Colégio Luterano Arthur Konrath Comunidade Evangélica
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Colégio Luterano Arthur Konrath Comunidade Evangélica Luterana Cristo Salvador Professora: Daniela Krummenauer ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda. Salvador Dali As excentricidades e declarações provocadoras fizeram de Salvador Dalí uma das mais polêmicas figuras da arte contemporânea, mas não impediram que sua obra fosse reconhecida como uma das mais audaciosas e apuradas da pintura surrealista. Salvador Felipe Jacinto Dalí nasceu em Figueras, Catalunha, na Espanha, em 11 de maio de 1904. Desde cedo revelou talento para o desenho e o pai, um tabelião, mandou-o a Madri para estudar na Escola de Belas-Artes de San Fernando, da qual seria expulso anos depois. Na capital espanhola conheceu o cineasta Luis Buñuel e o poeta Federico García Lorca. Suas primeiras obras, como "Moça à janela", enquadradas numa linha naturalista e minuciosa, já produziam uma ambígua sensação de irrealidade, que se acentuaria posteriormente. Em 1928, persuadido pelo pintor catalão Joan Miró, transferiu-se para Paris e aderiu ao movimento surrealista. Foi por essa época que conheceu a mulher do poeta Paul Éluard, Gala, sua futura companheira e modelo. Colaborou então com Buñuel em dois filmes célebres, Un chien andalou (1928; Um cão andaluz) e L'Âge d'or (1930; A idade de ouro) e pintou algumas de suas melhores obras: "A persistência da memória" e "O grande masturbador". Nelas exibia um estilo maduro que, embora mostrasse certas influências de De Chirico, atestava absoluta originalidade como representação de um mundo onírico, povoado de alegorias metafísicas e imagens sexuais, apoiadas numa técnica apurada. Sua exposição de 1933 lhe deu fama internacional e Dalí lançou-se, então, a uma vida social repleta de provocações e excentricidades. Essa atitude, por alguns considerada mistificadora e venal, aliada a uma postura apolítica, provocou sua expulsão do grupo surrealista. Durante esse período, adotou o "método de interpretação paranóico-crítico", baseado nas teorias da psicanálise, associando elementos delirantes e oníricos numa linguagem pictórica realista, com freqüentes imagens duplas e objetos do cotidiano, como em "Construção mole com ervilhas cozidas", "Praia com telefone", "Premonições da guerra civil", "Canibalismo de outono" e "O sono". Durante a segunda guerra mundial, Dalí radicou-se nos Estados Unidos, perto de Hollywood, e colaborou em alguns filmes. No final da década de 1940 regressou à Espanha e deu início a uma fase inpirada em obras-primas de pintores do passado, como "A última ceia", de Leonardo da Vinci, "As meninas", de Velázquez, "Angelus", de Millet, "A batalha de Tetuan", de Meissonier, e "A rendeira", de Vermeer de Delft -- seu pintor favorito. Posteriormente, alternou a pintura com o desenho de jóias e a ilustração de livros. Enquanto isso, sucediam-se as retrospectivas de sua obra (Nova York, 1966; Paris, 1979; Madri, 1982) e, à medida que diminuíam suas aparições públicas, a polêmica dava lugar à renovação do interesse por sua pintura. Em 1974 foi inaugurado em Figueras o Museu Dalí. Oito anos depois morreu Gala, fato que incidiu negativamente sobre sua atividade artística. Em 23 de janeiro de 1989, na mesma Figueras natal, morreu Salvador Dalí. Salador Dali Portal Possitvo DALÍ (Salvador Felipe Jacinto), pintor espanhol (Figueras, Catalunha, 1904 - id., 1989). Influenciado pelo impressionismo e pelo cubismo, tornou-se, a partir de 1929, um dos grandes representantes do surrealismo na França. Sua imagem com os bigodes de pontas levantadas ficou conhecida em todo o mundo e tornou-se uma espécie de marca de toda uma geração de artistas de vanguarda do século XX. Salvador Dalí nasceu no dia 11 de maio de 1904, em Figueras, na Espanha. Sua vocação para o desenho surgiu quando ainda era criança. Em 1922, seu pai matriculou-o na Escola de Belas-Artes de San Fernando, em Madri, de onde foi expulso no ano seguinte. Na capital espanhola, conheceu o pintor Joan Miró, o cineasta Luis Buñuel e o poeta Federico García Lorca. Em 1935, realizou sua primeira exposição, em Barcelona. Em 1928, mudou-se para Paris, onde entrou em contato com o surrealismo e acabou integrando o movimento. Em 1929, conheceu a esposa do poeta Paul Éluard, Helena Diakonova, conhecida como Gala Éluard, por quem se apaixonou e que, mais tarde, tornou-se sua modelo e companheira. Trabalhou com Buñuel em dois filmes: Um Cão Andaluz (1928) e A Idade do Ouro (1930). Em 1933, organizou uma exposição que o tornou conhecido em todo o mundo. Três anos depois, na Exposição Surrealista Internacional de Londres, Dalí apareceu vestindo um escafandro. Seu comportamento excêntrico e escandaloso surpreendia até mesmo os surrealistas. Nesse período, desenvolveu um método baseado na psicanálise chamado método paranóicocrítico, em que associava imagens do cotidiano a elementos do inconsciente. Em 1938, foi até Londres encontrar-se com Freud. Ainda no final da década de 30, viajou várias vezes para a Itália, onde passou a estudar os grandes pintores. Inspirou-se, então, em quadros antigos de pintores famosos para produzir sua obra. Com a Segunda Guerra Mundial, transferiu-se, junto a Gala, para os Estados Unidos. O ano era 1940. Já fora do grupo de surrealistas, continuou atuando no meio artístico, participando de exposições, fazendo palestras e colaborando com o cinema. Em 1942, publicou sua biografia, A Vida Secreta de Salvador Dalí. Em 1948, retornou à Espanha. Nessa época, voltou-se mais para os temas religiosos e científicos. Mais tarde, chegou também a desenhar jóias e a ilustrar livros. Em 1964, foi condecorado com a Grande Cruz de Izabel, a Católica. Em 1974, criou o Teatro e Museu Dalí, em Figueras, onde se encontra grande parte de sua coleção, desde as primeiras obras até aquelas feitas nos seus últimos anos de vida. Em 1978, foi escolhido para ocupar a Academia de Belas-Artes da França. Embora aparecesse publicamente com pouca freqüência, suas obras continuavam viajando o mundo, com exposições em Nova York (1966), Paris (1979) e Madri (1982). Em 1982, Gala morreu, e Dalí refugiou-se em sua casa em Figueras. No mesmo ano, foi inaugurado, em Saint Petersburg, nos Estados Unidos, o Dalí Museum. Salvador Dalí faleceu no dia 23 de janeiro de 1989 em sua cidade natal, Figueras. Dois anos depois, foi inaugurado em Paris o Espace Dalí-Montmartre. Dentre suas obras, destacam-se: O Grande Masturbador (1929), A Persistência da Memória (1931), O Espectro da Atração Sexual (1932), Ovos sobre o Prato sem o Prato (1932), Ruínas Atávicas Depois da Chuva (1934), Construção Mole com Feijões Cozidos (1936), Canibalismo de Outono (1936), O Sono (1937), Metamorfose de Narciso (1937), A Cesta de Pão (1945), Cristo de San Juan de la Cruz (1951) e A Última Ceia (1955). Biografia - Salvador Dalí (1904-1989) "Sou um monstro de inteligência" Colaboração para Folha Online Ele dizia que seus quadros eram "fotografias de sonhos pintadas à mão". Frasista inspirado, dono de uma verve irresistível, Salvador Dalí era um homem excêntrico, dado a surtos de exibicionismo e megalomania, o que ajudou a criar em torno de sim uma aura mítica de ousadia e loucura. "As duas coisas mais felizes que podem acontecer a um pintor contemporâneo são: primeiro, ser espanhol, e segundo, chamar-se Dalí. Ambas me aconteceram", dizia, com sua insuperável capacidade para o marketing pessoal. "Todas as manhãs eu experimento uma delicada alegria - a alegria de ser Salvador Dalí - e me pergunto, em êxtase, que coisas maravilhosas esse Salvador Dalí vai realizar hoje?" Nascido na cidade catalã de Figueres, na Espanha, começou a pintar por volta dos 13 anos, época em que seu pai organizou uma exposição familiar com seus desenhos a carvão. Cinco anos depois, em 1922, Salvador Dalí mudou-se para Madri, onde ingressou na Academia de San Francisco e conheceu o poeta Federico Garcia Lorca e o futuro cineasta Luis Buñuel. Com o primeiro, teria um caso de amor platônico. Com o segundo, viria a fazer os filmes surrealistas Um Cão Andaluz (1929) e A Idade do Ouro (1930). "Sou um monstro de inteligência", gabavase. Foi no mesmo ano das filmagens de Um Cão Andaluz que passou a morar com a russa Elena Dimitrievna Diakonova, dez anos mais velha do que ele e então casada com o poeta francês Paul Eluard. Diakonova, apelidada de Gala, ficará com Dalí até o último dia de sua vida. "Ela curou-me de todas as minhas angústias. Gala é a curandeira dos terrores", definia o artista, que jurava ser virgem até conhecer sua eterna musa. A ruptura oficial com os surrealistas foi barulhenta. Salvador Dalí foi expulso das hostes do movimento pelo líder André Breton, que passara a defender a doutrina marxista. Dalí, acusado de compactuar com o fascismo, se disse um "anarco-monarquista" e desdenhou da expulsão: "O surrealismo sou eu". No início da Segunda Guerra, em 1940, Dalí e Gala mudaram-se para os Estados Unidos, onde o artista colaborou com Alfred Hitchcock em uma seqüência do filme Spellbound (Quando fala o coração). O casal permaneceu nos EUA até 1955. Quando retornou a Espanha, Salvador Dalí declarou apoio ao ditador Francisco Franco. "Sou favorável aos períodos de inquisição. Quanto mais opressões, mais se é levado a precisar o que se deve dizer. Sim à repressão das liberdades", declarou. A partir de 1982, com a morte de Gala, Salvador Dalí tornou-se um homem recluso, abatido pelo Mal de Parkinson. Deprimido pela ausência da mulher, recusou-se a comer e passou a ser alimentado por uma sonda nasal, com a qual posou para a capa da revista americana Vanity Fair. Dalí viveria até 1989. Porém, os críticos mais rigorosos afirmavam que sua arte já morrera muito tempo antes dele, ainda ao final da primeira fase surrealista, na distante década de 1930. Depois disso, passara a viver apenas do escândalo e da polêmica em torno de seu comportamento pouco ortodoxo. Contexto histórico Em busca da "paranóia crítica" Colaboração para Folha Online Salvador Dalí definiu seu processo criativo como "crítico-paranóico". Tal método consistiria em permitir-se um estado mental semelhante ao da paranóia clínica, no qual a vontade e a razão eram suspensas temporariamente, de modo deliberado pelo artista. Dalí empregava uma técnica apurada, de grande virtuosismo, mas a serviço de um simbolismo alucinado, proveniente do mundo dos sonhos e do inconsciente. Com seu comportamento extravagante, Salvador Dalí tornou-se o mais célebre dos representantes do movimento surrealista, vanguarda estética surgida na França no período entre-guerras. Os surrealistas defendiam o chamado "automatismo", o fluxo livre de associações de idéias, ditadas diretamente do inconsciente, sem qualquer tipo de controle racional ou censura moral. O surrealismo representava a face positiva do dadaísmo, movimento iconoclasta fundado em 1915 por um grupo de jovens artistas, entre os quais despontava a figura do escritor romeno Tristán Tzara. Assim como os surrealistas, os dadaístas também valorizavam o não-racional e o absurdo. Mas, em seus manifestos, prevalecia a ironia e o niilismo radical. Para o dadaísmo, tratava-se de implodir, pelo escândalo e pelo gracejo, o próprio conceito de arte. O poeta André Breton, principal líder e teórico do surrealismo, pregava a necessidade de resolver, de forma positiva, a contradição entre sonho e realidade, entre imaginação e consciência. Buscava, assim, alcançar uma suposta nova dimensão, a supra-realidade. As diferenças de concepção entre os adeptos do movimento surrealista – além das discordâncias de natureza política – acabaram antagonizando muitos de seus principais membros, inclusive André Breton e Salvador Dalí. "A diferença entre os surrealistas e eu é que, na verdade, eu sou surrealista", sentenciava o sempre provocativo Dalí.
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