Agricultor 2000 - Associação Agrícola de São Miguel
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Agricultor 2000 - Associação Agrícola de São Miguel
Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Cooperativa União Agrícola, CRL recebeu o prémio PME excelência DIRETOR: Eng.º NUNO SOUSA II SÉRIE Nº 93 http://www.aasm-cua.com.pt Ultrassonografia transretal em vacas (ecografia genital Página 19 bovina) a de Junho de Aprovação de novos projetos tem de ser Face às condições nos mercados dos produtos mais rigorosa láteos, existem expectativas de subidas e em articulação do preço do leite com a produção A Editorial Jorge Alberto Serpa da Costa Rita Quem o diz é o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, que entende que no novo Quadro Comunitário de Apoio devem ser bem analisados todos os projetos e as reais necessidades de cada ilha em relação aos mesmos. Jorge Rita entende que muito há ainda a fazer em termos de infraestruturas agrícolas e modernização das explorações e defende que o Quadro Comunitário de Apoio deve ser usado para fazer face a essas necessidades e outras. Aborda ainda a discriminação existente nos pagamentos dos agricultores à segurança social Páginas 2e3 “Contraste leiteiro é uma das melhores ferramentas à disposição dos agricultores” considera Jorge Rita Páginas 4a7 Entrega de Certificados 2013 Páginas 8a11 Fileira do leite tem uma importância decisiva na economia regional pelos efeitos que provoca em toda a sociedade açoriana, por isso, numa altura de indecisão como aquela em que vivemos, têm de ser encontradas formas de incentivar e estimular os produtores de leite, capazes de combater as incertezas e preocupações do sector agropecuário. Os custos de produção têm subido devido, essencialmente às condições climatéricas adversas que se sentiram na região no último ano, que provocaram graves carências alimentares em muitas explorações, obrigando os agricultores a terem de efetuar um esforço financeiro, de forma a satisfazer as necessidades alimentares das suas manadas. No que concerne aos restantes fatores de produção, existe alguma estabilização nos custos das rações, ou dos fertilizantes, embora continuem a ter um peso importante no custo estrutural das explorações, enquanto os juros bancários continuam a ser elevados, embora existam alguns protocolos com a Associação Agrícola de São Miguel que permitem minorar o seu impacto. Por outro lado, todos os indicadores existentes permitem constatar que a conjuntura dos mercados lácteos internacionais é positiva, perspectivando-se mesmo, que esta situação se mantenha durante o presente ano, uma vez que as tendências mundiais de consumo de produtos lácteos são de crescimento, e no caso dos produtos regionais, o seu escoamento é total. Numa fase de transição como a que vivemos, onde a abolição das quotas leiteiras está prevista para o próximo ano, as industrias devem ter junto dos produtores uma atitude proactiva, capaz de incentivá-los a produzir com qualidade e só com a aplicação de um preço de leite justo, é que poderemos salvaguardar o futuro da fileira e combater, a baixa de produção que tem acontecido nalguns períodos recentes. Em virtude dos mercados dos produtos láteos serem favoráveis, existem expectativas de aumento do preço de leite, que é a atitude mais correta e mais adequada na defesa não só dos interesses dos produtores, mas também de toda a fileira. 2 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Aprovação de novos projetos tem de ser mais rigorosa e em articulação com a produção >> Quem o diz é o Presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, que entende que no novo Quadro Comunitário de Apoio devem ser bem analisados todos os projetos e as reais necessidades de cada ilha em relação aos mesmos. Jorge Rita entende que muito há ainda a fazer em termos de infraestruturas agrícolas e modernização das explorações e defende que o Quadro Comunitário de Apoio deve ser usado para fazer face a essas necessidades e outras. Aborda ainda a discriminação existente nos pagamentos dos agricultores à segurança social - Sobre os pagamentos à segurança social, disse que havia discriminação entre agricultores, falou com a Secretária Regional da Solidariedade Social sobre isso. Jorge Rita - Há discriminação e é bem evidenciada pelos pagamentos que uns fazem de forma diferenciada. Esta situação da Segurança Social asfixia os agricultores inscritos a partir de 2011. Essa é uma legislação nacional que devia ser alterada e temos reivindicado no sentido de, perante as instâncias nacionais, podermos alterar essa situação, embora a região tenha um trabalho muito importante em relação a essa matéria. Em relação à reunião que tivemos com a Secretária Regional da Solidariedade Social, ainda não tivemos qualquer tipo de resposta. Enviámos também uma carta ao Presidente do Governo no sentido de analisar bem toda esta situação. Achamos que a região, hoje e cada vez mais, até por questões autonómicas, deve intervir nesta área. Num setor de atividade tão importante como o nosso em que a maior parte dos visados são jovens agricultores que se instalaram com expetativas de contribuir para a revitalização do sector, não faz sentido que sejam penalizados porque esta tributação à segurança social é feita com quantias exorbitantes o que reduz drasticamente a viabilidade económica das explorações. No nosso entender a Região deve fazer o que já fez há muitos anos, quando havia uma legislação regional que foi adaptada e que obrigava todos a entrarem num quadro de discriminação positiva. Só assim é que se faz justiça, só assim é que se afirma a nossa autonomia, precisamos de um Governo também para fazer discriminações positivas quando é necessário. Pensamos que o grupo de agricultores afectado deve ser abrangido por outras regras, caso contrário, vão-se registar muitas falências. - Estão em causa cerca de 400 agricultores… J. R. - São perto de 400 agricultores nessa situação, uns com mais problemas do que outros derivado da dimensão da sua exploração mas esta situação é insuportável, pelo que, a região deve criar os mecanismos regionais que minimizem os prejuízos causados aos produtores. - Em relação ao novo Quadro Comunitário de Apoio, o Governo anunciou que os projetos que não tiveram cabimento orçamental no Prorural iriam transitar para o novo Quadro. É boa notícia? J. R. - Essa era uma pretensão nossa. Tradicionalmente isso acontece na transição dos Quadros Comunitários de Apoio e ficam assegurados todos os projetos que deram entrada e que não foram aprovados por falta de verba nas rúbricas do Prorural. Essa situação satisfaz-nos, sabendo que temos aqui um contratempo. É que algumas reformas “Tem de haver uma maior equidade e muito mais cuidado por parte da Secretaria Regional dos Assuntos Naturais na aprovação dos projetos” antecipadas já não se concretizam porque na transição já não ficam asseguradas. Foi pena e lamentamos profundamente que isso tenha acontecido, porque penso que são 19 reformas antecipadas que deveriam ter sido salvaguardadas enquanto isso era possível. No entanto, registamos com agrado a situação de assegurar os projetos que não estão aprovados mas que já foram entregues, mas sabemos que existem alguns projetos megalómanos em algumas áreas e que devem ser muito bem ponderados porque hoje em dia os investimentos têm de ser muito mais pensados. Estamos a falar de projetos na área da produção, mas também na área da transformação e da comercialização. Penso que não vale a pena criar grandes infraestruturas, com projetos megalómanos, que nos poderão asfixiar no futuro. A transição de projetos de investimento entre Quadros Comunitários de Apoio fica assegurada e é um bom sinal que todos os cerca de 400 produtores tenham os seus projetos assegurados. Agora temos de analisar o próximo Quadro Comunitário de Apoio e estamos a elaborar a nossa proposta, para ser trabalhada em conjunto com a própria Secretaria Regional, no sentido de arranjarmos a melhor forma de termos uma boa execução do próximo Quadro Comunitário de Apoio no sentido de melhorar economicamente as nossas explorações e a nossa agricultura. - As verbas do novo Quadro Comunitário de Apoio para onde poderiam ser mais canalizadas? J. R. - Atendendo às deficiências existentes, aguardamos que o próximo Quadro Comunitário de Apoio se destine mais à produção do que à indústria, contrariamente ao que tem acontecido nos últimos quadros comunitários de apoio. Agricultor 2000 3 MARÇO DE 2014 “Os seguros podem ajudar a estabilizar as produções agrícolas e serão muito bem vindos, desde que bem aplicados e desde que haja transparência e credibilidade” Na área da produção, obviamente que os agricultores têm de continuar a modernizar as suas explorações para as tornar mais eficientes e mais competitivas, e quando falamos disso, é no sentido das explorações poderem ser dotadas de mais meios técnicos e humanos com formação, porque a formação também é indispensável no nosso setor, para que possamos cada vez mais atingir um patamar de excelência na produção. Mas para isto seja possível, não basta só o esforço do produtor, é preciso que o investimento da Região esteja também disponível e que a comparticipação regional das verbas da União Europeia nunca esteja em causa. Relativamente à indústria, hoje temos uma indústria regional modernizada, e que não necessita de grandes investimentos, embora saibamos que uma ou outra ainda precisa de fazer algum investimento. As indústrias devem crescer para que possam pagar um preço justo ao produtor de leite para que a economia seja alavancada de forma positiva, e para que haja alguma homogeneização e alguma distribuição de receitas por todos. É evidente que a própria distribuição tem também de estar dentro da fileira do leite duma forma responsável e justa. Penso também, que a área das infraestruturas agrícolas é sempre indispensável porque temos apenas entre 300 a 400 explorações a nível Açores com eletrificação, e só na área do leite porque noutras áreas a diferença é ainda maior em termos percentuais. Em termos de caminhos agrícolas e abastecimento de água ainda existe muito para fazer embora muito já tenha sido feito. Ou seja, há uma grande fatia do novo Quadro Comunitário de Apoio que tem de ser para a continuação da melhoria das infraestruturas agrícolas. As políticas de emparcelamento devem ser constantes e deve ser uma preocupação do setor, embora haja uma lacuna com o desaparecimento da reforma antecipada. Mas temos de ter sempre em atenção que é preciso uma contínua reestruturação do setor e o Quadro Comunitário de Apoio tem de ir sempre nesse sentido. Sabendo também a importância que tem na entrada de jovens “Tem de ser criada uma sub-unidade de gestão no próximo quadro comunitário de apoio” “Esperemos que este Quadro Comunitário de Apoio vá sempre no sentido que a produção tem ainda hoje muito mais lacunas do que a própria indústria” agricultores e na dinamização do mundo rural. Na área das infraestruturas de abate de bovinos, existe a necessidade imperiosa de algum investimento, particularmente no matadouro de São Miguel porque as condições existentes não estão adequadas às necessidades da Região Autónoma dos Açores, até pelo nível de exportação e de qualidade que se quer para o futuro. O próximo Quadro Comunitário de Apoio também servirá para isso. - As verbas comunitárias continuam a ser fundamentais para a Agricultura Açoriana.. J. R. - Sem dúvida, o próximo Quadro comunitário de apoio terá de servir sempre e cada vez mais para a rentabilização económica da Região sob vários fatores: criar emprego que é cada vez mais importante e fixação das pessoas no mundo rural que é praticamente toda a nossa região e isso faz-se sempre com apoios diretos aos agricultores no sentido que as suas empresas e as suas explorações possam vir a crescer de forma sustentável, gradual e organizada. O Quadro Comunitário de Apoio é fundamental, é importantíssimo. É preciso ter em atenção que tem de haver uma maior equidade e muito mais cuidado por parte da Secretaria Regional dos Recursos Naturais na aprovação dos projetos. Não é aquele que chega primeiro que deve ser aprovado, tem de haver critérios muito rigorosos que permitam que as necessidades de cada ilha sejam colmatadas. Temos alertado para essa situação e a Secretaria tem a obrigação de saber onde existem mais necessidades de investimento e não podem existir agricultores a fazerem mais do que um projecto e outros nem um poderem fazer, por já se terem esgotado as verbas. Neste Quadro Comunitário de Apoio será muito importante que seja criada uma sub-unidade de gestão, onde a produção esteja presente, para que a evolução do quadro comunitário seja acompanhado de perto, tal como já aconteceu no passado. É fundamental que isso se faça para que exista um equilíbrio na aplicação das verbas disponíveis. - Foi anunciado que agora os agricultores podem ter também acesso aos seguros de colheitas... J. R. - Este próximo Quadro Comunitário de Apoio pode ser muito interessante nessa matéria. Não sabemos ainda como irá ser operacionalizado o seguro de colheitas agrícolas na Região mas penso que para todas as produções poderem crescer de forma gradual e sustentada esta medida é indispensável. O Quadro Comunitário de Apoio nesta vertente em particular vai ao encontro das necessidades das produções na área da diversificação, porque pode ajudar a diminuir o risco da cultura implementada no terreno, já que as nossas condições edafo-climáticas são muito difíceis e exigentes. Nós esperamos que essa área continue a crescer porque temos espaço na Região para que isto aconteça para que estejamos menos depen- dentes das importações, no entanto, temos de diminuir os riscos das produções tal como se viu nos últimos tempos, onde o estrago que as condições climatéricas fizeram nalgumas culturas como na batata, nas flores, ou na fruticultura foi significativo e é irreversível em termos de receitas no futuro. Temos de ter atenção ao nosso clima e todos os anos estamos sujeitos a intempéries. Os seguros podem ajudar a estabilizar as produções agrícolas e serão muito bem vindos, desde que bem aplicados e desde que haja transparência e credibilidade para depois não chegarmos a uma situação de pensarmos que temos um seguro que resolve o problema e depois na prática poderá não ser bem assim. É bom que se esclareça todo este procedimento em relação aos seguros e penso que o Secretário Regional ainda não fez os devidos esclarecimentos em relação a essa matéria. Vamos estar reunidos para falar desses assuntos também, porque os seguros podem ser muito importantes neste Quadro Comunitário de Apoio para assegurar algumas das produções tradicionais que também são importantes da Região Autónoma dos Açores. 4 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 “Contraste leiteiro é uma das melhores ferramentas à disposição dos agricultores” considera Jorge Rita >> Foram entregues 141 diplomas de formação a agricultores e foram distinguidos 16 animais de 9 explorações na categoria "excelente", assim como 6 vacas que atingiram uma produção superior a 100.000 quilos durante a sua vida útil N uma cerimónia que serviu para a entrega dos Livros do Contraste Leiteiro, entrega de Diplomas de Formação e prémio às Melhores explorações e Vacas Leiteiras o presidente da Associação Agrícola de São Miguel, Jorge Rita, salientou o trabalho feito pelos vários produtores que aderiram ao contraste leiteiro. Trata-se de "uma das melhores ferramentas à disposição dos agricultores", pois permite acompanhar o melhoramento genético sendo a genética "uma mais-valia para a Região". Jorge Rita destacou também a formação como "imprescindível e que faz parte do sucesso e da evolução da nossa agricultura". O presidente da Associação Agrícola de São Miguel entendeu ser necessário uma união por parte da lavoura "quer na área da formação, quer na área do melhoramento genético". A importância da formação foi evidenciada por Jorge Rita que salientou a grande adesão dos mais de cem formandos que receberam o diploma durante a cerimónia. Já a adesão ao contraste leiteiro "é das ferramentas melhores para a melhoria genética, da exploração e para a melhoria da qualidade do leite" e por isso, Jorge Rita defendeu que "o apoio ao contraste leiteiro deve manter-se e até crescer" no próximo Quadro Comunitário de Apoio. “O Contraste leiteiro é uma ferramenta fundamental para a gestão das explorações e para venda de genética para o exterior, desde que em termos de sanidade esteja tudo assegurado”. Jorge Rita felicitou todos os que fizeram a formação e ao todo foram entregues diplomas a 104 for- mandos que nos últimos dois anos participaram nos cursos de Higiene e Qualidade do Leite, Sanidade de Bovinos, Preparadores de Animais, Julgamento da Raça Holstein Frísia, Alimentação e Maneio de Bovinos, Inseminação Artificial e Emparelhamento, totalizando 398 horas de formação. Em relação ao contraste leiteiro, Jorge Rita destacou a distinção de 16 animais de 9 explorações que se distinguiram na categoria "excelente" e foram também distinguidas 6 vacas que atingiram uma produção superior a 100.000 quilos durante a sua vida útil. Também as explorações com melhores produções e lei- te e matéria útil foram distinguidas. Jorge Rita chamou também ao palco o jovem Geraldo Franco, da Lagoa, que foi o primeiro classificado num concurso de júri de bovinos pela internet da responsabilidade da CONAFE em Espanha. O presidente da Associação Agrícola de São Miguel chamou também ao palco Bruno Almeida e Henrique Lourenço que têm já participado com bons desempenhos enquanto juízes em concursos regionais e nacionais de bovinos e estão aptos a ser juízes em provas internacionais, como demonstraram na última harmonização europeia de juízes, realizada em Setembro na Holanda. “Qualidade dos produtos lácteos provém da excelência das explorações” diz Luís Neto Viveiros L uís Neto Viveiros destacou a importância do contraste leiteiro na qualidade das explorações regionais. Acerca da entrega de diplomas aos produtores, elogiou a persistência e capacidade de conseguirem desenvolver a sua atividade agora com mais conhecimentos. O Secretário Regional dos Recursos Naturais destacou ainda o aumento exponencial da adesão ao contraste leiteiro nos Açores que passou de 215 explorações em 2003 para 480 atualmente. O Secretário Regional dos Recursos Naturais, Luís Neto Viveiros, esteve também presente na cerimónia de entrega dos prémios ao contraste leiteiro e entrega de diplomas de formação e destacou o empenho de "todos os aderentes ao contraste leiteiro, que se traduzem em resultados cada vez mais relevantes da qualidade genética dos animais, do seu potencial e da eficácia do trabalho", destacou. Luís Neto Viveiros salientou que "a qualidade dos produtos lácteos reflete-se nas explorações que hoje são distinguidas e traduz-se na excelência que pretendemos cada vez mais implementar na fileira do leite dos Açores". Além disso, reconheceu no contraste leiteiro "uma ferramenta indispensável a qualquer exploração que queira percorrer a senda do sucesso, é determinante para a seleção genética dos efetivos e constitui um meio essencial para o aumento e para melhoria da produção". Agricultor 2000 5 MARÇO DE 2014 Entrega de prémios do Contraste Leiteiro >> O serviço de contraste leiteiro é um instrumento fundamental na gestão das explorações agropecuárias que abrange cerca de 26% das vacas de São Miguel, existindo 14.300 vacas em contraste referentes a 278 explorações que possuem médias a rondar os 8.000 kg aos 305 dias 6 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Vacas Classificadas de Excelente em 2012 Nome da Exploração Sociedade Agro-Pecuária Irmãos Italianos, Lda Sociedade Agro-Pecuária Irmãos Italianos, Lda Freguesia São Vicente São Vicente Nome 574 35 Nº Oficial PT 292726684 PT 514660863 Lactação 5ª 4ª Classif. 90 90 Pai Avô Materno CANVAS - NL 288458773 DJ- US 128796265 Maria Ascenção Melo Fonseca Maria Ascenção Melo Fonseca Maria Ascenção Melo Fonseca Feteiras Feteiras Feteiras 728 943 759 PT 092674955 PT 914624868 PT 592521983 7ª 4ª 6ª 90 91 91 OUTSIDE - CA 6026421 MAILING - US 130161824 INQUIRER - CA 6483076 DREAMER- IT 0908007603 GENO- US 2283609 STORM- CA 5457798 Massinhas - Exploração Agro-Pecuária, Lda Massinhas - Exploração Agro-Pecuária, Lda Massinhas - Exploração Agro-Pecuária, Lda Arrifes Arrifes Arrifes 687 896 948 PT 792416301 PT 292605446 PT 792668342 9ª 7ª 6ª 92 90 90 STORM - CA 5457798 MTOTO - IT 6001001962 MTOTO - IT 6001001962 STORM- CA 5457798 STORM- CA 5457798 António Manuel Cogumbreiro Estrela Rego Cabouco 872 PT 592666641 7ª 90 JESTHER - FR 5994022699 STORM- CA 5457798 António José Ferreira Pacheco Furnas Campeã PT 292711918 6ª 93 RAY - CA 9065319 INQUIRER- CA 6483076 Paulo Henrique Serpa da Costa Rita Paulo Henrique Serpa da Costa Rita Maia Maia Orquestra Simpática PT 292693467 PT 192823010 6ª 4ª 92 90 HILLCREST - US 17060552 DOLMAN - US 60540099 MTOTO- IT 6001001962 IRON- DE 0341037501 José Luís Tavares Amorim Ribeira Seca 70 PT 092684053 5ª 91 CHAMPION - CA 6961162 COPPER- US 2265082 Óscar Manuel Cordeiro Ponte Óscar Manuel Cordeiro Ponte Lomba da Maia Lomba da Maia Somague Vitória PT 392643070 PT 792724852 5ª 4ª 93 92 TORNEDO - PT 992532098 TITANIC - US 123066734 MTOTO- IT 6001001962 MARKER- NL 847990740 Roberto Manuel Cordeiro Ponte Lomba da Maia Ruiva PT 592589407 7ª 94 LEE - CA 5757117 STORM- CA 5457798 Vacas com produção superior a 100 000Kg de Leite Exploração António José do Couto Freguesia Lomba da Maia Nome Nuvem Nº Oficial PT I 358762 Nº de Lact. 9 Dias em Lact. 3 376 António Manuel Cogumbreiro Estrela Rego Cabouco 834 PT 392433775 9 2 968 José Rebelo Bulhões Lombinha da Maia 8976 PT 92378976 10 3 351 Maria Ascenção Melo Fonseca Feteiras 427 PT 892401021 9 3 026 Maria Ascenção Melo Fonseca Feteiras 494 PT 792495832 7 2 818 Paulo Henrique Serpa da Costa Rita Maia Jordânia PT 692416675 8 3 025 Produção Total 106 335 Kg d leite 3 481 Kg de gordura 3 238 Kg de proteína 107 528 kg de leite 3 253 Kg de gordura 3 256 Kg de proteína 102 827 Kg de leite 3 338 Kg de gordura 3 288 Kg de proteína 100 854 Kg de leite 3 646 Kg de gordura 3 024 Kg de proteína 100 547 Kg de leite 3 236 Kg de gordura 3 009 Kg de proteína 100 488 Kg de leite 3 924 Kg de gordura 3 304 Kg de proteína Pai LINDY - CA 382748 Avô Materno PATRON - US 2160458 SABER - US 2178260 MARKER - NL 847990740 TOURO PRIVADO - PT 31011266 SAILOR - US 2259250 ZEBO - US 2137511 ATREIUS- IT 1114010628 Agricultor 2000 7 MARÇO DE 2014 “O Contraste leiteiro é uma ferramenta fundamental para a gestão das explorações e para venda de genética para o exterior” JORGE RITA Melhores Explorações do Contraste Leiteiro 2012 Melhores Explorações 1º 2º 3º 4º 5º Exploração José Luis Tavares Amorim Irmãos Rita Massinhas Exploração Agro Pecuaria, Lda Jose Eduardo Botelho Pereira César Pacheco / Leonor Pacheco 1º 2º 3º 4º 5º - Exploração José Luis Tavares Amorim Massinhas Exploração Agro Pecuaria, Lda David Eduardo Pacheco Costa Irmãos Rita Jose Eduardo Botelho Pereira 1º 2º 3º 4º 5º Proprietário António Manuel Cabral da Ponte Paulo Henrique Serpa da Costa Rita José Luis Tavares Amorim Maria Ascenção Melo Fonseca Maria Ascenção Melo Fonseca 1º 2º 3º 4º 5º Proprietário António Manuel Cabral da Ponte José Eduardo Botelho Pereira Eugénio Quental Medeiros Câmara José Luis Tavares Amorim Flávio Silva Pereira 1º 2º 3º 4º 5º Proprietário Maria Ascenção Melo Fonseca Sociedade Agro Pecuária Irmãos Italianos, Lda Catarina de Jesus Cordeiro Aguiar Sá Massinhas Exploração Agro Pecuaria, Lda César Filomeno Pereira Pacheco 1º 2º 3º 4º 5º Proprietário David Eduardo Pacheco Costa José Luís Tavares Amorim Massinhas Exploração Agro Pecuária, Lda Massinhas Exploração Agro Pecuária, Lda Nelson Barbosa Furtado Freguesia Ribeira Seca - R.G. Maia Arrifes Maia Maia Produção de Leite Nº Vacas Secas 21 73 155 43 65 Produção 11 565 Kg 11 111 Kg 10 842 Kg 10 629 Kg 10 426 Kg Melhores Explorações Freguesia Ribeira Seca - R.G. Arrifes Algarvia Maia Maia Produção de Matéria Útil Nº Vacas Secas 21 155 39 73 43 Produção 807 Kg 758 Kg 754 Kg 753 Kg 730 Kg Melhores Primíparas Freguesia Lomba da Maia Maia Ribeira Seca - R.G. Feteiras Feteiras Nome 46 Sonae 109 1032 1047 Produção de Leite Nº Oficial PT 014641409 PT 592733848 PT 014650678 PT 714682906 PT 915273572 Lact 1ª 1ª 1ª 1ª 1ª Nº Oficial PT 014641409 PT 614686438 PT 115328634 PT 014650678 PT 492829020 Lact 1ª 1ª 1ª 1ª 1ª Nº Oficial PT 992823795 PT 392707642 PT 592692683 PT 392668325 PT 592742135 Lact 2ª 3ª 4ª 5ª 3ª Nº Oficial PT 992645458 PT 992826609 PT 292757799 PT 392816122 PT 992690064 Lact 6ª 2ª 4ª 3ª 5ª Melhores Primíparas Freguesia Lomba da Maia Maia Fajã de Cima Ribeira Seca - R.G. Relva Nome 46 Espanhola 78 109 288 Nome 920 555 Açucena 946 Cátia Nome 55 97 1060 315 29 Avô materno BRASS- US 17065449 RAY- CA 9065319 BLITZ- US 17013604 BLITZ- US 17013604 Produção 915 Kg 880 Kg 836 Kg 827 Kg 826 Kg Pai MARION - US 130153294 BINKY - US 132053536 DOLMAN - US 60540099 MILINGO - IT 012500012746 BANDOLIM - PT 113566557 Avô materno JUNIOR -NL 839403689 MTOTO- IT 6001001962 RAY- CA 9065319 Produção de Leite Melhores Multíparas Freguesia Algarvia Ribeira Seca - R.G. Arrifes Arrifes Covoada Pai MARION - US 130153294 DOLMAN - US 60540099 MILINGO - IT 012500012746 FORMOSO - PT 892794869 BUCKEYE - US 130588960 Produção de Matéria Útil Melhores Multíparas Freguesia Feteiras São Vicente Lombinha da Maia Arrifes Maia Produção 14 204 Kg 13 888 Kg 13 720 Kg 13 618 Kg 12 721 Kg Produção 17 588Kg 16 919 Kg 16 517 Kg 15 552 Kg 15 545 Kg Pai MARION - US 130153294 BLITZ - US 17013604 BLITZ - US 17013604 MTOTO - IT 6001001962 BLITZ - US 17013604 Avô materno BLITZ- US 17013604 MANFRED - US2183007 Produção de Matéria Útil Produção 1 046 Kg 1 026 Kg 1 019 Kg 1 019 Kg 998 Kg Pai Cigano - PT 392501924 AIRRAID - US 131688542 CANYON - US 129573030 Avô materno RUDOLPH- CA 5470579 MTOTO- IT 6001001962 RUDOLPH- CA 5470579 JAGUAR FR 4294001761 TOURO PRIVADO- PT I313511 8 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Entrega de Certificados 2013 N o passado dia 19 de Dezembro realizou-se a cerimónia de entrega dos certificados de formação profissional e dos prémios do Contraste Leiteiro. Este evento que decorreu no Recinto da Feira em Santana contou também com a presença do Eng.º Luís Neto Viveiros, Secretário Regional dos Recursos Naturais. Neste dia, o Parque de Leilões voltou a encher-se de produtores/formandos e seus familiares, que vieram receber o seu certificado, como comprovativo dos conhecimentos adquiridos durante a formação profissional que presenciaram e assistirem á entrega dos prémios do Contraste Leiteiro relativo ao ano de 2012. Estes cursos de formação foram efetua- dos em parceria com a empresa Competir que candidatou 3 projetos ao PRO EMPREGO, co-financiado pelo Fundo Social Europeu e o Governo Regional dos Açores. Nos últimos 2 anos foram realizados 10 acções de formação, envolvendo mais de 100 formandos, totalizando 398 horas de formação. As ações de formação executadas nestes projetos foram: - Curso de Preparadores de Animais - Curso de Sanidade de Bovinos - Curso de Alimentação e Maneio de Bovinos - Curso de Higiene e Qualidade do Leite - Curso de Emparelhamento - Curso de Julgamento da Raça Holstein - Curso de Inseminação Artificial Abel António de Medeiros Paulo Álvaro Miguel Oliveira Torres André Filipe Carvalho Cláudio André Ponte Almeida António Américo Moniz Oliveira Antonio José Ferreira Pacheco António Tavares Galvão Arsénio Moniz Furtado Braien Cabral Raposo Daniel Carlos Botelho Pereira David Froes Bulhões Dinarte Tavares Oliveira Eduardo Manuel Oliveira Furtado Eliseu Manuel Cabral Pimentel Elsa Maria Sousa Silva Emanuel Correia Plácido Agricultor 2000 9 MARÇO DE 2014 Fábio Couto Pacheco Geraldo Manuel Oliveira Franco Hélder Filipe Viveiros Ponte Henrique Moniz Lourenço Henrique Silva Cordeiro João Alberto Amaro Almeida João André Cordeiro Torres João Gomes de Meneses do Canto Tavares João Luis Oliveira Costa Alves João Paulo Amaral Oliveira João Paulo Correia Moniz João Paulo Silva Pereira João Ricardo Pacheco Arruda José Eduardo Melo Duarte José Leonildo Oliveira Sousa Kenneth Viveiros Oliveira Luís Carlos Cabral Tomaz Luis Carlos Correia Moniz Luis Carlos Moniz Ponte Luis Henrique Fonseca Melo 10 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Luis Miguel Medeiros Vieira Manuel Ernesto Cordeiro Sousa Marco Henrique Vieira de Medeiros Andrade Marco Paulo da Silva Costa Nelson Manuel Moniz Medeiros Nelson Raposo Medeiros Nicolino Rebelo Raposo Benevides Nuno Manuel Cordeiro Almeida Nuno Manuel Ferreira Raposo Nuno Miguel Cabral Tomaz Octávio Fonseca Melo Paulo Alexandre Furtado Sousa Paulo André Botelho Pereira Paulo Henrique Serpa Costa Rita Pedro António Almeida Rocha Pedro Miguel Santos Barbosa Pedro António Sousa Botelho Rafael João Cabral Correia Ricardo Miguel Sousa Dutra Roberto Manuel Cordeiro Ponte Agricultor 2000 11 MARÇO DE 2014 Rodrigo Filipe Oliveira Reis Ruben José Correia Tavares Rúdi Mota Ventura Rui Alexandre Medeiros Ferreira Rui Octávio Melo Ferreira Rui Filipe Melo Viveiros Rui Miguel Aguiar Sousa Rui César Amaral Franco Sérgio Cabral Costa Tiago da Ponte Moniz Tavares Valdemar Couto Pacheco Virgínio Manuel Teles Pacheco Vítor Emanuel de Lima Medeiros Vítor Hugo Raposo Medeiros Vítor João Botelho Rebelo Vítor Luís Medeiros Barbosa Vitor Manuel Ferreira Pacheco Medeiros Vítor Miguel Alves da Ponte Wilson Medeiros Correia Xavier Ponte Almeida 12 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Preços de leite em vigor >> Apresentam-se os preços de leite em vigor, com a última atualização da Insulac e da Prolacto de janeiro. Estes preços incluem o preço base com o subsídio do Governo Regional (6,235 euros/1000 Lt ou 1$25/Lt) e os bónus de qualidade, prémios de cooperativa, bonificação de cais para o leite entregue nos diversos postos de receção e nas fábricas e escalões de quantidade que fazem variar o preço total nalgumas fábricas em função da quota de cada produtor. Para além dos valores apresentados, cada produtor pode atingir uma bonificação de 9 pontos que é mencionada abaixo de cada quadro, de acordo com o valor do ponto apresentado. Estes quadros têm em conta o preço pago aos produtores com uma gordura 3,7 e proteína 3,2, estando as bonificações e penalizações discriminadas abaixo de cada quadro. Abaixo dos quadros está discriminado o preço de leite refrigerado com tanques do produtor para recolha nas explorações e no cais de fábrica, nos casos em que se aplica Valor do ponto: 0$56 por litro (2,80 Euros por 1000 Lt) 9 pontos = 5$05 (25,20 Euros por 1000 Lt) Décima de proteína: 0$60 por litro - 3 Euros por 1000 Lt Décima de gordura: 0$55 por litro - 2,743 Euros por 1000 Lt Valor do ponto: 0$56 por litro (2,80 Euros por 1000 Lt) 9 pontos = 5$05 (25,20 Euros por 1000 Lt) Décima de proteína: 0$60 por litro - 3 Euros por 1000 Lt Décima de gordura: 0$55 por litro - 2,743 Euros por 1000 Lt Valor do ponto: 0$58 por litro (2,87 Euros por 1000 Lt) 9 pontos = 5$18 (25,85 Euros por 1000 Lt) Décima de proteína: 0$45 por litro - 2,245 Euros por 1000 Lt Décima de gordura: 0$55 por litro - 2,74 Euros por 1000 Lt Leite refrigerado com tanque do produtor para entrega na fábrica: 5$11 por litro (25,50 Euros por 1000 Lt) Valor do ponto: 0$58 por litro (2,87 Euros por 1000 Lt) 9 pontos = 5$18 (25,85 Euros por 1000 Lt) Décima de proteína: 0$60 por litro - 3 Euros por 1000 Lt Décima de gordura: 0$55 por litro - 2,743 Euros por 1000 Lt Bonificação de cais: paga no posto da Covoada e cais de fábrica: 3$00 por litro (15,00 Euros por 1000 Lt) Leite refrigerado com tanque do produtor para recolha na exploração: 6$00 por litro (30 Euros por 1000 Lt) Agricultor 2000 13 MARÇO DE 2014 Valor do ponto: 0$55 por litro (2,75 Euros por 1000 Lt) 9 pontos = 4$96 (24,75 Euros por 1000 Lt) Décima de proteína e gordura: 0$60 por litro - 3 Euros por 1000 Lt Bonificação de cais: paga no posto do Burguete e São Brás: 3$00 por litro (15,00 Euros por 1000 Lt) Leite refrigerado com tanque do produtor para recolha na exploração: 6$00 por litro (30,00 Euros por 1000 Lt) Leite refrigerado com tanque do produtor para entrega na fábrica: 5$50 por litro (27,50 Euros por 1000 Lt) Valor do ponto: 0$56 por litro (2,80 Euros por 1000 Lt) 9 pontos = 5$05 (25,20 Euros por 1000 Lt) Décima de proteína: 0$60 por litro - 3 Euros por 1000 Lt Décima de gordura: 0$55 por litro - 2,743 Euros por 1000 Lt Bonificação de cais na fábrica da Covoada: 3$50 por litro (17,47 Euros por 1000 Lt) Bonificação de cais na fábrica da Ribeira Grande: 2$50 por litro (12,50 Euros por 1000 Lt) Leite refrigerado com tanque do produtor para recolha na exploração ou entrega na fábrica: 5$50 por litro (27,45 Euros por 1000 Lt) Nota: CCS - 500.000 a 750.000 Lt penaliza 1$00 por Lt (5,00 Euros por 1000 Lt) CCS - 750.000 a 1.000.000 Lt penaliza 2$00 por Lt (10,00 Euros por 1000 Lt) CMT - 200.000 a 400.000 Lt penaliza 2$00 por Lt (10,00 Euros por 1000 Lt) CCS - Superior a 1.000.000 Lt penaliza 4$33 por Lt (21,60 Euros por 1000 Lt) CMT - Superior a 400.000 Lt penaliza 4$33 por Lt (21,60 Euros por 1000 Lt) Nota: CMT corresponde a Contagem microbiana total, CCS corresponde a contagem de células somáticas 14 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Ensilagem de forragem com excesso de matéria seca (MS) N o ano 2007 a ASSM/ /CUA publicou aqui um artigo sobre silagem e ensilagem com o título "Como obter uma silagem de boa qualidade - um ponto fundamental na produção leiteira", onde o autor do mesmo apresentou os princípios básicos que a totalidade dos artigos científicos sobre o tema e a prática confirmam. Entretanto, aconselhamos uma nova leitura do artigo referido, uma vez que o que agora publicamos será um complemento do mesmo, já que o artigo de 2007 não indicava o "modus operandi" quando a silagem tinha um teor de matéria seca superior ao habitual. Como é sabido, todos os autores referem como ideal existir um teor de matéria seca (MS) de 30% a 35% na silagem de milho, números que a prática e os resultados confirmam. Neste contexto, põe-se a questão sobre o que fazer quando a percentagem de MS da forragem a ensilar é superior à máxima aconselhada. Encontram-se publicações sobre o assunto em questão que relatam a existência de silos especiais com processos mecânicos de extracção de ar, que pouco tem a ver com a realidade Açoriana. Essa realidade levanos a recordar que os processos de ensilagem actualmente existentes podem conseguir uma boa silagem se forem praticados com o rigor adequado às circunstâncias. Advertimos que o processo de conservação em silagens com um teor de MS superior aos 37% ou próximo dos 40%, apesar de possível, não é nada fácil pois requer silos com condições adequadas e práticas de ensilagem rigorosas que possibilitem uma eficaz extracção de ar do interior do silo. Será que os silos em trincheira existentes nos Açores possuem características que permitam conseguir a conveniente extracção de ar de modo a conseguirem-se rapidamente as necessárias condições de anaeróbiose indispensável para uma boa fermentação da massa ensilada? A importância da eliminação do ar do interior do silo Conforme já referido no artigo anterior, a conservação da silagem só se consegue quando esta atinge um pH baixo adequado, que se consegue devido á presença de ácido láctico e outros ácidos orgânicos, que são produzidos por bactérias anaeróbias das plantas tais como Lactobacillus plantarum, Enterococcus faecium, Pediococcus acidilactici e outros tipos de Lactobacillus. Porém essas bactérias anaeróbias só se desenvolvem se existirem as seguintes condições: 1. Presença de açúcares disponíveis e daí ser necessário a trituração das plantas para que estes fiquem mais disponíveis. 2. Ausência de oxigénio (ausência de ar ou anaerobiose), para que existam as condições adequadas que possibilitem a rápida proliferação das bactérias anaeróbias e consequente produção dos ácidos orgânicos que fazem descer o pH, possibilitando as condições óptimas de conservação. Será possível remover todo o ar do silo? Não, pois mesmo com uma razoável compactação, uma silagem com o teor de MS adequado apresenta sempre alguma quantidade residual de ar. O que faz então desaparecer esse ar indesejável que ainda ficou no interior do silo? A acção de dois tipos de bactérias existentes em duas fases distintas: a) Fase aeróbia (ainda alguma presença de ar). Esta fase ocorre logo após o fecho do silo, quando, devido á presença do ar ocorre a respiração celular da massa ensilada e a respiração das bactérias aeróbias (que vivem na presença de ar), nomeadamente os Clostridium, Coliformes e fungos, etc, presentes na massa ensilada. Durante a respiração das plantas são utilizados carbohidratos solúveis presentes na massa ensilada, produzindo gás carbónico e elevando a temperatura. Em condições óptimas de ensilagem em que a presença de ar é reduzida ao mínimo possível, esta fase cessa assim que todo o oxigénio do ar presente estiver consumido, situação que normalmente se verifica ao fim de 24 horas. Entretanto, durante esta fase ocorreu já alguma perda de nutrientes, especialmente açúcar e energia. Quanto mais prolongado for o tempo deste processo, devido a uma maior presença de ar por motivo de uma inadequada extração do ar, maior será a deterioração da silagem e a perda do valor alimentar. b) Fase anaeróbia (ausência de ar). Esta fase inicia-se logo que ocorra a total eliminação do oxigénio do ar existente na fase aeróbia. A respiração da massa ensilada e das bactérias aeróbias eliminam todo o oxigénio existente criando assim condições óptimas para o desenvolvimento das bactérias anaeróbias que sempre estiveram presentes na massa ensilada, mas que só se tornam activas quando se estabelecem as condições de anaerobiose. Facilmente será de concluir que todos os requisitos aqui referidos e as restantes práticas com vista á Agricultor 2000 15 MARÇO DE 2014 va (azevém) ou luzerna pode ter efeitos adversos devido ao alto teor de humidade que essas plantas já possuem. obtenção de uma silagem de qualidade dependem sempre da maior ou menor quantidade de oxigénio (ar) que ficou dentro da matéria ensilada. Sabendo que quanto maior for a matéria seca da forragem a ensilar, maior será a dificuldade em fazer a compactação da mesma conclui-se que, se não melhorarmos as práticas que contribuam para reduzir ao mínimo o ar no silo, não conseguiremos uma silagem de qualidade ou utilizável. Numa silagem mal compactada existe sempre um excesso de ar (aerobiose excessiva) que permite o desenvolvimento de bactérias nocivas que promovem uma grande degradação e diminuição dos nutrientes (proteína, açucares, etc), putrefação e desenvolvimento de bolores que dão origem a micotoxinas e a diversas patologias. Apuramento das práticas adequadas durante o enchimento do silo: 1. A picagem (corte) das plantas tem como objectivo facilitar a compactação, o rompimento das células permitindo a rápida actuação das bactérias fermentativas e o consumo da silagem pelo animal. Para o tamanho ideal das partículas, que em situações normais (30 a 35 % de MS) seriam cerca de 1 a 1.5 cm (máximo 2.0 cm) para o milho e até 4 cm para a erva (azevém), em situações de MS mais elevada será aconselhável uma média de tamanho das partículas de 1 cm para a silagem de milho, uma vez que as partículas mais finas facilitam a compactação. 2. O enchimento do silo deverá ser feito dentro do menor espaço de tempo possível, e nunca interrompido por mais de 24 a 48 horas consecutivas. Antes de reiniciar qualquer enchimento interrompido dever-se-á compactar o silo para que haja expulsão do ar. 3. Expulsão do ar durante o enchimento do silo - compactação; A massa forrageira picada deverá ser espalhada uniformemente por todo o silo em camadas de 0.5 metros (1 metro em situações normais), e compactada cuidadosamente, de forma contínua, camada a camada. A última camada deverá ficar um pouco acima dos bordos superiores das paredes laterais do silo para evitar o surgimento de bolsas de ar por dificuldade de ajustamento do plástico à matéria da forragem ensilada. 4. Isolamento da massa ensilada à entrada de ar e água. O isolamento do silo é importante porque visa impedir a entrada de ar e água, e para tal existem regras importantes a seguir: a) Regra: Cobrir com plástico preto resistente e sem buracos. Ajustar o plástico utilizando cintas apropriadas (o mais aconselhado) e calcar com utensílios de modo a eliminar ao máximo as bolsas de ar existentes entre a silagem e o plástico. Para garantir um ajustamento do plástico à silagem será sempre mais eficiente cobrir todo o silo com terra, abrangendo portanto as partes laterais e as partes superiores do plástico que cobre o silo. b) Cobrir as abas do plástico, nas partes laterais e frente do silo com terra de modo a que as abas fiquem totalmente cobertas e devidamente coladas ao chão para vedar totalmente a entrada de ar. A melhor maneira de evitar a existência as bolsas de ar na parte da frente do silo será também a sua cobertura total com terra. Substancias a utilizar para o auxilio da fermentação 1. O melaço de cana (que é um produto muito rico em açúcares que são o substrato ideal para o desenvolvimento das bactérias anaeróbias) além de aumentar a apetência e o valor energético da silagem, tem a vantagem de aumentar a humidade dentro do silo porque é utilizado na forma diluída (melaço + água) para facilitar a sua aplicação. Obviamente que este aumento de humidade só é desejável nos casos em que a forragem a ensilar tenha um teor de matéria seca elevado (exemplos: silagem de milho com matéria seca superior a 35% ou azevém com pré-fenagem mal controlada). No entanto, há que ter em atenção de que se for usado na er- 2. Uso de acidificantes. A rápida acidificação da massa da forragem ensilada, logo após o enchimento do silo, através da aplicação directa de um ácido orgânico pode ser suficiente para bloquear as primeiras fermentações indesejáveis provocadas pelas bactérias aeróbias e estabilizar o ensilado através do melhoramento do pH. Mesmo na pequena presença de ar dentro do silo, se existir um pH mais ácido, este protege a silagem da formação do ácido butírico e evita a destruição de proteínas uma vez que cria condições adversas ao desenvolvimento das bactérias indesejáveis. O ácido orgânico mais utilizado é o ácido fórmico, quer directamente durante a recolha, quer no momento do enchimento do silo. Este ácido é, na realidade, o mais recomendado devido ao seu grande poder acidificante e a uma correcta acção selectiva sobre as bactérias não desejáveis. No caso de silagens com um teor de MS superior a 35 %, recomendamos o uso de dois produtos que têm na sua composição dois tipos diferentes de ácidos orgânicos: SILENERGI e SILENERGI Liquido: a) O SILENERGI é um acidificante orgânico, comercializado pela Zoopan, baseado no ácido fórmico incorporado num substrato que impede a libertação de vapores tóxicos para o homem (formiato de cálcio). Pode substituir com vantagem os inoculantes no caso das silagens de milho ou melhorar a actividade destes quando associados, pelo facto de propiciar o meio ácido adequado, no mais curto espaço de tempo. Este produto pode ser utilizado em todos os tipos de silagem indepen- dentemente da percentagem de MS que estas contenham. b) O SILENERGI Liquido, também comercializado pela Zoopan, é constituído por dois tipos de ácidos orgânicos (ácido propiónico e propionato de amónio) que adicionados a tensioactivos aniónicos formam uma mistura completamente solúvel na água. 3. Uso de inoculantes. A inoculação com bactérias benéficas pode favorecer a obtenção de silagens ácidas. As bactérias que mais se adequam a esta função são as bactérias homofermentativas e dentro destas as mais eficazes são os Enterococcus Faecium, Lactobacilus plantarum, os Pediococcus acidilactici e os Lactobacilus salivarios. Estas são as estirpes de bactérias ácido-lácticas que estão presentes no SIL-BIO Max ou no ZOOMAZE Plus, produtos comercializados pela Zoopan e Cua. O SIL-BIO max é um conservante biológico de silagens baseado numa combinação de 4 estirpes seleccionadas de bactérias produtoras de ácido láctico (Enterococcus faecium, Lactobacilus plantarum, Pediococcus acidilactici e Lactobacilus salivarios) e de enzimas para o tratamento de forragens verdes, pré-fenadas e em rolos. O ZOOMAIZE PLUS é um conservante biológico de silagens baseado numa combinação de 3 estirpes seleccionadas de bactérias produtoras de ácido láctico (Enterococcus Faecium, Lactobacilus plantarum e Lactobacilus busheneri) e está destinado a reduzir o crescimento fúngico e promover a fermentação da forragem, incluindo a silagem de milho. MÁRIO MIRALDO ZOOPAN, S.A. 16 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Recolha de plásticos Informam-se os associados que a Associação Agrícola de São Miguel em cooperação com a empresa Equiambi, está a desenvolver um projeto de recolha resíduos da agropecuária (plásticos). Esta ação consiste na recolha periódica de plástico da lavoura, como sacas de adubos, de ração, plásticos de rolos e de silagem. Todas as explorações de gado com salas de ordenha e estábulos fixos, que estejam interessados na recolha na sua exploração, devem contactar o Sr. Filipe Coelho, através do telefone 963636230. Os restantes interessados deverão entregar os plásticos nos seguintes locais: Freguesia Localização Rabo de Peixe Capelas St. António (Capelas) Ribeirinha Feteiras Fenais da Luz Pilar da Bretanha Mosteiros Candelária Burguete São Brás Fenais da Ajuda St. António Nordestinho Remédios - Lagoa Lomba da Maia Lomba do Alcaíde Associação Agrícola S. M. Cooperativa Agrocapelense Cooperativa Novicol João Moniz Caetano Martins Cooperativa Santa Luzia Posto de Leite da Bel Cooperativa Agrícola Lacticínios Pilar da Bretanha Posto de Leite da Unileite Posto de Leite da Unileite Cooperativa Costa Norte Cooperativa Costa Norte Posto de Leite da Insulac Associação Agrícola São Miguel Posto de Leite Insulac Posto de Leite Insulac Cooperativa do Leste Campanha leiteira 2013/2014 Entre Abril e Dezembro de 2013, nos Açores verificou-se um decréscimo de 3,93% face à campanha do ano anterior, tendo-se passado duma produção de 422.406.076,0 litros para 405.792.811,0 litros. No que concerne a São Miguel registou-se um decréscimo de 0,7% face à campanha de 2012/2013, onde se passou duma produção de 267.032.892,0 litros para 265.155.034,0 litros no mesmo período. Agricultor 2000 17 MARÇO DE 2014 PROAMA (Programa de Apoio à Modernização Agrícola) >> Foi publicada a nova portaria referente ao PROAMA (apoio de 50% até a um máximo elegível de 3.000 euros), que passou a integrar na maquinaria e equipamentos candidatáveis os sistemas de alarme, bilhas de sémen, termoacumulador, compressor, telas de nitreiras e reservatório de água, maternidade de vitelos e vedações, entre outros. Publica-se a lista da maquinaria e equipamentos elegíveis abrangida pelo PROAMA: Maquinaria e Equipamentos Elegíveis Abre Regos Acessórios para o carregador Agitador de leite Agitador para Chorumes Alambique Arrancador de batatas Aspirador de geleia real (Apicultura) Atomizador Balança Balde para máquina de ordenha Bateria para cerca eléctrica Bebedouros automáticos Bidons para mel Bilhas para transporte de leite Capsuladora Capta polén Carregador de alfaias Casa de ordenha móvel Cerca eléctrica Cerca móvel para ovinos Charrua Chassi Cinchos Colmeia Comedouros Compressor Computadores Conjunto de ordenha completo Bilhas para sémen Bomba de água Bomba de elevação de massas Bomba de trasfega Bomba de vácuo para máquina de ordenha Boxes para vitelas Broca para trator Caixa de carga Caldeira Gadanheira Gerador Grade de dentes Grade de discos Grelha para própolis Incrustador eléctrico para cera (Apicultura) Manga contenção para bovinos Manjedoura móvel Máquina de enfrascar mel Máquina de ordenha de 1 ponto Máquina de rachar lenha Máquina de rolos para laminar cerca (Apicultura) Máquina lavadora de pressão Maternidade para vitelos Medidor de leite Mesa giratória para frescos (Apicultura) Moinho de martelos Motobomba Motoceifeira Cornadis/Barreiras livre acesso Corta mato Corta sebes Cubas de fermentação em inox Depósito de decantação de mel Depósito em inox Depósito para água Depósito para armazenamento de combustível Depósito sempre cheio em inox Motorroçadora Motosachadeira Motosserra Pá carregadora Pá niveladora Pia de lavagem Polvilhador Porta quadros Prensa para mel Prensa para uvas Pulverizador Manual Pulverizador para trator Refratómetro Reservatório de água Respigador Rolhadora Rolo compressor Rolo semeador Rotuladora Motocultivador Motopulverizador Motor para máquina de ordenha Sachador adubador Secador de polén Semeador Ficha Técnica Propriedade Cooperativa União Agrícola, CRL Recinto da Feira, Campo de Santana Site: http://www.aasm-cua.com.pt Telf: 296 490 000 Director: Engº Nuno Sousa Gráfica: Coingra, Lda. Tiragem Média: 2500 exemplares Tiragem desta edição: 3000 exemplares Derregador Descarolador para milho Descristalizador Desengaçador Desengaçador/esmagador de uvas Desoperculador Distribuidor de adubos Deseador Electro-serra Electropulverizador Eletrobomba Enchedoras de vinho Equipamento para ensaque e fecho de sacas Equipamentos de limpeza e processamento de sementes e grãos Escarificador Esmagador de uva Extrator de mel Filtros de placas para vinho Filtros para mel Fórceps Francela Freza Fumigador Semireboque Silos de ração e acessórios Sistema de alarme Sistema de rega Soprador elétrico (Apicultura) Subsoladora Tanque rebocável Tanques para leite em inox Tapetes de borracha para camas Tela para nitreiras e reservatórios de água Termoacumuladores Tesoura de poda Tesoura pneumática com depósito acumulado Tinas de Fabrico Tinas para mel Tosquiadora Trela para transporte de gado Triturador Tubagem e acessórios para sistema de abastecimento de água na exploração Vasilhas de madeira para envelhecimento Vedações (postes, rede e arame) Vibrocultor Cooperativa União Agrícola, CRL Recinto da Feira Campo de Santana Telf: 296 490 000 Novos órgãos sociais da ASDEPR para o biénio 2014-2016 Teve lugar no passado dia 14 de Fevereiro eleições dos Órgãos Sociais para o biénio 2014-2016 da ASDEPR que passou a ter a seguinte composição: Mesa da Assembleia Geral: Presidente: Jorge Alberto Serpa da Costa Rita (Associação Agrícola de São Miguel); Secretário: José Maria Tavares Cardoso Jorge (Casa do Povo do Pico da Pedra); Secretário: Susana Isabel Goulart Pavão de Sousa Franco (Cooperativa Celeiro da Terra); Direção: Presidente: Carlos Emílio Lopes Machado Ávila (Câmara Municipal de Povoação); Vice-Presidente: Filipe Dias Cardoso Jorge (Câmara Municipal de Ribeira Grande); Vice-Presidente: Conceição de Jesus Pinheiro Botelho Quental (Câmara Municipal de Vila Franca do Campo); - Secretário: Carlos Alberto Medeiros Mendonça (Câmara Municipal de Nordeste); Tesoureiro: Cristina de Fátima Silva Calisto Decq Mota (Câmara Municipal de Lagoa); Conselho Fiscal: Presidente: Maria Estrela Aguiar (Santa Casa da Misericórdia de Santo António de Lagoa - Açores); Vogal: João Carlos Barbosa Leite (Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca do Campo); Vogal: José Alberto Raposo Mota (Centro Sócio-Cultural Padre Francisco Jacinto Amaral. Foi ainda aprovada, por unanimidade, a seguinte proposta de constituição da Unidade de Gestão da ASDEPR, órgão responsável pela gestão do Eixo 3 do PRORURAL Abordagem LEADER: Presidente: Carlos Emílio Lopes Machado Ávila (Câmara Municipal de Povoação); Vogal: Filipe Dias Cardoso Jorge (Câmara Municipal da Ribeira Grande); Vogal: Jorge Alberto Serpa da Costa Rita (Associação Agrícola de São Miguel); Vogal: José Alberto Raposo Mota (Centro Sócio-Cultural Padre Francisco Jacinto Amaral); Vogal: João Carlos Barbosa Leite (Santa Casa da Misericórdia de Via Franca do Campo). 18 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Agricultor 2000 19 MARÇO DE 2014 Ultrassonografia transretal em vacas (ecografia genital bovina) C omo ciência activa a medicina está sempre a evoluir. Ano após ano tem surgido novos fármacos, novas técnicas, novos equipamentos, novos métodos de diagnóstico, de modo a estabelecer o diagnóstico final o mais objectivo possível, e uma terapêutica adequada a cada patologia. Ao longo dos anos, os animais têm sido utilizados como cobaias nos mais variados ensaios da Medicina humana, facto este que tem sido aproveitado pela classe veterinária para melhorar os seus conhecimentos nas vertentes técnica, diagnóstica e terapêutica. Através do seu quadro clínico, a A.A.S.M, tem feito o possível para garantir a sanidade dos efectivos bovinos dos seus associados, fazendoo da forma mais empenhada possível, com a utilização dos recursos possíveis e adaptáveis á nossa realidade de exploração. Foi neste contexto que foi adquirido um aparelho de ultrassonografia transretal com máxima capacidade de resolução, com o objectivo de disponibilizar aos as- sociados um serviço completo na área do diagnóstico e terapêutica reprodutiva. A ultrassonografia transretal em vacas (ecografia genital bovina),tem acrescentado contributos valiosos relativamente ao conhecimento semiológico e anatómico do aparelho reprodutor das fêmeas bovinas, contribuindo de uma forma decisiva para a melhoria da performance reprodutiva das explorações. Através de uma técnica não evasiva (não agressiva) consegue-se obter resultados precisos, rápidos e precoces sobre um conjunto de parâmetros de maior importância para a reprodução bovina. Dos di- versos diagnósticos possíveis destacam-se: - Patologia uterina (endometrites, defeitos anatómicos, …); - Patologia ovárica (formações quisticas, inactividade ovárica, defeitos anatómicos, …); - Diagnóstico de gestação precoce (pode ser realizado a partir do 28º dia de gestação, sendo preferencial depois do 35º dia, visto que já detectados os batimentos cardíacos do feto); - Determinação do sexo (sexagem fetal) entre o 55º e 90º dias de gestação, embora também se possa fazer mais tarde; - Determinação de anomalias físicas e orgânicas do feto. O serviço de ultrassonografia bovina vai ser um serviço com pagamento autónomo relativamente as outras actividades clínicas, por se tratar de um método de diagnóstico muito minucioso e algo dispendioso. Os preços a praticar são os seguintes: Para cada utilização do ecógrafo, o primeiro diagnóstico ou seja, a primeira intervenção custará 20 euros, todas as outras vacas que possam ser intervencionadas cobrar-se-á apenas 5 euros cada. Recomenda-se a todos agricultores que desfrutem das potencialidades deste aparelho de diagnóstico, ponderando bem a sua utilização. 20 Agricultor 2000 MARÇO DE 2014 Comercialização de produtos lácteos e saída de carne bovina para o exterior A comercialização de produtos lácteos em 2012 teve como principal destino o continente, tendo sido exportado cerca de 128 toneladas, equivalente a 74,4% da produção total, enquanto para a União Europeia foram exportados cerca de 6 toneladas (5%), Madeira 7,2 toneladas (4,2%) e ainda 2 toneladas (0,1%) para países terceiros. Refira-se que o autoconsumo regional equivaleu a 26,3 toneladas representando cerca de 15,3% da produção total. No que se refere ao valor financeiro envolvido nesta comercialização, destaca-se ao facto do total representar cerca de 246,3 milhões de euros e aproximadamente 47% deste montante ser referente ao queijo, o que vem demonstrar as mais valias que este produto traz para a fileira do leite. Saída de carne bovina para o exterior Unidade: número Ano Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 2012 2013 Santa Maria 2012 2013 São Miguel 2012 2013 Terceira 2012 2013 Graciosa 2012 2013 São Jorge 2012 2013 Pico 2012 2013 Faial 2012 2013 Flores 2012 2013 Corvo 2012 2013 2 580 3 221 925 1 060 1 032 1 303 182 184 360 585 50 58 31 31 - 2 652 2 200 28 1 013 681 1 112 1 056 127 31 321 337 51 95 - 2 438 2 737 703 901 1 242 1 344 61 125 343 273 89 94 - 2 486 3 092 901 1 068 1 127 1 485 65 110 283 367 110 62 - 2 777 2 756 807 1 061 1 377 1 334 108 29 373 271 112 30 31 - 2 489 2 964 651 966 1 292 1 409 119 134 341 395 86 60 - 2 980 3 482 751 1 231 1 437 1 613 72 111 574 434 146 93 - 3 205 3 800 870 1 221 1 537 1 679 100 197 576 609 122 61 33 - 1 665 3 340 478 1 023 744 1 390 56 237 306 594 56 63 25 33 - 3 524 3 586 1 333 1 158 1 140 1 396 113 208 819 759 89 31 30 34 - 3 282 3 293 976 1 083 1 234 1 196 101 208 853 686 84 89 34 31 - 2 590 2 982 20 820 955 1 165 1 541 50 86 493 348 62 32 - Jun Jul 576 073 685 148 638 348 764 309 144 234 168 740 204 503 272 536 297 417 322 860 308 586 350 170 27 673 13 948 27 297 20 842 81 552 134 519 80 134 93 096 25 197 45 081 17 828 27 665 - Ago 704 105 810 874 189 612 273 862 330 519 354 226 21 318 41 973 126 126 116 358 36 530 16 981 7 474 - Set 358 075 686 407 106 664 227 494 153 000 277 337 13 371 41 275 63 288 114 221 15 353 17 177 6 399 8 903 - Açores Na carne, os Açores registaramse aumentos da exportação durante 2013 face a 2012, tendo passado de 32.667 para 37.453 cabeças, o que representa um aumento de 14,6%, tendo-se aumentado 704 toneladas, tendo passado de 7.157 toneladas para 7.861 toneladas. Relativamente a São Miguel, registou-se a comercialização de 10.227 cabeças em 2012 e de 12.408 cabeças em 2013, o que representa um aumento de 21% face a 2012, tendo-se aumentado neste período, cerca 464 toneladas, tendo passado de 2.279 toneladas em 2012 para 2.743 toneladas em 2013. Estes números do setor do leite e da carne que se apresentam discriminados nos quadros que se seguem, vêm demonstrar a importância destes setores na Agricultura dos Açores e consequentemente na economia regional. Unidade: Kg Ano Açores 2012 2013 Santa Maria 2012 2013 São Miguel 2012 2013 Terceira 2012 2013 Graciosa 2012 2013 São Jorge 2012 2013 Pico 2012 2013 Faial 2012 2013 Flores 2012 2013 Corvo 2012 2013 Jan Fev 546 342 562 059 670 175 468 857 7 322 202 776 211 722 238 504 150 821 219 141 240 849 264 221 217 937 32 920 21 464 34 185 4 925 71 334 66 432 110 325 65 846 13 202 14 270 15 510 29 328 6 969 7 430 - Unidade: toneladas Total Leite Leite em Pó Queijo Manteiga Nata Iogurtes Soro Outros Açores 26 372 22 843 129 1 359 660 224 241 901 16 Continente 128 259 78 581 12 178 23 487 7 107 30 64 5 099 1 712 DESTINO DOS PRODUTOS Madeira União Europeia 7 285 8 601 6 524 844 796 637 1 654 118 6 5 307 - Países Terceiros 2 040 1 336 553 144 7 - Total 172 557 110 128 13 656 27 281 7 892 260 305 11 307 1 728 Comercialização dos principais produtos lácteos por destino Unidade: euros Total Leite Leite em Pó Queijo Manteiga Nata Iogurtes Soro Outros Ano 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 Açores 22 981 241 11 041 159 322 430 6 447 747 3 232 805 588 700 460 270 814 800 73 330 Continente 200 977 832 36 516 350 32 330 240 99 833 952 24 141 180 65 700 90 160 3 886 130 4 114 120 DESTINO DOS PRODUTOS Madeira União Europeia 6 285 460 13 167 245 2 934 020 493 250 2 145 600 2 865 600 6 093 590 469 640 3 345 16 200 4 431 460 Países Terceiros 2 916 250 623 520 1 623 230 639 210 30 290 Total 246 328 028 51 608 299 36 421 500 115 880 099 27 877 260 670 600 550 430 9 132 390 4 187 450 Fonte: Indústrias de Lacticínios Informação Viagem a Braga/Espanha A Direção da Associação Agrícola de São Miguel informa todos os associados, que irá organizar uma viagem ao Concurso Nacional em Braga entre os dias 28 de Março e 03 de Abril de 2014, que inclui o Concurso Nacional e visita a explorações em Espanha. Os interessados em participar nesta Viagem devem contactar a D. Graça na Associação Agrícola São Miguel até ao próximo dia 20 de Março de 2014. Santana, 05 de Março de 2014 A Direção 32 667 37 453 28 20 10 227 12 408 14 439 16 746 1 154 1 660 5 642 5 658 1 057 768 120 193 - Saída de carne bovina para o exterior Comercialização dos principais produtos lácteos por destino Ano 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 2012 Acumulado Homólogo Mar 540 194 582 527 161 761 212 635 267 040 259 806 14 359 27 075 72 457 56 133 24 577 26 878 - Abr 562 089 652 560 199 634 243 394 250 759 288 799 13 967 20 463 68 159 80 929 29 570 18 975 - Mai 617 515 586 846 175 310 224 956 309 483 281 511 20 825 6 159 81 543 59 301 30 354 8 153 6 766 - Out Nov Dez 752 632 697 538 555 930 736 245 671 248 592 866 2 970 301 875 223 124 193 793 253 058 246 791 195 247 248 776 268 645 240 817 294 929 240 229 307 335 19 130 19 469 12 976 34 394 34 358 13 331 149 852 155 071 90 830 137 541 118 729 65 400 26 302 23 824 17 514 8 305 24 697 8 583 6 697 7 405 8 018 6 444 - Acumulado Homólogo 7 157 701 7 861 261 7 322 2 970 2 279 246 2 743 800 3 149 306 3 445 086 231 420 306 277 1 161 163 1 098 013 301 774 220 080 27 470 45 035 Fonte: IAMA