água…. - sigam
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água…. - sigam
MÚSICAS SOBRE ÁGUA (CHUVA, FONTES, RIOS….) E QUE A GENTE JÁ OUVIU MAS NEM SE DEU CONTA… ÁGUA…. FONTE DE INSPIRAÇÃO Conservação da Água no meio rural Realização: Sindicato Rural de Campinas Convênio Técnico: Instituto Agronômico de Campinas Convênio/Apoio local: águas doces, urbano Consumo de Água por habitante (m³/pessoa/ano) recurso industrial escasso, de exploração probabilística Stress hídrico 10000 Escassez crônica Escassez absoluta 5000 •Iraque •Paquistão •USA 2000 1000 •Sudão •Israel •Líbia 500 200 •Egito Arábia Saudita • • Alto Tietê • P.C.J. • P.C.J. (Semestre seco) •Jordânia •Irã •Japão •Índia •França •Finlândia •Suécia •Hungria •Inglaterra •Estado de São Paulo •Brasil • Ribeira •Argélia de Iguape 100 100 200 500 1000 2000 5000 10000 20000 Disponibilidade de água por habitante (m³/pessoa/ano) 50000 • Dados de 1996, Vazão média (m3/ano hab.) - A.T. 157; RI. 50.000 Fonte : Water in Crises Diagnóstico – Bacia do PCJ Estudos da Bacia Hidrográfica do rio Piracicaba vem demonstrando dados surpreendentes. Nos últimos 60 anos a vazão diminui 60% do seu potencial hídrico. Sendo a do que no ano de 2002 o sistema hídrico da bacia chegou a seu nível mais crítico: - Sistema Cantareira 2002 - Rio Piracicaba 2002 ↠ 1,6% da capacidade Total Normal ↠ 35-40m³/s A que chegamos 11m³/s Diagnóstico – Bacia do PCJ 01/10/01 Vazão rio Piracicaba 22m³/s 02/10/01 Vazão rio Piracicaba 108m³/s 03/10/01 Vazão rio Piracicaba 364m³/s A vazão subiu 1554% em 3 dias. O que está acontecendo? Qual é a causa disso? Prá onde está indo essa água? Quanta água está sendo perdida? Quem está se beneficiando? Produção de Água Requer a implantação de ações integradas Planejamento + Preservação e Recuperação das APPs (Mata de topo de morro, Declives meia encosta 45o e Mata ciliar) + Retenção e Conservação da Água na Meia Encosta (≥ Conservação de Solo) + Educação Ambiental (Valorização e cuidado com a qualidade da água e com a bioecologia) Receita para a produção de Água - Não deixar que a enxurrada se inicie no topo do morro; - Aumentar a rugosidade do solo da meia encosta; - Em terrenos muito declivosos reter a água, o máximo possível, antes dela chegar na parte mais baixa (ribeirão ou rio); - Deixar mais solto o terreno em torno das nascentes; - Deixar plantas ao longo dos rios para preservar a qualidade da água e para eles (rios) produzirem mais água; - Mostrar para as pessoas o quanto é importante a natureza e, especificamente no nosso caso, proteger e usar racionalmente a água; - Remunerar os produtores de água (Inglaterra e Costa Rica e Extrema/MG). Conceito de sustentabilidade ambiental As ações conservacionistas são executadas nos seguintes planos: a) No topo de morro; b) Na meia encosta; c) No entorno dos corpos d’água. Práticas conservacionistas de topo de morro. 1/3 H H 2/3 H Morro ou montanha isolados (> 1800m) 1000 m 1000 m 2/3 H 2/3 H Linha de cumeada > 500m 100 m < 500m < 500m < 500m Conjunto de morros c/ distância menor que 500 m Tabuleiro ou Chapada Infiltração Percolação; Permeabilidade Aspectos físicos que comprometem a capacidade do solo de reter a água das chuvas Camadas ou Horizontes do solo Processo de infiltração e de percolação através de um solo de boa permeabilidade. Particularidade das principais causas da perda da capacidade de infiltração e percolação da água no solo. Topo de Morro Sem Vegetação Erosão Laminar de Topo de Morro Impacto Gota de Chuva e Celamento Superficial Nascente Aterrada Poros Obstruído s Lençol Freático Fissuras Obstruída s Erosão Laminar Camada de de Impedimento Aquífero Rocha Camada Impermeável Assoreamen to do Rio Ponto de Recarga do Aquífero Confinado Nascente Abastecimento freático do rio Particularidades da dinâmica da água no perfil do solo. Cuiabá Rio Araguaia Brasília Goiânia Campo Grande Afloreamento Áreas de recarga direta Ribeirão Preto Rio Tietê Assunção Rio Paraná Rio Piracicaba São Paulo Encarnação Florianópolis Rio Uruguai Santana do Livramento Porto Alegre Rivera Buenos Aires Montevidéu CLASSIFICAÇÃO DOS AQÜÍFEROS SEGUNDO A PRESSÃO DA ÁGUA 1)Aqüíferos Livres ou Freáticos A pressão da água na superfície da zona saturada está em equilíbrio com a pressão atmosférica, com a qual se comunica livremente. São os aqüíferos mais comuns e mais explorados pela população. São também os que apresentam maiores problemas de contaminação. 2)Aqüíferos Artesianos Nestes aqüíferos a camada saturada está confinada entre duas camadas impermeáveis ou semipermeáveis, de forma que a pressão da água no topo da zona saturada é maior do que a pressão atmosférica naquele ponto, o que faz com que a água suba no poço para além da zona aqüífera. Se a pressão for suficientemente forte a água poderá jorrar espontaneamente pela boca do poço. Neste caso diz-se que temos um poço jorrante. Lençol Artesiano Lençol Freático Principais agentes de erosão no meio rural - Erosão pelo Vento (eólica) - Processo Erosivo causado pela Água Superficial ou laminar: desgasta de forma uniforme o solo. Em seu estágio inicial é quase imperceptível se dando em camadas relativamente finas e homogêneas. Já quando avançado, o solo torna-se mais claro, a água de enxurrada é lodosa, raízes de plantas perenes afloram e há decréscimo da produtividade dos cultivos. Por Impacto: ocorre pelo impacto das gotas de chuva no solo, estando este desprovido de vegetação; partículas são desagregadas sendo facilmente arrastadas pelas enxurradas. Já as partículas mais finas que permanecem em suspensão, atingem camadas mais profundas do solo por eluviação, tendendo a comprometer a permeabilidade do solo. Vertical: é a eluviação, ou seja, o transporte de partículas e materiais solubilizados através do solo. A porosidade e agregação do solo influenciam na natureza e intensidade do processo podendo formar horizontes de impedimento ou deslocar nutrientes para e pelas raízes das plantas. Desabamento: têm sua principal ocorrência em terrenos arenosos, regossóis em particular. Sulcos deixados pelas chuvas sofrem novos atritos de correntes d'água vindo a desmoronar, aumentando suas dimensões com o passar do tempo, formando voçorocas. Canais ou ravinas: apresenta sulcos sinuosos ao longo dos declives, formados pelo escorrimento das águas no terreno. Uma erosão laminar tende a evoluir para uma erosão em ravinas e voçorocas. Vários fatores influem para o seu surgimento dessa forma de erosão, um deles é a aração que acompanha o declive, resultando em desgaste, empobrecimento do solo e posterior dificuldade para manejo do solo por causa dos sulcos já formados. Canais ou ravinas S U L C O S : S ã o p e q u e n a s in c is õ e s n a s u p e r f íc ie ( n a f o r m a d e f ile te s m u it o r a s o s ) , d e a té 0 ,5 m d e p r o f u n d id a d e , p e r p e n d ic u la r e s à s c u r v a s de n ív e l, p o d e n d o s e r e lim in a d o s p o r o p e r a ç õ e s n o r m a is d e p r e p a r o d e s o lo . D e s e n v o lv e m - s e e m á re a s n a s q u a is a e r o s ã o la m in a r é m a is in te n s a ( P r o in /C a p e s & U n e s p /I G C E , 1 9 9 9 ) . E r o s ã o h íd r ic a f o r m a n d o s u lc o s . R A V IN A S : A p r e s e n ta m p r o f u n d id a d e m a io r q u e 0 ,5 m e tr o s , d if e r e n c ia n d o - s e d o s s u lc o s p o r n ã o s e p o d e r d e s f a z ê - lo s p e la s o p e r a ç õ e s n o r m a is d e p r e p a r o d o s o lo . O c o r r e m q u a n d o a á g u a d o e s c o a m e n to s u p e r f ic ia l e s c a v a o s o lo a t in g in d o s e u s h o r iz o n te s in f e r io r e s e , e m s e g u id a , a r o c h a . T a m b é m o c o r r e m m o v im e n to s d e m a s sa d e v id o a o a b a tim e n to d e s e u s ta lu d e s ( P r o in /C a p e s & U n e s p /I G C E , 1 9 9 9 ) . P o s s u e m f o r m a r e tilín e a , a lo n g a d a e e s tr e ita . R a ra m e n te s e ra m if ic a m e n ã o c h e g a m a a tin g ir o n ív e l f r e á tic o . A p r e s e n ta m p e r f il tr a n s v e r s a l e m "V " e g e r a lm e n te o c o r r e m e n tr e e ix o s d e d r e n a g e n s , m u ita s v e z e s a s s o c ia d a s a e s tra d a s , tr ilh a s d e g a d o e c a rr e a d o r e s (P r o in /C a p e s & U n e s p /I G C E , 1 9 9 9 ) . E r o s ã o h íd r ic a f o r m a n d o r a v in a . Voçorocas ou Boçorocas: Formas mais complexas e destrutivas do quadro evolutivo da erosão linear. Devem-se à ação combinada das águas do escoamento superficial e subterrâneo, desenvolvendo processos de erosão interna, liquefação de areias, escorregamentos, corridas de areia, etc. O inadequado uso do solo é considerado fator principal e decisivo no surgimento das boçorocas. São formas erosivas de difícil controle. Em geral são ramificadas, de grande profundidade, apresentando paredes irregulares e perfil transversal em "U". Quando se instalam ao longo dos cursos d'água, principalmente nas cabeceiras, são denominadas boçorocas de drenagem. Também podem se formar pelo aprofundamento de ravinas até o nível freático, sendo denominadas boçorocas de encosta. A diferença entre as ravinas e as boçorocas está na presença, no caso das boçorocas, do nível freático aflorando no fundo do canal, o que condiciona uma evolução da erosão (lateral e longitudinal). As fotos abaixo apresentam duas boçorocas em estágios diferentes de evolução, a primeira (A) representa uma boçoroca nova, ou seja, as paredes encontram-se em processo de alargamento (buscando um perfil em "U"), com solo totalmente exposto. A segunda (B) já se encontra em fase estabilizada, já se configurando a condição definitiva, podendo-se notar um perfil em "U" bem definido, acúmulo de sedimentos em sua base e a presença de vegetação nas paredes e no fundo da boçoroca. A B D if e r e n te s e s tá g io s d a v o ç o r o c a : ( A ) re ce n te ; ( B ) já to ta lm e n te e s ta b e le c id a . h ttp ://w w w . r c . u n es p b r /ig c e /a p lic a d a /e a d /in te r a c a o /in te r 0 8 b . h tm l. PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO DA CONSERVAÇÃO DA ÁGUA - Escolha dos métodos e práticas de conservação. Práticas Vegetativas Práticas Edáficas Práticas Mecânicas PRÁTICAS VEGETATIVAS - Florestamento e reflorestamento - Plantas de cobertura; adubação verde Crotalária júncea florescida no campo. www.iac.sp.gov.br/Tecnologias /Crotalaria/Crotalaria.htm. - Cobertura morta Cobertura morta em plantio direto de soja. www.agrisus.org.br/foto.asp?cod=12. - Combinação de culturas Sistema agroflorestal envolvendo pinus, erva-mate e soja aos dois anos e meio após a implantação. http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Ervamate/CultivodaErvaMate - Rotação de culturas: É uma prática já bastante difundida principalmente para que os nutrientes do solo se recomponham. Propicia uma maior cobertura, melhora as condições físicas do solo, reduz a erosão e enxurrada desde que a área em descanso esteja recoberta por uma vegetação rasteira para que a água da chuva não impacte o solo desnudo. Colheita de soja seguida de plantio de milho em Sorriso (MT). www.agrisus. org.br/foto. Créditos: Grupo Pinesso. - Manejo de pastagem / Controle de pastoreio : Consiste em retirar o gado de uma pastagem quando as plantas ainda recobrem toda área. O pasto mal conduzido, pelo contrário, torna-se uma das maiores causas de degradação de terras agrícolas. Pastagem exaurida e degradada. - Ressemeio: Prática usada em pastagem para repovoar as áreas descobertas, protegendo o solo da erosão por impacto. - Ceifa do mato: Prática usada em fruticultura em que capinas são substituídas por ceifa, permanecendo o sistema radicular que aumenta a resistência à desagregação do solo. - Manejo do mato e alternância de capinas: É a prática usada em fruticultura, em que linhas de plantas niveladas são capinadas alternadamente, criando obstáculos ao escoamento superficial. Quebra-vento e Bosque sombreador: Quebra-ventos arbóreos são barreiras constituídas de renques de árvores dispostos em direção perpendicular aos ventos dominantes com a finalidade de reduzir a velocidade do vento e, em maciços no meio do pasto, como Bosque sombreador, melhorando as condições ambientais para o desenvolvimento das culturas e da pecuária. Diferentes situações de emprego de Quebra-vento e Bosque sombreador em pastagem Plantio em faixa de retenção / Cordões de vegetação permanente: são fileiras de plantas perenes de crescimento denso, de largura específica, dispostas em contorno e niveladas entre faixas de rotação. Plantas mais utilizadas: cana-de-açúcar, capim-vetiver, erva-cidreira, capim-gordura, capim elefante, etc. São utilizados em áreas com acentuada inclinação, profundidade rasa e dificuldade de usar moto-mecanização pela existência de pedras na superfície do solo. Estes cordões são pequenos terraços de base estreita, demarcados em nível ou desnível, com capim plantado sobre o camalhão. Diminui em até 80% as perdas de terra e adubo. Cordões de vegetação permanente. PRÁTICAS EDÁFICAS - Cultivo de acordo com a capacidade de uso do solo: as terras devem ser utilizadas em função da sua aptidão agrícola, que pressupõe a disposição adequada de florestas/reservas, cultivos perenes, cultivos anuais, pastagens, etc, racionalizando, assim, o aproveitamento do potencial das áreas e sua conservação. - Adubação (verde, química e orgânica) e Calagem: como parte de uma agricultura racional, estas práticas proporcionam melhoramento do sistema solo, no sentido de se dispor de uma plantação mais produtiva e protetora das áreas agrícolas. No interior do solo, se dá um enriquecimento em matéria orgânica, tornando-o poroso, capaz de absorver e reter grande quantidade de água e, além disso, a decomposição das raízes das plantas forma galerias no solo, aumentando a infiltração da água, melhorando a estrutura do solo pela adição de matéria orgânica, contribuindo assim, para a retenção de água e diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada pelo aumento do atrito na superfície. Uso criterioso do fogo: o fogo, apesar de ser uma das maneiras mais fáceis e econômicas de limpar o terreno, quando aplicado indiscriminadamente é um dos principais fatores de degradação do solo e do ambiente. Assim, em condições em que o uso dessa prática é indispensável, por falta de estrutura, recurso financeiro ou outras razões, a queima de forma controlada e criteriosa deve diminuir os efeitos negativos intrínsecos dessa antiga prática agrícola. Efeito da queimada de restos de cultura. Fonte:http://www.semarh.df.gov.br/semarh/site/cafuringa/ Sec07/Sec_07_03.htm. PRÁTICAS MECÂNICAS Preparo do solo, plantio e práticas mecanizadas executadas em curva de nível: É a primeira medida a ser adotada e uma das mais simples e de grande eficiência. Neste método todas as operações de preparo do terreno, balizamento, semeadura, etc, são realizadas em curva de nível. No cultivo em nível ou contorno ocorre a formação de pequenos camalhões sobre o terreno que, juntamente com o cultivo, servirá de obstáculo à formação de escorrimento, retardando o fluxo, incrementando a infiltração da água no solo. Este pode ser considerado um dos princípios básicos, constituindo-se em uma das medidas mais eficientes na conservação da água e solo Plantio e práticas culturais mecanizadas (colheita) executadas em curva de nível. Cultivo mínimo: É o uso minimizado de máquinas agrícolas sobre o solo, com a finalidade de menor revolvimento e compactação. Carreadores e estradas planejadas: A distribuição racional dos caminhos pressupõe colocá-los, ao máximo do sentido do contorno fazendo-os funcionarem como verdadeiros terraços, ajudando a defender as culturas contra erosão. Planeja-se também um menor numero possível de carreadores em pendente, que fazem ligação entre os nivelados. O planejamento dessas vias deve ser feito juntamente com do sistema de terraços, buscando-se possibilitar acesso a todas a áreas de produção, durante todo o ano. Plantio direto: É a implantação de uma cultura diretamente sobre a resteva de outra, com a finalidade de manter o solo coberto, evitando o impacto da gota da chuva. Cobertura morta em sistema de plantio direto de milho. Terraceamento: Os terraços são sulcos ou valas construídas transversalmente à direção do maior declive, com a função de controlar a erosão e aumentar a penetração da água no solo. Os objetivos dos terraços são: 1. Diminuir a velocidade e volume da enxurrada. 2. Diminuir as perdas de solo, sementes e adubos. 3. Aumentar a infiltração de água aumentando a umidade no solo e a recarga da água subterrânea. 4. Reduzir o pico de descarga dos cursos d’água. 5. Amenizar a topografia e melhorar as condições de mecanização das áreas agrícolas. O terraceamento (exige investimentos), deve ser usado apenas quando não é possível controlar a erosão em níveis satisfatórios com a adoção de outras práticas mais simples de conservação do solo. No entanto, o terraceamento é fundamental em locais onde é comum a ocorrência de chuvas cuja intensidade e volume superam a capacidade de infiltração da água do solo e onde outras práticas conservacionistas são insuficientes para controlar a enxurrada. Terraceamento em área declivosa. Em áreas com declividade acima de 18 % Em muitos países, o terraço recomendado é o do tipo patamar. Os patamares são construídos cortando a linha de maior declive, ficando sua superfície interna inclinada em direção à base ou pé. A largura do patamar pode variar de 1 a 3 m, dependendo principalmente do declive, da profundidade do solo e da maquinaria. O custo de construção desse tipo de terraço é muito alto pois torna necessário o uso de máquinas pesadas com custo da hora trabalhada elevada, não sendo acessível e viável a um pequeno proprietário de terra. Este tipo de terraço não se aplica à maioria dos solos brasileiros devido à baixa fertilidade e baixa estabilidade do horizonte C, normalmente exposto quando da construção desse tipo de terraço. Solos baixa fertilidade e baixa estabilidade do horizonte (com declividade acima de 18 %) Para essas áreas, principalmente em áreas de pastagem, mesmo as degradadas, podem ser utilizados os terraços de base estreita (do tipo cordão em contorno) associados também, a desaguadouros, ou caixas de captação. Tem-se a vantagem de não haver revolvimento de terra, realizado pelo agricultor, até com tração animal, e custo muito mais baixo. A seção transversal desses deve ser calculada em função da área situada superior e da quantidade de água a ser desviada Adicionalmente, nesse sistema deve ser implantado: - na cabeceira da área cobertura florestal com leguminosas de rápido crescimento. - Entre a cabeceira florestada e o inicio da área, cordões de contorno, também chamados canais divergentes. O escorrimento oriundo das partes mais altas, de estradas e Voçorocas já presentes pode comprometer o terraceamento ainda que bem planificado. Por isso, muitas vezes, é necessário a interceptação do escorrimento superficial proveniente de uma área de nível superior, desviando-o até desaguadouros ou canais de deságüe. A D B C E Cordões de contorno, localizado na parte alta da encosta, construído com arado de tração animal. A terra é deixada abaixo da vala, dando uma forma de camalhão, para aumentar a eficiência na contenção das águas. (B e C) Detalhe do Cordão de contorno seco e após uma chuva , respectivamente; (D e E) Cordões de contorno, após uma chuva e secos, respectivamente, construídos em encosta íngreme de pastagem. www.saaevicosa.com.br/cmcn/artigo.htm. Bacias de retenção ou Caixas de captação Como os terraços em desnível não têm a capacidade e nem a função de reter toda a água escoada, mas sim de transportá-la em segurança, o uso de bacias de retenção ou caixas de captação nas extremidades torna-se necessário para o armazenamento da enxurrada. São buracos construídos no final dos terraços, cordões de contorno, etc, e, também, às margens de estradas e carreadores, que tem a função de receber o fluxo infiltrá-lo lentamente, no seu fundo ou liberá-lo gradativamente, para os desaguadouros ou caixas de recepção, em seqüência. A C B D (A e B) da construção e a caixa de captação terminada e; (C e D) caixas de captação em seqüência, secas e inundadas. www.saaevicosa.com.br/cmcn/artigo.htm. Canais escoadouros ou canais de deságüe vegetados Há, ainda, situações em que a água da enxurrada dos terraços pode escoar pelas laterais da área dispensando as bacias de retenção sendo substituídas por canais escoadouros ou canais de deságüe vegetados. São estruturas naturais (depressões) ou especialmente construídas e localizadas, protegidas por vegetação nativa, com dimensão suficiente para conduzi o fluxo coletado até as partes baixas do terreno, sem perigo de erosão em seu leito. Normalmente procura-se aproveitar as depressões naturais, áreas de pasto ou bordas de matos, bosques ou zonas arbustivas. Essas estruturas são muito usadas em associação com curvas em desnível para regiões de baixa infiltração. Outras estruturas de dissipação de energia da enxurrada Por fim, para o recebimento da enxurrada dos terraços podem ser utilizadas outras estruturas de dissipação de energia da enxurrada, como pré-moldados criando uma escada de dissipação, etc. Convém ressaltar que os custos totais poderão ser bem mais elevados, ficando a decisão ser embasada pela orientação do profissional da área. Subsolagem: É o rompimento de compactação sub-superficial. Quebra-se a camada profunda adensada (pé de arado ou de grade), com a finalidade de aumentar a permeabilidade do solo. Subsolagem com implemento de três hastes.www.seagri.ba.gov.br/pdf/pesquisa_ agricola01_v7n3.pdf. Escarificação: É o uso do escarificador no preparo reduzido do solo, quebrando a camada densa superior e formando rugosidade superficial. Estruturas de contenção de Voçorocas Voçorocas são sulcos de erosão de grandes dimensões cuja recuperação, na maioria das vezes, é um processo lento e oneroso devendo-se recorrer à uma associação de procedimentos práticos, tais como: - o fechamento da área, - construção de um canal divergente na cabeceira ou cordões de contorno, - suavização dos taludes, - implantação de vegetação protetora e - construção de paliçadas dentro e fora da Voçoroca, transversal ao curso da água. Segundo www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/: O isolamento da área no contorno da voçoroca, visa evitar-se pastoreio de animais com cerca de arame, construção de aceiros contra queimadas, construção de um cordão de contorno na cabeceira e reflorestamento, principalmente da parte a cima da voçoroca são as primeiras atividades a serem realizadas. Para o reflorestamento no contorno e dentro da voçoroca, tem-se constatado que utilizando leguminosas de rápido crescimento inoculadas com microrganismos, a cobertura florestal da área pode ocorrer em cerca de 3 a 5 anos, passando a atuar de forma significativa no controle da erosão. Tanto dentro como fora das voçorocas, as paliçadas têm a função de quebrar a força da enxurrada e reter os sedimentos. Devem ser construídas com materiais de baixo custo e facilmente disponíveis como bambu, pneus usados e sacos de ráfia. Para uma boa eficiência destas estruturas, deve-se escolher local que apresente barrancos firmes e estáveis para que venha suportar a força que será exercida nas paliçadas através da enxurrada. Em seguida, se deve fazer canaletas tanto nas paredes laterais quanto no leito da voçoroca, de maneira que a paliçada fique bem encaixada sem deixar brechas para a passagem da água. A distância entre uma canaleta e outra indica o tamanho em que se deve cortar os bambus. Dentro da voçoroca, a importância das paliçadas está na retenção dos sedimentos que saem da voçoroca, diminuindo o assoreamento, de fontes e corpos d'água assim como danos às residências situadas abaixo. Para a montagem da paliçada, deve-se antes fincar estacas a cada metro de distância, onde os bambus serão empilhados e amarrados com arame. No caso de paliçadas de pneus, esses devem ser vestidos nas estacas, e posteriormente, enchidos com terra. As estacas podem ser do mesmo material, ou seja, estacas de bambu. Finalmente, colocar os sacos de ráfia abertos e amarrados nos bambus ou pneus cobrindo toda paliçada. Em relação à distância e altura das paliçadas, obtêm-se bons resultados utilizando espaçamento de 5 m entre uma paliçada e outra e com altura de 1 a 1,20 m. C A B D (A) Planejamento das linhas dos cordões de contôrno; (B e C) Paliçadas para contenção do fluxo da voçoroca, instaladas dentro delas; (D) Paliçadas de bambu vedadas com sacos de ráfia. www.saaevicosa.com.br/cmcn/artigo.htm e www.cnpab.embrapa.br/publicacoes/ PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DOS MANANCIAIS NASCENTES, LAGOS CÓRREGOS E RIOS PRESERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DAS NASCENTES Rinaldo de Oliveira CALHEIROS Fernando César Vitti TABAI Sebastião Vainer BOSQUILIA Márcia CALAMARI ELABORADO PELA Câmara Técnica de Recursos Naturais Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Piracicaba, Capivarí e Jundiaí Palestra baseada no Livro de: CALHEIROS, R. DE O.; TABAI, F. C. V.; BOSQUILIA, S. V. & CALAMARI, M. Preservação e Recuperação de Nascentes,Comitê de Bacias Hidrográficas do Piracicaba, Capivarí, Jundiaí, Piracicaba, 2004. O que é nascente... de onde vem a água ? CICLO HIDROLÓGICO P r e c ip ita ç ã o E s c o a m e n to s u p e r fic ia l N A SC EN TE c o m a c ú m u lo de água L E N Ç O L F R E Á T IC O H O R IZO N T E M ENOS PERM EÁVEL E v a p o t ra n s p ira ç ã o E v a p o ra ç ã o Á gua arm azena da no s o lo N A SC EN TE se m a c ú m u lo de água R io Tipos mais comuns de nascentes originárias de lençol não confinado: de encosta, de fundo de vale, de contato e de rio subterrâneo FO N TE A N TIC L IN A L O U D E C O N TA TO NASCENTE DE ENCOSTA O U ELUVIAL C A M A D A D E M O V IM E N T AC AO D O LEN C O LFR E Á T IC O CAMADA DE MO VIMENTACAO DO LENCO L FREATICO C A M AD A IM PE R M E Á VE L CAM ADA IM PERM EÁVEL NASCENTE DE FUNDO DE VALE OU DEPRESSAO OU NASCENTE DIFUSA ROCHA OU SOLO NASCENTE VOCLUSIANA OU TERRENCIAL (DE RIO SUBTERRANEO) Nascente de Encosta Bacia de cabeceira Preservada com densa mata ciliar Como a água de uma nascente fica prejudicada ? FORMAS DE CONTAMINAÇÃO DE UMA NASCENTE Banheiro Fossa Séptica vazando e contaminando o lençol Pulverização em cultura próxima à nascente Terreno descoberto, duro, com má infiltração da chuva Erosão com a enxurrada Lençol Freático Nascente RESULTADO: Água turva e contaminada com coliformes fecais e produtos químicos Mas e se eu mexer na nascente... tem algum problema ? À exemplo das nascentes, os rios, córregos e lagoas também tem suas Áreas de Preservação Permanentes. Sobre as larguras das faixas de contorno vegetal dos corpos d’água (nascentes e rios) tem-se as Resoluções n.o 303 e no 302, de março de 2002 que regulamentam o art. 2o da lei no 4.771/65. - Córregos e rios - Para cursos d’água, a área situada em faixa marginal, medida a partir do nível mais alto alcançado pela água por ocasião da cheia sazonal (enchente) do curso d’água perene ou intermitente, em projeção horizontal, deverá ter larguras mínimas de: ► 30 metros, para cursos d’água com menos de dez metros de largura; ► 50 metros, para cursos d’água com dez a cinquenta metros de largura; ► 100 metros, para cursos d’água com cinquenta a duzentos metros de largura; ► 200 metros, para cursos d’água com duzentos a seiscentos metros de largura; ► 500 metros, para cursos d’água com mais de seiscentos metros de largura. - - Várzeas: Em veredas (área brejosa ou encharcada que contém nascentes ou cabeceiras de cursos d’água) a faixa marginal, em projeção horizontal, deve apresentar a largura mínima de 50 metros, a partir do limite do espaço brejoso e encharcado. - Lagoas naturais: No entorno de lagos e lagoas naturais, a faixa deve ter largura mínima de: ► 30 metros, para os que estejam situados em Áreas Urbanas Consolidadas (1) ► 50 metros para os corpos d’água, que estejam em Áreas Rurais, com até com 20 ha de superfície, e se superior a 20 ha a faixa marginal passa a ser de 100 metros. -Reservatórios artificiais - No entorno de Reservatórios artificiais a faixa deve ter largura mínima, a partir da cota máxima normal de operação do reservatório, de: ► 30 metros para reservatórios artificiais situados em Áreas Urbanas Consolidadas ; ► 100 metros para áreas rurais. OBS: Essas larguras poderão ser ampliadas ou reduzidas, sempre observando a largura mínima de 30 metros, conforme o estabelecido no Licenciamento Ambiental e no Plano de Recursos Hídricos da Bacia, se houver. Essa redução, no entanto, não se aplica à áreas de ocorrência original da floresta ombrófila densa – porção amazônica, inclusive os cerradões, e aos reservatórios artificiais utilizados para fins de abastecimento público. ► 15 metros, no mínimo, para os reservatórios artificiais de geração de energia elétrica com até 10 ha, sem prejuízo da compensação ambiental; ► 15 metros, no mínimo, para reservatórios artificiais não utilizados em abastecimento público ou geração de energia elétrica, com até 20 ha de superfície e localizados na área rural. Essas disposições se aplicam: - às acumulações artificiais de água inferiores a 5 ha de superfície, que sejam resultantes do barramento ou represamento de cursos d'água e localizadas em APPs, - às acumulações artificiais de água inferiores a 5 ha de superfície destinadas ao abastecimento público mesmo não sendo resultantes do barramento ou represamento de cursos d'água e localizadas em APPs. Exemplo de uma bacia com diferentes tipos de corpos hídricos com as respectivas, exigidas ou não, Áreas de Preservação Permanente, em vista de usos e dimensões. N a sc e n te (B a cia d e ca beceira) C ó rre g o 5 m d e la rg u ra R io 6 5 m d e la rg u ra B arra m e nto co m 5 ha 50 m 30 m 100 m R e s e r v a t ó r io a r t if ic ia l, c o m 5 h a , u t il iz a d o p a r a a b a s t e c im e n t o p ú b lic o 100 m R e s e r v a t ó r io a r t if ic ia l, c o m 5 h a , u t il iz a d o p a r a o g a d o e p e ix e Como, então, eu tenho que fazer ? Em toda intervenção na nascente, rios, córregos e lagos e APP deve-se consultar antes e obter-se a autorização por parte dos órgãos competentes que, em São Paulo, são o DEPRN e o DAEE. Alteração da cobertura vegetal da APP - Protocolar processo de licenciamento no DEPRN, que irá ao IBAMA. A autorização, se dada, deverá exigir do interessado que cumpra um Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental, contemplando o reflorestamento da APP da nascente com mudas de árvores de espécies nativas regionais diversas. Reservatórios artificiais p/ geração de energia e ao abasteci/to público - Deve-se elaborar o Plano Ambiental de Conservação e Uso do entorno do reservatório artificial, de acordo com o Termo de Referência expedido pelo órgão competente, condicionada sua aprovação a realização prévia de consulta pública, incluindo o Comitê. Uso da água da nascente - P/ evitar que as interferências sem critérios nas nascentes ou nos cursos d'água (o represamento, p. ex.) prejudique a natureza ou o vizinho de baixo (à jusante) do córrego ou rio, toda ação, tanto o proprietário rurail como o urbano deve obter a Outorga de Direito do Uso dos Recursos Hídricos (Lei 7.663/91, regulamentada através da portaria DAEE 717/96). Pode ser outorga de direito para: Captação de Água Superficial, Barramento e Canalização. A documentação a ser entregue no DAEE deve ser acompanhada do Requerimento Protocolado ou Parecer Técnico Florestal do DEPRN. Assim, para as nascentes localizadas em áreas urbanas, sem interferência, vale a mesma legislação da área rural. Para aquelas já perturbadas, quando for necessária nova interferência, deve-se consultar os órgãos competentes. Em São Paulo, específica/te p/ empreendimentos habitacionais, deve-se dirigir ao Grupo de Anál. e Aprov. de Proj. Habitacionais (GRAPROHAB - Sec. de Est. da Habitação). Tá bom mas.... e daí ? Lá na nascente... Quais são os principais cuidados iniciais que devo tomar ? Principais cuidados 1. Isolamento da área de captação 2. Distribuição do uso do solo 3. Eliminação das instalações rurais 4. Replanejamento das estradas Distribuição espacial errada das culturas e estruturas rurais em função da nascente e a corrigida para a forma correta A) DISTRIBUIÇÃO ERRADA B) DISTRIBUIÇÃO CORRETA DECLIVE DO TERRENO ESTRADA ESTRADA ALGODÃO MILHO CASAS ALGODAO ESTÁBULOS E CHIQUEIROS PASTO MILHO 40 m PASTO FAIXA DE INTERFASE DE VEGETAÇÃO NATURAL CASAS 30 m 50 m 100 150 200 NASCENTE HORTA NASCENTE ESTÁBULOS E CHIQUEIROS CERCA ÁREA DE PROTEÇAO MATA CILIAR 100 150 200 Xii... acho que a vegetação da minha nascente tá muito fraquinha... como saber se devo e o que precisa ser feito ? Disposição das pioneiras e secundárias na área de plantio e uma recomposição da vegetação visando unir fragmentos de mata ciliar MATA DE PROTEÇÃO PERFEITAMENTE FORMADA Distribuição esquemática adequada das diferentes coberturas vegetais e usos em relação à nascente P in u s o u E uc a lip to M a ta d e top o, r e flor e s ta m e n to, p od e n d o e s te n d e r -s e a té 1 /3 d a e n c os ta T e m a fu n ç ã o d e r e d is tr ib u ir a c h u v a , a u m e n ta r a in filtr a ç ã o , d im in u in d o a erosão B am bu M a ta n a tiva U tiliz a ç ã o e c o n ô m ic a c o m s e n s o c o n s e r v a c io n is ta C u ltiv os a g r íc o la s , fr u tic u ltu r a e p a s ta g e n s , c o m p r a tic a s c o n s e r v a c io n is ta s F u n ç ã o d e p r o te ç ã o c o n tr a V e g e ta ç ã o r a s te ir a d e s a g r e g a ç ã o d o s o lo , e /o u a r b u s tiv a e filtr a ç ã o d e p a r tíc u la s a r b ór e a n ã o fr e otófita s. N a s c e n te APP V e g e ta ç ã o e s p e c ífic a D E C L IV E DO TERRENO Eu já quero a nascente prá “água de beber”.... e aí ? Como, então, “proteger” a nascente ? CAIXA DE PROTEÇÃO DE NASCENTE TIPO TRINCHEIRA T ampa de Insp eç ão P a r e d e - f i lt r o T e la d e p ro teção C a n o la d r ã o R e g is t r o - V a r ã o d o c a n o d e li m p e z a C A IX A D E CAPTAÇÃO P is o c o n c r e t a d o C A N A L IZ A Ç Ã O ADUTORA H O R IZ O N T E M ENOS PERM EÁVEL H O R IZ O N T E D E M O V IM E N T A Ç Ã O D O L E N Ç O L F R E Á T IC O CAIXA DE PROTEÇÃO DE NASCENTE TIPO TRINCHEIRA CAPTAÇÃO COM DRENOS COBERTOS CAMADA DE MOVIMENTACAO DO LENCOL FREÁTICO PONTO DE CAPTAÇAO MAIS ALTO QUE A NASCENTE CAMADA IMPERMEÁVEL NASCENTE INSTALAÇÃO DO PROTETOR DE FONTE CAXAMBÚ Tubo de saída d’água PVC 25mm x 30 cm . . Tubo de .limpeza . PVC 40mm x 30 cm Tubo ladrão PVC 40mm x 30 . . . Boca fechada . concretada Grama . Tubo de concreto Boca aberta . Pedra brita Caco de telha ou tijolo Pedra - Ferro Mangueiras flexíveis Pedras Grandes e d a r u t u r t s e m e o s ã e ç t e n t e o r c p s Na Nascente 1 – observa-se a nascente na meia encosta e uma lagoa (barramento) abaixo. A vegetação de topo de morro é presente e densa, mas, talvez, não cumprindo a largura mínima determinada pela legislação. A área da vegetação protetora da nascente é pequena, não cercada o que permite o livre acesso do gado à APP, testemunhado, inclusive , pelo momento da foto. O mesmo ocorre com a lagoa que, por ser um barramento, deveria apresentar uma faixa vegetada, ocorrendo o mesmo (falta de mata ciliar) com o canal de condução da água da nascente à lagoa. Na lagoa, particularmente, observa-se o livre acesso de gado ao lago, o que promoverá a contaminação da água que pode estar sendo usada pelo vizinho, à jusante. Nascente 2 – observa-se a total ausência de vegetação protetora, resumindo-se a um único jambolão (exótica). A lagoa formada pela nascente está quase totalmente tomada por Taboa (exótica) que, sendo uma consumidora imediata de água, diminui a vazão, contamina-a pela decomposição de seus restos vegetais, aumentando o teor de matéria orgânica da água, intensificando o desenvolvimento de microorganismos (coliformes totais). Essa vegetação causa ainda a diminuição da velocidade da água, tendendo a torná-la estagnada. A área da APP não tem mais cerca de isolamento, restando apenas dois moirões apodrecidos, permitindo o livre acesso de pessoas, testemunhado pelo marcado carreador e, do gado à água, observado pelo pisoteio de parte de sua borda e excrementos espalhados em volta da nascente, testemunhados pela foto-detalhe. Nascente 3 - Condição muito típica das nascentes da região, inserida em uma área cultivada com a monocultura de cana-de-açúcar. Observa-se que a faixa vegetada da APP é muito estreita, bem menor que os 50 m recomendados. Os terraços tendem a desaguar na nascente, trazendo na época das chuvas produtos químicos e fertilizantes contribuindo para sua degradação. Presença acentuada de Taboa (exótica), sintoma do carreamento de fertilizantes e/ou erosão do solo superficial, mais fértil, da área de cultivo (ação antrópica). Vegetação protetora pobre, talvez resultado da ausência de estrutura de isolamento (cerca, por exemplo), o que facilita o livre acesso de trabalhadores e máquinas oriundas da área circundante, intensamente cultivada. Presença de uma notável faixa de contorno não vegetada - provavelmente uma estrada - deixando desprotegida a vegetação periférica da APP. Dentro da situação apresentada, há uma grande possibilidade de estar sendo enviada ao vizinho, à jusante, água contaminada por fertilizantes e defensivos agrícolas. Nascente 4 – Nota-se que a nascente “foi queimada” juntamente com a cana-de-açúcar. Testemunha da total ausência de respeito e cuidado com o recurso hídrico que fica à mercê de uma prática agrícola mal conduzida, comum nessa monocultura típica da região. A nascente não tem nenhuma estrutura de proteção contra o fogo, cerca de isolamento ou faixa de interface. Nota-se, como esperado, uma pobre mata ciliar também no córrego que deveria escoar a água dessa nascente que está, lamentavelmente, em acentuado processo de morte. Nascente 5 – Nascente de beira de estrada, muito conhecida na região de Piracicaba, chamada nascente do Mandacaru. Utilizada, inclusive, para consumo humano, apresenta em todo o contorno uma vasta, bem formada e exuberante área de proteção vegetal. Da sua insurgência (olho-d'água) no meio do morro, até o ponto de utilização, à beira da estrada, onde está o caminhão, a água cumpre um longo percurso em canal aberto, na superfície do solo, em meio à vegetação. Assim, fica sujeita a ser contaminada pela deposição e decomposição de restos vegetais e excrementos de animais silvestres, resultando no aumento de coliformes totais. Em detalhe, observa-se a caixa de recepção descoberta, cheia de folhas em decomposição. Nascente 6 – Nascente muito bem conservada, circundada de extensa área de mata preservada, aflorando no interior de uma gruta que recebeu uma proteção de alvenaria, com uma portinhola fechada com cadeado. Em detalhe, é mostrado o desenvolvimento de raízes dentro da gruta, exigindo sua retirada duas vezes por ano. A água é conduzida por meio de tubo de cimento amianto a um reservatório de distribuição de alvenaria, muito bem construído, limpo e desinfetado com cloro a cada dois anos. Em detalhe, é mostrada a tampa de inspeção. Desse reservatório, a água é distribuída para diversos pontos de consumo, inclusive para a cidade de Analândia. ÁREA DE Nascente 7 – NascentePRESERVAÇÃO situada na meia encosta do morro, muito bem protegida por uma NASCENTE densa área de mata preservada, onde foi construída uma caixa de captação de alvenaria. Da nascente até a sede da fazenda, a água é conduzida por mangueira de polietileno preta, que se bifurca, abastece a lagoa e a caixa d'água de fibra de vidro. Desta última, a água é distribuída para diversos pontos de consumo. Nota-se a ausência da APP na lagoa, perfeitamente legal por se tratar de um reservatório artificial com menos de 5 ha de superfície, não resultante de barramento ou represamento de curso d'água, localizado em área de preservação. ADUÇÃO POR GRAVIDADE COM MANGUEIRA DE POLIETILENO LAGÔA CAIXA D’ÁGUA DE DISTRIBUIÇÃO M A T O C A P T A Ç Ã O D IR E T A , C O M A Á G U A S A IN D O D O M E IO D O M A T O CO NDUÇÃO DA ÁG UA EM VALA ABERTA F IL T R O D E M A T E R IA IS G R O S S E IR O S (F O L H A S E G R A V E T O S ) Nascente 8 – Nascente situada na meia encosta do morro, bem protegida por vegetação nativa, tem sua água utilizada sem nenhuma estrutura de proteção da nascente (Trincheira ou Caxambu, por exemplo). Assim, observa-se a água saindo do meio do mato, escoando em dreno natural aberto de superfície. Após 10 m de percurso a água é recebida por um monte de pedras tipo seixos, coberto por uma tela plástica tendo esse conjunto, provavelmente, a função de reter materiais grosseiros como folhas e galhos. A água então é captada em um tanque de sedimentação enterrado no solo, C A IX A D E DECANTAÇÃO DE P A R T IC U L A S S O L ID A S (A R E IA , A R G IL A ) T E L A P L Á S T IC A C A IX A D E D I S T R IB U I Ç Ã O CONDUÇÃO COM M A N G U E IR A D E P O L IE T IL E N O revestido por lona plástica e coberto por tábuas o que permitiria a entrada de vermes, insetos e pequenos animais. Deste, a água é então conduzida por mangueira de polietileno enterrada, a uma caixa de distribuição de alvenaria coberta por folha de fibrocimento, tendo sido tomado o cuidado de se instalar uma tela plástica para impedir a entrada de insetos e outros. Desta, então, a água é distribuída para diversos pontos de consumo. Práticas conservacionistas no entorno dos corpos d’água Foto de trecho de rio mostrando a mata ciliar e seus meandros. Consórc io I ntermunic ipa l para Gestão Ambiental das Bacias da Região dos Lagos, do Rio São João e Zona Costeira. http://lagossaojoao.org.br/rs j-atualr io.htm Trecho de córrego protegido pela mata ciliar e trecho de córrego com a mata ciliar totalmente suprimida. Fonte: Vanzela, 2004. MANEJO DA BACIA HIDROGRÁFICA COMPARAÇÃO ENTRE O ERRADO E O CERTO ERRADO: 1. Terreno íngreme desmatado. 2. Terreno cultivado morro abaixo. 3. Mata ciliar devastada, assoreamento de rios e açudes. 4. Erosão laminar com as voçorocas substituindo as lavouras. 5. Êxodo rural, problema social, criminalidade. 6. Lavouras cultivadas sem proteção. 7. Pastagemexposta à erosão. 8. Inundações e áreas de várzea degradadas. CERTO: 1. Terreno com exploração florestal. 2. Terreno cultivado em curva de níve l e outras práticas conservacionistas. 3. Rios e açudes livres de assoreamento. 4. Culturas com práticas conservacionistas. 5. Desenvolvimento de comunidades agrícolas. 6. Áreas de pastagens protegidas contra a erosão. 7. Áreas de pastagens protegidas. 8. Inundações controladas e áreas de várzea protegidas. Fonte: Souza Cruz, Plano Diretor de Solos - Adaptado de Quintino Reis de Araújo, Q. R. de; Paulo César Lima Marrocos, P. C. L; Maria Helena de C. F. Serôdio, M. H. de C. F.; Ceplac CEPEC-BA. www.ceplac.gov.br. INSTRUMENTAIS BÁSICOS DE MONITORAMENTO O Moline te é um instrumento dotado de hélice que respondem à velocidade da água produzindo pulsos em freqüênc ia proporcional ao f luxo que são transformados em vazão lida em um visor. Molinete.www.galileu. iph.ufrgs.br. O linígrafo é um instrumenta l que mede a altura da água num corpo d’água e, através desta é calculada a vazão, por meio de processo de calibração prévia. É constituído, bas icamente, de uma régua, um mecanismo de registro gráfico (pode ser uma caneta gráfica) e um mecanismo de tempo que expõem um papel de desenho próprio ao mecanismo de registro. Linígrafo, utilizado para o registro diário da medição da a ltura da água. www.sph.rs.gov.br/sph_2006/content/notic ias. Linígrafo de flutuador http://www.cmcbrasil.com.br/ri ckly/Water% 20Level% 20Recor ders.htm Linígrafo de bóia convenciona l. O pluviógrafo é um instrumental que mede a altura da água da chuva num recipiente própr io e, através desta é calculada a quantidade e a intens idade de chuva ocorr ida num período. É constituído, basicamente, de um mecanismo de registro gráfico ( pode ser uma caneta gráfica) e um mecanismo de tempo que expõem um pape l de desenho próprio ao mecanismo de registro. A calha de medição de vazão (Pars hall) é uma construção, nor malmente de alvenar ia, com desenho de dimensões específicas, instalada tomando toda a seção transversal do corpo d’água. Por meio da leitura da altura da água em sua seção mais estreita é calculada a vazão instantânea ou temporal do corpo d’água. Calha Parshall com linígrafo, instalada em córrego. - Roda de Coshoton: é um instrumento utilizado em experimentação para determinação da erosão a que está sofrendo o solo. Normalmente, se testam diferentes técnicas controladoras de erosão, tipos de cobertura vegetal, por exemplo, e todo a enxurrada da parcela é direcionada para a calha da Roda de Coshoton que avalia o grau de erosão. Vertedouros: são os mais empregados instrumentos de medição de vazão pela simplicidade de confecção e praticidade de uso. Trata-se de uma chapa, normalmente de madeira ou ferro, que é cortada, em um dos seus lados na forma de “V” ou de trapézio, em dimensões definidas, por onde a água irá passar. A chapa é colocada transversalmente à seção do córrego, riacho ou rio, represando-o totalmente e, por meio de uma régua, posicionada pouco antes do vertedouro, é lida a altura que a água atingiu no centro do “V” ou do trapézio, fornecendo, com razoável precisão, a vazão do corpo d’água. Córregos a serem medidas as vazões e já com os vertedouros instalados, executando-se a leitura. Fonte: Vanzela, 2004. Calha Parshall Estação Climatológica Calha Parshall Roda de Coshoton Visualização de uma bacia hidrográfica com os pontos de monitoramento da precipitação (pluviômetro) e da vazão do córrego (Linígrafo e calha Parshall. Fonte: Da Silva, 2003). SISTEMAS AGROFLORESTAIS São sistemas de composição florestal onde espécies arbóreas e arbustivas desenvolvem-se junto com cultivos agrícolas, pastagens e animais, beneficiando-se mutuamente, numa interação sustentável. Os sistemas são classificados de acordo com a natureza e arranjo de seus componentes: a) Silviagrícolas: constituídos de árvores e/ou de arbustos com culturas agrícolas; b) Silvipastoris: constituídos de árvores e/ou de arbustos com pastagens e seus animais; c) Agrossilvipastoris: constituídos de árvores e/ou arbustos com culturas agrícolas e pastagens com seus animais. Dentre os benefícios desses sistemas compostos tem-se: A FILOSOFIA BÁSICA Atingir a participação equilibrada dos diferentes tipos de vegetação e eles promoverem: - uma natural reciclagem de nutrientes no solo; - a proteção do solo contra fenômenos climáticos, notadamente chuva e vento; - equilibrar, no microclima, a energia solar incidente tornando-a mais adequada aos elementos físicos, químicos e biológicos do ecossistema. Aí se estabelece a sustentabilidade. Melhor controle de temperatura e umidade relativa do ar. A sombra das árvores Grevillea robusta, no meio de pastagens: - diminui a temperatura e a pressão de vapor d'água favorecendo o desenvolvimento das gramíneas pelo aumento de seu metabolismo. beneficia os animais domésticos, protegendo-os contra os extremos da alta temperatura causada pela insolação direta ou das baixas temperaturas e ventos frios de inverno. Melhor controle de temperatura e da umidade do solo. A temperatura do solo no interior da floresta é no calor menor e maior no inverno beneficiando as reações químicas e biológicas do solo porque: - no verão interceptação pelas folhas do sol no solo, auxiliada pela serapilheira e, - no inverno os dois elementos protegem o solo como cobertores naturais Diminuição da ação dos ventos Espécies arbóreas no meio da cultura como quebra-ventos e abrigos evita: - a erosão eólica no solo, - condições extremas de baixas temperaturas no tecido vegetal, - danos físicos à parte aérea pela agitação mecânica e choque, diminuindo o crescimento vegetal ou depreciando o produto comercial, - desconforto para os animais, - queda, destelhamento e outros efeitos danosos nas construções rurais, etc. Reciclagem de nutrientes. Cada tipo vegetal explora água e nutrientes numa profundidade do solo tipo arbóreo explora camadas mais profundas do solo tipo arbustivo explora camadas intermediárias do solo e tipo herbáceo explora melhor as camadas superficiais. Assim, com suas folhas e galhos caindo no solo e apodrecendo: - as árvores, recuperam água e nutrientes que já fugiram por percolação e lixiviação do tipo arbustivo; - tipo arbustivo recuperam água e nutriente que já fugiram do tipo herbáceo. Fornecimento de nitrogênio e outros nutrientes Algumas árvores, principalmente as leguminosas, potencial fornecer nitrogênio em quantidades suficientes para aumentar a produção das culturas associadas. Sesbania sesban é capaz de suprir as necessidades de nitrogênio de uma cultura de milho na faixa de produção de 4 t/ha. Na associação do cultivo de feijão e milho com Bracatinga (Mimosa scabrella) seria capaz de complementar a aplicação do fertilizante químico na ordem de 49 kg/ha fornecendo N, K, P, Ca e Mg. Planejamento do uso do solo Inicia-se pelo planejamento de toda a propriedade rural uso atual da propriedade. ↠ executa-se o levantamento do •Benfeitorias (casas, galpões, cercas, mangueiras para gado, etc.). •Estradas, aceiros e pontes, •Tipo de cultura que está sendo usado •Tipo de vegetação e floresta dominante na região •Localização a nível de País, Estado e Município, •Dados relativos à temperatura local, umidade do ar e altitude, •Tipo de solo característico da propriedade (pH, umidade, fertilidade, etc.), •Descrição dos cursos d’água e rios •Localização das divisas e confrontantes da propriedade •Diferentes utilizações na propriedade: •Reflorestamentos •Extração de matéria-prima •Manejo florestal em regime de rendimento sustentado •Criação extensiva ou intensiva de animais como: bovinos, ovinos, caprinos, suínos, aves e eqüinos. Também animais como capivaras e avestruz e, •Utilização da piscicultura como alternativa para uso de tanques Cristais de água Masaru Emoto, cientista japonês, demonstrou como o efeito de determinados sons, palavras, pensamentos, sentimentos alteram a estrutura molecular da água. A técnica consiste em expor a água a esses agentes, congelá-la e depois fotografar os cristais que se formam com o congelamento. http://www.radioclubecampobelo.com.br/webmaster/cristais_de_agua.htm DIFERENÇA EM RELAÇÃO À SUA ORIGEM Cristais de água coletada no momento de seu “nascimento” ou seja, na saída da nascente. Cristais de água de um rio poluído. EFEITO DA MUSICA Cristais de água exposta à energia do som da Ária para corda em Sol, de Bach. Cristais da mesma água exposta ao som de um Rock Heavy Metal. DESPOLUIÇÃO DA ÁGUA SOB EFEITO DA ORAÇÃO O Dr. Emoto colocou água entre dois alto-falantes que emitiam o som de uma oração e, após algum tempo, congelou a água e fotografou os cristais que se formaram. Cristais da água poluída, antes do som da oração. Cristais da água após o som da oração. EFEITO DE SONS POSITIVOS NA MOLÉCULA DA ÁGUA Declaração de amor e admiração (sinceros) Cristais de água exposta ao som da voz de Adolph Hitler. Após a execução das Pastorais de Bethoven EFEITO DA DELICADEZA Cristais de água exposta ao som de uma ameaça de morte. Cristais de água exposta ao som de um “muito obrigado” Não se esqueça que nós seres humanos somos compostos de 70% de água! Se isso tudo é verdade, Se um simples obrigado muda uma molécula de água, imaginem o que uma prece, palavras de amor, fraternidade, encorajamento, amizade, podem fazer com a água que percorre o nosso corpo. Se a maravilhosa transformação acontece fora do nosso corpo, ocorrerá dentro dele também, cada vez que agirmos com amor e retidão. O contrário também ocorrerá com palavras ou sentimentos de ódio, inveja, vingança,etc. Se isso tudo é verdade, com água carregada de energia má e destrutiva dentro de nós, a gente pode adoecer, ou seja, muitas doenças podem começar a partir de nós! Qual tipo de água nós queremos dentro de nós?