões. Paulo de Souza ressalta que o perfil das emissões efetuadas em 2006 mudou. Antes, as debêntures eram emitidas, em sua maioria, para rolar dívidas. No ano passado, mais de 60% das emissões foram direcionadas pelas companhias para investimento em expansão, compra de bens de capital ou para aquisição de outras companhias. “O mercado de títulos corporativos ganhou musculatura em 2006”, diz ele. Market retrospective / Debentures bringing the stock of papers registered with Brazil’s National Debentures System (SND) up to R$ 150.5 billion by later 2006. During just the last two months of the year, eleven new issues entered the system, totaling R$ 18 billion. the total number of papers issued last year, 33.7% were earmarked for investments or the acquisition of stakes; 27.7% for the purchase of assets; and 20.7% were used by companies as working capital. Most issues were conducted by leasing firms, accounting for 67.2% of the total, followed by mining companies (7.4%) and electricity utilities (6.3%) The General Superintendent of the National Association of Financial Market Institutions (ANDIMA), Paulo Eduardo de Souza Sampaio classifies 2006 as a year of outstanding performances by debentures. “This was the best result for the past nineteen years, in terms of new papers issued on the market”. The key factor behind these debenture issues is Brazil’s economic stability, offering companies a good financing alternative. The major competitors of debentures have always been Government bonds. As government paper spreads shrink, at the same time as the Government is extending its debt profile, demands for private papers build up. Moreover, the improvement in private credit risk quality is bringing the profitability of debentures up to levels that make new issues quite feasible. The upsurge in issues during the past four years is also due to an increase in the number of companies going public, opening up broader horizons for more enterprises to access the debt market. Additionally, lower premiums on public papers are fueling a search for higher returns, such as those offered by debentures. The leasing sector continued to head up the issues in 2006 at 67.21%, with a total of R$ 49.42 billion. However, Paulo de Souza stresses that the issue profile changed in 2006. Previously, most debentures were issued to roll over debts. Last year, more than 60% were undertaken by companies in order to bring in investment funding, purchase capital goods or acquire other companies. “The corporate papers market really bulked up in 2006”, he says. Outro fator positivo tem sido o alongamento dos prazos dessas operações, que passaram de três a quatro anos em 2003 para seis a sete anos desde 2005. Em 2005, foram 45 emissões, que somaram R$ 43,4 bilhões, com prazo médio de seis e sete anos. Em 2006, as 47 emissões totalizaram R$ 73,54 bilhões, com prazo médio de seis anos. Another positive factor has been the longer durations of these transactions, rising from three to four years in 2003 to six or even seven years since 2005. In the course of that year, 45 issues totaled R$ 43.4 billion, with average durations of six and seven years. The 47 issues launched in 2006 totaled R$ 73.54 billion, with an average period of six years. A expectativa do superintendente geral da Andima para 2007 é otimista. “Diante das taxas de juros decrescentes, mais empresas tendem a entrar para o mercado de ações. Mesmo aquelas que ainda têm capital fechado podem emitir debêntures, um estágio anterior à abertura. Isso é positivo”, prevê. The expectations of the ANDIMA General Superintendent for 2007 are upbeat: “with interest rates dropping, more companies will tend to turn to the stock market. Even those that are not listed may issue debentures, as a step prior to going public. This is positive”, he notes 60 FIDC / Direct Credit Investment Funds (FIDCs) Novas regras impulsionaram o produto New Rules Underpin Products A evolução dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) tem sido rápida. De acordo com as previsões dos analistas, a tendência é de que esse segmento continue crescendo, já que, desde o segundo semestre de 2006, os estrangeiros começaram a demonstrar interesse pelos produtos lastreados em ativos securitizados no Brasil. A expansão acelerada da demanda pela securitização de recebíveis imobiliários tem dado a base para esse crescimento. The development of Credit Rights Investment Funds of Funds (FIDCs) has been rapid. According to the forecasts drawn up by the analysts, this segment will tend to grow, as foreign investors have been showing interest since the second half of 2006 in products based on securitized assets in Brazil. The upsurge in the demand for the securitization of real estate receivables has underpinned this growth. Outro importante fator de impulso à emissão de FIDC em 2006 foi a mudança na regulamentação bancária, ao exigir capital nas vendas de crédito com co-obrigação, operação na qual o banco original mantinha responsabilidade por inadimplência mesmo após a venda. Bancos médios passaram a vender suas carteiras aos investidores para evitar a necessidade de aumentos de capital. Another important factor driving FIDC issues in 2006 was the alteration in Brazil’s banking regulations, now requiring capital on credit sales with joint obligations, through transactions in which the original bank remains liable for defaults, even after the sale. Medium-sized banks began to sell off their portfolios to investors in order to avoid escape these necessary capital increases. Segundo levantamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na virada de 2006 para 2007 o estoque de FIDCs em atividade superou os R$ 20,8 bilhões. O desempenho positivo desses fundos também pode ser medido pelos dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). Os FIDCs começaram a ser formados em dezembro de 2003, com sete fundos, cujo patrimônio líquido era de R$ 1,014 bilhão. Desde então, o crescimento foi constante, particularmente nos últimos dois anos. Em 2005, o patrimônio líquido dos 63 fundos somava R$ 12,246 bilhões. O crescimento em 2006 sobre o ano anterior foi de 42,93%, quando o patrimônio totalizou R$ 19,299 bilhões e o número de fundos subiu para 114. According to a survey conducted by the Brazilian Securities Commission (CVM), at the turn of the year the stock of FIDCs being actively traded toped R$ 20.8 billion. The positive performance by these funds may also be measured by the data issued by the National Investment Banks Association (ANBID). Launched in December 2003, the first seven FIDCs posted net equity of R$ 1,014 billion. Since then, they have grown steadily, particularly over the past two years. In 2005, the net equity of 63 funds totaled R$ 12,246 billion, with growth of 42.93% in 2006, compared to the previous year, with assets totaling R$ 19,299 billion, and the number of funds rising to 114. According to estimates drawn up by the analysts, the private debt market will continue to expand in 2007, due mainly to the prospects of a steady drop in Brazil’s basic interest rate (SELIC). Furthermore, this product offers a good alternative for long-term investments, attracting the attention of major institutional investors. Pelas estimativas dos analistas, o mercado de dívida privada continuará crescendo em 2007, principalmente em função da perspectiva de queda continuada na taxa de juro básica, a Selic. Além disso, o produto é uma boa alternativa para investimentos de longo prazo, o que desperta a atenção dos grandes investidores institucionais. Evolução dos FIDCs / Development of Credit Rights Investment Funds (FIDCs) Ano / year No fundos / Number of Funds PL (R$)/ Net Equity(R$) Variação do PL (%) / Variations in Net Equity (%) No ano** / During the Year Em 12 meses*** / During 12 Months Dez/03* 07 1.014.454.510 Dez/04 36 4.566.800.945 263,45 350,17 Dez/05 63 12.246.259.779 166,63 168,16 Dez/06 114 19.299.763.695 42,93 57,60 Fonte: Anbid * Início do FIDC em Dez/2003 ** Janeiro a Dezembro *** Dezembro a Dezembro Source: Anbid * Launch of FIDCs in December 2003 ** January to December *** December to December 61 Retrospectiva do mercado NOTAS COMERCIAIS Market retrospective / Commercial Papers Emissões superam as expectativas Issues Exceed Expectations desempenho do mercado de Notas Comerciais foi positivo em 2006. Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que foram emitidos R$ 4,46 bilhões desses papéis, superando em 69,58% o volume registrado no ano anterior (R$ 2,63 bilhões). O The performance of the Commercial Papers market was positive in 2006, with data issued by the Brazilian Securities Commission (CVM) showing the R$ 4.46 billion of these papers were issued, 69.58% more than the volume for the previous year of R$ 2.63 billion. Na Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip), o estoque de Notas Comerciais, ou commercial papers, também cresceu. Em dezembro de 2005, o volume estava em R$ 971,16 milhões, subindo para R$ 1,29 bilhão em dezembro de 2006. No fim de fevereiro de 2007, o estoque da Cetip já alcançava R$ 1,693 bilhão. The stock of Commercial Papers held by the Custody and Settlement Chamber (CETIP) also increased, up from R$ 971.16 million in December 2005 to R$ 1.29 billion in December 2006. By the end of February 2007, CETIP stocks already topped R$ 1.693 billion. Antonio Carlos Ferreira Teixeira, superintendente geral da Cetip, observa que as empresas têm usado o mercado de capitais para captar recursos de diversas formas. “O que acontece normalmente é a empresa emitir Notas Comerciais, títulos de curto prazo, enquanto espera a autorização da CVM para a emissão de debêntures, papéis de longo prazo”, informa. Teixeira lembra que o volume de emissões de debêntures em 2006 registrou aumento significativo em relação ao ano anterior. Lembra que há alguns anos, este aumento seria registrado nas emissões das Notas Comerciais. No entanto, ele explica que atualmente o mercado de capitais oferece um amplo leque de alternativas de crédito para as empresas captarem dinheiro. São instrumentos como os Fundos de Direito Creditório (FDICs) e as Cédulas de Crédito Bancário mais usados pelas empresas nos últimos anos. “A taxa de juro básica deve continuar a cair de forma gradual ao longo de 2007. Isso é uma excelente oportunidade para as empresas captarem recursos, seja por meio de ações, debêntures, FIDCs ou Notas Comerciais”, prevê. The General Superintendent of CETIP, Antonio Carlos Ferreira Teixeira notes that companies have been turning to the capitals market to raise funds in several different ways. “What usually happens is that the company issues short-term Commercial Papers, while awaiting authorization from the Brazilian Securities Commission (CVM) to issue debentures, long-term papers”, he says. Noting that debenture issues rose significantly in 2006 compared to the previous year, Teixeira recalls that this increase has been posted for the past few years in issues of Commercial Papers. However, he explains that Brazil’s capitals market now offers a broad range of credit alternatives for companies wanting to raise funds. The tools most widely used by companies over the past few years have been the Direct Credit Funds (FDICs) and the Bank Credit Notes. “The basic interest rate will continue to drop gradually during 2007. This is an excellent opportunity for companies to bring in funds through either shares, debentures, FIDCs or Commercial Papers,” he forecasts. Emissões sobem / Issues on the Rise No de registro / No Registrations Volume financeiro / Financial Volumes 2001 32 5,26 bilhões / billion 2002 20 3,87 bilhões / billion 2003 12 2,12 bilhões / billion 2004 05 2,24 bilhões / billion 2005 09 2,63 bilhões / billion 2006 12 Ano / year Fonte: CVM Obs.: O número de registro em 2005 foi corrigido pela CVM. No Anuário Estatístico de 2006, na página 38, na coluna Número de registro, onde se lê 10 na verdade são 9. Mas o volume financeiro não foi alterado. 62 4,46 bilhões / billion Source: Brazilian Securities Commission (CVM) Note: The registration figure for 2005 was corrected by the Brazilian Securities Commission (CVM). In the 2006 on page 38 of the 2006 Statistical Year Book , under the column headed Registration Number where the figure 10 appears, this should actually be 9. But the financial volume did not alter. ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE EMPRESARIAL / Business Sustainability Index (ISE) Lucratividade acima do Ibovespa Profitability tops São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA) O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) registrou valorização de 37,8% em 2006, acima dos 32,9% alcançados pelo Ibovespa. Segundo o Boletim Informativo da Bovespa, das 34 companhias listadas no índice quatro registraram lucratividade expressiva: Localiza (128,67%), ALL (124%), Acesita (99,34%) e Coelce (86,41%). Na primeira renovação da carteira do índice, em dezembro do ano passado, entraram os ativos de dez empresas: Acesita, Coelce, Energias do Brasil, Gerdau, Localiza, Metalúrgica Gerdau, Petrobras, Suzano Petroquímica, TAM e Ultrapar. Deixaram de fazer parte do ISE a CESP, Copesul, Eletrobrás e WEG. Esta mudança faz parte da metodologia do indicador que prevê revisão anual para aferir se as companhias continuam atendendo os critérios mínimos de responsabilidade sócio-ambiental, governança corporativa e saúde financeira. Em 2006, inclusive, o questionário do ISE teve alguns ajustes. As mudanças mais expressivas foram nos itens compromisso da empresa com o desenvolvimento sustentável e a natureza do produto, que na versão 2006 apareceram em dimensões separadas. O questionário também avaliou o desempenho em relação à corrupção. A nova carteira, que vigora até o dia 30 de novembro de 2007, reúne 43 ações emitidas por 34 empresas de 14 setores, totalizando R$ 700,7 bilhões em valor de mercado. O valor é equivale a 48,5% do valor de mercado das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que era de R$ 1,4 trilhão em novembro do ano passado. The Business Sustainability Index (ISE) rose by 37.8% in 2006, topping the 32.9% reached by the São Paulo Stock Exchange Index (IBOVESPA). According to the Informative Bulletin published by this Stock Exchange, four of these 34 listed companies posted significant profits: Localiza (128.67%), ALL (124%), Acesita (99.34%) and Coelce (86.41%). The first renewal of the portfolio underpinning this Index in December last year brought in ten more enterprises: Acesita, Coelce, Energias do Brasil, Gerdau, Localiza, Metalúrgica Gerdau, Petrobras, Suzano Petroquímica, TAM and Ultrapar, with four companies leaving: CESP, Copesul, Eletrobras and WEG. This change reflects the methodology used by this indicator, with an annual review that ascertains whether the companies continue to comply with the minimum criteria related to social and environmental responsibility, corporate governance and financial soundness. Some alterations were introduced in the latest ISE questionnaire, particularly in terms of corporate commitments to sustainable development and products, presented in separate sections in the 2006 version. This questionnaire also assessed corporate performances with regard to corruption. Effective through to November 30, 2007, this new portfolio lists 43 shares issued by 34 companies in fourteen sectors, totaling R$ 700.7 billion by market value. This figure is equivalent to 48.5% of the market value of companies on the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA), which reached R$ 1.4 trillion in November last year. Desempenho do ISE / ISE Performance 2006 1.433 37,8 Pontos / Points Variação / Variation 2005 1.040 4,0 Fonte: Bovespa / Source: São Paulo Stock Exchange Lista das Empresas do ISE / Companies listed on the Business Sustainability Index (ISE) Acesita All – América Latina Logística Aracruz Celulose Arcelor Brasil Bradesco Banco do Brasil Braskem CCR Rodovias Celesc Cemig Coelce Copel CPFL Energia Dasa – Diagnósticos da América Eletropaulo Embraer Energias do Brasil Gerdau Gerdau Matalúrgica Gol Linhas Aéreas Inteligentes Iocho-Maxion Itaubanco Itausa Localiza Natura Perdigão Petrobras Suzano Papel e Celulose Suzano Petroquímica TAM Tractebel Energia Ultrapar Unibanco VCP – Votorantim Celulose e Papel Fonte: Bovespa / Source: São Paulo Stock Exchange 63 Retrospectiva do mercado Market retrospective ÍNDICE DE GOVERNANÇA / Corporate Governance Index Novo Mercado atrai mais empresas Brazil ’s New Market (Novo Mercado) Attracts Companies O Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada (IGC) da Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o ano de 2006 registrando valorização de 41,2%, superior ao resultado do Ibovespa (32,9%), principal referencial de desempenho da Bovespa. As empresas listadas no IGC estão inseridas em segmento diferenciado de negociação, no qual se destaca a adoção de boas práticas de governança corporativa. Mauro Giorgi, economista da corretora Geração Futuro, ressalta a importância do IGC. “É nítida a valorização diferenciada que o mercado concede às empresas listadas nesse índice.” O indicador é formado por empresas negociadas no Novo Mercado e as que estão classificadas nos níveis 1 e 2 de governança corporativa. O desempenho do IGC nos últimos cinco anos mostra que os investidores valorizam e pagam mais por ações de empresas que adotam a governança corporativa como parte de sua estratégia de administração. No período de 2002 (1.026 pontos) a 2006 (5.169 pontos), o índice apresentou valorização de 403,80%, enquanto o Ibovespa registrou alta de 294,68%. Em 2006, constatou-se também o crescimento do número de empresas listadas no Novo Mercado. As companhias desse segmento saltaram de 18 no fim de 2005 para 44 em 2006, sendo que as novas listagens responderam por 20 adesões e a migração de empresas já listadas em bolsa por outras seis: Banco do Brasil, Embraer, Eternit, Perdigão, Rossi Residencial e São Carlos Empreendimentos. A última a entrar foi a Industrias Romi, que em março deste ano migrou para o Novo Mercado e suas empresas foram incluídas no IGC. A Romi é listada em bolsa desde 1971. O Novo Mercado também ganha destaque internacional, firmando-se cada vez mais como uma referência mundial. Artigos publicados no jornal Financial Times e na revista The Economist, por exemplo, enfatizaram a evolução do Novo Mercado e suas principais características, como o tag-along de 100% a emissão exclusiva de ações ordinárias (ON). The Corporate Governance Enhanced Share Index (IGC) established by the São Paulo Stock Exchange ended 2006 with an increase of 41.2%, outstripping the IBOVESPA Index at 32.9%, which is the main performance meter for the São Paulo Stock Exchange. The companies listed on the IGC are clustered into a special trading segment that stresses the adoption of good corporate governance practices. An economist with the Geração Futuro brokerage house, Mauro Giorgi underscores the importance of the IGC. “The market quite assigns higher values to enterprises listed on this Index,” consisting of companies traded on Brazil’s New Market (Novo Mercado) as well as those rated as Tier 1 and 2 for Corporate Governance. The IGC performance over the past five years shows that investors prefer companies adopting corporate governance as part of their management strategies, paying more for their shares. Between 2002 (1,026 points) and 2006 (5,169 points), this Index rose by 403.80%, compared to 294.68% posted by the São Paulo Stock Exchange Index. In 2006, the number of companies listed on Brazil’s Novo Mercado also increased, up from eighteen in late 2006 to 44 in 2006, encompassing twenty newcomers, with the migration of a further six listed companies: Banco do Brasil, Embraer, Eternit, Perdigão, Rossi Residencial and São Carlos Empreendimentos. The latest arrival is Industrias Romi, which migrated to the Novo Mercado in March this year, with its companies now included on the IGC. This conglomerate has been listed on the Stock Exchange since 1971. Brazil’s Novo Mercado also gained a higher international profile, steadily firming up its footing as a global benchmark. Articles published in the Financial Times and the Economist, for example, stressed the development of this Novo Mercado and its main characteristics, such as 100% tag-along for exclusive common share issues. Desempenho do IGC / Corporate Governance Index (IGC) Performance Pontos / Score Variação / Variation (%) 2006 5.169 41,2 Fonte: Bovespa / Source: São Paulo Stock Exchange 66 2005 3.658 43,7 2004 2.545 37,9 2003 1.845 79,8 ABERTURA DE CAPITAL / Going Public A caminho da Bolsa de Valores The Path of the Stock Exchange A s Ofertas Públicas Iniciais (IPOs) bateram todos os recordes do mercado de capitais brasileiro em 2006. Foram 26 empresas que ingressaram na Bovespa, número superior à soma dos dez anos anteriores, período em que apenas 20 companhias haviam realizado esse tipo de operação, sendo 16 IPOs entre 2004 e 2005. No total, as captações atingiram R$ 15,2 bilhões, representando 50,3% do volume total das ofertas, contra R$ 4,36 bilhões captados em 2005, o que significou expansão de 248,62%. O setor de construção civil, praticamente ausente da bolsa até o fim de 2005, foi um dos destaques em 2006. As incorporadoras responderam por uma a cada cinco ofertas realizadas na bolsa em 2006 e o panorama tende a se repetir em 2007. A expectativa está baseada, principalmente, na trajetória de queda da taxa de juro básica. Empresas de diferentes setores, como planos odontológicos, biocombustíveis, tecnologia da informação e varejo de viagem, também optaram por abrir seu capital. José Francisco Cataldo Ferreira, gerente de Análise de Investimento do Banco Real, lembra que dados da CVM mostram que as captações corporativas registraram significativo crescimento em 2006, somando R$ 120 bilhões, um aumento de 40% sobre 2005. Ele destaca ainda a maior presença do investidor externo no mercado nacional como um fator importante para esse desempenho. “Os estrangeiros mostram apetite por ativos brasileiros e já respondem por cerca de 40% dos negócios no Novo Mercado.” O executivo constata também que, atualmente, os investidores estão mais criteriosos e, por isso, preferem empresas mais comprometidas com uma gestão cuidadosa e responsável. “Isso acaba levando as empresas a ter uma cultura mais transparente”, completa. Cataldo prevê um 2007 mais aquecido em termos de IPOs. O professor Carlos Antônio Rocca, sócio da RiskOffice, observa que esse processo de abertura é positivo principalmente porque as novas empresas buscam os níveis mais altos de governança corporativa. Segundo ele, embora o número de companhias com capital aberto tenha caído – iniciou 2006 com 633 empresas e encerrou o ano com 620 (dados da CVM) –, boa parte das empresas que está listada na bolsa tem como preocupação a transparência. Initial Public Offerings (IPOs) broke all records on Brazil’s capitals market in 2006, with 26 companies going public, higher than the total for the ten previous years, when only twenty companies took this step, with sixteen of these IPOs held in 2004 and 2005. In all, R$ 15.2 billion were raised, accounting for 50.3% of the total offerings, compared to R$ 4.36 billion in 2005, reflecting expansion of 248.62%. Having almost vanished from the Stock Exchange through to late 2005, the civil construction sector made a massive comeback in 2006, with developers accounting for one out of every five offerings on the Stock Exchange in 2006 and promising a repeat performance in 2007. These expectations are based mainly on the downtrend in the basic interest rate. Companies in sectors as different as dental plants, biofuels, information technology and retail travel also decided to go public. An Investment Analysis Manager with the Banco Real, José Francisco Cataldo Ferreira recalls that data released by the Brazilian Securities Commission (CVM) show that corporate funding posted significantly higher uptakes in 2006 at R$ 120 billion, 40% more than in 2005. He stresses the more active role being played by foreign investors on the Brazilian market as an important factor for this performance. “Foreigners are eager for Brazilian assets and already account for 40% of the business on the Novo Mercado.” This executive also notes that investors are more discerning today, preferring companies that are more firmly committed to careful and responsible management. “This is pushing companies towards a more transparent culture,” he adds, forecasting an even hotter 2007, in terms of IPOs. Professor Carlos Antônio Rocca, a RiskOffice partner notes that this expansion process is positive, mainly because new companies are striving to attain higher corporate governance levels. According to him, although the number of listed companies has dropped – down from 633 at the start of the year to 620 by late 2006 (CVM data) – most enterprises listed on the Stock Exchanges are concerned with transparency. Among these 26 companies, twenty were listed on Brazil’s Novo Mercado, brining in funds of R$ 11.2 billion. 67 Retrospectiva do mercado Market retrospective ABERTURA DE CAPITAL Entre as 26 companhias, 20 foram listadas no Novo Mercado, o equivalente a captações de R$ 11,2 bilhões. Outras quatro empresas foram listadas no Nível 2, totalizando R$ 2,6 bilhões em captações, e duas, com sede em outros países, lançaram Brazilian Depositary Receipts (BDRs) e captaram R$ 1,4 bilhão. O fato de a maioria ter ingressado nos níveis diferenciados de governança corporativa reforça a idéia de que empresas com mais transparência e maior equilíbrio de direitos entre acionistas beneficiam o mercado e a própria companhia. / Going Public A further four enterprises were listed at Tier 2, with a total uptake of R$ 2.6 billion, and two others, headquartered outside Brazil, launched Brazilian Depositary Receipts (BDRs), bringing in R$ 1.4 billion. The fact that most of them entered at enhanced corporate governance levels strengthens the idea that companies with greater transparency and stakeholder that rights are more evenly balanced benefit the market and the business as well. For the first time since the establishment of Brazil’s Nove Mercado and Tier 1 and 2 in 2000, the market value of the companies listed in this segment accounted for more than half of the market value of the São Paulo Stock Exchange. The 94 companies listed accounted for 58% of the total market capitalization and 58% of the volumes traded on the Stock Exchange. Pela primeira vez desde a criação do Novo Mercado e dos Níveis 1 e 2, em 2000, o valor de mercado das companhias listadas nesses segmentos correspondeu a mais da metade do valor de mercado da Bovespa. As 94 empresas listadas representaram 58% do total da capitalização de mercado e 58% do volume negociado na bolsa. Novas empresas / New companies Empresa Segmento de listagem Data No de negócios / 2006 Volume negociado / 2006 - R$ Company Listing segment Date No trades in 2006 Trading volumes in 2006 - R$ Copasa NovoMercado 08/02 35.020 937.423.580,00 Vivax Nível 2 08/02 23.301 1.196.138.116,00 Gafisa Novo Mercado 17/02 72.655 2.256.028.444,00 Company Novo Mercado 02/03 28.945 520.843.133,00 Totvs Novo Mercado 09/03 18.640 920.470.864,00 Equatorial Nível 2 03/04 16.159 567.803.393,00 Abnote Novo Mercado 27/04 28.977 825.684.368,00 CSU Cardsyst Novo Mercado 02/05 31.560 548.277.836,00 BrasilAgro Novo Mercado 02/05 56 137.025.843,00 Lupatech Novo Mercado 15/05 24.090 1.266.791.795,00 Tradicional 1º/06 4.098 243.190.685,00 Datasul Novo Mercado 02/06 11.940 209.808.567,00 MMX Mineração Novo Mercado 24/07 350 248.644.560,00 Abyara Novo Mercado 27/07 247 79.777.160,00 Medial Saúde Novo Mercado 22/09 8.100 511.567.886,00 Klabin Segall Novo Mercado 09/10 16.126 498.019.515,00 Santos Brasil Nível 2 13/10 10.716 727.465.959,00 M.Dias Branco Novo Mercado 18/10 5.363 189.528.498,00 Brascan Res. Properties Novo Mercado 23/10 13.450 756.065.453,00 Profarma Novo Mercado 26/10 6.265 241.717.563,00 Terna Part Nível 2 27/10 11.627 503.307.157,00 Brasil Ecodiesel Novo Mercado 13/11 15.625 175.571.132,00 OdontoPrev Novo Mercado 1º/12 11.360 394.634.212,00 Positivo Informática Novo Mercado 11/12 13.818 366.401.696,00 Lopes Brasil Novo Mercado 18/12 10.951 249.222.707,00 Tradicional 22/12 9.457 GP Investments (*) Dufry (*) Fonte: Bovespa (*) Lançamentos em BDR 68 278.910.601,00 Source: São Paulo Stock Exchange (*) Launch of BDRs Retrospectiva do mercado Market retrospective REGISTROS NA CVM / Registrations with the Brazilian Securities Comission (CVM) Pedidos de registros crescem em 2006 Applications for Listing Up in 2006 O processo de renovação do mercado de capitais continuou em 2006. Ao longo do ano a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) concedeu 52 registros para emissões de ações, número recorde dos últimos cinco anos, e cancelou 64. Este resultado mostra que no fim do ano passado, existiam no país 620 empresas com capital aberto, número que vem caindo desde 2001 como parte de um longo processo de ajuste. Segundo analistas, o mercado de capitais brasileiro passa por uma “seleção natural”. As regras mais rígidas no que se refere à transparência de gestão administrativa e os investidores mais informados e mais exigentes são fatores que têm levado empresas sem perfil de capital aberto a pedir o cancelamento de seus registros junto à CVM. Outro motivo que explica o maior volume de cancelamentos em relação aos registros é o processo mais intenso de incorporação. Dados da Bovespa mostram que foram cancelados os registros de 24 empresas, sendo 14 por empresas incorporadas por outras companhias listadas na bolsa. Os demais cancelamentos foram relativos a: cinco empresas com oferta pública, duas sem oferta pública e três por falta de atualização de registro. João Batista Fraga, superintendente de Relações com Empresas da Bovespa, afirma que os cancelamentos são irrelevantes. “Algumas empresas estavam em processo falimentar, outras em cisão. Foram casos burocráticos.” Para Fraga, o grande destaque de 2006 foi o número recorde de abertura de capital. O registro de ações na Bovespa somou 42, totalizando R$ 30,2 bilhões. “Pelo menos, desde 1986 não se tinha tal volume”, constata. The renewal process of Brazil’s capitals market continued in 2006. During the year, the Brazilian Securities Commission (CVM) granted 52 registrations for issuing shares, setting a record for the past five years, and cancelled 64 others. As a result, by the end of last year there were 620 listed companies in Brazil, with this figure shrinking steadily since 2001 as part of a gradual adjustment process. According to analysts, Brazil’s capitals market is passing through a “natural selection process”. Together with stringent rules buttressing transparent management practices, betterinformed and more exigent investors are prompting companies to cancel their listings when unable to adapt to these demands. Another reason behind the large number of cancellations of listings is an upsurge in mergers and acquisitions. Data released by the São Paulo Stock Exchange show that the listings of 24 companies were canceled, fourteen of them acquired by other listed enterprises. The other cancellations consisted of: five businesses with public offerings, two with no public offerings and three that failed to renew their registration. The Corporate Affairs Superintendent of the São Paulo Stock Exchange, João Batista Fraga affirms that these cancellations are irrelevant. “Some companies were verging on bankruptcy, while others were being split or spun off. This was just a matter of paperwork.” He feels that the highlight of 2006 was the record number of companies going public, with a total of 42 shares being traded on the São Paulo Stock Exchange, for a total of R$ 30.2 billion. “This volume has not been seen since at least 1986,” he stressed. Registros na CVM Companies listed with the Brazilian Securities Commission Ano Concedidos Cancelados Total de Companhias Month Granted Cancelled Total No Listed Companies 2001 36 57 831 2002 15 54 793 2003 14 55 718 2004 16 43 652 2005 23 146 617 2006 52 64 620 Fonte: CVM / Source: Brazilian Securities Commission (CVM) 70 Lucro líquido das companhias abertas cresceu menos em 2006 O ano de 2006 foi marcado por um aquecimento da demanda interna, muitas vezes em detrimento das vendas externas, como conseqüência da constante valorização do real. O lucro líquido das empresas abertas, reunido neste Anuário, avançou 10,7% em relação ao ano anterior, um resultado inferior aos 25% verificados na comparação entre 2005 e 2004. O maior acesso ao crédito influenciou diretamente o resultado de diversos setores da economia, sobretudo automóveis e máquinas e equipamentos, que teve um aumento de 30,7% no lucro líquido. A expansão da massa salarial também contribui para o aquecimento interno, refletindo nas vendas do comércio, alimentos e bebidas. Siderurgia e têxtil, mais relacionados ao mercado externo, não obtiveram o mesmo desempenho. Além disso, o alto preço do petróleo foi fator determinante, mas, enquanto garantiu lucros recordes para empresas de extração, teve um impacto negativo no custo das petroquímicas. Rising domestic demands undermined foreign sales in 2006, reflecting a steady increase in the value of the Brazilian Real. The net profits posted by listed companies and presented in this Yearbook rose by 10.7% over the previous year, well below the 25% recorded between 2005 and 2004. Easier access to credit directly affected the results of several economic sectors, particularly automobiles, as well as machinery and equipment, with net profits up 30.7%. The expansion of the wage-earning segment also drove the domestic market, spurring sales of goods in general, as well as foods and beverages; tied more closely to foreign markets, steel and textiles did not perform as impressively. Moreover, high oil prices were also a determining factor, bringing in record profits for oil companies but with negative effects on the costs of petrochemical plants. Net Earnings Rise Less for Listed Companies in 2006 72 Desempenho setorial Sectorial performance ATACADO E VAREJO / Wholesale and Retail Crédito e salário garantem crescimento Credit and wages ensure growth C om alta pelo terceiro ano consecutivo, o comércio brasileiro alcançou, em 2006, expansão de 6,2% no volume de vendas em comparação com 2005, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Esse resultado supera o aumento registrado no ano anterior, de 4,8%, e é puxado pelo crescimento da massa salarial e de acesso ao crédito por um segmento maior da população brasileira. Por outro lado, a receita nominal atingiu alta de 7,5% no ano passado, contra uma elevação de 10,5% verificada em 2005, mostrando uma maior estabilidade dos preços em 2006. After three years of consecutive rise, Brazilian commerce reached, in 2006, an expansion of 6.2% in sales as compared to 2005, according to data from IBGE Monthly Sector Performance Survey(PMC). It surpassed last year’s figure of 4.8%, and it is driven by the growth on the total payroll and access to credit by a larger segment of the Brazilian population. On the other hand, the nominal revenue hit 7.5% last year, against 10.5% increase in 2005, which shows a greater price stability in 2006. O principal destaque em 2006 foi o segmento de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, com alta de 30% nas vendas sobre 2005. Este mesmo segmento contribuiu para a elevação menos intensa da receita nominal do comércio, uma vez que seu faturamento teve um crescimento relativo bem inferior ao das vendas, com alta de 13,4%. A venda de móveis e eletrodomésticos subiu 10,2% e também contribuiu para elevação do índice do setor. Dos sete segmentos pesquisados pela PMC, nenhum apresentou redução de vendas ou receita. Equipment, office supplies, computer science and communication segments were outstanding in 2006, overpassing 2005 sales in 30%. This same segment contributed to a less intense growth of commerce nominal revenue ,as its invoicing was relatively far below that of sales, rising 13%. Furniture and electro-domestic appliances were up 10.2%, which also contributed to the sector’s higher index. Of the seven segments surveyed by PMC, none presented reduction in sales or revenue. O resultado da pesquisa reflete a receita operacional das 11 empresas do setor de comércio listadas na Bovespa, que teve expansão de 18,8%, a despeito da queda do lucro líquido de 1,96% no ano passado. A diminuição do lucro, entretanto, foi puxada pela queda de 55,8% do resultado do grupo Pão de Açúcar. Em 2007, os números apontam para mais um ano de expansão das vendas no atacado e no varejo. Nos dois primeiros meses do ano houve uma expansão de 8,8% em relação ao mesmo período de 2006. O resultado mais intenso deve se manter ao longo deste ano, como reflexo da recuperação econômica e do acesso ao crédito. This information mirrors the operational revenue of 11 trade companies listed by BOVESPA, which reached 18.8% expansion in spite of a net profit drop in 1.96% last year. “Pão de Açúcar group” alone saw a fall of 55.8%, pulling down profit. The figures for 2007 indicate another year of wholesale and retail sales increase. During the first two months of the year,there was 8.8% expansion against the same period in 2006. It is expected an intense activity throughout the year as a consequence of the economic upswing and access to credit. Atacado e Varejo / Wholesale and Retail 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 15.876.640 17.850.457 12,43% Passivo Circulante / Current liabilities 5.594.148 7.036.132 25,78% Exigível Total / Total Indebtedness 9.090.917 10.065.509 10,72% Patrimônio Líquido / Total equity 6.785.723 7.784.949 14,73% Receita Líquida / Net revenues 20.964.681 23.102.078 10,20% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 1.033.762 900.844 -12,86% 73 Desempenho setorial Sectorial performance AGRONEGÓCIO / Agribusiness Setor reage e reverte tendência Sector reacts and reverses trend O setor de agronegócio brasileiro reverteu a queda de 1,0% na produção em 2005, fechando o ano de 2006 com alta de 1,6%. Esse resultado ficou bem abaixo da média da indústria nacional brasileira, que apresentou uma expansão de 2,8%. A reação foi mais intensa na agricultura, influenciada positivamente pelas melhores condições climáticas do ano passado em relação a 2005, período de forte estiagem, sobretudo no Sul, proporcionando a expansão de 3,4% do setor. O segmento de derivados de cana-de-açúcar apresentou forte crescimento (7,9%), impulsionado pela maior demanda por álcool. Outras contribuições positivas vieram dos derivados de celulose (4,2%) e fumo (6,2%), enquanto os derivados de soja, principal grão produzido e exportado pelo país, apresentaram redução de 5,0%, devido não só a valorização da moeda nacional, mas também aos baixos preços internacionais. Por outro lado, o segmento de pecuária apresentou um recuo de 0,8%, puxado principalmente pela queda da produção de derivados de aves, em 3,4%, provocada pela gripe aviária, que reduziu o consumo mundial. No entanto, a produção de carne bovina e suína teve um ligeiro crescimento de 0,5%. Também houve problemas nas exportações em conseqüência da febre aftosa em algumas regiões do sul do país no fim de 2005, e que afetou, ao longo de 2006, a confiança dos países importadores de carne brasileira. Para 2007, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em levantamento realizado em abril deste ano, prevê o crescimento de 18 dos 25 produtos da safra agrícola nacional frente ao ano anterior. Os destaques são: o trigo em grão (52,3%) e a segunda safra de milho (33,8%), que, juntos, representam 30 dos 45,6 milhões de hectares plantados no Brasil. Brazilian agribusiness sector reverted the fall of 1% in production in 2005, ending 2006 on a 1.6% rise. Nevertheless, this figure was far below the average of Brazilian national industry, which increased 2.8%. Agriculture was the most outstanding segment, increasing by 3.4%, as it was positively influenced by last year’s better weather conditions as compared to 2005, when, mainly the south region was drought-beaten. Sugar cane derivatives segment saw considerable growth (7.9%), due to a bigger demand for ethanol. Other positive sources of contributions were cellulose derivatives (4.2%) and tobacco (6.2%), while soybean derivatives, the most produced and exported grain by the country, suffered a 5.0% drop, as a consequence of, not only the real appreciation, but also of low international prices. On the other hand, the cattle raising segment was down 0.8%, due mainly to fowl derivatives drop by 3.4% triggered by the birds’ flu, reducing its intake worldwide. Nevertheless, beef and pork production was slightly increased by 0.5%. At the end of 2005, the hoof and mouth disease stroke some areas in the south of the country which, throughout 2006, lowered both exports and the confidence in Brazilian meat. A survey, by The Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE) performed this current April, estimates for 2007 a growth in 18 of the 25 national farm crop products as compared to 2006. The highlights are: wheat grains (52.3%) and the second corn crop (33.8%), which , together, represent 30 out of the 45.6 million planted hectares in Brazil. Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) / Agribusiness Ativo Total / Total assets 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % 1.944.918 1.930.789 -0,73% Passivo Circulante / Current liabilities 605.806 462.005 -23,74% Exigível Total / Total Indebtedness 623.114 646.344 3,73% -3,81% Patrimônio Líquido / Total equity 821.613 790.308 Receita Líquida / Net revenues 1.990.596 1.933.685 -2,86% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 114.223 -28.337 -124,81% 74 ALIMENTOS / Foodstuffs Crescimento ainda muito tímido Growth still very tentative O s setores industriais ligados à transformação de alimentos apresentaram um crescimento fraco em 2006. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expansão no ano passado foi de apenas 1,8% frente a 2005. Este é o segundo ano consecutivo que o setor apresenta baixo crescimento, mas superior ao de 2005 que teve um aumento da produção física de apenas 0,6%. A expansão do setor ficou prejudicada pelo recuo de 22% no faturamento dos produtos derivados de carne – segmento com a maior participação (14%) –, em razão dos problemas sanitários que afetaram o país. O segundo maior segmento, as indústrias de beneficiamento de café, chá e cereais, também apresentaram recuo no faturamento: -1,9%. Nesse sentido, o crescimento do setor esteve relacionado ao aumento dos outros segmentos que compõem a indústria alimentícia. As empresas de óleos e gorduras registraram alta de 3,6% e os derivados de trigo subiram 6,9%. O segmento de melhor desempenho no ano foi o de açúcares, cujo faturamento subiu 30,9%, atingindo R$ 21,6 bilhões, em razão do aumento das exportações. Em 2007, o setor deve atingir desempenho bem superior ao registrado no ano anterior. As altas cotações das commodities e os resultados recordes da safra deste ano devem favorecer a indústria como um todo. Entretanto, com o câmbio valorizado, não deve haver uma elevação dos preços no mercado. Ao contrário, é possível que ocorra um novo ciclo de deflação dos alimentos este ano se a indústria doméstica preferir abastecer o mercado interno em vez de exportar. A Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação (Abia) prevê para este ano um crescimento das vendas reais de 3,5% a 4%, além da elevação da produção física de 4% a 4,5%. Industrial sectors engaged in food processing displayed a weak growth in 2006. According to data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), last year expansion was only 1.8% as compared to 2005. It is the second consecutive year of low development, nevertheless superior to that of 2005 which hit a mere 0.6% rise on physical production. The sector’s expansion was hindered by a setback of 22% on meat derivatives billing - the most contributive segment (14%) - due to sanitation problems that reached the country. The second largest segment; the improvement industries of coffee, tea and cereals, also saw a -1.9% retreat in their invoicing. Therefore, the sector’s growth was attached to other segments that make up the food industry. Oils and fats companies increased 3.6% and wheat derivatives 6.9%. Sugars segment displayed the best performance during the year, billing going up 30.9%, reaching R$21.6 billion as exports increased. For 2007, the sector shall register far superior performance than 2006. The high quotations on commodities and the astonishing crops results this year shall favor industry as a whole. Nevertheless ,there shall be no rise in market prices due to the appreciation of the real. On the contrary, there might be a new deflation cycle on foodstuffs if domestic industry favors to supply the domestic market instead of exporting. The Brazilian Foods Association (Abia) foresees an actual sales growth from 3.5% to 4%, plus a 4% to 4.5% physical production increase. Alimentos / Foodstuffs 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 13.019.545 19.551.843 50,17% Passivo Circulante / Current liabilities 3.934.250 4.528.051 15,09% Exigível Total / Total Indebtedness 9.487.476 13.391.782 41,15% Patrimônio Líquido / Total equity 3.530.253 6.159.098 74,47% Receita Líquida / Net revenues 11.606.601 14.715.418 26,78% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss -19.776 783.672 4062,7% 75 Desempenho setorial Sectorial performance EXTRATIVISMO MINERAL / Mining Um ano de excelente desempenho A year of excellent performance A indústria extrativista, que é composta por 41% de minério de ferro e 46% de petróleo, impulsionou o crescimento industrial nas regiões produtores, que registraram os melhores resultados no país em 2006, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade extrativista impulsionou a expansão da produção do Pará (minério) e do Espírito Santo (petróleo). Os dois estados estão no topo de todas as comparações de desempenho em dezembro em relação ao ano de 2005 e no acumulado de 2006. No ano passado, a indústria extrativista do Pará bateu recorde histórico de aumento de produção: 14,8%. O Espírito Santo registrou desempenho de 10,9%, bem acima da média nacional (7,4%). Mesmo que esta atividade represente apenas 8,4% do valor total agregado pela indústria geral brasileira, sua participação mais que dobrou nos últimos dez anos, quando, em 1997, respondia por 3,4% da indústria geral. No ano passado, a indústria extrativista apresentou um crescimento bem superior aos 2,6% da indústria de transformação. O lucro de todas as 10 empresas listadas na Bovespa que se enquadram no setor extrativista confirmou a euforia do setor. O crescimento do lucro líquido em 2006 foi de 25,9% em relação ao de 2005. A empresa de maior representatividade das listadas é a Vale do Rio Doce, já que seu lucro representa 97% do total das 10 empresas listadas. O lucro líquido do setor teria crescido ainda mais se nele estivesse contabilizado o resultado da Petrobras. A estatal brasileira teve o maior lucro da história de uma empresa latino-americana em 2006, grande parte de seu resultado está relacionado à atividade extrativista. Entretanto, a empresa é classificada no setor de petróleo e gás. Mining industry, which is composed of 41% iron ore and 46% oil extraction, drove the industrial growth in production areas, recording the best domestic balances in 2006, as data from the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). Mining activity pushed production growth in Pará (ore) and Espírito Santo (oil). These two states are on top in all performance comparisons in December against 2005, and on the cumulative in 2006. Last year, Pará mining industry achieved a historical record in production growth :14.8%. Espírito Santo registered 10.9%, far above the national average (7.4%). Even though this activity represents only 8.4% of the total aggregated value by the Brazilian general industry, its share more than doubled for the last ten year; as in 1997, it represented 3.4% of the general industry. Last year, mining displayed a development far above the 2.6% of the transformation industry. Profit witnessed by all ten mining companies listed in Bovespa reassures the sector euphoria. Net profit rise was 25.9% in 2006 against that of 2005.The most outstanding balance comes from Vale do Rio Doce, as its profit represents 97% of all the ten listed companies. Sector net profit would have been even higher if Petrobrás performance had been included in the list. The Brazilian estate-owned company registered the most outstanding profit in the history of a Latin American company in 2006, mostly due to mining activity. Nevertheless, the company is classified under oil and gas sector. Extrativismo Mineral / Mining 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 49.416.222 105.817.375 114,13% Passivo Circulante / Current liabilities 11.129.833 14.145.041 27,09% Exigível Total / Total Indebtedness 23.871.695 63.478.626 165,92% Patrimônio Líquido / Total equity 24.638.035 41.193.172 67,19% Receita Líquida / Net revenues 18.462.384 20.184.591 9,33% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 10.519.278 13.820.362 31,38% 78 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS / Machinery and Equipment Exportações evitam resultado pior Exports avoid weak earnings A indústria de máquinas e equipamentos apresentou um faturamento de R$ 54,8 bilhões em 2006, o que representa queda de 1,97% em relação ao ano de 2005, segundo a Associação Brasileira de Indústrias de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). As exportações brasileiras de máquinas renderam US$ 9,6 bilhões em 2006, um aumento de 12,4% em comparação com 2005, sendo responsáveis pelo segmento não ter tido resultado pior. Porém, o ritmo do crescimento das exportações diminuiu – em 2005 o aumento foi de 40% frente a 2004 –, como reflexo da valorização do real frente ao dólar. As importações brasileiras de máquinas e equipamentos, por sua vez, ficaram em US$ 9,8 bilhões no ano passado, um aumento de 15,9% em relação ao ano anterior. Com isso, a balança comercial do setor voltou a registrar déficit, após um superávit de US$ 100 milhões em 2005. Setorialmente, o desempenho não foi uniforme. Caiu o faturamento das empresas que vendem máquinas para o ramo têxtil (20%) e de madeira (36%), mais vulneráveis à valorização cambial. Por outro lado, cresceu o das firmas voltadas para os segmentos agrícolas (28%) e petroquímico (36%). A indústria de máquinas iniciou 2007 com bom desempenho, reflexo dos investimentos no setor, porém, demonstra desaceleração sucessiva nas exportações. A Abimaq não demonstra empolgação quanto às perspectivas do ano de 2007, visto que as premissas que determinaram o fraco resultado de 2006 se mantêm neste ano, e justifica que boa parte da reação do início do ano se deve à fraca base de 2006. A diminuição do consumo no setor de máquinas é considerada como um prognóstico do que poderá ocorrer com os demais setores da indústria, já que os bens de capital são considerados termômetros da economia. According to the Brazilian Association of Machinery and Equipment Manufactures (Abimaq), the machinery and equipment industry recorded a R$54.8 billion invoicing in 2006, what represents a 1.97% fall against 2005. Brazilian machinery sales achieved US$9.6 billion in 2006, a 12.4% rise as compared to 2005, thus avoiding a worse result for the segment. Nevertheless, exports growth pace was lowered – 2005 saw a 40% rise over 2004 – as a consequence of the appreciation of the real against the dollar. Brazilian imports of machinery and equipment amounted to US$9.8 billion in 2006, which represented a 15.9% increase over 2005. Again, the commercial balance for the sector was negative, in spite of a US$100 million surplus in 2005. The sectors displayed an uneven performance. Sales were down for the textile (20%), and wood (36%) segments, more vulnerable to exchange appreciation. On the other hand, sales were up for the agricultural (28%) and the petrochemical(36%) ones. The machinery industry started 2007 with a good performance, mirroring the investments in the sector, however there has been a continuing decrease in exports. Abimaq is not enthusiastic about 2007, as the reasons which determined the poor outcome in 2006 are still in operation, which also justifies that the good results obtained in the beginning of the year were due to a weak foundation in 2006. The decrease in consumption in the machinery sector is seen as a prognosis of what may happen to other industrial areas, as capital goods are considered economic thermometers. Máquinas e Equipamentos / Machinery and Equipments 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 25.701.503 26.628.466 3,61% Passivo Circulante / Current liabilities 9.063.824 9.516.779 5,00% Exigível Total / Total Indebtedness 16.286.973 15.312.945 -5,98% Patrimônio Líquido / Total equity 8.959.178 10.566.721 17,94% Receita Líquida / Net revenues 19.043.063 19.393.231 1,84% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 1.178.308 1.556.845 32,13% 79 Desempenho setorial Sectorial performance PAPEL E CELULOSE / Pulp and Paper Investimentos trazem lucratividade Investments bring in profitability H á no Brasil, aproximadamente, 220 empresas do setor de papel e celulose espalhadas em 16 estados. O somatório da área plantada de todas essas empresas corresponde a 1,7 milhão de hectares. No ano passado, a indústria produziu 10,4 milhões de toneladas de celulose e 8,6 milhões de toneladas de papel, fruto de um planejamento de longo prazo e investimentos da ordem de US$ 12 bilhões entre 1996 e 2005. Em 2006, foram investidos mais de R$ 8 bilhões pelas empresas listadas na Bovespa, e até 2010, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) planeja investimentos da ordem de R$ 20 bilhões. In Brazil there are about 220 companies in the sector of paper and pulp spread throughout 16 states. The total sum of planted area by those companies is 1.7 million hectares. Last year, the industry produced 10.4 million tons in pulp and 8.6 million tons in paper,as a result of a long term planning and investments amounting to US$ 12 billion between 1996 and 2005. In 2006, more than R$ 8 billion was invested by the companies listed in Bovespa, and, until 2010, the National Bank for Economic and Social Development (BNDES) plans to invest R$ 20 billion. As oito empresas do setor listadas na Bolsa de São Paulo, somadas, tiveram um crescimento de 10,4% no lucro líquido em 2006. O maior destaque, entretanto, foi o considerável crescimento do capital de giro, que saltou para um montante de R$ 4,44 bilhões, um crescimento de 145,4% sobre 2005. All together, the eight companies in this segment listed in São Paulo Stock Exchange achieved a 10.4% increase on the net profit in 2006. The highlight, nevertheless, was the considerable rise in the working capital, which peaked to R$ 4.44 billion, a 145.4% growth over 2005. As companhias estão produzindo e vendendo mais. Empresas como Stora Enzo e Votorantim (VCP) pretendem colocar fábricas em operação até 2010. A Aracruz começou a operar novas plantas em 2006. A Suzano irá inaugurar nova fábrica na região de Mucuri (BA) em 2007, onde pretende produzir 900 mil toneladas de celulose ainda este ano e 1,25 milhão de toneladas no início de 2007. Companies are producing and selling more. Companies like Stora Enzo and Votorantin VCP) intend to open up more factories until 2010. Aracruz started to operate new mills in 2006. Suzano will inaugurate a new factory in Mucuri (BA) in 2007, expecting a production in pulp of 900 thousand tons still for this year and of 1.25 million tons for the beginning of 2007. A VCP pretende investir, ao longo de 2007, R$ 785 milhões de reais, dos quais R$ 182 milhões já foram aplicados. A Aracruz planeja investir na duplicação da capacidade produtiva da Veracel (parceria entre a Aracruz e a Stora Enso, 50% cada) e também, na construção de uma nova linha de produção na Unidade Guaíba, que terá sua capacidade elevada para 1,8 milhão de toneladas anuais. As perspectivas para o setor são bastante positivas. VCP plans to invest, throughout 2007, R$785 million, having already used R$182 million of that sum. Aracruz intends to double Veracel’s output capacity (partnership between Aracruz and Stora Enzo, 50% each), and also in the construction of a new production line at Gaíba Unit, which will have its capacity increased to 1.8 million tons per year. Prospects for the industry are extremely positive. Papel e Celulose / Paper and Pulp Ativo Total / Total assets 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % 28.153.360 35.305.889 25,41% Passivo Circulante / Current liabilities 4.568.628 4.243.417 -7,12% Exigível Total / Total Indebtedness 14.271.474 18.288.202 28,15% Patrimônio Líquido / Total equity 14.076.648 17.242.908 22,49% Receita Líquida / Net revenues 10.480.097 11.213.447 7,00% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 2.455.273 2.708.767 10,32% 80 Desempenho setorial Sectorial performance PETRÓLEO E GÁS / Oil and Gas Petrolíferas têm lucros recordes em 2006 Oil companies achieve outstanding profit in 2006 M esmo com a onda da energia renovável em alta o petróleo segue como a principal fonte de energia utilizada no mundo. As características dessa indústria possibilitam expressivos ganhos de escala e integração da produção, tanto vertical (controle da produção da extração à distribuição), quanto horizontal (produção em um determinado segmento, como, por exemplo, a Petrobras que detém 98% da extração nacional). Em 2006, a Petrobras apresentou o maior lucro já registrado por uma empresa latino-americana, atingindo um resultado de US$ 12,1 bilhões. Esse valor se deve basicamente ao aumento da produção interna, já que o cenário internacional foi bastante desfavorável para a empresa brasileira. A euforia do setor petrolífero não se limitou somente à estatal brasileira. Todas as empresas do ramo apresentaram resultados positivos relevantes. A Exxon, sediada no Texas, anunciou lucro anual de US$ 39 bilhões, 9% a mais que no balanço anterior, superando seu próprio recorde em 2005 de maior ganho na história das empresas de capital aberto. O setor de gás teve a produção nacional estagnada em 2006, interrompendo um crescimento médio de 5,9% nos dois últimos anos. No âmbito externo, o segmento enfrentou problemas sérios com alguns grandes fornecedores, como foi o caso da Bolívia e a Venezuela. O presidente boliviano, Evo Morales, decretou nacionalização do gás, e comprou o controle das duas refinarias da Petrobras naquele país, em maio deste ano. Em 2007, deve prevalecer a estabilidade no preço do petróleo, em contraste à volatilidade que, em 2006, contribuiu para os lucros recordes registrados por empresas atuantes na extração. Na área de gás, a Petrobras devem estimular um aumento da produção interna. In spite of the renewable energies movement on the rise, oil still is the main source of utilized energy in the world. The particularities of such industry favor expressive scale gains and production integration, both vertically (production control from extraction to distribution), and horizontally (a specific segment production, as, for instance, Petrobrás which holds 98% of the domestic extraction). In 2006, Petrobrás saw the highest profit ever achieved by a Latin American company, reaching US$12.1 billion. This figure is basically a consequence of domestic production growth, as the international scenario was quite unfavorable to the Brazilian company. Oil sector euphoria was not only for the Brazilian estateowned company. All companies in the field recorded relevant profit. Exxon, headquartered in Texas, displayed a US$39 billion annual profit, 9% over the previous balance, overcoming its own record of 2005 which registered the highest gains in the history of quoted companies . Gas sector national production was stagnated, which interrupted a 5.9% average growth for the last two years. On the external scenario, the segment faced serious problems from great suppliers, as Bolivia and Venezuela. The Bolivian president, Evo Morales, decreed gas nationalization, and, in May this current year, bought the control of the two Petrobrás refineries installed there . In 2007, oil price must remain stable, in contrast to the fluctuation that, in 2006, contributed to the record profits registered by some companies in the extraction field. As to the gas segment, Petrobrás shall encourage a domestic production increase. Petróleo e Gás / Oil and Gas 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 159.945.827 186.535.456 16,62% Passivo Circulante / Current liabilities 49.207.626 52.389.811 6,47% Exigível Total / Total Indebtedness 76.315.400 83.416.254 9,30% Patrimônio Líquido / Total equity 83.630.427 103.119.202 23,30% Receita Líquida / Net revenues 130.015.091 146.709.323 12,84% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 24.044.234 26.723.191 11,14% 82 INDÚSTRIA TÊXTIL / Textiles Os efeitos da concorrência asiática Asiatic competitiveness effects N o Brasil, a produção e o consumo aparente (produção mais importação menos exportação) da indústria têxtil e vestuários praticamente se equivalem. Neste sentido, ainda é o mercado interno que sustenta a indústria da moda no país. Entretanto, a recente expansão do déficit comercial do setor tem levado as discussões em torno de isonomias produtivas com relação a países os quais o Brasil vem perdendo espaço, como China, Turquia e Índia. A concorrência de produtos asiáticos, com estrutura de custos mais baixos, associadas a uma valorização da moeda nacional, tem contribuído para uma diminuição da atividade em território nacional. Nos últimos dois anos (2005 – 2006), a produção brasileira de vestuários apresentou retração de 12,7%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo que no último ano a queda foi de 5,1%. Este resultado é verificado na evolução do lucro líquido das empresas de capital aberto listadas na Bovespa, que passou de um resultado positivo de R$ 493,7 milhões em 2005, para um prejuízo de R$ 4,4 milhões no ano passado, enquanto a receita líquida apresentou redução de 17,3%. O impacto das importações no período recente também levou o Brasil de um saldo comercial positivo em US$ 684 milhões, no ano de 2005, para um déficit de US$ 60 milhões no ano seguinte. Ao mesmo tempo, a competição internacional provocou mudanças nas vendas para tradicionais compradores de produtos brasileiros. Em 2006, as vendas para a Argentina superaram as exportações para os Estados Unidos, tanto em valor quanto em quantidade. Neste ano, as vendas brasileiras para o exterior diminuíram 11,5%. Uma reversão desta tendência em 2007 ainda depende de uma mudança na condução das políticas macroeconômicas do país. In Brazil, the production and the apparent consumption (production more imports less exports) of textile and clothing industries are basically the same. In this aspect, it’s the domestic market which sustains the fashion industry in the country. Nevertheless, the sector’s recent expansion in commercial deficit has been leading to discussions about productive isonomies regarding countries to which Brazil is losing grounds, as China, Turkey and India. The competitiveness of Asian products, with cheaper costs structure, and the appreciation of the national currency, have contributed to a decrease in the domestic activity. For the last two years (2005-2006) Brazilian clothing production was down 12.7% according to the Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE), but in 2006 the fall was 5.1%. This result is seen in the development of the net profit of quoted companies listed by BOVESPA. From a positive balance of R$493.7 million in 2005, to a loss of R$4.4 million in 2006, while the net revenue was down 17.3%. Recent imports have also led Brazil from a positive commercial balance of US$684 million in 2005, to a deficit of US$60 million the following year. At the same time, the international competition provoked changes in the sales for traditional buyers of Brazilian products. In 2006, Brazil exported more to Argentina than to the United States, both in value and in quantity. The current year, Brazilian foreign sales are facing a fall of 11.5%. To reverse this tendency in 2007,it is needed a change in the conduction of the country’s monetary policy. Indústria Têxtil / Textiles 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 11.862.792 12.482.264 5,22% Passivo Circulante / Current liabilities 2.754.019 2.358.045 -14,38% Exigível Total / Total Indebtedness 5.516.378 5.382.682 -2,42% Patrimônio Líquido / Total equity 6.346.414 6.971.205 9,84% Receita Líquida / Net revenues 7.686.662 6.497.884 -15,47% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 424.766 90.869 -78,61% 83 Desempenho setorial Sectorial performance CONSTRUÇÃO CIVIL / Civil Engineering Oferta de crédito impulsiona expansão Expansion pushed by credit supply construção civil cresceu 4,5% em 2006, superando o aumento de 1,3% verificado no ano anterior. Com esse resultado, o setor acumula alta pelo terceiro ano consecutivo, o que, ao longo de todo o Plano Real, ocorreu apenas entre 1996 e 1998, em função da melhoria de renda decorrente do controle da inflação. A Civil construction increased 4.5% in 2006, outmatching the previous year rise of 1.3%. Consequently, the sector has been growing for the third consecutive year. Such result was witnessed during the Real Plan only from 1996 to 1998 due to an improvement in income as inflation was controlled. Nos últimos três anos, o aquecimento da atividade no setor esteve relacionado a um crescimento mais intenso da economia (principalmente em 2004) e ao aumento da massa salarial e do crédito. Em 2006, os financiamentos para compra de imóveis com recursos da caderneta de poupança quase dobraram. Segundo a Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), os bancos liberaram R$ 9,5 bilhões nessa modalidade de crédito, o que representa um aumento de 95% sobre o ano anterior, pela primeira vez superando a marca de 100 mil unidades financiadas. For the last three years, the sector’s activity upturn was correlated to a more intense growth in the economy (mainly in 2004), and to an increase on total payroll and credit supply. Credit for the acquisition of real state using the proceeds from savings account almost doubled in 2006. According to the Brazilian Association of Real State Credit and Savings Entities (Abecip), the banks released R$9.5 billion for this purpose, which represents a raise of 95% over the previous year, for the first time exceeding 100 thousand financed units. Embora as operações de crédito imobiliário tenham aumentado significativamente nos últimos anos, sua participação ainda é pequena (menos de 2% do PIB nacional). Esse percentual é muito inferior ao de países desenvolvidos, como Estados Unidos e Reino Unido, onde a participação do crédito supera os 60% do PIB, e também situa-se abaixo dos registrados em países emergentes, a exemplo da Turquia, Argentina, México e Chile. O atual nível de crédito imobiliário do país evidencia, portanto, o potencial de crescimento dessa modalidade. Even though credit operations have significantly been increasing for the last few years, their contribution is still small (less than 2% of the national GDP). It is a much inferior percentage compared to developed countries as the United States and the United Kingdom, whose share of credit is above 60% of GDP; and is also below some emerging countries as Turkey, Argentina, Mexico, and Chile. Therefore, the actual level of a country’s real state credit shows its potential growth in this segment. Em 2007, o crédito e a massa salarial em alta devem continuar puxando a construção civil, que pode ainda obter um crescimento mais intenso se todas as obras previstas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) forem levadas a cabo. Com isso será o quarto ano de crescimento seguido, o que não acontece desde o fim de 1970. For 2007, credit and the total payroll on the rise should keep pushing civil construction, which can even have a more significant increase if all constructions, as expected by PAC (Growth Acceleration Program), are led to terms. Once accomplished, it will be the forth year of consecutive growth,last seen by the end of 1970s. Construção civil / Civil engineering 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 11.478.077 12.806.306 11,57% Passivo Circulante / Current liabilities 4.316.235 2.756.906 -36,13% Exigível Total / Total Indebtedness 7.012.742 4.747.442 -32,30% Patrimônio Líquido / Total equity 4.357.528 8.021.662 84,09% Receita Líquida / Net revenues 3.227.356 3.775.949 17,00% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 143.821 874.560 508,09% 84 Desempenho setorial Sectorial performance PETROQUÍMICA E BORRACHA / Petrochemicals and Rubber Mais custos com alta do petróleo Costs rise with oil price hikes O ano de 2006 apresentou um aumento significativo no custo das empresas petroquímicas em função da elevação do preço do petróleo no mercado internacional. Em agosto, o óleo chegou a ser negociado à US$ 78,30, em Londres, um preço 32,8% superior ao praticado no último dia útil de 2005. A nafta petroquímica, um dos derivados do petróleo, representa quase 90% dos custos das petroquímicas e tem como único fornecedor no mercado nacional a Petrobras. O preço da nafta é calculado com base nas cotações ARA, indicador de venda avulsa no mercado europeu, somados à variação do dólar e uma taxa de custos de logística. The international market rally in oil prices led to a significant rise in the costs for petrochemical companies in 2006. In August, oil price skyrocketed , as it was negotiated for US$78.30 in London, 32.8% higher than on the last working day in 2005. The petrochemical naphtha, one of oil derivatives, encompasses about 90% of the petrochemicals costs, having Petrobrás as the only supplier to the domestic market. Naphtha price is calculated on ARA quotations, an European market index on retail sales, added to the dollar variation and to a charge on logistic costs. Um aumento no preço do petróleo tem conseqüências diretas no resultado do setor. As 13 empresas que compõe o levantamento estatístico deste segmento apresentaram, em média, uma queda de 38,7% no lucro líquido em relação a 2005, refletindo, principalmente, o aumento do valor da commodity que predominou ao longo do ano passado. Em 2007, a redução do preço do petróleo e, conseqüentemente, da nafta deve ter influência direta no resultado das empresas. Oil price is positively correlated to the sector’s outcome. The thirteen companies that integrate the statistical survey in this segment, registered on the average, a 38.7% fall on the net profit measured against 2005. It is mainly a response to the commodity ascending value which predominated throughout last year. In 2007, as oil price decreased, and that of naphtha’s as well, there must be a direct influence on the companies performance. No segmento de borracha, as empresas terão de conviver com o preço mais alto da matéria-prima no mercado mundial, como reflexo da menor oferta do produto em países como Tailândia e Malásia, primeiro e terceiro produtores mundiais. The rubber segment will be dealing with higher costs in raw material, as Thailand and Malaysia, the first and the third world producers, are lowering their supply to the international market. A maior contribuição para a demanda de borracha vem das montadoras de automóveis, que respondem pelo consumo de 54% da produção. A indústria de pneus, tanto novos como recauchutados, é importante fornecedora de insumos para as montadoras. Neste segmento, a indústria de borracha sofre com a concorrência dos pneus recauchutados importados da China, que chegam ao mercado brasileiro a um custo menor que os fabricados no país. As the automotive assembly companies demand a great amount in rubber, they respond to 54% consumption of the product. Tires, both new ,as well as recapped ones, are the main input demanded by them. On this segment, rubber industry faces competition with the recapped tires imported from China, which reach Brazilian market at a lower cost than those manufactured in Brazil. Petroquímica e Borracha / Petrochemicals and rubber Ativo Total / Total assets 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % 24.135.626 26.548.007 10,00% Passivo Circulante / Current liabilities 6.300.953 8.392.821 33,20% Exigível Total / Total Indebtedness 14.504.939 16.581.130 14,31% Patrimônio Líquido / Total equity 9.630.687 9.966.877 3,49% Receita Líquida / Net revenues 25.497.805 27.027.293 6,00% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 1.726.803 1.076.018 -37,69% 86 ENERGIA ELÉTRICA / Electricity Um reflexo da atividade econômica Reflection of economic activities O Brasil consumiu 347.371 gigawatts-hora em 2006, o que representou um aumento de 3,8% no consumo em relação ao ano anterior. A alta registrada foi menor que o incremento de 4,6% observado em 2005, o que se deve, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), à menor atividade econômica e a fatores climáticos. O setor industrial, que representa cerca de 45% de toda a energia consumida no país, apresentou um aumento no consumo de apenas 3,6%, enquanto o consumo do setor comercial subiu 4,5% e o residencial 3,9%. A industria, maior consumidor de energia do país, obteve o menor crescimento do consumo energético. Isso aconteceu porque parte da indústria voltada para a exportação perdeu espaço no mercado internacional, principalmente em função da taxa de câmbio valorizada. Além disso, segmentos intensivos em energia, como a indústria de bens intermediários, apresentaram um crescimento muito baixo em 2006, mantendo seu consumo de energia praticamente estável. A região Sudeste, no ano de 2006, apresentou resultados melhores que o nacional. O crescimento mais intenso da indústria na região teve conseqüências diretas no consumo de energia, que aumentou 4,2% frente ao ano anterior. Os consumos residencial e comercial também se destacaram, com aumentos de 4,3% e 4,8%, respectivamente. Para o ano de 2007 é esperado um crescimento mais forte no consumo, que deve atingir alta de 5,3%, não somente pelo desenvolvimento do setor, como também pelo crescimento esperado da economia geral. A expansão da economia numa taxa superior a 4% ao ano, como programado pelo governo, faz com que o crescimento esperado do consumo de energia elétrica no setor industrial seja de 4,6%, no residencial de 6% e no comércio 6,6%. Brazil consumed 347.371 gigawatt-hour in 2006, representing a 3.8% increase as compared to the previous year. The registered rise was smaller than the increment of 4.6% observed in 2005, due to, according to data from the Energetic Research Company (EPE), slowed economic activity and weather factors. Industry alone, which uses about 45% of all national production, was up only 3.6%, against 4.5% rise on the commercial sector and 3.9% on the residential one. Industry, the biggest energy consumer in the country, was at the bottom on the energy consumption growth, because it fell behind in the international market and also mainly because the exchange rate appreciation. Besides, intensive energy users segments, as the intermediate goods industry, faced very low growth in 2006, what kept consumption levels fairly stable. The Southeast region, in 2006, did better than the nation as a whole. Higher industrial growth, higher energy consumption, increasing 4.2% against 2005. Residential and commercial consumption were also prominent, up 4.3% and 4.8% respectively. For 2007, it is expected a vigorous raising in consumption hitting 5.3% rise, due to, not only the sector’s development, but also to a general economic growth. The economic expansion rate over 4% per/year, as governmental planning, leads to an expectation in electric energy consumption growth of 4.6% for the industrial, 6% for the residential, and 6.6% for the commercial sectors. Energia elétrica / Electric energy 2005 (R$) 2006 (R$) Ativo Total / Total assets 130.542.270 125.326.364 Variação % / variation % -4,00% Passivo Circulante / Current liabilities 26.381.290 23.538.450 -10,78% Exigível Total / Total Indebtedness 77.495.179 62.912.434 -18,82% Patrimônio Líquido / Total equity 49.664.336 57.625.640 16,03% Receita Líquida / Net revenues 50.391.136 47.482.635 -5,77% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 7.734.050 7.695.485 -0,50% 87 Desempenho setorial Sectorial performance SANEAMENTO / Sanitation Novas diretrizes darão gás ao setor New Guidelines Buttress Sector O setor de saneamento básico e serviços de distribuição de água e gás teve, em 2006, comportamento superior ao de 2005. A receita líquida apresentou evolução real de 9%, com todas as empresas listadas na Bovespa registrando variação positiva, enquanto o lucro subiu 16%, já descontada a inflação. Primary sanitation and water and gas services were, in 2006, superior to that of 2005. The net revenue displayed an actual evolution of 9% as all companies listed in Bovespa registered positive variation; profit was 16.% higher, inflation already deducted. O ano de 2007 promete ratificar o potencial de rentabilidade do setor, a partir da criação do Programa Saneamento para Todos, que propicia o financiamento de operações de crédito com recursos do FGTS na execução de ações de saneamento básico para proponentes públicos e privados. Vale destacar que após 20 anos de tramitação no Congresso, o presidente Lula sancionou, dia 5 de janeiro, a Lei 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico. The year of 2007 is expected to keep up with the profitability potential of the sector, as the “Sanitation for all Program” was created to finance credit operations using resources from the Government Severance Indemnity Fund for Employees (FGTS) for the execution of primary sanitation actions, both for public as well as private proponents. It is worth noting that after being debated in Congress for twenty years, President Lula approved, on the fifth of January, Law 11.445/2007, which states the national guidelines for primary sanitation. O texto autoriza a dispensa de licitação para a contratação de associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda, que estão autorizados a realizar coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos. Adicionalmente, o contrato deve atender a diversos requisitos: a existência de plano de saneamento básico, de estudo de viabilidade técnica e econômica, de normas de regulação dos serviços e a realização de audiência e de consulta pública sobre o edital de licitação, além de uma minuta do contrato. The law allows to waiver bidding for contracts with associations or cooperatives constituted exclusively by low income individuals who are authorized to collect, process and trade solid wastes. Nevertheless, the contract must follow several requisites: an existing primary sanitation plan, a study on technical and economic feasibility, standards that regulate the service, hearings scheduled, public consultation on the invitation to bid and on the draft of the contract. Um dos artigos da lei que era considerado um potencializador dos seus efeitos foi vetado: o Artigo 56 que franqueava a aplicação de recursos do FGTS em fundos de investimento e participações, fundos de direitos creditórios, ações representativas de capital social e debêntures de empresas de saneamento e infra-estrutura; esse artigo poderia revolucionar o setor, ampliando muito seu capital instalado e, certamente, sua discussão voltará à tona. One of the bills of law, as it was considered a magnifier of its effects, was interposed: Article 56 allowed for the use of FGTS funds in investments and participation funds, in credit rights funds, in equity capital shares, and in debentures of sanitation and infrastructure companies. Such an article could be a turnover in the segment, as it would tremendously increase the invested capital. For sure, this subject will be brought to debate again. Saneamento / Sanitation Ativo Total / Total assets 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % 28.683.476 31.432.586 9,58% 15,55% Passivo Circulante / Current liabilities 3.537.690 4.087.639 Exigível Total / Total Indebtedness 13.622.205 14.120.866 3,66% Patrimônio Líquido / Total equity 14.265.140 16.490.917 15,60% Receita Líquida / Net revenues 10.402.529 11.690.492 12,38% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 1.698.808 1.858.327 9,39% 88 Desempenho setorial Sectorial performance SIDERURGIA E METALURGIA / Steel and Metallurgy Um ano de queda na produção A year of lower production A produção mundial de aço nos últimos dois anos apresentou desempenho expressivo ao atingir uma expansão de 200 milhões de toneladas nesse período. A maior contribuição para este resultado foi dada pela China, que cresceu 17,7%, enquanto a expansão registrada pelas indústrias dos outros países produtores em 2006 foi de 8,8% em relação ao ano anterior. O Brasil, no entanto, não acompanhou este processo. Além de perder posição para a Índia e a Itália no comércio mundial, a produção brasileira de aço bruto em 2006 apresentou redução de 2,2%, caindo para 30,9 milhões de toneladas, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS). Uma das causas foi a paralisação, no fim de janeiro de 2006, de um dos altos-fornos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a maior siderúrgica do país. O alto-forno, que responde por 70% da produção metalúrgica da empresa, só voltou a funcionar a plena carga em agosto do ano passado. Como conseqüência, o lucro da empresa caiu 42,1% entre 2006 e 2005. Este resultado afetou o lucro líquido do setor, que fechou o exercício com redução de 14,5%. Em 2006, o mercado externo, representando cerca de 40% das vendas totais da siderurgia nacional, teve queda de 2,7% no volume vendido, atingindo US$ 6,2 bilhões. A redução das vendas internacionais ocorreu em função de uma demanda mais alta no mercado interno, aliado à valorização do real, de modo que as usinas priorizassem o abastecimento nacional num ano de queda da produção. As vendas para o mercado interno apresentaram expansão de 9,2%, alcançando 17,5 milhões de toneladas. Esse processo de expansão da demanda interna deve se intensificar em 2007, aumentando a parcela de vendas para o mercado nacional. For the last two years, the world steel production was outstanding as it reached a 200 million ton expansion during the period. China headed the growth contributing with 17.7%, while the other producing countries industries increased, in 2006, 8.8% over the previous year. Brazil, however, did not follow the trend. It was overpassed by India and Italy on the international market, and also , Brazilian crude steel production in 2006 was down 2.2%, falling to 30.9 million tons, as data from the Brazilian Steel Institute (IBS). One of the reasons was the interruption, by the end of January 2006, of one of the National Steel Company (CSN) blast-furnaces, the largest steel mills in the country. The blast-furnace alone, which responds for 70% of the steel production, could only work full power again in August 2006. Therefore, the company lost 42.1% profit between 2005 and 2006. It also affected the sector’s net profit, which ended the year on a 14.5% reduction. In 2006, the foreign market, which encompasses about 40% of the national steel total sales, was 2.7% down, falling to US$6.2 billion. The reduction on sales to the international market was due to a higher domestic demand, allied to the appreciation of the real, pushing the mills to respond to the domestic demand, as they were facing a year of low production. The domestic market sales represented a 9% expansion, reaching 17.5 million tons. The domestic demand expansion process shall be stronger in 2007, thus increasing national market share in sales. Siderurgia e Metalurgia / Still and Metallurgy 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 79.916.413 86.140.869 7,79% Passivo Circulante / Current liabilities 11.977.037 12.611.179 5,29% Exigível Total / Total Indebtedness 14.271.474 18.288.202 28,15% Patrimônio Líquido / Total equity 39.902.983 45.921.308 15,08% Receita Líquida / Net revenues 10.480.097 11.213.447 7,00% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 2.455.273 2.708.767 10,32% 90 TELECOMUNICAÇÕES / Telecommunications Telefonia móvel se destaca em 2006 Performance still being driven by mobile telephone O setor de telecomunicações no Brasil, segundo os dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), registrou uma receita bruta de R$ 143,8 bilhões em 2006, um crescimento de 7% frente aos R$ 134,3 bilhões obtidos em 2005. According to data from the Brazilian Association of Telecommunication (Telebrasil), the telephone companies in Brazil recorded a gross revenue of R$ 143.8 billion in 2006, a 7% increase over the R$ 134.3 billion in 2005. O levantamento considera o desempenho de fabricantes de equipamentos, operadoras de telefonia fixa, celular e TV paga. O segmento mais tradicional, a telefonia fixa, permaneceu praticamente estagnado no ano passado. Seu crescimento foi de apenas 1,2%, de modo que a participação na receita total do setor caiu para 49,5% em 2006, em comparação aos 51,5% do ano anterior. Este resultado só não foi pior em função do crescimento da receita de internet de banda larga, que passou de R$ 6,92 bilhões para R$ 7,05 bilhões entre 2005 e 2006. The survey studied the performances of equipment producers, fixed and mobile telephone companies, and paid TV companies. The most traditional segment, the fixed telephone, was basically stagnated last year. Its growth was only 1.2%, thus falling to 49.5% its contribution to the total revenue of the sector in 2006, as compared to 51.5% in 2005. Such an outcome would have been worse, but for the revenue increase from broad band internet, which went from R$6.92 billion to R$7.05 billion between 2005 and 2006. O principal destaque ficou por conta da telefonia móvel, cujo faturamento subiu de R$ 42,9 bilhões para R$ 49,3 bilhões. Este montante representou 41,2% da receita das operadoras de telecomunicações no Brasil, e pode ser explicado pelo crescente número de novas linhas no segmento móvel. Em 2006, foram 13.708.285 novas adesões, com aumento de 15,90% em relação a 2005. Ainda assim, o crescimento de novas linhas no ano passado foi 33,47% menor que o registrado em 2005. Mobile telephone was the main highlight, which invoicing went up from R$42.9 billion to 49.3 billion. This sum represented 41.2% on the revenue of the telecommunication companies in Brazil, and is due to the increase of new lines for the mobile segment. In 2006, there were 13.708.285 new adhesions, being equivalent to 15.90% growth in relation to 2005. Even so, the increase in new telephone lines last year was 33.47% lower than the expansion registered in 2005. Em mercados como o da telefonia, é normal que haja uma saturação do consumo após um período de consolidação das empresas. No Brasil, o grande aumento das vendas foi verificado após a introdução da concorrência no mercado interno. O crédito e formas facilitadas de pagamento têm contribuído para expansão da receita, que deve permanecer alta em 2007, embora a taxas menores de retorno. Em 2006, havia, ao todo, 99,9 milhões de linhas ativas, das quais 80,62% pré-pagas e 19,38% pós-pagas. In markets, as the telephone’s, it is normal that consumption reaches saturation after the companies go trough a consolidation period. In Brazil, a fantastic peak in sales was witnessed after the domestic market was open to competitors. Recently, credit and facilitated terms of payment have contributed to the expansion of revenue, which must remain high in 2007, in spite of lower returns rate. In 2006 there were a total of 99.9 million active lines, out of which 80.62 % was prepaid, and 19.38% was post-paid. Telecomunicações / Telecommunications 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 64.573.155 65.317.767 1,15% Passivo Circulante / Current liabilities 17.363.456 12.223.880 -29,60% Exigível Total / Total Indebtedness 28.967.496 28.413.593 -1,91% Patrimônio Líquido / Total equity 30.447.742 31.706.566 4,13% Receita Líquida / Net revenues 41.486.215 41.813.964 0,79% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 4.296.766 4.689.082 9,13% 91 Desempenho setorial Sectorial performance TRANSPORTE E LOGÍSTICA / Transport and Logistics Empresas mostram sinais de recuperação Sector shows signs of recovery in 2006 N a Bovespa, o setor de transporte é representado por 11 empresas, que, juntas, totalizaram uma receita líquida de R$ 1,93 bilhão em 2006, com crescimento de 16,86% em relação a 2005. Já o resultado líquido total destas empresas apresentou um prejuízo de R$ 170,9 milhões que, entretanto, foi 64,4% inferior ao resultado negativo de 2005, dando sinais de melhoras para o setor. Vale ressaltar que nesses números não estão incluídos os resultados da Varig, que até o fechamento desta edição não tinha divulgado o balanço de 2006. Quanto à infra-estrutura das estradas, o governo lançou, no ano passado, a Operação Tapa-Buracos, que recuperou quase 15 mil quilômetros de rodovias. Esse número representa mais de 55% de um total de 27,1 mil quilômetros de estradas entre os 23 estados incluídos na operação e o Distrito Federal. A perspectiva do setor nos próximos anos é bastante favorável. Em janeiro deste ano, o governo federal lançou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), onde são previstos diversos investimentos na área de infra-estrutura. Os projetos de transportes terrestres serão contemplados com uma verba de R$ 55,3 bilhões entre 2007 e 2010, o que indica uma média próxima a R$ 14 bilhões anuais. Contudo, na visão dos analistas, o programa não sinaliza mudanças estruturais para o setor. As concessionárias de rodovias e as empresas de transporte ferroviário aguardam a aprovação das medidas para se posicionarem em relação à eficácia da redução dos juros nos financiamentos do BNDES ou de ajustes fiscais previstos no programa. Um anúncio que vem sendo esperado com ansiedade é do inicio dos processos de licitações. Novas concessões darão prosseguimento à privatização do setor – iniciada há uma década. In Bovespa, the transport industry is represented by eleven companies, which, together, totaled a net revenue of R$1.93 billion in 2006, a 16.86% growth over that of 2005. On the other hand, the comprehensive net income of those companies was down in R$170.9 million, which, nevertheless, was 64.4% lower than the negative income in 2005, thus signaling improvement for the sector. It is important to highlight that VARIG data was not included, because it had not yet handed in the data of 2006. In 2006 the government launched the “Hole Filling Action” to improve the infrastructure of highways, recovering almost 15 thousand kilometers of Brazilian roads. This figure represents more than 55% of a total of 27.1 thousand kilometers in highways among the 23 participating states in the project and the Federal District. Prospects are quite positive for the following years. In January, the Federal Government instituted the Growth Acceleration Program(PAC), scheduling several investments in infrastructure. Land transport projects will be receiving R$55.3 billion from 2007 through 2010, which represents an approximate average of R$14 billion per year investment. However, according to the market experts, the program (PAC) does not foresee structural changes for the transportation sector. Highways concessionary companies, and railways transport companies await for the approval of the measures to take a stand concerning the efficacy of the reduction on interests from BNDES loans or the fiscal adjustments as specified in the program. The announcement for the beginning of the bidding processes is eagerly been expected. New concessions will continue the sector privatization – initiated a decade ago – which will favor the expansion of the companies. Transporte e Logística / Transport and Logistics 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % 7.483.164 6.596.937 -11,84% Passivo Circulante / Current liabilities 4.728.453 1.360.028 -71,24% Exigível Total / Total Indebtedness 15.875.522 5.182.062 -67,36% Patrimônio Líquido / Total equity -9.938.059 -529.218 94,67% Receita Líquida / Net revenues 9.270.632 3.066.514 -66,92% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss -1.830.127 -176.581 90,35% Ativo Total / Total assets 92 BANCOS / Banking Financiamentos geram bons lucros Financings lead to good profits O ano de 2006 trouxe algumas mudanças positivas para o setor. Se, por um lado, o crescimento econômico foi pouco superior ao registrado em 2005, por outro, a flexibilização da política monetária e a elevação da massa real de salários levaram a demanda interna a influenciar o nível de atividade. Investimento e consumo aumentaram mais que o PIB, com reflexos significativos nas operações de crédito. 2006 brought some positive changes for the sector. If, on one hand, the economic development was just a little over that of 2005, on the other hand, the loosening of the monetary policy and the rise on the total payroll, impelled the domestic demand to influence the level of activity. Investment and consumption increased more than the GIP, leading to positive influences on credit operations. O financiamento de veículos e o aumento no crédito pessoal constituíram os destaques na seara de serviços à pessoa física. Já para a pessoa jurídica, destacaram-se as operações de capital de giro, de aquisição de bens e repasses externos. The highlights on services for individuals were the credit lines for vehicles’ acquisition and the increment on personal credit. For legal entity, the highlights were for working capital operations, goods acquisition, and foreign transfers. A evolução do crédito consignado mostrou-se determinante. Com o aumento do crédito, houve expansão na captação e, ao mesmo tempo, da inadimplência. O próximo boom do crédito consignado será as operações para empregados de instituições privadas, público ainda pouco explorado, mas com muito potencial, pois o número de trabalhadores da iniciativa privada, com carteira assinada, é maior que o de funcionários públicos. Consigned credit increase was crucial. As credit expanded , there was an increase in funds raising as well as in default. The next boom in consigned credit is geared towards private companies employees, as they display a great unexplored potential, as the number of registered workers for private initiative is higher than that of public servants. O setor bancário parece ter vencido o desafio de viver a redução das taxas de juros mantendo operações ainda lucrativas: apesar da taxa básica (Selic) ter findado o ano em 13,25%, seu nível nominal mais baixo, o setor observou crescimento de 35% no volume total de ativos e de 14,5% no lucro líquido. Banks seem to have outlived the challenge of the reduction in interest rates, and still be lucrative, in spite of the basic rate (Selic) be 13.25% at the end of the year, at its lowest face level, the segment reached a 35% rise on total assets, and 14.5% on net profit. Com a redução dos níveis de risco da economia brasileira, conforme percebido pelas agências internacionais de classificação de risco, o setor bancário tende a observar uma crescente oferta de recursos externos para repasse ao setor produtivo, ao passo que também deverá perceber incremento da concorrência pela atuação crescente de novas instituições financeiras no país. As Brazilian economic risk levels are down, according to the international risk classification agencies, banks are likely to be faced with a growth in offer from foreign investors to be transferred to the productive sector, but they will also see an increment in competitiveness due to the growing activity of the new financing institutions in the country. Bancos / Banking 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 772.426.706 1.069.280.056 38,43% Passivo Circulante / Current liabilities 403.287.901 546.591.987 35,53% Exigível Total / Total Indebtedness 700.592.836 971.795.949 38,71% Patrimônio Líquido / Total equity 71.833.870 97.484.107 35,71% Receita Líquida / Net revenues 110.772.640 136.024.347 22,80% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 18.754.167 19.727.048 5,19% 93 Desempenho setorial Sectorial performance SEGUROS / Insurance Rentabilidade no setor automotivo Profitability for the automotive sector O mercado de seguros encerrou 2006 com lucro líquido de R$ 509,089 milhões, o que significou um crescimento nominal de 67,1% em relação aos R$ 304,702 milhões obtidos no ano de 2005. O bom desempenho do segmento automotivo em 2006, segundo analistas, deve se repetir este ano. Em 2006, as vendas de veículos no país totalizaram 1,8 milhão de unidades, com aumento de 11% em relação ao ano anterior. As estimativas apontam para 2007 um crescimento em torno de 7,7%. Naturalmente, espera-se um incremento na carteira de seguros de automóveis e melhoria nos níveis de rentabilidade do segmento. A receita líquida anual das companhias seguradoras no ramo automobilístico ultrapassou, em 2006, os R$ 12 bilhões, com projeções de chegar a R$ 14 bilhões em 2007, segundo a Federação Nacional de Empresas de Seguro Privados e de Capitalização (Fenaseg). A Bradesco Auto/Re, Unibanco AIG e Porto Seguro são líderes do ranking de seguradoras. Em automóvel, principal filão do setor com faturamento de mais de R$ 4,4 bilhões, a Porto Seguro lidera com 16,73% de participação, seguida pela Bradesco Seguros (12,89%) e pela SulAmérica (12,42%). O grande destaque na Unibanco vem dos grandes riscos e do seguro de garantia estendida. Este último já atingiu faturamento anual acima de R$ 1 bilhão. O cenário do setor automotivo para 2007 é promissor para a venda de seguros de auto e para o aumento da carteira de segurados nos demais ramos. Nesse sentido, ressaltamos o crescimento da economia brasileira e o elevado ritmo de investimentos externos no país como fatores que podem elevar não só o universo potencial de clientes para as seguradoras, mas também da taxa de penetração dos produtos de seguros em novos mercados. The insurance marked ended 2006 on a R$509.089 million net profit , what represents a nominal growth of 67.1% in relation to the R$304.702 million achieved in 2005. According to experts, the good performance of the vehicle segment in 2006, shall be the same for this year. In 2006, the domestic total sales on vehicles, reached 1.8 million units, a 11% rise over 2005. Estimates show a growth around 7.7% for 2007. It is also expected, as a consequence, an increment on the vehicles insurance portfolio, as well as an improvement on the profitability levels. The annual net revenue of vehicle’s insurance companies overpassed R$12 billion in 2006, expecting to reach R$ 14 billion in 2007, as data from the National Federation of the Private Insurance and Capitalization Companies (Fenaseg). Bradesco Auto Re, Unibanco AIG and Porto Seguro are leaders in the ranking of insurance companies. Cars, the main product insured, which billing is over R$4.4 billion, is led by Porto Seguro with a share of 18.73%, followed by Bradesco Seguros (12.89%), and by SulAmerica (12.42%). The outstanding features in Unibanco are the great risks and the extended warranty insurance. The latter has already reached an annual invoicing of over R$ 1 billion. The scenario for 2007 in the vehicle’s industry is favorable to auto ‘s insurance sales, and to an expansion in insured individuals’ portfolio in other fields. It is important to highlight the Brazilian economic growth and the high rhythm of foreign investments in the country. These factors may not only increase the universe of potential clients to the insurance companies, but also the penetration rate of insurance products in new markets. Seguros / Insurance 2005 (R$) 2006 (R$) Variação % / variation % Ativo Total / Total assets 4.867.073 5.866.534 20,54% Passivo Circulante / Current liabilities 1.803.490 1.881.448 4,32% Exigível Total / Total Indebtedness 2.494.040 2.873.680 15,22% Patrimônio Líquido / Total equity 2.373.033 2.992.854 26,12% Receita Líquida / Net revenues 1.488 465 -68,75% Lucro / Prejuízo / Profit / Loss 211.288 600.770 184,34% 94 Prêmio destaque setorial Abrasca Sector Leader Award Nove empresas conquistam o Prêmio Destaque Setorial Companhia Vale do Rio Doce, Localiza Rent a Car, Comgás, Aços Villares, Randon, Telesp, Petrobras, Fosfertil e Aracruz Celulose foram as ganhadoras do Prêmio Destaque Setorial de 2006. Essas empresas apresentaram um índice de rentabilidade superior à média das companhias dos setores onde atuam. Apenas como ilustração, pois a metodologia não permite comparação entre setores econômicos, vale citar que a Companhia Vale do Rio Doce obteve o mais elevado índice de rentabilidade (38,4%) entre as empresas premiadas, ficando em segundo lugar a Aços Villares com um índice de 31,1%. O Índice de Desempenho Empresarial, desenvolvido pela GRC VISÃO, é formado por indicadores que medem a rentabilidade do capital do acionista (Retorno sobre Patrimônio Líquido – ROE), a rentabilidade dos ativos da empresa (Retorno sobre Ativos – ROA) e a rentabilidade das receitas de vendas (Margem Líquida – ML). Posting above-average profitability rates in their sectors, the winners of the 2006 Sector Highlight Prize were: Companhia Vale do Rio Doce (mining), Localiza Rent-a-Car (car hire), Comgás (gas), Aços Villares (steel), Randon (heavy machinery and equipment), Telesp (telecommunications), Petrobras (oil), Fosfertil (petrochemicals) and Aracruz Celulose (pulp and paper). Just as an illustration – as the methodology does not allow comparisons among economic sectors – it is worthwhile noting that CVRD reached the highest profitability rate (38.4%) among these prize-winners, followed by Aços Villares with 31.1%. Developed by GRC Visão, the Business Performance Index consists of indicators that measure the profitability of shareholder capital through the Return on Equity (ROE), the profitability of corporate assets through the Return on Assets (ROA) and the profitability of sales revenues through the Net Margin. Nine Companies win the Sector Highlight Prize 96 METODOLOGIA / Methodology A metodologia do prêmio Award methodology D ando seqüência ao sucesso da edição anterior, a Abrasca buscou premiar as empresas com performance destacada no ano de 2006 nesta terceira edição do Anuário Estatístico das Companhias Abertas. Inicialmente, foram selecionados nove setores da economia dentre os 23 listados pela CVM (ver seção Estatísticas): Petróleo e Gás, Petroquímica e Borracha, Saneamento e Serviços de Água e Gás, Metalurgia e Siderurgia, Papel e Celulose, Máquinas e Equipamentos, Serviços de Transporte e Logística, Telecomunicações e Extração Mineral. To continue the success of the previous edition, ABRASCA tried to honor those companies with outstanding performance in 2006 in this third publication of the Statistical Yearbook of Publicly-Traded Companies. Initially, nine sectors of the economy were chosen, from the 23 listed by the Brazilian Securities Commission (CVM) (see section entitled Statistics): Oil & Gas, Petrochemicals & Rubber, Sanitation and Water & Gas Services, Steel & Metallurgy, Paper & Pulp, Machinery & Equipment, Transport & Logistics Services, Telecommunications and Mineral Extraction. A expressão numérica sugerida para comparação da performance das empresas foi sua capacidade de rentabilização do capital empregado nas operações. Os indicadores de rentabilidade aplicados às análises econômico-financeiras de empresas compreendem o Retorno sobre Ativos (ROA) e o Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE). The proposed numerical expression for comparison of company performance was their capacity to render profitable the capital employed in their operations. Profitability indicators used in economic and financial analyses of companies include Return on Assets (ROA) and Return on Equity (ROE). O ROA é uma medida que expressa a eficiência do gerenciamento da lucratividade dos ativos e juros passivos em relação ao investimento total. O ROE é uma das principais medidas de rentabilidade, expressando os resultados globais auferidos pela gerêrencia na gestão de recursos próprios e de terceiros em benefício dos acionistas. Nos dois casos, o lucro líquido no exercício foi utilizado como numerador. Adicionalmente, buscou-se evitar a comparação entre setores da economia. Cada setor/segmento das empresas abertas possui uma estrutura diferenciada com características econômico-financeiras distintas. Portanto, os resultados obtidos para as empresas não são comparáveis entre setores diferentes. ROA is a measurement which expresses efficiency in managing the profitability of assets and liabilities in relation to total investment. ROE is one of the main profitability measurements, which expresses the overall profits made for shareholders through the management of own and third party equity. In both cases, net profits for the financial year were used as the numerator. The comparison of different sectors of the economy was avoided. Each sector/segment of quoted companies has a distinctive structure with its own particular economic and financial characteristics. It is therefore not possible to compare the revenue obtained by companies in different sectors. O conceito de empresa de capital aberto sugere capacidade de financiamento junto ao mercado de capitais, o que implica, em última análise, o retorno do capital empregado pelo acionista. Isso posto, a metodologia do prêmio sugere maior peso ao ROE no cálculo do indicador de rentabilidade média. The notion of the quoted company implies a capacity for financing from the capital market, which, ultimately, means a return on the capital invested by shareholders. The methodology for the award therefore places greater weight on ROE in the calculation of the average profitability indicator. METODOLOGIA APLICADA: APPLIED METHODOLOGY: A peculiaridade da análise de eficiência direcionada para a concessão de um prêmio sugere utilizarmos do maior grau de transparência possível em relação aos métodos empregados na seleção das empresas, sob risco de descrédito. Assim, optou-se pela utilização dos níveis de rentabilização do capital do acioniasta (Retorno sobre Patrimônio Líquido – ROE), de rentabilização de ativos (Retorno sobre Ativos – ROA) e rentabilização das receitas de vendas (Margem Líquida – ML) como componentes para a construção de um Índice de Rentabilidade Empresarial (IRE). By its very nature, an analysis of efficiency in the context of an award requires the greatest possible degree of transparency in terms of the methods used to select companies, so as to avoid discredit. For this reason, in devising our Company Profitability Index (CPI), we chose as components the profitability of shareholder capital (Return on Equity, or ROE), profitability of assets (Return on Assets, or ROA) and profitability of sales revenues (net margin – NM). 97 Prêmio destaque setorial Abrasca Sector Leader Award METODOLOGIA / Methodology O primeiro indicador separado para a construção do índice de rentabilidade, portanto, é o resultado do exercício, presente no demonstrativo de resultados das empresas (Lucro Líquido – LL). O resultado do exercício, analisado isoladamente, mostra a quantidade de recursos excedentes gerados pela empresa ao final de um período de análise. A relação entre o ganho obtido pelos sócios – Lucro Líquido – e o investimento que realizaram na empresa é medida pelo retorno sobre o patrimônio líquido. O retorno sobre o patrimônio líquido, ou Return on Equity (ROE), relaciona o ganho obtido pelos sócios e o investimento realizado na empresa. A diferença mais importante entre esse e o ROA é a questão do endividamento. The first separate indicator in the profitability index is therefore the out-turn for the financial period, found in company financial statements (Net Profits – NP). Analyzed on its own, the out-turn shows the amount of surplus revenue generated by a company at the end of a period of analysis. The relationship between the proceeds made by shareholders – Net Profits – and the investment which they made in the company, is measured in terms of the Return on Equity, or ROE. ROE compares the proceeds made by shareholders against the investment made in the company. The major difference between this and ROA is the issue of indebtedness. O resultado do exercício foi cotejado com o volume total de ativos, buscando determinar a eficiência global da administração quanto à obtenção de lucros com seus ativos disponíveis (Retorno sobre Ativos / Return on Assets – ROA). A distribuição de pesos privilegia a rentabilização do capital do acionista através da atribuição do maior parâmetro da equação ao ROE. The out-turn for the period was set against the total volume of assets, with a view to determining management’s overall efficiency in obtaining profits from the assets available (Return on Assets, or ROA). O maior peso atribuído ao ROE também melhora a qualidade técnica do índice visto que o ROA ignora os custos do capital próprio, considerando apenas despesas com capital de terceiros, o que o distancia da realidade da estrutura de capital da média das empresas brasileiras. Outro argumento em defesa da maior influência do ROE no Índice de Rentabilidade, é a possibilidade do ROA ser influenciado pelo envelhecimento dos ativos da companhia, aumentando a depreciação contábil e reduzindo o ativo total, o que tornaria o indicador mais favorável quanto mais antigos fossem os ativos, principalmente fixos, das empresas. This greater weight attributed to ROE also improves the technical quality of the index, since ROA ignores own capital costs, taking into account only third-party capital expenditure, thereby distancing itself from the nature of the capital structure found in the majority of Brazilian companies. Another argument in defense of the greater influence of ROE in the Profitability Index is the possibility of ROA being influenced by the ageing of a company’s assets, increasing depreciation and reducing total assets, thereby making the indicator more favorable the older a company’s assets, particularly its fixed assets. Por último, mas não menos importante, a performance do ROE também expressa o resultado relativo do retorno sobre ativos frente aos juros sobre o endividamento, resultado tanto mais expressivo quanto maior o grau de alavancagem da empresa. Finally, yet no less important, ROE performance also expresses the relative result of return on assets against interest on indebtedness, giving a more significant result the greater the degree of leverage of the company. ROE – RETORNO SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO – (lucro líquido / patrimônio líquido). LL ROE = Patrimônio Líquido ROE – RETURN ON EQUITY– (net profits / net equity). ROA – RETORNO SOBRE O ATIVO TOTAL – Mede a eficiência do emprego dos recursos da empresa, dividindo o lucro líquido do período pelo ativo total, no final do período. ROA – RETURN ON ASSETS – Measures the efficiency of management of company resources, dividing net profits for the period by total assets, at the end of the period. ROA = LL Ativo Total Também é possível obter o ROA a partir do produto da margem líquida pelo giro do ativo total. ROA= margem líquida x giro do ativo total 98 More weight is given to the profitability of shareholder capital by attributing the biggest parameter in the equation to ROE. ROE = ROA = NP Equity NP Total Assets It is also possible to calculate ROA by multiplying net margin by total asset turnover. ROA = net margin x total asset turnover ML (%) – MARGEM LÍQUIDA: é obtida pela divisão do lucro líquido do exercício pela receita operacional líquida. É esperado que empresas de maior rentabilidade possuam maior margem, sendo essa uma componente direta da composição da rentabilidade. NM (%) – NET MARGIN: obtained by dividing net profits for the financial period by net operational revenue. Companies with greater profitability are expected to have a greater margin, this being a direct component of profitability. Lucro Líquido Receita Líquida ML = NetProfits NetRevenue ML = Como critério para desempate, utilizou-se o grau de endividamento relativo das empreesas (GrEndRt), obtido através da divisão simples entre o grau de endividamento da empresa e aquele calculado para a média do setor. O endividamento médio do setor foi calculado de forma ponderada pela relação entre o patrimônio líquido da empresa e o PL total consolidado para o setor. The criterion used to decide a tiebreak was the relative degree of indebtedness (RelDegInd) of companies, obtained simply by dividing the degree of a company’s indebtedness by the average calculated for the sector. The sector average was carefully calculated on the basis of the relationship between the company’s net equity and the total consolidated net equity for the sector. GRENDIVRT – GRAU DE ENDIVIDAMENTO RELATIVO – Índice do Grau de Endividamento da empresa dividido pelo Índice do Grau de Endividamento Médio do Setor. RelDegInd – RELATIVE DEGREE OF INDEBTEDNESS – Index of a company’s Degree of Indebtedness divided by the Average Degree of Indebtedness for the Sector. O grau de endividamento relaciona os dois grandes blocos componentes das fontes de recursos: o capital de terceiros e o capital próprio; obtém-se com a divisão da soma dos passivos circulante e exigível a longo prazo pelo patrimônio líquido. The degree of indebtedness connects the two major sources of capital: third-party capital and own capital; it is obtained by dividing the sum of current and long-term liabilities by net equity. DegreeIndbtCompany = (ShorTermIndbt + LongTermIndbt) Equity GrEndivEmpresa = (PssCirc + PssExg.Lp) Patrimônio Líquido O grau de endividamento médio do setor é igual ao somatório do grau de endividamento das empresas ponderado pela participação da empresa no PL do setor, conforme abaixo: GrEndivSetor = ∑ [ GrEndivEmpresa X ( PLEmpresa PLSetor )] [ DegreeIndbtSector = ∑ DegreeIndbtCompanyX ( EquityCompany EquitySector )] Finally: Finalmente: GrEndivRT = The sector’s average degree of indebtedness is equal to the sum total of the degree of indebtedness of companies weighted against the company’s share in the net equity of the sector, as follows: GrEndivEmpresa RelDegInd = GrEndivSetor O Índice de Rentabilidade Empresarial – IRE é dado por: DegreeIndbtCompany DegreeIndbtSector The Profitability Index, or PftIx, is given as: PftIx = 0,5ROE + 0,25ROA + 0,25NM IRE = 0,5ROE + 0,25ROA + 0,25ML Empresas premiadas / Award-winning companies Empresa Company Cia. Vale do Rio Doce Aços Villares Comgás Aracruz Celulose Petrobras TelespTelefonica-SP Localiza Fosfertil Randon Índice de Rentabilidade Grau Endivid. (empresa/média do setor) Ativo Total (R$ mil) % do ativo do setor Profitability index Degree of relative indebtedness Total assets (R$ bn) % of sector assets 38,4% 31,1% 27,6% 27,5% 22,2% 22,0% 20,2% 19,4% 16,7% 102,2% 286,8% 30,2% 62,9% 100,6% 584,6% -808,4% 21,7% 51,1% 100.152,21 1.722,19 2.939,90 9.253,38 179.614,55 18.145,88 1.545,42 1.612,24 1.392,12 96,2% 2,0% 9,4% 26,1% 96,3% 27,8% 33,9% 6,1% 5,3% Ps: Company/Sector Average 99 Prêmio destaque setorial Abrasca Sector Leader Award EXTRAÇÃO MINERAL / Mineral Extraction Vale do Rio Doce Empresa é destaque em rentabilidade Vale do Rio Doce: Outstanding profitability O ano de 2006 pode ser considerado histórico para Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A empresa fechou o exercício com um lucro de R$ 13,4 bilhões, o que significou um crescimento de 24,75% em relação aos R$ 10,4 bilhões apurados em 2005. O bom desempenho se deve ao aumento na produção e nos preços dos minérios vendidos pela empresa. A mineradora conseguiu também aumentar em 37,5% o valor de suas exportações em relação a 2005, que atingiu US$ 9,656 bilhões. A empresa realizou ainda investimentos expressivos no ano passado, incluindo aquisições: foram aplicados U$ 26 bilhões, quase seis vezes o valor de 2005, US$ 4,2 bilhões. O maior destaque foi a compra da empresa canadense Inco, por US$ 17,6 bilhões, no quarto trimestre de 2006, que já responde por 10,9% da receita bruta do grupo, posicionando a Vale como segunda maior produtora mundial de níquel. The year of 2006 was historical for Vale do Rio Doce Company (CVRD). It closed the accounting period on a R$13.4 billion profit, which represents 24.75% increase compared to R$10.4 billion in 2005.The good performance is due to a growth in production and a rise in the prices of ores sold by the company. The mining company also went up 37.5% on the value of exports in relation to 2005, reaching US$9.656 billion. It was also very active in investments last year, including acquisitions: US$ 26 billion was invested, almost six times the value of 2005, which was US$ 4.2 billion. The highlight was for the purchase of the Canadian company Inco for US$17.6 billion ,in the last quarter of 2006, which already responds for 10.9% of the group gross revenue, thus placing Vale as the second largest world producer of nickel. A grande capacidade para captação de recursos garante a Vale manter um caixa forte e estável, o que permite financiar iniciativas de crescimento sem comprometer seu saudável balanço de pagamentos. Com o maior índice de rentabilidade entre as empresas de todos os setores premiados, a companhia conquistou novamente o Prêmio Destaque Setorial. The company’s great capacity for funds raising enables it to keep a strong and stable cash flow, thus being able to finance growth initiatives without compromising its healthy payment balance. As it displayed the highest profitability index of all prized sectors, Vale again won the Prize for Sector Excellence. A Vale foi criada pelo governo federal em 1942 e privatizada em maio de 1997, se tornando a segunda maior empresa de mineração do mundo. No Brasil, sua área de atuação expandiu-se do Sudeste para as regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, diversificando o portfólio de produtos minerais e consolidando a prestação de serviços logísticos. Hoje, a Vale está presente em 14 estados brasileiros e em diversos países dos cinco continentes, solidificando-se como líder mundial em produção e exportação de minério de ferro. Vale was created by the federal government in 1942 and privatized in May 1997, becoming the second largest mining company in the world. In Brazil, it has been expanded from Southeast to Northeast, Mid-west, and North regions, opening up its mineral products portfolio and consolidating logistic services supply. Nowadays, Vale is present in fourteen Brazilian states and in several countries in the five continents, reassuring its position as the world leader in iron ore production and exports. CVRD - Companhia Vale do Rio Doce PL Total / Total Equity R$ 39.098.760,00 Ativo Total / Total Assets R$ 100.152.211,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 13.431.005,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 34,35% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 13,41% Margem Líquida / Net Margin (%) 71,36% 102 TELECOMUNICAÇÕES / Telecommunications Telesp Redução de custos e bons resultados Telesp: Costs reduction and good results L iderando dois dos três indicadores que formam o Prêmio Destaque Setorial, a Telecomunicações de São Paulo S/A – Telesp – se destacou das demais empresas do setor por apresentar, em 2006, uma evolução proporcionalmente maior do lucro líquido, tanto em relação ao patrimônio líquido, quanto na comparação com a receita. Este resultado foi alcançado graças ao programa implementado pela empresa que conseguiu reduzir custos e obter ganhos de escala, o que foi fundamental para melhorar os indicadores da companhia. No ano passado, a empresa apresentou um lucro operacional de R$ 3,12 bilhões, valor que representa 57% do resultado total das 13 empresas do setor que estão cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo. O resultado operacional alcançado no ano passado pela companhia teve um crescimento de 26,3% em relação ao de 2005. Localizada em São Paulo, a Telesp foi adquirida, em leilão de privatização, pela Telefônica, uma empresa de telefonia fixa e móvel de origem espanhola. Hoje, a empresa brasileira tem grande importância para o grupo. Com 12,4 milhões de linhas em serviço, é a maior operadora do grupo Telefônica fora da Espanha. O número atual de linhas é mais que o dobro dos 6,1 milhões de terminais existentes em julho de 1998, quando a Telesp foi privatizada. Além disso, o serviço de conexão rápida à internet (Speed), criado em 2000, atualmente lidera o mercado de banda larga no país, com 1,2 milhão de usuários. No site da empresa, consta que nos últimos cinco anos, foram investidos R$ 18,6 bilhões na expansão e modernização da rede, um aporte de recursos sem paralelo na história do setor no país. No âmbito privado, a empresa é hoje a primeira colocada em volume de arrecadação de impostos no estado de São Paulo. Leader in two out of the three indicators comprised in the Prize for Sector Excellence, Telecomunicações de São Paulo S/A – Telesp – was outstanding from the other companies of the sector, as it registered, in 2006, an increase proportionally higher in the net profit, both in relation to shareholders’ equity as well as to revenue. A new program was implemented, yielding better results, as it decreased costs and obtained scale gains, which were fundamental to improve the company’s indicators. Last year, Telesp achieved R$ 3.12 billion in operational profit, which represents 57% of the total sum of the thirteen companies quoted in São Paulo Stock Exchange (Bovespa). The operational outcome in 2006 was 26.3% higher than that of 2005. Situated in São Paulo, Telesp was bought at a privatization auction by Telefônica, a Spanish fixed and mobile telephone company. Presently, the Brazilian company is very important to the group. As it operates 12.4 million telephone lines, it is the largest company of the Telephone group outside Spain. The current number of lines is more than two times the 6.1 million terminals that existed in July of 1998, when Telesp was privatized. Furthermore, the fast internet service provider (Speed), created in 2000, is leader in the broadband national market, having 1.2million users. It is stated in the site of the company, that, for the last five years, it has been invested R$18.6 billion in expansion and upgrading of the network system, an amount ever registered in the history of the sector in Brazil. In the private sphere, the company is rated first in the volume of duties collected to the state of São Paulo. Telesp PL Total / Total Equity R$ 10.610.114,00 Ativo Total / Total Assets R$ 18.145.880,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 2.816.151,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 26,54% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 15,52% Margem Líquida / Net Margin (%) 19,23% 103 Prêmio destaque setorial Abrasca Sector Leader Award METALURGIA E SIDERURGIA / Metallurgy and Steel Aços Villares Empresa ganha ao reduzir endividamento Aços Villares: Company gains as it reduces debts Aços Villares é a principal produtora de aços especiais para construção mecânica da América Latina e a terceira maior produtora mundial de cilindros forjados e fundidos para laminação. A empresa tem investido regularmente em seu parque industrial e em seus centros de pesquisas, o que lhe permite produzir aços para aplicações com alto grau de eficiência e desempenho. É, também, uma das seis siderúrgicas no mundo a produzir aço super clean. Companhia aberta listada na Bovespa, com 100% de ações ordinárias, a Aços Villares é controlada pela Corporación Sidenor S.A. y Cia. (SRC), maior produtora de aços especiais da Espanha. A Aços Villares is the main producer of special steels to mechanical construction in Latim America and the third largest world manufacturer of forged and founded cylinders for rolling. The company has regularly been investing in its industrial park and research centers, thus being able to produce steel to applications with a high level of efficiency and performance. It is also, one of the six steel mills in the world to produce super clean steel. A publicly traded company listed in Bovespa, bearing 100% ordinary shares, Aços Villares is controlled by Corporatión Sidenor S.A.y Cia. (SRC), the largest special steels producer in Spain. No ano passado, o endividamento da empresa diminuiu novamente, processo que vem se repetindo há alguns anos de forma consecutiva. A conseqüente diminuição do pagamento de juros é responsável por um demonstrativo financeiro mais positivo, o que representa um balanço de pagamentos cada vez mais saudável. Last year, the company’s indebtedness was smaller again, keeping up with a process that has been repeating itself consecutively for some years. As it pays less interests, its financial schedule grows more positive, which represents a healthier payment balance each time. A receita líquida da Aços Villares em 2006 apresentou uma queda de 5,75%, e o lucro operacional diminuiu 1,9%, ambos em relação a 2005. Apesar destas quedas, o lucro líquido cresceu 13,1% no mesmo período, indicando que a lucratividade da empresa deveu-se às suas transações nãooperacionais, tais como a diminuição do pagamento de juros. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 47% em 2006, bem superior ao retorno médio do setor (24,6%), índice com maior peso na composição do prêmio. Esse retorno foi o que garantiu à siderúrgica Aços Villares conquistar Prêmio Destaque Setorial. Nos outros dois indicadores que compõem o índice geral, calculados sobre o ativo total e a receita de vendas, a empresa ficou com indicadores mais próximos da média. Aços Villares net revenue in 2006 was down in 5.75%, and the operating profit was down in 1.9%, both in relation to 2005. In spite of these falls , the net profit increased 13.1% during the same period, what signals that the company’s profitability was due to non-operating transactions, such as the decrease in interests payment. The shareholders’ equity return was 47.% in 2006, far superior than the average return for the sector (24.6%), an item that contributed the most for the prize. Such a return granted Aços Villares to win the Prize for Sector Excellence. In reference to the two other indicators that make up the general index, calculated over the total assets and the sales income, the company was closer average. Aços Villares PL Total / Total Equity R$ 545.416,00 Ativo Total / Total Assets R$ 1.722.187,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 256.229,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 46,98% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 14,88% Margem Líquida / Net Margin (%) n.d/n.a 15,45% 104 Prêmio destaque setorial Abrasca Sector Leader Award TRANSPORTE E LOGÍSTICA / Transport and Logistics Localiza Rent a Car Na contramão das adversidades do setor Localiza Rent a Car: Going against the odds Localiza Rent a Car S.A. originou-se em 1973, numa pequena agência no centro de Belo Horizonte, Minas Gerais. Hoje, ela é a maior rede de aluguel de automóveis da América Latina, com presença nas principais cidades do país. No fim de 2006, a empresa detinha 327 agências, sendo 145 próprias e 134 franqueadas espalhadas em 198 cidades do Brasil. Possui ainda 48 franquias em oito países da América Latina. A Localiza Rent a Car originally was set up in a small downtown agency in Belo Horizonte, Minas Gerais in 1973. Today, it is the largest net of cars rental in Latin America, keeping offices in all the main cities in the country. At the end of 2006, the company was constituted by 327 agencies, out of which 145 belonged to the company and 134 were franchised, scattered throughout 198 Brazilian cities. It also bears 48 franchises in eight Latin American countries. A empresa ingressou no Novo Mercado da Bovespa em 2005, quando lançou 477 milhões de ações com direito a voto. O número representou 34,4% do capital da empresa e proporcionou a captação de R$ 264,8 milhões. Desde então, a Localiza vem surpreendendo o mercado financeiro. Em 2005, seu primeiro ano no mercado de ações, a empresa conseguiu fechar o exercício exibindo uma expansão superior a 30% em sua receita líquida. The company entered the Bovespa New Market in 2005, when it launched 477 million voting shares in the market. Such figure represented 34.4% of the company’s assets which led to a R$264.8 million inflow. Since then, Localiza has been surprising the financial market. In 2005, its first year in the stock market, it ended the fiscal year displaying an increase over 30% in the net revenue. O setor, de um modo geral, vem apresentando resultados negativos. A Localiza superou as adversidades e conseguiu apresentar um excelente desempenho econômico conquistando Prêmio Destaque Setorial. O retorno sobre o patrimônio líquido da empresa foi de 31,3%, contra uma média de 12,9%. A empresa se destacou também por apresentar maior evolução na receita líquida, com crescimento de 27,7% sobre o resultado obtido em 2005. O setor de transporte é composto por 11 empresas, que vive um momento de crise, refletida no resultado líquido consolidado do setor. O prejuízo destas empresas alcançou, em 2006, R$ 176,58 milhões, entretanto, caiu 36,7% em relação ao resultado negativo de 2005 (o valor não inclui o resultado da Varig que não tinha divulgado o balanço 2006 até o fechamento desta edição). Neste cenário, a Localiza se destacou com o maior lucro líquido dentre as empresas do setor de transportes. The sector, as a whole, has been showing negative results. Localiza has overcome the obstacles and managed to perform extremely well economically, thus winning the Prize for Sector Excellence. The returns on the shareholders’ equity was 31.3% against an average of 12.9%. The company was also outstanding in net revenue rise, increasing 27.7% over the income of 2005. The transportation segment is constituted by eleven companies which are going through rough times as it is reflected by the consolidated net income of the sector. The total loss was, in 2006, R$ 176.58 million; nevertheless it fell 36.7% in relation to the negative outcome of 2005 (Varig not included, as it had not yet released 2006 balance up to the closure of this issue). In such a scenario, Localiza stands out as bearing the highest net profit among the companies of the transportation sector. Localiza Rent a Car PL Total / Total Equity R$ 378.628,00 Ativo Total / Total Assets R$ 1.545.424,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 118.411,00 (Lucro/PL) / ROE (%) (Lucro/Ativos) / ROA (%) Margem Líquida / Net Margin (%) 106 31,27% 7,66% 10,51% MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS, VEÍCULOS E PEÇAS / Machines, Equipment, Vehicles and Parts Randon S.A. Resultados acima da média do setor Randon S.A.: Above average results O s resultados obtidos pela Randon S.A. Implementos e Participações, em 2006, superaram mais uma vez a média alcançada pelas outras empresas que atuam no setor de máquinas e equipamentos garantindo, pela segunda vez, a conquista do Prêmio Destaque Setorial. A empresa gaúcha é uma holding mista e líder de um conjunto de oito companhias. The results achieved by Randon S.A. Implementos e Participações, in 2006, once more surpassed the average obtained by the other companies in the machinery and equipment sector, thus ensuring, for the second time, the Prize for Sector Excellence. The company from Rio Grande do Sul is a mixed holding and leader of a pool of eight companies. O grupo obteve o lucro líquido recorde de R$ 133,4 milhões, com crescimento de 9,14% em relação ao ano anterior, enquanto a receita líquida subiu apenas 1,2%. O aumento do lucro em relação à receita indica uma melhora na margem líquida da empresa. Essa evolução demonstra ganhos de escala e diminuição dos custos ao longo do ano passado. The group attained a peak net profit of R$ 133.4 million, growing 9.14% over 2005, but the net revenue was up only 1.2%. Profit increase in revenue indicates an improvement in the net margin of the company. Such development shows scale gains and decrease in costs throughout last year. As exportações responderam por parte significativa da receita total do grupo: US$ 206,9 milhões, com um crescimento de 21,3% em relação aos valores de 2005. Mesmo com a taxa de câmbio valorizada em relação ao dólar, o desafio foi superado com medidas como contenção de custos, importação de insumos, ajustes nos preços, utilização de instrumentos de hedge e estratégias de atuação internacional, visando ampliar as vendas. O objetivo da empresa é ter 30% de sua produção voltada para a exportação numa visão estratégia de longo prazo. Atualmente, este índice está em 22,2%. Exports contributed to a significant share of the group’s total revenue: US$ 206.9 million, corresponding to a 21.3% growth over 2005. In spite of the appreciation of the exchange rate over the dollar, the challenge was overcome through costs restraint, imports of inputs, prices adjustments, utilization of hedge instruments and strategies of international behavior, aiming to increase sales. The company aims to direct 30% of its production to exportation as a long term strategy. Presently, the index is 22.2%. O patrimônio líquido da Randon S.A. fechou 2006 em R$ 525,7 milhões, 52,2% maior que em 2005. A receita líquida, apesar de ter tido crescimento de apenas 1,2%, totalizou R$ 2 bilhões, superando, portanto, o patrimônio líquido da empresa em função do alto valor das mercadorias produzidas. A relação lucro líquido sobre receita líquida foi o único índice que ficou abaixo da média do setor. Os retornos em relação ao patrimônio líquido e ao ativo total foram ambos acima da média. Randon S.A. shareholders’ equity closed the books for the fiscal year of 2006 in R$ 525.7 million, 52.2% increase over 2005. The net income, in spite of only 1.2% growth, totaled R$ 2 billion, thus overcoming the corporation shareholders’ equity, as a consequence of the high valor of the goods produced. The ratio net profit over net income was the only index below the average of the sector. Shareholders’ equity and total assets returns were both above average. Randon S.A. Implementos e Participações PL Total / Total Equity R$ 525.690,00 Ativo Total / Total Assets R$ 1.392.122,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 133.383,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 25,37% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 9,58% Margem Líquida / Net Margin (%) 6,60% 107 Prêmio destaque setorial Abrasca Sector Leader Award SANEAMENTO E SERVIÇOS DE ÁGUA E GÁS / Sanitation and Water and Gas Services Comgás Destaque em rentabilidade e lucro Comgas: Excellence in profitability and gains O destaque setorial deste ano ficou por conta da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) ratificando a qualidade de gestão diferenciada da empresa, que investiu aproximadamente R$ 430 milhões, ampliando em 463 quilômetros sua rede de distribuição. Em 2006, a Comgás garantiu mais uma vez o Prêmio Destaque Setorial ao apresentar o retorno sobre o patrimônio líquido de 14,6%, enquanto a média do setor, que é composta por apenas cinco empresas listada na Bovespa, foi de 6,8%. Outro fato que contribuiu para liderança da distribuidora paulista foi o crescimento de 29,9% no lucro líquido, que atingiu a soma de R$ 427,3 milhões. Esta foi a maior variação registrada dentro do segmento de saneamento, água e gás. A empresa foi considerada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a maior distribuidora de gás natural do Brasil em número de clientes, distribuindo gás canalizado para 500 mil consumidores nos segmentos residencial, comercial e industrial. Sua área de concessão abriga cerca de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) do país, abrangendo 177 municípios das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas, além da Baixada Santista e do Vale do Paraíba. Em 1999, o controle acionário da Comgás foi arrematado pelo consórcio formado pela união das empresas, BG Group e Shell, por R$ 1,65 bilhão. Boa parte do gás distribuído pela Comgás, cerca de 75%, provém da Bolívia, trazida pelo gasoduto Bolívia–Brasil, o que pode ser prejudicial no futuro, em função da conturbada condição política daquele país. No entanto, nos últimos anos, diversas reservas foram descobertas no território brasileiro, sobretudo nas Bacias de Campos (RJ), de Santos (SP) e do Espírito Santo. Espera-se que estas jazidas comecem a operar efetivamente no fim desta década. Companhia de Gás de São Paulo São Paulo Gas Company (Comgas) was the sector highlight for this year ratifying the quality in the company’s differentiated management, which invested approximately R$430 million, expanding to 463 kilometers its distribution grid. In 2006, Comgas once more won the Prize for Sector Excellence, as its shareholders’ equity return was of 14.6%, while the average of the sector, which is composed by only five companies listed in Bovespa, was 6.8%. Another aspect that contributed to the leadership of São Paulo distributer was a 29.9% rise on the net profit, reaching the sum of R$ 427.3 million. It was the biggest variation ever registered by the sanitation, water, and gas companies. Comgas was rated by the National Agency of Electric Energy (Aneel) the largest natural gas distributer in Brazil in regard to the amount of clients, suppling 500 thousand consumers from the residential, commercial and industrial segments with gas distributed through the grid. Its range of concession holds about one forth of all Brazil’s GIP, which includes 177 districts in the metropolitan regions of São Paulo and Campinas; Santos lowlands ,and Vale do Paraíba. In 1999, the shareholding control of Comgas was bought by a consortium formed by a pool of the companies, BCGroup and Shell for R$1.65 billion. A great amount of gas distributed by Comgas , about 75%, comes from Bolivia. It is brought through the Bolivia-Brazil gas pipeline, what might be damaged in the future, due to the political turmoil in that country. Nevertheless, several gas reserves have been found in the Brazilian territory for the last years, mainly in the Bays of Campos (RJ), of Santos (SP) and of Espírito Santos (ES). It is expected that those natural deposits will be effectively in operation by the end of this decade. – Comgás PL Total / Total Equity R$ 1.050.011,00 Ativo Total / Total Assets R$ 2.939.897,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 427.387,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 40,70% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 14,54% Margem Líquida / Net Margin (%) 14,38% 108 PETROQUÍMICOS E BORRACHA / Petrochemicals and Rubber Fosfertil Retorno expressivo sobre a receita líquida Fosfertil: Significant Returns on Net Revenues A Fertilizantes Fosfatados S/A – Fosfertil – é a maior fornecedora de produtos fosfatados e nitrogenados para a produção de fertilizantes do país. Atua como fornecedora de matérias-primas para indústrias de fertilizantes e de insumos para empresas químicas, além de prestar serviços de logística. Ela está presente em quatro estados brasileiros: Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná. No ano passado, os retornos sobre o patrimônio líquido, sobre o ativo total e em relação à receita líquida foram todos acima da média do setor. Cabe destacar que a Fosfertil obteve o mais elevado índice de retorno sobre a receita líquida, 27%, enquanto a média obtida pelas outras empresas que compõem esse ramo de atividade, ficou em torno de 4%. Foi este resultado que garantiu a Fosfertil o Prêmio Destaque Setorial. O grau de endividamento da empresa diminuiu 32 pontos percentuais – uma redução de 46,7% do endividamento total em 2006, como conseqüência do aumento de 13,9% do patrimônio líquido. Esse indicador demonstra que o balanço de pagamentos da empresa está cada vez mais saudável. A Fosfertil foi criada em 1977 como uma empresa do governo federal. Incluída no Programa Nacional de Desestatização, a empresa foi privatizada em 1992 e registrada como empresa de capital aberto, passando a ter suas ações negociadas em bolsa. Em 1993, a Fosfertil passou a ser controlada pela Ultrafertil, sendo incorporada pelo grupo em 1995. Porém, a mesma identidade corporativa só passou a ser adotada em 2004. O desenvolvimento da produtividade no campo brasileiro se deve, entre outros fatores, ao uso de tecnologia agrícola, em especial de fertilizantes. O setor tem crescido de maneira expressiva nos últimos anos, acompanhando o desenvolvimento do agronegócio. Fertilizantes Fosfatados S/A – Fosfertil – is the largest supplier of phosphated and nitrogenous products for the production of fertilizers in Brazil. It works as a supplier of raw materials to fertilizer industries, and of inputs to chemical companies, and also provides extension services. The company is present in four Brazilian states: Goiás, Minas Gerais, São Paulo and Paraná. Last year, the returns on shareholders’ equity, on total assets, on net revenue, were far above average. It is important to highlight that Fosfertil displayed the highest degree in returns on the net revenue, 27%, while the average for the other companies belonging to the sector, was around 4%. This result warranted Fosfertil the Prize for Sector excellence. The level of indebtedness decreased thirty-two percentage points – a fall of 46.7% over the total debt in 2006, as the company increased the shareholder’ equity in 13.9%. It indicates that the company balance of payments is getting healthier and healthier. Fosfertil was created in 1977 as a Federal State company. In 1992, as it had been included in the National Privatization Program, was privatized and registered as a publicly-traded company, thus being negotiated in the stock market. In 1993, Fosfertil management was handed over to Ultrafertil, and in 1995 it was incorporated to the group. However, the same corporative identity was adopted only in 2004. The development in production in Brazilian fields, is due, among other factors, to the use of agricultural technology, highlighting the use of fertilizers. The segment has been advancing significantly for the last years, keeping up with agribusiness development. Fosfertil PL Total / Total Equity R$ 1.254.136,00 Ativo Total / Total Assets R$ 1.612.242,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 226.874,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 18,09% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 14,07% Margem Líquida / Net Margin (%) 27,30% 109 Prêmio destaque setorial Abrasca Sector Leader Award PAPEL E CELULOSE / Pulp and Paper Aracruz Celulose Empresa repete performance Aracruz Celulose: A Repeat Performance A Aracruz Celulose conquistou pela segunda vez o Prêmio Destaque Setorial por ter obtido retornos sobre o patrimônio liquido, ativo total e receita líquida que superaram em muito a média do setor de papel e celulose. Apesar do lucro líquido da empresa ter caído 5,45% e o lucro operacional diminuído em 12,18%, entre 2005 e 2006, ainda assim, a Aracruz encontra-se muito à frente nos índices de rentabilidade do segmento. A empresa é a maior produtora de celulose branqueada de eucalipto do mundo. Ela é responsável por 27% da produção mundial de papéis de impriessão e escrever, papéis sanitários e papéis especiais de alto valor agregado, sendo 98% de sua produção destinada ao mercado externo. As unidades florestais da companhia estão instaladas nos estados do Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com aproximadamente 279 mil hectares de plantios renováveis de eucalipto, intercalados com 154 mil hectares de reservas nativas, que são fundamentais para assegurar o equilíbrio do ecossistema. A Aracruz é a única empresa no mundo do setor de produtos florestais e papel a integrar o Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI World) 2007, que destaca as melhores práticas em sustentabilidade corporativa no mundo. Na Bovespa, ela está entre as 34 empresas que compõem o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). Um dos pilares em que a Aracruz se sustenta para manter a competitividade no mercado internacional é o baixíssimo custo de produção, utilizando matéria-prima e mão-de-obra baratas. Os outros pontos são variados, como a boa gestão dos recursos, fatores climáticos propícios à plantação de eucaliptos e a boa imagem de empresa ecologicamente correta, adepta à responsabilidade social. Aracruz Celulose won, for the second time ,the Prize for Sector Excellence as its return on shareholders ‘equity, total assets, and net revenue far outmatched the average of paper and pulp industries. In spite of a 5.45% fall on the net profit, and a 12.18% decrease in the operational profit between 2005 and 2006, Aracruz ratios of profitability are much ahead than those of other companies. The company is the greatest producer of whitened pulp from eucalyptus in the world. It is responsible for 27% of all world production of printing and writing papers, toilet papers, and especial papers of high added value, exporting 98% of its production to the foreign market. The company’s forest units are in the states of Espírito Santo, Bahia, Minas Gerais and Rio Grande do Sul, encompassing approximately 279 thousand hectares of renewable eucalyptus plantations inserted with 154 thousand hectares of natural reserves, which are essential to assure the ecosystem balance. Aracruz is the only company of forest and paper products in the world to integrate the Dow Jones Sustainability Index (DJSI World) in 2007, which highlights the best praxis in corporative sustainability in the world. In Bovespa, it is among the thirty-four companies which integrate the Entrepreneurial Sustainability Index (ISE). The extremely low production cost, as it utilizes cheap raw material and cheap manpower, is one of the pillars that enables Aracruz to be competitive in the international market. Other aspects are: good funds management, favorable weather conditions to eucalyptus plantation, and the good image of the company as ecologically correct and socially responsible. Aracruz Celulose S.A. PL Total / Total Equity R$ 4.879.511,00 Ativo Total / Total Assets R$ 9.253.380,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 1.148.333,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 23,53% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 12,41% Margem Líquida / Net Margin (%) 50,38% 110 PETRÓLEO E GÁS / Oil and Gas Petrobras Um ano marcado por grandes conquistas Petrobrás: A year of great conquests A Petrobras teve méritos de sobra na conquista do Prêmio Destaque Setorial de 2006. Afinal, no ano passado ela protagonizou muitas conquistas e bateu recordes de produção e exportação. O lucro líquido da empresa, no final do exercício, atingiu a soma de R$26,1 bilhões. Este valor em dólares, representa o maior lucro da história de uma empresa latino-americana. Esse aumento foi impulsionado pelo crescimento da produção nacional e pelo preço recorde pago pela commodity no mercado internacional. A valorização do real frente ao dólar também contribui para o aumento do lucro da empresa. O lucro da Petrobras representa 97,5% do total do setor petrolífero brasileiro. O excelente desempenho da empresa está expresso nos seus principais indicadores econômicos. O ativo total subiu 13,1%, enquanto a receita líquida superou em 9,7% o valor de 2005 e o patrimônio líquido aumentou 19,4%. O retorno sobre o patrimônio líquido (26,2%) e sobre a receita líquida (21,8%) superou o de todas as empresas do setor. Petrobras more than deserved the Prize for Sector Excellence in 2006. After all, last year the company held the leading role in achievements , outmatching records in production and exports. The net profit, at the end of the fiscal year, reached the sum of R$ 26.1 billion. Such amount in dollars represents the greatest profit ever achieved by a Latin American company. This increment was driven by the growth in domestic production and the record prices paid for the commodity in the international market. The appreciation of the real against the dollar also contributed to increase the profit of the company. Petrobás profit alone represents 97.5% of all Brazilian oil companies. The outstanding performance of the company is expressed by its main economic indicators.The total assets were up 13.1%, the net revenue overpassed in 9.7% the value of 2005, and the shareholders’ equity was up 19.4%. The return on the shareholders’ equity (26.2%) and on the net revenue (21.8%) far exceeded that of all companies of the sector. A Petrobras foi criada em outubro de 1953, com o objetivo de fazer pesquisa, lavra, refino e transporte do petróleo e derivados no Brasil. Ao longo de cinco décadas, tornou-se líder em distribuição de derivados no país. No mercado internacional, fora do monopólio da União, foi reconhecida como a oitava maior companhia aberta de petróleo do mundo. Petrobrás was created in October 1953, for the purposes of research, mining, refining, and transportation of oil and oil derivatives in Brazil. Alongside five decades, it has become leader in the distribution of derivatives in the country. In the international market, outside the Union’s monopoly, it has been acknowledged the eighth largest public company of oil in the world. Detentora de uma das tecnologias mais avançadas para a extração de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, a companhia foi premiada duas vezes, em 1992 e 2001, pela Offshore Technology Conference (OTC), o mais importante prêmio do setor. Graças a Petrobras, o Brasil se tornou, em 1997, uns dos 16 países do mundo que produz mais de 1 milhão de barris de óleo por dia. As it holds one of the most advanced technology for oil extraction in deep and ultra deep waters, the company has been awarded twice, in 1992 and in 2001, by Offshore Technology Conference (OTC), the most important prize of the sector. Thanks to Petrobrás, Brazil has become in 1997,one of the sixteen countries in the world to produce more than one million of oil barrels per day. Petrobras PL Total / Total Equity R$ 99.382.334,00 Ativo Total / Total Assets R$ 179.614.554,00 Lucro Líquido / Net profit R$ 26.063.173,00 (Lucro/PL) / ROE (%) 26,23% (Lucro/Ativos) / ROA (%) 14,51% Margem Líquida / Net Margin (%) 21,77% 111 Fundos e clubes de ações crescem com alta da Bovespa Os fundos de ações se destacaram em 2006 como o produto que mais cresceu no ano passado. De acordo com os dados fornecidos pela Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), o patrimônio desses fundos cresceu 57,8% ao atingir a soma de R$ 80,6 bilhões no fim de 2006 contra R$ 51 bilhões em dezembro de 2005. E mais, a captação desses fundos deu um salto espetacular ao passar de R$ 220 milhões para R$ 9,1 bilhões nesse mesmo período. Na esteira desta alta do mercado vieram também os Clubes de Investimento. No fim do ano passado tinham sido registradas na Bovespa 308 novas entidades, processo que continuou nos primeiros meses de 2007. O crescimento dos fundos e dos clubes de ações, além da boa performance da bolsa, está associado à política de popularização do mercado, desenvolvida pela Bovespa, à queda dos juros e ao maior conhecimento dos investidores pessoas físicas sobre o mercado de ações. Ranked as the fastest-growing product in 2006, Share Funds expanded by 57.8%, building up assets of R$ 80.6 billion by year-end 2006, compared to R$ 51 billion in December 2005, according to data provided by the National Investment Banks Association (ANBID). At the same time, the intake of these funds soared spectacularly from R$ 220 million to R$ 9.1 billion. In the wake of this market upsurge, Investment Clubs began to appear, with 308 new entities registered with the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) by the end of last year. Continuing through the early months of 2007, the growth of share funds and investment clubs is paced not only to an upbeat performance by the Stock Exchange, but also reflects its market popularization policy, in parallel to dropping interest rates and individual investors who are better informed about the stock market. Share Funds and Investment Clubs grow as BOVESPA rises 112 Produtos com ações Share based products FUNDOS DE PENSÃO / Pension funds Ativos dos fundos chegam a 18% do PIB Fund Assets reach 18% of GDP C om reservas que somavam R$ 375 bilhões no início de 2007, equivalentes a 18% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, os fundos de pensão brasileiros voltaram a mostrar um robusto padrão de crescimento em 2006, fruto, em grande parte, do resultado bem-sucedido da gestão de investimentos das carteiras, o que lhes garantiu não apenas a superação das metas atuariais pelo quarto ano consecutivo como também a obtenção, em muitos casos, de expressivos superávits. Todas as Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPCs) voltaram a bater suas metas atuariais em 2006 e o superávit do sistema foi de R$ 30,4 bilhões, informa Fernando Pimentel, presidente da Abrapp – Associação Brasileira das Entidades de Previdência Complementar. O volume mensal de pagamento de benefícios pelos fundos de pensão atingiu R$ 1,3 bilhão, para um número de participantes do sistema de 2,5 milhões de trabalhadores. “O crescimento das entidades de previdência complementar deixou de ser uma vontade para ser uma necessidade do país”, afirma Pimentel. Ele lembra que os investimentos feitos pelo sistema têm gerado mais de um milhão de postos de trabalho em todo o Brasil e que o pagamento do principal benefício, a aposentadoria por tempo de contribuição, em média atinge R$ 3.443,00 por mês contra R$ 967,00 pagos pelo INSS. “São hoje mais de 614 mil brasileiros que recebem aposentadorias em valores até cinco vezes superiores aos do INSS”, afirma o dirigente. With reserves equivalent to 18% of its GDP totaling R$ 375 billion by early 2007, Brazil’s pension funds once again showed a steady growth pattern in 2006, due largely to highly successful portfolio investment management. In many cases, this guaranteed that they not only outstripped the actuarial targets for the fourth consecutive year, but also posted significant surpluses. All the Closed Supplementary Pension Fund entities (EFPCs) reached their actuarial targets in 2006, with a system-wide surplus of R$ 30.4 billion, according to Fernando Pimentel, the President of the Brazilian Association of Closed Private Supplementary Pension Funds (ABRAPP). The monthly pay-out of benefits by Brazil’s Pension Funds reached R$ 1.3 billion to 2.5 million workers participating in this system. “The growth of supplementary pension funds has shifted from being a national wish to a nationwide need”, affirms Pimentel. He recalls that the investments allocated by the system have generated more than a million work posts throughout Brazil, and that payments of the main benefits – retirement pensions based on length of contribution – average out at R$ 3,443.00 a month, compared to R$ 967.00 paid by the National Social Security Institute (INSS). “Today there are more than 614,000 Brazilians receiving pensions that are five times higher than those paid out by the INSS,” he affirms. GROWTH POTENTIAL POTENCIAL PARA CRESCER “Crescer é um processo inexorável para os fundos de pensão brasileiros, principalmente quando olhamos o seu potencial em comparação com o de outros países. Na Holanda, as reservas dos fundos de pensão representam 125% do PIB, enquanto no Reino Unido esse percentual é de 70% e nos EUA é de 90%”, observa o presidente da Abrapp. A estimativa é de que o sistema das EFPCs chegue em 2010 com ativos equivalentes a um terço do PIB brasileiro. “Nossa expectativa é de que os fundos de pensão assegurem ao Brasil, até lá, uma poupança previdenciária de aproximadamente R$ 565 bilhões”, prevê Pimentel. A rentabilidade média obtida pelas carteiras de investimentos dos fundos de pensão em 2006 ficou em 23,6%, “Growth is an inexorable process for Brazilian pension funds, particularly when comparing their potential to that of other countries. In the Netherlands, pension fund reserves are equivalent to 125% of the GDP, reaching 70% in the UK and 90% in the USA”, noted the President of ABRAPP. It is estimated that Brazil’s Closed Private Supplementary Pension Fund System will build up assets equivalent to one third of the nation’s GDP by 2010. “We expect that the pension funds will ensure pension savings for Brazil of approximately R$ 565 billion by then” forecast Pimentel. The average profitability posted by pension fund investment portfolios in 2006 reached 23.6%, averaging out at 41% for variable income portfolios and 33% for 113 Produtos com ações Share based products FUNDOS DE PENSÃO / Pension funds sendo que os portfólios de renda variável conseguiram apresentar rentabilidade média de 41% enquanto na renda fixa esse retorno foi de 33%. O patrimônio das entidades cresceu em média 1,32% ao mês, resultando em expansão de 17% no ano. Contribuíram para esse desempenho, entre outros fatores, a nova base legal e normativa que o sistema adquiriu ao longo dos últimos anos, assim como o aperfeiçoamento da governança corporativa dos fundos de pensão, o uso de melhores técnicas de gestão de recursos e a adoção de controles internos mais rigorosos. Esse conjunto de medidas, reitera o presidente da Abrapp, colocou os fundos de pensão na rota de um novo ciclo de crescimento. Apesar de seu perfil conservador de investimentos, o sistema já deu início a uma etapa de diversificação das carteiras tendo em vista a perspectiva de redução do juro e a necessidade de buscar alternativas mais adequadas de risco/retorno a médio e longo prazos. Enquanto essa diversificação toma forma, 59,8% dos recursos de investimentos dos fundos de pensão ainda estão alocados em renda fixa, enquanto 32% estão aplicados em renda variável. Em dezembro de 2006, aproximadamente R$ 210 bilhões estavam em renda fixa, R$ 115 bilhões em renda variável, R$ 11 milhões em imóveis e R$ 8 milhões em empréstimos aos participantes, com pouco mais de R$ 5 milhões alocados em outras participações. “Com a expectativa de continuidade na queda dos juros, os fundos de pensão deverão redirecionar parte de suas carteiras, ainda que sem movimentos abruptos, para projetos de investimento em infraestrutura como no modelo de Parceria Público-Privada (PPP) their fixed income counterparts. The assets held by these entities rose by an average of 1.32% a month, resulting in an expansion of 17% during the year. Among other factors, this performance was underpinned by the new legal and regulatory framework built up by this system over the past few years, while pension funds have been fine-tuning their corporate governance, in parallel to deploying the best fund management techniques and adopting more stringent internal controls. This set of measures has triggered a fresh growth cycle for Brazil’s pension funds, reiterates the President of the Brazilian Association of Closed Private Supplementary Pension Funds (ABRAPP). Despite its conservative investment profile, this system has already moved into a portfolio diversification stage, looking ahead to prospects of lower interest rates and the need to seek better risk/return alternatives over the medium and long terms. While this diversification takes shape, 59.8% of the investment funding allocated by investment funds is still channeled to fixed income options, with 32% assigned to variable income assets. In December 2006, approximately R$ 210 billion were allocated to fixed income; R$ 115 billion to variable income; R$ 11 million to real estate and properties and R$ 8 million loaned out to participants, with just over R$ 5 million assigned to other stakes. “With the expected steady drop in interest rates, pension funds will have to redirect part of their portfolios, although not abruptly, to projects investing in infrastructure, such as the Public Ativos EFPC X PIB (%) / EFPC Assets x GDP Ativos dos Fundos de Pensão X PIB Pension Fund Assets X GDP 1995 Ano Ativos das EFPCs R$ milhões PIB R$ milhões Year Assets of EFPCs R$ million GDP R$ million 1995 74.815 646.192 1996 86.629 778.887 1998 1997 101.033 870.743 1999 1998 101.129 914.188 1999 125.995 973.846 2000 144.025 1.101.255 2001 2001 171.152 1.198.736 2002 2002 189.280 1.346.028 2003 240.139 1.556.182 2004 280.517 1.766.621 2004 2005 320.200 1.937.598 2005 dez/06 374.726 2.051.052 (*) Fonte: IBGE / Abrapp (*) 4º Trimestre/2005, 1º, 2º e 3º Trimestres/2006 116 Source: IBGE / Abrapp (*) 4th quarter/2005, 1st, 2nd and 3rd quarters/2006 1996 1997 11,6 11,1 11,6 11,1 2000 2003 dez/06 dec/06 Fonte: IBGE / Abrapp 12,9 13,1 14,3 14,1 15,4 15,9 16,5 18,3 Source: IBGE / Abrapp e outros no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, observa Pimentel. A criação dos planos de previdência instituídos por associações e sindicatos profissionais deverá ser um dos principais elementos de estímulo à expansão da previdência complementar no Brasil dos próximos anos, segundo estima a Abrapp. “Atualmente já existem cerca de 30 planos instituídos autorizados a funcionar, como o da OABPrev, que congrega os advogados associados à OAB, mas o potencial de crescimento para essa modalidade é muito grande em todo o país”, avalia o presidente. Private Partnership (PPP) model and others under the aegis of Brazil’s Growth Acceleration Program (PAC),” notes Pimentel. Pension funds set up by trade unions and professional associations will rank among the key elements spurring the expansion of supplementary pension funds in Brazil over the next few years, according to ABRAPP forecasts. “At the moment, there are some thirty plans established and authorized to operate, such as the OABPrev, which gathers together lawyers belonging to the Brazilian Law Society (OAB), but there is ample growth potential nationwide for this type of coverage”, notes the President of this entity. PREVIDÊNCIA ABERTA AMPLIA CAPTAÇÃO Em 2006, o mercado de previdência complementar aberta registrou captação recorde de R$ 22,9 bilhões, com crescimento de 17,69% em comparação com 2005, quando os planos haviam captado R$ 19,45 bilhões. Segundo análise da Associação Nacional da Previdência Privada (Anapp), esse mercado conseguiu avançar de modo significativo no ano passado depois de ter apresentado uma performance modesta em 2005, ano em que o crescimento foi de apenas 3,9%, resultado atribuído pela entidade à demora na regulamentação das leis que alteraram a tributação dos planos de previdência complementar, provocando uma atitude cautelosa por parte do investidor. O desempenho favorável do ano passado foi baseado na venda de planos do tipo VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre –, responsável pela captação de R$ 15,432 bilhões, com alta de 32,69% na comparação com 2005. O VGBL encerrou o ano passado respondendo por 67,41% do total de captação do mercado aberto de previdência complementar. OPEN PENSION FUNDS EXTEND UPTAKE In 2006, the open supplementary pension funds market posted a record uptake of R$ 22.9 billion, up 17.69% over 2005, when these plans brought in R$ 19.45 billion. According to an analysis conducted by the National Private Pension Fund Association (ANAPP) this market progressed significantly during the past year, after a modest performance in 2005, with growth of only 3.9%, explained by this entity as being due to sluggish regulation of laws altering taxes on supplementary pension plans, prompting a more cautious approach among investors. The favorable performance during the past year was based on the sale of Free Life Benefit Generator (VGBL) Plans, which brought in R$ 15,432 billion, up 32.69% over 2005. These Plans ended the past year with 67.41% of the total uptake on the open supplementary pension fund market. Evolução da carteira dos planos abertos de previdência privada (*) / Evolution of open pension fund plan portfolios Ano Receitas de planos Variação Carteira Variação Reservas Técnicas Year Revenues from plans Variation Portfolio Variation Technical reserves Variation 1995 1.050.181 56,65% 3.539.466 17,29% 2.306.567 42,05% 1996 1.397.918 33,10% 4.637.091 31,01% 3.127.946 35,61% 1997 2.163.893 54,79% 6.254.606 34,88% 4.645.677 48,52% 1998 3.185.200 47,20% 8.376.350 33,92% 6.965.447 49,93% 1999 3.803.716 19,42% 12.726.117 51,93% 10.394.238 49,23% 2000 5.093.711 33,91% 16.557.813 30,11% 14.184.984 36,47% 2001 7.344.721 44,19% 24.220.851 46,28% 20.961.932 47,78% 2002 9.426.562 28,34% 32.012.291 32,17% 29.151.147 39,07% 2003 14.615.578 55,05% 48.473.235 51,42% 44.184.226 51,57% 2004 18.779.020 28,49% 65.988.780 36,13% 61.373.325 38,90% 2005 19.511.794 3,90% 81.465.395 23,45% 77.203.865 25,79% 2006 22.891.991 17,69% 102.092.924 25,32% 96.656.670 25,20% Fonte: Anapp (*) Dados acumulados de janeiro a dezembro Variação Source: National Private Pension Fund Association (ANAPP) (*) Accumulated data for January through December 117 Produtos com ações Share based products FUNDOS DE PENSÃO / Pension funds Já no segmento de Plano Gerador de Benefício Livre – PGBL – as novas contribuições tiveram um comportamento estável no ano, somando R$ 4,555 bilhões, o que representou 0,18% de alta em relação a 2005. Ao mesmo tempo, os planos tradicionais de previdência aberta registraram queda de 10,45% na arrecadação, passando de R$ 3,213 bilhões em 2005 para R$ 2,878 bilhões em 2006 e refletindo a migração do investidor para produtos como VGBL e PGBL”, analisa Osvaldo do Nascimento, presidente da Anapp. For Free Benefit Generation Plans (PGBL), new contributions remained stable during the year at R$ 4,555 billion, up only 0.18% compared to 2005. At the same time, long-established open pension plans posted a drop of 10.45% in their revenues, down from R$ 3,213 billion in 2005 to R$ 2,878 billion in 2006, reflecting investor migration to products such as the VGBL and PGBL plans”, analyzes Osvaldo do Nascimento, the President of National Private Pension Fund Association (ANAPP). Para Nascimento, o ano de 2006 representou “a consolidação dos planos desenhados para o público composto por menores de idade, oferecidos como a melhor alternativa para acumular poupança de longo prazo”. As estatísticas da Anapp apontam que essa modalidade teve captação de R$ 1,159 bilhão em 2006, com crescimento de 39,23% na comparação com 2005, quando foram captados R$ 832 milhões. He feels that 2006 saw “the consolidation of plans designed for the younger public, offered as the best alternative for building up long-term savings”. The ANAPP statistics indicate an uptake of R$ 1,159 billion in 2006 for this segment, up 39.23% compared to 2005, with inflow of R$ 832 million. As provisões ou reservas técnicas – recursos acumulados pelos participantes do sistema aberto de previdência complementar – somaram R$ 96,6 bilhões em 2006, com alta de 25,20%. O número de beneficiários, entretanto, recuou para 201.330 pessoas no ano passado, com um declínio de 38,10%. A carteira total de investimentos do mercado aberto de previdência cresceu 25,32% em 2006 frente a 2005, somando R$ 102 bilhões. The provisions or technical reserves – funds built up by the participants in the open supplementary pension fund system – totaled R$ 96.6 billion in 2006, up 25.20%. However, the number of beneficiaries dropped to 201,330 people last year, down 38.10%. The total open pension fund market investment portfolio rose by 25.32% in 2006, compared to 2005, totaling R$ 102 billion. Ranking dos investimentos em 2006 (em R$ mil) / Ranking of Investments in 2006 (in R$ thousand) Posição Fundos de Pensão Position Pension Funds Investimentos (R$ mil) Participantes Dependentes Assistidos Investments (R$ thousand) Participants Dependents Assisted 1 2 Previ 105.888.470 83.288 242.484 79.503 Petros 32.595.721 40.234 163.526 53.391 3 Funcef 23.392.617 (*) 56.733 178.334 24.956 4 Fundação Cesp 12.228.991 18.788 80.209 29.358 5 Sistel 8.779.472 6.681 60.379 26.108 6 Valia 8.328.254 39.813 142.436 20.650 7 Itaú Banco 7.898.539 30.070 6.259 6.795 8 Centrus 7.623.253 114 1.780 1.701 9 Forluz 5.660.925 10.815 45.480 11.838 10 Realgrandeza 4.679.817 5.546 23.114 6.858 11 Fapes 4.126.599 2.104 4.621 1.345 12 Banesprev 4.040.312 9.281 21.971 7.621 13 Fundação Copel 3.727.543 8.815 20.849 5.989 14 Postalis 3.253.865 96.438 305.979 14.945 15 Telos 3.079.443 6.714 21.363 5.962 16 HSBC Fundo de Pensão 3.006.323 57.330 72.523 6.153 17 Caixa dos Empregados da Usiminas 2.964.597 15.186 35.848 10.403 18 EletroCEEE 2.830.573 6.708 15.642 6.691 19 Fundação Atlântico 2.824.203 13.416 35.057 6.800 20 Visão Prev 2.767.436 8.858 16.002 3.264 Fonte: IBGE / Abrapp (*) Ago/06 118 Source: IBGE / Abrapp (*) August 2006 CLUBES DE INVESTIMENTO / Investment Clubs Com fôlego para continuar crescendo Headroom for Growth E m ano de quebra de recorde na Bolsa de Valores de São Paulo, os clubes de investimento voltaram a exibir fôlego para crescer em 2006. No período de 12 meses entre o fim de 2005 e o término de 2006 foram listados mais 308 desses clubes na Bovespa, totalizando 1.631. O ritmo de expansão registrado no ano passado continuou vigoroso no início de 2007. Nos meses de janeiro e fevereiro foram criados respectivamente mais 36 e 41 clubes e o número total passou para 1.708, representando patrimônio líquido de R$ 9,9 bilhões e 134.143 cotistas. A tendência de crescimento do número de clubes de investimento foi acentuada em 2006, segundo explica José Roberto Mubarack, assessor de Relações Institucionais da Bovespa. “Essa tendência acompanha o desempenho que vem desde 2004 e 2005 e foi reforçada pela combinação entre a política de popularização do mercado acionário e o bom momento vivido pela bolsa no ano passado, com uma série de recorde em volume de negócios.” A manutenção da trajetória de queda do juro, aliada ao maior conhecimento dos investidores pessoas físicas sobre o investimento em ações tem sido fundamental para a evolução do número de clubes, diz Mubarack, “atraindo sobretudo investidores com perfil mais jovem, na faixa etária de até 40 anos e um número expressivo de mulheres”. Ele observa que mesmo durante os momentos de refluxo do mercado, registrados em 2006, esse público não fez movimentos expressivos de saída, demonstrando maior informação e preparo para manter investimentos em renda variável. In a year when the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) set new records, investment clubs once again presented ample headroom for growth in 2006. During the twelve months between year-end 2005 and December 2006, an additional 308 investment clubs were registered with this Stock Exchange, making a total of 1,631. The expansion noted during the course of the past year continued to burgeon during early 2007, with a further 36 and 41 investment clubs set up in January and February respectively, bringing the total number up to 1,708 with net equity of R$ 9.9 billion and 134.143 quota-holders. The uptrend in the number of investment clubs rose even more steeply in 2006, explained by José Roberto Mubarack, the Institutional Relations Advisor for the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA): “This trend is keeping pace with performance, which has been flourishing since 2004 and 2005, buttressed by great timing for the stock market popularization policy and thriving activities last year, setting a series of record trading volumes”. The steady drop in interest rates, together with greater familiarity with share investments among individual investors has played a vital role in the development of the number of investment clubs says Mubarack. “They attract mainly investors with younger profiles, up to forty years old, with a significant number of women.” He notes that even during market downturns in 2006, this public did not flee in any significant numbers, showing that it is better informed and prepared to maintain its variable income investments. Saldo da Posição de Clubes de Investimento / Club position balance Ano Quantidade de Clubes Quantidade de Membros Patrimônio Líquido (R$ mil) Year Number of clubs Number of members Net assets (R$ 1000) 154 162 149 180 379 457 473 755 1.016 1.323 1.631 1.708 32.373 62.634 67.771 55.849 115.087 140.692 139.524 113.028 107.946 112.306 131.969 134.143 79.794 97.643 101.441 276.967 1.269.131 1.413.286 1.404.917 3.977.201 5.726.198 6.994.750 9.646.498 9.927.886 1996* 1997* 1998* 1999* 2000* 2001* 2002* 2003* 2004* 2005* 2006* 2007** Fonte: Bovespa * Posição dezembro/2006 ** Posição em 28/02/2007 Source: São Paulo Stock Exchange * Position December/2006 **Position on February 28, 2007 119 Produtos com ações Share based products FUNDOS DE AÇÕES / Share Funds Um ano de desempenho expressivo A year of Impressive Performances O s fundos de ações registraram excelente desempenho em termos de rentabilidade, acompanhando a performance positiva da Bovespa em 2006. O segmento foi impulsionado pela busca dos investidores por diversificação de suas carteiras, diante da redução da taxa de juro básica ao longo do ano, movimento que diminuiu o interesse pelas aplicações em títulos do governo e incrementou a busca por renda variável. Share funds posted an excellent performance in terms of profitability, keeping pace with the positive performance of the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) in 2006. This segment was driven by investors seeking to diversify their portfolios, prompted by the drop in the basic interest rate during the course of the year, with weakening interest in Government bonds spurring the quest for variable income options. Cresceu também a presença dos investidores na formação de mais fundos. Segundo dados da Anbid, em 2004 a indústria somava 508 fundos de ações. Em 2005 esse número subiu para 536 e, em 2006, para 656. Additionally, the presence of investors in the formation of other funds also expanded. According to date released by the National Investment Banks Association (ANBID), the industry had 598 share funds in 2004, rising to 536 in 2005 and 656 in 2006. Os dados da Anbid também mostram que o patrimônio líquido dos fundos de ações subiu de R$ 51,085 bilhões para R$ 80,630 bilhões no período. A participação do segmento no patrimônio total da indústria de fundos (R$ 909,35 bilhões) também aumentou de 7,11% para 8,87%. A captação desses fundos acumulou em 2006 o volume de R$ 9,155 bilhões, um salto diante do montante registrado em 2005 (negativo em R$ 737,220 milhões), quando os resgates superaram os depósitos. These ANBID data also show that the net equity held by share funds rose from R$ 51,085 billion to R$ 80,630 billion during the period. The stake held by this segment in the total assets held by the fund industry of R$ 909.35 billion also rose from 7.11% to 8.87%. The uptake by these funds reached R$ 9,155 billion in 2006, in striking contrast to the negative figure of R$ 737,220 million in 2005 when withdrawals outweighed deposits. Maior participação dos investidores pessoa física nos fundos de ações e na compra direta de papéis das companhias é destacada por Mauro Giorgi, economista da corretora Geração Futuro. Segundo ele, o trabalho de popularização da Bovespa tem um papel preponderante no crescimento dos investimentos em ações. “O bom desempenho dos fundos em 2006 foi superior ao do ano passado”, avalia. A rentabilidade média dos fundos de ações Ibovespa Ativo, por exemplo, subiu de 26,09% (2005) para 33,23% em 2006. Larger numbers of individual investors opting for share funds and direct purchases of company stocks are stressed by Mauro Giorgi, an economist with the Geração Futuro broker. He feels that the efforts to popularize the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) have played a leading role in the growth of share investments. “The good performance of the funds in 2006 exceeded that posted last year”, he feels. The average profitability of share funds, such as Ibovespa Ativo, for example - rose from 26.09% in 2005 to 33.23%in 2006. Evolução dos Fundos de Ações / Share Fund Development Ano 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Patrimônio Líquido (R$ bilhão) / Net assets Captação Líquida* (R$) / Net uptake 14,46 12,53 19,90 21,63 22,09 (-1,43 bilhão) 27,02 (-826,2 milhões) 34,54 (-1,61 bilhão) 42,97 (-769,5 milhões) 51,06 (-737,2 milhões) 80,63 9,15 bilhão Fonte: Anbid * Dados coletados a partir de maio/2001 120 Número de Fundos / Number of funds 534 578 557 568 580 554 496 508 536 656 Source: National Investment Banks Association (ANBID) * Data collected as from May 2001 Produtos com ações Share based products PIBB / Brazil Bovespa Papers Index (PIBB) Bom desempenho consolida o produto Good Performance Consolidates Products O s fundo de Papéis de Índice Brasil Bovespa (PIBB) registraram uma performance bastante positiva em 2006. Os investidores que aplicaram nesse segmento conseguiram acumular ganhos de 33,85%. Lançados em julho de 2004, esses fundos apresentam retorno acumulado em 136,17% no período até 28 de dezembro de 2006, praticamente a mesma valorização do IBX 50 (136,26%), o índice que o PIBB acompanha. Na avaliação de Mauro Giorgi, economista da corretora Geração Futuro, os fundos PIBB refletiram o bom desempenho de algumas empresas dos setores siderúrgico e bancário, cujas ações participam do IBX 50. “Graças a isso, nenhum investidor usou o benefício de recompra”, constata. The Brazil Bovespa Papers Index (PIBB) fund posted a fairly positive performance in 2006, with investors opting for this segment earning gains of 33.85%. Launched in July 2004, these funds posted an accumulated payback of 136.17% through to December 28, 2006, almost the same increase in value as the IBX 50 (136.26%), which is the index accompanied by the PIBB. In the view of Mauro Giorgi, an economist with the Geração Futuro broker, the PIBB funds reflect the good performance of companies in the steel and banking sectors, whose shares are included in the IBX 50. “Thanks to this, no investor opted for the repurchase benefit.” he notes. Para boa parte dos analistas de mercado, o PIBB foi e continua sendo um grande sucesso, uma opção interessante para a pessoa física que quer colocar dinheiro em bolsa, mas não sabe exatamente o que comprar. “O produto é muito interessante porque atraiu o investidor arredio ao risco para o mercado de ações. Ele entendeu que para ganhar precisa correr um certo risco, mesmo com o BNDES garantindo a recompra das cotas”, acrescenta Giorgi. For many market analysts, the PIBB was and continues to be a great success, as an attractive option for people wishing to invest on the Stock Exchange, but uncertain of exactly what to buy. “The product is very interesting, because it attracts investors who are wary of the risks offered by the stock market. They understand that a certain amount of risk is needed in order to bring earnings, even with the purchase of the quotas guaranteed by Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES),” adds Giorgi. Mesmo com o sobe-e-desce da bolsa em alguns meses de 2006, os investidores permaneceram na aplicação. Para os especialistas, isso mostra um amadurecimento dos investidores, que estão mais preocupados em obter resultados a longo prazo. Despite the ups and downs of the Stock Exchange during some months in 2006, investors left their funds in place. The specialists see this as reflecting investor maturity, concerned more with long term earnings. Segundo dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), o patrimônio líquido dos fundos PIBB somava R$ 2,735 bilhões em dezembro de 2006. Em fevereiro de 2007, o PL estava em R$ 2,570 bilhões. According to data released by the National Investment Banks Association (ANBID), the net equity of the PIBB funds totaled R$ 2,735 billion in December 2006 and R$ 2,570 billion in February 2007 Patrimônio do PIBB / Brazil Bovespa Papers Index (PIBB) Assets Mês Ano PL (R$ Mil) Rentabilidade no Mês (%) Rentabilidade no Ano (%) Month Year Net equity (R$1000) Profitability / month (%) Profitability / year (%) Dez (*) / Dec (*) 2004 412.134,17 7,25 27,89 Dez / Dec 2005 2.332.431,14 4,71 37,97 Dez / Dec 2006 2.735.407,21 6,58 33,85 Jan / Jan 2007 2.693.309,12 0,79 0,79 Fev / Feb 2007 2.570.493,88 (2,80) (2,04) (*) Lançado em julho de 2004 / (*) Launched in July 2004 122 Fonte: Anbid / Source: National Investment Banks Association (ANBID) BNDESPAR / BNDESPar BNDES lucra com ações da BNDESpar BNDES profits from BNDESPar shares carteira de ações da BNDESPar (BNDES Participações S.A.) foi a principal responsável pelo resultado histórico registrado em 2006 pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que acumulou lucro líquido de R$ 6,331 bilhões, desempenho 97,7% acima do lucro do ano anterior. O valor de mercado dessa carteira no fim de 2006 era de R$ 54 bilhões, contra R$ 41,6 bilhões em 2005, com uma valorização de 34,4%. A The stock portfolio held by the BNDESPar (BNDES Participações S.A.) was the driving force behind the historic figures posted by Brazil’s National Social and Economic Development Bank (BNDES) in 2006, with net profits of R$ 6,331 billion, 97.7% higher than the profits for the previous year. The market value of this portfolio at year-end 2006 was R$ 54 billion, compared to R$ 41.6 billion in 2005, reflecting an appreciation of 34,4%. Em dezembro de 2006, os demais investimentos (debêntures, cotas de fundos e bônus de subscrição) totalizavam, a preços de mercado, R$ 5 bilhões. A carteira de investimentos diretos e indiretos incluía 182 empresas dos mais diversos setores, em linha com a política de diversificação de risco adotada pela instituição. In December de 2006, other investments (debentures, fund quotas and subscription bonds) totaled R$ 5 billion at market prices. The direct and indirect investment portfolio includes 182 companies in a wide variety of sectors, pursuant to the risk diversification policy adopted by this institution. O total de desinvestimentos em 2006 alcançou R$ 6,4 bilhões. Com destaque para as Ofertas Públicas Iniciais no Novo Mercado da TOTVS e Lupatech, oriundas da carteira de pequenas e médias empresas da BNDESPar. Ofertas followon de ações do Banco do Brasil (R$ 1 bilhão), no Novo Mercado, e Iochpe (R$ 163 milhões). Desinvestimentos do programa de fundos da ordem de R$ 338 milhões. Total divestments reached R$ 6.4 billion in 2006. The highlights were the Initial Public Offerings (IPOs) on Brazil’s New Market (Novo Mercado) of TOTVS and Lupatech, drawn from the small and medium enterprise portfolio held by BNDESPar. Follow-on offers of shares in the Banco do Brasil (R$ 1 billion) on the Novo Mercado and Iochpe (R$ 163 million). The divestments by the funds program hovered around R$ 338 million. Na ponta de investimentos, a BNDESPar realizou em 2006 operações que totalizaram R$ 2 bilhões, aí incluída a incorporação da Brasil Ferrovias pela ALL, no montante de R$ 849 milhões, operação que permitiu a aceleração dos investimentos no modal ferroviário do país. In 2006, the BNDESPar conducted transactions totaling R$ 2 billion, including the take-over of Brasil Ferrovias by ALL, for a total amount of R$ 849 million, which speeded up investments in Brazil’s rail transportation sector 20 Principais ativos em valor de mercado – posição: 31/12/06/ 20 main assets quoted at market value – position: 12/31/06 Empresas / Companies Participação % Empresas / Companies % stake Petróleo Brasileiro S.A. Cia. Vale do Rio Doce Valepar S.A. Centrais Elétricas Brasileiras S.A. – Eletrobrás Cia. Brasiliana de Energia ALL América Latina Logística S.A. Telemar Participações S.A. Cia. Paranaense de Energia Banco do Brasil S.A. Aracruz Celulose S.A. Total Ord Total Com Pref Pref 7,62 4,32 9,47 11,84 1,86 6,71 11,51 14,78 15,52 0,02 0,00 0,00 53,85 12,70 25,00 23,96 2,86 9,38 50,00 13,11 25,00 26,41 2,86 12,49 100,00 12,48 0,00 21,21 0,00 6,93 Cia. Siderúrgica Nacional Embraer – Empresas Brasileira de Aeronáutica S.A. Klabin S.A. CPFL Energia S.A. Suzano Papel e Celulose S.A. Gerdau S.A. Acesita S.A. Aços Villares S.A. Net Serviços de Comunicação S.A. Cia. Dist. de Gás do Rio de Janeiro Participação % % stake Total Ord Pref Total Com Pref 6,28 6,28 0,00 6,31 6,31 0,00 20,25 5,17 11,09 3,46 17,05 28,88 6,13 34,56 0,00 5,17 0,02 7,39 0,00 28,88 0,00 34,56 30,93 0,00 16,87 1,38 25,60 0,00 9,86 0,00 Fonte: BNDES / Source: National Social and Economic Development Bank (BNDES) 123 Evolução institucional do mercado de capitais Uma das preocupações constantes do Conselho Editorial do Anuário Estatístico é a busca para aprimorar as informações veiculadas na publicação. Desta forma foi reformulada e ampliada a seção Legislação que passa, a partir desta edição, a se chamar “Evolução Institucional do Mercado de Capitais”. O objetivo é divulgar um resumo das principais iniciativas implementadas ao longo do ano, pelas entidades de classe do mercado, que tenham contribuído para o desenvolvimento institucional do setor. Além disso, estamos publicando O Plano Diretor do Mercado de Capitais de 2006 e os principais projetos do Acompanhamento Legislativo da Abrasca, que pauta a atuação da entidade junto ao poder Legislativo. Outra novidade é a entrevista que passaremos a publicar em cada edição. A série está sendo aberta pelo renomado jurista Arnoldo Wald, ex-presidente da CVM e catedrático da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). One of the constant concerns of the Editorial Board of the Statistical Year Book is the quest to update the information presented in this publication. Consequently, its Legislation Section has been redesigned and expanded, now entitled: Institutional Development of the Capitals Market. Its purpose is to present an overview of the main initiatives undertaken during the year by professional entities related to the market, contributing to the institutional development of this sector. Moreover, we are also publishing the 2006 Capitals Market Master Plan, together with the main Legislative Oversight Projects being implemented by the Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA), whose activities focus on the Legislative branch of Government. Another innovation is the interview to be published in each edition. This series is being launched by celebrated jurist Arnoldo Wald, a former Chairman of the Brazilian Securities Commission (CVM) and a Professor at the Rio de Janeiro State University (UERJ). Institutional Development of the Capitals Market 124 Regulação Regulation ENTREVISTA COM ARNOLDO WALD / Interview with Arnold Wald Por Martha Corazza / By Martha Corazza Um ano sem novidades jurídicas A Year without Legal Innovations Não ocorreram, ao longo do ano passado, grandes novidades no campo jurídico e regulamentar nos mercados financeiro e de capitais, conforme constata o jurista Arnoldo Wald, professor catedrático da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Ele destaca, porém, algumas medidas da CVM como a Instrução nº 429, que instituiu o registro automático de ofertas públicas e a Instrução nº 432, que regulamentou os fundos de investimento destinados à garantia de locação imobiliária e à cessão fiduciária. Nesta entrevista, Arnoldo Wald fala sobre os 30 anos da CVM e diz que a autarquia precisava de mais autonomia, principalmente para atuar no âmbito judicial, sem precisar recorrer ao Ministério Público. Ele elogia os avanços na auto-regulação do mercado de capitais brasileiro, promovido pelas grandes instituições, como Bovespa e Anbid. No entanto, diz que o combate ao insider trading, embora tenha evoluído nos últimos anos ainda é lento em comparação a Europa e Estados Unidos, onde os órgãos reguladores têm instrumentos operacionais que permitem atuação rápida sobre esses casos. In the course of last year, there were no major innovations in the laws and regulations covering Brazil’s financial and capitals market, notes jurist ArnoldoWald, a professor at the Rio de Janeiro State University (Uerj) and former Chairman of the Brazilian Securities Commission (CVM). However, he stresses some measures implemented by this entity, such as Instruction Nº 429 that regulated investment funds set up to provide collateral for real estate leases and fiduciary assignments. In this interview, ArnoldoWald talks about the thirty years of the Brazilian Securities Commission, noting that this semiautonomous government entity needs more independence, particularly for acting in the judicial sphere, without having to turn to the Department of Justice. He praises the progress in self-regulation achieved by Brazil’s capitals market, driven by institutions such as the São Paulo Stock Exchange (Bovespa) and the National Investment Banks Association (Anbid). However, despite some progress over the last few years, he feels that measures designed to block insider trading are still sluggish, compared to Europe and the USA, where the regulators are endowed with operating tools that allow fast action when required. Sob o ponto de vista legal e regulamentar, quais foram os aspectos mais relevantes que ocorreram no mercado de capitais em 2006? From the legal and regulatory standpoints, what were the most important events on Brazil’s capitals market in 2006? O ano de 2006 não foi marcado por inovações legislativas para o mercado financeiro e de capitais brasileiro, nem para o direito societário. Já o poder executivo federal atuou intensamente, seja diretamente, seja através de suas autarquias, especialmente no caso do Banco Central e da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Na área regulamentar, merecem destaque algumas medidas da CVM: a Instrução nº. 429, que instituiu o registro automático de ofertas públicas para dar maior dinamismo ao mercado; a Instrução nº 432, que regulamenta os fundos de investimento destinados à garantia de locação imobiliária e à cessão fiduciária; a Instrução nº 441, que introduziu o empréstimo de valores mobiliários por entidades de compensação e There were no striking legislative innovations in the course of this year for the Brazilian financial and capitals market, or for company law. The Federal Executive Branch worked intensively, either directly or through its semi-autonomous entities, particularly the Brazilian Central Bank and the Brazilian Securities Commission (CVM). In the regulatory area, some measures issued by the CVM are particularly noteworthy: Instruction Nº 429 establishes the automatic registration of public offerings in order to endow the market with greater dynamism; Instruction Nº 432 regulates investment funds set up to provide collaterals for property leases and fiduciary assignments; Instruction Nº 441 introduces loans and securities by entities handling the clearance and settlement of transactions in securities; Instruction Nº 444 regulates Non-Standardized Credit Rights Investment 125 Regulação Regulation ENTREVISTA COM ARNOLDO WALD / Interview with Arnold Wald liquidação de operações com valores mobiliários; a Instrução nº 444, que regulamenta os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados (importante instrumento para projetos das Parcerias Público-Privadas – PPP); e o julgamento de 120 processos sancionadores, número recorde em relação a 2005 (84). Ao mesmo tempo, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN), através da Portaria nº. 10, de 1º de novembro de 2006, deu um importante passo em relação à revisão de suas decisões. Embora desde 1999 já houvesse previsão do pedido de revisão na Lei Geral de Processos Administrativos (9.784/99), o CRSFN não só reconheceu definitivamente a possibilidade de revisão de suas decisões, como também consolidou entendimentos sobre seus requisitos e sua admissibilidade. Em sua opinião, a CVM precisaria de mais autonomia para poder resolver questões que precisam de respostas urgentes? Parece-me que sim. A CVM só tem competência para atuar na esfera administrativa, e precisa do Ministério Público (MP) para agir no âmbito judicial. É importante dotá-la de maior autonomia para atuar na defesa da coletividade de investidores, pela via da ação civil pública. A Lei 7.913/89 deu à CVM um importante instrumento de iniciativa para provocar a ação do Ministério na adoção das medidas processuais. No entanto, é preciso aprimorar tal instrumento, de modo a tornar mais eficaz e célere a atuação da CVM, conferindo-lhe competência para ajuizar a ação civil pública sem ter que recorrer ao MP. Na verdade, este instrumento tem sido pouco usado quando poderia e deveria sê-lo muito mais freqüentemente. O caso, por exemplo, da compra da Ipiranga pela Petrobras revelou pela primeira vez a atuação conjunta da CVM e do Ministério Público Federal na postulação judicial do bloqueio de contas de investidores sob suspeita de prática de insider trading. Como tem evoluído o processo de auto-regulação das entidades do mercado? Sem dúvida, houve importante avanço na auto-regulação, levada a efeito pela Bovespa. Os mecanismos de controle permitem maior eficiência na constatação de desvios de conduta e os avanços tecnológicos também contribuíram para esse aperfeiçoamento. A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) lançou códigos de auto-regulação que impõem controles ainda mais rigorosos do que os da própria legislação. Por outro lado, as companhias abertas têm buscado aperfeiçoar práticas éticas e de gestão transparente, além das exigidas na lei, para alavancar o seu preço de mercado. A Bovespa comemorou neste ano as conquistas no âmbito dos Níveis 1 e 2 de Governança Corporativa e do Novo Mercado. 126 Funds, which are important tools for Public-Private Partnership Projects (PPPs); and hearing 120 sanctioning procedures, which is a record number compared to the 84 cases heard in 2005. At the same time, the National Financial System Appeals Board (CRSFN) issued Edict Nº 10 dated November 1, 2006, taking a major step forward in terms of reviewing its decisions. Although a provision has been available since 1999 for requesting reviews under the General Administrative Proceedings Act (Law Nº 9,784/99), this Board not only definitively acknowledged the possibility of reviewing it own decisions, but also consolidated understandings on the related requirements and acceptability. In your opinion, does the Brazilian Securities Commission (CVM) require more autonomy in order to settle issues requiring urgent decisions? It seems to be so to me. The CVM is competent only to act in the administrative sphere, and requires the Department of Justice to act in the juridical sphere. It is important to endow it with greater autonomy so that it can take steps to protect investors as a collective group through the public civil action. Law Nº 7,913/89 endowed the CVM with an important tool for prompting action by this Department, in terms of undertaking procedural measures. However, this tool requires fine-tuning, making the actions of the CVM faster and more effective, empowering it to file public civil suits without applying to the Department of Justice. In fact, this tool has been little used, when it can and should be deployed far more frequently. For example, the purchase of Ipiranga by Petrobras revealed for the first time the joint actions of the CVM and the Federal Department of Justice requesting the Courts to block investor accounts, due to suspicions of insider trading. How has the self-regulation process progressed, for market entities? There have undoubtedly been significant advances in self-regulation, implemented by the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA). Control mechanisms ensure more effective perception of misconduct, backed by technological progress. The National Investment Banks Association (ANBID) has issued self-regulation codes, imposing controls that are even more stringent than those set forth by Brazilian Law. On the other hand, listed companies are striving to upgrade their ethical practices and ensure transparent management, beyond the legal requirements, in order to leverage their market prices. In the course of this year, the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) celebrated accomplishments atTier Levels 1 and 2 for Corporate Governance and Brazil’s Novo Mercado. A CVM está completando 30 anos. Que avaliação o senhor faz da atuação da entidade ao longo deste período? The CVM is celebrating its thirtieth anniversary. How do you rate its performance over this period? Nestes 30 anos, o mercado evoluiu, a CVM amadureceu e, sem dúvida alguma, desempenha eficientemente a sua missão como instrumento de progresso econômico e social do país. Numa rápida retrospectiva, podemos lembrar da atuação da CVM em importantes momentos da vida econômica e empresarial, como na conversão da dívida externa em participação acionária, nas privatizações de companhias estatais, nos processos de recuperação de empresas, dentre outros. During the past thirty years, the market has developed and the Brazilian Securities Commission (CVM) has matured, undoubtedly performing its mission efficiently as a tool fostering the economic and social progress of Brazil. Glancing back, we recall its performance at periods that were important for the economy and business, such as converting foreign debt into stakeholdings, privatizing Staterun enterprises and nursing bankrupt companies back to financial health, among other measures. Foram significativas as transformações pelas quais passaram as sociedades anônimas, no mundo e no Brasil, tanto de ordem econômica quanto jurídica, para o que contribuíram as reformas legislativas de 1976, 1997 e 2001, bem como a criação dos níveis diferenciados de Governança Corporativa. All over the world and in Brazil as well, corporations have undergone sweeping changes at the economic and juridical levels, triggered by the legislative reforms in 1976, 1997 and 2001, as well as the introduction of Corporate Governance tiers. At the institutional and regulatory levels, making better No plano normativo institucional, aproveitando mais use of recent experiences elsewhere in the world, a clear definition amplamente as experiências estrangeiras mais recentes, has been drawn up of the spheres of competence assigned to operou-se uma clara definição the Brazilian Central Bank, the das competências do Banco Securities Commission A prova mais recente da importância Brazilian Central, da CVM, da Secre(CVM), the Supplementary da CVM e do mercado de valores taria de Previdência ComplePension Fund Bureau and the mentar e do Cade; essa ademobiliários para a economia do país é a Anti-Trust Board (CADE). This quada delimitação entre a clear demarcation between sua participação ativa no Programa de regulação e a auto-regulação regulation and self-regulation Aceleração do Crescimento (PAC) facilita o bom funcionamento streamlines market operations. do mercado. In terms of globalization, The most recent evidence of the importance closer cooperation or partnership Na esfera da globalização, exige-se uma mais estreita of the Brazilian Securities Commission (CVM) is required among Brazilian and colaboração ou parceria entre and the securities market for the nation’s economy foreign regulators, with this as entidades reguladoras naprocess beginning in 1988 is their active participation in the Accelerated cionais e estrangeiras, processo through an agreement between Growth Program (PAC) que iniciamos em 1988, methe Brazilian Securities diante acordo entre a CVM e a Commission (CVM) and the SEC. Hoje, são mais de duas dezenas os acordos inSecurities and Exchange Commission (SEC) in the USA. Today, ternacionais, na forma de acordos bilaterais com órgãos there are more than twenty international bilateral pacts with pares, denominados Memorandos de Entendimento peer entities called Memoranda of Understanding (MOUs) (MOUs) e declarações de cooperação multilaterais (como and Multilateral Cooperation Declarations (Windsor, Boca as de Windsor e Boca Raton). Raton and others). “ ” “ ” A prova mais recente da importância da CVM e do mercado de valores mobiliários para a economia do país é a sua participação ativa no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Abriu-se espaço, por exemplo, para o crescimento de novos produtos, especialmente fundos de investimento, e a MP 348/07, que regula o PAC, prevê a criação do Fundo de Investimento em Participações em Infra-Estrutura (FIP-IE), destinado à captação de recursos privados para financiar projetos nas áreas de energia, transporte, água e saneamento básico. The most recent evidence of the importance of the Brazilian Securities Commission (CVM) and the securities market for the nation’s economy is their active participation in the Accelerated Growth Program (PAC). For example, this has paved the way for the an upsurge of new products, particularly investment funds, while Provisional Measure 348 / 07 that regulates this Program makes provision for the establishment of the Infrastructure Stakes Investment Fund (FIP-IE) designed to attract private funding that will underwrite projects in the fields of energy, transportation, water and basic sanitation. 127 Regulação Regulation ENTREVISTA COM ARNOLDO WALD / Interview with Arnold Wald Efetivamente, é possível afirmar que nestes 30 anos de existência das Leis no 6.404/76 e no 6.385/76, as sociedades anônimas e o mercado de valores mobiliários brasileiro evoluíram muito mais do que nos 150 anos anteriores, como bem o demonstram os indicadores acima explicitados. In fact, it is quite possible to state that during the thirty yeas since Laws Nº 6,404 / 76 and 6,385 / 76 were enacted, Brazil’s corporations and securities market developed far more than during the previous 150 years, as clearly shown by the indicators presented above. Recentes episódios demonstraram que há algumas fragilidades na aplicação das normas que punem a prática de informações privilegiadas. O que pode ser feito para coibir isso com maior eficiência? Recent episodes indicate loopholes in the application of the rules punishing insider trading. What can be done to prevent this practice more efficiently? O combate ao insider trading vem evoluindo de forma bastante significativa no Brasil, principalmente com a consagração dos princípios de diligência, lealdade e de informar, todos estes constantes na seção IV do capítulo XII da Lei das S.A. e com a sua criminalização segundo a Lei no 10.303 de 2001. Measures designed to block insider trading have been developing quite significantly in Brazil (which is ranked as crime by Law No 10,303 / 2001), particularly through deploying the principles of diligence, loyalty and the duty to inform, all set forth in Section IV of Chapter XII of the Corporations Act. In other systems, such as those of Europe and the Em vários outros sistemas, como o europeu e o norteUSA, Regulators act far more rapidly than in Brazil. In the USA, the SEC has a system that stores data on insider americano, a atuação dos órgãos reguladores é muito mais transactions, allowing this information to be crossrápida do que no Brasil. Nos EUA, a SEC tem um sistema que armazena dados sobre operações realizadas por insiders, referenced quickly with anomalous swings in share values. In Brazil, there is no electronic data collection and crosspermitindo que sejam rapidamente cruzados com a reference system, so this information takes longer to process variação anormal do valor das ações. No Brasil, não existe and is less efficient. sistema eletrônico de coleta e cruzamento de informações, de Considero importante que a atividade In terms of annulling modo que a manipulação desses regulatória, no nosso país, possa seguir the banking and telephone dados é mais morosa e inesecrecy of people under na busca de um aprimoramento efetivo ficiente. investigation, the Brazilian quanto à transparência, rápida atuação Courts may take up to a year No tocante à quebra do fiscalizatória e sancionadora to authorize this, while a sigilo bancário e telefônico dos disclosure order can be investigados, a Justiça brasileira obtained in the USA within pode demorar até um ano para I feel that regulatory activities up to two days. This aspect autorizar, enquanto nos EUA are important, so that Brazil can continue is very important, as delays isso pode ser obtido em até dois to strive for effective improvements in terms of may result in cases being dias. Esse aspecto é muito shelved due to a lack of importante, na medida em que transparency in parallel to speedy oversight evidence. From the standpoint a demora pode levar ao activities and sanctions of administrative sanctions, arquivamento de casos por falta the use of privileged information de prova. Sob o prisma da may put an insider in jail up to six months after the start of sanção administrativa, o uso de informação privilegiada pode the investigations conducted by the SEC. Meanwhile, in levar um insider à cadeia em até seis meses após o início das Brazil, the CVM may take up to two years to complete its investigações conduzidas pela SEC. Enquanto isso, a CVM investigations, with the Courts requiring a further ten years pode demorar em média dois anos para concluir as to decide on the imprisonment of the accused. investigações e a Justiça outros dez anos para decidir pela prisão do acusado. I feel that regulatory activities are important, so that Brazil can continue to strive for effective improvements in Considero importante que a atividade regulatória, no nosso terms of transparency in parallel to speedy oversight activities país, possa seguir na busca de um aprimoramento efetivo quanto and sanctions, inspired by the systems of more developed à transparência, rápida atuação fiscalizatória e sancionadora, markets. inspirando-se nos sistemas de mercados mais evoluídos. “ “ ” ” 128 Regulação Regulation Iniciativas das entidades Institutional Initiatives BOVESPA Em 2006, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) adotou as seguintes medidas para o desenvolvimento do mercado de capitais: Desmutualização – Em maio foi anunciada a constituição de um grupo de trabalho para estudar a abertura de capital da Bovespa e de sua clearing, a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). O objetivo da medida é responder aos novos desafios do mercado de capitais brasileiro e ao aumento da competição internacional. Novo Mercado – Foi implementado, pela primeira vez, alterações nos Regulamentos de Listagem do Novo Mercado e dos Níveis 1 e 2 de Práticas Diferenciadas de Governança Corporativa. São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) In 2006, the São Paulo Stock Exchange (BOVESPA) implemented the following measures in order to foster the development of Brazil’s capitals market: Demutualization – In May, the establishment of a working group was announced in order to analyze taking the BOVESPA public, together with its Clearing House: Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC). The purpose of this step is to respond to the new challenges facing Brazil’s capitals market, in parallel to rising international competition. New Market – For the first time, the Listing Regulations for Brazil’s Novo Mercado were altered, together with the Tier 1 and 2 Good Corporate Governance Practices. Bovespa Mais – Adotado um novo procedimento para o registro de empresas que planejam abrir o capital no Bovespa Mais, segmento lançado em 2006. Como etapa adicional ao processo formal de registro que já existe, criou a análise prévia a ser feita por uma Comissão de Listagem para avaliar os aspectos gerais da companhia. Bovespa More – A new procedure was introduced for listing companies planning to go public in the Bovespa Mais segment, which was launched in 2006. As a new stage added to the existing registration process, this procedure introduces a prior analysis to be conducted by a Listing Committee, assessing the general aspects of the candidate company. Em Boa Companhia – Lançou o site Em Boa Companhia (www.bovespa.com.br/emboacompanhia) com o objetivo de divulgar as atividades de responsabilidade socioambiental das companhias listadas. In Good Company – The Em Boa Companhia website (www.bovespa.com.br/emboacompanhia) was launched in order to publicize the socially responsible and environmentally accountable activities of the listed companies. Introduced in response to investor demands for information about companies implementing sustainability policies, this website presents the projects of companies operating in socially responsible ways, showcasing this information. Criado para atender à demanda dos investidores por informações sobre empresas que mantêm políticas de sustentabilidade, o site reúne os projetos das companhias com atuação socialmente responsável e procura dar maior visibilidade a essas informações. CPC – Foi lançado oficialmente, durante cerimônia realizada na Bovespa, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). Participam do Comitê as seis principais entidades do mercado: Bovespa, Abrasca, Apimec Nacional, Ibracon, Fipecafi e Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Além disso, conta com o apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Banco Central. Seu objetivo é o de estudar, preparar e emitir pronunciamentos técnicos, orientações e interpretações. Empréstimos de ações – A CBLC lançou o BTC Trades, ferramenta que permite ao mercado acompanhar em tempo real todas as etapas do processo de empréstimo de ações. 130 Accounting Pronouncement Committee – During a ceremony held at the BOVESPA, the Accounting Pronouncement Committee (CPC) was officially launched. Its members are the six main market entities: the BOVESPA, the Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA), the Capitals Market Investment Professionals and Analysts Association (APIMEC), the Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON), are Financial, Actuarial and Accounting Research Institute Foundation (FIPECAFI) and the Federal Accounting Council (CFC). Supported by the Brazilian Securities Commission (CVM) and the Brazilian Central Bank, its purpose is to study, draft and issue technical pronouncements, guidelines and construals. Stock Loans – The CBLC clearing house launched the BTC Câmara de Arbitragem – Em setembro, a Bovespa anunciou que a Câmara de Arbitragem do Mercado (CAM) passou a estender seus serviços a investidores institucionais e empresas não listadas na Bolsa. Trades tool, which allows the market to monitor every stage of the stock loan process, in real time. Arbitration Chamber – In September, the BOVESPA announced that the Market Arbitration Chamber (CAM) would extend its services to institutional investors and unlisted companies. Educação e popularização – O programa de popularização, considerado uma das peças fundamentais para a democratização e o desenvolvimento do mercado de capitais, continuou avançando na Bovespa. Em fevereiro começaram as aulas do Projeto Educar, criado para difundir os conceitos de educação financeira a diferentes públicos e faixas etárias. O projeto oferece cursos e palestras gratuitos, que abordam planejamento de finanças pessoais, hábitos de poupança e tipos de investimento, com conteúdo específico para cada grupo. Education and Popularization – Rated as a key aspect for the democratization and development of Brazil’s capitals market, its popularization program continues to progress on at the BOVESPA. In February, classes began under the Educar Education Project, launched to present financial education concepts to many different publics and age brackets. This Project offers free courses and lectures that address personal financial planning, saving habits and investment types, with contents tailored specifically to each group. Novo índice – Lançou, em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Índice do Setor Industrial (INDX), que entrou em vigor no dia 3 de julho. O novo indicador mede o desempenho das ações das indústrias de transformação listadas na Bolsa de Valores e reúne 54 ações de 48 companhias e de 14 diferentes setores. New Index – In partnership with the São Paulo State Federation of Industries (FIESP), the Industrial Sector Index (INDX) came into effect on July 3. This new indicator measures the performance of shares issued by processing industries listed on the Stock Exchange, bringing together 54 shares issued by 48 companies in fourteen different sectors. BEST – No fim de janeiro, a Bovespa, a CBLC, a BM&F e a Anbid promoveram o Brazil Excellence in Securities Transactions (BEST), iniciativa conjunta das quatro entidades para divulgar o mercado brasileiro no exterior, que conta com o apoio da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Banco Central do Brasil e do Tesouro Nacional. Criado em 2004, o BEST realiza atividades regulares nas principais praças financeiras dos EUA, Europa e Ásia para apresentar a investidores, intermediários e administradores de ativos, a infra-estrutura operacional do mercado e esclarecer sobre como investir no Brasil. BEST Initiative – In late January, the BOVESPA, its Clearing and Settlement House (CBLC), the Commodities and Futures Market (BM&F) and the National Investment Banks Association (ANBID) organized the Brazil Excellence in SecuritiesTransactions (BEST) initiative, run jointly by these four entities in order to showcase the Brazilian market abroad. Supported by the Brazilian Securities Commission (CVM), the Brazilian Central Bank and the National Treasury, the BEST Project was launched in 2004 to conduct regular activities in the leading financial centers of the USA, Europe and Asia, presenting the operating infrastructure offered by the Brazilian market to investors, brokers and asset managers, explaining to them how to invest in Brazil. Federação Mundial de Bolsas – Em outubro, a Bovespa sediou, pela primeira vez, o mais importante evento internacional de bolsas de valores. Trata-se da 46ª Assembléia Geral da Federação Mundial de Bolsas (WFE, World Federation of Exchanges), que reuniu em São Paulo representantes das principais bolsas do mundo. ANBID World Federation of Exchanges – In October, the BOVESPA hosted the world’s most important international stock exchange event, for the first time. This was the 46th General Meeting of the World Federation of Exchanges (WFE), gathering together in São Paulo representatives of the world’s leading stock exchanges. National Investment Banks Association (ANBID) A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid) em 2006 adotou as seguintes ações desenvolvidas em prol do mercado de capitais: In 2006, the National Investment Banks Association (ANBID) implemented the following actions, buttressing Brazil’s capitals market: Plano Estratégico – Definiu os objetivos que irão nortear o primeiro Plano Estratégico da instituição. Entre eles, o fortalecimento do mercado de capitais como instrumento de financiamento do desenvolvimento; aperfeiçoar o arcabouço regulatório, tributário e legal do mercado; e incentivar a adoção de melhores práticas e o respeito aos direitos dos investidores. Strategic Plan – Definition of the goals that will guide the Strategic Plan drawn up by this Institution, including the strengthening of the capitals market as a development financing tool; fine-tuning the regulatory, tax and legal frameworks for the market; and encouraging the adoption of best practices and respect for investor rights. 131 Regulação Regulation Boletim – Lançou o Boletim Mensal do Mercado de Capitais. A publicação, destinada aos associados, resume os movimentos ocorridos nas emissões de ações e títulos de dívida (principalmente informações relevantes sobre os registros das ofertas junto à CVM e evoluções do ano com destaque para o mês anterior). Bulletin – Launch of a monthly bulletin (Boletim Mensal do Mercado de Capitais) for members of the stock exchange, offering overviews of activities related to issues of shares and debt papers, particularly important information on registering offerings with the Brazilian Securities Commission (CVM) and landmark events during the year, especially during the previous month. Amec – Apoiou a constituição da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). Os principais objetivos da Amec são: analisar casos de investimentos realizados e propor soluções para eventuais conflitos; e, discutir e propor, às companhias abertas e demais agentes de mercado, ações que elevem as boas práticas de governança corporativa. AMEC – Support for the establishment of the Capitals Market Investors Association (AMEC), whose main goals are to analyze investments and seek solutions for possible disputes, as well as discussing and proposing actions to listed companies and other market agents that enhance good corporate governance practices. Regulamentação – Encaminhou à CVM propostas para três audiências públicas: da Instrução 409, que trata do aperfeiçoamento da regulação dos fundos de investimento e seus administradores; dos Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs), e a que trata de empréstimo de valores mobiliários. Auto-regulação – Lançou a nova versão do código de Custódia, que agora passa a se chamar Código de Serviços Qualificados ao Mercado de Capitais. A nova versão do código incorpora, além da regulação do Serviço de Custódia Qualificada já existente, normas específicas para o Serviço de Controladoria de Fundos e Clubes de Investimento e Carteiras Administradas. Parcerias – Anbid e o Iepe/Casa das Garças lançaram o livro Mercado de Capitais e Dívida Pública: Tributação, Indexação, Alongamento, organizado pelo economista e diretor do Iepe, Edmar Bacha e pelo diretor da Anbid, Luiz Chrysostomo. Recomendação – Em dezembro, a Anbid e a Bovespa lançaram uma recomendação conjunta para os seus associados sobre o período de silêncio – Instrução CVM nº 400. A iniciativa visa garantir o bom funcionamento do mercado, evitando o atraso das operações de ofertas públicas em função do vazamento de informações. Pelo documento, as duas entidades recomendam aos seus associados que suspendam a instituição que tenha violado as normas relativas às comunicações de atuar em seus novos contratos de distribuição. O prazo previsto para a suspensão é de seis meses. As duas entidades também recomendam a inclusão de uma cláusula especifica nos seus contratos de colocação/distribuição de valores mobiliários prevendo o descredenciamento dos participantes dos consórcios em caso de quebra do período de silêncio. ANDIMA Em 2006, as principais atividades da Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro (Andima) foram as seguintes: 132 Regulations – Proposals were forwarded to the Brazilian Securities Commission (CVM) for three public hearings: on Instruction Nº 409, which deals with fine-tuning the regulations covering investment funds and their managers; Credit Rights Investment Funds (FIDCs) and Real Estate Receivables Certificates (CRIs), as well as the securities loan regulations. Self-Regulation – A new version of the Custody Code was launched, now called the Capitals Market Qualified Services Code. In addition to regulating the existing Qualified Custody Services, this new version introduces specific rules on the controllership unit for managed portfolios, investment clubs and funds. Partnerships – The National Investment Banks Association (ANBID) and IEPE/Casa das Garças launched a book on the Capitals Market and Public Debt entitled Mercado de Capitais e Dívida Pública: Tributação, Indexação, Alongamento, organized by IEPE Director, economist Edmar Bacha and ANBID Diretor Luiz Chrysostomo. Recommendation – In December, the National Investment Banks Association (ANBID) and the São Paulo Stock Exchange issued a joint recommendation to their members on the silence period required by CVM Instruction Nº 400. This initiative is designed to ensure smooth market functioning, avoiding any delay in public offerings caused by information leaks. In this document, these two entities recommend their members to suspend any institution breaching the rules on disclosure, banning it from participating in new distribution agreements. The suggested suspension period is six months. These two entities also recommend the inclusion of a specific clause in securities placement/distribution agreements, establishing the disqualification of consortium members failing to comply with the silence period. National Association of Financial Market Institutions (ANDIMA) In 2006, the main activities of the National Association of Financial Market Institutions (ANDIMA) were the following: Tributação – Encaminhou pleito ao Ministério da Fazenda e à Receita Federal para alterar os procedimentos de tributação para eliminar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas operações de curto prazo no mercado secundário de dívida corporativa. A reivindicação também incluiu a alteração na tributação dos ativos que pagam rendimentos periódicos. Transparência – Criou um sistema que consolida as informações sobre os preços das debêntures listadas no Sistema Nacional de Debêntures (SND), que passaram a ser disponibilizadas para o público. O objetivo foi dar mais transparência a este mercado. Padronização – Promoveu a padronização de cláusulas e da estrutura de cálculo das debêntures. A iniciativa integrou o projeto de criação da Debênture Simples, anunciado no fim de 2005. ABRAPP Taxation – Petitions were forwarded to the Treasury Ministry and the Federal Revenue Bureau, requesting alterations in taxation in order to eliminate the Financial Transactions Levy (IOF) charged on short-term transactions on the secondary corporate debt market. These petitions also included an alteration to the taxation system for assets paying out income periodically. Transparency – A system was introduced, consolidating information on the prices of debentures listed with the National Debentures System (SND), which will be disclosed to the public, in order to endow this market with greater transparency. Standardization – The calculation structure was standardized for simple debentures, established in late 2005. BrazilianClosedPrivatePensionFundEntitiesAssociation(ABRAPP) Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) adotou em 2006 as seguintes ações para o desenvolvimento do mercado de capitais: In 2006, the Brazilian Closed Private Pension Fund Entities Association (ABRAPP) took the following steps to foster the development of the capitals market: Carbon Disclosure Project – Durante o 27º Congresso Brasileiro de Fundos de Pensão, ocorrido em novembro de 2006, em Curitiba (PR), a Abrapp realizou o lançamento da quarta edição do Carbon Disclosure Project – CDP4, relatório global formulado mundialmente por investidores institucionais, com o objetivo de apurar e divulgar informações das empresas sobre suas políticas de mudanças climáticas e estratégias para reduzir os riscos ambientais em seus processos de produção. Carbon Disclosure Project – During the 27th Brazilian Pension Funds Congress, held in November 2006 in Curitiba, Southern Brazil, this Association launched the 4th version of the Carbon Disclosure Project (CDP4), which is a global report drawn up worldwide by institutional investors in order to examine and disclose corporate information on climate change policies and strategies for lessening the environmental risks of their production processes. Princípios de Investimentos Responsáveis – Os fundos de pensão brasileiros participam do PRI, um programa da ONU, cujos princípios são baseados no dever que os fundos têm de agir em nome dos melhores interesses dos proprietários dos ativos pelos quais são responsáveis. Ou seja, requer consideração apropriada da performance da empresa em todas as áreas, incluindo aspectos ambientais, sociais e de governança corporativa. Principles for Responsible Investment – Brazilian pension funds participate in the Principles for Responsible Investment (PRI) initiative established by the United Nations, based on the idea that funds have a duty to act in the best interest of the owners of the assets for which they are responsible, meaning that they must give sufficient consideration to corporate performances in all areas, including the environment, social responsibility and corporate governance. Regras flexibilizadas – A Abrapp conseguiu flexibilizar as regras para investimentos, estabelecidas na Resolução 3.121 do Banco Central, de 25/09/2003. O intuito alcançado foi o de adequar as regras ao surgimento de novos produtos. As aplicações em cotas de fundos de recebíveis, que estavam limitadas a 10% passaram para até 25%. Foram incluídos também novos benchmarks, como o ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial), Itag (Índice de Tag Along) e IGC (Índice de Governança Corporativa), no artigo que trata do limite para aplicações em ações de uma mesma companhia representativa de índices como Ibovespa, IBX, IBX-50 e FGV-100. As regras passaram a permitir também o investimento em terrenos, com a finalidade de fazer empreendimentos para os participantes dos fundos. Flexibilized Rules – The ABRAPP managed to flexibilize the investment rules established in Resolution Nº 3,121 issued by the Brazilian Central Bank on September 25, 2003. Its intention was to adapt the rules to the appearance of new products. Short-term investments in receivables fund quotas, which were limited to 10%, are now approved up to 25%. Additionally, new benchmarks were included, such as the Business Sustainability Index (ISE), theTag-Along Index (ITAG) and the Corporate Governance Index (IGC), in the Article establishing the ceilings for short-term share investment by a company listed on indexes such as the IBOVESPA, IBX, IBX-50 and FGV-100. The rules now allow investments in land as well, in order to underwrite enterprises or fund participants. 133 Regulação IBRACON Regulation Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) As principais ações adotadas pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) em 2006 foram as seguintes: The main actions implemented by the Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) in 2006 were the following: Normas e procedimentos – Emitiu os seguintes documentos técnicos: Normas e Procedimentos de Auditoria 12 e 13. NPA 12, emissão da carta de conforto (confort letter) e NPA 13, procedimentos mínimos de auditoria para uma entidade fechada de previdência complementar; duas Normas e Procedimentos de Contabilidade: o NPC 10, eventos subseqüentes à data do balanço patrimonial e NPC 12, Práticas Contábeis, Mudanças nas Estimativas e Correção de Erros; Duas Interpretações Técnicas: a IT 1, Tratamento Contábil dos Custos com Manutenções Relevantes de Bens do Ativo Imobilizado e IT 2, Provisões, Passivos, Contingências Passivas e Contingências Ativas (sobre a NPC 22). Rules and Procedures – The following technical documents were issued: Auditing Rules and Procedures 12 and 13; NPA 12 on the Issue of Comfort Letters; and NPA 13 on the Minimum Audit Procedures for Closed Supplementary Private Pension Funds; two Accounting Rules and Procedures: NPC 10 on Events Subsequent to the Equity Balance Sheet Date and NPC 12 on Accounting Practices, Alterations in Estimates and Correction of Errors; two Technical Interpretations: IT 1 on Accounting Treatment of Significant Maintenance Costs for Goods Constituting Property, Plant and Equipment and IT 2 on Provisions, Liabilities, Contingent Liabilities and Asset Liabilities (for NPC 22). Comunicados – Ao longo do ano foram emitidos quatro comunicados: o CT 1, que trata do Atendimento aos requerimentos específicos da Circular Susesp n.° 280/04, o CT 2, Tratamento Contábil do PIS e Cofins, o Comunicado Técnico 3, que aborda o Tratamento Contábil do Setor Elétrico e o CT 4, sobre as Demonstrações das Variações das Disponibilidades de Grupos de Consórcios. Announcements – In the course of the year, four announcements were issued: CT 1 on compliance with specific requirements established in Circular N° 280/04 issued by the Private Insurance Superintendency (SUSEP); CT 2 on Accounting Treatment of the Social Integration Program (PIS) and Social Security Financing Levy (COFINS); CT 3 on the AccountingTreatment for the Electricity Sector; and CT 4 on Statements of Variations in Cash and Cash Equivalence for Consortia Groups. O Ibracon teve também participação ativa na criação do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis. IBRI Additionally, this Institute played an active role in setting up the Accounting Pronouncements Committee (CPC). Brazilian Investor Relations Institute (IBRI) Principais ações do Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) em 2006: The main actions undertaken by the Brazilian Investor Relations Institute (IBRI) in 2006 include: Código de Conduta – O lançamento do Código de Conduta do profissional de Relações com Investidores foi o principal destaque do trabalho realizado em 2006 pelo Ibri, assim como um extenso e diversificado calendário de eventos e o fortalecimento de importantes parcerias com entidades do mercado. Ainda em 2006, o Instituto, em parceria com a Abrasca, promoveu o 8º Encontro Nacional de Relações com Investidores e Mercado de Capitais, o maior e mais prestigiado evento desse gênero na América Latina. Code of Conduct – The launch of the professional Code of Conduct for Investor Relations was the highlight of the efforts of this Institute in 2006, together with a long and widely diversified calendar of events, in parallel to firming up important partnerships with market entities. In the course of the year, this Institute also organized the XVIII National Meeting on Investor Relations and the Capitals Market, which is the largest and most highly respective event of this type in Latin America, conducted in partnership with Abrasca. Como um dos coordenadores do Comitê de Orientação para Divulgação de Informações ao Mercado (Codim), o Ibri também participou ativamente do ciclo de debates em torno desse tema, além de apoiar, coordenar e participar de uma série de seminários, palestras, workshops e outros eventos que discutiram pontos essenciais ao desenvolvimento do mercado. As one of the coordinators of the Market Information Disclosure Guidance Committee (CODIM), the Brazilian Investor Relations Institute (IBRI) also played an active role in the discussions cycle on this issue, in addition to supporting, coordinating and participating in a series of seminars, lectures and workshops, as well as other events examining aspects that are essential to the development of the market. 134 Regulação Regulation Legislação Legislation Conselho Monetário Nacional (CMN) Resolução nº 3.349, de 23/02/2006 – Dispõe sobre aplicações, de investidor residente, domiciliado ou com sede no exterior, nos mercados financeiro e de capitais. Resolução nº 3.357, de 31/03/2006 – Altera o Regulamento anexo à Resolução no 3.121, de 2003, que dispõe sobre as diretrizes pertinentes à aplicação dos recursos dos planos de benefícios das entidades fechadas de previdência complementar. National Monetary Council (CMN) Resolution Nº 3,349 dated February 23, 2006 – Rules on short-term investments by investors, resident, domiciled or headquartered outside Brazil, on financial and capitals markets. Resolution Nº 3,357 dated March 31, 2006 – Alters the Regulations appended to Resolution Nº 3,121 issued in 2003, that establishes the guidelines for allocating the funds of the benefit plans of the closed private pension fund entities. Resolução nº 3.358, de 31/03/2006 – Altera o Regulamento anexo à Resolução no 3.308, de 2005, que dispõe sobre a aplicação dos recursos das reservas, das provisões e dos fundos das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização e das entidades abertas de previdência complementar, bem como a aceitação dos ativos correspondentes como garantidores dos respectivos recursos, na forma da legislação e da regulamentação em vigor. Resolution Nº 3,358 dated March 31, 2006 – Alters the Regulations appended to Resolution Nº 3,308 issued in 2005, which rules on the allocation of the allocation of the funds set aside as reserves, provisions and other funds of insurance companies, capitalization entities and open supplementary pension funds, as well as the acceptance of the corresponding assets as collateral for the respective funds, as established in Brazilian law and the Regulations. Resolução nº 3.416, de 24/10/2006 – Altera a Resolução no 3.198, de 2004, que regulamenta a prestação de serviços de auditoria independente para as instituições financeiras, demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil e para as câmaras e prestadores de serviços de compensação e de liquidação. Resolution Nº 3,416 dated October 24, 2006– Alters Resolution Nº 3,198 issued in 2004, which regulates the rendering of independent audit services to financial institutions, other institutions authorized to operate by the Brazilian Central Bank, clearance and settlement chambers and service providers. Resolução nº 3.427, de 22/12/2006 – Estabelece, como política a ser observada no mercado de valores mobiliários, e como orientação geral das atividades finalísticas da CVM, a adoção de um modelo de regulação e supervisão baseado em risco, com a implementação de um Sistema de Supervisão Baseada em Risco do mercado de valores mobiliários – SBR. Resolution Nº 3,427 dated December 22, 2006 – As a policy to be complied with by the securities market and as a general guideline for the end-activities of the Brazilian Securities Commission (CVM), establishes the adoption of a risk-based regulation and supervision model, with the implementation of a Securities Market Risk-Based Supervision System (SBR). ConselhodeRecursosdoSistemaFinanceiroNacional(CRSFN) Portaria nº 01, de 1º/11/2006 – Estabelece procedimentos a respeito do pedido de revisão das decisões preferidas pelo CRSFN, nos termos, limites e condições do art. 65, da Lei nº 9.784, de 29/01/1999, que trata dos processos administrativos no âmbito da Administração Pública Federal. 136 National Financial System Appeals Board (CRSFN) Edict Nº 01 dated November 1, 2006 – Establishes review application procedures for decisions handed down by the CRSFN under the constraints and conditions set forth in Article 65 of Law Nº 9,784 dated January 29, 1999, ruling on administrative proceedings related to the Federal Civil Service. Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Brazilian Securities Commission (CVM) Instruções Instructions Instrução nº 427, de 27/01/2006 – Dispõe sobre o cancelamento de ofício e a suspensão do registro de sociedades beneficiárias de recursos oriundos de incentivos fiscais. InstructionNº427datedJanuary27,2006–Rulesonthecancellation of Official Communiqués and the suspension of the registration of companies benefiting from funds arising from tax incentives. Instrução nº 428, de 06/02/2006 – Altera a Instrução CVM nº 67, de 25 de junho de 1987, que dispõe sobre a autorização para a constituição e administração de carteira de títulos e valores mobiliários prevista no Regulamento Anexo III à Resolução nº 1.289, de 20/03/1987, do Conselho Monetário Nacional. Instruction Nº 428 dated February 6, 2006 – Alters CVM Instruction Nº 67 dated June 25, 1987, which rules on the authorization to establish and manage securities and papers portfolios, as set forth in the Regulations presented in Annex III of Resolution Nº 1,289 dated March 20, 1987, issued by the National Monetary Council (CMN). Instrução nº 429, de 22/03/2006 – Institui o registro automático de ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários nas hipóteses que especifica, e altera as Instruções CVM nºs 400, de 29/12/2003, e 155, de 07/08/91 Instrução nº 430, de 30/03/2006 – Revoga o § 5º do art. 3º da Instrução CVM nº 388, de 30/04/2003, que dispõe sobre a atividade de analista de valores mobiliários e estabelece condições para seu exercício. Instrução nº 431, de 29/05/2006 – Altera as Instruções CVM nº 331, de 04/04/2000, que dispõe sobre o registro de companhia para emissão e negociação de certificado de depósito de valores mobiliários, Programas de BDRs Níveis II e III com lastro em valores mobiliários de emissão de companhias abertas ou assemelhadas, com sede no exterior e CVM nº 332, de 04/ 04/2000, que altera a Instrução nº 302, de 05/05/1999, a qual, por sua vez, dispõe sobre a constituição, a administração, o funcionamento e a divulgação de informações dos fundos de investimento em títulos e valores mobiliários. Instruction Nº 429 dated March 22, 2006 – Establishes the automatic registration of public share offerings under specific hypotheses, altering CVM Instruction Nºs 400 dated December 29, 2003, and 155 dated August 7, 1991. Instruction Nº 430 dated March 30, 2006 – Revokes § 5 of Article 3 of CVM Instruction Nº 388 dated April 30, 2003, which rules on the activities of securities analysts, establishing the conditions for their performance. Instruction Nº 431 dated May 29, 2006 – Alter CVM Instruction Nº 331 dated April 4, 2000, which rules on the registration of companies for issuing and trading in securities deposit certificates, Level II and III BDR programs based on securities issued by listed companies or similar entities headquartered outside Brazil, and CVM Instruction Nº 332 dated April 4, 2000, which alters Instruction Nº 302 dated May 5, 1999, which in turn rules on the establishment, management, functioning and disclosure of information by securities and papers investment funds. Instrução nº 432, de 01/06/2006 – Dispõe sobre a constituição, a administração, e o funcionamento dos fundos de investimento destinados à garantia de locação imobiliária e a cessão fiduciária, em garantia de locação imobiliária, de cotas de emissão de outros fundos de investimento. Instruction Nº 432 dated June 1, 2006 – Rules on the establishment of the management and the functioning of investment funds set up to provide collateral for real estate leases and fiduciary assignments, provide real estate collateral for quotas issued by other investment funds. Instrução nº 433, de 05/06/2006 – Altera a Instrução CVM nº 260, de 09/04/1997, que dispõe sobre a emissão e distribuição de certificados de investimento para a produção, distribuição, exibição e infra-estrutura técnica de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras. Instruction Nº 433 dated June 5, 2006 – Alters CVM Instruction Nº 260 dated April 9, 1997, which rules on the issue and distribution of investment certificates for the production, distribution, exhibition and technical infrastructure of Brazilian audio-visual cinematographic works. Instrução nº 434, de 22/06/2006 – Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento e revoga as Instruções CVM nºs 355, de 01/08/2001 e 366, de 29/05/2002. Instruction Nº 434 dated June 22, 2006 – Rules on the activities of the autonomous investment agent and revokes CVM Instructions Nºs 355 dated August 01, 2001 and 366 dated May 29, 2002. Instrução nº 435, de 05/07/2006 - Altera as Instruções CVM nº 209, de 25/03/1994; 356, de 17/12/2001; 391, de 16/07/ 2003; 398, de 28/10/2003, e 399, de 21/11/2003, passando Instruction Nº 435 dated July 5, 2006 – Alters CVM Instructions Nº 209 dated March 25, 1994; 356 dated December 17, 2001; 137 Regulação a exigir informações adicionais aos administradores de fundos de investimento Instrução nº 436, de 05/07/2006 – Acrescenta o Anexo III e altera a Instrução CVM nº 361, de 05/03/2002, que dispõe sobre ofertas públicas de aquisição de ações de companhia aberta. Regulation 391 dated July 16, 2003; 398 dated October 28, 2003; and 399 dated November 21, 2003, requiring investment funds managers to provide additional information. Instruction Nº 436 dated July 5, 2006 – Adds Annex III and Alters CVM Instruction Nº 361 dated March 5, 2002, which rules on public offerings to acquire shares issued by listed companies. Instrução nº 437, de 05/07/2006 – Altera a Instrução CVM n° 387, de 28/04/2003, que estabelece normas e procedimentos a serem observados nas operações realizadas com valores mobiliários, em pregão e em sistemas eletrônicos de negociação e de registro em bolsas de valores e de bolsas de mercadorias e futuros. Instruction Nº 437 dated July 5, 2006 – Alters CVM Instruction Nº 387 dated April 28, 2003, which establishes the rules and procedures to be followed for transactions involving securities on trading floors and through electronic trading and registration systems on stock exchanges as well as commodities and futures exchanges. Instrução nº 438, de 12/07/2006 – Aprova o Plano Contábil dos Fundos de Investimento – Cofi. Instruction Nº 438 dated July 12, 2006 – Approves the Investment Funds Accounting Plan (COFI). Instrução nº 439, de 22/08/2006 – Altera o prazo de adaptação dos fundos de investimento referidos no art. 1º da Instrução CVM nº 438, de 12/07/2006, às disposições do Plano Contábil dos Fundos de Investimento – Cofi. Instruction Nº 439 dated August 22, 2006 – Alters the adaptation period for the investment funds mentioned in Article 1 of CVM Instruction Nº 438 dated July 12, 2006, in order to comply with the provisions in the Investment Funds Accounting Plan (COFI). Instrução nº 440, de 18/10/2006 – Altera a Instrução CVM nº 243, de 01/03/1996, que disciplina o funcionamento do mercado de balcão organizado. Instruction Nº 440 dated October 18, 2006 – Alters CVM Instruction Nº 243 dated March 1, 1996, which regulates the functioning of the organized over-the-counter-market. Instrução nº 441, de 10/11/2006 – Dispõe sobre empréstimo de valores mobiliários por entidades de compensação e liquidação de operações com valores mobiliários, altera as Instruções CVM nºs 40, de 07/11/1984 e 310, de 09/07/ 1999 e revoga as Instruções CVM nºs 249, de 11/04/1996, 277, de 08/05/1998 e 300, de 23/02/1999. Instruction Nº 441 dated November 10, 2006 – Rules on securities lent by entities handling securities clearing and settlement transactions, altering CVM Instructions Nºs 40 dated November 7, 1984 and 310 dated July 9, 1999 and revokes CVM Instruction Nºs 249 dated April 11, 1996, 277 dated May 8, 1998 and 300 dated February 23, 1999. Instrução nº 442, de 08/12/2006 – Altera a Instrução CVM nº 356, de 17/12/2001, que regulamenta a constituição e o funcionamento de fundos de investimento em direitos creditórios e de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e altera também a Instrução CVM nº 400, de 29/12/2003, que dispõe sobre as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários, nos mercados primário ou secundário. Instruction Nº 442 dated December 8, 2006 – Alters CVM Instruction Nº 356 dated December 17, 2001, which regulates the establishment and functioning of credit rights investment funds and credit rights investment funds quota investment funds, and also alters CVM Instruction Nº 400 dated December 29, 2003, which rules on public share offerings on primary or secondary market. Instrução nº 443, de 08/12/2006 – Altera a Instrução CVM nº 414, de 30/12/2004, que dispõe sobre o registro de companhia aberta para companhias securitizadoras de créditos imobiliários e de oferta pública de distribuição de Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI. Instrução nº 444, de 08/12/2006 – Dispõe sobre o funcionamento de Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Não-Padronizados. Instrução nº 445, de 14/12/2006 – Aprova o Plano Contábil dos Fundos de Investimentos Regionais – Cofir (Finam, Finor e Funres). 138 Instruction Nº 443 dated December 8, 2006 – Alters CVM Instruction Nº 414 dated December 30, 2004, which rules on the registration of listed companies for real estate credits securitization companies and public offerings of Real Estate Receivable Certificates (CRI). Instruction Nº 444 dated December 8, 2006 – Rules on the functioning of Non-Standardized Credit Rights Investment Funds. Instruction Nº 445 dated December 14, 2006 – Approves the Regional Investment Funds Accounting Plan (COFIR) covering the Amazonia Investment Fund (FINAM), Northeast Investment Fund (FINOR) and the Espírito Santo State Economic Recovery Fund (FUNRES). Instrução nº 446, de 19/12/2006 – Altera a Instrução CVM nº 356, de 17/12/2001, que regulamenta a constituição e o funcionamento de fundos de investimento em direitos creditórios e de fundos de investimento em cotas de fundos de investimento em direitos creditórios e altera também a Instrução CVM nº 414, de 30 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o registro de companhia aberta para companhias securitizadoras de créditos imobiliários e de oferta pública de distribuição de Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI. Instruction Nº 446 dated December 19, 2006 – Alters CVM Instruction Nº 356 dated December 17, 2001, which regulates the establishment and functioning of credit rights investment funds and credit rights investment funds quota investment funds and also alters CVM Instruction Nº 414 dated December 30, 2004, which rules on the registration of listed companies for real estate credits securitization companies and public offerings of Real Estate Receivables Certificates (CRI). Deliberações Deliberations Deliberação nº 495, de 03/01/2006 – Colocação irregular de Contratos de Investimento Coletivo – CIC no mercado de valores mobiliários, sem os competentes registros previstos na Lei nº 6.385, de 07/12/1976, na Instrução CVM nº 270, de 23/01/1998 e na Instrução CVM nº 296, de 18/12/1998. Deliberation Nº 495 dated January 3, 2006 – Irregular placement of Collective Investment Contracts (CIC) on the securities market without the necessary registrations as set forth in Law Nº 6,385 dated December 7, 1976, as well as in CVM Instruction Nº 270 dated January 23, 1998 and CVM Instruction Nº 296 dated December 18, 1998. Deliberação nº 496, de 03/01/2006 – Prorroga a entrada em vigor da Deliberação CVM nº 488, de 03/10/2005, que aprovou o Pronunciamento do Ibracon NPC nº 27 sobre Demonstrações Contábeis – Apresentação e Divulgações. Deliberação nº 497, de 24/01/2006 – Oferta Pública Irregular de ações mediante anúncio publicado em jornal, sem os competentes registros previstos na Lei nº 6.385, de 07/12/ 1976 e nas Instruções CVM de nºs 202, de 06/12/1993, e 400, de 29/12/2003. Deliberação nº 498, de 24/01/2006 – Cria o Comitê Consultivo de Educação. Deliberação nº 499, de 06/02/2006 – Altera a Deliberação CVM nº 51, de 25/06/1987, que dispõe sobre a concessão de autorização para constituição e administração de carteira de títulos e valores mobiliários de que trata a Instrução CVM nº 67, de 25/06/1987. Deliberação nº 500, de 17/02/2006 – Oferta Pública Irregular de cotas de fundo de investimento destinado a investidores não-residentes, mediante anúncio publicado em jornal no país, e adicionalmente sem o competente registro do fundo previsto na Lei nº 6.385, de 07/12/1976 e na Instrução CVM nº 409, de 18/08/2004. Deliberação nº 501, de 03/03/2006 – Dispõe sobre a incidência de juros de mora sobre débitos provenientes de multas aplicadas em Processo Administrativo Sancionador e multas cominatórias. Deliberação nº 502, de 10/03/2006 – Dispõe sobre a autorização para reprodução e utilização da sigla e do logotipo da CVM. Deliberation Nº 496 dated January 3, 2006 – Extends the entry into effect of CVM Deliberation Nº 488 dated October 3, 2005, which approved Pronouncement NPC Nº 27 issued by the Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) on Financial Statements – Presentation and Disclosure. Deliberation Nº 497 dated January 24, 2006 – Irregular Public Offeringofsharesthroughanadvertisementpublishedinanewspaper without the necessary registrations as set forth in Law Nº 6,385 dated December 7, 1976 and CVM Instructions Nºs 202 dated December 6, 1993, and 400 dated December 29, 2003. Deliberation Nº 498 dated January 24, 2006 – Establishes the Education Advisory Committee. Deliberation Nº 499 dated February 6, 2006 – Alters CVM Deliberation Nº 51 dated June 25, 1987, which rules on granting authorization to establish and manage securities and papers portfolios covered by CVM Instruction Nº 67 dated June 25, 1987. Deliberation Nº 500 dated February 17, 2006 – Irregular Public Offering of investment fund quotas to non-resident investors, through an advertisement published in a Brazilian newspaper, and also without the necessary fund registration as set forth in Law Nº 6,385 dated December 7, 1976 and CVM Instruction Nº 409 dated August 18, 2004. Deliberation Nº 501 dated March 3, 2006 – Rules on late settlement interest payable on debts arising from fines imposed through punitive administrative proceedings and penalty fines. Deliberation Nº 502 dated March 10, 2006 – Rules on the authorization to reproduce and use the acronym and logo of the Brazilian Securities Commission (CVM). 139 Regulação Deliberação nº 503, de 22/03/2006 – Altera a estrutura organizacional da CVM. Deliberação nº 504, de 12/05/2006 – Altera e acrescenta dispositivos à Deliberação CVM nº 457, de 23/12/2002, que estabelece procedimentos a serem observados na tramitação de processos administrativos sancionadores. Deliberação nº 505, de 19/06/2006 – Aprova o Pronunciamento do Ibracon sobre eventos subseqüentes à data do balanço patrimonial. Deliberação nº 506, de 19/06/2006 – Aprova o Pronunciamento do Ibracon sobre práticas contábeis, mudanças nas estimativas contábeis e correção de erros. Deliberação nº 507, de 10/07/2006 – Dispõe sobre o procedimento administrativo-fiscal relativo à taxa de fiscalização do mercado de valores mobiliários instituída pela Lei nº 7.940, de 20/12/1989. Deliberação nº 508, de 20/09/2006 – Oferta pública irregular de ações mediante a utilização de ampla publicidade, sem os competentes registros previstos na Lei nº 6.385, de 07/12/ 1976 e nas Instruções CVM de nºs 202, de 06/12/1993, e 400, de 29/12/2003. Deliberação nº 509, de 29/09/2006 – Atuação irregular no mercado de valores mobiliários por parte de pessoas não autorizadas pela CVM, nos termos dos arts. 15 e 23 da Lei nº 6.385, de 07/12/1976, e do § 2º, do art. 2º, da Instrução CVM nº 388, de 30/04/2003. Deliberação nº 510, de 18/10/2006 – Altera a Deliberação CVM nº 463, de 25/07/2003, que estabelece procedimentos a serem seguidos nos recursos ao Colegiado de decisões dos superintendentes da CVM. Deliberação nº 511, de 24/10/2006 – Dispõe sobre o registro especial de emissor e o registro para a distribuição pública das Obrigações de emissão da IFC – International Finance Corporation. Deliberação nº 512, de 13/12/2006 – Altera a estrutura organizacional da CVM. Deliberação nº 513, de 18/12/2006 – Colocação irregular de Contratos de Investimento Coletivo (CIC) no mercado de valores mobiliários, inclusive mediante a utilização da rede mundial de computadores, sem o competente registro previsto na Lei n.º 6.385, de 07/12/1976 e na Instrução CVM n.º 296, de 18/12/1998. Deliberação nº 514, de 19/12/2006 – Altera a Deliberação CVM nº 457, de 23/12/2002, que estabelece procedimentos a serem observados na tramitação de processos administrativos sancionadores. 140 Regulation Deliberation Nº 503 dated March 22, 2006 – Alters the organizational structure of the Brazilian Securities Commission (CVM). Deliberation Nº 504 dated May 12, 2006 – Alters and adds provisions to CVM Deliberation Nº 457 dated December 23, 2002, which establishes the procedures to be followed when hearing punitive administrative proceedings. Deliberation Nº 505 dated June 19, 2006 – Approves the Pronouncement issued by the Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) on events subsequent to the date of the Equity Balance Sheet. Deliberation Nº 506 dated June 19, 2006 – Approves the Pronouncement issued by the Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) on accounting practices, alterations to accounting estimates and correction of errors. DeliberationNº507datedJuly10,2006–Rulesontheadministrative andfiscalproceedingsforthesecuritiesmarketoversightfeeestablished by Law Nº 7,940 dated December 20, 1989. Deliberation Nº 508 dated September 20, 2006 – Irregular Public Offering of shares through the use of large-scale advertising without the competent registration as set forth in Law Nº 6,385 dated December 7, 1976 and CVM Instruction Nºs 202 dated December 6, 1993, and 400 dated December 29, 2003. Deliberation Nº 509 dated September 29, 2006 – Improper actions on the securities market by persons not authorized by the CVM, pursuant to Articles 15 and 23 of Law Nº 6,385 dated December 7, 1976, and § 2, of Article 2 of CVM Instruction Nº 388 dated April 30, 2003. Deliberation Nº 510 dated October 18, 2006 – Alters CVM Deliberation Nº 463 dated July 25, 2003, which establishes the procedures to be followed for appeals lodged with the CVM Superintendents Decisions Board. Deliberation Nº 511 dated October 24, 2006– Rules on the special issuer registration and registration for public distribution of bonds issued by the International Financial Corporation (IFC). Deliberation Nº 512 dated December 13, 2006 – Alters the organizational structure of the CVM. DeliberationNº513datedDecember18,2006–Irregularplacement of Collective Investment Contracts (CIC) on the securities market, including through the use of the Internet, without the competent registration as required by Law Nº 6,385 dated December 7, 1976 and CVM Instruction Nº 296 dated December 18, 1998. Deliberation Nº 514 dated December 19, 2006 – Alters CVM Deliberation Nº 457 dated December 23, 2002, which establishes the procedures to be followed for hearing punitive administrative proceedings. Deliberação nº 515, de 27/12/2006 – Dispõe sobre o registro provisório para a distribuição junto ao público de certificados de investimento para a produção, distribuição, exibição e infra-estrutura técnica, de obras audiovisuais cinematográficas brasileiras e a liberação dos recursos captados. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) Deliberation Nº 515 dated December 27, 2006 – Rules on provisional registration for the distribution of investment certificates to the public arising from the production, distribution, exhibition andtechnicalinfrastructureofBrazilianaudio-visualcinematographic works, and the release of the funds raised in this manner. Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) NPA (Norma e Procedimentos de Auditoria) nº 13, de 21/ 12/2006 – Procedimentos de auditoria independente dos dados dos participantes e as obrigações de planos de benefícios de Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC). A Resolução CFC nº 1.023/05, de 15/04/2005, do Conselho Federal de Contabilidade, que aprovou a NBC P 1.8 – Utilização de Trabalhos de Especialistas, determinou que a partir de 01/01/2007, o auditor independente não poderá mais fazer referência em seu parecer, ao trabalho do especialista. Nesta situação encontra-se o atuário responsável pela avaliação atuarial da Entidade, sendo necessária à execução de procedimentos de auditoria que sejam suficientes para a emissão do parecer. Audit Rule and Procedure NPA Nº 13 dated December 21, 2006 – Independent audit procedures of the personal information of the participants and the obligations of the Benefit Plans offered by Closed Supplementary Pension Fund Entities (EFPC). Issued by the Federal Accounting Council (CFC), CFC Resolution Nº 1,023/05 dated April 15, 2005 (which approved NBC P 1.8 – Use of Specialist Work), ordered that as from January 1, 2007, the reports issued by independent auditors may no longer refer to specialist works. This situation encompasses the actuary in charge of the actuarial assessment of the entity, requiring the performance of audit procedures that are sufficient for issuing the report. Esta norma foi elaborada pela Comissão Nacional de Normas Técnicas do Ibracon com o objetivo de orientar o auditor independente sobre os procedimentos mínimos a serem utilizados nos trabalhos de auditoria das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC), a fim de cumprir com o disposto na NBC P 1.8. This rule was drawn up by the National Technical Standards Commission of the Brazilian Institute of Independent Auditors (IBRACON) in order to guide independent auditors on the minimum procedures to be used when auditing Closed Supplementary Pension Fund Entities (EFPC), in order to comply with the provisions in NBC P 1.8. Interpretação Técnica nº 01/06 – Tratamento contábil dos custos com manutenções relevantes com bens do ativo imobilizado. Technical Interpretation IT Nº 01/06 – Accounting treatment of significant maintenance costs incurred for goods constituting the Property, Plant and Equipment. Interpretação Técnica nº 02/06, sobre a NPC 22, que dispõe sobre provisões e contingências ativas e passivas. Technical Interpretation IT Nº 02/06, on NPC 22, which rules on contingent liabilities and assets, as well as provisions. Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) Audiência Pública nº 01/2006, de 08/12/06 – Analisar a redução no valor recuperável de ativos (impairment), assunto correlacionado à norma IAS 36 (IASB), contido no Pronunciamento Técnico CPC 01. O objetivo do Pronunciamento é definir procedimentos visando assegurar que os ativos não estejam registrados contabilmente por um valor superior àquele passível de ser recuperado no tempo por uso nas operações da entidade, ou em sua eventual venda. Caso existam evidências claras de que os ativos estão registrados por valor não recuperável no futuro, a entidade deverá imediatamente reconhecer a desvalorização, por meio da constituição de provisão para perdas. Accounting Pronouncements Committee (CPC) Public Hearing Nº 01/2006 held on December 8, 2006 – Analysis of the impairment of assets through reductions in their recoverable value which is a matter related to the IAS 36 Standard issued by theInternationalAccountingStandardsBoard(IASB)andcontained in Technical Pronouncement IT Nº 01 issued by the CPC. The purpose of this Pronouncement is to define the procedures that will ensure assets are not posted in the accounts at amounts higher than those that could be recovered during the time of use in the operations of the entity, or a possible future sale. Should there be clear evidence that assets are booked at amounts that are not recoverable in the future, the entity must immediately acknowledge the devaluation through establishing a provision for losses. 141 Regulação Regulation Abrasca: Acompanhamento Legislativo ABRASCA: Legislative Monitoring Bulletin O Acompanhamento Legislativo feito pela Abrasca é um documento construído a partir de manifestações das empresas associadas e constitui uma das principais atividades da entidade. Para atuação prioritária junto ao podere Legislativo, em 2006, foram selecionados os seguintes projetos: The Legislative Monitoring (Acompanhamento Legislativo) bulletin produced by Brazilian Association of Listed Companies (ABRASCA) is a document built up on the basis of the views of its members, constituting one of the main activities of this entity. The following projects were selected for high-priority action with the Legislative branch in 2006: Projeto de Lei Ementa Resumo Andamento Draft Bill Amendment Summary Progress 2550/00 Dispõe sobre as ações ordinárias e preferenciais não reclamadas correspondentes a participação acionária em sociedades anônimas de capital aberto. Transfere para a propriedade da União as ações não reclamadas. Projeto em trâmite no Senado com o número 119/05, aguardando realização de audiência pública na CAE. Rules on unclaimed common and preferred shares corresponding to stakeholdings in listed corporations. Transfers the ownership of unclaimed shares to the Federal Government. Draft Bill being heard by the Senate under Nº 119/05, awaiting a public hearing at the Economic Affairs Commission (CAE). Altera o art. 60 da Lei nº 6.404, de 15/12/1976, que dispõe sobre as Sociedades por Ações, fixando limites para emissão de debêntures, sendo 80% do valor dos bens gravados, próprios ou de terceiros, com garantia real ou 100% do patrimônio liquido, nos demais casos. Na hipótese de oferta pública a CVM poderá, justificadamente, fixar outros limites. Impede a emissão de debêntures sem garantia, que ultrapassem o patrimônio líquido da empresa. Em 03/06/03 Coordenação de Comissões Permanentes (CCP). Encaminhada à publicação. Parecer da Comissão de Finanças e Tributação publicado no DCD de 21/03/03, Letra A, pág. 8.965, COL 02 Alters Article 60 of Law Nº 6,404 dated December 15, 1976, which rules on share-issuing companies, establishing ceilings for the issue of debentures at 80% of the value of the encumbered assets held either by the company or by third parties, with real collateral or 100% of the net equity in other cases. For a public offering, the CVM may establish other limits, with justification. Prevents the issue of debentures without collateral when exceeding the net equity of the company. On June 3, 2003, Permanent Commissions Coordination (CCP), forwarded for publication. Expert Opinion issued by the Taxation and Finance Commission published in the Congressional Record (DCD) on March 21, 2003, letter A, page 8.965, column 02. Dá nova redação ao parágrafo único do artigo 140 da lei 6404, para assegurar a participação dos trabalhadores na gestão das empresas regidas pela lei das S/As. Obriga a eleição de um Conselheiro de Administração pelos empregados. 23/06/2005: Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) – Designado Relator, Dep. Paulo Afonso (PMDB-SC) Provides new wording for the Sole Paragraph of Article 140 of Law Nº 6,404, in order to ensure worker participation in the management of enterprises ruled by Brazilian Companies Act. Requires a Board Member to be elected by the employees. June 23, 2005: Citizenship, Justice and Constitution Committee (CCJC) appointed Rapporteur Congressman Paulo Afonso (PMDB-SC). Elimina a permissão de dupla estrutura do capital, prevendo a existência de três classes de ações: ordinárias, de fruição e especiais e estabelece normas de transição, relativamente às ações preferenciais, dentre outras alterações. Impede a emissão de ações preferenciais e dá prazo para compulsoriamente transformar preferenciais em ordinárias. Em 17/03/2005Comissão de Finanças e Tributação (CFT) – Designado Relator, Dep. Fernando Coruja (PPS-SC) Eliminates permission for double capital structure, making provision for three classes of shares: common, with benefits and special, establishing the transition rules for preferred shares, among other alterations. Blocks the issue of preferred shares and sets a deadline for the mandatory transformation of preferred shares into common shares. On March 17, 2005, Taxation and Finance Commission (CFT) – appointed Rapporteur Congressman Fernando Coruja (PPS-SC). Aumenta para 90%, pelo menos, o preço mínimo a ser pago pelas ações com direito a voto que não integram o “bloco de controle” de companhia aberta. Dispõe que a indicação de nomes de candidatos a membros do Conselho de Administração seja feita pelos acionistas minoritários que detenham maior participação no capital social. Aumenta o tag along de 80% para 90%, e dá aos minoritários poder de indicar candidatos ao Conselho de Administração. Em 20/10/2005Coordenação de Comissões Permanentes (CCP). À CFT o Ofício SGM 1942/05 comunicando a transferência ao Plenário da competência para apreciação deste. Cópia à CCJC. 2814/00 896/03 5672/01 2457/03 142 Projeto de Lei Ementa Resumo Andamento Draft Bill Amendment Summary Progress 2457/03 Increase to at least 90% of the minimum price to be paid for shares with voting rights that are not encompassed by the “control block” of listed companies. Rules that the names of candidate board members must be presented by the minority shareholders with the largest stake in the equity capital. Increase of tag-along rights, up from 80% to 90%, and empowering the minority shareholders to submit the names of candidate Board Members. On October 20, 2005, Permanent Commissions Coordination (CCP). Taxation and Finance Commission (CFT) issued Official Communiqué SGM 1942/05, disclosing the transfer to the Plenary of the competence to consider this matter. Copy forwarded to the Citizenship, Justice and Constitution Committee (CCJC). 1129/03 Revogando dispositivos que isentam do imposto de renda os lucros de dividendos distribuídos aos sócios acionistas. Cria Imposto de Renda na Fonte sobre dividendos. Em 24/05/2003 Coordenação de Comissões Permanentes (CCP). Ao Arquivo – Memorando nº 113/06 Revoking provisions that provide income tax exemptions for profits distributed to shareholding partners as dividends. Establishes Income Tax Withheld at Source on dividends. On May 24, 2003 Permanent Commissions Coordination (CCP) – to the Archives – Memorandum Nº 113/06 Cria balanço social para as empresas que menciona. Obriga a elaboração de balanço social para empresas privadas com mais de cem funcionários. E regula o modelo de balanço. Em 11/11/2004 Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC), Relator Dep. Reginaldo Lopes (PT/MG). Aprovado requerimento do relator que propõe a realização de audiência pública, para discutir o Projeto de Lei nº 32/99, do Sr. Paulo Rocha – que “cria o balanço social para as empresas que menciona e dá outras providências”. Establishes the Social Balance Sheet for mentioned companies. Requires private companies with more than a hundred employees to draw up a Social Balance Sheet, regulating this model. On November 11, 2004, Economic Development, Industry and Trade Commission (CDEIC), Rapporteur Congressman Reginaldo Lopes (PT/MG). Approval of request from the Rapporteur proposing that a public hearing be held to discuss Draft Bill Law Nº 32/99 submitted by Paulo Rocha, which “establishes the social balance sheet for the mentioned companies and other matters “. Inclui como Crime contra o Mercado de Capitais a inserção de elemento falso em demonstrativo contábil de companhia aberta. Criminaliza elemento falso em demonstração contábil de companhia aberta. Em 28/10/04 CJC, Rel. Dep. Vilmar Rocha (PFL/GO). Parecer do Relator, Dep. Vilmar Rocha, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. Includes as Capitals Market Crime the insertion of an untrue element in the financial statements of a listed company. Assigns criminal status to an untrue element in the financial statements issued by a listed company. On October 28, 2004, Citizenship, Justice and Constitution Committee (CCJC), Rapporteur Congressman Vilmar Rocha (PFL/GO). Expert Report issued by the Rapporteur, Congressman Vilmar Rocha, confirming constitutionality, juridicity and legislative technique, calling for approval on merit with substitute wording. Altera a legislação tributária, dispõe sobre a apuração do imposto de renda pelo lucro presumido, e dá outras providências. Atualiza os valores do limite de receita para a apuração do lucro presumido e aumenta a alíquota do imposto de renda na fonte incidente sobre o pagamento dos juros sobre o capital próprio. 09/05/2006 – Comissão de Finanças e Tributação (CFT) – Devolvido ao Relator, Dep. André Figueiredo (PDT-CE). Alters Brazilian Tax Law, ruling on income tax calculated on the basis of assumed profits, and other measures. Updates the revenue limits for calculating assumed profits and increases the brackets for income tax withheld at source on the payment of interest on company capital. May 9, 2006 – Taxation and Finance Commission (CFT) – Returned to the Rapporteur, Congressman André Figueiredo (PDT-CE). Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica e dá outras providências. Reestruturando o SBDC – Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, que será formado pelo Cade e pela Seae – Secretaria de Acompanhamento Econômico, revogando dispositivos da Lei nº 8.884, de 1994 (Lei de Defesa da Concorrência). 28/10/05 – Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA) – Apense-se à(ao) PL3937/2004. Deferido o Requerimento nº 3274 do Dep Eduardo Cadoca (PMDB/PE), determinando esta apensação. 32/99 7244/02 4765/05 5877/05 143 Regulação Regulation Projeto de Lei Ementa Resumo Andamento Draft Bill Amendment Summary Progress 5877/05 Structures the Brazilian Anti-Trust System and rules on the prevention and repression of offences against the economic order, and other measures. Restructuring the Brazilian Anti-Trust System (SBDC) which will consist of the AntiTrust Board (CADE) and Economic Oversight Bureau (SEAE) Revoking the provisions of Law Nº 8,884 issued in 1994 (Anti-Trust Act). 28/10/2005 – Head Table, Lower House – Appended to PL-3937/2004. Request Nº 3274 approved, submitted by Congressman Eduardo Cadoca (PMDB/PE), ordering this appendment. 3741/00 Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, define e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e publicação de demonstrações contábeis e dispõe sobre os requisitos de qualificação de entidades de estudo e divulgação de princípios, normas e padrões de contabilidade e auditoria como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. Altera a parte contábil da Lei das S/A. Em 12/06/06: Apresentado o Parecer do Relator Dep. Armando Monteiro (PTB/PE). Alters and revokes the provisions of Law Nº 6,404 dated December 15, 1976, defining and extending to large corporations the provisions on the preparation and publication of financial statements, and rules on the qualification requirements for entities studying and disclosing accounting and auditing principles, rules and standards, such as Civil Society Organizations in the public interest (OSCIPs). Alters the accounting portion of the Brazilian Companies Act. On June 12, 2006: Presentation of the Expert Report prepared by Rapporteur Congressman Armando Monteiro (PTB/PE). Altera a redação do § 1º art. 111 da Lei nº 6404, de 15 de dezembro de 1976, para estabelecer a aquisição do direito de voto pelos titulares de ações preferenciais sem direito a voto ou com limitação desse direito, no caso de nãopagamento de dividendos pelo prazo de três exercícios consecutivos. O projeto amplia o escopo do dispositivo da Lei societária para estabelecer que os titulares das ações preferenciais sem direito a voto passarão a ter essa prerrogativa se a companhia, pelo prazo de 3 exercícios consecutivos, não lhes pagar nenhum dividendo. Em 29/08/2006 : CAE – Comissão de Assuntos Econômicos.Devolvido pelo Relator, Senador José Agripino (PFL/RN), com minuta de relatório favorável ao Projeto. Alters the wording of § 1 of Article 111 of Law Nº 6,404 dated December 15, 1976, in order to establish the acquisition of voting rights by the holders of preferred shares with no voting rights or with constraints on these rights, in case of non-payment of dividends over a period of three consecutive financial years. This Draft Bill extends the scope of the provision in the Brazilian Companies Act, through establishing that the holders of preferred shares with no voting rights will be awarded this prerogative should the company fail to pay any dividends to them for a period of three consecutive financial years. On August 29, 2006: Economic Affairs Commission (CAE) returned by the Rapporteur, Senator José Agripino (PFL/ RN), with a Draft Report in favor of the Draft Bill. PLS 214/06 Plano Diretor do Mercado de Capitais Capitals Market Master Plan As prioridades do Plano de Ação foram concentradas na aprovação de medidas tributárias contempladas no Projeto do Novo Modelo Previdenciário e nas ações voltadas para a Desconsideração da Personalidade Jurídica, pleito apoiado pela maioria das entidades do mercado. Seguem abaixo os principais pontos do Plano de Ação de 2006. 144 The Action Plan priorities focused on approving the tax-related measures covered by the New Social Security Model Draft as well as actions focused on Disregard for Corporate Status, which is a request supported by most of the market entities. The main points of the 2006 Action Plan are presented below. Item Ação Item Entidades Action Entity 01 Isenção do imposto de renda a pessoas físicas na venda da carteira para aquisição de novas ações em ofertas primárias Consiste na extensão, às pessoas físicas investidores em mercado de ações, dos benefícios de isenção do imposto de renda concedidos aos proprietários de imóveis pela “MP do Bem”. Pessoas físicas que detenham carteiras de ações possam vender suas ações e, desde que os recursos sejam reinvestidos em ofertas primárias de ações ou em fundos de investimento em participações, tenham o benefício da isenção do imposto de renda sobre ganhos de capital. Income tax exemption for individuals on portfolio sales in order to acquire new shares through primary offerings Extends to individual stock market investors the income tax exemption benefits granted to property owners by the Social Wellbeing Provisional Measure, whereby individuals owning share portfolios may sell their shares and, provided that the funds are re-invested in primary share offerings or investment funds specializing in stakes, they receive the benefit of income tax exemption on capital gains. Bovespa 02 Tributação dos rendimentos periódicos em títulos e valores mobiliários de renda fixa A Andima sugeriu à Receita Federal que os rendimentos periódicos sejam tributados à alíquota de 15% no momento de sua percepção, a título de antecipação do imposto, a exemplo do tratamento dispensado aos fundos de investimento. Taxation of regular income on fixed income, securities and papers ANDIMA suggested to the Federal Revenue Bureau that regular income be taxed at a rate of 15% on receipt, as tax paid in advance, similar to the treatment of investment funds. Andima 03 IOF sobre operações, até 30 dias, relativas a títulos ou valores mobiliários, quota de fundo de investimento ou de clube de investimento Andima sugeriu ao Ministério da Fazenda que a revogação do IOF nas operações, até 30 dias, com títulos e valores mobiliários faça parte do conjunto de medidas tributárias. Financial Transactions Levy (IOF) on transaction up to 30 days involving securities or papers, investment fund quotas or investment clubs ANDIMA suggested to the Treasury Ministry that the Financial Transactions Levy (IOF) be revoked on transaction up to 30 days involving securities and papers, as part of the set of tax measures. Andima 04 Não-incidência do PIS/Cofins sobre pagamento dos juros de capital próprio A Abrasca voltou a enfatizar a prioridade da não-incidência do PIS/Cofins sobre o pagamento dos juros de capital próprio. Sugere que as receitas financeiras oriundas de juros sobre o capital próprio sejam excluídas do parágrafo único do artigo 1º, do Decreto nº 5.164/04, a fim de que elas tenham o mesmo tratamento das demais receitas financeiras. PIS/COFINS not due on payment of interest on company capital ABRASCA once again stressed the high priority assigned to the non-payment of PIS/COFINS on interest paid on company capital, suggesting that the financial revenues received as interest on company capital be excluded from the Sole Paragraph of Article 1, of Decree Nº 5,164/04, in order to treat them in the same way as other financial revenues. Abrasca 05 Tributação dos fundos de empresas emergentes e fundos de participação A ABVCAP sugeriu ao Ministério da Fazenda a correção da legislação tributária incidente sobre os fundos de investimentos de longo prazo, conhecidos como Venture Capital e Private Equity. Taxation on emerging company funds and stakeholding funds ABVCAP suggested to the Treasury Ministry that the tax legislation should be corrected for long-term investment funds known as Venture Capital and Private Equity. ABVCAP 06 Novo modelo previdenciário Elaboração de proposta a ser apresentada aos candidatos presidenciais em 2006 para servir de base a um amplo trabalho de sensibilização de formadores de opinião, objetivando encaminhamento ao Congresso em 2007. Elaboração de estudo sobre os impactos fiscais de diferentes estratégias de implementação do novo modelo previdenciário. New Social Security and Pension Fund Model Drafting a proposal to be submitted to the 2006 presidential candidates, in order to underpin a broad-ranging drive to heighten awareness among opinion-shapers, for submission to the Brazilian Congress in 2007. Preparation of a study on the fiscal impacts of various strategies for implementing this new social security and pension fund model. Abrapp, Anapp, Andib, Andima, BM&F, Bovespa, Fipe, Fenaseg, Ibmec, Ipea 07 Desconsideração da personalidade jurídica Elaboração de documento sobre o uso abusivo da desconsideração da personalidade jurídica para ser discutido com as principais autoridades do Poder Judiciário. Realização de seminário para discussão do assunto, inclusive como a desconsideração é utilizada no exterior. Disregard of corporate status Preparation of a document on the abusive use of the disregard of corporate status, to be discussed with senior authorities in the Judiciary Branch. Organization of a seminar to discuss this matter, including the use of such disregard outside Brazil. 08 Permitir a participação direta de investidores estrangeiros nos futuros Bonds e ADRs brasileiros - Com liquidação financeira através da clearing da BM&F nos EUA, a exemplo do que já existe para contratos agropecuários, desde o ano de 2000. Allow foreign investors to hold direct stakes in Brazilian futures, bonds and ADRs - With financial settlement through the Commodities and Futures Market (BM&F) in the USA, along the same lines as the system in place for agricultural commodity contracts since 2000. BM&F 09 Permitir a caracterização da posição dos bancos - Pelo critério adotado pelo Banco Central para apuração de risco (global hedge), abandonando o hedge account. Allow the characterization of bank positions - Based on the risk calculation criteria adopted by the Central Bank (global hedge) abandoning the hedge account. BM&F 10 Eliminação da CPMF nas operações dos Clubes de Investimento Elimination of the Provisional Financial Transactions Levy (CPMF) on Investment Club transactions. Apimec 11 Participação dos investidores estrangeiros na dívida pública – redução da tributação Participation of foreign investors in public debt – tax cut. Andima 12 Utilização do PLR como instrumento de participação do trabalhador no capital das empresas Use of profit-sharing programs as tools for workers to build up stakes in company capital. Força Sindical ABVCAP, Abrapp, Abrasca, Andib, Bovespa, CNI, Febraban, Fiesp, IBGC 145 Copom consolida trajetória de redução da taxa Selic Ao longo do ano de 2006, o Comitê de Política Monetária (Copom) deu seqüência ao processo de flexibilização da política monetária por meio da redução da taxa básica de juro, a taxa Selic, que havia sido iniciado em setembro de 2005. As atas das oito reuniões realizadas durante o ano reafirmaram o diagnóstico de que essa estratégia monetária, além de conter as pressões inflacionárias de curto prazo, tem contribuído para consolidar um ambiente macroeconômico favorável em horizontes mais longos. Os dados relativos à atividade econômica permitiram ao Comitê identificar baixa probabilidade de pressões significativas sobre a inflação. Pesou sobre o rumo da taxa Selic, ainda, a avaliação de um cenário externo ainda favorável, apesar dos sinais de uma eventual redução na liquidez global. As atas do Copom refletem o processo de ajuste levado a cabo no ano passado e que reduziu a taxa Selic para 13,25% ao ano frente ao patamar de 18% a.a no final de 2005. During 2006, the Monetary Policy Committee (COPOM) forged ahead with the flexibilization of Brazil’s monetary policy, lowering the basic interest rate (SELIC Rate) through a process that began in September 2005. The minutes of its eight Meetings held during the year reaffirm the diagnosis that this monetary strategy is curbing short-term inflationary pressures while helping firm up a favorable macro-economic environment over a longer horizon. Data reflecting economic activities allow the Committee to identify a low probability of significant pressures pumping up inflation. Additionally, the course followed by the SELIC Rate was also affected by the assessment of an international context that is still positive, despite indications of possible shrinkage in global liquidity. The Minutes of the COPOM Meetings reflect the adjustment process implemented in the course of last year, bringing the SELIC basic interest rate down to 13.25% p.a., compared to 18% p.a. at year-end 2005. Monetary Policy Committee Firms up Steady Drop in SELIC Rate 146 Síntese das Atas do Copom Summary of the Monetary Policy Committee – Copom Meetings Atas refletem processo de ajuste Minutes Reflect Adjustment Process Janeiro 17 e 18/01/2006 – 116a reunião Conforme havia sido antecipado nas Notas da última reunião do Copom em 2005, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou novamente, em dezembro daquele ano, para 0,36% frente à variação de 0,55% registrada em novembro. Em sua primeira reunião de 2006, o Comitê levou em conta, entre outros fatores, esse recuo da inflação e o desempenho positivo do comércio exterior, que continuou registrando recordes. Diante disso, o Copom decidiu, por unanimidade, dar prosseguimento ao processo de ajuste da taxa de juros básica e reduzir a meta para a taxa Selic de 18% a.a. para 17,25% a.a., sem viés. Março 07 e 08/03/2006 – 117ª reunião A elevação da inflação em janeiro, relativamente à observada em dezembro, resultou principalmente de pressões sazonais e pontuais, não representando desvio significativo em relação à trajetória de convergência para as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), conforme antecipado nas Notas da última reunião do Copom. Os dados da atividade econômica sugerem consolidação progressiva de uma trajetória de expansão, em ritmo condizente com as condições de oferta. Assim, em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variação de 0,59%, ante 0,36% em dezembro. Diante disso, o Copom decidiu, por seis votos a três, reduzir a meta para a taxa Selic para 16,50% ao ano, sem viés. Abril 18 e 19/04/2006 – 118ª reunião Após a elevação observada em janeiro, quando chegou a 0,59%, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou em fevereiro para 0,41%, ratificando o caráter pontual e sazonal da alta dos preços no início do ano, conforme antecipado nas Notas da última reunião do Copom. O recuo da inflação plena em fevereiro e em março foi acompanhado por movimento similar nas medidas de núcleo calculadas pelo Banco Central, que diminuíram de acordo com a tendência anteriormente apontada. Frente a essas considerações, o Copom decidiu, por unanimidade, dar continuidade ao processo de flexibilização da política monetária iniciado na reunião de setembro de 2005 e reduzir a meta para a taxa Selic para 15,75% ao ano, sem viés. January 17 - 18, 2006 – 116th meeting As forecast in the Notes on the final Committee Meeting of 2005, Brazil’s National Wholesale Consumer Price Index (IPCA) fell again in December that year, dropping to 0.36% compared to the variation of 0.55% for November. At its first Meeting in 2006, the Committee bore this drop in inflation in mind, among other factors, in addition to the positive performance of foreign trade, which continued to post new records. Consequently, the Committee decided unanimously to move ahead with the adjustment of the basic interest rate, lowering the target for the SELIC Rate from 18% p.a. to 17.25% p.a. with no bias. March 7 - 8, 2006 – 117th meeting Compared to December, inflation in January was driven mainly by seasonal and other specific pressures, not reflecting any significant deviation from its course of convergence on the targets established by the National Monetary Council (CMN), as mentioned in the Notes on the last Committee Meeting. The data on economic activities reflect the steady consolidation of a drive towards expansion, paced to supply conditions. Thus, the Wholesale Consumer Price Index (IPCA) posted a variation of 0.59% in January, compared to 0.36% in December. As a result, the Committee decided (by six votes to three) to lower the SELIC Rate target to 16.50% p.a., with no bias. April 18 - 19, 2006 – 118th meeting After the January uptick of 0.59%, inflation measured by the Wholesale Consumer Price Index (IPCA) shrank to 0.41% in February, confirming the specific and seasonal nature of price increases at the start of the year, as forecast in the Notes on the last Committee Meeting. The clear drop in inflation during February and March was accompanied by similar shrinkage in the core measurements calculated by the Brazilian Central Bank, which dropped in parallel to this trend. As a result, The Committee decided unanimously to continue with the process of flexibilizing Brazil’s monetary policy launched at the meeting in September 2005, lowering the SELIC Rate target to 15.75% p.a., with no bias. 147 Síntese das Atas do Copom Summary of the Monetary Policy Committee – Copom Meetings Maio 30 e 31/05/2006 – 119ª reunião A inflação medida pelo IPCA permanece em trajetória de convergência para as metas estabelecidas pelo CMN, confirmando avaliações contidas em Notas de reuniões anteriores do Copom, no sentido de que se desenhava um cenário benigno para a variação dos preços ao consumidor. Após apresentar certa estabilidade em fevereiro (0,41%) e em março (0,43%), a inflação reduziu-se significativamente em abril, para 0,21%. As mudanças mais significativas ocorreram no cenário externo, que apresentou volatilidade expressiva em função da incerteza em relação ao ciclo de alta do juro norte-americano. O Copom decidiu, por unanimidade, dar continuidade ao processo de flexibilização da política monetária iniciado na reunião de setembro de 2005 e reduzir a meta para a taxa Selic para 15,25% ao ano, sem viés. Julho 18 e 19/07/2006 – 120ª reunião A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou redução maior que a esperada no último bimestre. A inflação caiu para 0,10% em maio frente às variações de 0,21% e 0,43% observados, respectivamente, em abril e março. O Copom decidiu, por unanimidade, dar continuidade ao processo de flexibilização da política monetária iniciado na reunião de setembro de 2005 e reduzir a meta para a taxa Selic para 14,75% ao ano, sem viés, e acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até a sua próxima reunião. No cenário externo, a Ata registrou a persistência da incerteza quanto à duração e à intensidade do ciclo de ajuste monetário nos EUA e a expectativa de maior volatilidade nas carteiras de investimento. Agosto 29 e 30/08/2006 – 121ª reunião Depois de apresentar desaceleração por três meses consecutivos, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) alcançou 0,19% em julho. Esse resultado foi ligeiramente superior às expectativas do mercado vigentes na véspera da divulgação do índice. Em função dessa análise o Copom avaliou a conveniência de reduzir a taxa Selic em 25 p.p., mas os membros do Comitê concluíram que, neste momento, uma redução de 50 p.p. na taxa Selic seria mais adequada. Diante dos dados analisados, o Comitê decidiu, por unanimidade, reduzir a meta para a taxa Selic para 14,25% ao ano, sem viés. A Ata destacou, ainda, as limitadas repercussões internas do cenário externo menos favorável. Após a elevação registrada em maio, o risco soberano atingiu níveis historicamente baixos. 148 May 30 - 31, 2006 – 119th meeting Inflation measured by the Wholesale Consumer Price Index (IPCA) continued to converge on the targets established by the National Monetary Council (CMN), confirming the assessments in the Notes on earlier Committee Meetings that indicated a favorable scenario for consumer price variations. After presenting a certain stability in February (0.41%) and March (0.43%), inflation fell significantly in April to 0.21%. The most important changes took place at the international level, with significant volatility due to uncertainty about the upward spiral of interest rates in the USA. The Committee decided unanimously to continue with the process of flexibilizing Brazil’s monetary policy launched at the meeting in September 2005, lowering the SELIC Rate target to 15.25% p.a., with no bias. July 18 - 19, 2006 – 120th meeting Inflation measured by the Wholesale Consumer Price Index (IPCA) fell more sharply than expected during the last two months, down to 0.10% n May, compared to 0.21% and 0.43% recorded for April and March respectively. The Committee decided unanimously to continue with the process of flexibilizing Brazil’s monetary policy launched at the meeting in September 2005, lowering the SELIC Rate target to 14.75% p.a., with no bias, while monitoring the progress of the macro-economic context through to the next meeting. On the international stage, the Minutes reflect ongoing uncertainty regarding the duration and intensity of the monetary adjustment cycle in the USA, with expectations of more volatile investment portfolios. August 29 - 30, 2006 – 121th meeting Having slowed down for three consecutive months, inflation measured by the Wholesale Consumer Price Index (IPCA) fell to 0.19% in July, slightly higher than the market expectations on the eve of the announcement of this Index. Due to this analysis, the Committee assessed the convenience of reducing the SELIC Rate by 0.25%, but the Committee members decided that, at the moment, a reduction of 0.50% in the SELIC Rate would be more appropriate. Based on the data analyzed, the Committee decided unanimously to lower the SELIC Rate to 14.25% p.a., with no bias. The Minutes also stressed the mild domestic repercussions of a less favorable international context. After the increase recorded in May, Brazil’s sovereign risk reached a historically low level. Outubro 17 e 18/10/2006 – 122ª reunião October 18 - 18, 2006 – 122th meeting Em setembro, o IPCA indicou inflação de 0,21% depois de ter variado apenas 0,05% em agosto. Esse resultado foi superior às expectativas dos analistas do setor privado até a véspera da divulgação do índice, mas inferior ao fim do mês de agosto. A inflação acumulada no ano de 2006 chegou a 2,0%, ou seja, pouco mais da metade dos 3,95% observados em igual período de 2005. Measured by the Wholesale Consumer Price Index (IPCA), inflation rose by 0.21% in September, after varying by only 0.05% in August, surpassing the expectations of private sector analysts on the eve of the disclosure of this Index, but lower than for late August. Accumulated inflation for the year reached 2.0%, just over half the 3.95% posted during the same period in 2005. O Copom voltou a avaliar a conveniência de reduzir a taxa Selic em 25 p.p. Apesar de entenderem que diversos fatores respaldariam tal decisão, os membros do Comitê concluíram que, neste momento, uma redução de 50 p.p. na taxa Selic seria mais adequada. Diante disso, o Comitê decidiu, por unanimidade, reduzir a meta para a taxa Selic para 13,75% ao ano, sem viés. Considerou também que a balança comercial mantém desempenho robusto em 2006, confirmando a percepção de mudanças estruturais importantes no comércio exterior brasileiro The Monetary Policy Committee (COPOM) once again assessed the convenience of lowering the SELIC Rate by 0.25%. Although understanding that that several factors would support this decision, the Committee members decided that a reduction of 0.50% in the SELIC Rate would be more appropriate at that time. Consequently, the Committee decided unanimously to lower the SELIC Rate to 13.75% p.a., with no bias. It also felt that the balance of trade had put forth a robust performance in 2006, confirming perceptions of sweeping structural changes in Brazil foreign trade. Novembro 28 e 29/11/2006 – 123ª reunião A inflação mensal medida pelo IPCA mostrou aceleração, tendo registrado taxas de 0,05% em agosto, 0,21% em setembro e 0,33% em outubro. Esse último resultado veio em linha com as expectativas dos analistas do setor privado. A economia está mais resistente a mudanças de sentimento nos mercados internacionais, com baixa probabilidade de que a deterioração externa comprometa as condições de financiamento do Brasil. O Copom voltou a avaliar a conveniência de reduzir a taxa Selic em 25 p.p. Houve consenso entre os membros do comitê de que diversos fatores respaldariam tal decisão. Não houve consenso, entretanto, de que a redução no ritmo de flexibilização da política monetária já deveria ocorrer a partir desta reunião. Diante disso, o Copom decidiu, por cinco votos a três, reduzir a meta para a taxa Selic em 0,50 p.p., para 13,25% ao ano, sem viés. November 28 - 29, 2006 – 123th meeting Monthly inflation measured by the Wholesale Consumer Price Index (IPCA) speeded up, posting a rate of 0.05% in August, 0.21% in September and 0.33% in October, with the latter figures aligned with the expectations of private sector analysts. The Brazilian economy is more resistant to the change in feelings on international markets, making it unlikely that any further deterioration in the global context will adversely affect financing conditions in Brazil. Once again, the Committee assessed the convenience of reducing the SELIC Rate by 0.25%, with its members agreeing that several factors would support this decision. However, there was no consensus that the slowdown in the flexibilization rate of Brazil’s monetary policy should occur as from this meeting. Consequently, the Committee decided by five votes to three to lower the SELIC Rate target by 0.50%, bringing it down to 13.25% p.a., with no bias ALTERADA DATA DAS REUNIÕES MEETING DATES ALTERED Em 2006, o Copom promoveu a redução do número de reuniões realizadas ao longo do ano, decisão que foi anunciada ainda no fim de 2005. A medida foi justificada pela necessidade de reforçar, junto aos agentes do mercado financeiro, a percepção de estabilidade em relação à economia brasileira. Com isso, o período médio entre as reuniões passou de 30 dias para cerca de 44 dias, resultando em apenas oito reuniões ordinárias por ano em lugar das doze anteriores. In 2006, COPOM reduced the number of meetings held during the year, announcing this decision in late 2005. This measure was justified by the need to strengthen the perception of the stability of the Brazilian economy among financial market agents. Consequently, the average period between the meetings increased from 33 days to some 44 days, resulting in only eight regular meetings a year, instead of twelve, as occurred previously. 149 Síntese das Atas do Copom Summary of the Monetary Policy Committee – Copom Meetings HISTÓRICO DAS TAXAS DE JUROS FIXADAS PELO COPOM E EVOLUÇÃO DA TAXA SELIC HISTORY OF INTEREST RATES ESTABLISHED BY COPOM AND EVOLUTION OF THE SELIC RATE Reunião Meeting nº nº 123ª 122ª 121ª 120ª 119ª 118ª 117ª 116ª 115a 114ª 113ª 112ª 111ª 110ª 109ª 108ª 107ª 106ª 105ª 104ª 103ª 102ª 101ª 100ª 99ª 98ª 97ª 96ª 95ª 94ª 93ª 92ª 91ª 90ª 89ª 88ª 87ª 86ª 85ª 84ª 83ª 82ª 81ª 80ª 79ª 78ª 77ª 76ª 75ª 74ª 73ª 72ª 71ª 70ª 69ª 68ª 67ª 66ª 65ª 64ª 63ª 62ª 61ª 60ª 59ª 58ª 57ª 150 Período de vigência Effective period data date 29/11/2006 18/10/2006 30/08/2006 19/07/2006 31/05/2006 19/04/2006 08/03/2006 18/01/2006 14/12/2005 23/11/2005 19/10/2005 14/09/2005 17/08/2005 20/07/2005 15/06/2005 18/05/2005 20/04/2005 16/03/2005 16/02/2005 19/01/2005 15/12/2004 17/11/2004 20/10/2004 15/09/2004 18/08/2004 21/07/2004 16/06/2004 19/05/2004 14/04/2004 17/03/2004 18/02/2004 21/01/2004 17/12/2003 19/11/2003 22/10/2003 17/09/2003 20/08/2003 23/07/2003 18/06/2003 21/05/2003 23/04/2003 19/03/2003 19/02/2003 22/01/2003 18/12/2002 20/11/2002 23/10/2002 14/10/2002 18/09/2002 21/08/2002 17/07/2002 19/06/2002 22/05/2002 17/04/2002 20/03/2002 20/02/2002 23/01/2002 19/12/2001 21/11/2001 17/10/2001 19/09/2001 22/08/2001 18/07/2001 20/06/2001 23/05/2001 18/04/2001 21/03/2001 30/11/2006 - 24/01/2007 19/10/2006 - 29/11/2006 31/08/2006 - 18/10/2006 20/07/2006 - 30/08/2006 01/06/2006 - 19/07/2006 20/04/2006 - 31/05/2006 09/03/2006 - 19/04/2006 19/01/2006 - 08/03/2006 15/12/2005 - 18/01/2006 24/11/2005 - 14/12/2005 20/10/2005 - 23/11/2005 15/09/2005 - 19/10/2005 18/08/2005 - 14/09/2005 21/07/2005 - 17/08/2005 16/06/2005 - 20/07/2005 19/05/2005 - 15/06/2005 21/04/2005 - 18/05/2005 17/03/2005 - 20/04/2005 17/02/2005 - 16/03/2005 20/01/2005 - 16/02/2005 16/12/2004 - 19/01/2005 18/11/2004 - 15/12/2004 21/10/2004 - 17/11/2004 16/09/2004 - 20/10/2004 19/08/2004 - 15/09/2004 22/07/2004 - 18/08/2004 17/06/2004 - 21/07/2004 20/05/2004 - 16/06/2004 15/04/2004 - 19/05/2004 18/03/2004 - 14/04/2004 19/02/2004 - 17/03/2004 22/01/2004 - 18/02/2004 18/12/2003 - 21/01/2004 20/11/2003 - 17/12/2003 23/10/2003 - 19/11/2003 18/09/2003 - 22/10/2003 21/08/2003 - 17/09/2003 24/07/2003 - 20/08/2003 19/06/2003 - 23/07/2003 22/05/2003 - 18/06/2003 24/04/2003 - 21/05/2003 20/03/2003 - 23/04/2003 20/02/2003 - 19/03/2003 23/01/2003 - 19/02/2003 19/12/2002 - 22/01/2003 21/11/2002 - 18/12/2002 24/10/2002 - 20/11/2002 15/10/2002 - 23/10/2002 19/09/2002 - 14/10/2002 22/08/2002 - 18/09/2002 18/07/2002 - 21/08/2002 20/06/2002 - 17/07/2002 23/05/2002 - 19/06/2002 18/04/2002 - 22/05/2002 21/03/2002 - 17/04/2002 21/02/2002 - 20/03/2002 24/01/2002 - 20/02/2002 20/12/2001 - 23/01/2002 22/11/2001 - 19/12/2001 18/10/2001 - 21/11/2001 20/09/2001 - 17/10/2001 23/08/2001 - 19/09/2001 19/07/2001 - 22/08/2001 21/06/2001 - 18/07/2001 24/05/2001 - 20/06/2001 19/04/2001 - 23/05/2001 22/03/2001 - 18/04/2001 Meta Selic Selic target TBAN TBAN % a.a. (1) (6) % p.a. (1) (6) % a.m. (2) (6) % p.m. (2) (6) 13,25 13,75 14,25 14,75 15,25 15,75 16,50 17,25 18,00 18,50 19,00 19,50 19,75 19,75 19,75 19,75 19,75 19,75 18,75 18,25 17,75 17,25 16,75 16,25 16,00 16,00 16,00 16,00 16,00 16,25 16,50 16,50 16,50 17,50 19,00 20,00 22,00 24,50 26,00 26,50 26,50 26,50 26,50 25,50 25,00 22,00 21,00 21,00 18,00 18,00 18,00 18,50 18,50 18,50 18,50 18,75 19,00 19,00 19,00 19,00 19,00 19,00 19,00 18,25 16,75 16,25 15,75 Taxa Selic Selic Rate % (3) % (3) % a.a. (4) % p.a. (4) 1,89 1,43 1,75 1,64 1,92 1,69 1,77 2,11 1,66 1,01 1,60 1,71 1,37 1,44 1,80 1,37 1,35 1,69 1,37 1,20 1,63 1,27 1,11 1,44 1,12 1,17 1,46 1,11 1,41 1,13 1,08 1,21 1,39 1,28 1,38 1,81 1,58 1,74 2,21 1,87 1,78 2,16 1,68 1,81 2,05 1,58 1,44 0,53 1,18 1,31 1,64 1,35 1,26 1,62 1,28 1,38 1,25 1,60 1,39 1,60 1,32 1,32 1,74 1,34 1,17 1,45 1,11 13,19 13,67 14,17 14,67 15,18 15,72 16,50 17.26 18,00 18,49 18,98 19,48 19,74 19,75 19,73 19,75 19,51 19,24 18,75 18,25 17,74 17,23 16,71 16,23 15,90 15,83 15,79 15,79 15,80 16,09 16,28 16,30 16,32 17,32 18,84 19,84 21,84 24,32 25,74 26,27 26,32 26,32 26,30 25,36 24,90 21,90 20,90 20,90 17,90 17,87 17,86 18,40 18,07 18,35 18,45 18,80 19,05 19,05 19,05 19,05 19,07 19,04 18,96 18,31 16,76 16,30 15,84 Reunião Meeting Período de vigência Effective period nº nº data date 56ª 55ª 54ª 53ª 52ª 51ª 50ª 49ª 48ª 14/02/2001 17/01/2001 20/12/2000 22/11/2000 18/10/2000 20/09/2000 23/08/2000 19/07/2000 47ª 46ª 45ª 44ª 43ª 42ª 41ª 40ª 39ª 38ª 37ª 36ª 35ª 20/06/2000 24/05/2000 19/04/2000 22/03/2000 16/02/2000 19/01/2000 15/12/1999 10/11/1999 06/10/1999 22/09/1999 01/09/1999 28/07/1999 23/06/1999 19/05/1999 34ª 14/04/1999 33ª 32ª 31ª 30ª 29ª 28ª 27ª 26ª 25ª 24ª 23ª 22ª 21ª 20ª 19ª 18ª 17ª 16ª 15ª 14ª 13ª 12ª 11ª 10ª 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª 04/03/1999 18/01/1999 16/12/1998 11/11/1998 07/10/1998 10/09/1998 02/09/1998 29/07/1998 24/06/1998 20/05/1998 15/04/1998 04/03/1998 28/01/1998 17/12/1997 19/11/1997 30/10/1997 22/10/1997 19/09/1997 20/08/1997 23/07/1997 18/06/1997 21/05/1997 16/04/1997 19/03/1997 19/02/1997 22/01/1997 18/12/1996 27/11/1996 23/10/1996 23/09/1996 21/08/1996 30/07/1996 26/06/1996 15/02/2001 - 21/03/2001 18/01/2001 - 14/02/2001 21/12/2000 - 17/01/2001 23/11/2000 - 20/12/2000 19/10/2000 - 22/11/2000 21/09/2000 - 18/10/2000 24/08/2000 - 20/09/2000 20/07/2000 - 23/08/2000 10/07/2000 - 19/07/2000 21/06/2000 - 07/07/2000 25/05/2000 - 20/06/2000 20/04/2000 - 24/05/2000 29/03/2000 - 19/04/2000 23/03/2000 - 28/03/2000 17/02/2000 - 22/03/2000 20/01/2000 - 16/02/2000 16/12/1999 - 19/01/2000 11/11/1999 - 15/12/1999 07/10/1999 - 10/11/1999 23/09/1999 - 06/10/1999 02/09/1999 - 22/09/1999 29/07/1999 - 01/09/1999 24/06/1999 - 28/07/1999 09/06/1999 - 23/06/1999 20/05/1999 - 08/06/1999 13/05/1999 - 19/05/1999 10/05/1999 - 12/05/1999 29/04/1999 - 07/05/1999 15/04/1999 - 28/04/1999 06/04/1999 - 14/04/1999 25/03/1999 - 05/04/1999 05/03/1999 - 24/03/1999 19/01/1999 - 04/03/1999 17/12/1998 - 18/01/1999 12/11/1998 - 16/12/1998 08/10/1998 - 11/11/1998 11/09/1998 - 07/10/1998 03/09/1998 - 10/09/1998 30/07/1998 - 02/09/1998 25/06/1998 - 29/07/1998 21/05/1998 - 24/06/1998 16/04/1998 - 20/05/1998 05/03/1998 - 15/04/1998 29/01/1998 - 04/03/1998 02/01/1998 - 28/01/1998 01/12/1997 - 31/12/1997 31/10/1997 - 30/11/1997 01/11/1997 - 30/11/1997 01/10/1997 - 30/10/1997 01/09/1997 - 30/09/1997 01/08/1997 - 31/08/1997 01/07/1997 - 31/07/1997 01/06/1997 - 30/06/1997 01/05/1997 - 31/05/1997 01/04/1997 - 30/04/1997 01/03/1997 - 31/03/1997 01/02/1997 - 28/02/1997 01/01/1997 - 31/01/1997 01/12/1996 - 31/12/1996 01/11/1996 - 30/11/1996 01/10/1996 - 31/10/1996 01/09/1996 - 30/09/1996 01/08/1996 - 31/08/1996 01/07/1996 - 31/07/1996 Fonte: Banco Central (BC) (1) No período de 1/7/96 a 4/3/99, o Copom fixava a TBC e, a partir de 5/3/99, com a extinção desta, passou a divulgar a meta para a Taxa Selic para fins de política monetária. (2) A TBAN foi criada em 28/8/96 e extinta em 4/3/99. (3) Taxa de juros acumulada no período. (4) Taxa média diária de juros, anualizada com base em 252 dias úteis. (5) As taxas de juros fixadas na 17ª reunião não entraram em vigor. (6) A partir de 2/01/98, as taxas de juros passaram a ser fixadas na expressão anual. Meta Selic Selic target TBAN TBAN % a.a. (1) (6) % p.a. (1) (6) % a.m. (2) (6) % p.m. (2) (6) 15,25 15,25 15,75 16,50 16,50 16,50 16,50 16,50 17,00 17,50 18,50 18,50 18,50 19,00 19,00 19,00 19,00 19,00 19,00 19,00 19,50 19,50 21,00 22,00 23,50 27,00 29,50 32,00 34,00 39,50 42,00 45,00 25,00 29,00 19,00 19,00 19,00 19,00 19,75 21,00 21,75 23,25 28,00 34,50 38,00 2,90 3,05 1,58 1,58 1,58 1,58 1,58 1,58 1,58 1,58 1,62 1,66 1,70 1,74 1,78 1,82 1,88 1,90 1,90 41,00 36,00 42,25 49,75 49,75 29,75 25,75 28,00 29,75 35,25 38,00 42,00 43,00 3,15 3,23 1,78 1,78 1,78 1,78 1,78 1,78 1,78 1,78 1,80 1,84 1,88 1,90 1,90 1,93 Taxa Selic Selic Rate % (3) % (3) % a.a. (4) % p.a. (4) 1,30 1,13 1,05 1,21 1,41 1,16 1,16 1,53 0,50 0,76 1,28 1,57 1,09 0,28 1,59 1,45 1,74 1,67 1,59 0,69 1,00 1,78 1,90 0,87 1,09 0,47 0,31 0,77 1,05 0,93 0,84 2,08 3,98 2,16 3,02 3,26 2,58 0,45 1,76 1,86 1,85 1,92 2,74 2,72 2,43 2,97 3,18 15,20 15,19 15,76 16,38 16,56 16,60 16,54 16,51 16,96 17,34 18,39 18,55 18,60 18,94 18,88 18,87 19,00 18,99 18,87 19,01 19,52 19,51 20,88 21,92 23,36 26,96 29,53 31,91 33,92 39,42 41,96 44,95 37,34 29,21 34,93 42,12 40,18 25,49 19,25 20,45 21,23 23,16 27,51 34,20 37,47 39,87 45,67 1,53 1,59 1,59 1,60 1,61 1,58 1,66 1,64 1,67 1,73 1,80 1,80 1,86 1,90 1,97 1,93 19,05 19,81 20,78 19,04 21,08 21,91 21,84 24,11 26,14 21,73 23,94 25,27 23,48 25,40 25,01 23,28 Source: Banco Central (BC) (1) During the period from July 1, 1996 to March 4, 1999, Copom established the TBC, and as from March 5, 1999, with the extinction of the latter, it began to disclose the target for the Selic rate for monetary policy purposes. (2) The TBAN was created on August 28, 1996 and extinguished on March 4, 1999. (3) Accumulated interest rate during the period. (4) Average daily interest rate, annualized based on 252 business days. (5) The interest rates defined during the 17th meeting did not come into effect. (6) As from January 2, 1998, the interest rates were stated on an annual basis. 151 Indicadores positivos, mas com margem de lucro menor Grande parte dos indicadores econômico-financeiros das companhias de capital aberto mostrou crescimento em 2006. O ativo total e o patrimônio líquido das 373 empresas consolidadas pela GRC VISÃO neste anuário avançaram, respectivamente, 24,0% e 23,2% frente a 2005. Esse resultado está relacionado a um aumento das emissões de ações, tanto primárias quanto secundárias. As primeiras subiram de R$ 4,4 bilhões em 2005 para R$ 14,2 bilhões em 2006, ao passo que as emissões secundárias passaram de R$ 6,6 bilhões para R$ 12,8 bilhões no mesmo período. A receita líquida dessas empresas, entretanto, não teve a mesma evolução. Com as vendas externas prejudicadas pela valorização da moeda nacional, o incremento real do faturamento em 2006 foi de apenas 2,2%, com reflexo direto sobre a desaceleração do lucro líquido neste ano. Most of the economic and financial indicators for listed companies rose in 2006. TheTotal Assets and Shareholders’ Equity of the 373 companies consolidated by GRC VISÃO in this Yearbook rose by 24.0% and 23.2% respectively compared to 2005. This upsurge is related to an increase in primary and secondary share issues, with the former rising by R$ 4.4 billion in 2005 to R$ 14.2 billion in 2006, while secondary issues increased from R$ 6.6 billion to R$ 12.8 billion over the same period. However, the net revenues brought in by these companies failed to keep pace. With foreign sales undermined by the rising value of the Brazilian Real, the real increase in revenues during 2006 reached only 2.2%, with direct effects on the decrease in growth of net profits posted for the year. Positive Indicators, But Leaner Profit Margins 152 Estatísticas Statistics Mercado interno garante crescimento de 2006 Outstanding performance in Year of Domestic Upswing Alexandre Fischer e Eric Sweet (*) grupo consolidado de empresas selecionadas para o Anuário Estatístico das Companhias Abertas 2007 mostrou, ao longo do ano passado, uma expansão em seus principais indicadores econômico-financeiros. O aumento em 2006 supera os ganhos verificados em 2005, em linha com a evolução mais intensa do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. O The consolidated group of companies selected for the 2007 Statistical Annuary of Publicly-traded Companies showed, throughout last year, an expansion in its main economic-financial indicators. The increase in 2006 surpasses the profits verified in 2005, aligned with the most intense development of the Brazilian Gross Domestic Product (GDP). O volume total de ativos das companhias abertas selecionadas para este Anuário apresentou alta de 18,24% em termos reais (descontada a inflação), superando o aumento de 5,27% no ano anterior. O patrimônio líquido das empresas também obteve uma evolução acima da apresentada em 2005, com alta de 19,50%, descontada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), contra um aumento de 11,61% registrado em 2005. The total volume of assets of the public companies selected for this yearbook presented high of 18.24% in actual terms (inflation deducted), surpassing the increase of 5.27% in the previous year. The equity of the companies also increased above that of 2005, with high of 19.50%, deducted by the IPCA (Amplified Consumer Price Index), against a registered increase of 11.61% in 2005. Esse desempenho positivo da economia e dos recursos das empresas não teve, entretanto, o mesmo reflexo na rentabilidade das companhias de capital aberto. Em 2004 houve um aumento de 6,16%, puxado tanto pelo crescimento interno quanto por vendas externas, num ano em que o PIB nacional cresceu 5,7%, e a média mundial foi de 5,3%, o maior valor até então registrado na série iniciada em 1980. The companies’ positive performance in economy and resources did not have, however, the same results in profitability for the publicly-traded companies. In 2004 there was a 6.16% increase, driven both by domestic growth as well as by foreign sales, year of national GIP growth of 5.7%, and world-wide average of 5.3%, the highest value ever registered since the series initiated in 1980. No ano seguinte, 2005, a receita destas empresas registrou um aumento real de 5,68%, a despeito do fraco desempenho da economia nacional (2,9%). Em 2006, a maioria dos indicadores apontaria para uma evolução expressiva da receita: o PIB brasileiro teve alta de 3,7%, a massa salarial interna – expressa pelo número de pessoas ocupadas multiplicado pelo rendimento médio do trabalho – atingiu aumento de 6,45% e o total das operações de crédito alcançou R$ 732.835 milhões, registrando crescimento de 20,8% sobre 2005. Contudo, a receita total da amostra de empresas teve um crescimento de apenas 2,15% em termos reais quando comparado ao patamar de 2005. The following year, 2005, those companies revenue registered a true increase of 5.68%, the spite of the weak performance of the national economy (2.9%). In 2006, most of the indicators would signal an expressive development in revenue: the Brazilian GIP was 3.7% higher, the domestic total payroll – expressed by the number of working people multiplied by the average work income – reached 6.45% increase and the sum of credit operations R$732,835 million registering 20.8% growth over 2005. However, the total revenue of the sample of the companies was only 2.15% up in actual values as compared to 2005. Neste sentido, parte da redução da arrecadação das empresas, verificada no ano passado, está relacionada a uma redução do valor em reais das vendas efetuadas para o exterior, In this aspect, part of the decrease in inflow for the companies last year is correlated to a lower sum in reais from exports; consequently the country loses the 153 Estatísticas Statistics e o país deixa de aproveitar todo o potencial de crescimento na esteira da expansão mundial. opportunity to use its potential growth along with that of the world-wide expansion. Por outro lado, a demanda interna, que em breve retrospecto do ano de 2006 foi a grande responsável pelo crescimento verificado da economia, também apresentou uma participação crescente de produtos importados. No ano passado, as exportações acumularam alta de 16,2%, ao passo que as importações aumentaram 24,2%. Foi a primeira vez desde a forte desvalorização do real em janeiro de 1999 que as importações observaram crescimento superior ao das exportações. Contudo, esse comportamento não comprometeu a formação de divisas externas, tendo o saldo comercial brasileiro, permanecido em alta, atingindo US$ 46 bilhões em 2006. On the other hand, the domestic demand, in a flashback of 2006, was the greatest contributor to the economic growth, and was also an active participant in importing goods. Last year, exports added up rise of 16.2%, versus 24.2% increase in imported products. It was the first time since the strong appreciation of the Real in January 1999 that imports outmatched exports. However, this behavior did not compromise the exchange value structure, as Brazilian commercial balance remained high, reaching US$ 46 billion in 2006. Para 2007, espera-se uma redução do saldo da balança comercial para US$ 44 bilhões, o que mostra uma evolução das importações novamente superior ao crescimento das exportações no período. A despeito da desaceleração do crescimento da receita total no ano passado, o grupo de companhias de capital aberto selecionadas para este Anuário mostrou incremento real frente a 2005 de 7,36% no lucro operacional, para R$ 135 bilhões, e 11,67% no lucro líquido, para R$ 118 bilhões, alta bem inferior aos 19,5% e 21,3%, respectivamente, observados no ano de 2005 frente à 2004. O desempenho em 2006 apontou uma evolução positiva da estrutura de custos, uma vez que aumentou a margem de retorno das empresas. Extrapolando os resultados da amostra selecionada para todo o rol de empresas de capital aberto brasileiras, acreditamos que este grupo tenha contribuído diretamente com 10,7% do total do valor agregado – PIB – na economia nacional ao longo do ano de 2006. UMA VISÃO SETORIAL O principal elemento de elevação da demanda no ano foi o crescimento da renda disponível e do crédito, com reflexo direto no desempenho dos setores de bens de consumo duráveis e bens de salário, respectivamente. A massa salarial – medida em relação ao rendimento médio do trabalho e ao número de pessoas ocupadas – cresceu 6,45% em 2006, o aumento mais significativo dos últimos 10 anos. Essa expansão foi ainda mais intensa no último semestre do ano, indicando um cenário positivo para 2007. Contribuindo para o aquecimento interno, o salário mínimo teve um aumento real de 13% entre 2005 e 2006 (considerando a média anual). O Plano Real, implementado 154 For 2007, one expects a decrease in trade balance to US$ 44 billion, again showing a development in imports superior to that of exports in the period. The spite of last years’ deceleration in growth on the total revenue, the group of publicly-traded companies selected for this Yearbook had an actual increment over 2005 of 7.36% in operational profit, to R$ 135 billion, and 11.67% in net profits, to R$ 118 billion, far below 19.5% and 21.3%, respectively, observed in 2005 over 2004. The performance in 2006 pointed to a positive evolution on the structure of costs, as it increased the margin of returns of the companies. Inferring from the results of the selected sample to all Brazilian publicly-traded companies, it is believed that this group has contributed directly with 10.7% to the total added value – the GIP – of the national economy throughout the year of 2006. A SECTORIAL VISION The main factor to raise demand during the year was the growth of the available income and credit, bearing direct consequence in the performance of the sectors of durable consumption goods and wage goods, respectively. The total payroll -as measured according to work average income and to the number of busy people - grew 6.45% in 2006, the most significant rise in the last 10 years. This expansion was still more intense in the last semester of the year, indicating a positive scenery for 2007. Contributing to the domestic upturn, the minimum wage had an actual increase of 13% between 2005 and 2006 (considering the annual average). The Real Plan, implemented in June 1994, provided a great increase in the workers’ purchase power, who started to consume a larger variety of products. Estatísticas em junho de 1994, proporcionou um grande aumento do poder de compra dos trabalhadores, que passaram a consumir uma variedade maior de produtos. Comparando a evolução do salário mínimo ao longo de todo o período do Plano Real em relação ao valor pago pela cesta básica no estado de São Paulo, observa-se a nítida melhora da capacidade de consumo das classes mais baixas. Enquanto o valor pago pelos bens de necessidade básica registrou uma redução real de 12,2% entre 1995 e 2006, o salário mínimo avançou 66,5%, também descontado da inflação. Como conseqüência, o valor da cesta básica, que no primeiro ano completo do real representava praticamente todo o valor do salário mínimo, passou, no ano passado, para 52,4% da remuneração mínima exigida por lei. Somente em 2006, a redução foi de 10 pontos percentuais em relação a 2005. Fonte: MTE, Dieese, IBGE. Elaboração: GRC VISÃO Esse excedente, gerado principalmente pela estabilização dos preços, permite o consumo de bens não básicos entre alimentos e bebidas. A oferta de crédito, possibilitada pela estabilidade econômica e conseqüente redução das taxas de juros, viabilizou o financiamento de produtos eletrodomésticos e eletrônicos por parte das populações de baixa renda. 156 Statistics Comparing the evolution of the minimum wage throughout the Real span in relation to the value paid for the primary goods in the state of São Paulo, it is easily observed an increment in consumption by the lower social classes. While the prices payed for the primary consumption goods registered a true reduction of 12.2% between 1995 and 2006, the minimum wage increased 66.5%, inflation already deducted. As consequence, the price paid for the primary goods, that in the first full year of the Real practically represented all the value of the minimum wage, represented last year, 52.4% of the minimum remuneration demanded by law. In 2006 alone, the reduction was of 10 percentage points in relation to 2005. This excess, generated mainly by prices stability, allows for the consumption of not primary goods in foods Source: MTE, Dieese, IBGE. By: GRC Visão and drinks. Credit offer, sustained by the economic stability and consequent reduction on interest rates, made possible the financing of electro household appliances and electronic products by the lower income populations. Commercial sales and the production of beverages, tobacco, electric and household appliances were outstanding As vendas no comércio e a produção de bebidas, fumo, materiais elétricos e eletrodomésticos se destacaram no ano passado, conforme dados do IBGE. As vendas no Atacado e no Varejo, segundo o Instituto, tiveram, em média, alta de 6,2%, resultado semelhante ao aumento verificado na receita (6,8%) das empresas que integram esse setor, o que demonstra a elevada representatividade da amostra selecionada em relação à economia. O lucro líquido, por sua vez, registrou uma redução de 14%. O segmento de bebidas registrou crescimento de 7,1% na produção física em 2006 frente à 2005, ao passo que a produção de fumo subiu 3,9%. Esse resultado é corroborado pelo desempenho do setor na Bovespa, que, a despeito da baixa representatividade numérica, obteve uma elevação real de 11,6% na receita e 21,6% no lucro operacional. A AmBev (classificada como holding na amostra) também apresentou um resultado significativo, com alta de 7,0% e 40,8% na receita e no lucro operacional, respectivamente. As vendas de cerveja no mercado brasileiro responderam por grande parte do avanço da rentabilidade da empresa no quarto trimestre do ano passado. last year, as data from IBGE (Brazilian Institute of Geography and Statistics). Wholesale and Retail had, according to IBGE, an average of 6.2% rise, a similar result to the increase in revenue (6.8%) of the companies that integrate this sector, what shows the high representativeness of the sample in the economy. The net profits, otherwise, registered a 14% reduction. The beverages segment recorded a growth of 7.1% in physical production in 2006 over 2005, whereas tobacco production went up 3.9%. This result is corroborated by the performance of the sector in the São Paulo Stock Exchange (Bovespa), that, the spite of low numerical representation, achieved an actual rise of 11.6% in revenue and 21.6% in operational profit. AmBev (classified as holding for the sample) also presented a significant result, with high of 7.0% and 40.8% in revenue and operational profit, respectively. Sales of beer in the Brazilian market responded for the great advance in profitability of the company in the fourth quarter of 2006. A agricultura, no mesmo sentido, também foi marcada por reduções da receita e do lucro. Sobre os produtos agrícolas pesaram de forma negativa as influências da gripe aviária na Europa, reduzindo a importação de frango brasileiro, e a febre aftosa no sul do país no ano de 2005, ainda refletindo sobre as vendas externas em 2006. Outro fator dessa queda foi a crise de renda dos grãos no ano passado, em contraste com o desempenho das lavouras permanentes, como cana, café e laranja. Atualmente, está em curso a recuperação da renda agrícola que deve ter impacto sobre setores como o de máquinas e equipamentos. Agriculture, likewise, was also marked by falls in revenue and profit. On the agricultural products befell the negative influences of the bird’s flu in Europe, reducing the importation of Brazilian poultry, and the hoof and mouth disease in the south of the country in 2005, still reflected on foreign sales in 2006. Another factor for the fall was the crisis in income from grains sale last year, in contrast with the performance of the permanent farmings, as sugar cane, coffee and orange. Currently, it is in course the recovery of the agricultural income that must cause an impact on sectors as machinery and equipment. Outro fator que contribuiu para o aquecimento interno em 2006 foi a expansão do crédito no mercado doméstico, influenciado pela redução da taxa de juros. O volume de financiamento para pessoa física subiu 25,5% frente a 2005 atingindo R$ 236,6 bilhões ao fim de 2006. Deste montante, R$ 74,2 bilhões foram créditos utilizados para a aquisição de bens, sendo R$ 63,5 bilhões para a compra de veículos por pessoas físicas. O crescimento do crédito tem favorecido bastante a indústria automobilística, onde cerca de 70% dos novos carros vendidos são financiados. Another factor to contribute to the domestic upswing in 2006 was the expansion of credit in the domestic market, influenced by the reduction on interest rates. The volume of financing for individuals went up 25.5% over 2005 reaching R$ 236.6 billion by the end of 2006. Out of this sum, R$ 74.2 billion were geared to purchasing of goods, R$ 63.5 billion for the purchase of vehicles by private person. Credit expansion has much favored the automotive industry, financing about 70% of all cars sold. Em 2006, as vendas de veículos no varejo aumentaram 17,05% na comparação com 2005. Esse percentual segue em expansão, e nos primeiros quatro meses de 2007, as vendas subiram 24,31% em relação ao mesmo período do ano anterior. Hoje, o tempo de espera por um novo veículo In 2006, retail sales of vehicles increased 17.05% as compared to 2005. This percentage is still growing, and in the first four months of 2007, sales went up 24.31% in relation to the same period of the previous year. Today, the waiting time for a new vehicle can be 157 Estatísticas Statistics pode passar de um mês em algumas concessionárias. A fábrica da Fiat, em Betim (MG), opera em plena capacidade e a empresa já estuda a reativação da fábrica da Argentina, abandonada há cerca de 5 anos, quando da crise no país vizinho. A maior demanda por veículos tem um efeito em cadeia muito importante para a indústria como um todo, pois afeta diretamente a produção siderúrgica, de plástico, de borracha e de máquinas e equipamentos, além de instituições ligadas aos setores de seguros e financiamentos. over one month in some car dealers. The Fiat factory in Betim (MG), is operating in full capacity and the company is already willing to reactivate the factory in Argentina, which was abandoned about five years ago, because of the crisis in the neighbor country. A greater demand for vehicles create a chain effect very important to the industry as a whole, because it affects directly the production of steel, plastic, rubber and machinery and equipment, as well as insurances and financings institutions . As empresas classificadas no setor de máquinas, equipamentos, veículos e peças apresentaram uma evolução real de 14,3% no patrimônio líquido e 43,8% no lucro operacional, apesar da redução de 1,3% na receita líquida, retirados os efeitos da inflação. De um modo geral, essas empresas enfrentam um forte aumento da concorrência externa, tanto no mercado internacional quanto doméstico. The companies under the machinery, equipment, vehicles and parts sector presented an actual evolution of 14.3% in equity and 43.8% in operational profit, in spite of 1.3% reduction in net revenue, inflation already computed. As a whole, these companies are facing a strong increase of foreign competition, both in international as well as in domestic markets. Na esteira do crédito e do aumento do poder de compra, a produção de materiais elétricos teve alta de 8,7%; os produtos eletrodomésticos da “linha branca” (refrigeradores, congeladores, fogões de cozinha, máquinas de lavar etc.) subiram 13,8%, e os da “linha marrom” (televisores, aparelhos de som, DVDs etc.) 11,3%. Following credit and higher purchase power, the production of electric materials increased 8.7%; the electric domestic appliances of the “white goods” line (fridges, freezers, kitchen stoves, washers, etc.)went up 13.8%, and of “brown goods” (television sets, sound equipment, DVDs, etc.) 11.3%. A siderurgia, que no ano passado teve sua produção reduzida em função da paralisação do principal auto-forno da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) no fim de janeiro, deslocou parte de suas vendas externas, prejudicadas pelas exportações da China e pelo câmbio, para o atendimento do mercado interno. Cerca de 40% da produção nacional é voltada para exportação. A desvalorização do real em relação ao dólar, aliado ao início da oferta chinesa do produto (país até então demandante), impactaram de forma significativa no faturamento dessas empresas, tendo reduzido em 2,7% a receita e em 22,4% o lucro líquido. The Steel industry, which had its production reduced last year due to the interruption of the main blast furnace of the National Steel Company (CSN) by the end of January, dislocated part of its external sales, harmed by China exports and by the exchange rate, to provide the domestic market. About 40% of the national production is geared toward exportation. The appreciation of the Real over the dollar, allied to the incipient Chinese supply of the product (up to then a demanding country), strongly hit the invoicing of those companies, reducing in 2.7% the revenue and in 22.4% the net profit. A concorrência externa também tem prejudicado diversas atividades produtivas. A produção têxtil e de vestuários é uma das mais afetadas pela valorização do real e pela oferta asiática. O grupo de empresas que compõem esse setor, listadas na Bolsa brasileira, apresentou uma queda de 18% no volume arrecadado e 78% no retorno do capital. Outro fator determinante do crescimento de 2006, que se estende para 2007, foi o bom desempenho da indústria extrativa mineral brasileira, liderado por uma das cinco principais empresas do país: a Vale do Rio Doce. Consolidado, o lucro líquido do setor extrativista se aproxima de R$ 14 bilhões, um aumento de 27,4% sobre 2005, auxiliado pelo aumento do preço do minério de ferro. 158 The foreign competition has also harmed several productive activities. Textiles and clothing production is one of the most affected by the appreciation of the Real and by the Asian supply. The group of companies that comprise this segment, listed in the Brazilian Stock Market, presented a fall of 18% in collected volume and 78% in capital returns. Another decisive factor for growth in 2006, extending through 2007, was the good performance of the Brazilian mineral extraction industry, headed by one of the five main companies of the country: Vale do Rio Doce. All together, the net profit for the mining sector Estatísticas A extração de óleo bruto de petróleo também foi destaque, e proporcionou à Petrobras o recorde de lucratividade de uma empresa latino-americana em toda a história. O resultado líquido da estatal brasileira foi de R$ 26 bilhões, 7,8% superior ao valor de 2005, descontada a inflação. Esse bom desempenho pode ser visto na evolução das exportações brasileiras de petróleo e derivados, que subiu 43,2% frente ao valor de 2005, em ano de forte aumento do preço da commodity no mercado internacional. Em agosto de 2006, o barril de petróleo negociado em Londres chegou a US$ 78,30; 32,8% acima do valor negociado no fim do ano anterior. O elevado custo da matéria-prima, ao mesmo tempo em que contribuiu para o resultado da Petrobras, foi fator determinante na redução do lucro das petroquímicas. Em oposição a um incremento de 2,8% na receita, o lucro líquido das empresas classificadas em petroquímica e borracha apresentou queda de 39,6%, impacto direto do maior valor pago pela nafta. CONCLUSÃO: O QUE ESPERAR DE 2007? No início de 2007, a revisão da metodologia do PIB, promovida pelo IBGE, colocou o Brasil mais próximo do investment grade, na medida em que melhorou os principais indicadores de solvência do país (calculados em relação ao PIB). Até o fim de maio, duas das três principais agências classificadoras de risco já haviam elevado a classificação do Brasil, ficando apenas a um passo de atingir o grau de investimento. A melhora da percepção externa acentuará essa dicotomia entre aumento do fluxo de capitais e valorização da moeda ao longo de 2007. No mercado interno, as bases que sustentaram o crescimento no ano passado (aumento do crédito e da renda) devem apresentar evolução semelhante neste ano. Igualmente, o desempenho do setor privado em 2006, expresso nos resultados das empresas de capital aberto, apontou uma evolução positiva da estrutura de custos, uma vez que aumentou a margem de retorno das empresas. Esse é um primeiro desenlace positivo que gera perspectivas otimistas: o aumento do retorno do acionista melhora a expectativa quanto à evolução do valor dos empreendimentos, se traduzindo em mais investimentos produtivos. Passados dois anos consecutivos de crescimento em torno de 3% ao ano, parece que a situação desenhada pelos analistas do mercado financeiro, expressa na 160 Statistics is close to R$ 14 billion, a 27.4% raise over that of 2005, much helped by the increase in the price of iron ore. Crude oil extraction was also outstanding, providing Petrobras the record in profitability of a Latin American company in all history. The net outcome of the stateowned company was of R$ 26 billion, 7.8% superior to the value of 2005, inflation deducted. Such good performance is shown by the increment of Brazilian exports of oil and oil derivatives, which went up 43.2% over the value of 2005, a year of high increase on the price of the commodity in the international market. In August 2006, a barrel of oil was negotiated in London for US$ 78.30; 32.8% over the price negotiated at the end of the previous year. The high cost in raw material, at the same time it contributed to Petrobras huge income, was also a leading factor to reduce petrochemicals’ profit. In opposition to an increment of 2.8% in revenue, the net profit of the companies classified under the petrochemical and rubber segment fell 39.6%, as a direct impact of the higher value paid for naphtha. CONCLUSION: WHAT TO EXPECT FOR 2007? At the beginning of 2007, the revision on GIP methodology, carried out by IBGE, placed Brazil closer to the investment grade, as the main solvency indicators of the country improved (calculated in relation to GIP). Until the end of May, two of the three main agencies that classify risks had already raised Brazil’s classification thus placing it only one step behind to achieve the degree of investment. As foreign perception improves, the dichotomy between the increase in the flow of capital and the appreciation of the currency will be stressed throughout 2007. In the domestic market, the foundations for last year’s growth, (credit and income increase) must present similar evolution throughout this year. Likewise, the performance of the private sector in 2006, expressed in the results of the publicly-traded companies, pointed to a positive evolution in the structure of costs, once it has increased the edge of returns of the companies. This is a first positive outcome that generates optimistic perspectives: the increase in shareholders’ returns improves the expectation as to the evolution of the value of the enterprises, as it brings in more productive investments. Estatísticas valorização do mercado acionário nacional, não estava superdimensionada. O Brasil vem mostrando expressiva redução na percepção de risco identificada pelos agentes econômicos, se traduzindo em queda dos juros e influxo de capitais. Analistas estão entusiasmados com o potencial de queda da taxa de juros: de fato, é uma oportunidade única. Nunca tivemos condições de reduzir tanto as taxas de juros quanto as que estamos observando ao longo de 2007, sem comprometer a estabilidade econômica. Sem dúvidas, seguir com o ritmo de redução dos juros é condição sine qua non para que o Brasil empreenda um ritmo mais expressivo de crescimento econômico. Da mesma forma, para que não se concretizasse essa continuidade de queda, teriam de acontecer mudanças muito bruscas no ambiente externo, não antevistas no médio prazo. Mas será que essa queda da taxa de juros, que pode chegar muito próxima a 10% nominal em 2007, trará crescimento vigoroso? Que motivo inibe apostas mais agressivas de desempenho do PIB nacional por parte dos mercados? Os mesmos motivos que restringiram o crescimento em 2006, período em que a taxa de juros caiu 5 pontos percentuais: A restrição de capacidade instalada é real. Comprometer-se com o crescimento econômico gera demandas e novas demandas vão, necessariamente, criar novos desafios. O setor privado está no limite da sua capacidade de financiar o setor público, considerando que a carga de impostos abocanha quase 40% do PIB. Statistics After two consecutive years of growth around 3% a year, it seems that the scenario as sketched by financial market experts, as it is shown in the expressive appreciation of the national stock market, was not oversized. Brazil has been showing substantial reduction in risks as identified by the economic agents, decrease in interest rates and capital inflow. Experts are enthusiastic about the potential of fall on interest rates: in fact, it is a unique chance. We were never able to go so low on interest rates as we are now witnessing in 2007, without compromising the economic stability. Undoubtedly, to keep up reducing interests is the sine qua non condition for Brazil to undertake a more intense step in economic growth. Likewise, to revert this trend, only if there are very abrupt changes in the foreign scenario, not foreseen on an average range. However, shall this fall on interest rates, that could get very close to a 10% face value in 2007, bring vigorous growth? That hinders more aggressive bets in performance of the national GIP by the markets? The same reasons that have restrained growth in 2006, when the interest rate fell 5 percentile points: THE RESTRICTION ON THE INSTALLED CAPACITY IS REAL. If to compromise with the economic growth generates demands, new demands will, necessarily, engender new challenges. The private sector is at the edge in its capacity to finance the public sector, when we consider that the tax burden eats up almost 40% of the GIP. Portanto, reduzir a carga tributária é fundamental. Outro ponto importante é a atrofia institucional. O Brasil falha em desenvolver instituições eficientes para lidar com a complexidade da economia e da sociedade. Therefore, to reduce the tax burden is mandatory. Another important aspect is the institutional atrophy BRAZIL FAILS IN DEVELOPING EFFICIENT INSTITUTIONS TO DEAL WITH ECONOMIC AND SOCIAL COMPLEXITIES Se o país crescer sem modificar os atuais padrões de produção e consumo, os impactos serão imensos, tanto no campo quanto na cidade, com repercussão negativa no ambiente econômico. Maiores salários irão gerar maiores demandas por bens acabados, alimentos, energia, transporte, habitação etc., pressionando as taxas de inflação e comprometendo a estabilidade. If the State develops without changing the current standards in production and consumption, impacts will be enormous, both inland as well as in the cities, with negative effects to the economic environment. Bigger wages will generate greater demands for finished goods, foods, energy, transport, housing, etc, pressuring inflation taxes and compromising stability. O que é possível fazer? Muito. Basta um projeto consistente e diligência na execução, dois pontos que ainda faltam ser identificados na estrutura do PAC. What is it possible to be done? Much, it is only necessary a consistent project and diligence in execution; two items still to be identified in the structure of PAC. (*) respectivamente, conselheiro e economista-chefe da GRC VISÃO. *respectively, counselor and chief-economist of GRC VISÃO 162 BRASIL: PRINCIPAIS INDICADORES MACROECONÔMICOS (1998-2007) Brazil: main economic indicators (1998 to 2007) Indicador / Indicator 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Proj. 2007 0,0% 0,3% 4,3% 1,3% 2,7% 1,1% 5,7% 2,9% 3,7% 4,3% -2,6% -1,9% 4,8% -0,6% 2,1% 1,3% 7,9% 2,2% 2,8% 3,6% Extrativa mineral Mineral extraction 3,8% -4,3% 8,9% 2,6% 11,7% 4,5% 4,7% 9,8% 6,2% 4,7% Construção Civil Civil construction 1,3% -2,9% 2,0% -1,9% -2,0% -3,2% 6,6% 1,2% 4,7% 4,1% -4,8% -1,9% 5,7% 0,9% 2,3% 1,6% 9,0% 1,1% 1,7% 2,9% 1,3% 0,6% 4,2% -6,2% 3,6% 4,0% 8,5% 5,0% 3,6% 4,0% 3,4% 6,5% 2,7% 6,1% 6,6% 5,8% 2,3% 1,0% 4,2% 5,1% 1,1% 1,2% 3,6% 1,9% 3,2% 0,8% 5,0% 3,4% 3,7% 4,5% -1,8% -2,2% 4,5% 0,1% -0,1% -0,4% 7,5% 3,5% 4,8% 5,3% 0,8% -3,9% 5,8% 2,4% 2,9% -3,2% 6,1% 4,3% 3,2% 3,8% 7,8% 13,5% 16,6% 5,4% 5,0% 4,4% 5,5% 4,4% 2,3% 2,7% -1,5% 0,3% 2,2% 1,2% 2,3% -4,8% 4,0% 6,5% 6,3% 5,9% 1,7% 1,7% 1,5% 8,9% 20,0% 28,9% 6,0% 9,8% 12,1% 7,7% 10,4% 11,9% 12,5% 26,4% 35,4% 9,3% 7,7% 6,3% 7,6% 12,1% 14,7% 5,7% 1,2% -1,0% 3,1% 3,8% 4,3% 3,4% 2,8% 2,4% R$ / US$ - fim de ano R$ / US$ - year end 1,21 1,79 1,96 2,32 3,53 2,89 2,65 2,34 2,14 1,87 R$ / US$ - média no ano R$ / US$ - average 1,16 1,81 1,83 2,35 2,93 3,07 2,93 2,42 2,18 1,94 SELIC Efetiva - fim do ano Effective SELIC rate - end of year 50,1% 19,0% 15,8% 19,1% 24,9% 16,4% 17,7% 18,1% 13,2% 11,3% SELIC Efetiva - média no ano Effective SELIC rate - average for year 46,2% 29,9% 17,6% 17,5% 19,1% 23,5% 16,2% 19,1% 15,3% 12,5% JURO REAL (Selic / IPCA) Real interest rate (Selic / IPCA) 43,8% 19,2% 11,0% 9,1% 5,9% 13,0% 8,0% 12,7% 11,8% 8,8% Contas nacionais / National accounts PIB Total Total GDP PIB Industrial Industrial GDP Indústria de transformação Manufacturing industry Serviços de utilidade pública Public utilities PIB Agropecuário Agriculture GDP PIB Serviços Services GDP Comércio Commerce Transporte Transports Comunicações Communications Instituições financeiras Financial institutions Índices de preços / Prices index IPCA IGP-DI IPA-DI Taxa de câmbio / Exchange rate Taxa de Juros / Interest rates Setor público / Public accounts Dívida Líquida Pública Consolidada Total (R$ bilhões) Net Public Debt (R$ billion) Dívida Líquida Pública Consolidada Total (% do PIB) Net Public Debt (% of GDP) 385,9 516,6 563,2 660,9 881,1 913,1 957,0 1.002,5 1.067,4 1.095,0 39,4% 48,5% 47,7% 50,8% 59,6% 53,7% 49,3% 46,7% 46,0% 45,2% Resultado Fiscal Primário (% do PIB) Primary Fiscal Result (% of GDP) 0,0% -2,9% -3,2% -3,4% -3,5% -3,9% -4,2% -4,4% -3,9% -3,8% Resultado Nominal (% do PIB - c/ câmbio) Nominal Fiscal Result (% of GDP- w/ exchange rate) 7,0% 5,3% 3,4% 3,3% 4,2% 4,6% 2,4% 3,0% 3,0% 2,9% Setor externo / Foreign accounts Balança Comercial (US$ bilhões) Trade balance (US$ billion) (6,6) (1,2) (0,7) 2,7 13,1 24,8 33,7 44,8 46,1 42,2 Transações Correntes (US$ bilhões) Current account (US$ billion) (33,4) (25,3) (24,2) (23,2) (7,6) 4,2 11,7 14,0 13,5 12,3 Investimento Estrangeiro Direto no País (US$ bilhões) Foreign Direct Investment in the country (US$ billion) 28,9 28,6 32,8 22,5 16,6 10,1 18,2 15,0 18,8 19,6 Fontes: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan Elaboração e Projeção: GRC VISÃO Sources: BACEN, IBGE, FGV, FIPE, MDIC, Tesouro Nacional, ANDIMA, JP Morgan By: GRC VISÃO 163 Estatísticas Statistics OS PRINCIPAIS NÚMEROS DAS COMPANHIAS ABERTAS EM 2006 Main results for public companies in 2006 2005 2006 (var, %) Consolidação dos dados da amostra (*) / Sample data consolidation (*) 373 Número de empresas analisadas Number of analysed companies Total de Receitas Líquidas (R$ bilhões) Total net revenues (R$ billion) 447,0 469,5 Crescimento real (%, deflator IPCA) Real growth (%, IPCA deflated) -5,4% 1,8% 1.869,92 2.318,35 23,98% Patrimônio Líquido Consolidado (R$ bilhões) Total equity (R$ billion) 559,09 688,85 23,21% Total de Lucros Acumulados (líquido, R$ bilhões) Total net profits 105,36 116,66 10,72% Margem Operacional (% sobre a receita líquida) Operational Margin (% over net revenues) 29,6% 30,2% Margem líquida (% sobre a receita líquida) Net margin (% over net revenues) 23,6% 24,8% Retorno sobre PL (%) Return on equities (ROE, %) 18,8% 16,9% Retorno sobre Ativos (%) Return on assets (ROA, %) 5,6% 5,0% Recolhimento tributário total (R$ bilhões) Total tax burden (R$ billion) 43,1 59,0 9,41% 10,69% Ativo Total (R$ bilhões) Total assets (R$ billion) Participação no Produto Interno Bruto (PIB, %) Contribution to Gross Domestic Product (GDP, %) 5,02% 36,98% (*) Os dados de 2005 foram consolidados com base na amostra de 373 empresas de 2006. (*) 2005 data were consolidated based on the sample of 373 companies in 2006. 2005 2006 (var, %) Geração de empregos (**) / Jobs supplied (**) Empregos Diretos Direct jobs 1.407.468 Empregos Indiretos Indirect jobs 5.572.572 84,87% Representatividade da amostra (% do Ativo Total) Sample representativeness (% of total assets) (**) Números de empregos por setores economicos estão na página 166 (**) Number of jobs for each economic sectors are on page 166 2005 2006 (var, %) Informações sobre o mercado de capitais / Capital markets information Volume de recursos captados (R$ bilhões) Total Fund Raised (R$ billion) Emissões primárias de ações Primary stocks launch 4,4 14,2 225,77% Emissões secundárias de ações Secundary stocks launch 6,6 12,8 92,34% Emissões de debêntures* Private bonds launch 41,5 69,5 67,47% Emissões externas (US$ billion) Total external fund raised (USD billion) 8,7 14,3 63,55% Número de empresas listadas na Bovespa Number of Bovespa’s listed companies 343 350 2,04% 1128,50 1544,95 36,90% 3,29 4,41 34,16% 23,1% 30,1% 1.604,90 2.425,11 Valor de mercado total das empresas (R$ Bilhões) Total market capitalization (R$ billion) Valor de mercado médio das empresas (R$ bilhões) Average company’s market capitalization (R$ billion) Variação real (%, deflator IPCA) Real growth (%, IPCA deflated) Volume médio diário transacionado na Bovespa (R$ milhões) Average Bovespa’s volume negotiation (R$ million) 164 51,11% Estatísticas Statistics EMPREGOS GERADOS PELAS COMPANHIAS ABERTAS Jobs supplied by the Public Companies Representatividade da amostra (% do ativo total) Sample representativeness Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail 99,95% Indústria / Industry Emprego / Jobs Direto / Direct jobs Indireto / Indirect jobs 101.293 18.173 101.293 18.173 Fator (BNDES)* Factor (BNDES)* 0,179 559.602 4.393.228 Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) 78,67% 9.154 3.524 0,385 Alimentos Foodstuffs 88,10% 114.244 1.239.709 10,851 Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco 100,00% 8.200 27.067 3,301 Extração Mineral Mineral Extraction 99,76% 63.993 60.636 0,948 Gráficas e Editoras Printing and Publishing 94,96% 1.160 2.615 2,255 Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts 92,51% 79.207 119.656 1,511 Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel 69,61% 85.632 1.055.415 12,325 Papel e Celulose Paper and Pulp 81,45% 21.185 47.764 2,255 Petróleo e Gás Oil and Gas 100,00% 66.019 1.276.595 19,337 Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber 91,63% 11.813 228.425 19,337 Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing 62,93% 98.995 331.822 3,352 Serviços / Services 200.129 487.802 Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials 74,91% 15.650 9.411 0,601 Energia Elétrica Electric Energy 78,85% 67.074 180.057 2,684 Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism 65,17% 2.153 5.780 2,684 Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 100,00% 38.072 102.202 2,684 Telecomunicações Telecommunications 91,89% 69.733 187.305 2,686 Transporte e Logística Transport and Logistics 59,94% 7.447 3.047 0,409 Finanças / Finance 546.444 673.368 Bancos Banks 89,35% 304.878 466.284 1,529 Empresas de Participações Holdings 68,64% 226.787 184.481 0,813 Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers 36,02% 14.779 22.603 1,529 1.407.468 5.572.572 Total / Total (*) O fator BNDES é uma estimativa de quantos empregos indiretos geram um emprego direto nos diversos setores econômicos. (*) BNDES factor is an estimate of how many indirect jobs are generated for each direct job in different economic sectors. 166 Considerações metodológicas Methodological considerations COMO CONSULTAR AS TABELAS HOW TO CONSULT THE TABLES O Anuário Estatístico das Companhias Abertas visa detalhar, em termos contábeis e financeiros, o comportamento mais significativo dos setores e subsetores da economia brasileira, considerando as empresas de capital aberto listadas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e com ações cotadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). The purpose of the Statistical Annuary of Public Companies is to detail, in accounting and financial terms, the most significant behavior of the sectors and sub-sectors of the Brazilian economy,considering the publicly traded companies listed in the Brazilian Securities Commission (CVM),and with shares quoted on São Paulo Stock Exchange (Bovespa). As informações foram obtidas das Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFP) divulgadas anualmente à CVM, conforme a Instrução nº 202 de 06 de dezembro de 1993, instrução que também dispõe sobre o registro das companhias abertas para a negociação de seus valores em Bolsa de Valores. Salientase que o registro na CVM não implica qualquer apreciação sobre a companhia, sendo que a veracidade e atualização das informações prestadas é de responsabilidade de seus administradores. As informações consolidadas pela GRC VISÃO neste Anuário foram consultadas na Economática, banco de dados que replica informações divulgadas pela CVM, e nas fontes de acesso público. O balanço de 2006 foi enviado para as empresas aqui listadas, que confirmaram ou alteraram os valores. No total, aproximadamente, um terço das empresas enviou suas respostas. Foram selecionadas todas as empresas presentes na Bovespa em abril de 2007, totalizando 373 companhias. As empresas são listadas por seu nome comercial e agrupadas setorialmente, conforme classificação divulgada pela CVM. As informações sobre as empresas individualmente foram dispostas em valores correntes (em milhares de reais) para os anos de 2006 e 2005. As informações de evolução histórica (1998 a 2006) foram consolidadas para os setores e calculadas em valores reais de 2006, deflacionada pelo índice do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). The data was retrieved from the Standardized Financial Statements (DFP) which are annually handed in to CVM, according to Instruction 202, dated December 6, 1993. This instruction also regulates the registration of the publicly-traded companies for trading their stocks on Stock Exchanges. It should be stressed that registration at CVM does not imply any appreciation of the company, as the veracity and updating of the information provided are under the responsibility of the companies’ managers. All the information consolidated by GRC Visão in this yearbook was taken from Economática, a bank data that reproduces data disclosed by CVM, and from publicly available sources. The balance of 2006 was sent to the companies listed here, which confirmed or altered the values. Overall, approximately one third of the companies answered back. All the companies listed in Bovespa in April 2007 were selected, totaling 373. The companies are listed by their commercial name and grouped by sectors, according to classification published by CVM. Individually information on the company was provided in current values ( in thousands of reais). The historic data (1998 to 2006) was consolidated for sectors and expressed in fair values of 2006, deflated by IPCA index (Amplified Consumer Price Index),published by Brazilian Institute of Geography and Statistics (IBGE). As informações contidas neste Anuário foram consolidadas até o dia 30 de maio de 2007. As empresas que não possuem informações para o ano de 2006, não divulgaram suas demonstrações financeiras até esta data, nem entraram em contato com a equipe realizadora da publicação. Conforme exigência da CVM, as empresas deveriam informar o resultado de 2006, até o dia 31 de maio de 2007. The data for this yearbook was consolidated by May 30, 2007. Companies which do not hold information for 2006, neither displayed their financial statements up to this date, nor got in touch with the staff in charge of this yearbook. As demanded by CVM, the companies should inform the outcome of 2006, up to May 31th, 2007. DESCRIÇÃO DOS INDICADORES E CONTAS UTILIZADOS NAS TABELAS DESCRIPTION OF THE INDICATORS AND ACCOUNTS USED IN THE TABLES Ativo Total – Valor declarado no Balanço Patrimonial. Total Assets – Amount stated in the Balance Sheet. Patrimônio Líquido – Valor Declarado no Balanço Patrimonial. Shareholder’ Equity – Amount stated in the Balance Sheet. 167 Estatísticas Statistics Receita Líquida – Receita Bruta excluindo-se deduções como devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas. Net Revenue – Gross revenue excluding deductions as returns, discounts, and taxes on sales. Lucro / Prejuízo Operacional – Valor declarado na Demonstração de Resultado. Operating Profit/ Loss – Amount stated in the Income Statement. Lucro / Prejuízo Líquido – Valor declarado na Demonstração de Resultado após impostos e juros sobre capital próprio. Net Income/ Loss – amount stated in the Income Statement after deduction of taxes and interests on equity. Endividamento Total – AtivoTotal (menos) Patrimônio Líquido. Total Indebtedness – Total assets (minus) shareholder’ equity. Capital de Giro – Ativo Circulante (menos) Passivo Circulante. Working Capital – Current Assets (minus) Current Liabilities. Giro do Ativo – Receita Líquida operacional (dividido por) Ativo Total. No caso do grupo “bancos”, o cálculo é feito em relação a Receita Intermediação Financeira. Asset Turnover – Operational Net Revenue ( divided by) Total Assets. If for bank sector, it is calculated by the Intermediation Revenue. Grau de Endividamento – Endividamento Total (dividido por) Patrimônio Líquido. Debt-to-equity ratio – Total Indebtedness (divided by) shareholders’ equity. Variação Real (%) – Trata-se da taxa de variação de cada um dos indicadores, levando-se em conta a taxa de inflação (medida pelo IPCA) de 3,14% em 2006. Este valor foi calculado de forma que variações positivas indicam melhoras no resultado da empresa, mesmo quando existem dois valores negativos, ou um negativo em 2005 seguido por um valor positivo. Por exemplo, caso a empresa registre um prejuízo em 2005 e, se esse prejuízo reduzir em 2006, a taxa de variação será positiva, indicando que o prejuízo diminuiu, ou seja, houve uma melhora no resultado da empresa. Da mesma forma, variações negativas devem ser lidas como uma redução daquele indicador. Vale lembrar que sobre o valor de 2005 incide a inflação verificada no ano passado, de forma que em pequenos ganhos nominais pode haver variação negativa, em função da correção aplicada. A variação real em 2006 para o acumulado de cada setor desconsidera as empresas que não divulgaram suas informações contábeis. Trata-se, portanto, da variação real da média de cada variável, considerando somente as empresas que apresentam valores para 2005 e 2006. Real Variation (%) – is a rate of variation for each indicator, taking into account the rate of inflation (measured by IPCA) of 3.14% in 2006. This value was calculated so that positive variations indicate improvement in the company’s outcome even if there are two negative values, or one negative in 2005 followed by a positive one. For instance, if the company recorded loss in 2005, and if this loss decreased in 2006, the variation rate will be positive, indicating a smaller loss, that is, there has been an improvement for the company. Likewise, negative variations must be interpreted as a reduction on that indicator. It is worth noting that over the value of 2005 incurs last year inflation, so that there may be negative variation on small face values gains, due to the restatement applied. The actual variation in 2006 for the accrued figures of each sector ignores the companies that did not published their financial reports. Therefore, it deals with the actual variation of the average of each variable, considering only those companies which presented figures for 2005 and 2006. Receita da Intermediação Financeira – Valor declarado na Demonstração de Resultado. Alavancagem – Endividamento Total (dividido por) Patrimônio Líquido. Intermediation Revenue – amount stated in the Income Statement. Leverage – Total Indebtedness (divided by) Shareholders’ equity Depósitos Totais – Depósitos à vista (mais) Depósitos de Poupança (mais) Depósitos Interfinanceiros (mais) Depósitos a Prazo. Total Deposits – Demand deposits (plus) Savings deposits (plus) Interfinancial deposits (plus) Notice Account deposits. Crédito Total – Operações de Crédito de Curto Prazo (mais) Operações de Arrendamento Mercantil a Curto Prazo (mais) Outros Créditos de Curto Prazo. Total Credit – short term Credit Operations (plus) short term Leasing Operations(plus) short terms Other Credit. Investments – Subsidy Investments and others. Investimentos – Investimento em Subsídios e Outros. TABLES OF HISTORICAL SERIES OF THE SECTORS TABELAS DAS SÉRIES HISTÓRICAS SETORIAIS As tabelas para as séries históricas de indicadores, como o ativo total, de cada subsetor foram calculadas com base na média, isto é, dividindo-se o somatório do indicador, pela quantidade de empresas declarantes em cada ano. Esse valor foi trazido a valores reais de 2006, levando-se em conta a taxa acumulada de inflação medida pelo IPCA. 168 The tables for the historical series of indicators , as the total assets, of each sub-sector were calculated based on the average, that is, dividing the sum of the indicator by the number of the companies returning data each year. This value was put into 2006 actual values, taking into account the accrued inflation rate, as measured by the IPCA. CODCVM Denominação Social Denominação Comercial CVM Code Company Name Trade Name 016330 020206 002658 005380 000108 019313 016527 018350 018104 020150 019437 020664 004707 003891 009954 001384 012823 017450 010456 018066 000922 017280 018112 020028 016195 003050 020214 018961 000434 003964 015881 000574 012238 011975 000701 001198 020567 020680 016985 001120 001155 008176 001171 001210 001520 015458 001562 019348 020656 001104 001686 001694 019305 017760 012190 019909 000906 018724 020265 001023 020354 017680 011312 020036 004820 001970 014206 002038 002909 002062 020486 002100 013722 016861 521 PARTICIPAÇÕES S/A. ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO S/A. ACESITA S/A AÇO ALTONA AÇOS VILLARES S/A AES ELPA S/A AES SUL DISTRIB. GAÚCHA DE ENERGIA S/A AES TIETÊ S/A AETATIS SECURITIZADORA S/A AFLUENTE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA S/A ANDRADE GUTIERREZ CONCESSÕES S/A AGRA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A CONSORCIO ALFA DE ADMINISTRAÇÃO S/A FINANCEIRA ALFA S/A - CRÉD FINANC INVS ALFA HOLDINGS S/A BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S/A SIDERÚRGICA J L ALIPERTI S/A ALL AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S/A SÃO PAULO ALPARGATAS S/A ALTERE SECURITIZADORA S/A BANCO DA AMAZÔNIA S/A AMAZÔNIA CELULAR S/A COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV AMERICAN BANKNOTE S/A AMERICEL S/A AMPLA ENERGIA E SERVIÇOS S/A AMPLA INVESTIMENTOS E SERVIÇOS S/A ANHANGUERA EDUCACIONAL PARTICIPAÇÕES S/A ARACRUZ CELULOSE S/A ARCELOR BRASIL S/A INDÚSTRIAS ARTEB S/A ARTHUR LANGE S/A INDÚSTRIA E COMÉCIO AVIPAL S/A - AVICULTURA E AGOPECUÁRIA AZEVEDO & TRAVASSOS S/A BAHEMA S/A BANCO DO ESTADO DO PIAUÍ S.A. BANCO PINE S/A BANCO SOFISA S/A CIA BANDEIRANTES DE ARMAZENS GERAIS BANCO DO ESTADO DE SERGIPE S/A BANESTES S/A BANCO ESTADO ESPÍRITO SANTO BANEX S/A- CRÉDITO FINANCIAMENTO E INVES BANCO DO ESTADO DO PARÁ S/A BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL S/A BARDELLA S/A INDS MECÂNICAS BATTISTELLA ADM E PARTIC S/A - APABA BAUMER S/A BANCO ITAÚ HOLDING FINANCEIRA S/A BEMATECH INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS S/A BCO EST SANTA CATARINA S/A BICICLETAS CALOI S/A BICICLETAS MONARK S/A BIOMM S/A BLUE TREE HOTELS & RESORTS DO BRASIL S/A BOMBRIL S/A BR MALLS PARTICIPAÇÕES S/A BANCO BRADESCO S.A. BRADESPAR S/A BRASCAN RESIDENTIAL PROPERTIES S/A BANCO DO BRASIL S/A BRASIL ECODIESEL IND. E COM. DE BIOCOMBUSTIVEIS E ÓLEOSVEGETAIS S/A. BRASIL TELECOM PARTICIPAÇÕES S/A BRASIL TELECOM S/A BRASILAGRO CIA BRAS PROPRIEDADES AGRÍCOLAS BRASKEM S/A BRASMOTOR S/A BRB-BANCO DE BRASÍLIA S/A BUETTNER S/A - INDÚSTRIA CIA CACIQUE CAFÉ SOLÚVEL CAFÉ SOLÚVEL BRASÍLIA S/A CAMARGO CORREA DESENVOLVIMENTO IMOBILIÁRIO S/A CAMBUCI S/A CARAÍBA METAIS S/A CIA CAT. DE ÁGUAS E SANEAMENTO - CASAN 521 PARTICIPAÇÕES ABYARA ACESITA AÇO ALTONA AÇOS VILLARES AES ELPA AES SUL DIST ENERG AES TIETE AETATIS PART AFLUENTE AG CONCESSÕES AGRA INCORP ALFA CONSORCIO ALFA FINANCEIRA ALFA HOLDING ALFA INVESTIMENTOS ALIPERTI ALL AMÉRICA LATINA ALPARGATAS ALTERE SECURITIZADO AMAZÔNIA AMAZÔNIA CELULAR AMBEV AMERICAN BANKNOTE AMERICEL AMPLA ENERG AMPLA INVEST ANHANGUERA ARACRUZ ARCELOR BR ARTEB ARTHUR LANGE AVIPAL AZEVEDO BAHEMA BANCO ESTADO PIAUÍ BANCO PINE BANCO SOFISA BANDEIRANTES ARMAZE BANESE BANESTES BANEX BANPARA BANRISUL BARDELLA BATTISTELLA BAUMER BCO ITAÚ HOLD FINAN BEMATECH BESC BIC CALOI BIC MONARK BIOMM BLUE TREE BOMBRIL BR MALLS PART BRADESCO BRADESPAR BRASCAN RES PROPERT BRASIL BRASIL ECODIESEL BRASIL T PAR BRASIL TELECOM BRASILAGRO BRASKEM BRASMOTOR BRB BANCO BRASÍLIA BUETTNER CACIQUE CAFÉ BRASÍLIA CAMARGO DES IMOB CAMBUCI CARAÍBA METAIS CASAN UF State RJ SP MG SC SP SP RS SP SP BA MG PR SP SP SP SP SP PR SP SP PA PA SP RJ DF RJ RJ SP ES MG SP RS RS SP SP PI SP SP SP SE ES SP PA RS SP PR SP SP RS SC SP SP MG SP SP RJ SP SP RJ DF RJ DF DF SP BA SP DF SC PR RJ SP BA BA SC 169 Estatísticas Statistics CODCVM Denominação Social Denominação Comercial CVM Code Company Name Trade Name 013315 018821 014451 003077 020648 003204 016616 002461 002445 002402 018309 014362 002429 016608 014605 013854 002453 020184 020168 020176 002577 002488 014761 006513 014818 004448 014524 014869 015636 019046 004650 004723 004758 019100 019445 014311 014044 004863 019836 018139 003158 018660 020630 020044 012181 014460 019623 020095 005150 009342 020052 014931 003182 003174 005207 005258 018597 005274 002763 004359 017485 002437 014176 005479 016993 020087 017647 016497 019763 015253 020010 008427 005762 005770 COMPANHIA BRASILEIRA DE CARTUCHOS - CBC COMPANHIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS CIA. ENERGÉTICA DE BRASÍLIA CIA FIAÇÃO TECIDOS CEDRO CACHOEIRA CIA ESTADUAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - CEEE-D CIA ESTADUAL GER.TRANSM. ENERGIA ELÉTRICA - CEEE-GT CIA. DISTRIB. DE GÁS DO RIO DE JANEIRO CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S/A COMPANHIA ENERGÉTICA DE GOIÁS - CELG CELM CIA EQUIP LABS MODERNOS CENTRAIS ELÉTRICAS DO PARÁ S.A.- CELPA CIA ENERGÉTICA DE PERNAMBUCO - CELPE CELULOSE IRANI S/A COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO - CEMAR CENTRAIS ELÉTRICAS MATOGROSSENSES S/A CEMEPE INVESTIMENTOS S/A CIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS - CEMIG CENTENNIAL ASSET PARTICIPAÇÕES AMAPÁ S/A CENTENNIAL ASSET PARTIP. CORUMBÁ S/A CENTENNIAL ASSET PARTICIPAÇÕES MINAS-RIO S/A CESP - COMPANHIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO CERÂMICA CHIARELLI S/A CIA HERING CIMOB PARTICIPAÇÕES S/A CIMS S/A COBRASMA SA CIA ELETRICIDADE ESTADUAL DA BAHIA - COELBA CIA ENERG CEARÁ - COELCE COMPANHIA DE GÁS DE SÃO PAULO - COMGÁS COMPANY S/A CONFAB INDUSTRIAL S/A CONST ADOLPHO LINDENBERG S/A CONSTRUTORA BETER S/A CONTAX PARTICIPAÇÕES S/A CIA SANEAMENTO DE MINAS GERAIS - COPASA MG CIA. PARANAENSE DE ENERGIA - COPEL COPESUL - COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL CORREA RIBEIRO S/A COMÉRCIO E INDÚSTRIA COSAN S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO CIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN CIA TECIDOS NORTE DE MINAS - COTEMINAS CPFL ENERGIA S/A CR2 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S/A CSU CARDSYSTEM S/A CTM CITRUS S/A BRAZIL REALTY S/A EMPRS E PARTS DIAGNÓSTICOS DA AMÉRICA S/A DATASUL S/A DHB INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A DIMED S/A DISTRIBUIDORA DE MEDICAMENTOS DINÂMICA ENERGIA S/A DIXIE TOGA S/A DOCAS INVESTIMENTOS S/A CIA DOCAS DE IMBITUBA DOHLER S/A DROGASIL S/A DTCOM - DIRECT TO COMPANY S/A DURATEX S/A COMPANHIA ELDORADO DE HOTÉIS ELEKEIROZ S/A ELEKTRO ELETRICIDADE E SERVIÇOS S/A CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S/A ELETROPAULO METROPOLITANA EL.S.PAULO S/A ELUMA S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO EMAE-EMPRESA METROPOLITANA ÁGUAS ENERGIA S/A EMBRAER - EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S/A EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S/A EMPRESA NACIONAL COM REDITO E PART. S/A ENCORPAR EDB - ENERGIAS DO BRASIL S/A ENERGISA S/A EQUATORIAL ENERGIA S/A MANUF BRINQS ESTRELA S/A ETERNIT S/A EUCATEX S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO CBC CARTUCHO CCR RODOVIAS CEB CEDRO CEEE-D CEEE-GT CEG CELESC CELG CELM CELPA CELPE CELULOSE IRANI CEMAR CEMAT CEMEPE CEMIG CENT AMAPÁ CENT CORUMBÁ CENT MIN-RIO CESP CHIARELLI CIA HERING CIMOB PARTIC CIMS COBRASMA COELBA COELCE COMGAS COMPANY CONFAB CONST ADOLPHO LINDE CONST BETER CONTAX COPASA MG COPEL COPESUL CORREA RIBEIRO COSAN COSERN COTEMINAS CPFL ENERGIA CR2 EMPREEND IMOBIL CSU CARDSYSTEM CTM CITRUS CYRELA REALTY DASA DATASUL DHB DIMED DINÂMICA ENE DIXIE TOGA DOCAS DOCAS IMBITUBA DOHLER DROGASIL DTCOM DIRECT DURATEX ELDORADO ELEKEIROZ ELEKTRO ELETROBRÁS ELETROPAULO METROPO ELUMA EMAE EMBRAER EMBRATEL PART ENCORPAR ENERGIAS BR ENERGISA EQUATORIAL ESTRELA ETERNIT EUCATEX 170 UF State SP SP DF MG RJ RS RJ SC GO SP PA PE RS MA MT RJ MG RJ RJ RJ SP SP SC SP RJ SP BA CE SP SP SP SP SP RJ MG PR RS BA SP RN MG SP ES SP SP SP SP SP RS RS RJ SP RJ SC SC SP PR SP SP BA SP DF SP SP SP SP RJ MG MG RJ MA SP SP SP CODCVM Denominação Social Denominação Comercial CVM Code Company Name Trade Name 020524 001570 004138 005827 003069 013366 015369 006017 006076 006173 014028 006211 016101 006378 018031 018368 003980 008656 006505 019569 016632 006815 006572 004537 019615 015695 004669 020117 003298 006629 020621 015377 006700 018414 003336 020494 003395 007510 007595 016730 015423 006041 011932 005193 002860 009997 015865 007617 012530 012319 020575 020605 007811 013285 004146 007870 012653 012653 008672 012262 007978 003603 017442 019879 015784 008060 004774 019739 008087 008117 008133 020370 020060 020338 EVEN CONSTRUTORA E INCORPORADORA S/A EXCELSIOR ALIMENTOS S/A CIA TÊXTIL FERREIRA GUIMARÃES FABRICA TECIDOS CARLOS RENAUX S/A CIA FERRO LIGAS BAHIA - FERBASA HAGA S/A INDÚSTRIA E COMÉRCIO FERROVIA CENTRO-ATLÂNTICA S/A FIBAM COMPANHIA INDUSTRIAL FINANSINOS S/A - CRÉDITO, FINAN. E INVEST. FORJAS TAURUS S/A FERTILIZANTES FOSFATADOS S/A -FOSFERTIL FRAS-LE S/A GAFISA S/A GAZOLA S/A INDÚSTRIA METALÚRGICA GEODEX COMMUNICATIONS S/A DUKE ENERGY INT. GER. PARANAPANEMA S/A GERDAU S/A METALÚRGICA GERDAU S/A GLOBEX UTILIDADES S/A GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S/A GPC PARTICIPAÇÕES S/A GRADIENTE ELETRÔNICA S/A GRANOLEO S/A C.I. SEMENTES OLEAG DERIV GRAZZIOTIN S/A GRENDENE S/A GRUCAI PARTICIPAÇÕES S/A GUARARAPES CONFECÇÕES S/A GVT (HOLDING) S/A CIA HABITASUL DE PARTICIPAÇÕES HÉRCULES S/A FÁBRICA DE TALHERES FERTILIZANTES HERINGER S/A HOPI HARI S/A HOTÉIS OTHON S/A IDEIASNET S/A CIA. IGUAÇU DE CAFÉ SOLÚVEL IGUATEMI EMPRESA DE SHOPPING CENTERS S/A COMPANHIA INDUSTRIAL CATAGUASES INDÚSTRIAS ROMI S/A INEPAR S/A IND E CONSTRUÇÕES INEPAR ENERGIA S/A INEPAR TELECOMUNICAÇÕES S/A INVESTIMENTOS BEMGE S/A IOCHPE-MAXION S/A DISTRIBUIDORA PROD. DE PETRÓLEO IPIRANGA S/A CIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA REFINARIA DE PETRÓLEO IPIRANGA S/A ITAITINGA PARTICIPAÇÕES S/A ITAUSA - INVESTIMENTOS ITAÚ S/A ITAUTEC S/A-GRUPO ITAUTEC INDÚSTRIAS J B DUARTE S/A JBS S/A JHSF PARTICIPAÇÕES S/A JOÃO FORTES ENGENHARIA S/A JOSAPAR- JOAQUIM OLIVEIRA S/A PARTICIPAC KARSTEN S/A KEPLER WEBER S/A KLABIN S/A KLABIN SEGALL S/A LA FONTE PARTICIPAÇÕES S/A LA FONTE TELECOM S/A LARK S/A MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS CIA LECO DE PRODS ALIMENTÍCIOS LF TEL S/A LIGHT S.A. LIGHT PARTICIPAÇÕES S/A LIVRARIA DO GLOBO S/A CONSTRUTORA LIX DA CUNHA S/A LOCALIZA RENT A CAR S/A LOJAS AMERICANAS S/A LOJAS HERING S/A LOJAS RENNER S/A LOPES BRASIL - CONSULTORIA DE IMÓVEIS S/A LUPATECH S/A M DIAS BRANCO S/A - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS EVEN EXCELSIOR F GUIMARÃES FAB C RENAUX FERBASA FERRAGENS HAGA FERROVIA CENTRO ATL FIBAM FINANSINOS FORJAS TAURUS FOSFERTIL FRAS-LE GAFISA GAZOLA GEODEX GERA PARANAPANEMA GERDAU GERDAU MET GLOBEX GOL GPC PARTICIPAÇÕES GRADIENTE GRANOLEO GRAZZIOTIN GRENDENE GRUCAI GUARARAPES GVT HOLDING HABITASUL HERCULES HERINGER HOPI HARI HOTÉIS OTHON IDEIASNET IGUAÇU CAFÉ IGUATEMI SHOPPINGS INDS CATAGUASES INDS ROMI INEPAR CONSTRUÇÕES INEPAR ENERGIA INEPAR TELECOM INVESTIMENTOS BEMGE IOCHP-MAXION IPIRANGA DIST IPIRANGA PET IPIRANGA REF ITAITINGA ITAUSA ITAUTEC J B DUARTE JBS JHSF JOÃO FORTES JOSAPAR KARSTEN KEPLER WEBER KLABIN KLABIN SEGALL LA FONTE PARTICIPAC LA FONTE TELECOM LARK MAQUINAS LECO LF TEL LIGHT LIGHTPAR LIVRARIA GLOBO LIX DA CUNHA LOCALIZA LOJ AMERICANAS LOJAS HERING LOJAS RENNER LOPES BRASIL LUPATECH M DIAS BRANCO UF State SP RS RJ SC BA RJ MG SP SP RS MG RS SP RS SP SP RJ RS RJ SP RJ AM RS RS CE SP RN PR RS RS SP SP RJ RJ PR SP MG SP RJ PR PR SP SP RS RJ RS SP SP AM SP SP SP RJ RS SC RS SP SP SP SP SP SP SP RJ RJ RS SP MG RJ SC RS SP RS CE 171 Estatísticas Statistics CODCVM Denominação Social Denominação Comercial CVM Code Company Name Trade Name 014559 008311 008397 008451 008486 020273 003654 014532 004782 001325 001309 008540 008648 008605 008575 020613 008753 007447 011398 008818 013765 017914 008893 005312 009040 019550 015539 014621 001228 009083 019828 004693 020125 019771 000094 014826 018708 009393 012580 020478 016292 009512 013994 009989 013412 014494 009539 013471 009687 013447 016659 013773 020362 020346 009784 014109 018279 012572 003190 019658 017752 012840 016535 013439 020451 016306 014443 018848 012980 018627 012696 020532 004081 014516 M&G POLIÉSTER S/A MAGNESITA S/A MANGELS INDUSTRIAL S/A MARCOPOLO S/A MARISOL S/A MEDIAL SAÚDE S/A COMPANHIA MELHORAMENTOS DE SÃO PAULO MELPAPER S/A MENDES JUNIOR ENGENHARIA S/A BCO MERCANTIL BRASIL S/A BCO MERCANTIL INVS S/A MERCANTIL DO BRASIL FINC S/A CFI METALÚRGICA DUQUE S/A METALGRÁFICA IGUAÇU S/A MAHLE METAL LEVE S/A METRALFRIO SOLUTIONS S/A METISA METALÚRGICA TIMBOENSE S/A INDÚSTRIAS MICHELETTO S/A MILLENNIUM INORGANIC CHEMICALS DO BRASIL S/A MINASMÁQUINAS S/A MINUPAR PARTICIPAÇÕES S/A MMX MINERAÇÃO E METÁLICOS S/A MONTEIRO ARANHA S/A MUNDIAL S/A - PRODUTOS DE CONSUMO NADIR FIGUEIREDO INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A NATURA COSMÉTICOS S/A NEOENERGIA S/A NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S/A BANCO DO NORDESTE DO BRASIL S/A NORDON INDÚSTRIAS METALÚRGICAS S/A BANCO NOSSA CAIXA S/A CONSERVAS ODERICH S/A ODONTOPREV S/A OBRASCON HUARTE LAIN BRASIL S/A PANATLÂNTICA S/A COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO CIA PARTICIPAÇÕES ALIANÇA DA BAHIA PARANAPANEMA S/A PARMALAT BRASIL S/A INDÚSTRIA DE ALIMENTOS PDG REALTY S/A EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES PERDIGÃO S/A PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS PETROFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A REFINARIA DE PETRÓLEOS MANGUINHOS S/A PETROPAR S/A PETROQUÍMICA UNIÃO S/A PETTENATI S/A IND TÊXTIL PLASCAR PARTICIPAÇÕES INDUSTRIAIS S/A POLITENO INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A POLPAR S/A PORTO SEGURO S/A PORTOBELLO S/A POSITIVO INFORMÁTICA S/A PROFARMA DISTRIB. PROD. FARMACÊUTICOS S/A PRONOR PETROQUÍMICA S/A RANDON S/A IMPLEMENTOS E PARTICIPAÇÕES RASIP AGRO PASTORIL S/A RECRUSUL S/A REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICA S/A RENAR MACAS S/A RENNER PARTICIPAÇÕES S/A RIMET EMPREEND. INDUSTRIAIS E COMERCIAIS S/A RIO GRANDE ENERGIA S/A METALÚRGICA RIOSULENSE S/A RODOBENS NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS S/A ROSSI RESIDENCIAL S/A CIA SANEAMENTO BÁSICO ESTADO SÃO PAULO SADIA S/A SAM INDÚSTRIAS S/A CIA SANEAMENTO DO PARANÁ - SANEPAR SANSUY S/A INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS BANCO SANTANDER BANESPA S/A COMPANHIA TECIDOS SANTANENSE SANTISTA TÊXTIL S/A M&G POLIEST MAGNESITA MANGELS MARCOPOLO MARISOL MEDIAL SAÚDE MELHORAMENTOS SP MELPAPER MENDES JR MERC BRASIL MERC INVEST MERCANTIL FINANCEIR MET DUQUE METAL IGUAÇU METAL LEVE METALFRIO METISA MICHELETTO MILLENNIUM MINASMÁQUINAS MINUPAR MMX MINERAÇÃO MONT ARANHA MUNDIAL NADIR FIGUEIREDO NATURA NEOENERGIA NET NORD BRASIL NORDON MET NOSSA CAIXA ODERICH ODONTOPREV OHL BRASIL PANATLÂNTICA PÃO DE ACUCAR PAR AL BAHIA PARANAPANEMA PARMALAT PDG REALTY PERDIGÃO PETROBRAS PETROFLEX PETRÓLEO MANGUINHOS PETROPAR PETROQUÍMICA UNIÃO PETTENATI PLASCAR POLITENO POLPAR PORTO SEGURO PORTOBELLO POSITIVO INF PROFARMA PRONOR RANDON PART RASIP AGRO PASTORIL RECRUSUL REDE ENERGIA RENAR MACAS RENNER PARTICIP RIMET RIO GRANDE ENERGIA RIOSULENSE RODOBENS ROSSI RESID SABESP SADIA SAM INDUSTR SANEPAR SANSUY SANTANDER BR SANTANENSE SANTISTA TÊXTIL 172 UF State SP MG SP RS SC SP SP SP MG MG MG MG SC PR SP SP SC RS BA MG RS RJ RJ RS SP SP RJ SP CE SP SP RS SP SP RS SP BA RJ SP SP SP RJ RJ RJ RS SP RS SP BA SP SP RJ PR RJ BA RS RS RS SP SC RS SP RS SC SP SP SP SC RJ PR BA SP MG SP CODCVM Denominação Social Denominação Comercial CVM Code Company Name Trade Name 016446 013781 020516 010472 015261 011681 003549 014664 003115 003140 010588 010596 004030 010880 004057 009415 010960 010987 019682 011010 013030 009067 013986 019267 016390 011215 005983 020435 011207 014133 011223 011231 017604 011258 011320 017655 017701 017213 017671 020257 007544 017639 019992 017329 011452 018376 008192 011525 006343 018465 011584 014753 011592 019887 014320 012220 004170 018694 018686 014540 005991 010227 019950 017710 012793 011762 005410 011800 011991 014346 014397 080047 011070 000140 SANTOS-BRASIL S/A SÃO CARLOS EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S/A SÃO MARTINHO S/A SARAIVA S/A LIVREIROS EDITORES SAUIPE S/A SAVIRG S/A VIAÇÃO AÉREA RIOGRANDENSE CIA INDL SCHLOSSER S/A SCHULZ S/A COMPANHIA DE SEGUROS ALIANÇA DA BAHIA CIA SEGUROS MINAS BRASIL SEMP TOSHIBA S/A SERGEN SERVIÇOS GERAIS DE ENGENHARIA S/A COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL SONDOTÉCNICA ENGENHARIA DE SOLOS S/A SOUZA CRUZ S/A SÃO PAULO TURISMO S/A SPRINGER S/A STAROUP S/A INDÚSTRIA DE ROUPAS SUBMARINO S/A SUL AMÉRICA CIA NACIONAL DE SEGUROS CONSTRUTORA SULTEPA S/A SUZANO HOLDING S/A SUZANO PAPEL E CELULOSE S/A SUZANO PETROQUÍMICA S/A TAM S/A TECELAGEM BLUMENAU S/A FIAÇÃO TECELAGEM SÃO JOSE SA TECNISA S/A TECNOSOLO S/A TEC TOY S/A TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S/A TEKNO S/A CONSTRUÇÕES INDÚSTRIA E COMÉRCIO TELE NORTE CELULAR PARTICIPAÇÕES S/A TELECOM BRASILEIRAS S/A TELEMAR NORTE LESTE S/A TELE NORTE LESTE PARTICIPAÇÕES S/A TELEMIG CELULAR PARTICIPAÇÕES S/A TELEMIG CELULAR S/A TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S/A -TELESP TERNA PARTICIPAÇÕES S/A TÊXTIL RENAUX S/A TIM PARTICIPAÇÕES S/A TOTVS S/A TRACTEBEL ENERGIA S/A TRAFO EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS S/A CTEEP - CIA TRANSMISSÃO ENERGIA ELÉTRICA PAULISTA TREVISA INVESTIMENTOS S/A TRORION S/A TUPY S/A ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S/A UNIBANCO - UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS S/A UNIBANCO HOLDINGS S/A UNIPAR UNIÃO DE INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS S/A UNIVERSO ONLINE S/A USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S/A USINA COSTA PINTO S/A AÇÚCAR E ÁLCOOL CIA VALE DO RIO DOCE VARIG PARTICIPAÇÕES EM SERVIÇOS COMPLEMENTARES VARIG PARTICIPAÇÕES EM TRANSPORTES AÉREOS S/A VBC ENERGIA S/A VICUNHA TÊXTIL S/A S/A FÁBRICA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS VIGOR VIVAX S/A VIVO PARTICIPAÇÕES S/A VOTORANTIM CELULOSE E PAPEL S/A VULCABRÁS S/A WEG S/A WEMBLEY S/A WETZEL S/A WHIRLPOOL S/A WIEST S/A WILSON SONS LIMITED WLM INDÚSTRIA E COMÉRCIO S/A YARA BRASIL FERTILIZANTES S/A SANTOS BRASIL SÃO CARLOS SÃO MARTINHO SARAIVA LIVR SAUIPE SAVIRG SCHLOSSER SCHULZ SEG ALIANÇA BAHIA SEG MINAS BRASIL SEMP TOSHIBA SERGEN SID NACIONAL SONDOTÉCNICA SOUZA CRUZ SP TURISMO SPRINGER STAROUP SUBMARINO SUL AMÉRICA NACIONAL SULTEPA SUZANO HOLDING SUZANO PAPEL SUZANO PETROQUIM TAM TECEL. BLUMENAU TECEL.S.JOSE TECNISA TECNOSOLO TECTOY TEKA TEKNO TELE NORTE CELULAR TELEBRÁS REMANESC TELEMAR NORTE LESTE TELEMAR-TELE NL PAR TELEMIG CELUL PART TELEMIG CELULAR TELESP TERNA PARTICIP TEX RENAUX TIM PARTICIPAÇÕES TOTVS TRACTEBEL TRAFO TRANSMISSÃO PAULISTA TREVISA TRORION TUPY ULTRAPAR UNIBANCO UNIBANCO HLD UNIPAR UNIVERSO ONLINE USIMINAS USIN C PINTO VALE RIO DOCE VARIG SERVIÇOS VARIG TRANSPORTES VBC ENERGIA VICUNHA TÊXTIL VIGOR VIVAX VIVO PART VOTORANTIM C P VULCABRÁS WEG WEMBLEY WETZEL WHIRPOOL WIEST WILSON SONS WLM IND COM YARA BRASIL UF State RJ SP SP SP BA RS SC SC BA MG SP RJ RJ RJ RJ SP SP SP SP RJ RS SP BA SP SP RN MG SP RJ AM SC SP DF DF RJ RJ DF MG SP RJ SC PR SP SC RS SP RS SP SC SP SP SP RJ SP MG SP RJ RS RS SP CE SP SP SP SP SP SC MG SC SP SC RJ RJ RS 173 Estatísticas Statistics Resultado das empresas por setor de atuação COMÉRCIO / COMMERCE Balanço / Balance She Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Empresa Company 2005 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Atacado e varejo / Wholesale and retail DIMED DROGASIL GLOBEX GRAZZIOTIN LOJ AMERICANAS LOJAS HERING LOJAS RENNER NATURA PÃO DE AÇÚCAR PROFARMA SUBMARINO ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 216.065 225.422 1.424.140 131.221 2.086.036 12.080 1.059.424 1.191.165 8.786.851 422.585 321.651 232.794 299.095 1.714.710 145.364 2.690.337 8.291 1.205.300 1.325.406 9.453.435 775.725 —- 15.876.640 17.850.457 4,5% 28,6% 16,7% 7,4% 25,0% -33,5% 10,3% 7,9% 4,3% 78,0% 9,01% 108.191 107.217 629.164 91.502 295.674 -7.125 517.579 523.260 4.252.372 79.946 187.943 117.743 121.478 678.621 105.333 330.916 -10.684 543.966 650.975 4.842.127 404.474 —- 6.785.723 7.784.949 5,5% 9,9% 4,6% 11,6% 8,5% -45,4% 1,9% 20,6% 10,4% 390,5% 11,23% 639.507 539.166 2.700.924 121.161 2.132.332 1.511 1.136.434 2.406.349 9.350.572 1.517.510 419.215 726.027 674.425 2.907.841 140.743 2.630.015 1.434 1.436.105 2.894.756 9.973.453 1.717.279 —- 20.964.681 23.102.078 10,1% 21,3% 4,4% 12,6% 19,6% -8,0% 22,5% 16,6% 3,4% 9,7% 6,84% 14.527 12.637 74.718 3.644 92.357 -678 109.751 513.674 308.384 18.919 24.251 17.943 26.875 16.403 12.640 205.530 -722 138.246 579.507 136.405 -2.219 —- 19,8% 106,2% -78,7% 236,3% 115,8% -3,2% 22,1% 9,4% -57,1% -111,4% 1.172.184 1.130.608 -6,48% INDÚSTRIA / INDUSTRY Empresa Company Balanço / Balance She Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2005 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Agricultura (açúcar, álcool e cana) / Agriculture (sugar, ethanol and sugarcane) AVIPAL RASIP AGRO PASTORIL USINA COSTA PINTO * ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 1.482.262 62.357 400.299 1.445.735 73.207 411.847 -5,4% 13,8% -0,2% 559.658 45.011 216.944 497.284 48.579 244.445 1.944.918 1.930.789 -3,75% 821.613 790.308 262.197 43.813 2.017.013 76.964 17.238 95.037 249.259 —256.305 1.893.115 791 161.478 706.375 61.423 6.495.437 —683.100 308.502 43.892 3.807.422 73.569 22.571 107.994 264.310 3.323.927 249.519 1.537.918 44.320 219.797 —90.603 7.576.351 1.269.418 685.299 14,1% -2,9% 83,0% -7,32% 27,0% 10,2% 2,8% -2,7% 188.487 -684.370 511.683 28.342 4.398 85.273 173.017 —144.909 1.146.500 -78.027 72.708 -546.420 34.908 2.223.649 —225.196 13.019.545 19.625.412 46,15% -13,9% 4,6% 9,2% 1.945.507 36.718 8.371 1.869.275 43.143 21.267 -6,74% 1.990.596 1.933.685 194.706 -782.751 1.484.557 20.278 5.824 89.054 178.619 183.045 139.516 865.263 -28.921 98.572 —62.357 2.458.358 999.522 211.377 0,2% -10,9% 181,3% -30,63% 28,4% 1,3% 0,1% -9,0% 411.030 25.825 726.577 0 36.215 1.568 226.554 —297.977 919.879 0 139.721 900.586 49.499 7.318.438 —552.732 349.307 21.769 1.071.634 0 33.071 2.411 231.699 3.956.209 252.388 1.016.444 0 184.258 —31.832 6.876.701 173.988 513.707 3.530.253 6.179.376 69,71% 11.606.601 -6,8% 13,9% 146,3% 32.733 -205 -17.017 -81.863 7.330 29.038 -342,5% 3566,8% 265,4% 15.511 -45.495 -384,38% 12.547 -98.426 129.135 -39 -680 3.122 15.972 206.003 -8.511 182.453 49.108 -2.041 —-2.373 420.437 73.491 -13.200 -60,7% -15,9% 655,6% 97,42% -280,6% -53,0% 479,2% -9,9% 30.990 -82.350 -22.536 -1.468 365 6.444 -4.084 —4.980 155.453 -14.725 -2.116 -634.594 -7.895 724.408 —6.761 -289,3% 14.715.418 22,93% 159.633 966.998 487,32% -5,82% Alimentos / Foodstuffs CACIQUE CAFÉ BRASÍLIA COSAN CTM CITRUS EXCELSIOR GRANOLEO IGUAÇU CAFÉ JBS LECO M DIAS BRANCO MINUPAR ODERICH PARMALAT RENAR MACAS SADIA SÃO MARTINHO * VIGOR ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED -5,6% -21,2% 5332,5% 32,0% 43,0% 13,1% -6,7% -26,8% 64,1% 31,4% 73,2% 7,2% -17,6% -18,3% 43,0% -11,5% 49,1% -0,8% -17,9% 7,1% 27,9% -37,6% -8,9% -265,7% 13,8% 423,3% 6,5% 70,9% -43,7% Bebidas e fumo / Beverages & tobacco SOUZA CRUZ ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 3.863.665 3.900.763 -2,1% 1.652.993 1.680.708 -1,4% 3.581.287 4.121.681 11,6% 784.242 983.195 21,6% 3.863.665 3.900.763 -2,11% 1.652.993 1.680.708 -1,42% 3.581.287 4.121.681 11,59% 784.242 983.195 21,55% 356 -945 2.053 -56.487 771.998 1.049.445 165.732 48.980 56.793 39.098.760 ———48.977 768.944 —224.921 0 325.685 17.093.857 0 0 0 34.405 800.372 9.177 229.236 0 323.091 18.822.715 ———-21.916 102.370 —7.851 67.582 -21.572 9.637.742 -835 -4.624 -491 -19.797 152.422 -97.290 17.616 407.499 -27.720 11.966.474 41.136.685 18.462.384 20.218.996 9.772.057 12.393.254 Extração mineral / Mineral extraction CENT AMAPÁ CENT CORUMBÁ CENT MIN-RIO CHIARELLI MAGNESITA MMX MINERAÇÃO NADIR FIGUEIREDO PARANAPANEMA PORTOBELLO VALE RIO DOCE ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED ———44.483 1.009.171 — 238.842 1.832.311 292.941 45.998.474 423 3 2.129 46.608 1.100.509 1.592.480 251.397 2.402.363 315.860 100.152.211 2,1% 27,1% 4,5% 111,1% ———-45.676 669.302 —156.784 -236.772 42.266 24.052.131 49.416.222 105.863.983 107,71% 24.638.035 1,59% 5,7% *dados referentes ao balanço de janeiro de 2007 em função do calendário fiscal adotado pela empresa 174 -19,90% 11,8% 2,5% 120,1% 30,3% 57,6% 61,88% -31,89% 0,9% -1,2% -3,8% 6,8% 6,18% 12,42% 44,4% 117,5% 484,6% -24,6% 20,4% 22,96% Corporates’ results (by sectors) R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2005 2006 12.767 9.725 55.490 10.545 176.148 -520 80.291 397.357 256.990 16.285 18.684 14.402 20.795 79.457 16.108 123.521 -3.559 98.822 469.326 85.524 -3.552 —- 1.033.762 900.844 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % 9,4% 107,3% 38,8% 48,1% -32,0% -563,6% 19,3% 14,5% -67,7% -121,1% -15,51% 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 107.874 118.205 794.976 39.719 1.790.362 19.205 541.845 667.905 4.534.479 342.639 133.708 115.051 177.617 1.036.089 40.032 2.359.421 18.975 661.334 674.431 4.611.308 371.251 —- 3,4% 45,7% 26,4% -2,3% 27,8% -4,2% 18,3% -2,1% -1,4% 5,1% 87.931 45.038 95.759 51.938 337.857 33 305.737 48.959 544.127 117.057 168.065 97.153 71.384 243.314 54.636 358.631 74 250.589 -68.724 -324.034 512.407 —- 9.090.917 10.065.509 1.802.501 1.195.430 7,35% 2006 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 2005 7,1% 53,7% 146,4% 2,0% 2,9% 117,4% -20,5% -236,1% -157,7% 324,4% 2,96 2,39 1,90 0,92 1,02 0,13 1,07 2,02 1,06 3,59 1,30 3,12 2,25 1,70 0,97 0,98 0,17 1,19 2,18 1,06 2,21 —- 1,00 1,10 1,26 0,43 6,06 -2,70 1,05 1,28 1,07 4,29 0,71 0,98 1,46 1,53 0,38 7,13 -1,78 1,22 1,04 0,95 0,92 —- 1,32 1,29 1,34 1,29 -35,70% 2006 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2005 2006 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 18.560 -1.052 96.715 -62.073 4.999 28.737 -424,3% 560,7% -71,2% 422.413 17.346 183.355 454.314 24.628 167.402 114.223 -28.337 -124,05% 623.114 646.344 18.564 -83.064 -37.054 -3.340 122 3.663 1.237 —4.972 100.097 -14.725 -2.115 -666.157 -7.761 657.339 —8.446 8.305 -98.382 98.721 -176 -617 6.995 15.480 158.878 -5.393 115.751 49.108 -5.396 —226 376.588 77.227 -13.819 -56,6% -14,8% 358,3% 94,89% -590,3% 85,1% 1113,3% -258,6% 73.710 728.183 1.505.330 48.622 12.840 9.764 76.242 —111.396 746.615 78.818 88.770 1.252.795 26.515 4.269.972 —457.904 113.796 826.643 2.322.865 53.291 16.747 18.940 85.691 3.140.882 110.003 672.655 73.241 121.225 —28.247 5.117.029 269.896 473.922 -19.776 783.496 3941,24% 9.487.476 693.614 822.880 15,0% 693.614 822.880 15,02% ———-22.496 87.922 —7.552 23.773 -20.459 10.442.986 -835 -5.506 -491 -23.325 139.542 -92.056 14.708 363.759 -29.764 13.431.005 10.519.278 13.797.037 -205,2% 12,1% 423,3% -147,4% 102,8% -44,5% -0,53% 53,9% 88,8% 1383,6% -41,1% 24,7% 27,17% Var. Real % Actual Var. % 4,3% 37,7% -11,5% 2005 2006 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 2005 2006 412.200 8.420 13.303 356.200 19.502 9.058 -16,2% 124,6% -34,0% 1,21 0,59 0,02 1,18 0,59 0,05 0,75 0,39 0,85 0,91 0,51 0,68 0,57% 433.923 384.760 -14,03% 1,02 1,00 0,76 0,82 49,7% 10,1% 49,6% 6,27% 26,5% 88,1% 9,0% 42.730 -39.756 1.160.772 1.293 -2.745 4.004 56.380 934.534 11.741 85.170 -6.031 35.627 —5.665 2.463.440 6.575 -39.105 -39,1% 25,5% 197,3% -33,56% -484,0% 72,2% -4,3% 0,3% 68.033 -51.766 378.508 1.887 693 2.254 57.136 —18.670 462.379 -5.329 43.937 674 4.754 1.997.466 —-19.001 1,57 0,59 0,36 0,00 2,10 0,02 0,91 —1,16 0,49 0,00 0,87 1,27 0,81 1,13 —0,81 1,13 0,50 0,28 0,00 1,47 0,02 0,88 1,19 1,01 0,66 0,00 0,84 —0,35 0,91 0,14 0,75 0,39 -1,06 2,94 1,72 2,92 0,11 0,44 —0,77 0,65 -1,01 1,22 -2,29 0,76 1,92 —2,03 0,58 -1,06 1,56 2,63 2,88 0,21 0,48 17,16 0,79 0,78 -2,53 1,23 —0,45 2,08 0,27 2,24 13.445.073 37,40% 2.960.295 4.720.294 54,60% 0,89 0,75 2,69 2,18 2.210.672 2.220.055 -2,6% 43.261 -378.455 -948,2% 0,93 1,06 1,34 1,32 2.210.672 2.220.055 -2,63% 43.261 -378.455 -948,18% 0,93 1,06 1,34 1,32 ———90.159 339.869 —82.058 1.162.591 250.675 21.946.343 67 948 76 103.095 328.511 543.035 85.665 1.207.806 259.067 61.053.451 1,2% 0,7% 0,2% 169,7% ———-67.058 232.577 —57.376 -530.182 -25.468 -4.854.219 -64 -945 -71 -90.934 282.965 640.369 69.743 -1.147.040 -53.931 -3.960.353 ———1,10 0,76 —0,94 0,00 1,11 0,37 ———0,74 0,73 0,00 0,91 0,00 1,02 0,19 ———-1,97 0,51 —0,52 -4,91 5,93 0,91 0,19 -1,00 0,04 -1,83 0,43 0,52 0,52 24,66 4,56 1,56 23.871.695 63.581.721 158,24% -5.186.974 -4.260.261 0,37 0,19 0,97 1,55 -4,3% -12,6% -9,9% 32,4% 3,3% 16,2% 10,87% -6,3% -39,0% -82,1% -9,7% -21,4% 15,5% 19,6% -99,5% -31,48% 18,0% 17,9% -109,8% -105,3% 20,9% 20,37% *data regarding the balance of payments in January 2007 due to the fiscal calendar adopted by the company 175 Estatísticas Statistics INDÚSTRIA / INDUSTRY Empresa Company Balanço / Balance She Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2005 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Farmacêuticos e Higiene / Pharmaceuticals and cleaning products BIOMM BOMBRIL ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 13.595 574.366 17.264 440.756 23,1% -25,6% 3.083 -587.212 3.089 -790.550 -2,9% -30,5% 0 649.212 3.626 645.372 -3,6% -4.005 127.313 648 -48.710 115,7% -137,1% 587.961 458.020 -24,47% -584.129 -787.461 -30,71% 649.212 648.998 -3,08% 123.308 -48.062 -137,79% Gráficas e editoras / Printing and publishing LIVRARIA GLOBO SARAIVA LIVRARIA ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 19.861 218.694 17.729 333.994 -13,45% 48,1% 8.436 132.955 5.191 231.436 -40,34% 68,8% 26.592 233.330 15.113 247.507 -44,90% 2,8% -5.256 46.828 -3.927 45.355 27,56% -6,1% 238.555 351.723 42,95% 141.391 236.627 62,26% 259.922 262.620 -2,04% 41.572 41.428 -3,38% -59.347 -19.825 5.360 —-11.751 13.239 -3.620 451.108 14.035 46.246 -17.903 97.301 -35.820 75.031 -6.665 35.192 99.200 74.186 —6.631 95.518 214.802 -9.393 -2.696 -94 -7.130 -226 -1.235 —85.715 -32.800 3.781 6.277 8.118 -26.407 11.645 —411.060 36.445 55.765 —110.057 658 54.470 -2.192 22.630 146.265 100.296 27.000 8.937 158.913 254.220 —-5.329 -770 1.815 -2.930 5.515 —363.761 1.062.828 1.662.730 -5,4% -0,8% 698.738 7.822 383.944 524 4.346.144 67.582 4.876 409.626 55.540 76.229 4.788 -29.312 2.486.444 -16.058 14.531 2.882 884 11.553 -13.027 -32.145 -4.123 13.386 2.576 18.071 2.578.033 -130.000 4.530.534 3.909 751.031 19.144 388.578 -5.611 3.583.265 407.499 23.230 120.694 75.082 51.281 6.285 -5.101 2.884.880 -10.274 12.739 1.057 1.354 14.724 -18.007 -9.172 -4.476 9.864 —18.614 1.492.421 34.628 2.907.302 7.526 -2,68% 15.493.951 12.758.557 Máquinas, equipamentos, veículos e peças / Machinery, equipment, vehicles and parts ARTEB BARDELLA BAUMER BEMATECH BIC CALOI BIC MONARK CELM EMBRAER FORJAS TAURUS FRAS-LE GRADIENTE INDS ROMI INEPAR CONSTRUÇÕES IOCHP-MAXION LARK MÁQUINAS LUPATECH MARCOPOLO METAL LEVE METALFRIO MINASMÁQUINAS POSITIVO INF RANDON PART RECRUSUL SAM INDUSTR SEMP TOSHIBA SPRINGER TECTOY TRAFO TRORION WHIRPOOL ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 280.767 399.862 40.528 —9.805 201.039 11.288 14.414.409 311.351 290.773 843.799 678.282 1.117.090 327.275 18.726 135.728 1.158.793 921.747 —38.389 290.108 1.168.873 46.753 141.790 136.949 101.280 17.123 125.151 —2.491.409 264.321 315.251 46.318 157.648 2.738 194.418 —13.564.197 381.819 281.843 —914.996 1.170.562 356.327 37.929 521.095 1.201.831 965.948 204.945 40.857 583.715 1.392.122 —136.165 151.256 112.252 15.698 135.381 —3.478.834 25.719.087 26.628.466 -8,7% -23,6% 10,8% -72,9% -6,2% -8,8% 18,9% -6,0% 30,8% 1,6% 5,6% 96,4% 272,2% 0,6% 1,6% 3,2% 95,08% 15,5% -6,9% 7,1% 7,5% -11,1% 4,9% 35,4% 0,38% -339.542 214.453 21.130 —-194.880 172.732 -6.223 4.909.482 238.791 136.954 106.164 364.598 115.838 229.931 -6.683 68.955 470.073 393.182 —22.634 133.994 334.839 -18.643 85.817 1.540 100.395 -45.022 31.203 —1.426.377 -377.681 214.503 24.939 46.377 -214.914 169.941 —5.183.239 262.435 164.263 —341.301 136.142 264.935 7.951 246.925 541.631 443.064 59.331 27.738 319.481 525.690 —107.891 1.015 108.328 -47.946 40.321 —1.969.821 8.968.089 10.566.721 2.326.094 -78.338 372.304 98.417 11.523.665 485.742 73.211 637.627 259.906 496.877 12.701 -64.439 8.042.186 -224.470 240.741 56.502 44.004 56.568 -30.180 105.667 -23.891 78.892 -219.342 93.805 6.535.190 222.880 8.807.962 -27.298 2.746.678 -57.781 545.416 92.179 12.882.551 829.429 84.235 700.136 343.833 527.211 17.297 -68.983 9.964.638 -234.752 250.133 55.775 44.749 64.219 -48.188 107.072 -27.368 84.885 —101.910 6.226.576 252.216 10.459.926 -22.684 39.902.983 45.921.308 -7,8% -3,0% 14,4% 33,9% 272.192 293.184 47.111 —10.459 93.272 6.727 7.920.856 140.602 373.643 1.168.926 510.565 16.992 0 52.811 98.985 1.203.388 1.385.037 —82.510 614.088 1.936.143 17.596 0 20.967 0 52.775 147.141 —2.651.129 250.517 209.431 59.109 140.628 12.376 61.229 —7.353.580 175.546 391.550 —548.948 6.512 0 49.631 58.722 1.194.495 1.411.336 290.081 75.691 1.160.374 2.021.041 —0 25.275 0 39.233 155.168 —3.834.626 14,24% 19.117.099 19.525.099 5,3% -7,6% 9,7% 15,1% 19,4% 3.109.126 153.024 1.705.961 23.713 13.341.337 1.989.757 199.820 1.753.703 492.284 427.435 94.062 10.538 0 10.530 0 92.245 90.265 153.993 27.070 264.460 0 170.504 205.838 327.692 8.173.977 0 6.956.208 164.461 3.442.411 158.701 1.658.378 22.356 14.058.623 3.268.522 238.874 939.094 724.101 398.257 99.150 8.372 0 8.330 0 90.173 88.842 156.679 17.425 265.308 0 156.748 —340.338 6.989.259 0 6.789.508 168.286 11,58% 39.938.003 40.087.735 -6,9% -4,6% 2,4% 6,6% 16,3% -9,2% 13,9% 11,7% 215,4% 247,2% 11,7% 9,3% 18,8% 131,17% 52,2% 21,9% -36,1% 4,6% -3,3% 25,3% -10,8% -30,7% 21,6% 14,7% -36,4% -10,0% 21,1% 1,6% 4,2% -62,8% -8,9% -42,5% -3,8% -1,2% -11,1% 83,21% 1,2% 16,9% -27,9% 2,2% 40,2% -0,98% 46,4% 118,5% 13,5% -117,9% -14,7% -11,7% 151,8% 16,9% 9,7% 101,8% -29,6% 68,1% -37,7% 43,0% 31,1% 30,7% 61,30% 14,7% -91,6% -694,2% 124,7% -1157,0% 533,0% 311,5% 51,68% Metalurgia e siderurgia / Metallurgy and steel ACESITA AÇO ALTONA AÇOS VILLARES ALIPERTI ARCELOR BR CARAÍBA METAIS CBC CARTUCHO CONFAB ELUMA FERBASA FIBAM GAZOLA GERDAU HÉRCULES LA FONTE TELECOM MET DUQUE METAL IGUAÇU METISA MICHELETTO MUNDIAL NORDON MET PANATLÂNTICA RIMET SCHULZ SIDERÚRGICA NACIONAL (CSN) TUPY USIMINAS WETZEL ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 176 4.252.619 77.843 1.612.123 147.320 18.172.822 1.840.528 169.234 1.094.512 571.198 547.752 69.428 21.865 10.634.287 32.852 688.833 89.467 65.908 78.032 32.275 722.987 88.444 106.257 93.472 232.939 24.545.954 546.948 13.270.880 109.634 4.525.080 95.896 1.722.187 143.054 20.619.063 2.402.363 189.426 1.497.089 772.567 568.874 68.712 21.574 12.253.666 33.917 379.217 89.673 73.286 93.013 27.418 779.058 36.514 114.449 —273.706 24.305.340 596.735 14.344.160 114.832 79.916.413 86.140.869 3,2% 19,4% 3,6% -5,9% 10,0% 26,6% 8,5% 32,6% 31,1% 0,7% -4,0% -4,3% 11,7% 0,1% -46,6% -2,8% 7,8% 15,6% -17,6% 4,5% -60,0% 4,4% 13,9% -4,0% 5,8% 4,8% 1,6% 4,51% 14,5% 28,5% 42,0% -9,2% 8,4% 65,6% 11,6% 6,5% 28,3% 2,9% 32,0% -3,8% 20,1% -1,4% 0,7% -4,3% -1,4% 10,1% -54,8% -1,8% -11,1% 4,3% 7,3% 0,6% -5,7% -8,6% 2,2% 59,3% 15,9% -48,1% 42,6% -9,7% 2,2% -23,0% -23,3% -5,2% -4,6% -1,4% -37,6% -2,7% -10,9% 0,7% -17,1% 4,2% 137,3% -1,9% -1138,2% -20,1% 484,6% 361,9% -71,4% 31,1% -34,8% 27,3% 83,1% 12,5% 38,0% -15,0% -64,4% 48,5% 23,6% -34,0% 72,3% -5,3% -28,6% -0,1% -43,9% 125,8% -37,8% 86,7% -20,16% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2005 2006 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 30,7% 2,8% 2005 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 2005 2006 -2.216 -242.521 2.233 -49.854 197,7% 80,1% 0,00 1,13 0,21 1,46 3,41 -1,98 4,59 -1,56 -4.005 99.136 6 -219.673 100,1% -314,8% 10.512 1.161.578 14.175 1.231.306 95.131 -219.667 -323,88% 1.172.090 1.245.481 3,03% -244.737 -47.621 81,13% 1,10 1,42 -2,01 -1,58 -4.812 40.025 -3.245 46.469 34,62% 12,6% 11.425 85.739 12.538 102.558 6,40% 16,0% -6.610 66.786 -10.569 167.554 -55,03% 143,2% 1,34 1,07 0,85 0,74 1,35 0,64 2,42 0,44 35.213 43.224 19,01% 97.164 115.096 14,85% 60.176 156.985 152,93% 1,09 0,75 0,69 0,49 -63.770 -3.169 3.697 —-11.757 9.014 -3.620 714.788 12.543 33.342 24.040 76.346 -5.137 72.131 -7.954 32.303 80.237 101.480 —4.281 90.953 118.488 -11.655 -2.701 -64 -7.153 -366 -1.559 —69.737 -38.139 11.019 5.380 7.676 -20.034 8.511 —589.968 32.502 40.782 —82.921 10.190 57.780 4.494 24.526 120.528 100.701 16.989 5.887 152.811 133.383 —22.074 -525 1.389 -2.902 2.128 —376.456 620.309 185.409 19.398 —204.685 28.307 17.511 9.504.927 72.560 153.815 737.635 30.112 1.001.252 97.344 25.409 66.773 688.720 528.565 —15.755 33.111 662.258 65.396 55.973 135.409 885 62.145 93.948 —1.065.032 642.002 100.748 21.379 111.271 217.652 24.477 —8.380.958 119.384 117.226 —29.613 1.034.420 91.392 29.978 274.170 660.200 522.884 145.614 13.119 8.619 662.068 —28.274 150.241 3.924 63.644 95.060 —1.509.013 -385.519 137.866 20.879 -12.997 -112.766 81.949 —1.618.907 43.914 68.496 —183.760 -304.236 -52.976 812 189.505 447.449 78.359 30.587 22.110 233.331 471.618 —-18.879 24.712 9.639 -1.912 31.710 —334.014 -1,7% 3,3% 13,1% 37,4% -367.616 129.367 17.904 —-107.452 80.463 -4.186 1.449.644 51.301 70.411 -20.707 247.678 -273.653 -57.472 -5.754 22.227 393.073 21.604 —16.852 131.782 336.601 -31.920 -18.221 19.283 5.312 1.950 24.208 —104.928 0,97 0,73 1,16 —1,07 0,46 0,60 0,55 0,45 1,28 1,39 0,75 0,02 0,00 2,82 0,73 1,04 1,48 —2,15 2,12 1,66 0,38 0,00 0,15 0,00 3,08 1,18 —1,06 0,95 0,66 1,28 0,89 4,52 0,31 —0,54 0,46 1,39 —0,60 0,01 0,00 1,31 0,11 0,99 1,46 1,42 1,85 1,99 1,45 —0,00 0,17 0,00 2,50 1,15 —1,10 -1,83 0,86 0,92 —-1,05 0,16 -2,81 1,94 0,30 1,12 6,95 0,08 8,64 0,42 -3,80 0,97 1,47 1,38 —0,70 1,17 1,98 -3,51 0,65 87,93 0,01 -1,38 3,01 —0,75 -1,70 0,47 0,86 2,40 -1,01 0,14 —1,62 0,45 0,71 —0,08 7,60 0,34 3,77 1,11 1,22 1,18 2,45 0,47 0,83 1,26 —0,26 148,02 0,04 -1,33 2,36 —0,77 1.252.344 1.688.715 16.172.643 15.057.330 -9,73% 2.237.607 3.140.332 0,74 0,73 1,80 1,42 588.861 5.459 219.719 5.646 3.254.573 23.773 3.523 277.013 81.491 44.433 5.661 -29.366 2.781.340 2.476 14.775 2.274 1.436 9.157 -13.027 -27.526 -3.784 11.479 27.161 11.222 1.878.758 -127.544 3.913.291 1.053 632.084 20.557 256.229 -3.435 2.268.775 363.159 14.672 87.824 83.927 31.976 7.490 -4.821 2.880.922 -10.138 12.683 2.030 977 11.883 -18.007 4.899 -3.477 7.220 —10.616 1.169.366 39.921 2.501.964 4.226 -8,3% -39,7% 130,3% -38,0% 289,1% 1.926.525 156.181 1.239.819 48.903 2.535.000 1.354.786 96.023 456.885 311.292 52.495 56.727 86.304 2.193.700 257.322 448.092 32.965 21.904 21.464 62.455 617.320 112.335 27.365 312.814 139.134 18.010.764 324.068 4.462.918 136.932 1.778.402 153.677 1.176.771 50.875 2.915.000 1.572.934 105.191 796.953 428.734 41.663 51.415 90.368 1.933.800 268.669 129.084 33.898 28.537 28.794 75.606 671.986 63.882 29.564 —171.796 18.078.764 344.519 3.884.234 137.516 344.054 -27.931 314.953 77.148 3.022.000 737.329 33.959 377.332 154.669 253.290 1.921 -11.562 1.231.424 -8.186 2.413 -1.125 3.819 35.911 -46.770 -8.331 -31.898 55.077 -68.058 47.109 244.346 -28.267 1.607.925 9.217 752.372 -16.619 405.988 79.478 2.902.000 1.133.512 40.631 409.521 224.267 271.749 10.502 -14.800 846.597 -4.670 -3.121 1.558 15.478 49.442 -64.585 44.302 -35.673 60.231 —51.280 -512.847 -32.710 2.225.358 17.992 0,73 1,97 1,06 0,16 1,41 1,08 1,18 1,60 0,86 0,78 1,35 0,48 0,00 0,32 0,00 1,03 1,37 1,97 0,84 0,37 0,00 1,60 2,20 1,41 0,33 0,00 0,52 1,50 0,76 1,65 0,96 0,16 1,28 1,36 1,26 0,63 0,94 0,70 1,44 0,39 0,00 0,25 0,00 1,01 1,21 1,68 0,64 0,34 0,00 1,37 —1,24 0,29 0,00 0,47 1,47 0,83 -1,99 3,33 0,50 0,53 2,79 1,31 0,72 1,20 0,11 4,47 -1,34 0,27 -1,15 1,86 0,58 0,50 0,38 -2,07 5,84 -4,70 0,35 -1,43 1,48 2,76 1,45 0,51 -5,02 0,65 -2,66 2,16 0,55 0,53 1,90 1,25 1,14 1,25 0,08 2,97 -1,31 0,19 -1,14 0,52 0,61 0,64 0,45 -1,57 6,28 -2,33 0,35 —1,69 2,90 1,37 0,37 -6,06 12.963.327 10.373.522 -22,41% 35.502.493 35.042.632 8.321.768 8.857.233 0,50 0,47 0,89 0,76 42,0% 437,1% 41,1% -65,2% -8,5% -20,0% 151,2% 18,6% 5,3% 292,3% -22,3% 154,8% -26,4% 45,6% -3,8% 33,3% 62,90% 9,1% 892,4% -695,3% 118,8% -668,8% 232,3% 423,4% 30,74% 4,1% 265,1% 13,1% -159,0% -32,4% 1381,1% 303,8% -69,3% -0,1% -30,2% 28,3% 84,1% 0,4% -497,0% -16,8% -13,4% -34,0% 25,8% -34,0% 117,3% 10,9% -39,0% 0,3% -47,3% 6,9% 3,1% -16,2% -14,5% 59,5% -26,1% -4,7% 0,2% -9,0% 14,4% 298,1% -7,1% -4,1% -19,3% -74,76% -3,1% -51,0% 7,6% 329,9% -0,7% -1,9% -10,5% -4,6% -8,0% 0,9% 11,5% 12,6% 6,2% 69,1% 33,5% -23,1% -12,1% 1,5% -14,5% 1,2% -72,1% -0,3% 26,3% 30,1% 17,4% 5,5% -44,9% 4,7% 19,7% -2,7% 3,1% -15,6% -2,6% -4,30% -1,8% -1,3% 8,3% -17,0% -5,7% -28,1% -7,8% 10,6% 113,7% 726,6% 10,4% 251,7% 27,2% 71,67% 35,8% -0,5% 24,3% 75,9% -195,1% 27,0% 208,6% 36,07% 112,0% 42,3% 25,0% -0,1% -6,9% 49,1% 16,0% 5,2% 40,6% 4,0% 430,1% -24,1% -33,3% 44,7% -225,4% 234,3% 293,0% 33,5% -33,9% 615,6% -8,4% 6,0% 5,5% -303,5% -12,2% 34,2% 89,3% 3,19% 177 Estatísticas Statistics INDÚSTRIA / INDUSTRY Balanço / Balance She Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Empresa Company 2005 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Papel e celulose / Paper and pulp ARACRUZ CELULOSE IRANI KLABIN KLABIN SEGALL MELHORAMENTOS SP MELPAPER SUZANO PAPEL VOTORANTIM C P ACUMULADO DO SUBSETROR SUBSECTOR ACCUMULATED 8.651.968 252.620 4.564.527 —582.646 51.169 7.000.070 7.050.360 9.253.380 335.704 5.968.827 477.872 578.803 49.230 9.676.921 8.965.152 3,7% 28,8% 26,8% -3,7% -6,7% 34,0% 23,3% 4.216.178 92.694 2.244.662 —179.557 32.076 3.119.568 4.191.913 4.879.511 117.963 2.460.771 419.417 182.518 28.831 4.035.181 5.118.716 28.153.360 35.305.889 21,59% 14.076.648 17.242.908 47.683 1.419.667 973.710 2.661.944 593.726 154.013.146 235.951 462.082 1.535.185 955.061 2.911.513 800.383 179.614.554 256.678 904 353.740 708.362 1.350.342 431.176 80.703.266 82.637 347.419 393.222 804.029 1.555.165 577.300 99.382.334 59.733 159.945.827 186.535.456 83.630.427 103.119.202 4.647.101 1.247.327 317.646 -52.178 1.067.485 —411.243 326.336 740.981 493.184 222.741 13.399 195.422 4.447.514 1.300.160 333.373 -51.085 1.254.136 223.508 424.672 405.139 791.610 498.983 168.539 -19.050 189.378 9.630.687 9.966.877 655.318 1.831 5.798 -63.423 198.074 32.035 1.704.833 239.560 -201.971 20.569 852.567 893.378 86.402 121.001 190.255 71.001 135.207 550.970 -41.160 4.114 6.813 5.159 -157.861 -46.663 477.695 120.254 484.658 757.556 -15.064 -15.758 -52.067 177.075 53.674 1.738.643 236.640 —-5.552 979.884 1.071.828 96.940 90.566 213.573 84.788 140.252 517.432 -57.196 21.527 15.406 -5.262 -257.420 -83.291 559.120 191.924 515.987 6.346.414 6.971.205 12,2% 23,4% 6,3% -1,4% -12,9% 25,4% 18,4% 18,76% 2.209.242 280.467 2.560.320 —389.065 361.947 2.508.144 2.170.912 2.279.409 296.963 2.594.732 3.532 420.861 393.102 2.682.073 2.542.775 10.480.097 11.213.447 0,0% 2,7% -1,7% 4,9% 5,3% 3,7% 13,6% 3,74% 987.576 -180 321.455 —-49.594 -36.405 646.773 543.515 894.567 -1.749 572.023 5.935 -14.349 -1.685 596.561 621.701 -12,2% -842,1% 72,5% 2.413.140 2.673.004 7,40% 71,9% 95,5% -10,6% 10,9% Petróleo e Gás / Oil and gas BRASIL ECODIESEL CEG IPIRANGA DIST IPIRANGA PET IPIRANGA REF PETROBRAS PETRÓLEO MANGUINHOS ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 839,6% 4,8% -4,9% 6,0% 30,7% 13,1% 5,5% 13,07% 37161,3% 7,8% 10,0% 11,7% 29,8% 19,4% -29,9% 175 1.040.627 3.313.907 19.090.968 291.809 105.822.526 455.079 52.947 29234,3% 1.122.761 4,6% 3.544.166 3,7% 21.643.393 9,9% 432.135 43,6% 119.717.800 9,7% 196.121 -58,2% -329 122.377 171.148 401.141 151.988 33.499.946 -107.938 -38.178 -11151,0% 82.862 -34,4% 146.355 -17,1% 362.539 -12,4% 166.213 6,0% 37.775.559 9,3% -28.042 74,8% 19,55% 130.015.091 146.709.323 34.238.333 38.467.308 8,93% -7,2% 1,1% 1,8% 5,1% 13,9% 11.492.285 5.533.059 655.448 35.247 720.683 —320.537 1.378.151 2.778.816 1.167.577 0 215.671 1.200.331 10.931.443 6.209.235 719.987 54.244 831.076 1.425.969 297.423 1.345.207 2.973.070 1.001.116 0 183.109 1.055.414 789.196 716.420 38.575 -37.011 257.567 —16.685 109.978 111.238 96.160 11.725 -88.564 1.152 -29.071 826.160 12.024 1.008 213.553 59.705 18.923 21.413 209.584 22.122 -54.202 -55.430 -12.620 -103,6% 11,8% -69,8% 102,6% -19,6% 10,0% -81,1% 82,7% -77,7% -548,2% 39,3% -1162,1% 25.497.805 27.027.293 2.023.121 1.233.169 -40,90% 1.061.082 32.341 160.338 126.182 206.771 320.295 1.173.384 205.120 29.889 65.119 1.056.393 399.151 143.725 249.613 236.831 182.330 222.351 0 34.030 68.777 644 39.129 260.703 80.064 1.332.078 322 0 1.221.486 12.431 139.446 124.537 178.553 329.976 7.374 190.921 —60.623 1.088.865 430.074 141.685 244.409 112.110 253.155 236.949 0 32.228 53.303 611 34.665 291.044 60.829 1.252.401 209 0 205.473 -1.209 -6.300 -5.669 17.648 30.971 141.207 -11.340 -33.797 -13.645 130.798 119.537 14.035 5.842 28.051 -1.542 49.394 21.841 -18.702 -1.717 -3.669 -9.476 -95.425 -61.427 -95.439 46.210 56.691 167.462 -3.051 -21.610 -2.465 -23.521 17.193 -134.360 -3.756 —-26.911 204.624 253.342 16.007 -30.432 28.073 23.235 6.812 -31.165 -17.220 -1.832 -3.005 -1.362 -103.568 -32.053 -363.473 77.622 18.027 -21,0% -144,7% -232,6% 57,8% -229,2% -46,2% -192,3% 67,9% -91,2% 51,7% 105,5% 10,6% -605,1% -3,0% 1560,9% -86,6% -238,3% 10,7% -3,4% 20,6% 86,1% -5,2% 49,4% -269,2% 62,9% -69,2% 7.686.662 6.497.884 -18,04% 508.341 12.613 -97,59% 9,40% Petroquímicos e borracha / Petrochemicals and rubber BRASKEM COPESUL ELEKEIROZ ESTRELA FOSFERTIL HERINGER MILLENNIUM PETROFLEX PETROQUÍMICA UNIÃO POLITENO PRONOR SANSUY YARA BRASIL ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 14.907.941 2.272.435 548.573 131.455 1.718.444 —508.830 822.505 1.515.214 660.367 254.432 209.806 585.624 15.751.832 2.506.483 559.802 138.522 1.612.242 811.273 521.103 1.062.927 1.765.146 777.649 237.979 209.911 593.138 24.135.626 26.548.007 2,4% 6,9% -1,1% 2,2% -9,0% -0,7% 25,3% 12,9% 14,2% -9,3% -3,0% -1,8% 6,65% 0,1% 20,4% 3,6% -1,9% -26,6% -237,8% -6,0% 0,34% -7,8% 8,8% 6,5% 49,2% 11,8% -10,0% -5,4% 3,7% -16,9% -17,7% -14,7% 2,77% Têxtil e vestuário / Textiles and clothing ALPARGATAS ARTHUR LANGE BUETTNER CAMBUCI CEDRO CIA HERING COTEMINAS DOHLER F GUIMARÃES FAB C RENAUX GRENDENE GUARARAPES INDS CATAGUASES KARSTEN MARISOL PETTENATI SANTANENSE SANTISTA TÊXTIL SCHLOSSER STAROUP TECEL. BLUMENAU TECEL.S.JOSÉ TEKA TEX RENAUX VICUNHA TÊXTIL VULCABRAS WEMBLEY ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 1.069.222 59.197 153.165 103.955 278.777 752.694 2.002.630 286.150 19.197 145.093 1.156.937 1.129.597 164.232 214.131 306.855 146.239 246.404 604.558 52.281 46.504 38.306 53.728 561.367 73.109 1.545.598 145.365 507.501 1.141.523 53.439 149.251 115.789 280.133 728.703 1.863.462 294.427 —136.595 1.416.837 1.334.416 225.318 193.574 332.330 165.872 264.548 567.655 52.299 75.671 37.768 52.415 536.861 71.469 1.640.619 216.142 535.148 3,5% -12,5% -5,5% 8,0% -2,6% -6,1% -9,8% -0,2% 11.862.792 12.482.264 717.741 860.808 16,3% 245.152 281.874 11,5% 363.921 409.211 9,0% 68.998 60.826 -14,5% 717.741 860.808 16,3% 245.152 281.874 11,5% 363.921 409.211 9,0% 68.998 60.826 -14,5% -8,7% 18,7% 14,5% 33,0% -12,4% 5,0% 10,0% 4,1% -9,0% -3,0% 57,8% -4,4% -5,4% -7,3% -5,2% 2,9% 44,2% 2,2% 2,02% 12,1% -897,7% -363,5% 20,4% -13,3% 62,4% -1,1% -4,2% -126,2% 11,4% 16,3% 8,8% -27,4% 8,8% 15,8% 0,6% -8,9% -34,7% 407,3% 119,2% -198,9% -58,1% -73,1% 13,5% 54,7% 3,2% 6,50% 11,6% -62,7% -15,7% -4,3% -16,3% -0,1% -99,4% -9,8% -9,7% -0,1% 4,5% -4,4% -5,1% -54,1% 34,6% 3,3% -8,2% -24,9% -8,0% -14,1% 8,2% -26,3% -8,8% -37,1% Outros / Other DIXIE TOGA ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 178 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2005 2006 1.177.534 49 309.108 —-41.901 -34.864 495.942 549.405 1.148.333 974 473.492 2.797 1.001 -3.245 455.314 630.101 2.455.273 2.708.767 -334 79.359 169.788 325.477 137.312 23.450.082 -117.450 -38.092 72.577 160.875 323.549 164.013 26.063.173 -22.904 24.044.234 26.723.191 685.775 566.575 43.110 -36.917 261.529 —47.601 87.977 82.458 63.241 5.785 -84.003 3.672 77.753 615.185 18.828 1.094 226.874 45.478 16.741 22.986 147.909 13.632 -50.468 -53.950 -6.044 1.726.803 1.076.018 165.022 -14.435 -6.360 -6.451 26.928 29.876 101.915 -3.257 -33.797 -13.903 194.059 82.495 10.239 4.194 15.396 -2.629 38.051 16.434 -20.058 -1.717 -3.669 -9.480 -79.970 -69.020 -97.186 47.404 54.685 126.618 -16.895 -21.784 -2.739 -19.941 19.003 47.685 -2.920 —-27.485 255.578 199.892 11.559 -30.435 25.717 14.428 5.945 -33.518 -16.036 -2.430 -3.005 -9.379 -99.559 -36.908 -400.457 77.651 30.284 424.766 90.869 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % -5,4% 1827,2% 48,5% 102,3% 91,0% -11,0% 11,2% 6,97% -10957,6% -11,3% -8,1% -3,6% 15,8% 7,8% 81,1% 7,76% -89,0% 5,3% -57,7% 102,9% -15,9% -65,9% -74,7% 73,9% -79,1% -945,8% 37,7% -259,6% -39,58% -25,6% -13,5% -232,1% 58,8% -171,8% -38,3% -54,6% 13,1% -91,7% 27,7% 134,9% 9,5% -803,6% 62,0% 632,1% -84,9% -297,7% 22,5% -37,2% 20,6% 4,1% -20,7% 48,2% -299,5% 58,8% -46,3% -79,26% 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 4.435.790 159.926 2.319.865 —367.450 249.494 3.880.502 2.858.447 4.373.869 217.741 3.508.056 58.454 385.340 256.566 5.641.740 3.846.436 -4,4% 32,0% 46,6% 1,7% -0,3% 41,0% 30,5% 386.191 -4.061 850.815 —88.402 5.083 676.375 5.839 454.542 -25.391 1.677.368 247.242 89.764 8.642 1.608.919 596.305 14.271.474 18.288.202 24,24% 2.008.644 4.657.391 46.779 1.065.927 265.348 1.311.602 162.550 73.309.880 153.314 114.663 1.141.963 151.032 1.356.348 223.083 80.232.220 196.945 494 -68.598 100.395 492.978 5.276 -3.000.949 -21.885 270.286 -213.555 238.175 869.729 -11.430 -1.353.231 -48.635 76.315.400 83.416.254 -2.492.289 -248.661 10.260.840 1.025.108 230.927 183.633 650.959 —97.587 496.169 774.233 167.183 31.691 196.407 390.202 11.304.318 1.206.323 226.429 189.607 358.106 587.765 96.431 657.788 973.536 278.666 69.440 228.961 403.760 329.450 115.554 171.226 -90.253 210.161 —112.159 12.302 21.511 134.093 14.847 -5.865 96.460 -385.029 305.266 154.950 -104.249 131.623 103.121 102.546 189.949 17.801 237.152 23.627 -45.107 102.066 14.504.939 16.581.130 1.121.645 833.716 413.904 57.366 147.367 167.378 80.703 720.659 297.797 46.590 221.168 124.524 304.370 236.219 77.830 93.130 116.600 75.238 111.197 53.588 93.441 42.390 31.493 48.569 719.228 119.772 1.067.903 25.111 22.843 383.967 68.503 165.009 167.856 103.058 675.029 124.819 57.787 —142.147 436.953 262.588 —103.008 118.757 81.085 124.296 50.223 109.495 54.144 22.362 57.677 794.281 154.760 1.081.499 24.218 19.161 429.759 -29.948 -22.805 -33.277 11.848 1.838 560.011 101.567 -196.685 -30.579 774.362 210.261 61.148 91.283 83.151 25.635 71.177 -26.970 -31.367 -8.249 -989 -23.764 -302.204 -40.846 100.813 -462 -9.548 476.848 -40.341 -47.696 -21.697 -5.795 45.242 361.849 130.393 —-23.451 939.247 295.495 59.125 75.738 9.994 55.805 83.649 -26.739 -58.736 -11.507 -940 -36.660 -362.260 -71.285 399.781 13.472 -15.052 5.516.378 5.382.682 1.765.160 2.224.479 137,7% 3,9% -44,8% 0,3% 33,1% 6,1% 24,5% 5,98% 6,8% 14,1% -4,9% 0,1% -46,7% -4,2% 28,5% 21,9% 61,6% 112,4% 13,0% 0,3% 10,83% -10,1% 15,8% 8,6% -2,8% 23,8% -9,2% -59,4% 20,3% 10,7% 39,2% 7,8% 7,2% -1,3% 4,5% 8,4% -9,1% 13,6% 23,8% -31,2% 15,1% 7,1% 25,3% -1,8% -6,5% -18,7% -5,39% 2006 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 2005 14,1% -506,2% 91,1% 0,26 1,11 0,56 —0,00 0,88 0,36 0,31 0,25 0,88 0,43 0,01 0,00 0,91 0,28 0,28 1,05 1,73 1,03 —0,51 0,66 1,24 0,68 0,90 1,85 1,43 0,14 0,50 0,69 1,40 0,75 0,37 0,32 1,01 1,06 —0,73 3,40 7,17 0,49 0,69 1,93 0,11 0,73 3,71 7,43 0,54 0,67 0,76 51,74 3,01 0,37 0,97 0,38 0,91 1,86 0,33 2,90 0,19 0,87 0,39 0,81 3,30 0,81 0,79 0,91 0,81 0,77 2,43 1,19 0,27 0,42 —0,63 1,68 1,83 1,77 0,00 1,03 2,05 0,69 2,48 1,29 0,39 0,52 1,76 0,57 1,27 1,68 1,29 0,00 0,87 1,78 2,21 0,82 0,73 -3,52 0,61 —0,24 1,52 1,04 0,34 0,14 14,66 2,00 2,54 0,93 0,68 -3,71 0,29 2,63 0,23 1,62 1,23 0,56 0,41 -12,02 2,13 1,06 1,02 1,51 1,66 0,99 0,55 1,05 1,21 0,74 0,43 0,59 0,72 1,56 0,45 0,91 0,35 0,88 1,17 0,77 1,25 0,90 0,00 0,65 1,48 0,02 0,73 0,46 1,10 0,86 0,00 0,00 1,07 0,23 0,93 1,08 0,64 0,45 0,00 0,65 —0,44 0,77 0,32 0,63 1,26 0,34 1,53 0,90 0,00 0,62 0,70 0,02 0,66 0,54 0,85 0,76 0,00 0,00 0,63 31,33 25,42 -2,64 0,41 22,50 0,17 0,19 -1,10 6,05 0,36 0,26 0,90 0,77 0,61 1,06 0,82 0,10 -2,27 10,30 4,62 9,41 -4,56 -2,57 2,24 0,21 0,05 0,51 -4,55 -10,47 -3,22 0,58 12,58 0,07 0,24 —-25,60 0,45 0,24 1,32 1,14 0,56 0,96 0,89 0,10 -1,91 2,52 1,45 -10,96 -3,09 -1,86 1,93 0,13 0,04 0,65 0,52 0,87 0,77 -1,6% 64,8% 130,6% 9801,5% 124,81% 52948,1% -201,8% 130,0% 71,1% -310,0% 56,3% -115,5% 90,33% -213,3% 156,1% -12,3% -12,0% -39,3% -11,4% 1397,0% -19,8% 71,5% 54,3% -645,7% 2,6% -27,93% 7,6% -30,6% -102,8% 36,8% -147,4% 2286,5% -37,4% 24,5% 25,6% 17,6% 36,3% -6,3% -19,6% -88,3% 111,1% 13,9% 3,9% -81,6% -35,2% 7,8% -49,6% -16,2% -69,2% 284,5% 2927,2% -52,8% 22,18% 2006 43.730 49.622 10,0% 472.589 578.934 18,8% -78.306 -70.822 12,3% 0,51 0,48 1,93 2,05 43.730 49.622 10,0% 472.589 578.934 18,8% -78.306 -70.822 12,3% 0,51 0,48 1,93 2,05 179 Estatísticas Statistics SERVIÇOS / SERVICES Balanço / Balance She Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Empresa Company 2005 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Construção civil, materiais de construção e decoração / Civil construction, construction and decoration materials ABYARA AGRA INCORP AZEVEDO BRASCAN RES PROPERT CAMARGO DES IMOB COMPANY CONST ADOLPHO LINDE CONST BETER CR2 EMPREEND IMOBIL CYRELA REALTY DURATEX ETERNIT EUCATEX EVEN FERRAGENS HAGA GAFISA JHSF JOÃO FORTES LIX DA CUNHA LOPES BRASIL MENDES JR PDG REALTY RODOBENS ROSSI RESID SERGEN SONDOTECNICA SULTEPA TECNISA TECNOSOLO TEKNO ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED —183.478 35.976 91.930 154.455 169.703 20.145 67.376 —1.170.858 1.859.294 285.304 731.734 71.483 14.371 784.060 —182.703 241.697 —4.036.261 ——144.045 144.045 73.993 545.292 288.179 48.845 132.850 258.943 443.275 38.021 1.077.959 524.315 488.647 27.280 67.669 64.710 2.128.283 2.239.897 298.773 924.007 233.379 14.912 1.494.501 122.514 166.575 261.641 22.663 —304.377 106.019 155.408 155.408 78.756 633.298 508.956 73.294 151.769 11.478.077 12.806.306 —54.458 -12.159 91.930 20.508 48.700 4.593 44.231 —1.018.783 1.053.784 229.139 76.002 19.414 -101.860 300.159 —80.466 60.858 —685.988 ——106.425 106.425 49.303 172.415 113.582 18.802 115.582 168.213 100.823 -13.609 1.066.659 127.434 291.380 9.152 40.717 62.984 1.948.550 1.396.049 230.228 409.993 124.820 -110.781 814.087 104.157 87.415 62.097 8.440 —256.972 64.242 104.448 104.448 51.283 205.143 145.201 29.783 131.334 4.357.528 8.021.662 -5,8% 2,4% -926.106 475.419 94.000 1.291.260 110.641 4.005 310.873 —299.726 1.043.075 1.230.556 1.225.898 1.106.012 426.892 922.413 7.184.855 7.064.827 1.154.389 733.919 5.487.183 444.351 1.035.068 1.955.328 832.681 3.509.750 525.036 2.100.804 1.699.498 666.557 1.142.161 —2.685.961 3.827.304 602.210 475.419 95.665 1.465.168 148.038 7.033 156.681 9.683 228.749 1.205.980 962.672 1.284.160 1.128.199 454.779 1.005.192 7.522.453 10.146.462 1.300.366 780.464 6.376.270 475.624 1.060.152 2.196.051 753.786 3.705.592 724.537 2.130.877 1.508.510 755.075 1.133.962 1.315.755 2.764.571 3.745.505 -6,92% 49.664.336 57.625.640 134,2% 2,5% 1036,9% 229,1% 179,2% 31,3% -2,6% 76,2% 16,8% 1,5% 22,4% 216,5% 0,6% 84,8% -11,6% 5,0% 4,6% 4,6% 3,2% 12,6% 71,2% 45,5% 10,8% 8,18% -4,8% -4,8% 0,8% 15,4% 23,9% 53,6% 10,2% —101.417 5.821 0 73.705 143.010 1.932 119.451 —9.719 1.192.893 189.983 464.817 8.344 17.654 326.759 —50.604 4.994 —2.107 ——38.100 38.100 77.880 42.532 143.430 57.965 116.139 40.769 166.597 6.032 0 108.227 159.950 1.561 78.691 0 13.920 1.365.973 206.037 461.651 27.926 18.850 452.578 0 40.043 5.315 21.297 —0 13.693 14.449 14.449 75.999 57.665 202.982 136.361 125.703 78,48% 3.227.356 3.775.949 13,44% 1.368.784 1.381.804 42.878 2.206.865 0 33.816 75.361 358.725 1.670.913 3.269.694 1.656.876 1.129.048 2.022.316 855.596 1.107.069 1.376 2.060.337 2.734.343 1.691.328 5.384.608 697.131 2.294.692 8.354.182 120.101 0 855.596 600.107 0 0 1.639.671 138.429 2.407.985 1.323.004 -0,3% 9,9% -0,2% -5,1% 1.330.844 1.218.944 —2.146.399 0 32.674 859.050 —1.877.740 2.994.460 1.556.176 1.124.792 1.603.646 665.444 1.233.464 2.539 1.839.873 2.702.117 1.581.522 4.838.704 619.655 2.201.244 8.296.767 184.450 0 665.444 614.980 4.875.064 149.371 1.503.261 —2.467.299 1.205.213 12,50% 50.391.136 47.482.635 79,5% -8,5% 1025,0% 502,5% 480,1% 93,2% -10,7% 85,4% 28,4% -2,6% 423,0% 523,4% -5,4% 163,0% 5,3% -1,1% —12.962 -3.796 -34.348 275 13.752 509 4.421 —107.150 162.789 34.811 -33.827 1.498 -8.535 29.356 —4.633 524 —-120.594 ——-1.748 -1.748 11.742 -4.208 30.007 444 25.890 21.523 20.414 -3.657 29.790 3.924 48.542 5.669 -3.225 2.788 214.101 253.152 21.453 -69.106 23.292 -9.165 44.708 52.823 9.637 735 16.856 —21.465 2.365 -198 -198 4.451 10.882 48.139 2.040 34.825 231.959 786.502 -5,4% 6,4% 34.820 810.809 —179.928 -9.359 795 40.830 —42.935 301.134 -74.105 100.766 110.544 359.651 149.532 1.339.017 -29.066 679.545 162.648 889.150 117.273 652.825 461.601 -47.372 459.029 228.846 159.189 549.518 -24.191 110.291 —1.044.563 359.625 81.769 918.526 35.163 156.545 52.619 3.418 -150.338 -26.168 -7.408 203.344 -425.192 123.699 202.331 246.204 144.710 1.543.714 -73.403 684.132 354.813 1.603.393 165.085 745.200 1.095.755 -81.301 376.632 119.140 112.836 -196.108 131.661 195.652 127.034 1.163.205 137.430 -8,64% 9.160.771 9.764.092 59,3% 0,5% 42,4% 8,4% -21,7% -36,1% 38,9% 11,0% 5,1% -3,7% 224,5% 3,5% 34,3% -23,3% 3,2% -63,2% -63,2% -5,4% 31,5% 37,2% 128,1% 4,9% 52,7% 6,6% 184,1% 1283,5% 242,2% 979,8% -170,7% 93,7% 50,8% -40,2% -98,1% 1407,5% -4,1% 47,7% 101,7% 36,0% 89,0% 89,0% -63,2% 350,7% 55,5% 345,5% 30,4% 228,75% Energia elétrica / Electric energy AES SUL DIST ENERG AES TIETE AFLUENTE AMPLA ENERG AMPLA INVEST BANDEIRANTES ARMAZE CEB CEEE-D CEEE-GT CELESC CELG CELPA CELPE CEMAR CEMAT CEMIG CESP COELBA COELCE COPEL COSERN ELEKTRO ELETROPAULO METROPO EMAE ENERGIAS BR EQUATORIAL GERA PARANAPANEMA LIGHT REDE ENERGIA RIO GRANDE ENERGIA TERNA PARTICIP TRACTEBEL TRANSMISSÃO PAULISTA ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 180 2.180.731 2.548.012 94.077 4.142.898 708.941 24.458 1.318.894 —3.469.642 3.297.395 5.252.318 3.307.696 3.156.281 1.301.722 2.504.067 9.949.636 19.474.374 4.044.038 2.400.409 10.923.314 1.197.244 3.394.119 12.377.318 1.057.393 3.776.661 579.470 3.460.796 10.612.873 1.733.065 2.325.572 —4.987.616 4.941.240 2.031.042 2.392.699 132.413 4.394.889 747.274 27.327 305.409 1.836.547 1.694.348 3.545.436 5.233.146 3.515.966 3.333.012 1.532.618 2.627.142 9.462.907 19.674.981 4.074.527 2.510.593 11.934.623 1.240.371 3.271.853 12.451.381 971.682 4.031.715 832.985 3.364.129 1.509.424 2.721.752 2.447.133 1.411.637 4.848.357 5.217.046 130.542.270 125.326.364 -9,7% -9,0% 36,5% 2,9% 2,2% 8,3% -77,5% -52,7% 4,2% -3,4% 3,1% 2,4% 14,2% 1,7% -7,8% -2,0% -2,3% 1,4% 5,9% 0,4% -6,5% -2,5% -10,9% 3,5% 39,4% -5,8% -86,2% 52,3% 2,0% 163,0% -3,0% -1,3% 10,0% 29,7% 70,3% -51,1% -26,0% 12,1% -24,2% 1,6% -1,1% 3,3% 5,7% 1,5% 39,2% 9,2% 3,1% 12,7% 3,8% -0,7% 8,9% -12,2% 2,4% 33,8% -1,7% -13,9% 9,8% -3,7% -0,3% 0,3% -91,5% -13,7% 5,9% 3,2% -2,7% 22,3% 24,7% -13,0% -47,5% 8,6% -1,9% 3,7% 7,9% 9,1% 1,1% -2,4% -36,9% 24,7% -5,4% -100,0% -100,0% 5,8% 127,7% 9,8% -15,6% 645,1% 316,8% -457,0% -116,7% -34,5% -456,3% 19,0% 77,5% -33,6% -6,2% 11,8% -144,9% -2,4% 111,5% 74,8% 36,5% 10,7% 130,2% -66,4% -20,4% -49,5% -31,3% -134,6% 627,7% 72,0% 8,0% -62,9% 3,34% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2005 2006 —9.792 -3.785 -34.348 2.655 10.431 173 3.617 —114.462 135.355 34.181 -98.608 2.026 -6.516 27.442 —4.452 524 —-117.069 ——3.609 3.609 10.602 -4.854 25.389 228 20.454 4.122 16.879 -3.658 41.970 2.398 45.482 5.141 -3.576 1.478 242.283 223.336 38.214 28.304 23.434 -8.921 46.056 52.823 9.113 711 14.336 —20.708 2.365 -1.976 -1.976 7.550 8.413 35.765 1.742 26.166 143.821 874.560 8.112 556.052 —126.164 -9.359 739 27.533 —40.520 207.478 117.972 98.372 134.849 117.071 186.801 2.003.399 -195.761 581.445 189.124 502.377 116.733 658.325 -184.421 -53.073 439.406 228.846 113.081 242.844 -22.612 113.660 —920.096 468.277 63.965 614.127 33.306 191.121 46.130 3.324 -154.192 -14.020 -47.274 213.646 -267.884 79.359 217.799 177.470 83.779 1.718.841 -118.365 540.559 298.258 1.242.680 141.348 501.687 373.371 -78.895 394.120 117.649 86.222 -196.108 88.518 121.012 127.034 979.146 117.752 7.734.050 7.695.485 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 -153,1% -153,1% -31,0% 268,0% 36,6% 640,8% 24,0% —129.020 48.135 0 133.947 121.003 15.552 23.145 —152.075 805.510 56.165 655.732 52.069 116.231 483.901 —102.237 180.839 —3.350.273 ——37.621 37.621 24.690 372.934 66.732 30.043 17.268 45.385 342.452 51.630 11.300 396.881 197.267 18.128 26.952 1.726 179.733 843.848 68.545 514.014 108.559 125.693 680.414 18.357 79.160 199.544 14.223 —47.405 41.777 50.960 50.960 27.473 428.133 158.361 43.511 20.436 489,58% 7.012.742 4.747.442 664,5% 7,1% 3.106.837 2.072.593 77 2.851.638 598.300 20.453 1.008.021 —3.169.916 2.254.320 4.021.762 2.081.798 2.050.269 884.101 1.581.654 2.764.781 12.409.547 2.889.649 1.666.490 2.044.105 752.893 2.359.051 10.421.990 224.712 266.911 54.434 1.359.992 8.913.375 1.066.508 1.183.411 —2.301.655 1.113.936 1.428.832 1.917.280 36.748 2.929.721 599.236 20.294 148.728 1.826.864 1.465.599 2.339.456 4.270.474 2.231.806 2.204.813 1.077.839 1.621.950 1.940.454 9.528.519 2.774.161 1.730.129 2.596.927 764.747 2.211.701 10.255.330 217.896 326.123 108.448 1.233.252 914 1.966.677 1.313.171 95.882 2.083.786 1.471.541 77.495.179 64.739.298 67,1% 6,3% 218,5% -12,4% 322,8% 2781,2% -195,9% 105,2% 60,0% 8,4% 127,8% 1021,4% -32,7% 62,7% 98,5% 31,6% 46,9% 577,9% 336,1% -643,0% -213,1% -0,2% -320,2% -21,8% 56,6% 47,0% -56,5% -16,8% 41,4% -9,9% 52,9% 139,8% 17,4% -26,1% 296,3% -44,1% -13,0% -50,2% -26,1% -178,3% 479,5% 3,2% 3,2% -75,6% -3,53% Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 31,3% 31,3% 7,9% 11,3% 130,1% 40,4% 14,7% —63.860 -6.518 1 26.701 69.777 -5.106 27.884 —20.294 340.713 69.396 -287.452 -18.602 -20.799 439.860 —34.272 -45.491 —-2.336.559 ——73.679 73.679 17.696 -106.856 —19.115 87.168 126.438 193.052 -5.076 610.776 74.112 159.233 2.663 21.840 57.615 249.589 396.804 74.725 41.369 -46.003 -24.607 893.056 -54 3.773 -59.323 -4.680 —-25.746 18.023 68.750 68.750 23.505 -194.211 —18.873 102.290 -34,36% -1.463.288 2.719.098 -12,2% 28,1% -861.301 356.127 1.362 147.460 -20.951 -805 87.035 —-246.368 398.631 -813.892 -16.480 277.900 53.554 -288.522 -239.385 -2.211.011 382.571 -6.840 140.879 32.995 39.004 -247.427 34.636 614.990 816 -112.328 1.160.395 -128.168 -54.423 —-314.964 500.979 -118.801 245.763 4.625 146.200 13.523 -7.176 -8.805 -287.600 -330.105 309.854 -840.631 223.720 303.182 -3.454 73.548 -233.479 -1.322.659 400.871 -231.492 432.265 24.113 307.972 387.579 -28.148 173.413 188.347 -69.856 -246 -116.499 32.232 433.708 -378.917 174.316 -19,00% -1.333.531 -102.637 157,3% 4,0% 187,3% 58,1% 13,0% 12,9% 14,6% 1,6% 18,3% -24,0% 102,1% 4,8% 36,3% -24,9% 7,0% -55,4% -10,3% 46171,7% -0,4% -2,9% -3,8% -85,7% -55,2% 0,6% 3,0% 3,9% 4,3% 18,2% -0,6% -32,0% -25,6% -6,9% 0,7% 23,2% -1,5% -9,1% -4,6% -6,0% 18,5% 93,2% -12,1% -100,0% 78,8% 7,6% Var. Real % Actual Var. % 2005 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2006 2005 2006 -4,3% 13,8% —0,55 0,16 0,00 0,48 0,84 0,10 1,77 —0,01 0,64 0,67 0,64 0,12 1,23 0,42 —0,28 0,00 —0,00 ——0,26 0,26 1,05 0,08 0,50 1,19 0,87 0,16 0,38 0,16 0,00 0,21 0,33 0,06 1,16 —0,01 0,61 0,69 0,50 0,12 1,26 0,30 —0,24 0,00 ——0,00 0,13 0,09 0,09 0,96 0,09 0,40 1,86 0,83 —2,37 -3,96 0,00 6,53 2,48 3,39 0,52 —0,15 0,76 0,25 8,63 2,68 -1,14 1,61 —1,27 2,97 —4,88 ——0,35 0,35 0,50 2,16 0,59 1,60 0,15 0,18 3,40 -3,79 0,01 3,11 0,68 1,98 0,66 0,03 0,09 0,60 0,30 1,25 0,87 -1,13 0,84 0,18 0,91 3,21 1,69 —0,18 0,65 0,49 0,49 0,54 2,09 1,09 1,46 0,16 280,16% 0,28 0,29 1,61 0,59 86,6% -33,1% 229,2% -3,9% 162,6% -764,3% -109,8% 0,61 0,48 —0,52 0,00 1,34 0,65 —0,54 0,91 0,30 0,34 0,51 0,51 0,49 0,00 0,09 0,67 0,65 0,44 0,52 0,65 0,67 0,17 0,00 —0,18 0,46 0,09 0,65 —0,49 0,24 0,67 0,58 0,32 0,50 0,00 1,24 0,25 0,20 0,99 0,92 0,32 0,32 0,61 0,56 0,42 0,00 0,10 0,67 0,69 0,45 0,56 0,70 0,67 0,12 0,00 0,00 0,18 0,00 0,00 0,67 0,10 0,50 0,25 -3,35 4,36 0,00 2,21 5,41 5,11 3,24 —10,58 2,16 3,27 1,70 1,85 2,07 1,71 0,38 1,76 2,50 2,27 0,37 1,69 2,28 5,33 0,27 0,08 0,10 0,65 5,24 1,60 1,04 —0,86 0,29 2,37 4,03 0,38 2,00 4,05 2,89 0,95 188,67 6,41 1,93 4,44 1,74 1,95 2,37 1,61 0,26 0,94 2,13 2,22 0,41 1,61 2,09 4,67 0,29 0,09 0,15 0,58 0,00 2,60 1,16 0,07 0,75 0,39 0,39 0,38 1,56 1,12 193,1% 24,5% 59218050,0% 169,1% 121,3% 150,6% -24,1% 1092,4% 12,9% 4,4% 114,0% -139,8% -14,7% 96,9% -89,3% -26,4% -9,5% -9,5% 28,8% -76,2% -29,9% -24,6% -0,1% 1416,2% 5,8% -106,3% 124,7% 5,4% 42,0% 1,6% -3181,4% 197,5% -29,1% 665,6% 251,9% -178,8% -72,7% 22279,0% 39,7% -100,0% 11,9% 157,4% -16,6% -66,3% 92,54% 181 Estatísticas Statistics SERVIÇOS / SERVICES Empresa Company Balanço / Balance She Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2005 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Hospedagem e turismo / Accommodation and tourism BLUE TREE ELDORADO HOPI HARI HOTÉIS OTHON SAUIPE SP TURISMO ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 46.668 11.862 216.212 405.710 4.429 190.391 44.235 10.818 181.865 384.751 5.571 242.163 -8,1% -11,6% -18,4% -8,05% 22,0% 23,3% 580 -7.123 -169.364 2.690 -8.053 10.737 7.336 -9.764 -244.424 -22.478 -10.934 46.596 1126,3% -32,9% -39,9% -910,17% -31,6% 320,8% 194.250 7.641 61.158 95.533 17.806 64.452 170.376 6.416 64.022 94.070 17.420 64.361 -15,0% -18,6% 1,5% -4,53% -5,1% -3,2% 326 -8.362 -70.292 -31.077 -3.863 -18.865 -5.462 -2.674 -73.034 -3.159 -2.786 -23.515 -1724,5% 69,0% -0,7% 90,14% 30,1% -20,9% 875.272 869.403 -3,69% -170.533 -233.668 -32,85% 440.840 416.665 -8,36% -132.133 -110.630 18,82% Saneamento e serviços de água e gás / Sanitation and water and gas services CASAN COMGÁS COPASA MG SABESP SANEPAR ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 1.255.355 2.579.085 3.586.432 17.431.097 3.827.438 1.317.447 2.939.897 4.924.649 18.093.711 4.156.882 1,8% 10,5% 33,1% 0,64% 5,3% 711.304 881.257 2.057.507 8.482.548 2.132.524 736.064 1.050.011 3.257.051 9.112.240 2.335.551 0,3% 15,5% 53,5% 4,15% 6,2% 341.975 2.512.906 1.476.580 4.953.363 1.117.705 355.102 2.972.336 1.681.912 5.527.333 1.153.809 0,7% 14,7% 10,4% 8,19% 0,1% 39.898 483.879 218.520 1.242.569 266.218 30.262 651.591 432.452 1.334.470 253.071 -26,5% 30,6% 91,9% 4,13% -7,8% 28.679.407 31.432.586 6,26% 14.265.140 16.490.917 12,08% 10.402.529 11.690.492 8,96% 2.251.084 2.701.846 16,37% 222.857 901.533 5.496.607 347.123 154.277 154.020 -17.111 179.147 120.641 10.760.385 1.038.210 885.846 10.204.207 120.576 909.195 5.528.301 368.555 156.408 82.266 -17.867 87.997 -139.376 11.928.767 1.118.196 953.434 10.610.114 432.025 754.839 10.138.684 0 0 0 0 0 0 14.616.632 0 1.148.934 14.395.101 436.278 947.680 10.296.659 0 0 0 0 0 0 14.296.850 0 1.193.476 14.643.021 -2,1% 21,7% -1,5% 0,7% -1,4% -9.105 -194.706 -1.157.242 85.252 2.565 124.342 -765 -9.577 10.180 2.130.362 190.056 270.062 2.395.495 -127.579 28.444 144.739 77.169 2.131 -71.668 -709 -83.623 -260.214 2.096.881 121.299 183.627 3.120.635 -1258,5% 114,2% 112,1% -12,2% -19,4% -155,9% 10,1% -746,6% -2578,3% -4,6% -38,1% -34,1% 26,3% 30.447.742 31.706.566 41.486.215 41.813.964 -2,28% 3.836.919 5.231.132 32,19% -2.236.163 -556.035 -20.113 -151.492 7.028 378.628 658.105 9.489 1.042.063 —29.261 —310.011 20 6.143 872 710.829 0 1.126.233 0 88.497 418.300 —1.295 —714.325 -11,9% 3,7% -216.701 -42.081 -814 -160.003 -190 131.507 85.061 2.641 62.019 -1.291.372 584 -83.017 82.312 -241.958 -107.999 -1.066 -30.331 -26 162.185 100.244 1.752 -146.438 —348 —136.739 -8,3% -148,8% -27,0% 81,6% 86,7% 19,6% 14,3% -35,7% -328,9% 21,7% 22 0 842 671.047 0 854.864 0 76.491 353.570 6.644.898 1.267 0 667.631 94,84% 9.270.632 3.066.514 -67,93% -1.430.054 -126.550 91,42% 388.723 0 313.644 504.613 160.757 —12.341 0 832.490 143.356 155.568 407.427 183.606 417.088 0 328.953 540.519 172.804 0 15.596 0 1.099.498 182.789 213.215 460.943 301.976 4,0% 78.508 720 -22.816 26.989 30.625 5.249 -4.841 -4.127 14.184 28.066 -2.265 130.603 2.110 15,3% 128,9% -187,7% 33,3% 1,3% 28,1% 23,6% 32,9% 9,7% 59,5% 66.028 305 25.233 19.634 29.298 —-8.217 -2.387 49.464 29.671 19.106 85.933 39.391 3.102.525 3.733.381 16,67% 353.459 283.005 -22,37% Telecomunicações / Telecommunications AMAZÔNIA CELULAR AMERICEL BRASIL TELECOM CONTAX GEODEX GVT HOLDING INEPAR TELECOM TELE NORTE CELULAR TELEBRÁS REMANESC TELEMAR NORTE LESTE TELEMIG CELUL PART TELEMIG CELULAR TELESP ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 694.203 1.693.809 16.107.453 365.266 154.534 154.020 329 183.149 292.497 24.400.983 1.139.662 1.627.518 17.759.732 641.895 1.299.999 15.997.784 383.908 156.701 82.399 203 96.114 235.027 25.494.128 1.165.375 1.618.354 18.145.880 64.573.155 65.317.767 -10,3% -25,6% -3,7% 1,9% -1,7% -48,1% -40,2% -49,1% -22,1% 1,3% -0,9% -3,6% -0,9% -1,93% -47,5% -2,2% -2,5% 2,9% -1,7% -48,2% -1,2% -52,4% -212,0% 7,5% 4,4% 4,4% 0,8% 0,96% -5,2% Transporte e logística / Transport and logistics COBRASMA DHB DOCAS IMBITUBA FERROVIA CENTRO ATL GRUCAI LOCALIZA OHL BRASIL RIOSULENSE SANTOS BRASIL SAVIRG TREVISA VARIG TRANSPORTES WILSON SONS ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 27.638 62.525 177.970 1.871.750 7.583 1.068.426 602.944 68.216 509.566 2.335.423 41.129 56.883 653.111 22.244 62.073 197.703 1.914.575 7.047 1.545.424 706.176 70.878 1.333.477 —38.460 —698.880 -22,0% -3,7% 7,7% -0,8% -9,9% 40,2% 13,6% 0,7% 153,7% 3,8% -1.995.932 -448.036 -19.046 -121.161 4.199 334.274 600.534 8.592 204.312 -7.920.866 28.872 -860.869 247.068 7.483.164 6.596.937 -14,53% -9.938.059 -529.218 235.733 2.408 155.689 571.635 85.960 —11.568 50.763 210.542 46.444 112.626 683.426 526.048 282.865 123.950 230.926 979.380 242.806 339.700 11.087 46.868 719.464 241.423 398.180 681.123 643.004 169.152 2.130 55.541 265.976 38.785 —-14.826 50.264 44.369 10.341 75.599 438.112 85.564 210.535 123.850 122.032 469.206 198.153 336.891 -8.265 46.675 507.292 196.218 348.922 530.621 343.268 2.692.842 4.940.776 1.221.007 3.425.398 -9,3% -8,6% -20,3% -2,4% -21,2% 62,3% 9,8% 6,3% 7,1% 394,5% -1,7% 0,4% 2,7% 27,7% 12,2% 14,7% -0,9% -42,2% 61,1% Outros / Other AMERICAN BANKNOTE ANHANGUERA CSU CARDSYSTEM DASA DATASUL DINÂMICA ENE DTCOM DIRECT IDEIASNET MEDIAL SAÚDE ODONTOPREV TOTVS UNIVERSO ONLINE VIVAX ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 182 16,3% 4890,7% 43,8% 66,1% 173,9% -7,1% -10,5% 231,3% 404,0% 242,8% -3,4% 18,5% 77,89% 20,7% 5537,5% 113,0% 71,0% 395,3% 46,0% -10,0% 1008,5% 1739,7% 347,5% 17,4% 289,0% 172,00% 1,7% 3,9% 4,2% 22,5% 42,9% -67,6% -72,2% -8,3% -111,5% 47,4% -94,8% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2005 2006 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2006 2005 2006 -991 -7.556 -70.216 -41.071 -3.863 -18.865 6.237 -3.041 -75.060 -25.168 -2.881 -24.014 710,2% 61,0% -3,6% 40,59% 27,7% -23,4% 46.088 18.985 385.576 403.020 12.482 179.654 36.899 20.582 426.289 407.229 16.505 195.567 -22,4% 5,1% 7,2% -2,03% 28,2% 5,5% -2.335 -7.665 -99.288 -62.174 -1.202 -17.968 18.822 -7.234 -110.695 -76.068 -1.235 -30.288 881,5% 8,5% -8,1% -18,62% 0,4% -63,4% 4,16 0,64 0,28 0,24 4,02 0,34 3,85 0,59 0,35 0,24 3,13 0,27 79,46 -2,67 -2,28 149,82 -1,55 16,73 5,03 -2,11 -1,74 -18,12 -1,51 4,20 -142.562 -123.927 15,72% 1.045.805 1.103.071 2,26% -190.632 -206.698 -5,13% 0,50 0,48 -6,13 -4,72 32.418 319.073 288.622 865.647 193.048 24.760 427.387 356.437 872.663 177.080 -25,9% 29,9% 19,7% -2,26% -11,1% 544.051 1.697.828 1.528.925 8.948.549 898.783 581.383 1.889.886 1.667.598 8.981.471 1.000.528 3,6% 7,9% 5,7% -2,69% 7,9% -183.051 -255.546 -35.187 -37.372 24.870 -123.019 -204.118 602.107 -89.146 -55.469 34,8% 22,6% 1759,1% -131,27% -316,2% 0,27 0,97 0,41 0,28 0,29 0,27 1,01 0,34 0,31 0,28 0,76 1,93 0,74 1,05 0,81 0,79 1,80 0,51 0,99 0,78 1.698.808 1.858.327 6,06% 13.618.136 14.120.866 0,53% -486.286 130.355 125,99% 0,36 0,37 0,95 0,86 -5.695 -194.706 -303.671 80.669 2.565 124.342 -833 -42.367 8.220 1.716.934 174.119 195.242 2.541.947 -102.281 9.948 432.391 74.714 2.131 -71.754 -756 -76.081 -260.017 1.614.526 113.414 136.696 2.816.151 471.346 792.276 10.610.846 18.143 257 0 17.440 4.002 171.856 13.640.598 101.452 741.672 2.397.608 521.319 390.804 10.469.483 15.353 293 133 18.070 8.117 374.403 13.565.361 47.179 664.920 2.338.158 -43.076 352.702 -31.647 77.766 0 5 -4.335 -756 108.423 -1.149.477 158.699 279.842 -318.503 -222.704 91.673 1.378.042 122.022 0 -127 -4.884 -5.647 34.708 1.558.132 197.259 83.747 -1.582.522 0,62 0,45 0,63 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,60 0,00 0,71 0,76 0,68 0,73 0,64 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,56 0,00 0,74 0,81 2,12 0,88 1,93 0,05 0,00 0,00 -1,02 0,02 1,42 1,27 0,10 0,84 0,84 4,32 0,43 1,89 0,04 0,00 0,00 -1,01 0,09 -2,69 1,14 0,04 0,70 0,70 4.296.766 4.689.082 28.967.496 28.413.593 -570.357 1.649.699 0,64 0,64 0,95 0,90 -218.343 -192.716 1.933 -160.003 10.775 96.720 76.784 1.935 50.278 -1.476.774 584 -83.017 61.717 -243.613 -118.393 -1.067 -30.331 3.029 118.411 99.419 1.152 -98.637 —495 —92.954 46,0% 2.023.570 510.561 197.016 1.992.911 3.384 539 2.410 59.624 305.254 10.256.289 12.257 917.752 -406.045 2.258.407 618.108 217.816 2.066.067 19 441 48.071 61.389 291.414 —9.199 —-388.869 7,1% -1.626.981 -316.346 -59.767 -34.779 517 -21.680 112.345 -8.901 15.851 -801.138 -23 11.318 61.277 1.991 -358.688 -72.533 128.178 166 -351.360 17.172 -14.010 439.933 —-105 —93.860 48,5% 0,00 0,00 0,00 0,36 0,00 0,80 0,00 1,12 0,69 2,85 0,03 0,00 1,02 0,00 0,10 0,00 0,37 0,00 0,70 0,00 1,25 0,31 —0,03 —1,02 -1,01 -1,14 -10,34 -16,45 0,81 0,62 0,00 6,94 1,49 -1,29 0,42 -1,07 1,64 -1,01 -1,11 -10,83 -13,64 0,00 0,54 0,07 6,47 0,28 —0,31 —1,25 -1.830.127 -176.581 90,65% 15.875.522 5.182.062 -68,35% -2.668.307 -115.396 95,81% 1,24 0,46 -1,60 -9,79 54.696 244 16.055 10.157 20.113 —-8.295 -2.217 30.153 17.755 15.175 266.256 38.755 66.736 669 -16.992 16.511 22.422 10.311 -4.841 -4.127 8.330 16.911 11.085 92.509 78.802 66.581 278 100.148 305.659 47.126 —26.394 499 166.173 36.103 37.027 245.314 440.484 72.330 100 108.894 510.174 44.586 2.809 19.352 193 212.172 45.205 49.258 150.502 299.736 65.997 2.083 6.450 54.625 11.585 —-10.936 10.168 -6.354 4.112 24.063 251.168 -41.225 108.290 95 43.531 344.983 179.988 336.070 -10.205 3.126 437.852 87.047 113.969 357.161 80.928 1,65 0,00 2,01 0,88 1,87 —1,07 0,00 3,95 3,09 1,38 0,60 0,35 1,47 0,00 1,42 0,55 0,71 0,00 1,41 0,00 1,53 0,76 0,54 0,68 0,47 0,39 0,13 1,80 1,15 1,22 —-1,78 0,01 3,75 3,49 0,49 0,56 5,15 0,34 0,00 0,89 1,09 0,23 0,01 -2,34 0,00 0,42 0,23 0,14 0,28 0,87 458.847 298.326 1.471.786 1.515.311 371.736 2.082.835 1,15 0,76 1,21 0,44 -1641,3% 105,0% 238,1% -10,2% -19,4% -156,0% 12,0% -74,1% -3166,9% -8,8% -36,8% -32,1% 7,4% 5,81% -8,2% 40,4% -153,5% 81,6% -72,7% 18,7% 25,5% -42,3% -290,2% -17,8% 18,3% 165,8% -202,6% 57,6% 8,1% 43,4% -80,5% -73,2% -7,7% -29,2% -66,3% 97,1% -36,96% 7,2% -52,2% -4,3% -18,0% 10,5% 0,5% 96,6% 111,2% -3,6% -54,9% -13,1% -5,4% -4,90% 8,2% 17,4% 7,2% 0,5% -99,5% -20,7% 1833,9% -0,2% -7,4% -27,2% 5,3% -65,2% 5,4% 61,8% -8,3% -28,9% -62,5% 23,8% 21,4% 29,0% -40,5% -34,0% -0,18% -401,3% -74,8% 4321,8% 52,1% -2562,7% -9,2% -624,2% -69,0% 231,4% 20,5% -71,0% -381,7% 380,43% 100,1% -9,9% -17,7% 457,3% -68,9% -1471,3% -85,2% -52,6% 2590,9% -342,6% 59,1% -95,6% 554,4% 512,3% 1406,3% 9,5% -70,2% 6781,2% 1952,5% 359,2% 37,9% 290,3% 443,24% 183 Statistics Estatísticas FINANÇAS / FINANCE Empresa empresa Ativo Total Operacional Total Assets 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 Balanço / Balance She DepósitosTotais Total deposits 2006 Var. Real % 2005 Actual Var. % Crédito Total Total credit 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 Patrimônio Líquido Shareholders’ Equity 2006 Var. Real % Actual Var. % Bancos / Banks ALFA FINANCEIRA ALFA INVESTIMENTOS AMAZONIA BANCO ESTADO PIAUÍ BANCO PINE BANCO SOFISA BANESE BANESTES BANEX BANPARA BANRISUL BCO ITAÚ HOLD FINAN BESC BRADESCO BRASIL BRB BANCO BRASÍLIA MERC BRASIL MERC INVEST MERCANTIL FINANCEIR NORD BRASIL NOSSA CAIXA SANTANDER BR UNIBANCO ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 1.655.905 8.287.077 4.439.604 220.286 ——1.203.628 3.984.094 28.842 978.738 14.235.752 152.434.899 2.834.416 180.984.873 260.918.031 2.214.315 4.242.727 53.896 160.676 12.591.082 33.418.818 5.250.828 82.288.219 2.290.591 9.701.054 5.158.922 212.997 3.214.817 1.806.477 1.443.796 5.163.202 28.954 992.454 15.721.683 209.691.160 2.978.225 240.125.627 303.227.775 2.723.342 5.009.094 115.343 208.221 12.477.424 39.319.392 104.971.203 102.698.303 772.426.706 1.069.280.056 34,1% 13,5% 12,7% -6,3% 0,0% 0,0% 16,3% 25,6% -2,7% -1,7% 7,1% 33,4% 1,9% 28,6% 12,7% 19,2% 14,5% 107,5% 25,6% -3,9% 14,1% 1838,3% 21,0% 34,22% 860.478 2.128.881 782.022 116.083 0 0 762.705 1.821.659 0 743.060 7.311.485 45.704.420 904.544 61.818.778 123.873.552 1.515.099 1.322.472 10.538 47.034 1.245.006 24.690.297 1.723.612 19.930.777 1.134.548 2.450.436 873.720 125.278 576.536 1.130.958 850.041 2.296.867 1.106 810.593 8.727.486 56.455.326 1.293.874 68.748.827 139.930.848 1.731.232 1.342.051 69.158 43.059 1.376.212 27.566.261 24.618.596 21.893.444 297.312.502 364.046.457 27,8% 11,6% 8,3% 4,6% 0,0% 0,0% 8,1% 22,2% —5,8% 15,7% 19,8% 38,7% 7,8% 9,5% 10,8% -1,6% 536,3% -11,2% 7,2% 8,2% 1284,8% 6,5% 18,72% 913.682 2.258.574 780.767 57.503 0 0 147.922 704.747 13.783 149.802 3.519.206 50.643.243 214.174 49.252.230 58.052.466 557.094 1.577.066 31.237 77.517 1.173.054 3.787.888 1.620.811 20.186.351 1.155.514 2.433.476 1.079.501 68.247 726.754 801.507 210.790 924.634 12.627 154.509 3.846.693 72.853.618 388.163 57.820.747 71.817.948 607.456 1.841.477 73.553 87.694 1.754.418 3.946.536 25.414.593 22.820.291 195.719.117 270.840.746 22,6% 4,5% 34,1% 15,1% 0,0% 0,0% 38,2% 27,2% -11,2% 0,0% 6,0% 39,5% 75,7% 13,8% 19,9% 5,7% 13,2% 128,3% 9,7% 45,0% 1,0% 1420,3% 9,6% 34,17% 358.512 691.709 1.630.875 48.326 ——103.569 203.983 7.527 83.150 1.143.179 15.559.656 127.793 19.409.274 16.849.764 275.633 472.759 39.645 95.753 1.380.795 2.298.707 1.729.628 9.323.633 401.640 755.499 1.699.090 55.758 335.200 318.573 105.863 323.307 7.638 89.230 1.295.079 23.564.471 163.601 24.636.362 20.758.158 303.733 483.695 41.893 103.263 1.502.348 2.598.951 8.019.898 9.920.857 71.833.870 97.484.107 8,6% 5,9% 1,0% 11,9% 0,0% 0,0% -0,9% 53,7% -1,6% 4,0% 9,8% 46,8% 24,1% 23,1% 19,4% 6,8% -0,8% 2,5% 4,6% 5,5% 9,6% 349,6% 3,2% 31,58% FINANÇAS / FINANCE Empresa empresa Balanço / Balance She Ativo Total Operacional Total Assets Investimentos Investments 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Patrimônio Líquido Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Resultado / Results Lucro/Prejuízo Operacional Operating Profit / Loss 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Holdings / Holdings 521 PARTICIPAÇÕES AES ELPA AGCONCESSÕES ALFA CONSÓRCIO ALFA HOLDING ALL AMÉRICA LATINA AMBEV BAHEMA BATTISTELLA BRADESPAR BRASIL T PAR BRASMOTOR CCR RODOVIAS CIMOB PARTIC CPFL ENERGIA DOCAS ELETROBRÁS EMBRATEL PART ENCORPAR ENERGISA GERDAU MET GOL GPC PARTICIPAÇÕES HABITASUL INEPAR ENERGIA ITAÚSA ITAUTEC J B DUARTE JOSAPAR KEPLER WEBER LA FONTE PARTICIPAC LF TEL LIGHTPAR M&G POLIEST 184 2.551.531 1.686.394 472.128 412.884 370.580 860.337 19.645.477 59.200 187.166 2.627.292 3.745.018 745.636 1.085.205 44.714 4.298.189 179.994 41.894.129 7.515.290 71.718 803.811 3.925.401 1.038.677 160.910 124.831 22.759 9.878.920 186.763 5.921 34.835 41.624 482.935 208.453 93.649 296.318 2.689.902 1.723.593 739.584 427.330 379.010 3.163.209 21.215.193 53.724 207.322 2.986.970 3.756.338 862.916 1.253.106 42.554 4.575.504 38.449 42.304.993 7.605.782 66.054 762.704 4.772.704 1.179.229 0 124.013 16.588 14.271.837 109.348 4.112 35.242 50.117 459.321 213.951 93.649 293.667 2,2% -0,9% 51,9% 0,3% -0,8% 256,5% 4,7% -12,0% 7,4% 10,2% -2,8% 12,2% 12,0% -7,7% 3,2% -79,3% -2,1% -1,9% -10,7% -8,0% 17,9% 10,1% -100,0% -3,7% -29,3% 40,1% -43,2% -32,7% -1,9% 16,7% -7,8% -0,5% -3,0% -3,9% 2.986.350 1.693.647 535.240 420.111 376.400 1.526.310 33.401.781 60.760 197.004 3.145.175 6.031.612 871.297 1.593.258 55.919 13.689.901 296.303 91.046.095 7.555.587 89.686 819.101 4.082.018 1.692.219 175.110 132.321 572.322 156.339.072 806.885 51.572 401.582 202.687 646.679 588.318 179.910 1.139.448 3.180.632 1.771.726 809.740 457.959 408.297 4.907.852 35.645.114 56.201 211.430 3.433.858 5.767.756 1.016.785 1.768.285 53.914 14.048.781 192.369 93.526.198 7.663.327 79.593 1.370.859 4.994.214 2.192.410 —134.231 550.536 214.433.178 779.258 48.602 392.240 152.363 671.342 243.591 187.635 1.029.349 3,3% 1,4% 46,7% 5,7% 5,2% 211,8% 3,5% -10,3% 4,1% 5,9% -7,3% 13,1% 7,6% -6,5% -0,5% -37,1% -0,4% -1,7% -14,0% 62,3% 18,6% 25,6% -1,6% -6,7% 33,0% -6,4% -8,6% -5,3% -27,1% 0,7% -59,9% 1,1% -12,4% 2.769.264 1.058.419 431.308 412.439 369.113 941.324 19.867.339 27.118 180.222 2.650.091 5.250.095 842.562 1.373.823 13.742 4.796.048 122.288 75.714.890 7.365.384 82.846 797.740 3.859.568 1.572.915 152.957 130.589 307.094 18.764.338 313.735 9.724 122.411 72.421 564.830 575.356 97.375 302.748 2.800.727 1.097.032 601.241 448.667 399.344 2.446.488 19.268.063 9.904 196.472 3.151.607 5.278.184 961.125 1.566.362 11.714 4.866.277 69.662 77.835.788 7.330.863 78.724 858.367 4.753.321 2.067.959 —128.746 262.692 27.245.301 351.302 22.734 138.848 -177.503 601.134 227.291 102.311 299.807 -1,9% 0,5% 35,2% 5,5% 4,9% 152,0% -6,0% -64,6% 5,7% 15,3% -2,5% 10,6% 10,5% -17,4% -1,6% -44,8% -0,3% -3,5% -7,9% 4,3% 19,4% 27,5% -4,4% -17,1% 40,8% 8,6% 126,7% 10,0% -337,6% 3,2% -61,7% 1,9% -4,0% 587.347 -128.708 96.010 33.244 30.039 164.141 2.986.120 7.211 28.866 637.001 -585.178 47.246 507.212 -11.389 1.760.161 -14.489 982.550 10.885 9.710 70.366 1.276.775 277.553 -7.697 -1.623 63 8.203.035 58.097 1.084 38.776 -41.524 31.068 19.707 -1.541 -22.300 629.262 3,9% 68.816 151,8% 114.937 16,1% 46.066 34,4% 39.996 29,1% 60.252 -64,4% 4.336.011 40,8% 1.776 -76,1% 18.823 -36,8% 763.675 16,2% 70.946 111,8% 171.682 252,3% 547.565 4,7% -613 94,8% 2.410.599 32,8% -56.520 -278,2% 1.463.156 44,4% 16.670 48,5% -4.905 -149,0% 79.511 9,6% 1.349.074 2,4% 679.389 137,3% —-6.669 -298,4% -44.402 -68433,7% 8.974.597 6,1% 26.673 -55,5% 1.991 78,1% 36.873 -7,8% -239.135 -458,4% 44.574 39,1% 16.985 -16,4% 3.374 312,3% -2.825 87,7% R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Receita Intermediação Financeira Lucro/Prejuízo Líquido Revenue from Financial Intermediation Net Income / Loss 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 342.572 1.058.030 640.787 47.429 218.819 705.373 21.197 211.252 3.084.656 20.292.190 474.329 27.265.760 32.870.047 471.479 900.424 5.947 38.351 2.189.775 6.576.774 714.685 12.642.764 471.610 1.152.149 608.992 46.348 499.073 277.782 241.876 743.487 12.369 220.217 3.296.419 29.740.487 442.913 30.624.580 36.627.161 476.727 1.010.060 11.883 40.295 1.655.717 6.466.569 7.654.054 13.703.579 110.772.640 136.024.347 33,5% 5,6% -7,9% -5,3% 0,0% 0,0% 7,2% 2,2% -43,4% 1,1% 3,6% 42,1% -9,5% 8,9% 8,0% -2,0% 8,8% 93,7% 1,9% -26,7% -4,7% 938,4% 5,1% 19,06% 51.194 78.059 252.425 7.157 ——32.011 76.705 -5.843 7.849 351.947 5.251.334 -13.534 5.514.074 4.153.602 23.801 17.852 3.727 14.051 157.386 765.569 176.318 1.838.483 59.445 87.309 167.157 9.793 62.662 45.078 55.741 133.831 75 6.080 361.659 4.308.927 34.140 5.054.040 6.043.777 89.294 19.950 3.535 11.027 202.734 453.472 767.311 1.750.011 18.754.167 19.727.048 12,6% 8,4% -35,8% 32,7% 0,0% 0,0% 68,8% 69,2% 101,2% -24,9% -0,4% -20,4% 344,6% -11,1% 41,1% 263,7% 8,3% -8,0% -23,9% 24,9% -42,6% 321,9% -7,7% 1,99% Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Nível de Inadimplência Giro do Ativo Alavancagem Level of Default Asset Turnover Leverage 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 2005 2006 Actual Var. % 1.297.393 7.595.368 2.808.729 171.960 ——1.100.059 3.780.111 21.315 895.588 13.092.573 136.875.243 2.706.623 161.575.599 244.068.267 1.938.682 3.769.968 14.251 64.923 11.210.287 31.120.111 3.521.200 72.964.586 1.888.951 8.945.555 3.459.832 157.239 2.879.617 1.487.904 1.337.933 4.839.895 21.316 903.224 14.426.604 186.126.689 2.814.624 215.489.265 282.469.617 2.419.609 4.525.399 73.450 104.958 10.975.076 36.720.441 96.951.305 92.777.446 700.592.836 971.795.949 41,2% 14,2% 19,4% -11,3% 0,0% 0,0% 17,9% 24,1% -3,0% -2,2% 6,8% 31,8% 0,8% 29,3% 12,2% 21,0% 16,4% 399,7% 56,7% -5,1% 14,4% 2569,5% 23,3% 34,49% 0,21 0,13 0,14 0,22 ——0,18 0,18 0,73 0,22 0,22 0,19 0,17 0,15 0,13 0,21 0,21 0,11 0,24 0,17 0,20 0,14 0,15 0,21 0,12 0,12 0,22 0,16 0,15 0,17 0,14 0,43 0,22 0,21 0,19 0,15 0,13 0,12 0,18 0,20 0,10 0,19 0,13 0,16 0,07 0,13 3,62 10,98 1,72 3,56 ——10,62 18,53 2,83 10,77 11,45 8,72 21,18 8,32 14,48 7,03 7,97 0,36 0,68 8,12 13,54 2,04 7,83 4,70 11,84 2,04 2,82 8,59 4,67 12,64 14,97 2,79 10,12 11,14 7,84 17,20 8,75 13,61 7,97 9,36 1,75 1,02 7,31 14,13 12,09 9,35 0,25 0,25 0,06 0,05 R$ milhares / R$ thousands 2005 Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2006 Var. Real % Actual Var. % 469.371 -128.668 93.425 29.953 28.188 169.820 1.545.728 7.211 25.248 636.991 -27.883 51.861 500.493 -11.389 1.021.278 -13.979 974.589 174.427 14.296 70.366 1.275.584 424.501 -9.193 -1.614 63 5.169.916 46.151 2.734 27.499 -42.355 29.812 21.615 -1.541 -22.334 684.258 68.784 111.980 42.464 36.389 74.679 2.806.256 347 20.766 764.343 473.654 158.739 547.268 -2.028 1.404.096 -52.626 1.161.318 105.846 -4.122 79.511 1.345.474 684.472 —-1.843 -44.402 6.795.982 50.964 2.070 22.153 -249.962 47.940 15.828 2.803 -2.941 41,3% 151,8% 16,2% 37,5% 25,2% -57,4% 76,0% -95,3% -20,3% 16,3% 1747,0% 196,8% 6,0% 82,7% 33,3% -265,0% 15,5% -41,2% -128,0% 9,6% 2,3% 56,3% -10,7% -68433,7% 27,5% 7,1% -26,6% -21,9% -472,2% 55,9% -29,0% 276,4% 87,2% Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Endividamento Total Capital de Giro Giro do Ativo Total indebtedness Working Capital Asset Turnover 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Actual Var. % Actual Var. % 217.086 635.228 103.932 7.672 7.287 584.986 13.534.442 33.642 16.782 235.274 781.517 28.735 219.435 42.175 3.697.597 174.015 15.331.205 190.203 6.840 21.361 0 119.304 22.153 1.732 265.228 137.574.734 493.150 41.848 279.171 130.266 81.849 12.962 82.535 836.700 379.905 674.694 208.499 9.292 8.953 2.461.364 16.377.051 46.297 14.958 0 489.572 55.660 201.923 42.198 4.416.020 122.707 15.690.410 332.464 869 512.492 36.200 124.451 —5.485 287.844 187.187.877 427.956 25.868 253.392 329.866 70.208 16.300 85.324 729.542 69,7% 3,0% 94,5% 17,4% 19,1% 307,9% 17,3% 33,4% -13,6% -100,0% -39,3% 87,8% -10,8% -3,0% 15,8% -31,6% -0,8% 69,5% -87,7% 2226,2% 1,1% 207,0% 5,2% 31,9% -15,9% -40,1% -12,0% 145,5% -16,8% 21,9% 0,2% -15,5% -2.677 1.932 3.519 -1.076 -2.181 237.934 422.439 -32.224 -4.998 -92.376 525.412 6.299 190.735 -1.084 -368.991 -15.040 6.552.321 -151.264 -4.797 1.976 38.348 489.143 7.694 -918 226.309 29.452.683 229.332 -30.369 77.811 -46.713 604 10.307 3.677 122.765 -120.832 13.690 6.068 20.712 19.620 258.605 -26.907 -31.889 -8.891 161.572 1.247.278 23.256 481.443 -528 -89.547 -26.326 8.723.053 -300.186 462 49.525 56.246 758.662 —-1.498 -218.735 50.646.173 170.732 -15.045 78.992 -241.912 4.823 7.042 8.611 171.010 -4276,3% 587,0% 67,2% 1966,3% 972,2% 5,4% -106,2% 4,1% -72,5% 269,6% 130,2% 258,0% 144,7% 52,8% 76,5% -69,7% 29,1% -92,4% 109,3% 2330,0% 42,2% 50,4% -58,2% -193,7% 66,7% -27,8% 52,0% -1,6% -402,1% 674,2% -33,8% 127,1% 35,1% 0,00 0,00 0,03 0,00 0,00 0,00 0,19 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,03 0,01 0,57 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,01 0,04 0,24 1,54 0,00 1,19 0,54 0,00 0,00 0,00 0,93 0,00 0,00 0,01 0,00 0,00 0,00 0,32 0,01 0,01 0,00 0,00 0,00 0,04 0,01 0,63 0,00 0,07 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 —-0,01 0,04 0,25 1,49 0,00 1,26 0,30 0,00 0,00 0,00 0,91 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2005 2006 0,08 0,60 0,24 0,02 0,02 0,62 0,68 1,24 0,09 0,09 0,15 0,03 0,16 3,07 1,85 1,42 0,20 0,03 0,08 0,03 0,00 0,08 0,14 0,01 0,86 7,33 1,57 4,30 2,28 1,80 0,14 0,02 0,85 2,76 0,14 0,62 0,35 0,02 0,02 1,01 0,85 4,67 0,08 0,00 0,09 0,06 0,13 3,60 1,89 1,76 0,20 0,05 0,01 0,60 0,01 0,06 —0,04 1,10 6,87 1,22 1,14 1,82 -1,86 0,12 0,07 0,83 2,43 185 Statistics Estatísticas FINANÇAS / FINANCE Empresa empresa Balanço / Balance She Ativo Total Operacional Total Assets Investimentos Investments 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 Resultado / Results Lucro/Prejuízo Operacional Operating Profit / Loss Patrimônio Líquido Shareholders’ Equity Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % 16.643 94.839 1.167.055 82.035 37.148 106.394 11.391 45.702 27 3.246 1.698 125.964 80.872 571.080 1.245.883 -279.348 294.203 959.188 151.692 —195.624 196.928 502.831 —11.792 -51,9% 39,3% 8,20% -70,5% -12,5% -71,4% -73,2% 1720,1% -89,0% -34,1% 280,9% -22,0% -8,1% 194,9% 9,6% -162,1% -5,2% -9,7% -41,6% 27.241.091 19,15% Holdings (continuação) / Holdings (continued) MANGELS MONT ARANHA NEOENERGIA NET PAR AL BAHIA PERDIGÃO PETROPAR PLASCAR POLPAR RENNER PARTICIP SÃO CARLOS SUZANO HOLDING SUZANO PETROQUIM TAM TELEMAR-TELE NL PAR TIM PARTICIPACOES ULTRAPAR UNIBANCO HLD UNIPAR VARIG SERVIÇOS VBC ENERGIA VIVO PART WEG WIEST WLM IND COM ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 196.693 371.830 4.925.465 1.373.840 94.743 1.199.549 226.934 16.141 1.941 56.336 636.030 1.904.997 758.906 385.067 8.942.837 2.727.775 2.154.059 5.421.034 1.081.245 2.248 1.986.415 7.140.076 1.265.516 3.170 114.321 187.185 404.541 5.057.391 2.007.613 107.895 1.597.267 235.338 205.714 1.941 58.675 301.171 2.084.665 779.977 1.394.939 9.796.380 8.337.790 2.025.545 5.766.834 1.129.136 0 1.498.645 9.443.335 1.496.281 0 130.003 -7,7% 5,5% -0,45% 41,7% 10,4% 29,1% 0,5% 1135,7% -3,0% 1,0% -54,1% 6,1% -0,4% 251,2% 6,2% 196,4% -8,8% 3,1% 1,2% -100,0% -26,9% 28,2% 14,6% -100,0% 10,3% 197.848 509.600 12.552.722 1.761.999 242.336 1.293.982 506.211 40.420 2.560 58.349 821.490 2.039.066 2.436.759 793.034 12.895.433 2.909.766 2.626.855 5.738.258 2.611.121 4.621 2.875.941 7.612.894 1.497.784 79.829 253.838 188.661 564.748 13.225.156 2.496.969 263.603 2.144.387 548.942 229.507 2.481 60.168 672.520 2.170.456 2.435.781 2.117.832 11.825.495 8.361.407 2.393.464 6.177.795 2.897.149 —2.798.355 10.134.756 1.694.410 —242.260 -7,5% 7,4% 2,15% 37,4% 5,5% 60,7% 5,1% 450,5% -6,0% 0,0% -20,6% 3,2% -3,1% 158,9% -11,1% 178,6% -11,7% 4,4% 7,6% 148.745.857 170.526.276 11,15% 395.764.396 475.825.927 16,57% 180.017 487.696 5.553.717 621.269 214.222 1.225.215 269.226 38.857 2.436 56.778 618.654 1.528.366 966.554 760.087 8.358.841 2.745.943 1.795.643 5.456.833 1.072.164 -620.363 1.114.707 4.015.189 1.371.463 -97.766 222.418 186.397 528.188 6.217.928 1.240.225 236.672 2.104.512 263.951 227.886 2.453 59.074 477.908 1.677.467 966.570 1.449.386 9.277.874 7.886.378 1.940.710 5.818.408 1.129.413 —1.134.854 8.371.746 1.552.724 —209.221 0,4% 5,0% 8,55% 93,6% 7,1% 66,5% -4,9% 468,6% -2,4% 0,9% -25,1% 6,4% -3,0% 84,9% 7,6% 178,5% 4,8% 3,4% 2,1% -8,8% 33.530 66.022 1.045.747 269.690 41.174 360.181 41.274 -2.735 237 4.773 -910 156.648 85.301 187.770 1.102.211 435.828 300.859 1.029.585 251.864 -160.123 342.255 -799.519 374.812 -67.901 17.497 189.870.282 218.260.499 11,45% 22.165.888 -5,7% 29,1% 9,7% -7,5% -1,3% 102,2% 9,8% -44,6% 123,9% 30,1% -34,7% FINANÇAS / FINANCE Empresa empresa Balanço / Balance She Ativo Total Patrimônio Líquido Operacional Total Assets Shareholders’ Equity 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % 2005 Resultado / Results Receita Líquida Lucro/Prejuízo Operacional Net Revenue Operating Profit / Loss 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % Actual Var. % Actual Var. % Seguradoras e corretoras / Insurers and brokers AETATIS PART ALTERE SECURITIZADO PORTO SEGURO SEG ALIANÇA BAHIA SEG MINAS BRASIL SUL AMÉRICA NACIONA ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 254 37.690 1.209.223 217.227 361.584 3.041.095 100.851 783 1.685.616 274.908 427.279 3.377.097 4.867.073 5.866.534 38396,3% -98,0% 35,2% 22,7% 14,6% 7,7% 16,87% 157 338 1.095.724 88.011 87.855 1.100.948 78.012 557 1.529.583 112.707 108.115 1.163.880 2.373.033 2.992.854 48076,4% 59,8% 35,3% 24,2% 19,3% 2,5% 22,28% —1.488 0 ———- 315 150 0 ———- 1.488 465 -90,2% -69,70% —2.315 254.728 27.276 11.080 -139.729 493 40 460.201 20.265 45.523 160.124 -98,3% 75,2% -28,0% 298,3% 211,1% 155.670 686.646 327,66% Outros / Other BR MALLS PART BRASILAGRO CEMEPE CIMS CORRÊA RIBEIRO FINANSINOS IGUATEMI SHOPPINGS INVESTIMENTOS BEMGE ITAITINGA ACUMULADO DO SUBSETOR SUBSECTOR ACCUMULATED 186 26 1.764 775 22 6.896 23.643 444.735 131.242 1 609.104 518.045 1931721,6% 581.560 31864,6% 774 -3,2% 11 -51,5% 14.985 110,7% 24.080 -1,3% 497.497 8,5% 155.564 14,9% 1 -3,0% 1.792.517 185,33% 26 347 -4.427 16 -4.987 16.372 294.808 106.318 -36 408.437 517.378 1929234,3% 574.405 160395,0% -4.744 -3,9% 4 -75,8% 4.000 177,8% 16.761 -0,7% 263.737 -13,3% 114.577 4,5% -76 -104,7% 1.486.042 252,76% ——0 0 -93 —103.626 0 0 0 95 0 0 15.253 16001,8% —107.932 1,0% 0 0 ——-825 -29 -763 525 12.491 16.986 -43 334 21.118 -317 -38 11.006 1.287 37.846 20.684 -40 62,7% -27,0% 1498,5% 137,7% 193,8% 18,1% 9,8% 103.533 123.280 28.342 91.880 214,31% 15,45% R$ milhares / R$ thousands 2005 Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2006 Var. Real % Actual Var. % 12.066 97.565 822.482 125.663 35.161 361.198 40.958 -2.735 222 4.664 -16.899 137.572 15.244 187.374 1.052.362 434.489 299.178 1.036.006 185.746 -158.388 414.353 -892.200 372.566 -70.388 5.226 5.444 92.492 995.073 81.933 37.300 114.473 20.119 45.702 24 3.246 -16.163 184.871 16 555.954 1.248.204 -285.542 288.373 950.979 90.571 —218.471 70.773 496.598 —8.982 -56,3% -8,1% 17,30% -36,8% 2,9% -69,3% -52,4% 1720,1% -89,5% -32,5% 7,3% 30,3% -99,9% 187,7% 15,0% -163,7% -6,5% -11,0% -52,7% 17.051.649 22.358.353 27,13% -48,9% 107,7% 29,2% 66,6% Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Endividamento Total Capital de Giro Giro do Ativo Total indebtedness Working Capital Asset Turnover 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Var. Real % 2005 2006 Actual Var. % Actual Var. % 287.328 21.904 4.427.998 1.140.730 28.114 68.767 113.211 —124 1.571 202.836 510.700 1.175.596 32.947 4.536.592 163.823 831.212 281.425 1.538.957 624.984 1.761.234 3.597.705 126.321 177.595 31.420 452.081 36.560 4.453.174 1.256.744 26.931 39.875 147.703 —28 1.094 194.612 492.989 1.240.385 668.446 2.547.621 475.029 452.754 359.387 1.767.736 —1.663.501 1.763.010 141.686 —33.039 197.494.140 249.840.026 52,5% 61,8% -2,49% 6,8% -7,1% -43,8% 26,5% 251.905 110.215 1.087.973 251.632 36.674 493.103 56.758 0 512 399 235.278 55.158 259.382 556.533 781.678 -450.585 232.264 906 320.286 —648.046 31.119 54.173 —65.149 70,7% -1,2% -8,39% 273,1% 17,0% 1736,2% -5,7% -100,0% 0,3% -12,5% 501,7% -35,4% 35,3% 43,9% 45,0% -2951,2% -30,7% -96,3% 53,2% 2,0% 143.099 108.123 1.151.511 65.383 30.387 26.037 58.367 1 495 442 37.909 82.837 185.904 375.020 522.830 15.322 324.754 23.559 202.757 180 406.283 -1.304.719 48.983 -92.122 98.447 22,65% 40.358.321 66.903.837 60,73% -78,1% -32,5% -7,0% -6,4% 2,3% 1867,1% -45,6% 181,1% -47,2% 23,8% 11,4% -8,4% -52,5% 8,7% 54,7% 102,3% 7,2% -35,8% Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2005 2006 1,11 0,00 1,34 0,00 0,00 0,00 0,78 0,00 0,00 0,00 0,03 0,00 0,74 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,88 0,00 0,00 0,00 0,00 0,83 0,00 0,90 0,00 0,85 0,02 0,00 0,00 0,75 0,00 0,00 0,00 0,04 0,00 0,75 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,88 —0,00 0,00 0,00 —0,00 1,60 0,04 0,53 1,84 0,13 0,06 0,47 4,00 0,05 0,03 0,33 0,33 1,22 0,04 0,54 0,06 0,46 0,05 1,44 -1,01 1,58 0,90 0,09 -1,82 0,14 2,43 0,07 0,56 1,01 0,11 0,02 0,52 0,70 0,01 0,02 0,41 0,29 1,28 0,46 0,27 0,06 0,23 0,06 1,57 —1,47 0,21 0,09 —0,16 1,28 1,28 1,04 1,14 R$ milhares / R$ thousands Resultado / Results Lucro / Prejuízo Líquido Net Income / Loss 2005 2006 Indicadores Econômicos / Financeiros Economic / Financial Indicators Capital de Giro Giro do Ativo Working Capital Asset Turnover Endividamento Total Total indebtedness Var. Real % Actual Var. % 2005 2006 —1.552 248.657 24.527 11.292 -74.740 373 38 460.160 19.376 29.142 91.681 -97,6% 79,4% -23,4% 150,2% 218,9% 97 37.352 113.499 129.216 273.729 1.940.147 22.839 226 156.033 162.201 319.164 2.213.217 211.288 600.770 175,68% 2.494.040 2.873.680 ——-825 -29 -749 457 19.954 14.601 -43 334 21.095 -317 -38 10.117 820 30.377 16.604 -40 0 1.415 5.202 6 11.883 7.271 66.261 24.924 37 667 7.155 5.518 6 10.985 7.319 125.942 40.987 77 33.366 78.952 116.999 198.656 62,7% -27,0% 1409,6% 74,0% 47,6% 10,3% 9,8% 129,42% Var. Real % Actual Var. % 22728,5% -99,4% 33,3% 21,7% 13,0% 10,6% 11,71% 390,2% 2,8% 13,6% -10,4% -2,4% 84,3% 59,4% 101,8% 64,62% 2005 2006 0 441 -12.482 ———- 77.751 505 6.144 ———- -12.041 84.400 1 -1.392 -305 17 17 —819 33.614 -3 571 365.619 -327 4 2.716 —-5.866 33.815 -5 32.768 396.527 Var. Real % Actual Var. % 2005 Grau de Endividamento Debt-to-equity ratio 2006 2005 2006 —0,04 0,00 ———- 0,00 0,19 0,00 ———- 0,62 110,51 0,10 1,47 3,12 1,76 0,29 0,41 0,10 1,44 2,95 1,90 0,00 0,00 1,05 0,96 -794,4% -2,5% -61,6% ——0,00 0,00 -0,01 0,28 0,23 0,00 0,00 0,00 —0,00 0,00 1,02 0,28 0,22 0,00 0,00 0,00 4,08 -1,18 0,35 -2,38 0,44 0,22 0,23 -1,03 0,00 0,01 -1,16 1,62 2,75 0,44 0,48 0,36 -1,01 1073,26% 0,17 0,07 0,29 0,13 11,0% 147,7% 779,60% 55261,6% 25566,1% -3,9% -77,2% 15390,1% 187 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO ATIVO TOTAL MÉDIO Total Average Assets Evolution (IPCA deflated) R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 20,7% 20,6% 16,2% 0,5% 9,3% -14,8% -10,2% 0,9% 9,0% -20,0% 1,3% -1,5% -7,2% 16,4% 3,0% -11,3% 19,1% -3,7% 8,6% 7,3% -9,4% -4,9% 20,9% -4,5% -7,6% 12,7% 45,6% 11,2% 17,7% -29,4% -14,5% 17,3% 1,4% 0,6% 11,0% -2,1% -13,8% 4,8% 11,5% 3,0% 5,6% 2,7% 7,8% 21,8% 107,6% 6,6% 11,9% 4,3% 1,1% -30,4% -72,0% -50,8% 40,4% -24,5% 27,8% -4,0% 17,3% -7,1% -14,1% -0,3% 7,0% -6,5% 43,0% 9,4% 4,5% 18,7% 12,3% 17,9% -3,1% 2,2% -3,1% 0,4% -4,2% 31,2% 7,9% -6,3% 7,2% 0,4% 7,0% 14,4% 4,5% Papel e Celulose Paper and Pulp 1,2% 20,0% -9,0% 22,2% 10,5% -0,9% 4,5% 8,2% 21,6% Petróleo e Gás Oil and Gas 6,3% 28,2% 11,3% 2,7% 22,5% 9,5% 6,7% 5,9% 13,1% -7,2% 5,9% -2,0% 8,6% 38,1% 8,3% 4,2% -12,5% 6,6% 3,7% 5,9% 4,7% 0,2% -4,4% 3,2% 0,9% -4,0% 2,0% 4,9% 0,7% 2,7% -4,5% 2,2% 0,8% -3,8% -4,2% 8,2% -6,6% -10,5% -1,7% 3,9% -7,5% -8,1% -4,1% -14,1% -6,9% -22,5% 29,7% 16,2% -7,2% 11,6% -11,4% -9,3% -7,7% -3,7% 4,0% -5,3% -0,8% -1,2% -20,9% -7,1% -3,7% 0,3% 6,3% Telecomunicações Telecommunications -56,7% 1,6% 35,9% 39,0% -11,5% -13,2% -13,8% -5,2% -1,9% Transporte e Logística Transport and Logistics -28,5% 18,7% -20,6% 11,5% -21,0% -9,3% -24,4% 5,3% -14,5% Bancos Banks -10,7% -4,7% 10,0% 11,5% 8,5% -6,3% -3,2% 2,8% 34,2% Empresas de Participações Holdings -14,8% -8,2% 2,9% -0,9% -5,0% -2,5% 3,3% 3,6% 16,6% 5,5% -35,5% 13,0% -3,4% 5,5% -56,2% 139,1% 10,9% 16,9% Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) Alimentos Foodstuffs Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco Extração Mineral Mineral Extraction Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products Gráficas e Editoras Printing and Publishing Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing Serviços / Services Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials Energia Elétrica Electric Energy Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services Finanças / Finance Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers 188 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO Average Shareholders’ Equity (IPCA deflated) R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 11,2% 37,6% 11,9% 4,1% -8,9% -12,4% -5,0% 11,1% 11,2% -19,1% -6,5% 8,9% -8,1% -16,2% 0,7% -30,0% 56,6% -6,7% Alimentos Foodstuffs 3,9% 2,4% -8,1% -9,1% -22,9% -13,0% 9,7% 26,2% 69,7% Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco 4,6% -3,6% -19,4% -2,8% 6,4% -6,4% -2,2% -3,3% -1,4% -16,2% 0,0% -5,5% 1,7% -3,5% 5,7% 11,8% 24,3% 61,9% -2,9% 13,4% 3,1% 10,6% -28,8% -113,6% -181,1% 23,5% -30,7% 8,3% -11,3% -2,6% -2,6% -9,1% -6,2% -0,5% 27,4% 62,3% Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts -1,1% -1,8% 23,6% 3,1% -1,3% -5,6% 3,3% 10,7% 14,2% Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel -4,3% 7,5% -3,6% -8,7% -10,9% 21,0% 13,8% 43,3% 11,6% Papel e Celulose Paper and Pulp -4,6% 6,9% -5,4% -9,7% -7,3% 23,4% 8,7% 5,0% 18,8% 2,9% -23,8% 31,6% 7,8% 7,8% 27,2% 16,0% 18,4% 19,5% -19,4% -6,5% 3,7% -2,9% -14,7% 8,2% 32,4% 2,8% 0,3% -3,7% -2,3% 2,2% -1,6% -13,4% 11,2% 1,9% -0,3% 6,5% 4,7% -6,5% 8,6% -8,7% -7,5% -6,6% -5,4% 0,4% 78,5% Energia Elétrica Electric Energy -11,8% -18,6% -5,6% -8,9% -29,0% -3,8% -0,5% -1,3% 12,5% Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism -46,2% 18,5% -9,7% 20,0% 4,0% -62,1% -129,6% -396,7% -32,9% -0,1% -10,6% 0,3% -9,7% -28,9% -4,6% 1,4% 0,0% 12,1% -58,6% 3,6% 19,9% 16,7% -12,1% -19,9% -17,4% -7,8% 1,0% -385,5% -10,8% -47,6% -45,7% -183,1% -15,8% 11,8% -12,9% 94,8% Bancos Banks -0,6% 4,6% 2,7% 9,8% -1,1% 9,7% 6,8% 5,8% 31,6% Empresas de Participações Holdings -4,5% -8,7% -1,2% -5,4% -9,9% -3,4% 7,2% 7,8% 11,5% 4,7% -41,2% 5,2% -0,4% 11,6% -48,5% 93,5% 10,0% 22,3% Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) Extração Mineral Mineral Extraction Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products Gráficas e Editoras Printing and Publishing Petróleo e Gás Oil and Gas Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing Serviços / Services Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services Telecomunicações Telecommunications Transporte e Logística Transport and Logistics Finanças / Finance Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers 190 EVOLUÇÃO REAL DO LUCRO/PREJUÍZO LÍQUIDO MÉDIO Actual Average Net Income/Loss Evolution (IPCA deflated) R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 102,0% -56,6% 85,1% -14,4% -20,1% 31,1% 49,8% 9,4% -15,5% Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) -59,4% -61,7% 363,3% 28,4% -79,6% 143,7% -823,5% 110,3% -124,1% Alimentos Foodstuffs 196,6% -226,6% 25,3% 128,0% -602,3% 159,5% 10,1% -95,5% 3941,2% Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco 28,7% 19,7% -30,6% 19,5% 34,3% -26,8% -11,5% -10,4% 15,0% Extração Mineral Mineral Extraction 98,6% 0,3% 81,2% 29,9% -35,2% 89,2% 40,9% 47,9% 27,2% -32,8% 743,7% -59,3% 79,7% 233,5% -380,9% 75,7% 106,1% -323,9% -8,9% -47,3% 36,0% -0,3% -4,8% -8,5% 14,5% 104,3% 19,0% Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts 169,1% 18,4% 735,8% -19,9% -2,1% -46,0% 132,2% -27,3% 30,7% Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel -76,7% 92,8% 507,6% -69,8% -65,3% 1073,0% 112,7% 9,5% -22,4% -11668,6% 201,4% 412,5% -36,0% -76,1% 1116,6% -20,5% -19,3% 7,0% 4,2% 1,1% 379,8% -6,2% -19,2% 71,9% -4,2% 22,8% 7,8% Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber -63,0% 268,5% 38,6% -59,8% -292,2% 261,5% 104,0% -29,4% -39,6% Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing 780,0% -234,6% 322,7% -84,1% -126,9% 2605,5% 0,4% -36,4% -79,3% Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials -27,9% 0,2% 96,0% -72,8% 61,4% 0,8% -45,9% -3,2% 489,6% Energia Elétrica Electric Energy -42,7% -134,3% 118,2% 324,9% -1401,3% 129,5% 6,4% 77,5% -3,5% -525,7% -121,4% -216,4% 37,1% 3,7% -37,7% 12,3% -5,4% 15,7% Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 211,2% -163,1% 232,1% -52,4% -256,2% 242,8% -9,0% 38,5% 6,1% Telecomunicações Telecommunications -81,6% -92,8% 2823,1% -2,6% -10,4% 4,3% 13,2% 17,3% 5,8% -226,8% 3,5% 80,0% -529,9% -305,4% 33,9% 88,7% -340,6% -37,0% Bancos Banks -37,8% 46,9% -31,7% 60,5% 45,4% -2,3% 28,6% 21,9% 2,0% Empresas de Participações Holdings -39,4% -69,2% 257,8% -23,9% -98,1% 3666,8% 120,3% 13,1% 27,1% Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers -23,9% 19,6% -1,9% -18,9% -22,1% -3,0% -54,6% 104,4% 175,7% Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products Gráficas e Editoras Printing and Publishing Papel e Celulose Paper and Pulp Petróleo e Gás Oil and Gas Serviços / Services Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism Transporte e Logística Transport and Logistics Finanças / Finance 191 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DA RECEITA LÍQUIDA MÉDIA Average Net Revenue Evolution (IPCA deflated) R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 19,0% 3,7% 18,1% -3,2% -3,6% -1,2% -9,7% 6,1% 6,8% Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) -7,6% -4,9% 6,6% 35,1% 9,8% 11,3% 34,8% 3,3% -5,8% Alimentos Foodstuffs 18,4% 21,4% -54,6% 102,1% 4,9% 10,5% 0,8% 13,8% 22,9% Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco -7,6% 0,3% 2,7% 5,2% 3,9% 4,5% 3,6% 5,0% 11,6% -15,0% 17,1% 9,2% 18,1% 14,0% 10,8% 20,1% 21,2% 6,2% Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products -7,8% -2,6% -6,0% -9,0% 13,2% -29,0% 14,6% -40,4% -3,1% Gráficas e Editoras Printing and Publishing 11,8% -2,1% 40,9% 4,6% -18,9% 6,7% 0,6% -2,6% -2,0% Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts -8,8% 14,2% 24,4% 19,7% -3,1% -9,4% 33,4% -8,3% -1,0% -10,4% 13,9% 18,4% 6,2% 18,0% 11,7% -1,0% -4,2% -2,7% 5,2% 128,1% 22,8% 8,6% 53,7% 17,7% -1,9% -7,7% 3,7% Petróleo e Gás Oil and Gas -5,2% 45,4% 49,2% 4,9% 1,2% 25,1% 3,3% 15,4% 9,4% Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber -9,4% 35,6% 43,3% 1,2% 3,4% 49,0% 23,2% -3,5% 2,8% Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing -0,8% 22,2% 6,2% 4,7% 4,7% 2,8% 11,0% -17,0% -18,0% Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials -0,2% -4,3% 4,2% -6,9% 0,6% 16,6% 9,5% -8,3% 13,4% Energia Elétrica Electric Energy -7,1% -3,7% 11,2% 19,9% -19,2% 4,1% 9,9% -11,8% -8,6% 115,7% -17,4% 37,2% 9,8% -3,1% 3,0% 11,3% -8,0% -8,4% 4,3% -3,0% 2,6% 2,6% -9,4% 9,8% 1,2% 7,8% 9,0% Telecomunicações Telecommunications -57,1% 4,8% 53,6% 62,2% -2,2% -3,9% -4,1% -0,2% -2,3% Transporte e Logística Transport and Logistics -25,3% 5,6% -7,4% -8,2% -1,1% 12,9% -17,2% -9,9% -67,9% 23,8% 8,6% -31,0% 26,1% 50,1% -30,4% -8,7% 12,5% 19,1% Empresas de Participações Holdings - - - - - - - - - Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers - - - - - - -62,0% 2414,1% -69,7% Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Extração Mineral Mineral Extraction Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel Papel e Celulose Paper and Pulp Serviços / Services Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services Finanças / Finance Bancos Banks 192 EVOLUÇÃO REAL DO RESULTADO OPERACIONAL MÉDIO Average Operating Profit Evolution (IPCA deflated) R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 34,1% -2,1% 70,9% -26,2% -2,5% 56,0% 13,9% 24,7% -6,5% Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) -42,1% -111,8% 1140,2% -34,9% -111,9% 905,4% -592,1% 115,1% -384,4% Alimentos Foodstuffs 124,5% -154,5% 7,6% 269,4% -195,2% 319,9% -33,5% -36,6% 487,3% 36,7% 10,5% -23,1% 50,2% 31,3% -26,3% -8,0% -8,7% 21,6% 399,7% -7,9% 64,3% -222,7% 132,6% 1177,9% 12,0% 55,7% 23,0% -144,7% 1161,1% -63,2% 58,1% 201,4% -425,8% 81,1% 110,3% -137,8% Gráficas e Editoras Printing and Publishing -30,2% -128,7% 457,4% 12,8% -16,3% -31,9% 80,0% 150,5% -3,4% Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts 220,6% -115,1% 6425,6% 15,3% -30,1% -47,6% 92,1% -36,8% 51,7% 18,8% -191,7% 339,8% -28,8% -92,4% 4526,2% 116,3% 1,7% -20,2% -2231,4% 163,3% 704,0% -31,2% -90,9% 2191,2% -10,5% -26,1% 7,4% Petróleo e Gás Oil and Gas -22,1% 49,6% 489,9% -6,8% -20,7% 83,2% -5,2% 21,7% 8,9% Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber -16,7% 86,8% 17,9% -52,1% -197,7% 336,2% 112,5% -29,8% -40,9% Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing 462,6% -151,2% 659,5% -74,0% -4,6% 413,2% -5,1% -22,3% -97,6% -13,4% -94,9% 1384,0% -58,3% 80,0% 15,8% -43,5% 63,5% 228,7% 82,8% -1013,5% 92,6% 301,7% -1355,3% 151,9% -6,9% 37,0% 3,3% -253,3% -38,9% -190,6% 23,4% -0,5% -19,6% 15,9% -6,6% 18,8% 60,4% -148,9% 322,2% -60,7% -308,2% 238,2% -8,1% 38,8% 16,4% -96,3% -566,0% 200,4% -5,9% 22,2% 9,3% 34,1% 3,5% 32,2% -108,9% -42,0% 42,1% -58,2% -153,2% 30,7% 90,1% -371,5% 91,4% 165,7% -14,1% -18,2% 27,2% 115,9% -5,9% 37,9% 31,9% -12,2% 11,3% -66,5% 231,6% -33,5% -42,4% 33,8% 105,9% 11,7% 19,2% -52,5% -15,5% 6,3% -12,8% -32,9% 7,1% -90,4% 643,4% 327,7% Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco Extração Mineral Mineral Extraction Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel Papel e Celulose Paper and Pulp Serviços / Services Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials Energia Elétrica Electric Energy Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services Telecomunicações Telecommunications Transporte e Logística Transport and Logistics Finanças / Finance Bancos Banks Empresas de Participações Holdings Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers 193 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO ENDIVIDAMENTO MÉDIO Average Indebtedness Evolution (IPCA deflated) R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 27,3% 10,1% 19,5% -2,2% 23,3% -16,2% -13,3% -5,7% 7,3% -21,0% 9,8% -11,1% -6,3% 52,3% 4,4% -0,3% 3,7% 0,6% Alimentos Foodstuffs 12,2% 10,8% -10,2% -2,0% 47,9% -1,8% -12,5% 7,9% 37,4% Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco 21,1% 45,7% -38,1% -27,8% 34,0% 10,9% 3,4% 24,8% -2,6% Extração Mineral Mineral Extraction -9,2% 13,4% 38,3% 4,4% 15,2% 0,2% 4,2% 19,2% 158,2% Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products 23,7% 9,7% 5,9% -12,3% -33,3% 7,8% 5,3% -0,9% 3,0% Gráficas e Editoras Printing and Publishing 71,1% 6,3% 40,6% -10,8% -18,5% 5,5% 13,5% -32,6% 14,9% Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts 18,6% 9,1% 15,5% 18,8% 29,6% -1,9% 1,8% -9,4% -9,7% Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel -4,0% 61,5% 17,7% -4,6% 19,2% -9,8% 2,5% -7,0% -4,3% Papel e Celulose Paper and Pulp 16,9% 49,1% -14,8% 78,8% 26,5% -17,0% 0,4% 11,7% 24,2% Petróleo e Gás Oil and Gas 11,3% 97,1% 0,8% -0,6% 33,2% -0,9% -0,3% -5,1% 6,0% Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber 12,7% 20,2% -6,6% 19,8% 79,4% 8,6% -6,6% -20,3% 10,8% Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing 16,5% 17,8% 7,6% 2,3% 5,4% -3,9% -0,2% -7,8% -5,4% Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials 5,1% 7,1% -1,9% -0,9% 9,9% 5,7% -2,8% -6,8% -34,4% Energia Elétrica Electric Energy 0,3% -1,3% 1,9% 15,0% 7,3% -10,0% -5,9% -20,7% -19,0% Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism -4,1% 34,5% 26,0% -14,7% 14,6% 6,4% 5,7% 6,4% -2,3% Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 10,3% 1,9% -2,2% 9,1% -12,8% -9,1% -8,1% 0,5% 0,5% Telecomunicações Telecommunications -50,9% -3,4% 81,1% 80,7% -10,8% -5,3% -10,2% -2,8% -4,9% Transporte e Logística Transport and Logistics -21,5% 17,9% -13,9% 17,3% 21,5% 2,9% -17,5% 9,7% -68,4% 1,7% -6,5% 11,0% 13,7% 11,6% -8,2% -4,5% 1,9% 34,5% -47,5% -5,3% 25,5% 18,9% 12,4% 0,1% -7,3% -9,7% 22,7% 6,5% -28,2% 21,2% -6,1% -0,2% -64,4% 209,6% 11,7% 11,7% Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) Serviços / Services Finanças / Finance Bancos Banks Empresas de Participações Holdings Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers 194 EVOLUÇÃO DO GIRO DO ATIVO MÉDIO (%) Average Asset Turnover Evolution (%) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1,38 1,19 1,21 1,16 1,03 1,19 1,20 1,26 1,29 Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) 0,58 0,55 0,59 0,86 0,82 0,88 1,34 1,16 1,00 Alimentos Foodstuffs 0,78 0,88 0,44 0,94 0,82 0,94 1,03 1,04 0,75 Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco 0,68 0,58 0,85 1,04 0,92 0,95 0,98 0,93 1,06 Extração Mineral Mineral Extraction 0,24 0,26 0,26 0,29 0,32 0,34 0,38 0,38 0,19 Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products 0,33 0,29 0,26 0,24 0,38 0,97 2,26 0,96 1,42 Gráficas e Editoras Printing and Publishing 0,80 0,82 0,98 1,10 1,04 1,11 1,05 1,09 0,75 Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts 0,62 0,68 0,71 0,76 0,62 0,58 0,76 0,72 0,73 Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel 0,36 0,31 0,34 0,39 0,42 0,47 0,44 0,37 0,47 Papel e Celulose Paper and Pulp 0,11 0,22 0,29 0,26 0,36 0,43 0,40 0,35 0,32 Petróleo e Gás Oil and Gas 0,53 0,60 0,80 0,82 0,67 0,77 0,75 0,81 0,79 Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber 0,45 0,58 0,84 0,79 0,59 0,81 0,96 1,06 1,02 Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing 0,51 0,59 0,60 0,62 0,68 0,68 0,75 0,65 0,52 Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials 0,24 0,23 0,23 0,22 0,22 0,26 0,29 0,28 0,29 Energia Elétrica Electric Energy 0,23 0,25 0,28 0,32 0,28 0,32 0,37 0,38 0,38 Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism 0,46 0,29 0,34 0,41 0,35 0,41 0,51 0,50 0,48 Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 0,22 0,23 0,24 0,24 0,28 0,33 0,35 0,37 0,37 Telecomunicações Telecommunications 0,32 0,33 0,37 0,44 0,48 0,53 0,59 0,63 0,64 Transporte e Logística Transport and Logistics 0,99 0,88 1,03 0,85 1,06 1,32 1,45 1,24 0,46 0,16 0,19 0,12 0,13 0,18 0,14 0,13 0,14 0,25 Empresas de Participações Holdings - - - - - - - - - Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers - - - - - - - - - Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Serviços / Services Finanças / Finance Bancos Banks 195 Statistics Estatísticas EVOLUÇÃO REAL DO GRAU DE ENDIVIDAMENTO MÉDIO (%) Average Degree of Indebtedness Evolution, % (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 1,62 1,30 1,39 1,30 1,76 1,69 1,54 1,34 1,29 Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) 0,93 1,09 0,89 0,91 1,65 1,71 2,43 0,76 0,82 Alimentos Foodstuffs 1,42 1,53 1,50 1,62 3,10 3,50 2,79 2,69 2,18 Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco 0,76 1,15 0,88 0,66 0,83 0,98 1,04 1,34 1,32 Extração Mineral Mineral Extraction 0,56 0,64 0,93 0,96 1,14 1,08 1,01 0,97 1,55 Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products 0,71 0,68 0,70 0,56 0,52 -4,13 -1,55 -2,01 -1,58 Gráficas e Editoras Printing and Publishing 0,71 0,85 1,23 1,13 1,01 1,14 1,30 0,69 0,49 Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts 1,36 1,51 1,41 1,63 2,14 2,22 2,19 1,82 1,42 Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel 0,78 1,18 1,44 1,50 2,01 1,50 1,35 0,89 0,76 Papel e Celulose Paper and Pulp 0,45 0,62 0,56 1,11 1,52 1,02 0,94 1,01 1,06 Petróleo e Gás Oil and Gas 0,75 1,95 1,49 1,38 1,70 1,32 1,14 0,91 0,81 Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber 0,90 1,16 1,04 1,29 2,71 2,72 1,92 1,51 1,66 Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing 0,69 0,84 0,88 0,92 1,11 0,96 0,94 0,87 0,77 Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials 1,12 1,28 1,16 1,26 1,50 1,69 1,74 1,61 0,59 Energia Elétrica Electric Energy 0,88 1,06 1,15 1,45 2,19 2,05 1,94 1,56 1,12 Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism 2,30 2,62 3,65 2,59 2,86 8,02 -28,61 -6,13 -4,72 Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services 0,73 0,84 0,82 0,99 1,21 1,15 1,04 0,95 0,86 Telecomunicações Telecommunications 0,38 0,35 0,53 0,83 0,84 0,99 1,08 0,95 0,90 -9,62 -10,23 -5,97 -4,80 -2,06 -1,83 -1,71 -1,60 -9,79 Bancos Banks 8,97 8,02 8,66 8,97 10,12 8,47 7,57 9,75 9,97 Empresas de Participações Holdings 0,17 0,18 0,23 0,29 0,36 0,37 0,32 1,04 1,14 Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers 0,79 0,96 1,11 1,05 0,94 0,65 1,03 1,05 0,96 Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Serviços / Services Transporte e Logística Transport and Logistics Finanças / Finance 196 EVOLUÇÃO REAL DO CAPITAL DE GIRO MÉDIO Average Working Capital Evolution (IPCA deflated) R$ milhares / R$ thousands (IPCA deflated) Setor / Sector 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 -40,9% 235,8% -52,4% 49,2% -41,8% -57,0% 131,2% 26,2% -35,7% 333,5% -46,4% 289,5% -96,1% -867,6% 144,2% -209,9% 128,2% -14,0% 91,3% -97,7% -2178,2% 145,0% 5,8% 162,2% -11,0% 78,7% 20,4% -86,5% -264,9% 216,1% -53,2% -562,7% -19,9% 83,9% 166,2% -948,2% -2,9% 32,2% -27,5% -47,5% -41,6% -631,1% -47,3% -112,3% 126,0% -10,8% -227,4% 5,1% 38,6% 70,0% -9,9% -102,5% 15,6% 81,1% 29,2% 12,3% -36,1% -13,9% 29,3% -51,9% 95,7% 77,1% 152,9% Máquinas, Equipamentos, Veículos e Peças Machinery, Equipment, Vehicles and Parts -10,8% -8,5% 123,6% 91,6% -48,4% -79,3% 432,6% 88,0% 36,1% Metalurgia e Siderurgia Metallurgy and Steel -52,3% -199,7% 390,6% -143,7% 114,8% 1172,1% 29,2% 49,2% 3,2% Papel e Celulose Paper and Pulp 135,4% 391,3% 11,4% -158,1% -223,7% 106,2% 1394,2% -37,7% 124,8% Petróleo e Gás Oil and Gas 12,3% -89,5% 83,2% 272,2% -488,6% 65,9% -190,1% 80,2% 90,3% Petroquímicos e Borracha Petrochemicals and Rubber -6,0% 172,5% 56,1% -42,2% -271,5% 4,3% 125,0% 224,2% -27,9% Têxtil e Vestuário Textiles and Clothing -0,5% -37,2% 4,4% -8,2% 5,3% 83,2% 11,7% -15,6% 27,0% Construção Civil, Materiais de Construção e Decoração Civil Construction, Construction and Decoration Materials 66,2% -357,7% 112,7% -166,0% 15,5% -702,3% -5,2% -45,1% 280,2% Energia Elétrica Electric Energy 26,8% 33,3% -40,3% -38,0% 18,7% -67,4% 58,4% 72,9% 92,5% -173,9% -79,2% 5,1% 35,4% -28,7% 16,1% 11,1% -14,4% 33,6% -11913,0% 133,3% 325,2% -140,3% -96,6% -2,1% -42,9% 66,5% 130,4% Telecomunicações Telecommunications -50,5% 39,0% -15,4% -202,9% 83,1% -164,3% 104,7% -361,9% 380,4% Transporte e Logística Transport and Logistics -19,9% 15,5% 37,1% -73,7% -53,7% 7,9% 14,6% 28,8% 95,8% - - - - - - - - - Empresas de Participações Holdings -22,8% -12,7% 63,5% -7,1% -85,3% 202,1% -16,7% 102,4% 60,7% Seguradoras e Corretoras Insurers and Brokers -72,7% -83,1% -92,4% 8291,4% 24,3% -434,4% 62,7% -261,2% 779,6% Comércio / Commerce Atacado e Varejo Wholesale and Retail Indústria / Industry Agricultura (Açúcar, Álcool e Cana) Agriculture (Sugar, Ethanol and Sugarcane) Alimentos Foodstuffs Bebidas e Fumo Beverages and Tobacco Extração Mineral Mineral Extraction Farmacêuticos e Higiene Pharmaceuticals and cleaning products Gráficas e Editoras Printing and Publishing Serviços / Services Hospedagem e Turismo Accommodation and Tourism Saneamento e Serviços de Água e Gás Sanitation and Water and Gas Services Finanças / Finance Bancos Banks 197 Associados da Abrasca ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO S.A. www.abyara.com.br A Abrasca Associates BNDESPAR PARTICIPAÇÕES S.A. B www.bndespar.com.br ACESITA S.A. BOCATER, CAMARGO, COSTA E SILVA ADV. ASSOC. www.acesita.com.br www.bocater.com.br AÇOS VILLARES S.A. BOMBRIL S.A. www.villares.com.br www.bombril.com.br AES ELETROPAULO www.eletropaulo.com.br BOUCINHAS & CAMPOS + SOTECONTI www.boucinhasconti.com.br AES TIETÊ S.A. BRASIL ECODIESEL IND E COM www.aestiete.com.br www.brasilecodiesel.com.br ALBINO ADVOGADOS ASSOCIADOS BRASIL TELECOM S.A. www.albino.com.br www.brasiltelecom.com.br AMÉRICA LATINA LOGÍSTICA S.A. www.all-logistica.com.br BRASKEM S.A. ARACRUZ CELULOSE S.A. BUETTNER S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO www.aracruz.com.br www.buettner.com.br www.braskem.com.br ARCELOR BRASIL S.A. www.arcelor.com.br CENTRAIS ELÉTRICAS BRASILEIRAS S.A. www.eletrobras.gov.br AVIPAL S.A. AVICULTURA E AGROPECUÁRIA C www.avipal.com.br CENTRAIS ELÉTRICAS DE SANTA CATARINA S.A. www.celesc.com.br BANCO BRADESCO S.A. www.bradesco.com.br B CIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO www.grupopaodeacucar.com.br BANCO DA AMAZÔNIA S.A. CIA BRASILEIRA DE PETRÓLEO IPIRANGA www.bancoamazonia.com.br www.ipiranga.com.br BANCO DO BRASIL S.A. CIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS - AMBEV www.bb.com.br www.ambev.com.br BANCO ITAÚ S.A. CIA DE CONCESSÕES RODOVIÁRIAS www.itau.com.br www.ccrnet.com.br BANCO NOSSA CAIXA CIA DE ELETRICIDADE DO ESTADO DA BAHIA www.nossacaixa.com.br www.coelba.com.br BANCO PINE S.A. CIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO – CERJ www.bancopine.com.br www.ampla.com.br BANCO SOFISA S.A. CIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SP www.sofisa.com.br www.sabesp.com.br BANK OF NEW YORK CIA DE SANEAMENTO DE MINAS GERAIS – COPASA www.bankofny.com www.copasa.com.br BARBOSA, MÜSSNICH E ARAGÃO ADVOGADOS CIA DE SANEAMENTO DO PARANÁ – SANEPAR www.bmalaw.com.br www.sanepar.com.br BARDELLA S.A. INDÚSTRIAS MECÂNICAS CIA DE TECIDOS NORTE DE MINAS – COTEMINAS www.bardella.com.br www.coteminas.com.br/ BDO TREVISAN AUDITORES INDEPENDENTES CIA DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA www.trevisan.com.br www.cteep.com.br BETA SECURITIZADORA S.A. CIA ENERGÉTICA DE BRASILIA – CEB www.banifprimus.com.br www.ceb.com.br BLOOMBERG DO BRASIL COMÉRCIO E SERVIÇO CIA ENERGÉTICA DE GOIÁS S.A. – CELG www.bloomberg.com.br www.celg.com.br 198 CIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS – CEMIG www.cemig.com.br C D DROGASIL S.A. www.drogasil.com.br CIA ENERGÉTICA DE SÃO PAULO – CESP DURATEX SA www.cesp.com.br www.duratex.com.br CIA ENERGÉTICA DO CEARÁ – COELCE www.coelce.com.br ECONOMÁTICA E www.economatica.com CIA FIAÇÃO E TECIDOS CEDRO CACHOEIRA www.cedro.com.br EDP – ENERGIAS DO BRASIL S.A. www.energiasdobrasil.com.br CIA HABITASUL DE PARTICIPAÇÕES www.habitasul.com.br EMBRAER – EMPRESA BRASILEIRA DE AERONÁUTICA S.A. www.embraer.com.br CIA HERING www.hering.com.br EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S.A. www.embratel.com.br CIA IGUAÇÚ DE CAFÉ SOLÚVEL www.iguacu.com.br CIA INDUSTRIAL CATAGUASES EMPRESA CONCESSIONÁRIA DE RODOVIAS DO NORTE S.A. www.cataguases.com.br www.econorte.com.br CIA MELHORAMENTOS DE SÃO PAULO ENERGISA S.A. www.melhoramentos.com.br www.energisa.com.br CIA PARANAENSE DE ENERGIA – COPEL ERNST & YOUNG AUDITORES INDEPENDENTES www.copel.com www.ey.com/global/content.nsf/Brazil/Brasil_Home CIA PETROQUÍMICA DO SUL – COPESUL ETERNIT S.A. www.copesul.com.br www.eternit.com.br CIA SIDERÚRGICA NACIONAL – CSN EUCATEX S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO www.csn.com.br www.eucatex.com.br CIA VALE DO RIO DOCE www.cvrd.com.br CONFERENCE CALL DO BRASIL FELSBERG, PEDRETTI, MANNRICH E AIDAR ADVOGADOS E CONSULTORES LEGAIS www.ccall.com.br www.felsberg.com.br CONSTRUTORA SULTEPA S.A. FERTILIZANTES FOSFATADOS S.A. www.sultepa.com.br www.fosfertil.com.br CP CIMENTO E PARTICIPAÇÕES S.A. FIRB ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA www.cpcimento.com.br www.firb.com.br CPFL ENERGIA S.A. FORJAS TAURUS S.A. www.cpfl.com.br www.taurus.com.br F CPM BRAXIS S.A. www.braxis.com.br GERDAU S.A. www.gerdau.com.br CREMER S.A. www.cremer.com.br G GOL LINHAS AÉREAS INTELIGENTES S.A. www.voegol.com.br CSU CARDSYSTEM S.A. www.csu.com.br GUARARAPES CONFECÇÕES S.A. www.guararapes.ind.br CYRELLA BRAZIL REALTY S.A. www.cyrela.com.br HOTÉIS OTHON S.A. DIST. DE PRODUTOS DE PETRÓLEO IPIRANGA www.ipiranga.com.br DIXIE TOGA S.A. www.dixietoga.com.br D www.othon.com.br INDÚSTRIAS ROMI S.A. www.romi.com.br H I 199 Associados da Abrasca INTEGRAL TRUST SECURITIZAÇÃO E SERVIÇOS www.integraltrust.com.br I Abrasca Associates M. DIAS BRANCO S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS www.mdb.com.br M IOCHPE-MAXION S.A. www.iochpe.com.br MELPAPER S.A. www.melbar.com.br ITAÚSA INVESTIMENTOS ITAÚ S.A. www.itausa.com.br MENDES JÚNIOR ENGENHARIA S.A. www.mendesjunior.com.br ITAUTEC PHILCO www.itautec-philco.com.br METALÚRGICA GERDAU S.A. www.gerdau.com.br MMX MINERAÇÃO E METÁLICOS S.A. JBS S.A. www.jbs.com.br J www.mmx.com.br MONTEIRO ARANHA S.A. www.monteiroaranha.com.br JOÃO FORTES ENGENHARIA S.A. www.joaofortes.com.br MOTTA, FERNANDES ROCHA & ASSOCIADOS www.mfra.com.br KEPLER WEBER S.A. www.kepler.com.br K NADIR FIGUEIREDO INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. www.nadir.com.br KLABIN S.A. www.klabin.com.br N NATURA COSMÉTICOS S.A. www.natura.com.br LA FONTE PARTICIPAÇÕES S.A. www.iguatemi.com.br NET SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO S.A. L nettv.globo.com LA FONTE TELECOM S.A. www.iguatemi.com.br OLIVEIRA TRUST DTVM S.A. www.oliveiratrust.com.br LACAZ MARTINS, HALEMBECK, PEREIRA NETO, GUREVICH & SCHOUERI ADVOGADOS O www.lacazmartins.com.br LF TEL S.A. PERDIGÃO S.A. www.iguatemi.com.br www.perdigao.com.br LIGHT SERVIÇOS DE ELETRICIDADE S.A. PETROFLEX INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. www.light.com.br www.petroflex.com.br LOJAS RENNER S.A. PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. – PETROBRAS www.lojasrenner.com.br www.petrobras.com.br LUZ PUBLICIDADE DE SÃO PAULO www.mercadosdecapitais.com.br PETROQUÍMICA UNIÃO S.A. www.pqu.com.br PINHEIRO NETO ADVOGADOS MACHADO, MEYER, SENDACZ E ÓPICE ADVOGADOS www.mmso.com.br M www.pinheironeto.com.br PIRELLI S.A. www.pirelli.com.br MAGNESITA S.A. www.magnesita.com.br PLANNER CORRETORA DE VALORES S.A. www.planner.com.br MANGELS INDUSTRIAL S.A. www.mangels.com.br PORTO SEGURO S.A. www.portoseguro.com.br MARISOL S.A. www.marisolsa.com.br POSITIVO INFORMÁTICA S.A. www.positivo.com.br MATTOS FILHO, VEIGA FILHO, MARREY JR E QUIROGA ADVOGADOS PR NEWSWIRE BRASIL www.mattosfilho.com.br www.prnewswire.com.br 200 P PRICEWATERHOUSECOOPERS AUDITORES INDEPENDENTES www.pwc.com.br P TELE NORTE LESTE PARTICIPAÇÕES S.A. T www.telemar.com.br TELECOMUNICAÇÕES DE SÃO PAULO S.A. www.telefonica.com.br PRIMAV ECORODOVIAS S.A. www.ecorodovias.com.br TELEMIG CELULAR PARTICIPAÇÕES S.A. PROFARMA DISTR. DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS www.telemigcelular.com.br www.profarma.com.br TERCO GRANT THORTOM www.tercogt.com.br THE GLOBAL CONSULTING GROUP RANDON S.A. www.randon.com.br R www.corpbrasil.com.br TIM PARTICIPAÇÕES S.A. www.timpartri.com.br REDE EMPRESAS DE ENERGIA ELÉTRICAS S.A. www.gruporede.com.br TOTVS S.A. www.totvs.com.br REFINARIA DE PETRÓLEO IPIRANGA S.A. www.ipiranga.com.br TOZZINI, FREIRE, TEIXEIRA E SILVA ADVOGADOS www.tozzinifreire.com.br REFINARIA DE PETRÓLEO MANGUINHOS S.A. www.manguinhosrefinaria.com.br TRENCH, ROSSI E WATANABE ADVOGADOS www.trenchrossiewatanabe.com.br RIO GRANDE ENERGIA S.A. www.rge-rs.com.br TRIUNFO PARTICIPAÇÕES E INVESTIMENTOS S.A. www.grupotriunfo.com.br ROSSI RESIDENCIAL S.A. www.rossiresidencial.com.br TUPY S.A. www.tupy.com.br S.A. FÁBRICA DE PRODUTOS ALIMENTÍCIOS VIGOR www.vigor.com.br S ULTRAPAR PARTICIPAÇÕES S.A. www.ultrapar.com.br SADIA S.A. www.sadia.com.br U UNIBANCO – UNIÃO DE BANCOS BRASILEIROS www.unibanco.com.br SANSUY S.A. INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS www.sansuy.com.br UNIBANCO HOLDING S.A. www.unibanco.com.br SÃO PAULO ALPARGATAS S.A. www.alpargatasonline.com.br UNIPAR-UNIÃO DAS INDÚSTRIAS PETROQUÍMICAS S.A. www.unipar.ind.br SOUZA CRUZ S.A. www.souzacruz.com.br USINA SÃO MARTINHO S.A. www.saomartinho.ind.br SUL AMÉRICA – CIA NACIONAL SEGUROS www.sulamerica.com.br USINAS SIDERÚRGICAS DE MINAS GERAIS S.A. – USIMINAS www.usiminas.com.br SUZANO HOLDING S.A. www.suzano.com.br SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. VIVAX S.A. www.suzano.com.br www.vivax.com.br SUZANO PETROQUÍMICA S.A. VIVO PARTICIPAÇÕES S.A. www.suzano.com.br www.vivo.com.br V VOTORANTIM PARTICIPAÇÕES S.A. www.votorantim.com.br TAM S.A. www.tam.com.br T TEKA TECELAGEM KUEHNRICH S.A. WEG S.A. www.teka.com.br www.weg.com.br TELE NORTE CELULAR PARTICIPAÇÕES S.A. WLW INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A. www.telemigholding.com.br www.supergasbras.com.br W 201