projeto político pedagógico
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projeto político pedagógico
ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010 CAMBÉ 2010 1 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR SUMÁRIO Identificação..............................................................................................................10 Justificativa...............................................................................................................11 Histórico....................................................................................................................12 Perfil da comunidade...............................................................................................13 Regime de funcionamento.......................................................................................14 Condições físicas e materiais.................................................................................15 Concepção de Homem.............................................................................................18 Concepção de Sociedade.......................................................................................18 Concepção de Educação ............. ......…...............................................................19 Concepção de Escola .............................................................................................20 Proposta Pedagógica Curricular.............................................................................21 Concepção de Currículo..........................................................................................21 Organização Curricular do Ensino Fundamental e Médio....................................26 Introdução- Ensino Fundamental............................................................................27 Introdução- Ensino Médio........................................................................................30 Arte.............................................................................................................................37 Conteúdos por série ................................................................................................39 Metodologia...............................................................................................................53 Avaliação ..................................................................................................................55 Referências...............................................................................….............................56 Ciências ....................................................................................................................57 Objetivos................. …..............................................................................................59 Conteúdos Estruturantes …....................................................................................60 Conteúdos por série.................................................................................................62 Metodologia..............................................................................................................72 Avaliação ..................................................................................................................74 Referências......................................................................................…..............…....76 2 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Educação Física.......................................................................................................77 Objetivos..............................…..................................................................................79 Conteúdos por série.................................................................................................81 Metodologia..............................................................................................................85 Avaliação........................................….......................................................................86 Educação Física Ensino Médio....….......................................................................88 Objetivos..............................…..................................................................................91 Conteúdos por série.................................................................................................92 Metodologia..............................................................................................................93 Avaliação........................................….......................................................................93 Referências …...........................................................................................................94 Ensino Religioso......................................................................................................95 Objetivos ..................................................................................................................95 Conteúdos por série....................................................…..............….......................96 Metodologia............................................................................................................100 Avaliação….............................................................................................................101 Referências.............................................................................................................103 Geografia ......................... …..................................................................................104 Objetivos ................................................................................................................105 Conteúdos Estruturantes.....…..............................................................................105 Conteúdos por série ..............................................................................................107 Metodologia............................................................................................................117 Avaliação.................................................................................................................119 Referências.............................................................................................................121 História .........................….......................................................................................123 Objetivos ................................................................................................................125 Conteúdos por série...............................................................................................126 Metodologia............................................................................................................128 3 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Avaliação….............................................................................................................129 História Ensino Médio. ….....................................................................................130 Objetivos.................................................................................................................132 Conteúdos...............................................................................................................133 Metodologia............................................................................................................136 Avaliação….............................................................................................................137 Referências.............................................................................................................138 L.E.M. Inglês .................... …..................................................................................139 Objetivos ................................................................................................................140 Conteúdos por série...............................................................................................140 Metodologia............................................................................................................146 Avaliação….............................................................................................................147 Inglês Ensino Médio ….........................................................................................148 Objetivos ................................................................................................................148 Conteúdos por série...............................................................................................149 Metodologia............................................................................................................150 Avaliação….............................................................................................................151 Referências.............................................................................................................152 Língua Portuguesa ...............….............................................................................153 Objetivos ................................................................................................................153 Conteúdos por série...............................................................................................155 Metodologia................................. ..........................................................................167 Avaliação….............................................................................................................174 Português Ensino Médio …..................................................................................186 Metodologia ….......................................................................................................189 Avaliação …...........................................................................................................191 Referência ….........................................................................................................192 4 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Matemática........................…..................................................................................193 Objetivos ................................................................................................................194 Conteúdos por Série..............................................................................................195 Matemática Ensino Médio............................…......................................................205 Objetivos ................................................................................................................206 Conteúdo.................................................................................................................207 Referências.............................................................................................................210 Biologia............................... ...................................................................................212 Objetivos...............................…...............................................................................212 Conteúdos por série...............................................................................................215 Metodologia................................. ..........................................................................217 Avaliação….............................................................................................................218 Referências.............................................................................................................219 Física..................................…..................................................................................220 Objetivos.................................................................................................................221 Conteúdos por série...............................................................................................222 Metodologia.................. .........................................................................................222 Avaliação.................................................................................................................223 Referências.............................................................................................................224 Química...................................................................................................................225 Objetivos...............................…...............................................................................226 Conteúdos por série...............................................................................................226 Metodologia................................. ..........................................................................227 Avaliação….............................................................................................................228 Referências.............................................................................................................230 5 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Filosofia...................................................................................................................231 Justificativa...........................…..............................................................................231 Objetivos.................................................................................................................233 Conteúdos por série...............................................................................................234 Metodologia............................................................................................................235 Avaliação….............................................................................................................236 Referências.............................................................................................................246 Sociologia...............................................................................................................249 Objetivos...............................…...............................................................................250 Conteúdos por série...............................................................................................251 Metodologia................................. ..........................................................................255 Avaliação….............................................................................................................256 Referências.............................................................................................................257 Educação de Jovens e Adultos.............................................................................260 Caracterização do curso........................................................................................262 Educação Especial …............................................................................................264 Filosofia e princípios didáticos Pedagógicos.....................................................265 Concepção, Conteúdo e encaminhamento metodológico.................................268 Eixos articuladores do Currículo na EJA.............................................................269 Orientações metodológicos..................................................................................270 Processo de Avaliação, Classificação e Promoção............................................275 Sistematização dos Conteúdos na EJA...............................................................280 Língua Portuguesa.................................................................................................281 Metodologia............................................................................................................285 Referências.............................................................................................................290 6 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Arte..........................................................................................................................291 Metodologia............................................................................................................294 Referências.............................................................................................................303 LEM-Inglês..............................................................................................................305 Metodologia............................................................................................................310 Referências.............................................................................................................311 Educação Física.....................................................................................................312 Metodologia............................................................................................................313 Referências.............................................................................................................324 Matemática..............................................................................................................327 Metodologia............................................................................................................332 Referências.............................................................................................................343 Ciências...................................................................................................................345 Metodologia............................................................................................................348 Referências.............................................................................................................354 Biologia...................................................................................................................356 Metodologia............................................................................................................358 Referências.............................................................................................................371 Física.......................................................................................................................373 Metodologia............................................................................................................380 Referências.............................................................................................................389 7 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Química...................................................................................................................391 Metodologia............................................................................................................394 Referências.............................................................................................................400 História....................................................................................................................401 Metodologia............................................................................................................402 Referências.............................................................................................................407 Geografia.................................................................................................................408 Metodologia............................................................................................................412 Referências.............................................................................................................417 Filosofia...................................................................................................................418 Conteúdo.................................................................................................................419 Referências.............................................................................................................424 Sociologia...............................................................................................................425 Metodologia............................................................................................................430 Referências.............................................................................................................432 Bibliografia Proposta Curricular EJA...................................................................435 Processos de avaliação, classificação e Promoção...........................................437 Plano de Avaliação Institucional do Curso..........................................................439 Referências.............................................................................................................441 Proposta Pedagógica Curricular CELEM.............................................................443 Apresentação da disciplina...................................................................................445 Oferta dos curso …................................................................................................447 Duração e Carga Horária …..................................................................................448 Objetivos …............................................................................................................449 8 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Fundamentos Metodológicos................................................................................445 História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.......................................................459 Conteúdos Estruturante........................................................................................460 Metodologia............................................................................................................465 Avaliação …............................................................................................................470 Referências.............................................................................................................474 Atividades complementares desenvolvidas durante o tempo escolar.............476 Projetos...................................................................................................................477 Eventos didáticos- pedagógicos e festivos ....................................................... 482 Processos de Avaliação , Classificação, Promoção e dependência.................483 Plano de Formação Continuada........................................................................... 489 Pressupostos Teóricos......................................................................................... 491 Marco Conceitual....................................................................................................501 Filosofia e Princípios Legais e Didático-Pedagógicos da Instituição...............511 Marco Operacional ................................................................................................512 Estágio Supervisionado.........................................................................................517 Avaliação Institucional...........................................................................................518 Plano de Ação …....................................................................................................520 Matriz Curricular.....................................................................................................523 Calendário Escolar.................................................................................................527 Relação de Recursos Humanos da Instituição...................................................530 Referências ….........................................................................................................536 9 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO ORGANIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO IDENTIFICAÇÃO O COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, localiza-se na região Sudeste da Cidade de Cambé, a Rua Goioerê S/N no Jardim Silvino I. Tem como finalidade a formação academica de Ensino Fundamental, Médio e EJA, atendendo ao disposto nas Constituições Federal e Estadual, bem como na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, no Estatuto da Criança e do Adolescente, observados em cada caso, a legislação e as normas especificadas aplicáveis como: liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e expor o pensamento, a arte e o saber, gratuidade de ensino, com isenção de taxas de qualquer natureza, igualdade de condições para acesso e permanência na escola, não sendo permitida qualquer forma de discriminação ou segregação; valorização dos profissionais de Ensino. 10 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes- Ensino Fundamental e Médio, tem como entidade mantenedora o Governo do Estado do Paraná. Este estabelecimento atende crianças desde a segunda série do Ensino Fundamental até a terceira série do Ensino Médio e também a Educação de Jovens e Adultos. JUSTIFICATIVA Este trabalho contempla a reflexão sobre o fator preponderante do encaminhamento do Ensino Público. Nossa proposta propõe um trabalho onde ética e compromisso estejam presentes nas decisões tomadas pelos profissionais da educação. “A função fundamental da ética é a mesma de toda teoria: explicar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade, elaborar os conceitos correspondentes” (VASQUEZ,1915,p.20). O acesso à Escola é direito garantido constitucionalmente, entretanto, o saber só se concretiza com a plena utilização de técnicos pedagógicos e humanos. A alocação de suficientes recursos financeiros , destinados à Educação, possibilita o aporte de recursos materiais de apoio ao processo de ensino aprendizagem, viabiliza o processo pedagógico e encaminha o corpo docente ao aperfeiçoamento, assim como pode determinar o estímulo do profissional da Educação em assumir a sua responsabilidade na melhoria da qualidade do ensino Público. Sendo assim, nossa equipe demonstra preocupação com a organização do trabalho escolar, levando em conta os direitos e deveres de todos os envolvidos no processo de ensino aprendizagem e com efetiva participação de todos: conselho de classe, representantes de turma, conselho escolar, APMF, Associação de Pais, Mestres e funcionários, patrulha escolar, Conselho tutelar, NRE- Núcleo Regional de Ensino e SEED- Secretaria do Estado da Educação. 11 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A proposta pedagógica revela sua importância na medida em que busca descentralizar as ações que envolvem o processo de ensino aprendizagem levando até a Escola e a sua comunidade, as discussões sobre as necessidades reais para o completo atendimento de alunos. Sendo assim o envolvimento da direção, professores, alunos e pais de alunos da escola e entidades organizadas da comunidade enseja espírito democrático na condução dos objetivos educacionais. Oportunizar situações para que o aluno adquira conhecimentos científicos e saiba construir significados sobre estas informações de maneira que isto contribua para sua formação como cidadão,ou seja que os alunos adquiram competências pessoais, intelectuais e sociais que os ajudem a enfrentar situações do seu cotidiano com autonomia é nosso objetivo. Desta forma de acordo com os PCNs, toda prática educativa, deverá se fundamentar na estética da sensibilidade que estimula criatividade, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade para facilitar a constituição de identidade capaz de suportar a inquietação, conviver com o incerto, com o imprevisível e o diferente. HISTÓRICO A Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes foi criada pela resolução 3734/82 DOE 13/12/82, inicialmente foi autorizada a funcionar como parte integrante do Complexo Escolar Manoel Bandeira Em 06 de maio de 1982 a Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes foi entregue pela Fundepar, tendo iniciado suas atividades em 10 de maio de 1982 com um corpo docente formado especialmente de serviços extraordinários, com calendário especial. Oficialmente a Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes foi inaugurada em 13 de agosto 1982. 12 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O nome da Escola foi uma homenagem ao Arcebispo Metropolitano da cidade de Londrina, Dom Geraldo Fernandes Bijos ( 02/02/1913 a 29/03/1982) , este foi um missionário zeloso que dedicou sua vida a Igreja de Londrina e do Brasil e foi fundador das Missionárias Claretianas. A escola foi construída para ofertar o ensino de 1º a 8º série, mas nos anos de 1982 e 1983 foram ofertados somente o ensino de 1ª a 4ª série. Através da resolução 5087/82 do DOE 26/12/86 foi reconhecido o curso de 1 grau regular, assim como a Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes. A partir de 1995 é aprovado a implantação do Projeto do CBA na escola, através do Departamento de Ensino de primeiro Grau tendo em vista o disposto na deliberação n 033/93 do Conselho Estadual de Educação e na resolução secretarial nº 585/95- CBA 4 anos da Escola Estadual Dom Geraldo Fernandes Ensino de Primeiro Grau de Cambé, considerando que o Ciclo Básico é prolongamento do tempo de Alfabetização, durante o qual o aluno venha apropriarse dos conhecimentos correspondentes as quatro séries iniciais do Ensino de 1 grau, reunidas num “continuum” único. Em 8 de dezembro de 2007 através da resolução nº 5071/07 foi autorizado o funcionamento do Ensino Médio e a nomenclatura do estabelecimento foi alterada para Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes - Ensino Fundamental e Médio. Em 14 de setembro de 2009, tem início a modalidade EJA (Educação de Jovens e Adultos), ofertando os cursos fundamental fase II e Ensino Médio em turmas coletivas. PERFIL DA COMUNIDADE O perfil da comunidade atendida pelo Colégio Dom Geraldo Fernandes é uma clientela de classe média baixa, em sua maioria muito carente. 13 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR São moradores dos bairros: Jardim Silvino I, Jardim Ana Elisa I, Jardim Rivieira, Jardim São Francisco, Jardim Novo Bandeirantes e Montecatini. É uma comunidade heterogênea na sua totalidade, compreende trabalhadores do setor primário, secundário e terciário. Possuindo uma parcela significativa de sub-empregados (vendedores ambulantes, bóias frias, etc) e desempregados. Trata-se de uma comunidade trabalhadora que se preocupa com o desenvolvimento e com o futuro dos filhos, embora por motivos sócio- econômicos, falta acompanhamento dos pais e ou responsáveis no dia a dia de seus filhos, o que muitas vezes leva à desestrutura familiar, portanto a escola tem conseguido manter e desenvolver a cultura do aprender, contemplado em sua proposta pedagógica, caminhos que possibilitem o acesso e permanência dos alunos na escola e aprendendo. REGIME DE FUNCIONAMENTO O Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes, mantém de acordo com a especificidade de cada série do Ensino Fundamental e Médio nos turnos diurno, na modalidade regular freqüência mista, e EJA Educação de Jovens e Adultos no período noturno, com autorização do órgão competente da Secretaria de Estado da Educação. Em 2010 atendemos 12 turmas que são divididas da seguinte forma Período matutino, horário de funcionamento das 7:30 h. às 11:50h. Uma turma de sexta série Quatro turmas de sétima série Quatro turmas de oitava série Uma turma de primeira série (ensino médio) 14 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Uma turma de segunda série (ensino médio) Uma turma de terceira série (ensino médio) Período vespertino, horário de funcionamento das 13:00h às 17:25h. Uma turma de segunda série (séries iniciais) Uma turma de terceira série (séries iniciais) Duas turmas de quarta série (séries iniciais) Cinco turmas de quinta série Três turmas de sexta série. EJA Período Noturno, horário de funcionamento das 19:10 ás 22:45 Três turmas de ensino fundamental fase II na organização coletiva Três turmas de ensino médio na organização coletiva. O Colégio oferta o CELEM, com a Língua Espanhola no período noturno, com uma turma de 30 alunos. CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS O colégio foi construído há quase 20 anos e poucas modificações ocorreram em prol de melhorias na infra – estrutura (espaço) do estabelecimento tanto predial hidráulico e elétrico. Todo aumento existente nestes anos na infra – estrutura foram adaptações que apesar da necessidade de reformas ainda nos permitia atender ao aluno e funcionários. Salientando aqui que melhoria nos acrescentaria qualidade de vida, espaço e respeito que cada um merece. As escolas deveriam ser as mestras em planejamento de espaço, pois são as 15 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR exemplares numa comunidade, onde tal fato não existe de forma coerente e nem com a devida qualidade necessária deixando-as a mercê das adaptações. A escola possui 12 salas de aula e, 1 biblioteca, 1 laboratório de química, física e biologia, 2 laboratórios de informática, 1 sala de professores, 1 secretaria, 1 cozinha, 1 cantina, 1 sala de direção, 1 sala de orientação e supervisão, 2 banheiros de alunos, 2 banheiros de professores, 1 pátio coberto e 1 quadra de esportes coberta. Possui 16 televisores; sendo 3 de 20 polegadas e 13 de 29 polegadas, 2 retroprojetores, 45 computadores: sendo 7 de uso exclusivo da secretaria, 2 na biblioteca para alunos, e 36 no laboratório 2 microscópios básicos, 15 mapas históricos e geográficos, 3 globos, 3 aparelhos de som, toca CD, e 3 aparelhos de DVD. Todo material existente no estabelecimento é de uso diário dos professores de todas as disciplinas, onde há uma escala ou reserva de uso, pois a quantidade é insuficiente para que todos usem ao mesmo tempo ou no mesmo dia, isto de acordo com o conteúdo e planejamento a ser desenvolvido em sala de aula ou na escola. E imprescindível reformas na parte elétrica interna e externa (pátio) troca de fiação, hidráulica, necessidade de projeto devido declínio do terreno para ligar rede de esgoto, tornando dispendioso a mesma havendo necessidade de verba pública para sua efetivação. Quanto aos banheiros são necessárias reformas completas e readaptações para atendimento de alunos com necessidades especiais, como crianças com cadeira de rodas. O colégio conta com uma quadra esportiva coberta, onde se trabalha com crianças e adolescentes na idade de 6 a 17 anos, atendendo com qualidade, respeito ao direito à aprendizagem num espaço adequado. A merenda é servida no pátio, pois não temos refeitório para que os alunos façam sua alimentação de maneira adequada. 16 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O laboratório de informática possui 20 computadores do Sistema PR Digital, e 16 do Sistema Pro Info com quatro impressoras a laser que fica a disposição de professores e funcionários. O laboratório de Química, Física e Biologia atende as exigências para o reconhecimento do Ensino Médio, os materiais que compõe este espaço: 2 microscópios 2 microscópios eletrônicos 1 videoscópio 1 projetor de negativos 1 esqueleto humano em gesso 1 dorso humano com órgãos feminino e masculino em plástico termômetros tubos de ensaio pipetas bureta medidora em vidro espátulas plásticas lâminas bico de Bunsen bases plásticas bases em madeira reagentes pia com torneira 2 balcões 17 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONCEPÇÃO DE HOMEM Ser em processo permanente de autoconhecimento e crescimento, que transforma e é transformado. Participante ativo na construção da história e do conhecimento, devendo ser solidário nas relações com a natureza, com seus semelhantes, na busca constante da harmonia consigo e com o mundo. O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo suas necessidades e para além. Nesse processo de transformação, envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, assim, acumula experiências e em decorrências destas, produz conhecimento. Sua ação é intencional e planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais que são apropriados de diferentes formas pelo homem. O homem é, antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE Espaço de interação humana no qual se reflete a maneira de ser, agir e pensar de um povo. Local onde deve-se primar pela solidariedade, fraternidade, justiça, igualdade de direitos e liberdade de expressão. Enfim, um espaço que celebre sem adiantamentos a diversidade, concebendo-a como parte da condição humana. A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação de pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres, através de lutas contra as discriminações, da abolição de barreiras entre indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais, ou seja, pela extensão das mesmas condições de acesso à políticas públicas e pela participação de todos nas tomadas de decisões. O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar cidadão consciente (sujeito de direitos), organizado e participativo do 18 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR processo de construção político-social e cultural; a concretização dos direitos permite ao indivíduo sua inserção na sociedade. Segundo Bolff, as dimensões da cidadania são cinco: • As dimensões econômico produtiva: a massa é mantida intencionalmente, como massa e empobrecimento, portanto a pobreza material e política são produzidas e cultivadas, por isso é profundamente injusta. • A dimensão político - participativa; as pessoas interessadas lutam em prol de sua autonomia e participação social, tornando-se cidadãos plenos. • A dimensão popular: inclui somente quem têm acesso ao sistema produtivo e exclui os demais, sendo esta a dimensão vigente. • A dimensão de co-cidadania: o cidadão deve reivindicar pedir ao Estado, precisam organizar-se para fazê-lo funcionar. • A cidadania terreal apresenta a dimensão planetária na consciência de causas comuns, com a responsabilidade coletiva de garantir um futuro para a terra e a humanidade CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO Processo que envolve formação e mediação, visando o exercício da cidadania para a construção de uma sociedade igual para todos, que requer o respeito, a diversidade e a aceitação do outro de forma criativa, solidária e transformadora. Na busca constante por melhorias na educação, Saviani compreende o ser humano como produtor, uma vez que necessita produzir para sua própria existência, essa produção se dá através do trabalho, na sua concepção o compreende também por práxis e cultural, já que possui habilidades capazes de 19 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR intervir na transformação, portanto no desequilíbrio da natureza. [...] “O trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens. Assim, o objetivo da educação diz respeito, de um lado, a identificação dos elementos culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se tornem humanos e, de outro lado concomitantemente, à descoberta das formas mais adequadas para atingir esses objetivos”. (Saviani, 2007, p.17) Segundo o autor, a educação é concebida como “produção do saber”, pois o homem é capaz de elaborar ideias, possíveis atitudes e uma diversidade de conceitos. CONCEPÇÃO DE ESCOLA Espaço de produção e socialização de saberes, que auxilia na formação da competência acadêmica, humana e na transformação da sociedade. Deve ser democrática, acolhedora, mediadora e significativa para o aluno. Observando e analisando nossas concepções, vamos encontrar inseridos os valores que precisamos e gostaríamos de trabalhar, tais como: solidariedade, fraternidade, justiça, igualdade, liberdade, mediação, respeito, diversidade e aceitação. Para isso, é indispensável socializar o saber sistematizado, historicamente acumulado, como patrimônio universal da humanidade, fazendo com que esse saber seja criticamente apropriado pelos educandos, que já trazem consigo o saber popular, o saber da comunidade em que vivem e atuam. A interligação desses saberes pelos estudantes e pela comunidade local representa um elemento decisivo para o processo de democratização da própria sociedade. A escola pública poderá dessa forma, não apenas contribuir significativamente para a democratização da sociedade, como também ser um lugar privilegiado para o exercício da democracia participativa, para o exercício de uma 20 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR cidadania consciente e comprometida com os interesses da maioria socialmente excluída ou dos grupos sociais privados dos bens culturais e materiais produzidos pelo trabalho dessa mesma maioria. Assim a escola pública contribuirá efetivamente para afirmar os interesses coletivos e construir um Brasil como um país de todos, com igualdade, humanidade e justiça social. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO "O currículo aparece, assim, como o conjunto de objetivos de aprendizagem selecionados que devem dar lugar à criação de experiências apropriadas que tenham efeitos cumulativos avaliáveis, de modo que se possa manter o sistema numa revisão constante, para que nele se operem as oportunas reacomodações". (Sacristán 2000:p.46) O currículo é o enfoque principal da educação. Seu caráter é socializador, onde repercutem os interesses sociais e políticos. Relacionar as mudanças ao universo escolar é sustentar a funcionalidade da escola. Ao contextualizá-lo deve se ter claro que esse instrumento é cultural e social, onde se alicerça a vida social e democrática do país, visto que a formação real deve ser sustentada por todos os envolvidos com o fazer educação, como: a Sociedade, as políticas, a escola, o professor e o aluno. O currículo é um instrumento de função socializadora, um elemento imprescindível à prática pedagógica, pois ele está estritamente ligado às variações dos conteúdos, a sociedade a profissionalização dos docentes. A educação tem poder ímpar na sociedade, através dela é que o conhecimento é distribuído e o currículo passa a ser considerado como um veículo de interesses sociais que concordam com valores e crenças dos grupos dominantes. 21 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O currículo é o enfoque principal da educação, pois é só através dele que acontecem os processos de mudanças. O mundo está em movimento acelerado de transformações e a escola, como veículo socializador, deve oferecer um currículo que acompanhe essas mudanças para que não se torne algo obsoleto, sem funcionalidade quando relacionarmos com outras instâncias de informações tão próximas e tão presentes na vida da humanidade. Muitos teóricos se assemelham, outros divergem quando se conceitua o currículo, porém o que se percebe é que esta discussão no âmbito pedagógico é muito recente: Normalmente atribuímos essa problemática aos comportamentos didáticos, políticos, administrativos e econômicos, e todos esses aspectos estão ligados entre si e todos são responsáveis por essa construção e disseminação, porém é necessário um olhar minucioso no que se refere à prática curricular e a complexidade em que ela está envolvida, pois o fazer pedagógico deve ter a excelência das mudanças e transformações sócias. A organização curricular consiste, portanto, no conjunto de atividades desenvolvidas pela escola, na distribuição das disciplinas/áreas de estudo (as matérias, ou componentes curriculares), por série, grau, nível, modalidade de ensino e respectiva carga-horária – aquilo que se convencionou chamar de “grade curricular”. Compreende também os programas, que dispõem os conteúdos básicos de cada componente e as indicações metodológicas para seu desenvolvimento. Por conseguinte, a organização curricular supõe a organização do trabalho pedagógico. Isto quer dizer que o saber escolar, organizado e disposto especificamente para fins de ensino-aprendizagem, compreende não só aspectos ligados à seleção dos conteúdos, mas também os referentes a métodos, procedimentos, técnicas, recursos empregados na educação escolar. Consubstancia-se, pois, tanto no Currículo quanto na Didática. De acordo com Gimeno Sacristan (1998), o currículo deve ser entendido como processo, que envolve uma multiplicidade de relações, abertas ou 22 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR tácitas, em diversos âmbitos, que vão da prescrição à ação, das decisões administrativas às práticas pedagógicas, na escola como instituição e nas unidades escolares especificamente. Para compreendê-lo e, principalmente, para elaborá-lo e implementá-lo de modo a transformar o ensino, é preciso refletir sobre grandes questões, como as que seguem: “Que objetivos, no nível de que se trate, o ensino deve perseguir? O que ensinar, ou que valores, atitudes e conhecimentos estão implicados nos objetivos? Quem está autorizado a participar nas decisões do conteúdo da escolaridade? Por que ensinar o que se ensina, deixando de lado muitas outras coisas? Trata-se da justificativa do conteúdo. Todos esses objetivos devem ser para todos os alunos/as ou somente para alguns deles? Quem tem melhor acesso às formas legítimas de conhecimento? Esses conhecimentos servem a quais interesses? Para esse autor, o currículo como processo se expressa em diversos âmbitos de decisões e realizações, intimamente relacionados e interdependentes, quais sejam: a) o âmbito das decisões políticas e administrativas: o currículo prescrito e regulamentado; b) o das práticas de desenvolvimento, modelos em materiais, guias: o currículo planejado para professores e alunos; c)das práticas organizativas: o currículo organizado no contexto de uma escola; d) o da reelaboração na prática – transformações no pensamento e no plano dos professores/as, e nas tarefas escolares: o currículo em ação; e) o das práticas de controle internas e externas: o currículo avaliado. “Uma análise superficial do que se faz para elaborar, implantar e desenvolver um currículo nos diz que nesses processos participam múltiplas ações fora das instituições escolares e dentro delas, umas de caráter pedagógico e outras não, que determinam a prática real: prescreve-se desde os âmbitos político- administrativos; ordena-se dentro do sistema educacional segundo especializações, ciclos e cursos; decide-se o que é para todos e o que é optativo; planeja-se antes de 23 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR que chegue aos professores/as por meio de orientações administrativas; organiza-se e planeja-se nas escolas(atribuição de especialização a professores/as, organização de professores/as por disciplinas ou para várias delas, previsão de horários condicionantes das atividades, módulos de tempo com diferentes valores, adoção de linhas metodológicas em disciplinas ou departamentos, dá-se prioridade a partes dos programas etc); o currículo é moldado pelos professores/as em seus planos e em sua prática metodológica; sobre o currículo decidem as editoras de livros didáticos ao concretizar diretrizes gerais, dado que as decisões são sempre interpretáveis e flexíveis; os professores/as avaliam o currículo, às vezes por provas de homologação externas; o currículo é objeto de políticas e táticas para mudá-lo. Entre todos esses processos se dão dependências e incoerências, porque cada âmbito de atividade prática tem uma certa autonomia em seu funcionamento”. (Sacristan.1998, 140). Este é ou deveria ser o ponto de convergência de todos os outro âmbitos, por constituir-se espaço de consolidação do processo de ensino- aprendizagem, a razão de ser da própria instituição escolar. Infelizmente, temos assistido à predominância de práticas hierarquizantes, burocráticas, de cunho altamente autoritário, que compreendem a elaboração curricular como algo adstrito a especialistas, em gabinete, nos níveis mais elevados do sistema, relegando-se às demais instâncias papel meramente executivo e colocando os professores no final da linha, desprovidos do domínio dos fundamentos das decisões tomadas em outros patamares e sem o controle dos aspectos relativos à avaliação, ultimamente marcada por averiguações externas. (...) Urge superar essa lógica, garantindo-se maior espaço de participação dos professores nas decisões, o que requer, necessariamente, investimento efetivo na sua formação, para permitir-lhes igualdade de condições nas negociações: fundamentação teórica sobre os diversos aspectos constituintes do desenvolvimento do processo pedagógico; domínio das concepções de currículo e suas implicações 24 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR práticas; visão de conjunto do sistema educacional, diagnóstico preciso de seus principais problemas e acesso às possibilidades de solução. Um dos principais aspectos a se considerar, no currículo em ação, é a organização do tempo e do espaço escolares, que diz respeito às condições de ensino-aprendizagem. Pólos indissociáveis de um mesmo processo, o ensino e a aprendizagem precisam ser vistos nas suas necessidades essenciais, ultrapassam as paredes da sala de aula e os muros da escola. O tempo de ensino supõe a formação (inicial e continuada) do professor e inclui o preparo a execução e a avaliação das atividades. O tempo de aprendizagem exige que e considerem os diferentes ritmos e experiências, carecendo de diferentes oportunidades, para a devida mediação entre o que o aluno consegue realizar sozinho e aquilo que exige a mediação pedagógica. Relacionados aos diferentes tempos, há que se forjar os adequados espaços, com os imprescindíveis recursos. Os elementos apontados parecem dizer por si sós. São todos, imensos desafios. Para enfrentá-los, é de mister que o professor tenha o domínio dos fundamentos teóricos e históricos dos processos elaboração e implementação do currículo, que, afinal, dizem respeito à natureza de sua função, ou seja, a organização do trabalho pedagógico. Obviamente, isto não se faz sem a urgente melhoria das condições de funcionamento das escolas e das condições de trabalho do professor (formação, jornada, salário). Tal melhoria exige, sem dúvida, mudanças na política educacional e nas políticas públicas em geral, com ações concretas em âmbito institucional (no sistema de ensino, nas unidades escolares). Uma nova perspectiva, porém, não se atinge sem a deflagração de amplo e efetivo movimento de educadores, estudantes e de toda a população, em suas organizações. Desta forma, podemos dizer que o currículo como a principal diretriz para o quadro educacional e podemos atribuir a ele os méritos e os fracassos da educação, pois um currículo onde se focaliza um olhar à singularidade, que assume sua função socializadora, onde o principal objetivo é o compromisso o fazer 25 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR pedagógico, esse sim, refere-se ao currículo real. Mas, a visão que prolifera é de currículo como grade curricular, ou seja, um agrupamento de assuntos a serem desenvolvidos durantes alguns anos de uma série determinada, sem dar valor ou significado ao que se deve ser aprendido e sem nenhum compromisso com o fazer social. Rule (1973), define o currículo como experiências humanas organizadas para a prática educativa e que se diferenciam através dos objetivos e da forma expressada no programa da escola. Desta forma, compreender o sistematizações das experiências dos alunos significa currículo relacioná-lo através à das tradição cultural, a reflexão do contexto social, pois esse mecanismo de aprendizagem distribui o conhecimento concreto, real e crítico, fazendo com que os alunos tornemse agentes construtores do processo. O currículo está basicamente ligado ao contexto educacional, mas para compreender seu significado deve-se conhecer as estruturas internas, que estão ligadas ao enquadramento político, à divisão de decisão, ao planejamento, a tradução de materiais, ao manejo por parte dos professores, das tarefas de aprendizagem e a avaliação dos resultados. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Formar é levar o aluno a aprender a pensar, a explorar, a descobrir, dentro de um processo dinâmico em que se integram à ação e a manifestação concreta do cotidiano, em permanente diálogo com os outros e com a sua realidade social onde se criam as possibilidades para a sua produção 26 e ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR construção. Entretanto, para que isto seja possível a organização curricular deve ser constantemente repensada, analisada e discutida. A organização das disciplinas, assim como os conteúdos precisam estar de acordo com a necessidade e realidade da comunidade escolar. Deste modo, a organização curricular tem sido repensada dentro do espaço escolar, a fim de que esta possa ser mais adequada para atender às necessidades dos educandos. ENSINO FUNDAMENTAL INTRODUÇÃO A organização curricular por ciclo de dois anos de 1ª a 4ª séries tende a evitar as frequentes rupturas e a excessiva fragmentação do percurso escolar, assegurando a continuidade do processo educativo, dentro do ciclo e na passagem de um ciclo ao outro, desde que o aluno tenha um mínimo exigido na continuação da aprendizagem, ao permitir que os professores realizarem adaptações sucessivas da ação pedagógica as diferentes necessidades dos alunos, sem que deixem de orientar sua prática pelas expectativas de aprendizagem referentes ao período em questão. Vale ressaltar que para o processo de ensino e aprendizagem se desenvolver com sucesso não basta flexibilizar o tempo: Dispor de mais tempo sem uma intervenção efetiva para garantir melhores condições de aprendizagem pode apenas adiar o problema e perpetuar o sentimento negado de auto-estima ao aluno, consagrando, da mesma forma, o fracasso da escola. Desse modo, a seriação inicial com ciclo único de quatro anos tem como objetivo propiciar maiores oportunidades de escolarização voltada para a 27 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR alfabetização efetiva das crianças. As experiências, ainda que tenham apresentado problemas estruturais e necessidades de ajustes da prática, acabaram por mostrar que a organização por ciclo e contribui efetivamente para a superação os problemas do desenvolvimento escolar do aluno. Alem disso aos alunos que se apropriem dos complexo as saberes que se intencional transmitir. O ensino proposto pela L.D.B. e a forma de organização dos PCN em ciclo de 2 anos devem proporcionar toda formação básica para a cidadania, a partir da criação na escola de condições de aprendizagem para: • O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo. • O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista aquisição de conhecimento e habilidades e a formação de atitudes e valores. Os alunos do ensino fundamental, com dificuldades de aprendizagem ou defasagem de conteúdo receberão atendimento individualizado freqüentando o contra-turno. Onde sua permanência dependerá da necessidade de sua aprendizagem, avaliada pelo professor regente e professor do contra-turno que preencherá mensalmente uma ficha de acompanhamento do aluno, onde será registrado seu aproveitamento. Os resultados finais dos alunos de 1ª a 4ª série serão comunicados aos alunos, pais ou responsáveis, através de parecer parcial, e, onde o registro da avaliação da aprendizagem será permanente, descritivo, diagnóstico e cumulativo, tomando-o como Parâmetro o Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná e os Parâmetros Curriculares Nacionais. O Ensino Fundamental, com duração de 8 anos letivos terá por objetivos o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a 28 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR internalização de conhecimentos e a formação de atitudes e valores. Fortalecer os vínculos de família de laços de solidariedade humana dos princípios éticos e religiosos, da cidadania e da tolerância recíproca em que se assenta a vida social. De acordo com as tendências atuais o conhecimento é considerado como algo a ser analisado e questionado, passando a associado a vivência humana. Dentro desta perspectiva, o conteúdo programático passa a ser repensado coletivamente de modo que venha favorecer o que se quer reforçar dentro da escola para que se possa atingir o objetivo maior da educação que é a formação da cidadania. Como uma instituição voltada para a formação do cidadão, consideramos esta Proposta Curricular como uma organização que visa reduzir o isolamento entre as diferentes disciplinas e possibilitar ao educando a construção do conhecimento escolar. Segundo a definição dada por Faria (2000) de que “educar é transmitir idéias, conhecimentos que através de uma prática podem transformar ou conservar a realidade”, estamos cientes de que educar é um ato político que faz uma mediação entre a teoria e a prática. Desta forma, cada educador não pode estar ficar alheio a realidade da sociedade capitalista na qual a escola está inserida e através dos conteúdos abordados na disciplina com a qual trabalha deve estar preocupado com esta formação. Tendo em vista esta preocupação, consideramos importante uma reflexão sobre cada uma das disciplinas que fazem parte da grade curricular do Ensino Fundamental e Médio, discutindo sua função acadêmica e social, assim como os objetivos de cada uma delas dentro do contexto escolar. 29 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENSINO MÉDIO INTRODUÇÃO A LDB enfatiza aprendizagens cognitivas, começando pelas finalidades gerais da educação básica, na qual a capacidade de aprendizagem tem um grande destaque. Revertendo o foco do ensino para a aprendizagem, se trata de ensinar um conteúdo específico, mas, sobretudo de desenvolver a capacidade de aprendizagem de diferentes conteúdos por todo o ensino fundamental. Valorização da autonomia intelectual é outra maneira de se falar em capacidade de aprendizagem. Para haver autonomia intelectual é muito importante que o educando saiba como aprender. Fazer uma relação da teoria com a prática em cada disciplina, não só nas disciplinas tradicionalmente compreendidas como práticas, mas em todas elas: língua portuguesa, artes plásticas, química ou matemática. A LDB é bastante explícita: ao sair do ensino médio, o aluno deverá ter compreensão do significado das ciências, das artes e das letras. Ele não deverá saber a Língua Portuguesa, mas dominá-la como instrumento de comunicação, exercício de cidadania e acesso ao conhecimento. Hoje o movimento de acréscimo, no ensino médio, ocorre em momento de globalização econômica, de aumento da competitividade, de crise de emprego, de crise de empregabilidade, que incide cruelmente sobre a população jovem. Quem é este jovem que chega ao ensino médio? Ele não é mais um “mauricinho” cuja carreira já havia sido determinada pela família: terminar o ensino médio, fazer o cursinho e ingressar na faculdade. Este jovem em sua maioria tem, sim, o ensino superior no seu projeto de vida, mas não exclusivamente: precisa do trabalho como estratégia para continuar os estudos. É um jovem que, de modo geral, já atingiu nível educacional superior ao de seus pais e, portanto, é capaz de alcançar significados que a geração anterior de 30 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR sua família não teve. E, finalmente, tem de ter autonomia na sua vida, porque vai ganhar sua subsistência. O novo aluno do ensino médio precisa ter um projeto de vida que inclua o trabalho e a continuidade dos estudos, ou pelo menos, o trabalho. Desta forma a escola precisa fazer com que as informações recebidas no ambiente escolar tenha significado para esse aluno, ou seja, para sua vida. A escola tenderá a se transformar, cada vez mais, numa ponte de significados sobre a auto-estrada das informações e dos conhecimentos que trabalhamos no cotidiano escolar. Conhecimentos e informações se adquirem sozinhos, enquanto que significados se constroem interagindo com o outro. E a escola é um espaço de convivência e troca de significados. A cultura é significado, e nada mais coletivo, como produto, que a cultura. A comunicação, nesse sentido, é a possibilidade de que muitos significados circulem e entrem em concorrência em condições de igualdade. O professor está hoje sendo levado a parar e entender que não é mais a única fonte legítima de conhecimento para seu aluno. Talvez este seja mais hábil e mais rápido para ir à Internet buscar muitas informações, mas enquanto isso acontece fortalece-se o papel que o professor sempre teve de ajudar o aluno a dar sentido às informações, avaliando, criticando, compreendendo, julgando a pertinência e aplicando-as na sua vida prática. Isso terá cada vez mais impacto sobre a atividade docente. O professor não precisa ser a única fonte de conhecimentos para legitimar-se entre os alunos. Os conhecimentos podem vir da Internet, da televisão, do vizinho, da prática social, do trabalho. Mas o sentido que esses conhecimentos podem constituir é uma coisa que esse professor pode e deve trabalhar. E quem trabalha sentido trabalha linguagem; trabalha a língua e trabalha as demais linguagens: a linguagem do corpo, da música, das artes, da informática, como recursos para constituir sentido, que permitam à pessoa navegar na enxurrada de informações sem afogar-se. São 31 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR indispensáveis a constituição de sentidos, a negociação de sentidos na sala de aula e a possibilidade de gerar, nesta sala de aula e na escola, uma certa inteligência coletiva que negocie sentidos. Não se trata apenas só de saber química; trata-se de saber para que serve saber química e qual é o papel dela no mundo de hoje. Um dos princípios que deve fazer parte da organização do currículo de uma escola é a interdisciplinaridade, partindo da noção de que as disciplinas escolares são recortes arbitrários do conhecimento, ou seja precisa haver nas escolas uma solidariedade didática, ou seja, solidariedade implica boa vontade,a idéia de desarmar resistências em relação aos feudos disciplinares. Obviamente, a interdisciplinaridade pode ser muito mais que uma solidariedade didática,pois quanto mais o educador se aprofunda em sua disciplina, mais percebe as conexões dessa disciplina, (como objeto e como método) com outras áreas do conhecimento. Não se pretende formar pessoas desespecializadas, interdisciplinaridade não significa isso. Ao contrário, implica domínio para perceber conexão. E aí a interdisciplinaridade pode dar-se em níveis mais sofisticados e isso naturalmente vai depender de como educadores e a escola como um todo se posiciona diante do assunto. Um outro princípio que norteia a organização do currículo no ensino médio vem da educação profissional. Na língua Inglesa conhecido como aprendizagem situada. Na língua portuguesa é chamado de contextualização do conteúdo. A contextualização tem a ver com a motivação, conceito fartamente explorado em pedagogia. Motivar o aluno depende de fazê-lo entender, dar sentido àquilo que aprende. Quando um professor ensina física, química ou história a um aluno, está transferindo a ele conhecimentos gerados em outro âmbito que quando foram produzidos com certeza despertaram um encantamento muito difícil de repetir para o aluno. É quase impossível, quando se ensina ou se faz a transposição didática desse conhecimento, despertar na sala de aula o mesmo encantamento de quem fez a descoberta original. 32 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Por essa razão, na transposição didática o processo de invenção precisa ser reproduzido quase artificialmente para que o aluno possa aprender significativamente. Um dos recursos para fazer isso é a contextualização: relacionar o que está sendo ensinado com sua experiência imediata ou cotidiana. Assim, o aluno poderá perceber que o ruído de pneu e a freada do carro têm a ver com aquela fórmula sobre atrito, explicada em aula pelo professor de física. E o aluno fará a ponte entre a teoria e a prática, como manda a LDB. Um dos contextos importantes para fazer isso é o da produção de bens e serviços, isto é o contexto do trabalho. Mas não é o único. O novo aluno do ensino médio precisa, por exemplo,determinar a sua sexualidade e como exercê-la de maneira segura. Ou precisa, também, decidir se faz dieta ou não e cuida da sua saúde; se fuma ou não; se usa droga. Quer saber como conviver com sua família, como lidar com a questão de já estar avançado ao nível escolar de seu pai ou de sua mãe. Deve decidir como buscar seu parceiro ou sua parceira. Problemas desse tipo, concretamente enfrentados pelos jovens, desenham contextos que dependem das características e exigências da clientela. É na contextualização que se ausculta, portanto, como trabalhar os conteúdos de modo a que o aluno dê aos mesmos um sentido prático. “Preparar para a vida” é um lema que faz parte da tradição pedagógica tanto as críticas que a escola recebe por deixar de cumpri-lo, por deixar a realidade fora de seu espaço, fora ora de seus muros. Deste modo, ser aluno deste século assume também o significado de aprender em um contexto no qual a realidade invade os espaços escolares de um modo ou de outro. Para muitos alunos essa invasão se mostra sob formas tais como a falta de esperança, a desmotivação, a tentativa de romper com as normas da instituição, enfim, o questionamento dos valores e modelos escolares. 33 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Desta forma, para preparar estes jovens a escola deveria procurar, tomar consciência acerca da realidade social em que vivemos, ou seja, procurar compreender profundamente a realidade como via fundamental para nela, a realidade, realizar suas funções. É claro que não estamos dizendo que preparar para as diversas exigências destes tempos seja preparar para o mercado de trabalho, ou para a universidade ou para qualquer tipo de atividades com que os jovens poderão se deparar no futuro. O que estamos querendo dizer é que se trata de transformar a escola em uma instituição que desenvolva atividades de tal modo que permita aos alunos desenvolverem habilidades necessárias para enfrentar o dia de amanhã, porém, de um modo adequado à etapa de vida que os adolescentes atravessam. Em essência, trata-se de criar condições para que eles possam desenvolver competências e apreender valores que lhes permitam viver sua adolescência em melhores condições e adquirirem as ferramentas necessárias para que possam apropriarem se do conhecimento socialmente construído, recriando-os frente as mais diversas situações. Uma aprendizagem ligada a aspectos significativos da realidade, desenvolvendo as habilidades intelectuais de observação, análise, compreensão, avaliação, extrapolação e cooperação na busca de soluções para problemas comuns. Entre as habilidades e aprendizagens que a escola deveria ajudar os jovens a desenvolver estão principalmente aquelas ligadas ao conhecimento científico e as de comunicação. Permitir ao aluno que ele saiba diferenciar entre opiniões e evidências, a análise e a organização de informações, entre tantas outras, contribuem de forma significativa para a modificação de sua visão de mundo. Atividades que redefinem a capacidade de observação e de formular perguntas, que 34 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR orientem o trabalho com os dados, a compreensão de representações gráficas, a interpretação precedida pela análise da informação, a leitura crítica das mensagens do mundo, são algumas das tantas alternativas disponíveis. As capacidades de comunicação permitem fazer dos alunos leitores habituais de todos os tipos de textos, preparando-os para interagir com as novas tecnologias da comunicação, desenvolvendo a capacidade de comunicar-se no grupo, capacidade, que entre outras, é uma exigência do mundo do trabalho atual. Questões como a necessidade de negociar critérios e tempos de trabalho, de distribuição de tarefas entre os membros do grupo, de explicar uma idéia aos colegas, de discutir sobre a tomada de decisões valorizam as comunicações e também a internalização de determinados valores, respeito aos colegas e às idéias diferentes, o reconhecimento de tais como: capacidades diversas, a possibilidade de reconhecer os próprios erros entre muitas outras. Constitui-se numa importante tarefa do professor orientar a reflexão acerca destes valores, procurar que a participação dos alunos no grupo seja eqüitativa, avaliar e também propor a auto-avaliação não somente dos conteúdos e conhecimentos adquiridos como também dos valores colocados nas diferentes situações vivenciadas, A escola deve contribuir para gerar a aquisição de valores democráticos e critérios de autonomia, solidariedade e compromisso com a sociedade. Os alunos necessitam que a escola, como instituição, defina normas claras de funcionamento e as explicite para que saibam como se espera que se comportem, e por outro lado, necessitam vivenciar estas normas como imprescindíveis para a vida em sociedade. Formar jovens com sentido de responsabilidade é prepará-los para serem adultos autônomos, e isto é importante, principalmente para aqueles que necessitarão lutar por um “lugar” na sociedade. 35 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Segundo a LDB, o ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima de três anos, terá como finalidades: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina. A lei determina também que o currículo do ensino médio observará as seguintes diretrizes: Destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania; Adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa dos estudantes; Serão incluídas uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da instituição. O Ensino Médio está organizado por série, tendo em cada uma destas disciplinas da base comum e algumas da parte diversificadas que são determinadas de acordo com a característica da comunidade escolar. 36 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Tendo em vista esta preocupação, consideramos importante uma reflexão sobre cada uma das disciplinas que fazem parte da grade curricular do Ensino Médio, discutindo sua função acadêmica e social, assim como os objetivos de cada uma delas dentro do contexto escolar. ARTE O homem desde os primórdios, sempre teve a necessidade de se expressar, de se comunicar. As artes são tão antigas quanto à humanidade e se trata de uma fiel testemunha da história construída pelo homem. Ao esculpir, pintar e desenhar um artista retrata a sua realidade. Os acontecimentos políticos, econômicos e sociais influenciam na criação artística. Recebemos influências de origem portuguesa, indígena e africana. A arte é importante na formação e desenvolvimento de crianças e jovens como área de conhecimento. O aluno se desenvolve fazendo, conhecendo e apreciando produções artísticas, que são ações que integram o perceber, o pensar, o aprender, o recordar, o imaginar, o sentir, o expressar, o comunicar. A disciplina de Arte no Ensino Fundamental tem como meta propiciar ao aluno o acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais, pôr meio de um conjunto de saberes em Arte (linguagens: visuais, dança, música) que lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos (ver, saber, fazer) na compreensão das realidades ampliando o seu modo de vê-las. A concepção de Arte se faz constante na vida diária do ser humano desde os primórdios até a atualidade, seja ela vista de várias maneiras, como exemplo: as vestes, a arquitetura, modelos de carros, etc., onde se fazem necessários a criatividade e a necessidade humana. 37 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Com o passar da história a Arte se manifestou através de vários estilos e movimentos, onde cada um com sua particularidade contribuíram para o desenvolvimento da sociedade, sem falar em seus artistas que eram exímios idealizadores. A sensibilização artística estimula o aluno a perceber, compreender e relacionar-se com o cotidiano, ensina que nossas experiências geram transformações permanentes. O desenvolvimento artístico é resultado de formas complexas de aprendizagem, neste momento é preciso ser flexível. Independente de talentos especiais, a capacidade de expressão esta no seu processo de criação, no deixar transparecer as impressões dos sentidos, no qual se exprime sentimentos e emoções. Deste modo a Arte facilita o desenvolvimento da criatividade, da sensibilidade, produzindo trabalhos exercitando sua cidadania cultural, utilizando seu conhecimento estético, nas diversas linguagens artísticas: ARTES VISUAIS, DANÇA, MÚSICA, TEATRO. O ensino da Arte visa ampliar o repertório cultural do aluno, a partir dos conhecimentos estéticos, artísticos e contextualizados o aproximando do universo cultural da humanidade em suas diversas representações. A disciplina de Arte tem pôr objetivo tornar o aluno capaz de fazer leituras das representações artísticas através do conhecimento do ver, saber e fazer, tornando-o um indivíduo crítico e capaz de reconhecer a importância da arte como expressão e comunicação dos diferentes povos e culturas relacionando-o com a sua realidade. • Formação geral do aluno na área de Educação Artística; • Sondagem de aptidão; • Aproximação entre a técnica e a criatividade; • Refletir sobre o desenho em geral, desvinculando-se do seu material mais usual: o lápis; 38 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Introduzir e exercitar o desenho com técnicas diferenciadas; • Aprender e produzir o trabalho, e desenvolver a criação artística; • Conhecer um pouco sobre a História da Arte; • Introduzir e treinar o desenho de observação das formas; • Experienciar o preparo dos próprios materiais; •Experimentar os desenhos em suportes diferentes; • Aprender a fazer esboço antes do trabalho final; • Introduzir o uso da imaginação na representação; • Desenhar a partir da imaginação, praticar o desenho de memória; • Recuperar a espontaneidade e liberdade de expressão; • Estudar e aprender novas técnicas de desenhos e pintura; • Desenvolver a observação das proporções e tamanhos; • Introduzir noções básicas de luz e sombra; • Estimular a criatividade e a observação; CONTEÚDOS POR SÉRIE • 2ª série: Posição: horizontal, vertical e diagonal; Proporção: tamanho e peso; Movimentação: repetição e alternância; Leitura da Composição Plástica: ilustrações, cartazes, placas e obras de Arte; Saber Estético: elementos visuais (forma, linha contorno, plano superfície, volume, textura, cores primárias e secundárias);Composição: bidimensional (desenho e pintura) e tridimensional (modelagem, maquete e dobradura); Trabalho Artístico: expressar a leitura dos objetos e da realidade, através da Linguagem Plástica; Teatro: história, personagem e espaço cênico; Dança e Música. 39 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • 3ª série: Qualidades plásticas da forma e do espaço em relação a Posição: longe, perto/ em cima, embaixo/ central, lateral; Proporção: tamanho e peso; Movimento (direção): esquerda, direita/ para frente, para trás/ para cima, para baixo; Pontos de Vista: frontal, de topo e de perfil; Compreensão da realidade expressa na obra; Saber Estético: elementos visuais (linha, plano, volume, textura, cor – monocromia e policromia); Qualidades Plásticas: equilíbrio, harmonia e dinâmica; Composição: bidimensional (desenho, pintura, colagem e gravura) e tridimensional (modelagem, maquete, dobradura, móbile e escultura); Dança: movimento; Música: som; Expressar as qualidades estéticas dos objetos e da realidade através da Linguagem Plástica. • 4ª série: Leitura das Qualidades Plásticas dos objetos e da Realidade; Qualidades Plásticas da Forma e do Espaço em relação a posição: sobreposição e justaposição; Proporção: peso; Movimento: ascendente e descendente; Pontos de Vista: frontal, de topo e de perfil; Compreensão da realidade expressa na obra; Saber Estético: elementos visuais (linha, plano – altura e largura, volume - altura, largura e profundidade, textura – impressão e criação, cores - quente, fria e neutra) ; Qualidades Plásticas: equilíbrio, harmonia e dinâmica; Composição: bidimensional (desenho, pintura, colagem, gravura e história em quadrinhos) e tridimensional (modelagem, escultura, dobradura, maquete e móbile). 40 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas: diatônica pentatônica cromática Improvisação Greco-Romana Oriental Ocidental Africana ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEAB IC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série, o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos. 6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Escalas Gêneros: folclórico, indígena, popular e étnico Técnicas: vocal, instrumental e mista Improvisação Música popular e étnica (ocidental e oriental) ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEABI C Nesta série é importante relacionarm o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical. 41 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental e mista Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. (Cinema, Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Técnicas: vocal, instrumental e mista Gêneros: popular, folclórico e étnico. Música Engajada Música Popular Brasileira. Música Contemporânea Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Música. Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 42 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA ARTE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEABIC CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Figurativa Geométrica, simetria Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura... Gêneros: cenas da mitologia... Arte GrecoRomana Arte Africana Arte Oriental Arte Pré-Histórica EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais. 6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA ARTE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Proporção Tridimensional Figura e fundo Abstrata Perspectiva Técnicas: Pintura, escultura, modelagem, gravura... Gêneros: Paisagem, retrato, natureza morta... Arte Indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Renascimento Barroco ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEAB IC Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das Artes Visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual. 43 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA ARTE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista... Indústria Cultural Arte no Séc. XX Arte Contemporânea ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Compreensão das artes visuais em diversos no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. 8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA ARTE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEABIC CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Tridimensional Figura-fundo Ritmo Visual Técnica: Pintura, grafitte, performance... Gêneros: Paisagem urbana, cenas do cotidiano... Realismo Vanguardas Muralismo e Arte Latino-Americana Hip Hop Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das Artes Visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição como fator de transformação social. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 44 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Enredo, roteiro. Espaço Cênico, adereços Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto, improvisação, manipulação, máscara... Gênero: Tragédia, Comédia e Circo. Greco-Romana Teatro Oriental Teatro Medieval Renascimento ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais. 6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Representação, Leitura dramática, Cenografia. Técnicas: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animadas... Gêneros: Rua e arena, Caracterização Comédia dell’ arte Teatro Popular Brasileiro e Paranaense Teatro Africano ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEABI C EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Produção de trabalhos com teatro de arena. Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano. 45 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Estilização Deformação Técnicas: desenho, fotografia, audiovisual e mista... Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum... Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Vanguardas ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEABI C Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social. EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 46 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5ª SÉRIE/6º ANO - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Eixo Ponto de Apoio Movimentos articulares Fluxo (livre e interrompido) Rápido e lento Formação Níveis (alto, médio e baixo) Deslocamento (direto e indireto) Dimensões (pequeno e grande) Técnica: Improvisação Gênero: Circular Pré-história Greco-Romana Renascimento Dança Clássica ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série o trabalho é direcionado para a estrutura e organização da arte em suas origens e outros períodos históricos; nas séries seguintes, prossegue o aprofundamento dos conteúdos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança. 6ª SÉRIE/7º ANO - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENT COMPOSIÇÃO OS FORMAIS MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEAB IC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Ponto de Apoio Rotação Coreografia Salto e queda Peso (leve e pesado) Fluxo (livre, interrompido e conduzido) Lento, rápido e moderado Niveis (alto, médio ebaixo) Formação Direção Gênero: Folclórica, popular e étnica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Nesta série é importante relacionar o conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição. Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança. 47 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 7ª SÉRIE/8º ANO - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Giro Rolamento Saltos Aceleração e desaceleração Direções (frente, atrás, direita e esquerda) Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural e espetáculo Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos na arte. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de palco e em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, Musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 8ª SÉRIE/9º ANO - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTO COMPOSIÇÃO S FORMAIS MOVIMENTOS E PERÍODOS ABORDAGEM PEDAGÓGICAPEABI C EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Ponto de Apoio Peso Fluxo Quedas Saltos Giros Rolamentos Extensão (perto e longe) Coreografia Deslocamento Gênero: Performance e moderna Vanguardas Dança Moderna Dança Contemporânea Nesta série, tendo em vista o caráter criativo da arte, a ênfase é na arte como ideologia e fator de transformação social. Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança como fator de transformação social. Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. 48 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ARTE - ENSINO MÉDIO ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMEN COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS TOS E PERÍODOS FORMAIS ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Teoria da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Altura Duração Timbre Intensidade Densidade Ritmo Melodia Harmonia Escalas Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop ... Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação Música Popular Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americana 49 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENSINO MÉDIO - ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz Bidimensional Tridimensional Figura e fundo Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Simetria Deformação Estilização Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas, arquitetura, história em quadrinhos... Gêneros: paisagem, natureza-morta, Cenas do Cotidiano, Histórica, Religiosa, da Mitologia... Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Contemporânea Arte LatinoAmericana ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE AB EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias. Teoria das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição, com enfoque nas diversas culturas Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo. 50 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENSINO MÉDIO - ÁREA TEATRO CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, TeatroFórum Roteiro Encenação e leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino e iluminação Direção Produção Teatro GrecoRomano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentista Teatro LatinoAmericano Teatro Realista Teatro Simbolista ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como fator de transformação social. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais. 51 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENSINO MÉDIO - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ELEMENTOS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS FORMAIS E PERÍODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE Movimento Corporal Tempo Espaço Kinesfera Fluxo Peso Eixo Salto e Queda Giro Rolamento Movimentos articulares Lento, rápido e moderado Aceleração e desaceleração Níveis Deslocamento Direções Planos Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industria cultural, étnica, folclórica, populares e salão Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Indústria Cultural Dança Moderna Vanguardas Dança Contemporânea ABORDAGEM PEDAGÓGICAPE ABIC EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM No Ensino Médio é proposta uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo com a experiência escolar e cultural dos alunos. Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição. Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originaram. Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo. 52 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR METODOLOGIA Para preparar as aulas de artes, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte, três momentos da organização pedagógica: • Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos. • Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte. • Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os ele- mentos que compõe uma obra de arte. O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. Nos anos iniciais do Ensino Fundamental é que começa o processo de aproximação do aluno com o universo artístico. É papel da escola como espaço socializador do conhecimento possibilitar e ampliar as oportunidades para essas experiências estéticas. Portanto cabe ao professor a partir dos conteúdos, investigar a memória, a percepção e as possíveis associações com a realidade e cotidiano do aluno. O professor pode criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das áreas artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais. Em suas aulas o professor poderá explicitar através das manifestações e produções artísticas, elementos que 53 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR identificam determinadas sociedades e de que forma se deu artisticamente. Explorar o formato bidimensional e virtual. As aulas de dança poderão também abordar os movimentos e os conceitos a respeito do corpo e da dança. Na linguagem musical precisa-se desenvolver o hábito de ouvir,de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, a maneira e variações como são distribuídos e organizados uma composição musical. A partir da linguagem teatral poderá ser explorada como conteúdo a dança, as possibilidades de improvisação e composição no trabalho com as personagens. A escola como espaço de formalização de saberes, possibilitará o acesso e o estudo das informações visuais. Para o desenvolvimento do trabalho é importante que ocorram os três momentos na organização pedagógica: o sentir e perceber, o trabalho artístico e o teorizar.É importante lembrar que o trabalho em sala pode iniciar por qualquer um desses momentos ou por todos, simultaneamente.É imprescindível que o professor trabalhe nas quatro áreas( Artes visuais, teatro, música e dança) a História e Cultura Afro e Indígena, considerando a origem cultural e o grupo social dos alunos trabalhando nas aulas conhecimentos originados pela comunidade.Este conteúdo pode possibilitar ao aluno um amplo conhecimento, desde a origem cultural, a dança, a música, teatro e produzir trabalhos artísticos abrangendo momentos dentro da organização pedagógica, teorizando, sentindo e percebendo e produzindo trabalhos artísticos. 54 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR AVALIAÇÃO De acordo com a LDBEN (n- 9394/96, art.24, inciso V) e com a Deliberação 07/99 do conselho Estadual de Educação (capítulo I, art.8), a avaliação em Arte deverá levar em conta as relações estabelecidas pelo aluno entre os conhecimentos em arte e a sua realidade, evidenciados tanto no processo quanto na produção individual e coletivas desenvolvidas a partir desses saberes é necessário referir-se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos, experiências quanto conceituais. É preciso que o professor tenha conhecimento da linguagem artística, bem como da relação entre o criador e o que foi criado. Ela exige fundamentação para que abra portas e aponte caminhos para o redimensionamento das práticas pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno. Avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde se quer chegar, que estabeleçam os critérios, para que, em seguida, escolhem-se os procedimentos, inclusive aqueles referentes à seleção dos instrumentos que serão utilizados no processo de ensino e de aprendizagem. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. As propostas podem ser solucionadas em sala, refletir e discutir sua produção e a dos colegas, sem perder de vista a dimensão sensível contida na aprendizagem dos conteúdos de Arte. A fim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são vários instrumentos de verificação, como diagnóstico inicial e o acompanhamento da aprendizagem no percurso e no final do período letivo, por meio de trabalhos artísticos, pesquisas e provas teórico – práticas. 55 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS: ALALEONA, Domingos C. Caldeira Filho. História da Música de João. São Paulo. Ricordi Brasileira,1942. BIBLIOTECA MULTIMÍDIA, Centro Difusor de Cultura, Enciclopédia Digital, 1999. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991. CALDEIRA, Eny. Ensino da Arte: os primeiros e a influência estrangeira na arteeducação em Curitiba.Tese de mestrado.Universidade Federal da Paraná.1998. LOPONTE, I. G. O Ensino da arte na nova LDB: resgate histórico e perspectivas. São Paulo: perspectiva,1996. MAGALDI. Panorama do teatro Brasileiro. São Paulo,1997. MARCHESI, Isaias Jr. Atividades de Educação Artística 1º Grau. São Paulo.Editora Ática,1995. MORAIS, Frederico. Arte é o que Eu e Você Chamamos Arte. Rio de Janeiro.Editora Ática,1995. OSTROWER, Fayga Perla. Universos da Arte.Rio de Janeiro.Campus,1989. PEIXOTO, M.I. Arte e grande público: a distância a ser extinta, Campinas: Autores Associados, 2003. PILLAR,A.D.(org). A educação do olhar e o ensino das artes.Porto Alegre: Mediação,1999. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Arte, para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008. TAVARES, Isis Moura. Educação Artística 1º grau. Curitiba Módulo, 1996. VYGOTSKY, Lev semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,1999. 56 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CIÊNCIAS – ENSINO FUNDAMENTAL A disciplina de Ciências tem como função principal colaborar para a compreensão do mundo, suas transformações e evoluções. Além deste pressuposto visa colocar o indivíduo na sociedade de modo que ele possa se tornar um cidadão crítico e consciente. A disciplina de ciências no ensino fundamental proporciona ao educando uma compreensão racional do mundo que a cerca e uma postura mais adequada como individuo e como parte da sociedade em que vive e do meio que ocupa, preservando o ambiente natural e cultural com a qualidade de vida. Aprender Ciências é o mesmo que acompanhar os processos evolutivos do ensino-aprendizagem, os quais busquem uma participação significativa dos alunos, tornando a aprendizagem duradoura ao fundamentá-la na vivência deles e em informações colhidas no meio em que vivem. Dessa forma, aproxima o aluno do ambiente e da comunidade em que vive, procurando motivá-lo a perceber o mundo à sua volta. Tendo a Ciência como fruto de construção humana, e em seu esforço de decodificar e compreender o mundo, se fazendo necessário o rompimento da visão compartimentada do saber incorporado à discussão científicopedagógica e ao ensino de Ciências os aspectos éticos, políticos, e sociais da ciência e da tecnologia. O estudo de Ciências trata de propor desafios, de modo direto e explícito em se tratando da realidade do seu cotidiano, onde as crianças dessa faixa etária de forma natural apresentam curiosidades, onde essa disciplina atende esses anseios naturais, procurando equacionar esses desafios com a sua realidade, e de uma forma buscando a compreensão do mundo e de suas transformações, 57 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR reconhecendo o ser humano como indivíduo e parte integrante do Universo, colaborando para este indivíduo se tornar um sujeito ativo e transformado das realidades, com capacidade de refletir o mundo que se tem e o mundo que se quer. A Ciência tem como objetivo construir conhecimentos de modo que os alunos possam ser instrumentalizados par lidar com as informações do universo científico e tecnológico, pois ele está presente desde uma simples planta até às infinitas constelações. Seu estudo nos proporciona ver o mundo em que se evidência a interdisciplinaridade de elementos que constitui a manutenção da vida. Como disciplina do currículo escolar, contribui para evidenciar a necessidade de trabalhar vinculado aos princípios fundamentais como: da desigualdade humana, solidariedade, equidade, entre outros Deste modo, dentro desta disciplina é proposto o trabalho com os temas: AMBIENTE E SERES VIVOS, CORPO HUMANO E SAÚDE, MATÉRIA E ENERGIA e TECNOLOGIA. O ensino de ciências deve oferecer ao aluno oportunidades de reflexão e ação e formá-lo para reivindicá-las por amadurecimento próprio. Esse objetivo pode ser alcançado no ensino de ciências, se estiver vinculado a situações cotidianas, nas quais o aluno seja convidado a posicionar-se diante de fatos e fenômenos novos. Procurando dessa forma, levar o estudante a aprender a problematizar situações aparentemente inquestionáveis e a aceitar diferentes maneiras de entender o mundo. 58 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OBJETIVOS • Reconhecer que a humanidade sempre que se envolveu com o conhecimento da natureza e que a Ciência contribui para a atividade humana; • Valorizar as informações socialmente relevantes aos membros de sua comunidade; • Valorizar a vida e as práticas a conservação da mesma e dos ambientes; • Elaborar de forma individual e coletiva relatos, registros sobre o tema proposto, registrando-os através de gráficos, tabelas, esquemas e maquetes; • Analisar diferentes explicações individuais e coletivas de caráter histórico, refazer as suas idéias e interpretações; • Elaborar condições de equilíbrio e desequilíbrio ambiental equiparando com as interferência do ser humano e a dinâmica das cadeias alimentares; • Compreender a alimentação humana, a obtenção e a conservação dos alimentos para a constituição da saúde; • Compreender as necessidades humanas, de caráter social, prático ou cultural contribuindo para o desenvolvimento do conhecimento científico; • Compreender como as teorias geocêntricas e heliocêntricas explicam os movimentos dos corpos celestes, relacionando esses movimentos a observação e à importância histórica destas visões; • Compreender o corpo humano e sua saúde como um todo integrado por dimensões: biológicas, afetivas e sociais, relacionando a prevenção de doenças, saúde das comunidades; 59 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Compreender as dimensões da reprodução humana e métodos anticoncepcionais, valorizando o sexo seguro e a gravidez planejada, demonstrando a precaução das Doenças Sexualmente Transmissíveis. 2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Nesta Proposta Pedagógica em concordância com as DCNs de Ciências são apresentados cinco conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental, são eles: • • ASTRONOMIA MATÉRIA • SISTEMAS BIOLÓGICOS • ENERGIA • BIODIVERSIDADE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DE CIÊNCIAS Entende-se por Conteúdos Básicos os conhecimentos fundamentais para cada série do Ensino Fundamental, considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes na disciplina de Ciências. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e o trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor. 60 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • ASTRONOMIA – Universo; – Sistema solar; – Movimentos celestes e terrestres; – Astros; – Origem e evolução do universo; – Gravitação universal. • MATÉRIA – Constituição da matéria; – Propriedades da matéria. • SISTEMAS BIOLÓGICOS – Níveis de organização; – Célula; – Morfologia e fisiologia dos seres vivos; – Mecanismos de herança genética. • ENERGIA – Formas de energia; – Conversão de energia; – Transmissão de energia. 61 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • BIODIVERSIDADE – Organização dos seres vivos; – Sistemática; – Ecossistemas; – Interações ecológicas; – Origem da vida; – Evolução dos seres vivos. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS E ESPECÍFICOS POR SÉRIE • 2ª série: Sol como fonte primária de energia, calor, movimento da terra: rotação, translação e noções de orientação através dos pontos cardeais; Água: habitat onde é encontrada aquáticos, recursos energéticos, propriedades e estados físicos da água; Ar: umidade do ar. Solo: Infiltração e evaporação; Composição do solo: importância para os seres vivos, no seu uso e proteção no meio ambiente; Composição do ar e importância para os seres vivos; Plantas: partes e funções; Partes do corpo humano e órgãos dos sentidos; Saúde: radiação solar, doenças; Higiene; Preservação do meio ambiente. • 3ª série: O céu e a Terra, o que existe na Terra; A matéria muda de estado; A superfície e suas transformações; A água e a vida na Terra; O ar e a vida na Terra; As plantas e o ambiente, reprodução das plantas; Os animais e o ambiente, reprodução os animais; Cadeia alimentar; Alimentos e saúde; 62 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Higiene e saúde; Saneamento Básico e saúde; Acidentes e primeiros socorros; 4ª série: A energia no mundo: eletricidade, outras formas de obter • energia, circuito elétrico, calor, combustão, magnetismo; Biosfera; Corpo humano: sistema respiratório, circulatório, excretor, aparelho digestivo, esqueleto humano, coluna vertebral, sistema reprodutivo masculino e feminino, mudanças no corpo, puberdade, adolescência; Saúde: alimentação, vacinas, doenças sexualmente transmissíveis, higiene física, mental e social; Meio ambiente: O ser humano e os recursos da natureza, preservação e conservação, técnicas e tecnologias. 5a SÉRIE ASTRONOMIA 1. Universo Galáxias Movimentos das Galáxias Aglomerados Nebulosas Buracos Negros Lei de Hubble Idade do Universo Escala do Universo Densidade do Universo Formação do Universo As Fontes de Energia do Universo 2. Sistema Solar Geocentrismo Heliocentrismo Formação do Sistema Solar 63 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Idade do Sistema Solar Localização do Sistema Solar em nossa Galáxia Dimensões do Sistema Solar Composição do Sistema Solar Astros do Sistema Solar 3. Movimentos Terrestres e Celestes Rotação Translação Estações do Ano Eclipse do Sol Eclipse da Lua Dias e Noites MATÉRIA 1. Constituição da Matéria Conceito de Matéria Átomos Elementos Químicos Camadas Atmosféricas Crosta Terrestre Manto Terrestre Núcleo Terrestre Solos Rochas Minerais Água Composição (atômica) da Água Estrutura Química da Água SISTEMAS BIOLÓGICOS 1. Níveis de Organização Celular Organismo Sistemas Órgãos Tecidos Células 64 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Unicelular Pluricelular Autótrofo Heterótrofo ENERGIA 1. Formas de energia Energia Luminosa Energia Eólica 2. Conversão de Energia Ciclos da Matéria A interferência da Energia Luminosa nos Seres Vivos Fontes de Energia Fontes de Energia Renováveis e Não-renováveis 3. Transmissão de Energia Irradiação Convecção Condução Sistemas de Transmissão de Energia Mudanças de Estado Físico BIODIVERSIDADE 1. Organização dos Seres Vivos Diversidade das Espécies Deriva Continental Extinção das Espécies Comunidade População 2. Ecossistemas Conceito de Biodiversidade Ecossistemas – Dinâmica Ecossistemas – Características Eras Geológicas Efeito Estufa 65 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 3. Evolução dos Seres Vivos Teorias Evolutivas 4. Interações Ecológicas Cadeia Alimentar 6a SÉRIE ASTRONOMIA 1. Astros Estrelas Planetas Planetas Anões Satélites Naturais Anéis Meteoros Cometas 2. Movimentos Terrestres e Celestes Constelações A Esfera Terrestre e seu Sistema de Coordenadas A Esfera Celeste e seu Sistema de Coordenadas MATÉRIA 1. Constituição da Matéria Composição do Planeta Terra Primitivo A Terra antes do Surgimento da Vida Atmosfera terrestre Primitiva Água SISTEMAS BIOLÓGICOS 1. Célula Teoria Celular Tipos Celulares Mecanismos Celulares Estrutura Celular Respiração Celular Fotossíntese Reserva Energética 66 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 2. Níveis de Organização Celular Organismo Sistemas Órgãos Tecidos Células Unicelular Pluricelular Procarionte Eucarionte Autótrofo Heterótrofo 3. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos Características Gerais dos Seres Vivos Órgãos e Sistemas Animais e Vegetais Sistema Reprodutor ENERGIA 1. Formas de energia Energia Térmica Energia Luminosa Energia Elétrica 2. Transmissão de Energia Sistemas de Transmissão de Energia Leis de Newton BIODIVERSIDADE 1. Origem da Vida Conceito de Biodiversidade Biogênese Teorias sobre o Surgimento da Vida Geração Espontânea 2. Organização dos Seres Vivos Diversidade das Espécies Extinção das Espécies 67 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Comunidade População 3. Sistemática Classificação dos Seres Vivos Categorias Taxonômicas Filogenia Populações 4. Interações Ecológicas Interações Ecológicas Sucessões Ecológicas Relações Interespecíficas Relações intra-específicas Seres Autótrofos e Heterótrofos 7a SÉRIE ASTRONOMIA 1. Origem e Evolução do Universo Teorias sobre a Origem do Universo (Teorias Cosmogônicas) Modelos de Universo Finito Modelos de Universo Infinito Modelos de Universo Inflacionário Modelos de Universo em Expansão A teoria da Relatividade e a Cosmologia Moderna MATÉRIA 1. Constituição da Matéria Compostos Orgânicos Composição do Planeta Terra Primitivo Minerais Água 68 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR SISTEMAS BIOLÓGICOS 1. Célula Teoria Celular Tipos Celulares Mecanismos Celulares Estrutura Celular Respiração Celular Reserva Energética 2. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos Órgãos e Sistemas do Corpo Humano Estrutura e Funcionamento dos Tecidos Tipos de Tecidos Sistema Digestório Sistema Cardiovascular Sistema Respiratório Sistema Sensorial Sistema Excretor Sistema Urinário Sistema Reprodutor Sistema Endócrino Sistema Nervoso 3. Mecanismos de Herança Genética Cromossomos Gene DNA Mitose Meiose ENERGIA 1. Formas de energia Energia Térmica Energia Química BIODIVERSIDADE 1. Evolução dos Seres Vivos Teorias Evolutivas 69 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 8a SÉRIE ASTRONOMIA 1. Astros Constituição Físico-Qímica dos Astros 2. Gravitação Universal Leis de Kepler Leis de Newton Marés 3. Movimentos Terrestres e Celestes Eclipses MATÉRIA 1. Propriedades da Matéria Massa Volume Densidade Compressibilidade Elasticidade Divisibilidade Indestrutibilidade Impenetrabilidade Maleabilidade Ductibilidade Flexibilidade Elasticidade Permeabilidade Condutibilidade Dureza Tenacidade Cor, Brilho, Sabor, Textura e Odor. 2. Constituição da Matéria Conceito de Matéria Átomos Modelos Atômicos Elementos Químicos 70 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Íons Ligações Químicas Substâncias Reações Químicas Funções Químicas Inorgânicas Ácidos Sais Bases Óxidos Lei da Conservação da Massa Compostos Orgânicos Composição (atômica) da Água Estrutura Química da Água SISTEMAS BIOLÓGICOS 1. Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos Sistema Sensorial Sistema Reprodutor 2. Mecanismos de Herança Genética Cromossomos Gene DNA ENERGIA 1. Formas de Energia Energia Mecânica Energia Térmica Energia Luminosa Energia Nuclear Energia Elétrica Energia Química Energia Eólica 2. Conversão de Energia Sistemas Semi-Conservativos Ciclos da Matéria A interferência da Energia Luminosa nos Seres Vivos 71 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Sistemas Ectotérmicos Fontes de Energia Eletromagnetismo Conversão de Energia Potencial em Cinética Movimentos Velocidade Aceleração Colisões Trabalho Potência Fontes de Energia Renováveis e Não-renováveis 3. Transmissão de Energia Irradiação Convecção Condução Sistemas de Transmissão de Energia Leis de Newton Máquinas Simples Sistemas Mecânicos Equilíbrio e Forças Mudanças de Estado Físico BIODIVERSIDADE 1. Interações Ecológicas Ciclos Biogeoquímicos 3. METODOLOGIA As Diretrizes Curriculares de Ciências propõem uma prática pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo metodológico. Para isso é necessário superar as práticas pedagógicas centradas num único método. 72 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR É importante, portanto, que o professor tenha autonomia para utilizar diferentes recursos e estratégias em sala de aula, de modo que o processo ensinoaprendizagem resulte de uma rede de interações sociais entre estudantes, professores e o conhecimento científico escolar. Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre outros, devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de Ciências; a história da ciência, a divulgação científica e as atividades experimentais. A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a formação de conceitos científicos escolares no processo ensino aprendizagem da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo - o conhecimento científico que resulta da investigação da Natureza, levando em consideração que, para tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções alternativas dos estudantes em sua zona cognitiva real e as relações substantivas que se pretende com a mediação didática. Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais, tecnológicas, políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos científicos escolares. Entre os muitos recursos existentes, nas aulas de Ciências serão utilizados: Leitura Compreensiva de Textos Científicos; Projeto de Pesquisa Bibliográfica; Produção de Textos; Palestras com profissionais da Saúde e outros; 73 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Apresentação Oral; Atividades Experimentais; Projeto de Pesquisa de Campo; Relatórios; Seminários; Debates; Recursos Audiovisuais (Vídeos na TV Pendrive, Filmes em DVD, Documentários, Computadores do Paraná Digital, Transparências, etc.); Trabalho em Grupo; Aulas Dialogadas, Aulas Demonstrativas, Estudo do Meio, Excursões, Jogos Didáticos, Reportagens de Revistas e Jornais com temas em evidência na mídia ou na comunidade local, que serão explorados e analisados de forma a acrescentar aplicações cotidianas de Ciência. Todos esses recursos serão utilizados com a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações e interpretações. Serão também trabalhados, na medida em que o conteúdo de Ciência avocar, os Desafios Educacionais Contemporâneos (História e Cultura Afrobrasileira e Africana e Indígena, Prevenção ao uso indevido de drogas, Sexualidade Humana, Educação Ambiental, Educação Fiscal e Enfrentamento à Violência). Para isso o professor irá fundamentar-se na legislação estadual e federal que tratam dessas demandas. AVALIAÇÃO A avaliação é atividade essencial do processo ensino-aprendizagem dos conteúdos científicos e, no Ensino de Ciências dar-se-á ao longo de todo o processo, valorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos. A avaliação em Ciências será contínua e cumulativa em relação ao desempenho do estudante, havendo coerência entre as ações pedagógicas do professor, o encaminhamento metodológico e o processo avaliativo. Existem muitas formas de avaliar sem a restrita elaboração de questionários escritos aos alunos: - Compreensão da relação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos para explicação dos fenômenos naturais envolvidos no conteúdo específico. 74 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - Relacionar aspectos sociais, políticos, econômicos, éticos e históricos envolvidos com relação à ciência, tecnologia e sociedade. - Compreensão do quanto os conhecimentos científicos abordados no conteúdo se aplicam à sua prática social, o quanto se relacionam com outras disciplinas. Seguindo esses preceitos, a avaliação da disciplina de Ciências será realizada por meio de estratégias tais como: Participação em sala de aula; Projeto de Pesquisa Bibliográfica; Produção de Textos; Apresentação Oral; Projeto de Pesquisa de Campo; Relatórios das Atividades Experimentais; Participação em Seminários; Participação em Debates; Atividades a partir de Recursos Audiovisuais; Participação das atividades em Grupo; Provas com Questões Discursivas; Provas com Questões Objetivas. Autoavaliação, etc. A análise desses elementos indica a evolução dos alunos e permite ao professor chegar à avaliação integradora, por meio da qual será possível conhecer a maneira particular de cada um aprender. A recuperação de conteúdos será realizada no decorrer de ano letivo, sempre que se fizer necessária. A média anual será calculada de acordo com o sistema de avaliação da escola. 75 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS COSTA, Maria da La Luz M. SANTOS, Magaly Terezinh dos. SALÉM, Sônia. Vivendo Ciências FTD São Paulo, 2002. 1ª Ed. GOWDAK, Demétrio. Ensino de Ciências pelo Método Experimental. FTD. São Paulo, 1993. RUSSEL, J.B. Química Geral. 2ª ed. Pearson, Makron Books. São Paulo. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Ciências, para o Ensino Fundamental. Curitiba, 2008. VALLE, Cecília. Ciências. Curitiba: Editora Positivo, 2004. 1ª Ed. 76 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR EDUCAÇÃO FÍSICA O currículo de Educação Física está embasado na pedagogia histórico crítica da educação. O currículo básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentalização do corpo deveria dar lugar à formação humana do aluno em todas as dimensões. Em função deste contexto a prática de ensino da Educação Física na escola deve recair ainda com ênfase nas dimensões tradicionais, ou seja, com enfoque biológico, mecânico ou na dimensão psicológica. A perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária, representou um marco para a disciplina, deslocando a importância da dimensão social da Educação Física. Por fim, pode-se dizer que o ensino da Educação Física busca romper com as perspectivas da aptidão física fundamentada somente em aspectos técnicos e fisiológicos, destacam-se outras questões consideradas relacionadas às dimensões culturais, sociais, políticas, objetivas relevantes no tratamento dos conteúdos, baseadas nas concepções teóricas que discutem o corpo e movimento. Devemos considerar a disciplina de forma mais abrangente, propiciando uma educação voltada para a consciência crítica onde o trabalho, enquanto categoria é um dos princípios fundamentais das reflexões acerca da disciplina da Educação Física nestas diretrizes curriculares. A Educação Física deve ocupar-se do corpo e de seus movimentos voltados para a ampliação constante das possibilidades concretas dos seres humanos, ajudando-os assim na sua realização mais plena e autêntica. Claro que tal realidade educativa se torna inviável se reduzirmos o corpo a uma de suas dimensões apenas. Como também será extremamente difícil alcançar este propósito se separarmos os aspectos físico, espiritual e emocional do homem e não os 77 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR percebemos dentro de sua unidade e totalidade. Somente de uma maneira integral o corpo poderá se constituir num objeto especifico da Educação Física enquanto uma ciência do movimento. O corpo só pode ser entendido na posse de todas as suas dimensões. Diante de todas as suas potencialidades é que o profissional de Educação Física poderá realizar um trabalho efetivamente humanizante. Através de uma reflexão critica e da ação é que seremos capazes de promover conscientemente o ser humano a níveis mais altos de vida, contribuindo assim com sua parcela para a realização da sociedade e das pessoas em busca de sua própria felicidade. A prática da Educação Física na escola poderá oferecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações e sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais. A possibilidade de vivencias de socialização e de desfrute de atividades lúdicas, sem caráter utilitário, são essenciais para a saúde e contribuem para o bem estar coletivo. A participação dos portadores de deficiências físicas pode trazer muitos benefícios a essas crianças, particularmente no que diz respeito ao desenvolvimento das capacidades afetivas, de integração e inserção social. A aula de Educação Física pode favorecer a construção de uma atitude digna e de respeito próprio por parte do deficiente e a convivência com ele pode possibilitar a construção de atitudes de solidariedade, de respeito, de aceitação sem preconceitos. 78 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OBJETIVOS • Oportunizar ao educando o seu desenvolvimento global nos aspectos cognitivo, social, afetivo e motor, que conheça seu corpo, suas partes, movimentos, posturas, atitudes, respeitando o seu espaço e seus limites. • Através de sondagem do cotidiano do educando, proporcionar situações onde eles possam expressar-se corporalmente através de atitudes e idéias, acompanhar e perceber seu próprio ritmo, analisar, refletir e modificar suas ações, desenvolver habilidades, relacionar-se socialmente, ter postura adequada diante de situações imprevistas, apurarem seu senso critico e de responsabilidade. • Propiciar à criança situar-se em seu espaço, seu tempo, conhecê-los, poder viver dentro deles. Classificar suas diferentes situações senti-las, possibilitando-lhe um desenvolvimento perceptivo-motor amplo, para que possa estruturar e perceber de um modo mais eficiente os diversos acontecimentos nos quais será exposta. • Proporcionar à criança a aquisição de movimentos que lhe permitam estruturar destrezas especificas, desenvolvendo a capacidade psico-motora evidenciada no movimento corporal no sentido de recrear. • Estimular a capacidade de expressão individual por meio de movimentos criativos e naturais. • Conhecer e cuidar do próprio corpo, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação a sua saúde e a saúde coletiva. • Melhorar a aptidão física por meio da prática de habilidades motoras fundamentais, em atividades de iniciação aos desportos individuais e coletivos. 79 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Conhecer, valorizar, respeitar e desfrutar de manifestações de cultura corporal do Brasil e do mundo, percebendo-as como recurso valioso para a integração entre pessoas e entre diferentes grupos sociais. CONTEÚDOS POR SÉRIE 2ª série: Ginástica de solo: Rolamento, Roda, Vela, Avião; Dança: • Brinquedos cantados, Condutas neuro-motoras; Jogos de construção: Coordenação fina, Coordenação ampla, Coordenação viso-motora, Equilíbrio, Lateralização, Organização e orientação espacial; Jogos simbólicos: Descontração, Organização e orientação temporal, Estruturação espaçotemporal, Percepções auditivas, táteis e visuais, Habilidades perceptivomotoras; Dramatização; Jogos rítmicos: Ritmo próprio do corpo, Expressão corporal, Postura, Atitude, Respiração; Jogos recreativos. • 3ª e 4ª série: Ginástica de solo; Dança: Popular, Folclórica; Jogos motores: Condutas neuro-motoras, Coordenação fina, ampla e viso-motora; Equilíbrio, lateralidade e lateralização, Organização e orientação espacial e temporal, Estruturação espaço-temporal e visual, Percepção tátil e auditiva, Habilidades perceptivas motoras, Ritmo do próprio corpo, Aprendizagem objeto-motora, Expressão corporal, Analise critica, Criação de novas regras; Jogos intelectivos: Raciocínio, Concentração, Iniciativa, Regras, Técnicas, Táticas; Jogos dramáticos: Dramatização, Expressão corporal, Analise das relações sociais, Analise do jogo através da história; Jogos sensoriais: Visuais, Auditivas, Táteis Observação: Os conteúdos no 2º ciclo terão maior amplitude, complexidade e aprofundamento. 80 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Evidenciando uma relação entre a formação histórica do ser humano através do trabalho e as práticas corporais decorrentes dele, as Diretrizes indicam a “cultura corporal” como foco dos estudos da Educação Física. As ações pedagógicas devem refletir sobre as formas e representações de mundo que o homem tem formado, externadas pela expressão corporal em jogos, danças, lutas, ginásticas e esportes. 5ª SÉRIE Conteúdo Estruturante ESPORTES JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS Conteúdos Básicos *Coletivos *Individuais Jogos e brincadeiras populares *Brincadeiras e cantigas de roda *Jogos de tabuleiro *Jogos Cooperativos *Danças criativas *Dança circulares *Danças folclóricas *Danças de rua *Danças criativas *Lutas com instrumento mediador *Capoeira 81 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 6ª SÉRIE Conteúdo Estruturante ESPORTES JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS Conteúdos Básicos *Coletivos *Individuais *Jogos e brincadeiras populares *Brincadeiras e cantigas de roda *Jogos de tabuleiro *Jogos Cooperativos *Danças folclóricas *Danças de rua *Danças criativas *Dança circulares *Ginástica rítmica *Ginástica circenses *Ginástica geral *Lutas de aproximação *Capoeira 82 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 7ª SÉRIE Conteúdo Estruturante Conteúdos Básicos ESPORTES JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS *Coletivos *Radicais *Jogos de tabuleiro *Jogos e brincadeiras populares *Jogos dramáticos *Jogos Cooperativos *Danças criativas *Dança circulares *Ginástica rítmica *Ginástica circense *Ginástica geral *Lutas com instrumento mediador *Capoeira 83 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 8ª SÉRIE Conteúdo Estruturante ESPORTES JOGOS E BRINCADEIRAS DANÇA GINÁSTICA LUTAS Conteúdos Básicos *Coletivos *Radicais *Jogos de tabuleiro *Jogos dramáticos *Jogos Cooperativos *Danças criativas *Dança circulares *Ginástica rítmica *Ginástica geral *Lutas com instrumento mediador *Capoeira 84 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR METODOLOGIA Dentro do materialismo histórico-dialético o objeto de estudo é a cultura do corpo por fazer uma relação entre a historicidade do movimento humano e o cotidiano escolar em suas manifestações culturais, políticas, econômicas e sociais. Através de seus conteúdos a Educação Física contribui para que o aluno tenha autonomia, conheça seu próprio corpo e dele tenha consciência. Uma forma de aumentar o conjunto de conhecimentos é ter um senso de cunho investigativo e de pesquisa no processo pedagógico. Os mesmos conteúdos podem ser tratados no Ensino Fundamental e médio, o que diferencia é grau de complexidade que o professor dará ao conteúdo e elementos articuladores. Ainda são tratados de modo simultâneo e de forma espiralada abandonando a linearidade ampliando a capacidade de pensar do aluno. O professor deve levar em conta o que o aluno traz de conhecimento, é a preparação para a construção do saber, depois o professor cria uma situação onde o aluno é desafiado à procurar este conhecimento. Só então lhe é disponibilizado o conteúdo sistematizado e historicamente construído, para a assimilação e recriação onde com a observação o professor será capaz de intervir pedagogicamente. No final o professor propõe aos alunos a apresentação do que foi assimilado. Esta se dá de forma verbal, escrita ou corporal. Obs. Os alunos que têm dificuldade de relacionamento e participação nas aulas, são estimulados a participar das aulas para aprimorar a aprendizagem e melhorar a auto-estima, através da participação nas aulas de xadrez, na arbitragem das modalidades esportivas e na organização. Dentro da proposta de uma Educação Física transformadora, o professor deve promover situações que levem o aluno a despertar uma consciência crítica e reflexiva através da dança. 85 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nos esportes, a presença da competição será de forma coletiva, de acordo com as necessidades das turmas, seja divertimento, prazer ou recreação. O professor possibilitará ao aluno a descoberta e reconhecimento de seu corpo e seus limites através da ginástica. Com o conteúdo de jogos, brinquedos e brincadeiras, o professor abordará a realidade regional e cultural do grupo, para isso levantar-se-á dados e manifestações peculiares ao grupo e de seu ambiente cultural. O professor usará o conteúdo das lutas para desenvolver no aluno um senso crítico voltado ao respeito pela integridade física sem despertar a violência em suas relações sociais. Para tanto, o professor deve utilizar todos os recursos estruturais disponíveis, tais como: projetor, computador, TV- pendrive, livros teóricos, vídeos, etc, acreditando que no processo de ensino – aprendizagem a visualização é fundamental para introjeção dos conhecimentos. No decorrer do ano letivo, também teremos alguns desafios educacionais contemporâneos, a saber: história e cultura afro – brasileira e africana, cultura indígena, prevenção ao uso indevido de drogas, sexualidade humana, educação ambiental, educação fiscal e enfrentamento à violência. Para o trabalho com tais temas, estaremos, na medida em que forem surgindo, complementando o trabalho através de vídeos, textos complementares ou até mesmo palestras. AVALIAÇÃO Assim no livro Coletivo de Autores (1992), diz que a avaliação não deve ser alvo de pressão ou reprovação, mas sim um auxílio para checar se os métodos utilizados estão dando resultado, pois além de orientação para o aluno auferir concretamente seu próprio grau de apreensão do conhecimento oferecendo 86 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ao aluno como parâmetro para correção de rumos da prática pedagógica de nossa disciplina. A avaliação proposta para a Educação Física deve ser contínua e espiralada devendo identificar o progresso do aluno, pois segundo a LDB 9394/96, o aluno deve ter uma avaliação somativa e não uma avaliação tradicional, ou seja, classificatória. Sendo utilizados diversos instrumentos de avaliação, em busca de oportunizar ao máximo para o aluno, não só a aquisição da média para aprovação, mas principalmente a sua reflexão aos conteúdos trabalhados, procurando extrair ao máximo o seu entendimento em cada conteúdo, o que culminará na maximização no processo d e construção do seu conhecimento: • Avaliações teóricas e práticas; • Verificação da participação dos alunos nas aulas; • Atividade de leitura de textos: • Palestras • Seminários; • Atividades experimentais; • Debate; • Trabalhos individuais e em grupo. Vale lembrar que, em nossa disciplina é necessário avaliar o aluno em seu progresso em determinado assunto, pois o mesmo não chega a conclusão de um determinado tema da mesma forma que o iniciou e é aí que faz-se necessário avaliar em nossas práticas. 87 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO MÉDIO Definir a Educação Física parece ser uma tarefa complicada, isto talvez seja um sinal indicativo de que os próprios professores e demais técnicos especializados não tenham muita clareza de seu significado. Nada é mais revelador da carência de reflexão e fundamentação nesta atividade profissional do que tentar posicionar os papéis da Educação Física, ou seja, situar os seus propósitos. Toda manifestação humana é movida pro valores que determinam certos ideais, certas finalidades e certos objetivos. Evidentemente, esses valores são culturalmente moldados e se modificam de acordo com as variáveis que o momento histórico lhes impõe. É neste contexto que os objetivos da Educação Física têm variado em gênero e número através dos tempos. Na época do Império, por exemplo, a nossa educação era nitidamente dividida em uma educação intelectual, outra moral e outra física, que correspondiam respectivamente às dimensões da mente, do espírito e do corpo. A Educação Física daquele tempo tinha como preocupação básica melhorar o nível de saúde e higiene da população escolar. Considerar, que a aquisição e manutenção da saúde através de preceitos de higiene que incluam algumas sessões de ginástica seja ainda hoje a grande meta da Educação Física significa estar atrasado um século. As ciências progrediram, e não podemos desprezar este progresso. Hoje se parte de um cabedal de conhecimentos muito maior do que o de épocas passadas e, portanto, as noções em torno dos mesmos fenômenos evoluíram consideravelmente. Não resta a menor dúvida que a Educação Física estará sempre envolvida em lamentáveis equívocos enquanto não respeitar o momento históricoevolutivo por que passam a sociedade e as pessoas que a compõem. Esta disciplina não pode desprezar o conhecimento atual cientifico e não pode pregar postulados 88 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR que por ventura tenham sido verdades outrora mas que hoje não passam de estreitas visões do que sejam o homem e sua educação. E não se trata aqui de minimizar ou mesmo ridicularizar os personagens e pioneiros que, no passado, trabalharam e lutaram pela ginástica, pelo esporte ou pela Educação Física e, de uma forma mais ampla, por uma cultura física. Se, por exemplo, Per Henrik Ling possuía uma visão acentuadamente anatomista do movimento do homem, isto não quer dizer que sua contribuição tenha sido pouco relevante para a evolução da Educação Física em todo o mundo ocidental. Este mestre sueco foi de fato um dos decisivos precursores de uma educação Física realmente cientifica, preocupada em ampliar as possibilidades da atividade física e educativa de sua época. Como igualmente importante foi o papel do pedagogo inglês Thomas Arnold, ou do francês Pierre de Coubertin para o desenvolvimento do esporte como fenômeno educativo e cultural, apesar das criticas que se possa fazer hoje às posições político-sociais de ambos à luz dos conhecimentos atuais. Da mesma forma temos que reconhecer e reverenciar a lucidez de um Rui Barbosa que no século passado, em tom profético para a época, já defendia a necessidade da atividade física para a formação mais plena do homem brasileiro: “Que dúvida poderá subsistir que a vida do cérebro e, conseqüentemente, a da inteligência tenham como fatores essenciais a vida muscular, a vida nervosa e a vida sangüínea, isto é, a regularidade harmoniosa de todas as funções e a saúde geral de todos os órgãos do corpo? Quão deplorável não é que verdades desta comezinha singeleza sofram ainda contestação entre nós, e por homens que figuram nas mais altas eminências do país.” Cada época deve ser analisada pela ótica da realidade que a circunscreve e não faz sentido a aplicação de princípios antes prevalentes, mas que atualmente se mostram superados pelos novos conhecimentos estabelecidos. Nas ciências não existem verdades eternas. Tudo ocorre de maneira dinâmica, e é assim 89 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR que a Educação Física deve evoluir, enriquecida constantemente por elementos mais significativos ao crescimento humano. Basta apenas que não nos percamos na extensão das particularidades, deixando escapar gradativamente a compreensão da totalidade em que os fenômenos acontecem. A Educação Física deve ocupar-se do corpo e de seus movimentos voltados para a ampliação constante das possibilidades concretas dos seres humanos, ajudando-os assim na sua realização mais plena e autêntica. Claro que tal realidade educativa se torna inviável se reduzirmos o corpo a uma de suas dimensões apenas. Como também será extremamente difícil alcançar este propósito se separarmos os aspectos físico, espiritual e emocional do homem e não os percebemos dentro de sua unidade e totalidade. Somente de uma maneira integral o corpo poderá se constituir num objeto especifico da Educação Física enquanto uma ciência do movimento. O corpo só pode ser entendido na posse de todas as suas dimensões. Diante de todas as suas potencialidades é que o profissional de Educação Física poderá realizar um trabalho efetivamente humanizante. O profissional de Educação Física tem que estar sempre atento ao seu papel de agente renovador e transformador da comunidade de onde ele, viade-regra se apresenta como um líder natural. As pessoas e os grupos sociais – dependendo da classe a que pertençam – apresentam características especiais de comportamento, interesses e aspirações que os determinam ou condicionam. As consciências precisam ser agitadas e estimuladas do sentido de uma ampliação de suas possibilidades, uma superação das limitações e bloqueios com os quais estamos envolvidos em termos de pensamento e movimento. Deve-se dar a eles subsídios que os ensinem a viver mais plenamente, dentro de todas as suas dimensões intelectuais, sensoriais, afetivas, gestuais e expressivas. Através de uma reflexão critica e da ação é que seremos capazes de promover conscientemente o ser humano a níveis mais altos de vida, 90 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR contribuindo assim com sua parcela para a realização da sociedade e das pessoas em busca de sua própria felicidade. Não adianta colocar o currículo num pedestal. O que faz uma disciplina tornar-se significativa não é só o valor intrínseco do seu conteúdo, mas também a vibração que os seus responsáveis colocam no desenrolar do processo de ensino, permitindo que os alunos aprendam a se comprometer com o conteúdo proposto, nos jogos, nos esportes, na dança, nas lutas e na ginástica, no sentido de rever criticamente seus princípios e propostas enquanto atividade preocupada com o verdadeiro desenvolvimento humano integral. Deste modo, esta disciplina tem como objetivo principal oportunizar ao educando o seu desenvolvimento global nos aspectos cognitivo, social, afetivo e motor, que conheça seu corpo, suas partes, movimentos, posturas, atitudes, respeitando o seu espaço e seus limites. Através de sondagem do cotidiano do educando, proporcionar situações onde eles possam expressar-se corporalmente através de atitudes e idéias, acompanhar e perceber seu próprio ritmo, analisar, refletir e modificar suas ações, desenvolver habilidades, relacionar-se socialmente, ter postura adequada diante de situações imprevistas, apurarem seu senso critico e de responsabilidade. Para que isto se torne viável, a mesma aborda como conteúdos principais: JOGOS DE RACIOCÍNIO, CONCENTRAÇÃO E MEMÓRIA; NOÇÕES ESPORTIVAS; DANÇAS, LUTAS E GINÁSTICA. OBJETIVOS • Desenvolver as condutas motoras de base e neuro-motoras. Despertar a consciência corporal e capacidades perceptivas. 91 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Práticas a atividade física percebendo os benefícios na melhoria da qualidade de vida. • Identifica os limites e a possibilidades do próprio corpo, controlando sua atividades corporais com autonomia. • Adotar atitudes de respeito mutuo, dignidade e solidariedade na prática dos esportes, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta, pelo diálogo. • Expressar por meio de representação corporal, situações do cotidiano escolar e familiar. • Conhecer hábitos de higiene-pessoal e noções básicas de primeiros socorros. • Interagir várias manifestações culturais (dança, músicas, brincadeira, etc.) para o resgate cultural. • Combinar e respeitar regras através de jogos a competir. • Socializar e cooperar com os companheiros nas diversas atividades lúdicas. • Aprofundar-se no conhecimento dos limites e das possibilidades do próprio corpo de forma a poder controlar algumas de suas posturas e atividades corporais com autonomia e a valorizá-los como recurso para melhoria de suas aptidões físicas. CONTEÚDOS POR SÉRIE • 1ª a 3ª ano: Jogos pré-desportivos e recreativos; Regras e fundamentos desportivos; Conceitos; Modalidades esportivas: futsal, vôlei, xadrez, ginástica, handebol, basquete, e atletismo. Jogos e brincadeiras Jogos de tabuleiro; Jogos dramáticos; Jogos cooperativos. Danças folclóricas; Danças de salão; Danças de rua. 92 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: Partindo do conhecimento prévio do educando, promover situações que possam levá-los a fazer relações entre o que está sendo proposto com o que já vivenciaram oportunizando momentos de reflexão e discussão que juntamente com a prática o levarão a adquirir novas experiências que contribuam para o aprimoramento de seu conhecimento. • Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros. • Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio da dança. • Discutir e aprofundar a forma de apropriação das danças pela indústria cultural. • Criação e apresentação de coreografias. • Histórico, filosofia e características das diferentes artes marciais; • Lutas X Artes Marciais; • Histórico, estilos de jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc. • Artes marciais, histórico, técnicas, táticas/estratégias. • Apropriação da luta pela Indústria Cultural. AVALIAÇÃO • Observação do desempenho, participação e desenvolvimento das atividades propostas nas aulas práticas e teóricas. Organizar eventos de ginásticas, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos. 93 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem as ginásticas. • Compreender a função social da ginástica. • Discutir sobre a influência da mídia, ciência, e da cultura na ginástica. • Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho. • Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as noções de preenchimento. • Aprofundar e compreender as diferenças entre esporte da escola, o esporte de rendimento e a relação entre esporte e lazer. • Compreender a função social do esporte. • Reconhecer a influência da mídia, ciência, e cultura no esporte. • Compreender as questões sobre o doping, recursos ergogênicos utilizados e nutrição. REFERÊNCIAS BRACHT, Valter. A constituição das teorias pedagógicas da educação física. In: Caderno CEDE, Campinas, v. 19, n. 48, 1999. COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez, 1992. DAOLIO, Jocimar. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80. 97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO FÍSICA, 2008. 94 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENSINO RELIGIOSO – ENSINO FUNDAMENTAL APRESENTAÇÃO A disciplina do Ensino Religioso contempla as diversas manifestações do sagrado, entendidas como integrantes do patrimônio social e cultural dos povos; diferente de seu passado histórico marcado como espaço de transposição do que era a catequese e que permitia a introdução sistemática e orgânica do complexo doutrinal cristão. Nesta perspectiva, todas as religiões podem ser tratadas como conteúdos nas aulas de Ensino Religioso, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e faz parte do modelo de organização de diferentes sociedades. OBJETIVOS • Compreender que independente da religião muitas pessoas buscam a paz; • Saber o significado de paz; • Perceber a quantidade de religião no mundo; • Conhecer a diversidade de religiões que estão presentes em nossa sociedade de modo que possa respeitar as diferenças entre elas; • Diferenciar as religiões, percebendo as diferenças entre seus rituais e analisar sua filosofia. • Destacar o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos. O Ensino Religioso busca explicitar a experiência que perpassa as diferentes culturas expressas tanto nas religiões mais sedimentadas, como em outras manifestações mais recentes. 95 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEUDOS POR SÉRIE Conteúdos Estruturantes O conteúdo abordado terá a preocupação com os processos históricos de constituição do sagrado, buscando explicitar os caminhos percorridos até a concretização de simbologias e espaços que se organizam em territórios sagrados, ou seja, a criação das tradições. Para a disciplina de Ensino Religioso, três são os conteúdos estruturantes, a saber: • Paisagem Religiosa. • Universo Simbólico Religioso • Textos Sagrados. SAGRADO Conteúdos Estruturantes PAISAGEM RELIGIOSA UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO TEXTO SAGRADO Conteúdos Básicos 5ª série/6º ano • Organizações Religiosas • Lugares Sagrados • Textos Sagrados orais ou escritos • Símbolos Religiosos 6ª série/7º ano • Temporalidade Sagrada • Festas Religiosas • Ritos • Vida e Morte 96 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS – Básico As organizações religiosas estão baseadas nos princípios fundacionais legitimando a intenção original do fundador e seus preceitos. As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos: • Fundadores e/ou Líderes Religiosos. • Estruturas Hierárquicas. Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Religiosas: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao Tsé), etc. Inserir projetos interdisciplinares, citando: • Boas atitudes; • Valorização à vida, campanhas anti-drogas, da paz e meio ambiente; • Texto sagrado; teatro, músicas, etc. • Tempo de agradecer. (novembro) • Projeto , Canto e Coral. LUGARES SAGRADOS - Básico Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão de sagrado nestes locais. • Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc. • Lugares construídos: templos, cidades sagradas, etc. 97 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS - Básico Ensinamentos sagrados transcritos de forma oral e escritos pelas diferentes culturas religiosas. • Literatura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações, etc.) Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escritas Bahá’is – Fé Bahá’I, Tradições Orais Africanas, Afro-brasileiras e Amerídias, Alcorão – Islamismo, etc. SIMBOLOS RELIGIOSOS- Básico Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: • Nos Ritos • Nos Mitos • No Cotidiano Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc. CONTEÚDOS BÁSICOS DE ENSINO RELIGIOSO PARA A 6ª SÉRIES/7º ANO • Temporalidade Sagrada • Festas Religiosas • Ritos • Vida e morte • TEMPORALIDADE SAGRADA- Básico Diferença entre o tempo sagrado e o profano; calendários e seus tempos sagrados. O tempo sagrado constitui, por outro lado, o momento previlegiado em que o humano se liga ao divino. O tempo profano, por sua vez, não pode ser nunca 98 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR recuperado, o passado não pode ser revivido. Ele dá lugar constantemente ao presente em que se está.(nascimento do líder religioso, passagem de ano, datas de rituais, festas, dias da semana, calendários religiosos) Cristão – Natal Hinduísmo – kumba mela Losar (passagem do ano tibetano) etc. FESTAS RELIGIOSAS- Básico São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: Confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes. • Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas. Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramada (Islâmica), Kuarup (indígena), festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaísmo), Natal (Cristã). RITOS- Básico Os Ritos são um dos itens responsáveis pela construção dos espaços Sagrados, nem todos possuem a mesma função. São celebrações e manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidade futuras a partir de transformações presentes.Dentre eles destacam se os: • Ritos de passagem • Mortuários • Propiciatórios • Outros 99 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (kaingagng – ritual fúnebre), Via Sacra, Festejo indígena de colheita, etc. VIDA E MORTE- Básico As religiões procuram dar respostas elaboradas para vida além da morte. E sua relação com o Sagrado podem ser trabalhadas nas seguintes interpretações: • O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas; • Reencarnação; • Ressurreição – ação de voltar à vida; • Além morte; • Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se presentes; • Outras interpretações. Inserir projetos interdisciplinares como: • Projeto solidário: Conservação do patrimônio público; • Projeto anti – drogas, paz e meio ambiente. METODOLOGIA O Ensino Religioso no sentido de contribuir para formação da cidadania, superar preconceitos, como toda disciplina escolar, tem uma prática docente metodológica própria. Numa visão pedagógica e holística um dos desafios é estudar ao longo do Ensino Fundamental os conteúdos básicos, para que o educando possa entender melhor a sua busca do Sagrado. 100 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR No Ensino Religioso não se pode afirmar haver receitas prontas, fórmulas, métodos prontos, mas ações possíveis de acordo com os conteúdos básicos das Diretrizes Curriculares. Logo, as práticas pedagógicas desenvolvidas em Ensino Religioso em sala de aula, serão no sentido de promover o respeito às diversas manifestações religiosas, ampliando e valorizando o universo cultural dos alunos, com articulação de conteúdo, diálogo, sensibilidade à pluralidade, religiosidade, resolvendo conflitos e também dar atenção especial aos alunos com necessidades especiais, na inclusão social. Para se chegar a bom termo nesse trabalho pedagógico, temos como caminhos os conteúdos estruturantes e os básicos, materiais didáticopedagógicos e científicos, de acordo com as DCEs, PPP, PTD, que são ações que em conjunto orientam a nossa prática docente. Em Ensino Religioso, faremos exposições de mural na escola, participaremos do Projeto “Canto e Coral”, estimulando trabalhos como: paródias, debates, poesias, participaremos também nas celebrações cívicas da Escola. Recursos: • A Contínua formação dos professor. • Produção de Materiais Didáticos – Pedagógicos pela Escola, Grêmio Estudantil, e pela família dos educandos, etc.s AVALIAÇÃO De acordo com a LDBEN 9.394/96, Deliberação 007/99, DCE, PPP, e o PTD, em Ensino Religioso são necessários destacar que os procedimentos avaliativos não têm a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere à atribuição de notas ou de conceitos. Não se constitui objeto de reprovação, mas não deixa de ser importante no processo educativo. 101 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Irei identificar, por exemplo, através de ações e atitudes de educando; a sua aprendizagem, avaliando se o (a) educando (a): • Respeito a pluralidade religiosa; aceita, expressa; • Aceita as diferenças; • Expressa relação harmoniosa em sala de aula, com os colegas; • É atencioso com os alunos que tenha necessidades especiais, os da inclusão; Verificaremos se participa de todas as atividades propostas, tais como: freqüência, textos, debates, teatro, música, questionamentos, registro formal do conteúdo apresentado, dramatização, relatórios e apresentações nas celebrações culturais da escola, durante o ano. Na nossa Escola, não há nota, mas consta na ficha do estudante para identificação de progressos obtidos em Ensino Religioso, os seguintes registros para controle do professor: Letra A – simbolizando 100, Letra B - simbolizando 80, Letra C - simbolizando 60, possibilitando assim, o diagnóstico de como e quanto, o (a) aluno (a) ampliou o seu conhecimento, inclusive na participação a todos os desafios educacionais, tais como participação nos trabalhos de respeito ao meio ambiente, anti – drogas, bem como na projeto “ Boas Atitudes”. 102 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná Ensino Religioso – SEED, 2008. ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 1999. BACH, Marcus. As grandes religiões do mundo, Rio de Janeiro: Record, 1998. BOWKWER, John. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997. CAPRA, Fritjol. O ponto de mutação. Cultrix: s/d. FÓRUM. Nacional Permanente de Ensino Religioso. Parâmetros Curriculares Nacionais. 2 ed. São Paulo: Ave Maria, 1997. GIBRAN, Kahlil. Para além das palavras. São Paulo: Paulinas, 1995. GRUEN, Wolgang. O Ensino Religioso na Escola. Petrópolis: Vozes, 1995. HINNELS, John R. Dicionário das religiões. São Paulo: Cultrix, 1989. LIBÂNIO, João Batista. A Busca da Sagrado. São Paulo: FTD, 1991. 103 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR GEOGRAFIA JUSTIFICATIVA A disciplina de Geografia busca a compreensão e a análise crítica do Espaço Geo gráfico, sendo este entendido como espaço produzido e apropriado pela sociedade, composto por ob jetos – naturais, culturais e técnicos – e ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas – inter-relacionados; tendo como base conceitual fundamental para apreensão das especificidades geográficas os lugares, as paisagens, as regiões, os territórios, a natureza e as sociedades. OBJETIVOS Compreender as diferentes formas como a ciência geográfica contribui para o conhecimento da história da Terra e da sociedade atual; Conhecer e compreender as principais características do espaço geográfico, de sua transformação e de seus elementos; Compreender que no espaço social, o qual também faz parte dos espaços geográficos, existem inúmeras relações entre as pessoas e das pessoas com a natureza; Conhecer e compreender os conceitos fundamentais da Geografia e, por meio do estudo dos processos e fenômenos naturais e sociais, entender a dinâmica dos lugares onde vivemos; Adquirir conhecimento sobre a linguagem cartográfica, a fim de representar e localizar elementos, processos e fenômenos estudados pela Geografia. 104 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Esta diretriz tomou como conceito de conteúdo estruturante, saberes relacionados a alguns dos campos de estudos de uma ciência, considerados basilares e fundamentais para a compreensão de seu objeto de estudo no ambiente da Educação Básica. A partir destes, derivam-se os conteúdos específicos que compõem o trabalho pedagógico e a relação de ensino aprendizagem no cotidiano escolar. Como constructos históricos não são, desde sempre, os mesmos conteúdos que constituem o campo de estudo da geografia, alguns deles, considerados importantes saberes geográficos no passado, foram excluídos do campo de estudos dessa ciência, enquanto outros tiveram sua abordagem teórica reelaborada, em função das transformações históricas que modificaram as relações sócios-espaciais em diferentes escalas geográficas. Assim, nesta proposta de Diretriz Curricular, o objeto de estudo, sua composição conceitual e os conteúdos estruturantes da Geografia no Ensino Básico, para o atual período, estão dispostos no organograma a seguir: 105 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Objeto de Estudo Conceitos Geográficos Conteúdos Estruturantes E S P A Ç O G E O G R Á F I C O SOCIEDADE DIMENSÃO ECONÔMICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO NATUREZA TERRITÓRIO REGIÃO DIMENSÃO SOCIOAMBIENTAL DO ESPAÇO GEOGRÁFICO DIMENSÃO CULTURAL E DEMOGRÁFICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO REGIÃO LUGAR A QUESTÃO POLÍTICA DO ESPAÇO GEOGRÁFICO Cabe salientar que os conteúdos estruturantes inter-relacionam se e reúnem, em seus conteúdos específicos, os grandes conceitos geográficos (sociedade, natureza, território, região, paisagem, lugar, entre outros), que somente 106 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR inter-relacionados tornam-se significativos e contribuem para a compreensão do Espaço Geográfico. Os conteúdos estruturantes e os conteúdos específicos devem ser tratados pedagogicamente a partir das categorias de análise – relações espaçotemporais e relações sociedade-natureza – que os perpassam e do quadro conceitual de referência que os compõem. Com esta abordagem, pretende-se que o aluno compreenda os conceitos geográficos e o objeto de estudo da Geografia em suas relações amplas e complexas. Propõe-se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos aqui propostos. No exemplo abaixo, destaca-se que os conteúdos específicos são abordados a partir do enfoque de cada Conteúdo Estruturante e que esses enfoques perpassam uns aos outros, constantemente. CONTEÚDOS POR SÉRIE 2ª série: O meio ambiente onde vivemos; Os elementos que produzidos pela natureza e os que são frutos de trabalho humano; O meio cultural ou social paisagem natural. 3ª série: O meio ambiente onde vivemos; O relevo; Solo; Vegetação e Hidrografia do município; O urbano e o rural formam o espaço do município; As relações entre o meio urbano e rural; O espaço do município nas suas relações com outros espaços; A localização e a representação do espaço do município; Os limites do município; Os distritos; Vizinhos do município; Atividades industriais; Atividade industrial e a degradação ambiental; 107 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Atividades e transformação do espaço; Agricultura e a organização do espaço; Criação de animais, pecuária. 4ª série: O meio ambiente onde vivemos; O meio ambiente paranaense; Paisagens naturais do Paraná; As transformações das paisagens naturais e questão ambiental do Paraná; Atividades industriais; A industrialização do Paraná; Atividades e transformações do espaço; A urbanização do Paraná e as transformações no espaço urbano; As transformações na sociedade paranaense; A produção do espaço paranaense e sua integração com outros espaços; As localizações e representações do espaço paranaense. 5ª SÉRIE 1º BIMESTRE Conceitos básicos da Geografia: Conceito de Geografia; Conceito de Lugar, Região e Território; Conceito de Paisagem: Desvendando a Paisagem; Primeira natureza e segunda natureza; Planos da paisagem (paisagem natural, cultural e geográfica; espaço vivido percebido e concebido); As manifestações culturais nas paisagens: pluralismo cultural. 2º BIMESTRE Sistemas de orientação, localização e representação cartográfica e sua importância para o homem: Definição de planta, maquete e mapas; Pontos cardeais e colaterais; Tipos de escalas; 108 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A nossa localização no espaço geográfico; A influência dos movimentos terrestres na dinâmica dos elementos da natureza; Fuso horário; Estações do ano. 3º BIMESTRE A formação do planeta e a importância dos recursos naturais; A inter-relação entre clima, vegetação, relevo e hidrografia; As relações dos seres humanos com a natureza através do trabalho nos espaços rural e urbano; Setores da economia. 4º BIMESTRE Produção, circulação e consumo de mercadorias; A produção agropecuária em nosso dia-a-dia; A produção industrial no nosso dia-a-dia; O consumo da natureza e a degradação do meio ambiente. 6ª SÉRIE 1º BIMESTRE Localização geográfica do Brasil na América e no mundo; Formação e organização do espaço geográfico brasileiro (configuração territorial) Conceitos Estados, nação e território; A composição étnica da população brasileira; 109 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Fatores e tipos de migração (interna/externa) e suas influências no espaço geográfico brasileiro; Crescimento vegetativo da população brasileira. 2º BIMESTRE Rural e Urbano: a duas faces do espaço geográfico brasileiro; A tecnologia e a produção agropecuária brasileira; Subaproveitamento do espaço rural brasileiro (concentração de terras, êxodo rural, reforma agrária); A indústria e o processo de urbanização no Brasil – classificação e tipos de indústrias; Planejamento urbano; Regiões metropolitanas; Regionalização do espaço geográfico brasileiro; Divisão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Divisão Geoeconômica. 3º BIMESTRE A Amazônia e sua diversidade sócio-econômica e ambiental; A Ocupação recente da Amazônia; A exploração sustentável da floresta; O Nordeste e seus contrastes socioeconômicos; A seca e seus efeitos sócio-ambientais; Nordeste, um pólo de atração industrial. 4º BIMESTRE O Centro-Sul; O desenvolvimento econômico e industrial no Centro-Sul; 110 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Conhecendo melhor seu Estado: o Paraná; Caracterização geo-econômica do Estado do Paraná; As relações entre os elementos naturais e culturais nas paisagens paranaenses. 7ªSÉRIE 1º BIMESTRE: Os lugares e as paisagens do mundo onde vivemos; Os continentes: sua posição ao longo da história geológica da Terra; Deriva Continental; Teoria das Placas tectônicas e as formas de relevo; A dinâmica natural e a formação das paisagens. 2º BIMESTRE: O ser humano: suas ações sobre as paisagens terrestres; Trabalho, técnica, transformação das paisagens: a formação do espaço geográfico; Diferentes culturas, diferentes técnicas de ação sobre o espaço geográfico; Recursos energéticos – energia e meio ambiente; A energia no nosso dia-a-dia; Fontes de energia; Consumo brasileiro de energia. 3º BIMESTRE O espaço geográfico: sociedade e meio ambiente – dinâmica natural e questões sócio-ambientais; A sociedade urbano-industrial e o consumismo; Consumismo X Crise ambiental X Consciência Ecológica; 111 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Regionalização da América: comparando indicadores socioeconômicos. 4º BIMESTRE Sistema Capitalista de Produção – o capitalismo e a formação do espaço geográfico mundial ou planetário; Sistema Socialista de Produção; Guerra Fria; Economia e Desigualdade social: Desenvolvimento e Subdesenvolvimento; A origem histórica do subdesenvolvimento; Globalização; O Brasil e a Globalização. 8ª SÉRIE 1º BIMESTRE Espaço Geográfico, Globalização: O espaço geográfico mundial ou planetário; A revolução técnico-científica: a base da globalização; Revolução Tecnológica e telecomunicações: meios de comunicação; As telecomunicações e a estruturação do espaço geográfico; Meios de transportes e crescimento do comércio mundial; Multinacionais; DIT. 2º BIMESTRE Os principais fluxos da globalização; Sistema de circulação de mercadorias, pessoas, capitais e informações; Os fluxos da globalização e sua difusão através das redes; As cidades globais e as megacidades; Um mundo organizado em blocos econômicos; 112 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os principais blocos econômicos União Européia, Nafta, Alca, Mercosul, Apec; A globalização no Paraná. 3º BIMESTRE A globalização gerando desigualdade socioeconômica e ambiental; África, um continente marginalizado pela globalização; Os excluídos dentro dos países integrados; Territórios e fronteiras, povos e culturas no mundo atual. 4º BIMESTRE A fragmentação política na Europa e na Ásia. Os conflitos étnicos e nacionalistas: Oriente Médio, África, América Latina; Os principais organismos internacionais: ONU, OCDE, OMC, BM; A importância da cidadania. 1º Ano do Ensino Médio 1º Bimestre Fundamentos teóricos: Conceito de Geografia, campos de estudo, princípios e escolas geográficas; Sistema de localização cartográfica e fusos horários; 2º Bimestre A dinâmica natural e a formação das paisagens terrestres; A interdependência entre a estrutura geológica, o relevo e o solo; 113 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A inter-relação entre hidrografia, clima e vegetação; Atividades humanas e a transformação da paisagem natural nas diversas escalas geográficas. 3º Bimestre A produção do espaço geográfico nos diferentes modos de produção: capitalismo e socialismo; As redefinições no mapa-múndi pós-guerra e seus significados; Formação dos Estados Nacionais (Estado, Nação, território). 4º Bimestre A nova ordem mundial; Mundo bipolar; Mundo multipolar; Revolução técnico-científica-informacional e o novo arranjo do espaço da produção em face da globalização. 2º Ano do Ensino Médio 1º Bimestre Industrialização clássica, periférica e planejada; Distribuição espacial da indústria nas escalas local, regional, nacional e global; Países de industrialização recente: o caso do Brasil; Industrialização nos países pobres: diferenças tecnológicas, econômicas e ambientais. 114 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 2º Bimestre O que são fontes de energia? Petróleo, carvão mineral, xisto, gás natural e energia nuclear; Fontes alternativas de energia: solar, eólica, marés, geotérmica, orgânica; Comportamentos sociais e o consumo de energia; 3º Bimestre Espaço agrário: a primeira atividade econômica do homem; Estrutura fundiária – minifúndio e latifúndio; Agricultura de subsistência; agricultura familiar – agroindústria – monocultura; Modernização do campo; Revolução Verde; Conflitos rurais. 4º Bimestre População urbana e rural: composição etária, de gênero e de emprego; O espaço urbano: Urbanização e hierarquia das cidades (megalópole, metrópole, cidades grandes, médias e pequenas); Territórios urbanos marginais: narcotráfico, prostituição, sem-teto; Movimentos sociais e reordenação do espaço urbano; 3º Ano do Ensino Médio 1º Bimestre Regionalização do espaço geográfico mundial; Oposição Norte/Sul; 115 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Países do Centro e Periferia; Países Desenvolvidos / Subdesenvolvidos; Primeiro Mundo, Segundo Mundo (reestruturação do segundo mundo e da economias de transição) e Terceiro Mundo; Formação e caracterização de alguns blocos econômicos regionais: NAFTA, MERCOSUL, ALCA, UNIÃO EUROPÉIA, APEC. 2º Bimestre O fim do Estado de bem estar social e o neoliberalismo; Crescimento demográfico e suas implicações políticas, sociais e econômicas; Teorias demográficas e políticas populacionais em diferentes países. 3º Bimestre Composição demográfica dos lugares: geração, gênero e etnia; Relações entre composição demográfica, emprego, renda e situação econômica de diferentes países; Movimentos migratórios e suas implicações econômicas, culturais e socioespaciais. 4º Bimestre Redefinição de fronteiras: conflitos territoriais, étnicos, políticos e econômicos; Nacionalismo. Minorias étnicas, separatismo e xenofobia; Questões territoriais indígenas; Recursos naturais, conservacionismo – uso sustentável dos bens naturais – e preservacionismo – áreas protegidas. Crise ambiental: conflitos políticos e interesses econômicos. 116 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR METODOLOGIA DA DISCIPLINA A discussão acerca do ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões epistemológicas do seu objeto de estudo. Muitas foram às denominações propostas para esse objeto, hoje entendidas como o Espaço Geográfico e sua composição conceitual básica – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade, entre outros. Sugere-se as seguintes estratégias de ensino para que os alunos possam compreender como o espaço geográfico foi apreendido e explorado pela sociedade capitalista em suas diferentes escalas (local, regional, nacional e global): Aulas expositivas com a participação ativa dos alunos, debates; Leitura e interpretação de textos, fotos, gravuras, gráficos, tabelas e mapas (material cartográfico); Análise de artigos de jornais e revistas; Produção crítica de textos; Análise de filmes e documentários e letras de músicas; Elaboração, construção de mapas, maquetes. Convém destacar que o desenvolvimento de um ou de outra metodologia depende da dinâmica, da motivação e do conhecimento prévio que os educando possuem sobre as temáticas a serem abordadas. Em virtude da especificida117 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR de de cada aluno, de cada turma, o produto final das técnicas de ensino aplicadas poderá ser diferente. Em cada técnica aplicada, estaremos instigando nossos alunos a pensar de forma crítica, reflexiva, provocativa, fazendo-os buscar o saber, estimulando-os a querer adquirir mais conhecimento. Procurando desenvolver nos educando as habilidades necessárias para encontrarem o conhecimento que almejam ou que deveriam almejar (aprender a conhecer); integrando conhecimento e técnica (aprender a fazer); a convivência em grupo (aprender a conviver); a autonomia, a capacidade de análise, a responsabilidade pessoal e a coletiva (aprender a ser), pois será conhecendo melhor a si mesmo e a todas as suas habilidades que nossos alunos poderão agir de forma mais segura e autônoma. Enfim, objetivaremos colocar em prática os quatro pilares CULTURA AFRO- fundamentais da educação. Os temas GEOGRAFIA BRASILEIRA; EDUCAÇÃO DO PARANÁ; PARA PAZ; DROGAS; SEXUALIDADE, serão contemplados ao longo do ano letivo em momentos não definidos antecipadamente, pois sempre que se oportunizar a abordagem de tais temáticas, as mesmas serão debatidas, aprofundadas e relacionadas ao cotidiano dos alunos, sendo posteriormente avaliadas. 118 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA Será esclarecido aos alunos, que a avaliação é um processo que faz parte da vida de todos os seres humanos, que estamos constantemente sendo avaliados (pelos nossos familiares, comunidade, amigos, trabalho). Cabe aos alunos entender que durante a vida escolar o professor estará atento ao seu desempenho, observando aspectos de ordem afetiva, participativa e cognitiva através da observação diária e de diversas provas de desempenho. Assim sendo, o aluno será avaliado em todos os momentos. Todas as etapas serão valorizadas, mesmo os processos de busca e investigação serão avaliados, do mesmo modo que as impressões, opiniões e sentimentos despertados pelos assuntos a serem debatidos ou pela forma de trabalho, questionando os encaminhamentos. Desta forma, o processo avaliativo terá início ao diagnosticar o conhecimento prévio dos alunos sobre os referidos temas (citados anteriormente). Esperamos, com as metodologias utilizadas, intensificar o interrelacionamento entre os alunos (aluno-aluno) e entre nós (professor-aluno), oportunizando ao aluno compreensão sobre o seu processo de aprender. Observar, registrar e agir frente aos sinais enviados pelo aluno durante o processo ensino-aprendizagem e usar esses sinais para intervenções será 119 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR o nosso objetivo, amparados pela LEI Nº 9.394/96 que diz “os estabelecimentos de ensino poderão verificar o rendimento escolar, realizando avaliação contínua e cumulativa, dando ênfase aos aspectos qualitativos do aluno (...)” Desta forma, estaremos avaliando nossos educando de forma permanente, abrangente e com qualidade. Adotando para isso as seguintes técnicas de avaliação no decorrer do ano letivo: • Provas escritas, objetivas e subjetivas; • Trabalhos em grupos: • Trabalhos individuais; • Participação diária nas diversas atividades que serão desenvolvidas em sala de aula; • Relatórios produzidos a partir de análise de documentários, filmes, artigos de jornais, revistas e das aulas ministradas; • Interpretação escrita do material cartográfico. • Recuperação Paralela dos conteúdos e, consequentemente, recuperação das notas que serão executados no decorrer de cada bimestre. Acredita-se que, com as estratégias de ensino adotadas, poderemos detectar os alunos com dificuldades de aprendizagem e reestruturar todo o processo de ensino/aprendizagem, alterando as abordagens escolhidas inicialmente e, buscando 120 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR maior eficácia, objetividade em nossa prática didática-pedagógica, a fim de despertar nos alunos a interação necessária com a disciplina. Assim, cada educando poderá trilhar o caminho necessário em sua busca pelo conhecimento, que se estrutura em aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser, ou seja, os alicerces fundamentais para o exercício de uma cidadania plena. REFERÊNCIAS: BOLIGIAN, Levon, et al. Geografia: a dinâmica do espaço global: O mundo desenvolvido. São Paulo: Atual, 2001 ( 8ª série). BRASIL, Lei nº 9394, de 20 de novembro de 1996. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. CAMARGO , João Borba de. Geografia Física, Humana e Econômica. 4ªed. Maringá-PR, 2001. GARAVELLO, Tito Marcio; GARCIA, Hélio Carlos. Geografia: O espaço geográfico da América, Oceania e Regiões Polares. 1ª ed. São Paulo: scipione, 2002 (7ª série). GARCIA, Helio Carlos; GARAVELLO, Tito Marcio. Geografia: espaço geográfico.1ª.ed. São Paulo: Scipione, 2002( 6ª série). Governo do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental e Médio. SEED, julho, 2008. LACOSTE, Yves. A geografia - isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra. Campinas, Papirus, 1988. 121 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR LUCCI, Elian Albi. Geografia: homem & espaço: 15ª .ed.. São Paulo: Saraiva, 2000 (5ª série). ____________ (Coord.). Ler Braudel, Campinas, Papirus, 1989. MAGNOLI, Demétrio. O corpo da pátria, São Paulo, Moderna-Unesp, 1997. MORAES, Antonio Carlos Robert. A gênese da geografia moderna, São Paulo, Hucitec -Edusp, 1989. ____________ . Geografia: pequena histórica crítica, São Paulo, Hucitec, 1983. Moreira, Igor. O espaço Geográfico: Geografia Geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2000. ____________ Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e globalização. São Paulo: Scipione, 2007. PALHARES, José Mauro 1969-Paraná: aspectos da geografia – 3ªed. Foz do Iguaçu, PR: J.M.Palhares , 2004. SANTOS, Milton. A natureza do espaço, São Paulo, Hucitec, 1996. TAMDJIAN, James Onnig. Geografia Geral e do Brasil. Ensino Médio. São Paulo: FTD,2005. 122 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR HISTÓRIA A disciplina de História para o Ensino Fundamental busca o estímulo à reflexão crítica e a formação de uma consciência histórica dos alunos em relação às ações humanas produzidas no tempo e no espaço em todas as suas dimensões: política, cultural e econômico-social. • Política – com base nas relações de poder, tanto os estatais quanto os micropoderes, isto é, as relações desenvolvidas no cotidiano. • Cultural – privilegiando a análise de todas as manifestações culturais eruditas e populares que compõem patrimônio intelectual de uma sociedade. • Econômico-social – assim como as dimensões mencionadas anteriormente, as relações são abordadas de modo totalizante, isto é, sob o ponto de vista da macro-história (baseada nos vitoriosos) e da micro-história (valorizando minorias e vencidos), dialogando com outras áreas do conhecimento. Através desta estruturação, os assuntos a serem abordados durante as séries que compõem esta etapa de ensino vão desde a origem do homem, passando pela formação das diferentes culturas e trajetórias humanas durante os períodos Antigo e Medieval, assim como a História do Brasil, presente desde o período colonial, passando pelo processo de independência e formação do ideário de Nação. Também serão abordados os elementos da contemporaneidade, presentes no Brasil Republicano e nas demais sociedades humanas, em especial: as americanas, africanas e européias. A partir deste momento, a História do Paraná será abordada em sua especificidade, desde a constituição de seu território, passando pela emancipação política e pelos seus elementos contemporâneos. Também é verificada a introdução do estudo de História da Cultura Afro-Brasileira e Africana, desde a organização nativa dos povos africanos, 123 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR passando pelos primeiros contatos com os europeus e com o papel do africano na constituição de uma cultura e identidade brasileiras. A abordagem e a apresentação dos assuntos seguem as linhas de raciocínio desenvolvidas pelas correntes ideológicas conhecidas como Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa. Estas vertentes buscam o estudo e a compreensão da História a partir de novas técnicas e interpretações, onde o ensino pode ser verificado a partir da diversificação dos documentos na constituição do processo histórico, permitindo a aproximação com outras áreas de conhecimento. Com isto, acredita-se que o aluno possa adquirir consciência histórica, o que é fundamental para a compreensão desta disciplina. A partir dos conteúdos estruturantes política, economiasociedade e cultura, o objetivo desta disciplina é proporcionar ao aluno, através da tomada de uma consciência histórica, a formação de atitudes e compreensões úteis para a vida pessoal e cidadã: respeito à diversidade, espírito de justiça, criticidade, solidariedade, entre outros. O ensino de História tem a função de contribuir com o(s) aluno (s) na tomada das decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de intenções para momentos futuros. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos com relação ao tempo e sua ação dentro dele. Outra função que podemos atribuir ao ensino de História é que, atualmente, podemos desvinculá-la das abordagens tradicionais, que abordava apenas as biografias dos grandes “heróis”, assim como o privilégio dado aos fatos políticos ou econômicos como relevantes para o aluno. A História é total, pois ela também é feita pelos cidadãos “de baixo”, uma vez que todos os homens – sem exceções – são sujeito e objeto da História. 124 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OBJETIVOS • Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que se estabelecem com os outros tempos e espaços; • Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitem localizar os acontecimentos no tempo e espaço; • Conhecer e respeitar o modo de vida dos mais diferentes grupos étnicos, nos diversos tempos e espaços, nas suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais. Assim, os alunos observam e analisam as semelhanças e diferenças entre eles; • Reconhecer as mudanças e as permanências das vivências humanas, presentes na realidade e em outras comunidades; • Questionar a sua realidade, identificando alguns dos seus problemas refletindo sobre as suas possíveis soluções; • Utilizar métodos de pesquisas e de produção de textos do conteúdo histórico, compreendendo a analisar os mais diversos registros históricos, sejam escritos, orais e/ou audiovisuais; • Valorizar o patrimônio sociocultural, respeitando a diversidade e reconhecendo como um direito dos povos e particularmente dos indivíduos como um todo. 125 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEÚDOS POR SÉRIE • 2ª série: O meio ambiente onde vivemos; Os elementos que produzidos pela natureza e os que são frutos de trabalho humano; O meio cultural ou social paisagem natural. • 3ª série: Município: campo e cidade/ zona rural e urbana; Os distritos de Londrina; Como viviam e quem eram os primeiros habitantes de Londrina; Kaingangs: como viviam e como vivem hoje; Colonização da cidade de Londrina: os pioneiros e suas dificuldades; A fundação do Município de Londrina: organização, o comércio, industrialização, lazer, os prefeitos, etc; Meios de comunicação e transporte; O desenvolvimento da cidade até os dias atuais; Datas comemorativas; • 4ª série: A importância da História para nossa vida; A história de vida de cada um; Os primeiros habitantes: índios; Paraná: principais cidades, pontos turísticos e artísticos; História do Paraná: ocupação do estado, a escravidão, os imigrantes, cultura e costumes, contextualização com a história do Brasil, aspectos culturais, festas, comidas, símbolos, folclore, etc. Comércio e indústrias no estado; A relação entre a ação histórica no espaço geográfico; Datas comemorativas; • 5ª série: Produção do conhecimento histórico; Articulação da História com outras áreas do conhecimento; Humanidade e História; Arqueologia no Brasil; Da origem do homem à Pré-História; Povos indígenas no Brasil e no Paraná; Primeiras Civilizações no continente americano; Primeiras Civilizações na África, Europa e Ásia; A chegada dos europeus na América; Península Ibérica 126 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política; Formação das sociedades brasileira e americana; Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa. • 6ª série: Expansão e consolidação do território brasileiro; Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina; Reforma Protestante e Contra Reforma; Organização do território paranaense; Movimentos de contestação ao sistema colonial português; Independência das treze colônias inglesas na América do Norte; Diáspora Africana; Revolução Francesa; Período Napoleônico; Chegada da Família Real ao Brasil; O processo de independência do Brasil; Reinado de D. Pedro I; O processo de independência das Américas. • 7ª série: A construção da nação brasileira – Reinado de D. Pedro II; Revolução Industrial e relações de trabalho – séculos XIX e XX; Emancipação política do Paraná; Guerra do Paraguai; O processo de abolição da escravidão; Neocolonialismo: Colonização da África e Ásia; Guerra civil e imperialismo estadunidense; Os primeiros anos da República no Brasil (República Velha); Questão agrária na América Latina; Primeira Guerra mundial; Revolução Russa. • 8ª série: A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade; Crise de 29; A Revolução de 1930 e o Período Vargas; Ascensão dos regimes totalitários na Europa; Movimentos populares na América Latina; Segunda Guerra Mundial; Populismo no Brasil e na América Latina; Independência das colônias afroasiáticas; Guerra Fria; Construção do Paraná Moderno; Regime Militar no 127 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Paraná e no Brasil; Regimes Militares na América Latina; Movimentos de contestação no Brasil – década de 1960; Movimentos de contestação no mundo – décadas de 1960 e 1970; Paraná no Redemocratização do Brasil; Fim da bipolarização mundial; contexto atual; África e América Latina no contexto atual; O Brasil no contexto atual. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO • Aplicação dos conteúdos sob forma de aulas expositivas, explanando os conteúdos de modo com que o aluno possa constantemente construir o seu conhecimento; • Desenvolver atividades com diferentes fontes de informações, tais como: livros, jornais, revistas, músicas, filmes e fotografias. Com isso, confrontar dados e abordagens; • Desenvolvimento de pesquisas utilizando a tradição oral como documento histórico; • Organização de dinâmicas em sala, sob forma de trabalhos em grupo ou debates, para que os alunos possam participar das aulas com maior intensidade, o que enriquece o processo educativo, por meio do confronto de opiniões e interpretações; • Solicitar aos alunos resumos para serem apresentados oralmente ou sob forma de textos; • Propor a criação de murais e exposições a fim de estimular a capacidade criativa dos estudantes; 128 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Realização de atividades extra-classe e aulas de campo, como visitas a museus, exposições, bibliotecas e acervos históricos. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser contínua, diagnóstica e somativa, proporcionando ao estudante a possibilidade de colocar em prática o que foi apropriado durante as aulas. Os critérios deverão ser condizentes com as ações pedagógicas desenvolvidas em sala de aula. Desta forma, podemos listar que os estudantes devem: • Compreender que a História é uma prática social, onde os homens se mostram como os seus sujeitos, em todas as temporalidades; • Reconhecer relações entre as sociedades, culturas e povos dos povos contemporâneos com as civilizações passadas; • Dimensionar as relações entre os povos nas diferentes temporalidades; • Reconhecer semelhanças e diferenças entre relações de trabalho, guerras, lutas sociais e revoluções nos tempos passado e presente; • Diferenciar as formas de organizações políticas nacionais e internacionais nas diversas temporalidades; • Reconhecer a diversidade de documentos históricos; • Respeitar as diversidades étnico-raciais, religiosas, sociais e políticas presentes nos povos, a partir dos processos históricos constituintes na formação de cada povo; 129 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Reconhecer algumas diferenças, semelhanças, transformações e permanência entre idéias e práticas envolvidas no processo de cidadania, construídas e vividas em toda a trajetória humana; • Organizar idéias articulando-as oralmente, por escrito e por outras formas de comunicação; • Reconhecer o grau de comprometimento dos alunos com o aproveitamento dos conteúdos ministrados, por meio da participação nas aulas e da realização das tarefas para casa, estas; • através de pesquisas, resumos, análises de documentos ou através dos exercícios presentes nos livros didáticos. ENSINO MÉDIO HISTÓRIA A História é uma ciência que se dedica a estudar as manifestações humanas distribuídas no tempo e no espaço. Com isto posto, este conhecimento deverá, durante o Ensino Médio, estimular o estudante a refletir acerca da realidade onde vive e das diferentes sociedades humanas. Através desta estruturação, os assuntos a serem abordados durante as séries que compõem esta etapa de ensino vão desde a origem do homem, passando pela formação das diferentes culturas e trajetórias humanas durante os períodos Antigo e Medieval, assim como a História do Brasil, presente desde o período colonial, passando pelo processo de independência e formação do ideário de Nação. Também serão abordados os elementos da contemporaneidade, presentes no Brasil Republicano e nas demais sociedades humanas, em especial: as americanas, africanas e européias. A partir deste momento, a História do Paraná será abordada em sua especificidade, desde a constituição de seu território, 130 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR passando pela emancipação política e pelos seus elementos contemporâneos. Também é verificada a introdução do estudo de História da Cultura Afro-Brasileira e Africana, desde a organização nativa dos povos africanos, passando pelos primeiros contatos com os europeus e com o papel do africano na constituição de uma cultura e identidade brasileiras A abordagem e a apresentação dos assuntos seguem as linhas de raciocínio desenvolvidas pelas correntes ideológicas conhecidas como Nova História Cultural e Nova Esquerda Inglesa. Estas vertentes buscam o estudo e a compreensão da História a partir de novas técnicas e interpretações, onde o ensino pode ser verificado a partir da diversificação dos documentos na constituição do processo histórico, permitindo a aproximação com outras áreas de conhecimento. Com isto, acredita-se que o aluno possa adquirir consciência histórica, o que é fundamental para a compreensão desta disciplina. A partir dos conteúdos estruturantes relações de trabalho, relações de poder e relações culturais, o objetivo desta disciplina é proporcionar, através da tomada de uma consciência história por parte do aluno, a formação de atitudes e compreensões úteis para a vida pessoal e cidadã: respeito à diversidade, espírito de justiça, criticidade, solidariedade, entre outros. O ensino de História tem a função de contribuir com o(s) aluno (s) na tomada das decisões em situações práticas: toda ação deriva de uma reflexão sobre o tempo, avaliação de eventos passados e projeção de intenções para momentos futuros. O indivíduo, ao agir, atribui sentidos com relação ao tempo e sua ação dentro dele. Outra função que podemos atribuir ao ensino de História é que, atualmente, podemos desvinculá-la das abordagens tradicionais, que abordavam apenas as biografias dos grandes “heróis”, assim como o privilégio dado aos fatos 131 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR políticos ou econômicos como relevantes para o aluno. A História é total, pois ela também é feita pelos cidadãos “de baixo”, uma vez que todos os homens – sem exceções – são sujeito e objeto da História. OBJETIVOS: • Identificar o próprio grupo de convívio e as relações que se estabelecem com os outros tempos e espaços; • Organizar alguns repertórios histórico-culturais que lhes permitem localizar os acontecimentos nas dimensões temporal e espacial; • Conhecer e respeitar o modo de vida dos mais diferentes grupos étnicos, nos diversos tempos e espaços, nas suas manifestações culturais, econômicas, políticas e sociais. Assim, os alunos observam e analisam as semelhanças e diferenças entre eles; • Reconhecer as mudanças e as permanências das vivências humanas, presentes na realidade e em outras comunidades; • Questionar a sua realidade, identificando alguns dos seus problemas refletindo sobre as suas possíveis soluções; • Utilizar métodos de pesquisas e de produção de textos do conteúdo histórico, compreendendo a analisar os mais diversos registros históricos, sejam escritos, orais e/ou audiovisuais; • Valorizar o patrimônio sociocultural, respeitando a diversidade e reconhecendo como um direito dos povos e particularmente dos indivíduos como um todo. 132 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ENSINO MÉDIO • Relações de poder; • Relações culturais; • Relações de trabalho. 1ª SERIE CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA As origens e o desenvolvimento inicial da humanidade Relações de trabalho Comparar aspectos da vida humana no Paleolítico com as dos tempos contemporâneos, O surgimento do Estado estabelecendo diferenças e A identidade do homem semelhanças. americano Listar as principais hipóteses sobre a As civilizações do Nilo e origem do homem da Mesopotâmia americano. AVALIAÇÃO A seleção dos conteúdos específicos, articulados a temática, conteúdos estruturantes estabelecidos, e a abordagem metodológica possibilitarão aos alunos a compreensão das ações sociais, políticas e culturais promovidas pelos sujeitos históricos. Pretende perceber como os estudantes compreendem o desenvolvimento da humanidade; como surgiu o Estado; a contribuição das antigas civilizações para a Explicar o significado de construção da cultura Nascimento e expansão conceitos essenciais contemporânea (…). do Islamismo para compreender o chamado feudalismo: Cabe ao professor, no feudo, servo, susserano decorrer do processo, A civilização Bizantina e vassalo. elencar diferentes instrumentos avaliativos Compreender a relação capazes de Baixa Idade Média entre humanismo, sistematizaras ideias Renascimento cultural e históricas produzidas desenvolvimento pelos estudantes. Identificar as principais As civilizações: Grega e contribuições dos Romana egípcios, gregos e romanos; nos campos da: ciência, agricultura Alta Idade Média e cultura. Relações de poder 133 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Relações culturais O Renascimento cultural e científico científico. Discutir os interesses políticos, econômicos e A expansão ultramarina religiosos que estiveram europeia interligados no processo expansionista europeu. A Reforma Protestante e a Reforma Católica Explicar os principais fatores do declínio do poder da Igreja Católica no final da Idade Média. No processo avaliativo deve-se fazer uso: de narrativas e documentos históricos, inclusive os produzidos pelos alunos; verificação e confronto de documentos de diferentes naturezas. 2º SERIE OBJETIVOS ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS Busca-se suscitar no aluno, reflexões a respeito de aspectos Relações de trabalho -A organização social indígena na América pré-colombiana políticos, econômicos, culturais, -Trabalho escravo e compulsório (encomiendas) nas colônias sociais e a construção do da América espanhola conhecimento histórico. - A organização social indígena na América portuguesa Dominar conceitos específicos da - O tráfico ultramarino de africanos escravizados disciplina e refletir sobre as Trabalho escravo na América portuguesa: engenho e mineração permanências e mudanças dentro A exploração de trabalhadores na América inglesa, do processo histórico, assim como, portuguesa e espanhola desenvolver a interpretação e -Lutas e resistências dos trabalhadores na América Latina compreensão dos fatos nesse - Imperialismo e a exploração na África e na Ásia processo. - A transição do trabalho escravo para o trabalho livre 134 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Relações de poder A violência contra os povos indígenas na América A conquista e colonização da América espanhola A conquista e colonização da América inglesa A mineração no Brasil colonial Religião e sociedade na América portuguesa O Iluminismo As Revoluções Inglesas A Revolução Industrial A Revolução Francesa O Império Napoleônico O processo de Independência da América inglesa, portuguesa e espanhola. O congresso de Viena e as revoluções liberais A Unificação da Itália e Alemanha O imperialismo na África e na Ásia O movimento operário e o advento do socialismo Brasil Imperial: 1ª Império, Regência, 2ª Império A América Latina no século XIX - As civilizações agrícolas - Diversidade cultural na América inglesa Relações de cultura - Transição do trabalho servil para o trabalho industrial; - Os movimentos sociais: Burguesia X Proletariado - As conquistas trabalhistas: Ludismo, Cartismo, Sindical - Arraiais, vilas e cidades - Evangelização e inquisição - Religiosidade popular na colônia - Iluminismo: As “Luzes” contra as “Trevas” - A moral burguesa e o operariado - Símbolos nacionais - As reformas urbanas e a criação de espaços de sociabilidades - Crescimento dos nacionalismos - Romantismo 3º SERIE OBJETIVOS ESTRUTURANTES ESPECÍFICOS - Compreender os fatores que levaram a Relações transição do Império para República no Brasil; trabalho -Identificar as classes sociais no século XVI e o neocolonialismo no século XIX -Compreender o desenvolvimento trabalhista durante o Regime Militar; de - Modo de Produção Capitalista classes sociais e conflitos; -A Transição do Império para a República no Brasil - Classes sociais e conflitos; -Retomada de conteúdos- A colonização no século XVI; - Neocolonialismo no século XIX. - Sociedades contemporâneas neoliberais; -O trabalhador durante o Regime Militar. - Classes sociais e conflitos; -O movimento operário até 19 - Compreender as ideologias, classes sociais e -O Estado enquanto nação- Aspectos da política institucionais que surgiram a partir do Relações de poder brasileira; séculoXIX; -1930- Getúlio Vargas no poder; 135 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - Identificar a emergência dos Estados Totalitários; -Compreender os fatores que levaram a crise de 1929 e a Segunda Guerra Mundial; - Identificar os primeiros anos da República no Brasil e seu desenvolvimento; - Compreender os fatores que levaram a crise de 1920 e o declínio da República velha; -Compreender os fatores que levaram a Era Vargas; -Identificar os fatores que levaram a implantação do Regime Militar no Brasil; -Identificar os fatores que levaram a Redemocratização no Brasil; -Compreender os conflitos internacionais e a Nova Ordem Mundial; -Identificar a ideologia e propaganda NaziFascistas; -Compreender o desenvolvimento da semana Relações de arte moderna no Brasil; cultura -Compreender o desenvolvimento do Movimento de Contra Cultura durante os anos 60; -Compreender a diversidade cultural no Brasil de 1889 até 1930; -A Era Vargas e o Estado Novo; -O regime liberal populista; -O Estado enquanto nação- Aspectos da política brasileira; -Processo de redemocratização, abertura política e anistia; -Neoliberalismo e o Brasil atual; - Conflitos Internacionais: Da Guerra Fria aos anos 1990; -O fim da Guerra Fria e a Nova Ordem Mundial -A globalização e o futuro da economia mundial; - O Estado enquanto nação-aspecto da política brasileira; - Os primeiros tempos republicanos-; - O apogeu da República velha; -Sociedade, política, economia e cultura na República velha; -O Tenentismo; -A crise de 1920; - O declínio da República velha; -Ideologias e classes sociais -A propaganda nazi-fascista. de -Movimentos culturais / Ideologia e classes sociais; -Semana de arte moderna. -Indústria cultural e propaganda; -Movimentos de contracultura, MPB, Jovem Guarda; -Diversidade cultural; -A influência anarquista em 1917. -Movimentos rurais, movimentos urbanos, movimento operário; 5.Encaminhamento metodológico Tendo como base os conteúdos estruturantes (relações de trabalho, poder e cultura) e propiciando aos alunos a formação da consciência histórica, faremos uma abordagem dos conteúdos bimestrais, trabalhando as seguintes articulações: • Focalizar acontecimentos, processo e o sujeito, delimitando o espaço para observação do conteúdo tematizado (vários recortes temporais); • Análise e interpretação de diferentes conceitos de documento histórico, permitindo aos estudantes formularem ideias históricas próprias e expressá-las por meio de narrativas históricas; • Analisar os sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade; 136 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Criar condições de elaborar conceitos que permitam pensar historicamente e superar a idéia de História como verdade absotuta. • Análise audio visual, TV Pendrive e leituras cartográficas. 6. Avaliação Objetiva-se favorecer a busca da coerência entre a concepção de História defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e de aprendizagem. A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos, permeando o conjunto das ações pedagógicas, e não como elemento externo a este processo, para tanto: • A avaliação será contínua e qualitativa, formativa e diagnóstica, através de diversas atividades, priorizando a análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos. • Produção de narrativas históricas; • Pesquisas bibliográficas; • Sistematização de conceitos históricos através de avaliações objetivas e subjetivas. 137 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS MOTA, Myriam Becho. BRAICK, Patricia Ramos. História das cavernas ao terceiro milênio. 1ª edição. São Paulo: Moderna, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de História, versão preliminar. Curitiba: SEED, 2008. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO-SEED. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica de História para o Estado do Paraná. Curitiba, 2008. VICENTINO, Cláudio. DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio: Geral e Brasil. 2ª edição. São Paulo: Scipione, 2006. HISTÓRIA ENSINO MÉDIO/Vários autores. Secretaria de Estado da Educação. Curitiba, 2006. 138 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR L.E.M – INGLÊS LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL 1 - APRESENTAÇÃO O cenário da Língua Estrangeira/Inglês e a estrutura do currículo escolar sofrem constantes interferências da organização social no decorrer da história. As formas de ensinar e o currículo são sempre instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a garantir às novas gerações a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos. É na relação entre as abordagens de ensino, a estrutura do currículo e a sociedade que residem as causas da ascensão e do declínio do prestígio das LEM nas escolas. 2. HISTÓRICO DA DISCIPLINA E FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS O ensino de LE começou a ser valorizado depois da chegada da família real, portuguesa no Brasil, em 1808. O currículo inspirava-se nos moldes franceses, e em seu programa constavam sete anos de francês, cinco de inglês e três de alemão. A partir de 1937 o MEC tendo a responsabilidade pelos rumos educacionais teve a incumbência de indicar aos estabelecimentos de ensino o idioma a ser ministrado na escola, a metodologia e o programa curricular para cada série, sendo importante destacar que o ensino de inglês teve o seu espaço garantido nos currículos oficiais por ser o idioma mais usado nas transações comerciais, enquanto que o francês era mantido pela sua tradição curricular no ensino secundário. Após a Segunda Guerra Mundial a dependência econômica e cultural do Brasil em relação aos Estados Unidos, intensificou-se, e, com isso a necessidade de aprender inglês tomou-se cada vez maior. Assim, falar inglês passou a ser um anseio das populações urbanas e o ensino dessa língua ganhou cada vez mais 139 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR espaço no currículo em detrimento ao ensino do francês. Porém, diante das. exigências do mercado, o ensino de línguas foi sendo substituído, paulatinamente, por um currículo cada vez mais técnico, acarretando a diminuição da carga horária das línguas estrangeiras. Ainda assim, identificou-se a valorização da língua inglesa devido às demandas de mercado de trabalho que então se expandiam no período (lei n.° 5,692/71) Em 1976 o ensino de LE volta a ser valorizado, quando a disciplina volta a ser obrigatória, somente no 2° grau, porém podendo ser oferecida no 1° grau desde que as escola tivessem condições favoráveis para isso. 3 - OBJETIVO GERAL Fazer com que os alunos reconheçam e compreendam a diversidade linguística e cultural, bem como significados sociais e historicamente construídos, e portanto, passíveis de transformação na prática social; Analisar as questões da nova ordem global, suas implicações e desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel da língua na sociedade. 4 – CONTEÚDOS ESTRUTURANTES O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso enquanto prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita. Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e não- verbais de diferentes tipos de textos). 140 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5ª série / 6º ano Objetivos Estruturante Específico Identificar o tema do texto Leitura tema do texto Lançar mão de inferências e cognatos para compreensão de textos Oportunizar situações de aprendizagem que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa Estimular a leitura e compreensão de textos e a observação da gramática e do vocabulário nele aplicado interlocutor finalidade elementos composicionais do gênero repetição palavras proposital das marcas linguísticas Reconhecer o gênero textual Identificar o tempo verbal Proporcionar o uso adequado de Escrita palavras e expressões para estabelecer a referência textual tema do texto Identificar o tempo verbal ortografia Conduzir a uma reflexão dos elementos discursivos , textuais, estruturais e normativos elementos composicionais do gênero Levar o aluno a reconhecer as Oralidade diferenças e as semelhanças entre o discurso oral e o escrito Adequar a fala ao contexto : uso de conectivos, gírias, repetições, etc marcas linguísticas adequação do discurso ao gênero turnos da fala marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos 141 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 6ª série / 7º ano Objetivos Estruturante Específico Leitura Tema do texto Identificar tema do texto finalidade do texto Lançar mão de inferências e cognatos para compreensão do texto Relacionar o gênero textual e sua função Relacionar o contexto atual tema com o Estimular a leitura e compreensão de textos e a observação da gramática e do vocabulário nele aplicado Repetição palavras proposital de Marcas linguísticas( coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos, etc ) Intertextualidade Oportunizar situações que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa Identificar o tempo verbal Proporcionar o uso adequado de Escrita palavras e expressões para estabelecer a referência textual Tema do texto Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais do texto, pontuação, recursos gráficos Identificar o tempo verbal Ortografia Levar o aluno a reconhecer as Oralidade diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito Adequar a fala ao contexto ( uso de gírias, conectivos, repetição, etc ) Turnos da fala Adequação gênero do discurso Variações linguísticas 142 ao ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 7ª série / 8º ano Objetivos Estruturante Específico Identificar tema do texto Leitura Tema do texto Lançar mão de inferências e cognatos para compreensão do texto Finalidade do texto Relacionar o gênero textual e sua função Temporalidade Relacionar o contexto atual tema com o Intertextualidade Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas Estimular a leitura e compreensão de textos e a observação da gramática e do vocabulário nele aplicado Oportunizar situações que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa Identificar o tempo verbal Proporcionar o uso adequado de Escrita palavras e expressões para estabelecer a referência textual Tema do texto Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas Significado das palavras Identificar o tempo verbal Marcas linguísticas Vozes texto sociais presentes no Ambiguidade Levar o aluno a reconhecer as Oralidade diferenças e semelhança s entre o discurso oral e escrito Adequar fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc. ) Turnos da fala Variações linguísticas Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição Diferenças e semelhanças entre discursos oral e escrito 143 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 8 ª série / 9º ano Objetivo Estruturante Específico Identificar tema do texto Leitura Tema do texto Lançar mão de inferências e cognatos para compreensão do texto Finalidade do texto Relacionar o gênero textual e sua função Temporalidade Relacionar o contexto atual tema com o Intertextualidade Elementos composicionais do gênero Marcas linguísticas Estimular a leitura e compreensão de textos e a observação da gramática e do vocabulário nele aplicado Oportunizar situações que levem o aluno a compreender a Língua Inglesa Identificar o tempo verbal Proporcionar o uso adequado de Escrita palavras e expressões para estabelecer a referência textual Tema do texto Conduzir a utilização adequada das partículas conectivas Significado das palavras Identificar o tempo verbal Marcas linguísticas Vozes texto sociais presentes no Ambiguidade Levar o aluno a reconhecer as Oralidade diferenças e semelhança s entre o discurso oral e escrito Turnos da fala Adequar fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições) Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição. Variações linguísticas Diferenças e semelhanças entre discursos oral e escrito 144 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Fundamental: Lendas, contos, poemas, fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras, etc. A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries do Ensino Fundamental e do Médio. Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de complexidade dos textos e de sua abordagem. 5. CONTEÚDO ESPECÍFICO - Oralidade: . Aspectos contextuais do texto oral; . Intencionalidade dos textos; . Adequação da linguagem oral em situações de comunicação, conforme as instâncias de uso da linguagem; . Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e informal. - Leitura: . Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada; . Contato com diversos gêneros textuais; .Entendimento do aluno sobre o funcionamento dos elementos linguísticos/gramaticais do texto; . Importância dos elementos coesivos e marcadores de discurso; . Provocar outras leituras; . A abordagem histórica em relação aos textos literários. 145 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - Escrita: . Trabalho com o texto visando provocar reflexão, transformação; . Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão; . Clareza na exposição de ideias; . Utilização dos recursos coesivos. 6. METODOLOGIA A gramática será trabalhada de forma contextualizada, utilizando e revisando frequentemente as técnicas de leitura. Os textos trabalhados serão de caráter informativo, literário e atual, proporcionando ao aluno o redimensionamento de conhecimento de mundo, permitindo que este seja exposto a insumos instrumentais e discursivos e terá, então, as chaves que abrirão as portas para um mundo mais rico e certamente muito mais cosmopolita. Leitura Propiciar práticas de leituras de texto de diferentes gêneros considerando os conhecimentos prévios dos alunos e formulando questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto. Encaminhar discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia. Escrita Planejar a produção textual da delimitação tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologias. Estimular a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos. Estimular produções em diferentes gêneros. 146 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Oralidade Organizar apresentações de textos produzidos pelos alunos orientando sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado. Estimular contação de histórias de diferentes gêneros. Selecionar discursos de outros para análise dos recursos da oralidade. OBS.: As escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos, da infra-estrutura da escola e da realidade da comunidade, podendo variar e ser alterada de acordo com as necessidades. 7. AVALIAÇÃO O aluno precisa ser envolvido no processo de avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento, seu esforço precisa ser reconhecido por meio de ações como o fornecimento de “feedback” sobre seu desempenho e o entendimento do “erro” como parte integrante da aprendizagem. Considerar o erro como um passo para que a aprendizagem se efetive e não como um entrave no processo, uma vez que, não sendo linear, não acontece da mesma forma e ao mesmo tempo para diferentes pessoas. É fundamental a coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do processo. Leitura - Realização de leitura compreensiva do texto; - Localização de informações explícitas e implícitas no texto; - Percepção do ambiente no qual circula o gênero; - Identificação da ideia principal do texto; 147 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - Identificação do tema e reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. Escrita Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; Pertinência dos elementos discursivos textuais, estruturais e normativos; Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual. Oralidade • Respeito aos turnos de fala; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões quando necessário em língua materna; • Utilização consciente de expressões faciais/corporais e gestuais, de pausas e entonações nas exposições orais. L.E.M – INGLÊS ENSINO MÉDIO A língua estrangeira (LE) moderna propõe a aprendizagem da mesma relacionada a outras aprendizagens. Serve de instrumento para a aquisição das habilidades comunicativas essenciais, tanto de compreensão (audição – leitura) como de produção (fala e escrita), sem perder de vista a preparação de um sujeito crítico, capaz de interagir com o mundo à sua volta. OBJETIVOS Produzir significados, além da gramática, o contexto sociolingüístico, considerando os papéis dos falantes na situação, os meios não lingüísticos e 148 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR paralingüísticos (gestos, interjeições, etc), assim como a tipologia textual e estruturas típicas de situações de comunicação. Contribuir para que o aluno tenha acesso a manifestações culturais de outros povos, e perceba as diferenças entre os usos, as convenções e os valores de seu grupo social e os da comunidade que usa a língua estrangeira, de forma crítica, percebendo que não há cultura melhor que a outra. CONTEÚDO ESTRUTURANTE O conteúdo estruturante de Língua Estrangeira Moderna é o discurso enquanto prática social, efetivado por meio das práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita. Os conteúdos serão desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais de diferentes tipos.) Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os conteúdos lingüísticos-discursivos a serem trabalhados. Discurso Texto Oralidade Leitura Escrita Os conteúdos selecionados são os mesmos para todas as séries e poderão ser retomados a cada momento em que se faça necessário, porém terão um grau seqüencial de aprofundamento. 149 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Análise Lingüística: elementos de coesão e coerência, incluindo os conteúdos relacionados aos aspectos semânticos e léxicos. Conteúdos relacionados à norma padrão, concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal e tempos verbais. Gêneros discursivos: jornalísticos, charges, cartas, receitas, cartoons, informativos, literários, etc. Intertextualidade: relação entre textos, referências, alusões, epígrafes, paródias, etc. Diversidade Cultural Oralidade Leitura Escrita Aspectos contextuais do Compreensão do texto deTrabalho com o texto visando texto oral; maneira global e nãoprovocar reflexão, Intencionalidade dos textos; fragmentada; transformação; Adequação da linguagemContato com diversosAdequar o conhecimento oral em situações degêneros textuais; adquirido à norma padrão; comunicação, conforme asEntendimento do alunoClareza na exposição de instâncias de uso dasobre o funcionamento dosidéias; linguagem; elementos Utilização dos recursos Diferenças léxicas,lingüísticos/gramaticais docoesivos. sintáticas e discursivas quetexto; caracterizam a fala formal e Importância dos elementos informal. coesivos e marcadores de discurso; Provocar outras leituras; A abordagem histórica em relação aos textos literários. METODOLOGIA Os conteúdos se desenvolvem aproveitando a participação do aluno, de forma criativa, prática e, sobretudo cooperativa. 150 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os conhecimentos lingüísticos são fundamentais, pois assim o aluno irá interagir com o texto. O trabalho partirá do discurso em língua estrangeira, subsídio importante para que atinja a efetiva compreensão do enunciado. A aprendizagem não se baseia exclusivamente na abordagem comunicativa, nem tampouco na conduta meramente estruturalista ou gramaticista. Aproveita de forma eclética diferentes condutas dirigidas à aprendizagem, dentro de um processo no qual o próprio contexto comunicativo é aproveitado como foco para a gramática prática. RECURSOS - aulas expositivas, explicativas, dialogadas; - atividades individuais e/ou equipes; - textos interdisciplinares; - textos autênticos de jornais, revistas, internet, etc.; - gramática contextualizada; - músicas. 6. AVALIAÇÃO A avaliação será parte integrante do processo de aprendizagem e contribuirá para a construção de saberes. Ela ocorrerá de maneira contínua e cumulativa, sendo que os aspectos qualitativos prevalecerão sobre os quantitativos. Todas as destrezas serão avaliadas (ler, ouvir, falar e escrever) diariamente, de acordo com as atividades desenvolvidas em sala; para que se perceba os conhecimentos adquiridos pelos discentes. Dessa forma, o professor poderá rever conteúdos que não foram suficientemente trabalhados e garantir a efetiva interação do aluno com a aprendizagem. Através da avaliação, o professor terá a possibilidade de repensar a sua metodologia de ensino e planejar suas aulas conforme as necessidades específicas de cada um. 151 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 7.BIBLIOGRAFIA ALMEIDA FILHO, J. C. P. Dimensões comunicativas no ensino de línguas. Campinas: Ed. Pontes, 2002. PARANÁ / SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares da Educação Básica para a Rede Pública Estadual de Ensino. Curitiba: SEED, 2008. PRESCHER, E.; PASQUALIN, E.; AMOS, E. Graded English. Volume único. Editora Moderna: São Paulo, 2004. ENSINO DE GRAMÁTICA PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA 152 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR LÍNGUA PORTUGUESA Tendo como pressuposto que a linguagem não é um simples conteúdo escolar, mas uma atividade humana, histórica e social, seu estudo deve contribuir, de alguma forma, para auxiliar na solução de pequenos problemas cotidianos e propiciar o acesso aos bens culturas acumulados pela humanidade. Estamos cientes que ser um usuário da língua é uma das condições primordiais para uma efetiva participação social, o ensino da Língua Portuguesa deve visar prioritariamente o desenvolvimento da capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes auxiliem o educando a ler o mundo em que vive, a analisar o que dele se diz e se pensa e expressar uma visão fundamentada e coerente dessa leitura e dessa interpretação. Para que isso ocorra, é necessário que sejam oferecidas ao aluno diferentes oportunidades para que este desenvolva as quatro habilidades lingüísticas básicas: FALAR, OUVIR, LER E ESCREVER, num contexto de reflexões e analise que não deixe de enfatizar o universo das emoções, conhecimentos e satisfação pessoal que tais atividades podem oferecer. OBJETIVOS: • Expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-la com eficácia em instâncias públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos orais e escritos, coerentes, coesos, adequados a seus destinatários, aos objetivos a que se propõem e aos assuntos tratados; • Utilizar diferentes registros, inclusive os mais formais da variedade lingüística valorizada socialmente, sabendo adequá-los às circunstancias da situação comunicativa de que participam; 153 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Valorizar a leitura como fonte de informação, via de acesso aos mundos criados pela leitura e possibilidade de fruição estética, sendo capazes de recorrer aos materiais escritos em função de diferentes objetivos; • Usar os conhecimentos adquiridos por meio da pratica de reflexão sobre a língua para expandirem as possibilidades de uso da linguagem e a capacidade de análise crítica; • Conhecer e analisar criticamente os usos da língua como veículo de valores e preconceitos de classe, credo, gênero ou etnia. CONTEÚDO ESTRUTURANTE As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa propõem que o Conteúdo Estruturante em Língua Portuguesa esteja sob o pilar dos processos discursivos. Por conteúdo Estruturante entende-se o conjunto de saberes e conhecimentos de grande dimensão, os quais identificam e organizam uma disciplina escolar. A partir deles, advém os conteúdos específicos a serem trabalhados no cotidiano escolar. Assumindo-se a concepção de língua como prática que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, o objeto de estudo da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante é o discurso como prática social concretizando-se na oralidade, na leitura e na escrita. Já que a língua é analisada a partir de experiências, a seleção dos “conteúdos” a serem trabalhados em sala de aula, far-se-á a partir da experiência e da necessidade demandada pela interação e de acordo com os conteúdos básicos considerados imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes, sistematizado pelo Departamento de Educação Básica (DEB). 154 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nos quadros abaixo, os conteúdos básicos estão apresentados por série e tomados como ponto de partida para a organização desta proposta pedagógica curricular. CONTEÚDOS POR SÉRIE Conteúdo estruturante: O discurso enquanto prática social: Leitura, oralidade, escrita e literatura. 2ª Série: Discurso como prática social Oralidade: • Identificação dos diferentes gêneros textuais. • Narração de histórias. • Exposição de idéias explorando capacidade de interação, argumentação e expressão. • Identificação dos diferentes tipos de discurso e sua adequação aos diversos contextos comunicativos. • Emprego da pontuação com uso da entonação. • Reconhecimento e valorização das variações lingüísticas: regional, social e histórica. • Identificação dos elementos da cultura afro-brasileira. • Leitura de textos pertencentes aos diferentes gêneros textuais que Leitura: circulam socialmente. • Leitura de textos literários de época: Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e Naturalismo. 155 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Escrita: • Produção de textos dos diferentes gêneros textuais literários ou não que circulam socialmente: narrativo, poético, informativo, descritivo, relato e notícia. • Marcas lingüísticas e estrutura dos textos dos diversos gêneros textuais. • Estudos de textos literários de época: Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e Naturalismo. • Classe de palavras. • Concordância verbal e nominal. • Coesão e coerência. • 3ª série: Leitura e interpretação de diferentes tipos de textos; Substantivo: próprio e comum, simples e composto, primitivo e derivado; Adjetivo e locução adjetiva; Ortografia; Acentuação: palavras paroxítonas; Artigo; Pronomes pessoais do caso reto e do caso oblíquo; Produção de textos diversificados: cartazes, diários, texto narrativo, diálogos, bilhetes, cartões, etc; Verbos • 4ª série: Leitura e interpretação de diferentes tipos de textos: poemas, fábulas, narrativas, anedotas, etc. Produção de textos diversificados: cartazes, descrição, diários, texto narrativo, diálogos, bilhetes, cartões, etc; Uso do dicionário; Substantivos; Adjetivos; Verbo e concordância verbal; Ortografia; Pontuação. 156 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICO- METODOLÓGICA GÊNEROS LEITURA É importante que o professor: DISCURSIVOS Tema do texto; -Propicie práticas de leitura de Interlocutor; textos de diferentes gêneros; Para o trabalho das Finalidade; - Considere os conhecimentos práticas de leitura, Aceitabilidade do prévios dos alunos; escrita, oralidade e texto; - Formule questionamentos que análise lingüística, Informatividade; possibilitem inferências sobre o serão adotados Discurso direto e texto; como conteúdos indireto; -Encaminhe discussões sobre: básicos os gêneros Elementos tema, intenções, discursivos composicionais do intertextualidade; conforme suas gênero; - Contextualize a produção: esferas sociais de Léxico suporte/fonte, interlocutores, circulação. Marcas lingüísticas: finalidade, época; Caberá ao coesão, coerência, - Utilize textos não-verbais professor fazer a função das classes diversos que dialoguem com seleção de gêneros, gramaticais no texto, não-verbais, como: gráficos, nas diferentes pontuação, recursos fotos, imagens, mapas, e outros; esferas, de acordo gráficos (como - Relacione o tema com o com o Projeto aspas, travessão, contexto atual; Político negrito), figuras de - Oportunize a socialização das Pedagógico, com a linguagem. idéias dos alunos Proposta sobre o texto. Pedagógica ESCRITA Curricular, com o Tema do texto; ESCRITA Plano Trabalho Interlocutor; É importante que o professor Docente, ou seja, Finalidade do texto; planeje a produção textual a em conformidade Informatividade; partir da delimitação do tema, do com as Argumentatividade; interlocutor, do gênero, da características da Discurso direto e finalidade; escola e com o indireto; Estimule a ampliação de leituras nível de Elementos sobre o tema e o gênero complexidade composicionais do proposto; adequado a cada gênero; Acompanhe a produção do texto; uma das séries. Divisão do texto em Encaminhe a reescrita textual: parágrafos; revisão dos argumentos/das Marcas lingüísticas: idéias, dos elementos que coesão, coerência, compõe o gênero (por exemplo: função das classes se for uma narrativa de aventura, gramaticais no texto, observar se há o narrador, quem pontuação, recursos são os personagens, tempo, gráficos (como espaço, se o texto remete a uma AVALIAÇÃO LEITURA Espera-se que o aluno: Identifique o tema; Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas no texto; Posicione-se argumentativamente; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Identifique a idéia principal do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: Expresse as idéias com clareza; Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: Utilize d discurso de acordo 157 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem; Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. aventura, etc.); Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: ORALIDADE Organize apresentações de Tema do texto; textos produzidos pelos alunos; Finalidade; Oriente sobre o contexto social Argumentatividade; de uso do gênero oral Papel do locutor e selecionado; interlocutor; Prepare apresentações que Elementos explorem as marcas lingüísticas extralingüísticos: típicas da oralidade em seu uso entonação, pausas, formal e informal; gestos...; Estimule contar histórias de Adequação do diferentes gêneros, utilizando-se discurso ao gênero; dos recursos extralingüísticos, Turnos de fala; como: entonação, pausas, Variações expressão facial e outros. lingüísticas; Selecione discursos de outros Marcas lingüísticas: para análise dos recursos da coesão, gírias, oralidade, como: cenas de repetição, desenhos, programas infantorecursos semânticos juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. com a situação de produção (formal/ informal); Apresente suas idéias com clareza coerência e argumentatividade; Compreenda argumentos no discurso do outro; Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos, etc; Respeite os turnos de fala. 6ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA Tema do texto; Interlocutor; Para o trabalho das Finalidade; práticas de leitura, Aceitabilidade do escrita, oralidade e texto; ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA LEITURA É importante que o professor: Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros, ampliando também o léxico; Considere os conhecimentos AVALIAÇÃO LEITURA Espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto; Localize informações explícitas e implícitas no 158 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada uma das séries. Informatividade explícitas e implícitas; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Repetição proposital das palavras; Léxico; Ambigüidade; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. ESCRITA Tema do texto; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Discurso direto e indireto; Elementos composicionais do gênero; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito). Processo de formação de palavras; Acentuação gráfica; Ortografia; Concordância verbal/nominal. ORALIDADE Tema do texto; Finalidade; Papel do locutor e interlocutor; prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões sobre: tema e intenções; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos verbais diversos que dialoguem com nãoverbais, como: gráficos, fotos, mapas, e outros; Relacione o tema com o contexto atual, com as diferentes possibilidades de sentido (ambigüidade) e com outros textos; Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto. ESCRITA É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; Acompanhe a produção do texto; Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for uma narrativa de enigma, observar se há o narrador, quem são os personagens, tempo, espaço, se o texto remete a uma mistério, etc.); Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; texto; Posicione-se argumentativamente; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Perceba o ambiente no qual circula o gênero; Identifique a idéia principal do texto; Analise as intenções do autor; Identifique o tema; Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto. ESCRITA Espera-se que o aluno: Expresse suas idéias com clareza; Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc. ORALIDADE Espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); Apresente suas idéias com clareza; Expresse oralmente suas idéias de modo fluente e adequado ao gênero 159 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos; Proponha reflexões sobre os Elementos argumentos utilizados nas extralingüísticos: exposições orais dos alunos; entonação, pausas, Oriente sobre o contexto gestos, etc; social de uso do gênero oral Adequação do selecionado; discurso ao gênero; Prepare apresentações que Turnos de fala; explorem as marcas Variações lingüísticas; lingüísticas típicas da Marcas lingüísticas: oralidade em seu uso formal coesão, coerência, e informal; gírias, repetição, Estimule contação de semântica. histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros. Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas,reportagem, entre outros. proposto; Compreenda os argumentos no discurso do outro; Exponha objetivamente seus argumentos; Organize a seqüência de sua fala; Respeite os turnos de fala; Analise dos argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc. 7ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL CONTEÚDOS BÁSICOS GÊNEROS LEITURA DISCURSIVOS Conteúdo temático; Interlocutor; Para o trabalho Finalidade do texto; ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICA LEITURA É importante que o professor: Propicie práticas de leitura AVALIAÇÃO LEITURA Espera-se que o aluno: · Realize leitura compreensiva do texto; 160 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística, serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de acordo com o Projeto Político Pedagógico, com a Proposta Pedagógica Curricular, com o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a cada séries. Aceitabilidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito). Semântica: - operadores argumentativos; - ambigüidade; - sentido conotativo e denotativo das palavras no texto; -expressões que denotam ironia e humor no texto. ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e seqüenciação do texto; Semântica: - operadores argumentativos; de textos de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos não-verbais diversos que dialoguem com não verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas, e outros; Relacione o tema com o contexto atual; Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto; Instigue a identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que Promova a percepção de recursos utilizados para determinar causa e conseqüência entre as partes do texto. ESCRITA É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir: da delimitação do tema, do interlocutor, do gênero, da finalidade; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; · · Localize de informações explícitas e implícitas no texto; · Posicione-se argumentativamente; · Amplie seu horizonte de expectativas; · Amplie seu léxico; · Perceba do ambiente no qual circula o gênero; · Identifique a idéia principal do texto; · Análise das intenções do autor; · Identificação do tema; · Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; · Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; · Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; · Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto. ESCRITA Espera-se que o aluno: · Expresse suas idéias com clareza; · Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); 161 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - ambigüidade; - significado das palavras; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto. ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); .Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; Elementos semânticos; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. Acompanhe a produção do texto; Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; Incentive a utilização de recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Proporcione o entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for uma notícia, observar se o fato relatado é relevante, se apresenta dados coerentes, se a linguagem é própria do suporte (ex. jornal), se traz vozes de autoridade, etc.). Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. - à continuidade temática; · Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; · Utilize de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, etc; · Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; · Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que indicam ironia humor, em conformidade com o gênero proposto; · Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e seqüenciação do texto; · Perceba a pertinência e use os Elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto. ORALIDADE É importante que o professor: Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, ORALIDADE Espera-se que o aluno: · Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); · Apresente idéias com clareza; · Obtenha fluência na exposição oral, em 162 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR situacionalidade e finalidade do texto; Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; · Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; Propicie análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por ex: diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc.), afim de perceber a ideologia dos discursos dessas esferas; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. adequação ao gênero proposto; · Compreenda os argumentos no discurso do outro; · Exponha objetivamente seus argumentos; · Organize a seqüência da fala; · Respeite os turnos de fala; · Analise os argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; · Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc; · Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos. · Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros. 8ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL ABORDAGEM CONTEÚDOS BÁSICOS TEÓRICO- AVALIAÇÃO METODOLÓGICA 163 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR GÊNEROS DISCURSIVOS LEITURA Conteúdo temático; Interlocutor; Para o trabalho das Finalidade do texto; práticas de leitura, Aceitabilidade do texto; escrita, oralidade e Informatividade; análise lingüística, serão Situacionalidade; adotados como Intertextualidade; conteúdos básicos os Temporalidade; gêneros discursivos Discurso ideológico conforme suas esferas presente no texto; sociais de circulação. Vozes sociais presentes Caberá ao professor no texto; fazer a seleção de Elementos gêneros, nas diferentes composicionais do esferas, de acordo com gênero; o Projeto Político Relação de causa e Pedagógico, com a conseqüência entre as Proposta partes e elementos do Pedagógica Curricular, texto; com o Plano Trabalho Partículas conectivas do Docente, ou seja, em texto; conformidade com as Progressão referencial características da escola no texto; e com o nível de Marcas lingüísticas: complexidade adequado coesão, coerência, a cada uma das séries. função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); Semântica: - operadores argumentativos; - polissemia; - sentido conotativo e denotativo; - expressões que denotam ironia e humor no texto; ESCRITA Conteúdo temático; Interlocutor; Finalidade do texto; Informatividade; Situacionalidade; Intertextualidade; Temporalidade; Vozes sociais presentes LEITURA É importante que o professor: Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; Considere os conhecimentos prévios dos alunos; Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia ; Proporcione análises para estabelecer a referência textual; Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Utilize textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; Relacione o tema com o contexto atual; Oportunize a socialização das idéias dos alunos sobre o texto; Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que LEITURA Espera-se que o aluno: Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas; Localize informações explícitas e implícitas no texto; Posicione-se argumentativamente; Amplie seu horizonte de expectativas; Amplie seu léxico; Perceba o ambiente no qual circula o gênero; Identifique a idéia principal do texto; Analise as intenções do autor; Identifique o tema; Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; Conheça e utilize os recursos para determinar causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial; Reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros. ESCRITA Espera-se que o aluno: Expresse idéias com clareza; Elabore textos atendendo: - às situações de produção propostas 164 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR no texto; Elementos composicionais do gênero; Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Partículas conectivas do texto; Progressão referencial no texto; Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.); Sintaxe de concordância; Sintaxe de regência; Processo de formação de palavras; Vícios de linguagem; Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia. ORALIDADE Conteúdo temático; Finalidade; Aceitabilidade do texto; Informatividade; Papel do locutor e interlocutor; Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; Adequação do discurso ao gênero; Turnos de fala; Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras); denotam ironia e humor; Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero; Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto. Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; ESCRITA É importante que o professor: Planeje a produção textual a partir: da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informação, situação, temporalidade e ideologia; Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto; Acompanhe a produção do texto; Analise se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto; Estimule o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; Diferencie do contexto de uso da linguagem formal e informal; Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; Utilize adequadamente recursos lingüísticos como: pontuação, uso e junção do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc; Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto; Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial. ORALIDADE Espera-se que o aluno: Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); Apresente idéias com clareza; Obtenha fluência na exposição oral, em 165 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos; Semântica; Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito. expressões que denotam ironia e humor; Incentive a utilização de recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto; Conduza a utilização adequada das partículas conectivas; Encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que compõe o gênero (por exemplo: se for uma crônica, verificar se a temática está relacionada ao cotidiano, se há relações estabelecidas entre os personagens, o local, o tempo em que a história acontece, etc.). Conduza, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; ORALIDADE É importante que o professor: Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informação e situação do texto; adequação ao gênero proposto; Compreenda argumentos no discurso do outro; Exponha objetivamente argumentos; Organize a seqüência da fala; Respeite as turnos de fala; Analise dos argumentos apresentados pelos colegas em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; Participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc; Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos; Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre as 166 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR partes e elementos do texto; Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; Prepare apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem entre outros. METODOLOGIA No processo de aquisição da língua materna não se aprende obedecendo a uma escala de valores que parte do simples para o mais elaborado. Na linguagem o homem se reconhece humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em que está inserido e percebe o seu papel como participante da sociedade. A aprendizagem não se dá de maneira linear, ela procura abarcar todos os mecanismos envolvidos no processo de interação. 167 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A seleção de conteúdos deve considerar o aluno como sujeito de um processo, histórico, social, detentor de um repertório lingüístico que precisa ser considerado na busca da ampliação de sua competência comunicativa. Sendo assim, as indicações que seguem precisam ser problematizadas a partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da educação. ORALIDADE Segundo (Possenti – 1996) “O professor precisa ter clareza de que tanto a norma padrão quanto às outras variedades, embora apresentem diferenças entre si, são igualmente lógicas e bem estruturadas”. Não podemos desconsiderar os diferentes dialetos, valorizando as variedades lingüísticas sem prejuízo da língua padrão. A sala de aula deve ser o espaço de apropriação desse conhecimento, por ser o único lugar que possibilita essa interação com a norma culta da língua. Não podemos esquecer que compete à escola tomar como ponto de partida os conhecimentos lingüísticos trazidos pelos alunos do seu ambiente familiar, promovendo situações que incentivem a falar, fazer uso da variedade de linguagem que eles empregam em suas relações sociais. Nesse contexto, o trabalho com os gêneros orais nos aponta diversos caminhos para a sua realização, como a apresentação de temas variados (histórias de família, da comunidade, um filme, um livro); depoimentos sobre situações significativas vivenciadas pelo aluno ou pessoas do seu convívio; dramatização; debates, seminários, júris-simulados e outras atividades que permitem o desenvolvimento da argumentação, troca de opiniões, recado, elogio, explicação, contação de histórias, declamação de poemas. etc. Esse trabalho com os gêneros orais deve ser consistente. Isso significa que as atividades propostas visam o aprimoramento lingüístico, bem como a 168 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR argumentação. Nas nossas propostas de atividades orais, o aluno refletirá tanto a partir da sua fala quanto da fala do outro, sobre: • elementos composicionais, formais e estruturais dos diversos gêneros usados em diferentes esferas sociais; • a unidade de sentido do texto oral; • os argumentos utilizados; • as diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal; • o papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; • observância da relação entre os participantes (conhecidos, • desconhecidos, nível social, formação, etc.) para adequar odiscurso ao interlocutor; • as variedades lingüísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso: diferentes registros, grau de formalidade em relação ao gênero discursivo; • os procedimentos e as marcas lingüísticas típicas da conversação (como a repetição, o uso das gírias, a entonação), entre outros. O que é necessário avaliar, juntamente com o falante, por meio da reflexão sobre os usos da linguagem, é o conteúdo de sua participação oral. Assim, é preciso desenvolver nos alunos a oralidade de forma que permita ao aluno reconhecer e usar as variedades lingüísticas padrão e a partir de então perceber a necessidade de usá-las em determinados contextos sociais. 169 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR LEITURA É necessário considerar o papel da leitura no processo ensinoaprendizagem do texto-literário na escola. Nesse contexto podemos definir leitura como um processo de produção de sentidos que acontece a partir das interações sociais e dialógicas entre o leitor e o texto. O leitor se torna co-autor do texto, pois produz sentido, está dialogando com o autor, com outros textos lidos, com o contexto de produção, de leitura e com os intertextos. O processo de leitura, segundo uma visão psicolingüística possui quatro etapas, a saber, decodificação, compreensão, interpretação e retenção (CABRAL, 1986, apud MENEGASSI, 1995, p. 86). Essas etapas têm funções distintas, mas acontecem simultaneamente. A decodificação dos signos lingüísticos encaminha o leitor para aproxima etapa que é a compreensão, a qual além dos recursos gramaticais, as idéias do texto são captadas e pode-se expandir a leitura. A interpretação é a fase de utilização da capacidade crítica do leitor, o momento em que faz julgamento sobre o que lê (CABRAL, 1986, apud MENEGASSI, 1995, p. 88). Na retenção, o leitor será capaz de apreender, gravar na memória as informações ou idéias mais importantes do texto. Menegassi ressalta que “a interpretação é um processo muito mais amplo, pois necessita da compreensão, a retenção resultante dela também será mais profunda. Assim, ao leitor é melhor reter informações a partir da interpretação e não só da compreensão” (1995, p. 89). É importante destacar os conhecimentos prévios de leitura do aluno, que permite ler as entrelinhas, fazer inferências e previsões sobre o texto baseando no seu conhecimento lingüístico, na sua leitura de mundo e experiências de vida. A leitura precisa ser vista, na escola, como uma prática consciente do leitor perante a realidade. É desde a alfabetização que a leitura deve ser experienciada através das dimensões dialógicas, discursivas e intertextuais, aberta a 170 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR todos os tipos de inferências e espaços em branco. Sendo o leitor o interlocutor passando a construir e não apenas receber um significado global. Para o encaminhamento da prática de leitura em sala de aula, o professor propõe atividades que propiciem a reflexão e discussão: • do tema; • do conteúdo veiculado; • da finalidade; • dos possíveis interlocutores; • das vozes presentes no discurso e o papel social que elas representam; • das ideologias apresentadas no texto; • da fonte; • dos argumentos elaborados; • da intertextualidade. Além desse trabalho, é necessário analisar também os recursos lingüísticos e estilísticos apresentados na construção do texto, como: • as particularidades (lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal e do texto em registro informal; • a repetição de palavras e o efeito produzido; • o efeito de uso das figuras de linguagem e de pensamento; • léxico; • progressão referencial no texto; • os elementos lingüísticos que colaboram para a coerência e coesão do texto: os conectivos, os operadores argumentativos, os modalizadores (uso de certas expressões que revelam o ponto de vista do locutor em relação ao que diz); entre outros. 171 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR É através da leitura que o aluno tem oportunidade de dar vasão a sua imaginação, pois ler é viajar através do tempo, da história, de culturas diferentes, onde vivenciamos e dialogamos com o texto a partir de nossas interações sociais. ESCRITA Bakhtin (1992, p. 123) coloca que “o discurso escrito é de certa maneira integrante de uma discussão ideológica em grande escala: ele responde a alguma coisa, refuta, confirma, antecipa as respostas e objeções potenciais, procura apoio, etc”. Assim, diríamos que na produção escrita são as condições de escrita que determina o discurso: quem escreve, o que escreve, para quem escreve, para que escreve, por que escreve, quando, onde e como se escreve. Também consideramos que cada gênero textual possui suas particularidades: a composição, a estrutura e o estilo que variam conforme a produção, seja de um conto, uma poesia ou um bilhete. Essas composições são apresentadas aos alunos a partir de experiência reais e para que eles se envolvam com os textos que produzem e assumam a autoria do que escrevem. Em relação à escrita, Garcez se posiciona da seguinte forma: [...] o texto escrito, enquanto ação com sentido, constitui uma forma de relação dialógica que transcende as meras regras das relações lingüísticas, é uma unidade significativa de comunicação discursiva que tem articulações com outras esferas de valores. Exige a compreensão como resposta, e esta compreensão configura o caráter dialógico da ação, pois é parte integrante de todo processo da escrita e, como tal, o determina (1998, p. 63). As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa (2008, p.33) coloca que: Há diversos gêneros que podem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita. Abaixo, citam-se alguns, contudo, ressalta-se que os gêneros escritos não se reduzem a esses exemplos: convite, bilhete, carta, cartaz, 172 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR aviso, notícia, editorial, artigo de opinião, carta do leitor, relatórios, resultado de consultas bibliográficas, resultados de pesquisas, resumos, resenhas, solicitações, requerimento, crônica, conto, poema, relatos de experiência, receitas, e-mail, blog, Orkut, etc. O trabalho com a prática da escrita requer que o aluno e o professor planejem o texto que será produzido, escrevam a primeira versão, revisem, reestruturem, para depois reescreverem a versão final. Assim, os alunos perceberão que é possível escreverem textos que reflitam melhor seus pontos de vista, sua criatividade, seu imaginário, através da troca de uma palavra por outra, de um sinal de pontuação, do acréscimo ou retirada de uma idéia, adequando seu discurso ao contexto e ao interlocutor. Assim, essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como também incentivará a leitura, pois essas composições precisam circular na sala de aula como experiências reais e de uso. ANÁLISE LINGUÌSTICA E AS PRÁTICAS DISCURSIVAS Antes de vir para a escola, a criança traz consigo uma bagagem lingüística adquirida em seu cotidiano. Cabe ao professor verificar os conhecimentos prévios e o grau de desenvolvimento cognitivo e lingüístico dos alunos, como ponto de partida, para escolha dos conteúdos e trabalho com os textos. O texto não deve servir de pretexto para estudo da nomenclatura gramatical, o mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, considerar hipóteses, a partir de leitura, da escrita e de diferentes gêneros textuais. Somente após a experiência e da interação com o texto é que com a mediação do professor, deve-se colocar o ensino da nomenclatura gramatical. O aluno passará a então a compreender através dos textos de como ele é organizado, como os elementos gramaticais ligam palavras, frases, parágrafos. 173 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Tudo isso levará o aluno a entender como os assuntos são organizados, de como as partes e as idéias se entrelaçam, o que amplia a interação do leitor. As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa sugerem que o professor: poderá instigar, no aluno, a compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos, a percepção da multiplicidade de usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções textuais, a reflexão sobre essas e outras particularidades lingüísticas observadas no texto, conduzindoo às atividades epilinguísticas e metalingüísticas, à construção gradativa de um saber lingüístico mais elaborado, a um falar sobre a língua (2008, p. 43). Assim, o contato com diferentes gêneros discursivos poderá levar o aluno a assimilar mais facilmente às regularidades que determinam o uso da língua em diversas esferas sociais. AVALIAÇÃO A avaliação é feita continuamente de três maneiras: diagnóstica, formativa e somativa, dando prioridade aos aspectos da aprendizagem, e os resultados são expressos em notas de 0,0 a 10,0, coerentes com a LDBEN 9.394/96, Deliberação 007/99 e o Projeto Político Pedagógico (PPP) da Escola. O professor avalia diariamente o seu aluno na prática da leitura, escrita e oralidade, de acordo com o planejamento e os elementos estruturantes. As diretrizes recomendam: • A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, a fluência de sua fala, o seu desembaraço, 174 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR a argumentação e sua capacidade de adequar o discurso/texto aos diferentes interlocutores e situações. • Na leitura o professor proporcionará questões abertas, discussões, debates e outras estratégias que eles empregam em seu decorrer, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do tema, bem como a valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto. • Quanto à escrita, é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. É a partir da clareza dos critérios e parâmetros de avaliação que o texto escrito será avaliado nos seus aspectos textuais e gramaticais. Os alunos precisam ser contextualizada avaliados que lhes sob uma possibilite prática reflexiva compreender e esses elementos no interior do texto. • Utilizando a avaliação diagnóstica, formativa e somativa como um todo e reconhecendo a sua função, o professor e o aluno conseguem refletir em que ponto se encontra e leva o professor a procurar novos caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas. Para que a aprendizagem realmente aconteça é necessário que se faça a seleção de conteúdos básicos a serem trabalhados e que é indissociável dos critérios de avaliação, da expectativa dessa aprendizagem. O critério é a síntese do conteúdo e define, de forma clara, os propósitos e a dimensão do que se avalia. Assim sendo, o caminho a seguir é a definição de critérios claros e a diversificação dos instrumentos de avaliação, nas diferentes atividades de ensino/aprendizagem que acontecem na sala de aula. Esses critérios refletem a forma como vai se avaliar 175 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR um conteúdo e há uma grande quantidade de atividades recomendadas para essa avaliação. A seguir, colocaremos alguns exemplos de atividades recomendadas para desenvolver essas avaliações pelos Grupos de Estudos (2008) que auxiliarão na diversificação desses instrumentos de avaliação: • ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em sala, analisando o conhecimento prévio do aluno e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação. Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo à discussão atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do aluno. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento. Nesse contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos alunos, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina. Ao avaliar a leitura dos alunos o professor deve considerar se: 1. houve compreensão das idéias presentes no texto, com o aluno interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; 2. o aluno, ao falar sobre o texto, expressou suas idéias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada; 3. foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. 176 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os alunos da Educação Básica, constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao aluno o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O aluno precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele o título da pesquisa. O projeto de pesquisa bibliográfica requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros quanto periódicos ou outros materiais, para fazer indicações de leitura para os alunos. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para o aluno tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto. A solicitação de uma pesquisa exige enunciado claro e recortes precisos do que se propõe ao aluno. Passos para uma consulta bibliográfica: 1. Contextualização Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço/temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema. 2. Problema Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema. 3. Justificativa Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que alunos e professores encontram-se inseridos. 177 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 4. Revisão bibliográfica/consulta bibliográfica É o texto escrito pelo aluno, a partir das leituras que fez. Na escrita, o aluno deve remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciando-os adequadamente. • PRODUÇÃO DE TEXTO As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. O texto de Língua Portuguesa ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social. Além disso, qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico. Na prática da escrita, há três etapas articuladas: a. planejar o será produzido, tendo em vista a intenção; b. escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada; c. revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida. Critérios de avaliação: a. produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlcutor, finalidade, etc); b. expressar as idéias com clareza (coerência e coesão); c. adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dando-lhe diferentes graus de formalidade, atendendo especificidades da disciplina em 178 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR termos de léxico, de estrutura; d. elaborar argumentos consistentes; e. produzir textos respeitando o tema; f. estabelecer relações entre as partes do texto; g. estabelecer relação entre a tese e os argumentos para sustentá-los. • PALESTRA / APRESENTAÇÃO ORAL A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do aluno a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação, a organização e exposição de idéias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração. Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são: a. conhecimento do conteúdo; b. argumentos selecionados; c. adequação da linguagem; d. seqüência lógica e clareza na apresentação; e. produção e uso de recursos. • PROJETO DE PESQUISA DE CAMPO O trabalho de campo é um método capaz de auxiliar o professor na busca de novas alternativas para o processo de ensino-aprendizagem, colaborando com a eficácia e construção de conhecimentos e para a formação dos alunos como agentes sociais. 179 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O projeto de pesquisa de campo possibilita que o professor avalie o desempenho dos alunos durante todo o processo, observando a adequação de seus procedimentos em relação ao tema da pesquisa e os dados que se quer coletar. A conclusão do projeto poderá ocorrer na forma de relatórios, produção de texto, avaliação escrita, entre outros, nos quais os alunos terão avaliada sua compreensão a respeito do conhecimento construído, sua capacidade de análise dos dados coletados, sua capacidade de síntese. • RELATÓRIO O Relatório é um conjunto de descrições e análise da atividade desenvolvida, auxiliam no aprimoramento da habilidade nessa área específica da comunicação escrita. É, também, um instrumento de ensino, pois possibilita ao estudante a reflexão sobre o que foi realizado, reconstruindo seu conhecimento, o qual foi desenvolvido na aula de campo, pesquisa, laboratório, atividade experimental, entre outras. O relatório deve apresentar quais dados ou informações que foram coletadas ou desenvolvidas e como esses dados foram analisados, bem como quais resultados podem se extrair deles. São elementos do relatório: introdução, metodologia e materiais, análise e considerações finais. • SEMINÁRIO O seminário é um procedimento metodológico que tem por objetivos a pesquisa, a leitura e a interpretação de textos. Trata-se de uma discussão rica de idéias, onde cada um participa questionando, de modo fundamentado, os argumentos apresentados. 180 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A elaboração de um seminário, além de aprofundar e complementar as explicações feitas em aula, cria, ainda, a possibilidade de colocar o estudante em contato direto com a atividade científica e engajá-lo na pesquisa. A forma de avaliação em seminário merece atenção especial por parte do professor, pois se podem cometer erros em relação aos estudantes que têm dificuldade em se expressar. É importante que a avaliação do seminário seja dividida em itens, com valores específicos para cada um deles. Entre algumas possibilidades, é importante que se avalie a consistência dos argumentos, tanto na apresentação quanto nas réplicas; a compreensão do conteúdo abortado (a leitura compreensiva dos textos utilizados); a adequação da linguagem;a pertinência das fontes de pesquisa; os relatos trazidos para enriquecer a apresentação; a adequação e relevância das intenções dos integrantes do grupo que assiste a apresentação. Os estudantes precisam saber como foi esta avaliação, para onde falhou e possa melhorar em outras oportunidades. Os itens devem ser discutidos com os estudantes na ocasião em que o seminário for proposto. • DEBATE É no debate que podemos expor nossas idéias e, ouvindo os outros, nos tornamos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que constituem-se em possíveis critérios de avaliação: 1. aceitar a lógica da confrontação, ou seja, existem pensamentos divergentes; 2. estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; 3. explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamental a sua posição; 4. admitir o caráter, por vezes contraditórios, da sua argumentação; 181 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate a superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; 6. registrar, por escrito, as idéias surgidas no debate. Além disso, o debate possibilita que o professor avalie: a. Uso adequado da língua portuguesa em situações formais; b. Conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; c. Compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. • ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: escolha do texto, elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie: a. a compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto; b. a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário. c. o reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário. • ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino-aprendizagem que podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, entre outros, demanda a pesquisa do professor sobre o recurso a ser levado para os alunos. As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o professor avalie, entre outros critérios: 182 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR a. a compreensão e interpretação da linguagem utilizada; b. a articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual; c. o reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso. • TRABALHO EM GRUPO O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos alunos, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. O trabalho em grupo pode ser proposto a parti de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada aluno: a. demonstra os conhecimentos formais da disciplina, escutados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; b. compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o cotidiano. • QUESTÕES DISCURSIVAS Estas questões fazem parte do cotidiano escolar dos alunos e possibilitam verificar a quantidade de interação do aluno com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva permite que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo aluno durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite 183 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR que o professor identifique com maior clareza o erro do aluno, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Esse tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da compreensão que o aluno tenha do conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados: a. verificar se o aluno compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do aluno ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade; b. observar, quando for o caso, se o aluno planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada; c. capacidade do aluno se comunicar por escrito, com clareza, utilizando como padrão a língua portuguesa; d. se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada. Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação. • QUESTÕES OBJETIVAS Este tipo de questão deverá ser utilizada como um componente de avaliação, nunca deve ser aplicada como a única ou principal forma avaliativa, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo. 184 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao aluno a compreensão do que foi solicitado. A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado, a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos. RECUPERAÇÃO DE CONTEÚDOS Considerando que os alunos têm diferentes ritmos de aprendizagem, identificam-se dificuldades e isso possibilita a intervenção pedagógica todo o tempo. O professor pode então, procurar caminhos para que os alunos aprendam e participem das aulas. Sendo assim, para os alunos que apresentarem baixo rendimento escolar será oferecido estudo de recuperação da seguinte forma: • recuperação continua, realizada no decorrer das aulas por meio de orientação de estudos e atividades diferenciadas adequadas às dificuldades dos alunos; • recuperação paralela, trabalhada no período de aula para os alunos como baixo rendimento, com propostas consideradas de acordo com a necessidade dos alunos. A recuperação de estudos tem como objetivo oportunizar aos alunos com dificuldades na aprendizagem dos conteúdos propostos, na disciplina de Língua Portuguesa, possibilidades para que se apropriem dos mesmos e se posicionem de forma crítica frente aos diferentes contextos sociais e assim, melhorem seus conhecimentos e consequentemente seu rendimento escolar. 185 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENSINO MÉDIO Em Língua Portuguesa, o Conteúdo Estruturante é o Discurso enquanto prática social e deve ser desenvolvido através das práticas de leitura, oralidade e escrita. Também a análise linguística deve ser abordada de forma a perpassar as práticas discursivas. Para esse trabalho serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação. Leitura - Os processos utilizados na construção do sentido do texto de forma colaborativa: inferências, coerência, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo, contextualização, expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação; - Intertextualidade; - Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos: ler para adquirir conhecimento, fruição, obter informação, produzir outros textos, revisar, etc.; - Construção de sentido do texto; - Identificação do tema ou idéia central; - Finalidade; - Orientação ideológica e reconhecimento das diferentes vozes presentes no texto; - Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; - A importância e a função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de sentido; - Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto; − Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto. 186 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Escrita - A produção e a reestruturação escrita como processo suscitado por uma real necessidade de prática social; - Unidade temática; - Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado; - Adequação ao nível de linguagem e/ou à norma padrão; - Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (situação pública, privada, cotidiana, solene, etc); - Trabalho com tópicos gramaticais a partir da reestruturação de textos e análise dos efeitos de sentido dos recursos linguístico-discursivos: Fonologia; Morfologia; Sintaxe; - Semântica; Estilística; - Pontuação; - Elementos de coesão e coerência; − Marcadores de progressão textual; operadores argumentativos; função das conjunções; sequenciação, etc. Oralidade - Aspectos contextuais do texto oral; - Coerência global; - Unidade temática de cada gênero oral; - Articulação entre tópicos e subtópicos da interação oral; - Uso de elementos reiterativos ou conectores (repetições, substituições pronominais, sinônimos, etc.); - Intencionalidade dos textos; - Diferenças lexicais, sintáticas e discursivas que caracterizam a fala formal e a informal; - Papel do locutor e do interlocutor na prática da oralidade; 187 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - Observância da relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc.) - Especificidades; - Similaridades e diferenças entre textos orais e escritos; - Ampla variedade versus modalidade única; - Elementos extralingüísticos (gestos, entonação, pausas, representação cênica) versus sinais gráficos; - Prosódia e entonação versus sinais gráficos; - Frases mais curtas versus frases mais longas; - Redundância versus concisão. Análise linguística – Escrita/Leitura/Oralidade - Adequação do discurso ao contexto, intenções e interlocutores; - Os elementos lingüísticos do texto como pistas, marcas, indícios da enunciação; - A função das conjunções na conexão de sentido de texto provocada no texto; - Os operadores argumentativos e a produção de efeitos de sentido provocados no texto; O efeito do uso de certas expressões que revelam a posição do falante em relação ao que diz (ou uso das expressões modalizadoras (ex: felizmente, comovedoramente, principalmente, provavelmente, obrigatoriamente, etc); - O discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes que falam no texto; - Importância dos elementos de coesão e coerência na construção do texto; - A função do advérbio: modificador e circunstanciado; - O procedimento de concordância entre o substantivo e seus termos adjuntos; - Figuras de linguagem e os efeitos de sentido (efeitos de humor, ironia, ambigüidade, exagero, expressividade, etc); - As marcas lingüísticas dos tipos de textos e da composição dos diferentes gêneros; 188 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - As variações lingüísticas; - O estudo da língua que se ancora no texto, extrapola o tradicional horizonte da palavra e da frase. Busca-se, na análise lingüística, verificar como os elementos verbais – os recursos disponíveis da língua – e os elementos extra verbais – as condições e situação de produção – atuam na construção de sentido do texto. Gêneros textuais para o trabalho com a Língua Portuguesa Vários são os gêneros (orais e escritos) possíveis de serem trabalhados em sala de aula, advindos das diversas esferas sociais (artística, imprensa, publicitária, literária, jurídica, midiática, cotidiana, entre outras), como exemplo: Canção, textos dramáticos, romance, lendas, novelas, crônicas, contos, poemas, haicai, fábulas, diários, debates, artigos de opinião, editorial, carta do leitor, resenha crítica, verbetes, resumos e resenhas de textos, exposição oral, seminários, pesquisas, mesa redonda, piadas, histórias de humor, histórias em quadrinhos, tiras, cartum, caricaturas, propagandas, e-mails, cartas, bilhetes, convites, fotos, pinturas, esculturas, notícias, entrevistas, textos informativos e argumentativos, anúncios, provérbios, paródia, etc. Encaminhamento metodológico Levando-se em conta que nenhuma prática é desenvolvida em sala de aula sem que esteja subjacente a ela uma concepção teórica consistente, é preciso ver o aluno como um ser construído e em construção por meio de suas vivências. Sendo assim, todas as práticas de sala de aula precisam ser problematizadas a partir da pesquisa, reflexão, discernimento e comprometimento de cada profissional da educação. A seleção de conteúdos, portanto, deve considerar o aluno como sujeito de um processo histórico cultural, assumindo a oralidade, a escrita e a leitura como conteúdos que implicam conhecimentos 189 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR relativos às variedades lingüísticas e às diferentes construções da língua, inclusive quanto aos aspectos argumentativos do discurso. Na prática da oralidade, devem ser consideradas habilidades tais como: - Temas variados (história da família, comunidade, etc) filmes, livros, etc. - Depoimentos do próprio aluno ou pessoas do seu convívio. - Entrevistas, trazer e levar informações, resumos, dar avisos, fazer convites, etc. Na prática da leitura precisa ser trazido à sala de aula com significação nas questões vivenciadas do leitor, no caso o aluno. O texto, após o acréscimo de informações, conhecimentos e opiniões, favorece a reflexão e ampliação do contexto de mundo. Dessa forma, a leitura deve ser vista como um veículo na formação e capacidade de leitores, interagindo com a oralidade e a escrita. A prática da escrita deve ter em mente que é preciso primeiramente planejar o que será produzido, quem será o leitor e aspectos que serão considerados na avaliação do texto. Por exemplo, garantem socialização da produção textual. Na prática da produção de texto podem ser trabalhados relatos (histórias de vida) bilhetes, cartas, cartazes, avisos, poemas, contos, textos literários e de divulgação científica, resumos (livro/artigos), etc. essa prática orientará não apenas a produção de textos significativos, como incentivará a prática da leitura. 190 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Avaliação A avaliação será contínua, formativa, diagnóstica e priorizará a qualidade e o processo de aprendizagem, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo no que diz respeito à fala, leitura e escrita. A oralidade será avaliada considerando-se a participação do aluno nos diálogos,relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas idéias, fluência de sua fala, o seu desembaraço , a argumento que ele apresenta ao defender seus pontos de vista. A leitura será avaliada em questões abertas, debates, a compreensão e o posicionamento diante do texto lido e a reflexão que o aluno faz a partir da leitura. Na escrita serão considerados os aspectos discursivos, textuais, ortográficos e gramaticais, trazendo clareza ao aluno em relação aos parâmetros que serão avaliados. 191 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS AMARAL, Emília et al. Novas palavras: língua portuguesa: ensino médio. 2 ed. renov. 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Compreensão e interpretação no processo de leitura: noções Básicas ao professor. Unimar. Maringá, v. 17, n. 1, p. 85-94, 1995. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Grupo de Estudos 2008. 2º Encontro. Departamento de Educação Básica. Curitiba. 2008 POSSENTI, S. Por que não ensinar gramática na escola. 4. ed. Campinas: Mercado das Letras, 1996 PROJETO ARARIBÁ : português obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna; editora responsável Áurea Regina Kanashiro. 1.ed. São Paulo: moderna 2006. 192 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR MATEMÁTICA A principal razão para se estudar a matemática de nível avançado é que ela é interessante e prazerosa. As pessoas gostam de sua característica desafiadora, de sua clareza, e do fato de que você pode saber se está certo ou não. A solução de um problema provoca uma excitação e uma satisfação. A matemática tem uma influência persuasiva em nossas vidas cotidianas, e contribue para a riqueza do país. As primeiras manifestações necessidade do homem primitivo, de matemáticas surgiram da quantificar, contar, calcular, medir, organizar os espaços e as formas e realizar trocas. Em conseqüência disso, diz-se que a matemática é a ciência da quantidade e do espaço. De fato ao longo do processo de desenvolvimento histórico, esse conhecimento foi sendo desenvolvido a partir das necessidades de sobrevivência, fazendo com que os homens gradativamente fossem aprimorando suas experiências. A matemática é uma ferramenta que possibilita ao homem fazer relações de interdependência quantitativas entre grandezas que investiga a capacidade de generalizar, abstrair e projetar, favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico, bem como a construção do conhecimento em outras áreas, a interpretação do mundo e a compreensão da sua realidade e a realidade do outro. As diretrizes curriculares explicam o papel da matemática no ensino fundamental pela proporção de objetivos que evidenciam a importância do aluno em valorizá-lo como instrumento para compreender o mundo e sua volta e estimulando o interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para resolver problemas do cotidiano. Dessa forma o ensino da matemática não pode ser visto como algo pronto e acabado, mas como um conhecimento em constante construção e 193 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR elaboração havendo necessidade de valorizar o conhecimento que o aluno trás de suas vivências, para partir desses saberes, promover a difusão do conhecimento matemático já sistematizado. Só assim acredita-se que o aluno possa desenvolver uma ação transformadora sobre si mesmo e sobre a sociedade. OBJETIVOS GERAIS • Conhecer, interpretar e utilizar corretamente a linguagem matemática associando-a com a linguagem usual; • Adquirir conhecimentos básicos, a fim de possibilitar sua integração na sociedade em que vive; • Desenvolver um pensamento reflexivo que lhe permita a elaboração de conjecturas, a descoberta de soluções e a capacidade de concluir; • Associar a matemática com outras áreas do conhecimento; • Construir uma imagem da matemática como algo agradável e prazeroso, desmistificando o mito da “genialidade”; • Contribuir para a formação integral do aluno, tornando-o uns cidadãos críticos, participativos, justos, sociais, responsáveis e conscientes de suas obrigações e direitos; • Desenvolver o raciocínio lógico matemático favorecendo o aprendizado de outras disciplinas; • Estimular a curiosidade e a criatividade do aluno para que possa reelaborar e transferir os conhecimentos adquiridos para novas situações propostas ou criadas por ele mesmo; • Desenvolver no aluno hábitos de estudo, rigor, precisão, ordem, clareza, perseverança, cooperação e responsabilidade. 194 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Estimular o aluno a ampliar seus conhecimentos matemáticos por meio da leitura de textos, jornais, revistas, livros e enciclopédias, pesquisas, consulta na Internet e a profissionais do mercado de trabalho; • Possibilitar ao aluno o uso de vários recursos tecnológicos existentes no aprendizado da matemática; • Construir o significado e ampliar o numero natural e em alguns casos racionais, e a partir de seus diferentes usos no contexto social, explorando situações- problemas que envolva contagens, medidas e códigos numéricos, assim como representações fracionarias e decimal; • Interpretar e produzir escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas, com base na observação de regularidades, utilizando-se da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática estendendo-se para a representação dos números racionais na forma decimal; CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Pelo fato da matemática estar presente em inúmeros aspectos da vida diária em forma de cálculos para solucionar problemas de geometria que aparecem na natureza ou que são criadas pelos homens e nas estimativas que envolvem medidas e dados estatísticos é que os conteúdos estruturantes foram organizados a partir de eixos: números e álgebra, grandezas e medidas, funções, geometria e tratamento da informação. Esses eixos, embora tenham suas especificidades, devem ser trabalhados de maneira articulada e integrados. CONTEÚDOS POR SÉRIE: * 2ª série: Números naturais; Adição; subtração; multiplicação e iniciação à divisão; Medidas de tempo, massa e capacidade; Sistema monetário; Geometria, 195 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR semelhanças e diferenças entre as formas geométricas encontradas nos objetos do espaço; Situação problemas envolvendo as operações. 3ª série: Sistema de numeração decimal; Números ordinais; valor posicional • do algarismo; Unidade, dezena e centena de milhar; Adição: sem e com agrupamento, com parcelas iguais; Propriedades da adição: comutativa, associativa, elemento neutro; Prova real; subtração; Multiplicação, propriedades da multiplicação; Propriedade comutativa. Elemento neutro, associativa, comutativa, distributiva com relação a adição, dobro, triplo e quádruplo; Divisão; Expressões Numéricas; Frações: equivalentes, simplificações, comparação de números fracionários, adição e subtração com frações com mesmo denominador; Números decimais: adição e subtração; Sistema de medidas: metros (múltiplos e submúltiplos), litro, medidas de tempo, peso; Geometria: linha reta, segmento de reta, semi-reta, perpendiculares, polígonos, triângulos, quadriláteros, ângulos,etc; Sólidos Geométricos; Resolução de situações problemas; • 4ª série: História dos números: contagens informais, sistema romano de numeração; Classe das unidades, milhares e milhões; Números ordinais; Resolução de situações problemas; Leituras e construção de tabelas e gráficos; Sistema de Numeração Decimal; Adição e Subtração com prova real; Multiplicação de números naturais; Divisão de números naturais; Números fracionários: fração própria e imprópria, aparente, equivalente; Sistema monetário; Sistema de medidas: tempo, comprimento, peso, área, volume. 196 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 5ª SÉRIE Sistemas de Numeração; Números Naturais; Múltiplos e divisores; Potenciação e radiciação; Números Fracionários;Números decimais. Medidas de comprimento; Medidas de massa; Medidas de área; Medidas de volume; Medidas de tempo; Medidas de ângulos; Sistema Monetário. Geometria Plana; Geometria Espacial. Dados, tabelas e gráficos; Porcentagem. Números Inteiros; Números racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três. Medidas de temperatura; Ângulos. Geometria Plana;Geometria Espacial;Geometrias Não-Euclidianas. Pesquisa Estatística; Média Aritmética;Moda e mediana; Juros simples. 6ª SÉRIE Números Inteiros; Números racionais; Equação e Inequação do 1º grau; Razão e proporção; Regra de três. Medidas de temperatura; Ângulos. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometrias Não-Euclidianas. Pesquisa Estatística; Média Aritmética; Moda e mediana; Juros simples. 7ª SÉRIE Números Irracionais; Sistemas de Equações do 1º grau; Potências; Monômios e Polinômios; Produtos Notáveis. Medida de comprimento; Medida de área; Medidas de ângulo Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometrias não-Euclidiana. Gráfico e Informação; População e amostra. 8ª SÉRIE Números Reais; Propriedades dos radicais; Equação do 2º grau; Teorema de Pitágoras; Equações Irracionais; Equações Biquadradas; Regra de Três Composta. Relações Métricas no Triângulo Retângulo; Trigonometria no 197 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Triângulo Retângulo; Noção intuitiva de Função Afim; Noção intuitiva de Função Quadrática. Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Geometria Não-Euclidiana. Noções de Análise Combinatória; Noções de Probabilidade; Estatística; Juro Composto. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: Os conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos propostos neste nível de ensino, numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer seja adquiridos em séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados, com objetivo de validá-los cientificamente, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. Nesse sentido os temas devem ser observados sempre que possível, utilizando-se de situações reais, considerando o conhecimento prévio do estudante, estimulando-o agir reflexivamente, privilegiando a criatividade e a autonomia na busca de soluções de problemas. Por meio destas atividades, esperase a contextualização, descontextualização dos conceitos, abstrações, generalizações, apropriações da linguagem simbólica. Assim as propostas metodológicas mais adequadas são: resolução de problemas, a modelagem matemática, a etno-matemática a história da matemática, sempre com a utilização dos recursos tecnológicos disponíveis. 198 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Exposição dos conteúdos matemáticos a partir da resolução de situações que ocorrem no dia-a-dia, incentivando os alunos a explicarem os conhecimentos matemáticos previamente adquiridos. Atividades individuais e em grupos, solicitando que reconheçam e registrem as questões que produzem o conhecimento matemático e resolvê-los interpretando suas soluções na linguagem do mundo real, inclusive em outras áreas de conhecimento.Resolução de exercícios de forma oral e escrita. Uso de novos tecnologias, como por exemplo: calculadora e computador, para comparar os resultados, possibilitando o surgimento de novos conceitos e de novas teorias. Correção dos exercícios utilizando o quadro negro. Elaboração de problemas, partindo da História da Matemática oportunizando o aluno a conhecer a Matemática, como corpo de conhecimento que se encontra em construção e pensamento-trabalho, pesquisas (em grupos e individuais) com estudo e interpretação dos dados e gráficos. AVALIAÇÃO A avaliação é um dispositivo legal em que os educadores têm como meio de acompanhar os educando no seu processo de ensino aprendizagem, pois é com ela que podemos analisar e diagnosticar o que falta para complementar ou ajudar na melhoria dos conhecimentos dos alunos. Pois com ela é que temos a oportunidade de verificar os aspectos essenciais que ajudam a formação dos futuros cidadãos e aprimorando para a sua vida social. Deste modo, a avaliação ocorrerá de forma diagnóstica, continua e acumulativa através de: prova escrita, prova oral, tarefas em classe e casa; trabalhos de pesquisas feito em casa, trabalho integrado (em grupo ou individuais) e a participação dos alunos e etc. 199 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O aluno que está inserido num processo contínuo de avaliação terá sempre revisto o conteúdo, no qual não tenha atingido os objetivos, proporcionando a ele a recuperação paralela, para que o mesmo sane as suas duvidas através de aulas diferenciadas com a retomada dos conteúdos e com acompanhamento individual. AVALIAÇÃO 5ª SÉRIE • Conheça os diferentes sistemas de numeração; • Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos; • Realize as operações fundamentais com números naturais; • Expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problemas que envolvam as operações; • Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e número misto; • Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais; • Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como sua operação inversa; • Relacione as potências e as raízes quadradas com padrões numéricos e geométricos. • Identificar o metro como unidade-padrão de medida de comprimento; • Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; • Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma; • Calcule o perímetro e área de figuras planas, usando unidades de medida padronizadas; • Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; 200 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Transforme uma unidade de medida de tempo em outra unidade de medida de tempo; • Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos, obtusos); • Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais. • Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada; • Reconheça e represente ponto, reta, plano, semi-reta e segmento de reta; • Determine perímetro de figuras planas; • Calcule área de figuras planas; • Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos; • Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada, identificando seus elementos. • Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e compilação de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam; • Resolva situações-problema que envolvam porcentagem e relacione-as com os números na forma decimal e fracionária. AVALIAÇÃO 6ª SÉRIE • Reconheça os conjuntos numéricos, suas operações e registro; • Compreenda os princípios aditivo e multiplicativo como propriedade da igualdade e desigualdade; • Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e a proporção como uma igualdade entre duas razões; 201 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais; • Compreenda o conceito de incógnita. • Identifique os diversos tipos de medidas e saiba aplicá-las em diferentes contextos; • Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi- los; • Calcule área de figuras planas; • Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos; • Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança, conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados. • Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; • Leia, interprete, construa e analise gráficos; • Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos; • Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples. AVALIAÇÃO 7ª SÉRIE • Identifique os elementos dos conjuntos dos números naturais, dos números inteiros, dos números racionais e irracionais; • Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação; • Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; • Compreenda, identifique e reconheça o número π (pi) como um número irracional especial; • Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações; 202 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam expressões algébricas. • Calcule o comprimento da circunferência; • Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo. • Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal; • Reconheça triângulos semelhantes, identifique e some seus ângulos internos, bem dos polígonos regulares; • Trace e reconheça retas paralelas num plano desenvolva a noção de paralelismo; • Realize cálculo de superfície e volume de poliedros; • Reconheça os eixos que constituem o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados e sua denominação (abscissa e ordenada); • Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais. • Represente uma mesma informação em gráficos diferentes; • Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados. AVALIAÇÃO 8ª SÉRIE • Opere com expoentes fracionários; • Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades para a sua simplificação; • Extraia uma raiz usando fatoração; • Identifique equações do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; 203 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; • Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica; • Identifique equações Irracionais; • Resolva equações biquadradas através das equações do 2ºgrau; • Utilize a regra de três composta em situações-problema. • Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo; • Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo retângulo. • Expresse a dependência de uma variável em relação à outra; • Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em relação ao sinal da função; • Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função; • Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da parábola em relação ao sinal da função; • Analise graficamente as funções afins; • Analise graficamente as funções quadráticas. • Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles; • Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-problema; • Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos; • Aplique o Teorema de Tales em situações-problema; • Realize cálculo da superfície e volume de poliedros; • Analise e discuta a auto-similaridade e a complexidade infinita de um fratal. 204 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problema que envolva contagens, aplicando o princípio multiplicativo. • Descreva o espaço amostral a um experimento aleatório; • Calcule as chances de ocorrência de um determinado o evento; • Resolva situações-problema que envolva cálculos de juros compostos. ENSINO MÉDIO A disciplina da matemática no ensino médio abarca temos como: números e álgebras, geometria, funções e tratamento de informações, grandezas e medidas. Todos estes temas devem ser trabalhados de forma que venha ajudar os alunos na compreensão dos fatos que ocorre no seu dia-a-dia e do mundo proporcionando a ele possibilidade de aplicar os conhecimentos já adquiridos e que possam adquirir na prática da sua vida e que ele seja parte integrante na sociedade na qual está inserido. Assim, seu ensino nesta fase tem como instrumento principal o campo da investigação e da produção de conhecimento, de natureza cientifica para que o estudante construa, através do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza diversas, visando à formação integral do ser humano, para se tornar cidadão, para que este ajude na transformação de sua sociedade. Para que isto seja possível é necessário que o aluno seja capaz de utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como a calculadora e o computador, de modo que possa compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e o uso correto dessas tecnologias para o maior aprimoramento dos conhecimentos matemáticos em situações diversas, beneficiando o desenvolvimento necessário para sua formação cientifica geral e 205 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR auxiliando na interpretação da ciência, além de desenvolver a capacidade de raciocínio. OBJETIVOS: • Estabelecer identificando semelhanças formas e diferenças bidimensionais entre ou objetos nos tridimensionais, espaços envolvendo descrições orais, construções ou representações. • Ler, interpretar e até produzir textos relacionados a Matemática, valorizando a Historia da Matemática e sua evolução. • Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficas, diagramas presentes em veículos de comunicação, fazendo análise critica e valorizando informação de diferentes origens. • Utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como calculadora e o computador e também os instrumentos de medidas. • Compreender e aplicar conceitos, procedimentos e conhecimentos matemática em diversas situações. • Desenvolver estratégias de resolução de problemas, facilitando a compreensão de conceitos matemáticos e também o raciocínio. • Compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas. • Observar e estabelecer conexões existentes entre diferentes tópicos da matemática podendo ser aplicados em outras áreas, procurar observar diferentes representações de um mesmo conceito. • Compreender e utilizar a precisão de linguagem e as demonstrações matemáticas, utilizando raciocínios dedutivos e indutivos, permitindo a 206 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR avaliação de conjecturas, além da compreensão de fatos conhecidos e sistematizados por meio de propriedades e relações. • Desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real, não só na interpretação do real e também na forma de intervenção quando for necessário. 1ª Série – Ensino Médio CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS ABORDAGEM TEÓRICOMETODOLÓGICO AVALIAÇÃO NÚMERO E ÁLGEBRA – Diversos tipos de funções. –Progressões aritméticas e geométricas. - Números Reais; - Sistemas lineares; - Matrizes e Determinantes; − Equações e inequações Exponenciais, logarítmicas e modulares. - Os conteúdos de Matemática no Ensino Médio, poderão ser abordados articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. - As tendências metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem encaminhamentos metodológicos e de aporte teórico para os conteúdos propostos neste nível de ensino, e também ressalta-se a relevância na utilização de recursos didáticos-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem. - Desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. - Objetivando uma formação - Amplie os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos; - Compreenda os números complexos e suas operações; - Conceitue e interprete matrizes e suas operações; - Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de determinante; - Identifique e realize operações com polinômios; - Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e modulares. - Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades; - Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos desconhecidos. - Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; - Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problema; − – Trigonometria. − Matrizes e Determinantes. Análise combinatória GRANDEZAS E MEDIDAS FUNÇÕES – Polinômios. - Medidas de área. - Medida de volume. - Medidas de grandezas e vetoriais. - Medidas de informática. - Medidas de energia. - Trigonometria. - Função Afim. - Função Quadrática. - Função Polinomial. - Função exponencial. -Função Logarítmica. 207 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR GEOMETRIA TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO -Função Trigonometrica. Função Modular. - Progressão Aritmética. - Progressão Geométrica. - Geometria Plana. - Geometria Analítica. - Geometria Espacial. - Geometria nãoeuclidiana. - Análise combinatória. - Binômio de Newton. - Estudo das probabilidades. - Estatística. - Matemática Financeira. científica geral, os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor poderá garantir ao aluno o avanço em estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas, das ciências e da própria ciência matemática. - Em relação as abordagens, destaca-se a análise e interpretação crítica para resolução de problemas não somente pertinentes a ciência matemática mas como nas demais ciências que em determinados momentos fazem uso da matemática. O contexto histórico e socio-cultural desde a antiguidade até a atualidade. - Destaca-se também os conteúdos Básicos: Medidas e grandezas vetoriais; de Energia e de Informática, tendo como objetivo a complementação e o entendimento dos demais conteúdos. - Realize análise gráfica de diferentes funções; - Reconheça, nas sequências numéricas, particularidades que remetam ao conceito das progressões aritméticas e geométricas; - Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica. - Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial; - Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geometria Analítica; - Perceba a necessidade das geometrias não- euclidianas para a compreensão de conceitos geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides; - Compreenda a necessidade das geometrias não- euclidianas para o avanço das teorias científicas; - Articule ideias geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa; - Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal (Geometria da superfície esférica). - Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica dos mesmos; - Realize cálculos utilizando Binômio de Newton; - Compreenda a ideia de probabilidade; - Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas; - Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana; Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra para a representação gráfica e vice-versa. 208 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 2ª Série – Ensino Médio Estruturante Números e Álgebra Geometrias Tratamento da Informação Específico 1. Matrizes - Matrizes especiais - Adição e subtração de matrizes - Multiplicação de um número por uma matriz - Multiplicação entre matrizes 2. Sistemas Lineares - Equação linear - Sistema linear - Solução de um sistema linear - Sistema linear escalonado 3. Determinantes - Determinante de ordem 2 - Determinante de ordem 3 - Discussão de um sistema linear 1. Geometria Espacial - Poliedros - Prisma e pirâmide - Corpos redondos 1. Análise Combinatória - Agrupamentos e métodos de contagem - Arranjo simples - Permutação simples e permutação com elementos repetidos - Combinação simples 2. Probabilidade - Conceito de probabilidade - Adição de probabilidades - Probabilidade condicional 3ª Série – Ensino Médio Estruturante Números e Álgebra Específico 1. Noções de números complexos - Conjunto dos números complexos 2. Polinômios - Grau de um polinômio 209 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Funções Geometrias Tratamento da Informação - Divisão de polinômios - Teorema do resto - Teorema de D'Alembert - Dispositivo de Briot-Ruffini 1. Funções - Função exponencial - Função logarítmica - Função modular 1. Geometria Analítica - Ponto e Reta - Formas da equação da reta, paralelismo e perpendicularismo - Equações da circunferência 2. Noções básicas de geometria não-euclidiana 1. Probabilidade - Conceito de probabilidade - Definição de probabilidade - Adição de probabilidades REFERÊNCIAS BRASIL/MEC. Lei de diretrizes e bases da educação LDB 9394/96. BRASIL. Secretariada educação fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Matemática: Brasília, 1998. Diretrizes curriculares de matemática para o ensino fundamental. SEED Curitiba, 2008. FILHO, Benigno Barreto e Silva, Cláudio Xavier da – Matemática aula por aula – volume único – São Paulo - FTD, 2000 LONGE, Adilson. Coleção Nova Didática – Matemática- Ensino Médio, Curitiba: Positivo, 2004 PARANÀ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para escola pública do Estado do Paraná. 3ª Edição Curitiba: SEED, 2008. TAHAM, Malba. Matemática divertida e curiosa. São Paulo, 2002. 210 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR BIOLOGIA A biologia abrange todo o conhecimento relativo aos seres vivos, desde os mecanismos que regulam as atividades vitais até as relações que eles estabelecem entre si e com o ambiente em que vivem. Dotada de profundo dinamismo, continuamente renovada e enriquecida por novas descobertas científicas, a biologia é umas das mais importantes áreas do conhecimento atual. Os conhecimentos por ela proporcionados deverão contribuir não apenas para o desenvolvimento tecnológico, mas também para o desenvolvimento da consciência de cidadania das atitudes de valorização da vida e da solidariedade entre os povos. Os conteúdos básicos a serem trabalhados durante as séries do Ensino Médio podem ser elencados da seguinte forma: Citologia, Histologia, Embriologia, Biodiversidade, relações entre os seres vivos e entre os seres vivos e o meio ambiente, Aspectos fisio-morfológicos dos seres vivos, Genética, Evolução. OBJETIVOS DA DISCIPLINA • Compreender a natureza como um todo dinâmico, sendo o ser humano parte integrante e agente de transformações do mundo em que vive, as relações essenciais com os demais seres vivos e outros componentes do ambiente; • Identificar relações entre conhecimento científico, produção de tecnologia e condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica; • Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problema reais a partir de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática o conhecimento adquirido; 211 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Saber utilizar conhecimentos científicos básicos associados a energia, matéria, transformações, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida; • Valorizar o trabalho em grupo, sendo capaz de ação crítica e cooperativa para a construção coletiva do conhecimento; • Compreender a tecnologia como meio para suprir necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daquelas prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem. Conteúdos Estruturantes Citologia, Histologia, Embriologia, Biodiversidade, relações entre os seres vivos e entre os seres vivos e o meio ambiente, Aspectos fisio-morfológicos dos seres vivos, Genética, Evolução. Conteúdos Básicos − − − − − − − − − − − − − Abordagem Teórico Metodológica Em concordância com a Diretrizes e bases curriculares do ensino de biologia a abordagem dos conteúdos deve permitir a interação dos quatro conteúdos estruturantes de modo que ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e caracterizando-os, seja possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a Classificação extinção das espécies e nomenclatura o surgimento natural e dos seres induzido de novos vivos: critérios seres vivos. Deste taxonômicos e modo, a abordagem do filogenéticos; conteúdo classificação Os Moneras; dos seres vivos não se Os Protistas; restringe a um Os Fungos; conteúdo estruturante. Ao adotar esta O Reino Animal (morfofisiologia abordagem pedagogicamente, o comparada); Ecologia; Características dos seres vivos; O método científico; Compostos inorgânicos e orgânicos; Organização celular dos seres vivos; Consumo de energia pelos seres vivos; reprodução, a continuidade da vida; Os tecidos. Avaliação A avaliação apresenta várias funções e, portanto deve apresentar várias características, a avaliação deve ser um processo contínuo, deve ser funcional, orientadora e integral. Os alunos devem ser observados continuamente, isso não significa a ausência de avaliações formais e sim que esses momentos deixam de ser os únicos responsáveis pela aferição de uma nota ou conceito aos alunos. Os materiais que serão utilizados para acompanhamento dos progressos dos alunos serão os seguintes: - exercícios em sala; exercícios em casa; apresentações orais, como teatros, seminários, recortes de jornais e revistas; - trabalhos em grupos; - discussões coletivas; 212 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR − − − − O Reino das Plantas (morfofisiologia comparada). Genética – Introdução; − Cálculos de probabilidade; − Primeira Lei de Mendel; − Segunda Lei de Mendel; − Heredrograma; − Alelos Múltiplos; − Grupos Sanguíneos; − Genes letais e sub letais; − Genes holândricos; − Pleitropia; − Interação gênica; − Mapas cromossômicos ; − Teorias sobre a origem da vida; − Evolução: − Lamarckismo; − Darwinismo; − Neodarwinismo ; Evidências da evolução início do trabalho poderia ser o conteúdo específico organismos geneticamente modificados, partindose da compreensão das técnicas de manipulação do DNA comparando-as com processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funciomamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo inclusive a célula seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do debates; − participação em sala; − avaliações formais; − e qualquer outra forma de observação que o professor julgar válida. 213 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, evolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem. CONTEÚDOS POR SÉRIE: 1ª série: ORIGEM DA VIDA: para o homem entender a formação da primeira célula e do primeiro organismo, os cientistas formularam algumas teorias tais como: Teoria da Abiogênese, Teoria da Biogênese, Hipótese Autotrófica e Heterotrófica, para facilita o entendimento serão explicados as experiências de Redi, Pasteur, Aristóteles e a Criação Divina; ASPECTOS FÍSICO QUÍMICO DA CÉLULA: saber da importância do conteúdo celular e seus principais elementos, desde o mais abundante ao de menos conteúdo na célula. Carbono hidrogênio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloro, magnésio, flúor, ferro, zinco, bromo. As principais substâncias são: água, proteínas, gorduras e carboidratos, etc; CITOLOGIA: O aluno terá entendimento que todos os seres vivos são compostos de células que ela é a menos porção da matéria viva. Ter conhecimento do numero de célula ( unicelulares). Saber distinguir a célula vegetal e animal seu conteúdo, envoltório e organização. Saber da existem de dois tipos básicos da célula: a procariótica e a eucariótica; IMPORTÂNCIA DO NÚCLEO E A DIVISÃO CELULAR: o conteúdo do núcleo e seu 214 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR envoltório a divisão celular como a Mitose e Meiose e suas faces (prófase, metáfase, anáfase, telófase (Meiose I e II); EMBRIOLOGIA: O aluno saberá que sem a divisão celular não ocorrerá com a formação do embrião, então a Embriologia é estudada para saber do organismo desde sua fecundação até seu nascimento. Os anexos embrionários também fazem parte do organismo e serão necessários para a sua sobrevivência; HISTOLOGIA: É o estudo dos diferentes tipos de tecidos e que entram em harmonia como funcionamento do organismo. Tecido Epitelial (revestimento e glandular), tecido conjuntivo, tecido nervoso, muscular, ósseo e outros; ECOLOGIA: É o estudo da integração dos seres vivos e não vivos com o meio ambiente, é o relacionamento entre os seres vivos de mesma espécie diferentes. Entre os relacionamentos temos: predatismo, parasitismo, competição, mutualismo, sociedade, etc. 2ª série: No segundo ano temos a CLASSIFICAÇÃO E NOMENCLATURA DOS SERES VIVOS E OS REINOS: Monera, Fungos, Protista, Animais e Vegetais. No reino Monera temos sua classificação, fisiologia e sua patologia (doenças causadas pelas bactérias) que são: cólera, difteria, tuberculose, desinteria, etc.; VÍRUS: Organismo não enquadrados em nenhum reino é um microorganismo causador de algumas doenças tais como: Aids, meningite, caxumba, hepatite, gripe, etc.; PROTISTAS: protozoários e algas; NOMENCLATURA, CLASSIFICAÇÃO ANIMAIS: Peixes, Anfíbios , Répteis, Aves, Mamíferos; VEGETAIS: Superiores, Inferiores. 3ª série: GENÉTICA: Estudo dos genes, Primeira Lei de Mendel, Dominância Incompleta e co-dominância, pleiotropia, alelos múltiplos, grupos sanguíneos ABO, herança do sistema ABO, sistema Rh; SEGUNDA LEI DE MENDEL: formação dos gametas, interações gênicas, epistasia; SEXO E HERANÇA (determinação cromossômica do sexo), herança ligada ao sexo, herança restrita ao sexo; EVOLUÇÃO: Idéias Evolucionistas (Darwin e Lamarck), Mutações, aberrações cromossômicas, processo evolutivo, irradiação adaptativa, homologia e analogia; 215 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR FISIOLOGIA: O funcionamento dos vários sistemas: Digestório, circulatório (cardiovascular), excretor, nervoso (integração e coordenação), Reprodução (sistema reprodutor) gametas, controle hormonal, gestação, parto, amamentação, anticoncepção, masturbação e doenças cromossômicas, processo evolutivo, irradiação adaptativa, homologia e analogia; vários sistemas: Digestório, circulatório FISIOLOGIA: O funcionamento dos (cardiovascular), excretor, nervoso (integração e coordenação), Reprodução (sistema reprodutor) gametas, controle hormonal, gestação, parto, amamentação, anticoncepção, masturbação e doenças.Classificação, fisiologia e sua patologia (doenças causadas pelas bactérias) que são: cólera, difteria, tuberculose, desinteria, etc.; VÍRUS: Organismo não enquadrados em nenhum reino é um microorganismo causador de algumas doenças tais como: Aids, meningite, caxumba, hepatite, gripe, etc.; PROTISTAS: protozoários e algas; NOMENCLATURA, CLASSIFICAÇÃO ANIMAIS: Peixes, Anfíbios , Répteis, Aves, Mamíferos; VEGETAIS: Superiores, Inferiores. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: Em concordância com a Diretrizes e bases curriculares do ensino de biologia a abordagem os conteúdos deve permitir a interação dos conteúdos estruturantes de modo que ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e caracterizando-os, seja possível também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo classificação dos seres vivos não se restringe a um conteúdo estruturante. 216 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ao adotar esta abordagem pedagogicamente, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico organismos geneticamente modificados, partindo-se da compreensão das técnicas de manipulação do DNA comparando-as com processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo inclusive a célula seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, evolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem. AVALIAÇÃO A avaliação apresenta várias funções e, portanto deve apresentar várias características, a avaliação deve ser um processo contínuo, deve ser funcional, orientadora e integral.ARANÀ. Secretaria de Estado da Educação. Currículo Básico para escola pública do Estado do Paraná. 3ª Edição Curitiba: SEED, 1990. 217 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os alunos devem ser observados continuamente, isso não significa a ausência de avaliações formais e sim que esses momentos deixam de ser os únicos responsáveis pela aferição de uma nota ou conceito aos alunos. Os materiais que serão utilizados para acompanhamento dos progressos dos alunos serão os seguintes: • exercícios em sala; • exercícios em casa; apresentações orais, como teatros, seminários, recortes de jornais e revistas; • trabalhos em grupos; • discussões coletivas; • debates; • participação em sala; • avaliações formais; • e qualquer outra forma de observação que o professor julgar válida. 218 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. Ed. FTD. Moreira, Maria. Aprendizagem significativa. Brasília. Ed. Universidade de Brasília, 1999. MEDINA, João Paulo. A Educação Física Cuida do Corpo e “Mente”: Bases para Renovação e Transformação da Ed. Física. 10ª ed. Campinas,SP. Papirus, 1992. PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Ed. Ática. Edição reformulada. SOARES, José Luis. Biologia Volume Único. Ed. Scpione 2ª edição. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Biologia Para Educação Básica. Curitiba, 2008. 219 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR FÍSICA A Física tem como objeto de estudo o universo em toda a sua complexidade. Por isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza. O olhar sobre a natureza tem origem em tempos remotos, provavelmente período paleolítico, na tentativa humana de resolver seus problemas de ordem prática e garantir sua subsistência. Os avanços tecnológicos e científicos, as mudanças culturais, sociais, econômicas e políticas contribuíram efetivamente para mudanças de concepções da Física, pois sabemos que toda a construção social acarreta mudanças significativas, embora observa-se resistência a qualquer mudança. Atualmente, consideramos que a Física é um campo de conhecimentos específicos, em construção e socialmente reconhecidos. Por isso, não aceitamos a generalidade, pois essa cultura de busca de princípios gerais e abrangentes, tal qual o espírito positivista, é um dos obstáculos ao desenvolvimento do conhecimento científico, capaz de levar o espírito científico a se prender às soluções fáceis, imediatas e aparentes. Entende-se, então, que a Física deve educar para a cidadania contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão de conhecimento para o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu comprometimento e envolvimento com estruturas que representam seus aspectos. 220 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A cinemática; física dinâmica; oportuniza aos termologia; estudantes termodinâmica; o conhecimento óptica; da: eletricidade; eletrodinâmica; eletromagnetismo. OBJETIVOS • Compreender enunciados referentes a códigos e símbolos físicos; • Ler e interpretar manuais de instalação e utilização de aparelhos; • Interpretar e utilizar tabelas, gráficos e relações matemáticas gráficas para a expressão do saber físico; • Expressar-se adequadamente, utilizando a linguagem física adequada de elementos de sua representação simbólica; • Conhecer fontes de informações e formas de obter informações relevantes, sabendo interpretar notícias científicas; • Elaborar sínteses ou esquemas estruturados dos temas físicos trabalhados; • Desenvolver a capacidade de investigação física: classificar, organizar e sistematizar; • Identificar regularidades; • Conhecer e utilizar conceitos físicos; • Descobrir como funcionam os aparelhos do dia-a-dia, compreendendo a Física presente no mundo, nos equipamentos e os procedimentos tecnológicos; • Relacionar o conhecimento físico com o conhecimento de outras áreas do saber científico; • Reconhecer a importância da Física no sistema produtivo, compreendendo a evolução dos meios tecnológicos e sua relação dinâmica com a evolução do conhecimento científico. 221 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEÚDOS POR SÉRIE • 1ª série: CINEMÁTICA: Introdução à Física, Corpo Extenso e Ponto material, Trajetória, Espaço, Deslocamento, Velocidade Média, Aceleração Média, Movimento Uniforme, Movimento Variado; DINÂMICA: Leis de Newton, Trabalho e Energia, Conservação do Movimento, Impulso e Quantidade de Movimento. • 2ª série: TERMOLOGIA: Dilatação Térmica, Calorimetria, Termometria; TERMODINÂMICA: Energia, Primeiro Princípio da Termodinâmica, Segundo Princípio da Termodinâmica, Ciclo de Carnot; ÓPTICA: Princípios da Óptica Geométrica, Reflexão da Luz, Refração da Luz. • 3ª série: ELETRICIDADE: Carga Elétrica, Eletrização de um corpo, Processos de Eletrização, Força Elétrica, Campo Elétrico, Trabalho e Potencial Elétrico; ELETRODINÂMICA: Corrente Elétrica, Resistência Elétrica, Leis de Ohm, Associação de Resistores, Circuitos Elétricos; ELETROMAGNETISMO: Fenômenos Magnéticos, Campo Magnético, Experiência de Oersted, Força Magnética. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem facilitar a ação do professor. É importante dar ao ensino de Física, novas dimensões. Os temas centrais devem ser trabalhados buscando-se a interdisciplinaridade. Assumindo para o ensino de Física o pressuposto fundamental que considera a ciência como uma produção cultural, um objeto humano construído 222 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR e produzido nas e pelas relações sociais e, a partir desse pressuposto, entendemos que durante as aulas de Física serão utilizadas as possíveis metodologias: • Utilização de textos de revistas, artigos científicos ou de jornais; • Debates dos textos; • Realização de experiências simples para a demonstração de conceitos científicos; • Aulas expositivas; • Seminários apresentados pelos alunos; • Uso de vídeos didáticos; • Visitas técnicas programadas; • Resolução de Exercícios e Problemas envolvendo conceitos físicos relacionados no dia-a-dia; • Projetos interdisciplinares, envolvendo os conceitos físicos. AVALIAÇÃO Nessa perspectiva de trabalho, a avaliação passa a ter como objetivo fundamental fornecer informações sobre o processo de ensino- aprendizagem como um todo, informando não apenas o aluno sobre seu desempenho em Física, mas também o professor sobre sua prática em sala de aula. Desse modo, a avaliação sabe subsidiar o trabalho pedagógico, redirecionando o processo de ensino aprendizagem, sempre que necessário. Durante as aulas de Física, a avaliação consistirá nos seguintes procedimentos: • Observação na participação do aluno durante todo o processo ensino aprendizagem; • Envolvimento e participação do aluno nas aulas práticas; • Desenvolvimento do estudante na apresentação dos seminários; 223 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Análise dos trabalhos individuais e em equipe; • Correção dos Exercícios e Problemas; • Participação dos alunos na resolução dos exercícios e problemas; • Provas escritas; • Oralidade do estudante; • Recuperação dos conteúdos não assimilados. REFERÊNCIAS BONJORNO. Regina A: et al. “Física Completa”. Volume único. 2 ed. Ed. FTD. São Paulo, 2001. PARANÁ / SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, 2008. PARANÁ / SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO / SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio (versão preliminar). Curitiba: SEED, Julho 2008 224 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR QUÍMICA Com base nas novas diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o ensino da Química é muito importante porque tem por objetivo de tornar o desafio de despertar, gradual e naturalmente, cada vez mais o educando a curiosidade e o conhecimento científico, estimulando-o a interagir com os outros colegas e o meio, isto é, a Química é um dos vários instrumentos que interligam as pessoas com tudo aquilo que está ocorrendo no mundo neste exato momento. Além disso, a Química, assim como outra ciência, não está limitada somente nas pesquisas de laboratório e a produção industrial, ao contrário, está presente na nossa vida e é parte importante dela, isto é, quando escolhemos os produtos mais apropriados para uma alimentação, quando os cozinhamos e lavamos os utensílios ou quando ingerimos um medicamento, estamos lançando a mão de princípios, conceitos e reações de Química. Certamente, a partir da interpretação científica daquilo que ocorre no mundo à sua volta, bem como dos conhecimentos adquiridos nas áreas das ciências humanas e dos valores que norteiam sua conduta como indivíduo, de modo consciente, sobre essas e inúmeras questões, para tanto contribuindo para que os alunos tenham a melhor visão possível, global e crítica, do que ocorre em nosso planeta (meio ambiente). Deste modo, o ensino de Química tem como função primordial proporcionar ao aluno, a construção de uma base conceitual que possibilite uma visão de conjunto da Química, abordando temas articulando a construção do conhecimento químico e sua aplicação a problemas sociais, ambientais e tecnológicos. Além dista, visa também contribuir para a melhoria da educação em nossa escola e para a formação de cidadãos aptos a participar e transformar nossa sociedade, preservar o ambiente e lutar pela melhoria da qualidade de vida de todos 225 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR os brasileiros e procurar entender como os alunos constroem conceitos químicos e quais são as principais dificuldades a serem superadas no processo de ensino e aprendizagem. OBJETIVOS: • Proporcionar ao aluno, a construção de uma base conceitual que possibilite uma visão de conjunto da Química, abordando temas e articulando a construção do conhecimento químico e sua aplicação a problemas sociais, ambientais e tecnológicos; • Contribuir para a melhoria da educação em nossa escola e para a formação de cidadãos aptos a participar e a transformar nossa sociedade, preservar o ambiente e lutar pela melhoria da qualidade de vida de todos os brasileiros; • Procurar entender como os alunos constroem conceitos químicos e quais são as principais dificuldades a serem superadas no processo de ensino e aprendizagem. CONTEÚDOS POR SÉRIE 1ª série: Matéria e energia; Fenômenos Físicos e Químicos; Misturas e separação de misturas; Iniciação às atividades científicas; Átomos; Alotropia; Isotopia; Elementos Químicos; Substâncias simples e compostas; Estrutura Atômica; Thomson; Rutherford; Atual; Tabela de Linus Pauling; Classificação Periódica; Propriedade periódica; Ligações Químicas; mica orgânica; Funções orgânicas; Nomenclaturas, Isomeria. 226 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 2ª série: Funções inorgânicas; Introdução: conceitos ácidos (base de Arrhenius, Bronsted – Lowry e Lewis); Funções: ácidos, bases, sais, óxidos, nomenclatura e propriedades; Reações químicas; classificação das reações, ocorrências e balanceamento; Principais reações e tipos de reações químicas e Leis das reações químicas; Leis ponderais; Cálculo químicos de fórmulas e estequiométrico; soluções; Dispersões, soluções concentração das soluções, equivalente – grama, normalidade, diluição da soluções, mistura das soluções. 3ª série: Soluções e misturas das soluções; Termoquímica; Reações endotérmicas e exotérmicas; Entalpia de reações; Lei de Hess; Cinética Química; Fatores que influem nas velocidades das reações; Concentração, temperatura, pressão e catalisador; Equilíbrio Químico (homogêneo e heterogêneo); Equilíbrio ácido-base4 pH e pOH; Hidrolise solução tampão pronto de solubilidade; Eletroquímica; Pilha de Daniell, potencial de oxidação e dedução; Eletrolise, reação nucleares. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Considerando a sala de aula como um organismo social, com cultura e identidades próprias, na qual se realizam ações entre as pessoas como diferentes visões de mundo, infelizmente ainda hoje utilizamos modelos arcaicos de ensino de Química, métodos tradicionais como: aulas expositivas, uso sistemático dos livros didáticos, resolução de listas de problemas, no qual se traduzem em exercícios matemáticos com respostas prontas. Desta forma faz com que o ensino de Química se transforme num ensino livresco, difícil, chato e descontextualizado, deixando assim a Química de ser um instrumento para a compreensão de mundo. O ensino de Química deve facilitar a leitura do mundo, e é claro que isso não acontece sabendo de fórmulas ou decorando reações. E é preciso 227 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR metodologias que desenvolvam no aluno a capacidade de “ver” a Química que ocorre nas múltiplas situações reais, que se apresentam modificadas a cada momento. O ensino de Química, ao lado de ser instrumentalizador para o trabalho, a escola de ensino médio deve facilitar o ingresso do jovem ao mercado de trabalho. Vários fatores contribuíram para a atual situação do ensino de química nas escolas estaduais, entre eles: professores desestimulados por vários fatores; carga horária semanal insuficiente a grade curricular, estrutura inadequada ao ensino de química nas escolas (falta de laboratórios e de reagentes adequados a estrutura educacional; falta de técnicos qualificados). Seria utópico implemento de metodologia mais modernas para o ensino médio de Química, como: uso de laboratórios para atividades práticas; visitas e conhecimentos sobre os sistemas de produção químico; pesquisas em grupo sobre meio ambiente (crescimento sustentável); desenvolver aulas com visão crítica a partir de artigos de jornais, revistas e periódicos; filmes. Desta forma teremos um ensino mais criativo e produtivo, que se atenda a comunidade através de serviços, ações e lideranças comprometidas nas transformações condições sociais perversas, que limitam a cidadania das pessoas e a soberania da nação. AVALIAÇÃO A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho, com as finalidades de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, com como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor. A avaliação deve: 228 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Dar condições para que seja possível ao professor tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem; • Proporcionar dados que permita ao estabelecimento de ensino promover a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino; • Possibilitar novas alternativas para o planejamento do estabelecimento de ensino e do sistema de ensino como um todo. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular deste estabelecimento de ensino. Entretanto, estamos cientes que esta deve incidir sobre o desempenho do aluno em diferentes situações de aprendizagem, utilizando técnicas e instrumentos diversificados, sendo vedada a avaliação em que os alunos são submetidos a uma só oportunidade de aferição. A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem a comparação com os parâmetros indicados pelos conteúdos de ensino, evitando-se comparação dos alunos entre si. Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos qualitativos da aprendizagem, considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos, dando-se relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização. Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua, permanente e cumulativa, obedecendo à ordenação e a seqüência do ensino e da aprendizagem, bem como à orientação do currículo. Na avaliação serão considerados os resultados obtidos durante o período letivo, num processo contínuo, cujo resultado final venha incorporá-los, expressando a totalidade do aproveitamento escolar, tomado na sua melhor forma. 229 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS ATKINS, P.: JONES, L. Princípios de Química. Porto Alegre. RS, Artimed, 2001. CHASSOT, A.I. Catalisando Transformações na Educação. Ijuí, RS. Unijuí, 1993. EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares de Quimica para o Ensino Médio. Curitiba: SEED, Julho 2008 230 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR FILOSOFIA JUSTIFICATIVA GERAL/ ESPECÍFICAS DOS CONTEÚDOS Importância e Finalidade; Espera-se que o estudante possa compreender na complexidade do mundo contemporâneo - com suas múltiplas particularidades e especializações - os conteúdos básicos dos conteúdos estruturantes, e que pense e problematize tais conteúdos suscitados e investigados. Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá o trabalho com conteúdos básicos e poderá formular suas respostas demonstrando sua capacidade de criar conceitos para resolver problemas, quando toma posições, argumenta – escrita e oralmente. Portanto, terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado deverá ser avaliado pelo próprio estudante e pelo professor. 1.1) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: MITO E FILOSOFIA Importância e finalidade; O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamento por figuras; e a base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve suas ideias, cria sistemas, inventa e elabora leis, códigos, práticas. Entender a conquista da autonomia da racionalidade (LOGOS) diante do mito marca o advento de uma etapa fundamental na história do pensamento e do 231 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história humana. 1.2) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: TEORIA DO CONHECIMENTO Importância e finalidade; Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade e a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo. 1.3) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: ÉTICA Importância e finalidade; Investiga os fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa um dos grandes problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e a norma (universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores e das ações: razão ou paixões/desejos. A ética possibilita a problematização, análise e crítica de valores como: virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade, autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência, analisando a relação entre os meios e os fins. 1.4) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: POLÍTICA Importância e finalidade; Discutir as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupar-se com a investigação sobre a necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo. 232 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Problematizar conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão. 1.5) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: CIÊNCIA Importância e finalidade; É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendêlas. 1.6) JUSTIFICATIVA ESPECÍFICA: ESTÉTICA Importância e finalidade; Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo mesmo é o objeto do conhecimento desse conteúdo. Voltada principalmente para a beleza e a arte, a estética está intimamente ligada à realidade e às pretensões humanas do dominar, moldar, representar, reproduzir, completar, alterar, apropriar-se do mundo enquanto realidade humanizada. Também estão em questão as diferentes concepções sobre a arte, as relações entre arte e pensamento, arte e mercado, arte e sociedade. • OBJETIVO GERAL As justificativas contemplam os objetivos. 233 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • CONTEÚDOS ESTRUTURANTES 1º ANO Mito e filosofia Teoria do conhecimento 2º ANO Ética Filosofia política 3º ANO Filosofia da ciência Estética CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Possibilidade do conhecimento; As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método; Conhecimento e lógica; O que é conhecimento? As diferenças de conhecimento na filosofia? Ética e moral; Pluralidade ética; Ética e violência; Razão, desejo e vontade; Liberdade: autonomia do sujeito. Ética e poder? Relações entre comunidade e poder; Liberdade e igualdade política; Política e ideologia; Esfera pública e privada; Cidadania formal e/ou participativa; Formas de poder; Concepções de ciência; A questão do método científico; Contribuições e limites da ciência; Ciência e ideologia; Ciência e ética; Diferenças entre ciência e filosofia; O que é filosofia da ciência?Ciência e poder; 234 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEÚDOS BÁSICOS Protágoras e Górgias (os sofistas e o relativismo); Sócrates: o método para a verdade; Sócrates (a origem das ideias); Platão (doxa e episteme); Aristóteles (dos sentidos à intelecção); Descartes (cogito); Lei é lei: Sócrates e Platão; Aristóteles (hábitos e virtudes); Aristóteles (amizade e a justiça); Spinoza (Ética); Sartre (Liberdade) Sofocracia: Platão; Aristóteles (o zoon politikon); Rousseau (o bom selvagem); Hobbes (o lobo do homem); Maquiavel (poder acima de tudo); A matemática como fundamento da ciência: Galileu Galilei; Descartes (método); Pascal (a razão limitada); Popper (a ciência progride); Khun (progressos e paradigmas); ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO • Mobilização: nesse procedimento incitamos os estudantes, propiciamos o contato inicial com a ideia que iremos investigar, é o momento de baixar suas defesas, quebrar seus preconceitos e dogmas, etc., sem, no entanto, sufocá-lo com os textos, sempre densos, conforme todo texto filosófico é; • Problematização: nesse procedimento evidenciamos a idéia e o conteúdo que iremos estudar sempre os destacando de maneira desafiadora e reflexiva, colocando o conhecimento do estudante em conflito, instaurando a crise, colocando-o na posição em que o filósofo se pôs para pensar o assunto; • Investigação: aqui buscamos/ oferecemos as fontes referenciais e os métodos de pesquisa para aprender o conteúdo estudado, desde a mobilização e a problematização até a criação conceitual; • Criação ou trabalho conceitual: nesse procedimento verificamos continuamente o quanto o estudante se apropriou do conteúdo (mobilizado, problematizado e investigado) estudado; através dos instrumentos de avaliação podemos checar e intervir para que o aprendizado aconteça efetivamente e o conceito seja criado significativamente. 235 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR AVALIAÇÃO PRODUÇÃO DE TEXTOS E QUESTÕES SUBJETIVAS. • Produzir textos atendendo às circunstâncias. • Expressar as ideias com clareza. • Elaborar argumentos consistentes; • Produzir textos respeitando o tema; • Estabelecer relações entre as partes do texto; ATIVIDADES DE INTERPRETAÇÃO: • Houve compreensão das idéias; • Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula; • O reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso e sua capacidade de uso como forma de demonstrar sua apropriação conceitual; DEBATES E APRESENTAÇÃO ORAL • O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; • A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. AVALIAÇÃO /RECUPERAÇÃO Avaliação/recuperação contínua, formativa e interventiva, pois, sua função é o aprendizado, sempre. CRITÉRIOS E INSTRUMENTOS: 5.1) ATIVIDADE DE LEITURA COMPREENSIVA DE TEXTOS A avaliação da leitura de textos é uma das possibilidades para que o professor verifique a compreensão dos conteúdos abordados em aula, analisando o conhecimento prévio do estudante e aquele adquirido na Educação Básica. Assim, o 236 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR professor deve considerar algumas situações para esse tipo de avaliação: a escolha do texto, o roteiro de análise e os critérios de avaliação. Os textos utilizados para leitura devem se referir ao conteúdo e à discussão atual apresentada em aula. São importantes a adequação ao nível de ensino, bem como à faixa etária do estudante. A escolha criteriosa dos textos é relevante para não se perder o foco do conteúdo abordado, de modo a permitir, com a reflexão e a discussão, a ampliação dos horizontes de conhecimento. Neste contexto são necessários critérios que possibilitem avaliar os conhecimentos dos estudantes, de forma clara e adequada, na especificidade de cada disciplina. Ao avaliar a leitura dos estudantes o professor deve considerar se: • Houve compreensão das ideias presentes no texto, com o estudante interagindo com o texto por meio de questionamentos, concordâncias ou discordâncias; • O estudante, ao falar sobre o texto, expressou suas ideias com clareza e sistematizou o conhecimento de forma adequada; • Foram estabelecidas relações entre o texto e o conteúdo abordado em sala de aula. Observação importante: Na inclusão desta atividade no Portal, o grupo deverá apresentar as questões que serão feitas para avaliar a compreensão do texto pelo estudante. PROJETO DE PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 237 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O Projeto de pesquisa bibliográfica, para os estudantes da Educação Básica, constitui-se numa consulta bibliográfica que tem como finalidade proporcionar ao estudante o contato com o que já foi escrito ou pensado sobre o tema que ele está pesquisando. Esse contato, entretanto, não poderá se resumir à mera cópia. O estudante precisa construir esse conhecimento e, para isso, não é suficiente que se dê para ele o título da pesquisa. O projeto de pesquisa bibliográfica demanda do professor o papel de orientador. Isso requer que o professor conheça o acervo da Biblioteca Escolar, tanto os livros quanto periódicos ou outros materiais, para poder fazer indicações de leituras para os estudantes. Além da Biblioteca Escolar, o professor pode e deve indicar artigos ou textos, e mesmo sites, ampliando o leque de opções de leitura para que o estudante tenha subsídios de qualidade para fundamentar a produção de seu texto. A solicitação de uma pesquisa exige enunciados claros e recortes precisos do que se propõe ao estudante. Passos para uma consulta bibliográfica: Contextualização Significa abordar o tema de forma a identificar a situação, o contexto (espaço/temporal) no qual o problema a seguir será identificado. É uma introdução ao tema. Problema Uma questão levantada sobre o tema, uma situação problema, apresentados de forma clara, objetiva e delimitando o foco da pesquisa na busca de solução para o problema. Justificativa Argumentar sobre a importância da pesquisa para o contexto em que estudantes e professores encontram-se inseridos. Revisão bibliográfica/ consulta bibliográfica 238 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR É o texto escrito pelo estudante, a partir das leituras que fez. Na escrita, o estudante deve remeter-se aos textos lidos, através de citações ou paráfrases, referenciandoos adequadamente. PRODUÇÃO DE TEXTO As atividades de produção escrita devem considerar a característica dialógica e interativa da linguagem e o processo interlocutivo. Isso significa compreender que a linguagem – e, por conseguinte, os textos – se constroem justamente nas práticas de linguagem que se concretizam nas atividades humanas. O texto de Física, de História, de Matemática, ou de quaisquer das disciplinas são construídos, assim, na esfera de um agir/interagir humano e, por isso mesmo, coletivo, social. Além disso, qualquer texto produzido é sempre uma resposta a outros textos, está sempre inserido num contexto dialógico. É preciso considerar, então, as circunstâncias de produção dos textos que são solicitados ao estudante para que ele possa assumir-se como locutor e, desta forma, conforme propõe Geraldi (1997), ter o que dizer; razão para dizer; como dizer, interlocutores para quem dizer. As propostas de produção textual precisam “corresponder àquilo que, na verdade, se escreve fora da escola – e, assim, sejam textos de gêneros que têm uma função social determinada, conforme as práticas vigentes na sociedade” (ANTUNES, 2003, pp.62-63). Há diversos gêneros, nas diferentes disciplinas da Educação Básica, que podem e devem ser trabalhados em sala de aula para aprimorar a prática de escrita numa abrangência maior de esferas de atividade. Na prática da escrita, há três etapas articuladas: • Planejar o que será produzido, tendo em vista a intenção; • Escrever a primeira versão sobre a proposta apresentada; 239 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Revisar, reestruturar e reescrever o texto, na perspectiva da intencionalidade definida. AVALIAÇÃO: • Produzir textos atendendo às circunstâncias de produção (gênero, interlocutor, finalidade, etc.); • Expressar as ideias com clareza (coerência e coesão); • Adequar a linguagem às exigências do contexto de produção, dandolhe diferentes graus de formalidade ou informalidade, atendendo especificidades da disciplina em termos de léxico, de estrutura; • Elaborar argumentos consistentes; • Produzir textos respeitando o tema; • Estabelecer relações entre as partes do texto; • Estabelecer relação entre a tese e os argumentos elaborados para sustentá-la. PALESTRA/ APRESENTAÇÃO ORAL A apresentação oral é uma atividade que possibilita avaliar a compreensão do estudante a respeito do conteúdo abordado; a qualidade da argumentação; a organização e exposição das ideias. Tanto pode ser a apresentação oral de um trabalho que foi escrito como pode ter a forma de uma palestra, logicamente adequada em questões como tempo de duração (Não se vai pedir a um estudante da Educação Básica que pronuncie uma palestra de grande duração, esgotando as possibilidades de um conteúdo). 240 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os critérios de avaliação inerentes a essa atividade são: • Conhecimento do conteúdo; • Argumentos selecionados; • Adequação da linguagem; • Sequência lógica e clareza na apresentação; • Produção e uso de recursos; DEBATE É no debate que podemos expor nossas ideias e, ouvindo os outros, nos tornarmos capazes de avaliar nossos argumentos. Mas, para que isso ocorra, é preciso garantir a participação de todos. Na tentativa de assegurar a ética e a qualidade do debate, os participantes devem atender as seguintes normas, que se constituem em possíveis critérios de avaliação: 1. Aceitar a lógica da confrontação de posições, ou seja, existem pensamentos divergentes; 2. Estar dispostos e abertos a ultrapassar os limites das suas posições pessoais; 3. Explicitar racionalmente os conceitos e valores que fundamentam a sua posição; 4. Admitir o caráter, por vezes contraditório, da sua argumentação; 5. Buscar, na medida do possível, por meio do debate, da persuasão e da superação de posições particulares, uma posição de unidade, ou uma maior aproximação possível entre as posições dos participantes; 6. Registrar, por escrito, as ideias surgidas no debate. Além disso, o debate possibilita que o professor avalie: O uso adequado da língua portuguesa em situações formais; O conhecimento sobre o conteúdo da disciplina envolvido no debate; A compreensão sobre o assunto específico debatido e sua relação com o conteúdo da disciplina. 241 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ATIVIDADES COM TEXTOS LITERÁRIOS Ao utilizar textos literários como recurso de aprendizagem, o professor poderá, entre várias possibilidades, enriquecer as discussões acerca do conteúdo que está sendo discutido; apresentar o conteúdo no contexto de outra linguagem; utilizá-lo como metáfora do que está sendo exposto. O trabalho com o texto literário passa por três momentos necessários para sua efetivação: a escolha do texto, a elaboração da atividade em si (seja através de questões, seja por um roteiro de leitura), os critérios de avaliação. Na escolha do texto, o professor deve atentar para adequação do mesmo, tanto no que tange ao nível de ensino do estudante, quanto à faixa etária do mesmo, ou ainda a linguagem utilizada. Na elaboração da atividade, o professor deverá considerar a especificidade de sua disciplina, porém, vale lembrar que dela poderão resultar trabalhos escritos, orais ou expressos por meio de recursos artísticos tais como colagens, charges, gravuras, etc. A atividade com o texto literário possibilita que o professor avalie • A compreensão e interpretação da linguagem utilizada no texto; • A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o texto literário lido. • O reconhecimento dos recursos expressivos específicos do texto literário. ATIVIDADES A PARTIR DE RECURSOS AUDIOVISUAIS Os recursos audiovisuais permitem situações de ensino/aprendizagem que podem enriquecer o trabalho com os conteúdos das disciplinas. O trabalho com filmes, documentários, músicas, teatro, HQs (histórias em quadrinhos), entre outros, demanda a pesquisa do professor sobre o recurso a ser levado para os estudantes. 242 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Qualquer que seja o recurso escolhido, é preciso considerar que o conteúdo abordado naquela mídia não está didatizado, vem apresentado em linguagem específica e com intencionalidade diferente daquela que existe na escola. A didatização do conteúdo cabe ao professor. As atividades efetivadas com os recursos audiovisuais possibilitam que o professor avalie, entre outros critérios: A compreensão e interpretação da linguagem utilizada; A articulação do conceito/conteúdo/tema discutido nas aulas com o conteúdo apresentado pelo audiovisual ou construído pelo estudante; O reconhecimento dos recursos expressivos específicos daquele recurso e sua capacidade de uso como forma de demonstrar sua apropriação conceitual; TRABALHO EM GRUPO O objetivo do trabalho em grupo é desenvolver dinâmicas com pequenos grupos, na tentativa de proporcionar, aos estudantes, experiências que facilitem o processo de aprendizagem. A perspectiva para o trabalho em grupo é aquela em que as ações pedagógicas envolvam o estudante, seja nas tarefas realizadas por seu grupo, seja na definição de atitudes que promovam uma interação social; é aquela em que as ações de um estudante o conduzem a compartilhar conhecimento, contribuindo de forma significativa para a sua aprendizagem. Nesta prática pedagógica, as ações do professor são as de um orientador que acompanha o trabalho do grupo e que, na medida da necessidade, redireciona as atividades. Quando se considera que os estudantes se aproximam do objeto de estudo de formas e com intensidades diferentes, a realização do trabalho em grupo apresentase como ocasião de enriquecimento desta aproximação, tendo em vista o trabalho coletivo. Além disso, perguntas ou observações que muitos estudantes não colocam para o professor, são socializadas no grupo. 243 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O trabalho em grupo pode ser proposto a partir de diferentes atividades, sejam elas, escritas, orais, gráficas, corporais, construção de maquetes, painéis, mural, jogos e outros, abrangendo os conhecimentos artísticos, filosóficos e científicos. Nessas atividades, o professor pode avaliar se cada estudante: Demonstra os conhecimentos formais da disciplina, estudados em sala de aula, na produção coletiva de trabalhos na sala de aula ou em espaços diferenciados; Compreende a origem da construção histórica dos conteúdos trabalhados e sua relação com a contemporaneidade e o seu cotidiano. QUESTÕES DISCURSIVAS Essas questões fazem parte do cotidiano escolar dos estudantes e possibilitam verificar a qualidade da interação do estudante com o conteúdo abordado em sala de aula. Uma questão discursiva possibilita que o professor avalie o processo de investigação e reflexão realizado pelo estudante durante a exposição/discussão do conteúdo, dos conceitos. Além disso, a resposta a uma questão discursiva permite que o professor identifique com maior clareza o erro do estudante, para que possa dar a ele a importância pedagógica que tem no processo de construção do conhecimento. Este tipo de questão exige resposta clara, concisa e completa e estas características decorrem da compreensão que o estudante tenha sobre o conteúdo abordado pela questão e de sua capacidade de análise e síntese, uma vez que escrever muito não garante uma resposta completa. Alguns critérios devem ser considerados: • Verificar se o estudante compreendeu o enunciado da questão. Se não houve esta compreensão, é preciso considerar se está havendo falha na leitura do estudante ou se o próprio enunciado carece de clareza e objetividade. 244 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Observar, quando for o caso, se o estudante planejou a solução, e se essa tentativa foi adequada. • Capacidade do estudante se comunicar por escrito, com clareza, utilizando-se da norma padrão da língua portuguesa. • Observar se houve a sistematização do conhecimento de forma adequada. Na elaboração destas questões o professor deve apresentar um enunciado de forma clara, com qualidade e linguagem adequada. O bom planejamento da questão, o grau de dificuldade e os critérios previamente considerados são pontos importantes que constituem o processo de avaliação. QUESTÕES OBJETIVAS Este tipo de questão deverá ser utilizado como um componente da avaliação, nunca deve ser aplicado como o único ou principal meio avaliativo, pois seu principal objetivo é a fixação do conteúdo. Uma questão objetiva deve apresentar um enunciado objetivo e esclarecedor, usando um vocabulário conceitual adequado, possibilitando ao estudante a compreensão do que foi solicitado. Para a construção desse tipo de questão o professor não deve desconsiderar um bom planejamento, ou seja, definir o grau de dificuldade de cada questão direcionada para cada série com vistas a não cometer injustiças. A questão objetiva possibilita que se avalie a leitura compreensiva do enunciado; a apropriação de alguns aspectos definidos do conteúdo; a capacidade de se utilizar de conhecimentos adquiridos. 245 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS ___________________. Textos básicos de ética: de Platão a Foucault. RJ: Jorge Zahar editor, 2007, 2ª ed. _______________. A linguagem do afeto: como ensinar virtudes e transmitir valores. Campinas, SP: Papirus, 2005. BAMBERGER, Richard. Como incentivar o hábito de leitura. SP: Ed. Ática, 2006. 7ª edição. BARBOSA, Alexandre. Como usar quadrinhos na sala de aula. SP: Contexto, 2008. 3ª ed. 2ª reimpressão. BATLLORI, Jorge. 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Portanto, os pilares educacionais colocados pela UNESCO, e as necessidades sociais inseridas no cotidiano tornam a Sociologia indispensável na formação do ser humano. A Sociologia é uma área do conhecimento humano, no Ensino Médio ela irá possibilitar uma visão ampla dos vários acontecimentos da vida social, sejam eles relativos à economia, à política ou à esfera simbólica e cultural, propiciando ao aluno uma visão integrada da vida social e humana, permitindo dessa forma, a compreensão global de sua intervenção enquanto agente da história. A Sociologia trata-se de uma disciplina de extrema importância para a formação do aluno como um cidadão pleno e atuante em sua sociedade. Os conteúdos estruturantes podem ser trabalhados tendo como eixo as teorias, os conceitos ou os temas. Entretanto, independente de qual caminho metodológico ser percorrido é importante ressaltar a necessidade de uma prática fundamentada pela pesquisa a fim de que os alunos tenham uma compreensão global dos conteúdos abordados, estabelecendo relações com a realidade social na qual estão inseridos. Faz-se necessário também à exploração de estratégias diversificadas como a utilização da mídia, análise de textos sociológicos, visitas etc. 249 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Deste modo, propomos como exemplo abordar cada autor tendo como objetivo conhecer sua teoria, contextualizando-o no tempo e no espaço, conhecendo suas idéias e como estas estão presentes em nosso cotidiano, o que pensam sobre conceitos que compõem o pensamento sociológico (conteúdos específicos). Deste modo, o ensino da Sociologia tem como objetivo principal auxiliar o aluno na compreensão de nossa sociedade e suas contradições através do estudo dos principais temas, conceitos e autores clássicos. OBJETIVOS: O ensino de Sociologia tem por objetivo compreender a sociedade, sua gênese e transformação como um processo aberto, ainda que historicamente condicionado e os múltiplos fatores que nelas intervém, como produtos das contradições que alimentam a ação humana; a si mesmo como protagonista agente social; e os processos sociais como orientadores da dinâmica da conflitualidade dos interesses dos diferentes grupos sociais. Esta compreensão depende do contato do aluno com teorias que se propõem a explicar processos e relações sociais constituintes de nosso tempo para que sejam desnaturalizadas práticas e saberes prévios. Tal abordagem, além de apresentar os pensamentos fundantes da sociologia, responsáveis por inaugurar o entendimento da dimensão social da realidade, propicia que se estabeleçam relações entre esses clássicos e as discussões sociológicas mais recentes e contribui para a análise crítica da realidade social, de forma a: • Entender as transformações sociais que deram origem à Modernidade e o contexto que irá propiciar o nascimento da Ciência Social; 250 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Pensar sobre a necessidade e importância das Ciências Sociais, mais especificamente a Sociologia como instrumento de reflexão e de transformação social; • Compreender a sociedade como algo em constante transformação os mecanismos e processos que fazem parte deste mecanismo. • Entender que a ação individual e de grupos de indivíduos só podem ser compreendidas nas inter-relações recíprocas e identificar as ações dentro de cada grupo específico; • Compreender que o individuo só pode ser compreendido quando situado num contexto social e histórico. • Compreender que o trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples até as mais complexas e que este é realizado e valorizado de formas diferentes nas diversas sociedades; • Conhecer e mudança na concepção de trabalho no decorrer da construção da sociedade capitalista: as diversas formas de organização co trabalho. • Compreender as relações que estão estabelecidas no mundo capitalista; • Estabelecer as diferenças e relações entre o Capitalismo e Socialismo. CONTEÚDOS POR SÉRIE 1º ano Conteúdos básicos Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; 251 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A questão do método sociológico e as principais correntes sociológicas • Augusto Comte e o pensamento positivista • Durkheim e o estudo dos fatos sociais. • O pensamento marxista e o estudo das classes sociais. • A analise compreensiva de webwer e a ação social. Conceitos fundamentais da Sociologia • Processo de Socialização e as Instituições Sociais • Formação dos grupos humanos, interrelações e transformações. • Contato, interação e grupos sociais • Comunidade, sociedade e controle social Cultura e Indústria Cultural • Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; • Diversidade cultural; • Identidade; • Indústria cultural; • Meios de comunicação de massa; • Sociedade de consumo; • Indústria cultural no Brasil; • Questões de gênero; • Cultura afro-brasileira e africana; • Cultura indígena. 252 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 2º ano Cultura e dominação: • A questão do gênero. • Ética, cidadania e as relações interpessoais. • O multiculturalismo. Poder, Política e Ideologia • Formação e desenvolvimento do Estado Moderno; • Democracia, autoritarismo, totalitarismo • Conceitos de Poder; • Conceitos de Ideologia; • Globalização e Neoliberalismo; • Conceitos de dominação e legitimidade; • As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. Trabalho, Produção e Classes Sociais • • Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sociais Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; • Relações de trabalho; • Trabalho no Brasil. Direito, Cidadania e Movimentos Sociais • Direitos: civis, políticos e sociais; • Direitos Humanos; • Conceito de cidadania; • Movimentos Sociais; • Movimentos Sociais no Brasil; 253 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; • A questão das ONG's. Questões e problemas sociais da contemporaneidade. • Violência • Marginalidade • Massificação das drogas • Meio ambiente 3º ano A história da formação do pensamento sociológico brasileiro • Origens do século XIX à Revolução de 1930 • A década de 1930 e o surgimento da analise sociológica brasileira • A contribuição dos principais teóricos brasileiros A questão do método da pesquisa cientifica e a pesquisa social • Os valores sociais • A questão religiosa • O problema étnico racial Dependência e desenvolvimento • A questão da Amazônia • Ecologia, biodiversidade e bioética Sociedade e tecnologias • A tecnologia transformando as relações sociais • Internet e meios de comunicação de massa 254 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Tecnologia estético corporal • Consumismo Modernidade e sociedade • A modernidade enquanto processo civilizatório • A modernidade social: os direitos civis, políticos, sociais e a questão da cidadania • A modernidade como emancipação ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e obras literárias. Esses encaminhamentos podem, também, ser enriquecidos se lançarmos mão de recursos audiovisuais que, assim como os textos, também são passíveis de leitura. A utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os alunos relacionem a teoria com sua prática social, possibilitando a construção coletiva dos novos saberes. Cabe à Sociologia, a pesquisa de campo, quando viável, deve ser proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade social do aluno. 255 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e contextualizações propostas. Essa prática deve permitir que os conteúdos estruturantes dialoguem constantemente entre si e permitir, também, que o conhecimento sociológico dialogue com os conhecimentos específicos das outras disciplinas que compõem a grade curricular do Ensino Médio. Problematização, contextualização e análises, a partir da leitura de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e recursos audiovisuais. Utilização de filmes, imagens, músicas e charges. AVALIAÇÃO A avaliação partirá de um conjunto de procedimentos investigativos que possibilitem à intervenção do educador, devendo a mesma ocorrer durante todo o processo ensino-aprendizagem, possibilitando ao educando perceber o que aprendeu e o que ainda precisa aprender. O educador deverá estabelecer critérios claros de avaliação e considerar indicadores que possam assegurar avanço em relação a esses critérios. Os educandos serão avaliados por diferentes instrumentos formais e não formais (provas, trabalhos individuais e em grupo, participação em atividades orais e escritas, produções de texto, leituras, oralidade, tarefa, seminários, pesquisas e apresentações), que após efetuada a devida correção, de acordo com a especificidades de acordo com as especificidades de cada conteúdo, a mesma deverá ser retornada ao educando, como forma de retomar os conteúdos não assimilados ou para efetuar o feedback, oralmente ou por escrito dependendo do caso, a fim de garantir a aprendizagem dos conteúdos. 256 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A avaliação será concebida e utilizada a favor da aprendizagem do aluno sendo acompanhada pelo professor que proporá atividades e realizará intervenções, na forma de recuperação paralela dos conteúdos. Ao final do bimestre será atribuído ao educando, de acordo com as atividades efetuadas, um juízo de valor transformado em nota de 0 a 100. REFERÊNCIAS ADORNO, T. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural. In: COHN, G. (Org.). Comunicação e indústria cultural. 5.ed. São Paulo: T.A.Queiroz, 1987. BOTTOMORE, T.(Ed.). Dicionário do pensamento marxista. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1988. BOUDON, R. O lugar da desordem. Lisboa: Gradiva, 1990. BOURDIEU, P. O Camponês e seu corpo. In: Revista de Sociologia e Política. Curitiba, 26 p. 83-92. jun.2006. 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E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS OBJETIVO DA OFERTA DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A Educação de Jovens e Adultos (EJA) tem como uma das finalidades, a oferta de escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-pedagógicas coletivas e/ou individuais. A educação de jovens e adultos exige um processo de inclusão que considere como base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Desse contexto emerge o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos (SANTOS, 2004). 260 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nesse contexto, a EJA ofertada no Colégio Estadual “Dom Geraldo Fernandes”, de acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, como modalidade educacional que atende educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos: a) O compromisso com a formação humana e com o acesso à cultural geral, de modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, adotem atitudes éticas, atuem na esfera política de forma comprometida, valendo-se para tanto, do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral; b) Fornecer subsídios para que se afirmem como sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os educandos-trabalhadores possam aprender permanentemente, refletir criticamente, agir com responsabilidade individual e coletiva, participar do trabalho e da vida coletiva, comportar-se de forma solidária, acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais, enfrentar e solucionar problemas novos de forma original, ágil e rápida, a partir da utilização adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos. EDUCANDO DA EJA O perfil do educando para a Educação de Jovens e Adultos atendido no Colégio Estadual “Dom Geraldo Fernandes” remete a mesma população constituída por aqueles que estão na faixa de atendimento preconizada nas Diretrizes Curriculares da Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Constituído das seguintes características: a) educandos acima de 15 anos para ingresso no Ensino Fundamental e acima de 18 anos para o Ensino Médio; 261 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR b) jovens, adultos e idosos que não obtiveram escolarização, ou não deram continuidade aos seus estudos por fatores, muitas vezes alheios a sua vontade; c) jovens e adultos que precisam de escolarização formal tanto por questões pessoais, quanto pelas exigências do mundo do trabalho. d) pessoas que buscam a escola para desenvolver ou ampliar seus conhecimentos, bem como tem interesse em outras oportunidades de convivência social e realização pessoal. e) educandos com necessidades especiais. CARACTERIZAÇÃO DO CURSO Os cursos ofertados pela EJA nesta instituição são caracterizados por estudos presenciais que contemplam o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no decorrer do processo. Tais cursos são desenvolvidos de modo a viabilizar os seguintes processos pedagógicos: pesquisa e problematização na produção do conhecimento; desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar; registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias, ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos conhecimentos; vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido. 262 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A concretização satisfatória desse processo depende da organização de planos de estudos e atividades desenvolvidos por esta instituição de ensino, bem como da disponibilização de Guias de Estudos aos educandos para que tenham acesso a todas as informações sobre a organização da modalidade. Dessa forma, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, faz-se necessário que o processo de ensino e aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos esteja em consonância com o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural; possibilite o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça; considere os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos – cultura, trabalho e tempo. A mediação pedagógica determina-se com base na priorização do encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação professor-educandos e considerando-se os saberes adquiridos na história de vida de cada educando. Ensino Fundamental – Fase II Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais, sociais, econômicos e deles usufruírem. Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita a continuidade dos estudos para o Ensino Médio. Ensino Médio 263 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução nº 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica. EDUCAÇÃO ESPECIAL A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual, priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos. Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades educativas especiais decorrentes de: 1. deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva; 2. condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos; É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem e participação de todos os alunos. 264 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências, mas, também, de condições sócio-culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar. Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um aprenda, resguardando-se suas singularidades. FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004). Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA, as relações entre cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua 265 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR função antropológica - que considera e valoriza a produção humana ao longo da história. Nesse contexto, evidencia-se a percepção de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos. É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos, considerando os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de suas características. E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná: I. A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos formais; II. O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com o conhecimento; III. Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade, considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, dentre outros; IV. A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social; 266 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR V. O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, por outro lado, deve propiciar uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estejam articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do conhecimento. Sendo assim, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber: • Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem; • Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos; • O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos; • Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da cidadania e do trabalho; • Fornecer subsídios para que os educandos tornem-se ativos, criativos, críticos e democráticos; Logo, concluí-se que o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-se exclusivamente a uma característica etária e sim a articulação desta modalidade com a diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo, em privação de liberdade, com 267 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos. CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sócio- cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às suas práticas diárias. Nesta perspectiva o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino. Portanto, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos historicamente construídos e o respeito às suas especificidades. Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica, passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes. Porém, embora a EJA tenha adotado os conteúdos curriculares abordados nas diretrizes, conforme acima citado, salienta-se que a organização 268 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR metodológica das práticas pedagógicas dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo. Esses eixos devem integrar-se tendo como propósito a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação de fatos, conceitos, ideias, princípios e informações. O que se espera é que propiciem a compreensão e a aquisição cognoscitiva, além de estarem intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares propostos para a Educação Básica. EIXOS ARTICULADORES DO CURRÍCULO NA EJA: CULTURA, TRABALHO E TEMPO Das reflexões feitas no processo de elaboração das Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, identificaram-se os eixos cultura, trabalho e tempo como articuladores de toda ação pedagógico-curricular. Esses eixos foram definidos a partir da concepção de currículo, como processo de seleção da cultura e do perfil do educando da EJA. A cultura compreende a forma de produção da vida material e imaterial e compõe um sistema de significações envolvido em todas as formas de atividade social (WILLIANS, 1992). Por ser produto da atividade humana, não se pode ignorar sua dimensão histórica. Na EJA o período de escolarização é definido por um tempo singular de aprendizagem, bem diversificado, tendo em vista a especificidade dessa modalidade de ensino que considera a disponibilidade de cada um para a dedicação aos estudos. 269 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O tempo e o espaço são aspectos da cultura escolar. Portanto, fazem parte da ação pedagógica, regulam e disciplinam educandos e educadores de diversas formas, conforme a escola ou mesmo conforme cada sistema educacional. ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve considerar os três eixos articuladores concebidos para as Diretrizes Curriculares: cultura, trabalho e tempo, que deverão estar inter-relacionados. Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista que dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo. Portanto, é necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo, compartilhando e sistematizando as experiências vividas pela comunidade escolar, estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para a (re)construção de seus saberes. Conforme analisa Sacristàn (1996, p. 34), ao falar de cultura e currículo na escolarização, é preciso estabelecer não apenas as relações entre ambos os termos, considerando que a cultura diz respeito a conteúdos, processos ou tendências externas à escola e o currículo a conteúdos e processos internos. A cultura, entendida como prática de significação, não é estática e não se reduz à transmissão de significados fixos, mas é produção, criação e trabalho, sob uma perspectiva que favorece a compreensão do mundo social, tornando-o inteligível e dando-lhe um sentido. Para Silva (2000b, p.12) “o currículo, como o conhecimento e a cultura, não pode ser pensado fora das relações de poder”, pois é produzido nas interações sociais. As relações entre cultura, conhecimento e currículo oportunizam uma proposta pedagógica estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, 270 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR tornando-a mais próxima da realidade. Tal valorização propicia o exercício de sua função socializadora, promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando, e sua função antropológica, que considera e valoriza a produção humana ao longo da história. O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas desenvolvidas ao longo da vida. É fruto da atividade humana intencional que busca adaptar-se às necessidades de sobrevivência. Para Andery (1998), a interação homem-natureza é um processo permanente de mútua transformação. A criação de instrumentos, a formulação de ideias e formas específicas de elaborá-las são características identificadas como eminentemente humanas. Assim, a sociedade se organiza de forma a produzir bens necessários à vida humana, uma vez que as relações de trabalho e a forma de dividi-lo e de organizá-lo compõem sua base material. Nesse contexto, compreender que o educando da EJA se relaciona com o mundo do trabalho e que por meio dele busca melhorar sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos pela humanidade significa contemplar, na organização curricular, discussões relevantes sobre a função do trabalho e suas relações com a produção de saberes. Além dos já citados, a escola deve ter como princípio metodológico um terceiro eixo, conforme preconizado pelas Diretrizes Curriculares da EJA, que consiste em valorizar os diferentes tempos necessários à aprendizagem do educando. Assim, devem ser considerados os saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e como aquelas típicas dos movimentos sociais, das comunidades indígenas, dos privados de liberdade, das comunidades ribeirinhas, dos portadores de necessidades especiais, dos trabalhadores sazonais. Portanto, considerar o tempo também como um dos eixos implica compreender suas variantes: o tempo escolar e o tempo pedagógico. Tempo escolar diz respeito ao estabelecido pelo calendário e suas práticas; é mecânico, passível de ser medido e nele impera a hora-relógio. 271 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O tempo pedagógico tem sentido de tempo vivido, uma vez que enfoca o tempo de formação e o autoconhecimento do educando. Ao priorizar a qualidade da aprendizagem, tende a adequar ao tempo escolar essas suas necessidades educativas. A organização do trabalho pedagógico na escola, que inclui os sujeitos da prática educativa, necessita ser pensada em razão da articulação entre o tempo pedagógico e o tempo escolar. Desse modo, o caráter coletivo da organização escolar permite maior segurança ao educador da EJA que, em sua ação formadora, toma para si a responsabilidade de adiantar-se ao tempo vivido pelo educando, criando espaços interativos, propondo atividades que lhe propiciem o pensar e a compreensão de si mesmo, do outro e do mundo. Para adaptar o tempo escolar às necessidades dos educandos, o mesmo precisa ser organizado de forma que lhes possibilite transitar pela estrutura curricular, de acordo com o seu tempo próprio de construção da aprendizagem. A interação entre os conhecimentos apreendidos deve torná-los significativos às práticas diárias dos educandos e permitir que constituam uma rede integradora entre os conteúdos nas diferentes áreas do conhecimento e as estratégias de investigação da realidade. CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE CONTEÚDOS NA EJA O primeiro critério para selecionar os conteúdos e as práticas educativas é dar relevância aos saberes escolares frente à experiência social construída historicamente. A escola necessita perguntar-se sobre a procedência e importância dos saberes por ela mediatizados e, ao mesmo tempo, avaliar sobre as possibilidades dos saberes transpostos didaticamente para as situações escolares repercutirem no contexto social mais amplo, uma vez que é próprio do processo educativo reelaborar, de modo singular, o saber já constituído. 272 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os conhecimentos escolares necessários a uma educação de qualidade devem possibilitar ao educando(a) tanto bom desempenho no mundo imediato como análise e a transcendência das tradições culturais do(a) aluno(a). Cabe destacar, no entanto, que definições de relevância que restringem as pessoas às suas origens são equivocadas. Relevância precisa ser definida em termos do potencial que certos conhecimentos e processos educacionais possuem de tornar as pessoas capazes de compreender o papel que devem desempenhar na mudança de seus ambientes e no desenvolvimento de seus países (MOREIRA, 2003, p.20). O segundo critério para a seleção dos saberes e das práticas pedagógicas tem a ver com os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto aos educandos. Tais processos devem enfatizar o pensar e promover a interação entre os saberes docentes e discentes na busca de conteúdos significativos. A atividade escolar possui maior valor pedagógico se estiver associada ao pensamento reflexivo. O educador deve perceber o que o educando sabe e o que precisa saber, conhecendo-o no conjunto: profissão, religião, desejos, anseios, características e ideologias, por meio do diálogo e da observação permanentes. O terceiro critério refere-se à organização do processo de ensino e aprendizagem, dando ênfase às atividades que permitem integrar os diferentes saberes. Estas devem estar fundamentadas em valores éticos, favorecer o acesso às diversas manifestações culturais, articular as situações relacionadas na prática escolar com a prática social, além de privilegiar uma diversidade de ações (experiências, projetos, entre outras) integradas entre as disciplinas escolares, a partir de um quadro conceitual (categorias e idéias) e um quadro instrumental (aula expositiva, pesquisa, demais instrumentos), a fim de tornar vivos e significativos os conteúdos selecionados. O quarto critério para a seleção de conteúdos e práticas refere-se às possibilidades de articular singularidade e totalidade no processo de conhecimento 273 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR vivenciado pelos educandos. Os conteúdos selecionados devem refletir os amplos aspectos da cultura, tanto do passado quanto do presente, assim como as possibilidades futuras, identificando mudanças e permanências inerentes ao processo de conhecimento na sua relação com o contexto social. Considera-se que tais conteúdos são essenciais porque transcendem o contexto particular dos educandos e lhes assegura acesso ao conhecimento em termos políticos, econômicos, científicos, ético-sociais, dentre outros, o que contribui para a formação da consciência histórica e política dos educandos. Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas sejam flexíveis, com procedimentos que possam ser alterados, adaptados às especificidades da comunidade escolar. Para Freire (1996), a necessidade de uma pedagogia libertadora implica superar uma tradição pedagógica mecanicista e apolítica do processo de conhecimento na escola, uma vez que percebe e valoriza as diversidades culturais dos educandos como parte integrante do processo educativo. A atuação do educador da EJA é fundamental para que os educandos percebam que o conhecimento tem a ver com o seu contexto de vida, que é repleto de significação. Os docentes se comprometem, assim, com uma metodologia de ensino que favorece uma relação dialética entre sujeito-realidade-sujeito. Se esta relação dialética com o conhecimento for de fato significativa, então as metodologias escolhidas foram adequadas. Desse modo, é possível perceber que as metodologias de ensino, relativas à atividade docente e ao modo de organização/estruturação do currículo prescrito, desempenham importante papel para o êxito do processo de ensino e aprendizagem. Esse êxito será tanto maior quanto o espaço escolar estiver entendido e vivido de modo democrático e comprometido com a superação de preconceitos e 274 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR desigualdades, com diálogo entre grupos sociais diversos e, sobretudo, tendo o interesse coletivo como valor fundamental. Nas considerações ora apresentadas, propõe-se a organização de um modelo pedagógico próprio para esta modalidade de ensino da Educação Básica, que propicie condições adequadas para a satisfação das necessidades de aprendizagem dos educandos nas suas especificidades, tendo em vista que a seleção de conteúdos e as respectivas metodologias para o seu desenvolvimento representam um ato político, pedagógico e social. PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO Concepção de Avaliação A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação não pode ser um processo meramente técnico; exige o domínio de conhecimentos e técnicas com o uso, dentre outros, de critérios claros e objetivos. 275 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Cada vez mais, o sistema educacional deve estar orientado para ser agente concretizador de mudanças comprometidas com os interesses das classes populares, as quais buscam uma progressiva autonomia com participação, especialmente para que se reduza a exclusão social. Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma projeção de metas definidas pela comunidade escolar, conforme um processo gradual de mudanças que tenham como fim o aperfeiçoamento da avaliação escolar, devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada educando para que, com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa expectativa de reformular a prática de fato e de direito implica algumas reflexões no tocante ao que se tem e ao que se almeja conseguir. Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis pedagógica deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania. A avaliação educacional nesse Estabelecimento Escolar segue as orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, pautada nos seguintes princípios: - investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; - contínua: permite a observação permanente do processo de ensino e aprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; - sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; 276 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando; permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos - conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como, do trabalho pedagógico da escola. Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta diária de 04 (quatro) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo de ensino e aprendizagem. Considerando-se que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida efetivo do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização. A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como: provas escritas; trabalhos práticos; debates; seminários; experiências e pesquisas; participação em trabalhos coletivos e/ou individuais; atividades complementares propostas pelo professor, que possam promover a aprendizagem dos educandos, bem como avaliar os conteúdos desenvolvidos. É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas será analisado pelo educando e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica. Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas 277 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR a) As avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade educativa. b) Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros instrumentos avaliativos adotados durante o processo de ensino, conforme descrito no Regimento Escolar. c) A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução nº 3794/04 – SEED e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual. d) O educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos. e) Para os educandos que cursarem 100% (cem por cento) da carga horária da disciplina, a média final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero). f) Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam assegurados a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando. 278 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR g) O educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver. Recuperação de Estudos A oferta da recuperação de estudos significa conceber o erro como hipótese de construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem, possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo de ensino e aprendizagem, considerando-se a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. A recuperação será organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem do educando. Dessa forma, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme previsto no Regimento Escolar. Aproveitamento de Estudos O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de estudos. 279 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Classificação e Reclassificação Para o processo de classificação e reclassificação o Colégio Estadual “Dom Geraldo Fernandes” utilizara o previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar. SISTEMATIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS NA EJA O currículo escolar é concebido através da história do desenvolvimento da humanidade, a partir da necessidade do domínio da natureza para o bem estar do homem e determinado pelas consequências desta ação que contraditoriamente cria soluções e problematiza a sua perpetuação. Organizado de maneira que venha facilitar a estruturação em sequências lógicas, cronológicas que crie oportunidades dos alunos aprenderem num tempo e ritmo adequados ao seu desenvolvimento, favorecendo o aspecto cognitivo de cada educando, respeitando a sua história e seu conhecimento de senso comum de modo que venha possibilitar a sua passagem para o conhecimento científico permanentemente sendo construído, não apenas através da planificação, mas também através da prática em que se estabelece o diálogo entre professores e educandos e demais sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. As diretrizes de cada uma das disciplinas de tradição curricular apresentam os fundamentos teórico-metodológicos, a partir dos quais definem-se os rumos da disciplina, seja no que se refere ao tratamento a ser dado aos conteúdos 280 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR por meio dos procedimentos metodológicos e avaliativos, seja na orientação para a seleção dos conteúdos e de referencial bibliográfico. Dessa forma, o conjunto proposto pela dimensão histórica da disciplina, os fundamentos teórico-metodológicos, os conteúdos estruturantes, o encaminhamento metodológico, a avaliação e a bibliografia constituem as Diretrizes Curriculares para a Educação Básica e orientam a Proposta Pedagógica Curricular da Educação de Jovens e Adultos, cujos conteúdos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio serão especificados a seguir: DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos que propõem o compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural, à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado na concepção sociointeracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais. Nesse sentido, a escola esta sendo entendida como um espaço onde se produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação intelectual, cognitiva e política, por meio de pesquisas, leituras, estudos que favoreçam o respeito aos diferentes falares e aos saberes próprios da cultura do educando, preparando-o para produção de seu próprio texto, oral ou escrito, adequando às exigências dos diversos contextos sociais. 281 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O trabalho pedagógico proposto para as práticas de linguagem está fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a linguagem como interação. VYGOTSKY (1989) dedicou-se a estudos sobre a origem cultural das funções superiores do ser humano, isto é o funcionamento psicológico, a partir da interação social e da relação linguagem-pensamento. Por isso, propõe que se estudem as mudanças ocorridas no desenvolvimento mental, inserindo o indivíduo em um determinado contexto cultural, a partir da interação com os membros de seu grupo e de suas práticas sociais. Para esse autor, a cultura é uma espécie de palco de negociações. Seus membros estão em movimentação constante de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significados. Nessa mesma direção, BAKHTIN (2003) afirma que os seres humanos apreendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam com o outro, atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício efetivo da linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a partir de temáticas do cotidiano, com ênfase na polifonia, dialogismo e polissemia. O primeiro constitui as diversas vozes do discurso oral e escrito; o segundo, consiste na interação do “eu” com o “outro”; por último, a polissemia, que compreende os diferente significados da palavra, de acordo com a vivência sociocultural de cada sujeito. As ideias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de que a prática pedagógica deve se dar através de uma relação dialógica, entre os sujeitos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. Para FREIRE, a relação pedagógica consiste no diálogo entre educador e educando, como sujeitos mediatizados pelo mundo. As propostas teóricas dos autores citados valorizam o processo interativo como espaço de construção dos sentidos do texto, confrontando situações a partir do contexto histórico, político, filosófico, social, entre outros. 282 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nessa perspectiva, GERALDI (2001, p.41) identifica, historicamente, três concepções de linguagem: como expressão do pensamento, destacada nos estudos tradicionais; como instrumento de comunicação; como uma forma de interação humana. A linguagem como interação propõe estudar as relações que se constituem entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente estabelecer classificações e dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto de estudo da língua deve ser o texto oral e escrito produzido nas diversas situações de interação social. A partir desses pressupostos, Val (1993, p. 3) estabelece como propriedades do texto, a unidade sociocomunicativa – interação social e a unidade semântica – em que a coerência é o fator responsável pela unidade formal e material, ou seja “pode-se definir texto ou discurso como ocorrência linguística falada ou escrita, de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica ou formal”. Essa autora afirma que, para o texto ser compreendido, precisa ser avaliado sob três aspectos: o pragmático, que se pontua em situação informal e comunicativa; o semântico, que depende da coerência; e o formal, que diz respeito à coesão. Ainda de acordo com a autora, “a textualidade é o conjunto de características que fazem com que um texto seja um texto, e não apenas uma sequência de frases” (VAL, 1993 p. 5). Embasada em Beaugrande e Dressler, Val relaciona sete fatores responsáveis pela textualidade de um discurso qualquer: coerência, coesão, intencionalidade, aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade. Portanto, pode-se afirmar que o texto em suas diferentes formas de apresentação ou gêneros, se constrói no aspecto sociocomunicativo por meio dos fatores pragmáticos funcionais, em constante interação entre os sujeitos. 283 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os gêneros, segundo BAKHTIN (1997, p. 179), são caracterizados pelo conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, que em uma esfera de utilização apresentam tipos relativamente estáveis de enunciados, tais como o conto, o relato, o texto de opinião, a entrevista, o artigo, o resumo, a receita, a conta de luz, os manuais, entre outros. A escolha do gênero depende do contexto imediato e, consequentemente, da finalidade a que se destina, dos destinatários e do conteúdo. O trabalho com a diversidade de gêneros textuais possibilita o confronto de diferentes discursos sobre a mesma temática e ainda, permite uma metodologia ”interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento da língua e para as atividades culturais e sociais” (MARCUSCHI, 2005 p. 18). Além disso, contribui para que o educando perceba a organização e os elementos de construção dos diferentes gêneros ou tipos textuais para que o educando possa reconhecer a finalidade, as características e produzir textos, seja do tipo narrativo, descritivo, argumentativo ou expositivo, entre outros. A enunciação é dotada de tema e significação. O tema dá sentido na realização da enunciação, uma vez que ele é determinado não só pelas formas linguísticas, mas também pelos elementos não verbais da situação. Segundo Bakhtin (1986, p. 132) “toda palavra usada na fala real possui não apenas tema e significado no sentido objetivo, de conteúdo, desses termos, mas também um acento de valor ou apreciativo, isto é, quando um conteúdo objetivo é expresso (dito ou escrito) pela fala viva, ele é sempre acompanhado por um acento apreciativo determinado. Sem acento apreciativo não há palavra”. O tema e a significação indicam as particularidades de estilo e composição do enunciado, esclarecendo a que gênero pertence o texto, se é composto por um ou por diferentes tipos de discurso, considerando um acento de valor, ou seja, “convém discernir igualmente o grau de firmeza ideológica, o grau de autoritarismo e de dogmatismo que acompanha a apreensão do discurso” Bakhtin 284 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR (1986, p. 149). Nesse enfoque há que se considerar o contexto de produção e o conteúdo temático que o sujeito utiliza para produzir um texto, envolvendo os três mundos distintos, interiorizados por ele: o mundo físico, o mundo social e o mundo subjetivo, assim, o contexto de produção ou a situação comunicativa exercem influências na forma como um texto se apresenta. Ler um texto, nessa perspectiva, significa perceber o contexto histórico, social, econômico, filosófico e político em que ele se insere, assim como a ideologia, a finalidade do texto, a posição do autor e o possível interlocutor, dentre outros elementos tais como a escolha pela linguagem utilizada, os elementos gramaticais e seus efeitos na construção do texto nos diferentes gêneros textuais nos momentos de reflexão sobre a língua. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A concepção assumida em Língua Portuguesa pressupõe ações pedagógicas pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na realidade, de modo a privilegiar a relação teoria-prática, na busca da apreensão das diferentes formas de apresentação do saber. Nesse sentido, a organização do planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre a linguagem a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de texto, com o objetivo de analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, análise linguísticas e produção textual. A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na forma verbal ou não verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre outros), cinética (sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa) e alfabética, nos diferentes níveis. 285 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os diferentes níveis de leitura constituem-se em um meio para identificar, nos diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as informações explícitas, subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do educando e o texto, bem como estabelecer relações intertextuais. Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam contemplar as possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades propostas, tendo por objetivo identificar a finalidade do texto, a posição assumida pelo autor, o contexto social, político, histórico, econômico, filosófico, entre outros, com destaque para as variedades linguísticas, os mecanismos gramaticais e os lexicais na construção do texto. Nesse contexto, salienta-se a importância de apreender os dados sobre o autor (biografia), a fonte referencial (data, local, suporte de texto), além do interlocutor a quem se destina o texto. Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma descontextualizada ou com a intenção da apropriação da metalinguagem, mas a partir do texto para que o educando passa a reconhecê-los como elementos de construção textual dos gêneros estilísticos e do cotidiano, uma vez que o objetivo do ensino da língua é orientar para o uso social da linguagem, de acordo com a norma padrão. Para isso, faz-se necessário a prática orientada da produção oral e escrita de textos dos diferentes gêneros do discurso. O desenvolvimento dessa prática é importante porque o texto do educando revela, além do conhecimento de mundo, os conteúdos aprendidos e os que devem ser priorizados no planejamento do educador. Para a seleção de conteúdos essenciais do Ensino Fundamental e Médio, bem como para as práticas de linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: O perfil do educando da EJA; a diversidade cultural; a experiência social construída historicamente e os conteúdos significativos a partir das atividades que 286 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR facilitem a integração entre os diferentes saberes. É importante destacar que embora os conteúdos sejam os mesmos para os dois níveis de ensino, o que difere é o grau de complexidade dos textos apresentados para a reflexão sobre a linguagem. A avaliação precisa ser entendida como instrumento de compreensão do nível de aprendizagem dos alunos em relação às práticas de linguagem: leitura, produção de texto e análise linguística, para que o educador possa reencaminhar seu planejamento. O processo avaliativo deve ser coerente com os objetivos propostos e com os encaminhamentos metodológicos. Desse modo, a avaliação deve ser dialética, ou seja o educando confronta-se com o objeto do conhecimento, com participação ativa, valorizando o fazer e o refletir. Sendo assim, o erro no processo de ensino e aprendizagem indica os conteúdos que devem ser retomados. Portanto, o trabalho com as práticas de linguagem deve partir das necessidades dos educandos. Para isso, é importante que o educador dê significado ao objeto do conhecimento, lance desafios aos educandos, incentive os questionamentos e exerça a função de mediador da aprendizagem, valorizando a interação. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Variedades linguísticas Norma culta, dialetos, gírias, regionalismos, outras formas de registros. Funções da linguagem. Linguagem verbal e não-verbal. 287 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Gêneros textuais ou discursivos Elementos da construção dos diferentes gêneros discursivos e tipos de textos (informativo, instrucional, poético, narrativo, carta, bilhete, sinopse, etc.). Análise do discurso: linguagem, aspecto formal, finalidade, estilo, ideologia, posição do autor, ideologia, contexto histórico, social, econômico, político, entre outros. Elementos coesivos e coerência textual: unidade temática, elementos lógicodiscursivos, tese, organização dos parágrafos, contexto discursivo, interlocutor, ideia central, sequência lógica, progressão, retomada dos elementos coesivos, título como elemento coesivo entre outros. Discurso direto e indireto. Recursos visuais, sonoros, olfativos, gráficos, etc. Relações referenciais: elipse, repetição, sinais de pontuação. Aspectos formais do texto: acentuação, pontuação, ortografia, paragrafação, título, legibilidade, aceitabilidade, entre outros. Ambiguidade como recurso de construção do texto. Ambiguidade como problema de construção do texto. Informações explícitas, implícitas e intertextualidade. Relações entre imagem e texto. Elementos Gramaticais na construção do texto Pontuação e seus efeitos de sentido na construção do texto: vírgula, ponto-evírgula, ponto final, ponto de interrogação, exclamação, dois pontos, aspas, parênteses, travessão, reticências, entre outros. Emprego da crase na construção do texto. 288 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Classes de palavras: substantivo, adjetivo, verbo, preposição, conjunção, artigo, numeral, pronome, advérbio e interjeição na construção do texto. Sujeito e predicado na construção do texto. Vozes do verbo na construção do texto. Adjunto adnominal e complemento adnominal na construção do texto. Aposto e vocativo na construção do texto. Orações coordenadas, subordinadas, reduzidas e intercaladas na construção do texto. Concordância verbal e nominal na construção de texto. Colocação pronominal na construção do texto. Figuras de linguagem na construção do texto. Formação de palavras: prefixo, sufixo, radical, derivação e composição. Para o ensino médio devem ser acrescidos os seguintes conteúdos de literatura: Arte literária e as outras artes. História e literatura. Os gêneros literários e os elementos /recursos que os compõem. Periodização e estilos de época da literatura brasileira: O Quinhentismo brasileiro (literatura de informação), Barroco, Arcadismo, Romantismo, Realismo e Naturalismo, Parnasianismo, Simbolismo, vanguardas européias, Pré-Modernismo, Modernismo, Pós-Modernismo. Os períodos literários e a relação com o período histórico, as artes e o cotidiano. 289 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS BAKHTIN, Mikhail (In: VOLOSHINOV, V.N). Marxismo e Filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1986. BAKHTIN, Mikhail. Estética de criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. PARANÁ. SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO. Diretrizes curriculares da educação de jovens e adultos no estado do Paraná (versão preliminar), Curitiba, 2004. FARACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria linguística que fundamente o ensino da língua materna (ou de como apenas um pouquinho de gramática nem sempre é bom). In: Educar, n. 15, Curitiba: UFPR, 1999. 290 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessários a prática pedagógica educativa. 30. ed. São Paulo: Paz e terra, 2004. GERALDI, João Wanderlei (org.). O Texto em sala de aula. São Paulo: Ática, 2001. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: Configuração, dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI, Acir Mário; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO, Karim, S. (orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. União da Vitória: Gráfica Kaygangue, 2005. VAL, Maria da Graça Costa. Redação e Textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993. VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1999. DISCIPLINA DE ARTE CONCEPÃO DO ENSINO DE ARTE Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde do século XVI, com ação dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo principal era a catequização dos grupos que aqui habitavam e que incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a Pintura, a Música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de Pombal e a posterior Reforma Educacional Brasileira (1792-1800)- Reforma Pombalina – o ensino da Arte tornou-se irrelevante e o Desenho, por exemplo, foi associado à Matemática na forma de Desenho Geométrico. Mesmo com o incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do século XIX – o que resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – nas escolas, o ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área 291 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR científica. Essa visão foi ratificada na 1ª. Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria. A partir de 1931, com a implantação do ensino de Música por meio do Canto Orfeônico, o ensino da Arte fez-se presente no primeiro projeto de educação pública de massa. No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio Estadual, na cidade de Curitiba, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música. O ensino da Arte somente passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras em 1971, com a Lei 5692/71, porém, com conteúdo reduzido, fundado em uma visão tecnicista e entendendo o educador de Artes como um profissional polivalente, ou seja, aquele que deve dominar os conteúdos de Artes Plásticas e Música. Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica, porém, a Arte passa a compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, abrangendo Música, Artes Visuais, Dança e Teatro. Esse breve passeio pela história nos dá uma ideia dos conceitos que permearam a educação de Artes no Brasil, integrando um caráter religioso, com a catequização dos nativos, até aquela com fins puramente tecnicistas. Passamos de um extremo a outro, do “sensibilizador” para o “científico racional”. É importante frisar que a educação pública no Brasil até o início do século XX estava voltada para uma elite basicamente masculina. Verificamos também que, após a expulsão dos jesuítas, o pensamento iluminista e positivista foi preponderante no ensino público brasileiro. Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que contemplem a arte efetivamente como área de conhecimento fundamental na formação dos educandos e das educandas. Regina Migliori (1993 p. 14) propõe uma “perspectiva de abordagem global” como sendo “a possibilidade de lidarmos com tudo o que nos apresenta e 292 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR não somente com os aspectos artificialmente eleitos”, a ideia é que se busque uma nova leitura da realidade. O entendimento de Migliori nos remete para uma perspectiva de uma formação omnilateral, crítica e autônoma do educando e da educanda, ou seja, “temos que aprender a lidar com as divergências de forma não excludente” (MIGLIORI, 1993 p. 14). Quando a produção artística de um determinado grupo, povo, ou etnia é privilegiada, fragmenta-se a realidade e automaticamente cria-se um juízo de valor no qual os recortes do conhecimento efetivados passam a ser os verdadeiros ou os únicos. “Essa visão fragmentada, geradora dos incluídos e excluídos, gera uma outra verdade cruel: a marginalidade que não é alternativa” (MIGLIORI. 1993 p. 14). Isso implica que ao apresentarmos em nossa seleção de conteúdos curriculares outras vozes que estão presentes na ação histórica da construção do conhecimento, possibilitamos ao educando e a educanda outras leituras diferentes daquelas que vêm sendo oficialmente apresentadas. A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – revela a realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão artística é concretizada utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do corpo, representação cênica, dentre outras, que são percebidas pelos sentidos. Isso contribui para outras possibilidades de leituras da realidade e, portanto, com mais subsídios para repensá-la. O objetivo dessa proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade em que vive. A Arte nos ajuda nesse processo, na medida em que nos fornece uma simbologia própria e portanto, outras leituras do mundo que nos cerca. Segundo Isabel Marques: “Um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente escolar é o fato de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar, experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido em nossas próprias vidas e na construção da sociedade brasileira.” 293 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A discussão em torno da arte como linguagem pondera o entendimento de que a arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe uma relação de transmissão e recepção de ideias, ou seja, de comunicação. Portanto, a Arte aqui é entendida como linguagem, que se utiliza de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na Dança(movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização) e nas Artes Visuais) (forma e luz). Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos prismas e no que tange aos seus significados socialmente construídos pressupõe que o produto artístico como seja um “veículo portador de significado” (Ver Bakhtin 1995, p. 132). Dessa forma, os símbolos são fundamentais para a vida social, pois é por meio deles que nos comunicamos e manifestamos nossa capacidade de sentir e de pensar. Na cultura escolar, os saberes são apropriados pela escola de maneira singular, dando-lhes um sentido pedagógico (Sacristàn J. G., 2001). Na escola, esse trabalho, ressignifica os saberes e os conceitos científicos produzidos na sociedade. É com base nestes pressupostos que trataremos a Arte como linguagem. Linguagem artística. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O encaminhamento metodológico para a disciplina de Artes do ensino fundamental e médio da Educação de Jovens e Adultos da rede pública do Estado do Paraná está fundamentado nas Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA, onde estão identificados três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Com base nesses eixos que norteiam o currículo na EJA, elegemos ARTE E ESTÉTICA, ARTE E IDENTIDADE e ARTE E SOCIEDADE como eixos específicos da disciplina 294 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR de Artes, dos quais derivarão as temáticas propostas e os conteúdos que serão desenvolvidos em células de aula. ARTE E ESTÉTICA Hoje se utiliza o termo estética para indicar... no campo das belas artes, uma concepção especial, uma maneira de fazer, uma escola ou tendência determinada (Zamacois, 1986) A experiência estética se revela com a sensibilização, com a descoberta do olhar, um encontro com as emoções, libertando o ser para perceber o mundo em si e ao seu redor, permitindo um pensar filosófico, crítico e reflexivo. Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu Dicionário da Língua Portuguesa, apresenta, dentre outros, os seguintes significados para a palavra estética: “1estudo das condições e dos efeitos da criação artística. 2- (…) estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem”. Partindo dessas definições e as ampliando, a Estética aqui é entendida como sendo “toda teoria que se refira à beleza ou à arte” (Pareyson, 1997, p. 2), sendo ela derivada de uma experiência filosófica ou correta. E por ser uma reflexão sobre a experiência, inclui-se aqui o fazer artístico, que é a manipulação dos elementos da linguagem artística, presentes nas Artes Visuais, na Música, no Teatro e na Dança. Portanto, entendemos que ao adotar um eixo articulador para a disciplina de Educação Artística e Arte baseado no entendimento acima exposto, devemos possibilitar as experiências estéticas e compreender como aproximar e proporcionar o olhar estético para as produções artísticas e para o cotidiano. E assim sendo, “o educando da EJA torna-se sujeito na construção do conhecimento mediante a compreensão dos processos de trabalho de criação, de 295 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR produção e de cultura”. (Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 30). ARTE E IDENTIDADE É comum ouvirmos falar de crise de identidade, mas o que é identidade e como essa identidade se revela a partir da arte que produzimos? A identidade está em crise? O que é identidade? É idêntico, igual, registro... De acordo com o dicionário Houaiss identidade é: • estado que não muda <a identidade das impressões digitais> 2- consciência da persistência da própria identidade, 3- o que faz que uma coisa seja a mesma que outra, 4- conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma pessoa ou uma coisa e graças às quais é possível individualizá-la. A identidade singulariza e faz com que nos sintamos diferentes dos demais. Identificar pode ser aplicado a indivíduos e grupos, ou seja, tornar idêntico, fazer(se) reconhecer, distinguir traços características como gosto, música, festas, folguedos, crenças de grupos urbanos, rurais, etnias e outros tantos que usam a linguagem artística para expressar-se e assinar suas características sociais, antropológicas e psicológicas. Diferentes modos de vida social são constituídos a partir das ideias que as pessoas têm sobre si, e das práticas que emergem dessas ideias e como afirma Candau (2002, p. 24), “identidade é um conceito polissêmico, podendo representar o que uma pessoa tem de mais característico ou exclusivo e ao mesmo tempo, indica que pertencemos ao mesmo grupo”, a identidade cultural de um indivíduo ou grupo permite que este seja localizado em um sistema social. Em um mundo onde as mudanças são rápidas, face à globalização e aos eventos tecnológicos e científicos vertiginosos, a arte é um dos elementos que faz parte da 296 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR identidade dos povos. As mudanças globais aceleradas influenciam a identidade dos indivíduos e a sua manifestação artística. Podemos ver com Marques (2003, p. 157) que: Não se domina um país pela invasão territorial, mas principalmente pela superposição e diluição de repertórios culturais e sociais. Caso nossos repertórios não estejam enraizados de forma significativa, ou seja, relacional, consciente e crítica, poderemos ser massacrados pela pasteurização de ideias estéticas. A nossa identidade pessoal e social é um importante mediador das relações com os demais. A proposta deste eixo temático na Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental e Médio do Estado do Paraná preocupa-se em uma educação pela arte que transmita significados que estão próximos da vida concreta do educando, produzindo aprendizagem. É um processo que mobiliza tanto os significados e os símbolos quanto os sentimentos e as experiências a que se propõe. Quando um indivíduo desenvolve sua percepção estética e tem consciência do poder destas representações, textos e imagens na produção das identidades, compreende a força persuasiva da arte, no sentido de criar e reforçar representações que possuímos como indivíduos e como identidade coletiva. ARTE E SOCIEDADE ... concernem à determinação social da atividade artística, seja do ponto de vista da finalidade social das obras – por exemplo, o culto religioso ou o mercado de arte – seja o lugar ocupado pelo artista – por exemplo, iniciado numa seita secreta, financiado por um mecenas renascentista, profissional liberal ligado ao mercado de arte, etc - seja das condições de recepção da obra de arte – a comunidade de fiéis, a elite 297 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR cultivada e economicamente poderosa, as classes populares, a massa, etc. (CHAUÍ, 2003, p. 153). A arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação, e sim, uma ciência que trabalha com o conhecimento presente em diferentes em diferentes instâncias sociais. A profunda relação entre arte e sociedade é possível na medida em que pensarmos a arte como construção social e não como um dom natural, talento ou mera produção. As pessoas são construções sociais que necessariamente influem e são influenciados pelo fazer e pensar arte. A música rap, por exemplo, constrói um determinado tipo de consciência social, propaga os conhecimentos de um grupo popular que são absorvidos e muitas vezes até revivificados em outras formas artístico-culturais. A abordagem crítica e intertextualizada é necessária para que no cotidiano se problematizem as relações entre arte e sociedade e se permita, assim, a formação de sínteses pessoais enriquecedoras. Em outras palavras, o conceito de arte e sociedade abrange grandes temas da vida social como: a relação do homem com o trabalho; as relações de gênero; a ocupação do espaço urbano e outros. Também através deles podemos compreender, inclusive, a influência da indústria cultural, segundo a qual, muitas vezes a (pseudo) cultura de massa tenta impor uma ordem social passiva e alienada. Em contrapartida, o conhecimento da arte em seu aspecto social deve desvelar-se de modo que o ser humano possa pertencer, dialogar e transformar a realidade que o circunda. No que concerne à Educação de Jovens e Adultos não podemos perder de vista as concepções de mundo e de sociedade que queremos construir e vivenciar com os educandos, pois o grande desafio do trabalho pedagógico em arte na contemporaneidade não se resume somente em aceitar e respeitar a diversidade, mas principalmente em trabalhar, partilhar, dialogar e recriar conjuntamente a fim de 298 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR educar para uma sociedade mais justa e igualitária. “A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social” (Diretrizes Curriculares para a Educação de Jovens e Adultos, p. 31). Os temas de estudo são temas que direcionam, motivam e articulam a construção do conhecimento em arte, propiciando diferentes leituras de mundo, de cidadania participativa, reflexiva e crítica. O educador escolherá um tema de estudos abrangente e articulado entre os eixos – identificados na disciplina de Arte e Artes e os indicados nas Diretrizes Curriculares para a EJA – de maneira a englobar o conteúdo que fará parte do planejamento da aula. Os temas de estudo terão a flexibilidade necessária para que possam ser adequados ao contexto do educando e da educanda. Os temas de estudo são perpassados por um processo, denominado “validação”, ou seja, o tema só será adequado para continuar o planejamento se passar positivamente pelas seguintes perguntas: • É importante? Para quem? Perpassa pelos eixos definidos nas Diretrizes Curriculares Estaduais da EJA – Cultura, Trabalho e Tempo?; • Gera conhecimento em arte? Perpassa pelos eixos Arte e Identidade, Arte e Sociedade e Arte e Estética? • É abrangente? Contempla o local e o global (regional, nacional e mundial)? É flexível? • É possível adequá-lo às necessidades dos educandos e educandas da EJA (idade, condições físicas, espaciais, etc)? Uma vez escolhido o tema de estudo, o próximo passo é a elaboração da aula, que será composta por (MARQUES, 2001, p. 91-102): Textos – Repertórios; 299 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Subtexto – Elementos da linguagem (conteúdos da disciplina); Contexto – Elementos históricos, sociais e culturais. Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento (Dança), a forma e a luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes elementos básicos derivam-se os elementos de linguagem específicos da arte. Portanto, os conteúdos para o ensino Fundamental e Médio devem contemplar os elementos de cada linguagem artística (Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), sua articulação e sua articulação e organização. Esses elementos permitirão ao educando e a educanda ler e interpretar o repertório, assim como elaborar o seu próprio trabalho artístico. A leitura, interpretação e produção artística avalia a apreensão por parte educando e da educanda dos conteúdos propostos na célula de aula. ARTES VISUAIS a) Forma • Composição, Experimentação (como os elementos da linguagem visual se articulam?); • • Suportes (onde está proposta a ideia imagética?); Espacialidade — bidimensionais e tridimensionais (como está projetada, composta ou representada no espaço?); • Texturas / acabamentos (como se apresenta?); • Movimento: dinâmica, força, fluência e equilíbrio (como se alternam, ritmos). b)Luz • Decomposição da luz branca; • Cor /pigmento / percepção da cor 300 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Valores / classificação das cores; • Sombras e luz; Contrastes, Tons; MÚSICA a) distribuição dos sons de maneira sucessiva (intervalos melódicos/ melodia). b) distribuição dos sons de maneira simultânea (intervalos harmônicos/ harmonia), b) qualidades do som e suas variações: • intensidade (dinâmica); • duração (pulsação! ritmo); • altura (grave/agudo); • timbre (fonte sonora’ instrumentação). c) estruturas musicais (organização e articulação dos elementos da linguagem musical/forma musical). TEATRO a) Elementos dramáticos: • a personagem: agente da ação; • enredo: como desdobramento de acontecimentos, desenvolvidos pela personagem; • espaço cênico: local onde se desenvolve a ação cênica. b) Signos da Representação Teatral: • da personagem: • visuais: figurinos, adereços, gestual; • sonoros: fala (entonação) • do espaço cênico: • visuais: cenário, adereços de cena, iluminação; • sonoros: sonoplastia; c) Gêneros Teatrais: • Tragédia e suas características: a fatalidade, o sofrimento, o pesar; 301 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Comédia e suas características: o riso, a sátira, o grotesco; • Drama e suas características: o conflito. DANÇA Elementos do Movimento: • corpo: articulações, superfícies, membros, tronco, quadril, cabeça. • espaço: kinesfera (amplitudes), progressões espaciais, tensões espaciais, projeções espaciais, orientação espacial, forma. • ações: torcer, gesticular, inclinar, deslocar, rodar, parar, cair, expandir, recolher, saltar. • dinâmicas: peso, espaço, tempo, fluência. • relacionamentos. AVALIAÇÃO Avaliação de caráter diagnóstico, formativa e somativa respaldada por estratégias como: 1. Participação nas aulas; • Pontualidade nas entregas das atividades; criatividade; • Estética; • Trabalhos teóricos e práticos: prova escrita e oral; • Apresentações; • Interativa: durante as aulas atividades práticas e de socialização. A avaliação em Arte também deve ser contínua. Ao longo do processo de ensino e aprendizagem algumas práticas cotidianas dos alunos podem ser tomadas como espaços e instâncias de avaliação, que não devem limitar-se às provas. Para avaliar o processo e o produto é necessário que se criem formas de documentação dos trabalhos, registrando os momentos sucessivos de cada etapa. 302 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS CAMPOS, Neide P. A construção do olhar estético crítico do educador. Florianópolis: UFSC, 2002 CANDAU, Vera Maria (org.). Sociedade, educação e cultura: questões e propostas. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2002. CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Ática, 2003. BAKHTIN, Mikhaíl (Volochínov). Marxismo e filosofia da linguagem. Trad. Michel Lahud e Yara F. Vieira. 7 ed. São Paulo: Hucitec, 1995. BOURO, S.B. Ólhos que pintam: a leitura de imagens e o ensino da arte. Paulo: Educ/Fapesp/Cortez, 2002. FERRAZ, M.; FUSARI, M. R. Metodologia do ensino de Arte. 2 ed. São Cortez, 1993. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário da Língua Portuguesa. ed. Curitiba: Positivo, 2004. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 12 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. HOUAISS, Antônio e Vilar, M. de S. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. 1ª ed.Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 LABAN, Rudolf. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus, 1978. MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2001. MARQUES, Isabel A. Ensino de dança hoje: textos e contextos. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001. _________________. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003. MIGLIORI, R. Paradigmas e educação. São Paulo: Aquariana, 1993. 303 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OSTROWER, L.. Os problemas da estética. São Paulo. Martins Fontes, 1997. SACRISTÀN J. G. A escolarização transforma-se em uma característica antropológica das sociedades complexas. In: A educação Obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre: ARTMED, 2001, p. 35-55. SANTAELLA, Lucia. (Arte) & (Cultura): Equívocos do elitismo. São Paulo: Cortez, 3ª. Ed, 1995. SILVA, Tomas Tadeu. Documentos de identidade. uma introdução às teorias do currículo. 2ª ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2004 ZAMACOIS. Joaquin. Temas de estética y historia de la música. Barcelona: Labor, 1986. 304 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) – INGLÊS CONCEPÇÃO DO ENSINO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA (LEM) - INGLÊS A Língua Estrangeira Moderna – LEM – é um espaço em que se pode ampliar o contato com outras formas de perceber, conhecer e entender a realidade, tendo em vista que a percepção do mundo está, também, intimamente ligada às línguas que se conhece. Ela se apresenta também como um espaço de construções discursivas contextualizadas que refletem a ideologia das comunidades que a produzem. Desta maneira, o trabalho com LEM parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as LEM são também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e construir significados. (SEED, 2005). É um instrumento de inclusão social a partir do momento em que oportuniza o acesso a outras comunidades e conhecimentos, permitindo o alargamento de horizontes e a expansão das capacidades interpretativas e cognitivas dos educandos. Através da LEM se reconhece a diversidade cultural, e torna-se possível oportunizar o educando a vivenciar criticamente a cultura do outro ao mesmo tempo em que valoriza a própria. A LDB 9394/96, estabelece o caráter compulsório de uma língua estrangeira a partir da 5ª série do Ensino Fundamental, facultando ao Ensino Médio a possibilidade da inclusão de uma segunda língua estrangeira. Segundo Gimenez (2005), a língua se constitui como um espaço de comunicação intercultural, exercendo “o papel de mediadora das relações entre pessoas de diferentes línguas maternas”, tendo em vista que existem, 305 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR aproximadamente, mais de 300 milhões de falantes nativos e mais de 1 bilhão de usuários no mundo todo, sendo a língua principal em livros, jornais, aeroportos e controle de tráfego aéreo, negócios internacionais e conferências acadêmicas, ciência, tecnologia, medicina, diplomacia, esportes, competições internacionais, música pop e propaganda. Partindo desse pressuposto, a LEM é um instrumento para que o educando seja capaz de construir e não somente consumir o conhecimento oferecido por outros, propiciando “reflexões sobre a relação entre língua e sociedade e, consequentemente , sobre as motivações subjacentes às escolas linguísticas em situações de comunicação (oral e escrita).” (PARANÁ, 2005). Ao serem expostos às diversas manifestações da língua na sociedade, os educandos podem entender as implicações político-ideológicas. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O trabalho a ser desenvolvido com a língua segue uma abordagem na qual a língua é vista como instrumento de interação, investigação, interpretação, reflexão e construção, norteada pelos três eixos articuladores: cultura, trabalho e tempo. Nessa concepção, levar-se-á em consideração a realidade do educando, valorizando sua bagagem de conhecimentos e respeitando suas necessidades e características individuais, na certeza de que o adulto aprende melhor e desenvolve maior autonomia e responsabilidade quando se vê envolvido no processo de ensino e aprendizagem. Há que se pensar que ao ensinar uma LEM deve-se buscar a autenticidade da Língua, a articulação com as demais disciplinas e a relevância dos saberes, escolares frente à experiência social construída historicamente pelos educandos. 306 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Para a definição das metodologias a serem utilizadas, é necessário levar em conta que o educando é parte integrante do processo e deve ser considerado como agente ativo da aprendizagem, visto que ele traz saberes e estes vão interagir com os saberes que ele vai adquirir. Na busca desta interação, deve-se buscar uma metodologia que leve em consideração que as habilidades da LEM – leitura, escrita, compreensão oral e compreensão auditiva – não são únicas, elas interagem de acordo com o contexto e precisam ser vistas como plurais, complexas e dependentes de contextos específicos. Deve-se levar em conta, ainda, que a língua não pode ser entendida como algo fechado ou abstrato, na forma de uma gramática, na qual toda a transformação, o aspecto vivo da LEM, sua capacidade de se transformar em contextos diferentes, toda diversidade da LE se perde. Portanto, as metodologias a serem aplicadas devem levar em conta, principalmente, o contexto em que estão sendo aplicadas, de acordo com as necessidades regionais, que levem o educando a criar significados, posto que estes não vêm prontos na linguagem. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS Ensino Fundamental No caso do ensino da Língua Inglesa na EJA, dadas as suas características, o trabalho parte da exploração de diversos gêneros textuais que propiciam a exposição do educando à língua dentro de um contexto, possibilitando a análise e estudo de sua estrutura, servindo também como ponte para criar a interação entre as habilidades em cada contexto. 307 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros) • Identificação de diferentes gêneros textuais, tais como: informativos, narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, etc. • Identificação da ideia principal de textos. (skimming) • Identificação de informações específicas em textos. (scanning) • Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem • (verbal e não verbal). • Inferência de significados a partir de um contexto. • Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc Foco linguístico Substantivos. Adjetivos. Pronomes: pessoais, possessivos, demonstrativos e interrogativos. Verbo to be e there to be. (afirmativa, interrogativa e negativa). Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e irregular de verbos mais comuns) e futuro com will. Imperativo: afirmativa e negativa Preposições (in, on, at, from, to...) Vocabulário básico Advérbios de tempo, lugar e frequência, saudações, apresentações, horas, família, partes do corpo, cores, dias da semana, meses do 308 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ano, estações do ano, profissões, roupas, animais, locais públicos, condições do tempo (rainy, sunny, windy, cloudy / cold, hot, cool, warm), partes da casa, refeições, adjetivos, numerais (cardinal e ordinal). Ensino Médio Textos (Escritos, orais, visuais, dentre outros) • Identificação de diferentes gêneros textuais tais como: informativos, narrações, descrições, poesias, tiras, correspondência, receitas, bulas de remédios, folders, outdoors, placas de sinalização, entre outros. • Identificação da ideia principal de textos. (skimming) • Identificação de informações específicas em textos. (scanning) • Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal e não verbal). • Inferência de significados a partir de um contexto. • Trabalho com cognatos, falsos cognatos, afixos, grupos nominais, etc. • Inferência de significados das palavras a partir de um contexto. ( cognatos, etc...) Foco Linguístico Tempos verbais: presente simples e contínuo, passado simples (regular e irregular) e contínuo e futuro com will e going to, nas formas afirmativa, interrogativa e negativa. Comparativo e superlativo. (graus dos adjetivos) Verbos Modais: Can, may, could, should, must. Substantivos contáveis e incontáveis. Some, any, no e derivados. 309 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR AVALIAÇÃO A avaliação, enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de açãoreflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e de compreensão. Assim, tanto o professor quanto os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até então, e identificar dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem superá-las. O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão envolvidos neste processo. A avaliação está articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos das Diretrizes Curriculares Estaduais. 310 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS PENNYCOOK, Alastair. English and the discourses of Colonialism. London: Routledge. 1999. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. Versão Preliminar. 2005. GIMENEZ, Telma. Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Línguas Estrangeiras Modernas – Questões para Debate. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Língua Estrangeira Moderna. 311 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA CONCEPÇÃO DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA O ensino da Educação Física tem passado por uma afirmação gradativa nos últimos anos, em uma perspectiva cultural. É a partir desse referencial que se propõe essa disciplina como área de estudo da cultura humana, ou seja, que estuda e atua sobre o conjunto de práticas ligadas ao corpo e ao movimento, criadas pelo homem ao longo de sua história. Trata-se, portanto, de privilegiar nas aulas de Educação Física além da aprendizagem de movimentos, a aprendizagem para e sobre o movimento. Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005, p. 10) os objetivos da Educação Física devem estar voltados para a humanização das relações sociais, considerando a noção de corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento permite ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos professores de Educação Física, superando a dimensão meramente motriz de uma aula sem, no entanto, negar o movimento como possibilidade de manifestação humana e, desse modo contemplar o maior número possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já trazidos pelos educandos, bem como, sua potencialidade formativa. Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é conceituada como: (...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: o jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Esses conteúdos expressam um sentido/significado nos quais se interpenetram. 312 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A proposta para a disciplina de Educação Física deve favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura corporal de movimentos, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir atividades propostas em benefício da sua inserção social, levando-o a descobrir motivos e sentidos nas práticas corporais que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas, contemplando assim todas as manifestações corporais e culturais, partindo da realidade local para as diferentes culturas. Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de ensino e aprendizagem deflagrando nas aulas de Educação Física quanto à construção de um ambiente que proporcione ao aluno a aprendizagem dos conteúdos significativos para o seu processo de conhecimento e desenvolvimento, incrementando sua capacidade para tomar decisões relacionadas à atividade física, isto é, movimento corporal humano. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS A Educação de Jovens e Adultos – EJA, atende um público diverso (jovens, adultos, povos das florestas, indígenas, populações do campo, entre outros) que não teve acesso ou não pode dar continuidade à escolarização, por fatores, normalmente, alheios à sua vontade. Esses educandos possuem uma gama de conhecimentos adquiridos em outras instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e socialização de saberes. O atendimento a esses alunos não se refere, exclusivamente, a uma determinada faixa etária, mas à diversidade sócio-cultural dos mesmos. Se considerarmos que os educandos frequentadores dessa modalidade de ensino encontram-se em grande parte, inseridos no mundo do trabalho, é importante que o trabalho pedagógico nas aulas de Educação Física seja compatível com as peculiaridades dessa parcela de educandos. Desse modo, a 313 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR aprendizagem do movimento deve ceder espaço às práticas que estejam direcionadas para e sobre o movimento, focalizando preponderantemente aspectos relacionados ao desenvolvimento de atitudes favoráveis à realização de atividades físicas e ao aprofundamento do entendimento de conceitos relacionados a essas atividades. Não raramente ocorre uma precipitação na constatação da incompatibilidade quase paradoxal de se relacionar a Educação Física com adolescentes, adultos e até idosos na escolarização de Jovens e Adultos. Se nos apoiarmos, por exemplo, nas práticas tradicionais que enfatizam atividades como as “bicicletas” do futebol ou os saques “viagem ao fundo do mar” do voleibol como referências absolutas das possibilidades de movimento corporal humano e como tipos de conteúdo e de aprendizagem presentes na Educação Física, de fato sua adequabilidade será mínima. Contudo, entende-se que o propósito da intervenção do professor que atua no campo da Educação Física no contexto da EJA é potencializar as possibilidades de participação ativa de pessoas com demandas educacionais específicas, em programas com foco na atividade física/movimento corporal humano. Logo, há que se considerar que a sustentação para ações pedagógicas direcionadas ao processo de escolarização dessas mesmas pessoas encontra-se em fase de construção, carecendo ainda da produção de conhecimento capaz de contribuir para a consolidação da participação da Educação Física nessa modalidade de ensino. Duas questões essenciais precisam nortear e servir de eixo orientador para o trabalho pedagógico da disciplina de Educação Física com jovens e adultos: Quem são os alunos da EJA? Como pode ser desenvolvida a Educação Física para esses alunos? 314 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Compreendendo o perfil do educando da EJA, a Educação Física deverá valorizar a diversidade cultural dos educandos e a riqueza das suas manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a corporalidade “entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas” (PARANÁ, 2005), considerando os três eixos norteadores do trabalho com a EJA que são a cultura, o trabalho e o tempo. É, portanto, imprescindível que tempo, cultura e trabalho se manifestem na pedagógica do educador, expressando ideias e ações relacionadas a: sequenciação (organização do conteúdo em função do tempo escolar), comprometimento na condução do processo de ensino e aprendizagem (efetivação da aprendizagem dos conteúdos) e avaliação do trabalho pedagógico (critérios de acompanhamento das consequências do processo de ensino e aprendizagem), conforme representados na figura 1: Sequenciação Tempo Comprometimento Cultura Trabalho Avaliação Figura 1: relação dos eixos tempo, cultura e trabalho com a intervenção pedagógica. A Educação Física na Educação de Jovens e Adultos representa importante possibilidade de contato dos educandos com a diversidade da cultura 315 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR corporal de movimento, sem perder de vista o papel da EJA, que segundo KUENZER (apud PARANÁ), 2005, p. 28). Deve estar voltado para uma formação na qual os educandostrabalhadores possam aprender permanentemente; refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez. O planejamento das aulas para o perfil do educando da EJA necessita de um levantamento junto aos mesmos, de como foram suas aulas e experiências anteriores, para haver maior clareza de como o educador poderá planejar o trabalho pedagógico. Outra perspectiva a ser considerada é o trabalho com a cultura local, buscando a origem de suas práticas, transformações e diferenças em cada região. Desse modo, os conteúdos a serem abordados devem levar em conta as características peculiares do perfil de educador dessa modalidade de ensino. Os conteúdos apresentados – constituintes da cultura corporal de movimento – devem ser selecionados em função do projeto pedagógico elaborado pela escola, considerando os interesses dos alunos observados nas interações iniciais com o educador. Vários são os princípios que abrangem o ensino da Educação Física (BETTI, 2002), destacando-se: o Princípio de Inclusão que tem como meta a participação e reflexões concretas e efetivas de todos os membros do grupo, buscando reverter o quadro histórico da área de seleção entre indivíduos aptos e inaptos para as práticas corporais, resultando na valorizando exacerbada no desempenho e da eficiência, e consequentemente na exclusão do educando. 316 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O Princípio da Diversidade aplica-se à construção da aprendizagem na escolha de objetivos e de conteúdos, que ampliem as relações entre os conhecimentos da cultura corporal de movimento e o perfil dos sujeitos da aprendizagem. Com isso pretende-se legitimar as possibilidades de aprendizagem que se estabelece nas dimensões afetivas, cognitivas, motoras e sócio-culturais dos alunos. Já no Princípio da Autonomia a relação com a cultura corporal de movimento, não se dá naturalmente, mas fruto da construção e do esforço conjunto de professores e alunos através de situações concretas e significativas. A busca da autonomia pauta-se na ampliação do olhar da escola sobre o nosso objeto de ensino e aprendizagem. Essa autonomia significa a possibilidade de elaboração e construção do conhecimento pelo educando, ao invés de simples reprodução e memorização de conteúdos. Tais princípios precisam estar presentes ao se buscar uma aprendizagem significativa, entendida como a aproximação entre o conhecimento do educando e o construído ao longo do tempo, não perdendo de vista que os mesmos estão inseridos em uma cultura e expressam uma aprendizagem social regida por uma organização política e social. O professor deve mediar o trabalho pedagógico para que o educando compreenda o seu “eu” e o relacionar-se com o outro, a partir do conhecimento do seu corpo, como instrumento de expressão e satisfação de suas necessidades, respeitando experiências anteriores e dando-lhe condições de adquirir e criar novas formas de expressão. AVALIAÇÃO A avaliação proposta para a EJA entende a necessidade da avaliação qualitativa e voltada para a realidade. Proceder a avaliação da aprendizagem clara e consciente, é entendê-la como processo contínuo e 317 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR sistemático de obter informações, de perceber progressos e de orientar os alunos para a superação das suas dificuldades. Reforçando este pensamento Vasconcelos (apud PARANÁ, 1994, p.44) diz que: O professor que quer superar o problema da avaliação precisa de uma autocrítica: abrir mão do uso autoritário da avaliação que o sistema lhe faculta e autoriza; rever a metodologia do trabalho em sala de aula; redimensionar o uso da avaliação (tanto do ponto de vista da forma como do conteúdo); alterar a postura diante dos resultados da avaliação; criar uma nova mentalidade junto aos alunos, aos colegas educadores e aos pais. Dessa forma, a perspectiva tradicional de avaliação cede espaço para uma nova visão que procura ser mais processual, abrangente e qualitativa. Não deve ser um processo exclusivamente técnico que avalia a práxis pedagógica, mas que pretende atender a necessidade dos educandos considerando seu perfil e a função social da EJA, com o reconhecimento de suas experiências e a valorização de sua história de vida. Isso torna-se essencial para que o educador reconheça as potencialidades dos educandos e os ajude a desenvolver suas habilidades para que os mesmos atinjam o conhecimento na busca de oportunidades de inserção no mundo do trabalho e na sociedade. A avaliação deverá, portanto, compreender formas tais como: a linguagem corporal, a escrita, a oralidade, por meio de provas teóricas, de trabalhos, de seminários, através do uso de fichas, entre outras, proporcionando um amplo conhecimento e utilizando métodos de acordo com as situações e objetivos que pretende alcançar. Devemos levar em consideração as condições apresentadas pelos educandos idosos, ou por aqueles com menos habilidade, com necessidades educacionais especiais, assim como o grau de desenvolvimento que possuem e suas experiências anteriores. 318 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Pautados no princípio que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, a avaliação precisa contemplar as necessidades de todos os educandos. Nesse sentido, sugere-se o acompanhamento contínuo do desenvolvimento progressivo do aluno, respeitando suas individualidades. Desse modo a avaliação não pode ser um mecanismo apenas para classificar ou promover o aluno, mas um parâmetro da práxis pedagógica, tomando os erros e os acertos como elementos sinalizadores para o seu replanejamento. Dentro dessa perspectiva, para que a avaliação seja coerente e representativa é fundamental que a relação entre os componentes curriculares se apóie em um diálogo constante. É importante lembrar no princípio da inclusão de todos na cultura corporal de movimento. Assim, a avaliação deve propiciar um autoconhecimento e uma análise possível das etapas já vivenciadas no sentido de alcançar os objetivos propostos. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à apreensão do desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades corporais e à explicitação das suas significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de forma a garantir aprendizagens novas e significativas, despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da sua vida, valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana” (FREIRE, 2003 P.34). Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que contemplem: • a relação entre o conhecimento social e escolar do educando; 319 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • a identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na proposição das praticas educativas; • ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento; • as diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas na formação do educando; • as múltiplas interações entre os diferentes saberes; • articulação entre teoria, prática e realidade social; • atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo. Baseado na perspectiva dos educadores propomos a articulação do trabalho docente em torno dos seguintes conteúdos: saúde, esportes, jogos, ginástica, dança e lazer. Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como investimento individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o individual com o cultural, social e político. Ou seja, a saúde é um bem que se adquire, além de, pelas atividades físicas e corporais, por intermédio de: alimentação, saneamento básico, moradia, educação, informação e preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às condições mínimas para uma vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde como uma construção que requer uma dimensão histórico-política e social. O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da escola” e não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no currículo escolar da EJA. Se aceitarmos o esporte como prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas normas resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por isso esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua 320 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR resignação, e sua adaptação à realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um meio e não fim em si mesmo. Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades prazerosas, que envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o exercício de reflexão sobre as relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a sociedade, bem como a possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais. O estudo da ginástica pretende favorecer o contato de educando com as experiências corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo, melhora da aptidão física, tem o objetivo de conscientizar os educandos de seus possíveis benefícios, bem como os danos causados pela sua prática inadequada ou incorreta. A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o desenvolvimento, conhecimento e ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura, como manifestação de vida, por um meio de um processo continuo de integração e relacionamento social. O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do tempo livre, com atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria, socialização, conscientização clareza das necessidades e benefícios que serão adquiridos e que contribuam para o seu bem estar físico, mental e social. Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática ou teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade, e cada modalidade de ensino. 321 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Conteúdos Ensino Fundamental e Ensino Médio SAÚDE - Definição de saúde. (Ensino - Atividade física na produção de saúde. Fundamental) - Sedentarismo - Postura - Anabolizantes e suas consequências. - Controle de frequência cardíaca SAÚDE (Ensino Médio) - Definição de saúde. - Obesidade. - Stress. - Hábitos alimentares. - LER e DORT. - Ergonomia. - Corpo do trabalhador e seus sacrifícios. - Controle de frequência cardíaca. - Envelhecer com saúde. ESPORTES - Definição de esporte. (Ensino Fundamental - História e origem. e Médio) - Princípios básicos (fundamentos). - Táticas e regras. - Esporte como fenômeno global. - Atividades práticas. JOGOS - Definição de jogo. (Ensino Fundamental - Aspectos históricos sociais. e Médio) - Tipos de jogos: jogos cooperativos, jogos recreativos / jogos lúdicos, jogos intelectivos, jogos de dramatização e jogos prédesportivos. 322 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - Diferentes manifestações culturais. - Atividades práticas. GINÁSTICA - História e origem. (Ensino Fundamental - Tipos de ginástica: ginástica artística, ginástica rítmica, ginástica e Médio) laboral e ginástica de academia. - Princípios básicos. - Atividades práticas. DANÇA (Ensino Fundamental e Médio) - História e origem. - Tipos de dança: danças folclóricas, danças circulares, danças de salão, danças criativas. - Expressão corporal / atividades rítmicas. - Danças de cultura local. - Atividades práticas. LAZER (Ensino - Definição de lazer. Fundamental e - Aproveitamento do tempo livre. Médio) - Lazer e benefícios para saúde. AVALIAÇÂO A avaliação deverá constar de: • Autoavaliação do aluno (aspectos positivos e negativos do trabalho desenvolvido); • Avaliação do professor (análise do trabalho dos alunos: dificuldades e avanços); 323 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Registros que permitam ao professor e ao aluno observar o desenvolvimento do trabalho (prova escrita, pesquisas, trabalhos); • Conscientização acerca da importância da prática da atividade física. REFERÊNCIAS BETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de diretrizes pedagógicas. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos I(I): 73:81.202. COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do currículo escolar. 2 ed. São Paulo: Ática, 1997. COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. CORBIN, C. B. The field of Physical Education: common goals, not common roles. JOPERD, Reston, p. 79-87, 1993. FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São PAULO: Scipione, 2003. LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro: Sprint, 1995. NEIRA, M. G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte, 2004. NETO, L. P. X.; ASSUNÇÃO, J. R. Saiba mais sobre Educação Física. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural Edições, 2005. PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Versão Preliminar. 2005. 324 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR SANTO, D. L. Tendências e expectativas da educação física escolar. In: I Semana de Educação Física, 1993, São Paulo. Anais... São Paulo: Universidade São Judas Tadeu – Departamento de Educação Física, 1993. v. 1. SAVIANI, D. Escola e democracia. 35. ed. Campinas: Autores Associados, 2002. SOARES, C. L.; et all. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. SOUZA, E. S. VAGO. T. M. Trilhas e Partilhas: Educação Física na Cultura escolar e nas práticas sociais. Belo Horizonte: Ed. dos Autores 1997. ZABALA, A. Aprendizaje significativo: el professor como movilizador de lãs competências de sus alunos. In: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE, 6., 1997, São Paulo. Anais... São Paulo: Grupo Associação de Escolas Particulares, 1997. p. 1-39. BETTI, M. Por uma teoria da prática. Motus Corporis, Rio de Janeiro, v.3, n.2, p. 73127, dez. 1996. BRACHT, V.; PIRES, R.; GARCIA, S.P.; SOFISTE, A.F.S. A prática pedagógica em educação física: a mudança a partir da pesquisa-ação. 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E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR MANOEL, E.J. Desenvolvimento motor: implicações para a Educação Física escolar. Revista Paulista de Educação Física, São Paulo, v.8, n.1, p.82-97, 1994. MATVEEV, A. P. Educação física escolar: teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1997. OLIVEIRA, A. A.B. Educação Física no ensino médio – período noturno: um estudo participante. Revista Movimento, Porto Alegre, n. 12, p. 05-13, 2000. PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Currículo Básico para a Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba, 1997. TANI, G. Vivências práticas no curso de graduação em Educação Física: necessidade, luxo ou perda de tempo? Caderno Documentos, nº 2, Universidade de São Paulo, 1996. UNESCO. Education: the necessary utopia. http://www.unesco.org/delors/utopia.htm. Acesso em: 18 jan. 2005. Disponível em: 326 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE MATEMÁTICA CONCEPÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA A Educação Matemática é um importante ramo do conhecimento humano. A sua origem remonta à antiguidade clássica greco-romana. Os gregos conceberam a Matemática como um dos conteúdos da filosofia, portanto, como um dos instrumentos da arte de conhecer o mundo em sua totalidade. Dessa forma, o educador além de dominar os conteúdos matemáticos, deve também conhecer os fundamentos histórico-filosóficos da Matemática, e ainda, o(s) processo(s) pelo(s) qual(is) o educando aprende; aquisição do conhecimento. Nesse sentido, é importante que o educador tenha conhecimento das práticas pedagógicas que norteiam o ensino da Matemática na atualidade. Para tanto, é necessário resgatar o processo educacional vivenciado, especialmente, a partir da década de 60 do século passado. O ensino da Matemática, desde então, tem sofrido alterações na sua forma de organização e de conceber os conteúdos. Pode-se destacar as seguintes fases: até meados de 1960, prevaleceu a chamada “Matemática Tradicional”, em que predominava a valorização do conteúdo desvinculado da prática e com ênfase na memorização de regras. Depois, surgiu o “Movimento da Matemática Moderna”, cujo objetivo principal era a unificação dos vários campos da Matemática, tais como, a Aritmética, a Álgebra e a Geometria. O seu grande objetivo era o trabalho pedagógico por meio da linguagem dos conjuntos, mas que ficou reduzida a um simbolismo exagerado a ser memorizado pelo aluno. Os membros da comissão do Movimento da Matemática Moderna, por sua vez, assinalaram vários defeitos no currículo tradicional difundido, afirmando a importância de se abandonar o conteúdo tradicional em favor dos novos conteúdos, entre 327 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR eles a álgebra abstrata, a topologia, a lógica simbólica e a álgebra de Boole [...] (PETRONZELLI, 2002, p. 40-1). Com o advento da Lei 5692/71, a ênfase passou a ser a metodologia, justificada pela necessidade do aluno poder desenvolver toda sua potencialidade, ou seja, valorizou-se a manipulação de materiais concretos, relegando-se a segundo plano a fase de automação, priorizando-se o atendimento à criança em sua fase de desenvolvimento, mas descuidando-se da sistematização dos conhecimentos matemáticos sócio-históricos acumulados pela humanidade. A grande dificuldade dos professores foi, então, a passagem do concreto para o abstrato, o que é fundamental para a matemática. Na atual proposta pedagógica para a EJA, procura-se a interação entre o conteúdo e as formas. A perspectiva, nesse sentido, é estabelecer uma relação dialética – teoria e prática – entre o conhecimento matemático aplicado no processo de produção da base material de existência humana e as manifestações teórico-metodológicas que estruturam o campo científico da própria Matemática. Dessa forma, o ensino da Matemática deve ser concebido de modo a favorecer as necessidades sociais, tais como: a formação do pensamento dialético, a compreensão do mundo social e natural, a ciência como obra decorrente do modo de cada sociedade – Grega, Feudal, Moderna – produzir a vida. Concebida desta forma, a Educação Matemática desempenhará um papel fundamental na aquisição da reflexão filosófica por parte dos educandos, isto é, da consciência crítica que supera o senso comum que toma a aparência das coisas como sendo verdades absolutas, ou seja, a Matemática deve ser vista, como uma ciência viva e dinâmica, produto histórico, cultural e social da humanidade. Ao revelar a Matemática como uma produção humana, demonstrando as necessidades e preocupações das diferentes culturas em diferentes épocas e ao relacionar os conceitos matemáticos de hoje com os 328 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR construídos no passado, o educador permite que o educando reflita sobre as condições e necessidades que levaram o homem a chegar até determinados conceitos, ou seja, o educador estará proporcionando no processo de ensino e aprendizagem a reflexão da construção da sobrevivência dos homens e da exploração do universo, dessa forma, estará caracterizando a relação do homem com o próprio homem e do homem com a natureza. O produto do desenvolvimento da humanidade pode ser demonstrado através da historicidade. Isto indica que ao trabalhar nos bancos escolares a abstração, o conhecimento sistematizado e teórico, o educando entenderá o avanço tecnológico, a elaboração da ciência, a produção da vida em sociedade. Portanto, a abordagem histórica da Matemática permite ao educando jovem, adulto e idoso, compreender que o atual avanço tecnológico não seria possível sem a herança cultural de gerações passadas. Entretanto, essa abordagem não deve restringir-se a informações relativas a nomes, locais e datas de descobertas, e sim ao processo histórico, viabilizando com isso a compreensão do significado das ideias matemáticas e sociais. Mas, além de compreender que o conhecimento matemático é sóciohistórico, faz-se necessário que o educando estabeleça relações entre os elementos internos da própria Matemática – conteúdos escolares – e os conceitos sociais. Esse conhecimento prescinde de um tratamento metodológico que considere a especificidade da Educação de Jovens e Adultos – EJA e deve constituir o ponto de partida para todo o ensino e aprendizagem da Matemática. Visto que, os educandos devem ter oportunidades de contar suas histórias de vida, expor os conhecimentos informais que têm sobre os assuntos, suas necessidades cotidianas, suas expectativas em relação à escola e às aprendizagens em matemática. Embora, os jovens, adultos e idosos, com nenhuma ou pouca escolaridade dominem algumas noções básicas dos conteúdos matemáticos que 329 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR foram apreendidas de maneira informal nas suas vivências, a EJA tem a função de transformar essas noções elementares, conceitos espontâneos, em conceitos científicos, fazendo o educando dominar a Linguagem Matemática e suas Representações, os Conceitos Matemáticos e Sociais, os Cálculos e os Algoritmos, a História da Matemática e a Resolução de Problemas. A compreensão e apreensão desses pressupostos metodológicos por parte dos educandos e dos educadores dão significado aos conteúdos escolares a serem ensinados e estudados. Embora seja importante considerar que esses significados também devem ser explorados em outros contextos, como por exemplo, nas questões internas da própria Matemática e em problemas históricos. Desconsiderar esses pressupostos metodológicos na Educação de Jovens e Adultos uma prática centrada no desenvolvimento do pensamento linear e fragmentado, em uma concepção de ciência imutável, estabelecendo definitivamente o rompimento entre o lógico e o histórico, entre o conteúdo e as formas, entre a teoria e a prática, entre a lógica formal e a lógica dialética, entre a totalidade e as unidades, enfim, entre o mundo social e natural. A Educação Matemática deve ter, então, os seus pressupostos bem definidos e delimitados, uma vez que a teoria se desdobra em “prática científica”: Ao professor, como um profissional do ensino, é dada a responsabilidade não só de dominar a teoria como a de inscreve-la no universo de um cotidiano que a justificaria(...). As abstrações reunidas na teoria, organicamente dispostas em definições e conceitos, devem transitar por um caminho inverso. O professor precisa demonstrar a utilidade ou funcionamento do sistema teórico no real. A teoria precisa transmutar-se em dados ou exemplos concretos, que garantam, justifiquem ou exemplifiquem o já definido (hipoteticamente) no discurso. Nesse sentido, a teoria precisa desmembrar-se, na voz do professor, no relato de múltiplas interações ou mediações que repõem o problema no rastro de sua solução. (NAGEL, pp. 3-4, 2003) (Grifos nossos) 330 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nessa perspectiva, há de se considerar como ponto de partida a construção do conhecimento, os saberes desenvolvidos no decorrer da vivência dos educandos, que se manifestam em suas interações sociais e compõem suas bagagens culturais, que são frequentemente desconsiderados na prática pedagógica da EJA. No entanto, a superação desses saberes e a incorporação dos conceitos científicos são trabalhos que a escola deve planejar e executar. É importante enfatizar que, os conteúdos matemáticos quando abordados de forma isolada, não são efetivamente compreendidos nem incorporados pelos educandos como ferramentas eficazes para resolver problemas e para construir novos conceitos, pois, é perceptível que o conhecimento só se constrói plenamente quando é mobilizado em situações diferentes daquelas que lhe deram origem, isto é, quando é transferível para novas situações. Isto significa que os conhecimentos devem ser descontextualizados, abstraídos, para serem novamente contextualizados, ou seja, fazer a transposição didática. Logo, a educação matemática para o educando jovem, adulto e idoso deve ter como objetivo a superação de um ensino de Matemática que venha abordar os conteúdos de maneira fragmentada. Sendo assim, o ensino e a aprendizagem de Matemática devem contribuir para o desenvolvimento do raciocínio crítico, do pensamento reflexivo, da lógica formal e dialética, da coerência e consistência teórica da Ciência – o que transcende os aspectos práticos. Bem como ainda, possibilitar a emancipação política e social da humanidade, processo esse que se dá através do domínio do conhecimento. 331 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Para dimensionar o papel da Matemática na EJA é importante que se discuta a natureza desse conhecimento, suas principais características e seus métodos particulares, e ainda, é fundamental discutir suas articulações com outras áreas do conhecimento. As diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a importância do conhecimento teórico, no entanto, é de fundamental importância que o(a) educador(a) tenha certeza que, sem o qual, não é possível mudar qualquer prática pedagógica de forma significativa. Com isso, só se tem conseguido mudanças superficiais no que se refere à reposição de conteúdos, por meio de estratégias metodológicas tradicionais que não levem os educandos a uma transposição didática. É perceptível que, a mera seleção de conteúdos não assegura o desenvolvimento da prática educativa consistente. É necessário garantirmos, como dissemos anteriormente, a relação entre a teoria e a prática, entre o conteúdo e as formas, entre o lógico e o histórico. Portanto, é de suma importância que o educador se aproprie dos encaminhamentos metodológicos do ensino da Matemática, e acrescente, esses elementos à reflexão pedagógica da Educação de Jovens e Adultos. Nessa perspectiva, a contextualização do saber é uma das mais importantes noções pedagógicas que deve ocupar um lugar de maior destaque na análise da didática contemporânea. Trata-se de um conceito didático fundamental para a expansão do significado da educação escolar. O valor educacional de uma disciplina expande na medida em que o aluno compreende os vínculos do conteúdo estudado com uma contextualização compreensível por ele(...) O desafio didático consiste em fazer 332 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR essa contextualização sem reduzir o significado das ideias matemáticas que deram ao saber ensinado.” (PAIS, 2001, pp. 26-27). De forma equivocada, a abordagem de determinados conceitos fundamentais na construção do conhecimento matemático é muitas vezes suprimida ou abreviada, sob a alegação de que não fazem parte do cotidiano dos educandos. Tal concepção de ciência e de conhecimento viabiliza na escola uma visão reducionista da Matemática, cuja importância parece ficar restrita a sua utilidade prática; ao pragmatismo. Nesse contexto, a noção de contextualização permite ao educador uma postura crítica priorizando os valores educativos, sem reduzir o seu aspecto acadêmico (PAIS, 2001, p.27). O processo de seleção dos conteúdos matemáticos escolares, envolve um desafio, que implica na identificação dos diversos campos da Matemática e o seu objeto de estudo; processo de quantificação da relação do homem com a natureza e do homem com o próprio homem. No entanto, não devemos deixar de identificar os conteúdos escolares matemáticos que são socialmente relevantes para a EJA, pois os mesmos devem contribuir para o desenvolvimento intelectual dos educandos. As Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, versão preliminar, em seu capítulo “Orientações Metodológicas”, aponta quatro critérios para a seleção de conteúdos e das práticas educativas. São eles: • a relevância dos saberes escolares frente à experiência social construída historicamente; • os processos de ensino e aprendizagem, mediatizados pela ação docente junto aos educandos; 333 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • a organização do processo de ensino e aprendizagem, dando ênfase às atividades que permitem a integração entre os diferentes saberes; • as diferentes possibilidades dos alunos articularem singularidade e totalidade no processo de elaboração do conhecimento. Nessa forma de organização curricular, as metodologias são um meio e não um fim para se efetivar o processo educativo. É preciso que essas práticas metodológicas sejam flexíveis, e que adotem procedimentos que possam ser alterados e adaptados às especificidades da comunidade escolar. Nessa perspectiva, é de suma importância evidenciar que o ensino e a aprendizagem de Matemática sejam permeados pela(os): História da Matemática; Resolução de Problemas; Conceitos Matemáticos e Sociais; Linguagem Matemática e suas Representações; Cálculos e/ou Algoritmos; Jogos e Desafios. Estes elementos devem permear a metodologia de ensino da Matemática, pois eles expressam a articulação entre a teoria e a prática, explicitando no ato pedagógico a relação entre o signo, o significado e o sentido dos conteúdos escolares nos diversos contextos sociais e históricos. É importante enfatizar que a relação de conteúdos não deve ser seguida linearmente, mas desenvolvida em conjunto e de forma articulada, proporcionando ao educando a possibilidade de desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimulados a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo. Os conteúdos matemáticos presentes no ensino fundamental, a serem ensinados nas escolas de EJA, estão organizados por eixos. São eles: números e operações, geometria, medidas e tratamento de informação, que compreendem os elementos essenciais da organização curricular. 334 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os eixos e seus respectivos conteúdos deverão ser trabalhados de forma articulada. Esta relação pode ser viabilizada entre os eixos e/ou entre os conteúdos. É importante ter clareza da especificidade de cada eixo, bem como, que estes não devem ser trabalhados de maneira isolada, pois, é na inter-relação entre os conteúdos de cada eixo, entre os eixos de conteúdos e entre os eixos metodológicos, que as ideias matemáticas ganham significado. Os conteúdos matemáticos presentes no Ensino Médio, a serem ensinados nas escolas de EJA, deverão propiciar o desenvolvimento de conceitos: numéricos; algébricos; geométricos e gráficos e da mesma forma, devem ser trabalhados com um conjunto articulado. Isso significa que o tratamento dos conteúdos em compartimentos estanques deve dar lugar a uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. AVALIAÇÃO Nesse contexto, a avaliação em Matemática na EJA deve permitir ao educador fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da apreensão do conhecimento pelo educando, estabelecendo inter-relações entre o conhecimento matemático e o contexto social. É fundamental que a avaliação seja coerente com a metodologia utilizada pelo educador, bem como, com os objetivos que se pretende alcançar, visto que, esta tem a finalidade de fornecer informações do processo de desenvolvimento do educando – a ele mesmo e ao educador. Essas informações permitem ao educador, uma reflexão crítica sobre a sua prática pedagógica, no sentido de captar seus avanços, suas resistências, suas dificuldades e possibilitar uma tomada de decisão sobre o que fazer para superar os obstáculos, uma vez que os educandos possuem diferentes tempos de aprendizagem. 335 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O processo avaliativo deve ser um recurso pedagógico, que considera erros e acertos como elementos sinalizadores para seu replanejamento, ou seja, toma o erro como ponto de partida para rever caminhos, para compreender e agir sobre o processo de construção do conhecimento matemático. No que se refere à avaliação em matemática, considerando o perfil do educando jovem, adulto e idoso, pontua-se alguns indicativos a serem contemplados pelos educadores: • considerar todas as formas de raciocínio, ou seja, os procedimentos/métodos utilizados pelo educando para resolver uma determinada situação-problema; • resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação matemática, pois, mesmo que este não esteja de acordo, ele pode ter utilizado de métodos coerentes, equivocando-se em apenas parte do processo de desenvolvimento do raciocínio matemático; • erro deve ser considerado como ponto de partida para rever caminhos, compreendendo todo o processo de construção, do conhecimento matemático. Portanto, a avaliação da aprendizagem matemática considerada com mecanismo diagnóstico, deverá englobar todas as instâncias que compõem a escola: currículo, planejamento, metodologia, conteúdos, o educando, o educador e a própria escola. Entendida como processo, a avaliação deverá possibilitar uma constante elaboração e reelaboração não só do conhecimento produzido, mas da ação pedagógica como um todo. 336 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS Números e Operações: • Construção do conceito de número (IN, Z, Q, I e R): classificação e seriação; • Conjuntos numéricos: abordagem histórica; • Algoritmos e operações; • Raciocínio Proporcional; • Porcentagem; • Grandezas diretas e inversamente proporcionais; • Regra de três; • Juros simples e composto; • Expressar generalizações sobre propriedades das operações aritméticas; • Potenciação e radiciação; • Traduzir informações contidas em tabelas e gráficos em linguagem algébrica e vice-versa; • Operações com monômios e polinômios; • Equações de 1º e 2º graus; • Sistema de equações de 1º grau – com duas variáveis; • Cálculo Mental e Estimativa. 337 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Geometria: • Conceitos de: direção e sentido; paralelismo e perpendicularismo; • Reconhecimento dos sólidos (faces, arestas e vértices); • Classificação dos sólidos (poliedros e corpos redondos); • Conceituação dos poliedros; • Identificar poliedros e polígonos; • Cubo – quadrado; • Paralelepípedo – retângulo; • Pirâmide – triângulo; • Trabalhando a relação de figuras espaciais e percepção espacial; • Noção de planificação (espaço para o plano); • Planificação – construção das figuras espaciais (plano para o espaço); • Identificar – faces, arestas e vértices; • Identificar figuras planas; • Classificação dos polígonos. Ângulos – construção: • Soma dos ângulos internos de um polígono; • Classificação de triângulo quanto aos lados e ângulos; • Ampliação e redução de figuras (percepção e criatividade); • Ângulos notáveis (articulado com simetria e a construção de gráficos de setores); • Relações entre figuras espaciais e planas; • Decomposição e composição de figuras. • Congruência e semelhança: figuras planas, triângulos; • Simetria (conceitos/aplicações); 338 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Teorema de Tales; • Teorema de Pitágoras. Medidas de: • Tempo: calendário, relógio e relações com o sistema de numeração decimal uso de medidas de tempo e conversões de Temperatura (Corporal e Climática). • Sistema Monetário e sua relação com SND. • Conversões e relação entre as principais moedas: real, dólar, euro, pesquisa de mercado. • Ângulos. • comprimento. • superfície. • capacidade. • volume. • Razão entre áreas de figuras semelhantes;Perímetro e área de figuras planas; Cálculo de volume de alguns sólidos geométricos; Medidas de Massa. Tratamento de Informação Probabilidade: experimentos e situações problema; Estatística: problematização, coleta, organização, representação e análise de dados; Medidas de posição; Análise Combinatória: agrupamentos e problemas de contagem; Porcentagem, linguagem gráfica com análise quantitativa. 339 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ENSINO MÉDIO Números e Álgebra: • Organização dos Campos Numéricos; • Razão e Proporção; • Regra de três simples e composta; • Possibilidade de diferentes escritas numéricas envolvendo as relações entre as operações; • números decimais em forma de potência de 10, notação científica e potências de expoente negativo; • Radicais em forma de potência; • A potenciação e a exponenciação; • Propriedades da potenciação; • A linguagem algébrica: fórmulas matemáticas e as identidades matemáticas; • Decodificação, codificação e verificação de equações de 1º e 2º graus; • Sistema de Equações (com duas variáveis). Funções: • Função afim; • Função quadrática; • Sequências; • Progressão Aritmética; • Progressão Geométrica; • Noções de: Matrizes, Determinantes, Sistemas Lineares (3x3). 340 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Geometria e Trigonometria • Relações entre formas: espaciais e planas, e, planas e espaciais. • Representação geométrica dos números e operações. Geometria Espacial e Plana: • Relações entre quadriláteros quanto aos lados e aos ângulos, paralelismo e perpendicularismo; • Congruência e semelhança das figuras; • Propriedades de lados, ângulos e diagonais em polígonos; • Ângulos entre retas e circunferências e ângulos na circunferência; • Reta e plano no espaço, incidência e posição relativa; • Sólidos geométricos: representação, planificação e classificação; • Cilindro, cone, pirâmide, prismas e esfera; • Cálculo de volumes e capacidades; Geometria Analítica: • O ponto (distância entre dois pontos e entre ponto e reta); • A reta (distância entre retas); • A circunferência. Trigonometria: • Ângulos, processo de triangulação, triângulo retângulo, semelhança de triângulos. • As razões trigonométricas e o triângulo retângulo. • Leis do seno e cosseno. 341 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Tangente como razão entre o seno e o cosseno. • Construção de tabelas de senos, cossenos e tangentes de ângulos. • Cálculos de perímetros e áreas de polígonos regulares pela trigonometria. • Ciclo Trigonométrico – Trigonometria da 1ª volta. • Gráfico de funções trigonométricas. Tratamento de Informação • Estatística: • Gráficos e tabelas; • Medidas e tendência central; • Polígonos de frequência; • Aplicações; • Análise de dados; • Sistematização da contagem: • Princípio multiplicativo; • Análise Combinatória; • Probabilidade: • Probabilidade de um evento; • União e intersecção de eventos; • Probabilidade condicional; • Relação entre probabilidade e estatística. Noções de Matemática Financeira: • Porcentagem; • Juro composto; • Tabela Price (aplicação e construção). 342 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS Matemática: livro do estudante: ensino fundamental/coordenação Zuleika de Felice Murrice. - Brasília: MEC: INEP, 2002. Matemática: matemática e suas tecnologias: livro do professor: ensino fundamental e médio/coordenação Zuleika de Felice Murrice. - Brasília: MEC: INEP, 2002. BICUDO, M. A. V. e GARNICA, A. V. M. Filosofia da educação matemática. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. BOYER, C. B. História da matemática. Tradução: Elza F. Gomide. São Paulo: Edgard Blucher, 1974. BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental, 2002 – Proposta Curricular para a educação de jovens e adultos: segundo segmento do ensino fundamental: 5ª a 8ª série: introdução. DUARTE, Newton. O ensino de matemática na educação de adultos. São Paulo: Cortez, 1994. FONSECA, Maria da Conceição F. R. Educação Matemática de Jovens e Adultos: especificidades, desafios e contribuições. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. MATO GROSSO DO SUL, Secretaria de Estado de Educação. Subsídios de matemática. V. 8ª: 1 ed. Campo Grande: 2000. MIORIM, Maria Ângela. Introdução à história da matemática. São Paulo: Graal, 1973. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e adultos no Estado do Paraná – DCE. Versão preliminar. Jan/2005. PARANÁ, Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares do Ensino Fundamental no Estado do Paraná – DCE. Versão preliminar. Jan/2005. 343 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR PAIS, L. C. Didática da matemática – uma análise da influência francesa. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. SMOLE, K. S., DINIZ, M. I. Ler, escrever e resolver problemas. Porto Alegre: ARTMED, 2001. NAGEL, Lízia Helena. Em questão: profissionalismo no ensino. Maringá: UEM, 2003 (texto digitado). PETRONZELLI, Vera Lúcia L. Educação Matemática e a aquisição do conhecimento matemático: alguns caminhos a serem trilhados, 2002. (Dissertação de Mestrado, UTP) 166p. 344 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS CONCEPÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS A Educação de Jovens e Adultos – EJA, no Estado do Paraná, de acordo com suas Diretrizes e em consonância com as discussões realizadas com os professores da rede pública estadual de ensino, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Ciências, que norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina. Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos de buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento científico. É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Ciências no contexto escolar. Para tanto, Deve-se reconhecer que a ciência é diferente da disciplina escolar ciências. A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultado, aliás planejados, para o estudante possa entender o que é conhecido. A ciência sabe como procurar mas não conhece resultados de antemão. O ensino, ao contrário, conhece muito bem quais são os objetivos a encontrar, mas as discussões de como proceder para alcançá-los apontam para diferentes caminhos. Existe portanto uma diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em congressos científicos, 345 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos. (BIZZO. 2002, p. 14). Nessa perspectiva, a disciplina de Ciências tem como fundamento o conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela humanidade. Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da história podem ser entendidos pela interação das várias áreas do conhecimento, revelando a importância da Química, da Física, da Biologia, da Astronomia e das Geociências, que se complementam para explicar os fenômenos naturais e as transformações e interações que neles se apresentam. Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado conhecimento, portanto, é importante estabelecer as relações possíveis entre as disciplinas, identificando a forma com que atuam e as dimensões desses conhecimentos, pois o diálogo com as outras áreas do conhecimento gera um movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se conhece. Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Ciências na EJA é a reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticas e econômicas, assim como, a responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais de maneira sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele pertencemos. O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico que deve ser discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando possa compreender as mudanças ocorridas no contexto social, político e econômico e em outros meios com os quais interage, proporcionando-lhe também o estabelecimento das relações entre o conhecimento trazido de seu cotidiano e o conhecimento 346 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR científico e, partindo destas situações, compreender as relações existentes, questionando, refletindo, agindo e interagindo com o sistema. Essa relação entre ciência e tecnologia, aliada à forte presença da tecnologia no cotidiano das pessoas, já não pode ser ignorada no ensino de Ciências, e sua ausência aí é inadmissível. Consideram-se, ainda, os efeitos da ciência/tecnologia sobre a natureza e o espaço organizado pelo homem, o que leva à necessidade de incluir no currículo escolar uma melhor compreensão do balanço benefíciomalefício da relação ciência-tecnologia (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p.68-69). É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o universo, em uma concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao educando perceber os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que ele possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida. O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social. As Ciências Naturais são compostas de um conjunto de explicações com peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre a natureza e os artefatos materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão sempre balizados pelo fato de que os sujeitos já dispõem de conhecimentos prévios a respeito do objeto de ensino. A base de tal assertiva é a constatação de que participam de um conjunto de relações sociais e naturais prévias a sua 347 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR escolaridade e que permanecem presentes durante o tempo da atividade escolar (DELIZOICOV; ANGOTTI; PERNAMBUCO, 2002, p. 131). Dessa forma, é relevante que o ensino desenvolvido na disciplina de Ciências na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Na medida em que se acredita em uma Ciência aberta, inacabada, produto da ação de seres humanos inseridos em um contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, no estudo na disciplina de Ciências, como uma das formas de resgate e de construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma metodologia de ensino e de aprendizagem adequada à realidade do educando da EJA, em consonância com as Diretrizes Curriculares Estaduais propostas para esta modalidade de ensino. Segundo RIBEIRO (1999, p.8), “criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos”. Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, 348 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando - que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma real, como ponto de partida, o conjunto de saberes trazidos pelos educandos; - as experiências dos educandos no mundo do trabalho; - a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, ainda, o tempo pedagógico e o tempo físico; - as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico. Nesse aspecto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de Ciências de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos dos conteúdos com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode acontecer a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada" (SAVIANI, 1993, p.26). As dúvidas são muito comuns na disciplina de Ciências, devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico. Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de Ciências é a retomada histórica e epistemológica das origens e 349 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR evolução do pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo. É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos. A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência fundamental no ensino de Ciências. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo. Uma estratégia comum em Ciências é a utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como lugares alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75), é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados 350 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos. Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66), propõe que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos. Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos saberes, estimular a autonomia intelectual dos mesmos, através da criticidade, do posicionamento perante as situações-problema e da busca por mais conhecimentos. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos mesmos no processo educativo. O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a reflexão de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, pelo educador. O ensino de Ciências na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de 351 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem. Partindo da ideia de que a metodologia deve respeitar o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo. A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, deve-se respeitar e valorizar o perfil e a realidade dos educandos da EJA em todos os seus aspectos, oportunizando-lhe o acesso e a permanência no sistema escolar. Há necessidade, tanto por parte do educador, quanto da comunidade escolar, de conhecer o universo desses educandos, suas histórias de vida e suas trajetórias no processo educativo, visto que, cada um seguirá seu próprio caminho, dentro dos seus limites. Portanto, a avaliação tem como objetivo promover um diálogo constante entre educador e educandos, visando o seu êxito nos estudos e, de modo algum, a sua exclusão do processo educativo. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS É indispensável que a organização dos conteúdos da disciplina de Ciências na proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo dos educandos e à experiência cotidiana destes, procurando apresentar os conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na realidade. 352 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ao pensar nessa organização, o educador deve priorizar os conteúdos que possam ter significado real à vida dos educandos, possibilitando-lhes a percepção das diversas abrangências sobre um determinado fenômeno. Dessa forma, o ensino de Ciências não pode se restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar um de seus capítulos, pode realizar retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000, p.66). Considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos e as especificidades desta modalidade de ensino, principalmente no que tange ao tempo de ensino do educador e o tempo de aprendizagem dos educandos, a proposta de conteúdos essenciais da disciplina de Ciências, contempla: Universo. Sistema Solar. Planeta Terra. Matéria e Energia. Materiais, Átomos e Moléculas. Ligações, Transformações e Reações Químicas. Tipos de Energia, Movimentos, Leis de Newton. Calor, Ondas, Luz, Eletricidade e Magnetismo. Água, Ar e Solo. Desequilíbrios Ambientais. Biosfera; Ecossistemas. Seres Vivos. Organismo Humano. Saúde e Qualidade de vida. Biotecnologia; Ciência, Tecnologia e Sociedade. 353 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002. BORGES, R. M. R. Em debate: cientificidade e educação em Ciências. Porto Alegre: SE/CEC/RS, 1996. CANIATO, R. O céu. São Paulo: Ática, 1990. _____. O que é astronomia. São Paulo: Brasiliense, 1981. _____. A terra em que vivemos. Campinas: Papirus, 1985. CHASSOT, A. I. Catalisando transformações na educação. Ijuí: Editora Unijuí, 1994. _____. Para que(m) é útil o ensino? Canoas: Editora da ULBRA, 1995. _____.A ciência através dos tempos. São Paulo: Moderna, 1994. CHASSOT, A. I. & OLIVEIRA, R. J. (Org.) Ciência, ética e cultura na educação. São Leopoldo: Unisinos, 1998. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A. Metodologia do ensino de Ciências. São Paulo: Cortez, 1992. DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. .A.; PERNAMBUCO, M. A. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. GASPAR, Alberto. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 2003. GIL-PEREZ, D. & CARVALHO, A. M. P. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. São Paulo: Cortez. HAMBERGER, A. I. & LIMA, E.C. A. S. Pensamento e ação no ensino de ciências. São Paulo: Instituto de Física, 1989. KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: EPU/USP, 1987. 354 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OLIVEIRA, Renato José de. A escola e o ensino de ciências. São Leopoldo: Unissinos, 2000. RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999. SANTOS, Boaventura de Sousa. Um discurso sobre as ciências. São Paulo: Cortez, 2001. SAVIANI, Dermeval. A filosofia na formação do educador. In: _______. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28. STENGERS, Isabelle. Quem tem medo da ciência? São Paulo: Siciliano, 1989. 355 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE BIOLOGIA CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA A Educação de Jovens e Adultos - EJA, no Estado do Paraná, de acordo com suas Diretrizes Curriculares e em consonância com o documento apresentado como a segunda proposta preliminar das Diretrizes Curriculares Estaduais para o ensino Médio de Biologia da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta os fundamentos teóricos, metodológicos e avaliativos do ensino de Biologia, que norteiam a elaboração da proposta curricular desta disciplina. Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e aprendizagem da Biologia no contexto escolar, de modo que o modelo tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que desenvolva a capacidade dos educandos em buscar explicações científicas para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento científico. É necessário distinguir os campos de atuação da ciência, seus contextos e valores, como também, os objetivos dispensados à disciplina de Biologia no contexto escolar. Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia - Ensino Médio, desta Secretaria de Estado da Educação, “é objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda sua diversidade de manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo, ou ainda, de organismos no seu meio. Um sistema vivo é sempre fruto da interação entre seus elementos constituintes e da interação entre esse mesmo sistema e os demais componentes de seu meio. As diferentes formas de vida estão 356 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR sujeitas a transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo, transformadas e transformadoras do ambiente”. Nas Diretrizes, ainda, afirma-se que “ao longo da história da humanidade várias foram as explicações para o surgimento e a diversidade da vida, de modo que os modelos científicos conviveram e convivem com outros sistemas explicativos como, por exemplo, os de inspiração filosófica ou religiosa. Elementos da História e da Filosofia tornam possível, aos alunos, a compreensão de que há uma ampla rede de relações entre a produção científica e os contextos sociais, econômicos e políticos. É possível verificar que a formulação, a validade ou não das diferentes teorias científicas está associada a seu momento histórico.” As Diretrizes do Ensino Médio para a disciplina de Biologia consideram que “o conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa. Sabe-se que desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, ou Homo sapiens, não foi o ser predominante, e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui passaram. Por outro lado, ao longo deste processo de humanização, que durou aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala, diferenciandose de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o início das atividades agrícolas”. Ressaltam também, “o papel da Ciência e da sociedade como pontos articuladores entre a realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos, enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza 357 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR (...) É preciso que estes sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem do planeta o maior ser vivo conhecido”. É importante que o educando jovem e adulto tenha acesso ao conhecimento científico a fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário que perceba os aspectos positivos e negativos da ciência e da tecnologia, para que possa atuar de forma consciente em seu meio social e interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e políticos que sustentam a vida. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS O conjunto de saberes do educando deve ser considerado o ponto de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social. Conforme as Diretrizes Curriculares para a disciplina de BiologiaEnsino Médio – SEED-PR, “ na escola, a Biologia deve ir além das funções que já desempenha no currículo escolar. Ela deve discutir com os jovens instrumentalizando-os para resolver problemas que atingem direta ou indiretamente sua perspectiva de futuro”. As Diretrizes, ainda, consideram que para a discussão de todas estas características socioambientais e do papel do ensino formal de Biologia, as relações estabelecidas entre professor-aluno e aluno-aluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para isto, há necessidade de leitura e conhecimento sobre metodologia de ensino para que as aulas de Biologia sejam dinâmicas, interessantes, produtivas, e resultem em verdadeira aprendizagem. 358 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ressaltam também que, “pensar criticamente, ser capaz de analisar fatos e fenômenos ocorridos no ambiente, relacionar fatores sociais, políticos, econômicos e ambientais exige do aluno investigação, leitura, pesquisa. No ensino de Biologia, diferentes metodologias podem ser utilizadas com este propósito. A metodologia de investigação, por exemplo, permite ao aluno investigar a realidade buscando respostas para solucionar determinados problemas”. Na medida em que se acredita numa Ciência aberta, inacabada, produto da ação de seres humanos inseridos num contexto próprio relativo ao seu tempo e espaço e, ainda na disciplina de Biologia, como forma de resgate e de construção de melhores possibilidades de vida individuais e coletivas, há que se optar por uma metodologia de ensino e aprendizagem adequada à realidade do aluno da EJA. Segundo RIBEIRO (1999, p.8), criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos. Nessa perspectiva, destaca-se a importância de propiciar aos educandos, a compreensão dos conceitos científicos de forma significativa, ou seja, que o conhecimento possa estar sendo percebido em seu contexto mais amplo, não somente nos afazeres diários, mas na forma de perceber a realidade local e global, o que lhe permitirá posicionar-se e interferir na sociedade de forma crítica e autônoma. Para tanto, o educador da EJA deve partir dos saberes adquiridos previamente pelos educandos, respeitando seu tempo próprio de construção da aprendizagem, considerando: 359 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - que o educador é mediador e estimulador do processo, respeitando, de forma real, como ponto de partida o conjunto de saberes trazidos pelos educandos; - as experiências dos educandos no mundo do trabalho; - a necessária acomodação entre o tempo e o espaço do educando, o tempo pedagógico e o físico, visto que os mesmos interferem na sua “formação” científica; - as relações entre o cotidiano dos educandos e o conhecimento científico. Nesse contexto, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma problematização, ou seja, em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.26)”. As dúvidas são muito comuns na disciplina de Biologia, devendo ser aproveitadas para reflexão sobre o problema a ser analisado, e assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização, sem reduzir os conteúdos apenas à sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico. Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de Biologia é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento da Ciência, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo. 360 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR É importante salientar o uso criativo das metodologias pelo educador, que será indispensável em todos os momentos do seu trabalho, bem como o olhar atento e crítico sobre a realidade trazida pelos educandos. A busca de soluções para as problematizações constitui-se em referência fundamental no ensino de Biologia. Quando elaborada individual ou coletivamente deve ser registrada, sendo valorizados os saberes trazidos pelos educandos e a evolução do processo de aprendizagem. É importante lembrar que a cultura científica deve ser incentivada mesmo que de forma gradual, respeitando o tempo de cada grupo ou indivíduo. Uma estratégia comum em Biologia é a utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório. É importante que seja definido com clareza o sentido e o objetivo dessa alternativa metodológica, visto que muitas vezes, situações muito ricas do cotidiano são deixadas de lado em detrimento do uso do laboratório. Deve-se considerar a possibilidade de aproveitamento de materiais do cotidiano, assim como espaços alternativos, situações ou eventos para se desenvolver uma atividade científica. A utilização de experimentos e práticas realizadas em laboratório devem ser vistas como uma atividade comum e diversificada e que não abrem mão do rigor científico, devendo ser acompanhada pelo professor. Segundo BIZZO (2002, p.75), é importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos. Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. A respeito 361 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos. Ao pensar na organização dos conteúdos, o educador deve priorizar aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir das relações entre os diversos saberes, estimular a autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade dos mesmos, bem como a coerência dos mesmos no processo educativo. O processo avaliativo precisa ser reconhecido como meio de desenvolver a reflexão, de como vem ocorrendo o processo de aquisição do conhecimento por parte do educando. A verificação da aquisição do conhecimento deve ser ponto de partida para a revisão e reconstrução do caminho metodológico percorrido pelo educando e, principalmente, pelo educador. O ensino de Biologia na EJA deve propiciar o questionamento reflexivo tanto de educandos como de educadores, a fim de que reflitam sobre o processo de ensino e aprendizagem. Desta forma, o educador terá condições de dialogar sobre a sua prática a fim de retomar o conteúdo com enfoque metodológico diferenciado e estratégias diversificadas, sendo essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem. Partindo da ideia de que a metodologia deve estar respeitando o conjunto de saberes do educando, o processo avaliativo deve ser diagnóstico no sentido de resgatar o conhecimento já adquirido pelo educando permitindo 362 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR estabelecer relações entre esses conhecimentos. Desta forma, o educador terá possibilidades de perceber e valorizar as transformações ocorridas na forma de pensar e de agir dos educandos, antes, durante e depois do processo. A avaliação não pode ter caráter exclusivamente mensurável ou classificatório, visto que o ensino de Biologia deve respeitar e valorizar a realidade do educando em todos os seus aspectos, principalmente naqueles que deram origem à sua exclusão do processo educativo. CONTEÚDOS – BIOLOGIA ENSINO MÉDIO A proposta de sugestão de conteúdos básicos para a elaboração do currículo da disciplina de Biologia na Educação de Jovens e Adultos – EJA, fundamenta-se nas “Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR. É importante considerar que a organização dos conteúdos curriculares da disciplina de Biologia na EJA tem o objetivo de contemplar as necessidades e o perfil dos educandos desta modalidade de ensino da Educação Básica. Segundo as Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio – SEED-PR, os conteúdos básicos são entendidos como os saberes mais amplos da disciplina que podem ser desdobrados nos conteúdos pontuais que fazem parte de um corpo estruturado de saberes construídos e acumulados historicamente e que identificam a disciplina como um campo do conhecimento. Dentro da perspectiva dos conteúdos escolares como saberes, o termo "conteúdo" não se refere apenas a fatos, conceitos ou explicações destinados aos alunos para que estes conheçam, memorizem, compreendam, apliquem, relacionem, etc. Hoje, o critério que decide se certos conhecimentos concretos devem ser incluídos no currículo não se restringe ao seu valor 363 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR epistemológico e aceitação como conhecimento válido: a relevância cultural, o valor que lhes é atribuído no âmbito de uma cultura particular em um determinado momento histórico, entra em cena. Segundo as Diretrizes, estabelecer os conteúdos básicos para o ensino de Biologia requer uma análise desse momento histórico, social, político e econômico que vivemos; da relevância e abrangência dos conhecimentos que se pretendem serem desenvolvidos nessa modalidade de ensino; da atuação do professor em sala de aula; dos materiais didáticos disponíveis no mercado; das condições de vida dos alunos e dos seus objetivos. A decisão sobre o que e como ensinar Biologia no Ensino Médio deve ocorrer de forma a promover as finalidades e objetivos dessa modalidade de ensino e da disciplina em questão. Não se trata de estabelecer uma lista de conteúdos em detrimento de outra por manutenção tradicional ou por inovação arbitrária. Referimo-nos aos conceitos e concepções que têm a ver com a construção de uma visão de mundo; outros práticos e instrumentais para a ação, e ainda aqueles que permitem a formação de um sujeito crítico. Precisaremos estabelecer conteúdos básicos que, por sua abrangência, atendem às realidades regionais e, ao mesmo tempo garantem a identidade da disciplina. Na proposta, elaborada a partir das discussões com os professores do Ensino Médio Regular, propõe-se ampliar a integração entre os conteúdos básicos, destacando os aspectos essenciais sobre a vida e a vida humana que vão ser trabalhados por meio dos conhecimentos científicos referenciados na prática. A sugestão de conteúdos básicos estão descritos a seguir: ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS SERES VIVOS BIODIVERSIDADE PROCESSO DE MODIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS Organização celular e molecular: Biomas terrestre e Aquáticos Origem e evolução da Vida IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO CONTEXTO DA VIDA Ciência e saúde Pesquisas científicas 364 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - membrana, - citoplasma núcleo - divisão celular - tecidos - Os seres vivos e o Ambiente - Saúde Ecossistemas Ciclos Biogeoquímicos Desequilíbrio ambiental urbano e rural Biológicas Origem das espécies Bioética Genética, Biotecnologia Embriologia, Fisiologia comparada Ainda no que consta nas Diretrizes Curriculares de Biologia – Ensino Médio SEED-PR, há a justificativa para a organização e distribuição dos Conteúdos básicos, descrita a seguir: Os Conteúdos básicos de Biologia ao mesmo tempo agrupam as diferentes áreas da Biologia e proporcionam um novo pensar sobre como relacioná-los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino Médio. A nova proposta pretende modificar a estrutura firmada pela trajetória que o ensino de Biologia vem atravessando nestas últimas décadas. Estabelece os conteúdos básicos e um novo olhar de forma a relacioná-los com seus conteúdos pontuais sob os pontos de vista vertical, transversal e horizontal, procurando uma lógica dialética que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o aluno não tenha mais uma visão fragmentada da biologia. Organização e distribuição dos seres vivos. O estudo acerca da organização dos seres vivos, iniciou-se com as observações macroscópicas dos animais e plantas da natureza. Somente com o advento da invenção do microscópio por Robert Hooke século XVII, com base nos estudos sobre lentes de Antonie von Leewenhoeck, o mundo microscópico até então não observado foi evidenciado à luz da Ciência e da Tecnologia. 365 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A descoberta do mundo microscópico colocou em xeque várias teorias sobre o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as estruturas celulares. Como exemplos desta influência têm-se o estudo da anatomia das células das plantas pelo holandês Jan Swammerdam e, o aperfeiçoamento das Teorias Evolucionistas ambas no séc. XVII. No séc. XIX, à luz destas descobertas e Teorias, o alemão Christian Heineich Pander e o estoniano Karl Ernst von Baer desenvolveram estudos sobre a embriologia que estabeleceram as bases para estudos da Teoria Celular. Hugo von Mohl descobriu a existência do núcleo e do protoplasma da célula; Walther Fleming estudou o processo de mitose nos animais e Eduard Strasburger estudou este processo nas plantas. Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS, 1998, p 255) ... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito básicos: uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão de todos os fenômenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis moleculares subjacentes. Justifica-se este conteúdo básico por ser a base do pensamento biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a distribuição dos seres vivos na Natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os demais conteúdos básicos da disciplina. Biodiversidade A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade de caçar para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais, fizeram com que o homem passasse a estudar e observar a Natureza. Tem-se 366 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR registros deste conhecimento biológico empírico das atividades humanas, através das representações de animais e plantas nas pinturas rupestres realizadas nas cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos Babilônios por volta do ano 1800 a.C. A organização dos seres vivos começou a ser registrada em documentos com o Filósofo Aristóteles, que viveu no século IV a.C. e através de suas observações ele escreveu o livro “As Partes dos Animais”. Seu discípulo Teofasto deteve-se mais aos estudos das plantas, iniciando uma pré-classificação dos vegetais agrupando-as em espécies afins. Pelos seus estudos detalhados dos órgãos vegetais e descrição dos tecidos que as formam, Teofasto é considerado o fundador da anatomia vegetal. Percebe-se que as primeiras áreas da Biologia foram a zoologia e a botânica, não só pela curiosidade e necessidade, mas também pela facilidade de observação. Justifica-se estudá-las pelos mesmos motivos dos povos antigos que seria conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a Terra, qual sua utilidade para a nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres vivos. Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras implicações decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades agrícolas, de manejo de Florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das espécies de animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para habitação, como também, a influência da tecnologia em nosso cotidiano. Esclarecer que ao estudar a Biodiversidade estaremos diante de grandes desafios diante do progresso científico. O significado científico, econômico e ético do estudo da diversidade biológica deve ser compreendido pelos alunos, não só como análise de espécimes mas entendendo que a observação e sistematização do observado é uma atividade 367 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR científica relevante que se consolida nos sistemas de classificação e na taxionomia. (KRASILCHIK,2004) Processo de modificação dos seres vivos No século XVII com a invenção do microscópio pelo holandês Antonie van Leewenhoock (ROOSI, 2001), a biologia chamada celular e molecular tiveram um grande avanço significativo em suas descobertas. Marcelo Malpighi examinou grande quantidade de tecidos animais e vegetais, Robert Hooke descobriu a estrutura celular, e os primeiros microrganismos, inicialmente denominados animáculos, foram observados (ROSSI, 2001). Houve muitos avanços tecnológicos decorrentes do advento do microscópio, inclusive a formulação de novas teorias sobre o surgimento da vida, colocando à prova teorias tão dogmáticas como foi a Teoria da Geração Espontânea. Diferentes ideias transformistas foram se consolidando entre os cientistas, mas o grande marco para o mundo científico e biológico foi a publicação do livro “Origens das Espécies” de Charles Darwin, no século XIX. Foi também, na mesma época que Louis Pasteur, demonstrou o papel desempenhado pelos microrganismos no desenvolvimento de doenças infecciosas e realizou estudos sobre a fermentação. No século XX com o advento da invenção do microscópio eletrônico foi possível em 1953, a descoberta do DNA (ácido desoxirribonucléico), material químico que constitui o gene. Foram desenvolvidas técnicas de manipulação do DNA, que permitem modificar espécies de seres vivos; produzir substâncias como a insulina, através de bactérias; criação de cabras que produzem remédios no leite; criação de plantas com toxinas contra pragas e, de porcos com carne menos gordurosa. Além disso, a terapia gênica tem sido bastante estudada com fins de eliminar doenças geneticamente transmitidas. 368 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que podem transformar a nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos. Daí a importância do seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas as pessoas, para que elas possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que o controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função importante da própria sociedade. Implicações dos avanços biológicos no contexto da vida Os avanços científicos atuais permitiram que a genética e a biologia molecular alcançassem uma formidável capacidade tecnológica, que se torna cada vez mais efetiva, como, por exemplo, em poder-se modificar substancialmente um vírus, bactérias, plantas, animais e os próprios seres humanos. (SIDEKUM, 2002) Esse acelerado desenvolvimento científico e tecnológico nos deixa atordoados, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente podemos nos apropriar, mas por outro lado, estes avanços nos proporcionam um enorme conhecimento sobre a natureza, nos colocando muitas vezes acima dela. É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e de suas implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes no caso, de biologia, possam discutir questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente que indiretamente influenciam suas vidas. A análise de fenômenos biotecnológicos serve também para diminuir a divisão entre a escola e o mundo em que os estudantes vivem, na medida em que estes podem constatar as relações entre a pesquisa científica e a produção industrial ou a tecnologia tradicionalmente usada em sua comunidade. A busca das raízes científicas destas tecnologias tradicionais e de maneiras de aprimorá-las, a fim de que melhor sirvam à necessidade de elevar a qualidade de vida é uma forma de vincular o ensino à realidade em que vive o aluno. (KRASILCHIK, 2004, p. 186) 369 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre a manipulação genética do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia (biotecnologia) as perspectivas de mudanças de valores morais. Para CHAUÍ, 1995, “nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral” e movidos pela sensibilidade, somos capazes de reagir, de questionar, de nos manifestar contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou resolver problemas. Porém, questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgenia, geram dúvidas quanto à decisão a ser tomada e põem à prova, além do nosso senso moral, nossa consciência moral, “... pois exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as consequências delas, porque somos responsáveis por nossas decisões”. (CHAUÍ, 1995). Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e auxiliar o aluno na análise “à luz dos princípios, regras e direitos alternativos, além de levar em conta a avaliação intuitiva do aluno” (KRASILCHIK, 2004). 370 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez 2002, p.19 BASTOS, F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências. In: NARDI,R. Questões Atuais no Ensino de Ciências. São Paulo: Escrituras,1998. BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002. _____. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio, MEC, Brasília, 2004. BERNARDES,J.A .& FERREIRA, F. P. de M. Sociedade e Natureza. 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A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68, Campinas: dez, 1999. 371 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores associados, 1993, p.20-28. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do “I e II Encontro de Relações (Im) pertinentes”. Pinhais (2003) e Pinhão (2004). SIDEKUM,A. Bioética: como interlúdio interdisciplinar. Revista Centro de Educação. vol.27,n.º 01. Edição 2002, disponível em www.ufsm.br/ce/revista/index.htm 372 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE FÍSICA CONCEPÇÃO DO ENSINO DA FÍSICA Os princípios que norteiam a proposta da elaboração do currículo da disciplina de Física para a Educação de Jovens e Adultos – EJA, baseiam-se na fundamentação teórico-metodológica, contida na parte da “Introdução” das “Orientações Curriculares de Física – Texto Preliminar - Ensino Médio”, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná– SEED – PR. O processo ensino-aprendizagem em Física tem sido objeto de pesquisas por aqueles que se interessam ou se identificam com esse objeto. Parece haver um certo consenso que "... a preocupação central tem estado na identificação do estudante com o objeto de estudo. Em outras palavras, a questão emergente na investigação dos pesquisadores está relacionada à busca por um real significado para o estudo dessa Ciência na educação básica - ensino médio" (ROSA & ROSA, 2005, p.2). Os livros didáticos, de uma maneira geral, apresentam um discurso que mostra uma preocupação com a Física como uma ciência que permite compreender uma imensidade de fenômenos físicos naturais, que seriam indispensáveis para a formação profissional ou como subsídio para a preparação para o vestibular e a compreensão e interpretação do mundo pelos sujeitoseducandos. No entanto, neles a ênfase recai nos aspectos quantitativos em detrimento dos qualitativos e conceituais, privilegiando a resolução de “Problemas de Física” que, quase sempre, se traduzem em exercícios matemáticos com respostas prontas. Esse discurso tem norteado o trabalho de muitos professores e, mais que isso, as estruturas curriculares por eles organizadas. 373 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Não é leviano afirmar que as estruturas curriculares se valem dos livros didáticos para se organizarem. A opção de tal e tal livro didático determinará, a princípio, a constituição das disciplinas que assumem seu espaço curricular, demarcado pelo tempo (número de aulas) e profundidade. Mesmo que o discurso didático do professor seja amplo, abrangente e propicie contextualizações, em geral, ele fará uso de exercícios e problemas do livro didático e sua avaliação terá como base a literatura disciplinar do livro adotado. É importante lembrar que os livros didáticos dirigidos ao Ensino Médio refletem o mesmo enfoque disciplinar presente no meio universitário, levando os professores a consolidarem, na sua prática pedagógica, o estilo reprodutivista e disciplinar adquirido em sua formação. (...) Os currículos de Física nos cursos de graduação também colaboram para a manutenção do conhecimento físico ensinado nos moldes ditados internamente pelas disciplinas. (...) Certamente este indicador pode ser estendido, sem muitas ressalvas, à maioria dos cursos de formação de professores de Física e para a maioria das licenciaturas em ciências. O peso de uma tradição disciplinar, historicamente constituída, se impõe fortemente aos currículos dos cursos universitários, entre outros motivos, pela sua proximidade (mesmo que virtual) com as comunidades de produtores de conhecimento (PIETROCOLA; ALVES; PINHEIRO, s/d, p. 6-7). Nessa perspectiva, "... via de regra, os conteúdos acabam por ser desenvolvidos como se estabelecessem relações com eles mesmos, sendo desconsideradas as diversas relações com outros tópicos da própria Física e de outros campos de conhecimento" (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2001, p. 138). Essa concepção faz com que o ensino de física se transforme num ensino livresco, descontextualizado em sua história, não permitindo a compreensão de que a ciência é uma construção humana, com todas as implicações que isso possa ter, inclusive os erros e acertos decorrentes das atividades humanas, levando o estudante ... a ter uma ideia distorcida do que é a Física e quase sempre ao desinteresse pela matéria. Os estudantes devem ser levados a perceber que os modelos dos quais os pesquisadores lançam mão para descrever a natureza são 374 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR aproximações válidas em determinados contextos, mas que não constituem uma verdade absoluta. Muitas vezes ideias como as de partícula, gás ideal, queda livre, potencial elétrico e muitas outras são apresentadas sem nenhuma referência à realidade que representam, levando o estudante a julgálos sem utilidade prática. Outras vezes modelos como o de um raio luminoso, de átomo, de campo, de onda eletromagnética, etc., são apresentados como se fossem entes reais. (ALVARES, 1991, p. 42). Assim, a Física deixa de ser mais um instrumento para a compreensão do mundo, não permitindo ao aluno o acesso à compreensão conceitual e ao formalismo próprio deste campo de conhecimentos, essencial para o desenvolvimento de uma cultura em ciência, tendo em vista que "... um número elevado dos estudantes brasileiros, ou, não tem acesso aos estudos superiores, ou, segue cursos para os quais a Física não tem caráter propedêutico" (ALVARES, 1991, p. 25). Além disso, apesar do incentivo que deve ser dado à carreira universitária, esta deveria ser mais uma possibilidade e não o objetivo principal do ensino desta disciplina no nível médio. Também parece haver um consenso entre os professores em torno da idéia de que a Física é uma ciência experimental. No entanto, apesar de enfatizarem esse caráter experimental da matéria e a importância dessa consideração no sentido de contribuir para uma melhor compreensão dos fenômenos físicos, é comum ... adotarem textos que, além de não apresentarem uma só sugestão de experimento a ser realizado pelo professor ou pelos seus alunos, tratam os assuntos sem nenhuma preocupação com seu desenvolvimento experimental. Ou, outros, que se dizem preocupados com um curso voltado para a compreensão dos conceitos, escolherem textos que tratam matematicamente os tópicos abordados, sem trabalharem aspectos cognitivos da aprendizagem. (Ibidem, 1991, p. 25) 375 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Assim, ... como um empreendimento humano, a ciência é falível, ela pode degenerar ou pode responder as supremas aspirações dos homens. Como parte da sociedade, a Ciência também está aberta a influências externas, como qualquer atividade social, pode ser bem ou mal usada. (KNELLER, 1980, prefácio da obra) Deriva-se daí que a Ciência não é neutra visto que o cientista faz parte de um contexto social, econômico e cultural, influenciando e sendo influenciado por esse contexto, fato que não pode ser ocultado de nossos estudantes. Isso significa mostrar que a ciência não está pronta nem acabada e não é absoluta, mas, revelar aos nossos estudantes “... como é penoso, lento, sinuoso e, por vezes, violento, o processo de evolução das ideias científicas” (PONCZEK, 2002, p. 22). Se o conhecimento físico é ou foi produzido pelos sujeitos sociais que vivem ou que viveram num determinado contexto histórico, então, ele faz parte da cultura social humana e, portanto, é um direito dos estudantes conhecê-lo. Alem disso, se queremos contribuir para a formação de sujeitos que sejam capazes de refletir e influenciar de forma consciente nas tomadas de decisões, não podemos deixá-los alheios às questões relativas à Ciência e à tecnologia. Por isto é importante buscarmos o entendimento das possíveis relações entre o desenvolvimento da Ciência e da tecnologia e as diversas transformações culturais, sociais e econômicas na humanidade decorrentes deste desenvolvimento que, em muitos aspectos, depende de uma percepção histórica de como estas relações foram sendo estabelecidas ao longo do tempo. Mas, considerando que também as tecnologias são historicamente construídas e entendendo que ... tecnologia refere-se à forma específica da relação entre o ser humano e a matéria, no processo de trabalho, que envolve o uso de meios de produção para agir sobre a matéria, com base em energia, 376 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR conhecimento e informação. (...) refere-se a arranjos materiais e sociais que envolvem processos físicos e organizacionais, referidos ao conhecimento científico aplicável. No entanto, a tecnologia não é propriedade neutra ligada à eficiência produtivista, e não determina a sociedade, da mesma forma que esta não escreve o curso da transformação tecnológica. Ao contrário, as tecnologias são produtos da ação humana, historicamente construídos, expressando relações sociais das quais dependem, mas que também são influenciados por eles. Os produtos e processos tecnológicos são considerados artefatos sociais e culturais, que carregam consigo relações de poder, intenções e interesses diversos. (OLIVEIRA,2001, p. 101102) Considerando ainda que, como nos ensina Paulo Freire, ensinar exige respeito aos saberes dos educandos, o processo de ensino-aprendizagem em Física deve partir do conhecimento prévio dos alunos respeitando seu contexto social e suas concepções espontâneas a respeito de ciência. Em primeiro lugar, de acordo com MOREIRA (s/d, p.2), devemos abandonar o papel de ser apenas transmissores de conhecimentos e passarmos a ver, de fato, os sujeitos como elaboradores do saber físico, mas que precisam do professor como mediador. O autor parte do pressuposto que o objetivo do ensino é compartilhar, professor e aluno, significados e promover a aprendizagem significativa. Mas, isso acontecerá somente quando o educando internalizar esses significados de maneira não arbitrária e não literal, quando as novas informações adquirirem significado por interação com o conhecimento prévio do aluno e, simultaneamente, derem significados adicionais, diferenciarem, integrarem, modificarem e enriquecerem o conhecimento já existente. Em segundo, é preciso considerar que os sujeitos constroem suas ideias, sua visão do mundo tendo em vista os objetos a que têm acesso nas suas experiências diárias e nas suas relações afetivas. Segundo Novak, citado por MOREIRA (1999), os seres humanos fazem três coisas: pensam, sentem e atuam (fazem). Ou seja, ao se pensar uma metodologia de ensino para a Física é preciso 377 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ter em vista o que os estudantes já conhecem. Esta ideia remete aos estudos das concepções espontâneas ou ideias alternativas dos sujeitos: (...) Os estudos realizados sob essa perspectiva revelaram que as ideias alternativas de crianças e adolescentes são pessoais, fortemente influenciadas pelo contexto do problema e bastante estáveis e resistentes à mudança, de modo que é possível encontrálas mesmo entre estudantes universitários (...). Realizadas em diferentes partes do mundo, as pesquisas mostraram o mesmo padrão de ideias em relação a cada conceito investigado. (MORTINER, 1996, p.2) O educando será apresentado a princípios, concepções, linguagem, entre outros elementos utilizados pela Física, em que o discurso do professor deve permitir que ele perceba as diferenças entre a sua forma e a forma utilizada pela ciência para explicar um determinado fenômeno. Esse processo contribuirá para que o educando reformule as suas ideias tendo em vista a concepção científica. Assim, espera-se que esteja reelaborando seus conceitos, mas não necessariamente, que abandone suas ideias espontâneas. Poderá estar negociando ou adequando sua interpretação e linguagem ao contexto de utilização. Ou seja, seus conceitos serão mais elaborados ou menos elaborados, ou mais próximos do científico quanto maior for a necessidade ou interesse deste sujeito em utilizar esses conhecimentos no contexto da comunidade científica. Entendemos, então, que a Física deve educar para cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de um sujeito crítico, "... capaz de compreender o papel da ciência no desenvolvimento da tecnologia. (...) capaz de compreender a cultura científica e tecnológica de seu tempo" (CHAVES & SHELLARD, 2005, p. 233). Cabe colocar aqui que a cidadania da qual estamos falando não é a cidadania para o consumo, não é a cidadania construída através de intervenções 378 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR externas, doações da burguesia e do Estado moderno, mas, a cidadania que se constrói no interior da prática social e política de classes. Estamos entendendo que: ... nossa maneira de estar no mundo e com o mundo, como seres históricos, é a capacidade de, intervindo no mundo, conhecer o mundo. Mas, histórico como nós, o nosso conhecimento do mundo tem historicidade. (...) Daí que seja tão fundamental conhecer o conhecimento existente quanto saber que estamos abertos e aptos à produção do conhecimento ainda não existente" (FREIRE, 1996, p.31). Por isso entendemos que a contribuição da Física no Ensino Médio é a contribuição para a formação dos sujeitos através das " ... lutas pela escola e pelo saber, tão legítimos e urgentes (...). Por este caminho nos aproximamos de uma possível redefinição da relação entre cidadania e educação (...) a luta pela cidadania, pelo legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da democracia e da participação, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua constituição. (ARROYO, 1995, p.79) ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Apesar dos avanços científicos e tecnológicos, o conhecimento físico na EJA ainda é tratado como enciclopédico, resumindo-se a um aparato matemático que, normalmente, não leva a compreensão dos fenômenos físicos e ainda, acaba por distanciar o interesse dos educandos pela disciplina. 379 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nessa perspectiva o ensino de Física apresenta conceitos simplificados e reduzidos, bem como, leis e fórmulas desarticuladas do mundo vivencial. Além disso, é tratado como um campo de conhecimentos acabados, como verdades absolutas, fruto de alguns gênios da humanidade, contribuindo para que os educandos tornem-se passivos em sala de aula. É preciso repensar os aspectos metodológicos, para que propiciem condições de ensino que aproxime educadores e educandos da aventura da descoberta, tornando o processo de ensino e aprendizagem prazeroso, criativo e estimulador. Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p 7-8) A partir desse pressuposto, para romper com o modelo tradicional de ensino é necessário rever os meios de apresentação dos conteúdos, priorizando os conceitos físicos e optando por metodologias de ensino que se adaptem às necessidades de aprendizagem dos educandos. (...), não vemos como necessário, no momento, grandes alterações nos conteúdos tradicionais, mas sim, na forma como eles serão desenvolvidos. Entendemos que o avanço nos conhecimentos de Física deverá ser dado por uma inovação na metodologia de trabalho e não em termos de conteúdos. (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2000, p.40) Na reflexão desenvolvida com professores de Física da Educação de Jovens e Adultos, identificou-se algumas estratégias para o desenvolvimento 380 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR metodológico da disciplina de Física, considerando que essas estratégias metodológicas podem contribuir para o ensino e a aprendizagem dos educandos. Dessa forma, deve ser levado em conta a formação do professor, o espaço físico, os recursos disponíveis, o tempo de permanência do educando no espaço escolar e as possibilidades de estudo fora deste, para que as estratégias metodológicas possam ser efetivadas. A abordagem da Física enquanto construção humana No desenvolvimento dos conteúdos é necessário abordar a importância da Física no mundo, com relevância aos aspectos históricos, o conhecimento enquanto construção humana e a constante evolução do pensamento científico, assim como, as relações das descobertas científicas com as aplicações tecnológicas na contemporaneidade. A história da física não se limita à história de seus protagonistas. Antes ao contrário: é uma história do pensamento em que ideias surgem e desaparecem, em que pensamentos, muitas vezes completamente despropositados na época em que aparecem, tomam forma e ultrapassam as barreiras profissionais contemporâneas. Afinal, a física é hoje – num mundo em que a tecnologia permite revoluções e promete saídas para ao mais graves problemas – uma das manifestações de maior transparência de nossa cultura. (BARROS, 1996, p.7) O papel da experimentação no ensino de Física O uso da experimentação é viável e necessário no espaço e tempo da EJA, mesmo que seja por meio de demonstração feita pelo educador, ou da utilização de materiais alternativos e de baixo custo, na construção ou demonstração 381 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR dos experimentos. Assim, “quando o aluno afirma que um imã atrai todos os metais, o professor sugere que ele coloque essa hipótese à prova com pedaços de diferentes metais. Por mais modesta que pareça esta vivência, é rica em ensinamentos” (AXT, s/d, p.78). O lúdico – Brinquedos e jogos no ensino de Física Por meio desta estratégia de ensino o educando será instigado a pesquisar e propor soluções, visto que a ludicidade “... decorre da interação do sujeito com um dado conhecimento, sendo portanto subjetiva. Seu potencial didático depende muito da sensibilidade do educador em gerar desafios e descobrir interesses de seus alunos.” (RAMOS; FERREIRA, 1993, p.376) O cuidado com os conceitos e definições em Física O educando traz ideias e contextos para as coisas, para compreender e atuar no mundo. Essas ideias podem ser aproveitadas como ponto de partida para a construção do conhecimento científico, mas será necessário fazer a transposição destes conceitos espontâneos ou do senso comum para o conhecimento científico, com os cuidados necessários. Atualmente o entendimento do ensino de física é fortemente associado às ideias de conceitos espontâneos. Tais ideias indicam que quando as pessoas vêm para a escola, elas já têm um contexto para as coisas. Por outro lado, à medida que vamos inserindo os assuntos na sala de aula, queremos que o aluno vá montando aquela estrutura que nós temos, ligando os conceitos da forma como nós o fazemos. Entretanto, à medida que vamos ensinando, ele vai fazendo as ligações que quer. (...). Que pode, que consegue. E assim, os mesmos conceitos podem ser ligados de maneiras diferentes, em estruturas diferentes. É comum pensarmos que a 382 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR lógica, a maneira de raciocinar, de inserir algo em contextos mais amplos, utilizados por nós, professores, para construirmos nossas estruturas, seja algo absoluto, algo transcendental. Mas não é. A lógica depende do contexto em vigor. (...), sempre achamos que com a informação que fornecemos aos alunos eles farão as ligações que nós fizemos, mas isso não é necessariamente verdade. Não há nada que nos assegure que o aluno faz as ligações que nós gostaríamos que ele fizesse. O que dizemos em sala de aula pode ser interpretado de várias maneiras diferentes. (ROBILOTTA;BABICHAK, 1997, p.22). O cotidiano dos alunos/contextualização O educador deve ser o responsável pela mediação entre o saber escolar e as experiências provenientes do cotidiano dos educandos, as quais devem ser aproveitadas no processo da aprendizagem. Quanto mais próximos estiverem o conhecimento escolar e os contextos presentes na vida pessoal e no mundo no qual eles transitam, mais o conhecimento terá significado. Contextualizar o ensino significa incorporar vivências concretas e diversificadas, e também, incorporar o aprendizado em novas vivências. (SEED-PR, 2000, s/d) O papel do erro na construção do conhecimento Os erros e acertos no processo de ensino e aprendizagem devem ser considerados como elementos sinalizadores para a reconstrução dos conceitos e melhor compreensão dos conteúdos. Cabe ao educador administrar este processo no qual os educandos da EJA necessitam de apoio, principalmente pelo processo diferenciado de estudo e o tempo que permanecem no espaço escolar. É essencial 383 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR valorizar os acertos e tornar o erro como algo comum, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem. O incentivo à pesquisa e a problematização É importante incentivar os educandos para que ampliem seus conhecimentos por meio de pesquisa, como atitude cotidiana e na busca de resultados. Para tanto, será útil distinguir entre pesquisa como atitude cotidiana e pesquisa como resultado específico. Como atitude cotidiana, está na vida e lhe constitui a forma de passar por ela criticamente, tanto no sentido de cultivar a consciência crítica, quanto no de saber intervir na realidade de modo alternativo com base na capacidade questionadora. (...). Como resultado específico, pesquisa significa um produto concreto e localizado, (...), de material didático próprio, ou de um texto com marcas científicas. (...). Os dois horizontes são essenciais, um implicando o outro. No segundo caso, ressalta muito mais o compromisso formal do conhecimento reconstruído, enquanto o primeiro privilegia a prática consciente. (DEMO, 1997, p. 12-13) A problematização consiste em lançar desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade. (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada” (SAVIANI, 1993, p.2526). As dúvidas são ocorrências muito comuns na Física, porém, poderão ser aproveitadas para as reflexões sobre o problema a ser analisado. Os recursos da informática no ensino da Física O uso da informática na educação vem se tornando uma ferramenta cada vez mais importante e indispensável para o enriquecimento das aulas teóricas e à melhor compreensão dos estudos elaborados. A familiarização do educando 384 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR com o computador se faz necessária dentro da escola, visto que a tecnologia se faz presente nos lares, no trabalho e aonde quer que se vá. É necessário o mínimo de entendimento sobre as tecnologias usuais e como utilizar-se desta ferramenta para ampliar os conhecimentos. O uso de textos de divulgação científica em sala de aula Os textos científicos encontrados em jornais, revistas, sites e em outros meios de divulgação científica, podem conter conteúdos significativos ao ensino de Física e serem explorados de diversas formas. Deve-se ter o cuidado de estar selecionando textos validados por profissionais da área e que tenham cunho científico, observando a existência de erros conceituais ou informações incorretas. A utilização do material de apoio O ensino da Física não deve estar apenas pautado no uso do material didático fornecido pela entidade mantenedora, é fundamental utilizar-se de outros recursos, como os apontados anteriormente, para enriquecer as aulas e tornar o processo de ensino mais harmonioso e agradável. Assim, o material deve servir de apoio, tanto ao educador como ao educando, ao lado de outras alternativas de ensino e aprendizagem que complementem o conhecimento proposto. CONTEÚDOS DE FÍSICA – ENSINO MÉDIO Considerando-se a amplitude dos conhecimentos físicos, é necessário pensar a importância e essencialidade dos conteúdos, visando contemplar aprendizagens significativas aos educandos da EJA. 385 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Para isso, é indispensável que a organização dos conteúdos na proposta curricular esteja vinculada ao espaço e ao tempo de estudo dos educandos e a experiência cotidiana destes, procurando apresentar esses conteúdos como instrumentos de melhor compreensão e atuação na realidade. Para a maioria dos educandos da EJA, como também ... para uma grande parte da população, os conhecimentos de Física do Ensino Médio têm grande possibilidade de serem os únicos dessa disciplina aos quais os alunos terão acesso pela via escolar. Percebemos, então, a pertinência e necessidade de reorganização dos componentes curriculares de física - entendida aqui a ideia de currículo como sendo algo muito mais amplo do que mera listagem de conteúdos de tal forma que possam dar conta, tanto das demandas de continuidade dos estudos e das de natureza profissional como, e principalmente, daquelas exigidas pela vida no seu dia-a-dia. (GARCIA; ROCHA; COSTA, 2000, p. 139-140) Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os essenciais, ou seja, àqueles que possam ter significado real à vida dos educandos. Os conteúdos devem possibilitar a percepção das diversas abrangências sobre um determinado fenômeno, portanto, o ensino não pode se restringir apenas ao livro didático ou ao material de apoio. “A seleção de conteúdos é tarefa do professor; ele pode produzir uma unidade de ensino que não existe no livro ou deixar de abordar um de seus capítulos, pode realizar retificações ou propor uma abordagem diferente” (BIZZO, 2000, p.66). Considerando-se ainda as Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação de Jovens e Adultos e as especificidades desta modalidade de ensino, principalmente no que tange ao tempo de ensino do educador e o tempo da aprendizagem dos educandos, a proposta de conteúdos básicos da disciplina de Física, segue o disposto a seguir: 386 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR INTRODUÇÃO À FÍSICA Campo de estudo e atuação da Física. História da Física. A Física contemporânea e suas aplicações tecnológicas. MECÂNICA Movimento retilíneos. Movimentos curvilíneos. Movimento circular uniforme. Queda-livre. Os Princípios da Mecânica (Leis de Newton). Energia. Trabalho. Potência. Impulso e quantidade de movimento. A Gravitação Universal. A Hidrostática. FÍSICA TÉRMICA Fenômenos térmicos. O calor e a temperatura. O fenômeno da dilatação nos sólidos, líquidos e gases. As mudanças de estado físico da matéria. Trocas de calor. Transmissão de calor. Comportamento térmico dos gases. As Leis da Termodinâmica. 387 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ONDULATÓRIA Fenômenos ondulatórios. Ondas mecânicas e eletromagnéticas. Natureza ondulatória e quântica da luz. ÓPTICA Fenômenos luminosos. Princípios da Óptica Geométrica. Aplicações do fenômeno da reflexão e refração da luz. Lentes e instrumentos ópticos de observação. Espelhos. A óptica e o olho humano. ELETRICIDADE E MAGNETISMO Fenômenos elétricos e magnéticos. Aspectos estáticos e dinâmicos da eletricidade. A Lei de Coulomb. O campo elétrico . Potencial elétrico. A corrente elétrica. Geradores e circuitos elétricos. O campo magnético. Indução magnética. ENERGIA Energia e suas transformações. Fontes e tipos de energia. Energia, meio ambiente e os potenciais energéticos do Brasil. A energia elétrica nas residências. 388 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS ALVARES. B.A. Livro didático – análise e reflexão. In: MOREIRA, M. A.; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991, p.18-46. ARROYO, M. G. Educação e exclusão da cidadania. In: BUFFA, Ester; ARROYO, Miguel G.; NOSELLA, PAULO. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? 5 ed. São Paulo: Cortez, 1995. (Coleção questões de nossa época) AXT, Rolando. O Papel da Experimentação no Ensino de Ciências. In: MOREIRA, Marco Antonio. AXT, Rolando. Tópicos em Ensino de Ciências. Porto Alegre: Sagra, s/d. BARROS, Henrique Lins.In: BEM-DOV, Yoav. Convite à física. Rio de Janeiro: Jorge Zahar ed., 1996. Prefácio da obra. BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002. CHAVES, A.; SHELLARD, R.C. Física para o Brasil: pensando o futuro. São Paulo: Sociedade Brasileira de Física, 2005. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. 2. ed.,Campinas: Autores Associados, 1997. FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. (Coleção Leitura) GARCIA, N. M. Dias ; ROCHA,V. Jazomar ; COSTA, R. Z. Visneck. Física. In: KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000. MOREIRA, M.A. Teorias da aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999. MOREIRA, M. A. Revalorização do professor e aprendizagem significativa: dois fatores importantes para a reconstrução da escola pública. Texto digitalizado, s/d2. MORTIMER, F. E. Construtivismo, Mudança Conceitual e Ensino de Ciências: para onde vamos? Investigações em Ensino de Ciências. V.1, n.1, abril de 1996. In: http://www.if.ufrgs.br/public/ensino/. Acesso em 07/06/2005. 389 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OLIVEIRA. M. R.N. S. Do mito da tecnologia ao paradigma tecnológico; a mediação tecnológica nas práticas didático-pedagógicas. In: Revista Brasileira de Educação, set/ou/nov/dez, 2001, n.18. Reunião anual da ANPED, 24º. Caxambu: ANPED, p.101-107. RAMOS, Eugênio M. de França. FERREIRA, Norberto Cardoso. O desafio lúdico como alternativa metodológica para o ensino de física. In: Atas do X SNEF, 2529/janeiro, 1993. RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade, vol. 20, n.68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999. ROBILOTTA, Manoel Roberto. BABICHAK, Cezar Cavanha. Definições e conceitos em Física. In: Cadernos Cedes, ano XVIII, no. 41, junho/ 97, p. 35 – 45. ROSA, C. W. da; ROSA, A. B. da. Ensino de Física: objetivos e imposições no ensino médio. Revista Eletrónica de Ensenãnza de las Ciencias. Vol.4, nº 1, 2005. SEED-PR. Proposta pedagógica e autonomia da escola. Set, 2000, texto digitalizado. SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p. 20-28. DISCIPLINA DE QUÍMICA CONCEPÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA A consolidação da Química como ciência foi um dos fatos que permitiu o desenvolvimento das civilizações, determinando maneiras diferenciadas no modo de viver. A Química está inserida nas ações e nos recursos utilizados nas diversas atividades diárias das pessoas e, segundo BIZZO (2002, p.12), 390 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR o domínio dos fundamentos científicos hoje em dia é indispensável para que se possa realizar tarefas tão triviais como ler um jornal ou assistir à televisão. Da mesma forma, decisões a respeito de questões ambientais, por exemplo, não podem prescindir da informação científica, que deve estar ao alcance de todos. Assim, a Química fundamenta-se como uma ciência que permite a evolução do ser humano nos aspectos ambientais, econômicos, sociais, políticos, culturais, éticos, entre outros, bem como o seu reconhecimento como um ser que se relaciona, interage e modifica, positiva ou negativamente, o meio em que vive. A Química como ciência contempla as tradições culturais e as crenças populares que despertam a curiosidade por fatos, propiciando condições para o desenvolvimento das teorias e das leis que fundamentam as ciências. BIZZO (2002, p.17), afirma que a ciência não está amparada na verdade religiosa nem na verdade filosófica, mas em um certo tipo de verdade que é diferente dessas outras. Não é correta a imagem de que os conhecimentos científicos, por serem comumente fruto de experimentação e por terem uma base lógica, sejam “melhores” do que os demais conhecimentos. Tampouco se pode pensar que o conhecimento científico possa gerar verdades eternas e perenes. Desta forma, é importante considerar que o conhecimento químico não é algo pronto, acabado e inquestionável, mas em constante transformação. A Química, trabalhada como disciplina curricular do Ensino Médio, deve apresentar-se como propiciadora da compreensão de uma parcela dos resultados obtidos a partir da Química como ciência. A ciência realizada no laboratório requer um conjunto de normas e posturas. Seu objetivo é encontrar resultados inéditos, que possam explicar o desconhecido. No entanto, quando é ministrada na sala de aula, requer outro conjunto de procedimentos, cujo objetivo é alcançar resultados esperados, aliás planejados, para que o 391 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR estudante possa entender o que é conhecido. (...) Existe portanto uma diferença fundamental entre a comunicação de conhecimento em congressos científicos, entre cientistas, e a seleção e adaptação de parcelas desse conhecimento para ser utilizado na escola por professores e alunos. (BIZZO, 2002, p.14) Essa percepção deve fazer parte do trabalho pedagógico realizado nas escolas e conforme MALDANER (2000, p.196), compreender a natureza da ciência química e como ela se dá no ensino e na aprendizagem passou a ser um tema importante, revelado a partir das pesquisas educacionais, principalmente as pesquisas realizadas na década de 1980 sobre as ideias alternativas dos alunos relacionadas com as ciências naturais. No âmbito da pesquisa educacional, mais ligado à educação científica, estava claro, já no início dos anos 90, que era fundamental que os professores conhecessem mais o pensamento dos alunos,bem como, a natureza da ciência que estavam ensinando. No entanto, isso não era prática usual nos cursos de formação desses professores. Tal consideração vem de encontro com a forma com que muitos educadores têm trabalhado esta disciplina, priorizando fatos desligados da vida dos educandos, em que os educadores abordam, principalmente, os conteúdos acadêmicos, enfatizando a memorização, o que torna a disciplina desvinculada da realidade dos seus alunos e sem significação para sua vida. Considerando que uma das funções do aprendizado dos conhecimentos químicos na escola deve ser a de perceber a presença e a importância da Química em sua vivência, para DELIZOICOV et.al.ı (2002, p.34), 392 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR a ação docente buscará constituir o entendimento de que o processo de produção do conhecimento que caracteriza a ciência e a tecnologia constitui uma atividade humana, sócio-historicamente determinada, submetida a pressões internas e externas, com processos e resultados ainda pouco acessíveis à maioria das pessoas escolarizadas, e por isso passíveis de uso e compreensão acríticos ou ingênuos; ou seja, é um processo de produção que precisa, por essa maioria, ser apropriado e entendido. Assim, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de Química na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos prévios, a construção do conhecimento científico, por meio da análise, reflexão e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO Considerando os encaminhamentos metodológicos contidos na proposta pedagógica de ensino para a disciplina de Química no Ensino Médio Regular, faz-se necessário refletir as especificidades do trabalho com a Química na Educação de Jovens e Adultos (EJA), considerando as Diretrizes Curriculares Estaduais para essa modalidade de ensino da educação básica. Nesse sentido, para o trabalho metodológico com essa disciplina, uma alternativa seria partir da sequência: “fenômeno–problematização– representação-explicação” (MALDANER, 2000, p.184). Para o autor, episódios de alta vivência dos alunos passariam a ser importantes no processo de ensino e aprendizagem e não obstáculo a ser superado (...) O importante é identificar situações de alta vivências comuns ao maior número possível de alunos e a partir delas começar o trabalho de ensino. (MALDANER, 2000, p. 184) Nessa ótica, não cabe ao educador apresentar apenas fórmulas, classificações, regras práticas, nomenclaturas, mas sim, trabalhar conteúdos com os 393 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR quais o educando venha a apropriar-se dos conhecimentos de forma dinâmica, interativa e consistente, respeitando os diferentes tempos de aprendizagem e propiciando condições para que o mesmo perceba a função da Química na sua vida. Criar novas formas de promover a aprendizagem fora dos limites da organização tradicional é uma tarefa, portanto, que impõem, antes de mais nada, um enorme desafio para os educadores (...), romper o modelo de instrução tradicional implica um alto grau de competência pedagógica, pois para isso o professor precisará decidir, em cada situação, quais formas de agrupamento, sequenciação, meios didáticos e interações propiciarão o maior progresso possível dos alunos, considerando a diversidade que inevitavelmente caracteriza o público da educação de jovens e adultos. (RIBEIRO, 1999, p.8) Conforme SCHNETZLER (2000) citada em MALDANER (2000, p. 199), “Aprender significa relacionar”. A aprendizagem dos vários conceitos químicos terá significado somente se forem respeitados os conhecimentos e as experiências trazidos pelo educando jovem e adulto, de onde sejam capazes de estabelecer relações entre conceitos micro e macroscópicos, integrando os diferentes saberes – da comunidade, do educando e acadêmico. Segundo FREIRE (1996, p.38), “a educação emancipatória valoriza o ’saber de experiência feito’, o saber popular, e parte dele para a construção de um saber que ajude homens e mulheres na formação de sua consciência política.” Para que isso se evidencie no ambiente escolar, para a disciplina de Química, considera-se a afirmação de MALDANER (2000, p. 187), de que “o saber escolar deve permitir o acesso, de alguma forma, ao conhecimento sistematizado. Assim ele será reconstruído e reinventado em cada sala de aula, na interação alunos/professor, alunos/alunos e, também, na interação com o entorno social”. Dessa forma, o ensino da disciplina de Química deve contribuir para que o educando jovem e adulto desenvolva um olhar crítico sobre os fatos do cotidiano, levando-o a 394 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR compreensão dos mesmos de forma consciente, dando-lhe condições de discernir algo que possa ajudá-lo, daquilo que pode lhe causar problemas. Nesse sentido, ressalta-se a importância de trabalhar a disciplina de forma contextualizada, ou seja, com situações que permitam ao educando jovem e adulto a inter-relação dos vínculos do conteúdo estudado com as diferentes situações com que se deparam no seu dia-a-dia. Essa contextualização pode-se dar a partir de uma problematização, ou seja, lançando desafios que necessitem de respostas para determinadas situações. “A essência do problema é a necessidade (...), um obstáculo que é necessário transpor, uma dificuldade que precisa ser superada, uma dúvida que não pode deixar de ser dissipada.” (SAVIANI, 1993, p.26) As dúvidas são muito comuns em Química, devendo ser aproveitadas para a reflexão sobre o problema a ser analisado. Sendo assim, para o educador, o desafio consiste em realizar esta contextualização sem reduzir os conteúdos apenas a sua aplicação prática, deixando de lado o saber acadêmico. Um aspecto importante a ser considerado no trabalho com a disciplina de Química é a retomada histórica e epistemológica das origens e evolução do pensamento na ciência Química, propiciando condições para que o educando perceba o significado do estudo dessa disciplina, bem como a compreensão de sua linguagem própria e da cultura científica e tecnológica oriundas desse processo, pois as diversas contingências históricas têm levado os professores a deixar de lado a importância do saber sistematizado, resultando numa prática pedagógica pouco significativa. É fundamental mencionar, também, a utilização de experimentos e as práticas realizadas em laboratório como um dos recursos a serem utilizados no trabalho docente, a fim de que o educando possa visualizar uma transformação química, inserindo conceitos pertinentes e estabelecendo relações de tal experimento com aspectos da sua vivência. Segundo BIZZO (2002, p.75), é 395 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR importante que o professor perceba que a experimentação é um elemento essencial nas aulas de ciências, mas que ela, por si só, não garante bom aprendizado. (...) ...a realização de experimentos é uma tarefa importante, mas não dispensa o acompanhamento constante do professor, que deve pesquisar quais são as explicações apresentadas pelos alunos para os resultados encontrados. É comum que seja necessário propor uma nova situação que desafie a explicação encontrada pelos alunos. Nesse sentido, um aspecto importante a ser considerado é o fato de que o educador não deve se colocar como o verdadeiro e único detentor do saber, apresentando todas as respostas para todas as questões. Conforme BIZZO (2002, p.50), o professor deveria enfrentar a tentação de dar respostas prontas, mesmo que detenha a informação exata, oferecendo novas perguntas em seu lugar, que levassem os alunos a buscar a informação com maior orientação e acompanhamento. Perguntas do tipo “por quê?” são maneiras de os alunos procurarem por respostas definitivas, que manifestem uma vontade muito grande de conhecer. Se o professor apresenta, de pronto, uma resposta na forma de uma longa explicação conceitual, pode estar desestimulando a busca de mais dados e informações por parte dos alunos. Ao proceder dessa forma, o educador leva o educando a pensar e a refletir sobre o assunto trabalhado, estimulando-o a buscar mais dados e informações. Um outro aspecto a ser considerado no trabalho docente, é a utilização do material de apoio didático como uma das alternativas metodológicas, de tal forma que não seja o único recurso a ser utilizado pelo educador. MALDANER (2000, p. 185), afirma que é por isso que não é possível seguir um “manual” de instrução, do estilo de muitos livros “didáticos” brasileiros originados dos “cursinhos pré-vestibulares”, para iniciar o estudo de química no ensino médio. A lógica proposta nesses “manuais” é a da química 396 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR estruturada para quem já conhece a matéria e pode servir, perfeitamente, de revisão da matéria para prestar um exame tão genérico como é o exame vestibular no Brasil.(...) O que seria adequado para uma boa revisão da matéria, característica original dos “cursinhos pré-vestibulares”, tornou-se programa de ensino na maioria das escolas brasileiras. A respeito do livro didático, BIZZO (2002, p. 66) propõe que ele deve ser utilizado como um dos materiais de apoio, como outros que se fazem necessários, cabendo ao professor, selecionar o melhor material disponível diante de sua própria realidade, onde as informações devem ser apresentadas de forma adequada à realidade dos alunos. Ao pensar os conteúdos a serem trabalhados, o educador deve priorizar os essenciais, ou seja, aqueles que possam ter significado real à vida dos educandos jovens e adultos. Os conteúdos trabalhados devem possibilitar aos mesmos a percepção de que existem diversas visões sobre um determinado fenômeno e, a partir dessa relação, poderem constituir a sua própria identidade cultural, estimulando sua autonomia intelectual. Os conteúdos podem ser organizados sem a rígida sequência linear proposta nos livros didáticos. Para tanto, deve ser avaliada a relevância e a necessidade desses conteúdos, assim como a coerência dos mesmos para o processo educativo. CONTEÚDOS DE QUÍMICA – ENSINO MÉDIO O programa de Química contempla os seguintes conteúdos, considerados essenciais para a conclusão da disciplina de Química no Ensino Médio na modalidade Educação de Jovens e Adultos. Matéria e substâncias Reações Químicas Funções Orgânicas e Inorgânicas 397 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ligações Químicas Ligações entre as moléculas Tabela periódica e periodicidade Estrutura atômica Estequiometria Estudo dos Gases Radioatividade Propriedades coligativas Eletroquímica Equilíbrio Químico Soluções Termoquímica É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos conhecimentos informais que os educandos têm sobre a Química, sistematizar as estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos conteúdos mencionados anteriormente, qual a intensidade de aprofundamento, bem como a articulação entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um. Para a organização dos conteúdos é indicado que seja utilizada a problematização, cujo objetivo consiste em gerar um tema para contextualização. Os temas são baseados em fatos locais, regionais, nacionais ou mundiais, que possam refletir sobre os acontecimentos que relacionam a Química com a vida, com o ambiente, com o trabalho e com as demais relações sociais. A partir do contexto abordado, devem ser selecionados os conteúdos que possam ser trabalhados, independentemente da sequência usual presente nos livros didáticos da disciplina. Nesse sentido, ao organizar os conteúdos, bem como, a forma como serão desenvolvidas as atividades para aprofundamento e avaliação, o educador terá condições de desenvolver 398 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR metodologias que visem evitar a fragmentação ou a desarticulação dos conteúdos dessa disciplina. Na perspectiva que se propõe, a avaliação na disciplina de Química vem mediar a práxis pedagógica, sendo coerente com os objetivos propostos e com os encaminhamentos metodológicos, onde os erros e os acertos deverão servir como meio de reflexão e reavaliação da ação pedagógica como um todo. É essencial valorizar os acertos, considerando o erro como ponto de partida para que o educando e o educador compreendam e ajam sobre o processo de construção do conhecimento, caracterizando-o como um exercício de aprendizagem. Nessa ótica, a avaliação deve considerar que a cultura científica é repleta de falhas, de pontos de vista diferenciados e, muitas vezes, sem consenso. A avaliação é sempre uma atividade difícil de se realizar. Toda avaliação supõe um processo de obtenção e utilização de informações, que serão analisadas diante de critérios estabelecidos segundo juízos de valor. Portanto, não se pode pretender que uma avaliação seja um processo frio e objetivo; ele é, em si, subjetivo, dependente da valorização de apenas uma parcela das informações que podem ser obtidas. Essas características são importantíssimas para que possamos compreender a utilidade e os limites da avaliação e como ela pode ser utilizada pelo próprio professor para reorientar sua prática. (BIZZO, 2002, p.61) Assim, ao avaliar, o educador deve superar o autoritarismo, o conteudismo e o ato de avaliar como objeto de punição, perpassando por vários caminhos, fundamentados na concepção teórica e no encaminhamento metodológico da disciplina de Química, estabelecendo uma perspectiva de torná-la reflexiva, crítica, que valoriza a diversidade e reconhece as diferenças, voltada para a autonomia do educando jovem, adulto e idoso. REFERÊNCIAS BIZZO, N. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2002. 399 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DELIZOICOV, D., ANGOTTI, J. A. & PERNAMBUCO, M. M. Ensino de Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. MALDANER, O. A. A formação inicial e continuada de professores de química. Ijuí: Editora Unijuí, 2000. RIBEIRO, Vera Masagão. A formação de educadores e a constituição da educação de jovens e adultos como campo pedagógico. Educação & Sociedade. v.20, n. 68, Campinas: UNICAMP, dez, 1999. SAVIANI, Dermeval. Do senso comum à consciência filosófica. Campinas: Autores Associados, 1993, p.20-28. DISCIPLINA DE HISTÓRIA CONCEPÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA 400 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A História é um conhecimento construído pelo ser humano em diferentes tempos e espaços. É a memória que se tornou pública, em geral, expressão das relações de poder. De acordo com BEZERRA, (2003 pg. 42) “o objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desvendamento das relações que se estabelecem entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços”. Diferentes historiadores e sujeitos históricos contam a História a partir de sua visão de mundo. Nesse sentido não há uma verdade única, mas sim aquela que foi tecida por um grupo social. Trata-se de um conhecimento científico, que precisa ser interpretado. Hoje, por exemplo a História busca os diversos aspectos que compõem a realidade histórica e tem nisso o seu objeto de estudo, deixando de lado uma História que a partir do século XIX privilegiava o fato político, os grandes feitos e os heróis em direção a um progresso pautado pela invenção do estado-nação que precisava ser legitimado. Nesse contexto, é criada a disciplina de História que tinha como função legitimar a identidade nacional. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO A disciplina de História tem como objetivo o estudo dos processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo. A produção do conhecimento histórico, realizada pelo historiador possui um método específico, baseado na explicação e interpretação de fatos do passado, com referências ao presente. A problematização construída a partir dos documentos e da experiência do historiador, produz uma narrativa histórica que tem como desafio 401 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR contemplar a diversidade das experiências sociais, culturais e políticos dos sujeitos e suas relações. Para o aluno compreender como se dá a construção do conhecimento histórico, o professor deve organizar seu trabalho pedagógico por meio: • do trabalho com vestígios e fontes históricas diversos; • da fundamentação na historiografia; • da problematização do conteúdo; • essa organização deve ser estruturada por narrativas históricas produzidas pelos sujeitos. Esse processo deve contribuir para formar um(a) educando(a) leitor(a) e escritor(a), que se aproprie dos conhecimentos históricos, a partir da leitura, análise e interpretação de diversas linguagens, bem como da produção de textos orais e escritos, que valorizem o fazer e o refletir. Também é importante que o(a) educando(a) da EJA possa ampliar a sua leitura de mundo percebendo-se como sujeito da História na busca da autonomia e da cidadania. AVALIAÇÃO A avaliação tem como objetivo proporcionar ao educador condições para verificar eventuais necessidades de ajustes na programação e no (re) encaminhamento pedagógico de certo conteúdo e/ou prática. Logo, não pode ser pensada e/ou realizada sem vinculação com o modo como concebemos o processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos da disciplina. A avaliação deve ser orientadora e contínua, ou seja, proporcionar ao(a) educando(a) a correção dos seus erros de forma sistemática ao longo de todo o 402 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR processo de apropriação do conhecimento, através de: prova escrita, oral, atividades realizadas em sala e/ou (tarefa), trabalhos(individual ou em grupo), pesquisas, debates, seminários, e também, através da participação dos(as) educandos(as) nas mais diversas atividades propostas em sala ou extra-classe. Dessa forma, a avaliação deverá apresentar um caráter formativo e não classificatório, proporcionando um processo de elaboração crítica do conteúdo pelo(a) educando(a) da EJA, de maneira que possa aplicar os conhecimentos apreendidos para a transformação das condições adversas impostas por sua realidade. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS Ensino Fundamental e Médio EIXOS ORIENTA DORES CULTURA TRABALHO TEMPO TEMAS CONTEÚDOS – ENSINO FUNDAMENTAL IDENTIDADE CULTURAL CONTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem um sujeito histórico, atuação do sujeito histórica-memória. PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: conceito de ciência histórica, como o historiador reconstrói a história? Diferentes temporalidades, fontes históricas, patrimônio cultural, a origem do homem e o começo dos tempos. ENCONTRO ENTRE DIFERENTES CULTURAS: o Paraná no Século XV, ocupação do espaço paranaense, o domínio cultural e político europeu, principais etnias, dominação e resistência, patrimônio cultural paranaense. 403 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR TERRA E PROPRIEDA DE NOS DIFERENTES PERÍODOS HISTÓRICOS O ESTADO E AS RELAÇÕES DE PODER DIFERENTES MODOS DE DISTRIBUIÇÃO DA TERRA: Capitalista, socialista, primitiva, feudal e escravista. CONCENTRAÇÃO DE TERRAS NO BRASIL: Capitanias hereditárias, sesmarias, reduções, engenhos, rendeiros/meeiros Quilombos, comunidades indígenas, leis de terras, imigração européia. TENTATIVAS DE REFORMA AGRÁRIA NO BRASIL REPÚBLICA: Plano de metas, reforma de base, ditadura militar, proposta de Tancredo Neves, a questão da terra nos governos; Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. CONFLITOS AGRÁRIOS PELA TERRA NO BRASIL: Canudos, Contestado, ligas camponesas, demarcação das terras indígenas, luta dos povos da floresta, movimento dos trabalhadores rurais sem terra. ESTADO NEOLIBERAL: origem, emprego, flexibilização dos direitos sociais, neoliberalismo no Brasil. ESTADO DITATORIAL E TOTALITARIO: ditadura militar no Brasil, ditadura na América espanhola, princípios fundamentais do totalitarismo, contexto da Segunda Guerra. ESTADO POPULISTA: o populismo no Brasil e na América espanhola. ESTADO INTERVENCIONISTA: revolução de 1930, Crise de 1929, Constituição de 1934. ESTADO OLIGARQUICO: Coronelismo, Revolução Federalista no Paraná, Tenentismo. ESTADO LIBERAL CLÁSSICO: Século das Luzes, Imperialismo, Primeira Guerra Mundial. FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: O Estado Absolutista, O poder da Igreja no Brasil colônia. Separação entre Estado e Igreja no Brasil. 404 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CIDADANIA E TRABALHO EIXOS ORIENTA DORES TEMAS CULTU RA TRABA LHO TEMPO DIVERSIDADE CULTURAL RELAÇÕES DE PODER E MOVIMENTOS SOCIAIS CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania e trabalho, direitos civis, políticos e sociais. CIDADANIA EM OUTRAS SOCIEDADES: Sociedade árabe, sociedade chinesa, Grécia e Roma. Servidão feudal. CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento cultural, Revoluções burguesas e Iluminismo, formação da classe operária, relação capital e trabalho. Apartheid. DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA BRASILEIRA: trabalho escravo e infantil, movimento operários e sociais, a Constituição cidadã de 1988. CONTEÚDOS – ENSINO MÉDIO CONTRUÇÃO DO SUJEITO HISTÓRICO: o homem/mulher como sujeitos históricos, formação da identidade e alteridade, História local. PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO: história como ciência, natureza e cultura, diferentes temporalidades, fontes históricas, as primeiras civilizações, patrimônio cultural. DIFERENTES CULTURAS: dominação e resistência na formação da sociedade brasileira, o mundo árabe, a cosmovisão africana., cultura oriental, os diversos Brasis. A RELAÇÃO COLONIZADOR/COLONIZADO NA AMÉRICA: domínio cultural e político europeu, assimilação e aculturação. HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E NOS ESTADOS UNIDOS: trabalho escravo, Formas de resistência, movimentos abolicionistas, guerra de secessão. LIBERALISMO E NEOLIBERALISMO: Estado liberal clássico, as ideias iluministas, a partilha do mundo, Primeira Guerra Mundial. SÉCULO XX MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS: formação dos estão totalitários, o mundo em guerra, descolonização afro-asiática, movimentos sociais no pós-guerra, conflitos culturais na América espanhola. 405 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR FORMAÇÃO DO ESTADO NACIONAL: emancipação política das colônias americanas, a construção do estado brasileiro, o período republicano. LUTAS PELA POSSE DA TERRA: conflitos agrários pela posse da terra no Brasil e na América espanhola, conflito árabe-insraelense. MUNDO DO TRABALHO E CIDADANIA CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO: Conceitos de Cidadania e trabalho, direitos civis, políticos e sociais. CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO: o humanismo no renascimento cultural, Revoluções burguesas e Iluminismo, Apartheid, o leste europeu, sociedade árabe, sociedade chinesa. DESAFIOS E OBSTÁCULOS NA CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NO SÉCULO XXI: movimento operários e sociais, a Constituição cidadã de 1988, a paz no mundo, desigualdade social. MUNDO DO TRABALHO: flexibilização do emprego, trabalho escravo e infantil, relação capital e trabalho, movimentos sindicais, a tecnologia no mundo globalizado. 406 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS BITTENCOURT, Circe (Org.). O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 1998. BLOCH, Marc. Introdução à história. Lisboa, Portugal: Europa-América, 1997. CABRINI, Conceição et. al. O ensino de história: revisão urgente. São Paulo: Brasiliense, 1986. DAVIES, Nicholas (Org.). Para além dos conteúdos no ensino de história. Niterói: Eduff, FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo, Paz e Terra, 1987. KARNAL, Leandro (Org.). História na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2003. SILVA, Marcos A. da (Org.). Repensando a história. Rio de Janeiro: Marco Zero, 1984. SILVA, Thelma Nobre Machado Bittencourt & RABELLO, Heloisa de Jesus. O ensino da história. Niterói, RJ: Eduff, 1992. 407 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE GEOGRAFIA CONCEPÇÃO DO ENSINO DA GEOGRAFIA Atualmente, a grande velocidade com que vem ocorrendo as transformações no espaço planetário, tem levado a escola a rever conceitos e metodologias, pois esses refletem diretamente nos elementos fundamentais do ensino da Geografia. Para iniciar a reflexão sobre o ensino de Geografia se colocam algumas questões: O que é Geografia? Para que serve? Como ensinar Geografia? Para responder a essas questões, faz-se necessário esclarecer que a Geografia como ciência, sofreu ao longo da história, profundas transformações, tanto em nível teórico quanto metodológico. Até as primeiras décadas do século XX, predominavam nas escolas concepções tradicionais e os livros se limitavam a uma Geografia puramente descritiva e enumerativa, tipo catálogo. Os educandos eram obrigados a memorizar listas intermináveis de nomes e números, ou confundiam a Geografia com a topografia e a cartografia. Esta Geografia tradicional, centrada na observação e na descrição principalmente do quadro natural estrutura-se em três aspectos: os físicos, os humanos e os econômicos. Os aspectos físicos, nesta concepção, são considerados os mais importantes. Abrangem especialmente a hidrografia (rios, bacias hidrográficas, redes fluviais e tudo o que se refere ao mundo das águas); o relevo (planícies, planaltos, serras – ou seja, as formas da superfície terrestre); o clima ( calor, frio, geada, neve e estados do tempo em geral); e a vegetação (florestas, campos, cerrados, caatinga e temas relacionados à distribuição das espécies vegetais pela superfície terrestre). Os aspectos humanos referem-se ao homem “inserido” no quadro natural, como se a paisagem tivesse sido moldada para recebê-lo e fornecer-lhe 408 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR suas “dádivas”, ou seja, seus recursos: solo, água, animais, vegetais e minerais, por exemplo. Por fim, na parte econômica busca-se explicar como o homem explora e transforma o ambiente por meio das atividades econômicas, expressas pela seguinte ordem: extrativismo, agricultura, pecuária, indústria, comércio, serviços e meios de transporte – a circulação no território. Observa-se que, na Geografia tradicional, o ensino desenvolve-se por meio de blocos (Geografia física, humana e econômica) que não se relacionam nem internamente, nem entre si, desarticulados no espaço e no tempo. Na Geografia física, por exemplo, não é estabelecida uma relação entre clima, solo, relevo e hidrografia, faz-se uma descrição sem correlações entre os elementos. Com tudo isso, segundo MORAES (1993, p.93), no Brasil, “a partir de 1970, a Geografia Tradicional está definitivamente enterrada; suas manifestações, dessa data em diante, vão soar como sobrevivências, resquícios de um passado já superado”. Assim, se faz necessário repensar o ensino e a construção do conhecimento geográfico, bem como a serviço de quem está esse conhecimento. Qual o papel do ensino de Geografia na formação de um cidadão crítico da organização da realidade socioespacial. A partir da compreensão do espaço geográfico como “um conjunto indissociável, solidário e também contraditório de sistemas, de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como quadro único no qual a história se dá”, Santos (1996, p.51), propõe uma concepção de geografia que possibilite ao educando desenvolver um conhecimento do espaço, que o auxilie na compreensão do mundo, privilegiando a sua dimensão socioespacial. Para MORAES (1998, p.166), “formar o indivíduo crítico implica estimular o aluno questionador, dando-lhe não uma explicação pronta do mundo, mas elementos para o próprio questionamento das várias explicações. Formar o cidadão democrático implica 409 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR investir na sedimentação no aluno do respeito à diferença, considerando a pluralidade de visões como um valor em si”. Nesse contexto, a Geografia explicita o seu objetivo, de analisar e interpretar o espaço geográfico, partindo da compreensão de que o espaço é entendido como produto das múltiplas, reais e complexas relações, pois, como mostra SANTOS (2001, p.174) “vive-se em um mundo de indefinição entre o real e o que imagina-se dele”. E, em conformidade com RESENDE (1986, p.181) “é preciso reconhecer a existência de uma saber geográfico, que é próprio do educando trabalhador, um saber que está diretamente ligado com sua atitude intelectiva, respondendo sempre ao seu caráter social, objetivo, de um todo integrado, um espaço real”. Desse modo, à Geografia escolar cabe fornecer subsídios que permitam aos educandos compreenderem a realidade que os cerca em sua dimensão espacial, em sua complexidade e em sua velocidade, onde o espaço seja entendido como o produto das relações reais, que a sociedade estabelece entre si e com a natureza. Segundo CARLOS (2002, p.165) “A sociedade não é passiva diante da natureza; existe um procedimento dialético entre ambas que reproduz espaços e sociedades diferenciados em função de momentos históricos específicos e diferenciados. Nesse sentido, o espaço é humano não porque o homem o habita, mas porque o produz”. Compreender as contradições presentes no espaço é o objetivo do conhecimento geográfico, ou seja, perceber além da paisagem visível. Torna-se urgente, assim, romper com a compartimentalização do conhecimento geográfico. Neste sentido, faz-se necessário considerar o espaço geográfico a partir de vários aspectos interligados e interdependentes, os fenômenos naturais e as ações humanas, as transformações impostas pelas relações sociais e as questões ambientais de alcance planetário, não desprezando a base local e regional. 410 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nesse contexto, o homem passa a ser visto como sujeito, ser social e histórico que produz o mundo e a si próprio. Segundo CAVALCANTI (1998, p.192) “O ensino de geografia deve propiciar ao aluno a compreensão de espaço geográfico na sua concretude, nas suas contradições, contribuindo para a formação de raciocínios e concepções mais articulados e aprofundados a respeito do espaço, pensando os fatos e acontecimentos mediante várias explicações”. O ensino de Geografia comprometido com as mudanças sociais revela as contradições presentes na construção do espaço, inerentes ao modo como homens e mulheres transformam e se apropriam da natureza. Nesta perspectiva, há que se tornar possível ao educando perceber-se como parte integrante da sociedade, do espaço e da natureza. Daí a possibilidade dele poder (re)pensar a realidade em que está inserido, descobrindo-se nela e percebendo-se na sua totalidade, onde revelam-se as desigualdades e as contradições. Sob tal perspectiva, o ensino de Geografia contribui na formação de um cidadão mais completo, que se percebe como agente das transformações socioespaciais, reconhecendo as temporalidades e o seu papel ativo nos processos. ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS Percebe-se que a prática metodológica no tocante ao ensino de Geografia, tem sido assentada em aulas expositivas, na leitura de textos e em questionários com respostas pré-determinadas, tendo como objetivo a memorização dos conteúdos. Porém, tal prática tem se mostrado insuficiente para que se concretize a construção do conhecimento geográfico. Portanto, faz-se necessário repensar a metodologia para que, de fato, se assegurem os objetivos a que a disciplina de Geografia se propõe. 411 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR É preciso que o educando se perceba enquanto sujeito, como produto e ao mesmo tempo transformador do espaço, por meio de suas ações e até mesmo de suas omissões. É importante que a escolha da metodologia possibilite ao educando mecanismos de análise e reflexão sobre sua condição. Segundo FREIRE (1983, p.61): “não há educação fora das sociedades humanas e não há homens isolados”, portanto, é importante a valorização dos saberes que os educandos possuem e que foram acumulados ao longo de suas existências. Esses saberes devem ser o ponto de partida para a construção de outros saberes. No caso da Geografia, tais pressupostos se tornam mais evidentes e necessários. A realidade dos educandos deve ser valorizada e a metodologia deve tornar os conteúdos significativos para que, por intermédio do diálogo, se busque explicitar e oportunizar a observação, a análise e a reflexão, categorias essenciais para o desenvolvimento de “um olhar geográfico” da realidade, ou seja, do mundo vivido. Nessa perspectiva a problematização surge como metodologia para a abordagem dos conteúdos ou temas. Problematizar significa levantar questões referentes ao tema e ao cotidiano dos educandos, o que implica em expor as contradições que estão postas, buscar explicações e relações e construir conceitos. Exemplo: ao trabalhar o tema “Indústrias no Brasil”, escolher uma indústria local e questionar: 1- Qual a necessidade de termos uma indústria na nossa cidade? 2- Quais mudanças foram provocadas por sua instalação? 3- Qual a sua importância para o município, estado, país? 4- Qual sua importância para a população? 5- Por que ela se instalou nessa região? 6- Como é seu processo produtivo? 7- Quais impactos vem causando no ambiente? 412 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Se não houver indústria local, problematizar a razão disso e questionar se é necessário uma indústria para garantir qualidade de vida na comunidade ou na cidade. A problematização pressupõe que se estabeleça o diálogo, ou seja, que o educando seja ouvido e envolvido na construção do conhecimento. Considerando a concepção do ensino de Geografia, numa perspectiva crítica e dialética e tendo em vista que no seu encaminhamento metodológico é fundamental considerar os saberes que os educandos trazem consigo, vinculados a sua história de vida, optou-se pela organização do currículo de Geografia, em três grandes eixos: Espaço, Relações Sociais e Natureza. Esses eixos estabelecem relações entre si e permitem a compreensão da totalidade do espaço geográfico. Vale ressaltar, que a totalidade aqui não é a soma, mas o conjunto da formação socioespacial. A compreensão da migração campo-cidade, por exemplo, só ganha sentido quando a ela se relaciona a estrutura fundiária, a questão da má distribuição das terras, a industrialização das grandes metrópoles, a periferização e a qualidade de vida em si. O conjunto dos eixos, o Espaço, as Relações Sociais e a Natureza articula-se às temáticas expostas no quadro de conteúdos. Dessa maneira, os conteúdos selecionados, devem ser trabalhados nas suas inter-relações, rompendose com a compartimentalização e com a linearidade do conhecimento geográfico, possibilitando a explicitação do processo de produção do espaço pelas sociedades. Cabe ao professor, como mediador na construção do conhecimento, criar situações de aprendizagem, tomando como ponto de partida as experiências concretas dos educandos no seu local de vivência, seja uma área rural, uma aldeia indígena ou no meio urbano, de modo a permitir a resignificação de sua visão de mundo. 413 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nessa perspectiva, para que a avaliação cumpra o seu papel como parte integrante do processo ensino-aprendizagem, se faz necessário definir o objetivo da atividade avaliativa e o conteúdo a ser avaliado. E ainda utilizar instrumentos diferenciados, analisar e qualificar os resultados, para que a partir deles o educando possa refletir e opinar sobre os saberes construídos e os conhecimentos organizados e para que o educador possa rever a sua prática pedagógica. A avaliação deve contemplar situações formais e informais e utilizar diversas linguagens. Os objetos da avaliação no ensino de Geografia, são os três eixos mencionados: Espaço, Relações Sociais e Natureza. A partir deles, utilizar-se-á da descrição, da representação, da interpretação, da localização e da análise para a compreensão das transformações que se processam no espaço e na maneira como homens e mulheres organizam e produzem o espaço por eles vivido. Dessa forma, o educador deve encaminhar as ações do dia-a-dia, possibilitando a construção de conceitos e, ao mesmo tempo, acompanhando o desenvolvimento da aprendizagem dos educandos, para que, de fato, possa se efetivar a construção da sua autonomia e cidadania plena. 414 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA Ensino Fundamental e Médio Os conteúdos propostos são os mesmos para o Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. A abordagem dos conteúdos, deve ser diferenciada nos níveis de ensino a partir do grau de aprofundamento e de complexidade dos textos. Os conteúdos devem ser trabalhados em diferentes escalas: local, regional, nacional e mundial. Porém, é necessário que o educador perceba que o espaço geográfico só pode ser entendido em sua totalidade, sendo que os recortes de análise espacial, devem ser apenas procedimentos operacionais para decompor o espaço, para depois recompô-lo, sobretudo para facilitar a compreensão do educando. EIXOS ESPAÇO RELAÇÕES SOCIAIS NATUREZA TEMÁTICA RELAÇÃO CIDADECAMPO ORGANIZAÇÃO SOCIOESPACIAL CIDADANIA CONTEÚDOS DEMOGRAFIA: dinâmica da população pirâmide etária, padrão de vida, movimentos migratórios. ATIVIDADES ECONÔMICAS: cadeias produtivas, redes de distribuição, transporte e comunicação, espaço agrícola, fontes de energia, comércio, indústria, turismo, circuitos produtivos, Divisão Internacional do Trabalho, flexibilização do trabalho, economia solidária. POLÍTICAS PÚBLICAS: 415 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR agricultura familiar, reforma agrária, assistência social, educação, meio ambiente, habitação cultura, saúde. URBANIZAÇÃO: expansão urbana, infra-estrutura, plano diretor urbano. AGRÁRIA: estrutura fundiária, modernização do campo, conflitos no campo, agricultura familiar, políticas agrárias. GEOPOLÍTICA: organização socioespacial, fronteira, estado, nação, território, territorialidade. REPRESENTAÇÃO SOCIOESPACIAL: Planeta Terra, localização espacial, orientação, coordenadas geográficas, cartografia; QUETÕES SOCIOAMBIENTAIS: degradação ambiental, desenvolvimento sustentável, qualidade de vida. 416 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS CARLOS, Ana Fani A. A Geografia brasileira hoje: Algumas reflexões. São Paulo: Terra Livre/AGB, vol. 1, nº 18, 2002. CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos, (org.) Geografia em sala de aula: Práticas e Reflexões. Porto Alegre, RS: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul/AGB, 1999. CAVALCANTI, L.S. Geografia: escola e construção de conhecimentos. Campinas: Papirus, 1998. FREIRE, Paulo. Educação e Mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. MORAES, Antonio C R. Geografia: Pequena História Crítica. São Paulo: Hucitec, 1993. MOREIRA, Ruy. O que é Geografia. São Paulo: Brasiliense, 1981. RESENDE, M.S. A Geografia do aluno trabalhador. São Paulo: Loyola, 1986. RODRIGUES, Neidson. Por uma nova escola. São Paulo: Cortez, 1987. SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço: técnica e tempo, razão e emoção.São Paulo: Hucitec, 1996. _______ Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2001. 417 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE FILOSOFIA As Diretrizes Curriculares de Filosofia para a Educação Básica do Estado do Paraná propõe seis conteúdos estruturantes, com possibilidade para a organização do ensino de Filosofia, de acordo com o número de aulas disponíveis no curso ou na matriz curricular. Esses conteúdos são conhecimentos de maior amplitude e relevância que, desmembrados em plano de Ensino, deverão garantir conteúdos significativos ao educando da EJA. Estes conteúdos são: Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética, Filosofia Política; Estética; Filosofia da Ciência. Mito e Filosofia O homem pode ser identificado e caracterizado como um ser que pensa e cria explicações. Na criação do pensamento está presente tanto o mito como a racionalidade, ou seja, a base mitológica enquanto pensamentos por figuras; e a base racional, enquanto pensamento por conceitos são constituintes do processo de formação do conhecimento filosófico. Esse fato não pode deixar de ser considerado, pois é a partir dele que o homem desenvolve suas idéias, cria sistemas, inventa e elabora leis, códigos e práticas. Entender a conquista da autonomia da racionalidade (LOGOS) diante do mito, marca o advento de uma etapa fundamental na história do pensamento e do desenvolvimento de todas as concepções científicas produzidas ao longo da história humana. Autores sugeridos: Jean-Pierre Vernant, Mircea Elíade, Moses Finley, Vidal Naquet. 418 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Conteúdos específicos • O nascimento da Filosofia; • A vida cotidiana na sociedade grega; • O mito a origem de todas as coisas; • Mito e razão filosófica; • Senso comum e conhecimento filosófico; • Senso comum, conhecimento filosófico e conhecimento científico; • Ciência e senso comum. Teoria do conhecimento Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade e a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas soluções relativas a seu tempo. Entre os clássicos que trataram do problema do conhecimento podemos citar: Aristóteles, Descartes, Hegel, Hume, Kant, Platão, Russell. Conteúdos específicos • O problema do conhecimento; • Fundamentos do conhecimento; • Filosofia e método; • Racionalismo; • Empirismo; • Ceticismo. 419 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ética Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as relações intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa, um dos grandes problemas enfrentados pela ética é a tensão entre o sujeito (particular) e a norma (universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores e das ações: razão ou paixões (desejos). A ética possibilita a problematização, análise e crítica dos valores, virtude, felicidade, liberdade, consciência, responsabilidade, vontade, autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência, relação entre os meios e os fins. Alguns filósofos: Adorno, Aristóteles, Nietzsche, Scheler, Schopenhauer, Sêneca. Conteúdos Específicos • Ética e moral • Concepções éticas • O que é liberdade • Liberdade e autonomia • Liberdade e determinismo • Sociabilidade e reconhecimento • Autoridade e autoritarismo • Responsabilidade e liberdade • Questões de gênero • Diversidade e sociedade 420 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Filosofia Política Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam e legitimam os, diversos sistemas políticos. Ocupa-se na investigação sobre a necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo. Problematiza conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça, igualdade, liberdade, público e privado, retórica, indivíduo e cidadão. Alguns pensadores clássicos: Aristóteles, Arendt, Gramsci, Hegel, Hobbes, J.S. Mill, Kant, Locke, Maquiavel, Marcuse, Marx, Montesquieu, Platão, Rousseau, Voltaire. Conteúdos Específicos • O preconceito contra política • Os Gregos e a invenção da Política • Nascimento da democracia • Ética e Política • Concepção liberal e Política • Crítica de Marx ao liberalismo • Essência da política • Política e poder • Política e violência • Política e liberdade subjetiva • Política e sociabilidade • Formas de governo • Liberdade Política • Crise da política contemporânea • A função do político na contemporaneidade 421 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Estética Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o mundo e consigo mesmo é objeto de conhecimento desse conteúdo. Voltada principalmente para a beleza e a arte, a estética está sobre a arte, as relações entre a arte e pensamento, arte e mercado, arte e sociedade. Alguns filósofos: Baumgarten, Hegel Hume, Dufrenne, Bachelard, Schiller, Eagleton, Kant, Benjamim, Adorno Ranciere, Merleau-Ponty, Husserl, Paul Valéry. Conteúdos Específicos • Pensar a beleza • Estética ou Filosofia da Arte • Concepções de estética • Concepções de Arte • Arte como conhecimento • Necessidade ou finalidade da Arte • Arte e Política • Crítica do gosto • Arte e movimento: cinema; teatro e dança • Perspectivas contemporâneas: Arte conceitual e suas perspectivas Filosofia da Ciência É o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o relaciona com planos epistemológicos, ideológicos, políticos, econômicos, religiosos. Ciência e tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o universo do 422 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a necessidade de entendêlas. Filósofos sugeridos: Bachelard, Feyerabend, Foucault, Granger, Habermas, Kuhn, Popper, Ricouer. Conteúdos Específicos 4. O que é Ciência 5. Revoluções científicas e progresso da ciência 6. As conseqüências sociais e políticas da ciência 7. Bioética: geral; especial e clínica 8. Tendências da Bioética 9. Bioética e Aborto 10. Bioética e experiência Genética AVALIAÇÃO Para Kohan e Waksman (2002), o ensino de Filosofia tem uma especificidade que deve ser levada em conta no processo de avaliação. Como prática, como discussão com o outro, como construção de conceitos essa disciplina encontra seu sentido na experiência do pensamento filosófico. Entendemos por experiência esse conhecimento inusitado que o educador pode propiciar, preparar, porém não determinar e, menos ainda, avaliar ou medir. A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, não tem finalidade em si mesma, mas tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o curso da ação no processo de ensino e aprendizagem, pela qualidade com que educadores, educandos e a própria instituição de ensino o constroem coletivamente. Apesar de sua inequívoca importância, individual, no ensino de filosofia. 423 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, introdução a Filosofia. 2ª Edição. SP. Moderna, 1993. ABBAGNO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ARISTÓTELES. Metafísica. São Paulo: Loyola, 2002. DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA FILOSOFIA. Paraná, 2008. 424 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA CONCEPÇÃO DO ENSINO DE SOCIOLOGIA De acordo com as Diretrizes Curriculares para a disciplina de Sociologia, a mesma trata-se de uma área do conhecimento humano que possibilita uma visão ampla dos vários acontecimentos da vida social, sejam eles relativos à economia, à política ou à esfera simbólica e cultural, propiciando ao aluno uma visão integrada da vida social e humana, permitindo dessa forma, a compreensão global de sua intervenção enquanto agente da história. Nesse sentido, trata-se de uma disciplina de extrema importância para a formação do aluno como um cidadão pleno e atuante em sua sociedade. Os conteúdos estruturantes podem ser trabalhados tendo como eixo as teorias, os conceitos ou os temas. Entretanto, independente do caminho metodológico a ser percorrido é importante ressaltar a relevância de uma prática fundamentada pela pesquisa a fim de que os alunos tenham uma compreensão global dos conteúdos abordados, estabelecendo relações com a realidade social na qual estão inseridos. Faz-se necessário também à exploração de estratégias diversificadas como a utilização da mídia, análise de textos sociológicos, entre outras. Logo, são propostos exemplos para a abordagem de cada autor tendo como objetivo conhecer sua teoria, contextualizando-o no tempo e no espaço, conhecendo suas ideias e como estas estão presentes no cotidiano, o que pensam sobre conceitos que compõem o pensamento sociológico (conteúdos específicos). 425 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Deste modo, o ensino da Sociologia tem como objetivo principal auxiliar o aluno acerca da análise e compreensão da sociedade, bem como, suas contradições através do estudo dos principais temas, conceitos e autores clássicos. Busca-se através do ensino da Sociologia que o educando possa ter uma visão esclarecedora acerca da sociedade, sua gênese e transformação como um processo aberto, ainda que historicamente condicionado e os múltiplos fatores que nelas intervém, como produtos das contradições que alimentam a ação humana; a si mesmo como protagonista agente social; e os processos sociais como orientadores da dinâmica da conflitualidade dos interesses dos diferentes grupos sociais. Esta compreensão depende do contato do aluno com teorias que se propõem a explicar processos e relações sociais constituintes de nosso tempo para que sejam desnaturalizadas práticas e saberes prévios. Tal abordagem, além de apresentar os pensamentos fundantes da sociologia, responsáveis por inaugurar o entendimento da dimensão social da realidade, propicia que se estabeleçam relações entre esses clássicos e as discussões sociológicas mais recentes e contribui para a análise crítica da realidade social, de forma a: • Entender as transformações sociais que deram origem à Modernidade e o contexto que irá propiciar o nascimento da Ciência Social; • Pensar sobre a necessidade e importância das Ciências Sociais, mais especificamente a Sociologia como instrumento de reflexão e de transformação social; • Compreender a sociedade como algo em constante transformação os mecanismos e processos que fazem parte deste mecanismo. 426 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Entender que a ação individual e de grupos de indivíduos só podem ser compreendidas nas inter-relações recíprocas e identificar as ações dentro de cada grupo específico; • Compreender que o individuo só pode ser compreendido quando situado num contexto social e histórico. • Compreender que o trabalho existe para satisfazer as necessidades humanas, desde as mais simples até as mais complexas e que este é realizado e valorizado de formas diferentes nas diversas sociedades. ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS OBJETIVOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS 1- Processo de construção do conhecimento humano e formação do pensamento sociológico • Formação e consolidação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social; • As Ciências Sociais. • O contexto histórico que possibilitou o surgimento da ciência da sociedade. • O homem como ser social. • Conhecimento sociológico e senso comum. • 2 – A questão do método sociológico e as principais correntes sociológicas • Augusto Comte e o pensamento positivista • Durkheim e o estudo dos fatos • • • • • Estabelecer a diferença entre o conhecimento do senso comum e o conhecimento científico. Caracterizar o contexto do surgimento da sociedade capitalista e da Sociologia. Atentar para a historicidade dos fenômenos humanos. Desnaturalizar as concepções ou explicações dos fenômenos sociais. Perceber que o pensamento sociológico constrói diferentes conceitos para a compreensão da sociedade dos indivíduos. Identificar a formação do pensamento sociológico e suas 427 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • • sociais. O pensamento marxista e o estudo das classes sociais. A análise compreensiva de Weber e a ação social. principais correntes. 3 – Conceitos fundamentais da Sociologia Processo de Socialização e as Instituições Sociais Formação dos grupos humanos, interrelações e transformações. Contato, interação e grupos sociais. Comunidade, sociedade e controle social. Ideologia • 4 – Cultura e dominação: Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; Indústria cultural; Meios de comunicação de massa; Questões de gênero; Diversidade cultural no Brasil • 5 – Poder, Política e Ideologia Formação e desenvolvimento do estado Moderno; Democracia, autoritarismo, totalitarismo Conceitos de Poder; Conceitos de Ideologia; Globalização e Neoliberalismo; • • • • • • • • Caracterizar os diferentes modos de organização social. Historicizar e caracterizar a formação da sociedade brasileira. Relacionar passado e presente na reflexão sobre a sociedade brasileira. Definir cultura e apontar os diferentes elementos que explicam a existência do modo de ser de uma sociedade, classe, grupo social ou comunidade. Discutir o conceito de industrial cultural e os meios de comunicação de massa Analisar a influência da indústria cultural no cotidiano da sociedade. Discutir o impacto do preconceito radical, de gênero,de classe, religioso, orientação sexual, geracional nas relações sociais no Brasil. Compreender a formação do Estado-moderno; Identificar conceitos de democracia, autoritarismo, poder, ideologia, globalização, etc. Problematizar em relações as funções do Estado. 428 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Conceitos de dominação e legitimidade; As expressões da violência nas sociedades contemporâneas. 6 – Trabalho, Produção e Classes Sociais • Desigualdades sociais: estamentos, castas, classes sócias • Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições; • Relações de trabalho; • Trabalho no Brasil. • • • • • 7 – Direito, Cidadania e Movimentos Sociais • Direitos: civis, políticos e sociais; • Direitos Humanos; • Conceito de cidadania; • Movimentos Sociais; • Movimentos Sociais no Brasil; • A questão ambiental e os movimentos ambientalistas; • A questão das ONG's. • • • • • • • Compreender os aspectos históricos que resultam nas desigualdades sociais. Definir e diferenciar a ideia de trabalho no processo do desenvolvimento histórico e social brasileiro. Discutir a ideologia da valorização do trabalho. Refletir sobre a situação da classe trabalhadora no Brasil atua. Definir cidadania, direitos humanos, direitos políticos, direitos sociais. Definir cidadania, direitos civis, direitos humanos, direitos políticos, direitos sociais. Refletir sobre as diferentes concepções de cidadania. Discutir direitos humanos, políticos, civis, sociais em diferentes sociedades. Refletir sobre exercício da cidadania, relacionando-o com a luta, o reconhecimento e a extensão dos direitos civis, políticos, sociais e humanos no Brasil. Caracterizar as formas de participação popular na história do Brasil. Caracterizar os movimentos sociais contemporâneos no Brasil. Refletir sobre a importância da ação coletiva organizada na luta 429 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR por mudanças e conquistas sociais. 8 – A história da formação do pensamento sociológico brasileiro • Origens do século XIX à Revolução de 1930 A década de 1930 e o surgimento da análise sociológica brasileira • A contribuição dos principais teóricos brasileiros. • • Identificar os aspectos históricos que favorecem a consolidação da sociologia brasileira. Conhecer as principais produções sociológicas brasileiras e sua contribuição social. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO No ensino de Sociologia é necessária a adoção de múltiplos instrumentos metodológicos, instrumentos estes, que de devem adequar-se aos objetivos pretendidos, seja a exposição, a leitura e esclarecimentos do significado dos conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e conceitos e da lógica dos textos (teóricos, temáticos, literários), sua análise e discussão, a apresentação de filmes, a audição de músicas, enfim, o que importa é que o educando seja constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e a reconstruir coletivamente novos saberes. Sendo assim, sugere-se, que a disciplina seja iniciada com uma rápida contextualização do surgimento da Sociologia, bem como a apresentação de suas principais teorias na análise e compreensão da realidade. O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas, de modo a desconstruir prénoções e preconceitos que quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e ações políticas direcionadas á transformação social. 430 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR AVALIAÇÃO A avaliação, na disciplina de Sociologia, não pode ser confundida com um processo técnico de medição, neste sentido é preciso repensar os instrumentos utilizados nesse processo, de modo que os mesmos reflitam os objetivos desejados no desenvolvimento do processo educativo, superando o conteudismo, numa perspectiva marcada pela autonomia do educando. De tal forma, as práticas de avaliação em Sociologia, acompanham as próprias práticas de ensino e de aprendizagem da disciplina, seja a reflexão crítica em debates, que acompanham os textos ou filmes, seja na produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e prática, seja na pesquisa bibliográfica, enfim, várias podem ser as formas, desde que se tenha como perspectiva, ao selecioná-las, a clareza dos objetivos que se pretende possibilitar. 431 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS ADORNO, T. A indústria cultural. Televisão, consciência e indústria cultural. In: COHN, G. (Org.). Comunicação e indústria cultural. 5.ed. São Paulo: T.A.Queiroz, 1987. BOTTOMORE, T.(Ed.). 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Teorias sociológicas no século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. DUPAS, G. Economia global e exclusão social: pobreza, emprego, estado e o futuro do capitalismo.3.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2001. 432 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ética e poder na sociedade da informação. 2.ed. São Paulo: Editora UNESP, 2001. DURKHEIM, É. Educação e sociologia. 6 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1965. As regras do método sociológico. 14 ed. São Paulo: Editora Nacional, 1990. ENGELS, F. Dialéctica da natureza. 2.ed. Lisboa: Editorial Presença, 1978. ELSTER, J. Peças e engrenagens das Ciências Sociais. Rio de Janeiro: Dumará, 1994. FERNANDES, F. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1960. Elementos de uma sociologia teórica. São Paulo: Editora Nacional e Editora da USP, 1970. Fundamentos empíricos da explicação sociológica. 2.ed. São Paulo: Nacional, 1972. A sociologia no Brasil: contribuição para o estudo de sua formação e desenvolvimento. Petrópolis: Vozes, 1976a. A sociologia numa era de revolução social. 2 ed. São Paulo: Zahar Editores,1976b. FOUCAULT, M. História da sexualidade. 3 volumes. Rio de Janeiro: Graal, 1986. GIDDENS, A. Política, sociologia e teoria social: encontros com o pensamento social clássico e contemporâneo. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998. Capitalismo e moderna teoria social: uma análise das obras de Marx, Dukheim e Max Weber. Lisboa: Editorial Presença, 1990. GRAMSCI, A. Os intelectuais e a organização da cultura. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1978. Poder, política e partido. Coletânea organizada por SADER, E. São Paulo: Brasiliense, 1990. GUELFI, W. A sociologia como disciplina escolar no ensino secundário brasileiro: 1925-1942. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2001. 433 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR IANNI, O. Sociologia e sociedade no Brasil. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1975. A era do globalismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. .A sociologia numa época de globalismo. In: FERREIRA, L.(Org.). A sociologia no horizonte do século XXI. São Paulo: Boitempo Editorial, 2002. LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem escolar. 17. ed. São Paulo: Cortez, 2005. 434 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR BIBLIOGRAFIA PROPOSTA CURRICULAR EJA ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição. BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo : Cortez, 1997. CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998. CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17 (5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA). Conselho Estadual de Educação - PR - Deliberação 014/99 – CEE. - Deliberação 09/01 –CEE. - Deliberação 06/05 – CEE. - Indicação 004/96 – CEE. - Deliberação 06/06 - CEE - Deliberação 01/06 - CEE - Deliberação 06/09 - CEE. Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios). Conselho Nacional de Educação - Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA. - Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. - Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. - Resolução 03/98 – CEB. Constituição Brasileira – Artigo 205. DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998. DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997. 435 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog. Decreto 2494/98 da Presidência da República. Decreto 2494/98 da Presidência da República. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. LDBEN nº 9394/96. KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40. OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004. Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos. SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN. SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN. SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição. 436 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 6- PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO 6.1 Concepção de Avaliação A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica. Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à realidade concreta. A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios: • Investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para propor atividades e gerar novos conhecimentos; • Contínua: permite a observação permanente do processo ensinoaprendizagem e possibilita ao educador repensar sua prática pedagógica; • Sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando instrumentos diversos para o registro do processo; 437 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando; • Permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola. Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, sendo avaliados presencialmente ao longo do processo ensino-aprendizagem. Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização. Desta forma, o educando, ao perfazer 60% da carga horária total de cada disciplina, poderá ser encaminhado para uma Avaliação da Apropriação de Conteúdos por Disciplina, elaborada e executada segundo critérios estabelecidos pela mantenedora em instrução própria, exceto nas disciplinas de Educação Artística, Arte e. PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11) 438 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos educandos numa educação pública de qualidade. Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias. Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à população que demanda escolarização. A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógicocurricular, abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s. A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática pedagógica. Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da 439 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR práxis pedagógica e deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das escolas. Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em regime de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED. Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”, “cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17) Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo, especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos. 440 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição. BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo : Cortez, 1997. CARNEIRO, Moaci Alves. LDBEN fácil. Petrópolis, RJ : Vozes, 1998. CARVALHO, R.E. Removendo barreiras à aprendizagem. Porto Alegre, 2000, p.17 (5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA). Conselho Estadual de Educação - PR - Deliberação 014/99 – CEE. - Deliberação 09/01 –CEE. - Deliberação 06/05 – CEE. - Indicação 004/96 – CEE. - Deliberação 06/06 - CEE - Deliberação 01/06 - CEE - Deliberação 06/09 - CEE. Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios). Conselho Nacional de Educação - Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA. - Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental. - Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. - Resolução 03/98 – CEB. DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. São Paulo : Cortez ; Brasília, DF : MEC : UNESCO, 1998. DEMO, Pedro. A Nova LDBEN – Ranços e Avanços. Campinas, SP : Papirus, 1997. DRAIBE, Sônia Miriam; COSTA, Vera Lúcia Cabral; SILVA Pedro Luiz Barros. Nível de Escolarização da População. mimeog. 441 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR DI PIERRO; Maria Clara. A educação de Jovens e Adultos na LDBEN. mimeog. DI PIERRO; Maria Clara. Os projetos de Lei do Plano Nacional de Educação e a Educação de Jovens e Adultos. mimeog. Decreto 2494/98 da Presidência da República. Decreto 2494/98 da Presidência da República. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido, 40ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. LDBEN nº 9394/96. KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40. OLIVEIRA, Thelma Alves de, et al. Avaliação Institucional (Cadernos Temáticos). Curitiba: SEED – PR, 2004. Parâmetros Curriculares Nacionais 1º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio. Plano Nacional de Educação – Educação de Jovens e Adultos. SILVA, Eurides Brito da. A Educação Básica Pós-LDBEN. SOUZA, Paulo N. Silva & SILVA, Eurides Brito da. Como entender e aplicar a nova LDBEN. SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição. 442 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR CELEM O Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes encontra-se entre os estabelecimentos de ensino de Londrina e municípios jurisdicionados ao Núcleo Regional de Educação em que há oferta do curso básico e de aprimoramento no idioma de Espanhol. O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, criado no ano de 1986 pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná – SEED tem por objetivo ofertar o ensino plurilíngue e gratuito de cursos básicos e de aprimoramento, aos alunos da Rede Pública Estadual de Educação Básica matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e na Educação de Jovens e Adultos – EJA, aos professores e funcionários que estejam no efetivo exercício de suas funções na rede estadual e também à comunidade. Os CELEM promovem o conhecimento da Língua Estrangeira Moderna e constituem uma forma de valorização do plurilinguismo e da diversidade étnica que caracteriza a história paranaense. Estes centros deverão atender a todas as disposições da Resolução nº 3904/2008, e da Instrução nº 019/2008 – SUED/SEED. A Proposta Pedagógica do CELEM, do Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes foi elaborada de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96; com a Resolução Secretarial nº 3904/2008, que regulamenta a oferta de cursos nos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM); e com respaldo na Instrução nº019/2008 – SUED/SEED que trata dos critérios para implantação e funcionamento de cursos de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM), bem como das atribuições para os profissionais que atuam nos referidos centros. 443 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Dessa forma, o Adendo de Acréscimo ao Regimento Escolar nº04, aprovado pelo parecer nº 332/01-NRE em 02 de setembro de 2009, referente à implantação da Língua Espanhola na grade curricular e o funcionamento do Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM, a partir do 1º semestre do ano letivo de 2010, no Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes – Ensino Fundamental e Médio, aborda as seguintes determinações: - Os Artigos 34B e 58 item IV do Regimento Escolar especificam a oferta do ensino Extracurricular e Plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna pelo Estabelecimento. Para tanto, o Estabelecimento de ensino deverá atender as orientações que seguem mencionadas: - adequar o Projeto Político Pedagógico quanto à implantação do CELEM; - viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular, plurilinguista da língua estrangeira moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas-CELEM; - assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas; - disponibilizar meios para a organização didático-pedagógica necessária para garantir o processo pedagógico do CELEM; - organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular e plurilinguista de Língua Estrangeira Moderna; Faz-se necessário ressaltar ainda os critérios para a oferta do ensino de Língua Espanhola: - a disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, será ofertada somente na organização coletiva; 444 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - para fins de certificação e registro do acréscimo da carga horária da disciplina de Língua Espanhola na documentação escolar, o aluno deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis vírgula zero) e frequência mínima de 75% do total da carga horária da disciplina; - a disciplina de Língua Espanhola, no Ensino Médio, a partir de 2010, é de oferta obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa ao aluno; - todos os alunos, a partir de 2010, no ato da matrícula, deverão fazer sua opção de frequentar ou não as aulas de Língua Espanhola; - a disciplina de Língua Espanhola entrará no cômputo das 04 (quatro) disciplinas que podem ser cursadas concomitante; - o aluno que optar por frequentar as aulas de Língua Espanhola, terá a carga horária da disciplina, acrescentada no Total da Carga Horária do Curso; - na disciplina de Língua Espanhola deverão ser desconsiderados os registros de notas e carga horária cursada, devendo o aluno reiniciar a disciplina quando houver a oferta da mesma, caso opte novamente por cursá-la; - o aluno desistente na disciplina de Língua Espanhola, no seu retorno, deverá reiniciar a disciplina, sem aproveitamento da carga horária cursada e dos registros de notas obtidos, caso opte novamente por cursar Língua Espanhola; - o aluno que apresentar a comprovação de conclusão da disciplina de Língua Espanhola, terá o registro do acréscimo da carga horária na documentação escolar; - o aluno oriundo de organização de ensino por série/período/etapa/semestre concluída com êxito e com a disciplina de Língua Espanhola em curso, de forma opcional, esta não terá aproveitamento de estudos na EJA; - na modalidade Educação de Jovens e Adultos é vedada a classificação para ingresso na disciplina de Língua Espanhola no Ensino Médio; 445 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR - fica vedada a reclassificação na disciplina de Língua Espanhola ofertada no Ensino Médio. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9.394 determinou em 1996 a obrigatoriedade de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir da quinta série, a opção por um determinado idioma foi atribuída à comunidade escolar, de acordo com suas possibilidades de atendimento (Art. 26, § 5.º). Para o Ensino Médio, a lei designou a inclusão de uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, definida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter opcional, atendendo as condições da instituição (Art. 36, Inciso III). Em 1998, como desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN), pautados numa concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem comunicativa. No entanto, tal documento recomendou um trabalho pedagógico com ênfase na prática de leitura em detrimento das demais práticas – oralidade e escrita. A justificativa apresentada foi que, no contexto brasileiro, há poucas oportunidades de uso efetivo da oralidade pelos alunos, particularmente da Rede Pública de Ensino. Em 1999, o MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Estrangeira para Ensino Médio, com ensino centrado na comunicação oral e escrita, para atender as demandas relativas à formação pessoal, acadêmica e profissional. A diferença entre as concepções de língua observadas nos dois níveis 446 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR de ensino, por conseqüência, influencia os resultados da aprendizagem desta disciplina na Educação Básica. Estudiosos têm, em contrapartida, pesquisado novos referenciais teóricos que possam atender as demandas da sociedade brasileira e contribuam para uma consciência crítica da aprendizagem, em específico, da língua estrangeira. Entre esses, muitos refletem sobre a função da Língua Estrangeira com enfoque em um ensino que contribua para a minimização das desigualdades sociais, bem como para a percepção das relações de poder que as sustentam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro e servem de subsídios na elaboração destas Diretrizes. A busca do destaque do Brasil no Mercosul, resultou em 2005 na criação da lei nº 11.161 que tornou obrigatória a oferta de Língua Espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio. Tal medida acenava ainda aos interesses político-econômicos para melhorar as relações comerciais do Brasil com países de Língua Espanhola. A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula facultativa para o aluno. Por sua vez, os estabelecimentos de ensino têm cinco anos, a partir da data da publicação da lei (2005), para implementá-la. No ensino de Língua Estrangeira, a língua, objeto de estudo dessa disciplina, contempla as relações com a cultura, o sujeito e a identidade. Torna-se fundamental que os professores compreendam o que se pretende com o ensino de Língua Estrangeira na Educação Básica: ou seja, ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência atingido. 447 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OFERTA DOS CURSOS O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas - CELEM do Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes – Ensino Fundamental e Médio ofertará Cursos Básico e de Aprimoramento para Língua Espanhola, sem que haja para tanto, cobrança de qualquer taxa ou mensalidade. As atividades do CELEM deverão estar integradas às demais atividades do estabelecimento, assim como subordinadas as suas instâncias pedagógicas e administrativas. Os Cursos Básico e de Aprimoramento serão anuais, ofertados no período noturno. Para tanto, observa-se que os cursos ofertados no turno noturno destinam-se, preferencialmente, ao aluno trabalhador e ao adolescente acima de 14 anos. O início das aulas nos cursos do CELEM dar-se-á concomitantemente ao início do período letivo das aulas da Matriz Curricular. A oferta de ensino extracurricular, plurilinguista e gratuita de Cursos Básico e de Aprimoramento em LEM, é destinada aos alunos da Rede Estadual de Educação Básica matriculados no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação de Jovens e Adultos. Tal oferta estende-se aos professores e funcionários em efetivo exercício de suas funções em estabelecimentos de ensino da Rede Pública Estadual de Educação Básica, SEED e NRE, totalizando até 10% das vagas sobre o número máximo de alunos por turma. Das vagas disponíveis 30% poderão serão usufruídas pela comunidade, desde que comprovada a conclusão dos anos iniciais do Ensino Fundamental. O Curso de Aprimoramento em Língua Estrangeira Moderna (LEM) será ofertado somente aos alunos que tenham concluído o Curso Básico do CELEM. 448 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR MATRÍCULAS As matrículas nos cursos do CELEM serão anuais e deverão ser efetuadas de acordo com o cronograma do estabelecimento de ensino, em conformidade com as orientações da Secretaria Estadual de Educação. DURAÇÃO E CARGA HORÁRIA DOS CURSOS O Curso Básico de Língua Espanhola terá a duração de 02 (dois) anos, com carga horária anual de 160 (cento e sessenta) horas/aula, perfazendo um total de 320 (trezentos e vinte) horas/aula. O Curso de Aprimoramento terá duração de 01 (um) ano, com carga horária de 160 (cento e sessenta) horas/aula. A carga horária semanal será de 04 (quatro) horas/aula de 50 (cinqüenta) minutos, distribuídas em 02 (dois) dias não consecutivos. O cumprimento da carga horária estabelecida para os cursos é obrigatória. FREQUÊNCIA É obrigatória ao aluno do CELEM, a frequência mínima de 75% do total da carga horária do período letivo, para fins de promoção. Nos cursos do CELEM será considerado desistente, para efeito de registros do resultado final, o aluno que se ausentar por mais de 40 aulas consecutivas, ou seja, 25% da carga horária do período letivo, podendo efetuar a rematrícula no curso sem o aproveitamento da carga horária cursada e dos registros de notas obtidos, somente quando existirem vagas remanescentes. 449 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR OBJETIVOS DA DISCIPLINA Objetiva-se através dessa disciplina que os alunos analisem as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem mundial, assim como suas implicações e que desenvolvam uma consciência crítica do papel das línguas na sociedade. Uma outra meta diz respeito à superação da ideia de que o objetivo do ensino da Língua Estrangeira Moderna na escola encontra-se centrado basicamente no aspecto linguístico ou, ainda, que deva ser comparado com o modelo de ensino dos Institutos de Idiomas, visto que, apresentam preocupações educacionais diferenciadas. O ensino de Língua Estrangeira Moderna está pautado na busca da superação dos fins utilitaristas, pragmáticos ou instrumentais que ao longo dos tempos têm caracterizado o ensino desta disciplina. Nesse sentido, espera-se que o aluno: • use a língua em situações de comunicação oral e escrita; • vivencie, na aula de Língua Estrangeira formas de participação que lhe possibilitem estabelecer relações entre ações individuais e coletivas; • compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos, e portanto, passíveis de transformação na prática social; • tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade; • reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país. Tais objetivos são flexíveis para contemplar as diferenças regionais e ao mesmo tempo apontar um norte na seleção de conteúdos específicos. 450 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Dessa forma, o acesso a uma língua estrangeira pode propiciar a formação de uma consciência sobre o que seja a potencialidade desses conhecimentos na interação humana. Além disso, ao conceber a língua como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma língua estrangeira, permite-se aos sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes do mundo. Ao estudar uma língua estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro, torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade. Assim, atuará sobre os sentidos possíveis e reconstruirá sua identidade como agente social. A concepção de educação corrente na contemporaneidade pressupõe condições de acesso ao saber que proporcionem aos educandos de forma geral a formação e os instrumentos necessários para que sejam protagonistas da sua própria história. Dessa forma, sabe-se que a formação disponibilizada nas escolas está intrinsecamente ligada à concepção de sociedade, de educação e de indivíduo que se pretende formar. Logo, ao definir qual formação se quer propiciar a esses sujeitos, a escola contribui para determinar o tipo de participação que lhes caberá na sociedade. Por isso, as reflexões sobre currículo têm, em sua natureza, um forte caráter político. Nestas diretrizes, propõe-se uma reorientação na política curricular com o objetivo de construir uma sociedade justa, na qual as oportunidades sejam iguais para todos. Para isso, os sujeitos da Educação Básica, crianças, jovens e adultos, em geral oriundos das classes assalariadas, urbanas ou rurais, de diversas regiões e com diferentes origens étnicas e culturais (FRIGOTTO, 2004), devem ter acesso ao conhecimento produzido pela humanidade que, na escola, é veiculado pelos conteúdos das disciplinas escolares. Dessa forma, justifica-se a relevância da oferta do ensino da Língua Estrangeira Moderna – Espanhol, para os educandos e comunidade atendida pelo Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes, visto que a mesma vem ao encontro 451 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR do que está preconizado nas diretrizes, ou seja, “um projeto educativo, nessa direção, precisa atender igualmente aos sujeitos, seja qual for sua condição social e econômica, seu pertencimento étnico e cultural e às possíveis necessidades especiais para aprendizagem. Essas características devem ser tomadas como potencialidades para promover a aprendizagem dos conhecimentos que cabe à escola ensinar, para todos”. A retomada de momentos históricos significativos quando se analisa a trajetória do ensino de Língua Estrangeira no Brasil, possibilita constatar que a escola pública foi marcada pela seletividade, tendências e interesses. Dessa forma, diante da realidade brasileira, o acesso, bem como o domínio de uma língua estrangeira consolidou-se teoricamente como privilégio de poucos. Atualmente, a escola pública vem mostrando mudanças e propostas para que o ensino de Língua Estrangeira possa ter um papel democratizante e oportunidades de um instrumento de educação que auxilie em seu processo de aprendizagem. Ao contrário de épocas passadas, o ensino de Língua Estrangeira se alicerça em dar suporte aos educandos sobre língua e cultura da disciplina afim. A Língua Estrangeira Moderna norteia-se no princípio de que o desenvolvimento do educando deve incorrer por meio da leitura, oralidade e da escrita. O que se busca hoje é o ensino de LEM direcionado à construção do conhecimento e à formação cidadã. Logo, a língua aprendida deve tornar-se caminho para o reconhecimento e compreensão das diversidades lingüísticas e culturais já existentes, bem como, criar novas maneiras de construir sentidos do e no mundo. Nesse contexto, a leitura, a oralidade e a escrita se configuram em discurso como prática social e, portanto, instrumento de comunicação. Ao conhecer outras culturas e outras formas de perceber a realidade, o aluno passa a refletir mais sobre a sua própria cultura e amplia sua capacidade de analisar o seu entorno social com maior profundidade e melhores condições de 452 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR estabelecer vínculos, semelhanças e contrastes entre sua forma de ser, agir, pensar e sentir uma outra cultura, fatores que ajudarão no enriquecimento de sua formação. O caráter prático do ensino de Língua Estrangeira permite a produção de informação e o acesso a ela, o fazer e o buscar autônomo, a comunicação e a partilha com semelhantes e diferentes. Possibilita análise de paradigmas já existentes e cria novas maneiras de construir sentidos do mundo, construir significados para entender e estabelecer uma nova realidade, assim como compreender as diversidades lingüísticas e culturais que influenciarão de forma positiva o aprendizado da língua como discurso para que o aluno se constitua socialmente. O domínio de uma Língua Estrangeira se constitui em mais uma possibilidade de ampliação do universo cultural do aluno, viabilizando o acesso e a apropriação de conhecimentos de outras culturas. Como um dos eixos norteadores da proposta curricular consiste na socialização do conhecimento, a aprendizagem de uma Língua Estrangeira não limita o conhecimento ao que a língua materna pode oferecer. Esse processo de aprendizagem desenvolve no aluno estratégias importantes para o desenvolvimento do pensamento e aquisição do conhecimento sistematizado. São os conceitos cotidianos que abrem o caminho para os conceitos científicos, ao mesmo tempo em que estes possibilitam o desenvolvimento dos primeiros em relação à consciência e ao uso deliberado, numa relação dialética. Essa relação também é discutida por Bakhtin (1988), que entende que os sujeitos não adquirem a língua materna, mas se constituem enquanto tais por meio dela. Essa consciência já constituída confronta-se com uma língua toda pronta no processo de aprendizagem da Língua Estrangeira. À medida que entendemos que é através da linguagem que nos apropriamos dos conhecimentos historicamente produzidos e que também é pela 453 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR linguagem que o pensamento é organizado e se desenvolve, quanto mais línguas o sujeito dominar tanto maiores serão as oportunidades de apropriação dos conhecimentos de outras culturas, para melhor compreender a sua e interagir com o seu meio. A aprendizagem de uma outra língua se constitui, assim, na possibilidade de questionar a própria identidade (entendida como unidade e estabilidade), já que aprender uma Língua Estrangeira é apropriar-se do outro. Ou ainda: aprender uma outra língua implica a reconstituição do próprio sujeito, não no sentido de que este venha a apagar-se, mas de que ele possa ressignificar-se. A presença do outro pode provocar deslocamentos significativos, favorecendo a busca de uma identidade heterogênea, complexa, rica em soluções e movimentos. Em um mundo que viabiliza a aproximação dos povos, instituições e indivíduos através dos recursos tecnológicos, o estudo de uma língua estrangeira moderna torna-se fundamental. Considerando-se que vão aumentar as possibilidades de os alunos das escolas públicas entrarem em rede (Internet), haverá também interesse pessoal no aprendizado da língua estrangeira proposta. Isto implica dizer que o aprendizado de uma Língua Estrangeira possibilitará ao educando maior conhecimento de si e da sua própria cultura, na medida em que esta é confrontada com a cultura do outro. Ou seja, é a partir dos outros que nós nos identificamos. Quem aprende uma língua estrangeira não será o mesmo de antes de aprendê-la, pois esse processo exige o confronto das formações discursivas da língua materna com as da língua que se está aprendendo. O sujeito que se inscreve numa segunda língua o faz a partir das formações discursivas da primeira. Segundo Coracini, aprender uma língua estrangeira implica: em agir sobre o objeto de ensino para ‘capturar’ o seu sentido e o seu funcionamento, de modo a ser capaz de interagir com o outro ou com o dizer do outro, com a cultura do outro. Nessa perspectiva, ensinar uma língua estrangeira é criar 454 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR condições para que essa interação ocorra nos diferentes níveis, possibilitando a todo momento o confronto dos conceitos já adquiridos com as novos situações lingüísticas e culturais e, assim, o desenvolvimento da estrutura cognitiva do educando. (Coracini, l989,p. 62). É da relação contraditória e da capacidade de cada um de articular as diferenças, que decorre o grau de sucesso e modo de acontecimento do processo de aquisição da segunda língua (Coracini, 1997). O “incômodo” que, de alguma forma, a presença do outro causa e pode provocar deslocamentos significativos, permitindo aprofundar o conhecimento da própria identidade, reconhecendo-a como heterogênea. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS As Diretrizes Curriculares apresentam uma reflexão a respeito da Abordagem Comunicativa, considerando que essa tendência tem marcado o ensino de Língua Estrangeira na Rede Pública Estadual. No Brasil, tal abordagem passou a fundamentar grande parte dos materiais e livros didáticos para uso em escolas de ensino regular, desde a década de 1980 até os dias atuais (PEREIRA, 2004; CORACINI, 1999). As reflexões acerca da Abordagem Comunicativa enfatizam que tanto a opção teórico-metodológica quanto o idioma a ser ensinado na escola não são neutros, mas profundamente marcados por questões político-econômicas e ideológicas [...] a abordagem comunicativa, na tentativa de ensinar e se comunicar na Língua Estrangeira, deixou de lado a relação entre comunicação e cultura, e a necessidade de entender a comunicação entre falantes nativos e não-nativos como comunicação intercultural mais do que comunicação na língua-alvo (2001, p. 110). 455 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR As Diretrizes buscam delinear o ensino de Língua Estrangeira Moderna com base em um propósito maior de educação, segundo contribuições de Giroux (2004) “ao rastrear as relações entre língua, texto e sociedade, as novas tecnologias e as estruturas de poder que lhes subjazem”. Para este educador, é fundamental que os professores reconheçam a importância da relação entre língua e pedagogia. [...] a prática pedagógica é vista como processo dedicado a fomentar a possibilidade através da implementação de modos de compreensão e ação que encorajem a transformação de relações específicas entre formas sociais e capacidades humanas, e assim permita a expansão do escopo de identidades sociais em que as pessoas possam se transformar. Subsidiadas nestas análises e em suas implicações no ensino da Língua Estrangeira Moderna, são apontados alguns fundamentos teórico- metodológicos que referenciam estas Diretrizes, assim como, os princípios que orientam tal escolha: • o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de Língua Estrangeira Moderna em relação às demais obrigatórias do currículo; • o resgate da função social e educacional do ensino de Língua Estrangeira no currículo da Educação Básica; • o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural. Seguindo esses pressupostos a pedagogia crítica constitui o aporte teórico que sustenta este documento de Diretrizes Curriculares. Por tratar-se de uma abordagem que vislumbra a escola como contexto social democrático, responsável 456 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR pela apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação da realidade. Logo, a escola tem o compromisso de possibilitar aos alunos meios necessários para que possam ir além da assimilação do saber como resultado, ou seja, que apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação. A escola tem o papel de informar, mostrar, desnudar, ensinar regras, não apenas para que sejam seguidas, mas principalmente para que possam ser modificadas. Nesse contexto, salienta-se que a proposta adotada nas Diretrizes Curriculares se baseia na corrente sociológica e nas teorias do Currículo de Bakhtin, que concebem a língua como discurso. Busca-se, dessa forma, estabelecer os objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira Moderna e resgatar a função social e educacional desta disciplina na Educação Básica. Toda língua é uma construção histórica e cultural em constante transformação. Como princípio social e dinâmico, a língua não se limita a uma visão sistêmica e estrutural do código linguístico. Segundo Bakhtin (1988), toda enunciação envolve a presença de pelo menos duas vozes, a voz do eu e do outro. Para este filósofo, não há discurso individual, no sentido de que todo discurso se constrói no processo de interação e em função de outro. E é no espaço discursivo criado na relação entre o eu e o outro que os sujeitos se constituem socialmente. É no engajamento discursivo com o outro que damos forma ao que dizemos e ao que somos. Daí a Língua Estrangeira apresentar-se como espaço para ampliar o contato com outras formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção da realidade. 457 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CONTEÚDOS Em se tratando de Língua Estrangeira, a prática social da linguagem precisa ser exercida de maneira significativa, visando a interação nas relações sociais como forma de promoção do aluno no mundo, através de material variado, com informações sobre os países onde se fala a língua, buscando para a sala de aula jornais, revistas, embalagens, rótulos de produtos, prospectos, entre outros materiais. Dessa forma, busca-se reconhecer a natureza do texto em estudo, trabalhando sua estrutura, sua coesão interna e propondo/fazendo exercícios de análise lingüística para interiorizar determinadas estruturas. É preciso que o aluno conviva efetivamente com o mundo da escrita da língua, seguindo um processo necessariamente dialógico - princípio de constituição do sujeito. Se pensarmos numa programação a partir de conteúdos mínimos delineados na forma de nomenclatura gramatical, o resultado será um quadro muito limitado do que se pode definir amostras de língua, e tais amostras provavelmente não serão significativas. Devemos pensar conteúdos com elementos como tópicos, temas, funções sociais da linguagem, procedimentos para obter determinadas coisas, papéis que os sujeitos podem desempenhar, ou seja, pensar complexidade estrutural e significativa de cada língua e no que ela pode oferecer em conhecimentos e relações. Nesse sentido, entende-se que é necessário priorizar o trabalho com a produção da leitura escritura em Língua Estrangeira, não no sentido de restringir as possibilidades de aprendizagem, mas para viabilizar o aprendizado efetivo de pelo menos uma modalidade. A intenção não é desconsiderar o trabalho com a compreensão e a expressão oral, visto que, o trabalho com o texto deve merecer especial atenção por parte do professor. Trata-se de privilegiar o texto porque temos claro tendo-o como foco, fazem-se discussões orais sobre sua compreensão e, portanto, desenvolve-se habilidades de fala/escuta, leitura/escritura de forma 458 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR integrada. Para que o aluno saiba enfrentar situações de leitura com algum sucesso, sugere-se um trabalho mais demorado com o texto, no sentido de que ele saiba, por exemplo, reconhecer as informações importantes ali contidas (seja pequeno artigo de jornal, uma publicidade, seja a embalagem de um produto ou instrução de uso de aparelhos). Aqui, efetivamente deve acontecer a leitura e compreensão desses textos, no sentido da utilidade e informação ― respeitando-se, é claro, a realidade da turma. O professor terá discernimento para propor atividades adequadas ao grupo. Por outro lado, convém também lembrar que, quando se trabalha com gêneros como canções, receitas, documentários, informes turísticos regionais, lendas ou outros textos típicos do país de língua estrangeira em estudo, deve-se reconhecer neles a natureza do texto em questão, perceber estrutura, seus elementos coesivos e fazer exercícios de análise lingüística sim, mas não perder de vista o caráter histórico-cultural desses escritos, buscando “ler” nos mesmos toda a gama de informações que permitem falar dos costumes, peculiaridades locais, modos de agir, pensar e relacionar do seu povo. Por sua vez, toma-se interessante traçar paralelos entre esta cultura e a da língua materna, que permitirá um saber verdadeiro e não hipotético. 459 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA A Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana é obrigatória em todos os níveis de ensino do Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes. A Lei 11645/08 acrescenta o artigo 26-A à Lei nº 9394/96 que determina a obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, nas instituições públicas e privadas do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. Todas as disciplinas da matriz curricular devem contemplar ao longo do ano letivo, a Educação das Relações Étnico-Raciais e o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com o objetivo de proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade democrática, multicultural e pluriétnica. A Educação para as relações étnicos-raciais, concebe o reconhecimento das diferenças como ponto de partida para a construção de identidades e desenvolvimento das condições de igualdade. Nesse contexto, a disciplina de Língua Estrangeira Moderna, assim como as demais devem atender as necessidades de uma educação voltada à diversidade, possibilitando aos alunos a análise e a percepção das contribuições dos diferentes grupos humanos à constituição nacional. CONTEÚDO ESTRUTURANTE O conteúdo estruturante na disciplina de Língua Estrangeira Moderna consiste no Discurso como prática social. Serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos de acordo com suas esferas sociais de circulação, conforme discriminados abaixo: 460 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR GÊNEROS DISCURSIVOS E SEUS ELEMENTOS COMPOSICIONAIS. Caberá ao professor a seleção de gêneros, nas diferentes esferas sociais de circulação, de acordo com a Proposta Pedagógica Curricular e com o Plano de Trabalho Docente, adequando o nível de complexidade a cada série. * Vide relação dos gêneros ao final deste documento. LEITURA • Identificação do tema; • Intertextualidade; • Intencionalidade; • Vozes sociais presentes no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Marcadores do discurso; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Recursos estilísticos ( figuras de linguagem); • Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); • Variedade linguística. • Acentuação gráfica; • Ortografia. ESCRITA • Tema do texto ; • Interlocutor; • Finalidade do texto; • Intencionalidade do texto; • Intertextualidade; • Condições de produção; • Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto); • Vozes sociais presentes no texto; • Vozes verbais; • Discurso direto e indireto; • Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto; • Léxico; • Coesão e coerência; • Funções das classes gramaticais no texto; • Elementos semãnticos; • Recursos estilísticos( figuras de LEITURA É importante que o professor: • Propicie práticas de leitura de textos de diferentes gêneros; • Considere os conhecimentos prévios dos alunos; • Formule questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto; • Encaminhe discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia; • Proporcione análises para estabelecer a referência textual; • Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas; • Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; • Utilize textos não-verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas e outros; • Relacione o tema com o contexto atual; • Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto; • Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes gêneros; ESCRITA É importante que o professor: • Planeje a produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e ideologia ; • Proporcione o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual; • Conduza à utilização adequada das partículas conectivas; • Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero propostos; • Acompanhe a produção do texto; • Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos elementos que compõem o gênero. LEITURA Espera-se do aluno: • Realização de leitura compreensiva do texto; • Localização de informações explícitas e implícitas no texto; • Posicionamento argumentativo; • Ampliação do horizonte de expectativas; • Ampliação do léxico; • Percepção do ambiente no qual circula o gênero; • Identificação da ideia principal do texto; • Análise das intenções do autor; • Identificação do tema; • Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto; • Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo; • Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; ESCRITA Espera-se do aluno: • Expressão de ideias com clareza; • Elaboração de textos atendendo: - às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); - à continuidade temática; • Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal; • Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; • Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc; 461 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ORALIDADE • Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...; • Adequação do discurso ao gênero; • Turnos de fala; • Vozes sociais presentes no texto; • Variações linguísticas; • Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; • Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito; • Adequação da fala ao contexto; • Pronúncia. • Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que denotam ironia e humor; • Estimule produções em diferentes gêneros; • Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos. ORALIDADE É importante que o professor: • Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a: aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto; • Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado; • Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em seu uso formal e informal; • Estimule contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e outros; • Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas de desenhos, programas infantojuvenis, entrevistas, reportagem entre outros. ORALIDADE Espera-se do aluno: • Pertinência do uso dos elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos; • Reconhecimento de palavras e/ou expressões que estabelecem a referência textual; • Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/ informal); • Apresentação de ideias com clareza; • Compreensão de argumentos no discurso do outro; • Exposição objetiva de argumentos; • Organização da sequência da fala; • Respeito aos turnos de fala; • Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna, etc.; • Utilização consciente de expressões faciais corporais e gestuais, de pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos. 462 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO COTIDIANA LITERÁRIA/ARTÍSTICA CIENTÍFICA ESCOLAR EXEMPLOS DE GÊNEROS Adivinhas Álbum de Família Anedotas Bilhetes Cantigas de Roda Carta Pessoal Cartão Cartão Postal Causos Comunicado Convites Curriculum Vitae Autobiografia Biografias Contos Contos de Fadas Contos de Fadas Contemporâneos Crônicas de Ficção Escultura Fábulas Fábulas Contemporâneas Haicai Histórias em Quadrinhos Lendas Literatura de Cordel Memórias Artigos Conferência Debate Palestra Pesquisas Ata Cartazes Debate Regrado Diálogo/Discussão Argumentativa Exposição Oral Júri Simulado Mapas Palestra Pesquisas Diário Exposição Oral Fotos Músicas Parlendas Piadas Provérbios Quadrinhas Receitas Relatos de Experiências Vividas Trava-Línguas Letras de Músicas Narrativas de Aventura Narrativas de Enigma Narrativas de Ficção Científica Narrativas de Humor Narrativas de Terror Narrativas Fantásticas Narrativas Míticas Paródias Pinturas Poemas Romances Tankas Textos Dramáticos Relato Histórico Relatório Resumo Verbetes Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias 463 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR IMPRENSA ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO PUBLICITÁRIA POLÍTICA JURÍDICA PRODUÇÃO E CONSUMO MIDIÁTICA Agenda Cultural Anúncio de Emprego Artigo de Opinião Caricatura Carta ao Leitor Carta do Leitor Cartum Charge Classificados Crônica Jornalística Editorial Entrevista (oral e escrita) Fotos Horóscopo Infográfico Manchete Mapas Mesa Redonda Notícia Reportagens Resenha Crítica Sinopses de Filmes Tiras EXEMPLOS DE GÊNEROS Anúncio Caricatura Cartazes Comercial para TV E-mail Folder Fotos Slogan Abaixo-Assinado Assembleia Carta de Emprego Carta de Reclamação Carta de Solicitação Debate Boletim de Ocorrência Constituição Brasileira Contrato Declaração de Direitos Depoimentos Discurso de Acusação Discurso de Defesa Bulas Manual Técnico Placas Músicas Paródia Placas Publicidade Comercial Publicidade Institucional Publicidade Oficial Texto Político Blog Chat Desenho Animado E-mail Entrevista Filmes Fotoblog Home Page Reality Show Talk Show Telejornal Telenovelas Torpedos Vídeo Clip Vídeo Conferência Debate Regrado Discurso Político “de Palanque” Fórum Manifesto Mesa Redonda Panfleto Estatutos Leis Ofício Procuração Regimentos Regulamentos Requerimentos Relato Histórico Relatório Relatos de Experiências Científicas Resenha Resumo Seminário Texto Argumentativo Texto de Opinião Verbetes de Enciclopédias 464 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR METODOLOGIA DA DISCIPLINA As Diretrizes Curriculares propõem redirecionar o ensino de Língua Estrangeira Moderna nas escolas da Rede Pública Estadual do Paraná. O trabalho com a Língua Estrangeira em sala de aula parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as línguas estrangeiras são possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados. A partir do Conteúdo Estruturante Discurso como prática social, serão trabalhadas questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto, verbal e não-verbal, como unidade de linguagem em uso. Propõe-se que, nas aulas de Língua Estrangeira Moderna, o sejam abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, assim como a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações, o grau de informação presente, a intertextualidade, os recursos coesivos, a coerência e, após esse processo, a gramática em si. Dessa forma, o ensino deixa de priorizar a gramática para trabalhar com o texto, sem, no entanto, colocá-la à margem. Faz-se necessário salientar que disponibilizar textos aos alunos não é o suficiente. A reflexão acerca do uso e do contexto de uso dos mesmos e dos seus interlocutores algo fundamental. É extremamente relevante que o aluno tenha acesso a textos de várias esferas sociais: publicitária, jornalística, literária, informativa, entre outras. A aula de LEM deve proporcionar o desenvolvimento de atividades significativas, que explorem diferentes recursos e fontes, com o intuito de que o educando possa relacionar o que é estudado com a sua realidade. 465 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas servirão como subsídio para a produção textual em Língua Estrangeira. Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos percebam a heterogeneidade da língua. Logo, pode-se afirmar que um texto disponibiliza várias possibilidades de leitura, e não um sentido pré-determinado pelo autor. O professor tem a incumbência de possibilitar meios para que o aluno possa interagir criticamente com os textos, e compreenda as subjetividades que se encontram por trás deles como um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido. De tal forma, o aluno precisa ser instigado à busca de respostas e soluções para os seus questionamentos, necessidades e anseios relativos à aprendizagem. As estratégias específicas da oralidade têm como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva a oralidade é muito mais do que o uso funcional da língua, é aprender a expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com os sons específicos da língua que está aprendendo. Com relação à escrita, não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. 466 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A finalidade e o gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção, assim como a necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes, seleção da variedade linguística adequada – formal ou informal. Ao propor uma tarefa de escrita, é essencial que se disponibilize recursos pedagógicos, junto com a intervenção do próprio professor, para oferecer ao aluno elementos discursivos, linguísticos, sociopragmáticos e culturais para que ele melhore sua produção. Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna é que ele será, necessariamente, articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter que desenvolver projetos com inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. As atividades serão abordadas a partir de textos e envolverão, simultaneamente, práticas e conhecimentos mencionados, de modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com relação aos discursos apresentados. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não-verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos: a) Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades. Cada atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero; b) Aspecto Cultural/Interdiscurso: influência de outras culturas percebidas no texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser feitas a partir do texto apresentado; c) Variedade Linguística: formal ou informal; 467 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR d) Análise Linguística: será realizada de acordo com a série. Vale ressaltar a diferença entre o ensino de gramática e a prática da análise linguística: ENSINO DE GRAMÁTICA Concepção de língua como sistema, estrutura inflexível e invariável. Unidade privilegiada: a palavra, a frase e o período. PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA Concepção de língua como ação interlocutiva situada, sujeita às interferências dos falantes. Unidade privilegiada: o texto. Preferência pelos exercícios estruturais, de identificação e classificação de unidades/funções morfossintáticas e correção. Preferência por questões abertas e atividades de pesquisa, que exigem comparação e reflexão sobre adequação e efeitos de sentidos. (Adaptado de: MENDONÇA, M. Análise Linguística no Ensino Médio: um novo olhar, um outro objeto, 2006, p. 207) e) Atividades: • Pesquisa: será proposta para o aluno, acerca do assunto abordado. Lembrando, aqui, que pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso significa que poderá ser realizada não só nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão consideradas pesquisas. • Discussão: conversar na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade poderá ser feita em Língua Materna. • Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor. Os conteúdos poderão ser retomados em todos os anos, porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta o conhecimento do aluno. 468 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A exploração de vários recursos disponíveis na escola como: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeos, DVD, CD-ROM, Internet, TV multimídia, entre outros, devem ser utilizados para propiciar o contato e a interação com a língua e a cultura. A elaboração de materiais pedagógicos pautada nestas Diretrizes permite flexibilidade para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como para contemplar a diversidade regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará ao aluno, pertencente a uma determinada cultura, o contato e a interação com outras línguas e culturas. Desse encontro, espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no mundo, extrapolando o domínio linguístico. Nesse sentido, a escola deve incentivar a prática pedagógica fundamentada em diferentes metodologias, valorizando concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade de “uma transformação emancipadora”. Dessa forma, cabe ao professor monitorar, explicitar e possibilitar a resolução de problemas, mediando como um dos interlocutores do processo de ensino e aprendizagem, não como detentor absoluto do saber, mas como sujeito que propicia a fomentação do conhecimento de forma crítica e significativa. 469 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR AVALIAÇÃO A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna está vinculada aos fundamentos teóricos explicitados nas Diretrizes Curriculares e na LDB n. 9394/96. A reflexão proposta nas Diretrizes à cerca das práticas avaliativas, objetivam favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, direcionando o trabalho do professor e situando o aluno no percurso pedagógico. De acordo com Luckesi (1995, p. 166), A avaliação da aprendizagem necessita para cumprir o seu verdadeiro significado, assumir a função de subsidiar a aprendizagem bem sucedida. Por conseguinte, a avaliação da aprendizagem da Língua Estrangeira precisa superar a concepção de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, visto que se configura como contínua, cumulativa e processual. Como tal, objetiva subsidiar discussões acerca das dificuldades e avanços dos alunos a partir de suas produções no processo de ensino e aprendizagem. Logo, a avaliação deve refletir o desenvolvimento global do aluno, bem como considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos. Nesse sentido, a condição necessária para o exercício da avaliação segundo essa concepção, orienta que as intervenções pedagógicas ultrapassem o conteúdo trabalhado, de forma que os objetivos de ensino explicitados nestas Diretrizes sejam alcançados. Torna-se relevante em tal processo a organização do ambiente pedagógico, a observação referente à participação dos educandos, bem como a consideração do engajamento discursivo em sala de aula, considerando-se para tanto suas diferentes formas: entre os alunos e o professor; entre os alunos na turma; na interação com o material didático; nas conversas em Língua Materna e 470 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Língua Estrangeira; no próprio uso da língua, que funciona como recurso cognitivo ao promover o desenvolvimento de ideias (Vygotsky, 1989). A valorização da participação dos alunos no processo de aprendizagem e de avaliação, a discussão e acordo acerca dos critérios de avaliação, assim como, a conscientização quanto as etapas vencidas contribuem imensamente para o trabalho docente. Como afirma Ramos (2001), é um desafio construir uma avaliação com critérios de entendimento reflexivo, conectado, compartilhado e autonomizador no processo ensino/aprendizagem, que nos permita formar cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidários e autônomos. A avaliação em Língua Estrangeira Moderna tem o intuito de superar a concepção de avaliação enquanto instrumento de aferição do conhecimento, propondo para tanto, uma perspectiva avaliativa que levante reflexões referentes as dificuldades e progressos dos alunos, com referência em suas produções. Cabe salientar que o processo avaliativo não se limita à sala de aula. O projeto curricular, a programação do ensino em sala de aula e os seus resultados, estão compreendidos em tal processo. A avaliação deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das concepções e encaminhamentos metodológicos destas Diretrizes. As explicitações dos propósitos da avaliação e do uso de seus resultados podem favorecer atitudes menos resistentes ao aprendizado de Língua Estrangeira e permitirem que a comunidade, não apenas escolar, reconheça o valor desse conhecimento. Nessa perspectiva, o envolvimento dos sujeitos alunos na construção do significado nas práticas discursivas será a base para o planejamento das avaliações ao longo do processo de aprendizagem. Sendo assim, a avaliação será diagnóstica, somativa e cumulativa, sistematizada através de um processo constante 471 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR de observação do desempenho das atividades propostas que serão analisadas e consideradas como subsídios. Para a avaliação do desempenho dos alunos levar-se-á em consideração os objetivos propostos no Regimento escolar, bem como, as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto Político-Pedagógico da escola. Serão utilizados instrumentos diversificados e coerentes com o disposto em tais documentos, como: provas, trabalhos (individuais e em grupos), produção de textos orais escritos que demonstram capacidade de articular a teoria e prática. O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que se possa reorganizar os conteúdos, os instrumentos e os métodos de ensino. Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, o que possibilitará a observação dos avanços e das dificuldades, em vista do estabelecimento de novas ações. A recuperação de estudos é direito dos alunos e dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo de ensino e aprendizagem. Será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático metodológicos diversificados anotados em Livro Registro de Classe. A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero). Nos cursos do CELEM a promoção será ao final de cada ano letivo. Na promoção e certificação de conclusão a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), conforme o disposto na Resolução 3794/2004 e de acordo com a síntese do sistema de avaliação da instituição. A expressão dos resultados da avaliação será determinada conforme o previsto no Regimento Escolar referente ao sistema de avaliação. 472 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os alunos do CELEM que apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e a média anual igual ou superior a 6,0 (seis vírgula zero) serão considerados aprovados ao final do ano letivo. Serão considerados retidos ao final do ano letivo os alunos que apresentarem: frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero). REFERÊNCIAS ANDREOTTI, V.; JORDÃO, C.M.; GIMENEZ, T. (org.) Perspectivas educacionais e ensino de inglês na escola pública. Pelotas: Educat, 2005. ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007. BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1988. BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999. BALLALAI, Roberto. A abordagem didática do ensino de línguas estrangeiras e os mecanismos de dependência e de reprodução da divisão de classes. Fórum Educacional, v. 13, n. 3. Rio de Janeiro, jun./ago. 1989. p. 47-64. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer n. 04/98,de 29 de janeiro de 1998. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino fundamental. Relatora Conselheira: Regina Alcântara de Assis. Diário Oficial da União, Brasília, p.31, 15 abr. 1998. BRASIL. Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, 23 dez. 1996. 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E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR ATIVIDADES COMPLEMENTARES DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR SALA DE APOIO A Secretaria de Estado da Educação do Paraná - SEED implementou o Programa Salas de Apoio à Aprendizagem em 2004, com o objetivo de atender às defasagens de aprendizagem apresentadas pelas crianças que frequentam a 5ª série do Ensino Fundamental. O programa prevê o atendimento aos alunos, no contraturno, nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à aquisição dos conteúdos de oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e quantidades nas suas operações básicas e elementares. No colégio as aulas de reforço são oferecidas aos alunos que frequentam a 5ª série, duas vezes por semana com carga horária de quatro horas semanais. CONTRATURNO Com o objetivo de atender aos alunos que freqüentam o Ensino Fundamental Ciclo Básico/Anos Iniciais, o Colégio Dom Geraldo oferece aos alunos aulas de reforço escolar duas vezes por semana no contraturno , com carga horária de quatro horas semanais, para favorecer a esses alunos uma superação dos conteúdos que encontram dificuldade, com o objetivo que esses possam superar suas dificuldades de aprendizagem recuperando e assimilando conteúdos que estejam em defasagens. 475 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CELEM O Centro de Línguas Estrangeiras Modernas é uma oferta extracurricular e gratuita de ensino de Línguas Estrangeiras nas escolas da rede pública do Estado do Paraná. Que apresenta como objetivos: • Ofertar curso de língua espanhol para os alunos do Colégio em contraturno escolar; • Oportunizar aos alunos interessados aprenderem outra língua estrangeira moderna. As turmas de CELEM se diferem das turmas da grade curricular por serem formadas por uma clientela diversificada com alunos do colégio até pessoas da comunidade. Por isso se faz necessário uma constante reflexão nas formas de apresentar a Língua Espanhola para que seja atraente a um público alvo tão variado. No Colégio Dom Geraldo o Curso de língua Estrangeira Moderna, no caso a língua Espanhola é ofertado duas vezes por semana, no período noturno com duração de quatro horas semanais. PROJETOS Todo e qualquer estabelecimento de ensino tem como finalidade de garantir a unidade filosófica, política-pedagógica, estrutural e funcional preservando a flexibilidade didático-pedagógica, visando a capacitação do aluno para uma atuação direta na sua realidade social, proporcionando-lhe uma formação integral. Deste modo, o Colégio Dom Geraldo Fernandes tem por finalidade, atender ao disposto nas Constituições Federal e Estadual e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ministrando uma educação baseada nos seguintes princípios: a igualdade de condição para acesso e permanência na escola, 476 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR vedada qualquer forma de discriminação e segregação; liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; gratuidade de ensino, com isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza, desde que a entidade mantenedora cumpra totalmente as exigências prescritas na lei; valorização dos profissionais de ensino, gestão democrática e garantia de uma educação básica e unitária. O objetivo da Escola é ministrar o ensino, observando a legislação vigente e que vise tornar a escola aberta, ampla, participante, solidária, cooperativa e reflexiva, crítica, na qual a cultura tenha sabor existencial, onde se cultivem o vigor intelectual vivenciado, o gosto pela observação e o respeito pela objetividade; possibilitar condições ao educando de refletir, criticamente e se posicionar frente à realidade por ele vivenciada, sendo capaz de atuar na escola e com essa realidade levando a mudança que sejam benéficas à comunidade a qual pertence; resgatar o valor do trabalho cooperativo determinando pela necessidade da solidariedade humana; adequar e melhorar os conteúdos curriculares, evitando-se possíveis descompassos entre o que a escola venha a oferecer e a real experiência que vem sendo vivenciada pela comunidade local; estabelecer um sistema de administração efetivo que oriente e auxilie a atuação do corpo docente, que permita melhores resultados no processo ensino-aprendizagem, tornar o processo educativo dinâmico e eficaz, provocando reflexões e capacidade para solução de diversas situações sociais e individuais. De acordo com estes pressupostos, a escola procura trabalhar com uma metodologia prática e reflexiva, desenvolvendo projetos educacionais importantes que serão descritos a seguir: 477 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR PROJETO DE LEITURA De acordo com pesquisas realizadas, nem sempre o bom leitor é um bom escritor, talvez seja porque as habilidades que devem ser desenvolvidas para as duas atividades não pertençam à mesma área do cérebro. É preciso, pois, praticar a escrita tanto quanto a leitura. Todos têm ótimas idéias, adquiridas por sua vivência, independente de um professor ou não. Como isso é importante fazer com que o aluno expresse suas idéias. O gosto pela leitura deve ser despertado o quanto antes nos alunos, através de atividades relacionadas com a faixa etária, valorizando a leitura como fonte de prazer e entretenimento. Dessa forma, iremos realizar atividades que envolvam professores e alunos pela prática da leitura. OBJETIVOS • Despertar o hábito de leitura; • Enriquecer o vocabulário; • Enriquecer os conhecimentos de conteúdos gerais; • Conhecer diversos tipos de textos, literatura, jornal, etc; • Compreender as idéias e mensagens contidas em leituras, folhetos informativos, etc... 478 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR METODOLOGIA • Trabalhar com diversos tipos de leitura: textos, informativos, literários, filmes, músicas, dramatização, textos lúdicos, receitas, humor, notícias; • Acróstico, notícias de TV, texto poético, cruzadinhas, caça-palavras, montagem de livros, interpretação escrita, oral, ilustrada, história em seqüência, rótulos, ortografia, glossário, etc. • Realizar um cronograma onde um dia por semana, logo no início do período de aula, todos os membros desta comunidade escolar estarão “parando” para realizarem o Momento da Leitura. AVALIAÇÃO • Avaliação contínua, diagnóstica que será feita no decorrer de todo o desenvolvimento do projeto. PROJETO DE GEOGEBRA A utilização do software geogebra possibilita aos alunos a movimentação do gráfico das funções, neste caso, em particular da função exponencial, fazendo com que percebam algumas propriedades que dificilmente perceberiam construindo gráficos no caderno. Com isso há uma maior interação dos alunos com o conteúdo abordado e uma discussão entre os mesmos com as informações obtidas na utilização do software. Como uma forma de estimular os alunos a resolverem situações problemas de maneira significativa através do uso da tecnologia, os alunos terão a oportunidade de conhecer o programa geogebra, um programa geométrico 479 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR desenvolvido para ser trabalhado em computadores. Assim as aulas se tornarão mais significativas, despertando assim o interesse dos alunos por estes conteúdos. OBJETIVOS • Facilitar o processo de ensino e aprendizagem e que os alunos desenvolvam a definição exponencial crescente e decrescente através do software Geogebra, estimulando os alunos a resolverem as situações problemas através do uso da tecnologia. • Conhecer o programa geométrico e quais suas funções. METODOLOGIA As aulas serão desenvolvidas no laboratório de informática, e os alunos utilizarão uma ficha de trabalho que deverá ser preenchida de acordo com as atividades propostas durante as aulas. AVALIAÇÃO A avaliação será continua e diagnostica durante a realização do projeto. 480 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR EVENTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS E FESTIVOS HISTORA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA Em atendimento a lei 10.639/03 a equipe pedagógica desenvolveras ações que contemplam a inclusão de conteúdos da Historia e Cultura Afro brasileira, africana e indígena em cada disciplina. No momento da elaboração dos planos de trabalho docentes será disponibilizado para o professor todos os materiais e cadernos temáticos pertinente ao assunto ressaltando que já constitui uma equipe multidisciplinar. SEMANA CULTURAL Acreditamos que a troca de informações dentro do ambiente escolar é de extrema importância, pois enriquece a aprendizagem do aluno, fazendo com o mesmo seja capaz de transmitir seus conhecimentos para os demais companheiros e comunidade. Deste modo, propomos uma semana de atividades diferenciadas, onde alunos, professores e comunidade realizam atividades culturais e científicas dentro e fora do espaço escolar. Com esta atividade, temos por objetivos: transmitir e adquirir conhecimentos através da troca de experiências; desenvolver a criatividade; Desenvolver a expressão corporal, oral e escrita; desenvolver o espírito de cooperação; valorizar e respeitar as diferenças culturais; incentivar o gosto pela pesquisa e pela busca de conhecimento. 481 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR PROCESSOS DE DEPENDÊNCIA. AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO, PROMOÇÃO, E A avaliação é compreendida pelos educadores como elemento integrador entre o ensino e a aprendizagem, que envolve múltiplos aspectos. É uma ação que ocorre durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como fechamento de grandes etapas de trabalho e que envolve não somente o professor, mas também alunos, pais e a comunidade escolar. Sabe-se que a avaliação contribui para que o aluno, sujeito de sua própria aprendizagem, possa discernir sobre sua verdadeira atuação no contexto político, social e econômico na sociedade em que se insere. Nesta sociedade, dividida em classes, compreendendo que a ciência é um meio de produção e que a apropriação dos conhecimentos e acúmulo de valores produzirá agentes ativos no processo de transformação desta mesma sociedade. A avaliação do rendimento acadêmico do aluno não pode reduzir-se a verificação de seu desempenho em provas e testes, hipervalorizando as notas e conceitos, como se a isso pudesse restringir-se o objetivo de distribuição do saber. Tal avaliação não será nunca um fim em sim mesma, mas um valioso subsídio (para aluno, professores e escola) com vistas à constante melhoria de seu desempenho. Deste modo à avaliação é entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a aprendizagem e de aprendizagem dos alunos, bem como, diagnosticar seus resultados e atribui-lhes valor. Como instrumento e técnica de avaliação, serão utilizados: pesquisas, debates, entrevistas, trabalhos individuais ou em grupos, testes, auto-avaliação, exercícios orais ou escritos, etc., sempre articulando às situações concretas na qual se insere, concorrendo assim para uma 482 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR compreensão de como corre e se ocorre a aprendizagem, considerando-se neste processo a avaliação dos aspectos que favorecem e que dificultam a aprendizagem. Tais aspectos avaliados devem ser do professor, do aluno, e funcionamento da escola. São considerados também no processo de avaliação direção, professores, equipe pedagógica, família e todos os outros segmentos da escola. Em qualquer momento do processo permanente de avaliação deve ser tomado em seu singular predicado de subsidiar a correção de rumos e o redimensionamento de atividades. A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos de aprendizagem individual ou de todo grupo. O aluno necessita de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio. Entendemos que a partir das concepções de mundo, homem, sociedade e currículo, que se pretende para o trabalho no ensino, é necessário optar por uma proposta de Avaliação, que inclua, contemplando os objetivos e encaminhamentos metodológicos com uma visão social da educação cultural dentro das áreas do conhecimento, orientando o julgamento do professor para um aspecto mais amplo do que circunscrito as disciplinas e seus conteúdos, enquanto onde promove mudanças no aprender como um agente social transformador com conteúdos. Nesta perspectiva, o momento de avaliação consiste em momento de aprendizagem porque permite ao aluno perceber sua contribuição ao trabalho coletivo. Permite também ao professor analisar, rever e tomar decisões sobre os encaminhamentos, os conteúdos trabalhados de forma a possibilitar a adequação necessária para atingir as marcas e metas propostas. Isto possibilitará, também a recuperação aos alunos que apresentarem dificuldades de aprendizagem. 483 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A avaliação é, portanto, concebida como um instrumento para ajudar o aluno a aprender fazendo para integrante do dia-a-dia em sala de aula. O clima criado pelas metodologias adotadas deve assegurar espaço para os alunos arriscarem e o erro se configura em uma valiosa pista. A avaliação servirá para que o professor possa rever os procedimentos que vem utilizando e replanejar sua atuação toda vez que julgar não ter atingido seus objetivos. O professor deverá se debruçar sobre as produções de seus alunos, dar-lhes nota, não para classificá-los, mas sim para obter informações para planejar suas intervenções, propondo procedimentos que levam os alunos a atingir novos patamares de conhecimentos. Para tanto é preciso que o professor tenha clareza do que pretende em cada atividade em sala, só assim poderá avaliar cada aluno de forma criteriosa. Neste processo de avaliação contínua é preciso assumir a postura de constante observação e cuidadoso registro. A prova com dia e valor previamente marcados é, então somada a essas observações e registro diários que, ao final do processo serão transformados em nota, mas que devem medir os avanços do aluno; onde estava no início e onde está agora. E preciso também partilhar com os alunos dessas observações para que eles também aprendam a aprender. Esse processo de avaliação, baseando no desenvolvimento dos conhecimentos adquiridos pelos alunos, tem também por objetivo levar, lenta, gradativamente e gradualmente a uma elevação do nível das operações cognitivas desenvolvidas pelos alunos. A nota deve, neste momento ser concebida com um apoio à professores e alunos, pois sua ausência acarreta inúmeras angústias a professores e alunos dificultando que ambos se dediquem com maior ênfase ao processo ensino/aprendizagem. O sistema de notas bimestrais é o que a escola prefere trabalhar por ter o objetivo realmente da avaliação do conhecimento sistematizado. A escola 484 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR tem consciência que para este recurso surtir efeito maior é preciso o envolvimento de todos, e todos alunos professores estarem visualizando resultados mais próximos comunidade docente e discente tendo certeza que o tempo e restrito torna-se aliado para o planejamento e avaliação. Uma vez que todos dispõem de um período restrito para formalizar e registrar o resultado formal de avaliação real de cada envolvido. Caberá a equipe pedagógica da escola orientar e monitorar professores e alunos no bom andamento desta forma de registro. Caberá ainda a equipe-pedagógica orientar os professores sobre o que avaliar. Neste sistema de avaliação a recuperação é parte integrante. A avaliação, tarefas, atividades, provas; será ponto de partida e não de chegada, a partir daí o aluno percebe junto com o professor suas dificuldades e traçam juntos formas de recuperação que não impeçam seus progressos e dos demais. Os alunos receberão o resultado do registro formal de suas avaliações bimestralmente. À comunidade será entregue, um boletim (faltas e notas) para que os pais possam acompanhar a vida e o desempenho escolar de seus filhos e no momento da entrega dos boletins haverá reunião para que a comunidade possa participar propondo idéias necessárias para sanar suas dificuldades de aprendizagem. A promoção ocorrerá para todas as séries segundo o registro da escola. Independente da disciplina de aprendizagem serão os mesmos, ou seja, o desenvolvimento do conhecimento e a utilização do conteúdo como um meio para isso, pois seguirá as normas do CBA de 1ª a 4ª séries. Portanto, para o ano de 2010 a Escola trabalhará no Ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries e Ensino Médio, com sistema de notas bimestrais, numa escala de 0 a 10,0 tendo como média mínima para aprovação 6,0 com possibilidade de promoção ou retenção em cada série anual, observando aproveitamento e frequência . 485 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR De acordo com o Regimento Escolar artigo 65, após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e frequência, serão definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos de 5ª a 8ª séries e do Ensino Médio e EJA. Inciso I – será considerado aprovado o aluno que apresentar: Frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária do periodo letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis virgula zero), resultante da média aritmética dos bimestres, nas respectivas. MA= 1º B + 2º B+ 3ºB+4ºB = 6,0 4 Inciso II – será considerado reprovado o aluno que apresentar: Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento) sobre o total de carga horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis virgula zero); Frequência inferior a 75% (setenta e cinco por cento ) sobre o total de carga horária do período letivo com qualquer média anual. Ressaltamos que existe proposta para alterar o Sistema de Avaliação Bimestral para Sistema de Avaliação Trimestral no ano de 2011, mediante aprovação do Conselho Escolar. A promoção do Ciclo Básico de Alfabetização (CBA) que tem como tempo quatro anos se dá automaticamente de uma etapa para outra, podendo haver retenção apenas na 4ª série. Sendo que ao final desta etapa o professor regente deve elaborar um parecer conclusivo sobre a escrita, os aspectos fundamentais das áreas de conhecimento ou os motivos que levaram a retenção final deste ano letivo. Os resultados das avaliações serão comunicados aos pais através de reuniões trimestrais quando será ofertada acompanhamento dos pais até o final do semestre com as fichas, ou ainda em qualquer época das observações feitas pelos professores, durante o processo ensino e aprendizagem. 486 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Aos alunos do CBA com baixo rendimento escolar, é ofertada a recuperação de estudos de forma paralela e em contraturno, duas vezes por semana, com duas horas diárias. Ao final desta etapa o professor regente deve elaborar um parecer conclusivo sobre a escrita, os aspectos fundamentais das áreas de conhecimento ou os motivos que levaram a retenção final deste ano letivo. Cabe ao professor, assessorado pela Equipe Pedagógica, quando necessário, emitir parecer final sobre o aproveitamento dos alunos no Ciclo Básico de Alfabetização, ficando a cargo do Conselho de Classe, a decisão sobre a promoção ou retenção do aluno, a respeito das quais se tenha dúvida sobre o nível de aproveitamento do conhecimento. A avaliação final deve considerar, para efeito de promoção, todos os resultados obtidos durante o ano letivo, incluída a recuperação dos estudos. Encerrado o processo de avaliação, o estabelecimento de ensino registra no Histórico Escolar do aluno, sua condição de aprovado ou reprovado. Ressaltamos que a realização dos Conselhos de Classe ao final de cada bimestre é um momento precioso onde professores, equipe pedagógica e direção, podem discutir e analisar o desenvolvimento do aluno como um todo. Rendimento/Movimento Escolar - Ano 2009 Fonte: SERE/ABC Ensino/Série FUNDAMENTAL - TOTAL 1ª SERIE 2ª SERIE 3ª SERIE 4ª SERIE 5ª SERIE 6ª SERIE 7ª SERIE Taxa de Aprovação 75,70% 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% 66,40% 65,60% Rendimento Escolar Taxa de Reprovação 20,70% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 27,80% 29,60% Taxa de Abandono 3,40% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 5,60% 4,60% 63,30% 33,00% 3,50% 487 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 8ª SERIE MEDIO REGULAR TOTAL 1ª SERIE 2ª SERIE 76,10% 19,40% 4,40% 78,60% 14,70% 6,50% 72,20% 88,00% 16,60% 12,00% 11,10% 0,00% PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA Não se pode negar que uma constante atualização dos professores é de extrema importância, pois estes profissionais precisam de conhecimentos que levem a reflexão e informações que dêem sustentação à sua prática pedagógica, ao seu envolvimento no processo educativo, ao trabalho com outros professores, com os pais e em especial, com seus alunos. Faz-se necessário conhecer melhor os alunos, elaborar novos projetos, redefinir objetivos, buscar conteúdos significativos e novas formas de avaliar que resultem em propostas metodológicas inovadoras, com intuito de viabilizar a aprendizagem dos alunos. Precisamos de educadores que se disponham a aprender enquanto ensina, trabalhando seus ranços autoritários e espontaneístas na tentativa, na busca da construção de uma relação democrática. Precisamos de um educador que também se disponha a acompanhar o processo de instrumentalização para a apropriação da reflexão (pensamento-prática-teoria) de seus educandos. Deste modo, para que possamos realizar um trabalho de qualidade, coerente com as propostas educacionais, busca-se trabalhar com projetos ligados a todas as áreas do conhecimento, preparando e apoiando os professores através de palestras e reuniões periódicas, disponibilizando e incentivando a realizarem cursos e leituras de materiais diversificados (revistas, 488 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR livros, jornais, textos, etc.), realizando encontros para troca de experiências, dinâmicas de grupo que visem trabalhar a auto-estima, expressão corporal, relaxamento, troca de experiências, etc. Não se pode deixar de citar também a utilização racional da hora-atividade para orientações e troca de experiência entre equipe pedagógica e professores, além de momento de leituras e reflexão. Ressaltamos que a participação dos professores em cursos de capacitação e grupos de estudos são repassados e discutidos entre os professores e Equipe Pedagógica, procurando adequar novos conhecimentos às necessidades dos alunos atendidos por esta instituição. Toda vez que o professor participa de um seminário, palestras ou grupo de estudo fora da escola, o mesmo tem procurado passar o objetivo daquele assunto, ou o conteúdo aos demais que não participaram numa reunião, ou mesmo num intervalo, na hora atividade e para a supervisão ir repassando até que todos tomem conhecimento do referido curso, palestra, encontro. Muitas vezes a equipe percebe as pequenas mudanças que vão ocorrendo com esse professor, na maneira de planejar, ensinar, atender os alunos superando suas dificuldades, postura profissional vai contagiando outros também. A hora atividade é desenvolvida na escola pelo professor, onde tem contribuindo para a preparação parcial das aulas, avaliações e recuperações paralelas, correção parcial das atividades, planejamento do desenvolvimento dos conteúdos com mais envolvimento de professores num determinado conteúdo, atendimento individual do aluno e pais. O tempo se torna muito pouco para o professor trocar informações que é necessária para uma qualidade de ensino, necessário a troca de experiência com diversas áreas e na mesma, dialogue sobre os fatores externos e internos da comunidade escolar, buscando intervindo na melhoria dessa comunidade. 489 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Consideramos a hora atividade uma conquista muito importante dentro da categoria, pois durante este momento os professores preparam suas aulas, avaliações, atividades extra-classe, realizam leituras que visam enriquecer sua prática pedagógica reconhecemos que, e corrigem como atividades conseqüência desta dos alunos. Deste oportunidade, modo houve um enriquecimento satisfatório na atuação do professor em sala de aula. PRESSUPOSTOS TEÓRICOS A escola como um todo tem como objetivo central a formação integral do aluno para o exercício da cidadania. Para que haja um bom desenvolvimento na nova proposta de trabalho na educação, se faz necessário definir com clareza os objetivos desejados, fazer uma reflexão e ter visão voltada para os novos paradigmas onde toda a equipe técnico-pedagógica deve estar comprometida com a aprendizagem dos alunos para que a instituição escolar seja um local onde o aluno possa refletir, vivenciar experiências de aprendizagem enriquecedoras, construir sua identidade, ter o direito de aprender desenvolvendo suas habilidades e adquirindo competências que sejam aplicadas no cotidiano, onde o professor seja o facilitador para a construção de conhecimentos, desenvolvendo atividades onde se busque informações em várias áreas do conhecimento, proporcionando oportunidade de conhecer, fazer relacionar, aplicar e transformar através de um trabalho desenvolvido, centrado em projetos integrados, interdisciplinaridade e contextualização, sempre reavaliando sua prática pedagógica para que se possa avaliar o desenvolvimento das competências que os alunos estão se apropriando. 490 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A missão da escola é a de capacitar o ser humano para realização de atividades nos três domínios da ação humana; a vida em sociedade, a atividade produtiva e a experiência subjetiva. Propiciando ao educando o desenvolvimento de capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, ética e estética, tendo em vista sua formação ampla. Sendo assim aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver e aprender a ser são os eixos estruturais da educação na sociedade contemporânea. Para que está missão se cumpra o contento os procedimentos escolares metodologias e avaliações deverão estar organizadas sob três premissas: estética da sensibilidade, que estimula a criatividade, a curiosidade, a afetividade, suporte o diferente. Política da igualdade que reconhece os direitos humanos, combate todas as formas de preconceito e discriminação e ética da identidade que se constitui o desejo de formar pessoas solidárias e responsáveis por serem autônomas e críticas. Inserida num contexto de aprendizagem democrática a escola estimula a liberdade de pensamento e expressão. Os alunos devem aprender a tirar partido do seu saber de uma maneira útil. A escola não vai procurar apenas dotá-los de uma sólida formação geral, mas procurar também lhes fortalecer o caráter e transmitir-lhes um profundo sentido das responsabilidades sociais, introduzindo modelos inovadores e dinâmicos de desenvolvimento comunitário integrado e fixando normas de excelência no plano de desenvolvimento humano e sócio-econômico, da educação, da cultura e das artes. Deste modo, estará criando possibilidades de educação com conteúdos e métodos mais elaborados para dar respostas às diferenças individuais. Portanto é missão da escola proporcionar oportunidades de ao compreender melhor a dinâmica das sociedades, os educandos perceberem-se elementos ativos, com capacidade de visualizar um modelo de sociedade mais justa e solidária. 491 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR A missão da escola reflete a necessidade de propiciar ao educando o desenvolvimento de capacidades de ordem cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal e inserção social, ética e estética, tendo em vista sua formação ampla. Para garantia o desenvolvimento dessas capacidades é preciso considerar que nem todas as pessoas têm os mesmos interesses ou habilidades, nem aprendem da mesma maneira. A partir do reconhecimento das diferenças existentes entre elas, será possível conduzir um ensino pautado em aprendizados que sirvam a novos aprendizados. Para que os alunos desenvolvam suas capacidades, os conteúdos devem ser selecionados de modo a auxiliá-los às várias vivências a que são expostos em seu universo cultural. Embora os indivíduos tendam a desenvolver capacidades de maneira heterogênea, é importante salientar que a escola tem como função potencializar o desenvolvimento de todas as capacidades, de modo a tornar o ensino mais humano, mais ético, assim, a escola pública será capaz de formar cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. É preciso oferecer aos alunos oportunidade de darem o melhor de si mesmo. Insistir sempre nesta finalidade essencial da educação, levar cada um a cultivar as suas aptidões, a formular juízos e a partir destes, a adotar comportamentos livres. As pessoas precisam recorrer, constantemente, a seus conhecimentos e a sua capacidade de discernimento para poderem orientar-se, pensar e agir. A equação educação-empregabilidade-superação da exclusão, além de simplista, torna-se claramente ideológica quando não vem acompanhada de propostas de implantação de políticas públicas para garantir que a dinâmica do mercado obedeça às prioridades locais. 492 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR De acordo com a Nova Lei de Diretrizes e Bases, o ensino fundamental é a educação básica e tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe a formação indispensável para o exercício da cidadania e fornecerlhe meios para a progredir no trabalho e em estudos posteriores. Concebe a escola como inclusiva, entendida como aquela que, além de acolher todas as crianças, garante uma dinâmica curricular que contemple mudar o caráter discriminatório do fazer pedagógico, e partir das necessidades dos alunos. Objetiva a formação básica do cidadão mediante: • O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; • A compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; • O desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; • O fortalecimento dos vínculos da família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. A lei destaca o papel importante que a escola desempenha no processo educacional e lhe confere uma grande autonomia de organização. Também incentiva os sistemas de ensino a desenvolverem projetos que possibilitem a aceleração de estudos para alunos com atraso escolar. A inclusão requer compromisso político com a educação manifestado em uma série de medidas concretas, que embora não sejam de responsabilidade exclusiva da escola, precisam ser assumidas por ela. A postura de acolhimento envolver tanto a valorização dos conhecimentos e da forma de 493 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR expressão de cada aluno, como o processo de socialização. Valorizar o conhecimento do aluno considerando suas dúvidas e inquietações implicam em promover situações de aprendizagem que façam sentindo para ele. Exercer o convívio social no âmbito escolar favorece a construção de uma identidade pessoal, pois a socialização se caracteriza por um lado pela diferenciação individual e por outro pela construção de padrões de identidade coletiva. A realização do acolhimento e da socialização dos alunos pressupõe o enraizamento da escola na comunidade. A interação entre a equipe escolar, alunos, pais e outros agentes educativos, possibilita a construção de projetos que visam à completa formação do aluno. O relacionamento entre a escola e comunidade pode ainda ser intensificado quando há interação dos diversos espaços educacionais que existem na sociedade, tendo como objetivo criar ambientes culturais diversificados que contribuam para o conhecimento e para a aprendizagem do convívio social. É de extrema importância que a escola assuma a valorização da cultura de seu próprio grupo e, ao mesmo tempo, busque ultrapassar seus limites, propiciando às crianças e aos jovens pertencentes a diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio universal da humanidade. A escola tem que ter em vista a formação dos estudantes, assim ele amplia suas habilidades em função de novos saberes que se produzem e demandam um novo tipo de profissional. Essas relações entre conhecimento e trabalho exigem capacidade de iniciativa e inovação e, mais do que nunca, a “aprender a aprender”, deixando de lado o “aprender determinadosconteúdos”. Para tanto, é necessária a utilização de metodologias capazes de priorizar a construção de estratégias de verificação e comprovação de hipóteses na construção do conhecimento, a construção de argumentação capaz de controlar os resultados 494 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR desse processo, o desenvolvimento do espírito crítico capaz de favorecer a criatividade, a compreensão dos limites e alcance lógicos das explicações propostas. Deve-se buscar um ensino de qualidade capaz de formar os cidadãos que interfiram criticamente na realidade para transformá-la e não apenas para que se integrem ao mercado de trabalho. Os Parâmetros Nacionais Curriculares indicam como objetivo do ensino fundamental, que os alunos sejam capazes de: • Compreender a cidadania como participação social e política, assim como o exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais; • Posicionar-se de maneira crítica e construtiva nas diferentes situações sociais; • Conhecer características fundamentais do Brasil, nas dimensões sociais, materiais e culturais; • Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio- cultural brasileiro, com como aspectos sócio-culturais de outros povos e nações; • Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente; • Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-relação pessoal e da inserção social; Conhecer o próprio corpo e dele cuidar; • Utilizar as diferentes linguagens (verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal) 495 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir • conhecimentos; Questionar a realidade. A Nova LDB deixa expressa a necessidade de se trabalhar com diferentes áreas do conhecimento que contemplem uma formação plena dos alunos, no que diz respeito aos conhecimentos clássicos e à realidade social e política, dando especial enfoque ao ensino a hitoria brasileira, sob a justificativa da necessidade de conhecer nossas matrizes constituintes e sentir-se pertencente à nação. Explicita também a necessidade de haver uma base comum de conhecimentos para todos e o tratamento de questões específicas de cada localidade. As áreas de conhecimento constituem importantes marcos estruturados de leitura e interpretação da realidade, essenciais para garantir a possibilidade de participação do cidadão na sociedade de uma forma autônoma. Ou seja, as diferentes áreas, os conteúdos selecionados em cada uma delas e o tratamento transversal de questões sociais constituem uma representação ampla e plural dos campos de conhecimento e da cultura de nosso tempo, cuja aquisição contribui para o desenvolvimento das capacidades expressas nos objetivos gerais. Em todas as áreas buscou-se evidenciar a dimensão social que aprendizagem cumpre no percurso de construção da cidadania, elegendo, dessa forma, conteúdos que tenham relevância social potencialmente significativos para o desenvolvimento de capacidades. São elas: Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências Naturais, Educação Física, Arte, Língua Estrangeira e Ensino Religioso. O conhecimento não é algo situado fora do indivíduo, a ser adquirido por meio da cópia do real, tampouco algo que o indivíduo constrói independentemente da realidade exterior, dos demais indivíduos e de suas próprias 496 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR capacidades pessoais. O conhecimento é resultado de um complexo processo de construção, modificação e reorganização utilizada pelos alunos para assimilar e interpretar os conteúdos escolares. O que o aluno pode aprender em determinado momento da escolaridade depende das possibilidades delineadas pelas formas de pensamento de que dispõe naquela fase de desenvolvimento, dos conhecimentos que já construiu anteriormente e do ensino que recebe. Conceber o processo de aprendizagem como prioridade do sujeito, implica em valorizar o papel determinante da interação com o meio social e, particularmente, com a escola. Situações escolares de ensino e aprendizagem são situações comunicativas, nas quais os alunos e professores co-participam, ambos com uma influência para o êxito do processo. A construção do conhecimento sobre os conteúdos escolares sofre influência das ações propostas pelo professor, pelos colegas, dos meios de comunicação, dos pais, dos amigos, das atividades de lazer do tempo livre, etc. Dessa forma, a escola precisa estar atenta às diversas influências para que possa propor atividades que favoreçam aprendizagens significativas. As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas na medida em que eles consigam estabelecer relações entre os conteúdos escolares e os conhecimentos previamente construídos, que atendam às expectativas, intenções e propósitos de aprendizagem do aluno. As reflexões sobre a atuação em sala de aula, os debates e as teorias ajudam a conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem considerados, provocam mudanças significativas no diálogo entre o ensino e a aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na comunidade, na família, pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e ao que aprendem. 497 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Faz-se necessário que a equipe escolar desenvolva um projeto coletivamente elaborado, para que da primeira à última série do ensino fundamental e médio existam objetivos comuns a serem alcançados; é importante levar em conta experiências anteriores e agregar novos elementos: o projeto educativo é um instrumento para isso. A perspectiva de conferir à escola a responsabilidade de elaboração e desenvolvimento de seu projeto educativo não deve significar omissão das instâncias governamentais, tanto no aspecto nos aspectos administrativos e financeiros como também no pedagógico. O projeto educativo deve procurar articular propostas com vistas a garantir a aprendizagem pelos alunos dos diferentes conteúdos selecionados, em função dos objetivos que se pretende atingir. Para isso, é preciso usar estratégias de atuação que garantam a participação dos alunos em diferentes projetos a serem desenvolvidos, criando condições para que possam manifestar suas preocupações, seus problemas e seus interesses. Para que uma aprendizagem significativa possa acontecer é necessário investir em ações que potencialize a disponibilidade do aluno para que a aprendizagem, o que se traduz, por exemplo, no empenho em estabelecer relações entre seus conhecimentos prévios sobre um assunto e o que se está aprendendo sobre eles. Essa disponibilidade exige ousadia para se colocar problemas, buscar soluções e experimentar novos caminhos. Alguns fatores interferem diretamente na disponibilidade para a aprendizagem: Conhecimento do objetivo da atividade pelo aluno; Atividades desafiadoras e com nível de complexidade adequado; Tempo adequado para a realização das atividades. O tempo é sempre colocado como um problema a ser enfrentado pela equipe escolar. Entretanto, a organização do planejamento das aulas, por 498 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR exemplo, reduz a improvisação que, muitas vezes é um dos fatores da falta de tempo. Também é importante que o professor defina claramente as atividades, estabeleça e defina o período de execução previsto. O aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola em atividades extraclasse é outra importante tarefa a ser organizada. A gestão do tempo é também uma variável que interfere na construção da autonomia do aluno; ele precisa aprender a controlar o tempo de realização de suas atividades, o que não quer dizer que arbitrem a respeito de como e quando atuar na escola; o professor é também um orientador do uso do tempo, ajudando os alunos nessa utilização. Nessa organização é preciso considerar a possibilidade de os alunos assumirem a responsabilidade pela disposição, ordem e limpeza da sala, bem como pela organização dos murais para exposição de trabalhos, jornais, programação cultural. Quando o espaço é tratado dessa maneira, passa a ser objeto de aprendizagem e respeito, o que somente ocorrerá através de investimentos sistemáticos ao longo da escolaridade. Embora em muitas organizações os espaços físicos sejam restritos, é necessário investir na sua organização, visando criar momentos e/ou locais para atender as solicitações dos alunos discutindo normas claras de uso, horários de utilização e sua conservação. Ao apoiar e valorizar as iniciativas, a escola conquista importante espaço educativo para a construção de valores e atitudes solidárias e também se valoriza aos olhos dos alunos e suas famílias. 499 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Os recursos didáticos desempenham um papel importante no processo de ensino e aprendizagem, desde que se tenha clareza das possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles podem ser inseridos numa proposta global de trabalho. Quando a seleção de recursos didáticos é feita pelo grupo de professores da escola, cria-se uma oportunidade de potencializar o seu uso e escolher, dentre a vasta gama de recursos didáticos existentes, quais são os mais adequados à sua proposta de trabalho. 500 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR MARCO CONCEITUAL Nesta segunda etapa do Projeto Político Pedagógico, é de extrema importância que se realize uma análise e discussão sobre alguns componentes do processo educacional. Entretanto, esta reflexão não pode ser feita com base no senso comum, mas à luz da lei e de alguns teóricos da educação a fim de que este possa ser um documento sério e atual e que não corra o risco do trabalho pedagógico enveredar por um caminho inadequado e ineficaz, deixando assim de cumprir sua função principal: formação do aluno como um ser global. Acredita-se que o Projeto Político Pedagógico necessita, acima de tudo refletir o compromisso e seriedade que toda e qualquer instituição educacional tem para com seus educandos e comunidade. VEIGA (1998), chama a atenção do leitor para esta responsabilidade quando afirma que o Projeto Político Pedagógico “é um instrumento que reflete a realidade da escola, situada em um contexto mais amplo que a influencia e que pode ser por ela influenciado”.(p.12) Deste modo, torna-se primordial iniciar esta discussão fazendo uma análise sobre o que é considerado a essência da escola: o ato de educar. Atualmente, defende-se que educar vai muito além do simples ato de “ensinar” conteúdos, é interpretado como um ato político, já que este implica em um processo de desenvolvimento e de transformação da personalidade que envolve todas as qualidades humanas (emocionais, físicas, morais, intelectuais e estéticas), visando sempre a atividade do indivíduo na sua relação com o meio social de forma que ele possa atuar neste meio, tendo como objetivo transformá-lo em um meio mais adequado e justo. Vale ressaltar que esse processo acontece durante toda a vida de um indivíduo e não está limitado apenas às instituições escolares, pois ocorre em 501 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR todos os espaços que ele possa conviver. Entretanto, a escola tem um papel extremamente importante dentro desta formação do ser social, pois está ciente que o conhecimento socialmente construído é um direito de todos e garantir a reapropriação deste conhecimento, assim como a construção de novos conhecimentos, é sua principal função. Assim, cabe a escola incorporar as diferenças e combater as desigualdades sociais e culturais, contribuindo para o progresso da humanização. O trabalho básico da escola é ensinar e o serviço prestado por ela é a construção da cidadania. É importante destacar também que esta escola tem vivenciado um momento de intensas mudanças de seus paradigmas. Através das inovações tecnológicas, das descobertas científicas e principalmente pelo avanço pedagógico embasado em novas teorias que defendem que o conhecimento não é algo possível de ser transmitido, mas sim construído pelo próprio indivíduo, que acaba se tornando um ser ativo dentro do processo educacional. A criança passa a ser vista como um ser social ativo e dinâmico na construção de seu próprio conhecimento. Essa nova perspectiva trouxe uma inevitável transformação na compreensão do ato de “ensinar” e, como conseqüência, no processo educacional de forma geral. Nas últimas décadas, diversos estudiosos e pensadores, através de suas pesquisas e reflexões sobre o desenvolvimento humano, têm influenciado para que o ato de educar seja visto como um processo complexo que envolve a ação do próprio educando. Piaget (1971), em seus estudos defendia que o sujeito, desde o seu nascimento, estabelece uma relação de interação com o seu meio e esta relação é quem promove o seu desenvolvimento cognitivo. Para Piaget, “o desenvolvimento resulta de combinações entre aquilo que o organismo traz e as circunstâncias oferecidas pelo meio: eixo central, portanto é a interação organismo/meio”. (in KRAMER, 1999 p. 29). 502 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Assim como Piaget, os estudos do russo Lev Vygotsky também têm influenciado no trabalho educacional. Ele afirma que o desenvolvimento do ser humano é fruto de suas experiências, porém o modo como cada um vai desenvolver-se depende do seu biológico, ou seja, do seu individual. Para Vygotsky, a relação entre o indivíduo e sua sociedade, que se faz presente desde o nascimento, é de extrema importância para o desenvolvimento humano. Fundamentando-se nestes e em vários outros pesquisadores do desenvolvimento humano, o vem sofrendo profundas transformações e o papel educacional, exercido pela instituição escolar, tem assumido uma nova perspectiva. Vygotsky (1987), ressalta ainda que este trabalho pedagógico possui um papel importante na formulação de conceitos pela criança, já que este deve propiciar um conhecimento sistemático sobre aspectos que não estão associados ao seu campo de visão ou vivência direta. Entretanto, tal metodologia deve ser pautada no desafio, na estimulação do intelecto do aluno. Para aprender um conceito é necessário, além das informações recebidas do exterior, uma intensa atividade mental por parte da criança. Portanto, um conceito não é aprendido por meio de um treinamento mecânico, nem tampouco pode ser meramente transmitido pelo professor ao aluno: o ensino direto de conceitos é impossível e infrutífero. (REGO, 1999 p.78). Freinet (1971), com suas contribuições também defende esta concepção quando afirma que a sala de aula deveria ser um espaço prazeroso e ativo, pois compreende que a aprendizagem se dá pela experimentação, baseada também na cooperação. Considera a interação entre professor-aluno e aluno-aluno, um ponto essencial para a aprendizagem, cabendo ao educador a sensibilidade de atualizar sua prática. 503 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Desta forma a escola tem condições de trazer o que está fora para dentro de si e procura dar sentido ao seu trabalho por meio da aplicabilidade na vida, buscando basear-se na prática, evitando teorias desligadas da realidade do aluno ou até mesmo vazias. Cabe a ela considerar e ter como ponto de partida para sua prática a própria experiência e realidade de seus educandos para poder conduzi-los a construir novos conhecimentos. Um outro aspecto importante que a escola não pode negar é o fato de estar inserida em uma sociedade antagônica, marcada pela divisão de classes e pela desigualdade social, onde há indivíduos extremamente pobres e outros extremamente ricos, onde as riquezas se concentram nas mãos de poucos e a grande massa popular está sendo cada vez mais assolada pela pobreza decorrente da injusta divisão de bens. Paulo Freire, nos chama a atenção para este fato quando escreve sobre a falsa neutralidade da educação, defendendo que educar é um ato político que pode interferir de forma positiva ou negativa na relação de domínio ou de liberdade entre as pessoas. Ele defende uma pedagogia que proporcione a liberdade através do diálogo entre os professores e alunos. Por isso também é que ensinar não pode ser um puro processo, como tanto tenho dito, de transferência de conhecimento da ensinante ao aprendiz. Transferência mecânica de que se resulte a memorização maquinal que já critiquei. Ao estudo critico corresponde um ensino igualmente crítico que demanda necessariamente uma forma crítica de compreender e de realizar a leitura da palavra e a leitura de mundo, leitura do texto e leitura do contexto. (FREIRE, 1998 p. 33). Esta necessidade de uma pedagogia diferenciada traz consigo um outro ponto que toda e qualquer instituição precisa estar compromissada, a formação continuada do docente, uma vez que os educadores têm 504 a ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR responsabilidade de criar situações que favoreçam a construção do conhecimento e a formação do indivíduo crítico, dinâmico e ativo. Diante desta tarefa, faz-se necessário contemplar com clareza a importância e a necessidade dos profissionais da educação estarem em constante atualização, pois o educador é peça fundamental no processo de ensino-aprendizagem, uma vez que cabe a ele a seleção e organização dos conteúdos significativos e na escolha de atividades que visam favorecer a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de seus educandos. Paulo Freire é um autor que se preocupa e discute com muita intensidade sobre a formação dos educadores, pois considera que a prática educativa é de extrema importância para o desenvolver e o “libertar” de uma sociedade que até então está passiva. A prática educativa, pelo contrário, é algo muito sério. Lidamos com gente, com crianças, adolescentes ou adultos. Participamos de sua formação. Ajudamo-los ou prejudicamos nesta busca. Estamos intrinsecamente a eles ligados no seu processo de conhecimento. Podemos concorrer com nossa incompetência, má preparação, irresponsabilidade, para o seu fracasso. Mas podemos também, com nossa responsabilidade, preparo científico e gosto do ensino, com nossa seriedade e testemunho de luta contra as injustiças, contribuir para que os educandos vão se tornando presenças marcantes no mundo.(1998 p.47) Segundo ele, o educador deve assumir a responsabilidade e a seriedade de sua tarefa docente para que sua ação educacional possa gerar indivíduos autônomos e prontos para atuarem de modo consciente em seu próprio meio. Só assim ele estará preparando a criança para tomar decisões e consequentemente formando o cidadão, já que sua proposta educacional é marcada pela oposição à educação bancária, em que o professor apenas deposita em seus alunos os conhecimentos que possui. 505 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Tendo como base esta perspectiva, defendemos que o fazer pedagógico pode e deve tornar-se poderosa alavanca para impulsionar a construção da cidadania do indivíduo desde o início de sua vida escolar. No entanto, quando defendemos que o processo de ensino-aprendizagem deve ser baseado na ação do indivíduo sobre o conteúdo para que possa construir seu conhecimento, não podemos admitir um ensino caracterizado pela mera transmissão de conhecimentos prontos e imutáveis. É necessária uma ação metodológica que torne os educandos capazes de conhecer bem para refletir e propor mudanças, de modo a interferirem positivamente em seu próprio ambiente social. Ë um convite para se refletir sobre a responsabilidade de se formar o cidadão que consiga participar da reconstrução do espaço e da sociedade, sem que se reproduzam as injustiças existentes. (PASSINI, 1994, p.17). Devemos, como instituição educacional, ter uma preocupação constante em superar uma visão de ensino reprodutor de conhecimento, visando combater a visão de currículo que privilegia a informação, a quantificação e a fragmentação do saber. Nesta perspectiva, a criação deve ser enfatizada, a informação deve ser aliada à reflexão, levando os alunos a buscar e a conhecer mais de uma visão sobre qualquer fato, informação ou teoria. Cabe a escola mostrar os conflitos de interesses e as mensagens nas entrelinhas dos textos. Para que isto se torne possível, o professor deve assumir a idéia de que o conhecimento é uma construção coletiva do sujeito frente ao mundo que o cerca. Sobre esse assunto, Vesentini (1999), afirma que a escola deve ser um instrumento de libertação, principalmente através de um currículo vivo ou flexível, que leve em consideração os conhecimentos prévios dos alunos. Segundo esse autor, atualmente há uma necessidade levar os alunos a se tornarem pessoas mais aptas a enfrentar desafios. 506 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Essa escolaridade tem que ser fundamentada num ensino não mais técnico, e sim construtivista, no sentido de levar as pessoas a pensar por conta própria, aprendendo a enfrentar novos desafios, criando novas respostas em vez de somente repetir velhas fórmulas. (VESENTINI, 1999, p.20). Entretanto, para que isto seja possível, cabe ao educador selecionar os conteúdos significativos e relevantes, ou seja, deve realizar uma seleção curricular que expresse a realidade da sociedade na qual a instituição está inserida ao invés de expressar padrões alheios e descontextualizados. Nesse sentido, cabe a escola a responsabilidade de formar um cidadão crítico, e conseqüentemente, transformador e, para alcançar este objetivo, é primordial que o torne um leitor competente, ou seja, capaz de ler e compreender o espaço e toda a dinâmica social na qual este está inserido, sentindo-se elemento integrante desta mesma sociedade. As ações dos homens, as relações entre os diversos grupos sociais, a dinâmica e as contradições do processo histórico são, na realidade, os principais objetivos do ensino crítico-reflexivo. Um ensino voltado para desenvolver um aluno cidadão não poderá negar a estrutura global (social, política, econômica) que constitui nossa sociedade. Cabe a escola educar para a autonomia e consciência, evitando assim produzir meros seres dominados e passivos, pois somente proporcionando aos educandos assimilarem os conteúdos de forma consciente e ativa é que poderão aplicá-los de forma autônoma nas diversas situações de sua vida prática. Essa consciência por parte dos professores é de extrema importância, já que estes estão a frente do trabalho pedagógico e acabam se tornando os principais condutores do processo de ensino e aprendizagem Os PCNs deixam claro que trabalho do professor consiste em introduzir o aluno na leitura das diversas fontes de informação, para que adquira, pouco a pouco, autonomia intelectual. O percurso do trabalho escolar inicia, dentro 507 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR dessa perspectiva, com a identificação das especificidades das linguagens dos documentos – textos escritos, desenhos, filmes -, das suas simbologias e das formas de construções dessas mensagens. Deste modo, o recurso pedagógico utilizado na sala de aula, não pode se resumir em apenas o livro didático. Uma prática pedagógica centrada apenas no livro didático, pode se tornar uma prática pouco reflexiva e extremamente reprodutiva, já que estes mostram uma realidade pronta e acabada sem proporcionar ao aluno uma reflexão mais aprofundada sobre a realidade que está sendo transmitida. Na verdade “o que se mostra é o retrato de uma sociedade sem necessidade de mudanças: tudo pronto, tudo perfeito, os lugares são os que deveriam ser, os elementos estão onde deveriam estar”. (PASSINI, 1994, p.49). Ao analisar nossa comunidade, seja ela em escala local, regional ou global, podemos perceber uma desigualdade extrema. Tal desigualdade pode ser justificada em função da evolução histórica que desde o início (colonização) já era desigual, pois caracterizava por uma colônia de exploração onde pode-se encontrar principalmente dois agentes: os dominadores e os dominados (ou explorados). Desta forma podemos justificar este quadro social na atualidade. Assim sendo temos uma sociedade organizada de forma injusta onde as desigualdades sociais são gritantes e imperam os preconceitos e exclusões. Queremos uma sociedade mais justa e igualitária. Tal igualdade será obtida somente quando tivermos um poder político representando efetivamente os interesses do povo, porém, o que se vê na atualidade é o poder político sendo representado por grandes capitalistas que ficam com a maior parte da renda nacional, restando para a maioria da população um percentual muito inferior aos dos capitalistas, tão inferior que a população pobre precisa de bolsa família, bolsa escola, bolsa gás, alimentação etc. 508 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ao promover a divisão de rendas de forma mais igualitária, chegar-se-á ao cumprimento das necessidades básicas (moradia, saúde, educação, alimentação, promovendo um cidadão equilibrado intelectualmente e emocionalmente, desenvolvido, participativo na construção da cidadania e da sua história). Convém destacar que, dentro desse processo de mudança, a educação desempenha um papel fundamental, pois ela é responsável pela formação de um cidadão crítico e transformador. Hoje temos uma escola que não possui uma estrutura necessária para atender a demanda atual da sociedade em mudança, falta tecnologia, material humano, especialistas como psicólogo, acervo bibliográfico etc. Necessitamos de uma escola estruturada em termos técnicos e humanos que consiga atender os anseios da sociedade, priorizando a aquisição do conhecimento científico, nessa imensidão de informação que o aluno possui, freqüentada por alunos que se interessem em aprender. A escola necessita de uma transformação onde efetive atrativos para alunos e profissionais. O aluno desta escola é oriundo de classe social baixa, de famílias desestruturadas que não conseguem orientar e impor limites aos mesmos. Logo chegam á escola sem perspectiva de futuro, pois não recebem estímulos nos tempos adequados. Os valores priorizados pela escola e sociedade em geral entram em choque com os valores que os mesmos trazem. Queremos uma escola que estimule esse aluno, que se envolva no processo ensino-aprendizagem, que seja participante, agente transformador, criativo, que não se disperse com outras atividades (rua que é mais interessante que a escola) que veja a educação escolar como elemento fundamental para seu futuro e transformador, inclusive social. 509 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Hoje, temos a grande maioria dos professores angustiados com a situação atual, buscando caminhos para garantir a aprendizagem, estão comprometidos com a educação e com a sociedade, mas nem sempre conseguem os resultados esperados, pois não depende apenas dos educadores. Onde muitas vezes esses profissionais se sentem só e angustiados sofrendo depressão pelo mal comportamento do aluno se excedendo com a própria voz. Queremos, precisamos de professores, profissionais da educação, valorizados tanto profissionalmente como financeiramente dando condições para estar sempre se atualizando, trocando informações, estudando, onde é necessário para os professores uma carga horária maior de hora atividade para que possa ter mais tempo para interagir com outros profissionais, colegas, discutindo, problemas que angustiam e buscando soluções. Neste momento de busca de melhoria dessa qualidade de se aprender e ensinar há necessidade de uma participação efetiva de todos os segmentos da escola nessa construção da concepção “aprender para a vida”, com respeita a identidade cultural do aluno, na perspectiva dessa diversidade cultural existente, onde é primordial a articulação dos saberes das áreas de conhecimento, do aluno, do contexto histórico social e a função de mediação do professor desde envolvimento de uma prática pedagógica que articule conteúdos e a dinâmica de um processo educativo que empregue recursos didáticos-pedagógicos, facilitares de aprendizagem. Precisamos de momento, tempo para intervenção constante nesse processo de aprendizagem do aluno, avaliando continuamente para que não se perca no decorrer do processo ensino aprendizagem, viabilizando a qualidade da aprendizagem de todos os aluno. 510 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR FILOSOFIA E PRINCÍPIOS LEGAIS E DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO O Colégio é um texto escrito por várias mãos. O objetivo de construir o PPP é como base um instrumento teórico-metodológico que vise o enfrentamento dos desafios cotidianos da escola de uma forma sistematizada, consciente, científica e participativa. O Projeto Político Pedagógico do Colégio Dom Geraldo Fernandes constitui-se, então, num instrumento que expressa as diretrizes do processo ensino-aprendizagem, tendo como referencial a sua realidade, a de seus alunos e as expectativas e possibilidades concretas, acreditando na escola como vínculo de educação e sua integração na comunidade em que vive. É importante salientar que este projeto não tem a preocupação de apresentar soluções definitivas, mas procura expressar o desejo e o compromisso do grupo, que a partir de um processo de discussões, trocas e buscas comuns, objetiva participar da construção da cidadania da comunidade na qual está inserido. Enfim, garantir aos integrantes da escola o domínio sob o caminho a ser percorrido e a consciência de seus limites e possibilidades. 511 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR MARCO OPERACIONAL Diante desta realidade social, há necessidade de implementação de alternativas criativas viabilizando soluções para os problemas correlacionando as necessidades e os interesses da comunidade educacional. Ainda sonhamos com uma Escola de período integral desde a educação infantil, que seja obrigatória a freqüência para que o educando tenha uma formação mais ampla. Precisamos buscar na prática uma nova forma de organização do trabalho escolar e pedagógico no diferentes níveis da esfera administrativa. Como? Ainda não temos a resposta, mas sabemos que temos que mudar, pois está maneira de educar não está atendendo as necessidades individuais dos nossos alunos. Necessitamos adotar e aperfeiçoar práticas coletivas de trabalho e de gestão mais democrática, principalmente no sentido de saber ouvir e ser atendido as reivindicações da educação, investindo e apostando na cultura do sucesso escolar, concebendo a escola como centro de cidadania. Para que tal situação possa ser melhorada na prática é necessário investimento em educação, em tempo, financeiro, aprimoramento no trabalho, também dos órgãos centrais e intermediários; a rotatividade; e a constante necessidade de recomposição de equipes e professores desarticulam todo um processo pensado a longo tempo de planejamento e realização na educação. No momento educacional ainda percebemos uma incoerência entre o discurso veiculado e a prática realizada, não incorporando das propostas pedagógicas por parte dos diversos grupos; por resistência, insegurança e pouco envolvimento; excesso de atividade burocráticas; inexperiência em gestão democrática; muita dificuldade de deflagrar ações, visando as disfunções detalhadas; dificuldade em respeitar os tempos e espaços escolares de cada uma das unidades escolares. 512 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Sabemos que hoje, há uma necessidade de reconfiguração das instâncias colegiadas e do trabalho coletivo APMF Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, Conselho de Classe, pois não estão atendendo as necessidades do estabelecimento talvez o caminho sege recomeçar, pela conscientização e necessidade real de uma parceria escola e sua comunidade, iniciando realmente com reuniões de pais, formando democraticamente opiniões, sem manipulação, o que acontece no geral com essas instâncias, usados e descartados. Mas, sim formando opinião e conhecendo o funcionamento das escolas, dentro de suas paredes e mostrando, conscientizando o porquê de se participar e conhecer. Caminhos devem ser traçados buscando esse aprimoramento educacional com várias entidades que nos auxiliem; reuniões com pais traçando metas a ser superadas, metas ou objetivos que nos levem interação escola/comunidade; questões de ensino-aprendizagem-falta de interesse em aprender indisciplina etc.; questões curriculares interação políticas finalidades. Há necessidade de formação continuada para professores, equipe pedagógica, direção, funcionários administrativos e serviços gerais. Essa formação viabiliza a qualidade de aprendizagem de todos os profissionais e dos alunos, melhorando os níveis da entidade escolar, da escola e do próprio profissional em sua função específica, onde deve acontecer através da entidade mantenedora, núcleos e escola. Nas escolas e núcleos com grupos de estudo com assuntos direcionados pelos núcleos e nos núcleos cursos como as jornadas pedagógicas. Combater evasão e reprovação diminuindo repetência. Ao constar a ausência do aluno por três dias consecutivos ou não, a equipe pedagógica, a orientação e ou secretaria fará contato com a família, semanalmente sera feito levantamento para que o contato se realiza por telefone ou carta, esperando que com esta ação haja diminuição da evasão e reprovação. 513 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Realizar convocação das famílias de alunos faltosos para verificar as causas e possíveis intervenções. Conhecer os índices de evasão e reprovação anual, onde equipe repassa aos professores. Acompanhar os rendimentos de cada disciplina no decorrer do bimestre (equipe) para que haja intervenção do corpo docente evitando a reprovação, garantindo recuperação paralela para aqueles que não conseguiram rendimento, onde o professor deve proporcionar tais suportes aos alunos. Promover discussão com corpo docente para possível intervenção, tomada de decisão de forma coletiva, professores e alunos equipe e direção, onde a equipe reestrutura a coleta de dados sugestões etc e busca junto a quais os caminhos que serão percorridos. Repassar os casos de alunos faltosos e comportamento arredio ao conselho Tutelar para que haja integração no Projeto da CAPS (integração x família x aluno x escola x aprendizagem), para discutir em conjunto alternativas ao problema, responsabilidade de professores encaminhar os alunos para que a equipe tome todas as providências do projeto. Promover conscientização dos pais e alunos da importância dos estudos, trabalho realizado por professores, equipe, direção, a escola na sociedade, de forma periódica durante todo bimestre e ano letivo, onde os temas são sugeridos pelos professores e responsáveis pela palestra, organizada pela equipe pedagógica. Envolvimento da família na escola para tomar conhecimento e acompanhar o rendimento escolar do filho bimestralmente, sempre auxiliando a escola na permanência e sucesso do educando, onde a equipe traça a organização para que aconteça. Realizar reuniões com as famílias, corpo docente e equipe pedagógica, convindo profissionais da área de educação e afins para conscientização de pais da importância da educação para o desenvolver de ações, sistematicamente de forma coletiva, onde o educando certamente obterá sucesso 514 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR planejado pela equipe de acordo com metas estabelecidas pelos professores e de acordo com a necessidade da escola. Promover atividades internas como: campeonatos desportivos, ginástica rítmica, crochê, bordados aos sábados (projetos) estimulando a integração entre comunidade, equipe pedagógica, direção e professores. Promover reuniões com APMF internamente com professores e com a comunidade, esclarecendo seu papel dentro do estabelecimento e com os membros de cada associação para que sejam mais participantes e desenvolver integração escola comunidade, direção e equipe pedagógica. Realizar reuniões com diversos segmentos da comunidade escolar conscientizando sua importância e discutindo propostas que viabilizem melhoria na qualidade de ensino e trabalho coletivo, pois a meta é uma escola pública de qualidade e inclusive as diversas camadas da população. Envolver alunos com muitas dificuldades nas aulas de apoio pedagógico de 1ª a 5ª série, primário reformo, 5ª apoio português e matemática com envolvimento da família ara sanar dificuldades e diminuir a reprovação. Com tais marcos operacionais pretendemos combater a evasão escolar, diminuir a repetência dos educandos, promover a integração entre escola x comunidade, viabilizar a trajetória escolar do aluno, promover maior conscientização APMF, professores, alunos, pais: realimentar o Projeto Político Pedagógico. O estabelecimento pretende trabalhar com estes itens: Maior fragilidade; • Repetência, evasão, e indisciplina. • A falta de sintonia da visão de mundo do professor com a visão do aluno, respeitando o aluno sem perder sua autoridade. 515 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Dificuldade de auto-avaliação de ambos envolvidos no processo de aprendizagem. O que fazer? • Na primeira semana do ano letivo, definir as reuniões pedagógicas, encontros culturais, para que as ações propostas possam ser realizadas; • Reuniões direcionadas ao assunto que será abordado; • Palestras, sobre o tema Indisciplina envolvendo entidades religiosas, culturais, esportivas, convênios com entidades educacionais; • Desenvolver atividades culturais que levam os alunos a perceberem sua valorização como cidadão e estudante; • Conscientizar o educando com relação à preservação do patrimônio público e privado; Para que? • Para que o aluno tenha consciência da importância do estudo em sua vida, que ao mudar de atitude e ele transformará o ambiente escolar em lugar propício ao processo de ensino, aprendizagem, e ao convívio social. Quem? • Para a realização desse projeto devemos contar com a participação de toda a comunidade escolar: • Direção: Oportunizar momentos de reflexões para apreparação e realização do plano anual, e dar apoio de recursos técnicos , financeiros e administrativos; 516 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Equipe pedagógica: Coordenar e cobrar a execução do plano em todos os níveis; • Corpo docente: Aplicar o plano; • Corpo discente: Envolver-se no plano para se socializar e mudar de atitude; • Administrativo: Cooperar, orientar e participar do plano; • Serviços gerais: Vistoriar se os alunos estão mantendo as salas organizadas; • Pais: Reunião para a conscientização da importância e participação dos mesmos da execução do plano. ESTAGIO SUPERVISIONADO Em atenção a Instrução 06/2009 SUEED/SEED, nas suas disposições preliminares onde estabelece que : • O estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho,cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo. • Poderão ser estagiário os estudantes que frequentam o ensino nas instituições de Educação Profissional, de Ensino Médio, inclusive na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, de Educação Especial, e dos anos finais do Ensino Fundamental, exclusivamente na modalidade Profissional da Educação da Jovens e Adultos. 517 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Nesta perspectiva e atendendo a Legislação vigente : • Lei nº 9394 / 1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional; • Lei nº 11788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes; • Lei nº 8 069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em especial os artigos, 63,67,68 e 69; • Deliberação nº 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação; • Instrução nº 006/2009 – SUED / SEED. O Colégio Estadual Geraldo Fernandes – Ensino Fundamental,Médio e EJA, disponibilizará de todos os meios e recursos na forma da Lei, para possibilitar o acompanhamento e desenvolvimento das pessoas que assim forem encaminhados para realizar Estagio Supervisionado em suas dependências, observando os objetivos, carga horária e período de realização. Em contrapartida estará atenta às atribuições dos Estagiários tais como: • Ter assiduidade e pontualidade,tanto nas atividades desenvolvidas na parte concedente como na instituição de ensino; • Respeitar as normas da parte concedente e da instituição de ensino; • Associar a prática de estágio com as atividades previstas no plano de estágio; • Realizar e relatar as atividades do plano de estágio e outras, executadas, mas não previstas no plano de estágio; • Entregar os relatórios no prazo previsto. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A avaliação constante para um reconhecimento das condições atuais é ponto de partida para uma reforma que leve a resultados mais efetivos da Escola e Comunidade, pois a escola pública tem se marginalizado ao não repensar sua postura e se manter longe das mudanças sociais. 518 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR É indispensável repensar a prática buscando se reposicionar diante dos erros e acertos. A escola tem utilizado as reuniões com a comunidade como sua principal fonte de informação para fomentar essas discussões. A comunidade externa e interna analisa e avalia as necessidades de mudança na Escola, porém ainda sente a necessidade de sistematizar os resultados obtidos para efetivar mais resultados. Pedagogicamente a Escola utiliza resultados do SAEB para redimensionar metas e ações de aprendizagem. A Equipe Pedagógica em seu plano de ação busca conscientizar os professores e funcionários da sua ação de ensinar a ensinar aquilo que foi proposto no Projeto e alcance tais objetivo. Do mesmo modo com o aluno e a família, mostrando a importância da escola do Projeto Político Pedagógico para que futuramente exerça a sua condição de cidadão, num país marcado por profundas desigualdades sociais. É necessário desenvolver um trabalho interno com professores PSS, pois cada ano são diferentes não chegando a conhecer e participar de toda a organização e sistemática da escola. Este processo avaliativo aponta para uma avaliação crítica e transformadora da escola levando-a uma melhor compreensão da sua realidade e do sistema educacional, assim necessárias mudanças individuais conforme demonstra avaliação institucional, os professores possuem um nível de qualidade profissional satisfatório, sendo que nos anos anteriores esta avaliação profissional já era realizada de forma sistematizada pela escola por grupo de professores, equipe e direção. O colégio também tem buscado a opinião avaliativa dos pais sobre ela e os profissionais que nela atuam onde estes sempre a ferem comentários sugestões do que é bom a poderia ainda melhorar. 519 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Tanto a comunidade interna como a externa tem ajudado no acompanhamento e desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico durante um novo ano. O Colégio tem participado dos projetos externos como: FERA, Com Ciência, Jogos Escolares etc, onde não tem interferido na qualidade geral escolar por ser grupos pequenos, apenas representando o estabelecimento. Internamente temos desenvolvido um trabalho de inclusão família, alunos, escola. Em função de temos muitos alunos na escola sem interesse no processo ensino-aprendizagem, estamos desenvolvendo com Conselho Tutelar, Direitos Humanos, CAPS (Centro de Apoio Psicossocial), Escola, Professores, Equipe Pedagógica para que juntos trabalharemos em rede de atendimento, com parceria com os demais órgãos e programas do município visando amenizar, melhorar as condições de aprendizagem. O plano de ação continuará sendo analisado e avaliado constantemente, inovando-o quando necessário, partindo da reflexão realizada em conjunto com todos os envolvidos no processo, referente aos resultados obtidos. PLANO DE AÇÃO - GESTÃO 2009/2011 • Utilizar uma gestão democrática durante todo o processo de ensino e aprendizagem, junto a comunidade escolar e órgãos como A.P.M.F., Conselho Escolar e Grêmio Estudantil; • Desenvolver um trabalho que vise a formação de cidadãos críticos, criativos, dinâmicos, participativos e capazes de tomar decisões; • Buscar através de diversos projetos, oportunidades que desenvolvam as habilidades dos alunos; • Promover um bom relacionamento dentro e fora do colégio, através da mútua compreensão e respeito; 520 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR • Resgatar e proporcionar momentos de paz, amor, solidariedade e interação entre alunos, professores, equipe pedagógica, funcionários, comunidade e direção; • Oportunizar e valorizar a participação da família junto a escola; • Incentivar o hábito da leitura e da pesquisa no aluno; • Compartilhar com os docentes idéias que visem o sucesso escolar, com responsabilidade, compromisso e dedicação; • Lutar junto com a A.P.M.F. Conselho Escolar e toda a comunidade, para conseguirmos, em parceria com o governo estadual, mais benfeitorias como, cobertura da quadra, laboratório de química e física, biblioteca, reformas (cozinha e salas de aula), para favorecer as atividades desenvolvidas e o bem estar dos alunos. Acreditamos que para um bom desenvolvimento da sociedade é essencial um trabalho educacional de qualidade, que vise a conscientização dos alunos sobre o seu papel dentro desta, não limitando-se a aspectos meramente técnicos, mas também humanos. Diante disso, temos como meta de trabalho formar cidadãos críticos, que sejam capazes de resolver diversas situações sociais e individuais. Algumas ações têm sido de grande eficácia, despertando o interesse dos alunos e contribuindo para o aprendizado dos mesmos, pois acreditamos que toda e qualquer ação educativa realizada pelo colégio e proposta neste documento deve estar focada no educando, visando o seu desenvolvimento. Reconhecemos resultados positivos nas atividades desenvolvidas no decorrer desta gestão e com isso estaremos realimentando-as sempre que necessário e dando continuidade a este trabalho. Podemos citar algumas das ações que procuramos incentivar no dia a dia da escola para que os alunos possam alcançar êxito no processo de ensino aprendizagem, como : valorização do trabalho 521 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR em grupo visando a interação; incentivo a pesquisa, explorando as fontes disponíveis no colégio, bem como nas bibliotecas públicas e também através da internet; uso de recursos tecnológicos como: DVD, TV Pendrive, Computador, etc; avaliações diversificadas: pesquisas, apresentações de seminários, participação dos alunos, recuperação paralela, respeitando os alunos e suas especificidades. Realização de eventos envolvendo não somente os alunos, como também pais e comunidade escolar como gincana esportiva entre alunos, Semana Cultural e festas comemorativas. Tendo como base esses pressupostos, a direção juntamente com sua equipe, busca desenvolver uma metodologia que visa tornar o processo educativo dinâmico e eficaz, provocando reflexões. A direção, juntamente com a equipe pedagógica, buscará meios para a consolidação das propostas, contribuindo para o trabalho do professor de modo que este se realize de forma eficaz levando o aluno ao pleno desenvolvimento. Cabe ao professor ser o mediador, favorecendo a construção de conhecimentos e o desenvolvimento de seus alunos, analisando sempre os resultados de seu trabalho, dispostos a realimentar e redirecionar seu planejamento e sua prática pedagógica sempre que necessário. A família é outro componente essencial dentro do processo educacional, pois o seu apoio, direcionamento e incentivo, interferem de forma positiva na vida escolar dos alunos. Todas as ações propostas continuarão sendo desenvolvidas no decorrer dos anos letivos pertinentes aos três anos desta gestão. Os prazos para realização dessas ações, serão decididos em conjunto com todos os envolvidos no processo educacional. O cronograma é flexível, onde redirecionamos nossas metodologias e atitudes, sempre que necessário, através de analises e reflexões quanto aos resultados obtidos. 522 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR MATRIZ CURRICULAR As Matrizes Curriculares foram organizadas de acordo com a legislação vigente, seguindo as orientações da Secretaria de Estado da Educação do Paraná e do Núcleo Regional de Londrina. Conforme Deliberação n.º 33/93 CEE e Resolução n.º 5851/95 – CBA de 4 anos. A escola trabalha o Ensino Fundamental de 1ª a 4ª Série. NRE: 18 – LONDRINA MUNICÍPIO: 0370 - CAMBÉ ESTABELECIMENTO: 00574 - GERALDO FERNANDES, E.E. DOM - E FUND ENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 4000 – ENS. FUND. 5/8 SER ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 - SIMULTANEA B DISCIPLINAS / SÉRIE A S E ARTES TURNO MANHÃ E TARDE MÓDULO: 40 SEMANAS 5 6 7 8 2 2 2 2 CIÊNCIAS 3 3 3 4 EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3 1 1 3 3 3 3 HISTÓRIA C O LINGUA PORTUGUESA M U MATEMÁTICA M SUB-TOTAL 3 3 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 23 23 23 23 P L.E.M.-INGLÊS D 2 2 2 2 2 2 2 2 25 25 25 25 N A C I O N A L ENSINO RELIGIOSO * GEOGRAFIA SUB-TOTAL TOTAL GERAL ** NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 523 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR O Ensino Médio está organizado por série, tendo em cada uma destas disciplinas da base comum e algumas da parte diversificadas que são determinadas de acordo com a característica da comunidade escolar. Esta organização está representada no quadro a seguir: ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO NÚCLEO: 18 – LONDRINA MUNICIPIO: 0370 – CAMBÉ ESTAB: 00574 – GERALDO FERNANDES, C.E. DOM – E.F.E M. ENT. MANTEN.: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CURSO: 0009 - ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃ SIMULTÂNEA MODULO: 40 SEMANAS ANO IMPLANT.: 2010 - DISCIPLINAS / SÉRIE 1 2 3 BARTE NBIOLOGIA CEDUCAÇÃO FÍSICA FILOSOFIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA QUÍMICA SOCIOLOGIA SUB – TOTAL 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 23 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 23 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 23 PL.E.M. - INGLÊS DSUB – TOTAL P D 2 2 2 2 2 2 TOTAL GERAL 25 25 25 NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96 524 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR EJA – ENSINO FUNDAMENTAL FASE II MATRIZ CURRICULAR Ensino Fundamental – Fase II MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II ESTABELECIMENTO: COLÉGIO EST. DOM GERALDO FERNANDES – ENS. FUND. E MÉDIO ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ MUNICÍPIO: CAMBÉ NRE: LONDRINA ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 HORAS ou 1920/1932 H/A DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA ARTE LEM - INGLÊS EDUCAÇÃO FÍSICA MATEMÁTICA CIÊNCIAS NATURAIS HISTÓRIA GEOGRAFIA ENSINO RELIGIOSO* 280 94 213 94 280 213 213 213 10 336 112 256 112 336 256 256 256 12 Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a *DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 525 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR EJA – ENSINO MÉDIO MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO MÉDIO ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Dom Geraldo Fernandes ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná MUNICÍPIO: Cambé ANO DE II Implantação: 1º Sem/2010 NRE: Londrina FORMA: Simultânea CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula LÍNGUA PORTUGUESA E 174 208 LITERATURA LEM – INGLÊS 106 128 ARTE 54 64 FILOSOFIA 54 64 SOCIOLOGIA 54 64 EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64 MATEMÁTICA 174 208 QUÍMICA 106 128 FÍSICA 106 128 BIOLOGIA 106 128 HISTÓRIA 106 128 GEOGRAFIA 106 128 LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128 TOTAL 1200/1306 1440/1568 * LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO. 526 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR CALENDÁRIO ESCOLAR: O calendário escolar adotado seguirá as determinações da SEED no tocante ao total de dias letivos, períodos de férias escolares e férias dos professores. Os feriados; recessos e dias facultativos, bem como as reuniões pedagógicas de planejamento, conselho de classe, conselho escolar, APMF, atividades extra-classe, orientações pedagógicas serão elaboradas e propostas pelo Estabelecimento de Ensino e apreciadas pelo Conselho Escolar para posterior homologação pelo NRE. 527 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Resolução nº 3587/09 - GS/SEED CALENDÁRIO 2010 - C.E. DOM GERALDO FERNANDES - ENSINO FUND. E MÉDIO D S 3 10 17 24 31 4 11 18 25 JANEIRO T Q Q 5 12 19 26 6 13 20 27 7 14 21 28 S 1 8 15 22 29 S 2 9 16 23 30 1 Dia M undial da Paz D S 4 11 18 25 5 12 19 26 S 4 11 18 25 5 12 19 26 7 14 21 28 FEVEREIRO S T Q Q S S 1 2 3 4 5 6 8 9 10 11 12 13 15 16 17 18 19 20 22 23 24 25 26 27 D 15 dias MARÇO T Q Q 2 3 4 9 10 11 16 17 18 23 24 25 30 31 S 5 12 19 26 S 6 13 23 20 dias 27 JUNHO T Q Q 1 2 3 8 9 10 15 16 17 22 23 24 29 30 S 4 11 18 25 S 5 12 21 19 dias 26 SETEMBRO T Q Q S 1 2 3 6 7 8 9 10 13 14 15 16 17 20 21 22 23 24 27 28 29 30 S 4 11 21 18 dias 25 7 14 21 28 S 1 8 15 22 29 D S 6 13 20 27 7 14 21 28 16 Carnav al 17 Cinzas ABRIL T Q Q 1 6 7 8 13 14 15 20 21 22 27 28 29 S 2 9 16 23 30 S 3 10 20 17 dias 24 D S 2 9 16 23 30 3 10 17 24 31 MAIO T Q Q 4 11 18 25 5 12 19 26 6 13 20 27 S 7 14 21 28 S 1 8 15 22 29 21 dias 1 Dia do Trabalho 2 Paixão 21 Tiradentes D D 3 Corpus Christi 8 OBM EP 1ª fase JULHO T Q Q 1 6 7 8 13 14 15 20 21 22 27 28 29 S 2 9 16 23 30 S 3 12 10 dias 17 24 31 D 1 8 15 22 29 S 2 9 16 23 30 AGOSTO T Q Q 3 4 5 10 11 12 17 18 19 24 25 26 31 S S 6 7 13 14 20 21 27 28 D 15 dias 5 12 19 26 S 7 Independência 11 OBM EP 2ª fase D S 3 10 17 24 31 4 11 18 25 OUTUBRO T Q Q 5 12 19 26 6 13 20 27 7 14 21 28 S 1 8 15 22 29 S 2 9 18 16 dias 23 30 D 7 14 21 28 NOVEMBRO S T Q Q 1 8 15 22 29 2 9 16 23 30 3 10 17 24 4 11 18 25 S S 5 6 12 13 19 20 26 27 D 20 dias 5 12 19 26 DEZEMBRO T Q Q 1 2 6 7 8 9 13 14 15 16 20 21 22 23 27 28 29 30 S S 3 10 17 24 31 S 4 11 16 18 dias 25 11 Feriado Municipal 2 Finados 19 Emancipação Política do PR 12 N. S.Aparecida 13 Dia do Professor 15 Proclamação da República 20 Dia Nacional da Consciência Negra 25 Natal FÉRIAS DISCENTES Feriado Municipal NRE Itinerante Dias letivos 1 dia 2 dias 200 dias Início/Término Planejamento e Replanejamento Férias Recesso Formação Continuada janeiro fevereiro julho/agosto dezembro Total 31 dias 07 dias 28 dias 9 dias 75 dias Reunião Pedagógica Concelho Classe Semana Cultural FÉRIAS/RECESSOS/ DOCENTES janeiro/ Férias Jul/agost/Reces. Dez/reces 30 dias 23 dias 9 dias Total 62 dias Cursos: Ens. Fund: 2ª a 4ª - 5ª a 8ª Ensino M édio EJA - Fund. e Médio Hor. Func: M atutino: 07:30 às 11:50 e Vesperti no 3ª e 4ª: 13:00 às 17:00 Cambé, 14 de dezembro de 2009 Vesperti no 5ª a 8ª: 13:00 às 17:20 Noturno: 19:10 às 22:45 Leandro Oliveira Leite Diretor Geral Resoluç ão 5909/2008 - DOE: 24/12/2008 528 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR RELAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS DA INSTITUIÇÃO SERVIDORES EM FUNÇÕES DE APOIO/ TÉCNICO PEDAGÓGICAS NOME FUNÇÃO/ CARGO NÍVEL DE FORMAÇÃO Antonio Alves de Arruda Equipe Pedagógica Superior/ Pedagogia Cibele Maintro Mamprim Apoio Técnico Administrativo Superior/ Processamento de Dados Claudete de Souza Apoio Técnico Administrativo Ensino Médio Completo Eulália Marçal de Souza Aux. Serviços Gerais Garcia Ensino Médio Completo Heloísa Morais Apoio Técnico Administrativo Superior Completo/ Administração Ileis Maria da Silva Aux. Serviços Gerais Fundamental Completo Josemar Lucas Apoio Técnico Administrativo Superior / Ciências Sociais Laudelina Bernardes Nogueira Aux. Serviços Gerais Ensino Médio Completo Leandro Oliveira Leite Diretor Superior/ Educação Física Márcia Cora Equipe Pedagógica Superior/ Pedagogia Maria Aparecida da Rocha Silva Aux. Serviços Gerais Ensino Médio Completo Maria de Lurdes Santos Aux. Serviços Gerais Fundamental Completo Miguel Mendonça de Assis Secretário Ensino Médio Completo Regina Carboni Alves de Assis Equipe Pedagógica Superior/ Pedagogia Reginaldo Rodrigues Galvão Diretor Auxiliar Superior/ Educação Física Rosangela dos Santos Alonso Apoio Técnico Administrativo Superior/ Administração Selma de Fatima T. dos Aux. Serviços Gerais Santos Fundamental Completo Sidnei Marcelino Santos Superior / Ciências Sociais Apoio Técnico Administrativo 529 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Simone Fernanda Magon Apoio Técnico Administrativo Superior/ Geografia Vanderly Pedranjo Equipe Pedagógica Superior/ Pedagogia e Letras Vera Lúcia T. Storti Aux. Serviços Gerais Fundamental Completo SERVIDORES EM REGÊNCIA POR DISCIPLINA Língua Portuguesa: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Cleuza Maria de Aguiar Professora E. F. Anos Finais Noeli Ferreira de Roza Profes. E. F. Anos Finais/E. Médio Superior/ Letras Maria do Socorro S. Professora E. F. Anos Finais Barros Superior/ Letras Vernáculas Superior/ Letras Sandra Terezinha P. Siena Profes. EJA fase II 5/8 e EJA E. Médio Superior/ Letras Vanessa da Silva Santos Profes. EJA fase II 5/8 e EJA E. Médio Superior/ Letras Matemática: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Ariadine Castilho Ozan Ensino Médio e EJA fase II 5/8 Superior / Matemática Elizia Dubay Lopes E. F. Anos Finais / E. Médio e EJA Médio Superior /Matemática. Larissa Chinaglia Ens.Fund. Anos Finais Superior / Matemática Marcia Helena Trevisan Neri Ens.Fund. Anos Finais Superior / Matemática 530 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Margarete de Faveri Ens. Fund. Anos Finais Superior / Matemática Ciências: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Dirce Eneias da Silva Ens. Fund. Anos Finais Superior/Física Elisangela T. B. de Oliveira Ens. Fund. Anos Finais Superior /Ciências H. Em Mat. Gleice Covino dos Santos Ens. Fund. Anos Finais Superior / Matemática Hellen Cristina R. Pereira Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Ciências Biológicas Jaqueline Peroso Mendes Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Ciências Biológicas Milene Sayuri Sakoda Baratta EJA Fase II 5/8 Superior/ Biologia Marcelo Joana Finger Ens. Fund. Anos Finais Superior / Matemática/ Ciências Geografia: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Anderson Dias Hespanhul Ens. Fund. Anos Finais/ Ens. Médio e EJA fase II 5/8 Superior / Geografia Célia do Carmo C. A Cardoso Ens. Fund. Anos Finais Superior / Geografia Cileia Claudia de Oliveira Ens. Fund. Anos Finais/ E. Médio Superior / Geografia Raquel Luciane Moreira EJA Ensino Médio Superior / Geografia 531 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR História: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Anderson Dias Hespanhul Ens. Fund. Anos Finais/ E. Médio Superior / Geografia e EJA fase II 5/8 e EJA E. Médio Marcos Fernandes Ens. Fund. Anos Finais/ E. Médio Superior / História Maria Aparecida Correa Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Ciências Sociais Maria Damasceno G. A Moreira EJA Fase II 5/8 Superior / História Artes: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Djalma de Souza Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Artes Fabricia Fernanda Donofri Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Artes Marciene Aparecida E. F. Anos Finais/E.F. CIC Basico Superior/ Artes Plásticas Pires Maria Valéria A Garcia E. F. Anos Finais e Ens. Médio Superior/ Artes Plásticas Paula Cristina de Oliveira EJA Ensino Médio Superior/ Artes Plásticas 532 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Ensino religioso: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Anderson Dias Hespanhul Ens. Fund. Anos Finais Superior / Geografia Carlos Alexandre Guimaraes Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Ciências Sociais Célia do Carmo C. A Cardoso Ens. Fund. Anos Finais Superior / Geografia Química: NOME Tatiana Hirosi NÍVEL DE ENSINO Ens. Médio e EJA Ensino Médio NÍVEL DE FORMAÇÃO Superior Química Biologia: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Gleice Covino dos Santos EJA Ensino Médio Superior / Matemática Milene Sayuri S. Baratta Ensino Médio Superior / Biologia 533 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR L.E.M. Inglês: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Nair Miyoko Capellesso E. F. Anos Finais/ EJA fase II 5/8 Superior/ Letras e EJA E. Médio Sandra Lourenço Tamanini Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Letras Tania Mara Bregamo Rocha Ensino Médio Superior/ Letras Dalva de Moraes Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Letras Sociologia: NOME Sandra Regina da Rocha NÍVEL DE ENSINO Ensino Médio NÍVEL DE FORMAÇÃO Superior/ Ciências Sociais Física: NOME NÍVEL DE ENSINO Douglas Francisco de Oliveira Ensino Médio NÍVEL DE FORMAÇÃO Superior/ Física Filosofia: NOME Francisco Prado Rosa NÍVEL DE ENSINO Ensino médio NÍVEL DE FORMAÇÃO Superior / Filosofia 534 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR Educação Física: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Ana Cristina Colombo Ensino Médio Superior / Educação Física Paulo Sergio C. Garcia E. F. Anos Finais/E.F. CIC Basico Superior/ Educação Física Rafael José Kasteki Ens. Fund. Anos Finais Superior/ Educação Física Reginaldo Rodrigues Galvão Superior/ Educação Física Ensino médio e Ens. Fund. Anos Finais Professores regentes e auxiliares ciclo básico: NOME NÍVEL DE ENSINO NÍVEL DE FORMAÇÃO Adriana Couto Borges Regente / E.F. CIC Basico Superior/ Pedagogia Cristiane Lima de souza Regente / E.F. CIC Basico Superior/ Pedagogia Eden Evangelista Auxiliar /E.F. CIC Basico Superior/ Pedagogia Patrícia Matesco Regente / E.F. CIC Basico Superior/ Pedagogia Santa Prieto Auxiliar /E.F. CIC Basico Superior/ Pedagogia Sirlene Movio da Costa Regente / E.F. CIC Basico Superior/ Pedagogia Walkiria da Silva Regente / E.F. CIC Basico Superior/ Pedagogia 535 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR REFERÊNCIAS RAMOS, M. N. A contextualização no currículo de ensino médio: a necessidade da crítica na construção do saber científico. Mimeo, Sem data. SACRISTAN, G. A Educação Obrigatória: seu sentido educativo e social. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 1996. SACRISTÁN, J. G. O currículo: uma reflexão sobre a prática. Trad. Ernani F. da F. Rosa, Potro Alegre: ArtMed, 2000. RAMOS, M. N. O Projeto Unitário do Ensino Médio sob os princípios do trabalho, da ciência e da cultura. In: FRIGOTTO, G. e CIAVATTA, M. Ensino médio ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC, SEMTEC, 2004. GOODSON, I. Teoria do currículo. São Paulo: Cortez, 1995. SEED PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná. Curitiba — PR, 206t - ‘7 SEED PARANÁ, Inclusão e diversidade: reflexões para a construção do projeto político- pedagógico. Curitiba, 2006. Disponível em: <www.wikipedia.org — web> <http://wwwdiaadiaeducacao.pr.gov.br> . 536 ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCACÃO COLÉGIO ESTADUAL DOM GERALDO FERNANDES – ENSINO FUND. E MÉDIO AUTORIZACÃO DE FUNCIONAMENTO: Resolução 3734/82 de 30/12/82 – RECONHECIMENTO: Resolução 5087/86 de 26/11/86 Rua Goioerê, S/N – Jardim Silvino – Fone (xx43) 3251-2776 – CEP 86187-360 – Cambé-PR 537