ECOESTUDANTIL Maio08 - Agrupamento de Escolas Dr. Jorge
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ECOESTUDANTIL Maio08 - Agrupamento de Escolas Dr. Jorge
Número 10, Maio de 2008 90 MINUTOS COM… ESCRITOR RIA ECUNDÁ AVIRA S A L O C T ES Correia Dr. Jorge O,50 BIBLIOTECA /CRE Q uem? João Aguiar, um escritor sobejamente conhecido do panorama literário português. Tornou-se famoso pelos livros, e por eles tivemo-lo à conversa, no dia 23 de Abril, Dia Mundial do Livro, pelas 14h.00, na Biblioteca. Na longa conversa com alunos e professores, que se prolongou por 90 minutos, falou-nos com entusiasmo da pessoa e da escrita literária. Dissenos que tinha vivido em Angola, quando criança, falou-nos da doença, aos 8 anos, que o prostrou numa cama, que tinha frequentado durante dois anos o curso de Filosofia da Universidade Clássica de Lisboa, mas que se tinha formado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas, tendo trabalhado como jornalista para a imprensa, rádio e televisão. Por que tinha começado tão tarde a sua carreira? Era lento a amadurecer e… tinha feito várias tentativas antes, percebendo que nenhuma delas era boa, nem bem conseguida. Uma delas aos nove anos, mas a família desencorajou-o. Quando chegou aos trinta e oito anos é que viu que estava capaz, com maturidade suficiente para escrever um livro minimamente aceitável. Foi a Voz dos Deuses, um livro para adultos. Com estes sente-se como se estivesse a «jogar em casa», o mesmo já não pode dizer quando escreve para o público mais jovem, para quem escreve com mais dificuldade, porque exige da sua parte uma responsabilidade maior. Escreve com bastante frequência, porque neste momento vive da escrita. Confessou-nos que impôs a si mesmo algumas regras: «Não chatear o leitor e usar uma certa subversão». Não sabe de onde lhe vem a inspiração para escrever, como acontece o processo criativo, mas sabe que o seu melhor livro é sempre aquele que está a escrever, já que implica uma nova experiência, é como “parir um filho”, disse, acrescentado, com sentido de humor, que Maria Teresa Horta e Alice Vieira (duas escritoras com quem se relaciona por motivos profissionais) lhe disseram que um filho dói mais. Aquilo que o faz feliz é saber que a sua escrita é a forma que tem para comunicar com as pessoas, com o próximo. Por que surgem várias alusões a espíritos na sua obra? Porque é um tema que lhe interessa, porque é um recurso literário e porque tem um valor quase humorístico. Não é um fanático do sobrenatural, mas, de facto, aborda-o muitas vezes, mostrando também preocupação com a realidade social contemporânea, como em Encomendação das Almas, em Canto dos Fantasmas ou em O Navegador Solitário. O autor leu a primeira página de O Navegador Solitário que fez rir os presentes pela linguagem da personagem Solitão, que tem nome que não existe, uma madrinha médium e um avô há muito falecido, que lhe manda mensagens do além através da dita madrinha. E o Homem sem Nome, por que não atribuiu um nome ao poeta? Porque a criou para que, através dela, nos preocupemos mais com a nossa personalidade, o nosso eu mais profundo, que devemos buscar para atingirmos a felicidade, a paz de espírito, e porque é sua missão criar mundos fantásticos. Revelou alguma identificação com as suas personagens, assumindo a construção do romance como um processo em que reelabora criativamente (Continua na página 9) Nesta edição: Eventos Intercâmbio Filosofia Formação Opinião Eco dos Espaços Línguas Cinema Escrita Criativa Economia Ciência EVENTOS UMA IDA AO TEATRO: Que farei com este livro? D e entre os muitos presentes na sala de espectáculo tinham também lugar alunos da Escola Secundária de Tavira que, no dia 21 de Fevereiro de 2008, tiveram o privilégio de pisar o novo teatro municipal da capital algarvia, com o intuito de assistir à peça ilustre que seria ali representada. Escrita por Saramago e intitulada Que farei com este livro, a peça retrata a luta de Luís de Camões para publicar Os Lusíadas, epopeia renascentista que constitui uma das obras basilares da literatura portuguesa. Paulo Matos, assumindo o papel de Camões, representou com bastante eloquência as adversidades encontradas pelo poeta quando tentava completar a sua obra, escrita maioritariamente durante a viagem à Índia. Camões, enquanto protagonista, representa o paradigma do autor-artista “sempre avançado” em relação ao seu tempo. Esta representação de Que farei com este livro, possibilitou que retirássemos dela algumas ilações, dado que esta comporta um texto alusivo a um problema que persiste no presente: o discurso artístico e cultural é ainda hoje completamente desprezado, tal como o de Camões o foi. Actualmente, ainda é notória e visível essa discrepância entre arte e muitas áreas da vida social, estando esta situação bem patente no domínio dos media. Falo concretamente da acção da Inquisição que perseguiu os artistas, culminado numa maior reivindicação destes que se viam muito amputados de qualquer liberdade. A título de exemplo, temos o caso de Camões que, tendo em conta a peça, se deparou com inúmeras dificuldades para publicar a sua obra épica. Fazendo uma retrospectiva, Página 2 Alunos do 12º C temos um País que herdou uma mentalidade vinda dos vários períodos ditatoriais que comportou, e , ainda hoje, embora sob uma democracia, existem outras formas de censura, pelo que subsiste uma ditadura de audiências, o mediatismo social, a cultura do que é frívolo e fácil. Deste modo, decreta-se a “morte civil” de um artista, se ele não aparecer na televisão, meio de informação tão avultado pela maioria que se rege por aquilo que esta transmite. Pouca gente lê escritores realmente importantes deste período. Se olharmos para trás, não foram os best-sellers que influenciaram a humanidade. Há uma falta de perspectiva das sociedades em relação aos artistas. Se outrora se manifestava esse desinteresse cultural, ainda hoje ele permanece vivo. Como representação nítida desta indiferença, sublinho o comportamento desagradável e insólito de muitos jovens presentes no decorrer da peça que, por esta ou aquela atitude, manifestaram o seu desagrado e falta de hábitos culturais que, infelizmente, não lhes terão sido facultados. Acrescento ainda, que tais atitudes, comprometem o bem-estar dos outros assim como o esforço e empenho dos actores. Apelo à motivação daqueles que não a têm para que se interessem por esta e tantas outras obras célebres, concedendo uma maior atenção às artes e um maior apoio aos artistas incompreendidos, como Camões. Margarida Sequeira Santos 12º C Alunos do 10º A2 INTERCÂMBIO INTERCÂMBIO COM A BÉLGICA D urante a semana de 9 a 16 de Fevereiro, um grupo de catorze alunos do 12º A1, acompanhado pelas professoras Ana Cristina Matias e Rosa Henriques, teve a oportunidade de participar num intercâmbio com uma turma do Damiaan Instituut situado em Aarschot, Bélgica. O nosso primeiro dia na Bélgica foi reservado para conhecermos e convivermos com a nossa família de acolhimento. Na segunda-feira, já eram muitas as novidades que tínhamos para contar uns aos outros. Depois de nos terem sido dadas oficialmente as “Boas-Vindas”, teve lugar uma apresentação electrónica, por parte dos alunos, em que nos falaram um pouco da sua cultura e sistema de ensino. Seguiu-se uma visita guiada à escola. Para que pudéssemos ficar a conhecer Aarschot, realizámos, em pequenos grupos, um percurso pela cidade. Com o auxílio de algumas indicações, tínhamos de ordenar algumas imagens de monumentos e de paisagens que nos tinham sido previamente distribuídas. Após o almoço, fomos visitar Delvora, a fábrica de chocolate, mas, para lá chegar, tivemos que pedalar bastante… Ufa! Quando finalmente chegámos, apercebemo-nos de que todo aquele esforço tinha valido a pena. Um pasteleiro fez-nos algumas demonstrações e nós algumas experiências. Umh, Só de relembrar faz água na boca! À semelhança dos outros dias da visita, o ponto de encontro foi uma vez mais às 8.30 na escola. Após uma curta viagem de autocarro até à cidade de Lummen, foram-nos apresentados os nossos guias, os quais nos informaram dos obstáculos que íamos encontrar ao longo do percurso. Em seguida foram-nos fornecidos cintos que nos asseguravam total segurança para todo o trajecto. Tivemos desafios de salto e alturas, saltos de árvores, passagem por pontes flutuantes, equilíbrios em cordas entre árvores a diferentes alturas do chão e muitos outros. Depois de mais uma noite de sono, voltámos ao nosso ponto de encontro. Tudo correu bem na viagem para Bruges. Aí visitámos o centro histórico de Bruges, o qual achámos esplêndido. Depois de um bom jantar e descanso, os alunos combinaram ir ao bowling. Soube bem mandar umas bolas contra os pinos e conhecer melhor a “arte “da cerveja belga. Na quinta-feira, 14 de Fevereiro, deslocámonos a Leuven (Lovaina). Em contraste com o de Tavira, o comboio que nos levou era rápido, confortável e eficaz. Com a ajuda de Dries e Jasper, passámos a conhecer a famosa cidade universitária de Lovaina, na qual, eram típicas as senhorias que recebiam em sua casa os estudantes universitários. Mais tarde, em grupos, e guiando-nos por um mapa chegámos ao local pretendido: uma maravilhosa escalada em recinto fechado estava à nossa espera. Hilariante, assustadora, com muita adrenalina e companheirismo dos nossos parceiros fizemos com que esta tarde corresse conforme o desejado. (Continua na pág. 16) Página 3 INTERCÂMBIO VISITA COM UMA TURMA DO LYCÉE ARAGO N o âmbito da geminação das cidades de Tavira/Perpignan, os alunos do 10º ano de TGPSI, da Escola Secundária 3EB Dr. Jorge Correia - Tavira, juntamente com os alunos do Lyceé Arago, realizaram no dia 8 de Abril, terça-feira, uma visita de estudo ao Barlavento Algarvio. Nós, alunos de TGPSI, chegámos todos à escola antes da hora prevista. A partida estava programada para as 9 horas da manhã, contudo, devido ao atraso dos alunos franceses, a partida da nossa escola só se efectuou às 10:25 horas. No início da viagem, estávamos todos tímidos e não falávamos muito com os visitantes. A primeira paragem foi em Portimão (Praia da Rocha). Parámos durante uns 20 minutos, para todos apreciarem a paisagem, mas o clima não era muito favorável (chovia torrencialmente e o vento soprava com força). Subimos todos para o autocarro para o próximo destino. A segunda paragem realizouse no centro comercial de Portimão onde tivemos 2 horas para almoçar e conhecer melhor o centro comercial. Às 14:30, encontrámo-nos no local previsto e partimos para Sagres. Decidimos quebrar o gelo. Aproveitámos para realizar a nossa tarefa e fizemos a entrevista preparada anteriormente em aula. Página 4 Após uma hora muito animada no autocarro, chegámos à Fortaleza de Sagres. Tivemos à nossa disposição uma guia que nos ajudou a saber um pouco mais sobre a história da fortaleza e ainda deu tempo para visitar a mesma. Todos gostaram daquela paisagem fascinante. Não foi possível ir até à ponta de Sagres devido às condições climatéricas. Às 16:20 partimos para Silves.Depois de uma hora de autocarro, chegámos a essa linda cidade. O tempo começava a melhorar, o monumento histórico que íamos visitar era o Castelo de Silves. Subimos até o portão do castelo, mas não foi possível entrar porque estava em obras e voltámos para o autocarro. Às 18:00 horas, partimos para Tavira, mas devido a uma emergência de “necessidade fisiológicas” fomos obrigados a parar na área de serviço de Olhão. Os alunos franceses aproveitaram a paragem e fizeram-nos uma surpresa. Ofereceram uns “souvenirs”. Às 19:15 horas chegámos a Tavira e assim terminou a nossa viagem. No fim da visita de estudo, alguns dos alunos decidiram acompanhar os colegas franceses num jantar. Apesar do tempo que não foi favorável, os objectivos foram cumpridos. O convívio permitiu criar laços de amizade. Ficámos com os contactos dos nossos colegas e vamos continuar a comunicar com eles. Realizámos ainda o nosso trabalho de forma “lúdica” mas muito proveitosa. Gostaríamos muito de poder ir a França e voltar a estar com estes nossos amigos. Alunos do 10º TGPSI Visitas de estudo AVIÕES, NAVIOS, CONSUMOS e POLUIÇÃO E m termos médios pode dizer-se que um avião comercial de passageiros apresenta consumos de 10 mL (mililitro) de combustível por cada lugar e por cada segundo. Em termos práticos e por paralelismo, se uma pessoa ingerisse água a essa taxa, teria de consumir um litro de água em 100 segundos, ou seja, um pouco mais de minuto e meio. Poderá ser possível fazê-lo mas é complicado. O consumo de combustível pode parecer elevado, mas como fazer para que os aviões atinjam as velocidades que lhes permitem atravessar a vastidão dos oceanos em tempos aceitáveis? Será que, tal como para os carros, não será mais útil o conhecimento do consumo ao quilómetro (ou aos 100 quilómetros) do que ao segundo? Nesta circunstância, e para o consumo de 10mL por passageiro, facilmente se chega ao valor de 36 litros por hora. Considerando a velocidade de cruzeiro 900 km/h (as contas são acessíveis), calcula-se que, por passageiro e por hora, o avião gastará 4L por 100 km. Os aviões mais eficientes já conseguem fazer 3L por 100 km. Tendo em consideração este valor, dois passageiros de avião gastarão 6L de combustível por 100 km. Deste modo, dois passageiros que viajem de avião gastarão tanto como dois passageiros que viajem num carro relativamente eficiente nos seus gastos de combustível (admita-se que o carro consome 6L aos 100 km). E para os navios de passageiros/paquetes de cruzeiros? Um navio de cruzeiros consome, por passageiro, 25 L aos 100 km. Apesar dos navios serem muito mais lentos, consomem mais que os aviões. A sua eficiência em termos de desempenho por passageiro é bem menor do que a dos aviões. A que se deverá este facto? Não devemos esquecer que o navio se desloca na água e o avião se desloca no ar, sendo a densidade deste (1,28 kg/ m3), bem menor que a densidade da água (1,00x103 kg/m3). Se relembrarmos que à altitude de 10km a que viajam os aviões a densidade do ar diminui para cerca de ¼ do valor à superfície, essa diferença entre densidades é mais acentuada. Outra diferença reside na massa que deslocam: um navio como o Queen Mary 2 desloca 150 000 toneladas e transporta 2600 passageiros e um avião como o Airbus A320 desloca 60 toneladas e transporta cerca de 200 passageiros. Em termos do uso da energia e do ambiente possivelmente viajamos até de mais, e demasiado combustível é queimado. No entanto, um facto é certo: se tivéssemos de atravessar o oceano Atlân- tico, seria ambientalmente mais gravoso a utilização do navio do que o avião. Prof. Norberto Mestre *Adaptado de Hendermas, L.F.F. (2007).“Thirsty passengers”. Europhysicsnews: Vol 38/5. Visita à exposição permanente do Banco de Portugal “O DINHEIRO NO OCIDENTE PENINSULAR: DO ARTIGO PADRÃO AO EURO” N o dia 16 de Janeiro, as turmas dos cursos profissionais de TC e TBS, acompanhadas pelos professores Carmen Castro, Margarida Guerreiro e António Silva, realizaram uma visita de estudo ao Museu Virtual do Banco de Portugal, em Lisboa. Chegámos ao museu do Banco de Portugal às 13:56 horas, ficando pasmados com as dimensões das suas instalações. Começámos a visita por uma exposição de peças muito antigas que serviam como moeda de troca, chamados de “Artigos Padrão”. A exposição apresenta o “dinheiro” nas suas diferentes formas, reflectindo a evolução histórica, socio-económica e artística que caracterizou a sociedade portuguesa e os povos que antes da fundação do reino habitavam o ocidente peninsular. Após esta explicação, feita pela Relações Públicas do museu, visualizámos um filme, que resumia toda a visita, dando-se esta por terminada às 16:07 horas. O regresso a Tavira deu-se por volta das 21 horas. Esta visita foi importante porque percebemos que Portugal integra o grupo dos países fundadores da Zona Euro, em que o Banco Central Europeu conduz a política monetária e cambial única, sendo o Banco de Portugal parte integrante desse sistema europeu de bancos centrais. Cláudia Baptista e Cláudia Pereira, 10º TBS Página 5 C Visitas de estudo VISITA À EMPRESA FIMA— PRODUTOS ALIMENTARES N o dia 13 de Fevereiro as turmas dos cursos profissionais de TC e TBS, acompanhadas pelos professores Carmen Castro, Margarida Guerreiro, António Silva e Helena Entrudo, realizaram uma visita de estudo à empresa FIMA. A visita teve como objectivos promover uma aproximação directa ao mundo da produção e ao mundo do trabalho, conhecer o funcionamento da bém serviços sociais da empresa destinados aos trabalhadores, como o centro médico e o refeitório. Após a apresentação, fizemos uma pequena visita a laboratórios de análise da empresa. Por fim, regressámos ao local da apresentação, onde nos foi oferecido um lanche e entregue uma pequena recordação da FIMA. Consideramos que a visita foi muito importante porque pudemos aplicar conhecimentos aprendidos nas aulas. Márcia Conceição, 10º TC M VISITA À ILHA DE S. MIGUEL, AÇORES A produção e distribuição numa empresa, conhecer a sua organização interna, compreender a importância socioeconómica para a região e para a actividade económica em geral, promover a observação, análise e crítica e proporcionar momentos de convívio entre alunos e professores. Às 14 horas chegámos à FIMA, tendo sido recebidos pelas Relações Públicas da empresa, as quais nos apresentaram em PowerPoint uma breve história da empresa, e quais e como eram os produtos lá fabricados. A FIMA é uma empresa criada nos anos 20 que produz cremes vegetais, tais como as marcas Planta, Becel, Flora, Tulicreme e Vaqueiro. A empresa encontra-se dividida em vários sectores que são a FIMA Plaste (fábrica de embalagens), laboratório Margarina Mia (sala de visitas), armazém de produto acabado, tratamento de fluentes, parque de tanques de óleos em bruto, refinaria, engenharia, manutenção e produção de energia. Existem tamPágina 6 turma A1 do 11º ano efectuou, de 4 a 8 de Abril, uma visita de estudo à ilha de S. Miguel – Açores. De entre vários objectivos pretendia-se caracterizar o vulcanismo dos Açores, relacionar a tectónica de placas com o vulcanismo e explicar a importância das energias renováveis, nomeadamente a geotérmica e sua perspectivação económica para os Açores. Em termos de organização, ela ficou a cargo dos professores Norberto Mestre (Física e Química A) e Aurora Carmo (Biologia e Geologia). Colaboraram ainda os pais e encarregados de educação dos alunos e um conjunto de instituições e empresas que tornaram possível a concretização deste evento. As experiências vividas nos diferentes locais visitados (mesmo com a meteorologia a não ajudar às vezes), a oportunidade de observar ao vivo fenómenos ou o seu registo, a ocupação humana de uma paisagem espectacular, e até a indefinição na hora da partida com “passagem pela montanha russa” constituíram-se como referências singulares para todos os participantes do projecto. A todas as entidades, instituições e empresas que nos apoiaram e patrocinaram na realização do projecto (Conselho Executivo da nossa escola, Município de Tavira, Município de Ponta Delgada, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Sotavento Algarvio, Delta Cafés, Clube de Golf de Tavira, Olhinfor, Cortinlar, Farmácia Caimoto, Rui Simeão, Topogarve Lda, Nascimento & Pereira), o nosso muito obrigado. Prof. Norberto Mestre filosofia CÉUS INÓSPITOS - Episódio da série CSI "Um cego a conduzir os cegos" - Grissom Voo para Las Vegas. Cena de um crime avião. Cadáver com trinta anos (Tony). Passageiros na primeira classe. Os famosos investigadores fotografam a cena do crime, recolhem impressões digitais, detectam “pegadas no casaco”, sangue num CD. É isolada a cena do crime com uma fita. Teria sido um homicídio? Um suicídio? Gris- E ste episódio suscitou-nos a seguinte reflexão: uma vez que um passageiro manifestava um comportamento desequilibrado, nervoso, descontrolado e agitado, os cinco passageiros reagiram, instintivamente, perante a ameaça de poderem estar a correr risco de vida, se ele abrisse a porta de saída do avião. No entanto, o facto de os cinco passageiros terem entrado em conflito com Tony, poderia ter sido evitado. Ninguém teve a preocupação de o acalmar e de conhecer os principais motivos que o levaram a tal descontrolo, o que poderia ter evitado a tragédia. Cinco pessoas, agindo irreflectidamente sem nenhuma preocupação com o outro, desumanos, preocupando-se apenas consigo, escolhem o caminho mais fácil de resolver o problema. O homem poderia ter sido salvo se um som (o Inspector) admite a existência de mais do que um suspeito. Os passageiros testemunham o que cada um relembra. Tony estaria bêbado, drogado? Ele estava agitado, tinha febre, uma enorme angústia. Seguem-se os interrogatórios. Os investigadores ligam os fios de uma enorme teia. Há indícios de luta, garrafas partidas, gotas de sangue. Empregam-se métodos e tecnologias para detectar o invisível. Interrogam, seguem pistas, examinam. Seleccionam três suspeitos. Um cego que também viajava na primeira classe conta o que conseguiu ver, pois tinha 10% de visão e sobretudo o que ouviu. Quem matou Tony? Reconstrução da cena do crime. Se morreu num sítio como foi parar mais à frente? Afinal, são os cinco passageiros os assassinos. Os cinco, de indivíduos, transformaram-se numa maralha. Porém, não há provas suficientes. São libertados, por falta de provas. Onde está a justiça? dos indivíduos ponderasse a situação, se procurasse conhecer a verdadeira causa de tanta agitação. Uma médica a bordo com conhecimentos científicos e nada fez? Uma hospedeira que não aplica o que aprendeu? Por que é que todos se colocam na pele dos passageiros e não no da vítima? Natureza Humana? Afinal, é o Homem um ser racional ou nas situações limite, comporta-se como qualquer outro animal, que luta pela sobrevivência, mesmo que para isso tenha que matar o seu semelhante? Grissom questiona. Mostra à sua equipa que há sempre uma outra perspectiva, que as pessoas preconceituosas não conseguem alcançar. Surpreende-os, abala-nos e faz-nos reconhecer que cada um de nós deve pensar pela sua própria cabeça, porque isso pode ser a fronteira entre a vida e a morte. Cátia Moldes e Ricardo Afonso, 11ºB Página 7 FILOSOFIA O FENÓMENO DO CONHECIMENTO HUMANO o humana. Tal como a origem, a natureza do conhecimento também se explica com duas correntes: para o realismo as coisas são como as conhecemos, tal e qual como elas são (realismo ingénuo); para o idealissignificado da palavra conhecer mo não conhecemos as coisas como elas são realé saber algo sobre alguma coisa. Assim, conhecer mente, apenas conhecemos as ideias que julgamos é um acto que implica um sujeito, um objecto e o representarem as coisas. São questões ligadas à filoconhecimento, ou seja, a representação mental do sofia. Ciência e filosofia estão ligadas. Pode-se constaobjecto. Conhecer é apreender qualquer coisa do tar esta afirmação em Aristóteles (IV a.C.) que apenas objecto através do pensamento e incorporar o que procurava conhecer e as suas reflexões estavam desliapreendemos. gadas da técnica. Na Antiguidade, a ciência baseia-se Quando observamos qualquer coisa avalianuma concepção estática do mundo e é encarada mos, por exemplo, o seu aspecto e nem nos lemnuma perspectiva qualitativa e não experimental; é bramos de ver qual a sua composição. Quer isto contemplativa pois procura então dizer que a intencionalidade o saber pelo saber. Na Idado sujeito no acto de conhecer “O fenómeno do conhecimento de Média, a concepção de influencia o seu modo de conhecer o humano é sem dúvida o maior ciência pouco se altera, mundo. Assim, o indivíduo pode atrifica subordinada a critérios buir ao mesmo objecto significados milagre do nosso universo.” Karl Popper religiosos, dado que a diferentes. Há, então, muitos modos razão humana se deveria de conhecer o mundo que depensubmeter ao divino. No século XVIII, é introduzido um dem da postura do sujeito face a um objecto de novo conceito de ciência – a moderna, e os seus autoconhecimento, pois cada um, com a sua forma próres são Galileu e Descartes. Começa-se então a valoripria, descodifica o mundo, atribuindo-lhe um sentizar-se a razão enquanto instrumento de conhecimento. do. Deste modo, os tipos de relacionamento entre o A ciência deverá, através de um processo de interrogasujeito e o objecto podem ser: o mítico-mágico, ção da realidade, constituir o seu método e objecto. um conhecimento baseado em crenças, sendo esta Pretende-se que a ciência seja objectiva. a primeira forma de relacionamento entre o homem A aplicação de conhecimentos científicos levou e o mundo; o senso – comum, um conhecimento ao desenvolvimento tecnológico das sociedades que baseado na compreensão do mundo que resulta hoje conhecemos, dando origem a progressos que das experiências que realizamos; o científico proafectam todas as áreas das nossas vidas. Todos os porciona um conhecimento que procura descobrir o países e todas as pessoas deveriam ter acesso à ciênfuncionamento de tudo através das relações de cia, porque a divulgação dos conhecimentos científicos causa - efeito, procura construir um conhecimento leva à evolução das sociedades e ajuda-nos a combaseado nas características do objecto e com a preender melhor o mundo e a agir de uma forma mais mínima interferência do sujeito e, por fim, o filosóeficaz. Só os indivíduos cientificamente informados fico, que corresponde a um conhecimento que propodem ter opinião pública e crítica. Todos devemos ter cura a origem dos problemas. acesso a tudo isto através do ensino e de outras coiÉ no senso comum que nos movemos diariasas, mas todos temos esse direito e a democracia tem mente: é prático e pragmático, na medida em que de ser capaz de acompanhar o processo de transforse limita a constatar acontecimentos, aceitando e mação tecnológica, oferecendo oportunidades iguais a sugerindo formas de agir; é subjectivo, porque todos os cidadãos. Actualmente, a tecnologia é indisexpressa sentimentos e opiniões dos indivíduos pensável para o progresso da ciência e para o funcioque variam consoante o meio onde estão inseridos; namento das sociedades e, infelizmente, a tecnologia é valorativo, na medida em que resulta das nossas também está a servir para instrumentos que são experiências e não está sistematizado, pois não devastadores, como a criação de tanques de guerra, a reflecte sobre os seus conteúdos. bomba atómica e outras. Problemas bioéticos como a É a partir do século XVIII que a explicação clonagem, o respeito pelos animais, problemas sobre o conhecimento e sua origem se polariza em ambientais ou a forma como circula a informação e se duas correntes opostas: o empirismo defende que controlam as pessoas são cada vez mais problemas de o conhecimento deriva da nossa experiência e o todos, que a todos dizem respeito. racionalismo defende que este se baseia na razão Texto síntese - Área de Integração Página 8 Telma Martins 10º TC FORMAÇÃO O que é um Centro de Novas Oportunidades? N a nossa Escola existe um Centro de Novas Oportunidades que se encontra sedeado no bloco 2 e conta já com uma equipa de 18 elementos, 15 dos quais são professores da Escola. Destina-se à qualificação de adultos maiores de dezoito anos. Partindo da experiência de cada um, começamos por tentar encontrar a melhor solução formativa. Uns, com idades inferiores a 25 anos, e com pouca experiência de vida, podem ser encaminhados para os cursos profissionais, outros, nas mesmas circunstâncias, poderão ir frequentar os cursos de educação e formação de adultos. Se o formando tiver muita experiência de vida – trabalhou em diversos locais, tem interesses pessoais, gosta de viajar, é curioso em relação à vida, frequentou diversas acções de formação, lê, ouve música, sabe defender os seus interesses, foi membro de uma associação desportiva ou cultural …pode ficar no centro. Há muitas pessoas que deixaram de estudar por diversas razões e que conseguiram chegar a lugares importantes na sociedade, mas que as circunstâncias da vida – necessidade de ganhar dinheiro, tornar-se autónomo, formar família, educar os filhos e outros compromissos – obrigaram-nos a abandonar a escola e a nunca mais voltar. Se por um lado aprenderam muitas coisas, por outro, têm um nível de escolaridade muito abaixo das suas competências. Será que a Escola com o modelo existente de ensino se preparou para os receber? Não. Estas pessoas não podem, nem querem voltar para o sítio donde saíram, muitas vezes magoadas e tantas vezes por imposição das condições financeiras ou sociais das suas famílias. Não merecem uma segunda oportunidade? Pensamos que sim. No Centro, não há programas, nem aulas, nem professores, nem testes, nem classificações. A matéria que terá de ser trabalhada é a própria experiência de vida de cada um. Quanto mais rico for o passado de cada um, maior probabilidade terá de atingir um maior grau de escolaridade. Mas assim é fácil!... Qualquer um poderá ser candidatado?!... Não. Se em alguns casos existem comprovativos como as acções de formação que podem ser comprovadas com certificados, ou os cargos exercidos comprovados com declarações, como se prova que se é um bom cidadão? Que se domina a língua materna, tanto ao nível escrito como oral? Que se sabe trabalhar com o computador? Que se é autónomo, responsável e que se consegue analisar a vida? É preciso demonstrar essas competências. Para isso há formadores, há um referencial de competências para o nível básico e outro para o secundário (uma espécie de grelha de orientação do Ministério da Educação), trabalhos a serem realizados, um avaliador externo, uma sessão final de defesa oral dos trabalhos, enfim, toda uma equipa que acompanha e garante que o adulto chegue a bom termo e que as competências apresentadas são da sua autoria. Contamos já com 600 inscrições nos dois níveis de ensino, 300 das quais devidamente encaminhadas. Apesar das críticas e das desconfianças de alguns em relação a este sistema, acreditamos que se trata de um regime diferente, mas justo para uma grande parte da população que merece que o que foi aprendendo ao longo da vida seja agora valorizado e possa contribuir para a sociedade em que se insere. Professora Rita Couceiro 90 MINUTOS COM...ESCRITOR (Continuação da pág. 1) as suas próprias vivências, e se norteia pelos caminhos da História, entretecendo-os com elementos ficcionais. O prazer pleno é quando entrelaça a sua história com a História, daí resultando personagens mais verdadeiras, «sem rodriguinhos», como acontece em Inês de Portugal ou em A Voz dos Deuses, neste caso resultando um Viriato mais próximo do Viriato histórico e verdadeiro que a tradicional imagem do pastor. Questionado sobre eventuais conselhos a dar a futuros jovens escritores, corroborou aquilo que os professores de Português sistematicamente recomendam aos seus alunos - conhecer bem a gramática, ler obras de qualidade, e ter prática de escrita. Admirador da literatura portuguesa, sublinhou como leituras de referência as obras de Camões e de Eça. Factos que o marcaram na vida, foram a estada em Angola, o 25 de Abril, a tropa, mas passava sem ela. Em relação ao presente, mostra-se bastante crítico da mediocridade que tomou conta da vida do homem contemporâneo, da falta de escrúpulos e da manipulação política, cultural a que estamos constantemente sujeitos, afirmando que só conseguiremos reagir se tivermos bagagem cultural e conhecimento histórico. O que escreve neste momento, mais um livro do Bando dos 4 e um romance que pensa publicar em Agosto. No final da sessão, João Aguiar autografou os seus livros. Prof.ª Maria Antonieta Couto Página 9 opinião SER COMPLETO COMO UMA MÁQUINA A sinistralidade no nosso país continua com números preocupantes a nível de acidentes, feridos e mortos. Mesmo com uma pequena redução relativamente aos anos anteriores, os números elevados continuam a ser alarmantes e o principal factor é mesmo o Homem que não usa a máquina em questão da forma mais correcta, tornando-se esta uma arma perigosa. Todos os veículos são umas máquinas programadas para não ter erros e cometer falhas, mas, como todas as máquinas, elas falham e, mesmo sendo uma pequena percentagem, também contribuem para a elevada taxa de acidentes. Contudo, mesmo assim, a principal causa são as manobras mal efectuadas , a velocidade, o álcool, tudo devido ao Homem ter mais falhas que a própria máquina que tem nas mãos. É por muitos veículos apresentarem sistemas de segurança cada vez mais completos e sofisticados que os condutores fazem tais asneiras na estrada, pois sentem-se mais confortáveis e com maior segurança ao praticá-las, o que é uma forma errada de pensar. Portanto, estes elevados números só baixarão quando o Homem conseguir «ser completo como uma máquina», como o desejava o heterónimo de Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, no seu intenso poema “Ode triunfal”. Só a máquina está feita para não ter falhas quando é bem usada. Gonçalo Guerreiro, 12º A1 A REALIDADE PORTUGUESA A nossa sociedade é como um formigueiro, sempre em movimento, sempre a tentar reconstruir, mas acabam todos por não conseguir fazer nada. Os ricos ficam cada vez mais ricos, e os pobres cada vez mais pobres. Os políticos só pensam em aumentar a sua fortuna pessoal, enquanto o país vive na miséria. O nível de exigência no ensino escolar aumenta cada vez mais. Em Portugal, a média de entrada nas universidades é mais alta do que em muitos países da Europa. Vejamos, a média para entrar em Medicina em Portugal é de 19 valores, enquanto na vizinha Espanha é de 15 valores. Depois, a maior parte dos médicos que trabalham em Portugal estão desempregados. Parece a migração das andorinhas… Quando vamos a um hospital não nos devemos esquecer de duas coisas muito importantes: a carteira com todos os documentos possíveis e um dicionário Espanhol-Português para sabermos o que os médicos dizem. Quando vamos às urgências, mesmo “aflitos”, morremos primeiro e só depois é que somos chamados. Que vergonha!... Temos um exemplo em concreto pelo que me aconteceu, fui directamente para o pior sítio que imaginava, onde esperei seis horas para ser atendido. Se fosse algo mais grave, já tinha “ido à vida”! As urgências parecem um labirinto da morte: pessoas seminuas a gemerem por todo o lado. Mas o pior disso tudo é o ensino em Portugal! O ensino está a um nível muito baixo. Há cada vez mais alunos a desinteressarem-se pela escola. Muitos alunos desistem da escola para irem trabalhar e pensam que fazem bem. Segundo os inquéritos feitos a alunos em todo o país, um bom professor tem que ter um bom sentido de humor não interessando para nada as suas habilitações académicas ou as suas competências. Se a cada aluno desinteressado se comparasse com uma casa, viveríamos em autênticas ruínas! Tudo isto para focar um pouco da realidade da sociedade portuguesa, mas atenção, cada passo que damos é um marco para o nosso futuro próximo, pois as necessidades do presente podem influenciar as necessidades futuras! Pensem nisto e abram os olhos!… Alunos do 10º TGPSI Página 10 OPINIÃO SERÁ A FELICIDADE ALCANÇAVEL? A felicidade é um sentimento que todos desejamos sentir. Esta não é algo que se compre, é, pelo contrário, algo que se constrói ao longo da vida, ou até mesmo num simples momento. Este sentimento varia de pessoa para pessoa, pois uns podem sentir-se felizes com muito pouco e outros podem sentirse felizes só quando têm tudo. Tudo depende das circunstâncias de cada um, das oportunidades de vida, como afirma Laurinda Alves. Tal como ela, para sermos felizes, temos que viver bem e comodamente, embora existam pessoas que desfrutam desse bem-estar material, mas não desfrutam do bem-estar interior, pois não sentem a harmonia que a felicidade nos transmite. Uns porque têm problemas no trabalho, outros porque têm problemas de saúde, outros porque, simplesmente, não o querem, logo não se sentem felizes. Eu sinto-me feliz hoje, mas amanhã posso não me sentir, o que não quer dizer que não seja uma pessoa feliz. A felicidade pode ser momentânea, mas também pode estar dentro de nós, uns dias mais escondida, outros à flor da pele, mas ela está sempre aqui. Para vivermos essa felicidade, temos que nos moldar ao nosso dia - a- dia, às circunstâncias da nossa vida e encontrar a felicidade dentro de nós. Por isso, procurem-na e sejam felizes. Joana Soares, 12º A1 Todos aspiramos a ser felizes, mas todos sabemos como é frágil e efémera a felicidade. Depende das circunstâncias de cada um, das oportunidades de vida, mas também de uma atitude interior.» Laurinda Alves, Ideias Xis F elicidade. Conceito abstracto que significa o contentamento através das sensações positivas. Para se ser feliz, há que conhecer o nosso próprio tesouro. Defendo que para encontrar a Pedra Filosofal todos nós temos que saber qual é a nossa Lenda Pessoal. Se uma pessoa deseja realizar um sonho, que lhe confere a Felicidade, todo o Universo conspira para que se atinja esse sonho. A vontade do próprio ser humano é essencial para atingirmos os nossos sonhos. Esses sonhos, ao se realizarem, transformam as pessoas e estas sentem-se felizes. Dedicarmo-nos à vida, aproveitar as oportunidades que esta nos dá, é um excelente começo na difícil e longa, mas honrosa, tarefa de ser feliz. Apesar de não terem condições financeiras, que muito contribuem, diversas pessoas, através dessa mesma vontade, conseguem realizar os seus objectivos profissionais. Todos os sonhos estão interligados, ou seja, realizar um sonho profissional dá um novo ânimo, interfere na felicidade sentimental. Se nos sentirmos bem com um aspecto, isto incentiva a termos mais força para realizar outros objectivos. Daí também se poder concluir que ao nos correr mal um aspecto (sentimental, por exemplo), isso não deve trazer agouros para os outros constituintes da felicidade. Não misturar os sentimentos será uma boa visão para que não sejamos tão afectados pelos aspectos maus e assim não poremos em causa a nossa felicidade. A nossa felicidade é isso mesmo. Nossa. É frágil e efémera, tal como afirma Laurinda Alves, daí sermos nós os responsáveis por conservá-la. Com vontade, dedicação e sem misturar sentimentos, podemos realizar muitos sonhos que pretendemos atingir. A felicidade surge por consequência, não anuncia a sua chegada. É sentida, não se vê. Ricardo Salvé-Rainha, 12º A1 Página 11 eco dos espaços APONTAMENTOS AUTOBIOGRÁFICOS N o dia 28 de Janeiro, realizou-se no auditório da Escola Secundária de Tavira uma palestra com o patrono e fundador da nossa escola, Doutor Jorge Correia. Este foi convidado pela Biblioteca Escolar e contou com a ajuda da turma 10º A2 e da professora Ana Cristina Matias na organização e apresentação. Participaram no evento várias turmas da escola, acompanhadas dos respectivos professores. Também esteve presente a Rádio Gilão. O Doutor Jorge Correia contou vários episódios da sua vida e, no final, foram os alunos que o Incentivaram a relatar mais alguns momentos que achavam relevantes e que lhes despertavam maior interesse. Jorge Correia nasceu a 5 de Abril de 1918, em Tavira, e ao longa da sua vida dedicou-se às mais variadas actividades. Estou medicina em Évora e acabou por vir trabalhar para Tavira, cidade que o viu nascer e crescer. Foi médico, político, Presidente da Câmara Municipal de Tavira e, durante ano e meio, director da então Escola Técnica de Tavira. Ultimamen- te tem-se ocupado com a escrita, havendo já várias obras suas na biblioteca escolar. Entre as mais diversas histórias, o Dr. Jorge Correia contou como a sua influência foi determinante para a abertura da Escola Técnica de Tavira, a actual Escola Secundária. Os alunos ficaram também a saber como foi o processo em que o Doutor Jorge Correia foi nomeado patrono da nossa escola. Depois, com grande amabilidade, declarou que iria oferecer toda a tiragem do seu novo romance Maravilhas e Paixões, à Associação de Estudantes da nossa escola. É de salientar o interesse demonstrado por todos os participantes nesta actividade. De facto, foi com agrado e satisfação que a organização contou com a casa cheia e com o bom ambiente que todos se esforçaram por manter. Marina Amorim e Hélio Valente, 10º A2. CELEBRAR A POESIA P or iniciativa da Biblioteca/CRE, em colaboração com o Departamento de Línguas, alunos e professores foram convidados a celebrar a poesia. No dia 10 de Março, entre as 15:00 e as 16:30, reuniram-se, no Auditório, as turmas 10ºA2, 10ºC, 11ºA1 e 11º C2, para além de outros alunos assistentes, e muitos aceitaram o desafio de dar voz à poesia. Foram recitados poemas de autores portugueses do século XX e a poesia de Eugénio de Andrade foi lida em português, espanhol e inglês, por alunos e pelos professores Ana Cristina e Darío Serón. Foi visionado também um DVD sobre poetas do século XX, realizado no ano transacto pela professora Antonieta Couto Página 12 e os seus alunos. Na terça-feira, dia 11, deu-se continuidade à celebração da poesia, tendo os alunos do 12º A1, 12º A2 , 12º C e 12ºE correspondido favoravelmente à solicitação das professoras Ana Cristina Matias e Antonieta Couto. Assim, para além do visionamento do DVD já mencionado, os alunos venceram a timidez e leram os poemas que tinham escrito em intertextualidade com Fernando Pessoa ou um dos seus heterónimos. As professoras Ana Cristina e Antonieta, bem como o professor José Couto também se juntaram aos alunos, tendo recitado poemas de autores portugueses. A sessão terminou com a representação de um sketch alusivo a Fernando Pessoa e seus heterónimos, redigido e encenado por alunos do 12º A2. Prof. ª Ana Cristina Matias Texto publicado no blog da Biblioteca http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/ eco dos espaços IV “BIBLIO APER” DAS R ealizou-se pelo quarto ano consecutivo o “Bibliopaper” das Letras para lembrar os Dias Mundiais da Língua Materna, da Poesia e do Livro. À semelhança das anteriores sessões, houve uma eliminatória, em que as concorrentes puseram à prova conhecimentos gramaticais e literários, e também inventaram um slogan a apelar à leitura e uma quadra dedicada à poesia. A final, que decorreu no auditório, no dia 12 de Março, contou com a presença da Liliana Fernandes e da Maria Couto (10º A1), da Mariana Carneiro (10ºC), da Ana Ana Teresa (1º lugar) Teresa (12ºC) e da Ana Isabel (12ºE). Ana Isabel (3º lugar) Foram recebidas no Auditório por um público entusiasta, por um júri, constituído pelos professores, Ana Cristina Matias, Darío Serón e Manuela Beato, pelo aluno João Correia, e pela organizadora do evento, professora Antonieta Couto. As finalistas escreveram um Maria Couto (2º lugar) texto em três minutos, a partir de sete palavras escolhidas pela Certificados de participação deveriam ser assistência, declamaram um poema e falaram de entregues às um livro que as marcou. Todas tiveram boas presalunas Ana Teresa (1º lugar), Maria Couto (2º tações, mas o júri considerou que os prémios em lugar) e Ana Isabel (3º lugar). livros, oferecidos pela Escola e pela Editora Asa, Prof.ª Antonieta Couto APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS: ÁREA DE PROJECTO N os dias 2, 6, 7 e 8 de Maio, as turmas do 12º ano, no âmbito da Área de Projecto, fizeram as apresentações públicas dos trabalhos desenvolvidas ao longo do ano lectivo. A turma do 12º C abriu as apresentações, perante um auditório cheio, onde não faltaram os pais, professores, alunos e uma professora do ICS, ao abrigo da parceria que a escola tem com esta entidade. As apresentações foram um verdadeiro sucesso e os presentes foram surpreendidos com o interesse dos temas e a criatividade dos alunos. Aguardamos ansiosamente saber qual será o trabalho seleccionado para ir a Lisboa competir com outras escolas. Todos merecem, mas só um será vencedor! Se quiseres consultar os trabalhos teóricos realizados e conhecer, entre outras coisas, a gravidade do Bullying, a Realidade das Drogas, o problema do Suicídio na Adolescência, na nossa escola, consulta a plataforma moodle. Aí podes ainda encontrar outros temas de interesse como a Prostituição Feminina, os Fenómenos Sobrenaturais e o Racismo e Xenofobia. Profª. Fátima Pires Página 13 Línguas PROVÉRBIOS POPULARES / REFRANES POPULARES 1- Los Santos de la casa no hacen milagros. 5- Un pájaro solo no hace el nido. e C— Se qu ogra as ao pé s h n te o ã n a, m estimad res ser be ada. nem cunh Deus. os logo a im d e p , s aos Santo s de pedir o m e v a h E— Se 2—Si la paz quieres conservar has de ver, oír y callar. 3 - Si tenemos que pedir a los Santos, pedimos ya a Dios. lar. ouvir e ca r e v é r a conserv az queres D– Se a p s. m milagre e z fa o ã n s de casa B— Santo 4 - Si quieres ser bien estimada, no tengas a tu lado ni la suegra ni la cuñada. zo o só não fa r a s s á p m A- U ninho. Selecção de provérbio realizada pelo Prof. Darío Serón El rescate Estaba yo en medio de mis pensamientos más profundos sentado en los bancos de la calle del barrio “fino”, cuando escuché mucho ruido que llegaba desde los arbustos a mi lado, era un pájaro que tenía cemento en sus alas. Sin prisa, yo he quitado el cemento de sus alas y el ave, graciosa, ha permanecido allí en mi mano. En esa calle había un gran atasco, provocado por los coches que iban con la gente para el trabajo. Decidí entonces ir para un jardín muy grande con muchas flores y muchos pájaros y he dejado la pobre ave ahí. ¡Gracias a este pequeño ser volador me he encontrado una “oferta”, era un billete de cien euros! Dário Palma y David Silvestre, 11ºC1 Página 14 POR LA CIUDAD… Todos los días cuando voy a trabajar Deprisa voy caminando Calles llenas de gente, atascos de coches sin parar Y aves cantando. En las tiendas abiertas Mucho ruido se hace Las personas compran ofertas Para que la Navidad no pase. En un barrio de cemento Hay flores de todos los colores Quien las compra son personas con tormento Personas con amores. Anónimo, 11ºC2 LÍNGUAS MI EXPERIENCIA EN CLASE T odos los días, ir a la escuela forma parte de mi rutina, es una cosa muy normal para mí. En la escuela tengo clases solamente por la mañana y tengo también, dos pausas para el recreo. Normalmente cuando llego a la clase, me siento en mi lugar, quito mi material de mochila y escribo la lección y los contenidos. Después el profesor empieza hablando de la materia. A veces me gusta mucho oír lo que el profesor dice pero otras veces es muy aburrido, pero yo sé que tengo que saber y escuchar con atención todo aquello que ele profesor tiene para enseñarnos. Me gusta mucho aprender, es muy divertido e interesante pero estudiar a veces es muy cansado y aburrido. Sin embargo yo sé que para tener buenas notas e ir a la universidad tengo que estudiar mucho. Yo voy a conseguirlo. Ana Teresa Pereira, 12ºC C omo todos los estudiantes, estudiar e ir a las clases es parte de nuestro día a día. Me gusta mucho ir a las clases porque es allí que aprendo un poco más sobre variados asuntos. Por supuesto que es muy importante ser personas cultas. Antes de entrar en las clases intento concentrarme para entrar en la clase con la máxima concentración y cuando entro en la clase voy motivado para aprender y participar en todas las actividades. Muchas veces intento oír el profesor y tomar mis apuntes personales para repasar en casa cuando estudio. Sí, tengo algunos problemas de concentración y me gusta mucho bromear por eso en las últimas clases del día me estoy un poco cansado y nervioso, lo que no es muy bueno. Pero por supuesto las clases son esenciales para aprender más sobre todas las áreas y es nuestra preparación para la enseñanza. Hugo Azevedo, 12ºC C uando llego a clase me siento en mi mesa, junto a mi colega Thea. Después, el profesor escribe los contenidos en la pizarra y pide, delicadamente, “¡Silencio, por favor!”. Nosotros obedecemos al profesor y escuchamos lo que tiene para enseñarnos. Las clases que más me gustan son las clases prácticas en las cuales hacemos ejercicios acerca de la materia dada. A mí me gusta hablar, comunicar y, claro, no me agradan las clases en que no hay comunicación oral. Esas son muy aburridas, monótonas y rutinarias. Por lo general me gustan todas las clases pues creo que son un elemento fundamental para nuestra vida, una gran fuente de cultura que faculta a todos nosotros un equipaje de curiosidades, valores y sabiduría. La sapiencia de nuestros profesores y sus consejos son imprescindibles. Alexandra Quinta, 12ºC Página 15 intercâmbio INTERCÂMBIO COM A BÉLGICA (Continuação da pág. 3) Já jantados, o ponto de encontro foi na casa da Astrid. Comemos, bebemos e assistimos a um filme. Acabámos a noite, a jogar Pocker e a ouvir o Ricardo e a Sheilla a cantar. A sexta-feira chegou com uma ligeira melhoria de Aula prática de Biologia Aula prática de Física temperatura. Depois do percurso de autocarro até Bruxelas, o desafio era guias e passaram, em inglês, informações nucleapercorrer 6km com um GPS, cuja utilização nos res sobre os locais objecto de visita. Destacamos tinha sido explicada previamente. Para tal, apetambém as aulas práticas de Física e Biologia que, nas dispúnhamos de 2 horas e iríamos passar em colaboração com as professoras Nundina Gaspelos pontos mais conhecidos daquela bela cidapar e Teresa Afonso, preparámos para os nossos de, entre eles a Grand Place, a Catedral de St. colegas belgas. Michael, o Manneken Pis e também algumas A semana terminou com um jantar de encerparedes com graffitis e personagens de banda ramento na nossa escola com a presença de pais, desenhada, como o Tintin. familiares e professores. Após uns breves discursos Tivemos de nos apressar para chegarmos pela professora belga e pela Raquel Piloto, que a horas ao próximo local de visita: O Museu dos agradeceu a oportunidade proporcionada pela Dinossauros. De regresso à estrada, o próximo escola, pelos professores acompanhantes e pela destino foi o conhecido Atomium. coordenadora de projectos, professora Fátima Tinha acabado assim mais um dia cheio Pires, projectámos duas apresentações electrónicas de actividades. Mas ainda estava por vir a noite. elaboradas pelos alunos. Seguidamente, houve Como tal, todas as famílias se prepararam a rigor lugar a música ao vivo com o Ricardo Salvépara o Jantar de Despedida, que teve lugar na Rainha, a convidada especial Sofia Grácio, a aluna escola dos nossos colegas belgas. Cada família belga Sheilla, e o André Pires no jambé. Para conpreparou uma ementa e tudo estava delicioso. tentamento dos nossos pais, dançámos o merenFizemos um pequeno discurso para agradecer a gue e depois descontraímos ao som da música pasestada e relembrarmos as óptimas experiências sada pelo operador de som DJ Saintz. que vivêramos naquela semana. E após o jantar, Ficaram-nos na memória os bons momentos a festa prosseguiu, com muita animação e alepassados com os nossos colegas belgas, que gria, até tivemos direito a um espectacular condecerto nunca iremos esquecer! certo, em que os anfitriões foram Ricardo SalvéAlunos participantes no Intercâmbio, 12º A1 Rainha e Sheilla Van Den Broeck. E como tudo o que é bom acaba depressa, após uma agradável semana passada com os nossos amigos belgas, tivemos de dizer adeus. Porém, o mês de Abril não tardou a chegar e desta vez fomos nós que recebemos os belgas no nosso país e em nossa casa. A semana de 19 a 26 de Abril foi preenchida com visitas diversas em Lisboa, Lagos, Cabo de São Vicente e Tavira, todas elas com a colaboração de alunos que rotativamente assumiram o papel de Página 16 Visitas de estudos Visita de Estudo a Mafra e a Sintra (Março de 2008) Esta aventura começou às 8 horas, no dia 12/03/08. Os alunos estavam muito empolgados com esta tão aguardada visita de estudo. O objectivo desta visita era conhecer o Convento de Mafra e… Estou em todas! Como sabem, este edifício que inspirou Saramago no romance Memorial do Convento, foi construído durante o reinado de D. João V. A primeira pedra foi lançada em 1717 e a sagração deu-se em 1730… Foto do grupo em frente ao Convento, antes da visita guiada. Ele a mim não me mete medo… Ó professor José Couto, veja se tira uma foto gira! Onde é que já ouvi Este Tritão tem cá uns bíceps! … o Palácio da Pena Os professores Antes de irmos, não me posso esquecer das queijadas! Antonieta e José Couto Página 17 CINEMA FLORIPES — A MORTE DO MITO N o passado dia 24 de Abril, assistimos, no Cine-teatro António Pinheiro, a uma sessão do filme “Floripes — A morte do Mito”, realizado por Miguel Gonçalves Mendes. Esta teve início às dez e meia e terminou ao meio-dia, sendo seguida por um breve comentário do próprio realizador. Essa sessão cinematográfica foi especialmente marcada para a nossa escola poder assistir a este filme. representada pela actriz Selma Cifka, Julião, pelo qual Floripes se apaixona, por João Sancho, e “Quinzinho” por João Salero. Embora o filme tenha a participação de actores amadores, tem possibilidade de competir a nível nacional para os Globos de Ouro. Com o visionamento deste filme, concluímos que se inclui no género documentário-ficção. Os planos mais utilizados são o aproximado, quando decorriam as reportagens junto dos populares, e o contra-picado, quando Floripes vagueava pelas ruas. Por fim, realçamos as variedades dos registos de língua com linguagem popular, calão, gíria e regionalismos que fizeram despertar muitos risos entre a assistência. Diogo Carmo e Helena Martins, 10º A2. Miguel Gonçalves Mendes nasceu na Covilhã, em 1978, embora tenha vivido a sua infância e adolescência em Olhão. Formado em História, na variante de Arqueologia, e posteriormente em Cinema, só recentemente iniciou a sua carreira de realizador. Enquanto viveu em Olhão, ouviu todas as lendas e fábulas que rondam. A lenda da moura Floripes foi a que lhe despertou mais atenção e, por esse motivo, decidiu realizar este filme. A lenda da moura Floripes conta que a moura vagueava, e ainda vagueia à noite, nas ruas de Olhão com o fim de seduzir os homens em busca daquele que seria capaz de quebrar o seu encanto. Para ser desencantada, Floripes pedia a esses jovens que atravessassem a ria de Olhão com uma vela acesa na mão. Caso a vela se apagasse, a Moura teria que lhes comer o coração. A personagem principal, Floripes, é Página 18 APOIO A ALUNOS CARENCIADOS N o dia 3 de Março foi efectuada a entrega de 2050 euros ao Conselho Executivo da Escola Secundária EB3 Dr. Jorge Correia Tavira para apoiar os alunos carenciados no desenvolvimento de projectos. Esta verba foi fruto de duas iniciativas de solidariedade: uma levada a efeito pelo cidadão britânico Kevin Powell, que realizou o challenge VRSALagos, de bicicleta, em 5 horas e 56 min; e outra pelo Clube de Golfe de Tavira que, no dia 11 de Fevereiro, realizou um torneio de golfe com a mesma finalidade. Aqui fica o nosso apreço pela atitude altruísta de todos os participantes destas iniciativas. Texto publicado no blog da Biblioteca http://www.estbiblioblogue.blogspot.com/ Escrita criativa Poesia A injustiça O baloiço Algures, no meio do nada… Em campos amarelos outrora cultivados. Um baloiço vermelho que baloiçava, Destacava-se nos céus abandonados. Esses, que azuis sobressaíam… Contrastavam com as flores. E o campo de todas as cores, Tinha a vida que precisava. Ali, nem pássaros se ouviam… Só o assobio do vento! E as correntes de aço rugiam… Baloiçavam a todo o momento. É injusto ser morto, É injusto ser roubado, É injusto para todo o mundo Quando se comete um pecado. Lá ia a Injustiça, Passeando na minha vida, Calmamente caminhava Como se fosse bem vinda. Eu não a queria lá, Mas ela persistia, Tornando um pesadelo Todo o dia, toda a hora, Todo o minuto que vivia. É injusto ser injustiçado Sem sequer ter causado Mal em algum lado. Se a Injustiça vive em nós, Só temos que a ignorar, Esperar que se canse E que parta para outro lar, Ao fim de algum tempo, Lá vai ela aborrecida A caminho, e procurando Um brinquedo para estragar, Ou seja, uma outra vida. A Injustiça é assim, Bate à porta de toda a gente Mas um dia, acredito que sim, Morrerá à minha frente! Liliana Fernandes, 10ºA1 De cabelos doirados, Brilhantes e encaracolados, Olhos expressivos e rasgados. Cortava o vento, através da vedação Apenas com um olhar destinado Ao baloiço, do outro lado Que baloiçava, só, com emoção. Sonhava voar, Como se tivesse asas, Aquele baloiço vermelho. Imaginava-se ela em frente ao espelho E, no fim, seria largada Em direcção à noite estrelada. A história dela, Era como as que a noite contava… Era fruto de inspiração, E de cada uma constelação que brilhava. Aquele baloiço, É simplesmente vida, Com altos e baixos… de forma erguida. Recebe melhores ventos, tempestades piores. E por mais que demores, Nunca paras baloiço, és escravo… Do próprio tempo. E vermelho como um cravo. Baloiças, coração, o teu batimento. Que não se estilhaça nem despedaça… E tem esperança como uma criança. A vida. Bárbara Simões, 10º A1 Página 19 ECONOMIA PÁISES DE PESSOAS POBRES E RICAS A criatividade é capaz de movimentar a economia, reduzir desigualdades e fortalecer a auto estima das pessoas, esta frase é de Eliana G. Simonetti, jornalista e historiadora. Antes de nos referirmos às pessoas, ricas e pobres , retratemos o planeta, referindo as desigualdades dos países. Por exemplo, Hong Kong, uma ilha com 6,5 milhões de habitantes, produz anualmente 171 biliões de dólares; Tanzânia, onde vivem 32 milhões e a produção é de 6,9 biliões; Suécia, que tem a mesma área arável de Cuba, recursos naturais semelhantes, clima mais ingrato e menos gente, mas o PIB é dez vezes superior. Outro exemplo de diferenciação existe entre a Suiça, um dos países mais ricos, e um dos mais pobres, Moçambique, em que os seus rendimentos per capita são de cerca de 500 para 1. O Brasil investe 22% do PIB em programas sociais. É muito dinheiro mas não resolve o problema: primeiro, porque muito deste dinheiro se perde, nem sequer chega aos necessitados; segundo, porque o assistencialismo não produz gente com mais iniciativa, mais criatividade, mais habilitação para o trabalho, antes pelo contrário, gente que passa a viver de ajudas e exigindo sempre mais, não se esforçando minimamente para conseguir o necessário porque pensam obtê-lo facilmente, pelas ajudas do Estado. Mencionamos, ainda, alguns dados, que explicam em parte porque há países ricos e pobres. A indústria audiovisual é a maior exportadora dos Estados Unidos, factura 60 biliões de dólares ao ano, que é depois adquirido por todos nós, principalmente em países pobres. Desde 1990, seis empresas transnacionais tomaram conta de 96% do mercado mundial da música, compraram pequenas gravadoras e editoras em países latino americanos, africanos e asiáticos. Em Portugal, a partir de certa altura, principalmente após a entrada na UE, permitiu-se a abertura de grandes hipermercados. É, de facto, um bom exemplo, do domínio do comércio pelas grandes multinacionais, que controlam a distribuição e dificultam imenso a vida do comércio das pequenas empresas, sendo de realçar que a Suíça, um país rico, quase impediu a entrada destas grandes empresas no seu território. Outro exemplo aconteceu com as empresas de produtos de construção, que praticamente deixaram de existir em Portugal, porque ou foram adquiridas por empresas estrangeiras ou tiveram que fechar as portas. Hoje, Página 20 ao comprarmos qualquer produto, o que mais encontramos é «feito em, outro país». Resultado, nós empobrecemos e eles criaram riqueza. Por alguma razão, os espanhóis vivem hoje melhor que nós. Por que existem países, como referimos, pobres e ricos, e nos próprios países existem pessoas ricas e pobres? A verdade é que a prática utilizada, pelos países ricos para criarem riqueza, é feita de uma maneira simples, dominar a economia mundial, do audiovisual, da informática, e até de produtos mais simples como o trigo ou o leite. No fundo, a mesma que é utilizada pelos ditos ricos para serem cada vez mais ricos. Quando esta prática é apoiada pelas políticas económicas, locais e europeias, estão criadas as condições para a criação de grandes grupos económicos, dominando nas suas áreas, criando condições para o desemprego e a pobreza de certas famílias. Têm os governos a tendência de tentar resolver este problema da pobreza com os chamados subsídios sociais, que ao contrário de resolverem o problema da economia e das pessoas pobres, agrava as despesas públicas, dificultam o desenvolvimento económico do país, tornam as pessoas completamente dependentes dos subsídios e não criam gente com iniciativa, criatividade ou mais capacidade para o trabalho, antes gente que precisa cada vez mais, e quase sempre, de novos subsídios. Apresentamos dois orçamentos, um de 1000 € e outro de 10000 €. O que chama logo a atenção é que as despesas fixas, água, energia, etc., não diferem muito umas das outras. A diferença está mais nas despesas culturais, lúdicas, de divertimento, diversos, alimentação e meios audiovisuais, o que nos permite concluir que os mais ricos podem investir mais, muito mais, na sua valorização pessoal, profissional e nos investimentos, que se forem bem efectuados, lhes permitem criar mais riqueza, não só em conhecimento, mas mesmo em dinheiro, e como o ditado diz «dinheiro puxa dinheiro», quanto mais se tem, mais se pode ganhar. Apesar de tudo, a culpa não é só do sistema, tanto os países como as pessoas pobres criam mentalmente a chamada teoria da pobreza, ou seja, acomodam-se, na sua pobreza. E com os subsídios a coisa não melhora, antes pode piorar, uma vez que não fazendo nada para se alterar a situação, não investem em si, no conhecimento e no saber, considerando que se trata de um fatalismo. Quantas pessoas passam anos no mesmo emprego, ganhando pouco e sabendo que nunca progredirão o suficiente para viver algo João Saleiro, CEFA melhor? Opinião VIAGEM DE SONHO É «DE LONGE A ILHA VIRAM, FRESCA E BELA » N evidente, nos dias de hoje, uma incessante busca por climas tropicais e paradio presente século XXI, o conceisíacos, onde se inclua uma praia edénica e se to de férias ideais pode ser interpretado de divervejam águas cristalinas. Ora, tal facto é mais evisas formas. dente nos poderosos espaços económicos — E. Para muitos, o ideal será passar férias num U. A., Europa e Japão — onde se verifica uma local onde haja muito sol e praia, junto à costa ou forte afluência desta população para destinos mesmo numa ilha. Um local sereno e calmo para tropicais. É o chamado turismo balnear de masse poder relaxar completamente e fugir da vida norsas. mal, do caos das grandes cidades ou até dos proFactores como o bom nível de vida, a falta blemas. As Caraíbas são um bom exemplo deste de ambientes naturais e exóticos promovidos tipo de local. pelo metropolismo, e o stress do quotidiano, Por outro lado, hoje em dia, as pessoas influenciam esta restrita população a “refugiar-se” optam muitas vezes por passar férias em países numa praia agradável e calma, para descansar o que lhes são desconhecidos. Como pretendem cérebro do excessivo e frenético movimento da conhecer sítios diferentes, optam, geralmente, por cidade. novas cidades, as grandes cidades do mundo, Outro factor que torna o turismo balnear como Nova Iorque, Paris ou Tokyo, pois assim as em férias de sonho é o plano económico. Este é férias serão mais um incentivo, quer para os países turísticos, movimentadas, quer para os turistas. As zonas turísticas balpodendo contribuir neares mais influentes, como os países medipara um alargamento terrânicos, Caribe e as praias sul-americanas, de conhecimentos. praticam preços muito acessíveis para o público Há ainda quem prefira que vai receber e proporcionam também uma passar o seu tempo grande qualidade de ofertas a baixo preço. Para de férias em países tal situação se verificar, todos os anos é patente nórdicos, onde se o incremento de investimentos públicos e privapossa encontrar neve, dos no sector do turismo balnear. Como exempara praticar desporplos, podemos tomar os casos das zonas baltos como o esqui ou o neares do Bora-Bora e do nordeste brasileiro. snowboard. Apesar de tal situação se verificar, eu Penso que, pretenho uma +posição diferente quanto tenho em sentemente, a maioria mente férias. Na minha perspectiva, férias serdas pessoas escolhevem sim para descansar do quotidiano, mas ria um local de muito não significa necessariamente ficar a vegetar Nova torre de Tokyo sol e calor, para pasnuma praia durante dias. Esse tempo deve ser sar férias. No entanaproveitado para o enriquecimento pessoal, pratito, não deve existir nenhum estereotipo e, por isso, cando o chamado turismo cultural. dependendo do gosto pessoal de cada indivíduo Gastar férias na procura da essência do uma “ilha fresca e bela” poderá ser o sítio ideal pais visitado, da sua cultura, história e gastronopara passar férias. mia torna-nos pessoas diferentes, porque temos Na minha opinião, as férias ideias serão oportunidade de partiaquelas passadas num país diferente mas onde lhar outros olhares haja bom tempo. Gosto de ver coisas novas, pessobre o mundo. Porque soas e culturas diferentes. Contudo, é claro que nem só nos livros se se torna mais agradável se estiver sol em vez de aprende a viver. chuva. Hugo Azevedo, 12º C Sarah Dorn, 12ºC Página 21 CIÊNCIA CRIANÇAS INDIGO A s crianças índigo possuem uma estrutura cerebral capaz de utilizar simultaneamente as potencialidades dos hemisférios direito e esquerdo. Isso significa que conseguem ir muito mais além no plano racional e intelectual, desenvolvendo capacidades espaciais, intuitivas, criativas e espirituais. Desta forma, necessitam também de um ambiente propício para poderem desenvolver todas as suas potencialidades e ajudar-nos a construir um mundo melhor, mais justo, mais autêntico e mais verdadeiro. Elas já estão entre nós e cada vez em maior número, trazem novas programações e vêm preparadas para um futuro que se aproxima a grande velocidade. Uma criança índigo é aquela que apresenta um novo e incomum conjunto de atributos psicológicos e mostra um padrão de comportamento geralmente ainda não documentado. Este padrão tem factores comuns e únicos que sugerem que aqueles que interagem com elas (pais, em particular) mudam o seu tratamento e orientação com o objectivo de obter o equilíbrio. As crianças indigo apresentam características de hiperactividade, défice de atenção, impulsividade, entre outras, e exigem do ambiente que as rodeia certas características que não são comuns ou autênticas nas sociedades. OS ADOLESCENTES ÍNDIGO À medida que o corpo muda com a puberdade, o índigo vai tornar-se melancólico e querer privacidade. O facto de serem rebeldes na escola e rejeitarem a autoridade dos professores, recusando a fazer os trabalhos de casa ou não se atrevendo, face à pressão exercida pelos pais, em nada ajuda no seu crescimento. Muitos atravessam uma depressão existencial e sentimentos de impotência, os quais podem ir de tristeza a um desespero absoluto. Também durante o ensino secundário, podem ser perturbados. por pensamentos suicidas. Os rapazes frequentemente têm uma tendência para a hiperactividade e comportamento disrupPágina 22 tivo. Nessa altura, o adolescente está a expressar a sua fúria e rejeição a um sistema que não oferece nada de valor a uma alma índigo. Muitos adoptam certas alternativas de vida que consideram mais importantes, mais divertidas ou mais desafiadoras para os adultos, tais como; a droga e festas de transe, cujos estados de alegria, quimicamente induzidos, são efémeros. Outra forma de autodestruição do comportamento do adolescente índigo é exceder as expectativas dos pais. Estes adolescentes sacrificam o desenvolvimento emocional em prol do reconhecimento e sucesso numa carreira académica ou profissional. Sinopse do Filme ÍNDIGO é um filme acerca da solidão, da redenção e dos poderes de cura e graça das novas gerações de crianças índigo (psíquicas e com dons) que estão a nascer neste momento no mundo. Ainda que a história seja fictícia, as emoções e o enredo do filme soam com as dinâmicas espirituais da vida de hoje. O núcleo dramático do filme trata da relação que se desenvolve entre um homem, cuja vida e família foram desfeitas por um erro fatal, e a sua neta de dez anos com quem foge com intenção de a proteger de um possível raptor. A meio do caminho, descobre o poder dos dons da sua neta que mudam para sempre as vidas de todos os que ela encontra no seu caminho. Helena Blanc, CEFA CIÊNCIA ANOREXIA A anorexia nervosa é uma doença psiquiátrica que se caracteriza pela falta de apetite. Na maior parte do tempo, é induzida pelo próprio indivíduo que se recusa a comer, o que normalmente leva à desnutrição. As taxas de mortalidade são acima de 21%. Com maior incidência a partir da puberdade, este distúrbio alimentar é mais comum nas mulheres, mas o número de homens tem vindo a aumentar. Esta doença ocorre quando ao nível da estrutura emocional há um défice importante de auto estima, aliado a um grande sentimento de repúdio, o que faz com que muitas pessoas entendam que, para serem aceites, precisam de uma imagem perfeita, passando a valorizar mais o seu aspecto. Actualmente, valoriza-se a imagem como um dos grandes pilares do sucesso. Os meios de comunicação passaram a divulgar um padrão de beleza que servia muito mais para mostrar roupas e não vestir roupas. Comparados aos manequins de plástico, os corpos de proporções perfeitas começaram a inundar a fantasia de adolescentes que querem ser aceites, amadas e mais do que isso, valorizadas. Nada mais justo para estes adolescentes quererem somar esforços para ficar iguais à imagem da revista, mesmo que para isso tenham que abrir mão da sua saúde e de alguns prazeres, como comer. O aparecimento da doença dá-se após algumas tentativas de dieta, onde o indivíduo passa a considerar o alimento um inimigo, que destrói e estraga o seu corpo, engordando a imagem no espelho. Negar a comida passa a ser uma solução viável para atingir a imagem desejada, que no espelho tem muitos quilos a mais. Essa deformação da imagem dá-se pelo comprometimento que esta pessoa tem do esquema corporal, ou seja, o corpo que ela imagina é infinitamente diferente do que existe na realidade. Geralmente são boas filhas, boas alunas, obedientes, “perfeitas”, mas queixosas de nunca terem tido oportunidade de serem elas mesmas. Costumam dizer: “a minha mãe sempre falou por mim”, ou “sempre fiz o que minha mãe queria”. De certa forma, ficando anorécticas podem apresentar-se como alguém diferente, como “alguém que não come”. A preocupação com o peso e com os alimentos ocupam os seus pensamentos. Por isso, é muito difícil o caminho para a cura, porque abandonar a doença é abandonar uma identidade adquirida. São jovens que tiveram muita dificuldade em expressar a sua raiva. No processo normal da adolescência, quanto mais dóceis as jovens foram na infância, mais a rebeldia tende a manifestar-se através do corpo: na higiene, no vestuário, na alimentação. Assim, a anorexia pode ser entendida, também, como uma forma de manifestação da raiva: essas jovens meigas controlam a família que, impotente, assiste ao seu emagrecimento. É comum ouvi-las dizer: “eu não queria ser a minha mãe, coitada, como eu a faço sofrer!” Acrescentando a todas estas dificuldades o apelo da moda e o culto à magreza, dá para entender que ser mulher e adolescente, no mundo de hoje, é um duplo factor de risco para o desencadeamento de um transtorno alimentar. Para a família dos adolescentes, ou mesmo para os parceiros e amigos, é muito difícil abordar a pessoa com esta doença. Normalmente o jovem nega quaisquer perguntas que lhe façam, tendo às vezes uma postura agressiva ou extremamente irritada. O melhor caminho então é procurar uma ajuda especializada para ser orientado da melhor forma possível. O tratamento adequado para esta doença envolve psicólogos, nutricionistas, psiquiatras e endocrinologia. A anorexia é uma doença perigosa, difícil de ser tratada e quanto mais cedo o indivíduo procurar ajuda, mais rápido poderá tornar-se uma pessoa calma e feliz. Toda doença é resultado de um processo que não acontece da noite para o dia, portanto, precisamos ficar atentos aos exageros de cuidados, preocupação e zelo com a imagem ou impressão que desejamos que os outros tenham de nós, pois estes factores, aliados à solidão e tristeza, podem levarnos a doenças que sempre nos farão sofrer muito. Ser bonito e desejado pelos outros depende muito do que achamos de nós mesmos. Nédia Cruz, CEFA Página 23 Ficha Técnica IA CUNDÁR IRA E S A L O ESC - TA V ORREIA C E G R O DR. J BIBLIOTECA /CRE Coordenação: Prof.ª Ana Cristina Matias Redacção: Alunos e Professores da EST Edição e revisão: Prof.s Ana Cristina Matias, Darío Serón e Manuela Beato Reprografia: Luís Canau e César Romeira e-mail: [email protected] MARAVILHAS E PAIXÕES N o dia 9 de Maio, pelas 11:00, no auditório da nossa escola foi apresentado, pela professora Ana Cristina Matias, o novo romance do Doutor Jorge Correia, Maravilhas e Paixões. O patrono esteve presente e disponível para autografar a sua mais recente obra. A venda da mesma reverte a favor da Associação de Estudantes que deseja adquirir aparelhagem sonora adequada para criar uma rádio escolar. Entretanto, a obra poderá ser adquirida na nossa Biblioteca ou junto de um dos elementos da Associação de Estudantes. «SAÚDE EM PALAVRAS» A s alunas Liliana Emídio, 12º C, Maria Couto, 10ºA1, e Verónica Martins, 12º A1, foram premiadas na fase concelhia do concurso «Saúde em Palavras», promovido pela DREAlg., a Rede de Bibliotecas Escolares e a Administração Regional de Saúde do Algarve, com o apoio das Câmaras Municipais. A cerimónia de entrega dos prémios, atribuídos nesta primeira fase, ocorrerá no próximo dia 16 de Maio na Biblioteca Álvaro de Campos. O trabalho que mereceu o primeiro lugar passará à fase regional, habilitando-se a um computador de secretária. ALUNOS NAS OLIMPÍADAS DE INFORMÁTICA O Eduardo Ferreira e o Nuno Santos, 12º TI, foram apurados para a final das Olimpíadas Nacionais de Informática. Durante os dias 17, 18 e 19 de Abril, estes alunos do Curso Tecnológico de Informática participaram na qualificação nacional de um concurso de programação destinado a alunos do ensino secundário. Utilizando uma das linguagens de programação permitidas, Pascal, C ou C++, o Eduardo e o Nuno resolveram com sucesso os problemas propostos e ficaram colocados entre os trinta melhores classificados, posição nunca antes alcançada por nenhum aluno da nossa escola nesta área. A final decorrerá no próximo dia 16 de Maio, no Porto. BOA SORTE, rapazes! Lembrem-se que a final internacional é no Cairo, em Agosto, e vocês poderão lá estar.