xibir seios fartos é o sonho de muitas brasileiras. No País, o
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E xibir seios fartos é o sonho de muitas brasileiras. No País, o implante de silicone nas mamas é a segunda cirurgia plástica mais pedida, perdendo somente para a lipoaspiração. Porém a polêmica das fraudes das marcas francesa Poly Implant Prothèse (PIP), e da holandesa Rofil, gerou receio e muitas dúvidas em torno da questão do silicone. De acordo com o cirurgião plástico Eduardo Montag, da Clínica Essere (SP), a primeira providência da paciente que quer recorrer às próteses é questionar o médico sobre a procedência dos implantes. O cirurgião acredita que apesar de toda polêmica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) possui padrões de controle rígidos e que a culpa é, sem dúvida, das empresas que fraudaram o sistema, ou seja, apresentaram um produto para a aprovação e outro para a comercialização. “Sendo assim, as normas de vigilância não falharam, elas foram fraudadas. Nenhum médico pode usar um produto que não seja liberado pelas autoridades do governo”, afirma. Segundo o Dr. Eduardo, todos os implantes são acompanhados de selos que permitem o rastreamento para o lote e data de fabricação em caso de defeito ou problemas apresentados. Os implantes também vêm com um manual explicando todo o processo. As pacientes devem receber após a cirurgia as etiquetas e, se desejarem, os manuais. De acordo com o site da ANVISA, a partir do alerta internacional feito pela autoridade sanitária da França, em março de 2010, a Agência determinou a suspensão, o uso e a comercialização da marca PIP no Brasil e, em 30 de dezembro de 2011, cancelou o registro do produto. Já com o alerta internacional posterior feito para a marca holandesa Rofil, a Anvisa também cancelou seu registro. Para as brasileiras que possuem próteses dessas marcas, a Agência junto com o Ministério da Saúde, Plástica & Beleza 49 p ró te s e d e Si l i c one Silicone líquido: fuja dele! O silicone líquido foi banido pela entidades médicas, a Agência Nacional de Saúde Suplementar e o Departamento Nacional de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC/Ministério da Justiça) têm coordenado reuniões em busca de soluções para o atendimento das pessoas no Sistema Único de Saúde (SUS) e no sistema privado. Vale lembrar que mulheres que possuem ambas as marcas devem, urgentemente, procurar seu médico. Para o cirurgião plástico Rogério Schutzler Gomes (SP), a polêmica não diminuiu a procura pela cirurgia de aumento mamário. “Aparentemente está havendo um efeito benéfico, pois muitas pacientes chegavam a banalizar esta cirurgia, que pode ter intercorrências como qualquer procedimento cirúrgico. Este fato levou a um maior interesse pela cirurgia e pelos implantes”, opina. Além da qualidade do silicone, a paciente tem de se preocupar com o profissionalismo do cirurgião plástico que elegeu para essa mudança. É fundamental que o cirurgião tenha registro na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), que certifica a qualificação do especialista. Essas informações podem ser apurados no próprio site da SBCP. “O mais importante é o relacionamento iniciado no momento da consulta, onde deverá constar honestidade e seriedade, tanto de quem procura quanto de quem orienta, num clima de harmonia e empatia”, acrescenta o cirurgião plástico Nelson Letízio (SP). Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica há muitos anos. Não deve ser usado como preenchedor ou com outra função, já que ele pode migrar para outros locais ou órgãos e causar danos relacionados ao volume e a qualidade do material injetado. Além disso, pode causar nódulos, infecção, rejeição, necrose tecidual, entre outros problemas. “O que encontramos mais comumente são clínicas clandestinas que usam o produto não purificado, o silicone industrial automotivo, para realizar preenchimentos. O resultado no início pode ser bom, mas fatalmente a pessoa apresentará problemas no futuro como endurecimento, extrusão do material, a migração desse produto para outras partes do corpo que pode até ser letal”, alerta o cirurgião plástico Eduardo Vilas Boas Braga (SP). 50 Plástica & Beleza Amigo do peito A empresa de próteses mamárias Mentor, comercializada pela Johnson & Johnson Medical Brasil, acredita que as empresas devem, em primeiro lugar, ter preocupação com a saúde e segurança dos clientes. “Temos essa conduta, já que nossos produtos são fabricados com matérias de uso médico, em instalações adequadas, e são desenvolvidos para atender a todos os requisitos de qualidade e segurança”, comenta Patrícia Holland, diretora da Mentor no Brasil (SP). No País, a empresa oferece a todos os pacientes usuários de seus implantes mamários e/ ou expansores, a garantia de substituição gratuita do implante mamário se o mesmo tiver de ser retirado por conta de ruptura ou deflação causada por defeito de fabricação. Essa garantia é válida por toda a vida do paciente. Para as mulheres que querem checar se a prótese escolhida pelo cirurgião plástico está devidamente registrada junto à Anvisa, basta acessar o site da Agência para constatar essa informação. “A premissa básica é que a paciente tenha confiança no médico que vai operá-la e, portanto, tenha a convicção que ele vai escolher a melhor prótese para ela”, diz Valéria Scattolini Amodio, diretora de marketing da empresa Helpmed (SP), que representa as próteses Perthese no Brasil. O cirurgião plástico tem o dever de explicar o que deve ser levado em conta na hora de escolher as próteses, além de investir em uma empresa séria e com credibilidade garantida. “Existem estudos recentes que comprovam a qualidade dos produtos, como é o caso do realizado pela UNICAMP em 2009, com 1.447 pacientes brasileiras que colocaram próteses da Perthese, em que foram constatados altíssimos índices de satisfação”, fala. Silicone X Câncer Para o cirurgião plástico Nelson Letízio, a relação das próteses de silicone - mesmo as que tiveram ruptura capsular e que continham silicone industrial -, com o câncer é pouco Fotos: Istockphoto Segurança garantida Para Aline Hervatin, farmacêutica responsável da empresa de próteses de silicone CRM-Medic (SP), a mulher que quer se submeter às próteses pode, sim, ficar tranquila, desde que a empresa se enquadre nas normas da ANVISA. A brasileira deve confiar no implante mamário que apresenta todas as características, informações e normas de qualidade proposta para o produto, seja ele nacional ou importado.“As empresas ainda devem fornecer o Manual do Produto e o Certificado de Garantia do Implante Mamário, pois nele encontram-se todas as informações, tais como dados do paciente, dados do produto (número de lote, volume e perfil do implante), além dos dados do médico responsável pela cirurgia”, analisa. Segundo a farmacêutica, clientes da CRM-Medic podem ficar despreocupados, já que a empresa cumpre com todas as exigências da Anvisa, e trabalha com seriedade, segurança e produtos com qualidade técnica. Já para o Laboratório Cristália (SP), distribuidor exclusivo dos implantes de silicone Nagor no Brasil, a segurança das próteses é algo que tem de ser para a vida inteira. “Recentemente chegaram ao Brasil as próteses da Nagor, um fabricante britânico com mais de 33 anos de mercado. Possui o Programa de Garantia NagorEnhance (garantia vitalícia a todos os implantes da Nagor, substituição do implante em caso de ruptura do gel e contratura capsular grave), além de possuir todos os certificados de segurança exigidos pela ANVISA”, complementa Adriana Marçalo, gerente de produto da empresa. provável. De acordo com o especialista, o que poderá acontecer dependerá obviamente de cada caso específico. “A prótese em questão foi fabricada com um gel pouco adequado, que com o passar do tempo agride a cápsula externa da prótese, deixando-a frágil e possibilitando sua ruptura. Caso isso aconteça, as pacientes poderão sentir algum tipo de reação própria para cada caso. Nesse momento, a paciente deverá procurar ajuda para sanar o problema. Quanto a possibilidade de causar câncer de mama, não existem estudos atuais que possam comprovar tal intercorrência”, conclui. Com relação a outras doenças que poderiam ser causadas pelo silicone, também não existem estudos que comprovem tal afirmativa e não se pode culpar o produto por doenças adquiridas posteriormente. “Não existe relação comprovada com o uso de silicone ou qualquer doença, sendo que existem vários estudos científicos que comprovam esta afirmativa. Ou seja, casos que tiveram este ou outro tipo de doença após colocação de implantes de silicone, provavelmente a teriam mesmo sem o implante”, garante o cirurgião plástico Rogério Schutzler Gomes. Plástica & Beleza 51
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