FarmacêuticoemFoco
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FarmacêuticoemFoco N ú m eNúmero r o 1 412- | JMaio a n e2011 iro de 2012 Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde Constante Atualização na Prática Diária ( PPDLVXPDHGLomRGR Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ MRUQDO)DUPDFrXWLFR DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP É com HP)RFRSXEOLFDPRV enorme satisfação que cardiologia, neurociência e oncologia. UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD responsável técnica pelo Hospital São XP mais DUWLJR apresentamos umaH[WUHPD edição do jornal(P Continuaremos abordando também VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP Camilo Pompéia, em São Paulo, explica Farmacêutico em Foco. tópicos importantes para a atualização 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD o que é, quais são os objetivos e como PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU Uma publicação direcionada em notícias, farmacêutica. deve ser realizada essa importante XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV atualização de conteúdos, novidades,H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR A importânica da Adesão ao Tratamento, +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV tarefa do farmacêutico clínico, visando HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV assim como os protocolos maisORJLD seráGD um 8QLYHUVLGDGH tema abordado pela Prof. Tania WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH )HGHUDO continuamente prevenir os erros de importantes do trabalho farmacêutico. GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR Carmem P. Govato, nesta e em outras medicação. )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP A atualização e a busca por formas mais edições. 9LROrQFLD R e&DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV efetivas 'RPpVWLFD e eficientes noFRQWUD diagnóstico Na sequencia, temos o Prof. Dr. José 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD Boa Leitura! $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU tratamento de pacientes, é essencialDVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL Henrique G. G. Bonfim, apresentando VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH para o exercício profissional. dois artigos sobre câncer. PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD Cristiane Piva Peres Codinhoto A partir dessa edição teremos sempre Destacamos na seção “Em foco” o artigo Camila Prince de C. Pereira GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV artigos sobre as seguintes áreas$JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD sobre Reconciliação Medicamentosa. LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL terapêuticas: infectologia, anestesia,OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD A farmacêutica Renata Migotto, =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR %UDVVLFD HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD Este jornal também será publicado &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR no site farmaceuticoemfoco.com.br 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP Neurociência Atenção farmacêutica Oncologia Oncologia Cardiologia IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL Neurociência Protocolos clínicos com ênfase na Cardiologia Oncologia Em foco DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD Propostas para atuação farmacêutica cirurgia segura e Acompanhamento Câncer de mama Reconciliação favorecer a adesão ao controle de infecção hospitalar..........2 DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV farmacoterapêutico a aspectos diagnósticos..........11 /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD medicamentosa..........14 Norma Regulamentadora 32 (NR-32): Visão para o profissional farmacêutico..........4 Pág. 6 Pág. 2 pacientes de alto risco cardiovascular..........6 tratamento..........9 Pág. 11 Terapia molecular alvo dirigida no câncer de pulmão..........13 Pág. 14 Pág. 16 FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 A atuação farmacêutica em cirurgia segura e controle da ( infecção hospitalar enfatizada por protocolos clínicos. Constante Atualização na Prática Diária A Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout Organização Mundial de Saúde (OMS) tem dedicado especiais esforços no sentido de melhorar a qualidade da assistência médico-hospitalar, através de diversas atividades protocolares, envolvendo o corpo de profissionais de saúde. Os Desafios Globais pela Segurança do Paciente (Global Patient Safety Challenge) da OMS bem como as ROP’s Canadense para acreditação, têm como primeiro ponto a educação dos profissionais de saúde de todos os continentes, no que diz respeito à higienização correta das mãos. A medida, embora simples, é de fundamental importância no controle de infecções associadas à assistência. Os serviços farmacêuticos clínicos voltados à pacientes em condições críticas, como em UTIs ou cirurgias, requerem habilidades e competências específicas onde o farmacêutico clínico tem papel fundamental e deve fazer parte integrante da equipe multidisciplinar, participando de todo o processo de cuidado ao paciente, mantendo os esforços em garantir a segurança do mesmo nos pro- 2 Tabela 1. Check-list de cirurgia segura - OMS 1. Antes da Indução Anestésica • Confirmação Sobre o Paciente - Identificação do paciente - Local da cirurgia a ser feita - Procedimento a ser realizado - Consentimento Informado realizado • Sítio Cirúrgico do Lado Correto (ou não se aplica) • Checagem do Equipamento Anestésico • Oxímetro de Pulso Instalado e Funcionando • O Paciente Tem Alguma Alergia? - Não - Sim __________________________________ • Há Risco de Via Aérea Difícil e/ou Broncoaspiração? - Não - Sim e há equipamento disponível • Há Risco de Perda Sanguínea > 500mL (7mL/Kg em Crianças)? - Não - Sim e há acesso venoso e planejamento para reposição 2. Antes de Iniciar a Cirurgia • Todos os Profissionais da Equipe Confirmam Nomes e Profissões • Cirurgião, Anestesista e Enfermagem Confirmam Verbalmente - Identificação do paciente - Local da cirurgia a ser feita - Procedimento a ser realizado • Antecipação de Eventos Críticos - Revisão do Cirurgião: Há passos críticos na cirurgia? Qual sua duração estimada? Há possíveis perdas sanguíneas? - Revisão do Anestesista: Há alguma preocupação em relação ao paciente? - Revisão da Enfermagem: Houve correta esterilização do instrumental cirúrgico? Há alguma preocupação em relação aos equipamentos? • O Antibiótico Profilático Foi Administrado nos Últimos 60 Min.? - Sim - Não se aplica • Exames de Imagem Estão Disponíveis? - Sim - Não se aplica 3. Antes do Paciente Sair da Sala de Cirurgia • Enfermagem Confirma Verbalmente com a Equipe - Nome do procedimento realizado - Se a contagem de compressas, instrumentos e agulhas está correta (ou não se aplica) - Biópsias estão identificadas e com nome do paciente - Se houve algum problema com equipamentos que deve ser resolvido - Cirurgião, anestesista e enfermagem analisam os pontos mais importantes na recuperação pós-anestésica e pós-operatória do paciente FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 De acordo com o Protocolo sobre cirurgia e anestesiologia da Sociedade Americana de Farmacêuticos de Serviços de Saúde (ASHP), o farmacêutico clínico atuante nestes setores deve ter atribuições e responsabilidades ligadas ao preparo e distribuição de medicamentos e insumos, controle de medicamentos, redução da perda, má utilização ou desperdício de medicamentos, redução do custo do tratamento, documentação e registro de medicamentos administrados ao paciente, atividades clínicas, gerenciamento de formulários, adesão a protocolos terapêuticos, serviços informativos, educativos e de pesquisa e melhoria nas decisões interdisciplinares Um exemplo de protocolo para indução anestésica, com fácil seguimento por parte dos profissionais de saúde, incluindo o profissional farmacêutico, pode ser observado na tabela1. As atividades clínicas são o foco principal do farmacêutico. O profissional atuante nesta área deve estar familiarizado com todos os medicamentos utilizados, incluindo aqueles para anestesia geral ou localizada, bloqueadores neuromusculares, analgésicos, controle hemodinâmico, prevenção de infecções, tratamento de emergências, controle de hemorragias e náuseas e vômitos no pós-cirúrgico. Este conhecimento é adquirido na observação dos procedimentos de anestesia e cirurgia, conferências, revisões na literatura especializada e envolvimento clínico no cuidado e atenção ao paciente. Dentre os serviços clínicos de maior importância, destacam-se: gerenciamento da utilização de medicamentos, revisão de regimes farmacoterapêuticos, avaliação do uso de medicamentos, informações sobre os medicamentos, sistemas de formulários e protocolos, pesquisas, monitoramento e relato de reações adversas e interações medicamentosas, educação continuada, manejo da dor, participação no suporte emergencial de vida, gerenciamento De acordo com o protocolo sobre cirurgia e anestesiologia da Sociedade Americana de Farmacêuticos de Serviços de Saúde (ASHP), o farmacêutico clínico atuante nestes setores deve ter atribuições e responsabilidades ligadas ao preparo e distribuição de medicamentos e insumos, controle de medicamentos, redução da perda, má utilização ou desperdício de medicamentos, redução do custo do tratamento, documentação e registro de medicamentos administrados ao paciente, atividades clínicas, gerenciamento de formulários, adesão a protocolos terapêuticos, serviços informativos, educativos e de pesquisa, e melhoria nas decisões interdisciplinares. farmacocinético e registro das atividades clínicas. Ainda se faz importante o Constante na Prática Diária gerenciamento de Atualização substâncias controladas, como anestésicos e analgésicos, ( enfocando na monitorização, distribuição, registro, armazenamento, acesso e inventário. Cabe ao profissional farmacêutico a responsabilidade de gerenciar o uso, além da guarda destes produtos, estabelecendo protocolos e diretrizes para devida utilização. PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde cedimentos e resultados que possam melhorar sua qualidade de vida. Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout Diversos artigos enfocam os resultados obtidos diante da intervenção do farmacêutico clínico em cirurgias e demais procedimentos. Wang e colaboradores (2008) demonstraram que as intervenções farmacêuticas em pacientes renais transplantados foram determinantes e permitiram melhoria geral de condições de recuperação no pós cirúrgico além de garantir a adesão à farmacoterapia. Stemer, em revisão de 2010, relata o impacto geral das ações de farmacêuticos clínicos em pacientes transplantados, e demonstra que existe um grau elevado de evidência em relação aos benefícios gerados pela participação deste profissional nos cuidados e atenção a estes pacientes. A cada dia, são publicados mais dados que demonstram os benefícios das ações dos farmacêuticos clínicos em diversos setores e procedimentos permitindo que este profissional continue a buscar sua colocação na equipe multidisciplinar para promover a atenção farmacêutica e a utilização racional de medicamentos. Referências bibliográficas 1. American Society of Health-System Pharmacists. ASHP guidelines on surgery and anesthesiology pharmaceutical services. Am J HealthSyst Pharm. 1999; 56:887–95. 2. Wang HY, Chan AL, Chen MT, Liao CH, Tian YF. Effects of pharmaceutical care intervention by clinical pharmacists in renal transplant clinics. Transplant Proc. 2008:40(7):2319-23. 3. Stemer G, Lemmens-Gruber R. Clinical pharmacy services and solid organ transplantation: a literature review. Pharm World Sci. 2010 Feb;32(1):718. 4. http://whqlibdoc.who.int. Acesso em 03 de Novembro de 2011. 3 FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Atenção Farmacêutica Atualização da Norma Regulamentadora 32 (NR-32): ( Visão para o profissional farmacêutico Constante Atualização na Prática Diária Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD A Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout Norma Regulamentadora 32 (NR32) tem por finalidade primordial estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral. Ela deve ser observada e aplicada nos serviços de saúde, ou seja, qualquer edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, onde existam todos ou quaisquer tipos de ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde, em qualquer nível de complexidade, fazendo assim com o que o ambiente hospitalar, pela enormidade de fatores que podem gerar riscos funcionais, mereça especial atenção, porém, não em detrimento as demais instituições de saúde. As atividades relacionadas aos serviços de saúde são aquelas que, no entendimento do legislador, apresentam maior risco devido à possibilidade de contato com microorganismos encon- De forma geral, o descumprimento da norma acarretará autuação, cobrança e pagamento de multa, impostas pelos auditores fiscais de segurança do trabalho e da vigilância sanitária. trados nos ambientes e equipamentos utilizados no exercício do trabalho, com potencial de provocar doenças nos trabalhadores. Os trabalhadores diretamente envolvidos são: médicos, farmacêuticos, enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem, atendentes de ambulatórios e hospitais, dentistas, limpeza e manutenção de equipamentos hospitalar, motoristas de ambulância, entre outros envolvidos em serviços de saúde. No que diz respeito à responsabilidade, ela é considerada solidária entre o contratante e o contratado, de tal sorte que os atos relacionados e suas consequências são compartilhadas. Dependendo do caráter da instituição de saúde e do serviço por ela prestado, importará de maneira relevante a participação dos trabalhadores, através das Comissões Institucionais sobre- 4 tudo as CIPA’s nos estabelecimentos de saúde de caráter privado, as COMSAT’s nas instuições públicas, as SESMT’s (serviço especializado em engenharia e segurança do trabalho) e a CCIH’s (comissão de controle de infecção hospitalar), além dos eventos específicos como a SIPAT (Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho). De forma geral, o descumprimento da norma acarretará autuação, cobrança e pagamento de multa, impostas pelos auditores fiscais de segurança do trabalho e da vigilância sanitária. Deve ser compreendido como local de trabalho o local onde o profissional exerce efetivamento sua atividade laboral. O empregador deve observar uma série de determinações dentre as quais: - Vedar a utilização de pias e lavatórios para fins diverso daquele destinado. - Vedar o ato de fumar, o uso de adornos e o manuseio de lentes de contato nos postos de trabalho bem como o consumo de alimento nesses mesmo postos de trabalhos. - Vedar a guarda de alimento em ambientes não destinados a esse fim. - Vedar o uso de calçados abertos. Essas ações tem como objetivo minimizar ou mesmo eliminar o risco biológico envolvido na atividade profissional dos trabalhadores. O Programa de Prevenção de Risco Ambiental – PPRA – definirá os pa- FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Uma vez que o farmacêutico é o profissional regulamentado a preparar e manipular medicamento antineoplasicos, o capítulo 32.3.9.4.9.1 da NR 32 esclarece os tipos de acidentes com esses agentes sendo: - Ambiental: onde a contaminação do ambiente devido a saída do medicamento do envase no qual esteja acondicionado, seja por derramamento ou por aérodispersóides sólidos ou líquidos. - Pessoal: cuja contaminação é gerada por contato ou inalação dos medicamentos quimioterápicos antineoplasicos que podem ocorrer em qualquer etapa do processo. Para evitar acidentes desse tipo, e imprescindível a observância às recomendações da NR 32 (capítulo 32.3.4.9.1 até capítulo 32.3.4.10.1) e igualmente às recomendações da RDC 220 da ANVISA de 21/09/2004. Em 30.08.2011, o Ministério do Trabalho e Emprego, através da Portaria 1748, determinou a abrangência de novas situações, que assim alterando o rol de situações de risco a que os profissionais de âmbito hospitalar estão submetidos. O Anexo III da referida portaria faz a inclusão da necessidade de PPRA para materiais perfurocortantes que apresentem a possibilidade de exposição a agentes biológicos, visando a proteção, a segurança e a saúde dos profissionais de saúde, já listados acima. Ficou estabelecida a formação de uma comissão gestora multidisciplinar, a qual deverá elaborar, implementar e atualizar planos de prevenção de ris- Os profissionais devem ser capacitados através de treinamento, antes da implementação ou da adoção de quaisquer medidas de controle, e nisso o farmacêutico que é naturalmente um profissional voltado ao esclarecimento e treinamento, pode contribuir sobremaneira. Essa capacitação deverá ser ampliada e desenvolvida de modo contínuo, visando a prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes. cos de acidentes com materiais perfurocortantes. Essa comissão deve ser constituída, sempre que aplicável, pelos seguintes membros: a) o empregador, seu representante legal ou representante da direção do serviço de saúde; b) representante do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT; c) Vice-presidente da CIPA ou designado responsável nos casos em que não é obrigatória a constituição de CIPA (NR-5); d) representante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar; e) direção de enfermagem; f) direção clínica; g) responsável pela elaboração e implementação do PGRSS - Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde; h) representante da Central de Material e Esterilização; Constante Atualização na Prática Diária i) representante do setor de com( pras; e PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR j) representante do setor de padronização de material. Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde drões da vestimenta completa, (ou em alguns casos, parcial) mais adequada a ser usada pelo trabalhador, a qual será oferecida de forma gratuita. 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Os profissionais devem ser capacitados através de treinamento, antes da implementação ou da adoção de quaisquer medidas de controle, e nisso o farmacêutico que é naturalmente um profissional voltado ao esclarecimento e treinamento, pode contribuir sobremaneira. Essa capacitação deverá ser ampliada e desenvolvida de modo contínuo, visando a prevenção de acidentes com materiais perfurocortantes. Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout A capacitação deve ser comprovada por meio de documentos que informem a data, o horário, a carga horária, o conteúdo ministrado, o nome e a formação ou capacitação profissional do instrutor e dos trabalhadores envolvidos. A NR 32 é uma norma regulamentadora, que atinge todos os profissionais de saúde em sua lide diária com os riscos inerentes ao nível funcional, seja ele técnico ou superior. O profissional farmacêutico, inserido dentro do contexto hospitalar é mais presente no tratamento e manuseio de medicamentos antineoplásicos e também gases medicinais, devendo incorporar todas as recomendações dessa norma e de outras que atingem a profissão, no sentido de evitar acidentes e exposição a riscos ambientais ou pessoais. A Portaria do MTbE nº 1748 de 30.08.2011 estabeleceu a atualização de alguns aspectos da Norma Regulamentadora 32, em especial em seu Anexo III, que visa a criação de Planos de Prevenção de Acidentes (PPRA’s) para materiais perfurocortantes com probabilidade de exposição a agentes biológicos. 5 FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Acompanhamento farmacoterapêutico a pacientes ( de alto risco cardiovascular Constante Atualização na Prática Diária D Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout e acordo com o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) publicado em 2005, as doenças cardiovasculares representam a principal causa de mortalidade em ambos os sexos, tanto no Brasil quanto no mundo.1 Mais de 100 milhões de pessoas nos Estados Unidos são portadoras de uma ou mais doenças crônicas, como hipertensão, diabetes ou dislipidemias. A hipertensão arterial sistêmica afeta em torno de um bilhão de pessoas no planeta.2 A proporção de pacientes hipertensos em que a pressão arterial é adequadamente controlada vem sendo reduzida de maneira significante nas últimas décadas.3 Adicionalmente, o crescimento acelerado das doenças cardiovasculares nos países em desenvolvimento representa uma das questões de saúde pública mais relevantes da atualidade. Há, ainda, o fator ligado a patologias que podem levar ao aumento do desenvolvimento de complicações cardiovasculares, como diabetes, obesidade e dislipidemias, além de outros determinantes, como idade avançada, tabagismo, etilismo e concentração sérica de fibrinogênio. A presença simultânea destas patologias e demais determinantes individuais eleva os vários fatores de risco, tornando este risco sinérgico e multiplicativo. Eles interagem e potenciam-se, elevando, assim, o risco cardiovascular global, isto é, o risco obtido pela presença e interação de todos os fatores de risco num indivíduo. Este é muito mais do que a soma do risco dado por cada um dos fatores isolados.4 Dentro do conceito atual de prevenção cardiovascular, mais importante do 6 que simplesmente rotular um indivíduo como portador de diabetes, hipertensão ou dislipidemia é caracterizá-lo em termos de seu risco cardiovascular. Este fato é respaldado pelo resultado de diversos ensaios clínicos randomizados de grande porte, os quais demonstraram, em pacientes de alto risco cardiovascular, que o benefício de fármacos como o os antiplaquetários responsáveis em reduzir eventos cardiovasculares maiores, mesmo em indivíduos sem manifestações clínicas de aterosclerose e diversos anti-hipertensivos, particularmente os inibidores da enzima conversora de angiotensina e os antagonistas do receptor AT1 da angiotensina II, que apresentam potencial para redução de eventos cardiovasculares, mesmo em pacientes sem critérios diagnósticos de hipertensão arterial sistêmica.5 A prevenção baseada no conceito de risco cardiovascular significa orientar esforços preventivos não somente pelos riscos atribuíveis à elevação de fatores isolados, como a pressão arterial ou o colesterol sérico, mas pela somatória de risco decorrente de múltiplos fatores, estimada pelo risco absoluto global em cada indivíduo. Sob esse enfoque, quanto maior o risco, maior o benefício de uma intervenção terapêutica ou preventiva. O objetivo do cálculo do risco cardiovascular global é identificar aqueles indivíduos FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 O benefício do controle dos fatores de risco ligados às doenças cardiovasculares é extremamente documentado na literatura, tanto na prevenção de eventos que possam gerar tais complicações como em abordagens não farmacológicas ou na farmacoterapia das patologias determinantes. Entretanto, a baixa adesão à farmacoterapia e a carência de acompanhamento adequado destes pacientes contribuem para um inadequado controle de tais condições, aumentando os fatores de risco que levam às complicações cardiovasculares. As intervenções não farmacológicas são representadas principalmente pelas As intervenções não farmacológicas são representadas principalmente pelas dietas cardioprotetoras, pelo abandono do tabagismo e pela atividade física regular, enquanto as medidas farmacológicas com benefício comprovado são expressas pelo uso de hipolipêmicos, antiagregantes plaquetários e antihipertensivos. dietas cardioprotetoras, pelo abandono do tabagismo e pela atividade física Constanteas Atualização na PráticafarmacoDiária regular, enquanto medidas lógicas com benefício comprovado são ( expressas pelo uso de hipolipêmicos, antiagregantes plaquetários e antihipertensivos.5 PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde que devem ser aconselhados e receber tratamento para prevenir as doenças cardiovasculares, bem como estabelecer o nível de intervenção terapêutica.4 Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Os estudos que determinam o benefício do uso terapêutico dos medicamentos citados em algumas classes específicas possuem grau elevado de evidência e comparam diversos fármacos em abordagens e esquemas terapêuticos distintos. No caso dos anti-hipertensivos, os inibidores da enzima conversora de angiotensina ou antagonistas dos receptores AT1 da angiotensina II possuem maior vantagem terapêutica em relação a outros fármacos, uma vez que apresentam reconhecido efeito nefro e cardioprotetor, principalmente em pacientes diabéticos do tipo 2 com nefropatia estabelecida, além da melhoria das condições gerais em pacientes com insuficiência cardíaca, e histórico clínico de acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio, superiores às outras classes na redução da morbidade e mortalidade cardiovascular.6 Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout No tratamento de dislipidemias, as estatinas devem ser consideradas como medicamentos de primeira escolha devido à existência de maiores evidências relacionando-as à redução da morbimortalidade cardiovascular por agirem inibindo a HMG-CoA redutase, reduzindo a síntese de colesterol e aumentando a expressão hepática dos receptores da LDL – e, consequentemente, a captação dessa lipoproteína e das VLDL pelo hepatócito. Além disso, bloqueiam a síntese hepática de triglicérides. Essa ação resulta em diminuição do colesterol total, do LDL-colesterol e dos triglicérides, e aumento no HDL-colesterol, com potências diferenciadas entre as várias estatinas.6 O uso de antiagregantes plaquetários – para redução do risco cardiovascular tem sido descrito na literatura. Cabe salientar que alguns estudos alertam 7 FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Nos pacientes em que se faz necessária a intervenção farmacológica, o profissional farmacêutico tem papel fundamental, cabendo a ele estabelecer critérios rigorosos de cuidado e atenção farmacêutica com o objetivo de garantir a adesão à farmacoterapia adequada, utilizando ferramentas de acompanhamento farmacoterapêutico e a educação e orientação ao paciente na utilização de seus medicamentos. Dentre os métodos descritos na literatura, podemos citar o SOAP, o Pharmacotherapy Workup, o Therapeutic Outcomes Monitoring e o Dáder, sendo que cada um destes é desenhado de forma a atender necessidades específicas com o objetivo de detectar, prevenir e solucionar quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos. No Brasil, os métodos mais utilizados por farmacêuticos clínicos são o Pharmacotherapy Workup, desenvolvido pelo Grupo de Linda Strand da Universidade de Minnesota, e o Dáder, idealizado pelo Grupo de Investigação em Atenção Farmacêutica da Universidade de Granada, tendo em vista que ambos permitem uma análise criteriosa de todas as condições do paciente e estudo dos medicamentos utilizados pelo mesmo, focando nos resultados, detecção de problemas relacionados ao uso de medicamentos e ações que permitam a adesão do paciente à farmacoterapia e o benefício gerado por estas ações. Robinson e colaboradores (2009) investigaram o impacto das ações de atenção farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico de farmacêuticos clínicos no controle dos níveis pressóricos, aderência à farmacoterapia e melhoria da qualidade de vida em pacientes da 8 Diante deste panorama, o farmacêutico deve estabelecer a melhor estratégia na seleção da farmacoterapia adequada aos pacientes que apresentam fatores que podem elevar o risco cardiovascular global, além de traçar um plano eficaz e objetivo de acompanhamento farmacoterapêutico, focado na comunicação adequada, orientação contínua, detecção e resolução de eventuais problemas relacionados ao uso de medicamentos. humanísticas e de comportamento baseadas no modelo de atenção farmaConstante reduzir, Atualização na Prática Diária cêutica permitiram de maneira ( significativa, problemas relacionados aos medicamentos e melhorar a qualidade de vida em pacientes idosos acometidos de patologias crônicas, atendidos em Ribeirão Preto – SP.10 PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde para uma inibição ineficaz da agregação plaquetária pelo ácido acetilsalicílico, fenômeno conhecido como “resistência à aspirina”, o que leva o farmacêutico a determinar, juntamente à equipe multidisciplinar, a melhor escolha terapêutica para cada paciente.7 Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 Pág. 6 Pág. 11 Pág. 14 Pág. 16 Diante deste panorama, o farmacêutico deve estabelecer a melhor estratégia na escolha da farmacoterapia adequada aos pacientes que apresentam fatores que podem elevar o risco cardiovascular global, além de traçar um plano eficaz e objetivo de acompanhamento farmacoterapêutico, focado na comunicação adequada, orientação contínua, detecção e resolução de eventuais problemas relacionados ao uso de medicamentos. ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout Referências bibliográficas Flórida durante um período de seis meses. Seus resultados demonstraram que a comunicação e o aconselhamento dos profissionais permitem uma melhora significativa dos pacientes em relação à diminuição da pressão arterial quando comparados com pacientes em atendimento regular sem atendimento farmacêutico.8 Em estudo de 2010 na Alemanha, Hohmann e colaboradores avaliaram o impacto das intervenções farmacêuticas, em relação à atenção farmacêutica, em pacientes que tiveram acidente vascular cerebral isquêmico, através de fatores ligados à melhoria da qualidade de vida em aspectos ligados à saúde. Os pacientes acompanhados por um período de 12 meses apresentaram melhora nas condições gerais de saúde em comparação àqueles não acompanhados.9 Lyra Junior e colaboradores determinaram, em 2007, que as intervenções 1. World Health Organization. The World Health Report 2005 - Health systems: improving performance. Geneva: WHO, 2005. 2. Scolaro KL, Stamm PL, Lloyd KB. Devices for ambulatory and home monitoring of blood pressure, lipids, coagulation, and weight management, part 1. Am J Health Syst Pharm 2005; 62:1802–12. 3. Berlowitz DR, Ash AS, Hickey EC, et al. Inadequate management of blood pressure in a hypertensive population. N Engl J Med 1998; 339:1957–63. 4. Mafra F, Oliveira H. Avaliação do risco cardiovascular – metodologia e suas implicações na prática clínica. Rev Port Clin Geral 2008; 24:391-400. 5. REACT – Registro do Paciente de Alto Risco Cardiovascular Na Prática Clínica. Protocolo 06.2010. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em: <http://socios.cardiol.br/ iep-hcor/pdf/mat-react.pdf. Acesso em 01.10.2011>. 6. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Rev Soc Bras Hipertens 2004:7(4). 7. Gabriel SA, Tristão CK, Izar LC et al. Rev Bras Cir Cardiovasc 2006:21(3). 8. Robinson GD, Segal R, Lopez LM, Doty RA. The Annals of Pharmacotherapy 2009;44(1):88-96. 9. 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FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Propostas para favorecer a adesão ao tratamento ( Constante Atualização na Prática Diária Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD A Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout esquizofrenia, o transtorno bipolar e a depressão são transtornos mentais que promovem limitações físicas, pessoal e social, sendo fundamental gerenciar a adesão ao tratamento em busca do controle dos sintomas da doença, mantendo uma qualidade de vida ao paciente e a família que geralmente quando não abandona o paciente, também sofre as mesmas limitações. Gerenciar a aderência ao tratamento é indispensável para a avaliação da eficácia e segurança do tratamento farmacológico. Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), a maioria dos hospitais psiquiátricos públicos ou mesmo convênios apresentam poucos programas de acompanhamento aos pacientes com transtor- nos psiquiátricos apesar de dispensarem medicamentos aos pacientes. É compreensível as dificuldades enfrentadas pelo profissional que atende em serviço público, em condições adversas, pressionado por inúmeros fatores que os torna muitas vezes desmotivados, transferindo frequentemente essa descrença, incerteza, para os pacientes e seus familiares, mas infelizmente observamos também esse mesmo tipo de atendimento em muitos convênios e simplesmente por falta de um trabalho multidisciplinar em gerenciar a adesão ao tratamento. Alguns dos fatores que podem interferir significativamente na adesão ao tratamento são: elevado número de pacientes que apresentam nível baixo de escolaridade, quando não são analfabetos, o ex- cesso de pacientes no serviço público e convênios dificultam um atendimento em tempo que permita avaliação consistente da efetividade, da segurança, orientação do uso racional do medicamento e das perspectivas reais do controle de sua doença. Atualmente, de uma forma geral o paciente recebe os medicamentos no início do tratamento diariamente, dependendo da análise do farmacêutico e/ou enfermeiro das condições do paciente em aderir o tratamento de forma correta, além de identificar possíveis problemas relacionados ao medicamento. A orientação farmacêutica é responsável pela adesão ao tratamento. O prontuário com a prescrição e qualquer particularidade do paciente ou tratamento são mantidos na enfermagem e somente em eventual dúvida que o farmacêutico analisa o prontuário. Não existe na maioria dos casos um trabalho multidisciplinar de acompanhamento farmacoterapêutico, de tal forma que o farmacêutico possa identificar uma falha na adesão, problema relacionado ao medicamento por segurança ou efetividade, muito menos uma intervenção farmacêutica que possa ser aderida pelo médico ou pela enfermagem. No retorno do paciente ao serviço público ou convênio a equipe de enfermagem e ou farmacêutico obtém do paciente e do familiar responsável alguns dados referente à melhora do transtorno mental, presença ou ausência de sintomas, às vezes coleta de material biológico que permita avaliar segurança no tratamento e finalmente questiona o familiar ou paciente da adesão ao tratamento. Dependendo de uma análise simples da enfermagem e farmácia o paciente pode receber medicação para cada 15 dias, depois 30 dias e em qualquer mo- 9 FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 10 Em relação ao tratamento farmacológico, a prática da atenção farmacêutica direcionada aos pacientes com enfermidades psiquiátricas pode trazer aos pacientes, familiares ou cuidadores segurança, confiança e controle dos sintomas da doença através da adesão ao tratamento consciente, mas depende de uma relação de respeito, confiança e aceitação entre o médico prescritor e o farmacêutico dispensador. medicamento bem como a definição de cada administração. Cabe também dar a orientação no sentido da identificação de eventuais efeitos adversos bem como a melhor maneira de administrá-los. Em relação ao tratamento farmacológico, a prática da atenção farmacêutica direcionada aos pacientes com enfermidades psiquiátricas pode trazer aos pacientes, familiares ou cuidadores segurança, confiança e controle dos sintomas da doença através da adesão ao tratamento consciente, mas depende de uma relação de respeito, confiança e aceitação entre o médico prescritor e o farmacêutico dispensador. Segundo Fridman & Flilinger a relação entre o médico e o farmacêutico deve seguir as seguintes estratégias: 1) definição clara de metas dos tratamentos farmacológicos, isto é, a sua propriedade na atenuação dos sintomas e na prevenção de recaídas e de recidivas, expondo para o paciente, familiares ou cuidadores; 2) paciente deve ter conhecimento das limitações da eficácia dos psicofárma- cos, orientando com clareza a importância do cumprimento do tratamento, da forma de ingestão, de possíveis Constante Atualização na Prática Diária interações medicamentosas. ( 3) troca ou ajuste na medicação: Clareza na exposição do motivo da troca ou do ajuste afim de que o paciente entenda os motivos da mudança, mantendo sua confiança no tratamento . 4) Reuniões científicas: discussões entre os profissionais da saúde quanto aos protocolos e evolução do tratamento de cada paciente em busca da efetividade e segurança da doença. Infelizmente, com raras exceções, observamos que os pacientes de forma geral não recebem do Sistema de Saúde a devida atenção por parte da equipe multidisciplinar e não recebem informações adequadas, controle sistemático da efetividade e segurança do medicamento predispondo a falha na adesão, ao descontrole do transtorno mental. Existe uma forte evidência de que um enfoque multidisciplinar possa realizar progresso na adesão ao tratamento, por sua vez, exige uma ação coordenada dos profissionais de saúde, dos pesquisadores e dos planejadores dos programas das políticas de saúde. PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde mento pode retornar a receber a cada 3 dias ou 7 dias. A identificação da existência de problemas de aderência pelo psiquiatra e pela equipe de enfermagem e farmácia permite que medidas sejam tomadas para a superação do problema, mas muitas vezes está identificação não ocorre no início gerando complicações do quadro, além de risco de vida ao paciente. Existem dois tipos de medidas possíveis de serem adotadas: intervenções psicossociais e intervenções psicofarmacológicas. As intervenções psicossociais englobam as terapias: cognitivo-comportamental; esclarecimento e apoio; interpessoal, suporte ambiental de monitorização da medicação; entrevistas de avaliação mais prolongadas; assistência social dirigida para solução de problemas logísticos. As intervenções psicofarmacológicas compreendem: adequação de dose simplesmente aumentando ou diminuindo; substituição da medicação oral por injetável, de ação prolongada; emprego de medicamentos que possam antagonizar os efeitos adversos; dosagem plasmática e ajustamento da dose; mudança da medicação para grupos farmacológicos diferentes; simplificação ou alteração do regime posológico. O objetivo maior da monitorização da medicação é manter sob vigilância e controle os resultados advindos desta opção, buscando a manutenção dos benefícios ao paciente. Em geral, o farmacêutico tem como responsabilidade esclarecer as dúvidas que eventualmente o paciente tenha, dar a devida orientação para a dose a ser administrada e facilitar a identificação de cada Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout Referências bibliográficas 1. ANDREOLI, S.B., et al. Utilização dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) na cidade de Santos, São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, v.20, n.3, jun.2004. 2. FRIDMAN, G. A.; FILINGER, E. J. Atencíon farmacêutica em pacientes psiquiátricos ambulatórios. Interacción médico-farmacêutico. Pharmaceutical Care España, n. 4, 2002. 3. MCDONALD, H.P, GARG, A.X.; Haynes, R.B. Interventions to Enhance Patient Adherence to Medication Prescriptions. JAMA, v. 288, n. 22, 2002. 4. Minas Gerais. Secretaria de Estado de Saúde. Atenção em Saúde Mental. Marta Elizabeth de Souza. Belo Horizonte; 2006. 5. ROSA, M. A., EKIS, H. Adesão em esquizofrenia. Rev. Psiq. Clín, v.34, supl 2, 2007. 6. ROSEN C.E, HOLMES S. Pharmacist’s impact on chronic psychiatric out patients in community mental health. Am J Hosp Pharm. 1978;35 June:704---8. FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Câncer ( de mama: aspectos diagnósticos Constante Atualização na Prática Diária Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout através do autoexame visual e de pal- elevadas no país, muito provavelmente pação. Este deve ser realizado cerca de porque a doença ainda é diagnosticada sete dias após a menstruação ou, para em estádios avançados. Mundialmente, aquelas que não menstruam mais, a sobrevida média após cinco anos é de uma vez por mês. 61%, sendo que para países desenvolvi- A mamografia é um método diag- dos essa sobrevida aumenta para 73%; nóstico de câncer de mama que utiliza já nos países em desenvolvimento, fica raios-X (radiografia), sendo bastante em 57%. eficaz para a detecção precoce do cân- Apesar de estar bem estabelecido cer. Não há no momento um consenso que o diagnóstico precoce e o trata- global sobre quando realizar a primeira mento adequado interferem nas taxas mamografia. Prega-se em alguns países de mortalidade e na prevalência da que a realização de uma mamografia neoplasia, poucos são os dados dis- anual a partir dos 40 anos seja uma for- poníveis quanto à extensão do tumor ma eficiente de detecção precoce. No ao diagnóstico do câncer de mama Brasil, a recomendação tem sido para câncer de mama é um tumor no Brasil. Estudos realizados no país que seja realizado uma mamografia fa- maligno que se desenvolve nas há mais de dez anos evidenciavam a cultativa anualmente para as mulheres células dos lóbulos ou ductos detecção desse câncer em estádios a partir dos 35 anos e obrigatório para na região mamária. Este tumor pode, avançados em 60% a 70% dos casos. as mulheres acima 40 anos de idade, ainda, ter início nas células do estroma, Recentemente, alguns estudos mos- levando se em consideração também o que incluem o tecido conectivo fibroso traram uma tendência ao aumento do histórico pessoal e familiar para ambas e adiposo da mama. número de casos iniciais ao diagnós- as decisões. De acordo com dados do tico. O Fatores genéticos, também estão INCA de 2010, o número de casos no- associados ao maior risco de desenvol- vos de câncer de mama esperados para vimento de câncer de mama. Mulheres o Brasil era de 49.240, com um risco que apresentam mutação nos genes estimado de 49 casos a cada cem mil BRCA1 e BRCA2 têm 85% de chance mulheres. Apesar de ser considerado de desenvolver câncer de mama antes um câncer de relativamente bom prog- dos 70 anos de idade. O diagnóstico nóstico, as taxas de mortalidade por deste tipo de tumor pode ser feito esse tipo de enfermidade continuam Referências Bibliográficas 1. INCA – Instituto Nacional do Câncer. Disponível em: <http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/ connect/inca/portal/home>. Último acesso em: <03/10/2011>. 2. Martins E. Evolução temporal dos estádios do câncer de mama ao diagnóstico em um registro de base populacional no Brasil Central. Rev Bras Ginecol Obstet 2009; 31(5):219-23. 11 FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Terapia ( molecular alvo dirigida no câncer de pulmão Constante Atualização na Prática Diária O Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout câncer de pulmão é o tipo mais comum dessa doença e um dos que apresenta maior índice de mortalidade. Sua prevalência é maior em homens, principalmente norteamericanos e europeus. O aumento na incidência de novos casos teve relação direta com o tabagismo, sendo este um dos fatores principais e determinantes para a mudança no panorama da morbimortalidade mundial. A abordagem terapêutica da enfermidade pode incluir radioterapia, cirurgia, quimioterapia convencional e regimes combinados, dependendo da gravidade da patologia. Entre os protocolos quimioterápicos utilizados como estratégia para o tratamento de câncer de pulmão, podemos citar o CAV (ciclofosfamida, adriamicina e vincristina) como a abordagem mais conservadora. Em carcinomas de pequenas células de pulmão, cisplatina e etoposido são mais comumente utilizados, assim como combinações de carboplatina, gemcitabina, paclitaxel, vinorelbina, topotecan e irinotecan. Em estudo clínico fase II de 2009, a combinação de celecoxib e cisplatina apresentou resultados satisfatórios frente a este tipo de tumor. Em tumores de células não pequenas, a abordagem pode ser feita com o uso de cisplatina ou carboplatina em combinação com gemcitabina, paclitaxel, docetaxel, etoposido ou vinorelbina. Estudo de 2006 demonstrou que bevacizumab em combinação com paclitaxel ou carboplatina trouxe bons 12 Novos alvos para a terapia deste tipo de tumor surgiram após uma melhor compreensão dos mecanismos genéticos e moleculares que envolvem a proliferação das células tumorais. resultados à pacientes com menos de 70 anos acometidos com este tipo de tumor. Novos alvos para a terapia deste tipo de tumor surgiram após uma melhor compreensão dos mecanismos genéticos e moleculares que envolvem a proliferação das células tumorais. O primeiro alvo molecular explorado em terapias alvo dirigidas foi o estrogênio, necessário para o crescimento de diversos tipos de tumores mamários. A ligação deste hormônio ao receptor e a formação do complexo hormônioreceptor, ativa a expressão de genes específicos, alguns envolvidos no crescimento e proliferação celulares. Muitas pesquisas demonstraram a eficácia de tratamentos focando a os receptores deste complexo e a interferência na habilidade do hormônio em estimular o crescimento celular. Isto permitiu o desenvolvimento de agentes focados FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Algumas terapias alvo dirigidas bloqueiam a ação de enzimas específicas e receptores de fatores de crescimento envolvidos na proliferação de células tumorais. Estes fármacos também são conhecidos como inibidores da transdução de sinal. Outras terapias alvo dirigidas modificam a função de proteínas que regulam a expressão gênica e demais funções celulares. Podemos citar, como exemplo, os fármacos inibidores da atividade das enzimas histona deacetilases (HDAC), que removem Existem ainda fármacos que levam as células tumorais à apoptose, fármacos que bloqueiam a angiogenese, anticorpos monoclonais que transportam moléculas tóxicas e permitem sua ligação à células tumorais, fármacos que auxiliam o sistema imune à reagir à doença, vacinas e terapias gênicas. pequenos grupamentos acetil de diferentes proteínas, incluindo aquelas que participam da regulação da expressão gênica. Existem ainda fármacos que levam as células tumorais à apoptose, fármaConstante Atualização na Prática Diária cos que bloqueiam a angiogenese, an( ticorpos monoclonais que transportam moléculas tóxicas e permitem sua ligação à células tumorais, fármacos que auxiliam o sistema imune à reagir à doença, vacinas e terapias gênicas. PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde em mecanismo moleculares específicos, como os inibidores do receptor do fator de crescimento epidérmico – EGFR (vandetanib, gefitinib, erlotinib e cetuximab), anti-fator de crescimento endotelial vascular – VEGF (vandetanib, bevacizumab e celecoxib), inibição do complexo proteassoma (bortezomib), agentes que atuam na apoptose, agentes rexinóides (bexaroteno), vacinas e inibidores da dipeptidil-peptidase (talabostat e lonafarnib). Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Pág. 6 ENTREVISTA Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout Para o tratamento de carcinoma pulmonar de células não pequenas, citamos o bevacizumab, um anticorpo monoclonal que se liga ao anti-fator de crescimento endotelial vascular – VEGF e previne sua interação com receptores em células endoteliais, bloqueando um passo necessário à iniciação do crescimento de novos vasos sanguíneos. Além desta moléculas, podemos citar os inibidores da atividade da tirosina cinase do receptor do fator de crescimento epidérmico – EGFR, vandetanib, gefitinib e erlotinib, já aprovados para tumores metastáticos de pulmão e pâncreas não removíveis através de procedimento cirúrgico. Uso off-label de medicamentos Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente As terapias alvo específicas devem ser combinadas com demais alternativas terapêuticas na intenção de suprimir a resistência aos fármacos e progressão do tumor, uma vez que as novas estratégias moleculares já são aprovadas como parte do arsenal terapêutico para os carcinomas de pulmão e possuem menos eventos adversos em relação à quimioterapia convencional. Referências Bibliográficas 1. Behera D. New Approach to the Treatment of Lung Cancer: The Molecular Targeted Therapy. The Indian Journal of Chest Diseases & Allied Sciences 2007: 49. 2. Araujo AM, Mendez JC, Coelho AL. Phase II Study of Celecoxib with Cisplatin Plus Etoposide in Extensive-Stage Small Cell Lung Cancer. Cancer Invest 2009: 27(4). 3. Sandler A, Gray R, Perry MC. Paclitaxel-carboplatin alone or with bevacizumab for non-small-cell lung cancer. N Engl J Med 2006: 355 (24): 2542–50. 4. National Cancer Institute. Disponível em: http://www.cancer.gov. Acesso em 10 de outubro de 2011. 13 FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 Reconciliação medicamentosa ( Constante Atualização na Prática Diária PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR Renata A. R. Z. Migotto • Farmacêutica Responsável do Hospital São Camilo - Pompéia • Pós Graduada em Farmacologia Clínica pela Faculdade Oswaldo Cruz E Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout rros de medicação é a maior causa de lesões e mortes dentro das organizações de saúde em todo o mundo. Metade ocorre porque há falta de comunicação nos pontos de transição e esta também é responsável por mais de 20% dos eventos sentinela dentro dos hospitais.1 Os riscos aos quais os usuários do sistema de saúde estão expostos é uma crescente preocupação dos serviços de saúde. Com o objetivo de melhorar a qualidade do cuidado ao paciente, nas últimas décadas, houve uma crescente busca das instituições hospitalares, laboratórios clínicos, bancos de sangue, planos de saúde e outros serviços e organizações de saúde, pela Acreditação Hospitalar. De acordo com o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, “o processo de Acreditação Hospitalar é um método de consenso, racionalização e ordenação das instituições hospitalares e, principalmente, de educação permanente dos seus profissionais”5 “As organizações hospitalares são consideradas sistemas complexos, onde as estruturas e os processos são de tal forma interligados, que o funcionamento de um componente, interfere em todo o conjunto e no resultado final.”5 Na perspectiva de se obter excelência nos padrões da assistência, novas exigências surgem em busca da melhoria contínua. Com este cenário, certamente uma das áreas que sofreu inúmeras transformações foi a Farmácia Hospitalar, que começou a ser vista como uma área de grande impacto nos resultados institucionais. 14 Na perspectiva de se obter excelência nos padrões da assistência, novas exigências surgem em busca da melhoria contínua. A atuação do farmacêutico hospitalar foi ampliada somando atividades com foco na prática clínica e atenção farmacêutica, áreas ainda em desenvolvimento. Uma das atividades da farmácia clínica e atenção farmacêutica, podemos citar a reconciliação medicamentosa. A reconciliação medicamentosa é o processo que envolve a coleta mais correta possível da lista de medicamentos de uso contínuo do paciente, anterior a sua internação, incluindo nome, dosagem, frequência e horário da última administração e a comparação desta lista com a prescrição médica, com análise crítica nos momentos da admissão, transferência e alta. O processo de reconciliação medicamentosa é uma estratégia poderosa para prevenir e reduzir problemas relacionados a medicamentos, que podem ocorrer nas mudanças de nível de cuidados dos pacientes, como por exemplo: Duplicidade, dose e frequência incorretas, interrupção de tratamento de forma inadequada. Também, dentro deste processo, devemos considerar a verificação e registro dos medicamentos trazidos pelos pacientes que serão utilizados durante o período de internação, esta etapa devera seguir de acordo com a politica definida pela instituição. A reconciliação medicamentosa é um processo aparentemente simples, mas que para sua implantação, necessita de um grande envolvimento e capacitação das equipes, para que o registro seja realizado de forma correta e segura. Em grande parte das instituições, a coleta das informações referentes aos medicamentos de uso domiciliar, é realizada pela equipe de enfermeiros, no momento da admissão. É importante citar, que a coleta das informações dos medicamentos de uso do paciente, pode ser concluída na admissão ou pode necessitar de um período maior. É natural que no ato da internação o paciente e seu acompanhante estejam ansiosos, apreensivos e preocupados, podendo com facilidade se esquecer de dados importantes como a dose do medicamento, os nomes dos princípios ativos (principalmente pacientes idosos ou que fazem tratamentos crônicos com muitos medicamentos) ou a posologia determinada pelo médico. Após a coleta de informações obtém-se uma lista com dados precisos dos medicamentos utilizados, doses, posologias, vias de administração e patologias tratadas. Essa lista deve estar disponível no prontuário do paciente para consulta de toda a equipe multidisciplinar, para acompanhamento do tratamento medicamentoso do paciente. Após a coleta, a comparação e análise da lista com a prescrição é realizada pelo farmacêutico, na admissão e nos períodos de transição (nas transferências, onde ocorre mudança do nível de cuidados, como por exemplo: a transferência do paciente de uma clínica médica para os cuidados da unidade intensiva) e alta do paciente. FarmacêuticoemFoco Número 12 | Maio 2011 A reconciliação medicamentosa é um processo aparentemente simples, mas que para sua implantação, necessita de um grande envolvimento e capacitação das equipes, para que o registro seja realizado de forma correta e segura. Em grande parte das instituições, a coleta das informações referentes aos medicamentos de uso domiciliar, é realizada pela equipe de enfermeiros, no momento da admissão. ao paciente, facilita o acesso e pesquisa de documentos de prontuário, otimiza o tempo de análise do farmacêutico, além de viabilizar a realização da evolução eletrônica. Após a implantação do processo de reconciliação medicamentosa, alguns desafios podem ser encontrados, como: - qualidade no registro das informações no momento da coleta; - necessidade da busca mais ativa dessas informações das equipes envolvidas; - adesão as intervenções. Para o acompanhamento e avaliação do processo após a implantação, é importante estabelecer indicadores, que, através de análise, ajudarão o farmacêutico a definir os pontos a serem trabalhados para que o resultado seja alcançado. Os indicadores são definidos como representações quantitativas ou qualitativas de resultados. De acordo com o Guia Plano seguro de medicação, da Campanha 5 milhões de vidas, os indicadores para acompanhamento e monitoramento da reconciliação medicamentosa são:na Prática Diária Constante Atualização - porcentagem ( de medicamentos não reconciliados; - número de medicamentos não reconciliados por 100 admissões; E o indicador como medida do resultado; - eventos adversos causados por medicamentos por 100 admissoes.6 Pode-se concluir, que a atuação do farmacêutico na prática clínica, é de extrema importância, exercendo seu papel na equipe interdisciplinar, favorecendo a prática da terapia segura e racional, prevenção de eventos adversos ao tratamento e monitoramento de problemas relacionados com o medicamento. Nesse contexto, é de suma importância, que o profissional se mantenha atualizado através de mecanismos de educação continuada, obtendo informações sobre novos tratamentos, estudos clínicos modernos e que conheça ao máximo, os diferentes medicamentos utilizados para a mesma patologia, sendo capaz de comparar fármacos diferentes e propor ao prescritor, quando necessário, substituições eficazes e seguras, especialmente quando o paciente faz uso domiciliar de medicamentos não padronizados no hospital. PPDLVXPDHGLomRGR MRUQDO)DUPDFrXWLFR HP)RFRSXEOLFDPRV XP DUWLJR H[WUHPD PHQWHLQWHUHVVDQWHDUHVSHLWRGR XVRRIIODEHOGRVPHGLFDPHQWRV HVFULWRSHOD0HVWUHHP&LrQFLDV )DUPDFrXWLFDV(VSHFLDOLVWDHP 9LROrQFLD 'RPpVWLFD FRQWUD R $GROHVFHQWHHD&ULDQoDH)DU PDFrXWLFD&OtQLFDGD8QLGDGH GH7HUDSLD,QWHQVLYDH&XLGDGRV ,QWHUPHGLiULRVGR+RVSLWDO8QL YHUVLWiULRGD8636DQGUD&ULVWLQD %UDVVLFD Material destinado exclusivamente aos profissionais de saúde Durante a análise e comparação, qualquer inconsistência entre a lista e a prescrição, ou seja, qualquer inclusão, exclusão ou suspensão de medicamento, em que não haja justificativa registrada em prontuário médico, embasada na definição de uma patologia ou na ocorrência de uma reação adversa ou ainda na escolha de um tratamento mais eficaz para a patologia já definida, o médico prescritor deve ser consultado e todas as ações devem ser registradas em prontuário pelo farmacêutico, para que se tenham registros formais das intervenções realizadas. O objetivo dessa consulta é garantir que o paciente não sofrerá danos na terapia medicamentosa por falhas humanas, tais como esquecimento do prescritor, desconhecimento por parte médica da indicação de algum fármaco em uso (o que poderia gerar uma suspensão do mesmo) ou falha de comunicação (o que normalmente acontece durante as transferências entre unidades, quando, por exemplo, o paciente deve ter alguma medicação suspensa apenas por determinado período, para procedimento cirúrgico ou exame, entre outros motivos). Como evidência da necessidade da realização da reconciliação medicamentosa, tem-se o estudo de Branowicki revelando que, em uma checagem multidisciplinar de pedidos de medicação para pacientes de câncer pediátrico, 42% dos pedidos revisados, precisaram ser alterados.2 O estudo de Billman, por sua vez, também realizado com pacientes possuindo câncer pediátrico, revelou discrepâncias em torno de 30%, entre pedidos de medicação e informação de pacientes/tutores.3 Por ser um processo que envolve informações a serem compartilhadas com outros profissionais durante o cuidado prestado ao paciente, uma ferramenta que colabora para a reconciliação medicamentosa atingir seu objetivo, é o sistema informatizado que promove maior efetividade na comunicação entre os profissionais ligados aos cuidados Do}HVTXHHVWmRVHQGRDGRWDGDV FrXWLFDELRTXtPLFD-XOLDQD)RQ DWpRPRPHQWR VHFD6DGQDTXDOHODVDERUGDUDP UHVSHFWLYDPHQWHRVWHPDV4XD (P VHJXLGD SXEOLFDPRV XPD OLGDGHH6HJXUDQoDGR3DFLHQWHHP HQWUHYLVWDFRPR3URIHVVRU7LWXODU 7HPSRVGH$FUHGLWDomRH)DUPiFLD H&KHIHGD'LVFLSOLQDGH&DUGLR +RVSLWDODUDGLItFLOWDUHIDGHDOLDUFXV ORJLD GD 8QLYHUVLGDGH )HGHUDO WRVFRPTXDOLGDGHHUHVSRQVDELOLGDGH GH6mR3DXOR3URI'U$QWRQLR &DUORV&DUYDOKRTXHHQWUHRXWURV 3RUILPSXEOLFDPRVXPDPDWpULD DVVXQWRVFRPHQWRXVREUHDGHIL VREUHDFDPSDQKD$XWRHVWLPDDPH QLomRGD6tQGURPH&RURQDULDQD OKRUHVFROKDFRQWUDRFkQFHUGHPDPD $JXGD6&$HVXDWD[DGHPRUWD LQLFLDWLYDSURPRYLGDSHOD$VWUD OLGDGHRVSULQFLSDLVIDWRUHVSDUDD =HQHFDTXHIRLSUHPLDGDHPGXDV DOWDSUHYDOrQFLDGHFDVRVGH6&$ FDWHJRULDVGR~OWLPR3UrPLR&DLR HFRPRpUHDOL]DGRDWXDOPHQWHR WUDWDPHQWRGDGRHQoD &ULVWLDQH3LYD3HUHV&RGLQKRWR 1R WH[WR D HVSHFLDOLVWD WUDWRX DUHVSHLWRGDDGPLQLVWUDomRGH 1HVWDHGLomRDSUHVHQWDPRVWDP IRUPXODo}HVH[WHPSRUkQHDVRV EpPXPUHVXPRGDVSDOHVWUDVPL DVSHFWRVOHJDLVHpWLFRVTXDLVVmR QLVWUDGDVSHOD3URID'UD6\OYLD DVSRSXODo}HVGHULVFRDOpPGDV /HPRV+LQULFKVHQHSHODIDUPD Pág. 2 ATUALIZAÇÃO FARMACÊUTICA Uso off-label de medicamentos Pág. 6 ENTREVISTA Síndrome Coronariana Aguda: impacto na mortalidade e terapêutica atual Pág. 11 GESTÃO DA QUALIDADE E SEGURANÇA DO PACIENTE Inicia-se mais um ciclo de palestras sobre Gestão da Qualidade e Segurança do Paciente Pág. 14 Pág. 16 CÂNCER DE MAMA EM FOCO Campanha “Autoestima: a melhor escolha contra o câncer de mama” se destaca em 2011 Canal de relacionamento tem novo layout Referências Bibliográficas 1. Reconcile medications at all transition points. IHI Patient Safety Medication Systems Changes, 2008, disponível em: h t t p : / / w w w . i h i . o r g / I H I / To p i c s / P a tientSafety/medicationSystems/ Changes/Reconcile+Medications+at+All+Tran sition+Points.htm. 2. Branowicki P. Sentinel events: Opportunities for change. Presentation at Massachusetts Coalition for the Prevention of Medical Errors Conference. November 18, 2002. 3. Billman G. Medication Coordination for Children with Cancer (Children’s Hospital – San Diego). Presentation at AAP Patient Safety Summit. May 21, 2002. 4. Michels RD, Meisel S. Program using pharmacy technicians to obtain medication histories. Am J Health-Sys Pharm. October 1, 2003;60:19821986. Manual Brasileiro de Acreditacao Hospitalar. 5. www.ihi.org/IHI/Programs/Campaign. 15 Farmacêutico em Foco Destaque para a ferramenta Vade-Mécum disponível no site para pesquisas gratuitas e ilimitadas! O site Farmacêutico em Foco está cada dia mais completo. No novo canal “Áreas Terapêuticas” estão disponíveis materiais sobre anestesia, saúde mental, oncologia e infectologia, abordando assuntos diversos e de grande destaque para o profissional farmacêutico. Novos artigos sobre o dia-a-dia farmacêutico trazendo reflexões sobre o acompanhamento farmacoterapêutico, abordagem holística na escolha de produtos farmacêuticos, ética profissional e muito mais. Farmacêutico em foco é uma publicação da: RTM Comunicação e Serviços Editoriais Ltda. Criação de layout e diagramação: OMERCADOR. Todos os direitos reservados para: ©2011 RTM Ltda. • Tel.: 55 (11) 5507.5735 • Fax: 5507.5734. e-mail: [email protected]. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização prévia por escrito dos editores. AND 030-11. Autores: Carolina C. Quintas, Farmacêutica Industrial pela Universidade São Judas Tadeu, Pós-graduando em Marketing Farmacêutico pela Faculdade Oswaldo Cruz; Edson Luis de Brito, Farmacêutico Bioquímico pela Universidade Bandeirantes, Pós-Graduado em Gestão de Negócios Internacionais e Marketing pelo Instituto Paulista de Ensino de Pesquisa; Prof. Dr. José Henrique Gialongo Gonçales Bomfim, Farmacêutico Bioquímico, Mestre em Toxicologia, Doutor em Ciências Farmacêuticas com ênfase em Farmácia Clínica e Farmacologia Clínica pela FCFRP-USP, Docente das Disciplinas de Farmacologia, Farmacoterapia e Farmácia Clínica, Coordenador Adjunto do Curso de farmácia e Bioquímica da Universidade Nove de Julho; Renata A. R. Z. Migotto, Farmacêutica Responsável do Hospital São Camilo - Pompéia, Pós-Graduada em farmacologia Clínica pela Faculdade Oswaldo Cruz; Dra. Tânia Carmem P. Govato, Mestre Farmacêutica–Bioquímica com Mestrado em Farmacologia (ICB–USP), Professora Adjunto das disciplinas de Fisiologia e Farmacologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas Oswaldo Cruz (FOC), Professora Titular das disciplinas de Fisiologia, Farmacologia e Farmacoterapia da Universidade São Judas Tadeu, Professora e auxiliar de coordenação do Curso de Especialização em Farmacologia Clínica do Instituto de Pesquisas Hospitalares, Coordenadora e professora do Curso de Especialização em Farmacologia Clínica – Oswaldo Cruz, Professora do curso de Atenção Farmacêutica – Unifal (MG). AstraZeneca do Brasil Ltda Rod Raposo Tavares km 26,9 06707 000 Cotia SP Brasil SAC / ACCESS net 0800 014 55 78 www.astrazeneca.com.br www.farmaceuticoemfoco.com.br 1621741 - Produzido em dezembro/2011. Acesse: www.farmaceuticoemfoco.com.br