O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Transcrição
O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira
Dimensões de atuação em prol do fortalecimento, cada vez maior, da Maçonaria na sociedade brasileira. O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Jair Tércio Cunha Costa Salvador – Bahia | 2011 Tese aprovada por unanimidade na XL Assembleia Geral Ordinária da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – CMSB, realizada em Aracaju/SE, no período de 02 e 05 de julho de 2011. Projeto Gráfico e Editoração: Sathyarte – Arte e Mídia Ltda [email protected] 068 COSTA, Jair Tércio Cunha / O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira: dimensões de atuação em prol do fortalecimento, cada vez maior, da Maçonaria na sociedade brasileira. Salvador: Sathyarte, 2011. 86p.: il.; 15x21 cm. v.1 1 Maçonaria. 2 Política. 3 Título. 133.9 CDD20. ed. 1ª Edição - Salvador/Bahia, 2011. Direitos desta edição reservados à editora, que permite e estimula a reprodução de parte do livro, desde que seja citada a fonte. Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira SUMÁRIO APRESENTAÇÃO........................................................ 5 1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL .................................. 9 2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA/LITÚRGICA ...................19 3 DIMENSÃO ESPIRITUAL ........................................27 4 DIRECIONADORES DE IMPLANTAÇÃO/EXPANSÃO .35 4.1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL................................ 36 4.2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA/LITÚRGICA................. 39 4.3 DIMENSÃO ESPIRITUAL....................................... 41 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................... 45 REFERÊNCIAS............................................................ 51 ANEXOS ....................................................................55 Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira O FORTALECIMENTO DA MAÇONARIA BRASILEIRA APRESENTAÇÃO Temos o dever moral de acreditarmos na paternidade de Deus; na maternidade da Natureza; e na irmandade do Ser Humano. Toda sociedade é, geneticamente, interligada. Ciência sem espiritualidade não passa de uma filosofia. Esta tese intitulada “O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira”, aprovada por unanimidade e com distinção pela Assembleia de Grãos-Mestres, foi apresentada pelo Respeitabilíssimo Irmão Jair Tércio Cunha Costa, Grande 2º Vigilante da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia GLEB, na XL Assembleia Geral Ordinária da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil – CMSB, realizada em Aracaju/SE, no período de 02 e 05 de julho de 2011. Trata, como o título sugere, de uma proposta de reflexão e análise, bem como intervenção das ações sociais e maçônicas específicas, considerando o todo possível, Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 5 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira conhecido e/ou disponível da tradição de nossa Sublime Ordem. Coisa que, entendemos, deva ser tratada, inclusive, no mínimo, como uma antecipação de tendências. Por conseguinte, sempre visionária, futurista e, porque não dizer, moderna, na acepção exata da palavra. Ela, a citada tese, tem por objetivo apresentar ações sociais e maçônicas, considerando as principais dimensões de atuação de uma Potência Maçônica, com o intuito de, no mínimo, fortalecer, cada vez mais, a Maçonaria na sociedade brasileira, a partir de três dimensões, que entendemos serem relevantes, cifrada a sua finalidade. Neste contexto, importa salientar que a Maçonaria pode ser definida, também, como uma associação de Seres Humanos que buscam a sabedoria, que se consideram irmãos entre si, cujo fim é viver em perfeita igualdade, intimamente unidos por laços de recíproca estima, confiança e amizade, estimulando-se uns aos outros na prática efetiva das virtudes (GLEB, 2009). No Brasil, por exemplo, é possível verificar que a Maçonaria tem se destacado por sua contribuição às reflexões, principalmente, no que respeita causas políticosociais, socioeducativas, humanitárias; constituição da cidadania e civilidade; formação cultural; bem como pela propagação de valores morais-éticos-estéticos relevantes no meio em que está inserida. Isto porque, o maçom não vem de outro ambiente, senão da sociedade. Ele deve estar certo de que, assim como só se tira da vida o que Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 6 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira nela se investe, também é o que se dá à sociedade que ela lhe devolve. Até porque, no universo nada vive isolado; nele tudo vive inextrincavelmente relacionado; portanto, em relações, que significam sociedade; enfim, que significam ajuda mútua. Nessa perspectiva, esta tese propõe a discussão teórica acerca da importância de laborar-se nas três dimensões que, hoje se entende, devam ser consideradas indispensáveis para a prospecção do Fortalecimento da Maçonaria na Sociedade Brasileira, e que são ilustradas pela figura a seguir: RITUALÍSTICO/ LITÚRGICO ESPIRITUAL Figura 01 – Dimensões e atuação da maçonaria, em prol do seu fortalecimento. Fonte: Elaboração própria, 2011. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 7 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Para que seja possível, ainda que relativamente, a compreensão da importância de cada uma das citadas dimensões, e de que forma elas atuam como direcionadores de ações efetivas, essa tese foi estrutura em capítulos teóricos, com títulos correspondentes e indicações empíricas de atuação. Assim, espera-se que, uma vez efetivadas essas ações, as mesmas possam contribuir, factualmente, para o Fortalecimento da Maçonaria na Sociedade Brasileira, bem como, no que se refere o dever de Ela assumir uma eterna e sempre nova posição em prol de, senão produzir e disponibilizar valores elevados; valorizar, cada vez mais, aqueles quais exacerbem o valor de ações voltadas para forjar, no calor das relações, principalmente, a dignidade, a moralidade e a espiritualidade do ser humano. Questão de vontade! Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 8 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira 1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL A Maçonaria, senão objetiva integrar, em nós mesmos, todas as nossas entidades, não só nos separa, mas também nos isolam uns dos outros; e o que é pior, nos força à irracionalidade. Enquanto a Maçonaria ensina o Ser Humano só a traduzir, definir e comparar, então fortalece o ego, que cria os desejos, que gera a frustração e que produz a violência, bem como dá indícios de que, senão nada, pouco se importa com a Finalidade da Vida e com a Razão da Existência do Ser Humano sobre o planeta. Não é dos Seres Humanos pouco inteligentes a paciência e a persistência na buscar do novo que nos torna dignos em participar da construção do edifício da nova humanidade, cujas bases se mostram diante de nós. Os indivíduos organizam sua vida em sociedade formando instituições sociais. As instituições sociais são formas de ação a que os seres humanos recorrem, sistematicamente, visando satisfazer determinadas necessidades. Portanto, é fato que o ser humano é um ser social; e não há sociedade sem Rituais. E todo Rito deve ser o depositário, e com justa razão, no mínimo, dos Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 9 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira traços dos movimentos sócio-culturais que, até então, se propagou pelo mundo, mas que, afeitos àquelas qualidades indispensáveis ao gênero humano, que inevitavelmente buscará sua identidade causal. Assim, um dos pilares para se fortalecer a Maçonaria são as instituições sociais; porquanto, segundo Mill (1999) estas instituições deveriam cumprir dois papéis cruciais na sociedade: fornecer as bases da sua coesão e alavancar o seu progresso. Afinal, “o desenvolvimento intelectual e moral dos seres humanos demarcam o escopo das instituições possíveis a cada momento” (MILL, 1999), e aperfeiçoamentos no campo das instituições abrem novas possibilidades para a sociedade. O senso comum define uma instituição social como uma organização que abrange pessoas, como por exemplo, um hospital ou uma universidade. Esse conceito também pode ser associado às entidades sociais que a sociedade vivencia e que modela o padrão de conduta sobre a vida do indivíduo, tal como “Estado”, “mercado” ou o “sistema educacional”. Funciona como um padrão de controle ou uma programação de conduta individual imposta pela sociedade. No sentido mais amplo, as instituições sociais dizem respeito a práticas sociais que perduram através do tempo, pela adesão que encontram na maioria dos membros da sociedade. À semelhança dos papéis Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 10 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira sociais, as instituições sociais estabelecem padrões de comportamento, mas fazem-no a um nível mais geral, que incorpora uma pluralidade de papéis. As principais instituições sociais são: a Família, a Igreja, o Estado e a Escola; estas que, têm papel fundamental no processo de socialização. A Família é considerada a célula máter da sociedade, por se encontrar presente em todos os agrupamentos humanos. É o primeiro grupo social a que pertencemos. A Igreja, ou melhor, a religião, é um fato social universal, sendo encontrada em toda parte e deste os tempos mais remotos. Conforme definida por Durkheim, é “um sistema unificado de crenças e práticas relativas a coisas sagradas, isto é, a crenças e práticas que unem numa comunidade única todos os que as adotam.” (LAKATOS, 1995, p. 179). Já o Estado é uma instituição social permanente, sendo, portanto, uma das agências mais importantes de controle social. Executa suas funções por meio da lei, apoiado em ultima instância no uso da força. Pode ser entendido como “uma função institucional política, quando e na medida em que o seu quadro administrativo reclama com êxito o monopólio legítimo da coação para a manutenção das ordenações.” (WEBER, 2000, p. 83). A Escola, por sua vez, é um dos principais pilares de uma sociedade, visto que sua missão precípua é a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 11 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira formação dos seres humanos que construirão o novo edifício social. Juntas, estas instituições devem, criativamente, agir como transmissoras do conhecimento, principalmente que importe, mas não como um fim em si mesmo, e sim como um meio de se ter um viver realizador. Berger (1998) define a instituição social com uma estrutura relativamente permanente de padrões, papéis e relações que os indivíduos realizam segundo determinadas formas sancionadas e unificadas, com o objetivo de satisfazer as necessidades sociais básicas dos indivíduos. Embora as instituições sociais sejam relativamente constantes, não são entidades imutáveis. Constantes mudanças em suas práticas sociais podem e devem servir de base para novas instituições. Paralelamente, conceituase institucionalização o processo pelo qual os modos de comportamento se tipificam e se tornam suficientemente regulares e contínuos para constituírem instituições. Ao mesmo tempo em que uma instituição social atua sobre a conduta dos indivíduos que a compõe, ela também é constantemente remodelada por estes mesmos indivíduos, numa troca mútua e permanente. No entanto, as instituições sociais devem servir aos indivíduos. A sociedade tem por fim o ser humano. É exatamente sobre essa relação ser humano / instituições Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 12 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira sociais que deve incidir o olhar da Maçonaria. Nos casos em que as instituições, ou parte delas, tornam-se rígidas, distanciando-se dos motivos pelos quais foram criadas e instituídas, cabe ver que isso não acontece como uma tendência natural. Sempre, nas instituições, estão presentes grupos de seres humanos, a quem interessa, ou não, a manutenção delas na forma como estão. As raízes da manutenção ou da mudança das instituições são, portanto, sociais e históricas, devendo ser analisadas nessas perspectivas. Numa análise crítica e relativamente aprofundada do universo social no qual a Maçonaria está inserida, é seu dever contribuir para que, de fato, ocorram as transformações que são necessárias, indicando as razões da tendência conservadora ou inovadora desta Sublime Instituição. Vista como uma instituição social, cujas mudanças acompanham as transformações, principalmente sociais, econômicas e políticas, a Maçonaria não pode ser tomada como relação de exterioridade, pois seu caráter democrático é determinado atualmente pelos seus ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. A Maçonaria é, portanto, uma instituição social fraternal, que admite seres humanos livres e de bons costumes, sem distinção de raça, credo, ideário político ou posição social. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 13 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Nesta perspectiva, a arquitetura do social tende, não raro, a determinar outra forma de percepção do indivíduo em relação ao mundo, ampliando a sua reflexão e a sua capacidade de articular a multiplicidade de informações a que tem acesso (BENJAMIN, 1983; GIDDENS, 1994). Assim, tende, consequentemente, a introduzir uma leitura críticoreflexiva sobre o universo social e individual em cada indivíduo. (SIMMEL, 1977; DUBET, 1996). Numa abordagem sociológica, instituição social é um constructo teórico que possui estrutura unificada e valores. Para Oliveira (2004) ela é uma forma de organização, ou organismo social, que tende a durar independentemente da vontade de seus integrantes. São igualmente definidas como um conjunto de regras e procedimentos produzidos, reconhecidos, aceitos e sancionados pela sociedade e que têm grande valor social. O dicionário de sociologia (JOHNSON, 1997), ao discutir esse conceito, problematiza diferentes constructos teóricos, sintetizando que uma instituição social deve ter: função – a meta ou propósito do grupo, cujo objetivo seria regular as suas necessidades; estrutura composta de pessoal – elementos humanos; equipamentos – meios materiais ou imateriais; Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 14 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira organização – disposição de pessoal e do equipamento, observando-se uma hierarquia – autoridade e subordinação; comportamento – normas que regulam a conduta e as atitudes dos indivíduos). Setton (2005) discute o papel das instituições sociais pautada no funcionalismo do sociólogo Émille Durkheim, qual sustenta que, para compreender a ação individual atrelada a um projeto exterior, construído por um conjunto de instituições sociais, é necessária a existência de um agente social. Ou seja, para a teoria funcionalista, “a constituição de um ser social e o desenvolvimento da dimensão humana dos indivíduos estariam totalmente condicionados ao estabelecimento de uma ordem coletiva em que se encontraria uma perfeita harmonia entre estímulos externos, objetivos e materializados em valores da coletividade, e estímulos internos e subjetivos dos indivíduos”. Segundo Durkheim (1978, p. 45): O Ser Humano não é humano senão porque vive em sociedade. [...] É a sociedade que nos lança fora de nós mesmos, que nos obriga a considerar outros interesses que não os nossos, que nos ensina a dominar as paixões, os instintos, e dar-lhes lei, ensinando-nos o sacrifício, a privação, a subordinação dos nossos fins individuais a outros mais elevados. Todo o sistema de representação que mantém em nós a ideia e o sentimento da lei, da Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 15 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira disciplina interna ou externa, é instituído pela sociedade (grifo nosso). Por isso, é mister o relacionamento com diferentes instituições sociais; uma vez que, a coerência entre valores institucionais e individuais são fatores condicionantes para a construção de um projeto, cada vez mais, moderno de sociedade. Sustentamos, pois que, para refletir sobre o processo de socialização contemporâneo, se faz necessário considerar alguns aspectos relativos à formação da individualidade e da subjetividade do indivíduo atual. Apesar de o avanço das reflexões acerca do papel da Maçonaria, no processo de socialização ser inegável, e ainda procedente, é necessário, não obstante, trazer à tona o caráter dessas contribuições, ou seja, circunstanciar a socialização em um aprendizado especializado e/ou na imersão de um universo de símbolos vinculados a um mundo mítico, que se baseiam na realidade social de uma época. Desta forma, consideramos relevante refletir esse processo, a partir da reconfiguração do papel da Maçonaria, com o intuito de, inclusive, repensar suas contribuições para a formação do indivíduo e consequente transformação da sociedade, à luz das principais visões paradigmáticas a respeito da função das instituições sociais no processo de socialização dos seres humanos. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 16 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Constituem objetivos imprescindíveis, que devem ser perseguidos por qualquer instituição, facilitar ao ser humano aprender a Saber, Sentir e Ser; bem como saber viver as relações em equilíbrio dinâmico; e ainda, saber produzir o que faça sentido, considerando o processo da evolução, inclusive, voluntária do gênero humano. Neste aspecto, a Maçonaria se configura, pois, numa socialização metódica das novas gerações. Corroborando com o sociólogo Durkheim, destacamos que [...] a sociedade se encontra, a cada nova geração, como que diante de uma tabula rasa, sobre a qual é preciso construir quase tudo de novo. É preciso que, pelos meios mais rápidos, ela agregue ao ser egoísta e associal, que acaba de nascer, uma natureza capaz de vida moral e social. Eis aí a obra da educação. Ela cria no homem um ser novo (1978, p. 42). Uma instituição do porte da Maçonaria deve primar por assentar a unidade entre indivíduo e sociedade, ambos concebidos como duas faces de uma mesma realidade. Mais do que isso, suas ações devem estar cada vez mais efetivamente focada na construção de um ser social totalmente identificado com os valores societários, em considerando, no mínimo, as virtudes da época. Até porque, é papel também da Maçonaria, vislumbrar e demonstrar aquela velocidade necessária; aquela direção inequívoca; e aquele sentido claro para seus líderes, suas lideranças e seus liderados, Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 17 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira considerando principalmente não só os objetivos do grupo, mas também o de cada um deles, em suas individualidades; contudo, sem deixá-los esquecer que, para o bem comum, os interesses gerais devem sobrepor-se aos interesses particulares; afinal, nada vive no isolamento absoluto, no Universo. Bom que se rediga. Para tanto, o processo de interiorização das regras de comportamento moral, ético e estético, cada vez mais elevado, não se constituiria como arbitrário ou impositivo. Ao contrário, a coerção é entendida aqui como uma etapa civilizatória em direção à liberdade. Não pode haver ordem sem disciplina. Não pode haver liberdade sem ordem. Assim, o poder de atuação da nossa Sublime Ordem estaria longe de ter apenas um valor instrumental. Ela exerceria, sobretudo, uma influência total na formação moral de seus membros e, por conseguinte, a transformação da sociedade. Questão de socialização! Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 18 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira 2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA / LITÚRGICA Um ritual é a transformação de regras inevitáveis em ações rotineiras. Um ritual serve para nos colocar em estado de vigília, espera e receptividade, principalmente da verdade que liberta. Um ritual, somente quando bem praticado, leva os Seres Humanos que o praticam, a penetrar nas dimensões dos seus arquétipos. “Todo Rito é carregado de sentido” (CARVALHO, 2002, p. 30). Com essa paráfrase inicia-se a discussão sobre a dimensão ritualística dentro da Maçonaria, uma vez que Ritos e Cerimônias permeiam os grupos sociais desde as sociedades primitivas até as modernas sociedades pós-industriais. Os estudos antropológicos indicam que os Rituais revelam os valores mais profundos do comportamento humano e sua análise e compreensão tornou-se fundamental para constituição das sociedades humanas. Um Rito é um sistema de diversos ensinos hierarquizados, que primam pela evolução abreviada equilibrada consciente, onde o processo ensino/aprendizagem é contínuo entre os que dele participam, embora dependa muito mais da individualidade Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 19 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira do que da coletividade; sendo essa a condição essencial para que ele seja conservado intacto, portanto, mantendose imune à sedução da modernidade dispensável. Para alcançar seus objetivos, um Rito labora, inclusive, com lenda, mistérios e mitos. Em seu todo, ele deve apresentar, de movimentos sócio-culturais retrospectivos, as suas representações mais significativas, no momento em que tal movimento atingiu o ponto culminante de sua manifestação, quando produziu a ideia pela qual mereceu perpetuar-se na memória da humanidade. Representações estas das quais se possa retirar interpretações religiosas, filosóficas e cientificas, além de morais e espirituais. O funcionalista Durkheim (2003) em seus relatos no livro As formas elementares da vida religiosa, discorre sobre a teoria do Rito e das formas simbólicas inerentes à sociedade. Ele argumenta que o Rito, como forma externa da sociedade, é composto de atos, como significantes; e das “crenças”, ou seja, seus significados simbólicos que expressam e organizam a sociedade. Ainda num enfoque funcionalista, Malinowski (Appud Crema, 2006) focaliza o Ritual como exercendo uma função de integração social, contribuindo para a autoconservação da cultura e da sociedade, sobretudo diante de conflitos e de questões incontroláveis. Terrin (2004, p. 25) sustenta que o Rito não é algo que sobrevive com dificuldade no interior das mudanças Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 20 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira próprias do moderno e pós-moderno, mas, ao contrário, “constitui o verdadeiro ordenador da experiência de sentido antes ainda que esta experiência possa ser adequadamente tematizada”. Segundo Langdon (1995), o Rito funciona como uma ruptura no fluxo da ação social, um limite temporal, e os indivíduos envolvidos, manifestam simbolicamente valores e ideais sobre seu mundo e constituem sua própria identidade. Considerado como um sistema de numerosos graus de conhecimento, cujo processo ensino-aprendizagem é tão mutável quanto eterno, um Rito deve primar, todavia, não só pelo ensino, mas também pelo aprendizado dos que o praticam; e isso é a condição essencial para que ele seja e mantenha-se assim: essencial. Pode-se compreender, portanto, que um Rito é composto por um sistema de regras, normas e procedimentos criados, implantados e mantidos por certa instituição social com o fim de também ministrar, progressivamente seus princípios mais específicos, para os devidos fins. Portanto, um Rito nada mais é do que um sistema de conduta, normas e instruções destinado a coordenar os ensinamentos de uma religião, filosofia e/ou ciência com o fim de fazer, e fazer bem, se pesquisar e analisar até compreender, bem como praticar-se até se sentir o que indica os fundamentos por elas prescritos. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 21 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Numa instituição tradicional, cuja ênfase é o aprimoramento moral do gênero humano, como a Maçonaria, o Rito, por sua vez, se configura como o alicerce das relações. E todo Ritual é sagrado, bem como deve ser, tão venerado, quanto exaltado, como adorado, por parte dos seres humanos; pois ele é a pedra angular e final de toda e qualquer sociedade, principalmente quando esta prima, peremptoriamente, pela evolução voluntária, mas realizada em equilíbrio dinâmico. Ora, um Ritual de uma sociedade iniciática, como a nossa, tem por fim, no mínimo, despertar, construir e/ou desenvolver a consciência de nós, seus membros; os seus iniciados, objetivando induzi-los a autoiluminação, através do processo iniciático, que nada mais é do que o favorecimento de se saber utilizar da luz interior de cada um, em sua individualidade. Somente quando bem praticado, um Ritual leva os seres humanos, que o praticam, a penetrar nas dimensões dos seus arquétipos, tempo em que, com suas liturgias, lhes induzem na busca do que são, possam ser ou devam ser, fazendo-lhes não mais ignorar, esquecer e/ou inobservar que vivemos evoluindo, enfim, nos divinizando. O autor maçom Carvalho (2002) apresenta a distinção entre Rito e Ritual. Aslan (apud CARVALHO, 2002, p. 47-48) argumenta que Rito é a cerimônia estabelecida pela Lei, ou pelo costume, tendo efeito religioso ou Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 22 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira mágico. Ritual é um sistema de Ritos e cerimônias. Chama-se também de Ritual o livro que indica os Ritos ou que consigna as formas que se devem observar na prática de uma religião ou de um cerimonial. Chama-se Ritual, em Maçonaria, o livro que contém a ordem, as fórmulas e demais instruções necessárias para a prática uniforme e regular dos Trabalhos Maçônicos em geral. Os Ritos e Rituais, nas sociedades, são considerados como processos de formação identitária do sujeito, uma vez que ele passa por um ciclo único: separa o sujeito do seu grupo social original; depois o sujeito passa por um período de transição e adaptação de identidade social em outras posições; e, finalmente sua identidade é efetivamente marcada pela integração nesse novo grupo social. O processo descrito pode, inclusive, promover transformações biopsicológicas no indivíduo que passa por um Rito. Esse argumento é sustentado por Geertz (1989), o qual afirmou que os símbolos são estimuladores e motivadores de estados internos dos sujeitos e provocam modificações na ação dos mesmos em face de uma nova percepção da realidade criada pelo Ritual. Os Rituais de cura narrados pelos estudos antropológicos de Lévi-Strauss (1975) e Turner (2005), por exemplo, ilustram como o poder simbólico do Rito modifica os estados psicobiológicos dos indivíduos e, por isso, alguns são de caráter esotérico, ou seja, só são divulgados entre os pares que já vivenciaram o Rito. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 23 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Carvalho (2002, p. 48) ratifica essa assertiva ao descrever a dinâmica de uma Loja Maçônica: o método de abrir e fechar uma Loja, de conferir Graus, de instalar a Loja, o Venerável Mestre, os Oficiais e desempenhar outros deveres, constituir o sistema de cerimônias a se dá o título de Ritual. Muitos desses conhecimentos dos Rituais são esotéricos e por esse motivo não devem ser escritos, sendo comunicados unicamente por meio de instruções orais. O autor (CARVALHO, 2002) sinaliza ainda que “a Maçonaria, por mais de quatro séculos, não sofreu alterações”. A partir de 1740 teve uma grande evolução, especialmente fora da Inglaterra. Hoje foi possível catalogar mais de 200 Ritos com graus que variam de 1 a 97. Assim considerado, é importante ressaltar que um Rito não obstaculiza ser melhorado, principalmente quando alguns dos seus conceitos se tornam antiquados, complexos e de valor claramente transitório; porquanto, dentre as suas funções inclui-se a de buscar e manter, no mínimo, a simplicidade, a unidade e a identidade. Portanto, faz-se imprescindível reafirmar que O Rito Maçônico é o alicerce, a base, a sustentação, a coluna mestra, a espinha dorsal da maçonaria em qualquer de suas ramificações. Cada Rito tem seu conteúdo, a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 24 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira sua própria característica que o diferencia dos demais Ritos. Há Ritos que possuem uma estrutura maciça de Liturgia e de Simbolismo e Ritualística. Uns são simples demais, enquanto há outros que são complicados demais (CARVALHO, 2002, p. 31). Há uma clara e generalizada tendência, no mundo contemporâneo, de resgatar o valor do Rito, que conformam todas as grandes tradições sapienciais. Neste sentido, a arte e ciência da hermenêutica é fundamental, no seu aspecto mais amplo e inclusivo. Considero a abordagem transdisciplinar a mais valiosa contribuição neste sentido, pois representa a necessária dialogicidade da ciência com a arte, a filosofia e a tradição espiritual. Portanto, um Rito nada mais é do que um sistema destinado a ordenar os ensinamentos de uma Instituição, com o fim de fazer ser estudado e pesquisado, até ser compreendido, bem como ser praticado, até ser sentido, o objeto que tais ensinamentos têm como proposta. O que importa, portanto, é que o ser humano possa vivenciar um Rito. Afinal, ele, o Rito, para alcançar seus objetivos, deve primar, no mínimo, pela prática da Moralidade Universal; prática do trabalho; prática da virtuosidade; apologia do direito e do dever; fé no progresso; busca de métodos e recursos à luz da vontade, consciência e ciência; bem como a confiança, convicção e certeza de que deve ser preferido caminhar com conhecimento, mas que propõe retidão. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 25 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Até porque, um Rito, que se preze, deve demonstrar-se primando por virtuosidade; ele deve laborar seus elementos, de forma que se purifique cada vez mais a ideia de divindade em tudo que existe; tempo em que afirma a indestrutibilidade do espírito humano; bem com a perenidade e imutabilidade da Lei. É pertinente considerar, exemplificando, que a Ordem Universal também tem seu próprio Rito, qual se nos impõe, mas não sem dispor-se a nos ajudar a conhecê-lo, compreendê-lo e praticá-lo, para os devidos fins. E é próprio da essência de um Rito, cujo arquétipo é tão espiritual quanto é seu modus operandi, subsistir idêntica a si mesma, tanto na admirável continuidade histórica, quanto na formidável obra evolucionária. Eis que a Maçonaria deve estar não só imbuída, mas também consubstanciada, principalmente do espírito das tradições nunca decadentes, qual deve estar refletida no modus operandi que ela propõe; bem como no modus faciendi e/ou vivendi da parte de quem labora na realização dos seus trabalhos. Questão de disciplina! Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 26 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira 3 DIMENSÃO ESPIRITUAL O primeiro direito do Ser Humano é viver materialmente; e o primeiro dever é viver espiritualmente. A verdade, assim como a arte, a ciência e a espiritualidade estão nos olhos de quem olha, mas a ponto de ver. Arte, ciência e espiritualidade devem caminhar juntas, para o bem do Ser Humano, portanto, da humanidade. Um Rito deve propor, efetivamente, um Ritual cujo arquétipo conduza o iniciado na Senda do Sagrado, à autorrealização, ou seja, à sua realização espiritual. O arquétipo espiritual de um Rito é bem demonstrado se, em sua práxis litúrgica, de fato, induz ao gênero humano à prática da virtude, a ponto de iluminá-lo à emancipação equânime, pacífica e progressiva vida da humanidade como um todo. Portanto, quanto mais espiritualista é o seu arquétipo, mais ele atrai e reúne sobre sua égide, e genuínos princípios, seres humanos que já buscam compreender, a partir de si mesmo, acerca da Origem, Amor e Bem fundamentais; portanto, para doarem-se Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 27 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira por inteiro à magnânima Obra da Nova Solidariedade Universal. Assim, é importante considerar que um Rito não deve nascer de um idealismo, senão o de tornar o gênero humano idêntico à sua Origem Causal. Ele, o Rito, deve expressar o essencial, ainda que por símbolos, mas deve claramente orientar, instruir e/ou conduzir o Ser Humano em todas as fases de seu processo evolutivo, a saber: conhecer, autoconhecer e autorrealizar. Williams (2003, p. 5) entende espiritualidade como “o desejo de encontrar o máximo propósito na vida, e viver de acordo”. É um bem humano básico essencial para a sua prosperidade. Heaton et. al. (2004, p. 63-74) apresentam três vertentes para definição e distinção da espiritualidade: 1) Espiritualidade pura. Refere-se à silenciosa e ilimitada experiência interior de pura autoconsciência. É o estágio destituído de percepções, pensamentos e sentimentos préconcebidos. É um nível de espiritualidade em que é acionada quando o indivíduo se propõe a atender ao chamamento de outras instâncias, muito mais superiores, que afetam o self. 2) Espiritualidade aplicada. Refere-se às aplicações práticas e aos resultados mensuráveis que advém da experiência interior acionada pela Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 28 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira espiritualidade pura. Por conseguinte, engloba uma ampla variedade de aspectos, tais como: insights e as já aludidas intuições e sabedoria que podem ser ativadas por lampejos de pura espiritualidade; dimensões emocionais, como respeito, amor, humildade e coragem; moldura intelectual da ética; mecanismos sensoriais que recebem informação do mundo exterior; e comportamento coerente. 3) Desenvolvimento espiritual. É um processo holístico de transformação claramente positivo, no qual todos os aspectos concernentes à personalidade crescem, também decorrente da espiritualidade pura. Nesse estágio, os pensamentos, sentimentos e ações de um indivíduo são espontaneamente transformados com vistas a expressar valores da mais alta categoria. Vasconcelos (2008, p. 17), em interessante publicação sobre espiritualidade no âmbito do trabalho e das organizações contemporâneas, conceitua espiritualidade como [...] o processo de movimentação de poderosas forças universais que jazem no nosso íntimo em direção ao mundo exterior. No contexto [da sociedade] implica em externar plenamente todo o arsenal de virtudes e qualidades intelectuais que já possuímos com vistas à construção de Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 29 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira experiências enriquecedoras e realizadoras para nós e para os que nos cercam ou dependem do nosso esforço. O autor (Id. Ibid., p. 22) reitera que espiritualidade pode ser compreendida como “um tipo de energia que, para ser adequadamente canalizada, deve ser desdobrada em ações coerentes e consistentes”. Espiritualidade tem relação com a consciência do indivíduo, é fonte de inspiração, criação e sabedoria, o que permite inferir que a experiência espiritual processa na intimidade e profundidade do ser humano. Enfim, é algo que existe no ente humano e que demanda atualização e alimento diário. Para Wilber (1997) o crescimento espiritual é algo que vem depois de um “amadurecimento”. Em outras palavras, para ele, nós não perdemos Deus; nós crescemos junto com Ele, como um processo de gradual desenvolvimento. Lozano & Ribera (2004, p. 178), ao contextualizar a temática, argumentam que espiritualidade torna-se uma dimensão que nos permite experimentar o mundo com total consciência, intensidade e liberdade. Desenvolver espiritualidade é desenvolver nossa sensibilidade, abrindo-a para os mais sutis e profundos aspectos da realidade. É nos colocarmos em contato com as extremidades, com os desafios que conduzem a criatividade (o que não é surpreendente que muitos Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 30 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira artistas e cientistas tenham se interessado por espiritualidade). Porém, importa considerar que espiritualidade não significa religião. Um indivíduo pode ser altamente espiritualizado e não ter religião. Ainda que espiritualidade possa ser encontrada também no âmbito da religião, elas são dimensões distintas. Guillory (2001, p. 33) ratifica essa afirmativa ao afirmar que espiritualidade e religião são muitas vezes consideradas como a mesma coisa, mas, de fato, elas são diferentes. Espiritualidade é um jeito de ser que predetermina como nós respondemos às experiências da vida; enquanto religião lida com a incorporação e implementação de sistemas de crenças organizados. Religião é, na verdade, uma forma que espiritualidade toma como prática. Espiritualidade é a fonte atrás da forma. Todos os seres humanos têm o dever moral de favorecer, conscientemente, a elevação dos nossos semelhantes a um nível de espiritualidade em que as possibilidades deles nos acompanhem e nós a eles, sejam não só uma promessa, mas uma realidade, enfim, não só uma possibilidade, mas uma disponibilidade. É preciso que pensemos, cada vez mais profundamente, acerca disso, pois a sociedade, em face da nossa atual qualidade de vida individual e coletiva, já nos solicita a prática de ações que realmente contemple a plenitude do ser humano, ou seja, que integre Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 31 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira efetivamente suas dimensões física, psíquica-racional e moral-espiritual, integrando-o, primeiro, consigo mesmo e, concomitantemente, com o todo que faz parte. Agora, como podemos falar e empreender esforços para a implantação de práticas que primem pelo desenvolvimento integral do ser humano, se não colocarmos à disposição, dos indivíduos e da sociedade, modelos psicopedagógicos e sociais mais abrangentes, que possam dar sustentação às mesmas? A prática da espiritualidade reflete diretamente nas ações dos indivíduos, e se desdobra em dignidade, respeito, honestidade entre outros. Vasconcelos (2008, p. 49) coaduna com Giacalone & jurkiewicz (2003, p. 14) ao exemplificar ações de indivíduos que praticam a espiritualidade ao: agir de maneira positiva nas atitudes e relacionamentos com o mundo; agir de forma virtuosa; vivenciar os seus mais profundos valores pessoais; agir com amor; agir com autenticidade; desenvolver habilidade em viver com inconsistências e contradições dos outros; transcender os aspectos físicos e materiais da existência; Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 32 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira experimentar um elevado estado de consciência; utilizar recursos dificuldades; espirituais para superar abraçar as experiências que a vida proporciona como oportunidades de crescimento; procurar integração pessoal; buscar autorrealização; viver o momento; e sentir necessidade de contribuir para a melhoria dos outros. Vislumbramos, pois, a possibilidade de uma abordagem integral da formação humana, que contemple todas as dimensões do ser humano, assim como de seus níveis de ser e de conhecer; portanto, a unidade de conhecimento entre religião, filosofia e ciência. Com esse processo, estaremos integrando a ciência empírica e lógica, hoje predominante em nossa sociedade, com as dimensões da espiritualidade e da ética. Ou seja, os seres humanos seriam introduzidos em recursos vitais, que englobariam, ao mesmo tempo, o interno e o externo; o individual e o coletivo; dimensões que só são separadas didaticamente, mas que, na vida, se dão como um todo em operação, em ação, em movimento. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 33 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Neste sentido, estaríamos aprendendo que, cada experiência nossa, pode e deve conduzir a uma vivência, simultaneamente, espiritual-ética-científica e não separadamente: de um lado, o espiritual; de outro, a ética; e, de outro, a científica. Portanto, a Maçonaria tem a missão de favorecer, efetivamente, a que o ser humano invista, cada vez mais, na sua espiritualidade do que em sua materialidade, porquanto, nada há de tão duradouro na materialidade quanto o que há na espiritualidade. Questão de sensibilização! Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 34 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira 4 DIRECIONADORES DE IMPLANTAÇÃO/EXPANSÃO A organização é fundamental; a desorganização é o nosso primeiro e pior inimigo. Sem unidade, não se tem objetividade; sem objetividade não se alcança metas. Um bom resultado deve ser resultado de um bom planejamento. O Ser Humano deve viver direcionando suas energias para as suas prioridades. É cediço que o ser humano não tem construído uma sociedade que denote uma qualidade de vida individual e social justa e solidária. Conceber a existência de princípios universais fará com que o indivíduo denuncie juízos morais mais elevados, que por sua vez lhe oportunizará um sentir, pensar e agir mais integrado, logo, uma ação social mais equânime. Kant sustentava racionalmente, como imperativo categórico, a máxima de que a finitude geográfica de nosso planeta, impõe aos habitantes o princípio da hospitalidade universal. Daí importar que o ser humano sempre almeje noções de códigos universais: Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 35 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira (...) a antropo-ética foi recoberta, obscurecida, minimizada pelas éticas culturais diversas e fechadas, mas não deixou de ser mantida nas grandes religiões universalistas e de ressurgir nas éticas universalistas, no humanismo, nos direitos do homem no imperativo kantiano. (MORIN, 2000, p. 113) Portanto, considerando que o ser humano tem Vontade, Consciência e Ciência de si, é perceptível que ele já denota condições de representar tais Leis o mais perfeitamente possível, através de seus raciocínios e condutas morais. Considerando a justificativa antes e aqui anunciada para cada dimensão, apresenta-se a metodologia para implantação empírica, que envolve ações no universo de cada Potência/Loja Maçônica que estão relatadas a seguir: 4.1 DIMENSÃO INSTITUCIONAL São, dentre muitas, ações planejadas para o nível institucional: 1) Adequação e atualização da Constituição Maçônica, como um todo, ao Código Civil Nacional. 2) Manutenção e ampliação das relações com todos os poderes constituídos, a saber: Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 36 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira a. Sociopolítico I. Federal II. Estadual III. Municipal b. Eclesiástico c. Comunicativo d. Militar I. II. III. IV. V. VI. VII. Marinha Exército Aeronáutica Polícia Militar Polícia Civil Polícia Federal Guarda Municipal e. Paramaçônico I. II. III. IV. V. VI. Lawton Demolay Filhas de Jó Filhas do Arco Iris Estrela do Oriente etc 3) Manutenção e ampliação das relações e fortalecimento de ações com as Academias de Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 37 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Letras, principalmente Maçônica, regional, nacional e/ou internacional. 4) Implantação e manutenção de Organização Não Governamental, sem fins lucrativos (Fundação, Associação, Sociedade Civil, Instituto, Cooperativa etc). 5) Regularidade fiscal e parafiscal de todas as Lojas, no âmbito das esferas municipal, estadual e federal. 6) Realização periódica de Atividade Científica das Fraternidades Femininas, tais como: Congresso, Jornada, Simpósio, Colóquio, Encontro, Workshop, Mesa Redonda, Seminário e/ou Palestra. 7) Dar visibilidade à Ordem Maçônica de todas as formas conhecidas, possíveis e disponíveis, a partir de ações sociais/maçônicas. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 38 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira 4.2 DIMENSÃO RITUALÍSTICA / LITÚRGICA São, dentre muitas, ações planejadas para o nível Ritualístico/Litúrgico: 1) Adoção e prática de diversos Ritos Maçônicos autorizados pela Assembleia da Potência Maçônica. 2) Instituição da Comissão de Liturgia para funcionar como Loja, e/ou algo que equivalha, onde e quando a Ordem do Dia seja relativa aos assuntos advindos das dificuldades/demandas Ritualística-Litúrgicas relativas a cada Rito, por parte das Lojas. 3) Realização periódica Aprendizes Maçons. de Seminários de 4) Realização periódica de Companheiros Maçons. Seminários de 5) Realização periódica de Seminários de Mestres Maçons. 6) Realização periódica de Seminários Ritualísticos e Litúrgicos. 7) Realização periódica de Palestras, e/ou algo que equivalha, acerca de particularidades e generalidades da Tradição, Doutrina e Nobreza Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 39 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Maçônicas, como um todo, considerando as indicações de suas principais escolas, a saber: a. escolástica, b. mítica, c. filosófica, d. mística, e. histórica, f. antropológica, g. espiritualista, h. científica etc. 8) Realização periódica de Congressos e Seminários Maçônicos (estadual, nacional e internacional). 9) Implantação da Loja de Marca e Real Arco, e o que mais complementem-se, de forma que todo conhecimento relativo à Maçonaria Universal seja contemplado. 10) Participação em congressos, seminários, Encontros, e/ou algo que equivalha (nacional e internacional). Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 40 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira 4.3 DIMENSÃO ESPIRITUAL São, dentre muitas, ações planejadas para o nível Espiritual: 1) Instituição e manutenção do Dia da Espiritualidade, por parte da Loja, para que o Obreiro Maçom empreenda em, cada vez mais, intensificar sua espiritualização, genuinamente. 2) Instituição de Horário para estudos dialéticos da Tradição, Doutrina e Nobreza Maçônicas, para que o Obreiro Maçom saiba, cada vez mais, discernir o todo de suas dimensões interiores, segundo o incentivo da cultura espiritual que importe. 3) Realização periódica de Palestras, e/ou algo que equivalha, acerca de particularidades e/ou generalidades, acerca da espiritualidade da Loja como um todo, para que o Obreiro Maçom viva em ambiente propício ao seu crescimento espiritual, a ponto de se ver vivendo em estado de eterno renascimento, de semear o bem, espalhar o amor e perpetuar a verdade. 4) Promoção de trabalhos específicos no Templo, em Loja aberta, que impliquem na construção e melhoramento, inclusive, da egrégora espiritual da jurisdicionada, como um todo, para que o Obreiro Maçom possa, cada vez mais e melhor, Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 41 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira fazer a unidade do pensamento entre a Religião, Filosofia e Ciência; com o fim de saber discernir entre as culturas decadentes e as não decadentes, em razão do seu destino moral. 5) Propagação de ações de formação sobre “Engenharia Vital” junto à Sociedade Maçônica, para que o Obreiro Maçom, na medida em que cresça, espiritualmente, possa melhor discernir acerca da importância de dar, cada vez mais e concomitantemente, exercícios aos seus órgãos físicos, pasto ao seu intelecto e moralizar-se, em grau cada vez mais significativo. A partir do até então exposto, bem como do que disso possa advir, ressalta-se que as ações anunciadas nas três dimensões, anteriormente descritas, são linhas norteadoras e cabe a cada Potência Maçônica, através de suas Oficinas, a elaboração de um Plano de Ação e Gerenciamento de Projetos específicos para que o objetivo geral desta tese seja alcançado. Para tanto, indicamos, como sugestão, ressaltadas as devidas adequações, o uso dos documentos a seguir, a saber: a) REALIZAR - Modelo para apresentação do mínimo das pretensas Realizações da Administração da Loja candidata à eleição/reeleição, considerando os ditames das dimensões institucional, ritualística/litúrgica e espiritual da Maçonaria (Vide Anexo 1); e Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 42 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira b) PROGRAMAR - Modelo para apresentação da Estratégia da Administração da Loja candidata à eleição/reeleição, considerando o todo de suas pretensas realizações, nas dimensões institucional, ritualística/litúrgica e espiritual (Vide Anexo 2). Documentos estes que, devem ser considerados, como SUGESTÃO; e que tem como finalidade, nortear o pretenso realizador de uma Loja Maçônica, quanto aos principais indicadores de organização e gerenciamento de uma Instituição Maçônica, obviamente que levando-se em consideração as virtudes da época, tal como se inseriu o desenvolvimento sustentável, a sustentabilidade; e agora se insere a autossustentabilidade. Quiçá possamos fazer com que cada Loja Maçônica se constitua como uma Organização Social, uma Instituição Social, cada vez mais comprometida, responsável e atuante na transformação, tanto individual quanto social da humanidade, como um todo. Questão de autoconvocação! Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 43 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS A situação da coletividade, da sociedade, ou melhor, do mundo, é o produto dos nossos sentimentos, pensamentos, atos e obras, enfim, de nossas realizações individuais. Toda crise, principalmente se global, enquanto atual, demonstra a indubitável necessidade de reformulações em um dado sistema no qual a noção de especulação individual deve ceder lugar à noção de responsabilidade social. A sociedade é como uma corrente. Temos dever moral de nos unir, fortalecendo os elos mais fracos ou nunca seremos realmente fortes. Em todas as realizações são necessárias as argumentações e as demonstrações; quando termina a argumentação, deve começar a demonstração; porquanto, quem argumenta, de forma racional, sensata e bem intencionada, mantém ampliando sua sabedoria. Todo Maçom deve viver buscando incessantemente o mérito de não gastar esforços no terreno que a humanidade já conquistou. A beleza, riqueza e significação de suas argumentações deve embasar-se no fato de que ele já adentrou sem medo, Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 45 45 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira sem culpa e sem apegos os limites da última fronteira que deve ser descoberta pelo gênero humano. Portanto, os argumentos aqui apresentados sobre as dimensões institucional, ritualístico/litúrgico e espiritual de uma Loja Maçônica só farão sentido se forem integrados por fortes líderes, lideranças e liderados sensibilizados e comprometidos com a Causa Maçônica; portanto, com causas nobres e valores virtuosos. Isto porque, lideranças, liderados e líderes, que importam, trabalham em prol do grupo, como um todo, bem como do meio no qual se inserem. Todo ser humano, enquanto agente social, deve ter o compromisso moral de construir e desconstruir constantemente as próprias condutas e atitudes, tantas vezes, quantas a necessidade exigir, o seu sentimento ditar e a razão justificar, em prol da coletividade no qual está inserido. Por conseguinte, a responsabilidade dos cidadãos é primordial, salutar, necessária e urgente, o que exige deles mais do que difundir conhecimentos, mas sim ser responsáveis pelas suas próprias ações que, direta ou indiretamente, podem influenciar a sociedade. Em nossa época de globalização, ou de modernização, sem controle, temos sido muitas vezes submetidos há um intenso processo de informações, que tem nos levado a abandonar, inconscientemente, valores morais, éticos, hábitos, crenças e costumes. Como possível consequência, é notório o autoconfronto e a autodestruição da sociedade. (AGUIAR, 2002). Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 46 46 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Todo bom líder sabe liderar e lidera seus liderados segundo o fato de que todo grupo é a união entre criaturas iguais em direitos e deveres, ainda que, com ideias e funções diferentes. E um bom líder traz sua equipe unida, aproveitando o que cada um de seus membros tem de melhor em prol do grupo como um todo. Stanislav Grof (1987 Apud BARRETO, 2005), evidencia que os problemas que enfrentamos atualmente não são apenas econômicos, políticos e tecnológicos. Eles são reflexos do estado emocional, moral e espiritual da humanidade contemporânea; da alienação da humanidade moderna de si mesma; e da vida e dos valores espirituais. Todo cidadão deve, perante a sua própria consciência, responsabilizar-se por suas ações, principalmente em prol da coletividade. Afinal, primeiro porque no Universo não há causa sem efeito; e segundo porque devemos demonstrar ser senhores de nossa vontade, porém escravos da nossa consciência. Portanto, desenvolver-se integralmente (em nível físico, psíquico e moral/espiritual) é um degrau imperativo a todo ser humano, principalmente aquele que prima por lapidar o seu ser, quer por consciência já desperta, quer por encontrar-se desiludido diante da onda de corrupção, violência e volúpia de um mundo que parece não ter mais sentido de se viver, por estar envolto num caos parecedor sem fim e sem precedente. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 47 47 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Diante disso, entendemos que os sujeitos sociais, teoricamente mais gabaritados para que a formação moral, ética e estética não seja perdida de vista, são os maçons. Sim, OS MAÇONS! Isto porque, são estes que têm laborado, em seu conjunto, e em ambiente propício específico, em prol da formação de um ser humano, atualmente mais sensível, consciente e atuante na sociedade. Propõe-se, através desta tese “O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira”, que os direcionadores aqui apresentados e as justificativas racionalmente fundamentadas, possam ser desdobrados por líderes visionários que empreendam esforços para encaminhar ações para além das palavras, inclusive, de um texto e concretizarem-se em estratégias, projetos, planos e ações efetivas que contribuam, cada vez mais, com a intensificação, principalmente da espiritualização dos membros da maçonaria e, por conseguinte, da sociedade brasileira, e porque não dizer, mundial. Ora, temos uma Centelha Divina em nós; e muito antes de sermos profissionais, por exemplo, somos seres humanos, ou melhor, seres espirituais tendo experiências humanas; e não seres humanos tendo experiências espirituais. É notório o fato de que, os nossos sentimentos criam, vivificam e conduzem os nossos pensamentos; estes que, juntos, criam, vivificam e conduzem nossos atos; estes que criam, vivificam e conduzem as nossas ações, portanto, as nossas obras. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 48 48 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Oxalá seja possível que todos compreendam que iniciar-se na Senda do Sagrado significa expandir a consciência para um nível maior, tão inevitável, quanto desejável, como autossustentável. Questão de autodeterminação! Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 49 49 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira REFERÊNCIAS BERGER, P. L. O que é uma instituição social. In: FORACCHI, M. M.; MARTINS, J. S. (Org.) Sociologia e sociedade. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, 1998, p. 193-5. CARVALHO, A. Ritos & Rituais. 2. ed. v. 1. Londrina, PR: A Trolha, 2002. CREMA, R. Novo milênio, nova consciência. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE CONSCIÊNCIA, 1., 2006, Salvador: Fundação Ocidemnte, 2006. 1 CD-ROM. DURKHEIM, E. As formas elementares da vida religiosa. Rio de Janeiro: Martins, 2003. DURKHEIM, E. Educação e sociologia. São Paulo, Melhoramentos, 1978. GRANDE LOJA MAÇÔNICA DO ESTADO DA BAHIA (GLEB). Ritual. Salvador: Gleb, 2009. GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989. GIACALONE, R. A.; JURKIEWICZ, C. L. Toward a science of workplace spirituality. In: _______ (Ed.). Handbook of spirituality and organizational performance. New York: M. E. Sharpe, 2003, p. 3-28. GIDDENS, Anthony. As consequências da modernidade. São Paulo, Editora da Unesp, 1991. HEATON, D. P. et. al. Constructs, methods and measures for researching spirituality in organizations. Journal os Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 51 51 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira organizational change managment. New York, v. 17, n. 1, p. 62-82, 2004. JOHNSON, A. Dicionário de Sociologia. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. LANGDON, E. J. Rito como conceito chave para a compreensão de processos sociais. Revista Antropologia em primeira mão. Santa Catarina, UFSC, v. 1., n. 1., p. 5 – 14, 1995. LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia Estrutural I. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro. 1975. LOZANO, M. J.; RIBERA, R. A new chance for management: a new challenge for spirituality. In: ZSOLNAI, L. (Ed.) Spirituality and ethics in management. Dordrecht: Kluwern Academic Publishers, 2004. P. 175-185. MILL, L. John Stuart. O socialismo e sua utopia liberal. Revista Estudos Econômicos, São Paulo, v. 29, n. 3, p. 23-45, 1999. OLIVEIRA, P. S. Introdução à sociologia. 24. ed. São Paulo: Ática, 2004. SETTON, M. G. J. A particularidade do processo de socialização contemporâneo. Revista Tempo Social, São Paulo, USP, v. 17, n. 2, p.335 – 350, nov. 2005. TERRIN, A. N. O Rito: antropologia e fenomenologia da Ritualidade. São Paulo: Paulus, 2004. TURNER, V. A floresta de símbolos. Rio de Janeiro: EDUFF, 2005. VASCONCELOS, A. F. Espiritualidade no ambiente de trabalho: dimensões, reflexões e desafios. São Paulo: Atlas, 2008. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 52 52 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira WILBER, Ken. Sexo, ecología, espiritualidad: el alma de la evolución. Madrid: Gaia, 1997. v.1, t. 2. (Colección Conciencia global: libros para un nuevo paradigma – trilogía del Cosmos) WILLIAMS, O. F. (Coord.) Business, religion and spirituality: a new synthesis. Notre Dame: University of Notre Dame Press, 2003. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 53 53 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira ANEXOS Anexo 1 – Realizar Objeto: Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. Anexo 2 – Programar Objeto: Estratégia para a programação e controle das atividades da Loja, em sua gestão. Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB 55 Jair Tércio Cunha Costa O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Jair Tércio Cunha Costa Sereníssimo Grão-Mestre Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia – GLEB [email protected] / [email protected] 71 3503-3994 Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - GLEB SÍMBOLO DA LOJA Salvador - Bahia 2013 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 01 – REALIZAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões REALIZAR Trabalho estratégico apresentado pela Administração Candidata a ser eleita/reeleita pela Loja; trabalho este dedicado aos seus Obreiros, considerando o mínimo de suas pretensas realizações, nas dimensões institucional, ritualística/litúrgica e espiritual da Maçonaria. Salvador - Bahia 2013 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. Uma sociedade é o lugar onde os Seres Humanos se reúnem para realizar transformações, considerando a possibilidade da evolução, inclusive, abreviada consciente, em razão da inevitável busca ao Princípio Criador; a compreensão, em si mesmo, da Finalidade da Vida; bem como da realização da Razão de Nossa Existência. Portanto, importa saber que realizar significa, também, prever as dificuldades, os obstáculos, e até mesmo as ditas impossibilidades. E para aqueles que são, naturalmente eleitos, importa ter a devida consciência de que liderar significa, também, ajudar aos liderados saberem sentir, pensar e agir, para melhor realizarem tudo que necessitam ou desejam, tanto individual quanto socialmente. Não é preciso muita análise para se concluir que, numa realização, é de suma importância ter-se paciência, persistência e inteligência em grau significativo; até porque, a paciência não nos deixa desesperar; a persistência não nos deixa desistir; e a inteligência não nos deixa fazer o incorreto, pois ela é a faculdade que capacita o Ser Humano a iluminar e ver claramente; a andar esclarecidamente; e a realizar factualmente. Assim, principalmente quando líder, um Ser Humano tem o dever moral de aliar o que idealiza com o que realiza, sob pena de viver da irresponsabilidade, omissão ou preguiça, porquanto, ao contrário de sonhar, realizar custa. Jair Tércio O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. SUMÁRIO 1 OBJETO .............................................................................. 5 2 FINALIDADE ......................................................................... 5 3 JUSTIFICATIVA ..................................................................... 5 4 TEOR DO OBJETO ................................................................ 5 4.1 FORMULÁRIO 01 Título: Nominata ......................................................................6 4.2 FORMULÁRIO 02 Título: Avaliando uma Loja Maçônica .....................................7 4.3 FORMULÁRIO 03 Título: Pretensas Realizações ..................................................8 4.4 FORMULÁRIO 04 Título: Ideário ........................................................................... 9 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. REALIZAR 1 OBJETO Modelo para apresentação, à Loja, do mínimo das pretensas Realizações da Administração Candidata à eleição/reeleição, considerando os ditames das dimensões institucional, ritualística/litúrgica e espiritual da Maçonaria. 2 FINALIDADE Demonstrar à Loja, como um todo, a Equipe e o mínimo das suas pretensas realizações e justificativas, tanto racionais, quanto legais, como morais. 3 FUNDAMENTO / JUSTIFICATIVA Todo Ser Humano, quando responsável, demonstra ter a consciência despertada; logo, tem o discernimento de “o que é necessário realizar”; “o para quê e o porquê de realizá-lo”; “o como, onde, quando e quanto realizá-lo”; bem como “o com quem, com quanto e com quê realizá-lo”. No entanto, assim como a retidão, a confiança, convicção e certeza são qualidades indispensáveis àqueles que pretendem realizar alguma Obra que mereça, concomitante, apreciação material e espiritual. Há quem possa negar, mas a razão, por exemplo, não se recusa a aceitar a teoria de que, realizar desejos sem o assessoramento da inteligência, do sentimento e de valores morais, éticos e estéticos elevados, que se tenha, bem como da razão, do bom senso ou da boa intenção que se deve ter, torna inevitável o fracasso, por conseguinte, a fragmentação, senão de todos, de muitos envolvidos em tal processo. Todavia, deve estar claro, para todos nós, que quem ainda não consegue realizar coisas que Página 5 de 14 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. auxiliam, conscientemente, a si mesmo, aos seus semelhantes e ao meio em que vive, para que todos vivam em equilíbrio dinâmico, então a sua vida, até então, terá sido, senão em vão, pouco vivida. Deve ser de nossa consciência que, em se tratando de uma equipe, cabe considerar, o fato de que, quando quisermos realizar, se “o grande”, devemos conhecer “o pequeno”; se “o complexo”, devemos compreender “o simples”; e se “o útil”, devemos conhecer “o fútil”. Assim, considerando que realizar de qualquer maneira, é a pior maneira para se realizar, esta equipe, que ora se apresenta, através da Nominata anexa, deseja expressar aquilo que, neste momento, se caracteriza como o mínimo do que pretende realizar e suas justificativas racionais, legais e morais. Para melhores esclarecimentos, colocamo-nos ao inteiro dispor. 4 TEOR DO OBJETO Vide Formulário 1 Objeto: Nominata. Objetivo: Demonstrar à Loja a Administração Candidata à eleição/reeleição. Vide Formulário 2 Objeto: Avaliando uma Loja Maçônica. Objetivo: Demonstrar à Loja uma avaliação da mesma, em todas as suas dimensões, por parte da Administração Candidata à eleição/reeleição. Vide Formulário 3 Objeto: Pretensas Realizações. Objetivo: Demonstrar à Loja todas as ações que pretende-se realizar, que contemple todas as dimensões de uma Loja Maçônica, portanto, da Administração Candidata à eleição/reeleição. Vide Formulário 4 Página 6 de 14 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. Objeto: Ideário. Objetivos: Demonstrar aos irmãos da Loja, por parte da Administração Candidata à eleição/reeleição, estar receptiva às ideias que possam advir para a construção do novo programa de trabalho da Oficina. Página 7 de 14 Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. FORMULÁRIO 01 - NOMINATA À GL.˙. DO GR.˙. ARQ.˙. DO UNIV.˙. SÍMBOLO DA LOJA Nome da Loja Sob os Ausp.˙. da Gr.˙. Loj.˙. Maçônica do Estado da Bahia-GLEB NOMINATA Período Nº 01 02 03 1 - AS LUZES Venerável Mestre 1º VIG.˙. 2º VIG.˙. 2 - AS DIGNIDADES 01 02 03 04 Orador Secretário Tesoureiro Chanceler 3 - COMISSÕES 3.1 - ASSUNTOS GERAIS 01 02 03 3.2 - FINANÇAS 01 02 03 3.3 - JUSTIÇA 01 02 03 4 - OS OFICIAIS 01 1º Experto 02 2º Experto 03 1º Diácono Página 7 de 14 Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. FORMULÁRIO 01 - NOMINATA 04 2º Diácono 05 M.˙. de Banquete 06 Hospitaleiro 07 G.˙. do Templo 08 P.˙. Estandarte 09 P.˙. Espada 10 M.˙. de Harmonia 11 Arq.˙. do Templo 12 Cobridor 13 M.˙. de Cerimônia 14 Bibliotecário Página 8 de 14 Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. FORMULÁRIO 02 – AVALIANDO UMA LOJA MAÇÔNICA SÍMBOLO DA POTÊNCIA MAÇÔNICA ITEM I II III AVALIANDO UMA LOJA MAÇÔNICA ARLS Nº DIMENSÕES Nº INSTITUCIONAL 1 2 3 A Loja é organizada, de forma Fiscal e Para-Fiscal? A Loja mantém algum Órgão Não-Governamental? A Loja tem reconhecimento como Sociedade de Utilidade Pública? 4 A Loja tem relacionamento direto, próximo e intenso com os Poderes Sociais constituídos? 1 A Loja pratica, de forma cotidiana, sistemática e intensa, as Práticas Ritualísticas do Rito que decidiu praticar, conforme o que cita o Manual de Normas e Práticas Ritualísticas do citado rito, corroborado pelos princípios da Moral e da Razão? 2 A Loja realiza, de forma cotidiana, sistemática e intensa, as Cenas (São João, Câmara de Instrução etc), Cerimônias (iniciação, filiação, regularização, elevação, exaltação, sagração etc) e Atos Litúrgicos (abertura e fechamento do Livro da Lei, concessão de grau etc), do Rito que decidiu praticar, conforme o que cita o Manual de Normas e Práticas Ritualísticas do citado rito, corroborado pelos princípios da Moral e da Razão? 1 A Loja estuda, de forma DIALÉTICA, sistemática e hierárquica, em suas Sessões Econômicas, a cultura espiritual relativa à Tradição, Doutrina e Nobreza Maçônicas, cujos temas são, então, contemplados nas Instruções dos Graus Simbólicos, na livre investigação da verdade, corroborados pelos princípios da Moral e da Razão? RITUALÍSTICO/ LITURGICO ESPIRITUAL INDICADORES OR INTENSIDADE Insuf. Regular Bom Página 9 de 14 Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. FORMULÁRIO 03 – PRETENSAS REALIZAÇÕES SÍMBOLO DA LOJA Nº PRETENSAS REALIZAÇÕES Descrição Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Folha de . Observações 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 Página 10 de 14 Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. FORMULÁRIO 03 – PRETENSAS REALIZAÇÕES Folha Nº Descrição Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual de . Observações 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 Página 11 de 14 Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. FORMULÁRIO 04 – IDEÁRIO SÍMBOLO DA LOJA IDEÁRIO 1 TÍTULO: IDEÁRIO 2 OBJETO: Formulário para apresentação de “I D E I A S” razoavelmente úteis, por parte de seus responsáveis, direto e/ou indireto, relativas a assuntos construtivos quanto às ELABORAÇÕES, CONSTRUÇÕES e/ou REALIZAÇÕES da nossa Instituição, como um todo. 3 FINALIDADE: Oportunizar aos membros da nossa Instituição espaço para expressarem-se, o quanto possível, acerca do que entendem ser relevante para as ELABORAÇÕES, CONSTRUÇÕES e/ou REALIZAÇÕES da mesma. 4 TEOR DA IDÉIA: 4.1 Título: (Nome) 4.2 Objeto: (o que é) 4.3 Finalidade (para que é) 4.4 Justificativa/Fundamento: (por quê é) 4.5 Método: (como, quando e onde fazer) 4.6 Recursos: (com quem, com quanto e com quê fazer) 4.6.1 Humanos: 4.6.2 Financeiros: 4.6.3 Técnicos: 4.6.4 Materiais: 4.6.4.1 De consumo: 4.6.4.2 De uso permanente: Nome do irmão Loja PARECER TÉCNICO DA ADMINISTRAÇÃO PROCEDE Sim Em: Não / / Data / / Oriente Protocolo Nº 1. ANÁLISE Em: / / 3. PROJETO Em: / / 2. CONSTRUÇÃO Em: / / 4. EXECUTADO Em: / / Página 12 de 14 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 01 – REALIZAR - Pretensas realizações da administração da Loja Candidata à eleição/reeleição. SÍMBOLO DA LOJA Endereço da Loja: Contato da Loja: e-mail da Loja: Página 3 de 14 SÍMBOLO DA LOJA Salvador - Bahia 2013 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões a Programação e Controle de Reuniões PROGRAMAR Trabalho apresentado pela Administração Candidata da Loja a ser eleita/reeleita, relativo à sua estratégia para a construção da programação e controle de reuniões de sua gestão. Salvador - Bahia 2013 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões Facilitar ao Ser Humano aprender a saber, sentir e ser, bem como saber viver as relações em equilíbrio dinâmico e ainda, saber produzir o que faça sentido, considerando a evolução voluntária do gênero humano, constituem objetivos imprescindíveis que devem ser perseguidos por qualquer instituição que se preze. Líder que deseja desenvolver melhoramentos deve volver seu pensamento para nova ordem de trabalho, tanto para com indivíduos, quanto para sua equipe. Planejar é por em Ordem as fases de construção daquilo que se deseja ou se necessita realizar. Jair Tércio O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões SUMÁRIO 1 OBJETO ................................................................................ 5 2 FINALIDADE .......................................................................... 5 3 JUSTIFICATIVA ..................................................................... 5 4 TEOR DO OBJETO ................................................................ 5 4.1 FORMULÁRIO 01 Título: Estratégia para a construção da programação e controle de atividades .................................................. 6 4.2 FORMULÁRIO 02 Título: Programação de Sessões .............................................. 30 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a programação e controle das atividades da Loja, em sua gestão. PROGRAMAR 1 OBJETO Modelo para apresentação da Estratégia da Administração da Loja candidata à eleição/reeleição, considerando o todo de suas pretensas realizações, nas dimensões institucional, ritualística/litúrgica e espiritual da Maçonaria. 2 FINALIDADE Facilitar o trabalho de demonstração da Administração da Loja candidata à eleição/reeleição, quanto à construção, inclusive, das programações e controles das atividades de sua gestão. 3 JUSTIFICATIVA Não é necessária muita inteligência para concluir que viver, além de outras definições, é planejar, gerenciar, bem como produzir e controlar, enfim, bem administrar, aquilo que são as nossas pretensas realizações. A própria razão, também, não se recusa a aceitar a teoria de que consumar um plano, exige ter-se uma estratégia exequível; isto porque, a estratégia deve antecipar o plano, que por sua vez, antecipa o resultado desejado. Cita ainda a razão que, Seres Humanos sem planos são semelhantes a marinheiros navegando em navio sem bússola, num mar revolto, à mercê de ventos fortes e errantes. Portanto, um dos desafios de um verdadeiro líder, por exemplo, não é só examinar os objetivos, prioridades e metas de um grupo, mas também elaborar os planos para viabilizá-los, bem como o procedimento exato para realizá-los. Página 5 de 21 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a programação e controle das atividades da Loja, em sua gestão. Assim, considerando que aqueles que não sabem planejar, ao tentar, preparam-se, mas para o fracasso. No entanto, vale salientar que somente os tolos se desesperam quando seus planos falham e seus problemas se agigantam. Até porque, os pouco inteligentes não são os únicos a usarem de estratégias, mas são os únicos que não têm planos. Portanto, uma liderança, no que respeita as suas pretensas realizações, deve primar pelo melhor plano, e não só por um bom plano; contudo, o melhor é para os grandes Seres Humanos; isto porque, grandes Seres Humanos, grandes estratégias, grandes planos, grandes ações, e grandes realizações. Desejamos discernimento, iniciativa e realizações. 4 TEOR DO OBJETO Vide Formulário 1 Título: Estratégia para a construção da programação e controle de atividades. - Este que é dedicado ao trabalho de construção interna por parte da administração. Vide Formulário 2 Título: Programação de Sessões. - Este que é dedicado aos obreiros da Loja; e que deve ser divulgado entre todos para os devidos fins. Página 6 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Julho Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 7 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Agosto Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 8 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Setembro Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 9 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Outubro Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 10 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Novembro Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 11 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Dezembro Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 12 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Janeiro Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 13 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Fevereiro Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 14 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Março Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 15 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Abril Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 16 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Maio Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 17 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 01 – ESTRATÉGIA PARA CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES SÍMBOLO DA LOJA Data Dia ESTRATÉGIA PARA A CONSTRUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DE ATIVIDADES Mês Junho Atividades Dimensões da Sociedade Maçônica Institucional Ritualístico/Litúrgico Espiritual Ano Observação 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 Página 18 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões ANEXO 02 – PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES À GL.˙. DO GR.˙. ARQ.˙. DO UNIV.˙. SÍMBOLO DA LOJA Data Dia Grau PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES Tipo Hora Julho de: _______ a Junho de: _______ Atividades Observações Dez Nov Out Set Ago Jul Mês A.˙. R.˙. L.˙. S.˙. (nome da Loja) - Nº (número da Loja) RECESSO Jun Maio Abr Mar Fev Jan Página 19 de 21 Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a Construção da Programação e Controle de Reuniões FORMULÁRIO 02 – PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES À GL.˙. DO GR.˙. ARQ.˙. DO UNIV.˙. SÍMBOLO DA LOJA Data Dia Grau PROGRAMAÇÃO DE SESSÕES Tipo Hora Julho de: _______ a Junho de: _______ Atividades Observações Dez Nov Out Set Ago Jul Mês A.˙. R.˙. L.˙. S.˙. (nome da Loja) - Nº (número da Loja) RECESSO Jun Maio Abr Mar Fev Jan Página 20 de 21 O Fortalecimento da Maçonaria Brasileira Anexo 02 – PROGRAMAR - Estratégia para a programação e controle das atividades da Loja, em sua gestão. SÍMBOLO DA LOJA Endereço da Loja: Contato da Loja: e-mail da Loja: