Grande Entrevista
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Grande Entrevista
Edição 9 Dezembro | Janeiro Bimestral | Gratuito um dia de... Um Chef de cozinha desporto Hoje vamos...falar da evolução do fitness II decoração ‘Oficinas da Casa’ decora apartamento de luxo casa portuguesa Visita ao Hotel Vincci gastronomia Três doces, três religiões Grande Entrevista Arq. Luís Pedro Silva Terminal de Leixões 1 Subsídios para “rendas antigas” procura harmonia linha jurídica entre Senhorios e Inquilinos 2 Nos contratos anteriores a 18.11.1990 a atualização das rendas pelos Senhorios carece de um processo de atualização e transição para NRAU (Lei 6/2006, de 27.02) nos termos dos arts. 30.º e ss., onde é lícito aos Inquilinos a invocação de circunstâncias como a existência de baixos rendimentos (RABC inferior a cinco retribuições mínimas nacionais anuais, correspondente a 33.950€) e ainda idade igual ou superior a 65 anos ou deficiência com grau de incapacidade superior a 60% (art. 31.º,n.º 4, als. a) e b), o que lhes permite, na discordância do novo valor de renda com o Senhorio, beneficiar de um regime transitório durante cinco anos no qual a renda é supletivamente atualizada de harmonia com coeficientes de 25%, 17% ou 10% do RABC consoante os rendimentos, e cujo montante máximo nunca pode atingir 1/15 do valor patrimonial tributário (VPT) do locado (arts. 35.º, n.º 2, e 36.º, n.º 6). Todavia, após esse período de cinco anos, não mais podem os Inquilinos beneficiar desse regime (arts. 35.º, n.º 6, e 36.º, n.º 9, al. a)), o que viria a gerar graves limitações à subsistência desses agregados familiares mais desfavorecidos economicamente e em razão de idade ou incapacidade, sendo que para evitar tais circunstâncias, o recente DL n.º 156/2015, de 10.08, já idealizado no n.º 10 do art. 36.º do NRAU veio a regular o subsídio de renda de que estes Inquilinos podem agora beneficiar decorridos cinco anos após a primeira atualização da renda (isto é, após o término daquele período transitório), e que se verificará já no final de 2017 para a nova renda decorrente da atualização promovida (art. 2.º, n.º 1, al. e) do DL). Prevê tal Diploma, nos arts. 12.º, n.º 1, e 14.º, n.º 1, que o subsídio de renda, concedido pelo prazo de 24meses, renováveis, ascende à diferença entre o valor da nova renda que, em caso de desacordo, sempre será o valor anual correspondente a 1/15 do valor patrimonial tributário (VPT) (art. 35.º, n.º 2, al. a)) e a renda fixada naquele regime transitório (que foi determinada de acordo com os rendimentos do Inquilino), o qual pode incidir quer sobre o contrato de arrendamento em vigor (e anterior a 18.11.1990) quer sobre um novo contrato a ser feito, nos termos do art. 10.º do DL em causa. Assim, imagine-se um agregado familiar com RABC de 17.500€, correspondente a 1.250€ mensais, no caso de desacordo na atualização da renda o montante máximo que esta poderia atingir no período transitório de 5 anos era de 212,50€ e, assim, findo o mesmo, mantendo-se o desacordo quanto ao valor da nova renda atualizada, o valor máximo anual que esta poderia atingir era de 1/15 do VPT, pelo que ascendendo este a 79.200, o valor máximo da renda seria 440€ mensais. Assim, uma vez requerido na Segurança Social o aludido subsídio de renda, e sendo concedido, o valor comparticipado seria de 227,50 (correspondente à diferença entre os 212,50 do período transitório e o novo valor devido de 440€). Dr. Miguel Vale Advogado Est. ficha técnica Propriedade: Linha da Praia, Mediação Imobiliária, Lda Av. Júlio Graça, 354, 4480-672 Vila do Conde telef.: 252 638 390 site: www.linhadapraia.pt email: [email protected] Nº Contribuinte | 508421489 Nº de Registo da ERC | 126505 Licença n.º 8211 – AMI Diretor: Miguel Ferreira Editora: Anabela Jacinto Periodicidade: Bimestral Distribuição Gratuita Sede de redação: Av. Júlio Graça, 354, 4480-672 Vila do Conde Tiragem | 10.000 Depósito Legal | 375189/14 Tipografia | Gráfica Diário do Minho Rua de Sta. Margarida, 4 A, 4710-306 Braga Redação: Anabela Jacinto [email protected] Design e Paginação: Anabela Jacinto | Ricardo Marinho Imagem: Daniel Silva | Anabela Jacinto Colaboraram neste número: Arq. José Carlos Cruz | Hotel Vincci Lésmes Nachón | Hotel Vincci Arq. Luís Pedro Silva | Terminal Leixões Marta Lemos | Terminal Leixões Arq. Luís Pedro Silva | Terminal Leixões Anabela Hipólito | Oficinas da Casa Tiago Faria | ‘Chef’ de cozinha Miguel Vale | Advogado Est. João Gomes | M30 Carina Wiesner | corres. Espanha |Edição escrita ao abrigo do novo acordo ortográfico siga-nos na internet: linhadapraia.pt ou em facebook.com/apraiamagazine UMA CASA PORTUGUESA COM CERTEZA! HOTEL VINCCI O 3 e difício da antiga “Bolsa do Pescado” foi transformado num hotel de luxo: o Vincci. O prédio original nasceu nos anos 30 e este ano abriu em fevereiro com uma nova função: hotelaria. Onde havia bancas de peixe, frigoríficos e lota, agora estão 95 quartos (cinco deles são suites) e um restaurante. A cadeia Vincci Hotéis é espanhola e já conta com um hotel em Lisboa. Estiveram sete anos há procura de um edifício para se instalarem no Porto e foi nessa pesquisa que encontraram este prédio histórico, também conhecido como “Frigorífico do Peixe”, na freguesia de Massarelos. “Está perto do rio, da baixa, da área das praias. Portanto cobrimos todos os mercados que queríamos a nível comercial”, explicou Lesmes Nachón, diretor do Hotel Vincci. O edifício sofreu uma forte intervenção estrutural. O projeto de arquitetura foi feito pelo arquiteto José Carlos Cruz, que começou a projetar a Lesmes Nachón diretor hotel vincci José Carlos Cruz arquiteto reabilitação do hotel em 2001. “A intervenção foi sobretudo técnica. Tentámos preservar a estrutura do próprio edifício. Havia aqui um conjunto de edifícios. A antiga lota foi transformada num espaço mais nobre, que é a zona onde estão as suites e o restaurante D. Pedro V”, explicou o arquiteto. 4 Para além da estrutura do edifício, a fachada foi um elemento que se pretendeu manter na reabilitação. As vistas para o rio Douro estão em destaque neste hotel de quatro estrelas, que arrecadou um Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2015, na categoria de “Turismo”, dois meses depois de ter aberto portas ao público. O hotel criou 46 postos de trabalhos, sendo que parte das vagas está reservada a funcionários que moram na freguesia de Massarelos. “O arquiteto conseguiu que ficasse a imagem industrial do antigo prédio. As pessoas continuam a ter a Bolsa do Pescado, mas agora é um hotel recuperado, em funcionamento, que está a dar muita vida à freguesia”, rematou o diretor do hotel. grande entrevista Arquiteto Luís Pedro Silva Terminal de Cruzeiros de Leixões Mais do que um terminal de cruzeiros, o novo cais em Leixões, no Porto, tornou-se uma obra de arquitetura que salta à vista de todos. O terminal situa-se numa região de cruzamento de principais rotas entre o continente americano e o europeu, em particular das duas dominantes regiões de cruzeiros, o Báltico e o Mediterrâneo. O cais de Matosinhos tem 340cm de comprimento e já recebeu 151 navios e cerca de 210.000 passageiros em 2015. Passou a acolher a maior parte dos navios de cruzeiros da atual frota mundial. A Praia Magazine foi conhecer o arquiteto por detrás deste majestoso edifício, que reluz à chegada do sol e muda de cor quando ele se põe. 5 Marta Lemos Divisão Comercial Terminal 6 Este edifício é um pouco mais do que um terminal de cruzeiros, é um edifício onde coabitam várias funções, nomeadamente o Parque de Ciências e Tecnologia do Mar, que vai reunir no 2º segundo piso, cerca de 250 investigadores. Pretende-se ter aqui também exposições, um restaurante, uma parte mais lúdica, mais social, para além de toda a operação de cruzeiros e de toda a atividade de investigação. Acho que é um edifício muito bonito que vai marcar a área metropolitana nos próximos tempos. Curiosidades // | Mais de 1 milhão de azulejos da Vista Alegre foram utilizados para revestir as paredes do terminal. Os azulejos mudam de tonalidade ao longo dia em função da exposição solar. | O novo cais foi inaugurado em abril de 2011 e abre ao público em 2016. | Pala além do Cais de Cruzeiros, o terminal é composto por Estação de Passageiros, Cais Fluvio-marítimo, Porto de recreio náutico e estacionamento para carros. | Alberga ainda o Parque de Ciência e Tecnologia do Mar e da Universidade do Porto (UP) e o Centro Interdisciplinar de Investigação da UP. Arquiteto Luís, o que representa para si o Terminal de Cruzeiros de Leixões? Estamos dentro de uma estrutura portuária e ela mesma distingue-se na escala pela sua natureza edificada, de que são típicos os edifícios da cidade tradicional, mas, o que aqui talvez tenha bastante importância na proximidade, é o facto de o molhe ter esta curva. Já existia aqui uma dinâmica no modo em como estes braços, que se projetam sobre a água e depois se curvam, fecham-se, protegendo esta pequena baia portuária. Para além de ter um forma peculiar, (parece um caracol), no terminal predomina o branco. Porque esta opção? Há aqui uma certa disponibilidade para receber, daí a natureza do branco, que depois se presta a estas relações com o vidro e com o cerâmico, que faz parte da tradição do país e mesmo da cidade do Porto. Estes azulejos apareceram como uma possibilidade forte. O edifício foi construído de raiz. Como foi feita a construção? O edifício está no fundo do mar, ancorado ao solo rochoso por estacas, mais ou menos a 12 metros de profundidade, portanto são tudo elementos verticais. Depois havia este movimento laminar, que tinha de ser distinto dessa base granítica e contrastante com ela, algo mais refletor, mais claro, branco, mais nítido e que, de alguma maneira, fosse captando toda esta a atmosfera da envolvente. O obra que durou 4 anos e custou cerca de 50 milhões de euros já correu o mundo pela forma peculiar como integra esta baia em Leixões. O novo terminal foi inaugurado em julho de 2015. Agora é esperar e receber o que o atlântico nos trouxer. Luís Pedro Silva arquiteto 7 A Prédio - Vila do Conde Moradia - Mindelo T2 - Vila do Conde 580m2 de construção dividida por 4 pisos com 150m2 por piso, viabilidade de comércio e serviços no rés do chão. Localização privilegiada com grande exposição e vistas fabulosas para o rio. Moradia T4 de 4 frentes, inserida em lote com 350m2. Está como nova, tem áreas amplas e muita luz. Suite com closet, mezzanine com terraço e vistas de mar. Boas áreas, cozinha equipada, suite, roupeiros, lugar de garagem, em segunda linha de praia. Refª4076 Refª4135 Refª4098 475.000 € 280.000 € 115.000 € C T3 - Árvore T1 + 1 - Mindelo T2 em excelente estado de conservação com garagem fechada a 800 metros da praia. Situado a 400 metros da praia, excelentes áreas, lareira com recuperador de calor, 5 varandas, área exterior, 2 casas de banho e garagem fechada com 128m2. A 50 metros da praia, boas áreas, lareira, garagem para dois carros. Refª4092 Refª4140 Refª4153 T2 - Vila do Conde 8 105.000 € 170.000 € 75.000 € B Moradia - A Ver-o-mar T3 - Vila do Conde T2 - Vila do Conde Em bom estado de conservação, boa exposição solar, situada em zona calma com lugar de garagem. 3 frentes, sala orientada a poente com 33m2. Cozinha equipada com lavandaria. Aquecimento central. Garagem fechada para dois carros. No centro da cidade junto ao parque de ténis e jardim Júlio Graça. T2 com garagem, aquecimento, lareira com recuperador e varanda. Localizado junto à estação do metro de Vila do Conde. Refª4162 Refª4108 Refª3948 149.900 € 198.000 € 87.500 € T2 - Vila do Conde Terreno - Maia T2 + 1 - Árvore Excelente T2 próximo da praia, com cozinha equipada, ótima oportunidade para apartamento de férias. Possibilidade de construção de moradia de rés do chão e 1º andar com 3 frentes e logradouro. Área de implantação: 114,50 m2, área de construção: 245m2 e área dependente: 42,50 m2. A 50 metros da praia com lugar de garagem. Tem 119m2, varandas e lareira. Situado em zona calma e com vistas de mar. Tem bons acessos à A28 e ao metro. Refª4072 Refª3860 Refª3790 85.000 € 75.000 € 78.000 € Moradia - Árvore Moradia T3 de 4 frentes, aquecimento central, energia solar, garagem fechada, jardim, portão elétrico. Situada em zona residencial e próximo da praia. Refª 4134 230.000 € Moradia - Vila Chã Terreno - São Félix da Marinha Excelentes acabamentos e áreas. Moradia com 2 suites, closet, cozinha equipada, aquecimento central, lareira, vidro duplo e localizada muito perto da praia. 488m2 com benfeitorias, para construção em frente à praia da granja em São Félix da Marinha. Área de implantação de 176m2 e área de construção de 330m2. Refª3622 Refª4086 215.000€ 210.000 € G Terreno - Fajozes Quintinha - Touguinha Moradia - Vila do Conde Terreno de 750m2 em gaveto, possibilidade de construção de moradia. Tem bons acessos e boa exposição solar. Excelente exposição solar, inserida em zona calma, residencial e agrícola. Possui casa em bom estado de conservação, solarenga e área comercial. Grandes áreas exteriores para jardim e cultivo. Moradia T5 bem localizada em zona calma, com garagem, sótão e bom estado de conservação. Refª4082 Refª3967 75.000 € 250.000 € Refª2238 185.000 € B Moradia - Vila do Conde Terreno - Vila do Conde T3 - Vila do Conde Moradia seminova de 3 frentes com boas áreas. Aquecimento e aspiração central. Quartos e suite com closet. Painéis solares, churrasqueira e garagem para dois carros, próximo do centro da cidade. Terreno de 392m2 no centro da cidade para construção de moradia de gaveto, construção de cave, rés do chão e 1º andar, mais anexos de 63m2. Sala ampla orientada a sul com terraço. Cozinha equipada com lavandaria, suite, garagem fechada com portão automático. Refª4129 Refª4119 Refª4116 300.000 € 92.500 € 165.000 € D T3 - Vila do Conde T2 - Vila do Conde Terreno - Retorta 150m2, mais 50m2 de terraço, garagem fechada, aquecimento central, lareira com recuperador de calor, bons acabamentos. Junto à praia e do centro da cidade. 3 Frentes, 147m2. Sala com recuperador de calor e varanda orientada a sul. Cozinha equipada. Suite. Garagem fechada para dois carros, junto ao metro. Excelente lote de 3 frentes, em zona calma, com área de 405m2. Situa-se perto da escola e do mercado. Refª4164 175.000 € Refª4165 125.000 € Refª4036 79.000 € 9 HOJE VAMOS... ?Guess what ? “More sky” a janela ninho... ...falar da evolução do fitness parte II Tal como vimos na edição anterior, o fitness tem sofrido enormes mudanças, umas boas outras… nem por isso!! Mas peguemos em bons exemplos: Kettlebell, Trx e Bosu. Porque é que estes são bons exemplos e porque é que são melhores que as tradicionais máquinas de musculação? Se o vosso objetivo é melhorar a condição física e a qualidade de vida, são sem dúvida o melhor caminho. Um exemplo já dado numa edição anterior é daquele cliente que está sentado 10 horas a trabalhar e, quando chega ao ginásio está mais uma hora a treinar sentado (porque 99% das máquinas de musculação não são de outra forma). Além de ridículo, é sem dúvida facilitador. E este é o principal problema, o facilitismo. Os aparelhos que inicialmente mencionei desafiam o seu corpo, seja a nível de estabilidade, como de força e flexibilidade. O que precisa um corpo que está 10 horas sentado? De desafios, de algo que trabalhe os músculos contrários à posição fechada em que está tanto tempo parado. 10 “More Sky” é uma janela inovadora e modera criada pela designer Aldana Ferrer Garcia. Permite a entrada de luz nos apartamentos, com vistas para o exterior, sem alterar a estrutura original da janela existente. A ideia foi transformar a janela convencional numa espécie de cesto que sai do prédio para o exterior, onde se pode sentar, aproveitar o sol e ver a paisagem. Aldana Garcia desenvolveu a “More Sky” como objeto de estudo para a sua tese de mestrado. No seu projeto de design começou por estudar os diferentes tipos de janelas, os mais populares, de forma a poder mudar os sistemas que permitem o acesso à luz solar e para puder criar um assento a partir da janela. Para a designer, a invenção funciona como um canto acolhedor para a habitação, que provoca não só um conforto visual, com dá acesso à luz e ao ar fresco em apartamentos pequenos. Acrescenta ainda que o projeto de arquitetura e design foi tanto concebido como objeto e espaço ao mesmo tempo, respondendo à necessidade atual das cidades com grande densidade populacional. Fonte: inhabitat.com Posto isto, o mais fácil é pensar que com este tipo de aparelhos só trabalhamos a postura. E então os objetivos? E a barriga? E a tonificação? Ficam para segundo plano? Com certeza que não. É só pensar nos objetivos que toda a gente procura com o exercício físico: abdominais, pernas, braços e glúteos. Pois então: os primeiros e os últimos são músculos estabilizadores, logo desafie o equilíbrio e vai tonificá-los; os segundos e terceiros são músculos de “suporte” que vão ser direta e indiretamente trabalhados. Mas falta o emagrecimento, certo? Está mais que falado que quanto mais músculos utilizar, maior será o gasto calórico e é o caso, justamente do Trx, do Kettlebell e do Bosu, pois obrigam a movimentos mais completos, integrando vários grupos musculares ao mesmo tempo. Mas não é só essa vantagem pois estudos recentes vieram a provar que exercícios utilizando desafios em equilíbrio levam a um aumento da ativação neural, que por sua vez aumenta o recrutamento de mais fibras musculares por unidade motora, aumentando assim a necessidade do músculo consumir mais energia. A complexibilidade dos exercícios de cada um destes aparelhos levam a que a aprendizagem seja o mais cuidada possível, por isso, a supervisão deve ser a mais qualificada possível! Esta é uma das razões pelo qual nem sempre são integrados nos treinos, porque dão “trabalho” a ensinar e a aprender. Contudo os resultados não aparecem com as alternativas fáceis. É sempre quando passamos e ultrapassamos um obstáculo que conseguimos dar o passo seguinte. Concluindo, e aproveitando a época natalícia, tente adequar o treino às necessidades do seu corpo e não às necessidades do espaço que frequenta, ou então os excessos que comete no Natal deste ano irão durar até ao próximo. Bons treinos! João Gomes Gastronomia Natalícia E porque o Natal já chegou e o ano vira para 2016, é época de juntar a família e os amigos à volta de uma boa mesa. A Praia Magazine resolveu dar a conhecer três doces típicos de três religiões, que, sendo diferentes, festejam o natal de forma singular e a gastronomia não é exceção... 11 Besan Ladoo Sufganiots Sonhos Os indianos celebram o natal um mês antes do natal cristão. Este ano o “Diwali”, também conhecido por Festa das Luzes, foi celebrado a dia 11 de novembro. Para além de natal é o ano novo hindu, onde, na festa, fecham as contas do comércio do ano anterior e dão boas vindas ao novo ano, que está em 2072. Por tradição, à mesa a comida é vegetariana. Segue uma delícia indiana. Já para os judeus, o “Hanukka” ou “Festa das Luzes”, é celebrado durante oito dias, no final de dezembro. Celebram a reconsagração do Templo de Jerusalém após a vitória de Judas, o Macabeu, sobre Antíoco Epífano. Na festa são acesas velas de Hanukkah e em cada dia do feriado, jogam o dreidel, comem latkes e trocar gelts de Hanukkah. Os sufganiots são um doce típico judeu. Os cristãos celebram o Natal como festa religiosa que celebra o nascimento de Jesus Cristo, a figura central do Cristianismo. O dia de Natal, 25 de dezembro, foi estipulado pela Igreja Católica no ano de 350 através do Papa Julio I, sendo mais tarde oficializado como feriado. Sonhos de natal é um doce bem tradicional português, mas nunca é demais saber a receita. Ingredientes | 4 chávenas de farinha de grão-de-bico Bombay | 2 chávenas de ghee | 2 chávenas de açúcar | 1 colher de chá de cardamomo em pó Bombay Ingredientes | 500g farinha de trigo | 2 gemas | 2 colheres de chá de açúcar | 2 tabletes de fermento para pão | 3 colheres de óleo | 1 pitada de sal | 1 e 1/2 xícara de chá de água | Óleo para fritar Ingredientes | 3 dl de leite | 1,5 dl de óleo | 1 casca de limão | Uma pitada de sal fino | 250 gr de farinha | 6 ovos inteiros grandes | Óleo para fritar | Açúcar em pó para polvilhar Preparação Dissolver o fermento na água e deixar descansar 15 minutos. Numa taça grande, misturar todos os ingredientes e amassar até obter uma massa bem macia. Cobrir e deixar crescer durante 2 horas. Amassar um pouco para retirar o ar. Abrir com um rolo numa superfície enfarinhada, numa altura de 2cm. Cortar em círculos. Deixar crescer por mais 30 min., cobertos por um pano. Colocar bastante óleo numa panela, aquecer bem e fritar Preparação Ferva o leite com o óleo, a casca de limão e o sal. De uma vez só adicione a farinha e, com uma colher de pau, misture até que a massa se descole do recipiente. Depois de arrefecer, acrescente os ovos inteiros, um a um. Mexa bem. Na frigideira, já com o óleo quente, coloque colheradas de massa, fritando de ambos os lados. Retire e escorra. Antes de servir, polvilhe com Preparação Numa frigideira grossa, coloque o ghee usando fogo médio e adicione a farinha de grão-de-bico. Vá cozinhando até atingir uma cor marrom. Adicione o cardamomo e misture bem. Apague o fogo. Coloque, por fim, o açúcar. Novamente misture bem e deixe arrefecer. Quando estiver frio, faça bolinhos firmes do tamanho de um ovo. Arrume sobre um prato pincelado de ghee. Pode ser guardado num recipiente bem fechado. os sufganiots até que estejam dourados. açúcar em pó. DECORAÇÃO E DESIGN Anabela Hipólito decora casa de luxo 12 A família Costa é composta por um casal e duas filhas. Resolveram decorar a sua nova casa em 2015 e para tal, requisitaram os serviços da decoradora Anabela Hipólito. Fomos visitar a habitação, que tem 400 m2 e onde se junta requinte com o gosto da família, sem esquecer os diferentes apontamentos de cor, numa habitação, onde o mobiliário foi desenhado ao pormenor para personificar os desejos do cliente. Anabela Hipólito decoradora A casa dispõe uma grande área social, onde três salas se juntam com funções diferentes: duas de estar e uma de jantar. Para além dessas salas, foi criada uma sala de convívio, três quartos, uma sala de música e cozinha. “O cliente pediu que fizesse uma casa com o sentido muito prático, muito amplo, com muita luz e que caraterizasse um pouco a família. Eu percebi que a esposa gosta de uma fusão de estilos, gosta de madeiras nobres, gosta de uma mistura de padrões e texturas e foi isso mesmo que tentei fazer”, tentou fazer e conseguiu. Para além da decoração, Anabela tratou da parte estrutural da habitação, que juntou três apartamentos num só. E mesmo antes dessa junção, havia um elemento que já existia: a árvore. “Esta árvore e o espaço para ela foi criado com uma luz natural, através de uma clarabóia. Foi aplicada uma pedra natural, um ambiente muito orgânico em volta da árvore. De dia temos um efeito claro, à noite ligamos as luzes e obtemos uma tonalidade âmbar, uma tonalidade quente”, explica a decoradora. Quente é também um queimador de etanol que se impõe a meia da sala de estar. Apenas acrescenta 3 graus à temperatura da sala e serve para iluminar e dar um aspeto confortável ao espaço.”Quis criar um elemento de conforto, que não fosse uma lareira tradicional. Optamos pelo queimador precisamente por não libertar fumo e por transmitir apenas um efeito visual daquilo que é a chama de uma lareira tradicional”, diz. Anabela desenhou o projeto de decoração a par do processo de construção da casa, ou seja, interveio a nível técnico e tomou algumas decisões construtivas para que a decoração resultasse nos ambientes criados. “Nós entramos nas vida das pessoas. Os clientes por vezes dizem que nós realizamos os sonhos”, remata a decoradora, que durante um ano esteve presente na vida da família Costa, de forma a perceber como poderia tornar uma casa num lar de sonho. 13 UM DIA DE... ... um chef de cozinha Tiago Faria é Chef de Cozinha há 7 anos. Tem 26 anos e já trabalhou nos melhores restaurantes/hotéis do país. Começou a formação em Coimbra e desde cedo deixou a sua cidade natal, a Póvoa de Varzim, para abraçar novos desafios. O último foi no Hotel Yeatman, no Porto. Este ano seguem-se novos desafios (detalhes ainda no segredo dos deuses), mas o chef garante que o segredo para o sucesso é a “evolução”. 14 Como começou a sua carreira de chef de cozinha? Comecei a minha carreira de cozinheiro com 15 anos, com muitas incertezas pois gostava de várias áreas, todas elas diferentes. Felizmente, optei por tirar um curso profissional de Cozinha. Nessa altura ainda não havia a oferta que há hoje no que diz respeito a escolas de hotelaria e por isso tive de me ausentar. Matriculei-me numa escola em Penacova, distrito de Coimbra, onde estive 3 anos a estudar. Como é o seu dia-a-dia na profissão? Onde trabalha? Atualmente aceitei um projeto que inicia em janeiro e será uma nova etapa da minha vida. O dia-a-dia nesta profissão, dependendo do sítio onde se esteja, falando de hotelaria e restauração, normalmente tem sempre stress, pressão, adrenalina, satisfação, evolução e algum desgaste físico. Nunca um dia é igual ao anterior, tirando certas rotinas da própria gestão de produção de cozinha. Acontece sempre algo novo, a partilha de ideias é muito bom porque aprendemos sempre uns com os outros, é tentar que cada dia supere o anterior. Por vezes as pessoas falam no “cozinhar com amor” e isso é a base de tudo. Quando falamos em alta cozinha, onde o nível de exigência é elevadíssimo, temos sempre o pensamento que não pode acontecer o erro, e claro que todos nós errámos, no entanto em cozinha perceber a razão do erro é fulcral para a nossa evolução como cozinheiros e a satisfação dos clientes é a melhor “gorjeta“ que podemos ter, pois é muito importante acabar o dia com a ideia de dever cumprido. Está há quantos anos no ramo? Finalizei o meu curso em 2008, onde tive estágios curriculares no Hotel Novotel Vermar 4* na Póvoa de Varzim, no Hotel Club Humbria 4* em Albufeira e no Hotel TiaraParkAtlanticoPorto 5* na cidade do Porto. Logo que acabei o curso, comecei a trabalhar como cozinheiro no restaurante Dahlia, na Póvoa de Varzim, Tiago Faria Chef de Cozinha onde fiquei 2 anos. Em 2010, tive o grande desafio de ir trabalhar para um restaurante uma tão famosa Estrela Michelin* , situado em Amarante, no Hotel Casa da Calçada Relais&Chateaux 5*, onde trabalhei mais 2 anos como cozinheiro e com um dos melhores chefes da atualidade, o Vitor Matos, que me ensinou bastante. Em 2012 voltei ao Algarve onde já havia estado em 2007 a estagiar, mas desta vez como cozinheiro de 1ª, no BelaVistaHotel&Spa Relais&Chateaux 5*. Ao fim de um ano e meio fiquei como sub chefe deste mesmo Hotel. Em 2014 tive uma proposta para trabalhar num dos melhores resorts da Europa. E apostei na nova experiência de trabalhar num hotel com cerca de 11 restaurantes. Fui para Armação de Pêra, para o VILA VITA Parc resort&spa 5* que pertence ao The Leading Hotels of the World. Lá trabalhei como cozinheiro de 1ª, até início de 2015. Depois voltei para o norte para trabalhar como juniorsub-chef no The Yeatman Hotel Relais&Chateaux 5* com uma estrela michelin, onde trabalhei até novembro de 2015. De momento estou de férias e ansioso por começar um novo projeto ao lado do chefe Vitor Matos, mais uma vez. Qual é o maior desafio da profissão? O maior desafio é o espírito de sacrifício que é preciso ter e ter consciência de que isto será um estilo de vida. Para mim, um dos melhores dias foi neste mês quando participei num dos mais esperados festivais gastronómicos em Portugal que se chama “Tributo a Cláudia”, no hotel Vila Joya no Algarve, detentor de 2*Michelin, onde tive o privilégio de partilhar a cozinha com um grande chef a nível Mundial. Experiências caricatas vivemos muitas, pois, a par disto tudo, também se consegue ter momentos de brincadeira e de muito boa disposição que é essencial para tudo fluir melhor. Trocaria de profissão? Não troco, fiz a opção correta. Nem tudo é um mar de rosas mas com os anos as coisas vão florescendo. nós por lá lá Carina Wiesner Apresenta... Valência, Espanha Cidade das Artes e Ciências Praça da Virgem e catedral 15 Catedral de Valência (Basílica Metropolitana) 16
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