edição especial - Revista Náutica

Transcrição

edição especial - Revista Náutica
edição nº 56 | Setembro — outubro 2015
edição especial
de aniversário
De longe,
estudioetc
a escolha mais segura.
Segurança é o que você tem ao
navegar com uma embarcação
produzida pela Intech Boating.
Estaleiro brasileiro, instalado
em Santa Catarina, que produz
a marca italiana Sessa Marine.
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manutenção, assistência técnica
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Editorial
Uma escolha difícil
CAPA FOTOlIA
leger o que é melhor em Santa Catarina é tão
difícil quanto escolher o que é mais bonito. E se a
missão for apontar as duas coisas, ainda por cima
na parte mais exuberante do estado? Pois foi o que
esta edição comemorativa dos primeiros 10 anos de
NÁUTICA SUL se propôs a fazer.
Nas páginas seguintes, você verá o que, na nossa opinião,
representa o melhor, mais gostoso, mais curioso, mais típico,
mais autêntico e, principalmente, mais bonito do litoral
banhado pelo deslumbrante mar de Santa Catarina e tudo o
que em torno dele gravita.
Como toda escolha, a nossa lista é passível de críticas e
omissões que alguns julgarão imperdoáveis. Como certa praia
não citada ou os frutos do mar preparados por um restaurante
à beira-mar não mencionado. É natural que isso aconteça.
A discordância faz parte de qualquer escolha baseada em
conceitos subjetivos, como são todas as indicações do tipo “o
melhor e mais bonito”.
Mas uma coisa não se discute: tudo o que está nas páginas
seguintes merece ser visto, conhecido e curtido, porque tem
tudo a ver com o mar de Santa Catarina — que, por si só, já
é delicioso e lindo, o que torna qualquer escolha ligada a ele
ainda mais difícil.
Seja bem-vindo a nossa festa de 10º aniversário!
PRESIDEnTE E EDITOR
Ernani Paciornik
VICE-PRESIDEnTE
Denise Godoy
PublICIDADE
DIRETORA DE PublICIDADE
mariangela bontempo
[email protected]
PARAná – SAnTA CATARInA | GEREnTE REGIOnAl
Gustavo Ortiz
[email protected],
tel. 047/9210-2931
DIRETOR DE REDAÇÃO
Jorge de Souza [email protected]
COlAbORARAm nESTA EDIÇÃO: Alexandre Sakihama (arte),
Aldo macedo (imagens), maitê Ribeiro (revisão)
mARKETInG
Renata Camargos
[email protected]
GEREnTE DE CIRCulAÇÃO
Débora madureira
[email protected]
Náutica Sul também eStá No...
8
NáUtica sUl
No Facebook
facebook.com/revista.nautica
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Telefone: (47) 3361 9393
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Tel. 11/2186-1022, fax 11/2186-1050
REDAÇÃO E ADmInISTRAÇÃO
Av. brigadeiro Faria lima, 1306, 5o andar, CEP 01451-001,
São Paulo, SP. Tel. 11/2186-1005 (adm.), fax 11/21861080 e tel. 11/2186-1006 (redação), fax 11/2186-1050
NÁUTICA SUL é uma publicação da G.R. um Editora ltda. –
ISSn 1413-1412. Setembro de 2015. Jornalista responsável:
Denise Godoy (mTb 14037). Os artigos assinados não
representam necessariamente a opinião da revista.
Todos os direitos reservados.
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NáUtica sUl
9
A ROTA MAIS CURTA ENTRE
SONHAR E REALIZAR
A 6 DE OUTUBRO
Do SUP ao 80 pés, sua próxima paixão está aqui
TRANSAMERICA EXPO CENTER
O show dos maiores e melhores
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EVENTOS INTEGRADOS
ORGANIZAÇÃO
E REALIZAÇÃO
APOIO
PATROCÍNIO
Aconteceu...
O famoso estaleiro italiano comemorou
o quinto aniversário de sua fábrica em
Santa Catarina lançando um nova lancha:
a maior já feita pela marca no país
A primeira unidade da
Azimut 83 foi apresentada
em primeira mão na festa
O grupo Azimut-Benetti é considerado
o maior fabricante de lanchas de luxo do
mundo e produz seis modelos no Brasil
grande festa
Até a diretora
geral do grupo
Azimut-Benetti,
Giovana Vitelli (no
alto, ao centro)
veio da Itália
especialmente
para a festa,
Acima, o CEO da
Azimut do Brasil,
Davide Breviglieri,
com Ernani
Paciornik e Thalita
Vicentini, do
grupo NÁUTICA/
BOAT SHOW
8
Náutica SudeSte
Náutica Sul 13
FOTOS DIVULGAÇÃO
FeSta de 5 aNOS aZiMut
laNÇaMeNtO FOcker
265 Black editiON
FOTOS DIVULGAÇÃO
Aconteceu...
Para comemorar o lançamento da nova versão da Focker 265,
a Fibrafort fez festa em duas concessionárias de Santa Catarina
A Montreal, em Chapecó, e a
WS Náutica, em Balneário Camboriú,
estão entre as primeiras revendas
a receberem a nova lancha
novo barco
À direita,
ao centro, o
presidente
da Fibrafort,
Márcio Ferreira,
com a equipe
da Montreal
Powersports,
na festa de
lançamento da
nova versão
da Focker 265,
apresentada
também na WS
Náutica (acima)
A nova Focker
265 Black Edition
se distingue
da versão
convencional
pelo casco
e detalhes negros
curSO de FOrMaÇÃO Náutica
primeira turma
A primeira turma
de tripulantes
formada pelo curso
e a cerimônia
de entrega dos
certificados, que
teve a presença de
diretores da Azimut
e do Instituto Senai
de Tecnologia em
Logística, de Itajaí
14
Náutica Sul
FOTOS DIVULGAÇÃO
Para ajudar a formar bons marinheiros, a Azimut
e o Senai se uniram e promoveram cursos para
tripulantes em Itajaí. E novas turmas vêm por aí
Os cursos são gratuitos e
voltados para profissionais
que trabalham em barcos
Aconteceu...
NOVa lOJa BOatSP
A concessionária oficial das marcas Fishing e
Triton inaugurou sua maior unidade, em Curitiba.
E atraiu muita gente do mercado náutico.
A BoatSP é uma das redes
de lojas de barcos que mais
crescem no sul do país
Com mais esta nova loja, no Paraná,
a BoatSP passa a atuar em quatro
estados das regiões sul e sudeste
FOTOS DIVULGAÇÃO
prestígio
A inauguração
da primeira loja
paranaense da
BoatSP teve a
presença até de
donos de estaleiros,
como José Maria
Cechelero (o
segundo da
esquerda para a
direita na foto ao
lado), que foram
conhecer o novo
negócio de
Fernando Assinato
(ao centro)
ANTECIPAMOS O FUTURO.
Embrance the greatness.
A Nova Intermarine 54 está chegando.
É hora de desfrutar do mar sob uma nova perspectiva.
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50/60 Hz
50/60 Hz
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2.2 A
4.5 A
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5.5 A
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POTÊNCIA
1.5 kW
1.5 kW
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GRELHA SAÍDA
103.2cm²
103.2cm²
129cm²
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413cm²
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PESO LÍQUIDO
28kg
32kg
38kg
39.5kg
68kg
DIÂMETRO DE
TUBULAÇÃO DE AR
102mm
102mm
127mm
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12
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2.6
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Aquecedor
De 1 a 6 de outubro,
São Paulo sediará mais
uma edição do Boat
Show. Mas, este ano,
o que não faltam são
motivos para ir até lá e
conferir as novidades.
Como estas aqui
A mAis esperAdA
Uma Cimitarra de 76 pés
A
nova Cimitarra 760, de 76 pés (ou cerca de 24 metros de
comprimento), é a maior lancha já produzida pelo estaleiro gaúcho Cimitarra, famoso por oferecer barcos com um atraente custobenefício. Mesmo no caso deste quase iate não será diferente. Seu preço
(cerca de R$ 6,8 milhões)
é significativamente menor que o de outras lanchas deste porte. A primeira unidade (foto) está
sendo finalizada para o
salão, mas outras duas já
estão vendidas. Destaque
para a altura da cabine,
que chega a impressionantes 2,80 m.
Náutica Sul
25
F 400 GrAN COUpÉ
A maior da Fibrafort
Q
uem ainda não conhece, vai ter a chance de
entrar e destrinchar a maior lancha do maior
fabricante de barcos de fibra de vidro do país, em unidades
produzidas: a Fibrafort, de Santa Catarina. A F 400, de 40 pés,
é uma evolução da também catarinense Armada, de quem a
fábrica comprou o projeto e o aperfeiçoou. Como, por exemplo, no teto rígido, com teto solar, que foi alongado para maior
conforto a bordo.
A
maior novidade da Yamaha
para 2016 é o novo motor 4T
de 3 cilindros, para os jets da série VX. Ele é
40% menor, 20% mais leve e gera 13% mais
potência, segundo o fabricante. Além disso,
mudaram também as cores dos modelos.
Os novos VX estão mais bonitos e velozes.
COrAL 46 HT
Crescendo a marca
O
estaleiro carioca Coral mostrará a primeira unidade do seu mais novo barco,
que tem duas suítes e um camarote com duas camas –
portanto, capacidade para seis pessoas dormirem a bordo. Mas o maior destaque está mesmo do lado de fora,
onde um teto rígido segue a tendência do momento.
COmpArAr LAdO A LAdO
Um é assim, o outro assado
Dois salões no
mesmo local
FESTIVAl
dO MAR
YAmAHA VX
Agora, novo motor
MAIS lEVE
pArA merGULHAdOres
E
ste ano, o São Paulo Boat
Show abrigará também o
Padi Dive Festival, maior evento para
mergulhadores do país. Serão, portanto,
dois salões no mesmo local, com um só
ingresso. O festival de mergulho apresentará novos equipamentos e sediará muitas
palestras, todas abertas ao público, com
temas técnicos (gases para mergulhos,
etc.), biológicos (raias, tubarões e outros
seres) e de turismo subaquático (Pernambuco, Austrália e por aí afora). Um salão
duplo, para ir fundo. Literalmente.
FisHiNG 33 sAiNT-TrOpeZ
Uma lancha flex
NOmAd 8XF
Um catamarã
que vai
surpreender
O
mais recente lançamento da Fishing
é uma lancha que serve tanto para
pescar quanto cruzeirar, já que tem cabine com camas, banheiro e minicozinha.Também pode usar
motor tanto de popa quanto de centro-rabeta, só depende do gosto do cliente.
O
estaleiro catarinense Mastro d’Ascia é especializado
em um tipo de barco que ainda é quase uma novidade por aqui: os pequenos catamarãs a motor, que justamente por
terem dois cascos e um convés bem mais largo oferecem bem mais
espaço a bordo do que uma lancha convencional. O modelo que
estará exposto é o mais recente da marca, feito para pesca oceânica
e com cabine para duas pessoas. Preste atenção no espaço a bordo,
impressionante para um barco de 28 pés.
sessA CrUiser 42
S
ó nos salões náuticos é possível ver e comparar
vários barcos ao mesmo tempo. Mas nenhum
salão é tão grande quanto o São Paulo Boat Show, o que
aumenta ainda mais as possibilidades de comparações entre diferentes barcos. Este ano, haverá cerca de 200 deles
no salão. E perto de 100 expositores.
26
Náutica Sul
Uma lancha, duas versões
A
HT OU Fly
versão com teto rígido é mais recente do
que a com flybridge, mas ambas estarão no estande da Intech Boating, de Santa Catarina,
que fabrica estas lanchas, cujos projetos são italianos.
Atenção para a qualidade do acabamento e para os espaços internos na cabine dos dois modelos.
Náutica Sul
27
iNTermAriNe 80
Estréia no salão
P
ode ir se preparando para a habitual lista de espera no estande do mais tradicional
estaleiro paulista, porque a
mais nova lancha da marca, a estupenda 80, de 24,3
metros de comprimento,
vai com certeza atrair muita gente, como sempre acontece quando uma nova Intermarine é apresentada. Mas a
espera vai valer muito a pena
quando você vir este lindo
barco por dentro, que pode
ter três ou quatro suítes e que
vem com uma plataforma de
popa tão generosa que é quase uma minipraia particular.
TriTON 500 FLY
Ainda mais espaçosa
AZimUT 70
Uma das maiores
ão, o mais recente lançamento da Azimut, o modelo de 83 pés de comprimento, apresentado na festa dos cinco anos da fábrica catarinense da marca (veja na página 13 desta edição), não
estará no salão de São Paulo – porque, de tão grande, não
caberia no pavilhão. Mas, em compensação, quem for ao
Boat Show verá a segunda maior lancha da marca feita no
Brasil, que é quase tão grande quanto. Preste atenção no
tamanho do flybridge, que tem quase 30 m2 de área útil.
N
o último Rio Boat Show, o estaleiro paranaense Triton apresentou sua
maior lancha, de 50 pés, em uma versão única, com
teto rígido. Agora, em São Paulo, será a vez do mesmo modelo com flybridge, que, como todo barco
desse tipo, tem bem mais espaço a bordo, porque o
que seria capota vira uma espécie de varanda ao ar
livre, o que os brasileiros adoram. Por essas e outras,
deve fazer ainda mais sucesso.
Fly
N
COM
NOVOs mOTOres V8 VOLVO peNTA
Mais leves e mais potentes
Lancha para os modernos
N
Volvo Penta já apresentará no salão de São
Paulo a sua nova geracão de motores V8 a gasolina, lançada mundialmente no mês passado. Em relação
aos motores anteriores, os novos mudaram bastante, tanto
no peso (o V8 300 é quase 50 quilos mais leve, porque usa
bloco de alumínio) quanto no desempenho (a relação peso/
potência aumentou 15%). Além disso, a repaginação da injeção direta de combustível resultou numa economia de
8% no consumo de combustível.
28
Náutica Sul
VerAdO 400r
O maior popa do país
m1 240
A
BAVAriA
em todo mundo gosta do estilo diferente desta lancha, feita em Santa Catarina, que imita os mais recentes lançamentos europeus
do gênero. Mas não há como negar que ela chama bastante atenção, seja pela proa reta ou pelo convés rente
ao casco, como os barcos do passado. Estilo retrô? Nada
disso. Projetos desse tipo são ultramodernos e estão em
plena moda. Confira in loco no salão de São Paulo.
O
est ande da
Mercury vai
exibir (e mostrar sua perper
formance em víde-os) o maior motor de
popa da marca, que
é, também, o maior
do gênero no Brasil. O 400 R tem
400 hp de potência
e um nível de ruído
impressionantemente baixo. Um motor
para quem tem barco
grande ou gosta de na-vegar rápido. Ou as
duas coisas ao mesmo tempo.
Para os fãs da vela
J
unto com o Beneteau Oceanis
45 e o Jenneau Sun Odyssey
439, que também estará no salão, este
veleiro alemão tem tudo para encher os
olhos dos fãs dos barcos a vela. Trata-se de um barco moderno, com bastante espaço a bordo e soluções bem inteligentes de aproveitamento de espaços. E com ótimo custo-benefício para o que ele oferece.
CHANCe rArA
Conversar
com quem faz
N
os salões náuticos, os interessados em comprar um barco
tem a rara oportunidade de conversar diretamente com quem os produz, o que não acontece no dia a dia das lojas.
É uma ótima oportunidade para tirar dúvidas mais técnicas e até encomendar um barco sob medida. Os responsáveis pelos estaleiros estão ali
justamente para serem consultados. E atendem com agrado.
Náutica Sul
29
NOVA 560
Mais uma Schaefer
A
mais nova lancha
do mais famoso estaleiro catarinense será apresentada em primeira mão no salão de
São Paulo e é um meio termo entre os modelos já existentes de 50
e 62 pés, com características tanto
de um quanto de outro. Por dentro, tem três camarotes. Do lado
de fora, um flybridge pra lá de incrementado, coberto, mas com
teto solar, para quando quiser deixar o sol entrar.
desCONTOs e prOmOÇÕes
Melhor para o bolso
Q
uase todos os expositores oferecem descontos e promoções especiais de pagamento para negócios fechados no Boat Show, o que
sempre significa uma boa economia para o bolso. E estas condições não costumam ser mantidas após o salão,
o que faz muita gente se arrepender quando chega o verão. O negócio, portanto, é aproveitar a ocasião. Ainda
não inventaram lugar melhor para comprar um barco
do que no salão náutico de São Paulo, o maior do país.
Anote aí
Quando? De 1 a 6 de outubro
Onde? No Transamerica Expo Center, em São Paulo
Quanto? Entrada R$ 60, com desconto para maiores de 65 anos
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30
Náutica Sul
sedNA 315 UB
Brasileira com projeto americano
O
s pescadores vão gastar bons minutos analisando todos os detalhes desta lancha, feita para pescarias costeiras. O
projeto é americano, mas o barco (com console
central e banheiro embutido nele) é feito em São
Paulo, por um estaleiro especializado em lanchas
para pesca no mar: a Sedna. Pode usar dois ou
até três motores de popa.
Náutica Sul
31
Para comemorar os 10 anos de
NÁUTICA SUL, elegemos as principais
atrações do lindo mar catarinense
34
Náutica Sul
Náutica Sul
35
O melhOr dO mar de
A históricA são FrAncisco do sul
Onde tudO
cOmeçOu
fotolia
S
ão Francisco do Sul, São Chico, para os íntimos, é, segundo
boa parte dos moradores da cidade, o primeiro povoado do Brasil. Teria sido
fundada em 1504, pelo navegador francês Binot Palmier de Gonneville, embora haja controvérsias sobre isso, o que torna a própria história da cidade ainda mais
saborosa. Parte do seu casario histórico,
bem diante das águas da baía da Babitonga, onde também fica o Museu do Mar,
não deixa dúvidas de que a cidade tem
muito o que contar. E quem a escutar irá
adorar a formidável combinação de charme e história da cidade mais antiga de
Santa Catarina. Disso ninguém duvida.
As regAtAs em FloripA
beAch clubs de
Jurerê internAcionAl
BerçO de BOns velejadOres
S
a IBIza BrasIleIra
Q
anta Catarina sempre
teve certa tradição em
veleiros. Mesmo assim, o sucesso
uem já foi a Ibiza vai curtir a
semelhança. E quem nunca foi, vai gostar ainda mais
dos modismos e comodidades
dos beach clubs, que transformaram a orla
de Jurerê Internacional em uma espécie de
sucursal catarinense das famosas praias da
ilha espanhola. Mistura de bar, restaurante,
clube e balada, tanto noturna quanto diurna (esta a grande sacada, porque a fes-
da vela no estado é
digno de aplausos.
Náutica Sul
ta começa quando o pessoal ainda está curtindo a
praia), os beach clubs de Jurerê viraram
ito cornelsen
divulgação
36
As regatas nas raias de Floripa
(Circuito Oceânico de Santa
Catarina, Mundial de Soto 40,
etc. etc.) estão se tornando cada
vez mais frequentes e os velejadores catarinenses já estão entre
os mais fortes da principal competição do gênero no país, a tradicional Semana de Vela de Ilhabela — que não fica em Santa
Catarina, mas já se acostumou a
ver os catarinenses na frente.
sinônimo de modernidade e exportaram a
ideia do trinômio praia/música/gente bonita
para outras orlas badaladas do estado.
Náutica Sul
37
O melhOr dO mar de
FArol dA ilhA dA pAz
um lugar cheIO de hIstórIa
O
s donos de barcos da
região da Babitonga
não se cansam de
visitar o farol desta pequena ilha, que tem apenas
uma prainha, bem na saída da
baía. Qualquer passeio invariavelmente passa por ali. Mas é compreensível, seja pela be-
leza da ilha ou pela
história do farol, que
é do início do século
passado e repleto de casos
divulgação
divulgação
curiosos. Como o do anjo que teria indicado à mulher do faroleiro
as ervas que o teriam curado. Duvida? Pois vá até lá e saiba mais.
mergulhAr nA ilhA do Arvoredo
alcides falanghe
O mar azul da verde Ilha
A
ilha do Arvoredo, bem diante de Bombinhas, é uma reserva biológica
e, como tal, tem acesso proibido. Mas mergulhar é permitido, desde
que apenas no lado sul da ilha, onde existem, pelo menos, oito pontos
de mergulho, daqueles de deixar lembranças para sempre. Dentro
d’água, de transparência caribenha, as avistagens
de peixes e tartarugas são garantidas. Se mergulhar em
Bombinhas já é bom, na ilha do Arvoredo é melhor ainda.
38
Náutica Sul
KitesurF nA lAgoA dA conceição
O pOInt das pranchas que vOam
A
lagoa da Conceição é uma espécie de parque aquático natural de Floripa. De
banhistas a donos de barcos, todo mundo curte as suas águas. Mas poucos se
divertem tanto quanto os kitesurfistas. Graças aos ventos vibrantes
e constantes que entram na lagoa, certas partes dela vivem coalhadas de velas coloridas, em frenéticos movimentos para todos os lados. É o paraíso das pranchas com velas que mais parecem paraquedas. O balé dos kitesurfs torna a lagoa ainda mais divertida. Além de bonita.
Náutica Sul
39
O melhOr dO mar de
A belezA dA GuArdA do embAú
Praia entre rio e mar
P
raias bonitas, Santa Catarina tem aos montes. Mas
nenhuma tão caprichosa quanto esta aqui, a Guarda do Embaú, entre Florianópolis e Garopaba. Parte do exotismo da “Guarda”, como ela é sinteticamente chamada pelos seus frequentadores mais assíduos, os
surfistas, está no fato de que, quase sempre, ela só pode ser
acessada de barco, mesmo que a pessoa esteja em terra firme, porque um riozinho a separa da vila. Quando a
maré sobe, só se chega à areia de
canoa. E quando baixa, é preciso molhar o corpo para
divulgação
chegar à praia. Por isso mesmo, ela não tem nenhuma construção à vista. Só a natureza ainda bruta. Coisa também cada
vez mais rara no estado das mais belas praias.
As ostrAs do ribeirão dA ilhA
Pode comer sem medo
40
Náutica Sul
divulgação
O
stras são comuns em todo o litoral sul. Mas em nenhum outro
ponto elas adquiriram o status de
iguaria quanto nos restaurantes
do povoado de Ribeirão da Ilha, em Floripa.
Ali, elas são criadas e servidas das mais diferentes formas, inclusive ainda vivas, para muitos
a melhor maneira de saborear o frescor
das ostras deste povoado.
Além disso, Ribeirão da Ilha possui um casario
açoriano típico, que remete ao passado e torna
qualquer almoço ainda mais gostoso.
Náutica Sul
41
NOVA AZIMUT 56
NAVEGAR PODE SER MUITO MAIS
DO QUE VOCÊ IMAGINA.
FLYBRIDGE COM 17m²
SALÃO AMPLO E FUNCIONAL
CABINE MASTER MAIS ILUMINADA
FLYBRIDGE COLLECTION BRASIL
42 - 43 - 50 - 56 - 60 - 70 - 83
O melhOr dO mar de
As vilAs dAs regAtAs de itAjAí
Velas com muita festa
N
ver bAleiAs eM gAropAbA
ão é a toa que quem vive em
Itajaí se autodenomina “peixeiro”. A cidade sempre esteve intimamente ligada ao mar. Esta
união aumentou ainda mais depois que a cidade da famosa festa da Marejada ganhou
outras tantas festanças, por conta das regatas internacionais que passaram a chegar à cidade. Começou com a única escala brasileira da regata de volta ao mundo Volvo Ocean
Race, que já parou lá duas vezes, e prosseguirá, em novembro próximo,
VisÍVeis atÉ da pRaia
Q
uando chega o inverno, as baleias antárticas buscam águas
menos geladas e, quando isso
acontece, as praias de Garopaba viram endereço certo para quem quiser ver estes gigantes de perto. Quer dizer,
agora não mais tão de perto assim, porque
os passeios de barco para
avistagens foram suspensos, mas as baleias podem
ser vistas até das próprias
praias da cidade. Garopaba não
com a chegada de mais
uma regata Jacques Vabre, da França até lá. Em todas,
ilha de ponta a ponta
N
ão é um passeio curto, exige planejamento e boa previsão do tempo. Mas
dar a volta na Ilha de Santa Catarina, genericamente conhecida como Floripa, tem tudo para se tornar um dos melhores
passeios de barco da sua vida. É só ter uma lancha ou
jet ski que permita navegar horas a fio e não ir sozinho. No caminho, mar de todos os tipos (abrigado, aberto, tranquilo, mexido...), praias a perder de vista e ilhas não muito conhecidas, como esta aqui, a Moleques do Sul, que os pescadores adoram, mas a grande
maioria dos donos de barcos praticamente ignora. Na volta, você pode estufar o peito e
dizer que — agora sim! — conhece Floripa inteira.
thomas schmidt
ContornAr A ilhA de FloripA
divulgação
divulgação
como sempre, uma grande área vizinha à futura marina da cidade, vira uma minicidade
náutica, com atrações para todas as idades. As
vilas das regatas já viraram tradição na cidade.
é o único ponto do litoral de Santa Catarina visitado pelas baleias, mas ali é garantido
que elas aparecem. E aos montes.
os bArCos de MAdeirA dA KAlMAr
cascos que são obRas de aRte
Q
uando o assunto são barcos de
madeira, pode apostar que o
nome Kalmar será citado. E elogiado. Este pequeno
estaleiro catarinense é referência nacional na construção artesanal de cascos
de madeira com acabamento pra lá de
divulgação
44
Náutica Sul
caprichado e seus barcos enchem os olhos até
dos mais exigentes navegadores do passado,
quando não havia outro material para construir barcos. Na Kalmar, todos os cascos (de
lanchas, de canoas, de veleiros) ainda são feitos
como antigamente, seguindo os mesmos princípios de qualidade deixados pelo fundador do
estaleiro, Erik Kreuger, cuja neta hoje toca o
negócio. E com o mesmo empenho.
Náutica Sul
45
O melhOr dO mar de
bAleeirAs CAtArinenses
A Cor do MAr nA
ilhA do CAMpeChe
baRcos como
antigamente
o caRibe
cataRinense
C
om exceção do casario de algumas
comunidades e do sotaque carregado, nada remete mais ao passado da colonização açoriana do litoral catarinense do que as nostálgicas baleeiras, que
O
lhe bem a cor desta água. Pois quem
cruza de barco a pequena distância
que separa a ilha do Campeche da
praia com o mesmo nome, na parte de
fora da grande ilha onde fica Floripa, custa a
ainda podem ser vistas (com
certa dificuldade, é verdade)
em duas ou três comunidades da ilha onde fica Floripa.
acreditar no que os seus olhos
veem, ao dar de cara com a
transparência da água da praia.
patrick rodrigues
Elas começaram a ser construídas em Santa Catarina exatos 100 anos atrás, mas, com a proibição
da pesca da baleia, perderam serventia e viraram
peças de museu. Hoje, estima-se que não existam mais do que 100 baleeiras em Santa Catarina,
quase todas já descaracterizadas. Originais, como
esta, ainda movida a vela, são verdadeiras raridades. Mas, em Floripa, algumas ainda navegam.
A sensação é que os barcos estão flutuando no ar e
que os peixinhos estão ao alcance das mãos. Não
por acaso, a Ilha do Campeche está entre os principais pontos turísticos da capital do estado e é motivo
mais que suficiente para todo mundo sair de lá molhado. Também, com uma água dessas, quem há de
resistir a um mergulho?
tedesCo MArinA
maRina com
“m” maiÚsculo
D
e São Paulo para baixo não existe nada
igual para quem tem
um barco. A Tedesco
Marina, na parte mais nobre do canal de Balneário Camboriú, não
é apenas a maior marina do sul do Brasil,
mas, também, uma
das principais do
país. Tem (muitas) vagas na água
divulgação
46
Náutica Sul
e (ainda mais) no seco, para barcos
de quase todos os tamanhos — além
de oficina, restaurante e serviços
náuticos em geral, como toda grande e boa marina deve ter.
o Molhe sul de bAlneário CAMboriú
miRante náutico da cidade
P
recisar, nem precisava, porque Balneário Camboriú já tem atrativos de sobra. Mas, movido pela necessidade de facilitar o entra e
sai dos barcos das marinas da cidade, Balneário ainda ganhou um
programa a mais, para quem mora ou visita o mais badalado município do litoral norte do estado. Caminhar no molhe sul
é um passeio tão bonito quanto gostoso, ainda
mais à noite, quando a orla acesa dos prédios vira cenário de fundo para a
praia. Quem quiser pode comer lá mesmo, balançando gostosamente em
um restaurante flutuante.
Náutica Sul
47
O melhOr dO mar de
polo náutiCo do estAdo
geRando sonhos
N
ão há números oficiais que comprovem isso, mas é bem
possível que Santa
Catarina já tenha ultrapassado São Paulo e Rio
de Janeiro e se tornado o
maior fabricante de barcos
de passeio do Brasil. Pelo menos em
jorge de souza
pesCA dA tAinhA
ronaldo amboni
a festa que Vem do maR
divulgação
quantidade de estaleiros, ninguém bate os catarinenses. São nada menos que 20 fabricantes, entre
grandes e pequenos (a começar pelo estaleiro que
mais cresceu nos últimos dez anos, a Schaefer Yachts), divididos em três regiões do estado: Joinville, Itajaí e Grande Florianópolis. Em Santa Catarina, quem quiser visitar vários fabricantes antes
de escolher um barco não precisa ir longe. Muito
menos viajar para outro estado.
A
tainha é uma espécie de símbolo de Santa Catarina, tanto quanto as praias repletas de mulheres bonitas no verão e as animadas festas alemãs de outubro. Mas, para ela, a época é outra; de maio a julho, quando os cardumes se aproximam
das praias e todo mundo sai para capturá-las. A fartura é tanta que, às vezes, uma só rede não dá conta. Para os pescadores catarinenses, a tainha é mais do que um
peixe. É um presente que eles ganham todos os anos do mar.
FArol de sAntA MArtA
A
A sereiA
KArol Meyer
Visual que não cansa
ela Vai fundo
S
natureza foi bem generosa ao criar a paisagem desta linda enseada, pertinho de Laguna, que outrora abrigou uma vila de pescadores e que os antigos hippies transformaram numa espécie de Meca para os amantes da paz e do amor, na década de
1970 — o que, de certa forma, se mantém até hoje. Mas o homem ainda resolveu
dar uma mãozinha e fincou ali um atraente farol, que acabou por batizar o próprio lugar. Resultado: um cenário que ninguém se cansa de olhar. Faróis existem aos montes na costa brasileira. Mas poucos tão bem integrados a uma cativante paisagem.
anta Catarina — quem diria? — tem até sereia! Ou
quase isso. A pernambucana Karol Meyer, há muito radicada em Florianópolis, é uma
consagrada mergulhadora que usa
só o próprio fôlego para ir fundo no
mar. E ponha fundo nisso! Ela já desceu mais de 120 metros de profundidade só nos pulmões e, certa
vez, passou 18 minutos (sim, 18 minutos!)
debaixo d’água, sem
respirar. É uma apneísta de ní-
divulgação
48
Náutica Sul
vel mundial. E também uma linda
mulher, como, aliás, toda autêntica
sereia costuma ser.
Náutica Sul
49
O melhOr dO mar de
a charmOsa Praia dO rOsa
Para quem sabe das coisas
S
aqui, eles
não faltam
RobeRto_Romanowski
Os rObalOs
da babitOnga
divulgação
e o que o você procura é uma praia (muito) bonita, com restaurantes transados e algumas das melhores pousadas do litoral
de Santa Catarina para um fim de semana romântico com sua cara-metade, seu destino
já está selado: siga para a charmosa Praia do Rosa, entre Imbituba e Garopaba, onde é possível encontrar tudo isso num só lugar, entre outras coisas
mais... Como boas ondas para surfar, uma lagoa rente ao mar e, nesta época do ano, baleias pertinho da areia. E tudo sem que “o” Rosa (assim mesmo, no masculino, como dizem os locais) perca a sua adorável rusticidade.
A
o fundo da baía da Babitonga há uma série de pequenos rios que nela desaguam
ricos em robalos, peixes que
os pescadores adoram. A pesca fica ainda mais produtiva se for feita no rio
Palmital, um pesqueiro que dificilmente decepciona os amantes
tanto da pesca convencional quanto da
esportiva, aquela onde o segundo prazer de quem fisga um peixe é devolvêlo à natureza. E ali, que natureza!
50
Náutica Sul
Náutica Sul
51
O melhOr dO mar de
restaurantes da Costa da Lagoa
Festas na prainha
barcO e balada Se cOmPletam
Só quem é da ilha Sabe
U
A
ma vez por ano, a esquecida prainha de Chico Serafim, em Governador Celso Ramos, se transforma e
vira o centro das atenções de quem gosta
de combinar barco com balada. Quando
isso acontece, até o nome da praia muda:
vira Xanahi, nome da festança que vara
dia e noite e atrai centenas de pessoas —
e outro tanto de barcos, já que praticamente não existe outro meio de chegar a esta
praia. A balada acontece na
Costa da Lagoa é um povoado de pequenas casas,
uma igrejinha e meia dúzia de rústicos restaurantes
numa parte isolada da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, onde não
existe acesso por terra
e só se chega de barco
— razão pela qual poucos turistas vão
até lá. Mas é perfeitamente possível
atravessar nas baleeiras que atendem
ao povoado, o que torna qualquer passeio para almoço ainda mais saboroso — no duplo sentido, porque os frutos do mar servidos nos restaurantes da
Costa da Lagoa são fresquíssimos.
jorge de souza
divulgação
própria areia, bem diante dos barcos, mas apenas uma
Baía da BaBitonga
os Botos-pesCadores de Laguna
O mar de dentrO de JOinville
ParceirOS dOS PeScadOreS
divulgação
A
baía que banha São Francisco do Sul, na metade do percurso, e Joinville, ao fundo, é a maior de Santa Catarina e abriga nada menos que
24 ilhas, além da de São Chico, que também é cercada de águas por
todos os lados. É um piscinão de mar tranquilo e
abrigado, que faz a alegria dos donos de barcos.
E, do lado de fora, a baía fica ainda mais linda.
vez por ano. Geralmente, uma semana antes do Carnaval. Anote desde já na agenda.
Q
ue golfinhos são seres inteligentes, a ciência já cansou de provar. Mesmo assim, o que acontece nas
águas do canal do porto de Laguna supera as expectativas. Ali, os “botos”, como
os catarinenses chamam os golfinhos,
não só se servem de sofisticadas artimanhas para cercar os cardumes de tainhas,
como transformam os próprios pescadores em parte da estratégia, ao usar as redes para ajudar a encurralar os peixes.
De quebra, eles enchem as
patrick rodrigues
tarrafas dos pescadores, num raro caso de
pesca em parceria. E o fenômeno acontece todos os dias.
52
Náutica Sul
Náutica Sul
53
O melhOr dO mar de
FortaLeza anhatomirim
Baía do Caixa d’aço
OS gOlfinhOS
dãO bOaS-vindaS
quem nãO gOSta?
N
Q
o passado, esta estreita baía de
Porto Belo era um porto tão abrigado para os barcos que ganhou
dos portugueses o nome de Caixa
d’Aço, porque era “tão segura quanto uma Caixa de Aço”. Séculos depois, a fama do mais
uem pegar um barco ou embarcar nos passeios de escuna rumo
à ilha-fortaleza de Anhatomirim, entre Floripa e o continente, terá grandes chances de vibrar com o passeio antes mesmo de chegar lá — porque é
formidável acidente geográfico do litoral catarinense só
bem provável que, no caminho, tope com os mais assíduos frequentadores daquelas águas, os golfinhos.
fotolia
divulgação
Eles costumam seguir os barcos com grande estardalhaço, para delírio dos turistas. Mas, mesmo que os simpáticos habitantes do entorno da
ilha não apareçam no dia em que você for fazer o passeio, sempre restará a própria fortaleza, que é uma bem cuidada lição de preservação da história.
divulgação
stand up em iBiraquera
faz aumentar, mas por outro motivo: os bares
flutuantes que foram criados dentro desta fechadíssima baía, com águas tão tranquilas quanto as
de uma piscina. Quem chega de barco, para, literalmente, ao lado das mesas e não quer saber
de outra coisa. No verão, quando tenta sediar a
maior festa náutica do estado (sempre proibida
em cima da hora), o Caixa d’Aço bomba de vez.
Mas nem a muvuca é capaz de macular a beleza desta linda paisagem.
empreendimentos
à Beira-mar
O ParaíSO dO SuP
M
Onde
Santa catarina
lança mOda
ais do que simples modismo, o
stand up paddle virou febre permanente no Brasil inteiro e não
é difícil saber por quê. Basta subir numa prancha e sair remando, como se estivesse caminhando sobre a água — não existe sensação mais gostosa. E tanto pode ser
no mar quanto nas lagoas, o
que transformou a barra de Ibiraquera, entre a
Praia do Rosa e Imbituba, numa espécie de paraíso das pranchas a remo, já que lá tem as duas coisas, uma ao lado da outra. Em Ibiraquera dá até
para sair do mar e entrar na água doce (ou viceversa) sem sequer descer da prancha.
S
anta Catarina foi o primeiro estado a colocar
em prática o conceito dos home-resorts, ou casas e apartamentos que mais parecem fazer
parte de um hotel de lazer, não de um simples
condomínio à beira-mar, e, também, o primeiro lugar a
ter um edifício que, além das habi-
tuais garagens, oferece também
vagas para barcos. Ou seja, um prédio com
divulgação
54
Náutica Sul
marina própria, como acontece no inovador Beach Towers, em Balneário Camboriú. Pelo lado da rua, entram
os carros. Pelo do canal, os barcos. Para embarcar em
qualquer um dos dois, basta entrar no elevador e descer até a garagem ou a marina. Mais prático, impossível.
Náutica Sul
55
Cava Don Román
novo traje de
Gala para as
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www.casaflora.com.br
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Alguns lugares e reportagens
que marcaram a primeira
década de NÁUTICA SUL
paraná
santa catarina
rio gr. do sul
são PaULo Boat sHow
Os barcos daqui que brilharam
no maior salão
náutico do país
oeste
catarinense
edição nº 51 | novembro – dezembro 2014 | r$ 8,90
A NATUREZA
COLORIDA DA
Rosa
PRaia do
o cHeF
PescaDor
O curioso bistrô que
serve os peixes que o
próprio chef pescou
01 capa sul 51_REV OK.indd 2
58
Náutica Sul
A praia mais romântica e charmosa
de Santa Catarina é, acima de tudo,
linda. E a melhor época para ir para lá
é agora, porque o calor já chegou e as
baleias ainda não foram embora
UMa LancHa,
trÊs Motores
O que muda numa lancha
quando só o que muda
é a potência do motor?
LitoraL a PÉ
Dois gaúchos caminharam
por todas as praias do Rio
Grande do Sul e Rio Grande
do Norte só para compará-las
24/10/14 20:33
Náutica Sul
59
O melhOr dOs nOssOs
s
Canal do Varadouro
Onde Os barcOs invadem a mata
JORGE DE SOUZA
Julho 2008
Julho 2011
nelson PICColo
sinônimO de vela
A
O
história do gaúcho que virou sinônimo de vela em
Porto Alegre foi contada no ano em que ele completou
50 anos de atividades com veleiros, seja velejando ou
construindo velas para eles.
DIVULGAÇÃO
mais famoso canal de navegação da região sul do país liga Cananéia, em São Paulo,
a baía de Paranaguá, no Paraná, sem depender
do mar. Atravessá-lo é misto de prazer e ousadia
em meio à natureza da maior faixa contínua de
mata atlântica que restou no país, como mostrou uma de nossas primeiras edições.
SeteMbro 2014
Itá
a igreja que virOu ilha
N
DIVULGAÇÃO
o sudoeste catarinense, os represamentos no rio Uruguai
criaram represas e geraram paisagens curiosas, como a igrejinha que ficou dentro d água, único resquício da parte velha da cidadezinha de Itá, que foi inundada. Não por acaso,
a igrejinha em forma de ilha virou símbolo da nova cidade,
mostrada no ano passado.
MOZART LATORRE
Julho 2014
Julho 2014
Guaraqueçaba
CanoaGem
extrema
espOrte
nO limite
CYRUS DAUGIN
O mundO d ´ água
dOs caiçaras
O
catarinense Marcelo Galízio é praticamente o único brasileiro adepto de um esporte
pra lá de radical: descz
cer cachoeiras a bordo
de um caiaque. Só que
ele não desce: despenca!
Como NÁUTICA SUL
mostrou recentemente.
Maio 2006
ralI de CaIobá
mais que cOmpetiçãO
60
Náutica Sul
Q
uase escondida num dos cantos da grande baía de Paranaguá, a pequena Guaraqueçaba esconde um tesouro: a natureza ainda preservada da cultura caiçara, em meio a baías,
rios cristalinos e muitas cachoeiras. Quem não conhece, custa a acreditar que isso ainda exista. NÁUTICA SUL foi conferir de perto.
DIVULGAÇÃO
D
urante alguns anos, o mais famoso rali náutico do
país foi, também, a maior festa do Iate Clube de Caiobá,
no Paraná. Nas primeiras edições, a festa da chegada começava dentro de uma balsa no meio da baía de Guaratuba e ia sendo levada até a sede do clube, com todo mundo
dançando dentro. Nunca se viu nada igual.
Náutica Sul
61
O melhOr dOs nOssOs
s
GUTO FONSECA
Maio 2014
Maio 2013
Jules soto
as melhores marInas
O guardiãO dO mar
Onde é melhOr e
mais segurO
C
DIVULGAÇÃO
om a criação do segundo maior museu oceanográfico do
país, em Piçarras, este professor gaúcho segue firme no seu propósito de espalhar museus e instituições sobre a vida no mar
por toda Santa Catarina. Sua saga foi contada em uma das edições do ano passado.
DIVULGAÇÃO
D
o Paraná ao Rio Grande do Sul, os melhores clubes,
marinas e garagens náuticas para guardar um barco e voltar para casa sossegado foram listados pela revista.
agoSto 2007
laGoa dos Patos
O mar dOs
gaúchOs
A
maior lagoa do país é
um mar de águas nem sempre tão tranquilas quanto se imagina, mas reserva
uma surpresa atrás da outra para quem se dispuser a
atravessá-la de ponta a ponta, como costumam fazer os
velejadores gaúchos. A revista acompanhou um grupo deles, em uma das suas
primeiras edições.
Janeiro 2015
agoSto 2007
JorGe dIas
sChaefer YaChts
estaleirO caseirO
JORGE DIAS
história
de sucessO
A
história do estaleiro
catarinense que mais cresceu no país nos últimos
dez anos - e que praticamente alavancou o pólo
náutico de Santa Catarina
- foi contada em uma das
primeiras edições da revista. De lá para cá, a Schaefer Yachts só fez aumentar
ainda mais.
Janeiro 2009
de florIPa a anGra
N
THOMAS SCHMIDT
uma das primeiras edições, um roteiro completo para quem quiser fizer uma das melhores velejadas do país, até hoje.
62
Náutica Sul
C
omo um paranaense construiu um veleiro no
quintal de sua casa, em Curitiba, mesmo sem ter nenhuma experiência nisso. NÁUTICA SUL publicou o
relato, passo a passo.
DIVULGAÇÃO
de um paraísO a OutrO
Náutica Sul
63
cruzadas náuticas
on
t
i
r
t
a
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o
oda lin
r
E
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a
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CoM
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Você eNteNde de mar?
S Para
tUnidadEtriton
r
o
P
o
E
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UM Mar ra adqUirir SUa
VoCÊ Pa
HORIZONTAIS
1 (Ingl.) O significado do pedido de socorro S.O.S. • 2 Resgate marítimo • 5 Violenta tempestade, com ventos em forma de
turbilhão e fortes chuvas • 6 (Nó) Locução que indica dificuldade que parece não ter solução • 9 País insular da Europa, com capital La Valetta • 11 A
face superior interna de um ambiente fechado • 12 Terraço reservado aos banhos de sol • 14 Movimento oscilatório de um navio em qualquer direção,
provocado pela agitação da água • 15 O nome do veleiro de três mastros com que Shackleton navegou rumo ao polo Sul, em 1914 • 16 O mergulhar
da proa do navio, no balanço de proa a popa produzido pela agitação do mar • 18 A continental é a parte do relevo submarino próximo ao litoral, de
agEndE
SEU atEndiMEnto
51 8118.8008
largura variável e com profundidade média de 200 m • 21 Mosquito também conhecido como borrachudo, de picada dolorosa • 23 (Náut.) Cada uma
das voltas de cabo ou amarra, quando enrolado de formas diversas • 24 Cada um dos eletrodos de uma válvula eletrônica • 25 A Fabiana remadora
brasileira campeã mundial em 2011 • 26 Troca da moeda de um país pela moeda de outro, considerando-se o valor das duas • 27 O primeiro sinal de
terra avistado pela esquadra de Pedro Álvares Cabral em terras brasileiras • 28 Diz-se de sentido cuja rotação é contrária à dos ponteiros do relógio.
300
riton
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il
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[email protected]
ANUNCIO TRITON 300.indd 1
mOZART lATORRE
Marina Pier 340 I Rua dos Pescadores, 340 I Ilha das Flores I Porto Alegre I RS
20/08/2015 13:06:27
Nome deste equipamento
reSpoStaS
daS cruzadaS
V
E
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T
I
C
A
I
S
1 Exploração do ar ou da água, por meio de aparelhos e processos técnicos especiais • 3 Cidade litorânea fluminense, próxima a Ilha Grande e também
à restinga de Marambaia • 4 A direção na esfera celeste simbolizada por SW • 5 O navegante italiano Cristóvão (1451-1506), descobridor da América
• 7 Veículo subaquático, com janelas, usado para explorar profundidades oceânicas • 8 (Fig.) A parte posterior de qualquer lugar • 10 Camarote
de navio ou iate • 11 Um processo de transmissão e reprodução do som a distância, por meio de fios, cabos ou ondas eletromagnéticas • 13 Área
limitada, marítima ou terrestre, isenta de impostos aduaneiros quanto às mercadorias ali fabricadas, ficando sujeitas a impostos somente no caso
de saída desta área • 16 Um animal como o siri ou a craca • 17 Porção de água que penetra em recorte da margem e forma uma pequena enseada
tranquila • 19 Ancoradouro • 20 Prolongamento do costado da embarcação, acima do convés descoberto • 22 Bracear as velas pelo lado oposto.
Náutica Sul 65
Elaboradas por A Recreativa — palavras cruzadas e passatempos — www.recreativa.com.br
w w w.t r i t o n b o a t s . c o m . b r
3 perguntas
divulgação
O REI DO REMO
Como não tinha dinheiro para ter um barco, o catarinense
Paulo Steuber foi de Blumenau a Belém do Pará remando
uma prancha de stand up paddle. E ele garante que foi bom
E
m janeiro do ano passado, o catarinense Paulo Steuber resolveu virar a mesa da própria vida
e realizar um velho sonho de infância: navegar
pela costa brasileira. Pediu demissão do emprego de montador de lanchas no estaleiro Azimut, em Itajaí, vendeu o carro para fazer algum dinheiro, se despediu da mulher e do filho, e partiu. Mas, como nunca
teve dinheiro para ter um barco, Paulo decidiu que iria
1
Não teria sido
mais fácil ir
de barco?
Mais fácil e confortável, sem dúvida.
Mas eu não tinha, como continuo não
tendo, dinheiro para ter um barco. Desde
pequeno, sempre quis conhecer a costa
brasileira e passei anos sonhando em ter
um veleiro, porque achava que só de barco
isso seria possível. Até que, um dia, caiu a
ficha que o meu sonho de verdade era fazer
aquela viagem, não necessariamente ter
um veleiro. Daí, fiz as contas e concluí que,
se vendesse o carro, eu teria dinheiro para
comprar uma prancha e, com ela, poderia
fazer a mesma viagem. Foi o que eu fiz. Em
dez minutos pedi demissão do emprego,
no mesmo dia avisei a família e em três
semanas já estava partindo. Se tivesse ido
de barco, não teria o apelo do desafio, muito
menos o do ineditismo. Acho que nunca
ninguém foi tão longe com uma prancha de
stand up paddle.
66
NáutIca sul
2
de Blumenau, onde vive, a Belém do Pará, onde terminaria a viagem, com uma simples prancha de stand
up paddle, mesmo não tendo experiência alguma com
pranchas a remo. No final de junho último, um ano e
cinco meses depois, ele terminou a viagem, de 5 400 quilômetros, que teve vários momentos difíceis, mas, mesmo assim, ele não se arrepende de nada. Como conta
nesta rápida conversa.
Não é uma distância
muito grande para ir
remando, ainda mais
uma simples prancha?
Sim, a distância era grande e, quando
decidi que faria a viagem, eu jamais tinha remado uma prancha. Só subi numa na véspera de partir e levei mais de um mês para
pegar ritmo nas remadas. Sai de Blumenau com uma bagagem minúscula, porque
numa prancha não cabe nada, e com tudo
o que sobrou da venda do carro, R$ 3 000.
Eu sabia que não daria até o fim da viagem
e que teria que ir pedindo ajuda, o que fiz todos os dias. Nem sempre consegui comida
de graça, cheguei a passar fome em lugares
onde não havia nada e dormia onde desse:
na praia, na varanda de alguma casa ou em
cima da prancha, quando não havia alternativa. Em Búzios, minha prancha foi roubada
e um grupo que vinha acompanhando a viagem pela internet fez uma vaquinha e me
deu outra. Felizmente encontrei, também,
muita gente boa pelo caminho.
3
Você faria
esta travessia
de novo?
Claro, mas, talvez, no sentido contrário, do norte para o sul, porque remar uma
prancha contra o vento, como acontece de
Búzios para cima, é bem cansativo. Teve um
dia, no Nordeste, que caí na água umas 20
vezes, por causa do vento. Às vezes, chegava tão esgotado que procurava uma pousada e passava dois ou três dias dentro do
quarto, praticamente só dormindo. Mesmo
assim, engordei cinco quilos, só de massa
muscular. No total, passei 110 dias remando
e outros 400 esperando brechas no tempo para voltar para o mar. Mas não me arrependo de nada. Difícil mesmo foi voltar
de ônibus de Belém até Blumenau e, ainda
por cima sem a prancha, que não coube no
bagageiro, porque não tinha dinheiro para
comprar uma passagem de avião. Mas, tudo
bem. Realizei o meu primeiro sonho. Agora,
tenho outros planos em mente.
NáutIca sul
67