360 graus-natal.ai
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CMYK 2 • CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, sábado, 27 de dezembro de 2014 • Diversão&Arte [email protected] COM SOPHIA WAINER Arquivo Pessoal A embaixadora dos EUA, Liliana Ayalde, e o marido, Luis Jorge Narvaez, com as filhas Tradiçõesdasfestasdefimdeanonorte-americanas As comemorações de Natal e ano-novo estão profundamente enraizadas na cultura popular e nas tradições familiares nos Estados Unidos. A grande maioria apresenta alguma combinação de comida caseira, boa companhia e práticas muito apreciadas como canções, filmes, danças, jogos, etc., mas os elementos específicos variam de região para região. Algumas atividades dessas festas são bem conhecidas no mundo todo. Entre elas estão a iluminação da árvore de Natal da Casa Branca e a descida da bola de ano-novo em Times Square, em NovaYork. Outras, no entanto, estão ligadas a determinadas regiões ou mesmo bairros e, por essa razão, provavelmente são menos conhecidas dos brasileiros. Nos estados do Colorado e do Novo México, por exemplo, as famílias de origem hispânica se reúnem para preparar os tamales de Natal, uma massa de milho com molho de chili verde ou vermelho e recheio de carne de porco. Esse prato exige muitas horas de preparação e muito amor. Os membros da família trabalham juntos para colocar o recheio sobre a massa com uma colher e depois enrolam na palha de milho antes de cozinhar em grandes fornadas. Em partes do Sul, o Hoppin’ John é a comida tradicional do dia de ano-novo e é feito com feijãofradinho, arroz e bacon. Acreditase que comer esse prato traz sorte e prosperidade para o ano que chega. Receitas de cookies de Natal que foram passadas de geração em geração também são comuns nessa época do ano. As luzes de Natal são uma tradição muito apreciada em diversos bairros. Determinadas ruas tornaram-se famosas localmente pela exibição anual de luzes de Natal, estátuas de Papai Noel, renas, pre- sépios e bonecos de neve. Todas as casas dessas ruas devem contribuir com a sua parte, decorando telhados, paredes, árvores e jardins com milhares de luzes e enfeites. As pessoas vêm de quilômetros de distância, andando ou dirigindo por essas ruas de árvores de Natal para admirar as decorações.Vêemse, com frequencia, caixas de doação para levantar fundos a uma caridade específica, como a prevenção contra o câncer, uma vez que o ato de doar é um aspecto importante das festas de fim de ano. O amor dos Estados Unidos pelo cinema fez com que essa arte também se tornasse um elemento central das comemorações das festas de fim de ano. Clássicos do cinema são exibidos repetidas vezes nos canais de rede e a cabo. Três dos filmes de Natal mais populares são: O Grinch, Uma História de Natal e Rudolph, a Rena do nariz vermelho. Para a véspera de ano-novo, o filme obrigatório é A felicidade não se compra, estrelado por James Stewart. O dia de ano-novo é um pouco diferente: milhões de norte-americanos assistem ao desfile do Rose Bowl na televisão. É um desfile muito festivo com bailarinos, cavaleiros, bandas marciais, elaborados carros alegóricos com as superfícies cobertas com materiais naturais como vários tipos de plantas e especialmenterosas(acorpreta,porexemplo, é obtida da casca de cebola). O desfile é seguido por vários torneios de futebol norte-americano entre equipes universitárias, chamados Bowls. É uma maneira mais tranquila e agradável de aproveitar o dia seguinte após ficar acordado até tarde para celebrar a véspera de ano-novo com amigos e pessoas queridas. Embaixadora Liliana Ayalde Cássia, eterna roqueira antes da apresentação, ouvi dela o seguinte comentário: “O início da turnê calhou de ser em Brasília, onde comecei minha carreira e onde sempre fico nervosa ao me apresentar”. A declaração foi publicada em matéria no Correio, sob o título Rock com guitarra desligada. No mesmo papo, ela observou: “O que faz soar rock é a atitude e a interpretação. Vá morar com o diabo, de Riachão, mesmo sendo um samba, pode ser rock”. Na entrevista, falando sobre o show que deu origem ao Acústico, Cássia disse:“Prefiro o palco ao estúdio. Mesmo que a qualidade da gravação não seja tão perfeita, é mais real”. Isso ela voltou a mostrar na apresentação no Ópera, que se tornaria histórica. Como se estivesse no mítico Bom Demais (bar que existiu na 706 Norte, no fim da década de 1980), de onde decolou para a fama e para o sucesso, mostrou-se inteiramente à vontade. Com uma performance arrebatadora, levou os fãs ao delírio, ao interpretar ECT (Carlinhos Brown, Nando Reis e Marisa Monte), Malandragem (Cazuza e Roberto Frejat), Bichos escrotos (Titãs), Primeiro de julho (Renato Russo), Partido alto (Chico Buarque), CMYK Na próxima segunda-feira, faz 13 anos que a música popular brasileira contemporânea perdeu uma de suas maiores estrelas, com a morte de Cássia Eller, no Rio de Janeiro. A cantora, naquele ano, havia participado do Rock in Rio, lançado o DVD Acústico MTV, seu projeto de maior êxito comercial,s e manteve-se na estrada com uma longa e desgastante turnê pelo país. A série de shows teve início em Brasília, em 5 de maio, no Ópera House, na Vila Planalto, onde hoje funciona a Net Live. Ao conversar com Cássia, dias Coroné Antônio Bento (João doVale) e, ainda, Sgt. Pepper’s lonnely hearts Club Band, dos Beatles. Um dos momentos de maior emoção do espetáculo foi quando ela, com suavidade, cantou o clássico do cancioneiro francês Non, je ne regrette rien(Charles Dumont e Michel Vaucaire), do repertório de Edith Piaf, por quem tinha grande admiração. Depois, no camarim, com seu jeito moleque de ser e sorrindo, explicou que o canto suave veio depois do pedido do filho Chicão. “Ele acha que eu grito muito, que devia cantar como a Marisa Monte.” Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press - 5/5/01 por Irlam RochaLima >> [email protected]