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Rev Ed Física / J Phys Ed (2016) 85, 2, 140-176 – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) 140 Anais do IX Congresso Internacional e XVI Congresso Brasileiro de Psicologia do Esporte Apresentações Orais Estado de ansiedade pré-competitiva em nadadores federados (AO001) Ivan Wallan Tertuliano1; Caio Graco Simoni da Silva1; João Vitor Rosa; José Maria Montiel1,2; Afonso Antonio Machado1 1Universidade 2Centro Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho; Universitário FIEO. Introdução: Investigar as habilidades psicológicas do ser humano, em competições esportivas, é de suma importância, pois podem interferir negativamente no desempenho do atleta, caso o mesmo não dê conta do processo de adaptação aos fatores psicológicos. Um dos fatores psicológicos que mais interferem no desempenho é a ansiedade. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar a ansiedade-estado (competitiva) em nadadores federados. Métodos: Participaram 25 nadadores e 14 nadadoras, com idade entre 12 e 16 anos, federados e atletas de clubes. Todos responderam a um questionário online, mediante autorização dos responsáveis através do termo de consentimento, livre e esclarecido (TCLE). O questionário utilizado foi a versão brasileira do Competitive State Anxiety Inventory (CSAI-2). O CSAI-2 engloba 27 itens, distribuídos por 3 subescalas: a) ansiedade somática; b) ansiedade cognitiva; c) autoconfiança. A pontuação mínima para cada escala é 9 e a máxima é 36. A ferramenta tecnológica utilizada foi Google Formulários. Os participantes responderam entre 3 dias antes da competição mais importante para a equipe na temporada de 2015. Os dados foram analisados através de estatística descritiva e inferencial, utilizando-se de testes não paramétricos, dado a natureza ordinal dos dados: Os testes utilizadores foram: teste de Friedman para diferenças intragrupos (com post hoc de Wilcoxon) e o teste U de Mann Whitney para diferenças entre grupos. O nível de significância foi 0,05. Os dados foram analisados com a utilização do software IBM SPSS Statistics 20. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significativa para nenhuma das subescalas: Somática (p= 0,837), Cognitiva (p=0,176) e autoconfiança (p= 0,247), ou seja, homens e mulheres apresentam resultados semelhantes. Na análise intragrupo, houve diferença significativa entre as médias de ansiedade somática, cognitiva e autoconfiança, apenas para os homens (p=0,00). O post hoc demonstrou que a diferença está entre autoconfiança e os demais aspectos (p< 0,02). Conclusão: Com base nos dados e no objetivo do trabalho pode-se concluir que os nadadores apresentam maior autoconfiança, em relação a ansiedade somática e cognitiva, do que as nadadoras, podendo ajudá-los na melhoria dos resultados na competição. Palavras-chave: natação, saúde mental, atletas. Indicadores das dimensões da síndrome de burnout nas categorias de base do futebol amador (A0002) Fábio José Silva Souza1; Daniel Alvarez Pires1; Gilmar Nonato de Souza2 Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) 1Universidade Federal do Pará (UFPA) – Campus Universitário de Castanhal; 2ABC da Bola - Belo Horizonte. Introdução: A realidade do futebol amador apresenta diferenças consideráveis de ordem social e econômica em relação ao futebol de alto rendimento. Entretanto, percepção de esgotamento físico e mental, desvalorização e sentimentos de abandono podem ser observados em ambos os contextos. Esses elementos estão associados à manifestação da síndrome de burnout, compreendida como uma reação ao estresse crônico que pode ocasionar o abandono da atividade esportiva. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo mensurar as dimensões da síndrome de burnout e suas dimensões em atletas das categorias de base do futebol amador de Belo Horizonte e avaliar o efeito das categorias na percepção de burnout. Métodos: Participaram do estudo 110 atletas, com idade média de 18,02±1,39 anos e idade média de início no futebol de 10,41±1,73 anos, sendo 49 da categoria sub-17 e 61 da categoria sub-20. Os participantes preencheram o Questionário de Burnout para Atletas (QBA) e um questionário sociodemográfico. Para a análise dos dados utilizouse a estatística descritiva e o teste U de MannWhitney. O índice de significância adotado foi p<0,05. Resultados: Os resultados do estudo aparecem na Tabela 1. Os atletas avaliados apresentaram índices baixos a moderados de burnout total e suas dimensões exaustão física e emocional, reduzido senso de realização esportiva e desvalorização esportiva. Conclusão: Portanto, os participantes estão pouco propensos à manifestação da síndrome. Não foram observados efeitos das categorias avaliadas (sub-17 e sub-20) sobre a percepção de burnout em jovens atletas de futebol amador. Palavras-chave: futebol, burnout, atletas. Tabela 1. Medianas de burnout total e suas dimensões em atletas de futebol amador de Belo Horizonte. Sub-17 Sub-20 Total P n=49 n=61 n=110 Exaustão Física 1,80 1,80 0,19 1,80 e Emocional Reduzido Senso 2,40 2,60 0,23 2,60 de Realização Desvalorização 2,00 2,40 0,12 2,40 Esportiva Burnout Total 2,00 2,47 0,07 2,27 Ansiedade pré-competitiva e estados de humor de jogadores de futebol profissional (AO003) Juliane Jellmayer Fechio1,2; Maria Stella Peccin1; Ricardo da Costa Padovani1 1Universidade 141 Federal de São Paulo;2Santos Futebol Clube. Introdução: Atletas de alto desempenho necessitam de um conjunto de habilidades que são fundamentais para o sucesso esportivo. Estudos têm evidenciado que sem as características psicológicas adequadas, o desenvolvimento e a manifestação da expertise tornam-se improváveis. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar a ansiedade pré-competitiva e os estados de humor de jogadores de futebol profissional antes de um jogo pelo Campeonato Brasileiro. Métodos: Participaram deste estudo 21 atletas, do gênero masculino, com idades entre 19 e 38 anos (média de 25,62 anos ± 6,08), jogadores de futebol de campo da equipe profissional de um clube que disputa a primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Humor de Brunel (BRUMS), que mensura seis estados de humor, e o Competitive State Anxiety Inventory-2R (CSAI-2R) que avalia a ansiedade précompetitiva (somática, cognitiva e autoconfiança). As aplicações foram coletivas, em três jogos diferentes. As duas primeiras avaliações aconteceram no auditório do clube onde os atletas treinavam e a terceira avaliação aconteceu no auditório do hotel onde os atletas estavam concentrados (o jogo foi em outro Estado). Os atletas estavam concentrados desde o dia anterior e foram avaliados no dia do jogo. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (No. 394.420). Para análise dos dados foi empregado o modelo de análise de variância com medidas repetidas e o método de comparações múltiplas de Bonferroni. Resultados: Em relação aos seis estados de humor (tensão, depressão, raiva, vigor, fadiga e confusão mental), o grupo apresentou resultados semelhantes nas três avaliações, com exceção da Tensão que a média no jogo 1 foi estatisticamente superior à média no jogo 3 (p<0,05) e da Confusão mental que no jogo 1 foi estatisticamente inferior às médias dos jogos 2 e 3 (p<0,05). Na avaliação da ansiedade pré-competitiva, a ansiedade somática foi estatisticamente maior no jogo 1 (p<0,05). Conclusão: Os achados evidenciam a importância do manejo dos estados emocionais negativos e da manutenção da autoconfiança e do vigor no esporte de alto rendimento. Adicionalmente, ilustra a importância do preparo psicológico de atletas de alto nível. Palavras-chave: futebol, saúde mental, atletas. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Relatos de ansiedade no contexto esportivo e a utilização de aparatos tecnológicos (AO004) Luciana Botelho Ribeiro¹; Afonso Antonio Machado¹; Kauan Galvão Morão¹; Altair Moioli¹, ²; Ivan Wallan Tertuliano¹ 1 Universidade Federal de São Paulo;2 Santos Futebol Clube. Introdução: A ansiedade é uma apreensão momentânea e negativa, na qual o indivíduo percebe as condições do ambiente como desfavoráveis e ameaçadoras. Dividida em traço de ansiedade, característica para sentir certo grau de ansiedade em diferentes situações e estado de ansiedade que mostra as reações do indivíduo em situação de tensão temporária. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar relatos de ansiedade pré-situacionais dos indivíduos no contexto esportivo e a utilização da tecnologia. Métodos: Participaram da amostra 40 indivíduos de ambos os sexos, 24 do sexo feminino e 16 do sexo masculino. A faixa etária que prevaleceu entre os participantes foi 18-30 anos (80%). Para coleta utilizou-se o questionário semiestruturado elaborado pelos pesquisadores com perguntas fechadas e abertas. Para maior acessibilidade e economia do tempo o questionário foi adaptado ao Google Drive® e compartilhado no Facebook®. Resultados: Após análise descritiva dos dados as modalidades mais praticadas pelos indivíduos foram musculação e corrida, com frequência semanal de 5 vezes por semana (35%). Em competições 60% dos indivíduos não utilizaram as tecnologias para monitorar seu rendimento, 27,5% utilizaram e os 12,5% restantes às vezes utilizaram a tecnologia. Nos treinamentos 40% não utilizaram tecnologia, 35% fizeram o uso da mesma e 25% alguns momentos. Os aparatos tecnológicos mais utilizados pelos participantes foram relógios e celulares, tanto em competições como treinamentos. 67,5% dos indivíduos sentiram-se ansiosos com seus resultados antes dos treinos e competições. Porém, 90% destes indivíduos relataram ficarem mais ansiosos em competições do que treinamentos (10%). 45% dos indivíduos não se preocuparam em saber como foi o seu rendimento por meio da tecnologia. Quanto à ansiedade antes de treinamentos e competições, 37,5% relataram ficar ansiosos, 37,5% relataram não ficar e 25% às vezes ficavam. A tecnologia foi utilizada para monitoramento das atividades com diversos objetivos como a busca de melhores resultados (75%) e traçar novos percursos (22,5%), entre outros. Conclusão: Concluiu-se que os indivíduos sentemse mais ansiosos em fases competitivas e, em sua 142 maioria, não utilizam tecnologia para monitorar rendimento. Vale ressaltar que a ansiedade é algo presente em todas as etapas do processo, variando a intensidade. Palavras-chave: futebol, saúde mental, atletas, tecnologia. Níveis de ansiedade em nadadores jovens do norte e nordeste do Brasil (AO005) Glauber Castelo Branco Silva1,2; Danielle Garcia de Araújo2; Denise Araújo Bringel1,3; Gislane Ferreira de Melo1 1Universidade Católica de Brasília; 2Universidade Estadual do Federal do Tocantins. Piauí;3Universidade Introdução: O estresse competitivo desencadeia fatores estressantes como a ansiedade. Em alguns atletas parece desencadear déficit de desempenho. Na tentativa de desenvolver estratégias eficazes, foram desenvolvidas teorias de ansiedade traço e estado competitivo, utilizadas na identificação da ansiedade nos mais diversos contextos esportivos. Objetivo: Comparar os níveis de ansiedade de atletas de natação por sexo, experiência, especialidades e nível competitivo. Métodos: Estudo observacional analítico, com 78 nadadores com idades entre 13 e 25 anos, de níveis regional, nacional e internacional. Foram utilizados os questionários (Sport Competition Anxiety Test – SCAT) e (Competitive State Anxiety Inventory – CSAI2), ambos validados para o português. Foram utilizadas estatísticas descritivas, teste de t Student, Anova One Way e uma regressão linear, utilizando o pacote estatístico SPSS- IBM 22.0. Resultados: Tabelas 1,2 e 3 Tabela 1 – Características dos nadadores do Norte e Nordeste - Brasil Nadadores Idade Frequência em treinos Anos de natação Tempo de competição A - Traço A - Cognitiva A - Somática Autoconfiança Total ±DP 15,69 ±2,80 5,97 ±1,45 7,85 ±4,13 4,06 ±3,16 20,44 ±2,85 21,20 ±6,24 20,46 ±5,95 24,14 ±5,18 Masculino ±DP 16,02 ±3,03 6,13 ±1,33 7,70 ±4,20 5,75 ±3,28 20,29 ±3,15 20,84 ±6,41 20,14 ±5,82 25,13 ±4,78 Feminino ±DP 15,26 ±2,45 5,76 ±1,57 8,05 ±4,10 1,88 ±0,80 20,64 ±2,46 21,67 ±6,07 20,9 ±6,23 22,85 ±5,30 DP: desvio padrão; P: p-valor, teste de t-Student para amostras independentes P 0,23 0 0,26 0 0,71 0 0,00 1 0,59 0 0,56 0 0,58 0 0,04 9 Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Tabela 2 – Níveis de Ansiedade Estado em nadadores do Norte e Nordeste – Brasil (AO005) Ansiedade Cognitiva 20,01±5,77 Categorias Infantil (n=32) Juvenil (n=22) Júnior e Sênior (n=24) p≤0,05 Provas 23,77±7,02 20,62±6,29 F=(2,75)2,81,p=0,06 Velocistas (n=43) Meio Fundistas (n=25) Fundistas(n=10 ) p≤0,05 Anos de modalidade 1-5 (n=28) 6-9 (n=25) ≥ 10 (n=25) p≤0,05 Nível competitivo Regional (n=15) Reg. e Nac.(n=35) Reg.Nac. Inter. (n=28) p≤0,05 Ansiedade Somática 19,06±5,50 22,92±5,62 22,72±5,11 20,08±6,34 25,33±5,53 Ansiedade Somática 21,53±5,92 20,92±7,18 20,50±6,50 F=(2,75)0,146,p=0,8 6 23,72±4,92 23,88±5,20 18,20±6,37 26,60±6,05 F=(2,75)1,76,p=0,17 8 Ansiedade Somática 20,32±6,03 20,80±5,37 20,28±6,05 F=(2,75)0,06,p=0,94 Ansiedade Somática 24,46±6,80* 21,17±6,45 20,03±5,0 F=(2,75)1,08,p=0,34 Autoconfiança 19,52±5,64 Ansiedade Cognitiva 23,20±7,58 20,37±5,39 24,21±4,86 F=(2,75)2,93,p=0,059 F=(2,75)1,47,p=0,23 Ansiedade Cognitiva 21,53±5,72 Ansiedade Cognitiva 20,92±6,10 21,12±6,11 21,63±6,74 F=(2,75)0,146,p=0,92 Autoconfiança 19,08±5,70 F=(2,75)1,30,p=0,2 7 Autoconfiança 22,75±4,92 24,96±5,15 24,88±5,83 F=(2,75)1,60,p=0,20 Autoconfiança 21,33±5,19* 24,34±4,74 25,39±5,30 F=(2,75)4,84,p=0,011 F=(2,75)3,22,p=0,045 Experiência Ansiedade Ansiedade Autoconfiança competitiva Cognitiva Somática 22,70±6,48 1-3 (n=20) 23,15±7,35 22,35±5,06 20,46±5,67 4-7(n=35) 19,34±5,42 24,10±4,46 20,96±6,75 ≥8 (n=28) 19,76±4,86 25,57±5,81 F=(2,75)0,81,p=0,44 F=(2,75)2,92,p=0,06 F=(2,75)2,26,p=0,11 p≤0,05 *p≤0,05 Anova One way, ansiedade somática e autoconfiança (nível competitivo) 143 Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) 144 Tabela 3 –Associação entre experiência competitiva e autoconfiança entre os sexos (AO005) Experiência competitiva Sexo R2 p≤0,05 Masculino 0,25* p=0,01 Autoconfiança * Regressão linear, efeito de predição sobre a variância (sexo masculino) Conclusão: Competidores de nível nacional e internacional apresentaram valores mais elevados de autoconfiança, bem como os nadadores são mais autoconfiantes que as nadadoras. Palavras-chave: natação, saúde mental, estresse, atletas. Concentração de cortisol salivar entre tenistas de elite, vencedores e perdedores do sexo feminino (AO006) Ivete Balen1; Maressa P. Krause1; Birgit Keller2; Carla C. Tagliari3; Cíntia L. N. Rodacki1; Ricardo W. Coelho2 1Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Curitiba, Brasil; 2Universidade Federal do Paraná (UFPR); 3Faculdades Integradas Santa Cruz de Curitiba (FARESC), Curitiba, Brasil. Introdução: O treinamento esportivo impõe um elevado grau de estresse físico e mental, os quais têm sido relacionados ao aumento do hormônio cortisol, classificando-o como um indicador do estresse psicofisiológico. Objetivo: Comparar as concentrações de cortisol salivar entre vencedores e perdedores em tenistas de elite do sexo feminino, durante uma etapa do torneio internacional de tênis. Métodos: Participaram deste estudo 48 atletas de elite, mulheres, inscritas nas categorias 16 (n=22) e 18 anos (n=26) da Copa Guga-Kuerten. As concentrações de cortisol foram coletadas através de amostra salivar, por meio do tubo Salivette®, e posteriormente analisada pelo método de ELISA. As coletas foram realizadas durante o meeting (cortisol-pré – C-pré) e logo após o término (cortisol-pós – C-pós) do jogo. A comparação entre atletas perdedores e vencedores foi realizada através de uma ANCOVA que utilizou os valores préjogo como covariante e os valores do pós-jogo como covariada, ao nível preditivo de p<0,05. Resultados: A comparação entre as concentrações de cortisol salivar entre vencedores e perdedores demonstrou não haver diferenças significativas entre as categorias, 12,5±6,7 x 13,5±5,6 (F1,98 = 0,650; p=0,422). Não foram observadas diferenças Feminino 0,015 p=0,49 entre vencedores e perdedores nas atletas de elite do sexo feminino, categorias 16 e 18 anos. Conclusão: Outros fatores que não a concentração de cortisol salivar, podem estar presentes e relacionados com o fato de vencer ou perder, os quais, não foram investigados neste estudo. Sendo assim, recomendam-se futuros estudos, com a inclusão de outras variáveis fisiológicas, psicológicas e sociais possibilitando uma melhor compreensão da interferência dos mesmos sobre o desempenho de atletas. Palavras-chave: tênis, estresse, atletas. Níveis de auto eficácia e ansiedade précompetitiva de jogadores de voleibol profissionais em função da posição em quadra (AO007) Francine Nogueira1; Bernardo Miloski2; Maurício Bara Filho1; Lelio Lourenço1 1Universidade Federal de Juiz de Fora; Sudeste Mineiro - FACSUM. 2Faculdade do Introdução: No voleibol profissional, cada função do jogador em quadra, de acordo com a sua posição, exige habilidades psicológicas específicas devido aos fundamentos realizados durante as partidas. Ainda não existem estudos que tenham investigado estas diferenças, sobretudo no que concerne à ansiedade pré-competitiva e à auto eficácia. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever e comparar os níveis de auto eficácia e ansiedade précompetitiva de jogadores profissionais de voleibol, em função da posição que ocupam em quadra. Métodos: Quatorze atletas do sexo masculino integrantes de uma equipe de voleibol de alto rendimento responderam a Escala de Auto eficácia Individual para o Voleibol e o Questionário de Ansiedade Competitiva no Esporte versão reduzida, antes das 33 partidas disputadas pela equipe em toda a temporada competitiva. O rendimento foi obtido através do programa Data Volley. Para análise dos dados, foi utilizada ANOVA one-way com post hoc de Tukey quando necessário. Utilizou-se o Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) software SPSS versão 20.0, adotando-se o nível de significância de 5%. Resultados: A Tabela 1 mostra a comparação das variáveis por posição dos jogadores em quadra. Tabela 1 – Média ± desvio-padrão das variáveis analisadas por posição (AO007) Variável/ Posição Auto eficácia Ansiedade Cognitiva Ansiedade Somática Autoconf. Lev. Líb. Cent. Pont. 65,3 ±13,8 * 9,6 ±1,5* 8,9 ±2,2* 14,9 ±3,4* Op. 61,3 ±4,9* 67,2 ±6,3 70,5 ±9,9 67,7 ±11,1 9,7 ±3,3* 9,5 ±2,8* 17,5 ±2,3 7,7 ±2,1 7,8 ±1,6 17,5 ±2,3 7,2 ±2,2 7,7 ±1,1 18,3 ±2,5 7,4 ± 2,3 9,6± 3,2* 17,5 ± 2,5 145 de acordo com a participação individual em “baixo tempo de jogo” (N=27/tempo ≤153min) e “alto tempo de jogo” (N=26/Tempo>153min) com poder do teste 0,95; tamanho do efeito 0,25. Aplicou-se o teste Alpha de Cronbach, estatística descritiva e o teste de Mann-Whitney, adotando p<0,05. O pacote estatístico utilizado foi o SPSS. Resultados: A confiabilidade geral do QBA foi de α=0,700. Não foram identificadas diferenças dos níveis de burnout dos jogadores com “baixo tempo de jogo” e com “alto tempo de jogo” (Tabela 1). Conclusão: Na competição analisada os níveis de burnout dos atletas de futebol sub-20 não foram influenciados pelo tempo de jogo. Palavras-chave: futebol, estresse, psicologia. Lev.: levantadores; Líb.: líberos; Cent.: centrais; Op.: opostos * Diferenças estatisticamente significativas (p<0,05). Conclusão: Concluiu-se que cada posição apresentou um perfil de auto eficácia e ansiedade, ressaltando que os levantadores apresentaram os menores níveis de autoconfiança, fato que pode ser negativo para o seu rendimento e influenciar o resultado dos jogos. Palavras-chave: tênis, estresse, atletas. O tempo de jogo em uma competição pode influenciar os níveis de burnout em atletas de futebol da categoria sub20? (AO008) Camila Cristina Fonseca Bicalho¹; Analice Rodrigues da Cruz¹; Hiago Luan Rolla Martins¹; Varley Teoldo da Costa¹ 1Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: A categoria sub-20 representa a última etapa da formação do atleta de futebol antes da profissionalização, e nesta fase, situações estressantes como as demandas impostas pelas viagens, competições e pressão dos treinadores, empresários e clubes podem levá-lo ao burnout. Objetivo: Comparar se o tempo de jogo influencia os níveis de burnout em atletas de futebol da categoria sub-20 durante uma competição. Métodos: Participaram 53 atletas de futebol de quatro equipes de Futebol dos estados de MG e PR da categoria sub-20 com 19,20 (±0,96) anos, que disputaram o Campeonato Brasileiro de Futebol Sub-20 em 2014. Foram utilizados o Questionário de Burnout para Atletas (QBA) e as súmulas dos três primeiros jogos da fase de grupos do Campeonato. Os atletas responderam ao QBA no dia anterior a uma partida eliminatória da fase de grupos do campeonato. Para análise, os atletas foram divididos Palavras-chave: futebol, estresse, atletas. Análise dos indicadores de estresse, recuperação e autoeficácia em treinadores de futebol de categorias de base ao longo de uma temporada esportiva (AO009) Felipe Gustavo dos Santos1; Varley Teoldo da Costa1 1Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: O estresse laboral afeta o desempenho esportivo e a saúde dos treinadores de futebol de categorias de base que são responsáveis pelo processo de formação de atletas. Para controlar os níveis de estresse é importante que os treinadores possuam eficientes estratégias de recuperação. Treinadores que se avaliam autoeficazes também são capazes de solucionar melhor os problemas laborais e possuem maior capacidade para maximizar o rendimento dos atletas. Objetivo: Comparar os níveis de estresse geral (EG), estresse específico (EE), recuperação geral (RG) e autoeficácia (AE) em treinadores de futebol de categorias de base ao longo de uma temporada esportiva. Métodos: Participaram 26 treinadores de futebol das categorias sub-15, sub-17 e sub-20, com idade média de 37,60 (±7,37) anos e tempo de prática 7,20 (±5,37) anos, dos principais clubes brasileiros de formação. O RESTQ-Coach foi utilizado para Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) avaliar estresse, recuperação e autoeficácia durante os períodos de férias, treinamento e competição de uma temporada esportiva. Utilizou-se estatística descritiva. A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk. Foi utilizado o teste de Friedman e o teste de Dunn para comparar e verificar a diferença entre as variáveis avaliadas ao longo da temporada esportiva. O nível de significância adotado foi de p˂0,05. Resultados: Houve aumento significativo nos níveis de EG (p=0,002) e EE (p=0,001). Os níveis de RG (p=0,025) apresentaram redução significativa ao final da temporada. Houve diferença significativa para os níveis de AE (p=0,057) (Tabela 1). 146 for Muscularity em praticantes de treinamento resistido. Métodos: Como proposta metodológica foi aplicado o questionário Drive for Muscularity Scale – DMS antes e após o trabalho de orientação educacional, elaborado para avaliar especificamente atitudes e comportamentos relacionados à busca por maior volume muscular, além de um questionário demográfico no início da coleta. Este trabalho teve duração de 8 semanas e foi composto por entrega de panfletos, explicações individuais dos temas abordados, além de cartazes expostos nas academias. A amostra foi composta por 82 indivíduos do sexo masculino com idades entre 18 a 35 anos (26,04±4,62). A análise dos resultados foi realizada por meio do Pacote Estatístico SPSS 20. Resultados: Observou-se uma redução na intensidade dos Comportamentos de investimento x =3,08 e Depois: x =2,78) Musculatura (Antes: x =3,39 e na musculatura (Antes: e na Orientação à Conclusão: Conclui-se que ao final da temporada esportiva os treinadores de futebol de categorias de base apresentaram maiores níveis de estresse e menores níveis de recuperação. Já a autoeficácia não sofreu interferência da temporada esportiva. Palavras-chave: tecnologia. futebol, saúde mental, treinadores, Eficácia de um programa de orientação educacional sobre indícios de drive for muscularity em praticantes de treinamento resistido (AO010) Francieli Pires Barbosa¹; Angela Nogueira Neves²; Afonso Antonio Machado³; Maria Regina Ferreira Brandão4; Marcelo Callegari Zanetti 1,3,4 1Universidade Paulista, São José do Rio Pardo, Brasil; 2EsEFEx - Rio de Janeiro, Brasil; 3LEPESPE/UNESP, Rio Claro, Brasil; 4Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil. Introdução: Os estudos da Imagem Corporal do homem são recentes, e ao contrário do que se imaginava estes também sofrem com a insatisfação corporal. O Drive for Muscularity pode ser entendido como o desejo de se alcançar o corpo ideal e ao grau de preocupação com a musculatura, o que pode relacioná-lo a distúrbios de imagem corporal como a Dismorfia Muscular. Programas de ação preventiva e de atenção vêm sendo estruturados ao longo das duas últimas décadas, porém ainda são as mulheres o grande público alvo desses programas, havendo ainda um déficit em relação aos cuidados com o público masculino. Objetivo: Verificar o efeito de um programa de orientação educacional sobre os indícios de Drive Depois: x =2,83). Conclusão: Os resultados parecem atestar a eficácia de um programa educacional sobre a redução da intensidade do Drive for Muscularity e possivelmente minimizar distúrbios de imagem corporal. Porém, faz-se necessário novos estudos envolvendo maior número de sujeitos e em diferentes regiões do país. Palavras-chave: esporte. treinamento resistido, psicologia do Percepção da autoimagem corporal em idosos ativos e inativos do DF (AO011) Patricia Galdino De Andrade Wollmann1; Letícia De Sena Pereira1; Sônia Rodrigues Lima1; Georgia Danila Fernandes D’oliveira Gonçalves2; Gislane Ferreira Melo2 1Faculdade LS; 2Universidade Católica de Brasília. Introdução: A imagem corporal é a representação mental do corpo e a percepção que o indivíduo tem sobre seu próprio corpo sendo influenciada constantemente pelos valores da sociedade. A prática de atividade física pode interferir no processo de envelhecimento, apresentando um resultado positivo em relação a autoimagem corporal, melhorando a capacidade funcional, influenciando na saúde, ocasionando benefícios físicos, psicológicos e sociais. Objetivo: Demonstrar e comparar a influência e importância que a pratica de atividade física exerce sobre a percepção da autoimagem corporal. Métodos: Trata-se de um estudo transversal onde foram avaliados 100 idosos com idade superior a 60 anos de ambos os sexos. Dos idosos avaliados 50 são praticantes de atividade física e 50 são Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) sedentários ou não praticam atividade física. Foi utilizado como técnica de coleta de dados dois instrumentos: um questionário sociodemográfico, e para avaliar a percepção da autoimagem corporal real e ideal aplicou-se a escala de silhuetas de Stunkard. Resultados: As diferenças de percepção da autoimagem corporal sobre envelhecimento relacionado ao sexo foram estatisticamente significativas (p=0,032), tanto homens como mulheres estavam satisfeitos com sua imagem corporal. Em relação às variáveis estado civil (p=0,779) e escolaridade (p=0,091), não houve resultados significativos, e em relação à escala de Stunkard também não houve discrepância dos dados. Conclusão: Sabe-se que a percepção da autoimagem corporal é um fator subjetivo podendo ser influenciado por multifatores, conceitos e valores que a mídia e sociedade impõe e pode influenciar direta ou indiretamente o indivíduo para um cuidado maior com a saúde. Nesse sentido sugere-se a continuidade do estudo com observações de outras variáveis, como influencia da mídia, da sociedade em relação ao processo de envelhecimento. Palavras-chave: autoimagem, idosos, atividade física. Estilos de suporte parental para a prática esportiva: uma investigação em jovens atletas brasileiros (AO012) Selso Ananias Sitoe ; Gislaine Contessoto Pizzo ; Andressa Ribeiro Contreira1; Caio Rosas Moreira1; Aryelle Malheiros Caruzzo1; Lenamar Fiorese Viera1 1 1Univesidade 1 Estadual de Maringá. Introdução: As influências parentais são fundamentais para o desenvolvimento psicossocial dos adolescentes e jovens, bem como para sua inclusão na prática esportiva. A valorização dos pais pelas conquistas dos filhos tem sido apontada como fator chave na superação das dificuldades que o contexto esportivo impõe ao jovem atleta, contudo, a cobrança excessiva por resultados pode refletir no desinteresse ou mesmo desistência. Objetivo: Investigar as percepções de estilos de suporte parental para a prática esportiva em jovens atletas brasileiros. Métodos: Participaram 355 atletas (média de idade 16,2 ± 0,8 anos), de ambos os sexos, praticantes de modalidades coletivas e individuais, participantes dos Jogos Escolares da Juventude 2015 (Fase final). O instrumento utilizado foi a Escala de Suporte Parental. Para a análise dos dados, foram utilizados os testes Kolmogorov 147 Smirnov e o Teste de Friedman, adotando-se p<0,05. Resultados: Os resultados apontaram diferenças significativas nas percepções dos atletas sobre os estilos parentais de Suporte emocional, Superproteção e Rejeição, tanto para o pai (p=0,001) quanto para a mãe (p=0,001). Na comparação aos pares, o Suporte de Rejeição (mãe Md=2,75; pai Md=2,63) apresentou resultados superiores e significativos quando comparados aos estilos parentais de Suporte Emocional e Superproteção (p=0,001). Foram observadas diferenças significativas no Suporte Emocional e Superproteção (p=0,001), com valores superiores para o Suporte emocional tanto do pai quanto da mãe. Os jovens atletas brasileiros apresentaram percepção do estilo parental de rejeição tanto do pai quanto da mãe, que pode ser marcado por comportamentos dos pais com traços de oposição ou desvalorização, desconsiderando o ponto de vista dos filhos nas tomadas de decisões. Conclusão: Tais percepções dos atletas podem ser típicas da faixa etária (15 a 17 anos), que se caracteriza por uma etapa de transição da adolescência para a vida adulta, na qual são observados conflitos emocionais e exacerbada percepção de competência, que dificultam as relações com os agentes mediadores do seu desenvolvimento. Palavras-chave: autoimagem, idosos, atividade física. O sentido do esporte para atletas com e sem deficiência: uma compreensão fenomenológica (AO013) Erika Hofling Epiphanio; Emanuella Matos da Silva; Marluce Silva de Lima; Roseana Pacheco Reis Batista; Sonha Maria Coelho de Aquino Introdução: A fundamentação teórica desta pesquisa parte da Fenomenologia enquanto visão de homem e também enquanto método de investigação. A Fenomenologia acredita que a busca do conhecimento deve partir das coisas-mesmas, isto é, parte-se da experiência vivida a partir do relato de quem a vivenciou. Este estudo pretende oferecer um maior conhecimento das vivências subjetivas destes atletas, a fim de ampliar as possibilidades de acesso ao esporte para indivíduos com deficiência, bem como auxiliar a um melhor aproveitamento das vivências esportivas por todos os praticantes. Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo compreender o sentido do esporte competitivo para praticantes de atletismo com e sem deficiência, partindo de suas vivências. Métodos: Foram realizadas quatro entrevistas abertas: duas com atletas e duas com paratletas, Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) todos eles praticantes de atletismo profissional. As entrevistas partiram de uma questão mobilizadora que tinha o objetivo de obter um relato pessoal sobre as experiências esportivas destes indivíduos. As entrevistas foram analisadas com base no método qualitativo proposto por Giorgi (1985) em que após a transcrição das entrevistas, entra-se em contato intenso com o conteúdo do relato para identificação de unidades significativas para posteriormente compor a compreensão do fenômeno estudado. Resultados: Após as análises pode-se concluir que existem vivências semelhantes entre o grupo de atletas e paratletas destacando o atletismo como abertura de possibilidades para o ser-no-mundo do atleta, tanto com relação às conquistas propriamente dita, mas também pelo reconhecimento social obtido a partir de bons resultados no esporte. Conclusão: O bom relacionamento com treinadores é um fator que também se destaca nos relatos estudados, pois quando há uma cumplicidade entre treinador e atleta o processo de envolvimento do atleta torna-se mais efetivo. A superação de adversidades sociais pelo esporte foi bastante presente em todos os relatos, no entanto para os paratletas é possível também destacar a superação das adversidades físicas. Palavras-chave: paratletas, psicologia do esporte, atletismo. Necessidades psicológicas básicas de jovens atletas brasileiros: um estudo em função das modalidades esportivas (AO014) Andressa Ribeiro Contreira1; Gislaine Contessoto Pizzo1; Selso Ananias Sitoe1; Caio Rosas Moreira1; José Roberto Andrade do Nascimento Junior2; Lenamar Fiorese Viera1 1Universidade Estadual de Maringá (UEM);2Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Introdução: O contexto esportivo tem sido considerado um elemento interveniente na percepção de satisfação das necessidades psicológicas básicas de competência, autonomia e relacionamento dos atletas, as quais são elementos universalmente essenciais para o desenvolvimento da autodeterminação, integridade e bem-estar geral dos indivíduos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo comparar a satisfação das necessidades psicológicas básicas de jovens atletas brasileiros participantes dos Jogos Escolares da Juventude 2015 em função das modalidades esportivas (individuais e coletivas). Métodos: Participaram 186 atletas, de ambos os sexos, com média de idade 16,2 ±0,8 anos, sendo 148 48,4% praticantes de modalidades coletivas (voleibol, basquete, handebol, futsal) e 51,6% de modalidades individuais (natação, tênis de mesa, judô, ciclismo, atletismo, ginástica rítmica, luta olímpica, xadrez). O instrumento utilizado foi a Escala de Satisfação das Necessidades Básicas no Esporte (BNSSS). Para a análise dos dados foram utilizados os testes Kolmogorov Smirnov e U de Mann-Whitney, adotando-se p<0,05. Resultados: Foi encontrada diferença significativa na satisfação da necessidade psicológica básica de competência (p=0,005), que se refere à necessidade do indivíduo sentir-se efetivo e competente para alcançar os resultados desejados, na qual os atletas de modalidades individuais apresentaram valores superiores (Md=6,25) em comparação aos atletas de modalidades coletivas (Md=5,75). Para as demais necessidades psicológicas básicas não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (p>0,05) (Tabela 1). Tabela 1 - Comparação dos índices de autonomia, competência e relacionamento dos jovens atletas brasileiros em função das modalidades esportivas (n=186) Satisfação das Necessidades Psicológicas Básicas no esporte Autonomia Competência Relacionamento Coletivas (n=96) Md (Q1; Q3) Individuais (n=90) Md (Q1; Q3) 6,80 (6,60; 7,00) 5,75 (5,25; 6,50) 6,67 (6,0; 7,00) 7,0 (6,60; 7,00) 6,25 (5,50; 6,75) 6,33 (5,67; 7,00) P 0,353 0,005 0,358 Conclusão: Os jovens atletas brasileiros de modalidades individuais percebem maior satisfação na necessidade psicológica básica de competência quando comparados aos atletas de modalidades coletivas. Palavras-chave: atletas, adolescentes, esporte, psicologia. Motivação tarefa-ego esportivo de jovens (AO015) e potencial alunos-atletas Luiza Nascimento Matozinhos1; Renato Melo Ferreira1; Emerson Filipino Coelho1; Luciano Miranda2; Hugo Leonardo Barros de Paula1; Bárbara Bepler Pires3; Gabriela Teixeira3; Caio Márcio Aguiar1; Fábio Junio de Miranda Silva1; Francisco Zacaron Werneck1 1Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Centro Desportivo (CEDUFOP), Laboratório de Estudos e Pesquisas do Exercício e Esporte (LABESPEE), Grupo de Estudos do Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Jovem Atleta (GEJA); 2Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF); 3Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Introdução: A motivação para a tarefa está relacionada com a motivação intrínseca e a autodeterminação. No esporte infanto-juvenil, existe a necessidade de se conhecer a relação entre a motivação e o potencial esportivo dos jovens, no sentido de contribuir para a melhoria dos processos de identificação e desenvolvimento de talentos. Objetivo: O presente estudo analisou diferenças no perfil de motivação entre alunos-atletas em função do seu potencial esportivo avaliado pelo treinador. Métodos: Participaram do estudo 385 alunosatletas de uma escola militar de Minas Gerais (218 meninos; 167 meninas), com idade entre 11 e 18 anos (14,7±2,0 anos). A motivação foi avaliada pela versão portuguesa do Questionário de Orientação para Tarefa ou Ego no Esporte (TEOSQ). O potencial esportivo dos alunos foi classificado pelo treinador em baixo e alto. A análise foi feita através do teste t de Student independente, adotando nível de significância de 5%. Resultados: O potencial esportivo dos alunosatletas, foi classificado em: baixo potencial (n=198; 97 meninos; 101 meninas) e alto potencial (n=187; 121 meninos; 66 meninas) (Tabela 1). Conclusão: Concluiu-se que a orientação de motivação voltada para a tarefa é maior nos alunosatletas com alto potencial esportivo avaliado pelo treinador quando comparados aos de baixo potencial esportivo, e que esta diferença parece ocorrer apenas no sexo masculino. Palavras-chave: esportes, psicologia do esporte. adolescentes, desempenho, Autoconhecimento, gestão de estresse e motivação: relato de experiência em equipe profissional de futebol (AO016) Bruno Bember Lofiego¹; Arthur Bernardino Domene Sena¹; Felipe Modenese¹; Fernando Faria Rodenas¹; Afonso Antonio Machado¹ 1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. 149 Introdução: Realizado em equipe profissional de futebol do interior paulista nas dez partidas da fase final de um campeonato estadual, o trabalho em questão, desenvolvido por integrantes do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte (LEPESPE), atuou no campo psicológico e motivacional dos atletas, desgastados emocionalmente por obrigação de resultado. Objetivo: Com a atuação pautada em autoconhecimento, gestão de estresse e motivação, objetivou-se recuperar o equilíbrio emocional e motivação de uma equipe que vinha desgastada emocionalmente. Métodos: A partir desse resgate, foi possível almejar uma das duas primeiras colocações que resultariam em acesso da equipe à divisão superior ao término do campeonato. O trabalho foi desenvolvido na perspectiva qualitativa com os 27 atletas profissionais que compunham o plantel do time. As atuações foram pautadas em análises de dados obtidos em encontros psicológicos de grupo. A presença do psicólogo na rotina da equipe permitiu melhor análise do campo na coleta de dados e atuação, a partir de atividades em parceria com a comissão técnica, dirigentes e torcida. Resultados: Os dados analisados permitiram evidenciar situações aversivas individuais e coletivas da equipe naquele dado momento. A partir da análise de dados estressores, foi possível auxiliar, individual e coletivamente, o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento e motivação. Durante o processo, o grupo relatou melhora em sua autoconfiança e pode ser observado resultado positivo em campo, com quatro vitórias e um empate. Conclusão: O time atingiu a pontuação necessária, o que pode demonstrar que o trabalho ocorreu de maneira eficiente. A presença dos pesquisadores e a aplicação dos conhecimentos da Psicologia do Esporte demonstraram efetividade na rotina da equipe mesmo em curto período. Em reunião final, atletas e comissão técnica expuseram que o trabalho os auxiliaram e teve participação em autoconhecimento, confiança, motivação e rendimento. Palavras-chave: futebol, atletas, desempenho, psicologia do esporte. A influência do tempo de prática na motivação de atletas de futebol sub-20: estudo de caso (AO017) Maurício José de Souza Filho1; Israel Teoldo da Costa2; Varley Teoldo da Costa1 1Universidade Federal de Minas Gerais; Federal de Viçosa. 2Universidade Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Introdução: Atletas de futebol apresentam inúmeros motivos para se engajarem e permanecerem no esporte. Sabe-se que a motivação pode variar com o passar do tempo, porém pouco se sabe sobre a influência do tempo de prática na motivação de atletas de futebol. Objetivo: Analisar a influência do tempo de prática sobre a motivação de atletas de futebol sub-20. Métodos: Foram avaliados 111 atletas masculinos (18,58 ± 1,06 anos), participantes do Campeonato Mineiro de futebol sub-20. A mediana do tempo de prática foi de 10 anos. Foi utilizado o Questionário de dados demográficos e a Escala de motivação no esporte (SMS). Aplicou-se o teste Alpha de Cronbach e Kolmogorov-Smirnov, seguido de estatística descritiva e teste ‘U’ de Mann-Whitney, adotando p<0,05. Resultados: A confiabilidade geral do SMS foi de α = 0,903. Houve diferença na comparação do tempo de prática entre os grupos “abaixo de 10 anos de prática” e “acima de 10 anos de prática” (p<0,001), com tamanho de efeito grande (r = 0,85) (Tabela 1). Conclusão: Concluiu-se que não houve influência do tempo de prática na motivação de atletas que disputaram o Campeonato Mineiro de futebol sub20. Palavras-chave: futebol, atletas, motivação. Perfil motivacional de uma equipe de futebol profissional no início da temporada esportiva (AO018) Leonardo Henrique Silva Fagundes¹; Cleiton Pereira Reis¹; Varley Teoldo da Costa¹ 1Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: No futebol profissional, a motivação intrínseca, a motivação extrínseca e a desmotivação podem ser consideradas como elementos importantes que interferem na conduta do atleta frente as demandas de treinamentos e jogos. Objetivo: O objetivo do estudo é verificar o perfil motivacional dos atletas de uma equipe de futebol profissional. Métodos: Participaram do estudo 32 atletas de futebol profissional (24,15±4,57 anos). Foi utilizado 150 o instrumento: Escala de Motivação no Esporte (SMS), que mede as dimensões motivação intrínseca, motivação extrínseca, desmotivação e fornece um índice de autodeterminação. Em uma escala de Likert de 7 pontos (1-7). A coleta de dados aconteceu no primeiro dia de reapresentação dos atletas após as férias, na temporada 2015 e os valores foram considerados como basal. Foi feito um teste de normalidade de Shapiro Wilk, e verificou-se que os dados apresentaram uma distribuição não paramétrica. Utilizou-se o teste de Friedman (p<0,05) para análise dos valores médios das dimensões. Para a comparação entre as dimensões, foi utilizado o teste de Wilcoxon com a correção de Bonferroni (p<0,017). Utilizou-se o pacote estatístico SPSS versão 20.0 para as análises. Resultados: A Tabela 1 mostra que existe uma diferença estatística entre as dimensões de motivação para os atletas de futebol profissional. Na Tabela 2, observar-se que para os atletas analisados, os níveis do índice de autodeterminação são maiores que os níveis de motivação intrínseca (Z= 4,62, p=0,001), motivação extrínseca (Z= -4,32, p=0,001) e desmotivação (Z= -4,82, p=0,001). Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Conclusão: Concluiu-se que não houve influência do tempo de prática na motivação de atletas que disputaram o Campeonato Mineiro de futebol sub20. Palavras-chave: futebol, atletas, motivação. Relação entre os níveis motivacionais e a eficácia coletiva de atletas do handebol paranaense (AO019) Vandressa Teixeira Ribeiro1; Patrik Felipe Nazario1; Caio Rosas Moreira1; Marcus Vinicius2 Mizoguchi; José Roberto Andrade do Nascimento Junior3; Lenamar Fiorese Vieira1 1Universidade Estadual de Maingá; 2Universidade Federal de Mato Grosso; 3Universidade Federal do Vale do São Francisco. Introdução: A motivação tem sido considerada um fator psicológico interveniente importante no contexto esportivo, e seus estudos têm como objetivo geral aperfeiçoar as ações do ser humano, contribuindo para a melhora de habilidades, alcance de metas e das necessidades individuais e/ou coletivas de atletas. Objetivo: Correlacionar os níveis motivacionais e a eficácia coletiva dos atletas de handebol dos Jogos Abertos do Paraná de 2014. Métodos: Fizeram parte do estudo 154 atletas (24,51±6,55 anos), sendo 90 do sexo masculino e 64 do sexo feminino. Os instrumentos utilizados foram a Escala de Motivação para o Esporte (SMS) e o Questionário de Eficácia Coletiva para o Esporte (CEQS). Para análise dos dados utilizou-se os testes Kolmogorov-Smirnov e o teste de correlação de Spearman, adotando p<0,05. Resultados: Foram encontradas correlações significativas entre a eficácia coletiva e motivação dos atletas de ambos os sexos; com relação ao sexo feminino verificaram-se correlações negativas entre a dimensão de amotivação e as dimensões de eficácia coletiva de habilidade (p=-0,27), esforço (p=-0,34), persistência (p=-0,34) e união (p=-0,34); enquanto no sexo masculino, observaram-se correlações significativas positivas entre a dimensão de motivação intrínseca por experiências estimulantes com as dimensões de eficácia coletiva de habilidade (p=0,22) e esforço (p=0,29), e entre a dimensão de motivação intrínseca para atingir objetivos com a dimensão de eficácia coletiva de preparação (p=0,23). Conclusão: A percepção de eficácia coletiva das equipes do handebol paranaense, apresentou maiores correlações com a motivação intrínseca de experiências estimulantes e para atingir os objetivos competitivos. Palavras-chave: handebol, atletas, motivação. 151 Propriedades psicométricas do questionário de relacionamento treinador-atleta (CART-Q) versão atleta para o contexto esportivo brasileiro (AO020) José Roberto Andrade do Nascimento Júnior1; João Ricardo Nickenig Vissoci2; Sophia Jowett3; Constanza Pujals2; Renan Codonhato4; Lenamar Fiorese Vieira4 1Universidade Estadual de Maingá; 2Universidade Federal de Mato Grosso; 3Universidade Federal do Vale do São Francisco. Introdução: O relacionamento treinador-atleta tem sido considerado como fundamental para o desenvolvimento psicossocial, motor e físico de atletas, influenciando diretamente na carreira esportiva. A base teórica para estudo dessa relação tem se pautado na perspectiva da liderança, desta forma, o contexto das relações sociais tem recebido menor atenção. Para suprir essa necessidade, foi desenvolvido o Questionário de Relacionamento Treinador-Atleta (CART-Q), que avalia esse relacionamento na perspectiva teórica dos 3 C’s (comprometimento, complementariedade e proximidade). Objetivo: O estudo teve como objetivo analisar as propriedades psicométricas da versão brasileira do CART-Q. Métodos: Foram realizados três estudos: no Estudo 1, o questionário original foi adaptado para o contexto brasileiro por quatro tradutores e cinco experts em psicologia do esporte; o coeficiente de validade de conteúdo (CVC) e entrevistas foram usados para a análise; Participaram do Estudo 2, 364 atletas de modalidades individuais e coletivas, com análise feita por meio do alpha de Cronbach e Análise Fatorial Confirmatória (AFC); Para o Estudo 3, uma amostra independente de 185 atletas respondeu o CART-Q e o Task and Ego Orientation in Sport Questionnaire (TEOSQ) para validade externa, e 50 atletas responderam o CART-Q em dois momentos para avaliar a estabilidade temporal; Correlação de Spearman, Coeficiente de CorrelaçãoIntraclasses (CCI) e AFC foram usados para análise dos dados. Resultados: O instrumento apresentou questões claras e relevantes (CVC >0,80); a consistência interna foi satisfatória (α >0,70/CC >0,70); o modelo com 11 itens apresentou ajuste satisfatório (X2/gl = 3,03; CFI = 0,96, GFI = 0,94; TLI = 0,94; RMSEA = 0,08). Conclusão: Com os resultados do presente estudo, foi evidenciada a validade externa (r >0,40) com o TEOSQ e a interna (AFC com amostra independente), e a estabilidade temporal aceitável (CCI >0,70). A versão brasileira do CART-Q para o Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) contexto esportivo brasileiro mostrou-se válida para avaliar a percepção do atleta sobre sua relação com o treinador. Palavras-chave: validade interna, propriedades psicométricas, atletas. validade externa, Validação do Learning Climate Questionnaire (LCQ): um questionário para avaliação do clima de aprendizagem (AO021) Luciane Cristina Arantes da Costa¹; Jorge Both²; Patricia Carolina Borsato Passos3; Alexandre Igor Araripe Medeiros4; João Marôco5; Lenamar Fiorese Vieira¹ 1Universidade Estadual de Maringá (UEM); 2Universidade Estadual de Londrina (UEL); 3Universidade do Paraná (UNIPAR); 4Universidade Federal do Ceará (UFC); 5Instituto Universitário (ISPA). Introdução: O clima de aprendizagem é considerado uma atmosfera apropriada para que os alunos possam criar vínculos afetivos no ambiente escolar, influenciando sua motivação. Objetivo: Validar o questionário Learning Climate Questionnaire (LCQ) para a realidade brasileira. Métodos: A adaptação transcultural foi realizada por três doutores em Psicologia do Esporte envolvidos no processo de avaliação de validade de conteúdo, após a realização da tradução e do back translation. Para a avaliação da consistência interna e validação do constructo do LCQ a amostra foi composta por 403 alunos de escolas estaduais do noroeste do Paraná. A Análise Fatorial Confirmatória foi realizada por meio do Método de Máxima Verossimilhança. Resultados: Os resultados evidenciaram que a versão para a língua portuguesa contém questões adequadas em relação à clareza de linguagem e pertinência prática (CVC>0,83). A fidedignidade teste-reteste foi satisfatória (R=0,72). A análise fatorial confirmatória apresentou índices de ajustamento adequados (X2/gl = 2,81, GFI = 0,92, CFI = 0,93, TLI = 0,92, RMSEA = 0,06). Conclusão: Concluiu-se que a versão para a língua portuguesa do LCQ mostrou-se válida para avaliar o clima de aprendizagem no contexto escolar brasileiro. Palavras-chave: clima psicológico, aprendizagem, validação. 152 Tradução, adaptação transcultural e estrutura fatorial da versão brasileira do Inventário de Impulsividade de Dickman (AO022) Áurea Kely Viana Gomes1; Maicon Rodrigues Albuquerque1 1Universidade Federal de Viçosa. Introdução: O tema impulsividade tem sido tratado como negativo em diversos contextos (ex. transtornos psiquiátricos), no entanto, alguns autores acreditam que as consequências da impulsividade nem sempre são negativas. Por exemplo, em modalidades esportivas (ex. modalidades abertas) os praticantes devem responder de forma rápida já que o tempo disponível para as tomadas de decisões é restrito. Objetivo: O presente estudo teve como objetivos traduzir, adaptar e validar o instrumento Dickman’s Impulsivity Inventor para aplicação em adultos brasileiros, já que este é o único instrumento de impulsividade que investiga sua dimensão funcional (IF) e disfuncional (ID). Métodos: O instrumento foi traduzido e adaptado seguindo uma metodologia rigorosa, que inclui a duas traduções independentes, síntese das traduções e duas retrotradução feitas também de forma independentes, análise de vieses e discrepâncias por dois especialistas com experiência em adaptação transcultural. A versão final foi aplicada em 405 estudantes universitários. Os dados foram analisados por meio de Análise Fatorial Confirmatória (AFC) e Exploratória (AFE). Também foi avaliada a validade convergente e discriminante realizando análises de correlação de Pearson, a consistência interna foi avaliada por meio do alfa de Cronbach (α) e a confiabilidade teste-reteste foi verificada por meio do Coeficiente de Correlação Intraclasse (ICC) e pelo teste t pareado de Student para comparar as resposta em um intervalo de duas semanas. Resultados: A AFC indicou que a versão de 23 itens não se adequou aos ajustes do modelo. A AFE com 18 itens indicou medidas de ajuste adequados [CFI = 0,923; TLI = 0,90; RMSEA = 0,057], que juntamente com os valores da consistência interna (IF = 0,73 e ID = 0,75), da validade convergente e do teste-reteste confirmaram a qualidade do instrumento na versão brasileira. Conclusão: Conclui-se que esta adaptação apresenta-se pronta para utilização em adultos brasileiros semelhantes à amostra do estudo. Palavras-chave: impulsividade, propriedades psicométricas. validação, adaptação, Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Exploratory Structural Equation Modeling (ESEM): evidências de validade da escala de paixão (AO023) Evandro Morais Peixoto1; Ricardo Castillo de Almeida2; Leonardo Pestillo de Oliveira3; Tatiana de Cássia Nakano2; Marcos Alencar Abaide Balbinotti2 1Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCC; du Quebéc à Trois Riviéres – UQTR; 3Centro Universitário Cesumar - UniCesumar. 2Université Introdução: Análise Fatorial Exploratória (AFE) e Analise Fatorial Confirmatória (AFC) são métodos comumente utilizados por pesquisadores em Psicologia do Esporte e do Exercício Físico (PEEF) que objetivam estimar evidências de validade dos instrumentos desenvolvidos na área. Mais especificamente a AFC tem se caracterizado como principal abordagem na avaliação do ajuste dos dados empíricos observados aos modelos teóricos, avaliação da invariância de modelos fatoriais e função diferencial do item (DIF) frente a diferentes grupos. Contudo, a alta restrição destes modelos, nos quais os itens são intencionalmente dispostos a correlacionar-se com apenas um fator tem ocasionado algumas falhas nas buscas de tais evidências, as quais podem ser solucionadas fazendo-se uso do Exploratory Structural Equation Modeling (ESEM) para avaliação da estrutura interna dos instrumentos desenvolvidos em PEEF. Dentre as principais características deste modelo encontram a interação das principais funções da AFE e AFC. Com base em informações prévias o pesquisador estabelece o número de fatores e uma estrutura complexa onde todos os itens podem se relacionar com todos os fatores é estimada. Um exemplo de aplicação da ESEM foi realizado com a versão brasileira da Escala de Paixão, desenvolvida pelo canadense Robert Valerand e colaboradores, que se baseia no modelo bidimensional da Paixão: Harmoniosa (6 itens) e Obsessiva (6 itens). Objetivo: O presente estudo teve como objetivos avaliar as propriedades psicométricas da escalada paixão (ESEM). Métodos: O instrumento foi aplicado em 709 atletas brasileiros (idade: 16,62±3,20; 58,4% homens). Resultados: Diferentes modelos fatoriais, estimados com métodos adequados a itens ordinais (WLSMV) por meio do software Mplus 7.11, foram avaliados: Unidimensional e Bidimensional (AFC) e bidimensional (ESEM). Conforme a justificativa inicial, o último modelo apresentou melhores índices de ajustes (X2/gl= 3,33; CFI= 0,97; TLI= 0,95; RMSEA= 0,07; IC 90% = 0,06-0,08). Conclusão: A comparação das cargas fatoriais, a invariância fatorial entre homens e mulheres e 153 análise de DIF também indicaram a pertinência do modelo ESEM. Palavras-chave: escala da paixão, validação, adaptação, propriedades psicométricas. Contribuições do Bifactor Model para avaliação da dimensionalidade do inventário de valores do esporte juvenil (IVEJ-2) (AO024) Ricardo Pedrozo Saldanha1; Evandro Morais Peixoto2; Tatiana de Cássia Nakano2; Átila Américo Osório1; Marcos Alencar Abaide Balbinotti3 1PPG em Saúde e Desenvolvimento Humano – UNILASALLECanoas/RS; 2Pontifícia Universidade Católica de Campinas – PUCC; 3Université du Quebéc à Trois-Rivières– UQTR. Introdução: Dada a necessidade de instrumentos capazes de medir este construto de maneira confiável, a busca por evidências de validade que possibilitem interpretações a partir dos escores do instrumento, assim como as dificuldades que têm sido encontradas por pesquisadores da área para confirmar esta estrutura, o presente estudo foi concebido. Diferentes modelos foram comparados: unidimensional, modelo com três fatores correlacionados e modelo Bifactor com os três fatores teoricamente definidos e um fator geral. Objetivo: Essa pesquisa tem como objetivo estimar as primeiras evidências de validade com base na estrutura interna da versão brasileira do Inventário de Valores do Esporte Juvenil (IVEJ-2), um instrumento composto por 13 itens que objetiva a avaliação dos valores inerentes ao esporte juvenil, fração determinante no desenvolvimento moral desta população. O instrumento é composto por três dimensões: status (4 itens), competência (4 itens) e moral (5 itens). Métodos: Uma amostra de 569 jovens respondeu ao instrumento (idade=13, ±0,40; 56% homens), todos praticantes de atividades esportivas em projetos sociais no sul do Brasil. Para avaliação dos modelos recorreu-se a Structural Equation Modeling (SEM) estimados pelo método (WLSMV) no software Mplus 7.11. Resultados: Índices de ajustes significativamente melhores para o modelo Bifactor foram observados (X2/gl= 2,30; CFI= 0,96; TLI= 0,94; RMSEA= 0,05; IC 90%= 0,04-0,06), sugerindo adequação dos dados à estrutura composta por fator geral (valores) e três fatores específicos (status, competência e moral). O método ômega hierárquico foi empregado para avaliação da precisão dos fatores, controlando-se o efeito do fator geral: 0,66 para o fator geral e 0,11, 0,05 e 0,02, respectivamente, para os específicos. Conclusão: Tais resultados sugeriram que quantidade elevada da variância nos escores pode Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) ser atribuída ao fator geral. A pesquisa estimou as primeiras evidências à interpretação dos escores obtidos através do IVEJ-2. Palavras-chave: escala de valores, esporte, validação, propriedades psicométricas. Desenvolvimento do Questionário dos Aspectos Intangíveis do Potencial Esportivo (AO025) Francisco Zacaron Werneck1; Emerson Filipino Coelho1; Luciano Miranda2; Davi Mól Barbosa1, Renato Melo Ferreira1 1Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Centro Desportivo (CEDUFOP), Laboratório de Estudos e Pesquisas do Exercício e Esporte (LABESPEE), Grupo de Estudos do Jovem Atleta (GEJA); 2Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF). Introdução: O potencial esportivo de jovens atletas inclui aspectos intangíveis difíceis de mensurar através de testes objetivos, mas que podem ser avaliados pelos treinadores. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi apresentar o desenvolvimento, a validade e a fidedignidade do Questionário dos Aspectos Intangíveis do Potencial Esportivo. Métodos: Foram selecionadas 10 características intangíveis do talento esportivo. O instrumento foi submetido à validade de conteúdo, por três juízes e pré-teste com 12 professores-treinadores, sendo aplicado em 378 alunos-atletas de ambos os sexos, de 11 a 18 anos, de uma escola militar de Minas Gerais. Após testes físicos-motores, os alunosatletas com desempenho superior ao percentil 98 em pelo menos um dos testes foram classificados como talentos motores. Os professores-treinadores avaliaram os alunos-atletas, numa escala de 1-muito fraco a 5-muito bom em cada uma das características. A validade de construto foi avaliada por análise fatorial exploratória, com testes de Kaiser-Meyer-Olkin e de Bartlett) e a consistência interna pelo coeficiente alpha de Cronbach. Resultados: Os testes Kaiser-Meyer-Olkin (KMO=0,94) e de esfericidade de Bartlett (p<0,001) indicaram ajuste adequado dos dados à análise fatorial, sendo extraído um fator que explicou 77,4% da variância. A pontuação do questionário varia de 10 a 50pontos. Os talentos motores apresentaram maior escore no questionário do que os demais alunos (32,1 ± 8,5 vs. 28,7 ± 8,1, respectivamente; p<0,001). A consistência interna foi satisfatória (r = 0,97). Conclusão: Concluiu-se que o instrumento desenvolvido mostrou evidências de validade de conteúdo, validade de construto e fidedignidade. Palavras-chave: esporte, validação, psicométricas, psicologia do esporte. propriedades 154 Evidências de validade do Questionário de Autoconfiança no Esporte: um estudo preliminar (AO026) Gabriela Frischknecht¹²³; Andréa Duarte Pesca²³4; António Fernando Boleto Rosado4; Carlos Henrique Sancineto da Silva Nunes¹; Roberto Moraes Cruz¹ 1Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Santa Catarina, Brasil; 2Faculdade Avantis, Brasil;3Faculdade CESUSC, Brasil; 4Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, Portugal. Introdução: A autoconfiança esportiva pode ser definida como o grau de certeza do atleta de que obterá sucesso no esporte, considerando suas próprias habilidades. Atletas com elevados desempenhos tendem a apresentar essa habilidade psicológica bem desenvolvida. Verificaram-se, na literatura científica, poucos recursos para mensuração desse construto em atletas brasileiros. O único instrumento encontrado foi o Questionário de Autoconfiança no Esporte – QAE (Frischknecht, Cruz & Pesca, 2016), resultante do processo de adaptação transcultural do Sport-Confidence Inventory (Vealey, 2003), com evidências validade pela estrutura interna, por análise fatorial exploratória. Os modelos propostos sugerem, para esse construto, a dimensionalidade de três fatores: Autoconfiança em Habilidades Físicas e Treinamento; Autoconfiança em Eficiência Cognitiva e Autoconfiança em Resiliência. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar evidências preliminares de validade pela estrutura interna, por análise fatorial confirmatória, e precisão do QAE. Métodos: A amostra foi composta por 366 atletas, 246 do sexo masculino e 120 do feminino; com idades entre 12 e 22 anos (Média = 15,49; DP = 1,52). Desses, 139 praticam ginástica e 227 futebol. Responderam ao QAE, um ou dois dias prévios competitivos. Evidências de validade pela estrutura interna foram verificadas por meio de análise fatorial confirmatória. Evidências de precisão, por confiabilidade compósita. Resultados: Os resultados indicaram índices satisfatórios de ajustamento para soluções semelhantes às propostas encontradas na literatura científica, entretanto, com duas dimensões. Evidências de precisão indicaram valores adequados para ambos os fatores, superiores a 0,7. A solução com dois fatores demonstrou resultados preliminares que indicam qualidade psicométrica, preservando o conteúdo da proposta original. Conclusão: Considera-se que o aprofundamento deste estudo é de relevância científica e profissional em Psicologia do Esporte, com perspectivas de aprimoramento da mensuração da autoconfiança esportiva em atletas brasileiros. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Palavras-chave: esporte, validação, psicométricas, psicologia do esporte. propriedades Modelo hierárquico de vulnerabilidade no esporte (AO027) Flávio Rebustini1,2; Afonso Antonio Machado1 1Universidade Estadual Paulista – UNESP – Rio Claro – SP; 2Universidade Estácio de Sá. Introdução: Os estudos sobre a vulnerabilidade no esporte são raros e inconsistentes, normalmente centrados nas lesões e situações agudas. Objetivo: O objetivo foi desenvolver um modelo hierárquico de vulnerabilidade para o esporte. Métodos: Foram realizadas entrevistas In-depth com 21 participantes do esporte de alto rendimento, sendo 7 atletas, 4 técnicos, 3 gestores, 3 psicólogos do esporte e 4 jornalistas, destes 15 tinham experiências em competições internacionais de alto rendimento (Olimpíada e Mundiais) e 6 em competições nacionais. Foi aplicada a análise de conteúdo com a categorização e hierarquização das temáticas. O desenvolvimento das categorias ocorreu a partir dos resultados, sem definição prévia. As análises apontaram para um cenário complexos de aspectos que podem desencadear a vulnerabilidade no ambiente esportivo. Resultados: A categorização gerou 1 metaclasse (Formação Educacional) que apareceu em todas entrevistas e permeia praticamente todas as classe e categorias subjacentes; os resultados foram organizados em 5 classes de categorias, compostas por 26 categorias construídas a partir das entrevistas: Instituição e Políticas (Legislação, Políticas de Incentivo, Verbas, Infraestrutura e Corrupção); Comunicação e Marketing (Patrocínios, Mídia, Novas Mídias e Redes Sociais); Desenvolvimento Esportivo (Iniciação Esportiva, Especialização Precoce, Transição de Carreira e Abandono Esportivo); Aspectos Psicossociais (Fatores Emocionais, Gênero, Religião e Espiritualidade, Imagem Corporal, Racismo, Violência e Aspectos éticos e Morais) Desempenho Esportivo (Resultado Esportivo, Overtraining, Doping, Lesões, Expatriação), uma categoria foi denominada de transcategoria (Assédio) pois ela perpassa o discurso dos entrevistados sobre várias outras categorias discutidas. Conclusão: Depreende-se que a vulnerabilidade está mais presente no ambiente esportivo do que a literatura tem relatado, de forma muito complexa e recorrente e que através do modelo desenvolvido é possível entender como ela se manifesta e buscar formas de intervenção para sua mitigação. Palavras-chave: esporte, validação, psicométricas, psicologia do esporte. propriedades 155 Smartphone application use for initiating and maintaining physical activity: a descriptive analysis (AO028) André Aroni1,2; Elmer Castillo3; Catarina Sousa4; Afonso Machado1; Gershon Tenenbaum 1Universidade Estadual Paulista – Brazil; 2Metrocamp – Brazil; State University –United States of America; 4Universitat Autònoma de Barcelona – Spain. 3Florida Introduction: Over the last 10 years, a myriad of companies world-wide have invested in new technologies to help people initiate and maintain physical activity. At the same time, research has shown promising and consistent results indicating a positive relation between more autonomous forms of motivation and exercising. Objective: The aim of this study was to explore the degree to which smartphone-based fitness applications help people start and maintain a regular physical activity. Methods: This descriptive and exploratory crosscontinental study was approved by the Research Ethics Committee of the UNESP’s Institute of Biology in Rio Claro / Brazil. The study consisted of 904 people from the continents of North America, South America, and Europe. The single inclusion criterion was using a smartphone. A survey form was developed through Google Drive® and was distributed through the social media. The survey was composed of demographic questions, closed questions, and scales with Likert-type responses. The questions were designed exclusively for the purpose of exploring how smartphone physical activity apps influenced exercise habits. Results: Findings revealed that 52.3% of the participants in South America, 72.7% in North America, and 80.1% in Europe had downloaded a physical activity app on their smartphones. Of these, 8.1% in South America, 5.9% in North America, and 1.9% in Europe reported that the application helped them very much in beginning an exercise regimen. Similarly, 8.9% from North America, 6.9% from Europe, and 7.1% from South America reported that it helped them very much to maintain their already implemented exercise regimen. Conclusion: The findings revealed that fitness applications for smartphones have limited effect on exercise engagement; for the majority who download them, they remain unused, and at this stage do not become part of their internal state of mind. Palavras-chave: sport, exercise, health, technology. Estado de humor e qualidade de vida de dependentes químicos em tratamento praticantes e não praticantes de Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) exercício físico no interior do Paraná (AO029) Paulo Vitor Suto Aizava1; Louizy Carla Cassiano Lustosa Marques1 156 Subjetividade coletiva e sua construção por meio do esporte e da tecnologia (AO030) 1Universidade Arthur Bernardino Domene Sena; Afonso Antonio Machado; Marcelo Callegari Zanetti Introdução: A dependência química é uma Introdução: O presente artigo foi uma iniciativa Estadual de Maringá (PR) – Departamento de Educação Física. condição a qual o indivíduo faz uso descontrolado de uma ou mais substâncias químicas psicoativas, influenciando diretamente na sua qualidade de vida e no seu estado de humo. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi analisar a relação do exercício físico no estado de humor e na qualidade de vida de dependentes químicos em duas comunidades terapêuticas no interior do Paraná. Métodos: Foram utilizados dois instrumentos: Formulário Curto Para Pesquisa Em Saúde e Qualidade de Vida (Medical Outcomes Study 36 – item 22 short – form health survey) (SF-36) e a Escala de Humor Brasileira (BRAMS). Foram sujeitos 27 dependentes do sexo masculino em tratamento, 17 praticantes de exercícios físicos e 10 não praticantes de exercícios físicos. A coleta de dados foi realizada de forma individual de acordo com a disponibilidade e consentimento dos sujeitos. Os dados foram analisados através de estatística descritiva (mediana e intervalo interquartílico) e inferencial através dos testes: teste de normalidade de Shapiro-Wilk, teste ‘U’ de Mann-Whitney, coeficiente de correlação de Spearman e o coeficiente Alpha de Cronbach (p<0,05). Resultados: Os resultados evidenciaram que ambos os grupos não apresentaram o estado de humor ideal (perfil iceberg), e demonstraram níveis bons e muito bons de qualidade de vida, sendo esses praticantes ou não de exercícios físicos regulares. As correlações encontradas entre estado de humor e qualidade de vida dos indivíduos foram inversamente proporcionais, ou seja, mesmo com alterações negativas no estado de humor, os indivíduos em tratamento possuem um nível muito bom de qualidade de vida. Conclusão: Conclui-se que a dependência química pode ser um fator interveniente no estado de humor das pessoas, assim como a eficácia dos tratamentos, incluindo a prática de regular de exercícios físicos, são fatores positivos na qualidade de vida do grupo estudado. Palavras-chave: exercício físico, dependência química, saúde mental, qualidade de vida. de pesquisa realizada no Laboratório de Estudos e Pesquisas em Psicologia do Esporte – LEPESPE. Esse está ligado a um Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Humano e Tecnologias tendo como foco a produção, a análise e a intervenção de tecnologias nas dimensões de adaptabilidade ambiental do ser humano, as quais ocorrem em diversos campos, a saber: cultural, educacional, esportivo, da reabilitação, do lazer e do trabalho. Por meio de uma pesquisa qualitativa, busca-se entender a relação entre esporte, tecnologia e subjetividade coletiva. Objetivo: Procurou-se compreender a existência de alguma influência ideológica da capoeira sobre a subjetividade do grupo de praticantes dessa arte marcial, bem como se tal grupo afetava a subjetividade individual de seus membros, além de analisar a possível influência da mais variadas formas de tecnologias (redes sociais; filmes; próteses ortopédicas, etc.) sobre a subjetividade coletiva daquelas pessoas. Métodos: A partir da necessidade de pesquisar o tema acima referido, escolheu-se a metodologia de pesquisa bibliográfica com intuito de agregar material científico acadêmico que contivesse os temas: esporte, subjetividade e tecnologia, agregada a um questionário com 15 perguntas abertas para ser aplicado aos entrevistados e obter a elucidação dos questionamentos surgidos no decorrer da investigação. Resultados: Tais indagações estavam ligadas tanto ao sentir psíquico quanto ao físico, numa tentativa de compreender as construções/desconstruções subjetivas acontecidas a partir das vivencias em grupo; quais relações os capoeiristas tem com as mais variadas formas de tecnologias e como essa interação afeta seu cotidiano. Conclusão: Ao término, após análise de conteúdo, chegamos às considerações finais que apontam, sim, que as tecnologias influenciam na subjetividade humana, seja essa coletiva ou individual; notou-se que o grupo utiliza das mais variadas formas de tecnologia para agregar pessoas para si, além de disseminar seus ideais por meio das ferramentas tecnológicas referidas anteriormente, ou seja, foi percebido uma relação entre estilo de vida, ideologia e tecnologia. Palavras-chave: exercício físico, psicologia, subjetividade. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Perfil da qualidade do sono e cronotipo de nadadores paralímpicos durante uma fase de treinamento (AO031) Bruno A. Cavalcanti¹; João Paulo P. Rosa¹; Andressa Silva¹; Dayane F. Rodrigues¹; Mário Antônio Simim¹; Marco Túlio De Melo¹ 1Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: Nos últimos anos, o esporte paralímpico aumentou sua popularidade no cenário esportivo nacional e internacional. A natação é uma das modalidades com maior tradição e competitividade no esporte paralímpico, exigindo dos atletas à busca constante do alto desempenho atlético por meio de planejamento do treinamento físico, técnico e psicológico. O sono e o cronotipo são importantes fatores que devem ser controlados e avaliados durante o processo do treinamento esportivo, auxiliando na recuperação cognitiva e física. Objetivo: Determinar o perfil da qualidade do sono e cronotipo de nadadores paralímpicos durante uma fase de treinamento. Métodos: Foram avaliados 22 atletas de ambos os sexos (14 homens e 8 mulheres) com idade média de 26,18 ± 7,3 anos da Seleção Permanente de Natação Paralímpica Brasileira. Os atletas responderam em forma de entrevista aos questionários de cronotipo (Horne & Ostberg) e qualidade de sono (Índice de qualidade de sono de Pittsburgh). Resultados: Noventa e cinco por cento dos atletas foram classificados como “matutino” ou “intermediário”, sendo 14% “definitivamente matutino”, 36% “moderadamente matutino” e 45% “intermediário”. No entanto, 91% dos atletas apresentaram má qualidade do sono com 59% deles exibiram um tempo aumentado para latência de sono (38,1±38,2 minutos) mesmo obtendo em média um tempo total de sono de 07h:45min ± 0,05 horas por noite. Conclusão: Os resultados indicam a preferência ou adaptação dos nadadores paralímpicos por atividades no período da manhã. No entanto a maioria dos atletas apresentaram má qualidade do sono (eficiência < 85%) e alta latência do sono (> 20 min), o que pode resultar em baixos níveis de recuperação física ou cognitiva para o treino do dia seguinte. Palavras-chave: sono, paratletas, treinamento esportivo. 157 O fator psicológico como influenciador na qualidade de vida dos corredores de rua da elite do atletismo goiano (AO032) Ernesto Flavio B. B. Pereira; Adriana Costa Borges Introdução: Considerando-se que a qualidade de vida (QV), é entendida como um construto subjetivo ligado à satisfação do indivíduo em diferentes esferas da sua vida, a sua melhoria no ambiente esportivo poderá ter reflexo em todo o seu contexto social, bem como no nível de performance atlética. Objetivo: Identificar a percepção de qualidade de vida dos corredores de rua da elite do atletismo goiano na prova de 10 quilômetros. Métodos: A amostra foi composta por 20 atletas da elite de corredores de rua com idades entre 18 a 55 anos. A coleta de dados utilizou-se de dois questionários: Qualidade de Vida WHOQOL-bref e Qualidade de Vida para Atletas (QQVA). A análise dos dados foi executada através do SPSS® 11.0. Resultados: Verificou-se através do WHOQOLbref, que o domínio psicológico obteve maior significância (78,34 dp 5.83) em todos os domínios. No QQVA verificou-se que indivíduos divorciados/separados na dimensão psicológica foram os que apresentaram escore mais baixo (43,75±8,84) enquanto que o escore mais elevado foi dos casados (79,17±22,53). Neste estudo observou-se que os fatores mais identificados pelos atletas no domínio psicológico foi o nível de alto confiança, prazer nos treinos e competições e sentimentos positivos. Conclusão: Pode-se concluir que o fator mais interveniente na vida dos atletas está relacionado ao domínio psicológico. Este resultado, alinhado com a literatura, vem reforçar que o aspecto psicológico vem ganhando cada dia mais ênfase, dentro do contexto de alto rendimento, no sentido de contribuir para a melhoria do desempenho esportivo do atleta, demonstrando a importância da psicologia do esporte na preparação de atletas de alto rendimento. Palavras-chave: atletas, corrida, psicologia, qualidade de vida. Programa Nacional para la formación integral del futbolista juvenil uruguayo (AO033) Jorge Ferrari1; Graciela Pereira1; Beatriz Torres1; Silvia Martínez1; David Burgues1; Marco Gentini1; Martín Bergaló1 1UDELAR-Universidad Montevideo-Uruguay. de La República Oriental Del Uruguay, Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Introducción: El Programa Nacional para la formación integral del futbolista juvenil uruguayo se ejecuta a partir del año 2009 desde la Secretaría Nacional de Deportes y trabaja en tres aspectos fundamentales: educación, salud y deporte. En educación el cometido fundamental es estimular al jugador a transitar los cursos formales y acompañarlo en este proceso; en el aspecto sanitario se trabaja tanto en la prevención como en el plano asistencial y lo deportivo tiene como área de impacto el fútbol en su práctica tanto a nivel de entrenamiento como en la propia competencia. Objetivo: Presentar el programa a la comunidad científica. Métodos: Hasta 2015 se han realizado por parte del Área de Psicología del Deporte cinco ciclos de trabajo, todos estos siendo coadyuvantes a los fines del Programa y buscando que los jóvenes comenzaran a incorporar conceptos relacionados con la Psicología como aspecto fundamental de su vida, tanto para su desarrollo personal, como social y deportivo. Resultados: En todos los ciclos se utilizó distintas metodologías en función de los objetivos específicos de cada uno de ellos. Conclusión: Primer ciclo: Aproximación Diagnóstica de los deportistas; Segundo ciclo: Información y difusión de la Psicología del Deporte a jugadores, cuerpos técnicos y referentes de los clubes; Tercer ciclo: La Ansiedad en el deporte, información y manejo de la misma; Cuarto ciclo: Intervención como psicólogos del deporte durante dos meses en cada institución trabajando uno de estos temas: Control de la Ansiedad, Motivación, Cohesión de Equipo y Comunicación; Quinto ciclo: Intervención como psicólogos del deporte durante tres meses sólo con la categoría sub 16 de cada club sin temas establecidos de antemano y sumando a los cuerpos técnicos en nuestra tarea. También en todos los ciclos existió la posibilidad para los futbolistas que los atendiéramos en régimen de Consulta Psicológica tanto por su propia demanda como por sugerencia de sus entrenadores o referente del club Palavras-chave: futbol, atletas, entrenamiento deportivo. A inteligência no contexto do futsal paranaense: uma análise fundamentada na Teoria Triárquica (AO034) William Fernando Garcia1; Andressa Ribeiro Contreira1; Vandressa Teixeira Ribeiro1; Renan Codonhato1; Patricia Carolina Borsato Passos1-2; Lenamar Fiorese Vieira1 1Universidade Estadual de Maringá – UEM; 2Universidade Paranaense – UNIPAR. 158 Introdução: A Teoria Triárquica da Inteligência visa a compreensão dos processos, estratégias e representações mentais utilizados pelos indivíduos no desempenho inteligente de tarefas. Para que tais desempenhos possam transcorrer, dois elementos são determinantes no processamento da informação, a experiência com tarefas e o contexto em que o indivíduo está inserido. Objetivo: Analisar as estratégias de inteligência utilizadas pelos atletas de futsal do estado do Paraná, segundo os pressupostos da Teoria Triárquica da Inteligência de Sternberg (1985). Métodos: Participaram do estudo 27 atletas de futsal do sexo masculino, participantes das 3 divisões do Campeonato Paranaense de Futsal, Chave Ouro, Chave Prata e Chave Bronze. Como instrumentos de medida foram realizadas entrevistas semiestruturadas, elaboradas a partir de uma matriz baseada nos elementos do modelo teórico proposto. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo do tipo categorial de Bardin (2008). Resultados: Com relação à inteligência contextual, a busca pelo relacionamento interpessoal foi a mais utilizada. Na capacidade de se relacionar com tarefas novas e automatização das mesmas, os comportamentos mais inteligentes foram representados pelo alto grau de interesse pela realização das tarefas, a facilidade no aprendizado das mesmas, bem como as práticas repetidas. A inteligência componencial ficou evidente mediante as estratégias de aprendizagem implícitas no futsal, além de assistir jogos, vídeos como componentes de aquisição de conhecimentos. Adicionalmente, a busca de relacionamento com atletas mais experientes também foi mencionada. Conclusão: Os atletas de futsal do estado do Paraná que apresentaram estratégias de comportamentos mais inteligentes se caracterizaram pela busca por relacionamentos interpessoais, interesse e facilidade em relacionarse com novas atividades, assim como pela busca de aprendizagens implícitas. Tais comportamentos abrangem os dois elementos centrais do processamento de informação, a tarefa e o contexto, essenciais para a prática esportiva de rendimento. Palavras-chave: atletas, futsal, psicologia do esporte. Tomada de decisão tática e nível técnico de atletas de futsal: um estudo associativo (AO035) Renan Codonhato1; William Fernando Garcia1; Caio Rosas Moreira1; Luciane Cristina Arantes1; Vandressa Teixeira Ribeiro1; Lenamar Fiorese Vieira1. 1Universidade Estadual de Maringá – UEM. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Introdução: Devido à complexidade das ações técnicas e táticas presentes no ambiente esportivo, o sucesso de uma equipe depende da capacidade de seus atletas na tomada de decisões rápidas e precisas em meio a um ambiente altamente dinâmico e imprevisível. A tomada de decisão é a realização de um processo intencional de resposta aos estímulos provenientes do esporte, dependente de fatores como situações de pressão, nível de habilidade e experiência do atleta, e a seleção da ação a ser tomada, com base na localização espacial dos jogadores e da bola, sendo considerado, portanto, como uma capacidade cognitiva essencial para o rendimento esportivo. Objetivo: Associar a capacidade de tomada de decisão de atletas adultos de futsal em função do seu nível técnico. Métodos: Participaram 114 atletas de futsal do sexo masculino, com média de idade de 24,8±5,1 anos, pertencentes as três equipes melhor classificadas nas divisões Ouro (n=51), Prata (n=33) e Bronze (n=30) do Campeonato Paranaense de Futsal. Como instrumento foi utilizado o Protocolo 159 de Avaliação do Conhecimento Declarativo no Futebol. Para análise dos dados foram utilizados os testes Qui-Quadrado para tendências e o Modelo de Regressão de Poisson com ajuste robusto de variância, com nível de significância adotado para p<0,05. Resultados: Não foram encontradas associações significativas para a capacidade de tomada de melhor decisão em atletas convocados ou não para a seleção paranaense (p>0,05). Quanto à atletas da seleção brasileira de futsal (nível técnico), 41,7% dos convocados apresentaram alta capacidade de tomada de melhor decisão, quando comparados a 11,8% dos não convocados. Ocorreu associação significativa na capacidade de tomada de melhor decisão entre os atletas convocados e não convocados (p=0,03), com razão de prevalência de 4,01 (IC95%: 1,07-15,05) para os atletas convocados (Tabela 1). Conclusão: O nível técnico dos atletas foi positivamente associado com a capacidade de tomada de melhor decisão de atletas de futsal. Palavras-chave: atletas, futsal, psicologia do esporte. Tabela 1 – Associação entre a capacidade de tomada de melhor decisão tática e o nível técnico de atletas de futsal (AO035) Melhor Decisão Baixo Médio Alto Baixo Médio Alto Seleção RP (IC95%) P Seleção Paranaense Não Sim f(%) f(%) 26 (37,7) 15 (33,3) 34 (49,3) 22 (48,9) 9 (13) 8 (17,8) Seleção Brasileira Não Sim f(%) f(%) 38 (37,3) 3 (25,0) 52 (51,0) 4 (33,3) 12 (11,8) 5 (41,7) Diferenças nas estratégias de busca visual de jogadores de futebol com níveis distintos de qualidade em sua tomada de decisão (AO036) Felippe Cardoso1; João Vitor de Assis1; Israel Teoldo1 1Núcleo de Pesquisa e Estudo em Futebol da Universidade Federal de Viçosa. Introdução: As estratégias de busca visual (EBV) adotada pelos jogadores de futebol são determinantes para o sua tomada de decisão (TD). Assim, os jogadores para tomarem decisões mais 1,00 1,07 (0,63-1,80) 1,28 (0,67-2,45) 0,78 0,44 1,00 0,97 (0,22-4,15) 4,01 (1,07-15,05) 0,97 0,03* adequadas devem centrar a sua atenção e percepção visual sobre as fontes de informação mais relevantes ou eventos-chave sendo capazes de retirar informações de múltiplos locais, em períodos de tempo cada vez mais curtos. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar as diferenças entre as EBV de jogadores de futebol com níveis distintos de qualidade em sua TD. Métodos: Foram avaliados 36 jogadores de futebol das categorias de base. Para a coleta de dados referente à qualidade de TD no jogo, recorreu-se a utilização do FUT-SAT. Com base nos resultados deste teste, os jogadores foram divididos em dois grupos (Melhor e Pior) em relação à sua TD. Para avaliar as EBV dos jogadores utilizou-se um teste de Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) simulação de vídeo com a utilização do Mobile Eye Tracking-XG. Foram utilizadas duas medidas para caracterizar as EBV: número e duração das fixações. Para análise estatística utilizou-se o teste de Shapiro Willk e o teste t de Student para amostras independentes. Foi considerado significativo p<0,05. Resultados: Os resultados são apresentados na Tabela 1. Conclusão: Concluiu-se que os jogadores com melhores resultados no teste de TD apresentam uma EBV diferente dos jogadores com piores resultados neste teste, sendo capazes de realizar mais fixações de curta duração no ambiente de jogo. Tal fato caracteriza uma melhor capacidade em mapear o ambiente de jogo em busca de informações para consubstanciar suas tomadas de decisão. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Cognição no futebol: implicações da capacidade de atenção básica para o comportamento tático de jovens jogadores (AO037) Marcelo Andrade1; Israel Teoldo1 1Universidade Federal de Viçosa. Introdução: A capacidade de atenção básica vem sendo estudada a fim de identificar sua importância no processo de ensino e treino no futebol. Poucos estudos verificaram as diferenças desta capacidade em jogadores de diferentes habilidades, sobretudo táticas. Objetivo: Verificar as diferenças na capacidade de atenção básica de jogadores de futebol em relação à eficiência do comportamento tático. Métodos: A amostra foi composta por 100 jogadores de futebol (média de idade: 13,95 + 1,04) de clubes brasileiros. O instrumento utilizado para avaliar a capacidade de atenção básica dos jogadores foi o Mental Test and Training System (MTTS), sendo utilizados dois testes do sistema: i) o teste de atenção e concentração; ii) o teste de percepção periférica. O instrumento utilizado para avaliar a eficiência do comportamento tático dos jogadores foi o Sistema de Avaliação Tática no Futebol (FUT-SAT). Os valores de eficiência do 160 comportamento tático nas fases defensiva e ofensiva de jogo foram utilizados para caracterizar os grupos de maior e menor desempenho. Os valores dos testes de capacidade de atenção básica foram comparados de acordo com os grupos caracterizados. Foram utilizados os testes de Kolmogorov-Smirnov e Teste t de Student para amostras independentes, sendo o nível de significância adotado de p<0,05. Para realização das análises estatísticas foi utilizado o SPSS para Windows, versão 22. Resultados: Diferenças estatisticamente significativas entre os grupos foram verificadas na fase defensiva de jogo, para os dois testes de atenção básica: i) teste de atenção e concentração [t (65) = -2,475; p = 0,016; r = 0,293] e ii) teste de percepção periférica [t (65) = -2,689; p = 0,009; r = 0,316]. Conclusão: De acordo com os resultados, pode-se afirmar que a capacidade de atenção básica se diferiu entre jogadores com maior e menor eficiência do comportamento tático para a fase defensiva de jogo. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Diferenças na busca visual e antecipação em relação à eficiência tática em jovens jogadores de futebol (AO038) João Vítor de Assis1; Felippe Cardoso1; Israel Teoldo1 1Universidade Federal de Viçosa. Introdução: No futebol, a maioria das ações táticas ocorrem sob pressão, com os adversários tentando restringir o tempo e os espaços disponíveis. Neste contexto, os jogadores necessitam aprimorar algumas capacidades perceptivo-cognitivas que serão importantes para o seu rendimento no jogo. Entre estas capacidades a antecipação e a utilização da busca visual (BV) demonstram-se essenciais para os jogadores. Essas capacidades influenciam na qualidade da realização das ações por parte dos jogadores no jogo, possibilitando que os mesmos apresentem uma maior eficiência tática (EfT). Objetivo: Verificar as diferenças entre BV e a capacidade de antecipação em relação à EfT de jovens jogadores de futebol. Métodos: A amostra foi composta por 90 jogadores de futebol das categorias de base. Para avaliação da EfT foi utilizado o teste de campo FUTSAT. O instrumento utilizado para avaliação da BV foi o Mobile Eye-Tracking- ASL. Para avaliar a antecipação, foram apresentadas cenas de vídeo com lances de jogos de futebol. Ao final da cena, os jogadores deveriam antecipar a ação do jogador. Os Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) 161 grupos foram divididos entre (Maior, Menor e Intermediário) de acordo com a ET, o intermediário foi excluído da amostra. Para a análise estatística foram utilizados Kolmogorov-Smirnov, MannWhitney e Teste-T para amostras independentes. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Os resultados exibem-se na Tabela 1. Conclusão: A partir dos resultados, foi possível Mídias sociais e suas influências no ambiente esportivo (AO039) retirada dos aparelhos eletrônicos em períodos competitivos, que é algo recorrente no ambiente esportivo, não é bem vista por 44% dos atletas, dentre os quais 34% indica que isso pode ter efeito negativo, 38% se dizem indiferente a tal situação e 18% entende os aparelhos eletrônicos como prejudiciais e que a retirada dos mesmos auxilia na manutenção do foco. A adaptação em diferentes cidades também é facilitada pelos aparelhos eletrônicos segundo 89% dos atletas, especialmente em relação aos conhecimentos sobre a cidade (14%). Conclusão: Observou-se que, apesar da maioria dos atletas enxergar essas modificações como positivas, é necessário analisar cada caso, respeitando-se as individualidades. Assim, as alterações proporcionadas pelas mídias sociais no ambiente esportivo devem ser analisadas e trabalhadas por uma equipe interdisciplinar compondo a comissão técnica, de modo a maximizar o rendimento esportivo e prevenir eventuais problemas. Guilherme Bagni1,2; Renato Henrique Verzani1; Kauan Galvão Morão1; Cláudio Gomes Barbosa1; Afonso Antonio Machado1 1Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho – Campus Rio Claro; 2Centro Universitário Hermínio Ometto UNIARARAS. Introdução: As mídias sociais acarretaram em alterações no ambiente esportivo e, portanto, precisam ser analisadas e avaliadas com cuidado. Comumente temos a aproximação do atleta com o torcedor, porém isso pode ocasionar na invasão da privacidade do atleta. Temos então, duas situações que mostram claramente que as novas mídias podem ser usadas em benefício e/ou malefício dos próprios atletas. Objetivo: O objetivo foi analisar as relações entre as novas mídias sociais e o ambiente esportivo, buscando compreender modificações e alterações no mesmo. Métodos: Participaram deste estudo 211 atletas de 10 equipes, além de 10 membros de comissão técnica, todos participantes da Copa São Paulo do ano de 2015. Como instrumento foi utilizado um questionário com 4 perguntas abertas, desenvolvido especificamente para a finalidade de entender as relações da tecnologia com os atletas. Para a análise dos dados foi utilizado a análise de conteúdo. Resultados: A maior parte dos atletas (52%) indica que as redes sociais trouxeram modificações positivas em suas vidas, especialmente em relação a comunicação social, com amigos e família. Porém, 54% deles veem os aparelhos celulares como prejudiciais em relação a concentração e a atenção, prejudicando devido à perda de foco, especialmente em momentos importantes da competição. A concluir que jovens jogadores de futebol com melhor EfT são melhores na antecipação e utilizam a BV com maior número de fixações de curta duração. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Ciberliderança e a [trans] formação do atleta jovem (AO040) Altair Moioli1; Afonso Antonio Machado2 1UNIP-JK;2LEPESPE Introdução: | 2UNESP/SP. A sociedade contemporânea, modelada pela realidade virtual e sua imersão nas redes sociais digitais como Twitter, Whatsapp, Facebook, projeta um sujeito cibernético, nativo digital, autorregulado, modelar, caracterizado por intensa exposição midiática. Formado em um ambiente composto por trocas multidimensionais, este sujeito está exposto aos ditames da liderança online. Nesse cenário, como se configura a dimensão Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) da ciberliderança comparado com a liderança presencial? Objetivo: O objetivo foi analisar as relações entre as novas mídias sociais e o ambiente esportivo, buscando compreender modificações e alterações no mesmo. Métodos: Este estudo teve abordagem qualitativa, descritiva, balizada na pesquisa participante. Os dados foram coletados por meio de entrevista semiestruturada, no chat de mensagens da rede social Facebook, envolvendo a participação de 15 atletas de futebol masculino, com idade entre 15 a 21 anos. Os dados foram analisados com base na netnografia e categorizados em unidades significativas e tratados pela análise temática e análise de discurso. Resultados: Observou-se a configuração de três tipos de sujeito acordados com os territórios de transito e compartilhamento de informações. Um sujeito com a assinatura do ambiente concreto, outro do ambiente esportivo e um terceiro, do ambiente virtual. Nos ambientes concretos e esportivos a figura do líder ainda é marcada pela representatividade simbólica e do papel que os pais e os técnicos exercem. Enquanto que, no ambiente virtual, percebeu-se um misto da ausência completa e uma profusão de agentes marcadores que integram a formação do indivíduo. Conclusão: Nessa perspectiva, o atleta jovem ora desempenha o papel de líder, ora de liderado, numa constante troca de papéis, modulando seu comportamento de acordo com as conveniências pontuais do ciberespaço. De certo modo, observado pelas narrativas, isso possibilita apontar a formação de um jovem hedonista, cibernarcisista, com uma percepção de liderança difusa entre o concreto e o virtual, dada a impossibilidade de controlar o impacto das suas ações no ambiente ciber. O atleta jovem pode encarnar o papel do ciberlider bem como ser seduzido pela ostentação dos youtubers da moda. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Os atletas olímpicos brasileiros e a utilização do Instagram: uma análise das imagens publicadas na rede social (AO041) Vivian de Oliveira1; Gustavo Lima Isler1,2; André Luis Aroni1,3; Kauan Galvão Morão1; Afonso Antonio Machado1 1LEPESPE, UNESP - Rio Claro/S.P.; 2Claretiano - Rio Claro/S.P; - Campinas/S.P. 3Metrocamp Introdução: O Instagram é um aplicativo de rede social que possibilita ao usuário editar as imagens feitas pelos dispositivos eletrônicos e compartilhálas com o mundo. Criado em 2010, o Instagram 162 possui mais de 400 milhões de usuários, sendo a segunda maior rede social do mundo e bastante popular também entre os atletas. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi verificar o conteúdo das postagens no Instagram de atletas olímpicos brasileiros, buscando categorizar as imagens de acordo com o tipo, o local e o momento em que foram feitas, a presença de hashtags, referências aos patrocinadores, destaque ao corpo e à vestimenta. Métodos: Esta foi uma pesquisa quali-quantitativa, do tipo descritiva, que utilizou o método netnográfico para a coleta de dados e que se baseia na Sociologia Visual. Os atletas selecionados para as análises foram os brasileiros medalhistas da última edição dos Jogos Olímpicos, em 2012. Para auxiliar a análise das imagens, criou-se um protocolo de análise que compreende itens pertinentes ao objetivo do trabalho. A análise das imagens foi feita por um período de 121 dias. Resultados: Como principais resultados, encontramos que há uma relação entre o número de postagens e o total de seguidores que os atletas possuem. Verificamos também que a maioria das fotos postadas são dos próprios atletas, em ambientes de trabalho e em momentos de descontração. Na maioria das fotos não há referência aos patrocinadores dos atletas, destaque ao corpo ou a vestimenta dos mesmos. Já o uso de hashtags nas legendas é frequente. Conclusão: Pelos resultados desta pesquisa, sugerimos que a maior parte das postagens feitas são centradas nos próprios atletas. Além disso, parece existir uma necessidade de os atletas mostrarem-se como personalidades do esporte, enfatizando suas profissões. Apesar disso, o potencial para o marketing que existe nas novas mídias ainda é pouco explorado pelos atletas. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Relacionamento treinador-atleta e experiências esportivas positivas de jovens atletas paranaenses (AO042) Gislaine Contessoto Pizzo1; Andressa Ribeiro Contreira1; Selso Ananias Sitoe1; Juliana da Matta1; José Roberto Andrade do Nascimento Junior; Lenamar Fiorese Viera1 1Universidade Estadual de Maringá (UEM); 2Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF). Introdução: A experiência esportiva é caracterizada pelas vivências positivas e/ou negativas no contexto esportivo, que envolvem relações bidirecionais entre o atleta e seus pares. Ao considerar o treinador como um dos agentes mais próximos dos atletas, este, pode agir como um Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) mediador do desenvolvimento de experiências positivas no contexto esportivo. Objetivo: Este estudo teve como objetivo investigar o relacionamento treinador-atleta e a experiência esportiva positiva de jovens atletas paranaenses de futsal. Métodos: Foram sujeitos 126 atletas, de ambos os sexos, com média de idade de 15,3 ±0,8 anos, participantes dos Jogos Escolares da Juventude 2015 (Fase Regional- Paraná). Como instrumentos foram utilizados o Questionário de Relacionamento Treinador-Atleta (CART-Q) e o Questionário da experiência de jovens no esporte (YES-S). Para a análise dos dados, foram utilizados o teste Kolmogorov Smirnov e o coeficiente de correlação de Spearman, adotando-se p<0,05. Resultados: 163 Foram observadas relações significativas e positivas entre as dimensões “Proximidade” e “Iniciativa” (r=0,246**), “Proximidade” e “Estabelecimento de metas” (r=0,202*); “Comprometimento” e “Iniciativa” (r=0,250*); “Complementariedade” e “Iniciativa” (r=0,214*); Estabelecimento de Metas (r=0,243*) e “Habilidades Cognitivas” (r=0,205*) (Tabela 1). Conclusão: No contexto esportivo paranaense, o relacionamento com o treinador demonstrou ser um elemento interveniente na experiência positiva dos jovens atletas, principalmente nas dimensões de iniciativa e estabelecimento de metas, assim como a experiência positiva pode ser interveniente no relacionamento treinador-atleta. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Tabela 1 – Correlação entre o relacionamento treinador-atleta (CART-Q) e experiências esportivas positivas (YES-s) de atletas de futsal do estado do Paraná. Experiência de Jovens no Esporte Relacionamento treinador-atleta Iniciativa Proximidade 0,246** Comprometimento 0,214* Complementariedade Estabelecimento de metas 0,250* Perfil de liderança preferido por atletas escolares de acordo com o sexo e tipo de modalidade esportiva (AO043) Vinicius De Matos Rodrigues1; Ana Alayde Werba Saldanha Pichelli2 1Instituto Paraíba. Federal da Bahia; 2Universidade Federal da Introdução: Segundo o Modelo Multidimensional de Liderança (Chelladurai 1978, 2007), quando o treinador se comporta conforme as preferências dos atletas, a satisfação e o desempenho são maximizados. Portanto, é fundamental conhecer as preferências dos atletas em relação à liderança. Objetivo: O objetivo deste estudo foi identificar e comparar o perfil de liderança preferido por atletas escolares de acordo com o sexo e tipo de modalidade esportiva. Métodos: A amostra foi composta por 466 atletas (quatro subgrupos conforme Tabela 1), com idade 0,202* 0,180* 0,243* Habilidades Cognitivas Habilidades pessoais e sociais 0,055 0,183* 0,079 0,205* 0,082 0,130 média de 16,16 (DP = 0,79), participantes da Etapa Nacional das Olimpíadas Escolares 2012. Os atletas responderam um questionário sociodemográfico e a Escala de liderança no Esporte (versão preferência). As respostas foram indicadas pela média e desvio padrão para cada dimensão da liderança. As comparações entre os subgrupos foram realizadas pelo do Teste t de Student para amostras independentes (p<0,05). Resultados: Os resultados exibem-se na Tabela 1. Conclusão: Todos os atletas preferem treinadores que enfatizem o treino e instrução e feedback positivo como estilo de interação. Em relação ao estilo de decisão, os atletas preferem treinadores democráticos, exceto as atletas femininas das modalidades coletivas que preferem treinadores autocráticos. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Rev Ed Física / J Phys Ed – Insira aqui o título curto do artigo Perfil de liderança preferido por atletas escolares de acordo com o sexo e tipo de modalidade esportiva (AO044) Rodrigo de Vasconcellos Pieri1; Livia Gomes Viana Meireles2; Ana Carolina Monnerat FioravantiBastos3; Christiane Delúsia Oliveira4; Pedro Pires5; Angela Donato Oliva6 164 análise de coeficiente de validade de conteúdo (CVC). Resultados: Os resultados exibem-se no Quadro 1. Quadro 1 1Unisuam; 2Universidade Federal do Piauí; 3Universidade Federal Fluminense; 4Universidade do Estado do Rio de Janeiro; 5Universidade Federal Fluminense; 6Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Introdução: Define-se coesão como um processo dinâmico que reflete a tendência de um grupo em se unir e permanecer em busca de um objetivo concreto e/ou pela satisfação afetiva de estar junto. No contexto esportivo adulto o Group Environment Questionnaire (GEQ) – questionário que tem como objetivo avaliar a coesão da equipe – é internacionalmente conhecido e já foi traduzido e validado para o francês, espanhol e português. Objetivo: Quanto ao cenário do esporte infantil o presente estudo pretende apresentar o processo de tradução e adaptação do Child Sport Cohesion Questionnaire (CSCQ) para a realidade brasileira. Tal escolha se dá por acreditar que para o jovem atleta as relações sociais de sua equipe impactam diretamente na satisfação e no desejo de permanecer na prática esportiva. Métodos: Para a tradução e adaptação do Questionário de Coesão no Esporte Infantil optou-se pela seguinte estrutura metodológica: (1) tradução realizada por dois psicólogos com domínio da língua inglesa -, (2) síntese - realizada por um grupo de pesquisadores em psicologia social -, (3) tradução reversa - realizada por um nativo da língua original do instrumento e com domínio da língua portuguesa comprovada - e (4) avaliação (pertinência e clareza) - realizada por cinco psicólogos atuantes no esporte infantil. Para analisar a consistência do processo utilizou-se da Conclusão: Percebe-se que o processo de tradução e adaptação do QCEI foi realizado com sucesso. Ainda que o ponto de corte para análise de CVC costume ser considerada 0.8 e as questões III e VII tenham apresentado valores abaixo se faz importante considerar o CVC de cada aspecto, além do fato que os valores encontrados foram bem próximos ao considerado consistente. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Entrenamiento mental en natación. Preparación para el campeonato nacional de piscinas abiertas de Uruguay (AO045) María Noel Givogre Leunda1 1Universidad de la República Oriental del Uruguay. Introducción: Se presenta aquí una experiencia de entrenamiento mental con nadadores de piscinas abiertas. Para algunos de los jóvenes esta es su primera experiencia de trabajo con un psicólogo del deporte integrante del equipo técnico. Objetivo: El objetivo principal fue el de introducir a los nadadores en el entrenamiento mental y que esto se tradujera en una baja de los tiempos en competencia. Métodos: La muestra estuvo compuesta por nadadores de las categorías de 12 y 13 años. La misma incluía 8 niñas y 5 varones, aunque no todos accedieron a clasificar para el campeonato. Se les diseñó un cuadernillo de evaluación y prácticas que se entregó a cada uno y se utilizaron técnicas de relajación y visualización como herramientas principales. Se presentan a continuación los logros obtenidos. El primer tiempo es el de sembrado y el segundo en la competencia. Resultados: Se presentan a continuación los logros obtenidos. El primer tiempo es el de sembrado y el segundo en la competencia. Los objetivos planteados fueron conseguidos en las pruebas mencionadas (Figuras 1 e 2). Conclusión: Los nadadores refirieron hacer uso de la visualización momentos antes de las carreras como forma de lograr la activación y concentración necesaria. Palavras-chave: atletas, deporte, psicología. Figura 1 165 Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) 166 Figura 2 Psicologia do esporte, terapia cognitivocomportamental e psicologia positiva: desenvolvimento de uma intervenção para atletas de futebol adolescentes (AO046) Fernanda Faggiani1; Daniele Lindern1; Carolina Saraiva de Macedo Lisboa1 1Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Introdução: Atletas de futebol vivenciam rotinas de treino intensas e são pressionados a manter um elevado desempenho. Assim, identifica-se nessa população uma série de fatores de risco, ao mesmo tempo que os fatores de proteção – como diferentes tipos de apoio - podem estar diminuídos. Esta dinâmica de fatores de risco e proteção justifica a necessidade de programas de intervenção, voltados ao fortalecimento de habilidades sociais e de coping destes indivíduos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo desenvolver uma intervenção com foco preventivo baseada na Terapia Cognitivo-Comportamental e na Psicologia Positiva para jovens jogadores de um clube de futebol. Métodos: Participaram deste estudo vinte atletas com idades entre 15 e 16 anos, selecionados aleatoriamente em um grupo de intervenção (n=10) e um grupo de comparação (n=10). Foram realizados oito encontros de 90 minutos cada, com frequência semanal. Os participantes responderam ao Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA), Athletic Coping Skills Inventory (ACSI), Screen for Child Anxiety Related Emotional Disorders (SCARED), Escala Global de Satisfação de Vida (EGSV) e à Escala de Afetos Positivos e Negativos para Adolescentes (EAPN-A) antes e após a intervenção. A comparação foi feita utilizando-se o teste Wilcoxon/Mann-Withney, com nível de confiança p = 0,05. Resultados: Os atletas do grupo experimental apresentaram diferença significativa com aumento das médias após a intervenção em três subescalas do ACSI (Desempenho sob pressão: p = 0,03; Confiança: p = 0,05; Liberdade de preocupações: p = 0,04), bem como na pontuação total do IHSA (p = 0,04) e em uma subescala do mesmo instrumento (Abordagem afetiva: p = 0,04). Não houve diferença significativa pré e pós-intervenção entre os grupos de intervenção e comparação. Conclusão: Os resultados deste estudo apontam para a importância de intervenções que visem à promoção da saúde mental destes jovens, a partir da aprendizagem de outras habilidades para a vida além das esportivas. Palavras-chave: atletas, esporte, desempenho, estresse psicológico. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) A percepção da qualidade vida é diferente entre deficientes físicos e visuais? (AO047) Analice R da Cruz¹; Dayane F Rodrigues¹; Andressa Silva¹; João Paulo P Rosa¹; Mário Antônio Simim¹; Marco Túlio de Mello¹ 1Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: O esporte paralímpico Brasileiro vem apresentando um crescente avanço no cenário mundial. O tempo gasto dos atletas com a prática da modalidade esportiva pode interferir na qualidade de vida, uma vez que grandes volumes de treinamento físico podem acarretar desgaste físico e psicológico decorrentes do treinamentocompetições. Objetivo: Comparar a percepção da qualidade de vida em atletas paralímpicos brasileiros com deficiência física e visual. Métodos: A amostra foi composta por 30 atletas da Seleção Paralímpica Brasileira de Atletismo com deficiência física (DF) (18 atletas) e deficiência visual (DV) (12 atletas). Para avaliar a qualidade de vida, utilizou-se o questionário WHOQOL-bref. A comparação entre os grupos DF e DV em cada domínio utilizou-se o teste Mann-Whitney, e a comparação entre os domínios nos grupos DF e DV utilizou-se o teste Friedman two-way. O nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: Não houve diferença estatística significante entre os deficientes físicos e visuais nos domínios da qualidade de vida. Ao fazer a comparação entre os domínios da qualidade de vida houve diferença estatística significante no grupo DF (12,888; gl=3; p=0,005), já no grupo DV não foi encontrada diferença estatística significante (5,761; gl=3; p=0,124). No grupo DF essa diferença está presente entre os domínios meio ambiente (71,49±2,64) e psicológico (77,97±3,73), e ainda, entre o meio ambiente (71,49±2,64) e as relações sociais (86,55±14,89). Conclusão: Não houve diferença na qualidade de vida entre os deficientes físicos e visuais, porém destaca-se que em deficientes físicos os domínios que mais influenciaram para uma boa qualidade de vida foram em relação aos aspectos sociais e psicológico. Palavras-chave: paratletas, esporte, psicologia do esporte. 167 A relação entre débito de sono, sobrepeso e desempenho psicomotor de trabalhadores sedentários (AO048) Fernanda Veruska Narciso1; José Angelo Barela2; Sergio Tufik3; Marco Túlio de Mello1 1Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: Débito de sono em curto e longo prazo aumenta a massa corporal, os lapsos de atenção e reduz o tempo de reação aos estímulos. Objetivo: O objetivo do estudo foi verificar a relação entre débito de sono, massa corporal e desempenho psicomotor de trabalhadores do turno noturno. Métodos: Participaram deste estudo 20 técnicos de polissonografia trabalhadores do turno noturno de uma escala 12x36 horas. No primeiro dia de avaliação, foram aferidas massa e estatura corporais, e colocado um actígrafo no punho dos participantes. No segundo dia de avaliação, antes e após o turno de trabalho, foi aplicado o Psychomotor Vigilance Task (PVT) durante 10 minutos a fim de mensurar atenção sustentada e vigilância dos participantes. A Análise de variância de medidas repetidas foi realizada para comparar as médias das variáveis e a significância estatística foi de 5%. Resultados: Os resultados mostraram que os participantes (15 mulheres e 05 homens) eram sedentários, foram classificados em sobrepeso (IMC=26,2 ± 6,3 kg/m2) e a média do tempo total de sono (TTS) antes de iniciar o turno de trabalho foi de 291,99 ± 126,75 minutos. Não houve correlação significativa entre índice de massa corporal e desempenho psicomotor antes (respostas corretas RC: r=-0,09; p=0,70; respostas erradas - RE: r=0,01; p=0,78) e após (RC: r=-0,36; p=0,12; RE: r=0,14; p=0,56) o turno de trabalho, bem como entre a variável RC e TTS antes (r=0,24; p=0,30) e após (r=0,25; p=0,30) o turno de trabalho. Em contrapartida, a variável RE apresentou correlação negativa com o TTS após (RE: r=-0,46; p=0,04) o turno de trabalho, não encontrando significância antes do turno (RE: r=-0,19; p=0,43). Conclusão: Assim, após o turno de trabalho, houve piora do desempenho psicomotor dos trabalhadores em virtude do débito de sono, o que pode acarretar risco para acidentes ocupacionais. Palavras-chave: sono, sobrepeso, desempenho psicomotor, trabalhadores. Agradecimentos: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE), Centro Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes (CEMSA), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Ansiedade e sua relação com o estado de humor de atletas de voleibol (AO049) Daniella Moreira Paína¹; Thiago Vieira Rodrigues²; Pedro Miro Costa Gomes da Silva¹; Otavio Mitsuo Takeda¹; Rodrigo Luiz da Silva Gianoni¹ 1Universidade de Santos. Federal de São Paulo; 2 Universidade Católica Introdução: O controle emocional é fundamental para o alto rendimento esportivo. Para compreender o perfil emocional são utilizados instrumentos que avaliam do estado de humor até a personalidade do indivíduo. Conhecer o perfil do atleta e do grupo aperfeiçoa o rendimento, uma vez que emoções podem atrapalhar a evolução do rendimento quando não identificadas e controladas. Algumas emoções, como a ansiedade, possuem um nível de ativação que amplifica o rendimento, mas em descontrole prejudica-o. Objetivo: O objetivo foi avaliar a correlação entre ansiedade e estado de humor de atletas de voleibol. Métodos: Participaram do estudo 11 atletas (19±0,79 anos), categoria sub-20, de um clube paulista, tendo sido avaliados durante um campeonato regional. Utilizou-se o Inventário de Ansiedade Traço-Estado para avaliar estado (IDATE-E) e traço (IDATE-T) de ansiedade nos atletas, e o Profile Of Mood States (POMS) para avaliar o estado de humor. O IDATE-T foi coletado na semana anterior ao campeonato, e os outros testes foram aplicados nas manhãs dos jogos. Para análise de dados, utilizou-se o teste de correlação de Pearson (p<0,05). Resultados: Foram encontradas correlações negativas entre ansiedade-traço e as variáveis Raiva (r=-0,270, p=0,048) e Vigor (r=-0,282, p=0,039) do POMS e positiva com a variável confusão (r=0,360, p=0,007). Já para a ansiedade-estado, foram encontradas correlações positivas com Depressão (r=0,314, p=0,02) e Raiva (r=0,323, p=0,016), e negativa com Vigor (r=-0,381, p=0,004). Conclusão: Concluiu-se, portanto, que um perfil ansioso pode estar relacionado com uma redução do vigor e um aumento da confusão, indicando a importância do controle emocional para maior disposição e foco do atleta. Além disso, quanto menor o traço de ansiedade, maior a raiva. No entanto, a raiva parece ser diretamente proporcional à ansiedade pré-competitiva, assim como o estado depressivo, indicando que alto nível de ansiedade pode estar acompanhado de desajuste emocional para esses atletas. Já em relação ao vigor, o aumento da ansiedade pré-competitiva parece promover uma redução desta variável neste grupo de atletas. Palavras-chave: esporte, alto rendimento, psicologia do esporte. 168 Sentidos de vitória/derrota para atletas adolescentes do alto rendimento e os aprendizados sobre espírito esportivo (AO050) Isabela Amblard¹; Fatima Maria Leite Cruz1; Afonso Antonio Machado³ 1Universidade Federal de Pernambuco; Estadual Paulista. 2Universidade Introdução: Nos dias atuais, o esporte de alto rendimento ganha mais visibilidade devido a estrutura e organização das competições, comparadas a grandes espetáculos. Assim, a vitória é bastante valorizada e passa a ser o objetivo dos atletas, numa busca incessante por resultados e prêmios, ao passo que a derrota é evitada a todo custo, muito embora esteja sempre presente no cotidiano dos atletas, por ser uma das condições inerentes ao esporte. Questionamos as implicações desse contexto nas relações sociais desenvolvidas entre atletas e demais pessoas ou situações do meio esportivo. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi analisar e determinar o potencial do indivíduo para desenvolver controle emocional e liderança durante suas aulas. Métodos: Participaram da pesquisa, em Recife/PE, 101 atletas do alto rendimento, entre 12 e 18 anos, da natação e vôlei. Utilizamos questionários de associação livre, com a identificação do campo semântico das representações, e entrevistas semidirigidas, com o objetivo de capturar os elementos centrais das representações sociais. Na análise dos dados, o software EVOC e as técnicas de análise temática de conteúdo de Bardin. Resultados: Nos resultados, a vitória é considerada uma conquista e está associada à dimensão individual dos sujeitos, constituída por mecanismos que eles adotam para suportar as mais diversas situações do ambiente esportivo competitivo, como a garra, a força e a superação. A derrota é vivida com tristeza, no entanto, há uma autoculpabilização dos atletas, bem como autonomia e responsabilização nessa situação. A reflexão diante dela mostra a necessidade de saber lidar com o momento para, assim, adquirir experiência à prática competitiva e favorecer o crescimento e aprendizado para o esporte/a vida. Conclusão: Concluímos que, embora esse contexto esportivo possibilite dificuldades relacionadas à sociabilidade pela constante rivalidade entre atletas em busca de vitórias em competições, eles conseguem lidar com as vitórias/derrotas de modo positivo, agregando valor e aprendizado às suas experiências, aliada a superação pessoal e não necessariamente do outro, o que reflete no espírito esportivo, isto é, no respeito às regras e Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) adversários; bem como à diferenciação de momentos em que o outro ora é adversário, ora é parceiro, um aprendizado importante aos adolescentes. Palavras-chave: esporte, alto rendimento, psicologia do esporte. Motivação e carreira esportiva de atletas de beisebol: uma trajetória de autonomia, competência e boas relações sociais? (AO051) Marcus Vinícius Mizoguchi1,2; João Ricardo Nickenig Vissoci3; Layla Maria Campos Aburachid2; Schelyne Ribas da Silva2; Caio Moreira Rosas1; Lenamar Fiorese Vieira1 1Universidade Estadual de Maringá; 2Universidade Federal do Mato Grosso; 3Duke University. Introdução: Ao longo dos estágios do desenvolvimento da carreira, atletas enfrentam diferentes barreiras e desafios. A capacidade de satisfação das necessidades nessa atividade parece ser determinante para a motivação na prática e manutenção na carreira. Objetivo: O objetivo foi avaliar a correlação entre ansiedade e estado de humor de atletas de voleibol. Métodos: Analisar fatores que influenciam a satisfação das necessidades básicas na trajetória esportiva de atletas de beisebol. A amostra foi composta pela equipe campeã brasileira da temporada 2011/2012 de beisebol, totalizando 14 atletas (20,14±0,98). Como instrumento foi utilizado entrevista semi-estruturada, sendo fundamentada de acordo com a teoria das Necessidades Básicas (Autonomia, competência e relacionamentos pessoais) (DECI; RYAN, 1985). As perguntas foram divididas entre as fases de desenvolvimento do atleta proposta por Côté (1999): Anos de experiência (entre 6-12 anos); Anos de especialização (entre 13-15 anos), Anos de investimento (acima de 15 anos) e Anos de recreação. Para os dados qualitativos, utilizou-se a análise de conteúdo do tipo categorial. Ao avaliar o processo de desenvolvimento ao longo dos anos de acordo com as necessidades básicas dos indivíduos, pode-se identificar três categorias: a) Autonomia (extrínsecos e intrínsecos), b) Competência (aspectos positivos e negativos), e c) relacionamentos pessoais (familiares e não familiares). Resultados: Nos anos de experimentação, observou-se aspectos negativos que dificultaram na percepção de competência do atleta, mas a presença da família teve grande influência na participação do atleta na modalidade, dando suporte autônomo; com o processo de desenvolvimento esportivo até os anos de investimento, houve melhores 169 satisfações atléticas por parte do atleta, promovendo maior percepção de competência, autonomia e bons relacionamentos com familiares, técnicos, pares e o clube. Conclusão: O desenvolvimento da carreira esportiva de atletas brasileiros de beisebol demonstra um aumento progressivo das satisfações das necessidades básicas, obtendo mais autonomia, percepções de competências positivas e relações sociais, com familiares, técnicos, amigos e o clube na fase de alta-performance. Palavras-chave: esporte, alto rendimento, psicologia do esporte. A influência do sexo e da idade na pontuação do KTK (AO052) João Paulo Abreu Moreira1; Mariana Calábria Lopes1; Maicon Rodrigues Albuquerque1 1Universidade Federal de Viçosa. Introdução: O KTK (Körperkoordinationtest für Kinder) é um teste amplamente utilizado para medir o nível de coordenação motora em crianças. Segundo sua normativa, os escores obtidos nas quatro tarefas (Equilíbrio na Trave - ET; Salto Lateral - SL; Transferência sobre Plataforma - TP; Salto Monopedal - SM) são comparados com valores de referência que levam em consideração o sexo e a idade do indivíduo, para uma posterior classificação dos sujeitos em relação ao seu nível de coordenação motora. Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar a influência do sexo, da idade e da interação destes dois fatores na pontuação obtida pelos sujeitos nas quatro tarefas do KTK, confrontando a necessidade colocada pela normativa original de se utilizar valores de referência ajustados em relação a estas duas variáveis. Métodos: A amostra foi composta por 295 sujeitos (155 meninos e 140 meninas), de 5 a 10 anos. Foi realizado uma ANOVA fatorial com dois fatores independentes para estabelecer a influência do sexo e da idade nas pontuações do KTK. Resultados: Foram encontradas diferenças significativas em relação à influência do sexo na pontuação obtida pelos sujeitos nas tarefas TP e SM. Em relação às idades, foram encontradas diferenças significativas para a influência das seis faixas etárias investigadas na pontuação dos indivíduos em todas as tarefas do teste. No caso da interação dos dois fatores, ela parece não influenciar a pontuação em nenhuma das tarefas do KTK. Conclusão: Os resultados obtidos por este trabalho parecem reforçar a necessidade de que os escores obtidos nas quatro tarefas do KTK sejam ajustados em relação às faixas etária e diferenciados em relação ao sexo apenas na TP e no SM. Futuras Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) investigações são necessárias para se compreender o motivo do sexo influenciar apenas as tarefas TP e SM. Palavras-chave: habilidades motoras, infância. Análise longitudinal da coordenação motora grossa em crianças de 6 a 10 anos de idade (AO053) Elenice de Sousa Pereira¹; Mariana Calábria Lopes¹ 1Universidade Federal de Viçosa. Introdução: A importância da aprendizagem das habilidades motoras grossa durante a infância já é amplamente reconhecida na literatura, sendo que a falta de instrução adequada, bem como à inexistência de oportunidades de prática diversificada ou ainda fatores motivacionais, podem interferir no desenvolvimento da coordenação motora dos escolares. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o desenvolvimento do nível de coordenação motora grossa em crianças de 6 a 10 anos de idade, no intervalo de 10 meses. Métodos: A amostra foi composta por 184 crianças, matriculadas em escolas públicas da região de Viçosa, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. A avaliação da coordenação motora foi realizada por meio do “Teste de Coordenação Corporal para Crianças” (Körperkoordinationstest Für Kinder – KTK), sendo o pré-teste realizado no início no ano escolar e o pós-teste no final do mesmo, após 10 meses. Para análise estatística foi utilizado o programa SPSS® versão 19. Utilizou-se estatística descritiva e teste t Student dependente para a comparação dos sujeitos dentro de um mesmo ano escolar. Resultados: Os resultados apontaram diferença significativa do 1° ao 4° ano escolar nas quatro tarefas do KTK entre ambas as fases de teste (p<0,001), sendo que no 5° ano foi encontrada diferenças apenas para as tarefas “trave de equilíbrio” e “salto lateral” (p<0,001). Além disso, em todos os anos escolares investigados, o maior percentual das crianças apresentou nível de coordenação motora “normal”. Conclusão: Pode-se concluir que os alunos do 1º ao 5º ano apresentaram um desenvolvimento significativo da coordenação motora grossa ao longo de um ano letivo. Palavras-chave: habilidades motoras, infância. 170 Dificuldade da meta e percepção de competência na aquisição do saque do voleibol (AO054) Cicero Luciano Alves Costa; Márcia Salomão de Castro; Herbert Ugrinowitsch Introdução: O estabelecimento de metas específicas e desafiadoras tem sido considerado como uma estratégia motivacional capaz de aumentar o comprometimento e, assim, a motivação e o desempenho dos indivíduos. A motivação está relacionada a importância atribuída à tarefa pelo sujeito, que por sua vez é influenciada pela percepção de competência. Objetivo: Analisar o efeito do nível de dificuldade da meta na aquisição de uma habilidade esportiva em adolescentes com diferentes níveis de percepção de competência motora. Métodos: Participaram 20 sujeitos com idades entre 13 e 15 anos. Os participantes responderam o Self Perception Profile Children (HARTER, 1985) e em seguida foram divididos em quatro grupos experimentais levando em consideração o desempenho do pré-teste: grupo com percepção de competência baixa e meta fácil (PBMF); grupo com percepção de competência baixa e meta difícil (PBMD); grupo com percepção de competência alta e meta fácil (PAMF); e um grupo com percepção de competência alta e meta difícil (PAMD). Para avaliação da aprendizagem do saque do voleibol utilizou-se o desempenho em relação à precisão ao alvo, adaptado de Ugrinowitsch e Manoel (1999). O experimento foi composto por três fases: um préteste com 15 tentativas, uma fase de aquisição com 8 blocos de 20 tentativas cada, e um teste de retenção com 15 tentativas. A análise inferencial se deu com a aplicação de uma ANOVA three-way com medidas repetidas e o post hoc de Duncan. Resultados: Os resultados apontaram interação significativa apenas entre a dificuldade da meta e o desempenho nos testes (F=5,42; p=0,03). O post hoc demonstrou que houve melhoras significativas no desempenho da precisão somente para os sujeitos com meta difícil (p=0,001). Conclusão: Apesar de no pré-teste os participantes com percepção de competência alta apresentarem melhor desempenho que os demais, a percepção de competência não influenciou na aquisição da habilidade. Palavras-chave: motivação, desempenho, adolescentes, psicologia do esporte. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) 171 Biofeedback e atletismo: a psicologia do esporte e seu contributo nas provas de meio fundo (AO055) Análise das estratégias de coping apresentadas pelo grupo de elite de árbitras de futebol do Brasil (AO056) 1Universidade 1Universidade Telma Sara Queiroz Matos1; Wellington da Cruz Alvarenga1 do Estado de Minas Gerais; Pitágoras Uberlândia. 2Faculdade Introdução: Com os conhecimentos advindos da neurociência, o Biofeedback, partiu-se de uma ampla investigação de como as questões ansiogênicas se apresentam na psique humana, podendo interferir na performance do atleta, é que se pensou em aprofundar os estudos da aplicação de técnicas desse artefato no atletismo. Observa-se que alguns atletas, mesmo bem preparados fisicamente, não conseguiam reproduzir nas competições, o mesmo desempenho desenvolvido nos treinos. Esse fato isolado pode ser sugestionável de inúmeras variáveis, porém em diálogos posteriores com os atletas, a suspeita recaiu por influências de fatores ansiogênicos vivenciados em situações competitivas, assunto ainda pouco explorado pela literatura específica da modalidade. Objetivo: Esse estudo objetiva delinear a contribuição da Psicologia do Esporte, com o foco voltado para o trabalho do Treinamento Mental e seu aporte para o Atletismo nas provas de corrida de meio fundo/velocidade prolongada. O trabalho pauta-se na utilização do Biofeedback, como método científico de treinamento psicológico, com vistas a reduzir as questões ansiogênicas negativas no desempenho de atletas das modalidades acima citadas. Métodos: Durante aproximadamente doze meses, acompanhou-se os atletas de um Centro Nacional de Treinamento de Atletismo (provas de 400m, 800m, 1500m). Utilizou-se a visualização por meio de filmagem dos treinos e testes anteriores à competição, e posteriormente, utilizando esse recurso concomitante à retroalimentação do Biofeedback (frequência galvânica, batimentos cardíacos...). Resultados: Percebeu-se que os atletas conseguiram no momento da intervenção, um maior autocontrole das respostas ansiogênicas frente à atividade proposta. Conclusão: O que se pretendeu com esta intervenção foi verificar que a seleção de técnicas de trabalhos psicofisiológicos, aqui descrito, Biofeedback, em consonância com o treinamento, podem influenciar no desempenho esportivo, sendo essencial para a performance competitiva dos atletas de Atletismo, tendo em vista sua aplicação no alto rendimento. Palavras-chave: esporte, psicofisiologia, desempenho. Alessandra Peixoto Monteiro¹; Marta Magalhães de Souza²; Marcela Mansur Alves³ Federal de Minas Gerais; 2Comissão de Arbitragem-Confederação Brasileira de Futebol; 3Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: No esporte de alto rendimento desempenhos excepcionais são alvo de pesquisas que têm dedicado atenção às características de personalidade e estratégias de coping como importantes preditoras do desempenho. Coping significa ter habilidades para lidar com eventos estressantes, consistindo em um processo consciente, no qual o indivíduo avalia a situação como estressora, tentando usar os seus recursos pessoais para controlar, reduzir ou resolver as demandas da atividade. Árbitros de futebol estão expostos a todo momento a situações estressoras, o que desencadeia a necessidade de possuir estratégias de Coping adequadas para desempenhar bem suas atividades. Objetivo: Identificar e analisar as estratégias de Coping mais utilizadas pelas árbitras de elite do futebol profissional brasileiro. Métodos: Amostra com 38 mulheres, idade média de 30,50 anos, sendo 11 árbitras centrais e 27 árbitras assistentes pertencentes ao quadro nacional e internacional no ano de 2015. Como profissão 55,56% são Educadoras Físicas e com média de experiência na arbitragem de 7 anos. Foi aplicado o Inventário de Coping para Atletas (ACSI28). Para análise foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 22. Resultados: As participantes obtiveram uma média de 51 pontos (DP:2.083), como “Recurso Pessoal de Coping”. As seguintes estratégias foram as que apresentaram maior escore: Lidar com Adversidades, Metas e Preparação Mental, Desempenho sob Pressão e Treinabilidade. Concentração foi a estratégia que obteve menor escore. As árbitras brasileiras apresentam um bom nível de “Recurso Pessoal Coping“, ou seja, em situações estressantes elas contam com bons recursos internos para enfrentar as adversidades. O tipo de estratégia utilizada está focado no problema e é ativa, pois partem para a solução dos mesmos (Tabela 1). Conclusão: A capacidade para lidar com o planejamento de metas e a preparação mental para treinamentos, demonstra organização e traz autoconfiança, na medida em que se sentem seguras por terem se preparado adequadamente. Ao mesmo tempo a menor habilidade para lidar com a distração e a necessidade de se manter concentrado na tarefa, podem acarretar situações de estresse. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Embora o estudo tenha sido feito com uma amostra pequena, ressalta-se a importância de se estudar o Coping na arbitragem brasileira a fim de auxiliá-los a lidar de forma mais eficiente com situações estressoras. 172 Palavras-chave: esporte, enfrentamento, psicologia do esporte. Tabela 1 Fatores psicológicos influenciadores da performance do árbitro de futebol: uma visão da psicologia do esporte (AO057) Erik Salum de Godoy²; Paulo Roberto da Silva Barroso²; Wagner Martignone de Figueiredo²; Rubens Lopes²; Thais Silva Rueda¹; Clarice Medeiros¹; Adriana Lacerda¹ 1Universidade Futebol/FERJ. Veiga de Almeida; 2Instituto de Ciências do Introdução: Por muito tempo, o árbitro de futebol assumiu um lugar de menor importância no contexto esportivo e foi preciso que diversas áreas o reconhecessem com a importante função de legitimar o resultado de uma partida. Objetivo: O objetivo deste artigo foi levantar aspectos psicológicos que influenciam no desempenho (performance) dos árbitros de futebol. Métodos: O estudo foi desenvolvido como pesquisa descritiva, a partir de um questionário estruturado, compondo uma anamnese de aspectos psicológicos, aplicado em 18 árbitros atuantes no Rio de Janeiro. Os resultados receberam um tratamento estatístico através da frequência percentual das palavras-chave ou respostas mais vezes encontradas. Resultados: Dentre os resultados encontrados referentes aos aspectos psicológicos que influenciam na atuação do árbitro de futebol, 33% relataram que a paixão foi o fator predominante na escolha pela arbitragem e 38,5% definiram a arbitragem como uma paixão. O que mais incomoda esse profissional durante a partida de futebol é cometer um erro grave (24,5%), quando o cometem afirmaram sentir-se triste, mal ou chateado (44%). Após a partida, 33% pensam sobre os erros e 60, 5% declararam que não cometer um erro é uma das limitações e desafios que podem ser encontrados durante o jogo. Além disso, mesmo sem a presença de um psicólogo esportivo, a maioria dos árbitros reconhece a presença deste profissional como fundamental: 71,5% acreditam que o profissional ajudaria no controle das emoções e 27,5% que ele auxiliaria a lidar principalmente com os erros e críticas sofridas. Conclusão: Desta forma, concluímos que o arbitro possui um lugar importante durante a partida de futebol, não devendo ser subjugada a sua função. O erro é o fator que aparece como sendo de maior preocupação para este profissional tendo consequências psicológicas importantes. Daí, extraise a relevância do trabalho do psicólogo esportivo, além de necessidade de mais produções sobre esse ator do espetáculo esportivo. Palavras-chave: desempenho, competição, psicologia do esporte. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Comportamento religioso e espiritual em árbitros de basquete profissional (AO058) João Baptista Gil Junior1; Flávia Renata de Almeida1; Carolina Campos1; Marcelo Callegari Zanetti1; Maria Regina Ferreira Brandão1 1Universidade São Judas Tadeu. Introdução: Apesar do tema Religiosidade e Espiritualidade despertar há muitos séculos o interesse da humanidade, apenas recentemente tem sido objeto de estudo da ciência da Psicologia do Esporte. Cresce consideravelmente o número de pesquisas que demonstram que religiosidade e espiritualidade podem, de fato, afetar a saúde mental de forma detectável pela ciência. Objetivo: Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o comportamento religioso e espiritual em árbitros de basquete profissional. Métodos: Para tanto, foram avaliados 21 árbitros do sexo masculino que atuam na Liga Profissional de Basquete através do Inventário de Comportamento Espiritual e Religioso no Esporte, desenvolvido especialmente para esta pesquisa, que consta de 51 questões avaliadas em uma escala de quatro pontos: “nunca, algumas vezes, quase sempre e sempre”. Foram considerados para análise os itens com médias acima de “algumas vezes”. Resultados: Os resultados mostram que 17 itens atingiram os critérios estabelecidos sendo que 12 se referem à Religiosidade e 5 se referem à Espiritualidade. Em relação à Religiosidade cinco itens se relacionam a uma dimensão cognitiva, seis a uma dimensão comportamental e um a uma dimensão emocional da Religiosidade. Já em relação à Espiritualidade observa-se dois itens relacionados a uma dimensão cognitiva e três itens relacionados a uma dimensão comportamental da Espiritualidade. Conclusão: Concluiu-se que a Religiosidade parece desempenhar um papel expressivo na vida dos árbitros de basquete e que ela se expressa através de dois componentes principais: as crenças religiosas e os rituais. Apesar de evidente a necessidade de futuras pesquisas, restam poucas dúvidas de que o envolvimento com a religiosidade e a espiritualidade parece ajudar uma pessoa a enfrentar os estresses psicológicos e sociais causados pelas emoções negativas. Palavras-chave: religião, competição, psicologia do esporte. 173 Influência do estado de recuperação sobre a incidência de lesões no voleibol (AO059) Thiago Ferreira Timoteo; Paula Barreiros Debien; Maurício Gattás Bara Filho Introdução: Lesões esportivas podem estar relacionadas às cargas de treinamento excessivas, sem que haja uma recuperação adequada. Essa relação é apontada como o mais importante fator causal nas lesões por sobrecarga. Objetivo: Analisar a influência do estado de recuperação sobre os índices de lesão em atletas de voleibol de nível nacional. Métodos: Participaram do estudo 14 atletas profissionais de voleibol do sexo masculino (26,7 ± 5,5 anos; 95,8 ± 8,2 kg; 1,97 ± 7,9 m). Considerou-se lesão qualquer queixa física que gerasse incapacidade para o atleta participar totalmente de treinamentos e jogos, ou se o jogador recebesse atendimento do departamento médico, mesmo participando das atividades. Para avaliação do estado de recuperação, os atletas respondiam semanalmente a Escala de Qualidade Total de Recuperação (TQR) que consiste da pergunta: “Como você se sente em relação a sua recuperação?”. A escala varia de 6 a 20 pontos (6= “Nada recuperado”; 20= “Totalmente bem recuperado”). Foi aplicado o teste ANOVA para medidas repetidas com post hoc de Bonferroni e Índice de Correlação de Pearson. Resultados: Observou-se valores semelhantes de TQR entre os grupos “sem lesão” (16,73 ± 2,03), “lesão por trauma” (16,27 ± 1,93) e “lesão por sobrecarga” (16,63 ± 1,56), não havendo diferença entre os grupos (p=0,33). Nota-se que todos os grupos apresentaram valores acima do descritor 16, o que representa que os atletas encontravam-se bem recuperados. Não houve correlação entre TQR e incidência de lesões (p=0,36). Conclusão: Apesar da importância da recuperação sobre o surgimento de lesões esportivas ser bem descrita na literatura, não foram encontradas no presente estudo relação entre essas variáveis. Porem nota-se que o surgimento de lesões, não se dá exclusivamente pela recuperação inadequada, e sim fruto do desequilíbrio entre essa variável e as cargas de treinamento. Palavras-chave: reabilitação, atletas, saúde, psicologia do esporte. Rev Ed Física / J Phys Ed – Anais de Psicologia do Esporte (CONBIPE – 2016) Coaching de excelência para atletas e equipes de alto rendimento (AO060) Suzy Fleury Introdução: Atletas e equipes de alto rendimento que vivem de resultados, treinam diariamente para atingir a meta do Comitê Olímpico Brasileiro em 2016, que é tornar o Brasil uma das 10 principais potencias Olímpicas. Por isso, além da preparação técnica, tática e física, o desafio está no desenvolvimento de competências psicologias capazes de aumentar o desempenho e as possibilidades de vitória. E é nesse contexto que a metodologia coaching passa a ser uma grande aliada, especialmente para os profissionais como Psicólogos do Esporte. Objetivo: Esse trabalho tem como objetivo demonstrar como o Programa Coaching de Excelência contribui para o crescimento pessoal e melhoria de desempenho de atletas e equipes esportivas, considerando desde a conceituação, histórico, base de fundamentação, estrutura das sessões, até o modelo 7 Elementos da Excelência desenvolvido pela autora e apresentado no Congresso Brasileiro de Terapias Cognitivas em 2013. Métodos: A palavra francesa coaching representa o transporte de pessoas e objetos de valor de um ponto “A” para “B”. E a dinâmica do processo se sustenta nos três lados da mesma “viagem”: Coaching (processo de mudança), Coach (facilitador do processo de mudança) e Coachee (agente de mudança). Timothy Galweey, ex-tenista e Coach profissional, pode ser considerado o precursor dessa metodologia que junto com John Whitmore, também ex-atleta, desenvolveu a 1ª estrutura de coaching conhecida como GROW (Goal, Reality, Options e Questions What, Where, When, Who). Diferente do método terapêutico e da consultoria, o método coaching visa: Encorajar a autodescoberta; Descobrir e alinhar objetivos; Trazer à tona estratégias e soluções; Manter o coachee responsável pelas ações, resultados, aprendizagens e melhorias; Questionar de que maneira a pessoa, equipe ou organização pode ser melhor; Evitar Interpretar-Julgar-Aconselhar; Ser Ético. Resultados: A essência do método se caracteriza pela qualidade do diálogo a partir de perguntas abertas e socráticas que provocam reflexão, tomada de consciência que levam a novas escolhas e decisões, ações mais estratégicas, inteligentes e coordenadas e que também levam a responsabilização de resultados. A eficiência do processo pode ser avaliada comparando-se os indicadores de desempenho iniciais com os finais. Conclusão: Os resultados sugerem que o programa coaching de Excelência contribui para o 174 desenvolvimento pessoal e interpessoal, melhoria de competências psicológicas como concentração, motivação, controle emocional, inteligência interpessoal, influenciando diretamente no aumento do desempenho individual e coletivo e, especialmente, gestão do futuro. Palavras-chave: atletas, terapia, desempenho, psicologia do esporte. A relação esperança e autoestima em atletas de modalidades esportivas individuais e coletivas (AO061) Caio Rosas Moreira1; Marcus Vinícius Mizoguchi2; Renan Codonhato1; Patrícia Carolina Borsato Passos1,3; William Fernando Garcia1; Lenamar Fiorese Viera1 1Universidade Estadual de Maringá; 2Universidade Federal de Mato Grosso; 3Universidade Paranaense. Introdução: O esporte tem sido um dos elementos intervenientes para a melhoria de variáveis psicológicas positivas, uma vez que este contexto propicie inúmeras oportunidades e objetivos a serem alcançados em diferentes níveis. A vivência no meio esportivo, quando trabalhada corretamente, favorece o desenvolvimento da esperança e autoestima dos praticantes. Objetivo: Correlacionar o nível de esperança e autoestima de atletas em função das suas modalidades esportivas. Métodos: Participaram 81 atletas de ambos os sexos (18,5 ± 3,6 anos), sendo 35 praticantes de modalidades individuais e 46 de modalidades coletivas representantes de uma cidade do noroeste do Paraná. Foram utilizados a Escala de Esperança Disposicional e a Escala de Autoestima de Rosenberg. Para a análise dos dados foi utilizado o teste Kolmogorov-Smirnov, U de Mann-Whitney e coeficiente de correlação de Spearman (p<0,05). Resultados: Ao comparar as dimensões de esperança entre as modalidades, encontrou-se diferenças significativas nas dimensões de agência (pensamentos que dirigem energia e motivação para a busca de uma meta) e de esperança geral (p<0,05), indicando que os atletas de modalidades coletivas se percebem mais esperançosos para a busca de resultados (Md=16,0 e Md=33,0) em comparação aos atletas de modalidades individuais (Md=15,0 e Md=31,0, respectivamente). Quando correlacionada a autoestima com as dimensões da esperança em função das modalidades esportivas, identificou-se correlações entre as variáveis (p<0,05), em ambas as modalidades, no entanto, observou-se maiores correlações nos esportes coletivos (Tabelas 1 e 2). Rev Ed Física / J Phys Ed – Insira aqui o título curto do artigo Conclusão: Atletas de modalidades coletivas aparentam ser mais esperançosos, assim como indicam ter uma maior relação entre esperança e autoestima para o esporte. Tal achado pode estar relacionado ao fato destes atletas partilharem todos os esforços, experiências e resultados com os membros de sua equipe, ao contrário das modalidades individuais, em que os indivíduos dependem de si próprio para alcançar suas metas, indicando ser um impedimento para o aumento do pensamento esperançoso do atleta. Palavras-chave: atletas, esporte, psicologia do esporte. O efeito da idade relativa em atletas que disputaram o campeonato sulamericano de basquetebol SUB-17 (AO062) Cleiton Pereira Reis1; Varley Teoldo da Costa1 1Universidade Federal de Minas Gerais. Introdução: O Efeito da Idade Relativa (EIR) refere-se às possíveis diferenças maturacionais e de desempenho encontradas entre atletas agrupados em uma mesma faixa etária, de acordo com o período de nascimento. No basquetebol, aqueles atletas nascidos nos primeiros meses do ano podem ser beneficiados por tal efeito. 175 Objetivo: O objetivo do estudo foi verificar o EIR em atletas que participaram do Campeonato Sulamericano Masculino de Basquetebol Sub-17, em 2015. Métodos: A amostra foi composta pela data de nascimento de 108 atletas (média de idade de 16,91±0,67 anos), de 9 equipes. As datas de nascimento foram divididas em quartis de acordo com o trimestre do ano (sendo o primeiro quartil, de janeiro a março, assim por diante) e por semestre. Para as análises utilizou-se o teste Quiquadrado, para um p<0,05; e correção de Bonferroni, para um p<0,0083. Resultados: Os resultados exibem-se nas Tabelas 1, 2 e 3. Conclusão: Verificou-se a existência do EIR para os atletas que disputaram o campeonato sulamericano masculino de basquetebol sub-17. Palavras-chave: atletas, desempenho, psicologia do esporte. Rev Ed Física / J Phys Ed – Insira aqui o título curto do artigo Relação entre as habilidades psicológicas de coping e o potencial esportivo de jovens alunos-atletas (AO063) Diana Izaias Sobreira1; Emerson Filipino Coelho1; Renato Melo Ferreira1; Luciano Miranda2; Dilson Borges Ribeiro Júnior3; Davi Mól Barbosa1; Aline Alves Vieira1; Vinícius Pinheiro de Oliveira Rosa3; Ana Clara Melo3; Francisco Zacaron Werneck1 1Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Centro Desportivo (CEDUFOP), Laboratório de Estudos e Pesquisas do Exercício e Esporte (LABESPEE), Grupo de Estudos do Jovem Atleta (GEJA); 2Colégio Militar de Juiz de Fora (CMJF); 3Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Introdução: Os atletas considerados experts exibem um perfil diferenciado em relação aos aspectos físicos, técnicos, emocionais e cognitivos. Dentre eles, as habilidades psicológicas têm recebido grande atenção por parte dos pesquisadores, particularmente no esporte infantojuvenil. Objetivo: O presente estudo analisou diferenças nas habilidades psicológicas de coping entre alunosatletas em função do seu potencial esportivo avaliado pelo treinador. 176 Métodos: Participaram do estudo 385 alunos- atletas de uma escola militar de Minas Gerais (218 meninos; 167 meninas), com idade entre 11 e 18 anos (14,7±2,0 anos). Para avaliação do perfil de habilidades psicológicas foi utilizado o Athletic Coping Skills Inventory – 28 na sua versão em português (ACSI-28BR). Foi solicitado ao treinador que avaliasse o potencial esportivo dos alunosatletas, sendo classificados em: baixo potencial (n=198; 97 meninos; 101 meninas) e alto potencial (n=187; 121 meninos; 66 meninas). A análise foi feita através do Teste t de Student independente, adotando nível de significância de 5%. Resultados: Os resultados exibem-se na Tabela 1. Conclusão: Verificou-se a existência do EIR para os atletas que disputaram o campeonato sulamericano masculino de basquetebol sub-17. Palavras-chave: reabilitação, atletas, saúde, psicologia do esporte.