a sorte dá mUito trabalho
Transcrição
a sorte dá mUito trabalho
Turismo Rural na RAM com pouca procura 28 1,50 € SEMANÁRIO | ANO 15 | Nº 780 sexta-feira | 24 de Outubro de 2014 DIRECTOR: EDGAR R. AGUIAR tribunadamadeira.pt “A sorte dá muito trabalho” Carlos Martins abraça novo desafio no Grupo Meliá após sucesso alcançado em Tenerife. 4e5 Um ano de mandato «à prova de fogo» «gestão financeira rigorosa» Ricardo Franco, autarca de Machico Paulo Cafôfo, autarca do Funchal 12 e 13 “Annie é o musical perfeito para toda a família” Teresa Gedge do MADS 6 Homens e mulheres unidos na luta contra o Cancro da Mama 9 a 11 Operador Luxemburguês lança rota para a Região 22 32 Mulheres em idade avançada são mais afetadas pelo AVC 18 Recolha de gatos deixa defensora dos animais «em polvorosa» 16 e 17 Dolce Vita Funchal recebe 10 milhões de visitantes por ano 28 Informação online em www.tribunadamadeira.pt semeador O mundo hipócrita e cínico, aquele que alimenta a indústria de armamento, que patrocina guerras e genocídios, aquele que apunhala sem rebuço e vislumbre de lágrimas, precisa de vez em quando de uma Malala a quem entregar o símbolo da paz mundial (não a pomba nem o ramo de oliveira…). Como é óbvio, mais do que óbvio, nada tenho contra (pelo contrário) os que pregam o bem, a amizade e a paz por esse mundo fora e que pouco se interessam por troféus homologados por meia dúzia de ilustres e iluminados que tomam assento em salões luxuosos e no sossego dos seus cadeirões. Lugares esses que as Malalas da vida começam a frequentar mais ou menos assiduamente. Assim como a ser convocadas para congressos, palestras, convenções. Deixam de ser um produto genuíno dos lugares de onde vêm e passam a ser um produto moldado às intenções muitas vezes maquiavélicas dos “senhores do mundo”. Esses, que tantas vezes são coniventes com os sistemas políticos, com os sistemas financeiros, com o clube de Bilderberg, com as negociatas que se fazem por detrás dos pesados reposteiros de veludo, são os primeiros a precisar de se purgar das suas atrocidades, das suas insensibilidades, das suas traições e cinismos. Prémio entregue acredita-se que, lamentavelmente, tudo irá continuar na mesma quanto a guerras, maldades desumanas, interesses esconsos e jogatanas de xadrez mundial. Porque assim como não é apenas uma andorinha a fazer a Primavera, também não será apenas uma Malala, um Francisco (Papa), uma Teresa de Calcutá a trazerem a paz à Humanidade. Acabei de ler a conclusão do estudo cientifico levado a cabo pelos dois sexólogos italianos que se entregaram de alma (e acredito que de corpo também) à questão do orgasmo feminino e do tão místico e tantas vezes insondável ponto G. Conclusão essa que pode ser lida por qualquer um no jornal Clinical Anatomy, pelo que acreditem que isto não é um devaneio da minha parte… Chega-se então à conclusão, conclusão lavrada por Giulia e Vincenzo Puppo, que o orgasmo vaginal não existe e que tudo não passa de TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 uma invenção de Freud. Que, coitado, já cá não está para defender a sua teoria e provar através dos seus esquemas-teoremas-equações que o ponto G é afinal uma realidade. Ou será antes uma promessa? Da minha parte tenho a dizer que nunca foi meu desígnio fazer prova das teorias de Freud. Vou para estas “coisas” de mente aberta e língua empenhada, imbuído de uma missão de (dar) prazer e sem me preocupar com as letras do alfabeto que a vagina possa comportar. Para mim esse é um local sagrado. Um santuário onde cabem todas as letras, todos os abecedários, todos os caracteres, todos os idiomas e todas as línguas. Se tenho sido bem sucedido? Depende dos dias e da motivação. Depende se do outro lado há entrega, vontade e desinibição. Se a cumplicidade existe à flor da pele. Porque se existir então a missão será levada a bom termo e todas as partes ficam satisfeitas. Com ou sem G. Existem verdades no nosso dia a dia que são tão óbvias e inquestionáveis que nem Jacques de la Palice se arriscaria a contrariar. Até porque na sua época (séculos XV e XVI) algumas destas realidades não existiam Vejamos: há três meses que não chove e o seu carro está besuntado de poeira e com um dedo que lhe marcou no vidro de trás “lava-me porco!”. Você segue o conselho do abelhudo, leva o carro à lavagem manual ou automática, o popó fica a brilhar e você sai ufano como se do stand tivesse acabado de sair. O carro até lhe parece novo carago! Passados dois dias cai uma carga de água medonha e o carro já está de novo tão porco, manchado e enlameado que só lhe ocorre praguejar contra tudo e contra todos. Para lição vai ficar mais quatro meses sem ir à lavagem e que se lixe o intrometido. ção bocal actualizada, com os dentinhos que rebrilham ao menor sinal de sorriso. Aliás, você até deixa ficar esse sorriso quando se passeia pelas avenidas mesmo que não tenha razões para sorrir. Chega a casa com o franguinho carbonizado comprado no Continente, rijo pra caramba!, mete-o à boca e aquela cartilagem manhosa da ave consegue por artes mágicas partir-lhe um canto do canino. Lá se foram 140 euros no dentista para o lixo! Agora que as esplanadas da cidade andam mais molhadas por via das chuvas outonais – que saudades que eu tinha delas e do fresquinho que arrastam! – as mesas das bilhardeiras de serviço nem parecem as mesmas. Estão desoladas por não lhes chegarem novas da vizi- Vejamos: porque é que o pão com manteiga acabada de barrar quando se atira para o chão cai sempre do lado que não deve? Porque é que a merda da manteiga tem que ficar virada para baixo, incomestível e o chão emporcalhado? Dizem que cai sempre do lado mais pesado… Vejamos: você vai ao dentista tratar da cremalheira. Sai de lá com as obturações todas tapadinhas, com a higieniza- nhança, por não se trocarem nomes deste e daquele e daquela outra. Estão tristes e macambúzias. Estão sozinhas e desamparadas de bilhardices. Calma minha gente. Não tarda nada vem de novo a Primavera e com ela a Fernandinha, a outra Fernandinha, a Gracinha, a Lurdinhas, o Carvalhinho e o Manelinho. Haja sol, línguas afiadas e inveja nos cotovelos! aNTÓNIO BARROSO CRUZ [email protected] Está mais do que provado de que o crime de colarinho branco-rosa-azul-celeste em Portugal compensa e de que maneira! Vem isto a propósito das prescrições nos casos de Jardim Gonçalves. Virá seguramente a propósito, mais tarde ou mais cedo, o mesmo, ou algo parecido, com Ricardo Salgado, caso que todos levam com tratos de polé porque há muito político, muito empresário, muito banqueiro envolvido na rede GES/BES. Vem também isto a propósito dos falsos gurus Granadeiro e Zeinal Bava, que afinal, e ao que se vai por aí suspeitando, compram prémios internacionais para serem elevados ao grau de incontestados, inquestionáveis ou brilhantes no mister das suas gestões. Gestões que, afinal, nada mais são que fraudulentas, interesseiras e oportunistas para alguém. Ou para muitos alguéns. Porque tudo isto, toda esta escumalha, faz parte de uma teia imensa. De um polvo demasiado gordo e tentacular. Espera-se que em breve o Zeinal vá trabalhar para Carlos Slim (apenas o mais milionário dos milionários), depois de ter metido ao bolso uma indeminização de cerca de 7 milhões de euros. Mas pelo caminho enterrou a PT e a OI. Viva a incompetência à portuguesa! l Ilustrações de Binóculosqb [email protected] 2 editorial TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Inquérito online UE atribui 24,4 milhões de euros para investigação do vírus ébola tra o tempo no combate ao ébola e devemos não só fazer face à situação de emergência mas preparar também uma resposta a longo prazo. Tenho, pois, o prazer de anunciar que será disponibilizado um montante adicional de 24,4 milhões de EUR para acelerar a investigação mais promissora tendo em vista o desenvolvimento de vacinas e tratamentos.» «Uma das mais importantes mensagens da comunidade internacional, hoje reunida em Genebra sob os auspícios da OMS, é que devemos intensificar a investigação médica no domínio do ébola,» declarou a Comissária Europeia responsável pela Investigação, Inovação e Ciência, Máire Geoghegan-Quinn. «Estes projetos combinarão os esforços dos melhores investigadores académicos e da indústria para lutar contra esta doença mortal.» O financiamento será concedido com base nas propostas apresentadas por equipas provenientes de toda a UE e de numerosos países terceiros, que foram avaliados por um grupo de peritos independentes (consultar anexo para ver os projetos selecionados). O Diretor da London School of Hygiene and Tropical Medicine, professor Peter Piot, e um dos descobridores do ébola, reagiu ao anúncio do financiamento: «Congratulo-me com a ação decisiva da Comissão para apoiar uma série de ensaios e estudos clínicos sobre o vírus Ébola enquanto contributo da Europa para por termo à crise do ébola que já custou a vida a tantas pessoas.» A Comissão também solicitou à Parceria entre a Europa e os Países em Desenvolvimento para a Realização de Ensaios Clínicos (EDCTP) que incluísse as epidemias emergentes que afetam a África, e nomeadamente o ébola, no seu plano de trabalho. Tal permitirá à EDCTP financiar os ensaios clínicos de medicamentos, vacinas e métodos de diagnóstico em futuros convites à apresentação de propostas. l A candidatura de Jaime Ramos à liderança do PSD-M faz sentido? Vote no site: tribunadamadeira.pt Pergunta anterior: Teme que possam vir a surgir casos de Ébola registados na Madeira? Sim - 83% | Não - 17% PUB A Comissão Europeia anunciou, nesta semana, a atribuição de um montante de 24,4 milhões de EUR do orçamento da União Europeia (UE) para financiar a investigação no domínio do vírus Ébola. O financiamento será atribuído a cinco projetos, que vão de um ensaio clínico em grande escala de uma vacina potencial até testes de componentes já existentes e novos para tratar o vírus ébola. Os fundos do programa «Horizonte 2020» o programa de investigação e inovação da UE, serão canalisados através de um procedimento de urgência, a fim de dar início aos trabalhos o mais rapidamente possível. A Comissão também está a trabalhar com a indústria tendo em vista a prossecução do desenvolvimento de vacinas, medicamentos e diagnósticos para o vírus ébola e outras doenças hemorrágicas no âmbito da iniciativa sobre medicamentos inovadores. O Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, declarou: «Estamos numa corrida con- 3 Rede de Mupis e Abrigos de Paragem na Ilha do Porto Santo O clima e a Praia da Ilha do Porto Santo, proporciona às pessoas o bem-estar e felicidade. O Liberal, comunicações, lda. Edifício “O Liberal” PEZO - Lote 7 9300 Câmara de Lobos T. 291 911 300 F. 291 911 309 E. [email protected] ABRIGOS DE PARAGEM MUPIS DIMENSÃO . 1,20 x 1,76 mts ALUGUER . 24 faces de Mupis .12 faces de Abrigos LOCAL . Mupis no Centro . Abrigos de Paragem nas Zonas Rurais 4 entrevista TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 “A sorte dá muito trabalho” Carlos Martins abraça novo desafio no Grupo Meliá após sucesso alcançado em Tenerife Carlos Martins assume, em Novembro, uma das vice-presidências do Grupo Meliá. O gestor hoteleiro madeirense terá sob a sua responsabilidade reposicionar a marca SOL, um dos «brands» da Meliá Hotels International, numa área de negócio que compreende cerca de 32 mil camas em mais de 80 hotéis. O novo desafio surge depois de levar o Gran Meliá Palacio de Isora, em Tenerife, de hotel economicamente deficitário a melhor «resort» de Espanha. Foi o desafio mais difícil da sua carreira. “Não havia uma única pessoa que não me perguntasse se eu sabia aonde me estava a meter”, recorda. ricardo soares T [email protected] ribuna da Madeira (TM) – Ficou-se a saber há poucos dias que Carlos Martins passa a ter novas atribuições no Grupo Sol Meliá. Quais são as suas novas competências? Carlos Martins (CM) - A partir do próximo mês de Novembro assumirei uma das vice-presidências do Grupo Meliá. A minha área de negócio abrangerá a Costa Mediterrânica espanhola, as Ilhas Baleares, as ilhas Caná- rias, Cabo Verde, Croácia e Bulgária. As minhas funções passam por ajudar a companhia a reposicionar a marca SOL, um dos «brands» da Meliá Hotels International e marca berço desta companhia . Esta área de negócio compreende cerca de 32.000 camas em mais de 80 hotéis. O objetivo dos próximos três anos é desenvolver uma estratégia para reposicionar esta marca e poder assim aumentar a presença deste «brand» no Mediterrâneo e em novas áreas das Caraíbas. TM – Foi um passo natural tendo em conta o trabalho feito dentro do grupo? CM - Depois de dirigir durante quase cinco anos um dos melhores - senão o melhor - produto hoteleiro da Melia na Europa, e de junto com uma grande equipa termos conseguido resultados extraordinários a todos os níveis neste «resort», posso considerar este passo como um passo natural. O Gran Meliá Palacio de Isora, em Tenerife, passou em cinco anos de um hotel deficitário economicamente a um hotel altamente rentável, conseguindo a nível de qualidade ser nomeado por três vezes, nos últimos cinco anos, como o melhor «resort» de Espanha. Desafio difícil com o Céu como limite TM – A abertura do Meliã Madeira Mare, em Outubro de 2008, pode ser considerado um ponto de viragem na sua carreira? CM - Julgo que o grande ponto de viragem na minha carreira foi em 2003, quando o saudoso Comendador Horácio Roque me convidou para diretor-geral do Grupo Savoy. Depois do Savoy, o desafio Meliá Madeira Mare e a Direção Geral de Operações do Grupo Melia em Portugal foram, sem duvida, de fundamental importância para o presidente e CEO da Meliá Internacional me convidarem para o desafio mais difícil da minha carreira, em Tenerife. Nunca mais me esquecerei da entrevista com o pre- sidente do grupo, em Janeiro de 2010, quando me disse: “Se você conseguir levar este resort onde ele merece, o Céu é o limite!” Pois não duvido que ele se referia a esta posição ou a uma equivalente. Aqui estou, pronto para dar tudo o que sei de forma humilde, honrada e com entrega total. TM – Foi em Abril de 2010 que tornou-se o diretor-geral do hotel de bandeira do grupo espanhol, o Gran Meliá Palacio de Isora. Era uma proposta irrecusável? CM - Era uma proposta incrível. Sabia que era um risco altíssimo, sabia que em dois anos de existência o Palacio de Isora já registava a passagem de quatro diretores, e que era um produto cujo investimento (na ordem dos 225 milhões de euros) era sem dúvida o problema principal desta companhia e que não tinha margem para errar. Com muito trabalho, com uma grande equipa e com o máximo apoio da presidência do grupo conseguimos resultados a todos os níveis, que nos transformaram no «Best Practice» da Meliá e de algu- entrevista TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 mas outras empresas de referência económica. Necessidade de desafios sem meta à vista TM - Foi para Tenerife apenas um ano depois de começar a exercer funções como diretor-geral do grupo em Portugal. O desafio era maior em Espanha? CM - Em Portugal acumulava as funções de diretor do Melia Madeira e de diretorgeral de Operações do Grupo Meliá Portugal. O desafio em Tenerife era único, tipo «Missão Impossível». Não havia uma única pessoa que não me perguntasse se eu sabia aonde me estava a meter... da mesma forma que agora podia ficar comodamente a dirigir o Palacio de Isora com excelentes resultados em vez de aceitar um desafio com esta magnitude. Não o faço por protagonismo, faço-o porque necessito de me desafiar a cada dia e sem meta à vista. Faço o melhor que sei fazer, o melhor que posso, e pretendo fazêlo até ao fim. Se no fim deste percurso tudo sair bem como até agora, o que se disser contra mim não importará nada. TM - Enquanto diretorgeral do The Gran Melia Palacio de Isora tornouse o segundo classificado nos prémios «Worldwide Hospitality». Como recebeu essa distinção? CM - Não tenho dúvidas nenhumas que, se não fosse pelo excelente produto que eu dirigia, nunca teria sido aceite nesta candidatura. Foi a direção-geral da Meliá que me candidatou e nunca pensei chegar à final de Paris. Quando anunciaram que estava entre os três melhores do mundo foi como um reconhecimento a todas as pessoas que me proporcionaram chegar até aqui. Essas pes- soas que fazem do seu dia a dia um esforço tremendo para que tudo saia perfeito. A essas pessoas devo muito do que sou. Subir ao palco em Paris - e dos três finalistas só se apresentaram dois - para mim era a glória. Foi um orgulho para tudo e todos. “Turismo é atividade de técnicos e não de políticos” TM - Alguma vez pensou, desde que entrou na hotelaria, que o seu percurso seria recheado de tanto sucesso? CM - Sabia que com a minha dedicação e entrega total - a tudo o que faço ou que me envolvo - o meu percurso seria vitorioso. Não imaginava chegar a onde cheguei, mas para os jovens deixo a mensagem que passo sem- pre aos meus filhos: o êxito só se alcança com muito esforço porque a sorte dá muito trabalho! E se querem um futuro de qualidade haverá muitas coisas boas da vida de que deverão abdicar! É uma opção de vida! Servir os outros…. TM – Que análise faz ao estado atual da hotelaria na Madeira? CM - Depois de quase cinco anos fora da Madeira não seria ético criticar, mesmo que construtivamente, o turismo da Madeira. A única coisa que gostaria de referir - e de relembrar é que enquanto não tivermos uma estratégia séria e compatível para o turismo da Região Autónoma da Madeira, feito por todos e para todos, não avançaremos. Uma estratégia de liderança e implicação de todos! Defendi e seguirei defendendo que o turismo é uma atividade de técnicos e não de políticos. Que os políticos sigam fazendo o seu trabalho e que deixem os homens 5 e mulheres do turismo fazer o deles. “A Madeira é a minha terra” TM - O regresso à Região Autónoma é uma hipótese colocada de lado? CM - Nunca. A Madeira é a minha terra. Aqui terminarei a minha carreira, emprestando e divulgando a minha experiência através da formação, do jornalismo ou inclusivamente da consultoria. TM – Passou não só pelo jornalismo como pelo dirigismo desportivo. A hotelaria estava-lhe no sangue? CM - Adoro escrever e adorava um dia fazer um programa de televisão. O dirigismo desportivo como vice-presidente do Farense, durante dois anos, foi uma experiência incrível, mas o turismo e a hotelaria foram uma opção que aos poucos me começou a invadir o sangue. l 6 cultura TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 “Annie é o musical perfeito para toda a família” Afirmou Teresa Gedge do Madeira Dramatic Society (MADS) O musical «Annie» estreia a 13 de novembro e estará patente até ao dia 16. Teresa Gedge desvendou ao Tribuna sobre o enredo deste espectáculo que irá marcar a diferença. A personagem principal Annie (Maya Fletcher Blandy) e o seu cão irão cativar o público. principais ou da companhia, do coro, etc. Teresa Gedge realça que esta espectáculo «é um musical familiar e é para toda a gente. É um clássico musical dirigido à família. Tem uma história muito alegre e amorosa». Adiantou ainda: «Os madeirenses estão a aderir a este tipo de evento musical e divertido, principalmente quando estão incluídas crianças. Vão gostar certamente, e as músicas são conhecidas. Terá ainda a participação de dois cães o que é uma novidade e irá cativar o público». Até ao dia da estreia do musical Annie há muito trabalho por fazer. Desde os ensaios, a decoração do espaço, as roupas, tudo tem de estar a rigor. Teresa Gedge está responsável pelos vestuários dos figurinos. Uma tarefa que também requer muito trabalho e dedicação. Quanto ao dia tão esperado por todos os participantes no musical, o da estreia de Annie, as expectativas são grandes. Teresa Gedge deixa uma mensagem aos madeirenses: «Espero que as pessoas venham ver o espectáculo musical, que SARA SILVINO « [email protected] Annie», o musical cuja estreia está agendada para o dia 13 de novembro, conta a extraordinária história de uma pequena orfã que acaba por entrar no mundo da luxúria do bilionário Oliver Warbucks. Diferente das outras crianças do orfanato de Miss Hannigan’s, a espantosa Annie acredita que os seus pais ainda estão vivos e um dia voltarão para a vir buscar. Quando o Sr. Warbucks se oferece para a adoptar, ela pede-lhe que a ajude a encontrar os seus verdadeiros pais. Warbucks oferece uma recompensa como forma de atrair os pais de Annie, mas como estes já não estão vivos, atrai a atenção dos vilões e aldrabões Rooster, Lily e da malvada Miss Hannigan, que monta uma cilada para raptar Annie e receber os $50,000 de recompensa. Este clássico musical familiar tem um final feliz para Annie. De acordo com Teresa Gedge, do Madeira Dramatic Society (MADS) «Annie é o musical perfeito para toda a família». A personagem principal é a menina Annie, interpretada por Maya Fletcher Blandy (residente na Madei- ra). Participarão também três actores que vêm de Inglaterra. Teresa Gedge adiantou ao Tribuna que os ensaios têm decorrido dentro da normalidade. Disse ainda que «o espectáculo conta com a participação de jovens actrizes, um cão adorável, e músicas que ficarão no coração do público». Além de Annie, 10 crianças - que vão representar de órfãos - e várias personagens fazem parte das figuras gostem e que no final sintam que valeu a pena». O musical Annie estará patente ao público até ao dia 16 de novembro de 2014, no Centro de Congressos da Madeira. De salientar, o MADS vai utilizar pela primeira vez um método diferente para a aquisição das entradas. Os bilhetes para este musical poderão ser adquiridos online: Worten, FNAC, Dolce Vita, Fórum Madeira. Ou, para quem preferir, adquiridos duas horas antes do espectáculo começar. l TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Tarifário móvel Todos Madeira Na Região vale mais 100 min/sms/mms 500 min/sms/mms para todas as redes 0MB 200MB de internet incluída 99 €9, mês Liga 16130 ou vai a uma loja publicidade 7 sociedade FOM'14_TRIBUNA_148X270_AF.pdf 1 03/10/14 12:08 TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 «Desvio ou Erro?» lançado a 31 de outubro PUB 8 www.festivaldeorgaodamadeira.com [ ENTRADA LIVRE ] [ FREE ADMISSION ] PROGRAMA PROGRAMME ’ A obra é da docente Helena Rebelo • Sexta-feira Friday, 17 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m. IGREJA DE CHURCH OF SÃO JOÃO EVANGELISTA [Colégio] Pieter Van Dijk, órgão / organ O Colégio dos Jesuítas será palco do lançamento do livro «Desvio ou Erro?» da autoria de Helena Rebelo. A obra, editada por O Liberal, apresenta uma compilação de artigos da autora. “Com estas crónicas, quis provocar, linguisticamente falando, a hesitação, a reflexão, a discussão, ’ • Sábado Saturday, 18 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m. SÉ CATEDRAL FUNCHAL‘S CATHEDRAL Rui Paiva, órgão / organ Ensemble Vocal da Academia de Música de Santa Cecília, António Gonçalves, direção / direction ’ • Domingo Sunday, 19 OUT OCT, 18h00 6.00 p.m. IGREJA DE CHURCH OF NOSSA SENHORA DE GUADALUPE (Porto da Cruz) • Segunda-feira Monday, 20 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m. IGREJA DE CHURCH OF SÃO PEDRO Marco Brescia, órgão / organ Rosana Orsini, soprano ’ 2014 OUT OCT ’ • Terça-feira Tuesday, 21 OUT OCT, 11h00 11.00 a.m. IGREJA E CONVENTO DE CHURCH AND CONVENT OF SANTA CLARA • Terça-feira Tuesday, 21 OUT OCT, 12h00 12.00 a.m. IGREJA DE CHURCH OF SÃO JOÃO EVANGELISTA [Colégio] visita comentada aos órgãos guided tour to the organs by João Vaz e/and Dinarte Machado ’ PUB 17 26 ’ • Terça-feira Tuesday, 21 OUT OCT, 18h00 6.00 p.m. AUDITÓRIO DA REITORIA DA UMA UNIVERSITY OF MADEIRA - RECTORY AUDITORIUM Rui Vieira Nery, Conferência / lecture ’ • Quarta-feira Wednesday, 22 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m. RECOLHIMENTO DO HOSPICE OF BOM JESUS João Paulo Janeiro, órgão / organ Paula Erra, recitação / declamation ’ • Quinta-feira Thursday, 23 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m. IGREJA DE CHURCH OF SÃO JOÃO EVANGELISTA [Colégio] Joris Verdin, órgão / organ ’ • Sexta-feira Friday, 24 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m. IGREJA DE CHURCH OF SÃO MARTINHO João Santos, órgão / organ Orquestra Clássica da Madeira Norberto Gomes, direção artística / artistic direction ’ • Sábado Saturday, 25 OUT OCT, 21h30 9.30 p.m. IGREJA DE CHURCH OF NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO (Machico) Daniela Moreira, órgão / organ ORGANIZAÇÃO PRODUÇÃO e d i c a r t e PUB APOIOS INSTITUCIONAIS APOIOS B2 DESIGN ’ • Domingo Sunday, 26 OUT OCT, 18h00 6.00 p.m. IGREJA E CONVENTO DE CHURCH AND CONVENT OF SANTA CLARA Joris Verdin, órgão e harmónio / organ and harmonium Maria Ferreira, soprano a argumentação, mais do que corrigir. Pretendi fazer nascer a necessidade de melhorar a expressão escrita e oral, com um prestar cada vez mais atenção ao que dizemos e escrevemos, reparando no modo como o fazemos”, frisou Helena Rebelo. De referir, o evento irá decorrer pelas 18 horas. l política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Um ano de gestão financeira rigorosa Afirmou o autarca do Funchal Fez um ano que Paulo Cafôfo assumiu a liderança da Câmara Municipal do Funchal, registando um momento histórico. Em entrevista ao Tribuna, o autarca apontou um balanço “deveras positivo”. Falou sobre o trabalho realizado e o que ainda está por se concretizar. Abordou ainda sobre o programa ‘Porta a Porta’, o Orçamento Participativo, alterações à orgânica interna, reuniões de câmara. Professor com orgulho, como realçou, Cafôfo lamentou “as sucessivas trapalhadas que têm sido cometidas quer pelo Ministério da Educação, quer pela Secretaria Regional de Educação”. SARA SILVINO T [email protected] ribuna da Madeira (TM) - Qual é o balanço que faz destes 12 meses como autarca do Funchal? Paulo Cafôfo (PC) - As eleições autárquicas de 29 de Setembro foram históricas, abriu-se, sem dúvida, um tempo novo na Região Autónoma da Madeira, em geral, e no Funchal, em particular. Temos a perfeita noção das nossas responsabilidades e das expectativas que recaem sobre nós. Sabemos as esperanças que os cidadãos depositaram e continuam a depositar no nosso projeto. O balanço é, para já, deveras positivo ainda que só esta semana tenhamos completado, mais exatamente a 21 de 9 Outubro, um ano de governação da Câmara Municipal do Funchal, ainda para mais num quadro de maioria relativa, o que é a primeira vez que acontece. Os desafios que o Funchal enfrenta são muitos e difíceis mas estamos motivados em ajudar as pessoas e a resolver os problemas da cidade e estamos, plenamente, convictos que os conseguiremos ultrapassar. Contamos com todos para o caminho que traçámos e apresentámos aos funchalenses. Fazer do Funchal uma cidade em que todos nos orgulhemos e que seja exemplar nas suas múltiplas valências, para os seus habitantes e visitantes. TM - As dificuldades encontradas no início na autarquia já foram ultrapassadas? PC - As dificuldades de governar o Município do Funchal, a “cidade-capital” da Região Autónoma da Madeira, onde estão sediadas as instituições de maior relevo, os serviços públicos e privados essenciais ao bemestar, segurança e qualidade de vida, em que se encontra situado o grosso do tecido empresarial, a universidade e as principais escolas, são constantes e diárias. Como é óbvio não estamos imunes aos constrangimentos político-económicos do país e da Região nem ao pesado legado que a anterior vereação, um endividamento que ascendia no final de 2013 a 96 Milhões de Euros. Estamos a prosseguir uma política de gestão financeira rigorosa, e cumpridora, onde se salienta que em termos de execução conseguiremos baixar a dívida global da autarquia, em 2014, em cerca de 12 Milhões de Euros, e contamos reduzir em 2015 um valor semelhante. Estamos a pagar as dívidas do passado, estamos a fazer um esforço de redução dos gastos correntes, mantendo ainda um valor considerável para investimento, que é insuficiente para as nossas ambições, mas é o que podemos. Não podemos deixar de recordar que os anteriores executivos liderados por Miguel Albuquerque, recorreram constantemente à ajuda do Estado para tentar pagar a fornecedores. Além do PAEL em 2013, no valor de 29 Milhões de Euros, em 2008 e em 2009 houve os programas a “Pagar a Tempo e Horas” e PREDE, no valor de 17,5 Milhões de Euros. Há aqui uma diferença clara entre a Mudança e o PSD. Nós iremos fazer obra e conseguimos reduzir a dívida. 10 política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 rior a 65 anos, cuja média dos rendimentos per capita do agregado familiar não exceda o valor da pensão mínima do regime geral da Segurança Social. A autarquia tem com esta medida um papel social muito importante nesta ajuda às pessoas idosas mais carenciadas. TM - Quantos idosos já se candidataram ao apoio da CMF através de um ‘cheque eletrónico’? PC - Presentemente temos cerca de 100 beneficiários a receber a comparticipação de medicamentos. TM - E que balanço faz do programa ‘Porta a Porta’? PC - Como sempre dissemos, estamos a monitorizar o programa Câmara a Porta de modo a optimizá-lo. Realço, contudo, que temos em curso programas sociais de maior alcance. Neste momento já lançámos os principais programas sociais com que nos comprometemos: Programa de Comparticipação de Medicamentos a Idosos, o Subsídio Municipal ao Arrendamento, o Programa de Formação e Ocupação em Contexto no Trabalho, em fase final de apreciação pública, e que cremos dará oportunidade a muitas pessoas de trabalhar em projetos da autarquia, o Programa de Apoio a Habitações Degradadas de Famílias Carenciadas, tudo isto dentro do que consideramos o Fundo de Investimento Social. Para este Fundo, iremos considerar novamente um valor de 1 Milhão de Euros no Orçamento para 2015, além de todo o investimento que continuaremos a ter na área de habitação social, educação e ação social, que no total ascende a 1,5 Milhões de Euros. Noutro âmbito, saliento outras medidas também com impacto nas famílias: reduzimos novamente o IMI, e devolvemos 1p.p. do IRS. “Pela primeira vez em muitos anos o município do Funchal não tem pagamentos em atraso” TM - Quais os objetivos traçados que ainda não foram realizados? PC - Como disse anteriormente acabámos de concluir um ano de mandato. Mas a mudança de paradigma de governação começa a tornar-se evidente nas suas práticas de gestão financeira. Pela primeira vez em muitos anos o município do Funchal não tem pagamentos em atraso, num esforço em honrar os compromissos assumidos para com os seus fornecedores. Mas queremos mais. Queremos uma cidade com futuro. Temos uma ambição, preparar e planear estrategicamente a cidade para os próximos 20 anos. Planear o Funchal requer estudo, diagnósticos e formulação de medidas para implementação das opções políticas. A nível de planeamento e ordenamento do Funchal estão em curso 5 projetos que irão definitivamente mudar o paradigma de desenvolvimento urbano do Concelho e deixarão a nossa cidade melhor do que a encontramos, uma cidade melhor para os nossos cidadãos e visitantes, uma cidade melhor organizada e estruturada para os anos vindouros. A revisão do Plano Diretor Municipal, o Programa de Revitalização do Comércio, o Plano de Mobilidade e Transportes, o Programa de Reabilitação Urbana (Cidade Com Vida), e o programa Funchal Digital/Loja do Munícipe, são 5 projetos que respondem a desafios fulcrais de uma cidade do século XXI: o ordenamento urbanístico e do território, a dinamização da atividade económica, o planeamento dos fluxos de circulação urbana, a reabilitação do património e revitalização da cidade, e a preparação da administração autárquica para responder com mais eficácia e rapidez aos cidadãos e às suas necessidades. “A reposição das 35 horas semanais era e é uma questão de justiça” TM - Em que fase se encontra a situação da reposição das 35 horas na autarquia do Funchal? PC - Lamentamos que o Governo Regional ainda não tenha outorgado o acordo coletivo de trabalho há meses atrás, sendo que nesse hiato houve alterações na Legislação laboral e sem a assinatura do GR houve necessidade de reformular os Acordos. É um nosso compromisso que queremos levar até ao fim. Neste momento já assinámos os novos acordos, tendo enviado aos sindicatos para fazerem o mesmo. Faltará o Governo Regional, que esperamos agora faça a sua parte. Sem- pre dissemos que a reposição das 35 horas semanais era e é uma questão de justiça. Os funcionários públicos, neste caso da administração local regional já estão a sofrer uma severa penalização devido aos cortes do PAEF, não é, pois, justo, obriga-los a trabalhar mais, ganhando muito menos. TM - O ‘Programa Municipal de Comparticipação Municipal na Aquisição de Medicamentos’ tem tido adesão por parte dos idosos com mais de 65 anos, com pensões míni- mas da Segurança Social ou inferiores à pensão de velhice? Qual é o balanço que faz desta medida da autarquia? PC - É uma importante medida de apoio social aos nossos cidadãos seniores, mais carenciados e que tantas vezes são esquecidos. A comparticipação de medicamentos visa apoiar a aquisição de medicamentos com receita médica, na parte não comparticipada, a cidadãos residentes no concelho do Funchal, com idade igual ou supe- “Uma das grandes mudanças em curso no Funchal é o Orçamento Participativo” TM - Os Encontros de Participação do Orçamento Participativo do Funchal que já se realizaram têm tido muita adesão dos residentes? Quais têm sido as novas propostas apresentadas pelos funchalenses? PC - Uma das grandes mudanças em curso no Fun- política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 chal é o Orçamento Participativo. Serão 300 mil euros que reservaremos para este fim no próximo orçamento. A verdadeira democracia não limita a participação dos cidadãos ao dia do voto. Podem e devem participar diretamente na aplicação dos dinheiros públicos, fazendo propostas, tomando decisões, ajudando a que a sociedade civil seja informada, forte e ativa. Os Encontros de Participação do Orçamento Participativo – já vamos no 5º - têm sido um sucesso, inclusivamente mostrando que os cidadãos gostam e querem participar, repare que, no primeiro encontro, batemos o recorde nacional de pessoas presentes para um primeiro encontro, com 116 cidadãos, e têm ideias e propostas concretas para a nossa cidade. Posso adiantar-lhe que já foram apresentadas mais de uma centena de propostas, estando em análise pelos serviços técnicos da CMF cerca de uma vintena, que foram as votadas pelos cidadãos. diálogo apesar das divergências políticas. “Louvo os meus colegas professores cujo papel e competência são tantas vezes desprezados” “A atual orgânica está muito virada para dentro” TM - No que se refere à reorganização dos serviços da autarquia, já foram feitas alterações à orgânica interna? PC - Nomeadamente, redução de departamentos e divisões. TM - Qual tem sido a reacção desses quadros? PC - Estamos presentemente a trabalhar nessa matéria. A estrutura atual encerra uma visão muito tradicional naquilo que é a abordagem à organização dos serviços e não responde totalmente às necessidades dos cidadãos nem aos novos desafios que se colocam a uma administração que se quer cada vez mais moderna, eficiente e virada para as pessoas. Entendemos que a atual orgânica está muito virada para dentro, sendo muitas vezes sobreposta e pensando pouco nos munícipes, sendo exatamente esta situação que queremos mudar, para melhor. Mas deixe que lhe diga que damos muita importância aos nossos funcionários municipais, sabendo bem o valor e dedicação que colocam na sua atuação e contamos com todos eles para que seja possível construir a cidade que desejamos. Uma cidade que pense e exista para o bem-comum, que sirva as pessoas, que seja motivo de 11 orgulho para os seus cidadãos. Sem a sua colaboração, empenho, profissionalismo e competência não nos será possível ultrapassar os desafios que temos pela frente. TM - A equipa em funções, escolhida após um período um tanto conturbado no seio da “mudança”, assinalada com a saída da vice-presidente na altura e alguns vereadores, superou as expetativas? PC - Deixe que lhe diga que os vereadores Domingos Rodrigues, Madalena Nunes, e Miguel Silva Gouveia, faziam parte da equipa da Mudança, estando a fazer um excelente trabalho, com enorme dedicação à autarquia, às responsabilidades sob os seus pelouros e à execução do nosso programa de governo. Não poderia estar mais satisfeito com o seu trabalho e comprometimento. TM - Houve quem duvidasse que o Dr. Paulo Cafôfo iria conseguir aguentar os primeiros três meses na autarquia do Funchal. Porém, já assinalou um ano de mandato. Sente que deu “uma lição” a quem não acreditava no seu desempenho como autarca? PC - No dia 29 de Setembro os funchalenses, embora sem maioria absoluta, deramnos uma vitória clara e inequívoca. Foi, sem dúvida, a vitória da cidadania, da participação e do envolvimento cívico. Ou seja: ganhámos porque os funchalenses assim o quiseram e confiaram e confiam em nós e no nosso projeto, escolhendo o nosso programa para o Município do Funchal. E temos demonstrando, com diálogo e respeito, com acordos com a oposição, que é possível governar e bem a nossa cidade, mesmo com maioria relativa. Estamos a cumprir com o nosso programa, não descurando o investimento público e os apoios sociais, estamos a honrar os compromissos herdados do passado, nomeadamente os pagamentos resultantes do endividamento dos executivos anteriores. TM - Como tem sido o diálogo com os partidos da oposição na vereação nas reuniões de câmara? A oposição está mais aberta ao diálogo, e aos ideais apresentados, ou nem por isso? PC - Da nossa parte, sempre houve e haverá total abertura ao diálogo e ao entendimento ainda que alguma oposição municipal, nomeadamente o PSD, seja pouco cooperante e se mostre pouco aberto ao diálogo e ao entendimento. Realço a mudança de paradigma que passou a imperar na Câmara Municipal do Funchal e Assembleia Municipal desde o dia 29 de Setembro, em que se acabou com a cultura de prepotência política que vigorava, privilegiando, em vez disso, a abertura e o diálogo. E começou logo com a eleição da mesa da Assembleia Municipal em que se incluiu um representante da oposição. Também na Sessão Solene em que se celebrou, pela primeira vez, o aniversário da Revolução dos Cravos, que nos trouxe não só a autonomia, que tanto orgulho temos, mas também o reforço dos poderes do municipalismo, mostramos claros sinais de mudança. Todos os grupos municipais tiveram direito a usar da palavra, tal e qual sucedeu hoje, aqui, nesta Sessão Solene, no Dia da Cidade, numa prova cabal do que devem ser as boas práticas democráticas, com respeito e TM - O Dr. Paulo exercia a profissão de docente de História antes de tomar posse na autarquia. Como vê a atual situação da Educação na Madeira, com menos alunos no ensino, professores no desemprego, creches com salas fechadas e um número menor de crianças colocadas no pré-escolar? PC - Embora goste do presente desafio, em especial de saber que posso estar próximo das pessoas e ajudá-las, bem como contribuir para que a nossa cidade seja cada vez melhor, sou e serei sempre professor. E tenho e sempre terei orgulho na minha profissão. E louvo os meus colegas professores cujo papel e competência são tantas vezes desprezados, têm sido o baluarte da Educação, tanto cá como no continente, lamentando, profundamente as sucessivas trapalhadas que têm sido cometidas quer pelo Ministério da Educação, quer pela Secretaria Regional de Educação. TM - Tendo em conta a alteração feita em redor do Mercado, cujas obras deverão estar concluídas em breve, estão previstas novidades para a Noite do Mercado? PC - Estamos ainda a trabalhar na preparação e organização da Noite do Mercado. Para já, temos previstas novidades ao nível ambiental de modo a reduzir substancialmente os resíduos produzidos nessa noite, que iremos anunciar brevemente. A Noite do Mercado de 2014 será novamente uma grande festa do Funchal e da Madeira. TM - No seu discurso de tomada de posse disse “Hoje é o primeiro dia de um novo tempo, de uma nova estação na história da cidade do Funchal. Hoje inicia-se a primavera da cidadania”. Continua a acreditar nisso? PC - Sem dúvida que sim. Temos de ousar e acreditar, como fizeram os cidadãos no dia 29 de Setembro de 2013 e completar a mudança que falta fazer na Região Autónoma da Madeira. E não tenhamos dúvidas que mais cedo ou mais tarde vai acontecer. l 12 política TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Um ano de mandato «à prova de fogo» Ricardo Franco tomou posse há um ano na autarquia de Machico. Ao Tribuna, traçou o balanço de um ano de governação. O edil apontou que a autarquia ainda está a «pagar despesas do Natal e Fim de Ano de 2007 e a Semana Gastronómica de 2006 e 2008» e rematou «não nos comprometemos com obras de encher o olho e que depois não se conseguem manter». SARA SILVINO [email protected] T ribuna da Madeira (TM) Que balanço faz deste primeiro ano como Presidente da Câmara Municipal de Machico? Ricardo Franco (RF) – Apesar das inesperadas contrariedades, ocorridas no início do mandato, com a intempérie de Novembro de 2013, que afetou de forma particularmente violenta a freguesia do Porto da Cruz e, logo de seguida, em Dezembro do mesmo ano, a tempestade que atingiu a costa sul, com a destruição do Porto de Recreio e do Parque Desportivo de Água de Pena, provocando avultados prejuízos, agravando ainda mais a já de si complicada situação financeira do Município, a verdade é que esta vereação enfrentou estas dificuldades com empenho e coragem, apesar do Governo Regional ter recusado prestar qualquer auxílio solidário na recuperação daquelas localidades. Foi um primeiro ano, que nos colocou à prova de fogo, marcado por acontecimentos que viriam a condicionar, implacavelmente, a nossa atividade e o exercício orçamental de 2014, com excecionais constrangimentos, desde logo com as despesas das limpezas e reparações urgentes, nas freguesias afetadas pelas intempéries que atingiram cerca de 300 mil euros, que deduzindo à pretensa almofada orçamental de 147 mil euros e o descomprometimento forçado de mais 150 mil euros do orçamento, dá-nos logo o panorama em que estamos a viver desde o início do ano, ou seja em défice. Esta é pois uma Câmara que tem vivido comprimida entre a dívida e o défice! TM - Mas a autarquia não «cruzou braços»? RF - Ainda assim, este executivo municipal não parou e tem conseguido governar através da implementação de medidas de maior racionalidade e rigor na gestão dos recursos do Município, dando cumprimento integral àquilo que são as iniciativas e eventos que têm destacado este concelho no panorama regional. Conseguiu-se poupanças importantes nas áreas das comunicações, no consumo de energia eléctrica, na utilização e manutenção de viaturas, nas obras e demais atividades, recorrendo aos funcionários a cargo do Município e evitando o seu subaproveitamento. Fruto destas medidas e do enorme esforço realizado conseguimos reduzir na despesa, para ajudar a esbater o défice orçamental, bem como abateremos à dívida, até final do ano, mais de 4 Milhões de euros. Reduzimos também o prazo médio de pagamento a fornecedores, passando de 288 para 125 dias. Esta tem sido a nossa gestão de rigor e está, paulatinamente, a dar os seus frutos, pelo que se pode considerar, sob este ponto de vista, um balanço positivo. É pena que outros não tenham tido essa preocupação no passado recente. A título de exemplo, é o facto de ainda estarmos a pagar despesas do Natal e Fim de Ano de 2007 e a Semana Gastronómica de 2006 e 2008! «Cumprimos com alguns dos objetivos a que nos propusemos» TM - Das prioridades traçadas no início quais as que já concretizou? E o que pretende ainda vir a realizar no concelho? RF – Quanto às prioridades traçadas, tendo em conta que não nos comprometemos com obras de encher o olho e que depois não se conse- guem manter, o nosso empenho será no sentido de implementá-las. Sabemos que será difícil consegui-las na totalidade, tendo em conta a conjuntura atual do Município, mas temos esperança de que as coisas possam alterar-se e abrir-nos melhores expetativas. De qualquer modo, cumprimos com alguns dos objetivos a que nos propusemos, como foi o caso da implementação de uma gestão séria e transparente, não ocultando da população aquela que é a realidade do Município, as suas dificuldades e limitações e denunciando tudo aquilo que se nos afigura prejudicial aos interesses de Machico e da sua população. Promovemos, também, um salutar relacionamento da Câmara com todas as instituições e com os cidadãos, tratando toda a gente com respeito e sem arrogâncias, independentemente das convicções, das ideias e opções de cada um. Neste contexto implementou-se o regular atendimento à população nos Paços do Concelho e na freguesia mais distante o Porto da Cruz, recebendo todos os munícipes com igualdade e dignidade. Estamos focados em levar por diante o nosso projeto da loja social, bem como nas áreas da qualificação do património natural, no turismo ligado à natureza e ao mar e na captação de investimento hoteleiro. Relativamente à área social, brevemente esta Câmara Municipal criará a Loja Social, que funcionará próximo do Pólo Sócio Comunitário de Machico, juntando, no mesmo local, a ajuda às pessoas carenciadas, dotando-o com mais valências (ajuda aos idosos carenciados com pequenas reparações em casa, apoio em medicamentos e higiene pessoal; apoio aos estudantes universitários de fracos recursos; recolha e distribuição de livros e manuais escolares; etc…) TM - Existe algum contratempo mais significativo que apontaria neste mandato? RF - Logo no início do mandato um acontecimento viria a condicionar, falo da catastrófica intempérie que se abateu sobre as freguesias do Porto da Cruz e de Santo António da Serra, em 29 de Novembro de 2013, tendo provocado, em especial na freguesia mais a norte do concelho, uma surpreendente destruição num grande número de bens públicos e privados, atingindo estradas, pontes, habitações, propriedades agrícolas e automóveis, numa ocorrência que deixou enormes cicatrizes na paisagem do Porto da Cruz, devido aos escorregamentos e derrocadas que aconteceram às centenas. Autoridades governativas «negaram solidariedade» TM - Face a essa intempérie, os prejuízos foram elevados? RF - Os prejuízos foram avaliados em vários milhões de euros, com a agravante da débil situação financeira desta Câmara, incapaz de poder, por si só, corresponder às necessidades imediatas de reconstrução e de apoio à população afetada. Apesar das enormes dificuldades vamos fazendo as reparações possíveis. Apesar do pedido dirigido às autoridades governativas desta Região, para que ajudasse este Município e as freguesias afetadas, tal solidariedade foi-nos negada, numa atitude que não se compreende, nem se coaduna com o espírito solidário de que os madeirenses já tanto beneficiaram e que culturalmente praticam. Disso mesmo há o exemplo de 20 de Fevereiro de 2010, quando um Primeiro Ministro Socialista, ignorando as questiúnculas político/partidárias, deslocou-se a esta Região e veio estender a sua solidariedade ao Governo madeirense, traduzida numa Lei de Meios de centenas de milhões de euros, para que a Madeira pudesse recuperar daquela catástrofe. TM - Tem mantido contato com a população? Qual tem sido o feedback da atividade da autarquia no concelho? RF – O contato com a população é fundamental, pois foi para isso que fomos eleitos, para trabalhar em prol das pessoas do nosso concelho. Por isso temos mantido uma relação normal e de abertura com a população, deslocando-nos às freguesias e sítios de modo a ajudar a resolver os problemas, dentro das possibilidades. A actividade da Câmara tem, em termos globais, tido bom acolhimento por parte da população na acção que vem desenvolvendo em prol do Município, havendo a consciência, por parte dos munícipes, dos constrangimentos e limitações existentes, cujo realismo não negamos, nem escamoteamos e que têm condicionado a implementação do nosso projeto em toda a sua dimensão. l TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 publicidade 13 14 sociedade 15 anos depois exibindo na capa a foto de Pereira de Gouveia, na altura secretário regional da Economia e Cooperação Externa. 15 anos depois, o Tribu- na publica a mensagem do ex-governante Pereira de Gouveia, o rosto da primeira edição. O Tribuna da Madeira publicou também no nº1 as opiniões de alguns colunistas. 15 anos depois voltamos a publicar o registo das lembranças do 15 de outubro de PUB O Semanário Tribuna da Madeira assinalou, no passado dia 15, os 15 anos de existência. O nº1 foi para as bancas TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Sexta-Feira 15 de Outubro de 1999 Presidente: Edgar R. Aguiar Director: Luís Calisto !NOsNs0RE O- 1€ Escórcio e Mota Torres de relações cortadas Última página SEMANÁRIO INDEPENDENTE Santos ilhéus ainda à espera O almanaque para a semana Págs. 32 e 33 O tribuninha para os mais novos Destacável Destacável www.tribunadamadeira.pt Meio Governo sai em 2000 Dos quatro cenários “oficiais” possíveis para o FUTURODO03$EDO'OVERNOSØAQUELEQUEAS BASESVÎOSEGURAMENTECHUMBARCOLOCARIA *ARDIMNARESERVAPOLÓTICA/LÓDEROUVEOS MILITANTESEM.OVEMBROEANUNCIAOQUEVAI FAZERDOSEUFUTUROPOLÓTICOEMDE $EZEMBRONAFESTADE.ATALDO03$ Tudo indica que a notícia desse dia será a CONTINUIDADEDE*ARDIM!SSIMIRÉÌSELEI ÜES DE3EGANHARNÎOFARÉAHABITUAL RECONDU ÎODO'OVERNOEMBLOCO-ETADEDOS SECRETÉRIOSENTRAAGORAEMANODEDESPEDIDA Pereira de Gouveia integra uma empresa em área tutelada pela sua Secretaria Págs. 2 e 3 2EVOLTAANTI,IGA PARTEDA-ADEIRA PUB Pág. 45 2ASPADELÉ está quase cá Págs. 22 e 23 !LFERES6EIGA0ESTANA redescoberto Págs. 18 a 20 1999 de alguns dos primeiros colunistas, como Guilherme Silva e José Carvalho. Ficaram as memórias e opinião destes 15 anos de existência. “Por ocasião do 15º aniversário do Tribuna da Madeira desejo felicitar a Administração e todos os colaboradores do Jornal. Recordo ainda o lançamento da ideia base de cariz industrial a ser desenvolvida no Parque Industrial da Zona Oeste e o enquadramento e apoio que foi possível disponibilizar no âmbito dos programas comunitários então geridos pela DRCIE / SAPMEI, cujo sucesso global é verificável nas unidades industriais e de serviços aí instaladas. Desejo também formular votos de longa vida ao Grupo Tribuna da Madeira e que se mantenha como referência de boas práticas empresariais.” José Pereira de Gouveia sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 “Lembro-me de ter tido a honra de participar na primeira edição do Tribuna e de ter colaborado regularmente durante alguns anos. Foi-me muito grata a oportunidade de, através das colunas do Tribuna, ter mantido um contacto estreito com os vossos leitores. O balanço que faço do Tribuna é o de que continua a “Há recordações que se mantêm por todo o tempo que a memória dura. Ter feito parte da equipa inicial dos colaboradores deste semanário é uma delas, que me acompanhará até ao fim, pois mesmo não sendo uma estreia nas lides do que considero uma das maiores virtudes de uma democracia, a expressão da liberdade do nosso pensamento, era um desafio aliciante e, desde a minha aceitação por parte do Tribuna como colunista, até à saída do 1.º número havia sem dúvida ansiedade. Já tinha a experiência adquirida na direcção do semanário de cariz politico, o Zarco e também em inúmeros comunicados da FLAMA, mas o Tribuna era algo de diferente. Algumas alminhas agouraram o seu desaparecimento no prazo máximo de seis meses, mas o sentir de todos os que contribuíam para a sua existência era a de que teria longa vida e estávamos certos, como se comprova com esta celebração do seu 15.º aniversário. Escrevi com inteira liberdade e sem qualquer tentativa de intromissão durante os 14 primeiros anos e assim, saíram 711 artigos, ininterruptamente. Não me trouxe qualquer dissabor, antes pelo contrário, muita alegria, paz de espírito e a satisfação de uma luta honesta, para tentar “abrir os olhos de imensos madeirenses”. O meu propósito sempre foi o de alertar para os problemas candentes com que nos defrontávamos e, sobretudo, para as nuvens negras que preencher, com qualidade, uma lacuna da comunicação social escrita, da Região, a nível de Semanário, com uma cobertura vasta de temas e de sectores, de uma forma geral, com a profundidade exigida. Naturalmente, que nem sempre concordo com todas as posições e opiniões que são veiculadas. Todavia, a imprensa tem exactamente essa missão plural de ser capaz de transmitir pontos de vista e avaliações diferenciadas. Bem hajam pelo vosso trabalho e os meus parabéns pelos vossos 15 anos!” Guilherme Silva Vice Presidente da Assembleia da República se acumulavam no horizonte e que, deslumbrados pelos cantos de cigarra do poder instituído e musculado, bem como, pela chuva de euros despejados pela banca sobre as ocas cabeças de promitentes devedores, faziam adivinhar o futuro de miséria que enfrentamos agora e que, os culpados continuam, quase que criminosamente, a tentar fazer crer que na altura as suas decisões eram correctas, esquecendo que sempre fizeram a figura do tal rei que ia nu. A verdade, é que tudo o que denunciei infelizmente se confirmou. Após a catástrofe, como teria sido bela a honestidade de um pedido de desculpa e uma retirada que, agora, já não pode ser honrosa. Quando me convenci de que a verdade custa a ouvir, a compreender e a aceitar, achei que não valia a pena o esforço e decidi gozar em pleno a minha reforma. Mas, continuo assombrado com a falta de capacidade de reacção dum povo sofrido, que continua a acreditar em patranhas, quer dos governantes de Portugal, quer dos locais, alapados a um resquício de poder que os faz pensar que ainda comandam alguma coisa, ou que, ainda são ouvidos e venerados. Os madeirenses, apesar de muito lentamente, já quase não estão mais compradores de banha de cobra! Ao Tribuna, apesar das dificuldades, rasteiras, boicotes e mentiras a que esteve e está sujeito, os meus parabéns por ter sabido à custa dos maiores esforços manter o barco a navegar, com enormes sacrifícios pessoais e também, daqueles que tinham orgulho de nele trabalhar, mas que as circunstâncias obrigaram a que tivessem que o abandonar. Sei que posso escrever nele quando quiser, mas só o farei e esporadicamente, quando me convencer que este pobre povo compreendeu o logro a que esteve sujeito e, soube correr com os vaidosos uns e, corruptos outros, que mentindo diziam que seriam capazes de fazer desta terra um pequeno paraíso, mas que, como geralmente acontece, a pura vaidade e a muita inconsciência os tramaram e nos tramaram a nós, embora pareça que ainda não compreenderam que de facto, agora não passam dum desvairado e confrangedor verbo encher. Longa vida ao Tribuna, indispensável para o pluralismo da informação!” José Carvalho 15 16 sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Campanha publicitária deixa defensores dos animais em polvorosa Recolha de gatos promovida por empresa de controlo de pragas lança polémica na internet A empresa «Extermínio» lançou uma campanha de marketing que deixou-a debaixo de fogo. Tudo porque promoveu um serviço de “recolha de gatos” que indignou os defensores dos animais. A polémica criada obrigou a empresa a vir a público para tentar esclarecer a “má interpretação” feita à sua campanha publicitária. Mas o esclarecimento não dá resposta a muitas questões que Natália Vieira, a presidente da ANIMAD, considera que merecem ser respondidas. O repto foi lançado também às autarquias. ricardo soares O [email protected] que pretendia ser uma campanha de marketing acabou por tornar-se uma polémica sem precedentes, levando centenas de madeirenses a protestar nas redes sociais da internet. E tudo porque a «Extermínio», uma empresa dedicada ao controlo de pragas, decidiu colocar nos jornais um anúncio que promovia um serviço de “recolha de gatos”. A campanha publicitária tornou a empresa um alvo de fortes críticas dos defensores dos animais. tados todos os direitos para uma existência condigna.” Há muitas questões a merecer resposta As críticas e acusações contra a empresa - que esteve há poucos anos envolvida no combate ao mosquito aedes aegypti - sucederam-se ao longo desta semana, principalmente na internet. E a «Extermínio» teve que vir a público, também através de publicidade nos jornais, para tentar esclarecer aquilo que foi uma “má interpretação de uma das suas campanhas de marketing”. “A nossa empresa com 24 anos de existência no mercado regional, a pedido dos seus clientes pode colaborar na recolha de gatos abandonados em propriedade privada, a SPAD (Sociedade Protetora dos Animais Abandonados) é previamente contactada para saber da sua disponibilidade de espaço, com posterior entrega do respetivo animal e do donativo por parte do cliente ou da nossa empresa”, sublinhou a «Extermínio». “Estamos abertos a eventuais parcerias estratégicas em prol dos animais, nomeadamente com projetos de recolha/ transporte e com destino final adequado, garantindo assim a manutenção da vida animal. O propósito desta campanha é garantir que os animais não serão abandonados, mas sim garantir que lhes serão facul- Aquele que foi considerado um “macabro anúncio” da empresa «Extermínio» teve da parte de Natália Vieira, a presidente e fundadora da associação ANIMAD, uma das reações mais indignadas. “Após debates, comunicados, defesas e ataques, continuamos a ficar sem resposta para muitas das nossas questões”, escreveu a dirigente num logo texto publicado no facebook. ”Interessante foi verificar que muitos dos que porventura estariam também com a cauda presa, manterem o silêncio perante a corrosão do adversário. Falo sim de câmaras municipais e muitos... muitos privados que porventura requisitam os serviços a este tipo de empresas.” De acordo com Natália Vieira, a ANIMAD já sabia que a «Extermínio» fazia o serviço, sublinhando que o objetivo da ANIMAD nunca foi “atacar uma entidade, mas sim evitar que esta macabra ideia fosse em frente”. Nesse sentido, a dirigente associativa não deixou de levantar algumas questões. “Existe ou não existe protocolos, contratos, acordos de amizades ou outros que levam ao mesmo fim, um ataque desenfreado aos animais de colónias, animais sem dono mas que são muitos deles protegidos por associações e por particulares?! Existe ou não existe interesse privado que um serviço destes surja no mercado, visto que até as próprias câmaras estão “falidas”, dizem elas, e muitos endinheirados necessitam de se “livrar” do lixo?! Onde pensam Vª Exªs colocar todos os gatinhos que os condomínios, os hotéis e afins vos solicitarem recolha?! Vão recusar o serviço? Onde os vão colocar visto que nenhuma associação se diz apta a receber tanto animal?! Se a SPAD, a dita associação que gere o Canil da Câmara Municipal do Funchal admitiu publicamente que não tem espaço, como ficamos?!”, lançou a presidente da ANIMAD. Não há solução fácil para animais nas ruas Na longo texto publicado no facebook, Natália Vieira também recordou que a ANIMAD tem alertado, “vezes sem conta”, para o cuidado que todos devem ter na causa que é a defesa dos animais de rua e respetivas colónias. E sublinhou que o problema vai muito para além da simples “recolha e gatos”. Se a presidente da ANIMAD pediu “tento” na forma de lidar com estas situações”, à «Extermónio» exigiu respeito, alertando a empresa a ter “cuidado” porque os defensores dos animais “estão cá”. As autarquias também não foram esquecidas. “As autarquias, se não fazem ou não conseguem fazer nada, coloquem-se quietos. Não estraguem o trabalho que muitas associações e particulares fazem pelos animais que vocês ignoram e ignoraram durante décadas”, apontou Natália Vieira. O dedo da fundadora da ANIMAD foi igualmente apontado aos “interesseiros que só vêm euros à sua frente”. No que respeita à “recolha de gatos”, Natália Vieira garante que esse alegados interesse “não será assim tão fácil” de concretizar. que todos faziam o que queriam nos bastidores, o tempo em que os animais eram descartados como se de peças inúteis se tratassem, acabou! Podem até tentar, são livres para isso. Agora.. estamos cá, nunca se esqueçam disso”, garantiu a dirigente associativa. A longa missiva da presidente da ANIMAD termina com um “conselho” à empresa «Extermínio» para que fique pelos “serviços de base” e não se estenda em “caminhos arriscados”. Natália Vieira garante que vai continuar a acompanhar o assunto. “Toda esta situação está sendo investigada pelas entidades competentes para o efeito, dado isso, aguardamos desenvolvimentos e esclarecimentos para que tudo se torne claro e evidente”, finalizou. l CERTIDÃO CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL JOSÉ RODRIGUES FERNANDES Notário em substituição, conforme deliberação da Ordem dos Notários Praça da ACIF, 9000-044 Funchal (POR CIMA DA LOJA DO CIDADÃO) (publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014) Certifico narrativamente, para efeitos de publicação, que no meu Cartório Notarial e no livro de notas para escrituras diversas número Dezasseis-G, exarada a folhas noventa, se encontra exarada uma escritura de JUSTIFICAÇÃO NOTARIAL, outorgada hoje, na qual José Alberto Vieira Faria, NIF 245.485.414, divorciado (casado que foi sob o regime da comunhão de adquiridos), natural de Caracas, Venezuela, residente ao Caminho do Castanheiro, nº 16, freguesia e concelho da Ponta do Sol, titular do cartão de cidadão nº 14254982 7 ZZ8, válido até 27/10/2016, emitido pela República Portuguesa, se afirma dono e legítimo possuidor, com exclusão de outrém, de um prédio urbano habitacional, com a área total e coberta de noventa e um metros quadrados, sito em Cova do Tanque, Terças, freguesia e concelho da Ponta do Sol, a confrontar a norte com Manuel Beltrão, sul com o Caminho, este e oeste com Manuel Andrade, inscrito na matriz predial em nome de Guilhermina de Andrade sob o artigo 419, com o valor patrimonial e atribuído de catorze mil e seiscentos euros, não descrito na Conservatória do Registo Predial da Ponta do Sol. Que o identificado prédio, veio à posse do justificante, no estado de solteiro, maior, no ano de mil novecentos e noventa e quatro, por doação verbal e não titulada feita por seus pais Francisco Vieira Júnior e Manuela Conceição Faria de Vieira, residentes ao Caminho do Castanheiro, nº 16, Ponta do Sol, que por sua vez haviam adquirido nas partilhas verbais e não tituladas por óbito de seu avô paterno Francisco Vieira, casado que foi com Guilhermina de Andrade, residentes que foram ao sítio do Monte, referida freguesia da Ponta do Sol, já falecidos. Assim, desde aquele ano de mil novecentos e noventa e quatro, o justificante está na posse e fruição do aludido imóvel, posse que manteve sem interrupção até hoje, habitando da casa, usufruindo de todas as suas utilidades e suportando os respetivos impostos e encargos, tendo adquirido e mantido a sua posse sem oposição de quem quer que fosse e com conhecimento de toda a gente, agindo sempre por forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, sendo por isso uma posse pública, pacífica, contínua e de boa-fé, que dura há mais de vinte anos, pelo que o adquiriu por usucapião, não tendo, dado o modo de aquisição, documento que titule o seu direito de propriedade. É parte certificada e vai conforme o original, declarando que da parte omitida nada consta que altere, prejudique, modifique ou condicione a parte transcrita. Funchal, vinte e um de Outubro de dois mil e catorze. O Notário, (Notário em substituição da Notária Teresa Maria Prado de Almada Cardoso Perry Vidal, por motivos de vacatura de lugar, cuja utilização do selo branco foi concedida por despacho da Ministra da Justiça) CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DE SUSANA LOPES TEIXEIRA, (Notária em Substituição, por Deliberação da Ordem dos Notários),SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FUNCHAL TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607 E-mail: [email protected] (publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014) Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 6 do Livro de Notas número 14-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial, na qual Marilena Ornelas de Barros, NIF 230 564 747, natural de Paris, França, casada no regime da separação de bens com José Nélio Barros Pereira, residente ao sítio da Quinta do Leme, freguesia e Concelho de Câmara de Lobos; Maria Celeste Fernandes de Ornelas, NIF 202 903 095, viúva, natural da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos; António Ornelas de Barros, NIF 245 388 443, solteiro, maior, natural de Paris, ambos residentes em França - 40 Rue Blomet 75015, Paris; Maria Lurdes Fernandes de Ornelas, NIF 202 903 052, que também usa e é conhecida por Maria Lourdes Fernandes de Ornelas, natural da dita freguesia do Estreito de Camara de Lobos e marido João Luís Rodrigues NIF 164 993 053, natural da freguesia e concelho de São Vicente, casados no regime da comunhão de adquiridos, se afirmam donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, na proporção de metade, em comum e sem determinação de parte ou direito para Marilena Ornelas de Barros, Maria Celeste Fernandes de Ornelas e António Ornelas de Barros e metade para Maria Lurdes Fernandes de Ornelas e marido João Luís Rodrigues do prédio rústico (terra e benfeitorias) localizado ao sítio da Ribeira Fernanda, onde chamam Quinta do Salão ou Pico e Salões e Quinta do Leme, freguesia e concelho de Câmara de Lobos, com a área de mil seiscentos e vinte metros quadrados, a confrontar do Norte com o Caminho, Sul e Oeste com o Córrego, e do Leste com herdeiros de Manuel Atouguia Neto Dória, inscrito na matriz sob o artigo 8/000 da Secção HH, é parte do descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos número três mil quatrocentos cinquenta e quatro - freguesia de Câmara de Lobos, onde se acha registada a aquisição, em comum e sem determinação de parte ou direito pela apresentação quinze de trinta de Novembro de mil novecentos oitenta e oito e respetivo averbamento a favor de: Isabel Maria da Câmara de França Dória Osório Borges, casada no regime da separação de bens com Carlos Nicolau do Amaral Osório Drumond Borges; Mafalda Maria da Câmara Dória Vaz Pinto, casada no regime da separação de bens com Alfredo de Albuquerque Vaz Pinto; Maria da Graça da Câmara de França Dória Baptista Adrião, viúva; Manuel João da Câmara de França Dória, divorciado e Diogo de França Neto Dória, solteiro, maior. Que sobre aquele prédio vigorava o antigo regime da colonia, entretanto extinto, ao abrigo do qual Francisca de Jesus que usava e era conhecida por Francisca de Jesus Gonçalves, mãe, avó e sogra dos justificantes, na qualidade de colona, adquiriu, no ano de mil novecentos noventa e um, de modo verbal aos então senhorios, os referidos Isabel Maria, Mafalda Maria, Maria da Graça, Manuel João, Diogo a Maria Mafalda de Matos Noronha da Camara Dória, o solo correspondente às benfeitorias rústicas, do prédio supra identificado, com o mesmo artigo, área e confrontações, tendo pago o correspondente preço. Que no ano de mil novecentos noventa e dois a referida Francisca de Jesus Gonçalves doou verbalmente em comum e partes iguais, o identificado prédio, (terra e benfeitorias), aos seus filhos, Maria Lurdes e a Sabino Mário de Barros, marido e pai dos justificantes, Maria Celeste, Marilena e António de quem estes são únicos herdeiros – nos termos da escritura de habilitação exarada a folhas 8 do Livro 6-A deste Cartório, sem que contudo tivessem outorgado título que lhes permitisse registar o prédio em seu nome. Que estão, assim os ora justificantes na posse do identificado prédio, e nas referidas proporções, por si e por intermédio dos seus referidos antepossuidores, desde o indicado ano, posse esta pública, pacífica e de boa fé e, assim, contínua e ininterruptamente, à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário, cultivando-o e colhendo os respetivos frutos, adquirindo, assim, a propriedade daquele prédio a título originário – por usucapião. Está conforme o original aqui narrado por extracto. Funchal, dezasseis de Outubro de dois mil e catorze. P’la NOTÁRIA, (Zélia Fernandes Gomes – inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/08). Mantém-te atualizado em... www.diariocidade.pt PUB Extermínio a entrar em “caminhos arriscados “O tempo da ilha das bananas no que respeita aos animais acabou! O tempo em PUB “Não se pode resolver o problema da Madeira num dia! Isto só iria provocar a morte de milhares e milhares de animais”, apontou a presidente da ANIMAD. “Deixemse de exibicionismos baratos, de ganâncias por euros, estamos a falar de vidas!!!” Nesse sentido, a dirigente associativa pede “cuidado” na aplicação de uma lei que é “deficiente”, principalmente quando em causa está a colocação de animais em risco. Natália Vieira não tem dúvidas que não há uma solução fácil para os milhares de animais que existem nas ruas. “Não existe atualmente lar para todos! Não existe espaço em nenhuma associação para abrigar todos eles. Metam de uma vez por todas dentro das vossas cabeças que é necessário termos animais nas ruas, cuidados, alimentados, identificados e esterilizados”, apontou.”Se não se deixarem os animais de rua e de colónia em paz – isto até ser possível e muito lentamente abrigá-los em lares e associações – em vez de estarmos a falar de 3 mil animais oficiais eutanasiados iríamos falar de milhares e milhares.” 17 PUB sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 18 saúde MÉDICOS PUB PUB CLÍNICAS TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 opinião Mulheres em idade avançada são mais afetadas pelo AVC Dr. Rui Pereira Vasconcelos Especialista em: Pediatria - Neuropediatria Laboratório de Prótese Dentária da Madeira 291 773 948 Rua Nova da Vale da Ajuda, 14 Apartamentos Ajuda, Loja C - Funchal PUB Rua João de Deus, 12-B Telef.: 291 228 004 Este espaço pode ser seu E-mail: [email protected] PUB Telef: 291911300 O acidente vascular cerebral (AVC) é mais frequente na mulher, particularmente em idade avançada. Este facto explica-se em parte pelo envelhecimento da população e pela maior esperança de vida do sexo feminino. É fundamental ter consciência desta realidade e implementar estratégias preventivas adequadas. As mulheres que têm pressão arterial elevada estão em maior risco de vir a sofrer um AVC, pelo que devem controlar os seus valores com frequência, devem reduzir o sal na alimentação e cumprir o tratamento de forma sustentada. Outro fator de risco para o AVC é a fibrilhação auricular, uma arritmia muito frequente nos idosos, com predomínio nas mulheres e que está associada a um risco de AVC aumentado em 4 a 5 vezes, também mais elevado para as mulheres. O tratamento hipocoagulante no doente com esta doença reduz em 60% o risco de AVC estando agora disponíveis no mercado novos anticoagulantes orais. Por outro lado, o risco de AVC é muito baixo na faixa etária que usa anticoncepção, mas os contracetivos orais causam um pequeno aumento do risco de AVC, especialmente na mulher com outros fatores de risco vascular como o tabagismo, a hipertensão, diabetes, obesidade, e o colesterol aumentado. Em termos práticos, é muito importante o tratamento agressivo dos fatores de risco vascular em mulheres a fazer contraceção oral e aconselhada uma medição da pressão arterial antes de iniciar anticoncepção oral. Atualmente discute-se se há influência da idade de início da menopausa no risco de AVC. O que está bem esta- Dr.ª Maria Teresa Cardoso Coordenadora Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna. belecido é que a hormonoterapia após menopausa não reduz o risco de AVC, podendo mesmo aumentá-lo. Portanto, a hormonoterapia após a menopausa não está recomendada em prevenção primária ou secundária. Nunca é de mais realçar a importância do estilo de vida saudável na prevenção do AVC: atividade física regular, moderação do consumo de álcool (menos de 1 bebida por dia), abstenção do tabaco, dieta rica em frutos e vegetais, grão, baixa em gorduras saturadas e em sal. O AVC na mulher é um dos temas em debate no 15.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cere- bral da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, que decorrerá nos dias 28 e 29 de novembro, no Hotel Tiara Park Atlantic Porto. AVC – Sinais de alarme Ligue de imediato o 112 se, de forma súbita, sentir boca ao lado, dificuldade em falar ou perda de força no braço e/ ou perna, sobretudo num dos lados do corpo, mesmo que seja transitório. SAIBA QUE Há tratamento (trombólise) na fase aguda do AVC. Há que chegar o quanto antes ao hospital para obter o máximo benefício deste tratamento – e os segundos contam. l opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 19 breves Comissário da PSP Presidente do SNOP O crime da moda PUB O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) do ano de 2013 veio confirmar aquilo que já tínhamos percecionado há muito: está na moda agredir polícias. Com efeito, de acordo com os dados do dito documento, no ano passado foram registados 1849 crimes de resistência e coação sobre funcionário, sendo que a esmagadora maioria destes respeita a agressões efetivas cometidas sobre elementos das forças de segurança (PSP e GNR). Para o mesmo tipo de crime, nos anos de 2012, 2011 e 2010, registaram-se, respectivamente, 1863, 1744 e 1837 ocorrências. Ou seja, apesar de uma descida na criminalidade geral participada em Portugal, entre 2010 e 2013, na ordem dos 10,92% (413.600 crimes em 2010 e apenas 368.452 em 2013), o crime de resistência e coação sobre funcionário mantevese estável, registando até uma ligeira subida (1837 crimes em 2010 e 1849 em 2013). Feita a introdução e visto o peso dos números, debrucemo-nos agora sobre as ques- tões que as estatísticas não são capazes de mostrar. Porque se os números são de facto assustadores, bem pior é a indiferença com que são tratados. Por muito que alguns despachos judiciais o tentem fazer crer, não podemos considerar normal, num estado de direito democrático como o nosso, que a agressão a agente da autoridade seja considerada parte integrante da profissão. Também não podemos aceitar que o Estado e os seus representantes eleitos não achem prioritário que esta conduta criminosa, acima de (quase) todas as outras, seja alvo de censura e, fundamentalmente, penalização severas. A moldura penal para este tipo de crime cifra-se, atualmente, nos 5 anos de pena de prisão, o que significa que, em caso de detenção em flagrante delito, o autor do crime é libertado e notificado para comparecer em tribunal, nos termos do artigo 385.º do Código de Processo Penal. Esta particularidade encerra o primeiro grande problema: aparentemente, compensa agredir um agente. Vai-se à esquadra, assinase uns papéis e volta-se à vida normal. Não tenhamos grandes dúvidas que a maior penalização para muitos cidadãos que cometem crimes é recolher aos quartos de deten- ção (vulgo calabouços), e ali passarem uma noite. Tem um efeito dissuasor fortíssimo. Infelizmente, o legislador entendeu que o crime de resistência e coação / agressão a agente não seria bastante para justificar uma moldura penal superior ou um regime de execeção. O segundo grande problema está na medida da pena que é frequentemente aplicada pelo juiz. Penas suspensas e penas de multa irrisórias representam a esmagadora maioria das decisões para os casos de agressões a polícias, levando o cidadão a acreditar, uma vez mais, que o crime compensa. Existem diferenças significativas entre não existir legislação adequada e, existindo, esta não ser aplicada convenientemente. No caso das agressões a polícias, sem embargo de tudo quanto ficou antedito, na nossa opinião a lei pode e deve ser aplicada de forma mais severa. Não terá sido por acaso que o legislador, quando agrupou os crimes em grupos, colocou a resistência e coação sobre funcionário no lote dos ilícitos “contra a autoridade pública”. Quis com isto dizer que o polícia, armado e uniformizado, não se representa a si mesmo ou sequer à instituição à qual pertence. Ele representa o Estado, representa a nação, os seus valores e desígnios. Quis com isto dizer que uma agressão a um polícia é, na verdade, uma agressão ao próprio Estado. Se assim é, convenhamos que a última mensagem que queremos passar, em nome da propalada ideia de um país e destino seguros, é que o Estado aceita ser agredido sem que tal tenha, por contraponto, uma punição efetiva e, acima de tudo, dissuasora para o agressor e para a sociedade no seu todo. Não será por acaso que uma boa parte dos agressores de polícias são reincidentes. É algo em que, quer quem tem o poder de legislar, quer de aplicar a lei, deve refletir. As agressões a polícias são cada vez mais violentas e, além do sentimento de impunidade entre quem agride, fomentam uma enorme revolta entre todos os profissionais das forças e serviços de segurança, cansados de verem um tratamento absurdamente desigual quando os papéis se invertem. Não olvidamos que existem, no interior destas instituições com milhares de profissionais, comportamentos pouco consentâneos com o que se espera de um polícia. Mas não podemos aceitar que tal sirva para legitimar agressões constantes aos polícias. Em síntese, defendemos assim que o crime de resistência e coação sobre funcionário, em especial quando envolva agressão, deverá ter uma moldura penal que, em abstrato, não permita em qualquer caso a libertação do agressor. Além disso, as decisões judiciais deverão ser mais severas e prever sempre pena de prisão efectiva, nomeadamente nos casos supra mencionados e que se revistam de maior gravidade. Se aqueles que, mais do que em qualquer outra profissão, lutam e zelam pelos direitos, liberdades e garantias de todos os portugueses, pela manutenção da ordem e tranquilidade públicas, não estão a salvo, quem estará? Artigo 347.º do Código Penal Português, que dispõe nos seguintes termos: “Quem empregar violência ou ameaça grave contra funcionário ou membro das Forças Armadas, militarizadas ou de segurança, para se opor a que ele pratique acto relativo ao exercício das suas funções, ou para o constranger a que pratique acto relativo ao exercício das suas funções, mas contrário aos seus deveres, é punido com pena de prisão até 5 anos.” O Centro Cultural Espírita do Funchal (CCEF) irá promover uma seminário, subordinado ao tema “As Bençãos da Mediunidade”, no dia 25 de Outubro, das 15 às 18:30H, no auditório da escola Dr. Horácio Bento Gouveia. O seminário será dirigido por Divaldo Franco, e visa esclarecer e orientar a todos que queiram compreender sobre o fenómeno da Mediunidade. Esta é uma das grandes questões atuais, que aflige imensas famílias que de momento não encontram respostas adequadas perante a criança/jovem/adulto que vê e fala com Espíritos e ou o jovem desequilibrado que sente “presenças” etc. O problema das obsessões, provocados pelos nossos desequilíbrios são imensos precisando urgentemente de um esclarecimento racional. É uma temática que a todos interessa, independentemente das nossas convicções filosóficas e/ou religiosas. A Doutrina Espírita (ou Espiritismo) é uma ciência filosófica de consequências morais. Como ciência investiga os factos espíritas, como filosofia explica-os, e como moral aponta à humanidade um roteiro para a sua espiritualidade assente nos ensinamentos de Jesus. A Doutrina Espírita nada tem a ver com magias, bruxarias, crendices e práticas esquisitas. Rapaz procura a sua alma gémea, para um relacionamento muito sério, entre os 20 e 40 anos. 965 406 110 PUB Henrique Figueiredo “As Bençãos da Mediunidade” na Horácio Bento PUB 20 opinião CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL J RODRIGUES FERNANDES Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C 9350-210 Ribeira Brava Tef. 291 952 230 Fax: 201 951 690 E-mail – notá[email protected] (publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014) PUB Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a dezassete de Outubro de 2014, exarada de folhas doze e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 211-A, deste Cartório Notarial, José Aires de Olival Caboz, Nif 210.012. 374 e mulher Ana Maria Ferreira Marques Caboz, Nif 180.552.392, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, onde residem no sítio do Outeiro, declaram-se, com exclusão de outrem donos e legítimos possuidores, nove prédios rústicos, localizados na freguesia dos Canhas, concelho da Ponta do Sol, não descritos na Conservatória do Registo Predial da Ponta do Sol, a saber: I) - No sítio do Lombo do Meio, com a área de duzentos e quarenta metros quadrados, que confronta a Norte com Levadeiro e outros, Sul com a Vereda e Levada, Leste com a Levada e Oeste com a Vereda, inscrito na matriz sob o artigo 9967º, com valor patrimonial de 4,78 e com o valor atribuído de cinquenta euros. II) - No mesmo sitio, com a área de cento e noventa metros quadrados, que confronta a Norte com a Vereda, Sul com João Feitor, Leste com Manuel Chá Chá e Oeste com João Varela, inscrito na matriz sob o artigo 10137º, com valor patrimonial de € 2,64 e com o valor atribuído de cinquenta euros. III) - No sítio do Lombo do Meio, com a área de trezentos e vinte e cinco metros quadrados, que confronta a Norte e Sul com João Feitor, Leste com Manuel Chá Chá e Oeste com João Varela, inscrito na matriz sob o artigo 10138º, com valor patrimonial de € 2,64 e com o valor atribuído de cinquenta euros. IV) - No mesmo sitio, com a área de duzentos e noventa e cinco metros quadrados, que confronta a Norte com Peixe Verde, Sul com António Chá Chá, Leste com António do Pico e Oeste com Manuel Chá Chá, inscrito na matriz sob o artigo 10291º, com valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros. V) - No dito sítio do Lombo do Meio, com a área de quatro mil duzentos e quarenta metros quadrados, que confronta a Norte com Herdeiros de Maria Vieira de Jesus e Manuel Fernandes Pita, Sul com Agostinho Alho, Manuel da Silva Gaspar e Maria Coelho, Leste com Ribeiro e Oeste com António Fernandes Pita e Herdeiros de Domingos Freitas, inscrito na matriz sob o artigo 10477º, com valor patrimonial de € 1,26 e com o valor atribuído de cinquenta euros. VI) - No sítio do Serrado e Cova, com a área de quatrocentos e vinte metros quadrados, que confronta a Norte e Leste com o Caminho, Sul com Agostinho Ferreira e Herdeiros de António Coelho e Oeste com Herdeiros de Manuel Pita, inscrito na matriz sob o artigo 12631º, com valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros. VII) No sítio do Serrado e Cova, com a área de duzentos e setenta metros quadrados, que confronta a Norte com herdeiros de Manuel Coelho, Agostinho Ferreira e João Vieira do Salão, Sul com Herdeiros de António Coelho, João Vieira do Salão, Manuel Gonçalves de Sousa e Avelina Pita, Leste com Herdeiros de António Coelho e Oeste Agostinho Ferreira, inscrito na matriz sob o artigo 12633º, com valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros.VIII) - No mesmo sítio, com a área de quarenta metros quadrados, que confronta a Norte e Oeste com o Caminho, Sul com João da Silva Agostinho e Leste com a Levada e Vereda, inscrito na matriz sob o artigo 12634º, com valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros. IX) - No Caminho do Lombo do Meio, com a área de duzentos metros quadrados, que confronta a Norte com o Caminho, Sul com Herdeiros de Joaquim Ferreira, Leste com João Rodrigues Mestre Júnior e Oeste Manuel Rodrigues Castanho, inscrito na matriz sob o artigo 12635º, com valor patrimonial de € 1,89 e com o valor atribuído de cinquenta euros. Que os mesmos vieram à sua posse, por o terem adquirido, no ano de mil novecentos e oitenta e oito, por compra verbal e não titulada, feita a João Fernandes Alfaiate, solteiro, maior, residente que foi no sítio do Lombo do Meio, da mencionada freguesia dos Canhas. E que a partir de então, ou seja, durante mais de vinte anos, têm vindo a possuilos, sem interrupção, pública e pacificamente, como coisa própria, de boa fé e sem oposição de quem quer que fosse, amanhando e cultivando a terra, pagando as contribuições ao Estado, retirando em seu exclusivo proveito todos os rendimentos e utilidades, pelo que os adquiriram a titulo originário, por usucapião, que invocam para justificar o seu direito de propriedade, para fins de registo. Esta conforme com o original. Cartório Notarial Privado do Notário Gabriel Fernandes, sito na Ribeira Brava, 17 de Outubro de 2014. O Notário Gabriel José Rodrigues Fernandes ACTUALIDADE SOCIAL MADEIRENSE TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 ROSAS E ESPINHOS DA NOVA AUTONOMIA GREGÓRIO GOUVEIA gregoriogouveia.blogspot.pt Do primeiro Estatuto Definitivo ao «estatuto da unanimidade» - O primeiro Estatuto Definitivo surge em 5 de junho de 1991 com a publicação da Lei nº 13/91, na sequência da apresentação na Assembleia Regional, em 25 de setembro de 1989, pelo PSD-M, de um projeto de proposta de lei e outro pelo PS-M, em 2 de novembro do mesmo ano. Em 22 de fevereiro de 1990, a Assembleia Regional aprova o Estatuto pela Resolução nº 5/90/M, para ser remetido à Assembleia da República. Esta introduziu alterações ao projeto da Assembleia Regional, a quem deu conhecimento. Por sua vez, esta remeteu àquela um parecer que conclui: “a Assembleia Legislativa Regional da Madeira, reunida em Plenário de 06 de Novembro de 1990, para a apreciação referida no citado artigo 228º, nº 2, da Constituição da República Portuguesa, emite o parecer de que deve ser aprovado, na íntegra, o texto do Projecto de Estatuto inicialmente enviado, não se justificando, em boa lógica democrática, as alterações introduzidas pela Assembleia da República”. Em 28 de novembro de 1990, foi aprovado pela Assembleia da República e enviado ao Presidente da República para promulgação. Este enviou-o ao Tribunal Constitucional, que apreciou o documento, declarando somente a inconstitucionalidade dos artigos 10º, n.º 4 e 11º, n.º 2 do Decreto 293/6 da Assembleia da Republica. Em 24 de abril de 1991, a Assembleia da República aprovou a proposta final, que foi publicada pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, não tendo constado o capítulo originário referente à Organização do Poder Judicial na Madeira. - Em 2 de março de 1993, o Ministro da República requereu ao Tribunal Constitucional a apreciação da legalidade do artigo 28º do Estatuto definitivo. Este artigo, que trata da adaptação do estatuto remuneratório dos deputa- dos regionais, foi considerado inconstitucional pelo Acórdão 637/95. - Decorridos cerca de sete anos da entrada em vigor do Estatuto Definitivo da Região Autónoma da Madeira, aprovado pela Lei n.º 13/91, de 5 de junho, o PS-M tomou a iniciativa, em 19 de março de 1998, de apresentar um projeto de alteração àquele Estatuto. Seguiram-se outros projetos do PSD-M (13/4/1998), do CDS (16/4/1998) e da UDP (16/4/1998). A CDU apenas apresentou, em 10 de janeiro de 1999, propostas de alteração à proposta de revisão saída da Comissão Eventual para a Revisão do Estatuto. Concluído o processo de revisão pela Comissão, o Plenário da Assembleia Regional aprovou-o em 14 de janeiro de 1999 pela Resolução n.º 4/99/M, enviando para a Assembleia da República. Esta discutiu a proposta regional, tendo-lhe introduzido alterações que foram remetidas para a Assembleia Regional. Em 28 de junho de 1999, por Resolução 16/99/M, a Assembleia Regional aprovou, por unanimidade, as alterações propostas pela Assembleia da República. No dia 2 de Julho de 1999, a Assembleia da República aprovou, também por unanimidade, o texto definitivo que foi publicado em 21 de Agosto pela Lei n.º 130/99 Recordo o trabalho empenhado de todos os deputados da Comissão, presidida por Cunha e Silva, na análise de todas as propostas apresentadas. Se é certo que muitas propostas dos partidos da oposição não foram aceites pela maioria regional, certo é que a profundidade da discussão de todas as normas, mesmo as do PSD-M, produziu um importante resultado, fazendo com que possa afirmar que a Região ficou com um Estatuto novo, a que posso apelidálo de ESTATUTO da UNANIMIDADE. É este Estatuto que, passados quinze anos, na sua essência ainda regula a Autonomia da Madeira, tendo apenas sofrido uma alteração no nº 2 do artigo 15º, pela Lei nº 12/2000, de 21 de Junho, depois de ter sido considerado inconstitucional pelo Acórdão nº 199/2000. Neste caso, tratou-se de atribuir 2 deputados aos círculos do Porto Santo e do Porto Moniz. - Em 30 de Novembro de 2004, o PS-M apresentou um projeto de alteração do Estatuto Político-Administrativo que tinha sido aprovado em 1999, seguindo-se os projetos do PSD-M (29/12/2004) e do CDS (07/01/2005). Uma vez aprovado na Assembleia Legislativa Regional, o texto foi remetido à Assembleia da República, que pretendeu fazer alterações que não eram do agrado do PSD-M. Invocando não haver condições políticas para rever o Estatuto, em 28 de Junho de 2005 a Assembleia Regional requereu a retirada da proposta da Assembleia da República. -Quando, em 24 de Janeiro de 2008, o PS-M apresentou um projecto de alteração do Estatuto, apenas sobre a matéria de incompatibilidade e impedimentos dos deputados e, em 13 de Dezembro de 2011, onze deputados (9 do CDS, 1 do PCP e 1 do PAN) apresentaram uma proposta também sobre incompatibilidades e impedimentos, não conseguiram tal intento. Face a isso, mantém-se em vigor o Estatuto da Unanimidade de 1999, sem alterações até que nas duas Assembleias (a Regional e a da República) estejam deputados com coerência política no reconhecimento e respeito pelos inalienáveis direitos não só autonómicos, mas também adquiridos ao longo dos 40 anos de regime democrático, independentemente de serem direitos gerais e/ou particulares. gregoriogouveia.blogspot.pt DIVAGANDO... 21 CARTÓRIO NOTARIAL DE GABRIEL J RODRIGUES FERNANDES Rua das Comunidades Madeirenses, nº 7 C – 9350-210 Ribeira Brava A verdade e a humildade realidades actuais. A remodelação orgânica, mas também o modo de relacionamento com a Sociedade Civil, sem discriminação de classes sociais ou de outra natureza, é imprescindível. Um político tem de ouvir atentamente as pessoas, misturar-se com elas, quase que vivendo o dia a dia, sempre em relacionamento com elas, para que depois a acção política que terá de desenvolver nos seus mandatos corresponda efectivamente aos anseios e necessidades que têm os seus eleitores. A sua sinceridade, bem como a sua coerência serão escrutinadas por estes, em cada dia que passe. Qualquer atitude que ponha os seus interesses pessoais acima dos interesses dos seus votantes contribuirá inevitavelmente para o descrédito do seu partido e das instituições políticas. Até a Democracia sairá prejudicada com essa atitude. Servir e não servir-se, falar a verdade e ser sinceramente humilde são condições necessárias para sairmos deste clima de descrédito, indignação e desesperança que se sente actualmente em todo o país e em quase toda a gente. No PSD/Madeira volta a impor-se a necessidade de, tal como no PREC e na restante década de 70, os seus candidatos se aproximarem mais daqueles cidadãos que vivem pior, por vezes miseravelmente e em grande parte na pobreza ou no seu limiar. É com essas pessoas, sem agredir as que vivem melhor ou bem, que esses candidatos se devem preocupar, acima de tudo, dizendo claramente não ao estado de necessidade em que vivem, sem ter medo de pronunciar as palavras ou expressões que melhor traduzem essas situações. Clamar por justiça social, por maior progresso e pelo extermínio do desemprego são atitudes que dignificam um social-democrata, mas melhor do que isso, dignificam as pessoas. É também com os que vivem melhor que se deve estabelecer um bom relacionamento que constitua uma parceria que ajude a devolver à maioria dos portugueses a qualidade de vida que já tiveram. Na Região, temos de unir o partido e rebuscar a humildade de pôr-se ao serviço de toda a Comunidade, fazendo o levantamento exaustivo dos casos de famílias carenciadas, procurando juntamente com as IPSS e outras instituições, religiosas ou não, resolver-lhes os problemas mais prementes e, paralelamente, com equipas competentes encontrar as melhores soluções para aprofundar significativamente a nossa Autonomia, o desenvolvimento económico que nos traga de volta o pleno emprego. Julgo que a Autonomia conquistada é aceite pela maioria das forças políticas e dos seus eleitores. Interessa esclarecer a Comunidade que este tema, pela importância singular que tem para o futuro da Região deve ser apoiado pela maioria das áreas políticas e sociais regionais. E não se esqueça que o projecto final terá de ser apresentado à Assembleia da República e que terá de ser aprovado por dois terços dos seus deputados. Por uma questão de transparência e de verdade, os Madeirenses e Portossantenses têm de ser informados que é um processo longo e trabalhoso e que com certeza deverá começar pela concretização da autonomia fiscal. Nas eleições internas do PSD/Madeira, que ganhe o candidato que seja o mais humilde, humano, menos vaidoso, honesto, trabalhador, inteligente e competente. Que dê sinais de que pretende verdadeiramente modificar o que está mal no partido e na política regional e de que pretende bater-se por tudo o que proporcione mais progresso sustentável para a nossa terra, sem ter de renegar a toda a história regional, do partido, nem ao assassinato político seja de quem for. Finalmente, terá de dar indícios de que possui capacidade de unir o partido, sem o que não lhe será possível ganhar as eleições legislativas regionais em finais de 2015. Tef. 291 952 230 Fax: 201 951 690 E-mail – notá[email protected] (publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014) Certifico para fins de publicação que por escritura lavrada a dezassete de Outubro de 2014, exarada de folhas oito e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número 211-A, deste Cartório Notarial, José Abreu dos Santos, que também usa e é conhecido por José de Abreu dos Santos Nif 175.065.365 e mulher Maria Justina de Sousa, que também usa e é conhecida por Maria Justina de Sousa Abreu, Nif 175.065.357, casados sob o regime da comunhão geral, naturais da dita freguesia de Campanário, residentes na Avenida Arriaga, Centro Comercial Infante, 8º andar, apartamento 802, freguesia da Sé, concelho do Funchal, declaram-se, com exclusão de outrem donos e legítimos possuidores, de seis prédios rústicos, localizados na freguesia de Campanário, concelho da Ribeira Brava, encontrando-se o identificado em I), descrito na Conservatória do Registo Predial da Ribeira Brava, sob o número seiscentos e vinte e três, estando inscrito, apenas metade, a favor do terceiro outorgante, pela Apresentação mil novecentos e cinquenta e dois, de vinte e cinco de Julho de dois mil e doze, sem qualquer inscrição em vigor, quanto à fracção ora justificada, não se encontrando os restantes prédios, descritos na sobredita Conservatória, a saber: I) - No sítio dos Quinhões, metade de um prédio, com a área total de duzentos e trinta e seis metros quadrados, confina, no seu todo, a norte com o caminho, sul e oeste com o ribeiro e leste com Manuel Vieira Jr., inscrito na matriz sob o artigo 5325, com o valor patrimonial de IMT de € 1,33 e o atribuído de vinte euros. II) - No sítio dos Quinhões, um prédio, com a área de cem metros quadrados, confinante a norte com Manuel Abreu Peco, sul com João dos Reis, leste com António Peco e oeste com o lombo, inscrito na matriz sob o artigo 5520, com o valor patrimonial de IMT de € 0,88 e o atribuído de vinte euros. III) - No sítio da Lapa e Massapez, um prédio, com a área de trezentos e setenta metros quadrados, confinante a norte e sul com Manuel Gonçalves Pereira, leste com a ribeira e oeste com Joaquim Gonçalves Andrade, inscrito na matriz sob o artigo 5804, com o valor patrimonial de IMT de € 8,84 e o atribuído de cinquenta euros. IV) - No sítio da Lapa e Massapez, um prédio, com a área de quatrocentos e sessenta e cinco metros quadrados, confinante a norte com a ribeira, sul com Manuel José Gonçalves, leste com António Gonçalves dos Santos e oeste com António Pereira Gonçalves, inscrito na matriz sob o artigo 5827, com o valor patrimonial de IMT de € 11,05 e o atribuído de cinquenta euros. V) - No sítio do Carmo, um prédio, com a área de trezentos e sessenta e sete metros quadrados, confinante a norte com Joaquim Silva Júnior, sul com Manuel Vieira Júnior, leste com Manuel Ferreira e oeste com António Peco, inscrito na matriz sob o artigo 7410, com o valor patrimonial de IMT de € 12,38 e o atribuído de cinquenta euros. VI) - No sítio do Rodes, um prédio, com a área de cento e vinte metros quadrados, confinante a norte com Francisco Xavier, sul com João Gonçalves Santos, leste com a vereda e oeste com o caminho, inscrito na matriz sob o artigo 7503, com o valor patrimonial de IMT de € 5,31 e o atribuído de trinta euros. Que, os mencionados prédios, vieram à posse dos seus representados, no ano de mil novecentos e setenta e um, por doação verbal e não titulada, feita pelos pais do representado marido, José Gonçalves dos Santos e mulher Maria Madalena de Abreu, casados sob o regime da comunhão geral e residentes que foram ao sítio do Rodes, dita freguesia de Campanário. Que, no entanto, entraram, desde essa altura na posse e fruição dos mencionados prédios, limpando-os, desbastando-os, cultivando-os e pagando as respectivas contribuições. Que, esta posse tem sido exercida sem interrupção, à vista de toda a gente e sem violência ou oposição de quem quer que seja, de forma correspondente ao exercício do direito de propriedade, exercendo-a pública, pacífica, contínua e em nome próprio, dos citados imóveis, pelo que os adquiriram por usucapião, que invocam para justificar o seu direito de propriedade para fins de registo. Esta conforme com o original. Cartório Notarial Privado do Notário Gabriel Fernandes, sito na Ribeira Brava, 17 de Outubro de 2014. O Notário Gabriel José Rodrigues Fernandes PUB VIRGÍLIO PEREIRA Há políticos que já nas précampanhas eleitorais elaboram uma lista dos descontentamentos populares e das aspirações em geral dos cidadãos eleitores e desatam a prometer que se forem eleitos hão-de resolver todos esses problemas. Uma grande parte do eleitorado está indignado com a actuação desses políticos e dos partidos. Já não acreditam neles, mas há sempre uma parte desse eleitorado, constituída por cidadãos incautos ou menos informados, que caiem nessa cilada e oferecem o seu voto a esses políticos despudorados. Como pode um político nos dias que correm ignorar a crise em que o país vive, bem como a Europa e quase todo o mundo? Só a sua desonestidade política pode responder a esta pergunta, porque normalmente o principal objectivo deles é atacar os candidatos seus concorrentes. É claro que são apoiados por algumas entidades, que se refugiam silenciosamente por detrás deles. Mas isso é legítimo, mas não dizem a verdade da situação ao eleitorado. Esses políticos, depois das eleições, caso sejam eleitos, justificam a sua incongruência com o facto de terem encontrado uma situação pior do que a que tinham previsto, como se alguém acreditasse que eles concorreram sem previamente se terem indagado. É o eterno fado do coitadinho. Hoje, para que um político seja credível tem, primeiramente, de se bater pela reorganização do seu partido, de forma a adaptá-lo às opinião PUB TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 www.tribunadamadeira.pt 22 economia TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Dolce Vita Funchal recebe 10 milhões de visitantes por ano Centro assinalou o seu 7º aniversário. Juan Andrade [email protected] Num momento em que assinala o seu aniversário, o Dolce Vita Funchal está a promover várias iniciativas especialmente para os mais pequenos, até ao próximo domingo 26 de outubro. Desde outubro de 2007, o primeiro Centro Comercial português concebido com uma arquitetura bioclimática, conta com 71 lojas e 859 lugares de estacionamento. Atualmente, com uma taxa de ocupação de cerca de 98%, o Dolce Vita Funchal recebe 10 milhões de visitantes por ano, o que demonstra bem a sua excelente integração com a comunidade local e turista. Durante este ano o Dolce Vita Funchal aumentou a sua oferta comercial e abriu lojas como a Mango, Mayoral, Sunglass Hut, Ale Hop e Vapor D’Água e ampliou ainda a Columbia e a Farmácia Funchal. Segundo o comunicado distribuído à imprensa este ano as novidades não ficam por aqui e em breve verificar-se-ão novas aberturas, entre as quais a Imagina- para pequenos e graúdos. O Dolce Vita Funchal, promete ainda a aposta em muitas ações infantis gratuitas, como, por exemplo, insufláveis e guarda de crianças, e em campanhas promocionais, desde ofertas de parque de estacionamento e descontos constantes associados ao programa de fidelização Shop2win – Quem mais compra, mais ganha Sobre o Dolce Vita Funchal rium, uma reconhecida insígnia de brinquedos que abrirá em exclusivo neste Centro Comercial. Este ano que passou ficou marcado por muitas ofertas O Dolce Vita Funchal, Centro Comercial sob a gestão da Retailgeste, foi inaugurado em outubro de 2007 e disponibiliza 71 lojas distribuídas por 3 pisos, em cerca de 16 mil metros quadrados. Possui um parque de estacionamento coberto com cerca de 859 lugares. l Multibancos com mais movimentos na Madeira Concelho da Ponta do Sol registou um maior aumento de levantamentos. Levantamentos e compras através de terminais de pagamento automático da rede Multibanco cresceram em termos homólogos, embora abaixo da média nacional.Os dados fornecidos pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) para o 3º trimestre de 2014, mostram que na Madeira, o valor dos levantamentos em caixas Multibanco aumentou 2,8% face ao período homólogo, enquanto as compras através de terminais de pagamento automático (TPA) tiveram um acréscimo de 3,4%. Por sua vez, o valor despendido em pagamentos subiu 10,6%. Desagregando os levantamentos, observa-se que os internacionais registaram um crescimento homólogo de 4,7% (atingindo um total de 23,0 milhões de euros entre julho e setembro deste ano), enquanto os nacionais tiveram uma subida de 2,5% (totalizando 152,4 milhões de euros no 3º trimestre de 2014). A nível do país, o crescimento nos levantamentos no 3º trimestre de 2014 foi de 3,1% face ao mesmo período de 2013, refletindo os aumentos de 10,5% nos levantamentos internacionais e de 2,3% nos nacionais. Tendo em conta os primeiros nove meses de 2014, a variação homóloga nos levantamentos foi de +3,0% na Madeira e de +1,2% no país. Nas compras em TPA verificaram-se aumentos homólogos no trimestre em referência tanto na Madeira (+3,4%) como no país (+7,4%). Entre janeiro e setembro deste ano, a Região registou um crescimento de 3,9% nas compras em TPA, igualmente inferior ao observado no país (+6,1%). Passando para uma análise por município, é de assinalar que o maior incremento nos levantamentos nacionais nos primeiros nove meses do ano de 2014 registou-se na Ponta do Sol (+14,3%) e a maior quebra na Ribeira Brava (-2,3%). No Funchal, a variação foi de +1,7%. Entre janeiro e setembro de 2014 observaram-se crescimentos homólogos em todos os municípios no capítulo dos levantamentos internacionais e nos pagamentos. No Funchal, as variações foram de +3,9% e +7,6% respetivamente. Nas compras através de TPA, a maior subida nos primeiros nove meses de 2014, comparativamente ao mesmo período do ano passado foi em Santana (+46,8%) e a maior quebra na Ponta do Sol (-8,9%). No Funchal observou-se um aumento de 3,5%. l J.A Operador Luxemburguês lança rota para a Região Disponibilizando 8556 lugares. Na semana passada, um grupo de jornalistas – proveniente do Luxemburgo, França e Alemanha – visitou a Região, no âmbito da nova operação lançada pela LuxairTours. A deslocação foi promovida pela Associação de Promoção da Madeira, em conjunto com o operador turístico luxemburguês e com a companhia aérea Luxair, tendo por parceiros locais o Reid’s Palace e a Full Services, representante regional da LuxairTours. Esta visita teve por objetivo promover a nova 48,2 rota para a Região, que será desenvolvida em duas fases, contemplado as temporadas de inverno e verão. No total, o operador turístico tenciona disponibilizar 8.556 lugares para a Madeira. Os voos serão realizados todas as segundas-feiras, com um 737-800, com capacidade de 186 lugares. A operação de inverno 2014/2015 desenvolver-se-á de 22 de dezembro a 30 de março, ao longo de 15 semanas, com um total de 2.790 lugares disponíveis. Já a operação de verão decorrerá de 6 de Abril a 2 de Novembro, durante 31 semanas, o que equivale a um total de 5.766 lugares. A organização desta press trip foi proposta pela Associação de Promoção da Madeira, durante um workshop organizado pela Luxair em Agosto, e prontamente aceite pelo vice-presidente de Marketing da Luxair e pelo vice-presidente de Marketing e Vendas da LuxairTours, que acompanharam o grupo de jornalistas na visita à Madeira. Esse workshop, dirigido a agentes de viagens belgas e luxemburgueses, contou a participação da AP-Madeira, de oito hotéis/grupos hoteleiros da Madeira e do agente local da Luxair. Importa referir que, paralelamente a esta viagem e no sentido de promover o destino Madeira nos mercados-alvo desta operação, a LuxairTours dedica à Região 16 páginas da sua brochura de inverno, dando a conhecer os diversos pacotes disponíveis para a Madeira e Porto Santo. No material promocional deste operador turístico, a Madeira é descrita como a “Ilha da eterna Primavera” e como um “destino popular mesmo no Inverno”. A beleza da paisagem e as inúmeras atividades ligadas à natureza também merecem destaque. A promoção da Região no Luxemburgo tem também o apoio da AP-Madeira, que apostou, em conjunto com a Luxair, numa campanha publicitária, tendo em vista a promoção do novo voo. l J.A No 3º trimestre de 2014, as vendas de cimento na RAM ascenderam a 48,2 mil toneladas, refletindo um aumento de 34,9% face ao trimestre homólogo de 2013. Se comparamos com o trimestre anterior (2º trimestre de 2014), a variação é igualmente positiva, de 5,2%. Mercado de Usados O Mercado de Usados está de volta à Praça do Mar entre os dias 22 a 26 de outubro. No total serão cerca de oito concessionários automó- veis e multimarcas que apresentam mais de uma centena de automóveis, de várias gamas, com preços imbatíveis. A exposição está aberta ao público hoje, a partir das 14h00, e amanhã e domingo a partir das 10h00. No último dia de exposição, pelas 20h00, terá lugar um sorteio entre os compradores efetivos, com a atribuição de vários prémios, no montante global de 1.100 €. Campanha Vamos Colorir o Centro do Funchal A ACIF-CCIM e a Associação Regional de Educação Artística estabeleceram uma parceria no sentido de decorar as montras dos estabelecimentos comerciais, na época natalícia, localizados no centro do Funchal, com a colaboração dos alunos das escolas do 1º ciclo da RAM e das instituições da educação especial, sob a orientação dos professores de educação artística. Esta Associação foi responsável pela Semana Regional das Artes e pela Exposição Regional de Expressão Plástica, este ano realizada em junho, sob o tema Transforma – Intervenção de Arte Urbana, onde cada escola foi desafiada a 'vestir de arte' uma das árvores da Avenida Arriaga e Avenida Zarco, cujo resultado foi um verdadeiro espetáculo de arte urbana. O que se pretende com este próximo desafio é colocar a criatividade dos alunos, com a orientação dos professores e da Associação Regional de Educação Artística ao serviço do comércio urbano, com o intuito de valorizar as montras das lojas e cativar a população e os inúmeros turistas que nos visitam nesta altura do ano. Desta forma, propomos a adesão dos estabelecimentos comerciais de três formas distintas: Decoração de Montra Cada estabelecimento comercial participante terá uma escola responsável pelo projeto de decoração da sua montra. Numa primeira fase, até ao dia 10 de novembro, será apresen- tado um projeto ao estabelecimento comercial de acordo com a dimensão da sua montra, tipologia do produto que vende e montante máximo que pretende disponibilizar para a compra dos materiais. Após este projeto de decoração ser aprovado pelos responsáveis da loja, os alunos darão início à execução do mesmo, estando prevista a montagem de toda a decoração de montras na semana de 1 a 5 de dezembro. Decoração de árvore de Natal colocada à porta do estabelecimento Neste caso cada estabelecimento comercial terá uma escola responsável pelo projeto de decoração da árvore de Natal, seguindo-se os mesmos trâmites do projeto de decoração de montra. Cada estabelecimento comercial, para além de comparticipar o valor dos materiais necessários para o projeto de decoração, terá igualmente que se responsabilizar pela colocação da árvore à porta do seu estabelecimento. Decoração de árvore de Natal colocada na rua No caso de haver um conjunto de lojas que queiram partilhar custos com os materiais e com a árvore de Natal, poderão optar por colocar uma árvore num sítio que seja considerado estratégico e que beneficie todo o grupo de lojas da rua. As candidaturas deverão ser enviadas para a ACIF, por fax (291 206 868), ou email ([email protected]) até ao dia 21 de outubro. 24 opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 DIVAGANDO... João Henrique Gonçalves RICARDO FREITAS Advogado Dirigente sindical A Comissão Juncker Fazer pela vida ... O novo Presidente da Comissão Europeia Jean-Claude Juncker, apresentou a sua equipa e o novo formato da próxima Comissão Europeia. ( toma posse no dia 1 de Novembro próximo). Depois de a União Europeia ter atravessado um dos períodos da sua história em que mais foi posta à prova, um dos maiores desafios será convencer os cidadãos que as coisas podem mudar. Para que essa mudança se concretize, a Comissão tem de estar aberta a reformas. A nova Comissão Europeia deverá concentrar‑se em solucionar os grandes desafios políticos que se colocam à Europa: reinserir as pessoas no mercado de trabalho com empregos dignos, desencadear novos investimentos, garantir que os bancos concedem novamente empréstimos à economia real, criar um mercado digital interconectado e uma política externa credível e garantir que a Europa é autónoma em termos de segurança energética. A nova forma como a Comissão será estruturada reflete estas Orientações Políticas, com base nas quais Jean‑Claude Juncker foi eleito pelo Parlamento Europeu. Barroso, que nos últimos dez anos desconstruiu sistematicamente a União Europeia, concretamente o que de bem tinha feito Delors, vem no seu discurso de despedida veio dizer que nos seus 10 anos à frente da Comissão Europeia muitas crises. Defendeu que apesar de dizerem que acredita na austeridade, sempre fez apelos para maior solidariedade entre os Estados e tentou promover o crescimento através do investimento público. Destas crises que refere muitas foram criadas pelo próprio por incompetência, indecisão e por fretes ao Estados Unidos da América. Adepto feroz da contenção orçamental como defende a Srª Merkel, de quem aliás foi pau mandado, foi com ela os responsáveis da lamentável crise em que nos encontramos . Auf Wiedersehen ! como ele teve o cuidado de referir. Ficamos livres de um idiota que fez mais mal do que bem. E teve ainda tempo para dizer que “ a que acção da Comissão que chefiou – uma das organizações que compunha a troika que atuou em vários países – optou durante o pico da crise pela “discrição”. “Não quis que a Comissão fizesse parte da cacofonia. Fizemos tudo com os instrumentos que tínhamos para evitar a fragmentação do euro”, assegurou no plenário em frente aos eurodeputados que enfrentou pela última vez. Essa discrição, segundo o próprio, fez com que muitas vezes lançasse apelos dramáticos a “algumas capitais” em nome da solidariedade e apelos aos países pobres para “mais contenção.” Em discurso directo: “Eu sei que as politicas da UE têm sido apresentadas como apenas austeridade, mas isso é uma caricatura”, defendeu o Barroso, culpando as tais capitais europeias por essa falta de vontade. “Pedimos aos estados que fizessem mais investimento. Se não houve, não foi por causa da oposição da Comissão e do PE, mas sim de algumas capitais europeias”, repetiu durante o seu discurso final. De alguma forma explicou, estando de saída que foi indeciso, uqe foi incompetente e que nos deixou na penúria. O Presidente Juncker que aí vem, e a quem deve dar-se , por agora, o benefício da dúvida, até por declarações suas recentes, entrevistou todos os comissários indigitados pessoalmente e está convencido de que uma equipa forte e experiente pode, trabalhando em conjunto, apresentar resultados de forma mais eficaz, segundo afirma. Jean-Claude Juncker declarou: «Nesta época sem precedentes, os cidadãos da Europa querem ver resultados. Após anos de dificuldades económicas e de reformas muitas vezes dolorosas, os europeus querem uma economia que funcione, empregos sustentáveis, mais proteção social, fronteiras mais seguras, segurança energética e oportunidades digitais. Apresento hoje a equipa que vai colocar de novo a Europa na via do emprego e do crescimento. Na nova Comissão Europeia a forma obedece à função. Devemos estar abertos à mudança; temos de mostrar que a Comissão pode mudar. O que vos apresento hoje é uma Comissão Europeia política, dinâmica e eficaz, orientada para dar um novo começo à Europa. Atribuí pastas a pessoas, não a países. Estou a colocar 27 jogadores em campo e cada um deles tem um papel específico a desempenhar – esta é a minha equipa vencedora.» A ver como se sai, para nosso bem! Fontes: Comissão europeia e página oficial do Presidente Juncker. Muitas vezes ouvi a expressão “fazer pela vida”. Regra geral, essa frase, era dita no sentido de um indivíduo esforçar-se em trabalhar. E, a mais das vezes, dando a indicação de que esse esforço era realizado com um misto de necessidade e de perda da realização de uma outra actividade que lhe daria melhor satisfação e compensação. Este “Fazer pela vida” é, contudo, em alguns casos utilizado num outro sentido. No sentido da oportunidade e de oportunismo que certos energúmenos utilizam como expressão, de algo pouco ético, que roça uma vontade de agir na fronteira da legalidade, ou mesmo no âmbito da eventual corrupção. Ao ter conhecimento do “voluntariado” de Passos Coelho na sua presidência da ONG aquando a sua última passagem no parlamento nacional, num período de juventude, é certo, levou-me a recordar a tal frase “fazer pela vida...”. Quando as explicações sobre os rendimentos auferidos foram realizadas e disseram-nos que não teria auferido quaisquer rendimentos, dignos de declaração fiscal, aceitei como válidas. Quando não foi capaz de indicar os montantes que terá recebido a título de ajudas de custo ou de despesas de representação, lamentei, mas espero que possa, em breve, recordar melhor esse “pormenor”. Quando os procedimentos parlamentares do processo de apoio à integração na vida activa, que então havia, (só acabou no tempo de Sócrates) prefiro deixar para a comissão de ética da Assembleia da República, o entendimento adequado. O que me incomoda, verdadeiramente, são as características que envolvem a empresa para a qual Passos Coelho trabalhou e a actividade da ONG, que dirigiu e fundou. Aparentemente, o FAZER PELA VIDA dessas organizações, era o aproveitamento dos fundos comunitários, à disposição de acções de formação, tivessem ou não a melhor qualidade e pertinência e a criação de uma ONG (organização não governamental) que serviria para “abrir umas portas”, segundo um responsável da empresa para a qual Passos Coelho trabalhou, após a sua saída da Assembleia da República. Conheço outros casos semelhantes, mas nunca tinha assistido a que excolaboradores dos ditos, chegassem e exercessem o cargo de PM. Confesso o meu incomodo quando, numa semana onde foi conhecido o prémio Nobel da PAZ, que, desta vez, até me parece merecido, dado contemplar a jovem MALALA, exemplo de coragem e de defesa dos direitos humanos, das crianças, jovens e mulheres, onde o direito ao ensino e ao conhecimento é algo de bem maior. Este exemplo de MALALA, é, sim, uma expressão maior do FAZER PELA VIDA. Sonho que possamos, no nosso dia a dia, saber honrar as acções exemplares daqueles que, com as suas acções e procedimentos, nos indicam o caminho certo da acção ética e moral, que a sociedade reclama. Com igual desejo, espero que, colectivamente, possamos desviar-nos daqueles que actuam num universo de oportunismo e que transpiram valores distantes do bem comum. Se é sabido que se pode mudar e que a redenção pode ser atingida, também é certo que para tal é necessário expressar em actos, em acções, essa mudança. O silêncio e as omissões não são paliativos para a ética, que nos falta. Mesmo a convicção liberal mais ideológica não justifica a ausência de um comportamento exemplar e uma transparência de procedimentos. Passos Coelho tem muito a aprender. Nós, cidadãos, também, pelo menos a sermos exigentes com aqueles que escolhemos… É tempo de FAZERMOS PELA VIDA, no bom sentido, claro. desporto TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 25 Desde 1952 perto do mar e dos madeirenses www.clubenavaldofunchal.com PUB Atualidade Maratona pelo mar O Naval organiza, em duas semanas consecutivas, eventos desportivos internacionais que promovem o mar da Madeira como destino de excelência para as atividades náuticas, principalmente durante as estações mais frias. Esta é uma missão que abraçámos, desde há alguns anos a esta parte, com a convicção de que o mar que nos rodeia está cheio de oportunidades, aos mais diversos níveis. Assim, depois de medalhados olímpicos e campeões do Mundo e da Europa na canoagem, teremos este sábado mais campeões, um pouco de todo o “Velho Continente”, a nadar nas nossas águas, noutra modalidade olímpica cuja prática está em franco crescimento. Estas duas iniciativas, ambas inéditas na nossa ilha, surgiram precisamente para colocá-la no mapa internacional destas modalidades, e pretendem assumir-se como cartaz desportivo-turístico no futuro, pois acreditamos num boa resposta dos participantes forasteiros às condições infraestruturais que encontram, quer em termos logísticos e, principalmente, naturais. Por outro lado, uma e outra modalidades são bem conhecidas dos madeirenses, pelo que pretende-se alavancar a sua prática. Julgamos que faltam mais eventos de qualidade na Madeira para atrair os diferentes nichos de mercado ligados às atividades náuticas, desde o mergulho à vela, desde logo porque o turismo é a nossa principal fonte económica e o mar a melhor e maior infraestrutura que temos, disponível todo o ano e de fácil de manter. Aproveite o bom tempo previsto para amanhã e assista à Swim Marathon na Quinta Calaça. Bom fim de semana Mafalda Freitas Presidente Crónica Do sonho à realidade em 2014 Com muito esforço, paciência e trabalho, não esquecendo de agradecer aos sócios, colaboradores, amigos e patrocinadores, conseguimos entre todos ajudar o nosso velejador e amigo Élvio Barradas. O projeto, “Acção Qualidade de Vida – Pratica Desportiva” promovido pela Associação Salvador possibilitou através de uma candidatura a aquisição de uma cadeira de rodas com características específicas (peso, material e estrutura) que vão permitir uma deslocação, mobilidade e autonomia essencial para o seu futuro, como atleta e como pessoa com deficiência. Esta candidatura que se iniciou pelo treinador/professor Pedro Correia coadjuvado pela Drª Filipa Fragoeiro (Coordenadora. CAO Câmara de Lobos) e do Clube Naval do Funchal foi possível obter com sucesso o financiamento total. Agora aguardamos a entrega do equipamento e com ele realizar um evento de agradecimento, com data ainda a agendar. O SONHO CONTINUA… A continuidade do projeto “Vela para todos” promovido anualmente no CNF tem conseguido “sobreviver” com o apoio e recursos de várias enti- dades e pessoas, destacandose desde logo o Clube Naval do Funchal, a A.A.P.N.E.M. – Associação dos Amigos de Pessoas com Necessidades Especiais da Madeira e a S.R.E.C. – Secretaria Regional da Educação e Cultura também com o papel especial na cedência dos transportes prestados aos atletas, pelos serviços de transportes e motoristas, assim como com a colaboração do S.T.A.O. – Serviço Técnico de Atividades Ocupacionais na cedência do professor/treinador Pedro Correia do C.A.O.Funchal Santo António. Assim para a nova época é objectivo: - A Integração de novos atletas, para aumentar a equipa/frota; - A candidatura ao Mérito GANHE UM VOUCHER NAVAL Em que ano se realizou a 1ª edição da regata Canárias – Madeira em barcos de vela de cruzeiro, e quem venceu? Desportivo – Desporto para todos do IPJD; - Criar um portefolio, com experiências, de modo a fazer uma promoção nas escolas do Funchal; - Alargar a visibilidade da equipa de Vela Adaptada, arranjando mais patrocínios aos atletas, ao CNF - Participação com os atletas e embarcações no evento da Semana Regional da Pessoa com Necessidades Especiais, 2 a 12 dezembro 2014; - Dar continuidade ao projecto “ON TOUR” com saídas á Calheta e Machico, e apelar à participação de novas instituições Esperamos puder contar com a vossa colaboração Pedro Correia Treinador de Vela adaptada do CNF 26 desporto TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Madeira Island International Swim Marathon busca prestígio Nadando para a Liga Europeia A Madeira Island International Swim Marathon, que amanhã disputar-se-á na Quinta Calaça, reunirá cerca de 150 participantes, 66 dos quais forasteiros, entre portugueses, alemães, ingleses e franceses. Realce para a presença das Seleções Nacionais de França e de Portugal, não só para participar na competição como para realizar um estágio. Em termos individuais, destaque para o francês Axel Reymond, Campeão da Europa dos 25 km, Vasco Gaspar, melhor português da atualidade, 14.º classificado no Campeonato do Mundo, o inglês Jack Burnell, 6.º classificado no Campeonato da Europa, Mário Bonança e Angélica André, Campeões Nacionais. Mafalda Freitas revelou ambição. «O objetivo é que esta prova integre em 2015 a Liga Europeia de Natação de Águas Abertas», anunciou a Presidente do Naval, otimista na boa resposta dos participantes a esta primeira edição. «A distância olímpica é de 10 km e é nela que reside um nicho de mercado a explorar, dada a escassez de lugares A apresentação da Madeira Island International Swim Marathon contou com a presença de Rui Anacleto, Diretor Regional da Juventude e Desporto, Dorita Mendonça, em representação da Direção Regional do Turismo, Duarte Oliveira, Chefe de Divisão do Desporto da CMF, Avelino Silva, Presidente da ANM, e João Pontes, Diretor da Liberty Seguros, para além de Mafalda Freitas, Presidente do Naval, Ivan Abreu e Carla Patrícia Telo, Coordenador e Madrinha do evento, respetivamente.. na Europa que possibilitem o treino com as condições que a Madeira oferece no inverno, com uma temperatura da água e serviços de apoio, quer logísticos quer turísticos.» Na verdade, a natação de águas abertas integra o programa olímpicos desde Pequim 2008. Esta variante remonta às origens da natação, quando não havia piscinas, destacando-se a nível internacional a travessia ao Canal da Mancha. «Pretendemos fazer crescer esta prova e naturalmente o número de praticantes desta variante na ilha. Afinal, a infraestrutura desportiva está disponível todo o ano e é gratuita», completou Mafalda Freitas. Dorita Mendonça enalteceu o alcance da iniciativa do Naval. «Já chamámos a atenção de atletas internacionais para este evento e esperemos que esta seja a primeira de muitas edições. Para o Turismo da Madeira este é daqueles eventos que gostamos de apoiar, porque promove a Região como um destino ativo e aproveita dois grandes fatores, que temos cada vez mais de valorizar, o mar e o clima», argumentou a Diretora de Promoção Turística. Rui Anacleto elogiou a atitude do Naval. «Nota-se que há aqui um grande entusiasmo no que respeita ao papel que um clube deve desempe- nhar. Este evento trará promoção turística, tem qualidade e deve merecer um apoio de qualidade, pois trará retorno à Madeira. Reúne todas as condições para ser encarada com prioridade pela DRJD», relevou o Diretor Regional. A competição realizar-se-á sábado, na Quinta Calaça, a partir das 9h15, hora de partida para a prova de 5 km. Seguir-se-ão as provas de 5 km Masters (9h20), 1.500 metros (11h30) e 10 km (14h30). A entrega de prémios está agendada para as 18h30 e precederá o jantar de encerramento. Nota para o “prize-money” da prova de 10 km: 300 euros para o vencedor, 200 e 100 euros para os 2.º e 3.º classificados, respetivamente. Esta primeira prova de âmbito internacional de águas abertas na Madeira, é organizado pelo Naval em conjunto com a FPN e ANM, com os apoios do Turismo da Madeira, Liberty Seguros e do Hotel Baía Azul, bem como parcerias institucionais com a DRJD, Câmara Municipal do Funchal, Marinha Portuguesa, IPJD e Portos da Madeira. AquaLoja, AL Comunicação, ECM, Desenquadrado, Gesba – Bananas da Madeira, Vinho Pereiras d’Oliveira, Auto-Jardim, Avasad, Insular e Yellow Bus foram outras empresas que acreditaram neste projeto. l meiro lugar.» No 2.º lugar, a aproximadamente 1 minuto e 12 segundos do vencedor, classificouse Walter Bouzan. O espanhol, Campeão do Mundo de Maratonas por duas vezes, não estava insatisfeito com a sua prestação. «Foi uma prova muito dura, estava calor e as condições não foram sempre iguais durante o percurso para poder surfar. Mas foi muito bonita e competitiva. Um minuto de diferença numa distância destas não é nada, porque bastam 4 ondas que possas surfar para recuperares esse tempo», analisou. Mafalda Freitas não escondeu a sua satisfação pela forma como esta primeira edição da Madeira Ocean Race decor- reu. «Foi uma aposta ganha e um desafio concretizado em organizar esta prova num curto espaço de tempo. Mais uma vez as pessoas acreditaram num nosso projeto, tivemos muitas entidades públicas e privadas que desde logo nos apoiaram, entre as quais a Câmara Municipal da Calheta, que foi fundamental, bem como a VMT Madeira, que proporcionou um acompanhamento da prova em catamaran por parte de cerca de 60 pessoas. Os participantes estão satisfeitos, não apenas com a organização mas também com as condições que encontraram na Madeira, por isso estamos orgulhosos e só queremos repetir», vincou a Presidente do Naval. l Cirilo Borges Campeão da Europa foi o mais forte na Madeira Ocean Race La Roux não deu hipótese Benoit La Roux venceu a Madeira Ocean Race. O Campeão da Europa de Surfski não deixou os seus créditos em mãos alheias e completou os 27 km, entre a Calheta e o Funchal, no tempo de 2:05;09.20. O francês até começou mal a prova, pois logo na partida, na corrida até à sua embarcação, na praia, cortou-se num pé. «Tive azar! Doeu bastante, mas depois de ter entrado no barco e começado a pagaiar, esqueci a dor; quando estamos em competição esquecemos tudo e concentramo-nos no que temos a fazer», contou La Roux, mostrando a pedrinha que lhe causou transtorno. «Foi uma corrida dura. Julgava que tinha começado bem, mas 10 minutos depois dei-me con- ta que estava lento porque estava a ser ultrapassado, foi quando vi que tinha algo preso à embarcação que me estava a atrasar. Tive de sair do barco para tirar o objeto, mas fi-lo muito depressa. Depois fui recuperando lugares, mas custou muito, só a uns 5 km da meta é que cheguei ao pri- Benoit La Roux festejou a vitória na Madeira Ocean Race. opinião Eduardo Luís Reflexologo e presidente Ordem Mundial de Reflexologia [email protected] Aromaterapia na Reflexologia É o nome moderno do antigo conhecimento de como tratar doenças e melhorar a saúde pelo uso de ingredientes aromáticos naturais. Essas substâncias, chamadas óleos essenciais, encontram-se em ervas, plantas, frutos e na casca, raiz ou resina e diversas arvores. Os óleos essenciais dão o aroma a planta mas contém também dezenas de subs- tâncias químicas complexas, que parecem ser eficazes para tudo, desde embelezar a pele ou acelerar a cura, até fazernos adormecer ou atenuar uma enxaqueca. Os óleos essenciais são tão mágicos e complexos, que ninguém realmente sabe o que eles são. Os românticos e os entusiastas dizem que são a força vital da planta, equivalente ao espírito humano. Certos investigadores afirmam serem os óleos essenciais uma mistura de com- ponentes orgânicos como acetonas, terpenos, ésteres, álcoois e centenas de outras moléculas. Casos práticos que podemos sentir e ver os resultados. Inalação de óleos essenciais é uma das melhores maneiras de tratar a tosse e resfriados. Devemos deitar gotas de óleo numa tigela de água a ferver, cobre-se a cabeça com uma toalha debruçamo-nos sobre o vapor, aspirando profundamente durante alguns minutos. Depressão- os melhores óleos são: alfazema, ilangueilangue (relaxam e levantam o animo), jasmim, bergamota (dão energia e levantam o animo) incenso (reforça a autoconfiança), mirra afasta a (depressão) Dores nas costas- Devemos usar os óleos: cânfora, eucalipto, manjerona, pinheiro, alecrim, tomilho (relaxantes musculares) Joanetes- Devemos ter atenção aos sapatos apertados. Os melhores óleos são: hortelã-pimenta (refrescante, calmante), cipreste (antiinflamatório), limão (estimulante da circulação). Má circulação- Devemos usar os seguintes óleos: hortelã-pimenta, alecrim, ilangueilangue Pé-de-atleta - Os melhores óleos são: alfazema, erva-limão, bétula (anti-inflamatório, calmante) Para pés doridos- 3 gotas de eucalipto e 2 gotas de camomila Para músculos tensos-5 gotas de pinheiro, 7 de alfazema e 3 de eucalipto em 60ml de óleo de amêndoas doces. Para relaxamento dos pés- 5 gotas de óleo essencial em 30 ml de óleo base (amêndoas) Para pés frios e má circulação- 3 gotas de eucalipto e 3 gotas de gengibre em 30 ml de azeite Para calosidades e pele áspera-3 gotas de alfazema e 3 de sândalo em 30 ml de azeite Para pé-de-atleta, verrugas e calos – 3 gotas de limão e 4 de salsaparrilha australiana em 30 ml de azeite Para dar energia – 2 gotas de hortelã-pimenta, de alecrim e de erva-limão em 60ml de óleo de amêndoas doces Suor excessivo nos pés – 27 6 gotas de erva – limão ou 4 gotas de bergamota Queimaduras – devem usar alfazema (calmante, curativo, e anti-sépticos) ou camomila que é (curativo) Para insónias- 2 gotas de ilangue-ilangue ou alfazema ou 3 gotas de camomila Retenção de líquidos- alecrim, (diurético), cipreste (alivia o edema pré-menstrual) Reumatismo- deve usar os óleos que façam reduzir a inflamação, relaxar os tecidos e aquecer os músculos, então devemos usar alfazema, alecrim, zimbro, cipreste, eucalipto ou lima Os melhores óleos bases são: óleo de amêndoas, (para peles normais, inchadas ou sensíveis), azeite para (peles rugosas), amendoim (para peles secas), óleo de gérmen de trigo (para cicatrizes). Para mais informações ligue para o Centro Reflexologia da Madeira . Boas caminhadas e não ponha seus pés por mãos alheias. PUB TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 PUB 28 sociedade TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 CARTÓRIO NOTARIAL A CARGO DE SUSANA LOPES TEIXEIRA, (Notária em Substituição, por Deliberação da Ordem dos Notários), SITO NAS RUA JOÃO TAVIRA E RUA DA QUEIMADA DE BAIXO, NÚMERO 4, FUNCHAL TELEF. 291 639 600 – FAX 291 639 607 E-mail: [email protected] PUB (publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014) Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 32 do Livro de Notas número 14-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial, na qual José Avelino Rodrigues Betencourt, NIF 103 968 881, natural da freguesia de São Martinho, concelho do Funchal e mulher Irene Ferreira de Araújo Betencourt, NIF 183 405 099, natural da freguesia e concelho de Santa Cruz, onde residem na Estrada dos Moinhos, 55, casados no regime da comunhão geral, se afirmam donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do prédio rústico, terra e benfeitorias, composto de pastagem artificial permanente, e de cultura arvense de sequeiro, com a área de setecentos e quarenta metros quadrados, ao sítio da Lombada, freguesia de São Martinho, concelho do Funchal, a confrontar pelo Norte com Avelino Rodrigues, Sul com a Levada dos Piornais, Leste com Aurélio Pereira Afonseca e Oeste com Herdeiros de Adelaide Jesus Freitas, inscrito na matriz cadastral sob o 3/006 da Secção “V” prédio que não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial do Funchal. Declararam para os efeitos previstos no artigo 112º. número 4, do Código do Registo Predial, que o prédio acabado de identificar, não tem qualquer relação, por não ser o mesmo, com os prédios semelhantes descritos na Conservatória do Registo Predial do Funchal, sob o número dezoito mil novecentos e quarenta e cinco a folhas cento e trinta e nove do Livro B-cinquenta – freguesia de São Martinho, e cento e três a folhas duzentos e oito verso do Livro B-primeiro da extinta do concelho. Que os justificantes adquiriram o referido prédio, através da doação meramente verbal, feita no ano de mil novecentos e noventa, feita pelos pais do justificante marido, Manuel Rodrigues Bettencourt e mulher Maria Rodrigues, casados no regime da comunhão geral e residentes que foram ao dito sítio da Lombada. Que os justificantes estão, assim, na posse do identificado prédio, em nome próprio desde o referido ano posse esta pública, pacífica e de boa fé, contínua e ininterruptamente, à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário e cultivando e colhendo os respectivos frutos. Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade do identificado prédio a título originário – por usucapião. Está conforme o original aqui narrado por extracto. Funchal, vinte e um de Outubro de dois mil e catorze. P’la NOTÁRIA, (Zélia Fernandes Gomes – inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/08). CARTÓRIO NOTARIAL DE SUSANA LOPES TEIXEIRA Av. Nova Cidade, nº 19 – r/c 9.300 – 113 – CÂMARA DE LOBOS Telef. 291 942 116 – Fax 291 941 629 E-mail: [email protected] (publicado no Tribuna da Madeira a 24-10-2014) Certifico, para fins de publicação que por escritura outorgada hoje, a folhas 11 do Livro de notas para escrituras diversas número 94-A, deste Cartório, se encontra exarada uma escritura de Justificação Notarial, na qual, AGOSTINHO AGUIAR FERNANDES, NIF 139 073 841 e mulher BENVINDA DOS ANJOS PEREIRA DE ABREU AGUIAR, NIF 135 360 595, casados sob o regime da comunhão de bens adquiridos, ambos naturais da freguesia da Quinta Grande, concelho de Câmara de Lobos, onde residem no Caminho do Areeiro, número 8, se afirmam donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, dos dois prédios rústicos, ambos localizados no Sítio da Igreja, freguesia da Quinta Grande, concelho de Câmara de Lobos, a saber: I) – um com a área de duzentos e quarenta e sete metros quadrados, composto por cultura arvense de regadio, a confrontar pelo Norte com Estrada Professora Alice, Sul com os ora justificantes Agostinho Aguiar Fernandes e mulher Benvinda Dos Anjos Pereira De Abreu Aguiar, Leste com João Zacarias Rodrigues e Oeste com Francisco Rodrigues, inscrito na matriz cadastral respectiva sob o artigo 22/000 da Secção “MM”, e descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos sob o número oitocentos e dois – da freguesia da Quinta Grande, onde se acha registada a aquisição favor de João Gonçalves Ponte e mulher Celina de Andrade, casados sob o regime da comunhão geral de bens e residentes no dito Sítio da Igreja pela apresentação vinte e nove de mil novecentos e noventa e oito barra zero três barra treze. II) - outro com a área de cento e trinta e cinco metros quadrados, composto por cultura arvense de regadio, a confrontar pelo Norte com Francisco Rodrigues, Sul, Leste e Oeste com os ora justificantes Agostinho Aguiar Fernandes e mulher Benvinda Dos Anjos Pereira De Abreu Aguiar, inscrito na matriz cadastral respectiva sob o artigo 23/000 da Secção “MM”, prédio que não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos. Declararam ainda que, para os efeitos previstos no artigo 112.º número 3, do Código do Registo Predial, o prédio acabado de identificar em II), não tem qualquer relação, por não ser o mesmo, com o prédio semelhante descrito na Conservatória do Registo Predial de Câmara de Lobos sob o número quarenta e dois mil trezentos e sessenta e seis, a folhas cento e dezasseis do Livro B – Cento e Vinte e Dois, da freguesia da Quinta Grande. Que os primeiros outorgantes, ora justificantes, adquiriram os prédios atrás identificados, no ano de mil novecentos e noventa e três, já no estado de casados, por compra verbal não titulada, feita a José Fernandes de Freitas e mulher Leonor de Jesus Rodrigues, casados sob o regime da comunhão geral de bens e residentes em Barutas, Caracas, Venezuela. Que os justificantes estão na posse dos identificados prédios, em nome próprio, há mais de vinte anos, posse esta pública, pacífica e de boa fé, exercida contínua e ininterruptamente à vista de todos, exteriorizando o exercício dos poderes próprios de um proprietário, cultivando-os e colhendo os respectivos frutos. Adquiriram, assim, os justificantes, a propriedade dos identificados prédios a título originário – por usucapião. Está conforme o original aqui narrado por extracto. Câmara de Lobos, nove de Outubro de dois mil e catorze. P’la NOTÁRIA, (Gilda Carvalho da Silva Nunes – autorização datada de 05/02/2014, válida até 05/02/2015, inscrita na Ordem dos Notários sob o n.º 301/12). Turismo Rural na RAM com pouca procura O PNR Madeira defende que “é necessário mais e melhor promoção ao Turismo Rural” Segundo dados da Direcção Regional de Estatística, 70 por cento da oferta em Turismo Rural na RAM, continua por preencher e não tem qualquer tipo de procura. Na opinião do PNR Madeira “esta é uma falha imperdoável da secretaria regional do Turismo e Transportes, que não tem feito nada para impulsionar o turismo rural e a costa norte da Madeira”. Fábio Henriques defende: “Nas feiras internacionais que tanto Conceição Estudante apregoa, não é feito qualquer tipo de promoção ao nosso turismo rural, nem é feita qualquer acção no sentido de mostrar as riquezas que a nossa grande área rural pode oferecer ao visitante. Nomeadamente o clima ameno, as paisagens deslumbrantes, as levadas, a segurança, os produtos tradicionais destas zonas rurais, bem como demonstrar a qualidade dos estabelecimentos rurais, que na opinião do nosso partido são de primeira linha.” Continua: “O Governo Regional tem, de uma vez por todas, de deixar de ostracizar as zonas rurais e os seus empresários, porque só com uma atitude activa pode-se construir um mercado fantástico de turismo rural, e assim também aumentar o emprego nestas zonas, evitando ao mesmo tempo a saída dos mais jovens destas zonas.” Apontou ainda: “Com uma aposta firme de promoção deste género de turismo, nomeadamente com promoção nas feiras internacionais, nas feiras no continente e com uma aposta firme em incentivos de constituição de novas unidades deste género, pode-se criar também toda uma envoltura que permita também a abertura e a manutenção do comércio tradicional e da restauração nestas zonas.” O PNR Madeira é da opinião que “com este ostracismo do Governo e mesmo das Câmaras destas zonas, se está a desperdiçar um mercado que pode ser mesmo a marca de diferença da Madeira em relação a outros destinos de férias”. l SS opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Deputada Municipal do PAN na Assembleia Municipal do Funchal Uma (v)ida à volta do mundo... ? O Adelino tem 55 anos e é de Setúbal. A primeira coisa que me chamou a atenção, foi a sua bicicleta (reconheci aquele meio de transporte de qualquer lado...?) e de imediato, os meus olhos procuraram o dono de tão engraçado objecto, aparelhado de tudo e mais alguma coisa. Depois, depareime com uma banca cheia de recortes de jornal, entrevistas suas, mapas com trajectos percorridos, fotografias... Este homem, é um globo-trotter e já há vinte e nove anos que vagueia por todos os continentes: América (Estados Unidos, Chile e Brasil), África (Senegal, Guiné-Bissau), Europa e agora, desde Dezembro que está no Funchal. Querem saber mais? O Adelino partiu no dia 7 de Outubro de 2003 de Portugal para fazer a volta da Europa de bicicleta, e assim entrar no Livro do Guinness: em 11 anos, já vai na terceira volta ao continente - tem 67.000 Km nas pernas, o homenzinho! ...Tinha tantas perguntas para lhe fazer, mas percebi que não tenho jeito nenhum para entrevistadora...reagia com demasiada emoção ao que me contava...!! Bem, mas lá me contou que, para além do orgulho de bater um recorde, o que o atraíu nesta opção de vida, foi também a aventura de viajar solitário. A vida não é fácil, mas Empresa proprietária: O. L. C. - Audiovisuais, TV, Multimédia, Jornais e Revistas, Lda. Contr. n.º 509865720 Matriculada na Conservatória do Registo Comercial da Ponta Delgada, com o n.º 04795/92 Sociedade por quotas com o capital social de € 100.000,00 Sócio-gerente com mais de 10% do capital – H.S.S.A. - Unipessoal Redacção e Paginação: Telef.: 291 911400 e 291 911300 – Fax: 291 911409 E-mail: [email protected] http://www.tribunadamadeira.pt Sede: Edifício Sol-Mar, sala 303, Ponta Delgada Telef: 291 911400/300 – Fax: 291 911409 E-mail: [email protected] Parque Empresarial Zona Oeste – PEZO, Lote n.º 6 9300 Câmara de Lobos – Madeira – Portugal é o preço da sua liberdade. Para se poder alimentar, o Adelino faz pequenos trabalhos (vindimas, construção, pesca, etc.) pelos locais por onde vai passando; as compras, fá-las nos hipermercados, gastando entre 5€ a 10€/diários. Dorme nos estacionamentos, nas florestas, nas praias. Faz entre 40 e 120 Km por dia sobre a sua pesada bicicleta, variando de acordo com a sua condição física e a meteorologia. Para se poder lavar e aproveitar “bonitas paisagens”, o Adelino tem o cuidado de escolher percursos que contornem as costas dos países que atravessa. Amontoados na sua bicicleta tem peluches, tachos, roupas, pequenas recordações que vai acumulando e a bandeira da RAM, de Portugal e da Europa!! Já atravessou 24 países da União Europeia e dos que mais gostou foram: a Finlândia e a Noruega, pela “generosidade e os apertos de mão” da população. Tal como eu, as pessoas querem saber tudo e o Adelino fala muito com os residentes: um enriquecimento pessoal para ele. “As pessoas são muito curiosas e falam facilmente”. Claro que nem sempre as coisas lhe correm bem, conta: - “...já parti uma perna enquanto pescava, no Senegal; muitas vezes sou tratado como um marginal...é necessário sofrer ligeiramente, se não, é como um passeio!...” Para ele, o importante foi ter podido fazer uma verdadeira “escolha de vida”, que assume, mesmo quando, por vezes se lamenta das dificuldades no dia a dia... E por fim, e a seu pedido, se algum amigo meu, ou amigo de amigo, ou amigo de amigo de amigo, tiver uma embarcação e puder dar uma boleia ao Adelino e à sua bicicleta para qualquer continente, ele ficar-me-á eternamente grato...tanto quanto o bem que me fez ter-me cruzado com este personagem! l Director: Edgar R. de Aguiar Redacção: Fabíola Sousa, Juan Andrade Ricardo Soares e Sara Silvino Fotografia: Fábio Marques (Madeira), Diana Sousa Aguiar (Lisboa) Economia: Juan Andrade Secretariado de Redacção: Dulce Sá Colunistas: António Cruz, Celso Neto, Constantino Palma, Ferreira Neto, Francisco Oliveira Gregório Gouveia, Helena Rebelo, Humberto Silva, Idalina Perestrelo, Joana Homem Costa, José Carvalho, José Mascarenhas, Luísa Antunes, Pinto Baptista, Raquel Coelho, Ricardo Freitas, Teresa Brazão e Rui Almeida O TRIBUNA não é apenas feito para si, também é feito por si. Envie-nos sugestões, informações, comentários, fotografias e as suas opiniões para o e-mail: [email protected] PUB Paula Belbut 29 Paginação e tratamento de imagem: Miguel Mão Cheia, Miguel Reis Departamento Comercial: Hernani Valente Departamento Financeiro: Clara Vieira Redacção, montagem, impressão e distribuição: O. L. C., Limitada Morada: Parque Empresarial Zona Oeste PEZO, Lote n.º 6 9300 Câmara de Lobos Madeira - Portugal Telef.: 291 911300 e 291 911301 Fax: 291 911309 E-mail: [email protected] Registo no ICS N.º 123416 Empresa jornalística N.º 220639 Depósito legal N.º 142679/99 INPI N.º 4354 N 9909 Tiragem: 11.000 exemplares 30 frases TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 “ O país ganha pouco, e até pode perder muito, em ter grandes debates sobre a questão da dívida pública, mas concordo que o Parlamento é o sítio adequado para que discussões dessas possam realizar-se” Pedro Passos Coelho, Primeiro Ministro – Diário Económico “ Se não se tivesse feito [dívida pública], as condições da Madeira seriam outras, muito piores, ninguém ia investir por nós. A História demonstrou que ninguém veio resolver os nossos problemas” Alberto João Jardim, Presidente do Governo Regional – Agência Lusa “ Se Portugal tivesse como primeiro-ministro o dr. António Costa, o vosso sector [turismo] teria de viver com taxas de dormidas que iriam custar €120 milhões por ano aos empresários turísticos - que lhes fazem muita falta para gerar riqueza e emprego.” António Pires de Lima, ministro da Economia – Expresso “ Isso não tem nada a ver com a fiscalidade verde, eles querem é ir buscar mais dinheiro” “ É um orçamento que oferece esperança, mas com responsabilidade” Poiares Maduro, ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional – RTP “ O Governo deveria ter confrontado o país com um programa agressivo sim, mas de redução da despesa pública logo em 2012” Eduardo Catroga, economista – Diário Económico José Sócrates, comentador – RTP1 “ Messi é melhor do que Cristiano Ronaldo” “ Acha normal um primeiroministro esconder do vice uma solução fundamental?” Luis Suarez, futebolista do Barcelona – Goal. com Marcelo Rebelo de Sousa, comentador – TVI “ Messi tem grande experiência, é o melhor jogador do mundo e vai continuar a sê-lo, mas quando o treinador diz alguma coisa, o jogador tem sempre de ouvir” De Boer, treinador Ajax – A bola “ O meu objetivo passa por continuar a evoluir, pois quero ser um dos melhores do Mundo” Cédric Soares, futebolista do Sporting - Record opinião TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 31 Sociedade de Advogados, RL Maus tratos a animais punidos com pena de prisão férias e decidem ao invés de deixar o animal de estimação a cuidado de terceiros, abandoná-lo, passará este facto a poder dar origem a pena de prisão, pena esta que poderá ir até aos 6 meses ou pena de multa até 60 dias. Caso testemunhe alguma das situações mencionadas, deverá apresentar queixa junto da PSP, chamando as autoridades ao local, caso a situação revista urgência. Cabe por sua vez à PSP dirigir-se ao local, avaliando a situação de forma a impedir que seja levado a cabo qualquer acto de violência, negligência ou abuso de animais, identificando os respectivos autores destas infracções, levantando o auto referente a esses casos. Deverão de seguida remetê-lo para o Ministério Público, que procederá de acordo com o disposto na lei. As associações zoófilas legalmente constituídas têm de igual forma direito de participação procedimental e de acção popular, direito este que se traduz na legitimidade para requerer a todas as autoridades e tribunais as medidas preventivas e urgentes que se mostrem necessárias e adequadas para evitar violações em curso ou iminentes. Beneficiam de igual forma da dispensa de pagamento de custas e taxa de justiça, podendo constituirse como assistentes em todos os processos relacionados com este tipo de abuso. Nos termos da lei, cumpre de igual forma referir que por animal de companhia entende-se «qualquer animal detido ou destinado a ser detido por seres humanos, designadamente no seu lar, para seu entretenimen- to e companhia». Não estão pois abrangidos no conceito legal os animais utilizados para fins de exploração agrícola, pecuniária ou agroindustrial. Neste ponto é de salientar que as associações de animais têm demonstrado alguma apreensão quanto ao facto de esta lei ser apenas aplicável aos animais de companhia e não à generalidade de animais. É importante que o Ministério Público não considere esta questão um assunto menor, retirando as necessárias consequências, para aqueles que infrinjam a lei. Está na hora de punir aqueles que reiteradamente abusam dos animais e que atentam contra os «melhores amigos do homem», sejam eles cães, gatos ou outros animais de companhia. PUB Dra. Helena Sousa Aguiar Advogada, área de actuação: Advogada, Área de actuação: direito fiscal e imobiliário e-mail: [email protected] Entrou em vigor no passado dia 1 de Outubro uma alteração ao Código Penal que criminaliza os maus tratos a animais de companhia. Quer isto dizer que poderão enfrentar pena de prisão efectiva até 1 ano ou pena de multa até 120 dias, aquele que «sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia», caso resulte dos maus tratos a «morte do animal, privação de importante órgão ou membro ou afectação grave e permanente da sua capacidade de locomoção» a pena poderá chegar aos 2 anos de prisão ou pena de multa até 240 dias. Já no que diz respeito ao abandono de animais de companhia, essa brutalidade que ocorre com maior frequência no período de Verão, quando os «donos» vão de PUB Previsão para hoje TRIBUNA DA MADEIRA Sexta-feira, 24 de Outubro de 2014 Períodos de céu muito nublado com abertas. Vento em geral fraco. Lenços cor-de-rosa unem homens e mulheres na luta contra o Cancro da Mama Hora muda no domingo Nos termos do Decreto Legislativo Regional n.o 6/96/M, a Hora Legal da Região Autónoma da Madeira deverá ser atrasada de 60 minutos às 02.00 horas do próximo domingo, dia 26 de Outubro de 2014. Assim, às 2 horas de tempo legal (1 hora UTC) do dia 26 de Outubro, os relógios serão atrasados 60 minutos, passando a vigorar a Hora Legal de Inverno. Faleceu Gregório Figueira fundador dos «Amigos de Peixe» O fundador e presidente do grupo «Amigos de Peixe» Gregório Arlindo Figueira de Faria faleceu, no passado dia 20, aos 84 anos de idade. Gregório Figueira distinguiu-se como empresário e defensor da dinamização da economia em Câmara de Lobos. Exerceu o cargo de Presidente da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Câmara de Lobos entre 9 de outubro de 1974 e 29 de abril de 1975. Foi o responsável pelo surgimento do grupo «Amigos de Peixe», a 12 de dezembro de 1997, instituição sediada no Concelho, onde participava com assiduidade nos convívios. O Tribuna da Madeira apresenta condolências à família. De 27 a 31 de outubro, várias figuras públicas colocarão um lenço rosa como sinal de apoio e solidariedade para com as mulheres A Europa Donna Portugal - membro da Coligação Europeia Contra o Cancro da Mama e que desenvolve a sua atividade através da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) – desafia os homens portugueses a colocarem um lenço cor-de-rosa na cabeça, real ou virtual, durante a semana de 27 a 31 de outubro, como forma de assinalar o Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama, que se comemora anualmente a 30 de outubro. Com a iniciativa “Lenço na Cabeça também é de Homem”, a organização pretende promover um Movimento nacional que mostre a solidariedade dos homens com as mulheres que sofrem de cancro da mama. Sob o mote “Lenço na Cabeça também é de Homem”, a iniciativa será promovida no online, atra- Raquel Coelho Deputada do PTP “Coar mosquitos e engolir camelos” Hoje em dia todos se preocupam com os custos da democracia. Preocupam-se com os custos da Assembleia, com o número de deputados, com as subvenções atribuídas aos partidos. De facto, é vés de uma aplicação que permite criar um avatar para as fotografias de perfil das páginas de Facebook, e com ações de rua, que incluem a distribuição de lenços corde-rosa aos homens portugueses para que respondam ao repto lançado pela Europa Donna Portugal. Os homens portugueses serão, desta forma, desafia- dos a colocar o lenço cor-derosa e a alterar a sua imagem de perfil na rede social em sinal de solidariedade para com as mulheres. Ao aceitar este desafio, estarão a promover uma corrente nacional de apoio à causa e a chamar a atenção de autoridades locais e nacionais, bem como de instituições da União Europeia, para a necessidade de dar mais atenção a este tema. Com esta iniciativa simbólica, a Europa Donna, através da LPCC, pretende posicionar o cancro da mama como uma doença de toda a sociedade e não apenas das mulheres. Esta campanha vai contar com o apoio de algumas figuras públicas. l uma preocupação legítima já que 5 milhões de euros numa terra paupérrima é um valor claramente excessivo. Por outro lado, esquecem-se que a maior parte desse dinheiro é utilizado para suportar as grandes campanhas do PSD, para pagar os comícios, os artistas como Tony Carreira e Quim Barreiros, os milhares de jantares oferecidos, os outdoors gigantes, os brindes oferecidos às pessoas. No entanto, quando esse dinheiro está a ser desterrado parece que ninguém se preocupa com isso, senão vejamos só a quantidade de pessoas que vão ao Chão da Lagoa, aos jantares e comícios do PSD! Na verdade, se a popula- ção estivesse preocupada com estes gastos, não apoiava, não comparecia, nem aceitava nada que proviesse desse dinheiro. Aparentemente, são contra estes gastos, mas no momento de protestar não só não recusam como ainda exigem mais - ai do partido que na campanha não tenha nada para oferecer! Inconscientemente, as pessoas acabam por ser coniventes e beneficiar com um sistema que semanas depois vão repudiar e apontar o dedo. Contudo, existem gastos bem maiores e escandalosos que a opinião pública parece se esquecer. O jackpot da Assembleia, representa uma agulha no palheiro comparando com desbarato de dinhei- ros público das rendas da Via Expresso e da Via Litoral no valor de 900 milhões de euros e que, até final do contrato, teremos ainda que pagar mais 1700 milhões euros; a dívida de 300 milhões euros da Via Madeira; os milhões gastos em infraestruturas faraónicas e completamente inúteis; a dívida das sociedades de desenvolvimentos e os respetivos contratos swaps tóxicos e estes são só alguns dos exemplos. Estas referências servem para demonstrar que as pessoas preocupam-se mais com o acessório do que propriamente com o que nos levou à ruina. É caso para dizer que “coam um mosquito para engolir um camelo”. l
Documentos relacionados
alerta - Tribuna da Madeira
Rede de Mupis e Abrigos de Paragem na Ilha do Porto Santo O clima e a Praia da Ilha do Porto Santo, proporciona às pessoas o bem-estar e felicidade.
Leia maiseu ainda tenho consciência
medidas adicionais para assegurar o cumprimento da meta de défice não é exclusivamente português e há vários outros países da moeda única - como Espanha, Malta ou Grécia que também terão que pedala...
Leia mais