Voleishow 4 - WordPress.com
Transcrição
Voleishow 4 - WordPress.com
SHEILLA E ZÉ ROBERTO FALAM SOBRE O TÍTULO. NOVA COLUNA: Esse é craque E MAIS: Toque de campeão com Giba; A experiência de Kwiek na Rep. Dominicana; O treinamento físico na areia e muito mais. VOLEINEWS: SADA/CRUZEIRO E SOLLYS SÃO O BRASIL NO MUNDIAL DE CLUBES. Clique aqui e curta a nossa página no FACEBOOK ASSIM VOCÊ FICA POR DENTRO DE TUDO QUE A PREPAROU PARA Você E D I T O R I A L A edição desse trimestre chega em um momento dourado da nossa seleção feminina. Mais uma vez com muito trabalho e com a colaboração de profissionais do mais alto nível o projeto tornou-se realidade. Bater um papo com Sheilla e Zé Roberto é sempre muito especial. Ela sempre calma falou sobre vários aspectos de uma carreira que é um espetáculo. Mesmo com esse estilo boazinha ela arrebentou nos Jogos Olímpicos e ajudou muito na conquista do ouro. O nosso tricampeão olímpico, Jose Roberto Guimarães deixou claro em sua entrevista que o papel da comissão técnica foi muito importante nessa caminhada. Altos e baixos, pressão, estratégias e muito mais. O conteúdo da revista, modéstia a parte, é muito bom. Tem assunto para todos. Assuntos de ótima qualidade. Acredito que a revista já está se tornando referência para estudantes e técnicos de vôlei em todo o Brasil. O nosso vôlei precisa de um canal com esse. A estreia de dois novos parceiros deixa a equipe Voleishow muito feliz. Contar com as duas maiores empresas no vôlei mundial é uma satisfação muito grande. A partir de agora temos a ASICS e a italiana DATAPROJECT como parceiras desse projeto. É uma honra contar com essas grandes marcas. As novas colunas estão sensacionais. VoleiNews, Esse é craque e Eu também jogo vôlei acrescentam novas leituras para um conteúdo já bem diversificado. É isso pessoal! Espero mais uma vez que gostem do meu trabalho e de outros profissionais que se dedicaram para colaborar com o conteúdo da revista. Parabéns Brasil pela campanha em Londres, um verdadeiro SHOW. Aliás, o Vôlei por aqui é SHOW. É VOLEISHOW! Marcel Eickhoff Matz A revista digital VOLEISHOW é uma publicação trimestral do site VOLEISHOW. DIREÇÃO GERAL Marcel Eickhoff Matz CREF 006871-G/RS EDITOR RESPONSÁVEL Marcel Eickhoff Matz JORNALISTA RESPONSÁVEL Marcilênio Arruda DRT/SC 01685 PROJETO GRÁFICO e DIAGRAMAÇÃO Jair Figueiredo de Sena www.jairsena.com.br A VOLEISHOW não se responsabiliza por informações, conceitos e opiniões emitidos em artigos assinados por colaboradores, bem como pelo conteúdo de anúncios publicitários. Í N D I C E VOLEINEWS .................................6 COLABORADORES ........................8 AQUECIMENTO ...........................10 SELEÇÃO VOLEISHOW ................14 CRAQUE DA QUADRA .................16 HISTÓRIAS DO VÔLEI .................20 VOLEISHOW ESTILO ...................22 TOQUE DE CAMPEÃO ..................24 CATEGORIAS DE BASE ...............26 MISSÃO CUMPRIDA....................28 E MAIS Entrevista Sheilla.......................................................................................................................................................................................30 Entrevista Zé Roberto .............................................................................................................................................................................36 Marcos Kwiek..............................................................................................................................................................................................42 Vôlei de praia................................................................................................................................................................................................44 Por dentro das regras .............................................................................................................................................................................47 Mapa do vôlei ...............................................................................................................................................................................................48 Vôlei adaptado .............................................................................................................................................................................................50 Meu treinador ..............................................................................................................................................................................................52 Competições de base..............................................................................................................................................................................54 Fitness .............................................................................................................................................................................................................56 Londres x Pequim .....................................................................................................................................................................................57 Fisioterapia....................................................................................................................................................................................................58 Planejamento ..............................................................................................................................................................................................60 Arquibancada...............................................................................................................................................................................................64 Eu também jogo vôlei .............................................................................................................................................................................66 VOLEI O NEWS S Mais uma temporada do vôlei brasileiro está prestes a começar, falando de competições em nível nacional. O mercado da bola, que ano a ano leva e trás novas equipes, nessa temporada mais uma vez mudou bastante. No vôlei masculino o investimento de grandes empresas diminuiu. A maior perda foi com o time da CIMED/SKY no masculino e com o VoleiFuturo no feminino. Depois de quase fechar as portas, o time foi montado com um investimento muito menor do que nas temporadas passadas. Os times de Montes Claros no masculino e os times do Mackenzie e o Vôlei Futuro fecharam. O mesmo Vôlei Futuro no masculino também diminuiu o investimento. A crise e o mercado inflacionado do vôlei brasileiro podem ter gerado essa fuga de investimento. As novas equipes que entram na briga são médias ou ainda consideradas pequenas. No masculino teremos a participação do time Canoas/Lasalle, do Rio Grande de Sul, comandado pelo técnico Paulão. O time da cidade de Pindamonhangaba, do interior paulista é outro estreante na Superliga. O comando do time é do antigo pessoal de Suzano, encabeçado pelo ex-técnico Ricardo Navajas. No feminino somente 10 equipes vão disputar a Superliga, ou seja, saíram três times e entrou somente um. A conta está no negativo. Atenção, essa diminuição de times precisa de muita atenção. Ou as nossas chances de medalhas vão diminuir em pouco tempo. O vôlei nacional está mudando para melhor. A partir desta Superliga a bola oficial é a MIKASA, modelo MVA200, de cor azul e amarela. A bola das maiores competições mundiais agora é, também, a bola oficial no Brasil. A bola atual é mais resistente e durável que a antiga Penalty. Mesmo com a maior durabilidade ela oferece características muito importantes para quem joga vôlei, como uma boa sensibilidade e ótima visibilidade. Algumas federações estaduais ainda utilizam a bola Penalty como bola oficial. A mudança total deverá ocorrer no futuro. Bem vinda MIKASA. Ouviu-se falar no assunto de uma nova mudança de regra para o futuro próximo. A FIVB está sempre inovando e buscando tornar o vôlei melhor e com disputas mais intensas. Há 3 anos eles tentaram implantar uma regra de ataques somente atrás da linha dos 3m. O estudo de um técnico do Sudão foi aplicado no mundial masculino de clubes, em Doha no Qatar. Na ocasião outras regras foram sugeridas e essa profundamente debatida durante o torneio. Não foi aprovada. O próximo passo pode ser colocar novamente em prática a regra antiga que não permitia o passe de toque, ou melhor, somente com o toque perfeito. Se isso realmente acontecer existe uma possibilidade do vôlei masculino tornar-se mais lento, pois o saque viagem pode ser trocado pelo saque flutuante, que causa maior dificuldade para os passadores. É esperar para ver! O mundial de clubes vem ai e quem sabe não testarão essa regra novamente lá. 6 Mais uma vez o nosso vôlei deu um show em Jogos Olímpicos. As seleções da quadra chegaram a Londres com muitos questionamentos, passando por um período de instabilidade, de testes e de lesões. Os grupos foram sempre questionados. Mas tudo deu certo. A seleção feminina se superou. Depois de uma primeira fase ruim, estando nas mãos das americanas para ficar fora da competição já na primeira fase, elas passaram e deram um show. Depois de um dos maiores jogos da história do vôlei, as nossas guerreiras venceram a Rússia e avançaram para a semi. Atropelamos o Japão e na final as americanas teriam que ser vencidas. O melhor time do ciclo olímpico. Invicto na competição. E elas começaram muito fortes. Venceram o primeiro set com autoridade, jogando muito. Mas a partir daí o Brasil foi sensacional e vencemos de virada. O bi olímpico foi garantido. Zé Roberto se tornou com o título o único brasileiro tricampeão olímpico. No masculino, exatamente um dia depois, a história foi diferente. A nossa seleção estava com 9 dos 10 dedos na medalha de ouro. Exatamente isso. Mas todos nós sabemos que enquanto um dos times não fizer 3 sets o jogo pode mudar. E foi exatamente isso que aconteceu. Os russos mudaram o time e venceram de virada por 3 sets a 2. Uma derrota inesquecível. Nas areias sempre somos candidatos a medalhas. Das quatro duplas, duas chegaram às medalhas. Nenhum ouro. Precisamos melhorar o investimento na praia para garantir que, aqui no Brasil, a cor da medalha seja diferente. Temos jogadores extramente capazes, técnicos competentes e muita areia para treinar, afinal o nosso litoral além de belo é o palco para muito mais competições de vôlei de praia. Uma nova mudança apontada pela CBV pode começar a melhorar ainda mais o esporte. O circuito terá transmissão ao vivo pelo canal Sportv no próximo circuito. As seleções de base estão em pleno treinamento para as competições continentais. Esse ano é ano de Campeonato Sul Americano. As duas seleções juvenis são atuais campeãs. O time masculino vai disputar o campeonato em Saquarema no Brasil, entre os dias 18 e 26 de outubro. A seleção feminina, comandada pelo experiente técnico Luizomar de Moura jogará em Lima no Peru, de 17 a 23 de outubro. As seleções infanto-juvenis, com atletas de até 18 anos também jogarão esse ano. O time feminino é o atual campeão, já o masculino perdeu nas últimas duas edições para a Argentina. As meninas enfrentarão as suas adversárias na cidade de Lima, no Peru de 5 a 10 de novembro. Os meninos comandados pelo técnico multicampeão da base, Percy Oncken, jogará em busca do título no Chile, entre os dias 7 e 11 de novembro. Uma mudança que aconteceu esse ano foi no calendário dos jogos, que atrasou bastante, causando problemas nos calendários dos clubes e colégios do Brasil. Os dois representantes brasileiros nos Campeonatos Sul Americanos deram show. O SOLLYS/Osasco venceu com muita facilidade o seu torneio disputado em casa. A diferença técnica foi muito grande. Já pelo campeonato masculino, disputado no Chile, o representante brasileiro teve um pouco mais de dificuldade. O time Argentino do UPCN foi o time mais consistente e conseguiu assustar o time comandado pelo técnico Marcelo Mendez. Os argentinos venceram o primeiro set da final, mas não conseguiram suportar o bom nível de jogo do time brasileiro que virou para 3 sets a 1. O Mundial de clubes está marcado para a partir do dia 13 de outubro. O Sollys terá na chave o time Rabita Baku e do Bohai Bank. Já o SADA enfrentará na primeira fase o time do Trentino, o Tigres do México e o Al-Rayyan. 7 C O L A B O R A D O R E S Esses são os profissionais que fizeram a diferença no conteúdo da Voleishow 4. A qualidade, a experiência e o conhecimento sobre vôlei são inquestionáveis. Enfim, aproveite o conhecimento de cada um deles. O que eles mais querem e que você leitor e amante do vôlei se interesse por cada palavra escrita aqui na revista. Marcelo Zenni Klein Atua como técnico de categoria de base no sul do Brasil. É o estatístico da seleção brasileira juvenil e responsável pela seção Categoria de Base na revista. Em sua coluna desta edição, fala sobre a importância e os segredos do saque na iniciação. Lívia Lockermann Foi assessora de imprensa da CBV até antes dos Jogos Olímpicos. Viajou para Londres e acompanhou de perto todo o desenvolvimento dos Jogos. De volta ao Brasil ela nos conta os detalhes sobre os Jogos, especialmente com relação ao vôlei. Cacá Bizzocchi Técnico e professor de vôlei com longa experiência ele compara as estatísticas de Pequim e de Londres. Dados interessantes podem ser percebidos com o estudo dos dados gerados pelas estatísticas oficiais. Giba O nosso capitão mais uma vez dá dicas preciosas para os jogadores de vôlei. São dicas de quem realmente entende do assunto. E nessa edição escreve sobre o ataque, onde ele sempre deu show! Giovane Foppa Preparador físico experiente no vôlei e continua a sua série de textos sobre planejamento. Nessa revista você pode ter uma ideia sobre como fazer períodos de treinamento em bloco. Alexandre Lopes Ramos Fisioterapeuta campeão olímpico com a seleção feminina do Brasil ele descreve sobre um assunto que chama muito a atenção de todos, a Kinesiotaping. A partir deste texto todos vão saber a finalidade do elástico colorido que cobre os corpos dos atletas de todas as modalidades. Marcos Kwiek Técnico experiente que assumiu há 4 anos o projeto do vôlei na República Dominicana. Ele conta como tudo funciona no país e projeta o futuro com as seleções da América Central. Carlos Alberto Cimino Árbitro muito experiente em nível mundial ele inicia na Voleishow 4 a sua coluna sobre as regras no vôlei. E para começar ele fala sobre uma regra onde é permitido pegar a bola do lado do adversário. Jaime Lansini Preparador físico com passagens pelo exterior, ele trás para a revista um texto sobre a importância do treinamento na areia para praticantes de vôlei de quadra. Os benefícios de se dedicar nesse tipo de trabalho. Alexandre Rivetti Técnico com passagens pela praia e também na quadra, tanto no masculino quanto no feminino. Alexandre foi comentarista da UOL nos Jogos de Londres para os jogos de vôlei de praia. Ele escreve o que achou e o que espera do futuro nas areias. Gerson Amorim Experiente técnico de categoria de base é o idealizador do maior torneio para categoria de base no país. Ele fala sobre a Taça Paraná, que ajudou a criar e também outros torneios importantes do calendário nacional. Quer ser visto por quem entende do assunto? Vai ter que jogar um desses torneios. DIVULGAÇÃO FIVB QUECIMENT RICARDO LUCARELLI Qual o tipo de música mais gosta? Eu gosto de escutar sertanejo, pagode e também algumas músicas americanas! Quando e onde você ouve as suas músicas preferidas? Eu gosto muito de ouvir música antes de jogo, fico só eu e a música. Nesse momento de concentração eu penso no jogo, nas coisas importantes que tenho que fazer durante a partida. Nas viagens eu também gosto bastante, ajuda passar o tempo principalmente nas viagens mais longas. Quando jogo Pôquer com a galera também é sempre bom ter uma musica! Qual a importância da música para você? Acho que a música me ajuda no astral, elas sempre vão me animar e isso me ajuda bastante! Quais são as músicas que mais gosta? Quase todas do grupo Turma do Pagode. O mesmo para Jorge e Matheus e David Guetta. Essas são as músicas que ouço com mais frequência. Uma música que eu gosto muito também é Niggas in Paris do Jay-Z e Kanye West. TIAGO WESZ (MÃO) Que tipo de filme mais gosta? Eu assisto muito filme de comédia, mas o que mais me prende em frente à televisão são filmes baseados em fatos reais. Quando costuma ver filmes? Costumo assistir em casa à noite, antes de dormir. Quando viajo durante a Superliga também sobra um tempo para ver um filme no hotel. Prefere em casa ou no cinema? Prefiro assistir em casa mesmo, mas também gosto de ir ao cinema de vez em quando, ainda mais morando aqui em São Paulo, que tem cinemas maravilhosos. Qual o ator preferido? E a atriz, quem é? Gosto muito do Adam Sandler e Jim Carrey. A presença desses dois nos filmes de comédia é risada garantida. A atriz é a Jennifer Aniston, além de gostar do seu trabalho eu acho que ela é a mais bonita. Que tipo de cena e com que gostaria de contracenar? Ah! Iria curtir muito fazer uma cena de comédia com Jim Carrey, e por que não uma de romance com a Jennifer! Risos. ROSAMARIA MONTIBELLER Qual o tipo de livro que costuma ler? Curto todos os gêneros, mas entre os meus preferidos estão romance, ficção e investigação! Mas com certeza os romances me prendem mais. Qual o livro que mais gostou? Gostei muito de “O assassinato no Expresso do Oriente” da Agatha Christie. É um romance policial que envolve um suspense até o crime ser revelado, bom demais! Você acha a leitura importante para as pessoas? Claro que ler é fundamental e é bom quando a gente pega o gosto pela leitura desde pequeno, mas nunca é tarde. Oferece um leque mais amplo de palavras e enriquece a nossa cultura, sem contar que é empolgante demais imaginar tudo o que está escrito acontecendo de verdade, e imaginando do jeito que você achar melhor! O que te incentiva a ler um livro? Costuma ler quando? Não sei exatamente o que me incentiva a ler, acho que é a diversão de imaginar tudo de um jeito único. Procuro ler mais nas viagens, principalmente quando são longas, ou quando estou agitada demais e preciso me concentrar. Tenho que ficar quietinha e focar na leitura, então, me acalmo. RENATA MAGGIONI Quais os artistas que mais gosta? Gosto muito do Victor e Léo, Exaltasamba e DJ Tiesto. Quais os shows que já teve a oportunidade de assistir? Já fui a shows de cantores, bandas e Djs, como por exemplo, Victor e Léo, Ivete Sangalo, Israel Novaes, Bruno e Marrone, Erick Morillo, Trio Ternura, Exaltasamba, Pixote, Turma do Pagode, Fat Boy Slim e Tiesto. Qual o tipo de show que não gosta? Eu não gosto de show de rock Qual o lugar mais legal que já foi para ver um show? Vi um show do Victor e Léo no Clube Sírio Libanes em São Paulo, foi incrível. Onde você gostaria de ir para ver um show? Show de quem? E por que esse lugar? EU gostaria muito de ir a Las Vegas ver um show do David Guetta, porque eu adoro o som dele e tenho ótimas referências também. Vegas é Vegas, risos. A SELEÇÃO DA REVISTA É O NOS ELAS DERAM UM SHOW, SAÍRAM NO LUGAR MAIS COMISSÃO TÉCNICA José Roberto Guimarães Técnico Paulo Cocco e Claudio Pinheiro Assistentes José Elias de Proença Preparador Físico Marco Antonio di Bonifácio Estatístico Alexandre Ramos Fisioterapeuta Júlio Nardelli Médico Leonardo Moraes Chefe de delegação CAMPANHA NOS JOGOS OLÍMPICOS Brasil 3 x 2 Turquia (25x18; 23x25; 25x19; 25x27; 15x12) Sheilla 19 pontos; Brasil 56 pontos em ataques, 14 pontos em bloqueios e 9 em saques. (23x25; 21x25; 21x25) Sheilla 16 pontos; Brasil 47 pontos em ataques, 5 em bloqueios e 2 em saques. Brasil 3 x 2 China (25x16; 20x25; 25x18, 28x30, 15x10) Sheilla 23 pontos; Brasil 74 pontos em ataques, 18 em bloqueios e 2 em saques. Brasil 3 x 0 Sérvia (25x10; 25x22; 25x16) Thaisa 14 pontos; Brasil 38 pontos em ataques, 13 em bloqueios e 6 em saques. QUARTAS Brasil 0 x 3 Coréia Brasil 3 x 2 Rússia (24x26; 25x22; 19x25, 25x22; 21x19) Sheilla 27 pontos; Brasil 81 pontos em ataques, 12 em bloqueios e 5 em saques. SEMI (18x25; 17x25; 25x22; 25x21) Sheilla 15 pontos; Brasil 54 pontos em ataques, 7 em bloqueios e 3 em saques. Brasil 3 x 0 Japão (25x18; 25x12; 25x18) Sheilla e Fabiana 13 pontos; Brasil 48 pontos em ataques, 14 em bloqueios e 2 em saques. FINAL Brasil 1 x 3 EUA Brasil 3 x 1 EUA (11x25; 25x17, 25x20, 25x17) Jaqueline 18 pontos; Brasil 61 pontos em ataques, 7 em bloqueios e 2 em saques. SO TIME BICAMPEÃO OLÍMPICO! DA DIFICULDADE PARA BRILHAR ALTO DO PÓDIO. TIME CAMPEÃO Fabiana Claudino #1 Nascimento: 24.01.1985 - Altura: 1,93m Clube: SESI Central Dani Lins #3 Nascimento: 05.01.1985 - Altura: 1,81m Clube: SESI Levantadora Paula Pequeno #4 Nascimento: 22.01.1982 - Altura: 1,84m Clube: Fenerbache Ponteira Adenízia Silva #5 Nascimento:18.12.1986 - Altura: 1,85m Clube: SOLLYS/Osasco Central Thaísa Menezes #6 Nascimento: 15.05.1987 - Altura: 1,96m Clube: SOLLYS/Osasco Central Jaque Carvalho #8 Nascimento: 31.12.1983 - Altura: 1,86m Clube: SOLLYS/Osasco Ponteira Fernandinha Ferreira #9 Nascimento: 10.01.1980 - Altura: 1,72m Clube: AMIL/Campinas Levantadora Tandara Caixeta #11 Nascimento: 30.10.1988 - Altura: 1,84m Clube: SESI Oposta Natália Pereira #12 Nascimento: 04.04.1989 - Altura: 1,83m Clube: Unilever Ponteira Sheilla Castro #13 Nascimento: 01.07.1983 - Altura: 1,85m Clube: SOLLYS/Osasco Oposta Fabi Oliveira #14 Nascimento: 07.03.1980 - Altura: 1,69m Clube: Unilever Líbero Fe Garay #16 Nascimento: 10.05.1986 - Altura: 1,79m Clube: SOLLYS/Osasco Ponteira DIVULGAÇÃO FIVB DESTAQUES INDIVIDUAIS SHEILLA 4ª maior pontuadora com 140 pontos Melhor saque THAISA 7ª maior pontuadora com 110 pontos 5º melhor bloqueio FABIANA 10ª maior pontuadora com 95 pontos Melhor bloqueadora 9º melhor saque JAQUE 6ª melhor atacante FABI 6ª melhor defensora DANI LINS 5ª melhor levantadora FE GARAY Melhor passadora DIVULGAÇÃO SADA ESSE É CRAQUE WILIAM ARJONA Conhecido como mago, não é preciso dizer mais nada sobre esse levantador. Compensa a falta de altura, que compromete um pouco o sistema defensivo com uma distribuição espetacular em todos os jogos. Preciso, veloz e imprevisível são características desse levantador que tem uma longa história com o vôlei argentino, onde foi tetracampeão. Hoje joga no SADA/ Cruzeiro e é campeão da Superliga e do Sul Americano. Vai disputar o mundial de clubes em outubro. 16 DIVULGAÇÃO FIVB ESSA É CRAQUE FE GARAY Gaúcha de Porto Alegre a ponteira foi chegando de mansinho e acabou como peça fundamental para a conquista do ouro em Londres. Depois de arrebentar no Japão a jogadora voltou para o Brasil e foi convocada sempre para a seleção principal. Escolhida o melhor passe em Londres ela diminuiu a pressão sobre a Jaqueline e o time começou a render como nunca. Está jogando pelo time do SOLLYS e já se sagrou Campeã Sul Americana. 17 DIVULGAÇÃO FIVB ESSE É CRAQUE MURILO ENDRES O ponteiro nascido em 1981 no Rio Grande do Sul é simplesmente completo. Essa característica de versatilidade levou o gaúcho a ser escolhido em Londres o MVP, ou seja, o jogador mais valioso. Essa decisão é baseada na qualidade que Murilo apresenta na quadra. Com inúmeros títulos em clubes, com uma passagem importante pelo vôlei europeu e com o sucesso na seleção brasileira ele é peça fundamental no time masculino do SESI. 18 DIVULGAÇÃO FIVB ESSA É CRAQUE DANI LINS A jogadora que segundo Zé Roberto é a que tem o melhor gesto técnico no país conseguiu dar a volta por cima. Com 27 anos ela desbancou as companheiras e assumiu o controle do time brasileiro em Londres. Mesmo fazendo um ciclo instável, o que chegou a colocar em dúvida a sua convocação para os Jogos Olímpicos, ela foi fantástica. Hoje joga no SESI em São Paulo onde é comandada pelo ex-levantador Talmo, Campeão Olímpico em 1992. 19 ISTÓRIAS DO VÔLEI CENTRAL ESPERTINHO Como o jogo de vôlei é um esporte cíclico, onde as ações vão sendo repetidas ao longo do jogo, os times usam algumas marcações durante a partida. Em um time no RS aconteceu um fato engraçado. A equipe usava marcações de bloqueio para cada posição do adversário. No decorrer do jogo, um dos centrais do time que ficava olhando para o seu braço a todo momento chamou a atenção do técnico. O técnico curioso pergunta: – Por que você fica olhando para o braço na hora do saque? O jogador responde: – Fiz uma cola aqui no braço treinador! Quando a memória é fraca, o jeito é improvisar. PEGADINHA NA REUNIÃO Em uma sessão de vídeo todos devem chegar no horário, aliás, sempre as pessoas devem chegar no horário. Porém um jogador não era muito pontual e costumava se atrasar para reuniões. Certo dia o time aprontou uma com ele. Sabendo que o mesmo tinha problema de visão resolveram deixar o projetor fora de foco para ver o vídeo. Imaginem uma imagem horrível. Foi isso que aconteceu. – Quando ele chegou, pedindo desculpas pelo atraso o técnico falou: – Fique tranquilo fulano, não se preocupe, senta lá no fundo e presta atenção no vídeo do time adversário. Continuaram com a reunião, fazendo observações com relação às imagens que estavam aparecendo, todos sabendo da armação. Até que o sujeito levanta com a expressão de preocupado, e fala: – Na boa, acho que esqueci as minhas lentes, não estou conseguindo ver nada! Nessa hora o time abre o jogo e pede para que ele cuide mais com os horários. CHAMADA INVERTIDA PARA ENGANAR Um fator muito importante no jogo de vôlei é a chamada do central. Essa chamada é o deslocamento que o jogador faz para atacar a bola. Muitas vezes ele não recebe a bola, mas para tentar enganar o bloqueio do time adversário ele continua chamando com toda a força. O fato curioso que aconteceu em um jogo da Superliga 2010/2011 foi quando um jogador com passagens pela seleção brasileira ousou na chamada. O rally estava sendo muito disputado e o time teve a segunda oportunidade de contra-ataque. Nesse momento, logo após fazer o bloqueio ele faz uma chamada invertida. Isso mesmo. Ele saiu da rede em direção a linha dos três e saltou com toda a força. Claro que não enganou ninguém! 20 QUEIMANDO NO MEIO Outra que aconteceu dentro da quadra. Novamente os personagens foram os centrais. Eles muitas vezes propiciam atitudes inacreditáveis. Olha só essa história. Um central foi chamado pelo técnico para entrar na quadra no final do set para tentar um bloqueio. Essa atitude é muito comum quando o time tem um bom bloqueador no banco ou um jogador baixo na quadra. O técnico chama o jogador e fala: – Entra lá, fica no meio. Coloca o fulano para a saída. Quero que você queime no meio. (Queimar no meio quer dizer que ele vai suicidar com o central do time adversário). O jogador responde: – Deixa para mim treinador. Vou queimar com tudo. Ele entra. Organiza a rede com os outros bloqueadores que estão em quadra. O saque acontece. O passe é bom e ele queima no meio. A bola é defendida pelo seu time e contra-atacada em direção à posição 1 do adversário. Quem defende é o levantador. E ai o fato acontece. Quando o levantador defende e a bola vai em direção à rede, quem levanta é o central adversário. Quando isso acontece não tem mais nenhum central para atacar essa primeira bola. E adivinhem qual a atitude deste jogador que tinha acabado de entrar: exatamente o que estão pensando. Ele suicidou no meio. É inacreditável. Resumindo o ponto foi do adversário, com o ataque de bola alta na saída. O ÁRBITRO QUE APITAVA COM OS OUVIDOS Essa história aconteceu há algum tempo no Rio Grande do Sul. A situação envolveu o levantador e o árbitro, sendo que os dois estavam a poucos metros um do outro. O levantador estava na defesa de um ataque de primeira bola do adversário, posicionado entre a posição 1 e 2, com o pé de fora em cima da linha lateral da quadra, ficando frente a frente com o atacante. Quando o ataque aconteceu, de cima para baixo como muitas bolas de meio, o levantador observou a bola passar pelo seu pé e tocar o lado de fora da quadra. No mesmo segundo olhou para o juiz que, sem dúvida nenhuma, apontou para o lado adversário, dando bola dentro. O levantador indignado pergunta para o árbitro: – Eu estou com o pé na linha. A bola passou pelo meu pé e tocou o lado de fora da quadra! Você nem olhou para o lance! Sabe qual foi a resposta do árbitro? – Esse tipo de bola eu não olho. Eu sei se ela foi dentro ou fora só pelo barulho. Inacreditável! 21 DIVULGAÇÃO Para nós, o vôlei brasileiro será sempre TOP. Jaqueline e Murilo Endres, clientes TopConsulting Medalhistas em Pequim 2008 e Londres 2012 Continuaremos juntos até 2016! Desta vez vamos falar um pouco sobre ataque. Toque De Em toda minha carreira procurei desenvolver varias técnicas sobre o ataque. Em todos os países que joguei e todos os anos na seleção a busca sempre foi constante em evoluir e aprender. CAMPEÃO Na Itália durante os 6 anos que passei lá, o que me chamou mais a atenção foi a parte estatística, porque é um pais que estuda muito e os jogadores seguem a risca a parte tática aplicada antes das partidas. Dessa forma, se em um jogo eu atacava muita paralela, no outro sabia que estaria bem marcado nessa área. Na Rússia, que o vôlei tem características diferentes, já existia um bloqueio bem mais alto. O aspecto tático não era tão desenvolvido quanto na Itália. Aprendi muitas vezes a não atacar só dentro de quadra e sim para cima, mirando as mãos adversárias. POR GIBA No Brasil sempre foi um misto disso tudo. Ao mesmo tempo em que existe uma técnica mais apurada, na seleção todos já se conhecem muito bem por jogar anos contra. Esse conhecimento é mais ou menos como jogar na Itália, onde as minhas características eram bem marcadas. ASSISTA AO VÍDEO SOBRE A MATÉRIA O mais importante de tudo isso é sempre conhecer e olhar bem o vídeo antes das partidas. Prestar atenção nos jogadores ao assistir um jogo para saber como ele joga. Detalhes importantes para o sucesso como se ele mexe muito o braço, se invade ou não e até se está ajudando a primeira bola e com isso pode chegar atrasado na marcação da bola na ponta são muito importantes. Quando todos estes detalhes estão claros na sua mente, fica mais fácil de executar a ação, ou seja, o seu ataque. Dai para frente as outras coisas se tornam mais fáceis. Quando o central adversário queima no meio, já sei que o bloqueio será simples e minha chance é maior. Se o ponteiro está fechado, com um levantamento rápido sei que a paralela vai estar aberta. O mais importante é que sempre você tem o comando. O ataque sempre prevalece contra o bloqueio e a defesa. Use bem esta arma pra poder fazer o seu time vencer. Espero ter ajudado de alguma forma, na próxima edição tem mais. Para fechar esse texto eu indico o vídeo The Best of Giba. Acho um bom vídeo para definir as minhas palavras! Abraços a todos. Bom jogo! 24 O SAQUE Na Iniciação Ao assistirmos partidas de voleibol de alto para alguns que estão recebendo, o medo de nível, percebemos, claramente, a importância errar parece ser maior que a vontade de acertar. que o saque tem para o voleibol moderno. A Lembrando, que na mesma categoria jogam escolha pelo saque forçado é constante, o que atletas nascidos de janeiro a dezembro, uma vem facilitado o caminho das equipes para as diferença que, mesmo raro, pode chegar além vitórias. Na iniciação, onde essa força ainda dos 23 meses quando a categoria em questão não está desenvolvida a importância do saque abrange 2 anos. O que nos dias de hoje é difícil é a mesma, porém, utilizada de forma diferente encontrarmos. e adaptada, pois existem regras específicas determinam um ano para cada categoria com para favorecer a recepção e o volume de jogo. atletas abaixo de 15 anos. Para priorizar o As federações normalmente volume de jogo elas têm seus regulamentos Quando falamos de técnica e tática de saque específicos, proibindo saque em suspensão para meninos e meninas, de idade entre 16 e em algumas categorias e em outras liberando 20 anos (a categoria varia de um estado para somente o saque por baixo. O resultado é ótimo. o outro), a semelhança ao adulto se aproxima. Os sistemas de jogo também são limitados ao Seu desenvolvimento físico já permite um 4x2 e ao 6x0 para que não haja especialização saque mais forte, com velocidade. Normalmente de atleta precocemente. se tem um ou dois atletas que sacam viagem forçado e o restante é orientado a fazer um saque Nesse tipo de regra a tática de sacar do lado flutuante. Quanto mais a idade se aproxima da contrário do levantador ou do melhor atacante categoria adulta, a proporção de saque viagem é eficiente e muito encontrada. Os levantadores, aumenta, podendo chegar a quatro atletas ou muitos deles, ainda não têm força suficiente mais sacando viagem por equipe. No feminino para fazer levantamentos numa distância isso não acontece, a tendência é termos uma ou maior que seis metros. Com isso, sacando duas atletas que sacam viagem, somente. curto no lado contrário de sua infiltração (4x2), dificilmente teremos um levantamento para o Nas categorias com idade abaixo de 15 anos lado contrário do saque. Com essa tendência encontramos muitos casos onde o saque leva a chance que se tem de montar um sistema vantagem sobre o sistema de recepção. Nessa defensivo eficaz, direcionando seus melhores faixa etária podemos encontrar alguns atletas bloqueadores e defensores para o lugar certo, com maturação, técnica e tempo de prática é grande. Experimente em suas equipes e se maior que os colegas de equipes e adversários, prepare para não ser surpreendido. portanto, com eficiência e grau de força maior para sacar. Sequências de saque de cinco a Atletas iniciantes, normalmente, tem níveis seis pontos são normais em jogos dessa idade. de ansiedade maiores durante os jogos, tem Quando isso acontece, a quadra parece enorme dificuldade em lidar com a pressão e isso 26 Lembre gera um percentual de erro maior em todos que o melhor saque não os fundamentos. Especificamente no saque, necessariamente é o mais forte, e sim o mais podemos orientar nossos atletas a trabalhar rápido. Faça com que seus atletas saquem melhor sua respiração e o pensamento positivo, com força rente ao bordo superior da rede. a fim de melhorar a eficiência. Antecipe a Ele chegará mais rápido a quadra adversária, concentração do atleta para sacar. Assim podendo surpreender seus adversários. Utilize que a comemoração do ponto acaba, faça elásticos entre as antenas para fazer com que a com que o atleta que está se dirigindo para o bola sacada passe entre ele e o bordo superior da saque respire profundamente algumas vezes rede, forçando um saque mais rasante. Comece e nesse tempo em que se desloca, oriente-o a de perto e evolua aumentando a distância visualizar a ação que está prestes a fazer, de gradualmente até a zona de saque. Coloque forma positiva. Certifique-se de que ele esteja antenas extras no meio da rede induzindo orientado taticamente, ou seja, que ele saiba saques na paralela e diagonal. Coloque objetivos onde sacar, e como. na quadra e faça com que seu atleta acerte. Dê Mas até chegarmos nesse ponto, muito objetivos coletivos ou individuais. Exemplo: treinamento deve ter sido feito. A técnica deve Cada atleta deve acertar o alvo, que está para estar 100%. Fique atento aos aspectos técnicos saque curto, cinco vezes ou, só vamos acabar e corrija-os se necessário. Os detalhes fazem, quando a equipe acertar 10 vezes o objeto que sim, a diferença. O cotovelo estendido, tanto para está na paralela. E assim por diante. Objetos saque por baixo, quanto para saque tipo tênis, muito pequenos podem proporcionar objetivos o balanço no saque por baixo, a transferência muito difíceis. Seja coerente. O direcionamento da bola, o lançamento da mesma, etc. Um desse saque é tão importante quanto sua força exercício bom para corrigirmos nossos atletas, e velocidade. Atenção: oriente seus atletas, quando os mesmos não conseguem estender o quando forem sacar na paralela, para que não cotovelo na hora do saque, é fazer com que ele fiquem muito perto da linha lateral (limite da exercite sacando próximo à rede. Cuidado para zona de saque). A chance de acertar a antena que ele não saque para cima. Tente adaptar a ou o lado de fora dela é suficiente para não rede a mesma altura do impacto da bola com o corrermos esse risco. cotovelo estendido. No caso do saque por baixo, se sacarmos com Exercícios de saque podem ser feitos, a palma da mão aberta (formato arredondado e inclusive, na parte de aquecimento. Forme dedos quase estendidos), além de termos mais colunas (três ou quatro) de atletas pra sacar precisão estaremos adaptando os iniciantes o sobre a rede, tendo referência à linha de ataque contato com a bola que irão encontrar no saque (linha dos três). Os primeiros deverão sacar tipo tênis e na cortada. Porém se contrairmos simultaneamente, se preferir, e pegar a bola a musculatura da mão, tornaremos a área de que sacou antes que ela quique duas vezes. O impacto mais sólida, o que facilitará o envio da exercício servirá para, além de treinar a técnica bola a distâncias maiores (Bojikian, 2003). e controle de saque, aquecer a equipe. Aumente a intensidade do exercício, diminuindo o Assim como o toque e a manchete, o saque número de quiques ou determinando a área deve ser um dos primeiros fundamentos a onde acontecer. serem aprendidos na iniciação. Com esses três Exemplo: pode quicar somente uma vez e o aspectos bem difundidos o jogo já pode ser mesmo deve acontecer na zona de defesa. concretizado. Bons treinos! o primeiro quique deve Ou ainda: pode quicar duas vezes e o primeiro quique deve acontecer nos últimos três metros Marcelo Zenni Klein da zona de defesa. 27 DIVULGAÇÃO FIVB Missão Cumprida Disse “no geral” porque por muito pouco não subimos ao lugar mais alto do pódio outras duas vezes. Então, o que foi ótimo poderia ter sido sensacional. O que deu certo para as meninas treinadas por Zé Roberto Guimarães, o maior campeão olímpico brasileiro (3 ouros – Barcelona/1992, Pequim/2008 e Londres/2012), não deu para os meninos comandados pelo técnico Bernardinho. Emoções e sentimentos distintos no último fim de semana dos Jogos Olímpicos. Ouro para a seleção feminina. Prata para a seleção masculina e para a dupla Alison/Emanuel. Bronze para a parceria Juliana/ Larissa. Esse foi o desempenho do vôlei brasileiro na Olimpíada de Londres/2012. Quatro medalhas olímpicas. No geral, um ótimo resultado. Para ser valorizado e lembrado com orgulho. Do lado feminino, nem no melhor dos sonhos alguém poderia imaginar que, depois de perder o primeiro set de uma final olímpica por 25 a 11 (diga-se de passagem, para os Estados Unidos), a equipe ainda teria forças para buscar uma reação. Elas conseguiram. O improvável aconteceu, mas foi para o lado do Brasil. Partida encerrada em 3 sets a 1. Vitória heroica. Um triunfo da superação. Uma história construída jogo a jogo. União, foco, confiança, DIVULGAÇÃO FIVB 28 e amarela. Tudo igual. Erro brasileiro. De novo, o que não estava previsto aconteceu. No fim, deu Alemanha. Agora, é focar a próxima parada. Alison, Rio 2016 é logo ali. Emanuel, será que ainda dá para você? Aqui, desde já, o muito obrigado de todos os brasileiros por tudo o que você já fez por este esporte. Ídolo. vontade, tudo no momento certo. A alegria voltou e o sorriso no rosto contagiou. Deu Brasil. Bicampeão. Orgulho de uma nação. Se, antes eu disse “nem no melhor dos sonhos”, agora, do lado masculino, eu digo “nem no pior dos sonhos” alguém poderia sonhar que, depois de fazer 2 sets a 0 com certa tranquilidade, e ter a chance clara de fechar o jogo em 3 sets a 0, o desfecho dessa história fosse outro a não ser a conquista do título. Mas foi. A Rússia virou, fechou a partida no tie-break DIVULGAÇÃO FIVB Sem tirar o mérito da medalha bronzeada de Juliana e Larissa, ficou o gostinho de quero mais. Tinham condições de chegar mais adiante. Não fizeram a final. Foi uma ausência e comemorou. O ouro saiu das mãos do time sentida. Mas, como falam os mais entendidos, brasileiro. Como explicar o que aconteceu? “Mundial é Mundial” e “Olimpíada é Olimpíada”. Faltou equilíbrio emocional para administrar Ok, fica o aprendizado. Que a dupla continue. a vantagem? Mérito total do técnico russo, É presente, mas ainda tem muito futuro. Essa ousado em colocar um central para jogar como história não deve acabar aqui. oposto? Qual a melhor resposta? Tem alguma O balanço final: Foi mantida a tradição de resposta? Difícil tecer algum comentário. Só sei medalhas olímpicas. que este jogo ficará marcado Desde 1992, em FIM DE UMA ERA na história do esporte Barcelona, a bandeira mundial. Inesquecível e Os Jogos Olímpicos de Londres nacional sempre esteve inacreditável. Parabéns, chegaram ao fim. Daqui quatro anos, presente na cerimônia Rússia, pela vitória. nova competição se inicia. Mas, de premiação. De lá para algumas das maiores estrelas Parabéns, Brasil, por ter pra cá, entre quadra e do vôlei, terminou uma trajetória de honrado a camisa. praia, o voleibol soma anos com a camisa verde e amarela. 19 medalhas (06 de Na praia, Alison e Giba, Rodrigão, Serginho, Ricardinho... ouro, 08 de prata e Emanuel também estiveram Muita alegria essas “feras” nos 05 de bronze). É, sem perto da cor dourada. Eram proporcionaram. Títulos e títulos. Uma dúvida, o esporte mais favoritos. Do outro lado da geração de OURO. Mais uma vez, um obrigado do torcedor brasileiro. vencedor na história rede, uma dupla alemã que olímpica do país. não vencia os brasileiros há mais de dois anos. Início de jogo equilibrado, Estrutura, planejamento, profissionalismo, mas com vitória dos adversários no primeiro trabalho. Por isso, o vôlei é um esporte campeão. set. Brasil volta melhor. Jogo empatado. Decisão no tie-break. Alemanha na frente. Reação verde Por Livia Lockerman 29 DIVULGAÇÃO FIVB SHEILLA Bicampeã Olímpica. A jogadora que resolveu praticamente todas as situações delicadas da nossa seleção nos últimos dois jogos olímpicos. Forte, precisa e eficiente, essas são algumas das características que fazem da oposta Sheilla uma estrela do vôlei mundial. Atuando no alto nível desde o início dos anos 2000 a oposta assumiu a posição de destaque após o ciclo dos jogos de Atenas. Em 8 anos de seleção principal, os títulos com a seleção e os prêmios individuais são inúmeros. Não há brasileiro que não tenha orgulho dessa mineira de Belo Horizonte. Principais títulos na carreira • • • • • • • • Campeã dos Jogos Olímpicos de Londres e Pequim. Tetracampeã do Grand Prix. Campeã da Copa dos Campeões. Tetracampeã Sul-Americana. Bicampeã da Superliga. Campeã Italiana. Campeã da Copa CEV. Campeã Mundial Juvenil. Algumas premiações individuais DIVULGAÇÃO FIVB • • Com 1,85m de altura e 65kg, muita gente pode achar que ela não dá conta do recado. Só para ter uma ideia, a oposta russa Gamova tem 2,02m de altura e 78kg. Mas na prática as coisas não são bem assim. Com números que impressionam, a brasileira não deve nada para ninguém, seja grande ou pequena. As qualidades físicas fazem com que Sheilla ataque a 3,13m de altura e bloqueie a 3m. Nada mal quando a rede mede 2,24m. Nos jogos de Londres a jogadora fez 140 pontos e ficou como quarta maior pontuadora do torneio. Foram 121 pontos de ataque, 9 de bloqueio e 10 de saque. Esses últimos renderam a ela o prêmio de melhor sacadora dos jogos. Na última Superliga, Sheilla anotou 411 pontos, 338 em ataques. Foi a segunda maior pontuadora e ajudou o seu time a chegar às finais da competição. Sheilla contribui com muitas ações em todos os fundamentos que pontuam no jogo, que são decisivos nas partidas. É nessa hora que a jogadora chama para si a responsabilidade. Até antes dos jogos de Londres o melhor dia de sua vida tinha sido o da final em Pequim. Agora ela tem dois dias preferidos, sabem por quê? Ela é Bicampeã Olímpica. Foi uma honra bater um papo com essa estrela. Confiram a seguir um pouco mais sobre a Sheilla que, assim como vocês, ama o vôlei. 31 MVP (melhor jogadora) do Grand Prix em 2006 e 2009, do Sul-Americano e da Copa Panamericana em 2011, da Copa dos Campeões em 2005. Já foi a melhor atacante, saque e maior pontuadora da Superliga. Esporte Clube. Os técnicos do clube, Jamison e Célio, se interessaram e me deram uma chance para treinar na equipe. Onde você nasceu Sheilla? Eu nasci em Belo Horizonte, no dia 1º de julho de 1983. Praticou outro tipo de esporte? Onde mora sua família? Pratiquei, mas só nas olimpíadas escolares, quando joguei basquete e também fiz natação. Em Belo Horizonte Qual a sua relação hoje com a família? A melhor possível. Sempre que posso, quando tenho uma folguinha, corro pra casa, para os braços da minha avó Therezinha, que é como se fosse minha mãe. Em Belo Horizonte também está o meu irmão e a minha sobrinha. Falando sobre vôlei. Como começou a tua carreira no vôlei? Meus primeiros contatos com o vôlei foram muito cedo, nas aulas de educação física do colégio e em pouco tempo eu já jogava no time da escola. O vôlei foi apenas uma brincadeira até os 13 anos, quando fui incentivada pelo meu técnico e professor do colégio, Olyntho Nunes de Avelar Júnior a fazer um teste no Mackenzie 32 suprir essa falta que a família faz. Na família tem exemplos de outros atletas? Não tenho não, ninguém é atleta. Como foi o início na seleção brasileira? Minha primeira convocação foi muito cedo, eu era ainda muito nova, mas fiquei muito feliz. Foi na seleção de base, mas nunca vou esquecer. Começava ali meu caso de amor com a camisa da Seleção. Sempre foi oposta? Já joguei como ponta em clubes, mas na Seleção sempre fui oposta. No vôlei, sempre foi atacante? Já joguei como ponta também, mas minha posição é oposta. Qual a tua opinião sobre o desenvolvimento do esporte, em especial o vôlei, no Brasil? O que você lembra bem do início do tempo dos treinamentos? O que mais te chamava a atenção? O Brasil passou a ser um país referência em voleibol, devido aos títulos olímpicos e mundiais. Além de termos uma boa safra de atletas, o forte trabalho na base e o investimento em equipes, tornando os campeonatos mais competitivos, ajudaram nesse crescimento. Todos esses motivos juntos têm sua importância. Além deles, a dedicação de todos os atletas também foi fundamental. Ao longo dos anos o voleibol vem se profissionalizado cada vez mais e está sendo tratado como alto rendimento. Isso sem dúvida, também foi fundamental. Era tudo muito novo. Sempre gostei de treinar e era sempre uma das últimas a ir embora dos ginásios. Sempre achei que podia treinar mais pra melhorar. Quais as maiores dificuldades no início da carreira? No começo é muito difícil você se acostumar a ficar longe de casa e da família. Mas com o tempo você vai se adaptando e as pessoas que convivem com você diariamente passam a Quem é teu ídolo no esporte? A Fofão. Acha possível voltar a jogar fora do Brasil? Onde já jogou? Voltaria para lá? Pode ser que sim, não vejo problema quanto a isso. Já joguei quatro temporadas na Itália e foi uma grande experiência. Como foi a transferência para o vôlei italiano? Foi uma decisão muito difícil ir para a Itália, porque eu era muito nova e nunca tinha saído nem de Belo Horizonte. Imagina mudar de país! Mas me adaptei bem e amei a Itália! 33 muito confiante e quero muito ajudar a equipe a conquistar títulos. Os treinamentos na Europa são muito diferentes dos treinamentos aqui no Brasil? Rio 2016, acha que vai estar lá? Não tem muita diferença não, seguem um padrão parecido com o que é feito aqui. Se estiver com saúde e jogando bem seria fantástico poder disputar uma edição dos Jogos Olímpicos em casa. Qual o tipo de treinamento que você mais gosta? Quais os teus programas preferidos? Eu gosto mais do treinamento da tarde. Aquele treinamento da parte coletiva. Eu adoro ir à praia. Sair para comer em algum restaurante bacana. Ir ao cinema. Qual o seu ponto forte? O que pensa em fazer depois de parar de jogar vôlei? Perseverança e força de vontade. Eu ainda não penso em parar. Ainda não sei também o que vou fazer quando parar. Quando era bem novinha queria fazer engenharia, mas hoje não penso mais nisso. Você reage bem às críticas? Se elas forem justas, não me incomodam. Quais os planos para essa próxima temporada? Acabei de assinar com o Sollys/Osasco, onde disputarei minha primeira temporada. Estou 34 ZÉ ROBERTO Tricampeão olímpico! Precisa escrever alguma coisa para apresentar o técnico Zé Roberto, o brasileiro que mais venceu na história dos jogos? Claro que não. Mas batemos um papo sobre assuntos relevantes para você, leitor apaixonado por vôlei e que entende muito do assunto. Antes de um treino do seu novo time, o AMIL, de Campinas, o técnico revelou muitos detalhes sobre o caminho que levou a nossa seleção feminina ao título inédito em Londres. Ele garante que a vontade de continuar a frente continua ciclo ainda não foram definidos. DIVULGAÇÃO FIVB muito forte, mas os detalhes do próximo Teremos sempre uma faixa intermediária de 24 a 28 anos, que estão em um processo de evolução e ganho de experiência e uma faixa etária de 18 até 23 anos, que é um processo de escolha baseado na altura, no biotipo, baseado no talento que ela pode virar. No clube as escolhas passam pelo mesmo processo. Funciona assim, uma mescla de idade com jogadoras talentosas, com bom comportamento, com cabeça boa e com perspectiva de crescimento. Jogadoras que queiram crescer. Como foram os jogos de Londres? Qual a expectativa para os jogos do Rio em 2016? A organização de Londres foi perfeita. A cidade é maravilhosa e a organização da vila com relação aos prédios, aos apartamentos, ao restaurante foi tudo perfeito. Tudo era muito fácil de acessar. Em Londres a vila olímpica foi menor que em Pequim, mas tudo era muito fácil, tudo muito rápido. Atendeu todas as necessidades. Nós especialmente tivemos um apoio do COB com dois centros de treinamento fora da vila, o que facilitou muito, pois não tivemos que dividir o espaço com outros países. O vôlei teve um ginásio exclusivo para o treinamento das equipes masculina e feminina. Nós tínhamos possibilidade de fazer os nossos horários, coisa que em nenhuma edição de jogos nós tivemos, isso foi muito legal. O mais complicado em Londres foi ter um ginásio para todos os jogos de vôlei e esse ginásio ficava muito longe da vila, em torno de 1h15 de viagem. Para o jogo com China nós tivemos que acordar às 6h da manhã e sair às 7h da vila. E isso vai acontecer no Rio, aqui vamos ter um ginásio só e os horários vão ser os mesmos. Mas em termos de organização foi um dos melhores jogos que eu já fui. Aqui no Rio tudo vai ser excepcional. Quando o povo brasileiro decide organizar algum evento sempre se dedica muito. Vai ser muito parecido com Londres. O calor humano que sentimos em Londres foi excepcional, o voluntariado e a solidariedade foram muito grandes. Eu acho que no Rio vai ser igual. Vamos fazer um dos melhores jogos da história. Eu estou muito tranquilo com relação aos jogos aqui no Brasil. Você acreditava no ouro olímpico? Os EUA eram o time favorito para o título, nós sabíamos disso. Mas o nosso time poderia brigar. Esse foi sempre o nosso intuito de monitorar todas as jogadoras do mundo. Logicamente tivemos que estudar ao máximo todas as jogadoras. O que aconteceu foi que tivemos um quadriênio mais complicado do que o que antecedeu os jogos de Pequim. Nós perdemos jogadoras importantes como a Fofão e a Waleswka, que são jogadoras líderes. Quando você perde duas líderes o time sofre. Até que uma pessoa assuma esse papel, demora. Nós trabalhamos nesse sentido e a Fabiana foi assumindo esse papel. A nossa outra preocupação foi com relação à levantadora. A experiência e a credibilidade que a Fofão passava para as outras jogadoras era muito grande. A Fabíola, a Dani e a Fernandinha, que chegou nesse último ano, são todas boas jogadoras, mas que não tinham sido testadas efetivamente. A Fabíola jogou o mundial, a Dani menos. Revezamos elas. Tecnicamente nós sempre achamos a Dani melhor, falando sobre o gesto técnico. A Fabíola é a melhor de perna. A Fernandinha a mais veloz, sempre foi monitorada, em 2009 recusou um convite por um problema nas costas. Essa foi realmente uma situação muito difícil, pois nós sabíamos que podíamos brigar, que tínhamos que estudar muito taticamente os outros times. Logo após o sorteio dos grupos nós concluímos que estávamos no grupo mais forte. Mas eu sempre gostei de grupos mais fortes, pois quando você consegue passar, a vida teoricamente fica mais fácil. Qual o critério que você usa para montar uma equipe? Nesse ciclo olímpico nos tivemos uma situação diferente. Já pensando no futuro nós mantivemos paralela a equipe A uma seleção B. Pensando na reposição, que nós precisamos estar ligados. Como temos uma temporada de 6 meses de treinamento e competições, conseguimos colocar essa seleção B para jogar alguma delas, já pensando em futuras competições e também em Jogos Olímpicos. E a seleção A nós preparamos para as melhores competições, que são o Mundial e os Jogos Olímpicos. Nós sempre procuramos uma mescla de jogadoras no time. Algumas mais experientes com 28 até, sei lá, isso não importa, pois depende de cada jogadora. Qual a estratégia para reverter o time em situações difíceis? O que aconteceu realmente foi o seguinte: terminamos o GrandPrix jogando melhor, o time estava com outra velocidade e dinâmica de jogo. Na volta ao Brasil a possibilidade de treinar com os garotos das seleções de base foi muito válida. As jogadoras estavam treinando bem contra eles. Bloqueando melhor, defendendo mais, atacando 37 mais forte e encarando mais esse tipo de jogo. O passe do saque viagem começou a melhorar. Estava feliz com o time treinando e o desafio era transferir para o jogo. Quando começou a competição eu sabia que o jogo contra a Turquia iria ser muito difícil. Conhecia duas jogadoras do time que eu tinha sido técnico. O Marco Aurélio conhecia todas as jogadoras. E o jogo foi realmente difícil. No segundo jogo, contra os EUA, dá para ganhar ou perder. Nós tínhamos perdido em todas as competições, então dá para entender uma derrota . O problema foi a Coréia. Desde que eu assumi nós não tínhamos perdido para elas. Mas eu dirigi a Kim no Fenerbache e sabia do potencial dessa jogadora. A armação da Coréia ficava ruim para o nosso saque, pois sacar para a posição 5 é a nossa maior dificuldade. Com isso o passe delas entrou. Elas conseguiram mexer muito no ataque e no contra-ataque. A Kim, excepcional jogadora, terminou o jogo com 60% de ataque. Perdemos o jogo e isso foi um marco para a gente. No dia seguinte tivemos que resgatar a autoestima do grupo e dar uma confiança maior ao time. Não adiantava ser agressivo com elas. Nós ainda não estávamos fora da competição. Mas o fato de estar naquela situação angustiante e ainda ter chance de continuar na competição era muito importante. Nos mantivemos respirando com a vitória para a China. Começamos a depender de outros times. Queríamos outra chance e dependíamos nesse momento dos EUA. O que pensa sobre o fato do jogo dos EUA? Eu não tinha dúvida que os EUA entrariam para ganhar. Em 2003 na Copa do Mundo, nós já estávamos classificados e na última rodada pegamos a Itália. Naquela oportunidade a Dani Scott me perguntou se nós iríamos jogar valendo. Eu respondi: nós vamos jogar valendo, vamos ganhar o jogo e vocês vão se classificar. E assim aconteceu. Eles praticamente pagaram uma dívida anterior com a vitória sobre a Turquia. Nesse momento a angústia tomou conta de novo. Dependíamos novamente de nós. Aquele fato foi importante para as jogadoras acreditarem mais. Foi o que a gente precisava para construir um futuro melhor. Quando perdemos para a Coréia nós colocamos a Fernanda Garay e a Dani Lins, essas jogadoras quando entraram estavam respondendo muito bem. Mas a Fernanda estava sempre melhor quando vinha de fora. A dúvida era, será que se ela começar jogando ela vai responder bem. Não interessa. Vamos começar com ela. E deu certo. Ela se firmou. A Dani parecia que estava jogando um campeonato estadual ou colegial. Ela estava jogando com uma tranquilidade muito grande. No GrandPrix, quando “Se eu pedisse para alguém escrever essa história acho que ninguém conseguiria DIVULGAÇÃO FIVB escrever”. 38 DIVULGAÇÃO FIVB ela entrava, já estava demonstrando isso. O time foi tomando forma. As centrais começaram a jogar mais. A Sheilla, que não estava bem, começou a crescer. O treinamento físico intenso que ela fez durante três semanas em Saquarema após o GrandPrix começou a dar resultado. Então veio o jogo contra a Rússia. Nós precisávamos de uma afirmação importante. E melhor que aquele jogo, impossível. Foram 6 match points. A partir daí os outros times começaram a respeitar o Brasil. perderam a atitude pessimista que elas tinham. O erro não pesou mais tanto quanto no início da competição. Como funcionam as tomadas de decisão na hora do jogo? Feeling, estatísticas ou conhecimento adquirido sobre o jogo e as jogadoras? Nesse tempo que eu fiquei fora tive a oportunidade de monitorar muito os outros times. O fato de ter dirigido as jogadoras mais importantes foi muito útil. Dirigi a Sokolova, a Kim e a Logam. Isso me ajudou muito a tomar decisões táticas como foi o fato do saque da Fernanda na Sokolova. Eu sabia que ela iria fechar para o meio, nesse momento eu falei para a Fernanda sacar no “colo” dela. Ela questionou e eu falei que sim, no colo dela. Aí a Sokolova dá uma mexida para fora e quando volta, erra o passe. A outra coisa que eu queria era um jogo longo contra a Rússia. A preparação da Rússia fisicamente nunca foi muito boa. As jogadoras sabiam disso. A própria Sokolova não se preparou muito bem. Ela pediu afastamento depois da seletiva europeia. Ela resolveu voltar faltando menos de um mês para os jogos. A qualidade dela é indiscutível, mas sabia que ela poderia ceder no final. Quando a Rússia virou e chegou no primeiro Match Point do jogo você pediu tempo. Naquele momento optou pelo silêncio. Por quê? Nós passamos por um período muito difícil e eu estava muito agressivo, criticando muito. Depois do jogo contra a Coréia eu repensei sobre minha postura. Eu concluí que precisava dar força, ser mais positivo, ser mais parceiro do que técnico. Não podia mais ficar o tempo todo pressionando. Então eu passei a pensar dessa maneira. Eu estava sempre achando que iria dar. Nunca achei que fosse dar errado. Mesmo com a Rússia na frente eu estava sereno e positivo. Eu acho que isso as jogadoras sentem. Eu vi o time sereno também naquela hora, apesar da situação. As coisas foram acontecendo para a gente, foi um ensinamento como comissão técnica e como time. Estávamos em uma situação muito difícil e conseguimos sair dessa situação como um time. Começamos a esquecer o erro, valorizar as coisas positivas e pensar na bola seguinte. As jogadoras Quem toma decisão no time? Quem decide tudo é a comissão técnica. Nós estudamos muito e avaliamos sempre com as jogadoras também. 39 DIVULGAÇÃO FIVB A história do corcunda é brincadeira? Você é supersticioso? E o time da AMIL, qual o objetivo para esse ano? O que espera para a temporada aqui no Brasil? Não é brincadeira, é verdade. Eu sou supersticioso. Mas já melhorei, diminui um pouco. Aconteceu em 1992 e agora em um momento complicado surgiu a possibilidade de novo. Eu acho que o time vai ser competitivo. Mas é o primeiro ano. Vai ser o ano que nós vamos ter mais dificuldade. Tivemos que montar tudo do zero. A credibilidade com o projeto. A adaptação à cidade de Campinas. Queremos ficar entre os três no Paulista e na Superliga. Qual o futuro da seleção no comando da equipe? Você continua? Eu ainda não sei o que vai acontecer. Tenho vontade de continuar, mas ainda não conversei com o Ary. Ele está em campanha para a presidência da FIVB e provavelmente deveremos conversar somente depois. Eu acho que nós temos time para brigar por medalha aqui no Rio. Nós estamos defasados em algumas posições como na ponta. O processo de renovação na parte técnica também esta sendo feito. Paulo Cocco, Claudio Pinheiro enfim, tem condição de dar continuidade. O que você almeja como técnico? O que te motiva? A minha forma de gestão é de duas maneiras. A primeira delas é por competência. Dessa maneira, as pessoas que eu tenho ao meu lado são muito competentes e que cada uma tem a sua voz, sua participação efetiva dentro da comissão. Isso é extremamente importante. Preparador físico, assistente técnico, todos têm autonomia para fazer o que acha que tem que ser feito após uma discussão com todos os membros. A outra coisa, que é pessoal, é a missão do professor. Essa também é importante. A missão de representar o país como técnico. Comandar uma seleção. É uma responsabilidade que me move. A vontade de continuar buscando vitórias e envolvido com bons profissionais. Quem deve ficar até o Rio? Eu acho que temos 8 jogadoras que devem ficar até 2016. Com mais a seleção B nós provavelmente teremos a seleção do Rio. Claro que podem aparecer outras jogadoras no meio do ciclo, como aconteceu com a Garay agora. 40 Clique aqui e curta a nossa página no FACEBOOK ASSIM VOCÊ FICA POR DENTRO DE TUDO QUE A PREPAROU PARA Você MARCOS KWIEK A Olimpíada de Londres, especificamente falando de vôlei, chamou a atenção dos brasileiros como sempre. Porém dois técnicos do nosso país estavam à frente de outras seleções. Marco Aurélio Motta comandou a Turquia e Marcos Kwiek esteve no comando da República Dominicana. O técnico do time da América Central nos conta agora a sua história e seus planos para o futuro. Eu sou técnico de vôlei há um bom tempo. Aceitei esse desafio quando estava atuando como assistente técnico da seleção brasileira adulta feminina no Mundial do Japão em 2006. Como já convivia com esse ambiente da seleção a ideia de deixar de ser assistente e ser técnico de uma seleção que estava disputando todos os torneios importantes em nível mundial me animou muito. Além de ser o técnico me ofereceram a coordenação de todo o vôlei aqui, da iniciação ao profissional. Quando cheguei aqui me deparei com algumas dificuldades. A primeira delas foi que estava chegando a um país em desenvolvimento, um país pequeno, com 9 milhões de habitantes. Imagina eu, cidadão de São Paulo. Foi um choque muito grande. Com a língua eu não tive muitos problemas, pois já falava um pouco de espanhol. Os costumes, o modo de vida, as músicas e a educação foram um pouco difíceis no início. O que facilitou foi que eu não vim sozinho para cá. aprendizado, no conhecimento e no crescimento pessoal. Hoje depois de quatro anos me sinto muito feliz, feliz com o que faço, com tudo que conquistei, com todo o aprendizado e sei que necessito aprender muito mais. Só tenho a agradecer pela oportunidade que me deram. A minha estrutura de trabalho começou com dois brasileiros, eu e o Wagner Pacheco, que é meu assistente no adulto e técnico da seleção juvenil. Um ano depois, trouxe mais um brasileiro, Wendel Alves, que trabalhava com o adulto e com o juvenil. Ficamos 2 anos assim, esse ano eu trouxe mais um brasileiro, Alexandre Ceccato, que está trabalhando na iniciação no infanto-juvenil e também nos ajuda no juvenil e no adulto. Ou seja, aos poucos vou agregando profissionais, que além de ótimos no que fazem, são meus amigos. Hoje formamos uma família brasileira aqui, nós moramos todos juntos. Chegando eu sabia que teria muito trabalho. Como aqui a seleção é permanente o planejamento é muito diferente de qualquer planejamento feito no Brasil. Nós precisamos planejar um calendário de 6 meses de competições, porém temos as atletas nos 12 meses. Como a escola predominante por aqui é a cubana, sempre com muita força e com ênfase nos fundamentos que pontuam como o ataque, o saque e o bloqueio, aos poucos tive que colocar a tática e a técnica desenvolvida ai no Brasil. Estamos caminhando devagar, mas tenho certeza que damos passos firmes. Gostaria de explicar um pouco o sistema aqui com relação aos campeonatos. Aqui também existem clubes de vôlei. O campeonato que fazem, dura mais ou menos 2 meses e se joga só aos finais de semana, ou seja, as jogadoras treinam com a seleção durante a semana e nos fins de semana eu libero todas elas para jogarem por seus clubes de origem. As jogadoras da seleção nacional, treinam com a seleção em tempo integral, durante o período, porém algumas são contratadas por ligas estrangeiras com Japão, Coréia, Rússia, Itália, Brasil. As que não são contratadas seguem treinando com a seleção durante o ano todo. A minha opção de assumir esse desafio foi pensando no meu crescimento profissional. Financeiramente não vale a pena, digo isso com toda a honestidade, no Brasil ganha-se mais dinheiro, se tivesse que fazer tudo que eu faço aqui, certamente teria um ótimo salário ai no Brasil. Porém queria investir na minha carreira, sabia que teria possibilidades boas de fazer o que amo. A possibilidade de dirigir uma equipe nos torneios mais importantes do mundo me fizeram tomar essa decisão. Foi um investimento no 42 A nossa captação de talentos é feita nas escolas e nos festivais de minivolei nacionais que fazemos no centro olímpico do país. As categorias de base do país começam por volta dos 10 anos de idade, captamos os talentos nos festivais, algumas atletas chegam através de indicação, alguns pais levam suas filhas ao centro olímpico porque querem que a filha seja jogadora de voleibol, enfim, é um garimpo muito grande. Eu sou o coordenador técnico de toda a base, faço reuniões periódicas com os professores para conversar sobre treinamentos, estratégias, metodologia, enfim, trocar ideias e pensamentos. Nestas reuniões traçamos juntos os objetivos com as faixas etárias e avaliamos ao final de cada etapa se atingimos as metas, se falhamos e o que podemos mudar e melhorar. Trabalhamos em equipe, sempre sobre minha responsabilidade. estou julgando nada nem o trabalho de ninguém. Eu conheço o nível do trabalho da comissão técnica e sei que é do mais alto gabarito, trabalho de referência mundial, e sobre as jogadoras do Brasil eu nem preciso falar, na minha opinião são as melhores do mundo. Os jogos de Londres já passaram e estamos focados no Rio em 2016. Já iniciamos o próximo ciclo em Londres. Para o Rio, em 2016 somente uma jogadora não deverá jogar. Nosso time base é o que esteve em Londres, dessa forma o nosso treinamento já começou. Tenho certeza que essas jogadoras vão chegar ao Rio, com outra cabeça, com a experiência de ter vivido e jogado uma Olimpíada. Todas as novidades que tiraram a concentração, o foco em Londres já não vão mais existir. Temos tudo para ir melhor e sermos mais ambiciosos. Estamos pensando grande e sei que esses 4 anos serão de muito trabalho e muita dedicação. O resultado vai depender de quantas piscinas de suor enchermos até o RIO 2016, risos. Quando penso no aprendizado de tudo isso, tenho certeza que ainda tenho muito que aprender, que não sou o dono da verdade e nem absoluto, que tenho que dividir funções e responsabilidades, delegar poderes para poder cobrar os resultados que quero obter. Sozinho não se chega a nenhuma parte, porém tudo na vida necessita de uma liderança, de uma meta, de um objetivo. Falando sobre os jogos olímpicos de Londres e o desempenho do nosso time, ficamos satisfeitos com o resultado numérico, com o resultado final, pois friamente falando, alcançamos nosso objetivo. Porém acho que nos faltou experiência, mas isso já era sabido, antes do inicio dos jogos, sabíamos que iríamos sofrer com isso. Mas faz parte do aprendizado e do crescimento. Eu acho que fizemos bons jogos com Rússia, Itália e USA. Ganhamos do Reino Unido e da Argélia, tínhamos que ganhar, éramos mais time que eles. O único jogo, que acho que jogamos abaixo do que poderíamos foi contra o Japão. Não posso deixar de falar sobre a seleção brasileira. Eu acho que o Brasil, cresceu dentro da competição. O Brasil sempre esteve entre os favoritos. Foram 4 anos em que sempre esteve entre os melhores em todos os torneios, ou seja, chegou entre os favoritos. No início, acho que o melhor time era o americano, estava em um melhor momento, mas a qualidade das jogadoras do Brasil é inegável. Elas não estavam em um bom momento, mas cresceram na hora certa, na hora que tem que crescer, na hora em que os grandes mostram que são grandes e isso elas sempre foram. Essa é a opinião de quem está de fora, não Bom, como eu disse, chegamos aqui, na América Central, com muitos sonhos e muitas duvidas, Hoje, ainda sonhamos muito, ainda bem, e temos mais duvidas, por isso tenho certeza que estamos no caminho certo, pois quem para de sonhar nunca chega a lugar algum, e quem no tem duvidas não tem espaço para crescer, quando se acha que sabe tudo, é um claro sinal, que parou no tempo. MARCOS ROBERTO KWIEK 43 DIVULGAÇÃO FIVB O VÔLEI DE PRAIA EM LONDRES E A EXPECTATIVA PARA 2016 Após o término dos jogos de vôlei de praia nos Jogos Olímpicos de Londres, já podemos analisar as duplas brasileiras e sua participação nos campeonatos masculino e feminino. No naipe feminino não tivemos grandes surpresas. A maior delas, por azar de nós, brasileiros, foi com Juliana e Larissa. Candidatas à disputa da medalha de ouro, elas não conseguiram confirmar a vaga na final ao perder para a segunda dupla norte-americana, Kessy/Ross, depois de estarem com um set à frente e uma vantagem de quatro pontos na segunda parcial. Juliana e Larissa levaram a virada na semifinal, e encerraram sua participação com uma medalha de bronze que quase foi perdida para as chinesas em um jogo tenso, onde tiveram uma grande superação para poder virar um jogo que estava praticamente perdido. Na final feminina, Walsh e May tiveram uma partida tranquila mais uma vez, já que esperavam as brasileiras para travarem o 44 que seria uma verdadeira batalha, mas não irão representar o Brasil, seremos favoritos aconteceu. As norte-americanas chegaram a pela qualidade de nossos atletas e pela torcida mais uma medalha de ouro, encerrando uma que será um diferencial importante. das parcerias mais vitoriosas de todos os tempos do vôlei de praia. Em relação as duplas acredito que Juliana e Larissa vão disputar a Olimpíada no Brasil, Já no naipe masculino vimos muitas zebras. só não sei se juntas, porque a parceria começa A principal dupla norte-americana, Rogers/ a mostrar sinais de desgaste, situação mais Dalhausser, foi surpreendentemente eliminada do que normal em uma dupla que joga junto pelos italianos Lupo. Já os Nicolai/ brasileiros a tanto No tempo. masculino Alison e Emanuel fizeram acredito muito em um torneio muito bom até a Pedro final, mas na disputa do ouro, Pedro Cunha, dupla perderam para os alemães que já jogou junto Brink/Reckermann, e que pode voltar que, mérito, a jogar eliminaram as duas duplas à Olimpíada brasileiras e se tornaram Brasil, sem contar campeões olímpicos. em Alison que vai No com final muito das contas, de quatro medalhas possíveis, ganhamos duas. Não podemos falar que foi ruim a nossa Solberg e visando do ficar sem parceiro e também é sério candidato a jogar com um dos Pedros. participação, com um país que é tão carente de Mas o mais importante de tudo vai ser ver medalhas. Mas ficamos com um sabor amargo, a empolgação da galera nos jogos que com de quero mais, por tudo que o vôlei de praia certeza vão lotar as arenas e dar um grande representa no nosso país e no mundo. espetáculo no Rio de Janeiro. Os Jogos de Londres também marcaram o Que 2016 venha logo, já estamos já ansiosos. fim de uma era para o vôlei de praia brasileiro. Emanuel e Ricardo, desta vez com parceiros diferentes, devem ter disputado sua última Alexandre Rivetti olimpíada, e vão entrar para o hall dos grandes atletas no esporte. Quem viu, viu. São dois superatletas que vão deixar saudades. Um último detalhe foi a qualidade da arena de vôlei de praia de Londres, e o show que a modalidade deu nessa olimpíada, que teve lotação máxima todos os dias e com uma Para a olimpíada do Brasil, podemos esperar com certeza que independente das duplas que DIVULGAÇÃO FIVB animada torcida que contagiou os londrinos. POR DENTRO DAS REGRAS Importante para evoluir no esporte é conhecer as regras que ele tem. É por isso que a Voleishow inicia uma seção com o árbitro Carlos Alberto Cimino. Juiz de vôlei mundialmente conhecido, o brasileiro agora se dedica a ensinar a arbitragem em cursos pelo mundo através da FIVB. A nossa primeira regra a ser debatida é a regra da bola que pode ser recuperada no lado adversário da quadra. Primeiro Cimino explica algumas situações permitidas e outras não permitidas. Ao final está a regra oficial. Situação 1: Equipe A efetua um saque. Após a recepção da equipe B a bola se dirige por trás do poste. Um outro atleta da equipe B corre por fora da quadra e recupera a bola novamente por fora da antena em direção a sua quadra. A bola é atacada de manchete por outro jogador da equipe B em direção à quadra da equipe A por entre as antenas. Jogada correta. Situação 2: Equipe A efetua uma cortada pelo meio de rede para quadra da equipe B. Após uma defesa da equipe B, a bola passa parcialmente sobre a antena. Um outro atleta da equipe B corre e recupera a bola na zona livre da equipe A, mas a Olha o que diz na regra: bola retorna por entre as antenas. Falta da equipe B, o juiz considera bola fora. Regra 10.1.2 A bola que cruza o plano da Situação 3: Equipe A saca. Após o passe rede para a zona livre da equipe adversária, incorreto da equipe B a bola se dirige por fora da total ou parcialmente por fora das antenas, antena. Outro atleta da equipe B passa por baixo pode ser recuperada dentro dos contatos da rede, mas ao ultrapassar por baixo da rede permitidos para a equipe desde que: toca com um dos pés na quadra adversária, no 10.1.2.1 a quadra adversária não seja tocada momento de recuperar a bola. Falta de invasão de pelo jogador que recupera a bola; quadra adversária pela equipe B. 10.1.2.2 a bola depois de recuperada, quando Situação 4: Equipe A ataca a bola pela ponta. retornar, deve cruzar o plano da rede novamente A Equipe B defende e a bola que se dirige por fora total ou parcialmente pelo espaço externo das da antena em direção a zona livre da equipe A. Um antenas do mesmo lado da quadra. segundo atleta da equipe B corre para recuperar a bola na zona livre da equipe A. Neste momento ASSISTA AO VÍDEO SOBRE A MATÉRIA um atleta da equipe A cruza na frente do jogador da equipe B e atrapalha a recuperação. Falta de interferência do atleta da equipe A. 47 O VÔLEI EM CAMPINAS-SP e Krasnodar na Rússia Chegou a vez do estado de São Paulo marcar presença na Voleishow. O estado que tem o vôlei mais forte no país. Várias cidades desenvolvem um ótimo trabalho com a modalidade. Nessa edição vamos falar sobre a cidade de Campinas, E também vamos a Krasnodar na Rússia, onde dois times profissionais dividem a atenção da torcida local. Campinas surgiu na primeira metade do século XVIII como bairro rural da Vila de Jundiaí. A partir da economia cafeeira, a cidade ganhou, em pouco tempo, uma nova estrutura e dinâmica de desenvolvimento, que possibilitaram no período da crise do café, na década de 30, a adoção de outro perfil econômico, fundado na indústria e nos serviços. Nesse sentido Campinas recebeu do “Plano Prestes Maia (1938)” investimento que buscava reordenar as vocações urbanas na perspectiva de transformar e impulsionar seus talentos, em especial, a ciência e a tecnologia. Alguns detalhes que chamam a atenção quando o assunto é a cidade de Campinas: • Uma das cidades que mais gera empregos no País; • A Região Metropolitana de Campinas é o terceiro maior centro industrial do país (atrás da região metropolitana de São Paulo e Rio de Janeiro), gerando 3% do PIB brasileiro; No plano urbanístico, o crescimento e a diversificação produtiva somada a um progressivo fluxo migratório permitiram à cidade crescer 15 vezes em território e 5 vezes em população no curso de quatro décadas (1950/1990). Hoje a população de pouco mais de 1 milhão de habitantes é distribuída por quatro distritos e centenas de bairros. A região metropolitana de Campinas é composta por 19 cidades e tem uma população de 2,8 milhões de habitantes. • PIB de Campinas: US$ 18 bilhões; • Renda per capita: US$ 17.100; • 50 das 500 maiores companhias no mundo têm filiais instaladas na região metropolitana de Campinas; • Mais de 6.000 eventos por ano, incluindo eventos esportivos; • 11ª cidade do Brasil no ranking da ICCA (International Convention and Conference Association); O parque do Taquaral é um dos locais mais conhecidos, visitados e queridos de Campinas. Constitui um dos importantes locais de diversão e lazer da população. Além disso, é composto por inúmeros espaços para a prática esportiva. O ginásio do time da Medley encontra-se neste parque. • Em 2011, 2.2 milhões de pessoas se hospedaram em hotéis de Campinas; • 1.5 milhões de pessoas vieram para eventos corporativos; O vôlei em Campinas começou a ter destaque nos anos 80. Nesse período o time do clube da Fonte já obtinha resultados expressivos em nível nacional, chegando a um terceiro lugar no Brasileiro Adulto • Aeroporto Internacional de Viracopos: o maior aeroporto de carga na América Latina. 48 em termos de time. Mas confio muito na comissão técnica, no grupo de jogadoras e na estrutura montada pela Amil”, comenta o técnico José Roberto sobre o que espera para essa primeira temporada. Atualmente aqui estão dois dos principais times de vôlei do Brasil. O time masculino da Medley, empresa do setor farmacêutico e o time feminino da AMIL, empresa de planos de saúde. Hoje Krasnodar é uma cidade dinâmica e moderna. Tem um grande poder industrial, agrícola e é centro cultural no sul da Rússia. Depois de Moscou, é a região que mais cresce no país. A cidade é conhecida como uma cidade atlética, eventos esportivos levam um grande número de pessoas à prática de esportes. O girassol é o símbolo da cidade, ele representa o estilo de vida alegre e festivo da população. Outra cidade que tem um time masculino e um feminino é a cidade de Krasnodar na Rússia. A cidade localizada no sul do país, a uma distância de aproximadamente 1300 km de Moscou, capital russa. A cidade foi construída para que o país tivesse uma base mais ao sul no território. A data de fundação da mesma é de 1793 e tem uma população em torno de 800 mil habitantes. O nome significa em russo “presente bonito”. O time masculino comandado pelo técnico Marcos Pacheco busca resultados mais expressivos a cada ano e para isso vem tendo equipes cada vez mais competitivas. A melhor colocação da equipe foi na temporada passada, quando terminou a Superliga em 6º lugar. Mesmo não chegando à fase de semifinal o time conta com uma história de importantes finais nestes dois anos de vida. O clube da cidade, o Dínamo Krasnodar tem duas equipes muito fortes de vôlei. A equipe masculina nesta temporada 2012/2013 conta com o levantador Brasileiro Marlon e o ponteiro Argentino Conte entre os demais jogadores Russos. Na equipe feminina o grande destaque é a levantadora titular da seleção russa Statseva, da atacante da seleção Kosheleva e da oposta Americana Hooker, que defendeu o time do Sollys/Osasco e foi campeã da nossa Superliga no ano passado. André Heller, que está no projeto desde o início fala sobre o projeto da Medley e sobre a cidade Campinas. “Meu sogro dizia que Campinas é um pedaço de primeiro mundo no Brasil. Concordo com ele. Apesar de ser uma cidade grande tendo todas as opções de uma metrópole, Campinas ainda conserva alguns aspectos de cidade do interior como a tranquilidade, acesso fácil a tudo e a todos lugares sem gastar muito tempo. A impressão que tenho é que todos se conhecem. A equipe feminina do Dínamo estreou em 1946. Em 1994 a equipe se tornou mais competitiva e venceu a Copa Russa, segundo campeonato mais importante da Rússia. Com este título a equipe conquistou o direto de jogar a Champions League (Campeonato Europeu). Na Superliga da Rússia os melhores resultados são um terceiro lugar em 1970/1971 e quarto em 2010/2011. A equipe masculina estreou na primeira divisão da Superliga nacional na temporada 2010/2011 terminando em quarto lugar. Em relação ao projeto tenho uma satisfação enorme de fazer parte desde sua criação tendo visto o seu crescimento nestes três anos. Já há alguns anos, praticamente desde a minha volta ao Brasil, que busco um time pelo qual me identificasse . Aqui na Medley encontrei um lugar onde me sinto mais do que apto, tranquilo para me entregar totalmente, sem receios e limites. Em relação a torcida, desde o primeiro ano fui muito bem recebido. A nossa torcida é composta de pessoas que entendem de vôlei e principalmente tem sensibilidade para saber e entender o momento do time, quando dar força e quando cobrar. Eles têm apoiado muito o time nestes três anos”. CURIOSIDADE - ДИНАМО – DÍNAMO – DISTRITO POLICIAL No campeonato russo existem várias equipes com o nome Dínamo, que na verdade é a policia da Rússia, como por exemplo, Dínamo Krasnodar , Dínamo Kazan , Dínamo Moscou. Cada equipe leva este nome como se fossem pertencentes ao Distrito policial da cidade. A polícia na Rússia tem um orçamento muito grande devido ao estilo de governo que valoriza muito o sistema. O novo projeto da cidade é o time feminino da AMIL. Esse novo time tem o comando de praticamente toda a comissão técnica da seleção brasileira, liderada pelo técnico José Roberto Guimarães. O time conta com importantes jogadoras e deve figurar entre os melhores times do Brasil na temporada. Walewska, campeã olímpica de Pequim e Fernandinha, atual campeã olímpica estão entre os destaques do time. “Sabemos que o primeiro ano é o mais difícil, pois estamos partindo do zero 49 Referências: http://www.campinas.sp.gov.br/sobre-campinas/informacoes-turisticas.php • http://www.medleycampinas.com.br/site/home/ • http://www.dinamokrasnodar.ru/index.php/home/history • http://www.dinamokrasnodar.ru masculino. Os levantadores Maurício e depois Bruninho foram iniciados no esporte na cidade de Campinas. O mesmo clube trabalha desde essa época com categorias de base e hoje tem parceria com o time adulto da Medley, através do grupo SANOFI, que é a empresa que mantém a Medley. Na década de 90 o time masculino da Olimpikus teve como sede a cidade. Estrelas como Maurício, Tande e Kid fizeram parte deste elenco e durante três temporadas a cidade teve destaque com a equipe. Após um período sem time profissional foi na temporada de 2005/2006 que um novo patrocinador, a Wizard, novamente colocou a cidade no cenário nacional. IMAGENS DA INTERNET I E L VÔ O D A T P A AD DOS 8 AOS 80 ANOS Jogar vôlei dentro das regras oficiais para a categoria requer habilidade, conhecimento de regras e principalmente um bom condicionamento físico. Quando seis pessoas se enfrentam com a rede dentro da altura oficial, as possibilidades de execução de fundamentos como bloqueio e ataque necessitam de potência e para isso o jogador precisa de qualidades físicas como força e velocidade. Para essas qualidades digamos que a idade ideal na qual o jogador alcança um bom nível vai dos 18 aos 35 anos, porém o vôlei precisa ser jogado durante a vida toda. É para estes outros períodos que entra em cena o vôlei adaptado. 50 Dentro de um tempo ela estará praticando o vôlei com naturalidade e evoluindo a cada treino, pois fisicamente terá condição de executar todos os golpes. Mas quando estamos trabalhando com a outra ponta da linha do tempo? Quando os jogadores têm mais de 60 anos, o que fazer? Precisa-se adaptar novamente. E essa fase a adaptação, ao contrário da iniciação, vai aumentar gradativamente com o passar do tempo. Quanto mais velho vai ficando o nosso “atleta” mais dificuldades ele terá. Quando uma criança começa a praticar um esporte ela deve ser incentivada ao máximo para que tenha prazer com a modalidade. Quando isso não acontece, muito provavelmente essa criança irá desistir do esporte. Essa desistência é frustrante para qualquer criança e muito ruim também para o professor, que não teve sucesso na manutenção desse aluno no esporte. Um idoso tem dificuldade ou restrição para saltar, seus reflexos já não são mais os mesmos que na fase adulta e focado nisso surgem novas adaptações. O objetivo desse público é integrar-se com outras pessoas, manter as relações que nessa fase da vida vão diminuindo. O foco social nesse caso é muito importante. São pessoas que já experimentaram muitas vezes o vôlei em diversos níveis e agora o corpo não acompanha mais a cabeça. Para facilitar o jogo de vôlei para uma criança, são modificadas algumas regras. A rede um pouco mais baixa, a bola um pouco mais murcha, a quadra com tamanho reduzido e o número menor de jogadores em cada time estão entre as mudanças mais comuns. Durante a fase inicial pode ser possível liberar o saque de dentro da quadra, aproximando a criança da rede, facilitando a sua execução. Para que o jogo aconteça é permitido agarrar a primeira bola e somente a partir do segundo toque o jogo começa. Após certo tempo a criança entrará no minivôlei. O minivôlei é jogado quatro contra quatro em uma quadra reduzida, com medidas de 6m de comprimento por 5 de largura. A rede varia de 2m a 2,1m. A bola utilizada também é diferente, ela é um pouco menor, mais leve e com uma calibragem diferente. Sempre jogado em melhor de três sets. O nome dado para esse tipo de adaptação ao vôlei é Câmbio ou Nilkon. O jogo segue regras específicas, porém não existe mais toque, manchete, saltos e ataque. Os jogadores sacam lançando a bola, a recepção e a troca de passes são sempre segurando a bola. O time pode efetuar no máximo três trocas de bola até enviar a bola para o adversário. Não é permitido saltar para passar a bola para o lado dos adversários. O jogo acontece na quadra toda, seis contra seis. Seja qual for o seu vôlei, que ele seja para sempre! Enfim, o objetivo é deixar claro que o vôlei pode e deve ser para a vida toda. Com as adaptações necessárias todos podem ter o prazer de pontuar a cada dia para uma vida mais saudável. As adaptações são sempre importantes, pois o que mais interessa nesses dois casos é jogar. É melhorar a saúde física e mental, praticando um exercício e convivendo com outras pessoas. Esse tipo de atividade adaptada ao vôlei oficial serve para iniciar o processo de aprendizagem de crianças. Temos em mente que a criança vai apresentar uma evolução e as adaptações gradativamente irão diminuir. 51 PASSE PERFEITO PONTO PARA NÓS for um sacador mediano, que não oferece muitas variações e nem força a situação será muito favorável, pois um saque viagem fraco é o mais fácil de ser passado. Muitas vezes nestes casos o líbero ou o melhor passador pode até “roubar“ o passe de alguém. Se o sacador for habilidoso a linha de passe precisa se organizar muito bem e prestar muita atenção para não ser surpreendido. A comunicação neste caso é fundamental para organizar todo o time e suas áreas específicas. Quando o saque for forte o importante é saber a maior incidência deste saque. A linha de passe deve preencher essa área. Nessa quarta revista a coluna Meu Treinador vai passar algumas dicas que vão ajudar você a melhorar o rendimento do passe no jogo. O passe, ou também chamado recepção é o ato de receber o saque do adversário. Isso é simples e todo mundo sabe. O detalhe são as variáveis que podem acontecer nessa relação entre o saque e o passe. Para ser um bom passador o jogador tem que ter muita habilidade. O vôlei moderno está cada vez mais sendo ocupado por jogadores grandes e fortes, muito fortes. Essa característica é na maioria dos casos incompatível com velocidade de reação e de deslocamento, com habilidade e também com a qualidade dos fundamentos. Detalhes que são importantíssimos para conseguir êxito no fundamento que estamos debatendo nesse texto. Onde você se encaixa nessa história? É um jogador habilidoso ou usa a força e o tamanho para levar vantagem? A manchete é o gesto mais utilizado para esse tipo de passe. Os deslocamentos são pequenos lateralmente e maiores para frente, no caso de um saque curto (caixinha). Para os deslocamentos laterais eu indico a passada lateral sem cruzar. Ela oferece mais equilíbrio na hora de passar, pois mantém o tronco alinhado na direção do saque. Para segurar na quadra um saque mais forçado, quando o passador encontra-se em uma das laterais da quadra a perna de fora deve estar mais a frente, como na defesa. A possibilidade de direcionar o passe é possível e nesse caso o final do movimento, com os braços dando a direção para o passe, é importante. Os jogadores que se especializam na recepção são o líbero e os ponteiros, sendo que muitas vezes um dos ponteiros do time é o especialista e o outro compõe a linha de três passadores, isso é assim, pois todo time precisa de pelo menos um especialista de passe para atuar junto com o líbero do time. No alto nível a linha de passe é composta por três passadores quando o saque for viagem, e com dois ou três quando o saque for flutuante. Em nenhum dos casos os demais jogadores podem deixar de prestar muita atenção no saque do adversário, pois a bola pode ser sacada propositalmente em um central, pode tocar a rede e nesse caso a linha de passe pode não ser responsável direta pela recepção, pois a distância até a bola pode ser muito grande. A organização da linha de passe para o saque viagem, com três passadores deve manter certa organização. Quando o saque for executado da posição 1 mais a frente, a linha de passe deve estar posicionada com a posição 5 mais ao fundo e a posição mais a frente. A área entre o jogador posicionado na posição 5 e o da posição 6 é do jogador da 6, porque o jogador da 5 precisa cuidar da área entre ele e a linha lateral da quadra. Da mesma forma o jogador da posição 1 tem a preferência na área entre 1 e 6. Como a distância será maior até a linha lateral da posição 1, se necessário o jogador desta posição desloca para passar quando o saque for próximo a linha. Essa relação acontece desta maneira também pela posição que o jogador da posição 6 e da posição 1 tem em relação ao sacador, pois estão mais de Para o saque viagem um detalhe muito importante é detectar antecipadamente quais as características do jogador que está sacando. Se ele 52 frente para o saque. Quando o saque for da posição 6 a dica é não ficar na mesma linha, pois as áreas entre os passadores ficarão desprotegidas. O que acontece quando os jogadores estão na mesma linha é um receio no momento de colocar a mão para o passe. Para o saque na posição 5 a situação somente será invertida da posição 1. O saque poderá ser flutuante e as qualidades de passe serão mais exigidas. O toque na bola é um fundamento importante para quem o domina, pois com um posicionamento mais avançado as áreas do sacador diminuem e facilitam o passe. Normalmente a linha será formada por 2 jogadores. Quando necessário um terceiro jogador assume uma área menor, devido a esse ter menos qualidade na recepção. Quando o time tem três jogadores de qualidade parecida, a opção de escolher quem será responsável pelo passe pode ser o menos importante para o ataque em cada posição. O saque flutuante exige uma qualidade de deslocamento maior, pois existe mais área por jogador na quadra. O deslocamento continua sendo o mesmo do saque viagem, passadas laterais sem cruzar. Em alguns casos a queda é inevitável para um bom passe. Cair não é o ideal, porém é melhor uma queda e o passe na mão do levantador do que um passe ruim e um jogador a mais para o ataque. FOQUE EM DETALHES IMPORTANTES PARA O SUCESSO NA RECEPÇÃO, COMO: Uma boa altura para que o levantador possa dar velocidade e tenha condição de perceber o jogo. Direção ao centro da quadra e próximo a rede. Qualidade, velocidade deslocamento. e equilíbrio ASSISTA AO VÍDEO SOBRE A MATÉRIA 53 no EXPERIÊNCIA DE JOGO E COMPETIÇÕES COM DIFERENTES ESCOLAS DE VOLEIBOL. UM PROCESSO FUNDAMENTAL NA FORMAÇÃO DE ATLETAS. Nos últimos anos tive a oportunidade de acompanhar os campeonatos internacionais, nacionais, estaduais e regionais de categorias de base. Tenho observado que os jogadores que obtém maior sucesso durante os jogos, além de seus atributos físicos como capacidade de salto e estatura bem como sua boa condição técnica, são aqueles que possuem a melhor tomada de decisão frente a uma situação problema que se apresenta no decorrer da partida. Por exemplo, um levantamento realizado da zona defensiva (após uma recepção ruim ou durante o contra ataque), apresenta-se diante do atacante um bloqueio triplo ou duplo e o mesmo resolve essa situação/problema com um ataque usando a mão de fora ou uma largada no espaço vazio na quadra adversária. Ao mesmo tempo identifico que outros jogadores da mesma equipe ou da equipe adversária não têm a mesma tranquilidade e capacidade para pontuar na mesma situação, ou seja, resolver a situação problema. Como jogadores com condições técnicas e físicas similares diferem tanto na sua tomada de decisão? Certamente a experiência de jogo interfere diretamente na tomada de decisão assim como na tática individual, capacidade de antecipação e leitura de jogo. Ao questionar alguns os treinadores e os próprios atletas nestes eventos esportivos, percebe-se que o tempo de prática esportiva e suas vivências influenciam diretamente na melhor capacidade para tomada de decisão e na quantidade de recursos dos jogadores. Neste período da iniciação e amadurecimento dos jovens atletas, precisamos considerar além da quantidade de horas de treinamento técnico e tático, um outro fator que é diferencial na vida esportiva destes, que são as competições que eles participam, ou seja, números ou horas de jogos e o nível desses jogos. Então nesse breve artigo falaremos um pouco sobre algumas competições que acontecem no Brasil. Elas podem oferecer essa oportunidade de jogadores das categorias base desde o pré-mirim até o juvenil aplicarem suas habilidades técnicas e aprimorarem a sua condição tática fora de uma situação artificial ou fechada como o treinamento e adquirir experiência de jogo. As competições organizadas pelas entidades oficiais como as federações estaduais, que gerenciam os campeonatos em âmbito estadual e regional, são direcionadas a clubes, escolas e demais entidades esportivas nos respectivos estados. Já a Confederação Brasileira de Voleibol que organiza o Campeonato Brasileiro de 54 maior competição de voleibol para categorias de base do Brasil, a TAÇA PARANÁ DE VOLEIBOL – ASICS, evento que vem sendo realizado há 12 anos. Sendo sua primeira edição realizada no ano de 2001 através da inciativa de três treinadores que trabalhavam com equipes pré-mirim e mirim em Curitiba. Seleções nas categorias Infanto-juvenil e juvenil em duas divisões, com 12 equipes em cada divisão no masculino e feminino, reunindo 24 Seleções Estaduais com os melhores jogadores de cada estado nos dois naipes. Temos também o Comitê Olímpico Brasileiro que organiza a Olimpíada Escolar em duas faixas etárias 12 a 14 anos e 15 a 17 anos em períodos diferentes. Essa competição é interessante pelo grande número de participantes que envolvem em todo o seu processo. Para chegarem a disputa nacional as escolas disputam uma fase municipal, outra regional, estadual e depois conseguem a classificação para a fase nacional. A competição que começou com oito equipes, sendo seis de Curitiba, uma do Rio de Janeiro e outra de Santa Catarina, hoje conta com mais de 110 equipes de entidades e clubes formadores do Brasil, nos naipes feminino e masculino, nas categorias mirim, infantil, infanto-juvenil e juvenil. Atualmente mais de 15 atletas que já participaram desse evento jogam em equipes da Superliga, o campeonato mais importante do voleibol brasileiro, além dos que participaram das seleções de base do Brasil e hoje estão começando suas carreiras nas seleções principais do país. Em alguns estados encontramos o desenvolvimento de “Ligas”, algumas com apoio e reconhecimento das Federações Estaduais e outras não. O fato é que essas ligas também promovem a possibilidade de vários jogadores que não estão vinculados aos clubes e entidades esportivas dos grandes centros esportivos do país, adquirirem uma experiência de jogo na modalidade voleibol. As “Taças e Copas” têm chamado a atenção das comissões técnicas das Seleções de Base do Brasil, pois nelas são possíveis observar jogadores que às vezes acabam por não participar dos Campeonatos Brasileiros de Seleções, até pela restrição de idade sugerida (infanto-juvenil e juvenil). Um fenômeno muito interessante vem acontecendo no voleibol brasileiro nos últimos 15 anos. É o desenvolvimento e crescimento de “Copas e Taças”, que são competições realizadas num período curto (no máximo 5 dias), organizadas por treinadores abnegados pelo voleibol e clubes, com apoio das Federações locais, Prefeituras e alguns patrocinadores que tem entendido a importância desses eventos para o voleibol e no processo de formação de atletas e de pessoas. Hoje o Brasil participa dos Mundiais e Sul Americanos nas categorias Infanto-Juvenil e Juvenil, e em 2011 foi realizado pela primeira vez o Sul Americano Infantil, onde um dos meios para identificar os atletas dessa categoria são essas Copa e Taças realizadas pelo Brasil. Competições como essas são importantes no processo de formação de atletas, pelo fato das mesmas garantirem um intercâmbio entre diferentes escolas de voleibol nacional e em algumas situações de fora do país. E também conseguem suprir a necessidade de expor os atletas em mais situações de jogo de bom nível técnico, o que atualmente fica difícil de ser alcançado pela maioria das equipes/clubes de base jogando somente em seus estados, devido ao escasso número de equipes que participam de competições promovidas pelas federações estaduais. Entre os eventos dessa natureza, podemos citar como os mais importantes do Brasil, a COPA MINAS TÊNIS CLUBE que vem sendo realizada na cidade de Belo Horizonte há 8 anos pelos departamentos de voleibol masculino e feminino do Minas Tênis Clube. Frequentemente além de contar com a participação de equipes e clubes de algumas regiões do Brasil tem a participação de equipes de fora do país. A COPA MERCOSUL realizada pelo Clube Ginástica de Novo Hamburgo também tem a presença de equipes argentinas além dos clubes do Rio Grande do Sul e outras regiões do Brasil. A COPA ESTRELA realizada pelo colégio/clube Martin Luther na cidade de Estrela-RS é uma tradicional competição no naipe feminino do Brasil e também conta com equipes de fora do país na sua participação, além de vários clubes formadores do Brasil. Acredito que esses eventos, criados muitas vezes por iniciativas individuais de treinadores, têm contribuído de maneira expressiva para o voleibol brasileiro na formação de novos atletas com qualidade técnica e tática. Gerson Amorim E ainda na cidade de Curitiba no período de 28 de outubro a 02 de novembro acontece a 55 N E T O M F A Í N S I ICO E R T NA AREIA e os benefícios para a quadra O treinamento desportivo tem tido uma evolução quase que diária. Quando o assunto é preparação física ligada ao voleibol de quadra, percebe-se que inúmeros métodos se apresentam para poder oferecer aos atletas um condicionamento físico ideal. Sempre é bom lembrar que uma boa condição física envolve muitas variáveis, dentre elas, a psicológica, a qual não será abordada nesse pequeno contexto. Os movimentos e deslocamentos na areia tendem a ativar todo o corpo, especialmente os sistemas músculo-articulares dos tornozelos, joelhos e quadris. Todos esses movimentos proporcionam uma melhora nas valências físicas inerentes ao vôlei: força, resistência, equilíbrio, velocidade, entre outras. Na atualidade, praticamente todas as equipes, no período de base, adotam treinamentos em quadras de areia. Porém existe uma dificuldade muito grande na continuidade desses treinos durante toda a temporada, devido ao calendário de competições não permitir, pois o excesso de jogos em uma temporada afeta a programação dos treinamentos físicos. Espera-se que em um futuro próximo os patrocinadores, os clubes, a confederação e as federações cheguem a um consenso e com isso se possa ter um calendário mais equilibrado. Claro que pensando em todas as partes envolvidas nesse desporto, não deixando nunca de lado a sociedade, mais precisamente os torcedores e expectadores. Dentre esses métodos, lembrase aqui o treinamento físico e com bola em quadra de areia. Esse tipo de treino tem uma importância significativa para o desenvolvimento das capacidades físicas dos atletas praticantes do voleibol “ indoor”. Além de melhorar em muito a capacidade física, alguns estudos demonstram a importância na prevenção de lesões, principalmente dos membros inferiores. Deve-se levar em consideração o tipo de piso (areia) onde a atividade física será executada. A areia poderá ser muito fofa, dura, estar molhada, dentre outras variáveis e isso é função do profissional responsável pela preparação física avaliar. Também é preciso ter uma periodização bem distribuída, pois, caso contrário, o índice de lesões aumentará. Sabe-se que o bom planejamento faz parte de qualquer desporto. Para concluir, sabe-se que a finalidade de qualquer técnica ou método de treinamento é preparar os atletas para a competição, onde eles serão testados em todas as suas capacidades, sejam elas físicas, sociais ou psicológicas. Lembra-se aqui que o esporte também deve preparar os atletas para a vida extraquadra e não somente para as competições. Fica a dica. Entre os vários métodos que se podem utilizar nos treinamentos em quadras de areia estão: circuitos intervalados com ou sem bola e também treinamentos normais dos fundamentos técnicos específicos do vôlei. 56 Jaime Lansini LONDRES x PEQUIM Um breve balanço estatístico do vôlei em Londres As estatísticas realizadas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) para seus torneios oficiais ficam entre as mais detalhadas que as equipes dispõem e as mais simples que a imprensa normalmente realiza. Serve, assim, como referência mais rica que a segunda forma, mas não como base mais aprofundada. Não se trata de um estudo, mas serve para esboçar um quadro do comportamento técnico dos atletas em Londres, travando comparações com o que aconteceu em Pequim, em 2008. uma inversão das expectativas, onde as mulheres tiveram um aproveitamento de 5,1 pontos por set contra 4,9 dos homens. Em Londres, porém, eles assumiram novamente à frente, marcando 5 pontos/set, enquanto elas tiveram 4,6/set. Os pontos conseguidos em saques diretos apresentaram um número bem superior ao registrado em Pequim entre as equipes masculinas. Enquanto na China foram anotados 1,9 aces/set, em Londres os sacadores chegaram a 2,6 aces/set. As mulheres, no entanto, caíram de 2,3 para 2 aces/set. A começar pelo ataque, os homens continuam sendo mais efetivos neste fundamento. Foram 47% das ações que se converteram em ponto, contra 40% no feminino. Em contrapartida, os homens erraram mais, se bem que não na mesma proporção anterior de diferença: 17% contra 15%. Uma das razões para essa queda no feminino foi a uma expressiva melhora na recepção. As bolas consideradas excelentes pelos critérios da FIVB chegaram ao índice de 68%. Muito mais do que os 54% de 2008. Para ter uma ideia da evolução das mulheres neste fundamento, a melhor passadora em Pequim teve um aproveitamento de 64,5%; em Londres, a brasileira Fernanda Garay levou o prêmio com incríveis 81,3%. No masculino, os números se mantiveram próximos aos anteriores: 63% em Londres, 61% em Pequim. Porém, os erros aconteceram em maior número: 7% contra 4%. Esse menor aproveitamento no feminino deve-se a um aumento substancial do número de defesas – considerados aqui aquelas em que o defensor toca na bola. Comparando-se com os Jogos Olímpicos de Pequim, as bolas ficaram muito mais tempo no ar, defendidas 61% das vezes, diante de 54% de quatro anos antes. O número de erros caiu, contribuindo também para ralis mais longos: 19% em Londres e 29% em Pequim. A potência de ataque dos homens fez com que esse índice chegasse a apenas 57%, mesmo assim aumentando 7 pontos percentuais em quatro anos. Por fim, os jogos femininos foram mais equilibrados que os masculinos. Em 38 jogos, foram disputados 141 sets pelas mulheres e 133 pelos homens. O bloqueio que sempre foi um fundamento associado ao masculino, teve em Pequim Cacá Bizzocchi 57 DIVULGAÇÃO FIVB Muitas vezes vemos atletas usando bandagens (fitas) coloridas sobre a pele, e ficamos nos perguntando, o que é isso? Para que serve? Seria só enfeite? O kinesiotaiping segundo o próprio Dr. Kase (2003) tem a função de diminuição da Dor e do desconforto; suporte durante a contração muscular; diminui a congestão do fluxo linfático e extravasamento sanguíneo, ajuda na correção nos desvios articulares, auxilia na contração muscular, promove estímulos aumentando a resposta Proprioceptiva (percepção do próprio corpo no espaço). Estas bandagens coloridas são chamadas de Kinesiotaiping, e é um método de bandagens criado na década de 1970 pelo Dr. Kenso Kase (Tokio – Japão). Ele tinha uma ideia que os tecidos como músculos, fáscias e ligamentos poderiam melhorar suas funções através de estímulos externos, através do uso de uma bandagem, entretanto, as fitas, bandagens e outros adesivos que já existiam, não se mostravam eficazes para a ideia que ele tinha, deste modo ele desenvolveu uma fita elástica e não medicamentoso. Dando origem ao kinesiotaiping. A pele é o maior órgão no corpo humano, além disso, ela possui diversos receptores cutâneos (nervos que mandam informações, como vibração, pressão, toque...) estes receptores são estimulados pelo kinesiotaiping, que por sua vez auxiliam na função, sendo diminuindo a dor, ou auxiliando um movimento. As bandagens utilizadas são feitas de algodão com elastano, que passam por tratamentos para torná-las impermeáveis, sua cola foi desenvolvida para ser hipoalérgica, e sem adição nenhum medicamento. O efeito da bandagem esta na sua capacidade elástica auxiliando no movimento, sem restringi-lo. O primeiro uso do kinesiotaiping no esporte ocorreu com a seleção Japonesa feminina na década de 1990, antes era usada apenas em 58 populações não atléticas, de lá para cá o uso do kinesiotaiping vem se tornando cada vez mais abrangente, migrando para outros esportes, e promovendo excelentes resultados. DIVULGAÇÃO FIVB A bandagem mantém suas capacidades até três dias na pele, recomenda-se que ela seja utilizada por este período, uma vez que o estimulo permaneça por mais tempo, ela pode ser lavada no banho normalmente, evitando apenas que esfregue muito e ao secar, não fique esfregando com a toalha. E extremamente recomendado que esta técnica seja aplicada por um profissional habilitado, para evitar possíveis complicações. DIVULGAÇÃO FIVB Esta técnica pode ser aplicada em todas as faixas etárias e em todos os problemas relacionados ao sistema musculoesquelético, tais como Tendinopatias, contraturas musculares, problemas posturais, lesões ligamentares, além de edemas traumáticos ou não, problemas circulatórios em membros inferiores e superiores, hematomas, pós-operatórios no geral. DIVULGAÇÃO FIVB Alexandre Lopes Ramos Fisioterapeuta Mestrando em Biologia-química Especialista em Fisiologia do Exercício Especialista em Artes Terapêuticas Orientais Fisioterapeuta da Seleção Feminina de Volei Algumas coisas devem ser observadas na aplicação do kinesiotaiping, a pele deve estar limpa e seca, não pode ser aplicado sobre lesões cutâneas, evitar aplicação em pessoas que possuem problemas cutâneos como psoríases, alergias a outros tipos de bandagem. Fisioterapeuta da equipe Vôlei Amil – Campinas Campeão Olímpico Com a Seleção feminina de Vôlei – London 2012 59 Nesta parte iremos tratar do planejamento para equipes de categoria de base. Vamos criar equipes fictícias e iremos montar um planejamento envolvendo vários períodos de trabalho. PLANEJAMENTO PARA EQUIPES DE BASE Nesta fase o atleta necessita de uma atenção muito grande, pois é o momento onde a qualidade dos fundamentos são instaladas na capacidade geral do futuro atleta. Um bom processo pedagógico se faz extremamente necessário para este desenvolvimento. Um grande conhecimento de motricidade e de desenvolvimento motor por parte do profissional que irá trabalhar com estas equipes é de fundamental importância para a qualificação deste aluno. Neste ponto o planejamento que irá ser montado age como uma ferramenta fundamental para se desenhar o desenvolvimento técnico, físico e motor do futuro atleta. Vamos trabalhar com três equipes de base para podermos diferenciar um pouco de cada momento destes atletas, demonstrando também a evolução do treinamento tanto nos aspectos técnicos/táticos como na parte física. Teremos uma equipe infantil, uma infanto e uma juvenil como exemplos para o planejamento. Antes de continuar a leitura sugiro analisar na página seguinte os quadros para poder observar como foi montado um quadro de planejamento em três partes. Um macrociclo, um mesociclo e um microciclo considerando as três categorias a serem trabalhadas. A montagem de quadros de planos de trabalho facilitam a visualização e a organização dos trabalhos e serem executados com as equipes. Também usando critérios de avaliação da evolução dos treinos podemos observar se o planejamento inicial montado está no caminho correto eu teremos que fazer algumas mudanças. É de claro entendimento que um planejamento inicial nos dará o rumo a seguir, mas que é sempre necessário ser avaliado de acordo com os resultados encontrados no decorrer do trabalho e ser alterado em caso de necessidade. Falando sobre as equipes apresentadas podemos observar que pra cada uma delas os objetivos e os direcionamentos do trabalho são diferentes, independente do calendário apresentado. Para a equipe infantil, o que podemos observar é um trabalho exclusivo para desenvolvimento da dinâmica de jogo, os fundamentos trabalhados dentro de uma 60 Macrociclo Infantil Macrociclo de trabalho Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Inicio de trabal. Avaliações Fund. Básicos Competição Fund. Direc. Qualificação de Jogos Competição Qualifi. Fund. Jogos Competição Jogos Férias Jogos Iniciais Mini Voleibol Jogo Fundamentos Competição Competição Jogos internos Férias Funda. Básicos Interna Jogos Fund. Direcion. Jogo Infanto Fund. Aplicados Fund. Aplicados Inicio trabalhos Ao Jogos ao Jogos Av. Técnicas Treinos físicos Fornat.Tatico Av. Físicas Fund. Aplicados Fund. Aplicados Competição ao Jogos ao Jogos Fornat.Tatico Fornat.Tatico Competição Competição para encerram. Iniciação a Treinos físicos Treinos físicos Treinos físicos Aprimoramento técnico tático Trabalhos de aprimoramento aprimoramento aprimoramento Manutenção de trabalho de força Força da força da força da força Inicio trabalhos aplicados ao Av. Técnicas jogos Jogos Táticos Jogos Táticos Jogos Táticos Jogos Táticos Aprimoramento Jogos Táticos Competição Aprimoramento Jogos Táticos Competição Aprimoramento Aprimoramento Aprimoramento Treinos Força Treinos Força Treinos Força Treinos Força Treinos força Competição Av. Físicas Treinos Força Treinos Força Treinos Força Mesociclo Fevereiro Objetivos Semana 1 Semana 2 Semana 3 Analítico de Analítico de Análitico de Toque Manchete Jogos de mini Jogos de mini Infantil Fund. Basicos voleibol somente voleibol somente Manchete Infanto derecionados derecionados Treinos físicos específicos específicos Iniciação a voleibol com minivoleibol Defesa/Contra Saque/Rec. Ataque Ataque ensino dos mov. ensino dos mov. ensino dos mov. ensino dos mov. dos exercícios dos exercícios dos exercícios Força de força de força de força de força Base de funda. Saque/REcep Saque/REcep Defesa/Contra Defesa/Conta aplicados ao Ataque Ataque Ataque Ataque Juvenil Infantil do Jogos completo de Trabalhos de dos exercícios jogos Treinos Força Forca de Resist. Força de Resist. Força de Resist Força de Resist. Microciclo Fevereiro / Semana 3 Objetivos Segunda Infanto Ataque Jogos de mini três Fundam. Fund. Aplicados Toque e manch. Toque e manch. Ao Jogos Semana 4 Toque/Manchete Aprimoramento Jogos Iniciais Toque Juvenil Juvenil Base de funda. Terça Quarta Quinta Sexta Análitico de Sequencia Sequencia Sequencia Sequencia Toque/Manchete analítica de analítica de analítica de analítica de Somente mini Ataque toq./Manc/Ataq. toq./Manc/Ataq. toq./Manc/Ataq. toq./Manc/Ataq. completo Jogos de mini Tempo maior Tempo maior Tempo menor Tempo menor Mini com salto voleibol com Mini sem salto Mini com salto Mini com salto três Fundam. Tempo menor Tempo menor Tempo maior Tempo maior Defesa/Contra Execícios Execícios Execícios Execícios Execícios Ataque voltados para voltados para voltados para voltados para voltados para def. Contra. def. Contra. def. Contra. def. Contra. def. Contra. Sem objetivos Sem objetivos Sem objetivos com objetivos com objetivos no final do trein. no final do trein. de força Força sem peso Força sem peso Força sem peso Força sem peso Força sem peso Defesa/Contra Execícios Execícios Execícios Execícios ensino dos mov. dos exercícios Ataque Execícios voltados para voltados para voltados para voltados para voltados para def. Contra. def. Contra. def. Contra. def. Contra. def. Contra. Com objetivos Com Objetivos Com Objetivos Com Objetivos Com Objetivos 4 x 12 G1 4 x 12 G2 Reforço 4 x 12 G1 4 x 12 G2 Força de Resist 61 Férias dinâmica de desenvolvimento por intermédio de jogos educativos, indo do minivoleibol até práticas de jogos em 6 contra 6 executando fundamentos simples, porém com dinâmica de jogos evoluindo conforme o desenvolvimento técnico do jogador, passando este pelas várias posições sem criar uma especialização precoce. Para a equipe juvenil o que se pode observar são trabalhos técnicos já direcionados para a parte tática da equipe. Nesta idade o direcionamento tático já é de grande importância, uma vez que as competições já apresentam um nível mais elevado e alguns destes atletas já participam de equipes adultas. O plano de desenvolvimento técnico/tático é analisado através do rendimento apresentado pela equipe em treinos e jogos. Os atletas já estão aptos a receber um maior número de informações podendo analisar de forma mais correta as táticas do jogo e aplicar as técnicas aprendidas nos dois processos anteriores, para solucionar os obstáculos que ocorrem durante uma partida. O objetivo de um trabalho como este é a capacitação das crianças para a técnica do voleibol em seus vários fundamentos, e proporcionando a estas uma habilidade de jogo maior, para o futuro atleta a ser formado. As capacidades físicas não são trabalhadas de forma isolada, e sim sempre em conjunto com a bola. Acredito que nesta idade o contato com a bola é de fundamental importância, uma vez que este desenvolvimento técnico irá proporcionar um desenvolvimento físico específico para o voleibol e fará com que o atleta tenha agilidade, coordenação, capacidade de salto, etc. Qualidades específicas para a modalidade praticada. Na parte física, a especialização da força sendo trabalhada em diversos períodos do trabalho e visando principalmente os objetivos de cada competição para extrair o máximo do rendimento dos atletas para o melhor resultado dentro de jogos e nas competições alvo das equipes. Para a equipe infanto, o que se pode observar é uma qualificação dos fundamentos aprendidos usando o formato analítico no começo dos trabalhos, visando exclusivamente à repetição. Isso faz com que o atleta registre uma memória do movimento correto e consequentemente a qualificação do fundamento. Porém no mesmo treino estes fundamentos trabalhados são direcionados para os jogos para que esta qualificação seja direcionada para o que realmente interessa, O JOGO DE VOLEIBOL. Neste artigo o meu objetivo foi demonstrar o quanto é importante a continuidade do processo educativo do voleibol para um atleta. Equipes que possuem estas equipes devem ter uma integração muito grande entre os profissionais de cada uma das categorias para um trabalho integrado de evolução dos atletas, isso torna o processo mais ágil, tendo a maior parte dos atletas em níveis próximos de qualidade técnica. Na parte física o que se procura trabalhar é a iniciação do trabalho de força, que se caracteriza pelo ensino do movimento correto dos exercícios. Este é um processo de grande importância para o desenvolvimento da força do atleta sem ter riscos de lesões devido ao movimento errado. Também exercícios de reforço muscular específico, uma vez que aumenta a exigência sobre o atleta nos treinos técnicos. Estes planos devem ser analisados para o processo evolutivo do atleta, e o planejamento inicial precisa ser analisado para que se façam as devidas alterações conforme o desenvolvimento dos jogadores. Este modelo apresentado de planejamento é apenas um modelo fictício para que o leitor possa observar, não é em absoluto um modelo a ser criado e seguido. Cada profissional deve fazer o seu planejamento de acordo com a equipe que tem, a estrutura que possui e principalmente seguir os seus conceitos de treinamento. A busca de novos conhecimentos é de fundamental importância para melhoria da capacidade de todo profissional. Planejar sempre nos dá o rumo a ser seguido. “Perder tempo” planejando pode nos poupar tempo no futuro tendo principalmente um rumo a seguir e entendendo o processo de ensino que estamos aplicando para os nossos atletas. Nestas fases iniciais a maturação do atleta deve ser analisada com grande atenção, uma vez que as crianças apresentam esta maturação em tempos diferentes umas das outras, isso faz com que o trabalho de força deva ser individualizado de acordo com o grau de maturação apresentado. Isso fará com que cada atleta tenha o treino ideal para o seu desenvolvimento. No próximo texto vamos falar um pouco sobre o treinamento de alto nível. Até breve. Giovane Foppa 62 ENTRE EM QUADRA COM A ANUNCIE AQUI [email protected] Bia com Sandro Willian com Natália Thaíse com Giba Sebastião e Fabi Rafaela com Lucarelli Ana e Thaísa em Brasília 64 Ana Clara com Bruno Luzia com Camila Brait Alessandra e Aline com Jaqueline Karina com Larissa Marcela com Bernardinho Sara Cristina com Dani Lins e Sidão 65 Equipe Volley Show de Niterói Foto do time do Neto, camisa 10 Juvenil de São Simão - Goiás Meninas da base do Praia Clube Time Corpo e Cia de Rio Grande-RS Time da Cinara de Chapadão do Sul com o primeiro troféu 66 Time da UFPR, onde joga o Douglas Luz Time de Aracajão. Do Fabrício, o grandão! Time do Wellignton, de União da Vitória no PR Time de Chapecó-SC que sonha entrar na Liga B Time do Gabriel Flores, 2o lugar nos JERGS Time do Lions de Fortaleza 67 Faça como o time profissional do Panasonic do Japão. Mande uma foto do seu time com a placa da voleishow para nós. É você na Voleishow. [email protected]