universidade federal do estado do rio de janeiro - Bibliodata

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universidade federal do estado do rio de janeiro - Bibliodata
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ANDREIA NUNES PORTELLA
AS ALTERAÇÕES DO ANGLO AMERICAN CATALOGUE RULES 2 (AACR2) E SUA
INFLUÊNCIA NA CATALOGAÇÃO DAS BIBLIOTECAS PARTICIPANTES DE UMA
REDE DE COOPERAÇÃO (REDE BIBLIODATA)
RIO DE JANEIRO
2006
ANDREIA NUNES PORTELLA
AS ALTERAÇÕES DO ANGLO AMERICAN CATALOGUE RULES 2 (AACR2) E
SUA INFLUÊNCIA NA CATALOGAÇÃO DAS BIBLIOTECAS PARTICIPANTES DE
UMA REDE DE COOPERAÇÃO (REDE BIBLIODATA)
Trabalho de conclusão de curso
apresentado à Escola de Biblioteconomia
da Universidade Federal do Estado do
Rio de Janeiro como requisito parcial à
obtenção do grau de Bacharel em
Biblioteconomia
Orientador: Profª. MS Beatriz A. B. Decourt
Rio de Janeiro
2006
P843
Portella, Andreia Nunes, 1980As alterações do Anglo American Catalogue Rule2 (AACR2) e
sua influência na catalogação das bibliotecas participantes de uma
rede de cooperação (Rede Bibliodata/ Andreia Nunes Portella. —
2006.
44 f. ; 30 cm.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em
Biblioteconomia) – Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2006.
Bibliografia: f. 44.
1. Código de catalogação - Alteração. 2. Rede Bibliodata Histórico. 3.Recuperação da informação. I. Título.
CDD 025.32
ANDREIA NUNES PORTELLA
AS ALTERAÇÕES DO ANGLO AMERICAN CATALOGUE RULES 2 (AACR2) E
SUA INFLUÊNCIA NA CATALOGAÇÃO DAS BIBLIOTECAS PARTICIPANTES DE
UMA REDE DE COOPERAÇÃO (REDE BIBLIODATA)
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Escola de Biblioteconomia
da Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro, como requisito parcial à
obtenção do grau de Bacharel em
Biblioteconomia.
Aprovado em
de 2006.
BANCA EXAMINADORA
Profª. MS Beatriz A. B. Decourt – Orientadora
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Profª. BS Maria Tereza Reis Mendes
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Profª. ESP Íris Abdallah Cerqueira
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida, força, energia e amor.
Agradeço a minha querida orientadora Professora Beatriz Decourt pela dedicação,
paciência e sabedoria. Beatriz sempre foi amiga e professora. Obrigada por ter sido
a minha mestra na catalogação.
Aos meus pais, Aidê de Souza Nunes Portella e Armando Rodrigues Portella,
pela dedicação, amor, broncas, educação, paciência, amizade e motivação.
Obrigada, por me ensinarem a amar a leitura. Minha mãe com os livros e revistas e
meu pai com o jornal. E se não fosse o incentivo de minha mãe não teria tido a
coragem de trancar a Faculdade de Nutrição para tentar a Biblioteconomia. Pai e
mãe para vocês o meu amor incondicional. E não poderia deixar de lembrar da
minha irmãzinha Erica. Querida, obrigada pela amizade, pelas discussões de irmã,
pelas conversas de madrugada na escuridão do quarto, por embacarmos juntas nas
risadas e por me apresentar à Biblioteconomia.
Não poderia deixar de lembrar da Mariana Marques que foi super prestativa e
amiga. Muita obrigada pela ajuda. Agradeço também à Bibliotecária da Rede
Bibliodata Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Almeida pelo pronto atendimento,
simpatia e ajuda. E as minhas “chefes” Regina Tinoco Amato e Sandra Infurna por
todo ensinamento.
Agradeço a Deus por pertencer a “Elite da Biblio”. A elite é sinônima de
amizade, companheirismo, felicidade, garra, energia, união e amor. Essa grande
turma vai sempre ter um lugar muito especial no meu coração.
E finalmente, agradeço àqueles que não estão mencionados nesta página,
mas que foram importantes para o meu desenvolvimento pessoal e profissional,
muitos professores, companheiros de trabalho e estágio, a todos vocês obrigada
pelo incentivo para conseguir seguir em frente.
“Para escrever só existem duas regras: ter algo a
dizer e dize-lo”.
(Oscar Wilde)
RESUMO
Compara diferentes edições do Anglo American Catalogue Rules (AACR2 e
AACR2R) atendo-se aos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25. Pesquisa se estas alterações
influenciam a catalogação e recuperação da informação de bibliotecas participantes
de uma rede de cooperação (Rede BIBLIODATA). Inclui definições e histórico da
evolução da catalogação cooperativa no Brasil até a consolidação da Rede
Bibliodata. Conclui apresentando a avaliação da pesquisa sobre a recuperação da
informação.
Palavras-chave:
Bibliodata.
Catalogação.
AACR2.
Recuperação
da
informação.
Rede
ABSTRACT
Compares different editions of the Anglo American Catalogue Rules (AACR2 and
AACR2R) chapters 21, 22, 23, 24 and 25. Research if these change on cataloging
produdures will affect information retrieval on Bibliodata Network data base includes
definitions on the theorical aspects and briefly describes the evolution of the Brazilian
cooperative cataloging network experiencel until the consolidation of the Bibliodata
Network. Concludes presenting the evaluation of the results that concerns to
information retrieval.
Keywords: Cataloguing. AACR2. Information retrieval. Bibliodata Network.
LISTA DE SIGLAS
AACR
Anglo American Cataloguing Rules
ALA
American Library Association
BN
Biblioteca Nacional
CALCO
Catalogação Legível por Computador
CATBIB
Software editor do MARC
CD-ROM
Compact Disk-Read Only Memory
CIMEC
Centro de Informática do MEC
DASP
Departamento Administrativo do Serviço Público
DOS
Disk Operating System
FGV
Fundação Getúlio Vargas
IBBD
Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação
IBICT
Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
ISO
International Organization for Standardization
LC
Library of Congress
MARC
Machine Readable Cataloging
MEC
Ministério da Educação e Cultura
NATIS
National Information System
SIC
Serviço de Intercâmbio de Catalogação
UERJ
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
UFRGS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UNESCO
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a
Cultura
UNIRIO
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
USMARC
US Machine Readable Cataloging
VTLS Inc.
Virginia Tech Library System
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO...............................................................................................
11
2
REDE BIBLIODATA......................................................................................
13
2.1
CONTEXTO NACIONAL................................................................................
13
2.2
CATALOGAÇÃO COOPERATIVA
16
2.3
SISTEMA BIBLIODATA / CALCO..................................................................
16
2.4
A REDE BIBLIODATA....................................................................................
18
2.5
REDE BIBLIODATA HOJE ...........................................................................
22
3
ALTERAÇÕES APRESENTADAS PELAs AACR2R..................................
23
3.1
CAPÍTULO 21.................................................................................................
24
3.2
CAPÍTULO 22.................................................................................................
28
3.3
CAPÍTULO 23.................................................................................................
30
3.4
CAPÍTULO 24.................................................................................................
31
3.5
CAPÍTULO 25.................................................................................................
32
4
ESTRATÉGIA DE BUSCA.............................................................................
33
5
PESQUISA.....................................................................................................
34
6
CONCLUSÃO................................................................................................
41
7
REFERÊNCIA................................................................................................
43
11
1 INTRODUÇÃO
Ao tomar conhecimento de que uma nova edição revista do Anglo American
Cataloguing Rules, 2nd Edition, mais conhecida por AACR2, estava sendo publicada
despertou-me o interesse em investigar até que ponto essa revisão alteraria a
catalogação das obras. Como catalogação foi uma das matérias que mais me
estimulou enquanto estudante do curso de Biblioteconomia a idéia inicial seria
comparar as duas edições e verificar as alterações. No entanto, este trabalho foi
apresentado um semestre antes do meu. Então, decidimos desenvolver esse
trabalho a partir das mudanças apresentadas anteriormente pela aluna Mariana
Ribeiro Marques no seu trabalho de conclusão de curso.
Portanto, o tema escolhido foi as alterações do AACR2 e sua influência na
catalogação das bibliotecas que participam de uma rede de cooperação. A rede
escolhida foi a Rede Bibliodata por ter se consolidado como rede de cooperação de
catalogação entre bibliotecas no Brasil. Com o desenvolvimento desse trabalho
queremos investigar se as alterações dificultam ou não a recuperação da informação
na rede de cooperação escolhida como base de estudo.
Inicialmente, fazemos um histórico da Rede Bibliodata e mostramos o porque
dela ter sido escolhida. Depois escolhemos as Bibliotecas pertencentes à Rede
Bibliodata que foram utilizadas para verificação da dificuldade ou não da
recuperação da informação. Determinamos que a pesquisa seria feita através dos
sites dessas instituições. Escolhemos as seguintes instituições: Biblioteca Nacional,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas.
A seguir, definimos os capítulos que seriam estudados e verificamos junto ao
código quais as alterações apresentadas. Os capítulos estudados foram 21 Escolha
12
de pontos de acesso, 22 Cabeçalhos para pessoas, 23 Nomes geográficos, 24
Cabeçalhos para entidades e 25 Títulos uniformes. Em seguida, definimos as
entradas para pesquisa que se enquadrem nos casos onde houve alterações nas
diferentes entradas entre AACR2 e AACR2R.
Utilizamos os campos Autor, e Título dos sites para fazermos as pesquisas.
Somente as regras que tiveram mudanças no conteúdo foram utilizadas como
fonte de pesquisa. Aquelas que foram excluídas ou que as mudanças ocorreram na
ordem de apresentação e numeração não foram contempladas. Assim, como as
ampliações que não ocasionaram em mudanças.
13
2 REDE BIBLIODATA
Rede de catalogação cooperativa pioneira no Brasil que conta atualmente com
a participação de 40 instituições. Essas instituições constituem um catálogo coletivo
de âmbito nacional reunindo mais de 1.600.000 registros e com um fluxo médio de
10 mil títulos novos por mês.
2.1 CONTEXTO NACIONAL
O Brasil na década de 40 adota modernas técnicas biblioteconômicas.
Devemos essa adoção a diversos fatores como a reforma do curso de
Biblioteconomia da Biblioteca Nacional, aperfeiçoamento de técnicos brasileiros em
universidades americanas e a criação de um serviço nacional de catalogação
cooperativa, único na América Latina.
O Serviço de catalogação cooperativa foi criado em 1942 e recebeu o nome de
Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC). Sua finalidade era propiciar ajuda
mútua entre as bibliotecas do país a partir do modelo da Biblioteca do Congresso
dos Estados Unidos (Library of Congress). (REDE BIBLIODATA, 2005).
O SIC funcionava no Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP),
responsável pela revisão das fichas catalográficas, firmou convênio com o
Departamento de Imprensa Nacional, responsável pela impressão, distribuição e
venda das fichas catalográficas. Assim, uma rede de cooperantes começou a se
formar entre as bibliotecas interessadas. (REDE BIBLIODATA, 2005).
14
Contudo, a catalogação cooperativa no país enfrentava o problema da não
uniformização das regras de catalogação. Algumas bibliotecas adotavam o Código
da American Library Association (ALA), criado em 1908, que a princípio não atendia
a necessidade dos bibliotecários, mas depois de várias revisões e reimpressões a
segunda edição, 1949, é publicada e marca a nova tendência em separar as
entradas principais da catalogação descritiva, e outras preferiam o Código da
Vaticana, em 1920. Foi traduzido para várias línguas, ao contrário do Código da
ALA, entre elas a portuguesa e a espanhola. Sob muitos aspectos é considerada
superior a segunda edição do Código da ALA. (REDE BIBLIODATA, 2005).
Finalmente, conscientizados da necessidade de uniformização de entradas
para bibliografias e catálogos de bibliotecas, resolveu-se abandonar a utilização de
outros códigos e adotar o AACR. Assim, inexistia o problema da não uniformização e
o país passava a adotar um código de caráter internacional.
Com o crescimento do SIC este foi desligado do DASP, em 1954, e transferido
para o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), atual Instituto
Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). (REDE BIBLIODATA,
2005).
Com a divulgação do projeto MARC da Library of Congress (LC), o SIC resolve
partir para a automação dos seus serviços. A professora Alice Príncipe Barbosa,
diretora do SIC na época, escolhe o tema automação para a sua dissertação de
mestrado e toma a LC como modelo.
Alice Príncipe Barbosa desenvolve o projeto Catalogação Legível por
Computador (CALCO) em sua dissertação, apresentada em 1972, assim o marco
15
inicial dos processos automatizados de registros bibliográficos estava iniciado no
Brasil. (DECOURT, 1995).
O projeto tinha por objetivo promover o intercâmbio das informações
catalogadas entre bibliotecas, criando, assim, a catalogação cooperativa no país.
Tendo como produtos à geração do Catálogo Coletivo Nacional e a Bibliografia
Nacional Corrente.
O CALCO seria responsável por elaborar um catálogo que arrolasse a maior
parte da produção bibliográfica recente, por obter bibliografias especializadas,
permutar informação dentro do país, obter catálogos coletivos especializados,
padronizar normas de catalogação e cabeçalhos de assunto, acelerar a duplicação
de fichas e economizar tempo e mão-de-obra para as bibliotecas participantes.
(REDE BIBLIODATA, 2005).
O formato CALCO foi baseado no formato MARC II da LC por ser padrão no
intercâmbio de informação bibliográfica.
O CALCO foi escolhido pela Rede
Bibliodata, justamente, por ser totalmente compatível com o formato MARC.
(DECOURT, 1995).
A partir disso, instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o IBICT desenvolveram
sistemas de catalogação no formato CALCO. Pequenas modificações foram
introduzidas para atender as necessidades de cada instituição ou da rede que se
formava. (REDE BIBLIODATA, 2005).
O SIC deixou de existir em 1973, depois de 31 anos, para o projeto CALCO
entrar em funcionamento.
16
No ano de 1975, o IBBD decidiu que o formato CALCO seria adotado em nível
nacional para o processamento de dados bibliográficos nacional.
2.2 CATALOGAÇÃO COOPERATIVA
A catalogação cooperativa, segundo Barbosa é “o trabalho realizado por
várias bibliotecas e enviado a uma Central, que se encarrega de normalizar e
reproduzir suas fichas e distribuí-las a uma coletividade”. (BARBOSA, 1978, p. 71).
As vantagens da catalogação cooperativa são várias: a economia de tempo,
pois não existe a duplicação da catalogação; economia de dinheiro, pois os custos
do processamento técnicos diminuem; envio do jogo de fichas; padronização dos
dados descritivos; recuperação eficiente da informação; a obra a ser catalogada
chega mais cedo ao seu destinatário final: o usuário; controle dos cabeçalhos
usados; atualização do catálogo das bibliotecas. (BARBOSA, 1978).
As desvantagens da catalogação cooperativa são poucas como: a adoção de
níveis de catalogação diferentes por parte das bibliotecas cooperantes. Esse fato
gera outro problema que é a duplicação da catalogação; treinamento dos
bibliotecários, pois, estes, não podem continuar adaptando as regras de catalogação
visando a sua unidade de informação em detrimento das necessidades do coletivo, e
principalmente, do usuário.
2.3
SISTEMA BIBLIODATA / CALCO
17
Em 1974, estudos para a automação da Biblioteca Central da FGV, foram
iniciados e estabeleceu-se a criação de um projeto piloto a ser utilizado em
programas de cooperação e órgão de informação.
Em 1976, através da Biblioteca Central e do Centro de Processamento de
Dados, a FGV começou a desenvolver o projeto BIBLIODATA / CALCO.
O formato CALCO fazia uso da estrutura de identificação de dados da norma
internacional ISSO-2709, usada até hoje, que define os padrões de registros em fita
magnética para intercâmbio de informações bibliográficas. (REDE BIBLIODATA,
2005).
A Biblioteca Nacional, em 1977, publicou um manual descritivo chamado
instruções de preenchimento da folha para catalogação CALCO e, logo depois, outro
intitulado Instruções de preenchimento da folha-de-entrada CALCO Autoridade.
(DECOURT, 1995).
A partir dessas publicações, o Centro de Processamento de Dados e a
Biblioteca Central da FGV iniciaram seus trabalhos de desenvolvimento dos
programas para registros bibliográficos da própria Fundação. Um ano depois a FGV
recebeu a nova versão do manual da BN e outra publicação semelhante
apresentada pelo IBICT intitulada Manual de preenchimento de folhas de serviço –
monografias. (REDE BIBLIODATA, 2005).
Em torno de 1979, a Fundação possuía seus próprios programas em máquina
e passou a divulgar suas próprias normas, totalmente compatíveis com as normas
internacionais, inclusive quanto ao tratamento dos registros bibliográficos por
processos automatizados. E, em 1980, a implantação do sistema relativo a
catalogação de monografias é efetivado. (DECOURT, 1995).
18
2.4
REDE BIBLIODATA
Por conta da evolução tecnológica, nos fins dos anos 70 e início dos 80, a
FGV pôde oferecer facilidades aos órgãos que se dispuseram a participar desse
novo projeto de cooperação e intercâmbio de informações bibliográficas e
documentais.
O projeto foi recebendo, desde o início, o apoio de várias bibliotecas que,
mediante assinatura de contrato de prestação de serviços com a FGV para uso do
Sistema CALCO, passaram a constituir a Rede BIBLIODATA / CALCO. Podemos
destacar as participações pioneiras da Fundação Joaquim Nabuco, a Escola
Superior de Guerra, a Biblioteca do Exército, a Biblioteca Nacional, o IBGE e a PUCRIO. (DECOURT, 1995).
Segundo a Rede Bibliodata “durante o desenvolvimento do sistema
BIBLIODATA / CALCO e a implantação da rede, vários aspectos do funcionamento
das bibliotecas tiveram que ser avaliados e, assim, três diferentes tipos de software
utilizáveis no conjunto das tarefas das bibliotecas foram desenvolvidos. São eles:
1. Gerenciais: voltados para melhoria dos processos administrativos das
bibliotecas, estes atenderiam às funções de aquisição, empréstimo e etc.;
2. Recuperação da Informação: voltados para o melhor atendimento ao
usuário, aumentando a eficácia e rapidez dos serviços de busca
bibliográfica;
3. Utilidades Bibliográficas: voltados para o melhor atender às bibliotecas nos
seus diferentes tipos de trabalhos de processamento técnico”. (REDE
BIBLIODATA, 2005).
19
Segundo a Rede Bibliodata “a FGV decidiu que a Rede seria, basicamente,
um sistema de utilidade bibliográfica. Assim definiu os seguintes objetivos:
1. Integrar as bibliotecas participantes através da catalogação cooperativa,
com a definição e criação de instrumentos de trabalho que facilitassem e
acelerassem este processo;
2. Manter um catálogo coletivo da Rede;
3. Colaborar no desenvolvimento de softwares locais para atender às
demandas específicas de cada biblioteca;
4. Desenvolver soluções compatíveis com a realidade das bibliotecas e
centros de pesquisa brasileiros;
5. Desenvolver tecnologia nacional, na área de informática, para o
tratamento da informação bibliográfica”. (REDE BIBLIODATA, 2005).
Apesar de priorizar a utilidade bibliográfica a Rede resolveu atender a
recuperação da informação como apoio aos serviços de referência, mas sem se
responsabilizar pela automação do catálogo público de cada biblioteca da rede. Os
softwares administrativos seriam de especificação local. A Rede proveria a
assessoria e promoveria encontros para definir soluções, sempre que possível,
compartilhadas. (DECOURT, 1995).
Atendendo uma solicitação da Biblioteca Central da FGV, durante seu
processo de desenvolvimento, algumas facilidades locais foram definidas para
administração e recuperação de informações bibliográficas e estas forma
disponibilizadas às demais bibliotecas da Rede interessadas nesse tipo de solução.
Assim, definiu-se o padrão MICROISIS para as informações bibliográficas,
viabilizando a recuperação local através do uso deste software. (DECOURT, 1995).
20
Um ponto importante foi a concepção do projeto que separou, desde o início,
o sistema de recuperação da informação do sistema de produção da
catalogação cooperativa, de forma a que as mudanças tecnológicas não
ocasionassem problemas significativos no processo como um todo e que o
sistema de recuperação pudesse ser alterado, em função de novas
demandas e facilidades tecnológicas, sem interromper o processo de
alimentação de dados. (DECOURT, 1995. p. 20).
Durante os primeiros anos, de 1980 a 1985, todas as despesas com a
execução de programas, a elaboração de manuais e o processamento técnico dos
trabalhos realizados pelas bibliotecas da Rede foram custeadas, exclusivamente,
pela Fundação. A contribuição das próprias bibliotecas dava apenas para o
pagamento do material utilizado.
Posteriormente, a direção da FGV exigiu a definição da constituição e forma
de funcionamento da Rede BIBLIODATA / CALCO. Foi definido que se encontrasse
uma solução que respeitasse as reais condições de desempenho do sistema, tendo
em vista uma melhor situação financeira que possibilitasse a realização de
programas eficazes de trabalho. (REDE BIBLIODATA, 2005).
Aos poucos, com a contribuição do Conselho Consultivo e das reuniões das
Comissões Técnicas, além das Reuniões Plenárias dos Órgãos que a integravam, a
Rede evoluiu na base das sugestões recebidas, da experiência comprovada e dos
recursos financeiros disponíveis. (REDE BIBLIODATA, 2005).
A Rede, entre 1994 a 1996, passou por um processo de mudanças amplo, a
principal ocorreu no formato CALCO foi ficando defasado em relação ao MARC ao
longo do tempo. Portanto, a atualização se fez necessária para tornar os registros da
Rede BIBLIODATA / CALCO mais compatíveis nacional e internacionalmente,
assim, as bibliotecas participantes teriam seus dados em um formato aceito pelos
principais softwares de automação de bibliotecas do mercado. (REDE BIBLIODATA,
2005).
21
Pensando na evolução do sistema, a FGV promoveu estudos quanto ao
estado dos softwares utilizados pelas bibliotecas norte-americanas. Baseado neste
estudo buscou uma empresa que oferecesse soluções tanto para o ambientes UNIX,
quanto para ambientes DOS. A FGV optou pelo uso do softwares da Virginia Tech
Library System (VTLS Inc.) e decidiu representar seus produtos no Brasil. (REDE
BIBLIODATA, 2005).
Como a migração dos registros bibliográficos e de autoridades para um novo
formato e a implantação do novo sistema foi um processo lento e trabalhoso os
registros no catálogo coletivo foi interrompido por seis meses. Em julho de 1997 o
novo sistema entra em funcionamento. (REDE BIBLIODATA, 2005).
Como não estava mais usando o formato CALCO, a Rede BIBLIODATA /
CALCO passou a ser chamada de Rede Bibliodata. A partir desse momento, a Rede
se concentrou na criação do CD-ROM de catalogação e na venda de sistemas VTLS
para bibliotecas brasileiras. Entretanto, a VTLS Inc. não conseguiu cumprir seus
prazos para a produção da primeira edição do CD-ROM. Este só passou a ser
distribuído em janeiro de 1999. (REDE BIBLIODATA, 2005).
Durante o período da representação, de 1996 a 1998, a FGV fechou contratos
de venda de sistemas para instituições importantes no Brasil, mas o retorno
financeiro que seria usado para subsidiar a Rede não estava sendo igual ao
esperado. A parceria da Rede Bibliodata com a VTLS ao contrário de alavancar a
Rede estava prejudicando o crescimento da mesma. A FGV decidiu cancelar o
contrato de representação e reforçar a atuação a Rede Bibliodata em nível nacional.
(REDE BIBLIODATA, 2005).
22
2.5 REDE BIBLIODATA HOJE
Atualmente, o catálogo coletivo da Rede Bibliodata é disponibilizado através
do CD-ROM ou on-line. Este é fonte para catalogação cooperativa, conversão
retrospectiva de acervo e pesquisa bibliográfica. Assim, a Rede oferece economia
de tempo e dinheiro. O catálogo coletivo reúne hoje cerca de 1.600.000 títulos
catalogados. O catálogo contempla todas as áreas do conhecimento. (REDE
BIBLIODATA, 2005).
A Rede dispõem também de catálogo autoridades (nomes e assuntos) que
normaliza os dados e permite uma recuperação da informação eficiente e sem
contradições.
A catalogação cooperativa é on-line. O que permite uma maior agilidade na
disponibilidade dos dados catalogados.
A Rede por contribuir com a difusão dos acervos bibliográficos do país tem o
aperfeiçoamento como meta. Assim, oferece cursos de aperfeiçoamento e
atualizações. Os cursos são tanto presenciais (MARC 21 – Bibliográfico e
Autoridades) como de ensino à distância (Padrões de Biblioteconomia e Ciência da
Informação; Indexação e Sistemas de Recuperação da Informação; Automação de
Bibliotecas; Atualizações em AACR2R e Pontos de Acesso). (REDE BIBLIODATA,
2005).
23
3 ALTERAÇÕES APRESENTADAS PELA AACR2R
.O AACR2 foi publicado em 1978. Em 1980 é assinado o acordo que autorizava
a tradução do AACR2 para a língua portuguesa. Assim, em 1983 inicia-se a
publicação que é concluída em 1985.
No ano de 2004, se deu a publicação do código revisto e atualizado na língua
portuguesa.
O código é dividido em duas partes. A primeira é relativa à descrição
bibliográfica e a segunda é relativa aos pontos de acesso, cabeçalhos, títulos
uniformes e remisssivas.
Apresentaremos neste capítulo as alterações mostradas na edição revista e
atualizada publicada em 2004 (AACR2R) em relação à edição publicada em 19831985 (AACR2). Nos deteremos nas alterações apresentadas na segunda parte do
código. Mais especificamente aos capítulos 21: Escolha de pontos de acesso; 22:
Cabeçalhos para pessoas; 23: Nomes geográficos; 24: Cabeçalhos para entidades e
25: Títulos uniformes.
Apresentaremos a redação das regras alteradas nas duas edições (primeiro a
edição de 1983-1985 e a segunda a edição de 2004) e explicaremos as mudanças.
Somente, as regras que possuem alterações significativas em relação à edição
anterior serão apresentadas e utilizadas.
As pesquisas serão realizadas via internet nos sites da Biblioteca Nacional
(BN), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Como os
catálogos on-line das bibliotecas pesquisadas somente disponibilizam os campos de
24
busca Autor, Título e Assunto, iremos enfocar as regras que possibilitam esse tipo
de busca.
3.1 CAPÍTULO 21: ESCOLHA DE PONTOS DE ACESSO
Regras alteradas:
•
Entrada de entidade: 21.1B2d
[...] obras que relatam a atividade coletiva de uma conferência (atas,
coleções de trabalhos etc.), de uma expedição (resultados de explorações,
investigações etc.), ou de um evento (uma exposição, feira, festival etc.),
desde que estejam compreendidas na definição de entidade (21.1B1) e que o
nome dessa conferência, expedição ou evento seja mencionado com
destaque no item que está sendo catalogado. (CÓDIGO..., 1983-1985, p.11).
[...]obras que relatam a atividade coletiva de uma conferência (p. ex., atas,
coleções de trabalhos), de uma expedição (p.ex., resultados de explorações,
investigações), ou de um evento (p. ex., uma exposição, feira, festival), desde
que estejam compreendidas na definição de entidade (21.1B1) e que o nome
dessa conferência, expedição ou evento seja mencionado no item que está
sendo catalogado. (CÓDIGO..., 2004, p.7).
Anteriormente, a entrada por entidade coletiva só poderia ser
feita se esta estivesse em destaque na obra. Atualmente o nome da
entidade coletiva pode estar em qualquer parte da obra a ser catalogada.
•
Mudanças no título principal: 21.2A
Considere que um título principal mudou se:
1) Ocorrer qualquer mudança nas cinco primeira palavras (excentuando-se
um artigo inicial no caso nominativo) ou
2) Quaisquer palavras importantes (como substantivos, nomes próprios ou
iniciais usadas para esses nomes, adjetivos etc.) forem acrescentadas,
suprimidas ou mudadas (incluindo-se mudanças na grafia) ou
3) Ocorrer mudança na seqüência das palavras.
Todas as outras alterações, inclusive mudanças na pontuação e nas
maiúsculas, não constituem mudança no título principal. Registre essas
mudanças menores na área das notas (veja 1.7B4). (CÓDIGO..., 1983-1985,
p.11).
Regra dividida em mudanças maiores e menores e ampliada:
Mudanças maiores. Em geral, para todos os recursos bibliográficos, exceto
recursos integrados, considere como uma mudança maior num título principal
o acréscimo, supressão, alteração ou reordenação de qualquer das cinco
primeiras palavras (ou sexta palavra no caso de haver um artigo inicial), a
25
menos que a alteração pertença a uma ou mais das categorias relacionadas
em 21.2A2.
Considere, também, como uma mudança maior o acréscimo,
supressão, ou alteração de qualquer palavra após as cinco primeiras
palavras (ou sexta palavra no caso de haver um artigo inicial), que altere o
significado do título ou indique um assunto diferente.
Considere, ainda, como uma mudança maior no título principal, a
alteração do nome de uma entidade que aparecer em qualquer lugar do
título, se for uma entidade diferente.
Mudanças menores. Em geral, considere as seguintes mudanças no título
principal como mudanças menores:
a) a diferença na representação de uma palavra ou palavras em qualquer
lugar do título (p. ex. uma grafia vs. outra grafia; palavra abreviada,
sinal ou símbolo vs. sua forma escrita por extenso; numerais arábicos
vs. numerais romanos; números ou datas vs. sua forma escrita por
extenso; palavras hifenizadas vs. palavras não hifenizadas; palavras
compostas formando outra palavra vs. palavras compostas formando
duas palavras, hifenizadas ou não; abreviatura ou sigla vs. forma
completa; ou uma mudança na forma gramatical (p. ex. singular vs.
plural)
b) o acréscimo, supressão ou modificação de artigos, preposições ou
conjunções em qualquer lugar do título
c) a diferença no nome da mesma entidade coletiva e elementos de sua
hierarquia ou sua ligação gramatical em qualquer lugar no título (p. ex.
o acréscimo, supressão ou reorganização do nome da mesma entidade
coletiva ou substituição de uma forma variante
d) o acréscimo, supressão ou mudança de pontuação, incluindo siglas e
letras separadas por pontos vs. siglas e letras sem pontuação de
separação, em qualquer lugar do título
e) a ordem diferente de títulos quando o título se apresenta em mais de
uma língua na fonte principal de informação, desde que o título
escolhido como título principal ainda apareça como título equivalente
f) o acréscimo, supressão ou mudança, em qualquer lugar no título, de
palavras que liguem o títulos à numeração
g) dois ou mais títulos principais usados em tiragem diferentes de uma
publicação seriada, de acordo com um padrão
h) o acréscimo, supressão ou mudança nas palavras relacionadas em
qualquer lugar do título, desde que não haja alteração no assunto
i) o acréscimo ou supressão, em qualquer lugar do título, de palavras que
indiquem o tipo de recurso, tais como “revista”, “jornal” ou “boletim
informativo” ou seus equivalentes em outras línguas
Em caso de dúvida, considere a alteração como uma mudança menor.
Se souber, registre, na área das notas (veja 1.7B4), aquelas mudanças não
consideradas como uma mudança maior no título principal. (CÓDIGO...,
2004, p. 5).
A regra 21.2A foi dividida em 21.1A1 (mudanças maiores) e
21.2A2 (mudanças menores). As mudanças maiores são compostas das
sub-divisões 1, 2 e 3 da antiga 21.2A e sofreram alterações. Agora
discrimina os tipos de materiais a que a regra fazia referência: recursos
bibliográficos e recursos integrados (são exemplos de recursos
integrados as folhas soltas de atualização e as páginas de atualizações
26
da web). As mudanças menores são compostas do último parágrafo da
antiga 21.2A e foram ampliadas. Agora discrimina o tipo de mudança
deve ser considerada como mudança menores.
•
Publicações seriadas e recursos integrados: 21.2C
“Se mudar o título principal de uma publicação seriada, faça
uma entrada principal separada para cada título”. (CÓDIGO..., 19831985, p.12).
Regra ampliada e dividida em 21.2C1a) Publicações seriadas e
21.2C1b) Recursos integrados:
Publicações seriadas. Se uma mudança maior ocorrer no títulos principal de
uma publicação seriada, faça uma nova entrada.
Recursos integrados. Se uma mudança ocorrer no título principal do
mesmo recurso integrado, não faça uma nova entrada. Substitua o título
principal pelo novo título e altere a descrição de forma a refletir a informação
mais recente. Em geral, registre o título anterior em nota (veja 12.7B4.2).
(CÓDIGO..., 2004, p.9).
Regra ampliada abrangendo os recursos integrados. Estabelece
se ocorrer uma mudança no título principal, este deve ser substituído
pelo novo título. E uma descrição deve ser feita refletindo a informação
mais recente.
•
Mudanças de pessoas ou entidades responsáveis por uma obra: 21.3
Regra 21.3B Publicações seriadas e recursos integrados. A
parte de recursos integrados não existia na AACR2 e foi acrescentada
na AACR2R. A regra 21.3B foi dividida em 21.3B1a) Publicações
seriadas e 21.3B1b) Recursos integrados:
a) Publicações seriadas. Faça uma entrada nova para a publicação seriada
quando se apresentar uma ou mais das condições seguintes, ainda que o
título principal permaneça o mesmo:
1) se houver mudança no nome da entidade sob o qual tiver sido feita a
entrada da publicação seriada (veja 22.2B ou 24.1B) ou
2) se a entrada principal da publicação seriada estiver sob um cabeçalho de
pessoa ou entidade e muda a pessoa ou entidade responsável pela
publicação
27
3) se houver mudança no nome da entidade sob o qual tiver sido feita a
entrada da publicação seriada ou
4) se a entrada principal da publicação seriada estiver sob um cabeçalho de
pessoa ou entidade e a pessoa ou entidade nomeada no cabeçalho não
for mais responsável pela publicação seriada ou
5) se a entrada principal da publicação seriada estiver sob um título
uniforme (veja 25.5B) com um cabeçalho de entidade como qualificador
e o cabeçalho da entidade mudar ou a entidade indicada no cabeçalho
não for mais responsável pela publicação seriada
b) Recursos integrados. Se ocorrer qualquer das condições estabelecidas
em 21.3B1, não faça uma nova entrada para o mesmo recurso integrado.
Modifique a entrada de forma a refletir a última informação e registre o nome
mais antigo ou a forma do nome em nota, se for considerado importante (veja
12.7B7.2). (CÓDIGO..., 2004, p. 9).
A regra foi ampliada em publicações seriadas pois inclui mais
uma condição para se fazer uma nova entrada: o título uniforme. E inclui
o item sobre recursos integrados.
•
Responsabilidade principal não indicada: 21.6C2
Se a responsabilidade for compartilhada por mais de três pessoas ou
entidades, e a responsabilidade principal não for atribuída a uma, duas ou
três delas, faça a entrada pelo título. Faça uma entrada secundária sob o
cabeçalho estabelecido para a pessoa ou entidade mencionada em primeiro
lugar. Se as pessoas ou entidades não estiverem mencionadas no item faça
uma entrada secundária para aquela mencionada em primeiro lugar numa
edição anterior, ou, se não existir edição anterior, por aquela cujo cabeçalho
vier em primeiro lugar, na ordem alfabética em português. (CÓDIGO..., 19831985, p.22).
Se a responsabilidade for compartilhada por mais de três pessoas ou
entidades, e a responsabilidade principal não for atribuída a uma, duas ou
três delas, faça a entrada pelo título. Faça uma entrada secundária sob o
cabeçalho estabelecido para a pessoa ou entidade mencionada em primeiro
lugar no item que está sendo catalogado. Se editores forem mencionados
com destaque, faça uma entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido
para cada um deles, se não forem mais de três. Se houver mais de três
mencionados com destaque, faça uma entrada secundária pelo cabeçalho
mencionados com destaque, faça uma entrada secundária pelo cabeçalho
estabelecido para o principal coordenador e/ou para o primeiro mencionado.
(CÓDIGO..., 2004, p.20).
Determina que se até três editores forem mencionados com
destaque deverá ser feita uma entrada secundária para cada um deles.
Se houver mais de três mencionados com destaque, deverá ser feita
uma entrada secundária para o coordenador ou o primeiro editor
mencionado.
28
•
Tratados, acordos intergovernamentais etc.: 21.35D4
Regra nova acrescentada pela AACR2R.
“Faça a entrada de um acordo entre um governo de qualquer
nível e uma entidade não governamental, conforme as instruções de
21.6C.
Para
acordos
envolvendo
entidades
internacionais
intergovernamentais, veja 21.35B”. (CÓDIGO..., 2004, p.56).
3.2 CAPÍTULO 22: CABEÇALHOS PARA PESSOAS
Regras alteradas:
•
Escolha do nome: 22.1C
Inclua qualquer título de nobreza ou honorífico (veja também 22.12), bem
como palavras ou frases (veja também 22.8), que geralmente aparecem
associados ao nome no todo ou em parte. Para o tratamento de outros
termos que apareçam associados ao nome, veja 22.19B. (CÓDIGO..., 19831985, p.79).
Inclua qualquer título de nobreza ou honorífico (veja também 22.12), bem
como palavras ou frases (veja também 22.8 e 22.16) que geralmente
aparecem, no todo ou em parte, associados a nomes que não incluem um
sobrenome. Omita tais títulos, termos, palavras ou frases dos nomes que
incluem um sobrenome (veja também 22.5 e 22.15) a não ser que o nome
consista somente de um sobrenome (veja 22.15A), ou seja, de uma mulher
casada identificada somente pelo nome do marido e um títulos de tratamento
(veja 22.15B1). Inclua todos os termos que indiquem posição hierárquica nos
cabeçalhos de nobres quando o termo aparece geralmente associado ao
nome em obras sobre a pessoa ou em fontes de referência 9veja 22.6 e
22.12). Se um acréscimo eventual a um nome que inclui um sobrenome é de
fato parte intrínseca deste, de acordo com fontes de referência ou com obras
da pessoa ou sobre ela, inclua o título. Para o tratamento de outros termos
que apareçam associados ao nome, veja 22.19B. (CÓDIGO..., 2004, p.4-5).
A regra antiga autorizava a inclusão de título de nobreza ou
honorífico a nomes que tivessem sobrenome. A regra atual não permite
essa inclusão. Esta inclusão ocorrerá se o nome for formado somente
pelo sobrenome, ou se for de uma mulher casada identificada somente
pelo nome do marido e pelo título.
29
•
Identidades bibliográficas distintas: 22.2B2
Regra nova acrescentada pela AACR2R.
Se uma pessoa usar duas ou mais identidades bibliográficas, indicadas pelo
fato de que obras de um tipo aparecem sob um único pseudônimo e obras de
outros tipos aparecem sob outros pseudônimos ou sob o nome verdadeiro da
pessoa, escolha, como base para cabeçalhos de cada grupo de obras, o
nome pelo qual são identificadas as obras desse grupo. Faça remissivas para
relacionar os nomes entre si (veja 26.2C e 26.2D). Em caso de dúvida, não
considere identidades bibliográficas distintas de uma mesma pessoa (para
autores contemporâneos veja também 22.2B3). (CÓDIGO..., 2004, p.6).
•
Nomes islandeses: 22.9B1
Regra nova acrescentada pela AACR2R.
Faça a entrada de um nome islandês pelo primeiro prenome, seguido por
outros prenomes (se houver), pelo patronímico e pelo nome de família, na
ordem direta. Se uma frase indicativa de lugar seguir o prenome, o
patronímico ou o nome de família, trate-a como parte integrante do nome.
Faça remissivas do patronímico e do nome de família. (CÓDIGO..., 2004,
p.25).
•
Entrada por frase: 22.11A
Faça a entrada na ordem direta para um nome constituído de uma frase ou
outro apelativo, que não contenha um nome verdadeiro, quer usado pela
pessoa, quer a ela atribuído por estudiosos, obras de referência etc.. Quando
necessário, faça remissiva de formas variantes (incluindo outras formas
lingüísticas).
Se, todavia, tal nome tiver a aparência de um prenome, prenomes ou iniciais
e um sobrenome, faça a entrada pelo pseudo-sobrenome. Faça remissiva do
nome na ordem direta.
Se tal nome não transmitir a idéia de que se trata de uma pessoa, acrescente
entre parênteses uma designação geral adequada, em português.
(CÓDIGO..., 1983-1985, p.101).
Faça a entrada na ordem direta para um nome constituído de uma frase ou
outro apelativo, que não contenha um prenome.
Faça também entrada na ordem direta para uma frase que consista de um
prenome ou prenomes precedido(s) por palavras que não sejam título de
tratamento, título de posição ou cargo. Faça uma remissiva do prenome
seguida da(s) palavra(s) inicial(ais).
Se, todavia, tal nome tiver a aparência de um prenome, prenomes ou iniciais
e um sobrenome, faça a entrada pelo pseudo-sobrenome. Faça remissiva do
nome na ordem direta.
Se tal nome não transmitir a idéia de que se trata de uma pessoa, acrescente
entre parênteses uma designação geral adequada, em português.
(CÓDIGO..., 2004, p. 26-27).
Regra ampliada inserindo regra para entrada por frases que
contenham um prenome.
•
Termos de tratamento de mulheres casadas: 22.15B
30
“Acrescente o título de tratamento de uma mulher casada, se ela
for identificada somente pelo nome do marido. (Para o uso de
abreviaturas, veja o apêndice B.2)”. (CÓDIGO..., 1983-1985, p.102).
“Acrescente o termo de tratamento de mulheres casadas, se ela
for identificada somente pelo nome do marido. Acrescente o termo após
o último elemento do nome do marido”. (CÓDIGO..., 2004, p.29).
O termo de tratamento de mulheres casadas passou a ser posto
depois do prenome do marido.
•
Formas mais completas dos nomes: antiga 22.16 e atual 22.18
Se um nome for, parcial ou totalmente, representado por iniciais, e a forma
completa for conhecida, acrescente a forma por extenso entre parênteses, se
necessário para distinguir entre nomes que de outra forma ficariam idênticos.
Faça remissiva da forma por extenso.
Se as iniciais ocorrerem na parte invertida do nome (prenomes etc.), ou se
este consistir somente de iniciais, acrescente, no fim, a forma por extenso da
parte invertida ou de todo o nome.
Se as iniciais ocorrerem na parte do nome que serve de elemento de
entrada (sobrenome etc.), acrescente, no fim, a forma por extenso do
elemento de entrada.
Opcionalmente, faça os acréscimos acima a outros nomes que contenham
iniciais.
(CÓDIGO..., 1983-1985, p.105-106).
Se for conhecida uma forma mais completa do nome de uma pessoa e se o
cabeçalho prescrito pelas regras anteriores não incluir todos os elementos
desta forma, acrescente a forma mais completa para distinguir nomes que de
outra forma ficariam idênticos. Acrescente todos os elementos da forma mais
completa da parte invertida do cabeçalho e/ou a forma mais completa do
elemento de entrada, se couber. Coloque o acréscimo entre parênteses. Os
exemplos mais comuns desses acréscimos ocorrem quando o cabeçalho
elaborado de acordo com as regras anteriores contém iniciais e a forma
completa do nome for conhecida. Exemplos menos comuns ocorrem quando
prenomes, sobrenomes ou iniciais conhecidos não fazem parte do cabeçalho
que foi estabelecido.
Se couber, faça remissiva da forma mais completa do nome.
Opcionalmente, faça os acréscimos indicados acima mesmo que não haja
necessidade de distinguir cabeçalhos iguais. Entretanto, ao seguir esta
opção, não acrescente: prenomes não usados a cabeçalhos que contém
prenomes iniciais de nomes que não fazem parte do cabeçalho partes não
usadas de sobrenomes a cabeçalhos que contém sobrenomes.
(CÓDIGO..., 2004, p.105-106).
3.3 CAPÍTULO 23: NOMES GEOGRÁFICOS
31
Regras alteradas:
•
Lugares na Austrália, Canadá, Malásia, Estados Unidos, União Soviética
ou Iugoslávia: 23.4C1
A regra 23.4B do antigo código passou a ser sub-tópico 23.4C1
da regra 23.4C.
Opcionalmente, não acrescente o nome de uma área geográfica maior se
estiver sendo usado como acréscimo o nome de: um estado, província ou
território da Austrália, Canadá ou dos Estados Unidos; um condado britânico;
um estado membro da Malásia, União Soviética ou Iugoslávia ou ilha (veja
23.4C-23.4F). (CÓDIGO..., 1983-1985, p.127).
“Não faça qualquer acréscimo ao nome de um estado, província,
território etc., da Austrália, Canadá, Malásia, Estados Unidos, União
Soviética ou Iugoslávia”. (CÓDIGO..., 2004, p. 3).
O que era opcional não deve mais ser usado.
3.4 CAPÍTULO 24: CABEÇALHO PARA ENTIDADES
Regras alteradas:
•
Conferências, congressos, reuniões etc.: 24.7A1
“Omita do nome de uma conferência etc. (inclusive das
conferências
que entram subordinadamente, veja 24.13), palavras
que indiquem seu número, freqüência ou ano de convocação.
(CÓDIGO..., 1983-1985, p. 148).
A AACR2R inclui as conferências que entram subordinadamente.
•
Entidades subordinadas e relacionadas com entrada subordinada:
24.13A tipo 4. A antiga regra 24.13A tipo 4 passou a ser a atual 24.13A
tipo 5 e uma nova redação foi dada para o tipo 4.
32
Faça a entrada de uma entidade subordinada ou relacionada como
subcabeçalho do nome da entidade à qual está subordinada ou relacionada,
se seu nome pertencer a um ou mais dos seguintes tipos. Elabore um
subcabeçalho direto ou indireto, de acordo com as instruções de 24.14.
Omita do subcabeçalho o nome ou a abreviatura do nome da entidade
superior ou relacionada em forma substantivada, a não ser que o
subcabeçalho fique sem sentido.
Tipo 4. Um nome que não expresse a idéia de uma entidade. (CÓDIGO...,
2004, p.19-20).
•
Órgãos governamentais com entrada subordinada: 24.18A tipo 4. A
antiga 24.18A tipo 4 passou a ser a 24.18A tipo 5 e uma nova redação
foi dada para o tipo 4.
Faça a entrada subordinada para um órgão governamental sob o nome do
governo, se ele pertencer a um ou mais dos tipos seguintes. Elabore um
subcabeçalho direto ou indireto sob o cabeçalho do governo, de acordo com
as instruções de 24.19. Omita do subcabeçalho o nome ou abreviatura do
nome do governo em forma substantivada, a não ser que tal omissão do
nome resulte em um cabeçalho sem sentido.
Tipo 4. Um órgão cujo nome não expresse a idéia de uma entidade e não
contenha o nome do governo. (CÓDIGO..., 2004, p.23-24).
•
Órgãos legislativos: 24.21A
“Se um órgão legislativo tiver mais de uma câmara, faça a entrada
de cada uma como subcabeçalho do cabeçalho usado para o órgão
legislativo”. (CÓDIGO..., 1983-1985, p. 162).
Faça a entrada de um órgão legislativo sob o nome da jurisdição para a qual
ele legisla.
Se um órgão legislativo tiver mais de uma câmara, faça a entrada de cada
uma como subcabeçalho do cabeçalho usado para o órgão legislativo. Faça
remissiva do nome da câmara como subcabeçalho direto da jurisdição.
(CÓDIGO..., 2004, p.23-25). (CÓDIGO..., 2004, p. 24).
3.5 CAPÍTULO 25: TÍTULOS UNIFORMES
Este capítulo não apresenta alteração de regras relevantes para o trabalho.
33
4 ESTRATÉGIA DE BUSCA
A fim de identificar se as mudanças no código alteram, de alguma maneira, a
recuperação da informação, a pesquisa ocorrerá em duas vertentes, a saber:
catálogo autoridade e catálogo público.
Em relação ao catálogo autoridade verificaremos não apenas a forma de
entrada dos nomes mas também a ocorrência das remissivas recomendadas para
os casos nos capítulos 22 e 24.
Em relação aos catálogos públicos utilizaremos os campos de título, autor e
assunto:
a) título: nos casos de capítulo 21 nas mudanças no título, entrada principal ou
secundária para títulos;
b) autor: para os casos dos capítulos 21, 22, 23 e 24 que tenham sofrido
alterações nas entradas principal ou secundária, ou, na forma de entradas de
nomes pessoais ou entidades coletivas;
c) assunto: para os casos que, eventualmente, a entrada coletiva ou nome
pessoal sejam considerados como assunto.
Para todos os casos acima selecionaremos exemplos na base de dados
existente que sejam pertinentes e identificaremos se houve, ou não, perda na
recuperação da informação.
Os exemplos foram selecionados nas seguintes bases de dados:
a) Biblioteca Nacional;
b) Universidade do Estado do Rio de Janeiro
c) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
d) Fundação Getúlio Vargas
34
5 Pesquisa
Os resultados das buscas serão apresentados a seguir, conforme a
ordenação das regras do próprio AACR2R, entretanto, para facilitar a vizualização
dos resultados apresentaremos uma forma padronizada no seguinte formato:
número da regra, questão em análise, instituição de busca e exemplo encontrado.
Pesquisas:
•
Regra 21.1B2d: Entrada de entidade
Biblioteca Nacional:
Entrada:
Conferencia
das
Nações
Unidas
sobre
Comercio
e
Desenvolvimento
Título: Actas de la Conferencia de las Naciones Unidas sobre Comercio
y Desarrollo: octavo periodo de sessiones : informe y anexos
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro:
Entrada: Conferencia Panamericana de Directores Nacionales de
Sanidad. 4. (Mayo, 1940, Washington, D. C.)
Título: Actas de la cuarta Conferencia Panamericana de Directores
Nacionales de Sanidad
Fundação Getulio Vargas:
Entrada:
Conferencia
Especializada
Interamericana
sobre
Direito
Internacional Privado (1975 : Panama)
Título:
Actas
y
documentos
de
la
Conferencia
Interamericana sobre Derecho Internacional Privado
Especializada
35
Pesquisa realizada nos campos autor, título e assunto tanto pela
conferência como pela ata. Não houve perda de informação ao fazer a
busca pela nova forma do nome.
•
Regra 21.2A, 21.2C, 21.3B:
Não foi possível identificar nas bases de dados exemplos adequados ao
caso específico. Além disso, AACR2R apresenta as regras mas não
apresenta nenhum exemplo.
•
Regra 21.6C2: Responsabilidade principal não indicada
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro:
Entrada pelo título: Perinatal intensive care
Entradas secundárias para os editores: Aladjem, Silvio; Brown, Andrey
K., 1923Entrada pelo título: Around the absurd: essays on modern and
postmodern drama
Entradas secudárias para os editores: Brater, Enoch; Cohn, Ruby
Anteriormente somente mencionava a entrada secundária para o autor
ou entidade que aparecesse em primeiro lugar ou em destaque de
layout. A nova edição estipula que se houver editores mencionados com
destaque deverá ser feita uma entrada secundária sob o cabeçalho
estabelecido para cada um deles. Isso se não forem mais de três
editores. Mas, se houver mais de três mencionados com destaque,
deverá ser feita uma entrada secundária para o principal ou para o
primeiro mencionado.
Regra 21.35d4: Outros acordos envolvendo jurisdições
Não foram encontradas entradas nas bases pesquisadas.
36
•
Regra 22.1C: Escolha do nome
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro:
Entrada: Berlin, Isaiah, Sir, 1909Entrada: Jennings, William Ivor, Sir, 1903-1963
Entrada: Uruguai, Paulino Jose Soares de Souza, Visconde de, 18071866
Entrada secundária: Taunay, Alfredo d'Escragnolle Taunay, Visconde de,
1843-1899
Fundação Getúlio Vargas:
Entrada: Santarém, Manuel Francisco de Barro, Visconde de, 1791-1856
Entrada: Berlin, Isaiah, Sir, 1909Entrada: Lyell, Charles, Sir, 1797-1875
Pesquisa realizada no catálogo autoridade e campo autor sem o título de
nobreza ou honorífico como regra da AACR2R. Não houve perda de
informação ao fazer a busca pela nova forma do nome.
•
Regra 22.2B2: Identidades bibliográficas distintas
Biblioteca Nacional:
Entrada: Tahan, Malba, 1895-1974 (Pseudônimo usado em obras
literárias)
Entrada: Souza, Julio César de Mello, 1895-1974 (Nome verdadeiro
usado em obras de matemática)
Pesquisa realizada no catálogo autoridade e campo autor utilizando as
duas entradas autorizadas.sem o título de nobreza ou honorífico como
37
regra da AACR2R. Não houve perda de informação ao fazer a busca
pela nova forma do nome.
•
Regra 22.11A: Entrada por frase
Biblioteca Nacional:
Entrada: Marlboro, DJ
A pesquisa foi realizada pela ordem direta (DJ Marlboro) como manda a
AACR2R e não houve recuperação da informação. A entrada
apresentada pela BN deveria ser apresentada como remissiva.
•
Regra 22.15B: Termos de tratamento de mulheres casadas
Fundação Getúlio Vargas:
Entrada: Campbell, Mrs. Patrick, 1865-1940
Pesquisa realizada no campo autor e catálogo autoridade com o termo
de tratamento de mulheres casadas após o ultimo nome da marido como
recomenda a AACR2R. Não houve perda de informação ao fazer a
busca pela nova forma do nome.
•
Regra 22.18: Formas mais completas dos nomes
Biblioteca Nacional:
Entrada: Jorge, J. G. de Araújo (José Guilherme de Araújo), 1915-1987.
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro:
Entrada: Caragiale, I. L. (Ion Luca), 1852-1912.
38
Entrada: Brown, A.G. (Alan George)
Pesquisa feita no campo autor tanto na forma abreviada como na
completa. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova
forma do nome.
•
Regra 23.4C1:Acréscimos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro:
Entrada: Quebec (Canadá: Província). Ministère de la sante et des
services sociaux
Pesquisa realizada no catálogo autoridade e campo autor sem o
acréscimo província. Não houve perda de informação ao fazer a busca
pela nova forma do nome.
•
24.7A1: Conferências, Congressos, Reuniões etc.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro:
Entrada: Bienal de Design Gráfico (5.: 2000 : São Paulo, SP)
Título: V Bienal de Design Gráfico: mostra seletiva
Entrada: Conferencia Nacional de Saúde (3. : 1963: Rio de Janeiro, RJ)
Título: Anais / 3. Conferencia Nacional de Saúde
Entrada: Conferencia Nacional de Saúde Mental (2.: 1992: Brasília, DF)
Título: Relatório final da 2. Conferencia Nacional de Saúde Mental
39
Entrada: International Conference on Iron and Steel Technology in
Developing Countries (2.: 1988)
Título: Second International Conference on Iron and Steel Technology in
Developing Coutries
Entrada: Conferência Interamericana de Rádio-química (1.: 1963:
Montevídeo)
Título: Primeira conferência interamericana de radioquímica
Pesquisa realizada no catálogo autoridade, campos autor e título com a
omissão das palavras que indicam número, freqüência ou ano de
convocação como recomendado pela AACR2R. Não houve perda de
informação ao fazer a busca pela nova forma do nome.
•
Regra 24.13A, tipo 4: Um nome que não expresse a idéia de uma
entidade
Biblioteca Nacional:
Entrada: 3 M do Brasil. Departamento de Comunicação Social
Pesquisa realizada no catálogo autoridade seguindo a nova regra da
AACR2R.
•
Regra 24.18A, tipo 4: Um órgão cujo nome não expresse a idéia de
uma entidade e não contenha o nome do governo
Biblioteca Nacional:
Entrada: Brasil. Laboratório da Produção Minera
40
Entrada: Carteira do Comércio Exterior
Pesquisa realizada no catálogo autoridade seguindo a nova regra da
AACR2R.
•
Regra 24.21A: Órgãos Legislativos
Biblioteca Nacional:
Brasil:
Entrada: Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados
Entrada: Brasil. Congresso. Senado
Alemanha:
Entrada: Alemanha (Ocidental). Bundestag
Entrada: Alemanha (Ocidental). Bundesrat
Pesquisa realizada no catálogo autoridade. Sem perda da informação.
Mas, existe a possibilidade de a Biblioteca Nacional rever a entrada
autorizada, tendo em vista que, a Alemanha não está mais dividida em
Oriental e Ocidental. A Biblioteca Nacional da Alemanha usa as
seguintes entradas: Deutscher Bundestag e Deutscher Bun.
41
6 CONCLUSÃO
No desenvolvimento deste trabalho pudemos demonstrar as alterações da
AACR2R nos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25. A influência dessas alterações na
recuperação da informação e na catalogação das bibliotecas participantes da Rede
Bibliodata.
Iniciamos fazendo um histórico da Rede Bibliodata onde apresentamos como
se iniciou a catalogação cooperativa no Brasil, o surgimento do Sistema
BIBLIODATA / CALCO e posteriormente a Rede Bibliodata.
Apresentamos a seguir as alterações da AACR2R em relação à AACR2 nos
capítulos 21, 22, 23, 24 e 25.
Em seguida, demonstramos as pesquisas realizadas utilizando as entradas
conforme a orientação da AACR2R.
A pesquisa realizada nas bases de dados da Biblioteca Nacional,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio
de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas, todas participantes da Rede Bibliodata,
mostrou-se capaz de responder se catalogações baseadas em edições diferentes de
AACR2 trazem dificuldades, ou não, na recuperação da informação na rede de
cooperação.
A partir das alterações apontadas nos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25
apresentadas por edições diferentes de AACR2 definimos entradas para pesquisa
que se enquadrassem nos casos onde houve alterações.
Utilizamos 16 alterações na pesquisa. E dessas, somente, com a entrada da
regra 22.11A apresentada na AACR2R não houve recuperação da informação.
42
O sucesso da recuperação da informação nas catalogações das bases de
dados das bibliotecas pesquisadas participantes da Rede Bibliodata foi expressivo.
Mas, a Rede Bibliodata por ser uma rede de catalogação cooperativa, deveria
uniformizar as entradas das catalogações das bibliotecas cooperantes. E primar pela
atualização dos bibliotecários que participam da rede.
Finalmente, as pesquisas no banco de dados das bibliotecas escolhidas para
o desenvolvimento desse trabalho revelaram que essas bibliotecas ainda não
adotaram a utilização do novo código. Pois a recuperação da informação foi eficaz,
mas muitas entradas estão em desacordo com as orientações da AACR2R.
43
7 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e
documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos:
apresentação. Rio de Janeiro, 2002.
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos:
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