universidade federal do estado do rio de janeiro - Bibliodata
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ANDREIA NUNES PORTELLA AS ALTERAÇÕES DO ANGLO AMERICAN CATALOGUE RULES 2 (AACR2) E SUA INFLUÊNCIA NA CATALOGAÇÃO DAS BIBLIOTECAS PARTICIPANTES DE UMA REDE DE COOPERAÇÃO (REDE BIBLIODATA) RIO DE JANEIRO 2006 ANDREIA NUNES PORTELLA AS ALTERAÇÕES DO ANGLO AMERICAN CATALOGUE RULES 2 (AACR2) E SUA INFLUÊNCIA NA CATALOGAÇÃO DAS BIBLIOTECAS PARTICIPANTES DE UMA REDE DE COOPERAÇÃO (REDE BIBLIODATA) Trabalho de conclusão de curso apresentado à Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Biblioteconomia Orientador: Profª. MS Beatriz A. B. Decourt Rio de Janeiro 2006 P843 Portella, Andreia Nunes, 1980As alterações do Anglo American Catalogue Rule2 (AACR2) e sua influência na catalogação das bibliotecas participantes de uma rede de cooperação (Rede Bibliodata/ Andreia Nunes Portella. — 2006. 44 f. ; 30 cm. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Biblioteconomia) – Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2006. Bibliografia: f. 44. 1. Código de catalogação - Alteração. 2. Rede Bibliodata Histórico. 3.Recuperação da informação. I. Título. CDD 025.32 ANDREIA NUNES PORTELLA AS ALTERAÇÕES DO ANGLO AMERICAN CATALOGUE RULES 2 (AACR2) E SUA INFLUÊNCIA NA CATALOGAÇÃO DAS BIBLIOTECAS PARTICIPANTES DE UMA REDE DE COOPERAÇÃO (REDE BIBLIODATA) Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Biblioteconomia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Biblioteconomia. Aprovado em de 2006. BANCA EXAMINADORA Profª. MS Beatriz A. B. Decourt – Orientadora Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Profª. BS Maria Tereza Reis Mendes Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Profª. ESP Íris Abdallah Cerqueira Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus pela vida, força, energia e amor. Agradeço a minha querida orientadora Professora Beatriz Decourt pela dedicação, paciência e sabedoria. Beatriz sempre foi amiga e professora. Obrigada por ter sido a minha mestra na catalogação. Aos meus pais, Aidê de Souza Nunes Portella e Armando Rodrigues Portella, pela dedicação, amor, broncas, educação, paciência, amizade e motivação. Obrigada, por me ensinarem a amar a leitura. Minha mãe com os livros e revistas e meu pai com o jornal. E se não fosse o incentivo de minha mãe não teria tido a coragem de trancar a Faculdade de Nutrição para tentar a Biblioteconomia. Pai e mãe para vocês o meu amor incondicional. E não poderia deixar de lembrar da minha irmãzinha Erica. Querida, obrigada pela amizade, pelas discussões de irmã, pelas conversas de madrugada na escuridão do quarto, por embacarmos juntas nas risadas e por me apresentar à Biblioteconomia. Não poderia deixar de lembrar da Mariana Marques que foi super prestativa e amiga. Muita obrigada pela ajuda. Agradeço também à Bibliotecária da Rede Bibliodata Maria do Perpétuo Socorro Gomes de Almeida pelo pronto atendimento, simpatia e ajuda. E as minhas “chefes” Regina Tinoco Amato e Sandra Infurna por todo ensinamento. Agradeço a Deus por pertencer a “Elite da Biblio”. A elite é sinônima de amizade, companheirismo, felicidade, garra, energia, união e amor. Essa grande turma vai sempre ter um lugar muito especial no meu coração. E finalmente, agradeço àqueles que não estão mencionados nesta página, mas que foram importantes para o meu desenvolvimento pessoal e profissional, muitos professores, companheiros de trabalho e estágio, a todos vocês obrigada pelo incentivo para conseguir seguir em frente. “Para escrever só existem duas regras: ter algo a dizer e dize-lo”. (Oscar Wilde) RESUMO Compara diferentes edições do Anglo American Catalogue Rules (AACR2 e AACR2R) atendo-se aos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25. Pesquisa se estas alterações influenciam a catalogação e recuperação da informação de bibliotecas participantes de uma rede de cooperação (Rede BIBLIODATA). Inclui definições e histórico da evolução da catalogação cooperativa no Brasil até a consolidação da Rede Bibliodata. Conclui apresentando a avaliação da pesquisa sobre a recuperação da informação. Palavras-chave: Bibliodata. Catalogação. AACR2. Recuperação da informação. Rede ABSTRACT Compares different editions of the Anglo American Catalogue Rules (AACR2 and AACR2R) chapters 21, 22, 23, 24 and 25. Research if these change on cataloging produdures will affect information retrieval on Bibliodata Network data base includes definitions on the theorical aspects and briefly describes the evolution of the Brazilian cooperative cataloging network experiencel until the consolidation of the Bibliodata Network. Concludes presenting the evaluation of the results that concerns to information retrieval. Keywords: Cataloguing. AACR2. Information retrieval. Bibliodata Network. LISTA DE SIGLAS AACR Anglo American Cataloguing Rules ALA American Library Association BN Biblioteca Nacional CALCO Catalogação Legível por Computador CATBIB Software editor do MARC CD-ROM Compact Disk-Read Only Memory CIMEC Centro de Informática do MEC DASP Departamento Administrativo do Serviço Público DOS Disk Operating System FGV Fundação Getúlio Vargas IBBD Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação IBICT Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia ISO International Organization for Standardization LC Library of Congress MARC Machine Readable Cataloging MEC Ministério da Educação e Cultura NATIS National Information System SIC Serviço de Intercâmbio de Catalogação UERJ Universidade do Estado do Rio de Janeiro UFRGS Universidade Federal do Rio Grande do Sul UNESCO Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura UNIRIO Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro USMARC US Machine Readable Cataloging VTLS Inc. Virginia Tech Library System SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO............................................................................................... 11 2 REDE BIBLIODATA...................................................................................... 13 2.1 CONTEXTO NACIONAL................................................................................ 13 2.2 CATALOGAÇÃO COOPERATIVA 16 2.3 SISTEMA BIBLIODATA / CALCO.................................................................. 16 2.4 A REDE BIBLIODATA.................................................................................... 18 2.5 REDE BIBLIODATA HOJE ........................................................................... 22 3 ALTERAÇÕES APRESENTADAS PELAs AACR2R.................................. 23 3.1 CAPÍTULO 21................................................................................................. 24 3.2 CAPÍTULO 22................................................................................................. 28 3.3 CAPÍTULO 23................................................................................................. 30 3.4 CAPÍTULO 24................................................................................................. 31 3.5 CAPÍTULO 25................................................................................................. 32 4 ESTRATÉGIA DE BUSCA............................................................................. 33 5 PESQUISA..................................................................................................... 34 6 CONCLUSÃO................................................................................................ 41 7 REFERÊNCIA................................................................................................ 43 11 1 INTRODUÇÃO Ao tomar conhecimento de que uma nova edição revista do Anglo American Cataloguing Rules, 2nd Edition, mais conhecida por AACR2, estava sendo publicada despertou-me o interesse em investigar até que ponto essa revisão alteraria a catalogação das obras. Como catalogação foi uma das matérias que mais me estimulou enquanto estudante do curso de Biblioteconomia a idéia inicial seria comparar as duas edições e verificar as alterações. No entanto, este trabalho foi apresentado um semestre antes do meu. Então, decidimos desenvolver esse trabalho a partir das mudanças apresentadas anteriormente pela aluna Mariana Ribeiro Marques no seu trabalho de conclusão de curso. Portanto, o tema escolhido foi as alterações do AACR2 e sua influência na catalogação das bibliotecas que participam de uma rede de cooperação. A rede escolhida foi a Rede Bibliodata por ter se consolidado como rede de cooperação de catalogação entre bibliotecas no Brasil. Com o desenvolvimento desse trabalho queremos investigar se as alterações dificultam ou não a recuperação da informação na rede de cooperação escolhida como base de estudo. Inicialmente, fazemos um histórico da Rede Bibliodata e mostramos o porque dela ter sido escolhida. Depois escolhemos as Bibliotecas pertencentes à Rede Bibliodata que foram utilizadas para verificação da dificuldade ou não da recuperação da informação. Determinamos que a pesquisa seria feita através dos sites dessas instituições. Escolhemos as seguintes instituições: Biblioteca Nacional, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas. A seguir, definimos os capítulos que seriam estudados e verificamos junto ao código quais as alterações apresentadas. Os capítulos estudados foram 21 Escolha 12 de pontos de acesso, 22 Cabeçalhos para pessoas, 23 Nomes geográficos, 24 Cabeçalhos para entidades e 25 Títulos uniformes. Em seguida, definimos as entradas para pesquisa que se enquadrem nos casos onde houve alterações nas diferentes entradas entre AACR2 e AACR2R. Utilizamos os campos Autor, e Título dos sites para fazermos as pesquisas. Somente as regras que tiveram mudanças no conteúdo foram utilizadas como fonte de pesquisa. Aquelas que foram excluídas ou que as mudanças ocorreram na ordem de apresentação e numeração não foram contempladas. Assim, como as ampliações que não ocasionaram em mudanças. 13 2 REDE BIBLIODATA Rede de catalogação cooperativa pioneira no Brasil que conta atualmente com a participação de 40 instituições. Essas instituições constituem um catálogo coletivo de âmbito nacional reunindo mais de 1.600.000 registros e com um fluxo médio de 10 mil títulos novos por mês. 2.1 CONTEXTO NACIONAL O Brasil na década de 40 adota modernas técnicas biblioteconômicas. Devemos essa adoção a diversos fatores como a reforma do curso de Biblioteconomia da Biblioteca Nacional, aperfeiçoamento de técnicos brasileiros em universidades americanas e a criação de um serviço nacional de catalogação cooperativa, único na América Latina. O Serviço de catalogação cooperativa foi criado em 1942 e recebeu o nome de Serviço de Intercâmbio de Catalogação (SIC). Sua finalidade era propiciar ajuda mútua entre as bibliotecas do país a partir do modelo da Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos (Library of Congress). (REDE BIBLIODATA, 2005). O SIC funcionava no Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP), responsável pela revisão das fichas catalográficas, firmou convênio com o Departamento de Imprensa Nacional, responsável pela impressão, distribuição e venda das fichas catalográficas. Assim, uma rede de cooperantes começou a se formar entre as bibliotecas interessadas. (REDE BIBLIODATA, 2005). 14 Contudo, a catalogação cooperativa no país enfrentava o problema da não uniformização das regras de catalogação. Algumas bibliotecas adotavam o Código da American Library Association (ALA), criado em 1908, que a princípio não atendia a necessidade dos bibliotecários, mas depois de várias revisões e reimpressões a segunda edição, 1949, é publicada e marca a nova tendência em separar as entradas principais da catalogação descritiva, e outras preferiam o Código da Vaticana, em 1920. Foi traduzido para várias línguas, ao contrário do Código da ALA, entre elas a portuguesa e a espanhola. Sob muitos aspectos é considerada superior a segunda edição do Código da ALA. (REDE BIBLIODATA, 2005). Finalmente, conscientizados da necessidade de uniformização de entradas para bibliografias e catálogos de bibliotecas, resolveu-se abandonar a utilização de outros códigos e adotar o AACR. Assim, inexistia o problema da não uniformização e o país passava a adotar um código de caráter internacional. Com o crescimento do SIC este foi desligado do DASP, em 1954, e transferido para o Instituto Brasileiro de Bibliografia e Documentação (IBBD), atual Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). (REDE BIBLIODATA, 2005). Com a divulgação do projeto MARC da Library of Congress (LC), o SIC resolve partir para a automação dos seus serviços. A professora Alice Príncipe Barbosa, diretora do SIC na época, escolhe o tema automação para a sua dissertação de mestrado e toma a LC como modelo. Alice Príncipe Barbosa desenvolve o projeto Catalogação Legível por Computador (CALCO) em sua dissertação, apresentada em 1972, assim o marco 15 inicial dos processos automatizados de registros bibliográficos estava iniciado no Brasil. (DECOURT, 1995). O projeto tinha por objetivo promover o intercâmbio das informações catalogadas entre bibliotecas, criando, assim, a catalogação cooperativa no país. Tendo como produtos à geração do Catálogo Coletivo Nacional e a Bibliografia Nacional Corrente. O CALCO seria responsável por elaborar um catálogo que arrolasse a maior parte da produção bibliográfica recente, por obter bibliografias especializadas, permutar informação dentro do país, obter catálogos coletivos especializados, padronizar normas de catalogação e cabeçalhos de assunto, acelerar a duplicação de fichas e economizar tempo e mão-de-obra para as bibliotecas participantes. (REDE BIBLIODATA, 2005). O formato CALCO foi baseado no formato MARC II da LC por ser padrão no intercâmbio de informação bibliográfica. O CALCO foi escolhido pela Rede Bibliodata, justamente, por ser totalmente compatível com o formato MARC. (DECOURT, 1995). A partir disso, instituições como a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e o IBICT desenvolveram sistemas de catalogação no formato CALCO. Pequenas modificações foram introduzidas para atender as necessidades de cada instituição ou da rede que se formava. (REDE BIBLIODATA, 2005). O SIC deixou de existir em 1973, depois de 31 anos, para o projeto CALCO entrar em funcionamento. 16 No ano de 1975, o IBBD decidiu que o formato CALCO seria adotado em nível nacional para o processamento de dados bibliográficos nacional. 2.2 CATALOGAÇÃO COOPERATIVA A catalogação cooperativa, segundo Barbosa é “o trabalho realizado por várias bibliotecas e enviado a uma Central, que se encarrega de normalizar e reproduzir suas fichas e distribuí-las a uma coletividade”. (BARBOSA, 1978, p. 71). As vantagens da catalogação cooperativa são várias: a economia de tempo, pois não existe a duplicação da catalogação; economia de dinheiro, pois os custos do processamento técnicos diminuem; envio do jogo de fichas; padronização dos dados descritivos; recuperação eficiente da informação; a obra a ser catalogada chega mais cedo ao seu destinatário final: o usuário; controle dos cabeçalhos usados; atualização do catálogo das bibliotecas. (BARBOSA, 1978). As desvantagens da catalogação cooperativa são poucas como: a adoção de níveis de catalogação diferentes por parte das bibliotecas cooperantes. Esse fato gera outro problema que é a duplicação da catalogação; treinamento dos bibliotecários, pois, estes, não podem continuar adaptando as regras de catalogação visando a sua unidade de informação em detrimento das necessidades do coletivo, e principalmente, do usuário. 2.3 SISTEMA BIBLIODATA / CALCO 17 Em 1974, estudos para a automação da Biblioteca Central da FGV, foram iniciados e estabeleceu-se a criação de um projeto piloto a ser utilizado em programas de cooperação e órgão de informação. Em 1976, através da Biblioteca Central e do Centro de Processamento de Dados, a FGV começou a desenvolver o projeto BIBLIODATA / CALCO. O formato CALCO fazia uso da estrutura de identificação de dados da norma internacional ISSO-2709, usada até hoje, que define os padrões de registros em fita magnética para intercâmbio de informações bibliográficas. (REDE BIBLIODATA, 2005). A Biblioteca Nacional, em 1977, publicou um manual descritivo chamado instruções de preenchimento da folha para catalogação CALCO e, logo depois, outro intitulado Instruções de preenchimento da folha-de-entrada CALCO Autoridade. (DECOURT, 1995). A partir dessas publicações, o Centro de Processamento de Dados e a Biblioteca Central da FGV iniciaram seus trabalhos de desenvolvimento dos programas para registros bibliográficos da própria Fundação. Um ano depois a FGV recebeu a nova versão do manual da BN e outra publicação semelhante apresentada pelo IBICT intitulada Manual de preenchimento de folhas de serviço – monografias. (REDE BIBLIODATA, 2005). Em torno de 1979, a Fundação possuía seus próprios programas em máquina e passou a divulgar suas próprias normas, totalmente compatíveis com as normas internacionais, inclusive quanto ao tratamento dos registros bibliográficos por processos automatizados. E, em 1980, a implantação do sistema relativo a catalogação de monografias é efetivado. (DECOURT, 1995). 18 2.4 REDE BIBLIODATA Por conta da evolução tecnológica, nos fins dos anos 70 e início dos 80, a FGV pôde oferecer facilidades aos órgãos que se dispuseram a participar desse novo projeto de cooperação e intercâmbio de informações bibliográficas e documentais. O projeto foi recebendo, desde o início, o apoio de várias bibliotecas que, mediante assinatura de contrato de prestação de serviços com a FGV para uso do Sistema CALCO, passaram a constituir a Rede BIBLIODATA / CALCO. Podemos destacar as participações pioneiras da Fundação Joaquim Nabuco, a Escola Superior de Guerra, a Biblioteca do Exército, a Biblioteca Nacional, o IBGE e a PUCRIO. (DECOURT, 1995). Segundo a Rede Bibliodata “durante o desenvolvimento do sistema BIBLIODATA / CALCO e a implantação da rede, vários aspectos do funcionamento das bibliotecas tiveram que ser avaliados e, assim, três diferentes tipos de software utilizáveis no conjunto das tarefas das bibliotecas foram desenvolvidos. São eles: 1. Gerenciais: voltados para melhoria dos processos administrativos das bibliotecas, estes atenderiam às funções de aquisição, empréstimo e etc.; 2. Recuperação da Informação: voltados para o melhor atendimento ao usuário, aumentando a eficácia e rapidez dos serviços de busca bibliográfica; 3. Utilidades Bibliográficas: voltados para o melhor atender às bibliotecas nos seus diferentes tipos de trabalhos de processamento técnico”. (REDE BIBLIODATA, 2005). 19 Segundo a Rede Bibliodata “a FGV decidiu que a Rede seria, basicamente, um sistema de utilidade bibliográfica. Assim definiu os seguintes objetivos: 1. Integrar as bibliotecas participantes através da catalogação cooperativa, com a definição e criação de instrumentos de trabalho que facilitassem e acelerassem este processo; 2. Manter um catálogo coletivo da Rede; 3. Colaborar no desenvolvimento de softwares locais para atender às demandas específicas de cada biblioteca; 4. Desenvolver soluções compatíveis com a realidade das bibliotecas e centros de pesquisa brasileiros; 5. Desenvolver tecnologia nacional, na área de informática, para o tratamento da informação bibliográfica”. (REDE BIBLIODATA, 2005). Apesar de priorizar a utilidade bibliográfica a Rede resolveu atender a recuperação da informação como apoio aos serviços de referência, mas sem se responsabilizar pela automação do catálogo público de cada biblioteca da rede. Os softwares administrativos seriam de especificação local. A Rede proveria a assessoria e promoveria encontros para definir soluções, sempre que possível, compartilhadas. (DECOURT, 1995). Atendendo uma solicitação da Biblioteca Central da FGV, durante seu processo de desenvolvimento, algumas facilidades locais foram definidas para administração e recuperação de informações bibliográficas e estas forma disponibilizadas às demais bibliotecas da Rede interessadas nesse tipo de solução. Assim, definiu-se o padrão MICROISIS para as informações bibliográficas, viabilizando a recuperação local através do uso deste software. (DECOURT, 1995). 20 Um ponto importante foi a concepção do projeto que separou, desde o início, o sistema de recuperação da informação do sistema de produção da catalogação cooperativa, de forma a que as mudanças tecnológicas não ocasionassem problemas significativos no processo como um todo e que o sistema de recuperação pudesse ser alterado, em função de novas demandas e facilidades tecnológicas, sem interromper o processo de alimentação de dados. (DECOURT, 1995. p. 20). Durante os primeiros anos, de 1980 a 1985, todas as despesas com a execução de programas, a elaboração de manuais e o processamento técnico dos trabalhos realizados pelas bibliotecas da Rede foram custeadas, exclusivamente, pela Fundação. A contribuição das próprias bibliotecas dava apenas para o pagamento do material utilizado. Posteriormente, a direção da FGV exigiu a definição da constituição e forma de funcionamento da Rede BIBLIODATA / CALCO. Foi definido que se encontrasse uma solução que respeitasse as reais condições de desempenho do sistema, tendo em vista uma melhor situação financeira que possibilitasse a realização de programas eficazes de trabalho. (REDE BIBLIODATA, 2005). Aos poucos, com a contribuição do Conselho Consultivo e das reuniões das Comissões Técnicas, além das Reuniões Plenárias dos Órgãos que a integravam, a Rede evoluiu na base das sugestões recebidas, da experiência comprovada e dos recursos financeiros disponíveis. (REDE BIBLIODATA, 2005). A Rede, entre 1994 a 1996, passou por um processo de mudanças amplo, a principal ocorreu no formato CALCO foi ficando defasado em relação ao MARC ao longo do tempo. Portanto, a atualização se fez necessária para tornar os registros da Rede BIBLIODATA / CALCO mais compatíveis nacional e internacionalmente, assim, as bibliotecas participantes teriam seus dados em um formato aceito pelos principais softwares de automação de bibliotecas do mercado. (REDE BIBLIODATA, 2005). 21 Pensando na evolução do sistema, a FGV promoveu estudos quanto ao estado dos softwares utilizados pelas bibliotecas norte-americanas. Baseado neste estudo buscou uma empresa que oferecesse soluções tanto para o ambientes UNIX, quanto para ambientes DOS. A FGV optou pelo uso do softwares da Virginia Tech Library System (VTLS Inc.) e decidiu representar seus produtos no Brasil. (REDE BIBLIODATA, 2005). Como a migração dos registros bibliográficos e de autoridades para um novo formato e a implantação do novo sistema foi um processo lento e trabalhoso os registros no catálogo coletivo foi interrompido por seis meses. Em julho de 1997 o novo sistema entra em funcionamento. (REDE BIBLIODATA, 2005). Como não estava mais usando o formato CALCO, a Rede BIBLIODATA / CALCO passou a ser chamada de Rede Bibliodata. A partir desse momento, a Rede se concentrou na criação do CD-ROM de catalogação e na venda de sistemas VTLS para bibliotecas brasileiras. Entretanto, a VTLS Inc. não conseguiu cumprir seus prazos para a produção da primeira edição do CD-ROM. Este só passou a ser distribuído em janeiro de 1999. (REDE BIBLIODATA, 2005). Durante o período da representação, de 1996 a 1998, a FGV fechou contratos de venda de sistemas para instituições importantes no Brasil, mas o retorno financeiro que seria usado para subsidiar a Rede não estava sendo igual ao esperado. A parceria da Rede Bibliodata com a VTLS ao contrário de alavancar a Rede estava prejudicando o crescimento da mesma. A FGV decidiu cancelar o contrato de representação e reforçar a atuação a Rede Bibliodata em nível nacional. (REDE BIBLIODATA, 2005). 22 2.5 REDE BIBLIODATA HOJE Atualmente, o catálogo coletivo da Rede Bibliodata é disponibilizado através do CD-ROM ou on-line. Este é fonte para catalogação cooperativa, conversão retrospectiva de acervo e pesquisa bibliográfica. Assim, a Rede oferece economia de tempo e dinheiro. O catálogo coletivo reúne hoje cerca de 1.600.000 títulos catalogados. O catálogo contempla todas as áreas do conhecimento. (REDE BIBLIODATA, 2005). A Rede dispõem também de catálogo autoridades (nomes e assuntos) que normaliza os dados e permite uma recuperação da informação eficiente e sem contradições. A catalogação cooperativa é on-line. O que permite uma maior agilidade na disponibilidade dos dados catalogados. A Rede por contribuir com a difusão dos acervos bibliográficos do país tem o aperfeiçoamento como meta. Assim, oferece cursos de aperfeiçoamento e atualizações. Os cursos são tanto presenciais (MARC 21 – Bibliográfico e Autoridades) como de ensino à distância (Padrões de Biblioteconomia e Ciência da Informação; Indexação e Sistemas de Recuperação da Informação; Automação de Bibliotecas; Atualizações em AACR2R e Pontos de Acesso). (REDE BIBLIODATA, 2005). 23 3 ALTERAÇÕES APRESENTADAS PELA AACR2R .O AACR2 foi publicado em 1978. Em 1980 é assinado o acordo que autorizava a tradução do AACR2 para a língua portuguesa. Assim, em 1983 inicia-se a publicação que é concluída em 1985. No ano de 2004, se deu a publicação do código revisto e atualizado na língua portuguesa. O código é dividido em duas partes. A primeira é relativa à descrição bibliográfica e a segunda é relativa aos pontos de acesso, cabeçalhos, títulos uniformes e remisssivas. Apresentaremos neste capítulo as alterações mostradas na edição revista e atualizada publicada em 2004 (AACR2R) em relação à edição publicada em 19831985 (AACR2). Nos deteremos nas alterações apresentadas na segunda parte do código. Mais especificamente aos capítulos 21: Escolha de pontos de acesso; 22: Cabeçalhos para pessoas; 23: Nomes geográficos; 24: Cabeçalhos para entidades e 25: Títulos uniformes. Apresentaremos a redação das regras alteradas nas duas edições (primeiro a edição de 1983-1985 e a segunda a edição de 2004) e explicaremos as mudanças. Somente, as regras que possuem alterações significativas em relação à edição anterior serão apresentadas e utilizadas. As pesquisas serão realizadas via internet nos sites da Biblioteca Nacional (BN), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), e Fundação Getúlio Vargas (FGV). Como os catálogos on-line das bibliotecas pesquisadas somente disponibilizam os campos de 24 busca Autor, Título e Assunto, iremos enfocar as regras que possibilitam esse tipo de busca. 3.1 CAPÍTULO 21: ESCOLHA DE PONTOS DE ACESSO Regras alteradas: • Entrada de entidade: 21.1B2d [...] obras que relatam a atividade coletiva de uma conferência (atas, coleções de trabalhos etc.), de uma expedição (resultados de explorações, investigações etc.), ou de um evento (uma exposição, feira, festival etc.), desde que estejam compreendidas na definição de entidade (21.1B1) e que o nome dessa conferência, expedição ou evento seja mencionado com destaque no item que está sendo catalogado. (CÓDIGO..., 1983-1985, p.11). [...]obras que relatam a atividade coletiva de uma conferência (p. ex., atas, coleções de trabalhos), de uma expedição (p.ex., resultados de explorações, investigações), ou de um evento (p. ex., uma exposição, feira, festival), desde que estejam compreendidas na definição de entidade (21.1B1) e que o nome dessa conferência, expedição ou evento seja mencionado no item que está sendo catalogado. (CÓDIGO..., 2004, p.7). Anteriormente, a entrada por entidade coletiva só poderia ser feita se esta estivesse em destaque na obra. Atualmente o nome da entidade coletiva pode estar em qualquer parte da obra a ser catalogada. • Mudanças no título principal: 21.2A Considere que um título principal mudou se: 1) Ocorrer qualquer mudança nas cinco primeira palavras (excentuando-se um artigo inicial no caso nominativo) ou 2) Quaisquer palavras importantes (como substantivos, nomes próprios ou iniciais usadas para esses nomes, adjetivos etc.) forem acrescentadas, suprimidas ou mudadas (incluindo-se mudanças na grafia) ou 3) Ocorrer mudança na seqüência das palavras. Todas as outras alterações, inclusive mudanças na pontuação e nas maiúsculas, não constituem mudança no título principal. Registre essas mudanças menores na área das notas (veja 1.7B4). (CÓDIGO..., 1983-1985, p.11). Regra dividida em mudanças maiores e menores e ampliada: Mudanças maiores. Em geral, para todos os recursos bibliográficos, exceto recursos integrados, considere como uma mudança maior num título principal o acréscimo, supressão, alteração ou reordenação de qualquer das cinco primeiras palavras (ou sexta palavra no caso de haver um artigo inicial), a 25 menos que a alteração pertença a uma ou mais das categorias relacionadas em 21.2A2. Considere, também, como uma mudança maior o acréscimo, supressão, ou alteração de qualquer palavra após as cinco primeiras palavras (ou sexta palavra no caso de haver um artigo inicial), que altere o significado do título ou indique um assunto diferente. Considere, ainda, como uma mudança maior no título principal, a alteração do nome de uma entidade que aparecer em qualquer lugar do título, se for uma entidade diferente. Mudanças menores. Em geral, considere as seguintes mudanças no título principal como mudanças menores: a) a diferença na representação de uma palavra ou palavras em qualquer lugar do título (p. ex. uma grafia vs. outra grafia; palavra abreviada, sinal ou símbolo vs. sua forma escrita por extenso; numerais arábicos vs. numerais romanos; números ou datas vs. sua forma escrita por extenso; palavras hifenizadas vs. palavras não hifenizadas; palavras compostas formando outra palavra vs. palavras compostas formando duas palavras, hifenizadas ou não; abreviatura ou sigla vs. forma completa; ou uma mudança na forma gramatical (p. ex. singular vs. plural) b) o acréscimo, supressão ou modificação de artigos, preposições ou conjunções em qualquer lugar do título c) a diferença no nome da mesma entidade coletiva e elementos de sua hierarquia ou sua ligação gramatical em qualquer lugar no título (p. ex. o acréscimo, supressão ou reorganização do nome da mesma entidade coletiva ou substituição de uma forma variante d) o acréscimo, supressão ou mudança de pontuação, incluindo siglas e letras separadas por pontos vs. siglas e letras sem pontuação de separação, em qualquer lugar do título e) a ordem diferente de títulos quando o título se apresenta em mais de uma língua na fonte principal de informação, desde que o título escolhido como título principal ainda apareça como título equivalente f) o acréscimo, supressão ou mudança, em qualquer lugar no título, de palavras que liguem o títulos à numeração g) dois ou mais títulos principais usados em tiragem diferentes de uma publicação seriada, de acordo com um padrão h) o acréscimo, supressão ou mudança nas palavras relacionadas em qualquer lugar do título, desde que não haja alteração no assunto i) o acréscimo ou supressão, em qualquer lugar do título, de palavras que indiquem o tipo de recurso, tais como “revista”, “jornal” ou “boletim informativo” ou seus equivalentes em outras línguas Em caso de dúvida, considere a alteração como uma mudança menor. Se souber, registre, na área das notas (veja 1.7B4), aquelas mudanças não consideradas como uma mudança maior no título principal. (CÓDIGO..., 2004, p. 5). A regra 21.2A foi dividida em 21.1A1 (mudanças maiores) e 21.2A2 (mudanças menores). As mudanças maiores são compostas das sub-divisões 1, 2 e 3 da antiga 21.2A e sofreram alterações. Agora discrimina os tipos de materiais a que a regra fazia referência: recursos bibliográficos e recursos integrados (são exemplos de recursos integrados as folhas soltas de atualização e as páginas de atualizações 26 da web). As mudanças menores são compostas do último parágrafo da antiga 21.2A e foram ampliadas. Agora discrimina o tipo de mudança deve ser considerada como mudança menores. • Publicações seriadas e recursos integrados: 21.2C “Se mudar o título principal de uma publicação seriada, faça uma entrada principal separada para cada título”. (CÓDIGO..., 19831985, p.12). Regra ampliada e dividida em 21.2C1a) Publicações seriadas e 21.2C1b) Recursos integrados: Publicações seriadas. Se uma mudança maior ocorrer no títulos principal de uma publicação seriada, faça uma nova entrada. Recursos integrados. Se uma mudança ocorrer no título principal do mesmo recurso integrado, não faça uma nova entrada. Substitua o título principal pelo novo título e altere a descrição de forma a refletir a informação mais recente. Em geral, registre o título anterior em nota (veja 12.7B4.2). (CÓDIGO..., 2004, p.9). Regra ampliada abrangendo os recursos integrados. Estabelece se ocorrer uma mudança no título principal, este deve ser substituído pelo novo título. E uma descrição deve ser feita refletindo a informação mais recente. • Mudanças de pessoas ou entidades responsáveis por uma obra: 21.3 Regra 21.3B Publicações seriadas e recursos integrados. A parte de recursos integrados não existia na AACR2 e foi acrescentada na AACR2R. A regra 21.3B foi dividida em 21.3B1a) Publicações seriadas e 21.3B1b) Recursos integrados: a) Publicações seriadas. Faça uma entrada nova para a publicação seriada quando se apresentar uma ou mais das condições seguintes, ainda que o título principal permaneça o mesmo: 1) se houver mudança no nome da entidade sob o qual tiver sido feita a entrada da publicação seriada (veja 22.2B ou 24.1B) ou 2) se a entrada principal da publicação seriada estiver sob um cabeçalho de pessoa ou entidade e muda a pessoa ou entidade responsável pela publicação 27 3) se houver mudança no nome da entidade sob o qual tiver sido feita a entrada da publicação seriada ou 4) se a entrada principal da publicação seriada estiver sob um cabeçalho de pessoa ou entidade e a pessoa ou entidade nomeada no cabeçalho não for mais responsável pela publicação seriada ou 5) se a entrada principal da publicação seriada estiver sob um título uniforme (veja 25.5B) com um cabeçalho de entidade como qualificador e o cabeçalho da entidade mudar ou a entidade indicada no cabeçalho não for mais responsável pela publicação seriada b) Recursos integrados. Se ocorrer qualquer das condições estabelecidas em 21.3B1, não faça uma nova entrada para o mesmo recurso integrado. Modifique a entrada de forma a refletir a última informação e registre o nome mais antigo ou a forma do nome em nota, se for considerado importante (veja 12.7B7.2). (CÓDIGO..., 2004, p. 9). A regra foi ampliada em publicações seriadas pois inclui mais uma condição para se fazer uma nova entrada: o título uniforme. E inclui o item sobre recursos integrados. • Responsabilidade principal não indicada: 21.6C2 Se a responsabilidade for compartilhada por mais de três pessoas ou entidades, e a responsabilidade principal não for atribuída a uma, duas ou três delas, faça a entrada pelo título. Faça uma entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido para a pessoa ou entidade mencionada em primeiro lugar. Se as pessoas ou entidades não estiverem mencionadas no item faça uma entrada secundária para aquela mencionada em primeiro lugar numa edição anterior, ou, se não existir edição anterior, por aquela cujo cabeçalho vier em primeiro lugar, na ordem alfabética em português. (CÓDIGO..., 19831985, p.22). Se a responsabilidade for compartilhada por mais de três pessoas ou entidades, e a responsabilidade principal não for atribuída a uma, duas ou três delas, faça a entrada pelo título. Faça uma entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido para a pessoa ou entidade mencionada em primeiro lugar no item que está sendo catalogado. Se editores forem mencionados com destaque, faça uma entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido para cada um deles, se não forem mais de três. Se houver mais de três mencionados com destaque, faça uma entrada secundária pelo cabeçalho mencionados com destaque, faça uma entrada secundária pelo cabeçalho estabelecido para o principal coordenador e/ou para o primeiro mencionado. (CÓDIGO..., 2004, p.20). Determina que se até três editores forem mencionados com destaque deverá ser feita uma entrada secundária para cada um deles. Se houver mais de três mencionados com destaque, deverá ser feita uma entrada secundária para o coordenador ou o primeiro editor mencionado. 28 • Tratados, acordos intergovernamentais etc.: 21.35D4 Regra nova acrescentada pela AACR2R. “Faça a entrada de um acordo entre um governo de qualquer nível e uma entidade não governamental, conforme as instruções de 21.6C. Para acordos envolvendo entidades internacionais intergovernamentais, veja 21.35B”. (CÓDIGO..., 2004, p.56). 3.2 CAPÍTULO 22: CABEÇALHOS PARA PESSOAS Regras alteradas: • Escolha do nome: 22.1C Inclua qualquer título de nobreza ou honorífico (veja também 22.12), bem como palavras ou frases (veja também 22.8), que geralmente aparecem associados ao nome no todo ou em parte. Para o tratamento de outros termos que apareçam associados ao nome, veja 22.19B. (CÓDIGO..., 19831985, p.79). Inclua qualquer título de nobreza ou honorífico (veja também 22.12), bem como palavras ou frases (veja também 22.8 e 22.16) que geralmente aparecem, no todo ou em parte, associados a nomes que não incluem um sobrenome. Omita tais títulos, termos, palavras ou frases dos nomes que incluem um sobrenome (veja também 22.5 e 22.15) a não ser que o nome consista somente de um sobrenome (veja 22.15A), ou seja, de uma mulher casada identificada somente pelo nome do marido e um títulos de tratamento (veja 22.15B1). Inclua todos os termos que indiquem posição hierárquica nos cabeçalhos de nobres quando o termo aparece geralmente associado ao nome em obras sobre a pessoa ou em fontes de referência 9veja 22.6 e 22.12). Se um acréscimo eventual a um nome que inclui um sobrenome é de fato parte intrínseca deste, de acordo com fontes de referência ou com obras da pessoa ou sobre ela, inclua o título. Para o tratamento de outros termos que apareçam associados ao nome, veja 22.19B. (CÓDIGO..., 2004, p.4-5). A regra antiga autorizava a inclusão de título de nobreza ou honorífico a nomes que tivessem sobrenome. A regra atual não permite essa inclusão. Esta inclusão ocorrerá se o nome for formado somente pelo sobrenome, ou se for de uma mulher casada identificada somente pelo nome do marido e pelo título. 29 • Identidades bibliográficas distintas: 22.2B2 Regra nova acrescentada pela AACR2R. Se uma pessoa usar duas ou mais identidades bibliográficas, indicadas pelo fato de que obras de um tipo aparecem sob um único pseudônimo e obras de outros tipos aparecem sob outros pseudônimos ou sob o nome verdadeiro da pessoa, escolha, como base para cabeçalhos de cada grupo de obras, o nome pelo qual são identificadas as obras desse grupo. Faça remissivas para relacionar os nomes entre si (veja 26.2C e 26.2D). Em caso de dúvida, não considere identidades bibliográficas distintas de uma mesma pessoa (para autores contemporâneos veja também 22.2B3). (CÓDIGO..., 2004, p.6). • Nomes islandeses: 22.9B1 Regra nova acrescentada pela AACR2R. Faça a entrada de um nome islandês pelo primeiro prenome, seguido por outros prenomes (se houver), pelo patronímico e pelo nome de família, na ordem direta. Se uma frase indicativa de lugar seguir o prenome, o patronímico ou o nome de família, trate-a como parte integrante do nome. Faça remissivas do patronímico e do nome de família. (CÓDIGO..., 2004, p.25). • Entrada por frase: 22.11A Faça a entrada na ordem direta para um nome constituído de uma frase ou outro apelativo, que não contenha um nome verdadeiro, quer usado pela pessoa, quer a ela atribuído por estudiosos, obras de referência etc.. Quando necessário, faça remissiva de formas variantes (incluindo outras formas lingüísticas). Se, todavia, tal nome tiver a aparência de um prenome, prenomes ou iniciais e um sobrenome, faça a entrada pelo pseudo-sobrenome. Faça remissiva do nome na ordem direta. Se tal nome não transmitir a idéia de que se trata de uma pessoa, acrescente entre parênteses uma designação geral adequada, em português. (CÓDIGO..., 1983-1985, p.101). Faça a entrada na ordem direta para um nome constituído de uma frase ou outro apelativo, que não contenha um prenome. Faça também entrada na ordem direta para uma frase que consista de um prenome ou prenomes precedido(s) por palavras que não sejam título de tratamento, título de posição ou cargo. Faça uma remissiva do prenome seguida da(s) palavra(s) inicial(ais). Se, todavia, tal nome tiver a aparência de um prenome, prenomes ou iniciais e um sobrenome, faça a entrada pelo pseudo-sobrenome. Faça remissiva do nome na ordem direta. Se tal nome não transmitir a idéia de que se trata de uma pessoa, acrescente entre parênteses uma designação geral adequada, em português. (CÓDIGO..., 2004, p. 26-27). Regra ampliada inserindo regra para entrada por frases que contenham um prenome. • Termos de tratamento de mulheres casadas: 22.15B 30 “Acrescente o título de tratamento de uma mulher casada, se ela for identificada somente pelo nome do marido. (Para o uso de abreviaturas, veja o apêndice B.2)”. (CÓDIGO..., 1983-1985, p.102). “Acrescente o termo de tratamento de mulheres casadas, se ela for identificada somente pelo nome do marido. Acrescente o termo após o último elemento do nome do marido”. (CÓDIGO..., 2004, p.29). O termo de tratamento de mulheres casadas passou a ser posto depois do prenome do marido. • Formas mais completas dos nomes: antiga 22.16 e atual 22.18 Se um nome for, parcial ou totalmente, representado por iniciais, e a forma completa for conhecida, acrescente a forma por extenso entre parênteses, se necessário para distinguir entre nomes que de outra forma ficariam idênticos. Faça remissiva da forma por extenso. Se as iniciais ocorrerem na parte invertida do nome (prenomes etc.), ou se este consistir somente de iniciais, acrescente, no fim, a forma por extenso da parte invertida ou de todo o nome. Se as iniciais ocorrerem na parte do nome que serve de elemento de entrada (sobrenome etc.), acrescente, no fim, a forma por extenso do elemento de entrada. Opcionalmente, faça os acréscimos acima a outros nomes que contenham iniciais. (CÓDIGO..., 1983-1985, p.105-106). Se for conhecida uma forma mais completa do nome de uma pessoa e se o cabeçalho prescrito pelas regras anteriores não incluir todos os elementos desta forma, acrescente a forma mais completa para distinguir nomes que de outra forma ficariam idênticos. Acrescente todos os elementos da forma mais completa da parte invertida do cabeçalho e/ou a forma mais completa do elemento de entrada, se couber. Coloque o acréscimo entre parênteses. Os exemplos mais comuns desses acréscimos ocorrem quando o cabeçalho elaborado de acordo com as regras anteriores contém iniciais e a forma completa do nome for conhecida. Exemplos menos comuns ocorrem quando prenomes, sobrenomes ou iniciais conhecidos não fazem parte do cabeçalho que foi estabelecido. Se couber, faça remissiva da forma mais completa do nome. Opcionalmente, faça os acréscimos indicados acima mesmo que não haja necessidade de distinguir cabeçalhos iguais. Entretanto, ao seguir esta opção, não acrescente: prenomes não usados a cabeçalhos que contém prenomes iniciais de nomes que não fazem parte do cabeçalho partes não usadas de sobrenomes a cabeçalhos que contém sobrenomes. (CÓDIGO..., 2004, p.105-106). 3.3 CAPÍTULO 23: NOMES GEOGRÁFICOS 31 Regras alteradas: • Lugares na Austrália, Canadá, Malásia, Estados Unidos, União Soviética ou Iugoslávia: 23.4C1 A regra 23.4B do antigo código passou a ser sub-tópico 23.4C1 da regra 23.4C. Opcionalmente, não acrescente o nome de uma área geográfica maior se estiver sendo usado como acréscimo o nome de: um estado, província ou território da Austrália, Canadá ou dos Estados Unidos; um condado britânico; um estado membro da Malásia, União Soviética ou Iugoslávia ou ilha (veja 23.4C-23.4F). (CÓDIGO..., 1983-1985, p.127). “Não faça qualquer acréscimo ao nome de um estado, província, território etc., da Austrália, Canadá, Malásia, Estados Unidos, União Soviética ou Iugoslávia”. (CÓDIGO..., 2004, p. 3). O que era opcional não deve mais ser usado. 3.4 CAPÍTULO 24: CABEÇALHO PARA ENTIDADES Regras alteradas: • Conferências, congressos, reuniões etc.: 24.7A1 “Omita do nome de uma conferência etc. (inclusive das conferências que entram subordinadamente, veja 24.13), palavras que indiquem seu número, freqüência ou ano de convocação. (CÓDIGO..., 1983-1985, p. 148). A AACR2R inclui as conferências que entram subordinadamente. • Entidades subordinadas e relacionadas com entrada subordinada: 24.13A tipo 4. A antiga regra 24.13A tipo 4 passou a ser a atual 24.13A tipo 5 e uma nova redação foi dada para o tipo 4. 32 Faça a entrada de uma entidade subordinada ou relacionada como subcabeçalho do nome da entidade à qual está subordinada ou relacionada, se seu nome pertencer a um ou mais dos seguintes tipos. Elabore um subcabeçalho direto ou indireto, de acordo com as instruções de 24.14. Omita do subcabeçalho o nome ou a abreviatura do nome da entidade superior ou relacionada em forma substantivada, a não ser que o subcabeçalho fique sem sentido. Tipo 4. Um nome que não expresse a idéia de uma entidade. (CÓDIGO..., 2004, p.19-20). • Órgãos governamentais com entrada subordinada: 24.18A tipo 4. A antiga 24.18A tipo 4 passou a ser a 24.18A tipo 5 e uma nova redação foi dada para o tipo 4. Faça a entrada subordinada para um órgão governamental sob o nome do governo, se ele pertencer a um ou mais dos tipos seguintes. Elabore um subcabeçalho direto ou indireto sob o cabeçalho do governo, de acordo com as instruções de 24.19. Omita do subcabeçalho o nome ou abreviatura do nome do governo em forma substantivada, a não ser que tal omissão do nome resulte em um cabeçalho sem sentido. Tipo 4. Um órgão cujo nome não expresse a idéia de uma entidade e não contenha o nome do governo. (CÓDIGO..., 2004, p.23-24). • Órgãos legislativos: 24.21A “Se um órgão legislativo tiver mais de uma câmara, faça a entrada de cada uma como subcabeçalho do cabeçalho usado para o órgão legislativo”. (CÓDIGO..., 1983-1985, p. 162). Faça a entrada de um órgão legislativo sob o nome da jurisdição para a qual ele legisla. Se um órgão legislativo tiver mais de uma câmara, faça a entrada de cada uma como subcabeçalho do cabeçalho usado para o órgão legislativo. Faça remissiva do nome da câmara como subcabeçalho direto da jurisdição. (CÓDIGO..., 2004, p.23-25). (CÓDIGO..., 2004, p. 24). 3.5 CAPÍTULO 25: TÍTULOS UNIFORMES Este capítulo não apresenta alteração de regras relevantes para o trabalho. 33 4 ESTRATÉGIA DE BUSCA A fim de identificar se as mudanças no código alteram, de alguma maneira, a recuperação da informação, a pesquisa ocorrerá em duas vertentes, a saber: catálogo autoridade e catálogo público. Em relação ao catálogo autoridade verificaremos não apenas a forma de entrada dos nomes mas também a ocorrência das remissivas recomendadas para os casos nos capítulos 22 e 24. Em relação aos catálogos públicos utilizaremos os campos de título, autor e assunto: a) título: nos casos de capítulo 21 nas mudanças no título, entrada principal ou secundária para títulos; b) autor: para os casos dos capítulos 21, 22, 23 e 24 que tenham sofrido alterações nas entradas principal ou secundária, ou, na forma de entradas de nomes pessoais ou entidades coletivas; c) assunto: para os casos que, eventualmente, a entrada coletiva ou nome pessoal sejam considerados como assunto. Para todos os casos acima selecionaremos exemplos na base de dados existente que sejam pertinentes e identificaremos se houve, ou não, perda na recuperação da informação. Os exemplos foram selecionados nas seguintes bases de dados: a) Biblioteca Nacional; b) Universidade do Estado do Rio de Janeiro c) Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro d) Fundação Getúlio Vargas 34 5 Pesquisa Os resultados das buscas serão apresentados a seguir, conforme a ordenação das regras do próprio AACR2R, entretanto, para facilitar a vizualização dos resultados apresentaremos uma forma padronizada no seguinte formato: número da regra, questão em análise, instituição de busca e exemplo encontrado. Pesquisas: • Regra 21.1B2d: Entrada de entidade Biblioteca Nacional: Entrada: Conferencia das Nações Unidas sobre Comercio e Desenvolvimento Título: Actas de la Conferencia de las Naciones Unidas sobre Comercio y Desarrollo: octavo periodo de sessiones : informe y anexos Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro: Entrada: Conferencia Panamericana de Directores Nacionales de Sanidad. 4. (Mayo, 1940, Washington, D. C.) Título: Actas de la cuarta Conferencia Panamericana de Directores Nacionales de Sanidad Fundação Getulio Vargas: Entrada: Conferencia Especializada Interamericana sobre Direito Internacional Privado (1975 : Panama) Título: Actas y documentos de la Conferencia Interamericana sobre Derecho Internacional Privado Especializada 35 Pesquisa realizada nos campos autor, título e assunto tanto pela conferência como pela ata. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova forma do nome. • Regra 21.2A, 21.2C, 21.3B: Não foi possível identificar nas bases de dados exemplos adequados ao caso específico. Além disso, AACR2R apresenta as regras mas não apresenta nenhum exemplo. • Regra 21.6C2: Responsabilidade principal não indicada Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro: Entrada pelo título: Perinatal intensive care Entradas secundárias para os editores: Aladjem, Silvio; Brown, Andrey K., 1923Entrada pelo título: Around the absurd: essays on modern and postmodern drama Entradas secudárias para os editores: Brater, Enoch; Cohn, Ruby Anteriormente somente mencionava a entrada secundária para o autor ou entidade que aparecesse em primeiro lugar ou em destaque de layout. A nova edição estipula que se houver editores mencionados com destaque deverá ser feita uma entrada secundária sob o cabeçalho estabelecido para cada um deles. Isso se não forem mais de três editores. Mas, se houver mais de três mencionados com destaque, deverá ser feita uma entrada secundária para o principal ou para o primeiro mencionado. Regra 21.35d4: Outros acordos envolvendo jurisdições Não foram encontradas entradas nas bases pesquisadas. 36 • Regra 22.1C: Escolha do nome Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro: Entrada: Berlin, Isaiah, Sir, 1909Entrada: Jennings, William Ivor, Sir, 1903-1963 Entrada: Uruguai, Paulino Jose Soares de Souza, Visconde de, 18071866 Entrada secundária: Taunay, Alfredo d'Escragnolle Taunay, Visconde de, 1843-1899 Fundação Getúlio Vargas: Entrada: Santarém, Manuel Francisco de Barro, Visconde de, 1791-1856 Entrada: Berlin, Isaiah, Sir, 1909Entrada: Lyell, Charles, Sir, 1797-1875 Pesquisa realizada no catálogo autoridade e campo autor sem o título de nobreza ou honorífico como regra da AACR2R. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova forma do nome. • Regra 22.2B2: Identidades bibliográficas distintas Biblioteca Nacional: Entrada: Tahan, Malba, 1895-1974 (Pseudônimo usado em obras literárias) Entrada: Souza, Julio César de Mello, 1895-1974 (Nome verdadeiro usado em obras de matemática) Pesquisa realizada no catálogo autoridade e campo autor utilizando as duas entradas autorizadas.sem o título de nobreza ou honorífico como 37 regra da AACR2R. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova forma do nome. • Regra 22.11A: Entrada por frase Biblioteca Nacional: Entrada: Marlboro, DJ A pesquisa foi realizada pela ordem direta (DJ Marlboro) como manda a AACR2R e não houve recuperação da informação. A entrada apresentada pela BN deveria ser apresentada como remissiva. • Regra 22.15B: Termos de tratamento de mulheres casadas Fundação Getúlio Vargas: Entrada: Campbell, Mrs. Patrick, 1865-1940 Pesquisa realizada no campo autor e catálogo autoridade com o termo de tratamento de mulheres casadas após o ultimo nome da marido como recomenda a AACR2R. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova forma do nome. • Regra 22.18: Formas mais completas dos nomes Biblioteca Nacional: Entrada: Jorge, J. G. de Araújo (José Guilherme de Araújo), 1915-1987. Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro: Entrada: Caragiale, I. L. (Ion Luca), 1852-1912. 38 Entrada: Brown, A.G. (Alan George) Pesquisa feita no campo autor tanto na forma abreviada como na completa. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova forma do nome. • Regra 23.4C1:Acréscimos Universidade do Estado do Rio de Janeiro: Entrada: Quebec (Canadá: Província). Ministère de la sante et des services sociaux Pesquisa realizada no catálogo autoridade e campo autor sem o acréscimo província. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova forma do nome. • 24.7A1: Conferências, Congressos, Reuniões etc. Universidade do Estado do Rio de Janeiro: Entrada: Bienal de Design Gráfico (5.: 2000 : São Paulo, SP) Título: V Bienal de Design Gráfico: mostra seletiva Entrada: Conferencia Nacional de Saúde (3. : 1963: Rio de Janeiro, RJ) Título: Anais / 3. Conferencia Nacional de Saúde Entrada: Conferencia Nacional de Saúde Mental (2.: 1992: Brasília, DF) Título: Relatório final da 2. Conferencia Nacional de Saúde Mental 39 Entrada: International Conference on Iron and Steel Technology in Developing Countries (2.: 1988) Título: Second International Conference on Iron and Steel Technology in Developing Coutries Entrada: Conferência Interamericana de Rádio-química (1.: 1963: Montevídeo) Título: Primeira conferência interamericana de radioquímica Pesquisa realizada no catálogo autoridade, campos autor e título com a omissão das palavras que indicam número, freqüência ou ano de convocação como recomendado pela AACR2R. Não houve perda de informação ao fazer a busca pela nova forma do nome. • Regra 24.13A, tipo 4: Um nome que não expresse a idéia de uma entidade Biblioteca Nacional: Entrada: 3 M do Brasil. Departamento de Comunicação Social Pesquisa realizada no catálogo autoridade seguindo a nova regra da AACR2R. • Regra 24.18A, tipo 4: Um órgão cujo nome não expresse a idéia de uma entidade e não contenha o nome do governo Biblioteca Nacional: Entrada: Brasil. Laboratório da Produção Minera 40 Entrada: Carteira do Comércio Exterior Pesquisa realizada no catálogo autoridade seguindo a nova regra da AACR2R. • Regra 24.21A: Órgãos Legislativos Biblioteca Nacional: Brasil: Entrada: Brasil. Congresso. Câmara dos Deputados Entrada: Brasil. Congresso. Senado Alemanha: Entrada: Alemanha (Ocidental). Bundestag Entrada: Alemanha (Ocidental). Bundesrat Pesquisa realizada no catálogo autoridade. Sem perda da informação. Mas, existe a possibilidade de a Biblioteca Nacional rever a entrada autorizada, tendo em vista que, a Alemanha não está mais dividida em Oriental e Ocidental. A Biblioteca Nacional da Alemanha usa as seguintes entradas: Deutscher Bundestag e Deutscher Bun. 41 6 CONCLUSÃO No desenvolvimento deste trabalho pudemos demonstrar as alterações da AACR2R nos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25. A influência dessas alterações na recuperação da informação e na catalogação das bibliotecas participantes da Rede Bibliodata. Iniciamos fazendo um histórico da Rede Bibliodata onde apresentamos como se iniciou a catalogação cooperativa no Brasil, o surgimento do Sistema BIBLIODATA / CALCO e posteriormente a Rede Bibliodata. Apresentamos a seguir as alterações da AACR2R em relação à AACR2 nos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25. Em seguida, demonstramos as pesquisas realizadas utilizando as entradas conforme a orientação da AACR2R. A pesquisa realizada nas bases de dados da Biblioteca Nacional, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e Fundação Getúlio Vargas, todas participantes da Rede Bibliodata, mostrou-se capaz de responder se catalogações baseadas em edições diferentes de AACR2 trazem dificuldades, ou não, na recuperação da informação na rede de cooperação. A partir das alterações apontadas nos capítulos 21, 22, 23, 24 e 25 apresentadas por edições diferentes de AACR2 definimos entradas para pesquisa que se enquadrassem nos casos onde houve alterações. Utilizamos 16 alterações na pesquisa. E dessas, somente, com a entrada da regra 22.11A apresentada na AACR2R não houve recuperação da informação. 42 O sucesso da recuperação da informação nas catalogações das bases de dados das bibliotecas pesquisadas participantes da Rede Bibliodata foi expressivo. Mas, a Rede Bibliodata por ser uma rede de catalogação cooperativa, deveria uniformizar as entradas das catalogações das bibliotecas cooperantes. E primar pela atualização dos bibliotecários que participam da rede. Finalmente, as pesquisas no banco de dados das bibliotecas escolhidas para o desenvolvimento desse trabalho revelaram que essas bibliotecas ainda não adotaram a utilização do novo código. Pois a recuperação da informação foi eficaz, mas muitas entradas estão em desacordo com as orientações da AACR2R. 43 7 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002. ______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. ______. NBR 6033: ordem alfabética. Rio de Janeiro, 1989. BARBOSA, Alice Príncipe. Novos rumos da Catalogação. Rio de Janeiro: BNG/Brasilart, 1978. BIBLIOTECA NACIONAL (BRASIL). Biblioteca Nacional. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: <http://catalogos.bn.br/>. Acesso em 28 jan. 2006. CÓDIGO de catalogação anglo-americano. Preparado por The American Library Association [et al]. 2.ed. São Paulo: FEBAB, 1983-1985. CÓDIGO de catalogação anglo-americano. 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