edição especial - Revista Náutica
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edição especial - Revista Náutica
edição nº 56 | Setembro — outubro 2015 edição especial de aniversário De longe, estudioetc a escolha mais segura. Segurança é o que você tem ao navegar com uma embarcação produzida pela Intech Boating. Estaleiro brasileiro, instalado em Santa Catarina, que produz a marca italiana Sessa Marine. Alto desempenho e baixa manutenção, assistência técnica e comprometimento em todos os serviços: detalhes que fazem da Intech Boating uma das empresas mais confiáveis do mercado náutico nacional. Porque ser perfeito, é estar atento a todos os detalhes. DistribuiDores oficiais reGatta YacHts: baHia | sÃo PauLo | rio De JaNeiro www.regattayachts.com.br (11) 5538 3434 De perto também. sc YacHts: ParaNÁ | saNta catariNa www.scyachts.com.br (48) 3222 0052 – (41) 9736 1118 ViLLa NÁutica: brasíLia | GoiÁs www.villanautica.com.br (61) 3223 0201 – (62) 3225 8576 outros estaDos: [email protected] (48) 3278 1169 Produzida no Brasil pela INTECH BOATING www.intechboating.com Editorial Uma escolha difícil CAPA FOTOlIA leger o que é melhor em Santa Catarina é tão difícil quanto escolher o que é mais bonito. E se a missão for apontar as duas coisas, ainda por cima na parte mais exuberante do estado? Pois foi o que esta edição comemorativa dos primeiros 10 anos de NÁUTICA SUL se propôs a fazer. Nas páginas seguintes, você verá o que, na nossa opinião, representa o melhor, mais gostoso, mais curioso, mais típico, mais autêntico e, principalmente, mais bonito do litoral banhado pelo deslumbrante mar de Santa Catarina e tudo o que em torno dele gravita. Como toda escolha, a nossa lista é passível de críticas e omissões que alguns julgarão imperdoáveis. Como certa praia não citada ou os frutos do mar preparados por um restaurante à beira-mar não mencionado. É natural que isso aconteça. A discordância faz parte de qualquer escolha baseada em conceitos subjetivos, como são todas as indicações do tipo “o melhor e mais bonito”. Mas uma coisa não se discute: tudo o que está nas páginas seguintes merece ser visto, conhecido e curtido, porque tem tudo a ver com o mar de Santa Catarina — que, por si só, já é delicioso e lindo, o que torna qualquer escolha ligada a ele ainda mais difícil. Seja bem-vindo a nossa festa de 10º aniversário! PRESIDEnTE E EDITOR Ernani Paciornik VICE-PRESIDEnTE Denise Godoy PublICIDADE DIRETORA DE PublICIDADE mariangela bontempo [email protected] PARAná – SAnTA CATARInA | GEREnTE REGIOnAl Gustavo Ortiz [email protected], tel. 047/9210-2931 DIRETOR DE REDAÇÃO Jorge de Souza [email protected] COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Alexandre Sakihama (arte), Aldo macedo (imagens), maitê Ribeiro (revisão) mARKETInG Renata Camargos [email protected] GEREnTE DE CIRCulAÇÃO Débora madureira [email protected] Náutica Sul também eStá No... 8 NáUtica sUl No Facebook facebook.com/revista.nautica NÁUTICA WS A C M Y CM MY CY CMY K LOJA NÁUTICA DO SUL DO PAÍS Transformando dias comuns em momentos inesquecíveis. Endereço: BR 101 Km 137 nº 1500 Barra, Balneário Camboriú - SC Telefone: (47) 3361 9393 E-mail: [email protected] PARA AnunCIAR [email protected] Tel. 11/2186-1022, fax 11/2186-1050 REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃO Av. brigadeiro Faria lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001, São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1005 (adm.), fax 11/21861080 e tel. 11/2186-1006 (redação), fax 11/2186-1050 NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. um Editora ltda. – ISSn 1413-1412. Setembro de 2015. Jornalista responsável: Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não representam necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. CTP, Impressão e Acabamento – Prol Editora Gráfica No Twitter No Instagram twitter.com/nauticaonline instagram.com/revistanautica NáUtica sUl 9 A ROTA MAIS CURTA ENTRE SONHAR E REALIZAR A 6 DE OUTUBRO Do SUP ao 80 pés, sua próxima paixão está aqui TRANSAMERICA EXPO CENTER O show dos maiores e melhores www.saopauloboatshow.com.br EVENTOS INTEGRADOS ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO APOIO PATROCÍNIO Aconteceu... O famoso estaleiro italiano comemorou o quinto aniversário de sua fábrica em Santa Catarina lançando um nova lancha: a maior já feita pela marca no país A primeira unidade da Azimut 83 foi apresentada em primeira mão na festa O grupo Azimut-Benetti é considerado o maior fabricante de lanchas de luxo do mundo e produz seis modelos no Brasil grande festa Até a diretora geral do grupo Azimut-Benetti, Giovana Vitelli (no alto, ao centro) veio da Itália especialmente para a festa, Acima, o CEO da Azimut do Brasil, Davide Breviglieri, com Ernani Paciornik e Thalita Vicentini, do grupo NÁUTICA/ BOAT SHOW 8 Náutica SudeSte Náutica Sul 13 FOTOS DIVULGAÇÃO FeSta de 5 aNOS aZiMut laNÇaMeNtO FOcker 265 Black editiON FOTOS DIVULGAÇÃO Aconteceu... Para comemorar o lançamento da nova versão da Focker 265, a Fibrafort fez festa em duas concessionárias de Santa Catarina A Montreal, em Chapecó, e a WS Náutica, em Balneário Camboriú, estão entre as primeiras revendas a receberem a nova lancha novo barco À direita, ao centro, o presidente da Fibrafort, Márcio Ferreira, com a equipe da Montreal Powersports, na festa de lançamento da nova versão da Focker 265, apresentada também na WS Náutica (acima) A nova Focker 265 Black Edition se distingue da versão convencional pelo casco e detalhes negros curSO de FOrMaÇÃO Náutica primeira turma A primeira turma de tripulantes formada pelo curso e a cerimônia de entrega dos certificados, que teve a presença de diretores da Azimut e do Instituto Senai de Tecnologia em Logística, de Itajaí 14 Náutica Sul FOTOS DIVULGAÇÃO Para ajudar a formar bons marinheiros, a Azimut e o Senai se uniram e promoveram cursos para tripulantes em Itajaí. E novas turmas vêm por aí Os cursos são gratuitos e voltados para profissionais que trabalham em barcos Aconteceu... NOVa lOJa BOatSP A concessionária oficial das marcas Fishing e Triton inaugurou sua maior unidade, em Curitiba. E atraiu muita gente do mercado náutico. A BoatSP é uma das redes de lojas de barcos que mais crescem no sul do país Com mais esta nova loja, no Paraná, a BoatSP passa a atuar em quatro estados das regiões sul e sudeste FOTOS DIVULGAÇÃO prestígio A inauguração da primeira loja paranaense da BoatSP teve a presença até de donos de estaleiros, como José Maria Cechelero (o segundo da esquerda para a direita na foto ao lado), que foram conhecer o novo negócio de Fernando Assinato (ao centro) ANTECIPAMOS O FUTURO. Embrance the greatness. A Nova Intermarine 54 está chegando. É hora de desfrutar do mar sob uma nova perspectiva. Intermarine international dealer Brasil/USA 2015 Tel.: (11) 3581-4646 1 a 6 de outubro de 2015 Transamerica Expo Center www.spmarine.com.br Angra dos Reis-RJ | B.Camboriú-SC | Caraguatatuba-SP | Curitiba-PR | Guarujá-SP | Savador-BA | Flórida (EUA) BOAS RAZÕES PARA NÃO PERDER ESTE SALÃO Soluções para o seu conforto Ar condicionado Air Top Silencioso, compacto leve e com alto rendimento. Ciclo reverso - quente e frio Modelos 2000 ST 3900 EVO 5500 EVO Modelos 5000BTU ~ 24000BTU - Conforto com silêncio - O menor aquecedor diesel do mercado - Econômico - Excelente fluxo de calor - Indicado para condições severas - Extremamente potente - Indicado para qualquer embarcação Ajuste de temperatura variável, modo Eco para operação econômica. *Somente no modelo 5500EVO Chave com indicador de função Simples para ligar e desligar. MODELO 5000BTU 9000BTU 12000BTU 16000BTU 24000BTU VOLTAGEM 115V ou 230V 115V ou 230V 115V ou 230V 115V ou 230V 230V FREQUÊNCIA 50/60 Hz 50/60 Hz 50/60 Hz 50/60 Hz 50/60 Hz CONSUMO MÉDIO 2.2 A 4.5 A 4.5 A 5.5 A 12.3 A POTÊNCIA 1.5 kW 1.5 kW 3.5 kW 4.7 kW 7 kW SUGESTÃO DE GRELHA SAÍDA 103.2cm² 103.2cm² 129cm² 154.8cm² 2 x 323cm² SUGESTÃO DE GRELHA RETORNO 316cm² 413cm² 645cm² 780.6cm² 1,084cm² PESO LÍQUIDO 28kg 32kg 38kg 39.5kg 68kg DIÂMETRO DE TUBULAÇÃO DE AR 102mm 102mm 127mm 127mm 2 x 127mm 16mm 16mm 16mm 16mm 16mm DIÂMETRO DA CONEXÃO DO CONDENSADOR Air Top MODELO SAÍDA DE CALOR (kW) AIR TOP 2000 ST 0.9 – 2.0 AIR TOP EVO 3900 1.5 – 3.5 (3.9) AIR TOP EVO 5500 1.5 – 5.0 (5.5) COMBUSTÍVEL E CONSUMO (l/h) DIESEL, 0.12 – 0.24 DIESEL, 0.19 – 0.45 (0.49) DIESEL, 0.19 – 0.63 (0.69) CONS. DE POTÊNCIA NOMINAL (W) Peso líquido (kg) 12 14 – 29 2.6 12 / 24 15 – 40 (55) 5.9 12 / 24 15 – 95 (130) 5.9 TENSÃO NOMINAL (V) 51: 9714-9346 Equinautic - Equipamentos e Acessórios Náuticos www.EQUINAUTIC.com.br 51: 3268-6675 Em todo Brasil 4007-1517 custo de uma ligação local. [email protected] [email protected] [email protected] 24 METROS Ar condicionado Aquecedor De 1 a 6 de outubro, São Paulo sediará mais uma edição do Boat Show. Mas, este ano, o que não faltam são motivos para ir até lá e conferir as novidades. Como estas aqui A mAis esperAdA Uma Cimitarra de 76 pés A nova Cimitarra 760, de 76 pés (ou cerca de 24 metros de comprimento), é a maior lancha já produzida pelo estaleiro gaúcho Cimitarra, famoso por oferecer barcos com um atraente custobenefício. Mesmo no caso deste quase iate não será diferente. Seu preço (cerca de R$ 6,8 milhões) é significativamente menor que o de outras lanchas deste porte. A primeira unidade (foto) está sendo finalizada para o salão, mas outras duas já estão vendidas. Destaque para a altura da cabine, que chega a impressionantes 2,80 m. Náutica Sul 25 F 400 GrAN COUpÉ A maior da Fibrafort Q uem ainda não conhece, vai ter a chance de entrar e destrinchar a maior lancha do maior fabricante de barcos de fibra de vidro do país, em unidades produzidas: a Fibrafort, de Santa Catarina. A F 400, de 40 pés, é uma evolução da também catarinense Armada, de quem a fábrica comprou o projeto e o aperfeiçoou. Como, por exemplo, no teto rígido, com teto solar, que foi alongado para maior conforto a bordo. A maior novidade da Yamaha para 2016 é o novo motor 4T de 3 cilindros, para os jets da série VX. Ele é 40% menor, 20% mais leve e gera 13% mais potência, segundo o fabricante. Além disso, mudaram também as cores dos modelos. Os novos VX estão mais bonitos e velozes. COrAL 46 HT Crescendo a marca O estaleiro carioca Coral mostrará a primeira unidade do seu mais novo barco, que tem duas suítes e um camarote com duas camas – portanto, capacidade para seis pessoas dormirem a bordo. Mas o maior destaque está mesmo do lado de fora, onde um teto rígido segue a tendência do momento. COmpArAr LAdO A LAdO Um é assim, o outro assado Dois salões no mesmo local FESTIVAl dO MAR YAmAHA VX Agora, novo motor MAIS lEVE pArA merGULHAdOres E ste ano, o São Paulo Boat Show abrigará também o Padi Dive Festival, maior evento para mergulhadores do país. Serão, portanto, dois salões no mesmo local, com um só ingresso. O festival de mergulho apresentará novos equipamentos e sediará muitas palestras, todas abertas ao público, com temas técnicos (gases para mergulhos, etc.), biológicos (raias, tubarões e outros seres) e de turismo subaquático (Pernambuco, Austrália e por aí afora). Um salão duplo, para ir fundo. Literalmente. FisHiNG 33 sAiNT-TrOpeZ Uma lancha flex NOmAd 8XF Um catamarã que vai surpreender O mais recente lançamento da Fishing é uma lancha que serve tanto para pescar quanto cruzeirar, já que tem cabine com camas, banheiro e minicozinha.Também pode usar motor tanto de popa quanto de centro-rabeta, só depende do gosto do cliente. O estaleiro catarinense Mastro d’Ascia é especializado em um tipo de barco que ainda é quase uma novidade por aqui: os pequenos catamarãs a motor, que justamente por terem dois cascos e um convés bem mais largo oferecem bem mais espaço a bordo do que uma lancha convencional. O modelo que estará exposto é o mais recente da marca, feito para pesca oceânica e com cabine para duas pessoas. Preste atenção no espaço a bordo, impressionante para um barco de 28 pés. sessA CrUiser 42 S ó nos salões náuticos é possível ver e comparar vários barcos ao mesmo tempo. Mas nenhum salão é tão grande quanto o São Paulo Boat Show, o que aumenta ainda mais as possibilidades de comparações entre diferentes barcos. Este ano, haverá cerca de 200 deles no salão. E perto de 100 expositores. 26 Náutica Sul Uma lancha, duas versões A HT OU Fly versão com teto rígido é mais recente do que a com flybridge, mas ambas estarão no estande da Intech Boating, de Santa Catarina, que fabrica estas lanchas, cujos projetos são italianos. Atenção para a qualidade do acabamento e para os espaços internos na cabine dos dois modelos. Náutica Sul 27 iNTermAriNe 80 Estréia no salão P ode ir se preparando para a habitual lista de espera no estande do mais tradicional estaleiro paulista, porque a mais nova lancha da marca, a estupenda 80, de 24,3 metros de comprimento, vai com certeza atrair muita gente, como sempre acontece quando uma nova Intermarine é apresentada. Mas a espera vai valer muito a pena quando você vir este lindo barco por dentro, que pode ter três ou quatro suítes e que vem com uma plataforma de popa tão generosa que é quase uma minipraia particular. TriTON 500 FLY Ainda mais espaçosa AZimUT 70 Uma das maiores ão, o mais recente lançamento da Azimut, o modelo de 83 pés de comprimento, apresentado na festa dos cinco anos da fábrica catarinense da marca (veja na página 13 desta edição), não estará no salão de São Paulo – porque, de tão grande, não caberia no pavilhão. Mas, em compensação, quem for ao Boat Show verá a segunda maior lancha da marca feita no Brasil, que é quase tão grande quanto. Preste atenção no tamanho do flybridge, que tem quase 30 m2 de área útil. N o último Rio Boat Show, o estaleiro paranaense Triton apresentou sua maior lancha, de 50 pés, em uma versão única, com teto rígido. Agora, em São Paulo, será a vez do mesmo modelo com flybridge, que, como todo barco desse tipo, tem bem mais espaço a bordo, porque o que seria capota vira uma espécie de varanda ao ar livre, o que os brasileiros adoram. Por essas e outras, deve fazer ainda mais sucesso. Fly N COM NOVOs mOTOres V8 VOLVO peNTA Mais leves e mais potentes Lancha para os modernos N Volvo Penta já apresentará no salão de São Paulo a sua nova geracão de motores V8 a gasolina, lançada mundialmente no mês passado. Em relação aos motores anteriores, os novos mudaram bastante, tanto no peso (o V8 300 é quase 50 quilos mais leve, porque usa bloco de alumínio) quanto no desempenho (a relação peso/ potência aumentou 15%). Além disso, a repaginação da injeção direta de combustível resultou numa economia de 8% no consumo de combustível. 28 Náutica Sul VerAdO 400r O maior popa do país m1 240 A BAVAriA em todo mundo gosta do estilo diferente desta lancha, feita em Santa Catarina, que imita os mais recentes lançamentos europeus do gênero. Mas não há como negar que ela chama bastante atenção, seja pela proa reta ou pelo convés rente ao casco, como os barcos do passado. Estilo retrô? Nada disso. Projetos desse tipo são ultramodernos e estão em plena moda. Confira in loco no salão de São Paulo. O est ande da Mercury vai exibir (e mostrar sua perper formance em víde-os) o maior motor de popa da marca, que é, também, o maior do gênero no Brasil. O 400 R tem 400 hp de potência e um nível de ruído impressionantemente baixo. Um motor para quem tem barco grande ou gosta de na-vegar rápido. Ou as duas coisas ao mesmo tempo. Para os fãs da vela J unto com o Beneteau Oceanis 45 e o Jenneau Sun Odyssey 439, que também estará no salão, este veleiro alemão tem tudo para encher os olhos dos fãs dos barcos a vela. Trata-se de um barco moderno, com bastante espaço a bordo e soluções bem inteligentes de aproveitamento de espaços. E com ótimo custo-benefício para o que ele oferece. CHANCe rArA Conversar com quem faz N os salões náuticos, os interessados em comprar um barco tem a rara oportunidade de conversar diretamente com quem os produz, o que não acontece no dia a dia das lojas. É uma ótima oportunidade para tirar dúvidas mais técnicas e até encomendar um barco sob medida. Os responsáveis pelos estaleiros estão ali justamente para serem consultados. E atendem com agrado. Náutica Sul 29 NOVA 560 Mais uma Schaefer A mais nova lancha do mais famoso estaleiro catarinense será apresentada em primeira mão no salão de São Paulo e é um meio termo entre os modelos já existentes de 50 e 62 pés, com características tanto de um quanto de outro. Por dentro, tem três camarotes. Do lado de fora, um flybridge pra lá de incrementado, coberto, mas com teto solar, para quando quiser deixar o sol entrar. desCONTOs e prOmOÇÕes Melhor para o bolso Q uase todos os expositores oferecem descontos e promoções especiais de pagamento para negócios fechados no Boat Show, o que sempre significa uma boa economia para o bolso. E estas condições não costumam ser mantidas após o salão, o que faz muita gente se arrepender quando chega o verão. O negócio, portanto, é aproveitar a ocasião. Ainda não inventaram lugar melhor para comprar um barco do que no salão náutico de São Paulo, o maior do país. Anote aí Quando? De 1 a 6 de outubro Onde? No Transamerica Expo Center, em São Paulo Quanto? Entrada R$ 60, com desconto para maiores de 65 anos Para saber mais? www.saopauloboathow.com.br 30 Náutica Sul sedNA 315 UB Brasileira com projeto americano O s pescadores vão gastar bons minutos analisando todos os detalhes desta lancha, feita para pescarias costeiras. O projeto é americano, mas o barco (com console central e banheiro embutido nele) é feito em São Paulo, por um estaleiro especializado em lanchas para pesca no mar: a Sedna. Pode usar dois ou até três motores de popa. Náutica Sul 31 Para comemorar os 10 anos de NÁUTICA SUL, elegemos as principais atrações do lindo mar catarinense 34 Náutica Sul Náutica Sul 35 O melhOr dO mar de A históricA são FrAncisco do sul Onde tudO cOmeçOu fotolia S ão Francisco do Sul, São Chico, para os íntimos, é, segundo boa parte dos moradores da cidade, o primeiro povoado do Brasil. Teria sido fundada em 1504, pelo navegador francês Binot Palmier de Gonneville, embora haja controvérsias sobre isso, o que torna a própria história da cidade ainda mais saborosa. Parte do seu casario histórico, bem diante das águas da baía da Babitonga, onde também fica o Museu do Mar, não deixa dúvidas de que a cidade tem muito o que contar. E quem a escutar irá adorar a formidável combinação de charme e história da cidade mais antiga de Santa Catarina. Disso ninguém duvida. As regAtAs em FloripA beAch clubs de Jurerê internAcionAl BerçO de BOns velejadOres S a IBIza BrasIleIra Q anta Catarina sempre teve certa tradição em veleiros. Mesmo assim, o sucesso uem já foi a Ibiza vai curtir a semelhança. E quem nunca foi, vai gostar ainda mais dos modismos e comodidades dos beach clubs, que transformaram a orla de Jurerê Internacional em uma espécie de sucursal catarinense das famosas praias da ilha espanhola. Mistura de bar, restaurante, clube e balada, tanto noturna quanto diurna (esta a grande sacada, porque a fes- da vela no estado é digno de aplausos. Náutica Sul ta começa quando o pessoal ainda está curtindo a praia), os beach clubs de Jurerê viraram ito cornelsen divulgação 36 As regatas nas raias de Floripa (Circuito Oceânico de Santa Catarina, Mundial de Soto 40, etc. etc.) estão se tornando cada vez mais frequentes e os velejadores catarinenses já estão entre os mais fortes da principal competição do gênero no país, a tradicional Semana de Vela de Ilhabela — que não fica em Santa Catarina, mas já se acostumou a ver os catarinenses na frente. sinônimo de modernidade e exportaram a ideia do trinômio praia/música/gente bonita para outras orlas badaladas do estado. Náutica Sul 37 O melhOr dO mar de FArol dA ilhA dA pAz um lugar cheIO de hIstórIa O s donos de barcos da região da Babitonga não se cansam de visitar o farol desta pequena ilha, que tem apenas uma prainha, bem na saída da baía. Qualquer passeio invariavelmente passa por ali. Mas é compreensível, seja pela be- leza da ilha ou pela história do farol, que é do início do século passado e repleto de casos divulgação divulgação curiosos. Como o do anjo que teria indicado à mulher do faroleiro as ervas que o teriam curado. Duvida? Pois vá até lá e saiba mais. mergulhAr nA ilhA do Arvoredo alcides falanghe O mar azul da verde Ilha A ilha do Arvoredo, bem diante de Bombinhas, é uma reserva biológica e, como tal, tem acesso proibido. Mas mergulhar é permitido, desde que apenas no lado sul da ilha, onde existem, pelo menos, oito pontos de mergulho, daqueles de deixar lembranças para sempre. Dentro d’água, de transparência caribenha, as avistagens de peixes e tartarugas são garantidas. Se mergulhar em Bombinhas já é bom, na ilha do Arvoredo é melhor ainda. 38 Náutica Sul KitesurF nA lAgoA dA conceição O pOInt das pranchas que vOam A lagoa da Conceição é uma espécie de parque aquático natural de Floripa. De banhistas a donos de barcos, todo mundo curte as suas águas. Mas poucos se divertem tanto quanto os kitesurfistas. Graças aos ventos vibrantes e constantes que entram na lagoa, certas partes dela vivem coalhadas de velas coloridas, em frenéticos movimentos para todos os lados. É o paraíso das pranchas com velas que mais parecem paraquedas. O balé dos kitesurfs torna a lagoa ainda mais divertida. Além de bonita. Náutica Sul 39 O melhOr dO mar de A belezA dA GuArdA do embAú Praia entre rio e mar P raias bonitas, Santa Catarina tem aos montes. Mas nenhuma tão caprichosa quanto esta aqui, a Guarda do Embaú, entre Florianópolis e Garopaba. Parte do exotismo da “Guarda”, como ela é sinteticamente chamada pelos seus frequentadores mais assíduos, os surfistas, está no fato de que, quase sempre, ela só pode ser acessada de barco, mesmo que a pessoa esteja em terra firme, porque um riozinho a separa da vila. Quando a maré sobe, só se chega à areia de canoa. E quando baixa, é preciso molhar o corpo para divulgação chegar à praia. Por isso mesmo, ela não tem nenhuma construção à vista. Só a natureza ainda bruta. Coisa também cada vez mais rara no estado das mais belas praias. As ostrAs do ribeirão dA ilhA Pode comer sem medo 40 Náutica Sul divulgação O stras são comuns em todo o litoral sul. Mas em nenhum outro ponto elas adquiriram o status de iguaria quanto nos restaurantes do povoado de Ribeirão da Ilha, em Floripa. Ali, elas são criadas e servidas das mais diferentes formas, inclusive ainda vivas, para muitos a melhor maneira de saborear o frescor das ostras deste povoado. Além disso, Ribeirão da Ilha possui um casario açoriano típico, que remete ao passado e torna qualquer almoço ainda mais gostoso. Náutica Sul 41 NOVA AZIMUT 56 NAVEGAR PODE SER MUITO MAIS DO QUE VOCÊ IMAGINA. FLYBRIDGE COM 17m² SALÃO AMPLO E FUNCIONAL CABINE MASTER MAIS ILUMINADA FLYBRIDGE COLLECTION BRASIL 42 - 43 - 50 - 56 - 60 - 70 - 83 O melhOr dO mar de As vilAs dAs regAtAs de itAjAí Velas com muita festa N ver bAleiAs eM gAropAbA ão é a toa que quem vive em Itajaí se autodenomina “peixeiro”. A cidade sempre esteve intimamente ligada ao mar. Esta união aumentou ainda mais depois que a cidade da famosa festa da Marejada ganhou outras tantas festanças, por conta das regatas internacionais que passaram a chegar à cidade. Começou com a única escala brasileira da regata de volta ao mundo Volvo Ocean Race, que já parou lá duas vezes, e prosseguirá, em novembro próximo, VisÍVeis atÉ da pRaia Q uando chega o inverno, as baleias antárticas buscam águas menos geladas e, quando isso acontece, as praias de Garopaba viram endereço certo para quem quiser ver estes gigantes de perto. Quer dizer, agora não mais tão de perto assim, porque os passeios de barco para avistagens foram suspensos, mas as baleias podem ser vistas até das próprias praias da cidade. Garopaba não com a chegada de mais uma regata Jacques Vabre, da França até lá. Em todas, ilha de ponta a ponta N ão é um passeio curto, exige planejamento e boa previsão do tempo. Mas dar a volta na Ilha de Santa Catarina, genericamente conhecida como Floripa, tem tudo para se tornar um dos melhores passeios de barco da sua vida. É só ter uma lancha ou jet ski que permita navegar horas a fio e não ir sozinho. No caminho, mar de todos os tipos (abrigado, aberto, tranquilo, mexido...), praias a perder de vista e ilhas não muito conhecidas, como esta aqui, a Moleques do Sul, que os pescadores adoram, mas a grande maioria dos donos de barcos praticamente ignora. Na volta, você pode estufar o peito e dizer que — agora sim! — conhece Floripa inteira. thomas schmidt ContornAr A ilhA de FloripA divulgação divulgação como sempre, uma grande área vizinha à futura marina da cidade, vira uma minicidade náutica, com atrações para todas as idades. As vilas das regatas já viraram tradição na cidade. é o único ponto do litoral de Santa Catarina visitado pelas baleias, mas ali é garantido que elas aparecem. E aos montes. os bArCos de MAdeirA dA KAlMAr cascos que são obRas de aRte Q uando o assunto são barcos de madeira, pode apostar que o nome Kalmar será citado. E elogiado. Este pequeno estaleiro catarinense é referência nacional na construção artesanal de cascos de madeira com acabamento pra lá de divulgação 44 Náutica Sul caprichado e seus barcos enchem os olhos até dos mais exigentes navegadores do passado, quando não havia outro material para construir barcos. Na Kalmar, todos os cascos (de lanchas, de canoas, de veleiros) ainda são feitos como antigamente, seguindo os mesmos princípios de qualidade deixados pelo fundador do estaleiro, Erik Kreuger, cuja neta hoje toca o negócio. E com o mesmo empenho. Náutica Sul 45 O melhOr dO mar de bAleeirAs CAtArinenses A Cor do MAr nA ilhA do CAMpeChe baRcos como antigamente o caRibe cataRinense C om exceção do casario de algumas comunidades e do sotaque carregado, nada remete mais ao passado da colonização açoriana do litoral catarinense do que as nostálgicas baleeiras, que O lhe bem a cor desta água. Pois quem cruza de barco a pequena distância que separa a ilha do Campeche da praia com o mesmo nome, na parte de fora da grande ilha onde fica Floripa, custa a ainda podem ser vistas (com certa dificuldade, é verdade) em duas ou três comunidades da ilha onde fica Floripa. acreditar no que os seus olhos veem, ao dar de cara com a transparência da água da praia. patrick rodrigues Elas começaram a ser construídas em Santa Catarina exatos 100 anos atrás, mas, com a proibição da pesca da baleia, perderam serventia e viraram peças de museu. Hoje, estima-se que não existam mais do que 100 baleeiras em Santa Catarina, quase todas já descaracterizadas. Originais, como esta, ainda movida a vela, são verdadeiras raridades. Mas, em Floripa, algumas ainda navegam. A sensação é que os barcos estão flutuando no ar e que os peixinhos estão ao alcance das mãos. Não por acaso, a Ilha do Campeche está entre os principais pontos turísticos da capital do estado e é motivo mais que suficiente para todo mundo sair de lá molhado. Também, com uma água dessas, quem há de resistir a um mergulho? tedesCo MArinA maRina com “m” maiÚsculo D e São Paulo para baixo não existe nada igual para quem tem um barco. A Tedesco Marina, na parte mais nobre do canal de Balneário Camboriú, não é apenas a maior marina do sul do Brasil, mas, também, uma das principais do país. Tem (muitas) vagas na água divulgação 46 Náutica Sul e (ainda mais) no seco, para barcos de quase todos os tamanhos — além de oficina, restaurante e serviços náuticos em geral, como toda grande e boa marina deve ter. o Molhe sul de bAlneário CAMboriú miRante náutico da cidade P recisar, nem precisava, porque Balneário Camboriú já tem atrativos de sobra. Mas, movido pela necessidade de facilitar o entra e sai dos barcos das marinas da cidade, Balneário ainda ganhou um programa a mais, para quem mora ou visita o mais badalado município do litoral norte do estado. Caminhar no molhe sul é um passeio tão bonito quanto gostoso, ainda mais à noite, quando a orla acesa dos prédios vira cenário de fundo para a praia. Quem quiser pode comer lá mesmo, balançando gostosamente em um restaurante flutuante. Náutica Sul 47 O melhOr dO mar de polo náutiCo do estAdo geRando sonhos N ão há números oficiais que comprovem isso, mas é bem possível que Santa Catarina já tenha ultrapassado São Paulo e Rio de Janeiro e se tornado o maior fabricante de barcos de passeio do Brasil. Pelo menos em jorge de souza pesCA dA tAinhA ronaldo amboni a festa que Vem do maR divulgação quantidade de estaleiros, ninguém bate os catarinenses. São nada menos que 20 fabricantes, entre grandes e pequenos (a começar pelo estaleiro que mais cresceu nos últimos dez anos, a Schaefer Yachts), divididos em três regiões do estado: Joinville, Itajaí e Grande Florianópolis. Em Santa Catarina, quem quiser visitar vários fabricantes antes de escolher um barco não precisa ir longe. Muito menos viajar para outro estado. A tainha é uma espécie de símbolo de Santa Catarina, tanto quanto as praias repletas de mulheres bonitas no verão e as animadas festas alemãs de outubro. Mas, para ela, a época é outra; de maio a julho, quando os cardumes se aproximam das praias e todo mundo sai para capturá-las. A fartura é tanta que, às vezes, uma só rede não dá conta. Para os pescadores catarinenses, a tainha é mais do que um peixe. É um presente que eles ganham todos os anos do mar. FArol de sAntA MArtA A A sereiA KArol Meyer Visual que não cansa ela Vai fundo S natureza foi bem generosa ao criar a paisagem desta linda enseada, pertinho de Laguna, que outrora abrigou uma vila de pescadores e que os antigos hippies transformaram numa espécie de Meca para os amantes da paz e do amor, na década de 1970 — o que, de certa forma, se mantém até hoje. Mas o homem ainda resolveu dar uma mãozinha e fincou ali um atraente farol, que acabou por batizar o próprio lugar. Resultado: um cenário que ninguém se cansa de olhar. Faróis existem aos montes na costa brasileira. Mas poucos tão bem integrados a uma cativante paisagem. anta Catarina — quem diria? — tem até sereia! Ou quase isso. A pernambucana Karol Meyer, há muito radicada em Florianópolis, é uma consagrada mergulhadora que usa só o próprio fôlego para ir fundo no mar. E ponha fundo nisso! Ela já desceu mais de 120 metros de profundidade só nos pulmões e, certa vez, passou 18 minutos (sim, 18 minutos!) debaixo d’água, sem respirar. É uma apneísta de ní- divulgação 48 Náutica Sul vel mundial. E também uma linda mulher, como, aliás, toda autêntica sereia costuma ser. Náutica Sul 49 O melhOr dO mar de a charmOsa Praia dO rOsa Para quem sabe das coisas S aqui, eles não faltam RobeRto_Romanowski Os rObalOs da babitOnga divulgação e o que o você procura é uma praia (muito) bonita, com restaurantes transados e algumas das melhores pousadas do litoral de Santa Catarina para um fim de semana romântico com sua cara-metade, seu destino já está selado: siga para a charmosa Praia do Rosa, entre Imbituba e Garopaba, onde é possível encontrar tudo isso num só lugar, entre outras coisas mais... Como boas ondas para surfar, uma lagoa rente ao mar e, nesta época do ano, baleias pertinho da areia. E tudo sem que “o” Rosa (assim mesmo, no masculino, como dizem os locais) perca a sua adorável rusticidade. A o fundo da baía da Babitonga há uma série de pequenos rios que nela desaguam ricos em robalos, peixes que os pescadores adoram. A pesca fica ainda mais produtiva se for feita no rio Palmital, um pesqueiro que dificilmente decepciona os amantes tanto da pesca convencional quanto da esportiva, aquela onde o segundo prazer de quem fisga um peixe é devolvêlo à natureza. E ali, que natureza! 50 Náutica Sul Náutica Sul 51 O melhOr dO mar de restaurantes da Costa da Lagoa Festas na prainha barcO e balada Se cOmPletam Só quem é da ilha Sabe U A ma vez por ano, a esquecida prainha de Chico Serafim, em Governador Celso Ramos, se transforma e vira o centro das atenções de quem gosta de combinar barco com balada. Quando isso acontece, até o nome da praia muda: vira Xanahi, nome da festança que vara dia e noite e atrai centenas de pessoas — e outro tanto de barcos, já que praticamente não existe outro meio de chegar a esta praia. A balada acontece na Costa da Lagoa é um povoado de pequenas casas, uma igrejinha e meia dúzia de rústicos restaurantes numa parte isolada da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, onde não existe acesso por terra e só se chega de barco — razão pela qual poucos turistas vão até lá. Mas é perfeitamente possível atravessar nas baleeiras que atendem ao povoado, o que torna qualquer passeio para almoço ainda mais saboroso — no duplo sentido, porque os frutos do mar servidos nos restaurantes da Costa da Lagoa são fresquíssimos. jorge de souza divulgação própria areia, bem diante dos barcos, mas apenas uma Baía da BaBitonga os Botos-pesCadores de Laguna O mar de dentrO de JOinville ParceirOS dOS PeScadOreS divulgação A baía que banha São Francisco do Sul, na metade do percurso, e Joinville, ao fundo, é a maior de Santa Catarina e abriga nada menos que 24 ilhas, além da de São Chico, que também é cercada de águas por todos os lados. É um piscinão de mar tranquilo e abrigado, que faz a alegria dos donos de barcos. E, do lado de fora, a baía fica ainda mais linda. vez por ano. Geralmente, uma semana antes do Carnaval. Anote desde já na agenda. Q ue golfinhos são seres inteligentes, a ciência já cansou de provar. Mesmo assim, o que acontece nas águas do canal do porto de Laguna supera as expectativas. Ali, os “botos”, como os catarinenses chamam os golfinhos, não só se servem de sofisticadas artimanhas para cercar os cardumes de tainhas, como transformam os próprios pescadores em parte da estratégia, ao usar as redes para ajudar a encurralar os peixes. De quebra, eles enchem as patrick rodrigues tarrafas dos pescadores, num raro caso de pesca em parceria. E o fenômeno acontece todos os dias. 52 Náutica Sul Náutica Sul 53 O melhOr dO mar de FortaLeza anhatomirim Baía do Caixa d’aço OS gOlfinhOS dãO bOaS-vindaS quem nãO gOSta? N Q o passado, esta estreita baía de Porto Belo era um porto tão abrigado para os barcos que ganhou dos portugueses o nome de Caixa d’Aço, porque era “tão segura quanto uma Caixa de Aço”. Séculos depois, a fama do mais uem pegar um barco ou embarcar nos passeios de escuna rumo à ilha-fortaleza de Anhatomirim, entre Floripa e o continente, terá grandes chances de vibrar com o passeio antes mesmo de chegar lá — porque é formidável acidente geográfico do litoral catarinense só bem provável que, no caminho, tope com os mais assíduos frequentadores daquelas águas, os golfinhos. fotolia divulgação Eles costumam seguir os barcos com grande estardalhaço, para delírio dos turistas. Mas, mesmo que os simpáticos habitantes do entorno da ilha não apareçam no dia em que você for fazer o passeio, sempre restará a própria fortaleza, que é uma bem cuidada lição de preservação da história. divulgação stand up em iBiraquera faz aumentar, mas por outro motivo: os bares flutuantes que foram criados dentro desta fechadíssima baía, com águas tão tranquilas quanto as de uma piscina. Quem chega de barco, para, literalmente, ao lado das mesas e não quer saber de outra coisa. No verão, quando tenta sediar a maior festa náutica do estado (sempre proibida em cima da hora), o Caixa d’Aço bomba de vez. Mas nem a muvuca é capaz de macular a beleza desta linda paisagem. empreendimentos à Beira-mar O ParaíSO dO SuP M Onde Santa catarina lança mOda ais do que simples modismo, o stand up paddle virou febre permanente no Brasil inteiro e não é difícil saber por quê. Basta subir numa prancha e sair remando, como se estivesse caminhando sobre a água — não existe sensação mais gostosa. E tanto pode ser no mar quanto nas lagoas, o que transformou a barra de Ibiraquera, entre a Praia do Rosa e Imbituba, numa espécie de paraíso das pranchas a remo, já que lá tem as duas coisas, uma ao lado da outra. Em Ibiraquera dá até para sair do mar e entrar na água doce (ou viceversa) sem sequer descer da prancha. S anta Catarina foi o primeiro estado a colocar em prática o conceito dos home-resorts, ou casas e apartamentos que mais parecem fazer parte de um hotel de lazer, não de um simples condomínio à beira-mar, e, também, o primeiro lugar a ter um edifício que, além das habi- tuais garagens, oferece também vagas para barcos. Ou seja, um prédio com divulgação 54 Náutica Sul marina própria, como acontece no inovador Beach Towers, em Balneário Camboriú. Pelo lado da rua, entram os carros. Pelo do canal, os barcos. Para embarcar em qualquer um dos dois, basta entrar no elevador e descer até a garagem ou a marina. Mais prático, impossível. Náutica Sul 55 Cava Don Román novo traje de Gala para as www.portoaporto.com.br 41 3018 7393 facebook.com/portoaporto www.casaflora.com.br 11 3327 5199 facebook.com/casaflorabrasil Alguns lugares e reportagens que marcaram a primeira década de NÁUTICA SUL paraná santa catarina rio gr. do sul são PaULo Boat sHow Os barcos daqui que brilharam no maior salão náutico do país oeste catarinense edição nº 51 | novembro – dezembro 2014 | r$ 8,90 A NATUREZA COLORIDA DA Rosa PRaia do o cHeF PescaDor O curioso bistrô que serve os peixes que o próprio chef pescou 01 capa sul 51_REV OK.indd 2 58 Náutica Sul A praia mais romântica e charmosa de Santa Catarina é, acima de tudo, linda. E a melhor época para ir para lá é agora, porque o calor já chegou e as baleias ainda não foram embora UMa LancHa, trÊs Motores O que muda numa lancha quando só o que muda é a potência do motor? LitoraL a PÉ Dois gaúchos caminharam por todas as praias do Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte só para compará-las 24/10/14 20:33 Náutica Sul 59 O melhOr dOs nOssOs s Canal do Varadouro Onde Os barcOs invadem a mata JORGE DE SOUZA Julho 2008 Julho 2011 nelson PICColo sinônimO de vela A O história do gaúcho que virou sinônimo de vela em Porto Alegre foi contada no ano em que ele completou 50 anos de atividades com veleiros, seja velejando ou construindo velas para eles. DIVULGAÇÃO mais famoso canal de navegação da região sul do país liga Cananéia, em São Paulo, a baía de Paranaguá, no Paraná, sem depender do mar. Atravessá-lo é misto de prazer e ousadia em meio à natureza da maior faixa contínua de mata atlântica que restou no país, como mostrou uma de nossas primeiras edições. SeteMbro 2014 Itá a igreja que virOu ilha N DIVULGAÇÃO o sudoeste catarinense, os represamentos no rio Uruguai criaram represas e geraram paisagens curiosas, como a igrejinha que ficou dentro d água, único resquício da parte velha da cidadezinha de Itá, que foi inundada. Não por acaso, a igrejinha em forma de ilha virou símbolo da nova cidade, mostrada no ano passado. MOZART LATORRE Julho 2014 Julho 2014 Guaraqueçaba CanoaGem extrema espOrte nO limite CYRUS DAUGIN O mundO d ´ água dOs caiçaras O catarinense Marcelo Galízio é praticamente o único brasileiro adepto de um esporte pra lá de radical: descz cer cachoeiras a bordo de um caiaque. Só que ele não desce: despenca! Como NÁUTICA SUL mostrou recentemente. Maio 2006 ralI de CaIobá mais que cOmpetiçãO 60 Náutica Sul Q uase escondida num dos cantos da grande baía de Paranaguá, a pequena Guaraqueçaba esconde um tesouro: a natureza ainda preservada da cultura caiçara, em meio a baías, rios cristalinos e muitas cachoeiras. Quem não conhece, custa a acreditar que isso ainda exista. NÁUTICA SUL foi conferir de perto. DIVULGAÇÃO D urante alguns anos, o mais famoso rali náutico do país foi, também, a maior festa do Iate Clube de Caiobá, no Paraná. Nas primeiras edições, a festa da chegada começava dentro de uma balsa no meio da baía de Guaratuba e ia sendo levada até a sede do clube, com todo mundo dançando dentro. Nunca se viu nada igual. Náutica Sul 61 O melhOr dOs nOssOs s GUTO FONSECA Maio 2014 Maio 2013 Jules soto as melhores marInas O guardiãO dO mar Onde é melhOr e mais segurO C DIVULGAÇÃO om a criação do segundo maior museu oceanográfico do país, em Piçarras, este professor gaúcho segue firme no seu propósito de espalhar museus e instituições sobre a vida no mar por toda Santa Catarina. Sua saga foi contada em uma das edições do ano passado. DIVULGAÇÃO D o Paraná ao Rio Grande do Sul, os melhores clubes, marinas e garagens náuticas para guardar um barco e voltar para casa sossegado foram listados pela revista. agoSto 2007 laGoa dos Patos O mar dOs gaúchOs A maior lagoa do país é um mar de águas nem sempre tão tranquilas quanto se imagina, mas reserva uma surpresa atrás da outra para quem se dispuser a atravessá-la de ponta a ponta, como costumam fazer os velejadores gaúchos. A revista acompanhou um grupo deles, em uma das suas primeiras edições. Janeiro 2015 agoSto 2007 JorGe dIas sChaefer YaChts estaleirO caseirO JORGE DIAS história de sucessO A história do estaleiro catarinense que mais cresceu no país nos últimos dez anos - e que praticamente alavancou o pólo náutico de Santa Catarina - foi contada em uma das primeiras edições da revista. De lá para cá, a Schaefer Yachts só fez aumentar ainda mais. Janeiro 2009 de florIPa a anGra N THOMAS SCHMIDT uma das primeiras edições, um roteiro completo para quem quiser fizer uma das melhores velejadas do país, até hoje. 62 Náutica Sul C omo um paranaense construiu um veleiro no quintal de sua casa, em Curitiba, mesmo sem ter nenhuma experiência nisso. NÁUTICA SUL publicou o relato, passo a passo. DIVULGAÇÃO de um paraísO a OutrO Náutica Sul 63 cruzadas náuticas on t i r t a h o oda lin r E Z a X a t CoM t Você eNteNde de mar? S Para tUnidadEtriton r o P o E d UM Mar ra adqUirir SUa VoCÊ Pa HORIZONTAIS 1 (Ingl.) O significado do pedido de socorro S.O.S. • 2 Resgate marítimo • 5 Violenta tempestade, com ventos em forma de turbilhão e fortes chuvas • 6 (Nó) Locução que indica dificuldade que parece não ter solução • 9 País insular da Europa, com capital La Valetta • 11 A face superior interna de um ambiente fechado • 12 Terraço reservado aos banhos de sol • 14 Movimento oscilatório de um navio em qualquer direção, provocado pela agitação da água • 15 O nome do veleiro de três mastros com que Shackleton navegou rumo ao polo Sul, em 1914 • 16 O mergulhar da proa do navio, no balanço de proa a popa produzido pela agitação do mar • 18 A continental é a parte do relevo submarino próximo ao litoral, de agEndE SEU atEndiMEnto 51 8118.8008 largura variável e com profundidade média de 200 m • 21 Mosquito também conhecido como borrachudo, de picada dolorosa • 23 (Náut.) Cada uma das voltas de cabo ou amarra, quando enrolado de formas diversas • 24 Cada um dos eletrodos de uma válvula eletrônica • 25 A Fabiana remadora brasileira campeã mundial em 2011 • 26 Troca da moeda de um país pela moeda de outro, considerando-se o valor das duas • 27 O primeiro sinal de terra avistado pela esquadra de Pedro Álvares Cabral em terras brasileiras • 28 Diz-se de sentido cuja rotação é contrária à dos ponteiros do relógio. 300 riton tiva t stra u il foto [email protected] ANUNCIO TRITON 300.indd 1 mOZART lATORRE Marina Pier 340 I Rua dos Pescadores, 340 I Ilha das Flores I Porto Alegre I RS 20/08/2015 13:06:27 Nome deste equipamento reSpoStaS daS cruzadaS V E R T I C A I S 1 Exploração do ar ou da água, por meio de aparelhos e processos técnicos especiais • 3 Cidade litorânea fluminense, próxima a Ilha Grande e também à restinga de Marambaia • 4 A direção na esfera celeste simbolizada por SW • 5 O navegante italiano Cristóvão (1451-1506), descobridor da América • 7 Veículo subaquático, com janelas, usado para explorar profundidades oceânicas • 8 (Fig.) A parte posterior de qualquer lugar • 10 Camarote de navio ou iate • 11 Um processo de transmissão e reprodução do som a distância, por meio de fios, cabos ou ondas eletromagnéticas • 13 Área limitada, marítima ou terrestre, isenta de impostos aduaneiros quanto às mercadorias ali fabricadas, ficando sujeitas a impostos somente no caso de saída desta área • 16 Um animal como o siri ou a craca • 17 Porção de água que penetra em recorte da margem e forma uma pequena enseada tranquila • 19 Ancoradouro • 20 Prolongamento do costado da embarcação, acima do convés descoberto • 22 Bracear as velas pelo lado oposto. Náutica Sul 65 Elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br w w w.t r i t o n b o a t s . c o m . b r 3 perguntas divulgação O REI DO REMO Como não tinha dinheiro para ter um barco, o catarinense Paulo Steuber foi de Blumenau a Belém do Pará remando uma prancha de stand up paddle. E ele garante que foi bom E m janeiro do ano passado, o catarinense Paulo Steuber resolveu virar a mesa da própria vida e realizar um velho sonho de infância: navegar pela costa brasileira. Pediu demissão do emprego de montador de lanchas no estaleiro Azimut, em Itajaí, vendeu o carro para fazer algum dinheiro, se despediu da mulher e do filho, e partiu. Mas, como nunca teve dinheiro para ter um barco, Paulo decidiu que iria 1 Não teria sido mais fácil ir de barco? Mais fácil e confortável, sem dúvida. Mas eu não tinha, como continuo não tendo, dinheiro para ter um barco. Desde pequeno, sempre quis conhecer a costa brasileira e passei anos sonhando em ter um veleiro, porque achava que só de barco isso seria possível. Até que, um dia, caiu a ficha que o meu sonho de verdade era fazer aquela viagem, não necessariamente ter um veleiro. Daí, fiz as contas e concluí que, se vendesse o carro, eu teria dinheiro para comprar uma prancha e, com ela, poderia fazer a mesma viagem. Foi o que eu fiz. Em dez minutos pedi demissão do emprego, no mesmo dia avisei a família e em três semanas já estava partindo. Se tivesse ido de barco, não teria o apelo do desafio, muito menos o do ineditismo. Acho que nunca ninguém foi tão longe com uma prancha de stand up paddle. 66 NáutIca sul 2 de Blumenau, onde vive, a Belém do Pará, onde terminaria a viagem, com uma simples prancha de stand up paddle, mesmo não tendo experiência alguma com pranchas a remo. No final de junho último, um ano e cinco meses depois, ele terminou a viagem, de 5 400 quilômetros, que teve vários momentos difíceis, mas, mesmo assim, ele não se arrepende de nada. Como conta nesta rápida conversa. Não é uma distância muito grande para ir remando, ainda mais uma simples prancha? Sim, a distância era grande e, quando decidi que faria a viagem, eu jamais tinha remado uma prancha. Só subi numa na véspera de partir e levei mais de um mês para pegar ritmo nas remadas. Sai de Blumenau com uma bagagem minúscula, porque numa prancha não cabe nada, e com tudo o que sobrou da venda do carro, R$ 3 000. Eu sabia que não daria até o fim da viagem e que teria que ir pedindo ajuda, o que fiz todos os dias. Nem sempre consegui comida de graça, cheguei a passar fome em lugares onde não havia nada e dormia onde desse: na praia, na varanda de alguma casa ou em cima da prancha, quando não havia alternativa. Em Búzios, minha prancha foi roubada e um grupo que vinha acompanhando a viagem pela internet fez uma vaquinha e me deu outra. Felizmente encontrei, também, muita gente boa pelo caminho. 3 Você faria esta travessia de novo? Claro, mas, talvez, no sentido contrário, do norte para o sul, porque remar uma prancha contra o vento, como acontece de Búzios para cima, é bem cansativo. Teve um dia, no Nordeste, que caí na água umas 20 vezes, por causa do vento. Às vezes, chegava tão esgotado que procurava uma pousada e passava dois ou três dias dentro do quarto, praticamente só dormindo. Mesmo assim, engordei cinco quilos, só de massa muscular. No total, passei 110 dias remando e outros 400 esperando brechas no tempo para voltar para o mar. Mas não me arrependo de nada. Difícil mesmo foi voltar de ônibus de Belém até Blumenau e, ainda por cima sem a prancha, que não coube no bagageiro, porque não tinha dinheiro para comprar uma passagem de avião. Mas, tudo bem. Realizei o meu primeiro sonho. Agora, tenho outros planos em mente. NáutIca sul 67
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