Capacetes de Segurança

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Capacetes de Segurança
Equipamento de Proteção
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Capacetes de Segurança
Os equipamentos que protegem a cabeça do trabalhado são os capacetes de segurança. Eles reduzem os efeitos do impacto de objetos e a possibilidade de ferimentos graves. É composto por duas partes
principais: o casco e a suspensão. O polietileno de alta densidade ou o ABS são os materiais usados na fabricação do casco. Já a suspensão, composta de carneira e coroa, deve ser de material flexível. Geralmente, a
carneira é feita de polietileno de baixa densidade, e a coroa pode ser do mesmo material ou de tecido, para
maior conforto do usuário.
Há duas classes de capacete. Os de classe A servem para proteção contra impactos em geral, exceto
em trabalhos com energia elétrica. Já os capacetes de classe B protegem contra impactos e podem ser
usados em trabalho com energia elétrica. Há ainda as opções aba total, aba frontal ou sem aba.
O conforto do usuário é conseguido através de uma coroa flexível; uma tira de absorção de suor
facilmente removível e lavável; suspensão de tecido; jugular, carneira e coroa feita de material não irritante,
além de leveza e distribuição de peso.
A melhor escolha
A escolha correta do capacete de segurança deve sempre ser feita após uma avaliação dos riscos
envolvidos na atividade. Um capacete classe A pode ser tanto tipo I, II OU III, porém não deve ser utilizado em
ambiente energizado. Nesse ambiente, deve ser usado um capacete classe B, seja ele aba total, frontal ou sem
aba.
Os capacetes são compostos por casco e suspensão, sendo que plástico rígido, resinas prensadas com
tecidos (celeron), fibra de vidro com poliéster ou ligar de alumínio são os materiais empregados no casco.
Tipos de Capacete
Com aba total (Tipo I)
Protege todo o perímetro da cabeça e o rosto, é indicado para proteger de escorrimento de líquidos, de
contatos com energia elétrica e radiações solares. São usados em setores como a indústria siderúrgica e
elétrica.
- Com aba frontal (Tipo II)
É indicado para atividades onde o risco de bater a cabeça é maior do que ser atingido pela queda de objetos.
Protege o rosto e os olhos de escorrimento de líquidos, de contatos com energia elétrica e radiações solares.
São usados na construção civil e em serviços de manutenção.
- Sem aba (Tipo III)
Este tipo de capacete é usado principalmente na realização de esportes e em trabalhos restritos, que exigem
proteção dos impactos apenas na região da cabeça. Praticantes de alpinismo e trabalhadores de áreas florestais usam este tipo de capacete.
- Vida Útil
Os fabricantes estipulam a validade do produto em cinco anos após a data de fabricação. Mas esse
tempo vale para o produto fechado, na embalagem original, sem uso. Quando utilizado, a vida útil do capacete depende do ambiente de trabalho em que é usado, da presença de agentes químicos, da freqüência de
higienização e da exposição de raio ultravioletas. Todos esses aspectos devem ser avaliados, não sendo
possível estabelecer uma regra com durabilidade mínima e máxima para capacetes de segurança.
- Cremes de Proteção - Segurança Invisível
Há três tipos de creme de proteção: água resistente, óleo resistente e especiais. Caracterizam-se por
formar uma camada protetora sobre a pele, que impede o contato com o agente agressor, seja químico, físico
ou biológico. Proporciona ainda hidratação e emoliência. Também são chamados de creme barreira, luva
química ou luva invisível.
Esses cremes evitam a ocorrência de dermatoses ocupacionais, reações alérgicas e queimaduras. Para
tanto, é preciso que a escolha seja feita a partir dos riscos do ambiente de trabalho. São agentes químicos, os
derivados de petróleo, colas, tintas, vernizes, ácidos, bases, cimentos, detergentes, solvente em geral. Os
agentes físicos, por sua vez, são as radiações UVA e UVB causadas pelo sol ou por aparelho especiais. Já os
agentes biológicos são os insetos e os microorganismos.
- Água resistente
Não é facilmente removido com água proporcionando proteção adequada contra diversos agentes
químicos diluídos ou não em água. Tem propriedades hidratantes e emolientes. Quando possui branqueador
óptico, ganha visibilidade frente à luz negra e maior proteção contra tintas.
Com Silicone – Com dupla proteção, é utilizado por trabalhadores que manuseiam graxa, óleos, gasolina,
solvente, argamassas, cimentos, detergentes, colas, hidrocarbonetos alifáticos e aromáticos, produtos solúveis ou não em água.
Sem Silicone – Oferece barreira contra os agentes químicos, mas se destina a empresas ou setores onde não é
permitida a presença de silicone como áreas de pintura e colagem.
- Óleo resistente
Não é removido facilmente no contato com óleos, mas é hidrossolúvel (sai com água). Gera proteção
adequada contra diversos agentes químicos e possui propriedades hidratantes e emolientes. Permite visualização sob a luz negra quando contém branqueador óptico.
Com Silicone – É utilizado por trabalhadores que mexem com graxa, óleo, solventes, gasolina, cal, cola, verniz,
pós em geral e produtos químicos que não contenham água em sua fórmula.
Sem Silicone – Usado contra os agentes químicos que não contêm água em sua fórmula. Destina-se a empresas
ou setores onde não é permitida a presença de silicone, como áreas de pintura e colagem. Adequado contra
tintas solventes.
- Cremes Especiais
São indicados para usos específicos, conforme explicado pelo fabricante. Podem ser voltados para
produtos ácidos ou para agentes biológicos, contendo ação bacteriostática que impede a proliferação de
microorganismos. Também fazem parte desse grupo de protetores solares, que não saem com água e tem FPS
15, 25, 30, 40, 58 e 100. No entanto, esses protetores ainda não são considerados EPIs pelo Ministério do Trabalho.
Para produtos ácidos – oferece barreira contra meio ácidos e alcalinos (básicos), além de proteção contra os
demais agentes químicos.
Protetor solar – em situações que requerem proteção contra radiações UVA e UVB (trabalho ao ar livre), emitidos pelo sol ou por máquinas como soldas e aparelhos especiais.
Para agentes biológicos – em ambientes que exijam ação bacteriostática impedindo o crescimento microbiano,
protege ainda contra os demais agentes químicos, inclusive ácidos. Pode ser usado por baixo de luvas.
- Vida útil
Os cremes de proteção apresentam validade de dois anos. Por esse período, as propriedades permanecem inalteradas, em condições normais de estocagem. No aspecto de durabilidade, os testes apresentam
resultados satisfatórios de proteção por quatro horas. Isso considerando os diversos agentes agressivos, tanto
para cremes óleo, água resistentes e especiais.
O creme indicado para manipulação de agentes cáusticos (creme contra ácidos) apresentam durabilidade de acordo com a natureza do agente agressivo.
Os protetores solares devem ser reaplicados a cada duas horas (FPS 15/25), duas horas e meia (FPS
30/40), quatro a seis horas (FPS 58 e 100).
- Proteção Auditiva
Os protetores auditivos são os EPIs colocados no ouvido do trabalhador para protegê-lo contra ruído.
Deve ser usados sempre que o indivíduo for submetido a ambientes onde o nível de pressão sonora equivalente ultrapassar a barreira dos 85 dBA. A partir deste valor, sem proteção, o trabalhador pode ter lesões irreversíveis na audição.
Para que a proteção seja eficaz, é preciso considerar o conforto do equipamento, seguindo da eficiência
e eficácia. É necessário que os protetores sejam usados durante todo o tempo de exposição e sigam requisitos
mínimos de qualidade. Deverão ainda ser capazes de reduzir o nível de pressão sonora abaixo do limite de
tolerância.
Há diversos tipos de protetores auditivos. No entanto, três modelos são considerados básicos. Os
circum-auriculares chamados extra-auriculares, supra-aurais, abafadores ou de concha. Já os de inserção
também conhecidos como intra-auriculares ou como plugues. O terceiro tipo são os especiais.
- Concha
Projetado para cobrir completamente a orelha, é formado por duas conchas atenuadoras de ruído, cobrindo o
pavilhão auricular e interligadas por um arco tensor. As bordas são revestidas com material macio. A atenuação do ruído esta relacionada, em parte, à pressão que o protetor exerce sobre os dois lados da cabeça.
Este modelo é recomendado para uso em áreas não limpas e nos casos em que o usuário circule por
zonas ruidosas e silenciosas, nas quais os protetores podem ser removidos.
- Protetor com controle ativo
Possuem alta atenuação nas baixas freqüências. São utilizados para atenuar ruídos acústicos, utilizando
tecnologia de controle ativo implementada com sistemas microprocessados. Favorece a comunicação de
pessoas em ambientes ruidosos, mas tem um altop custo.
É recomendado para ambientes de ruídos de baixa freqüência, ideal para o setor aeronáutico.
- Tampão do tipo auto moldável (Tipo Plugue)
É o protetor colocado no canal externo do ouvido até tomar a forma do canal. Feito de espuma polimerizada,
que quando colocado se expande, é bastante eficaz e geralmente confortável. Também pode ser composto
de materiais como algodão parafinado, espuma plástica e tipos especiais de fibra de vidro.
Pode ser usado em todo tipo de ambiente. A vantagem é que dá mais conforto e se adapta a qualquer forma
e tamanho de ouvido. É um protetor considerável descartável.
- Tampão do tipo pré-moldado (Tipo Plugue)
Em materiais elásticos e não tóxica como borracha e silicone adaptam-se às diversas formas de canais auditivos. Possui superfície lisa e lavável com água e sabão. Para ser eficiente, o tampão deve ser colocado firmemente, o que pode torná-lo desconfortável. Pode perder a elasticidade com as lavagens periódicas.
É bem-vindo em todo tipo de ambiente. A vantagem é que pode ser lavado diversas vezes com água e sabão
neutro.
- Tampão do tipo moldável personalizado
Com este tampão a atenuação de ruído é alta. Quando bem colocado, chega a ser comparável à dos protetores tipo concha. Fabricado em borracha de silicone, não é tão confortável, por se tratar de um material mais
resistente.
Devem ser adotados em indústrias alimentícias e similares, nas quais as condições desfavoráveis de calor e
umidade inviabilizam o uso de protetor tipo concha.
- Especial
Protetor não linear com sistema de filtro acústico (orifício) ou filtro eletrônico. Garante baixa atenuação nas
freqüências inferiores a dois kHz aproximadamente, permitindo assim que as freqüências da voz humana
passem.
Ideal para situações especificas de trabalho, onde se devem ter melhores condições na comunicação e nos
casos de níveis altos de ruído de transito. É eficaz para ambientes com ruído de alta freqüência.
Vida Útil
A durabilidade vai depender da forma como o protetor é utilizado. Se for lavado (tipo plugue) ou tiver troca
de almofadas (tipo concha), for guardado em local limpo, certamente, terá uma vida mais longa. Segundo
pesquisas um protetor tipo concha, pode durar de seis meses a três anos. Já um tipo plugue de espuma
expandida com superfície selada, pode ser usado até 15 dias. O plugue de espuma expandida descartável
com superfície porosa dura apenas um ou dois dias. Por sua vez, o plugue de silicone ou borracha pode ser
usado por um mês a dois anos.
- Proteção contra queda
São os EPIs utilizados em tarefas realizadas acima de dois metros de altura do solo ou superfície segura para
proteção do trabalhador no quesito altura. Podem ser de dois tipos principais: cinturão de segurança e dispositivo trava-quedas. O intuito é proteger contra as quedas de altura ou dos seus efeitos.
Esses equipamentos devem conter um componente fixado ao corpo di usuário e um sistema de
ligação que possa ser preso a um ponto de fixação seguro. O ideal é que o desnível da queda seja o menor
possível. Isso é necessário para evitar impacto contra obstáculos, de forma que a força de travagem não
possibilite a ocorrência de lesões corporais, nem abertura ou ruptura de um dos componentes do EPI, que
possa provocar a queda do usuário. Também precisam assegurar, após a queda, uma posição correta do
usuário, permitindo-lhe, se necessária, ficar à espera do resgate.
- Cinturão de segurança tipo abdominal
É o cinturão fixado ao corpo do usuário dotado de, no mínimo, duas argolas fixadas nas partes laterais e que
são utilizadas para fixação do talabarte, que é o componente de ligação ao ponto de fixação seguro. O cinturão tem o comprimento ajustável por meio de fivelas. Esse modelo é fabricado em couro ou em material
sintético, por exemplo, poliéster. As ferragens (argolas, fivelas e mosquetões) podem ser de aço forjado, aço
inoxidável ou de ligar metálicas.
Devem ser usados em ambientes que exijam proteção do usuário contra riscos de queda nos trabalhos em
altura. Possibilita o posicionamento a uma distância adequada entre o usuário e a área de trabalho. Ele
sustenta o trabalhador na posição vertical ou ma situação estática. É usado em serviços de manutenção em
postes de eletricidade, telefonia, TV a cabo, torres, corte ou poda de árvores, pois tem a função de limitar a
movimentação.
- Cinturão de segurança tipo pára-quedista
É um cinturão fixado ao corpo do trabalhador e que distribui as forças de sustentação e de parada sobre as
coxas, cintura, peito e ombros. Possibilita a fixação do talabarte à argola das costas ou do peito. Esse modelo
de cinturão é fabricado em material sintético como, por exemplo, poliéster. As ferragens (argolas, fivelas,
mosquetões) podem ser de aço forjado, aço inoxidável ou de ligar metálicas.
- Proteção das mãos
Uma das medidas que podem oferecer proteção para as mãos dos trabalhadores são as luvas de
segurança. Oferecidas em diversos materiais, cada uma é adequada a certos tipos de riscos. Por isso, é importante que a empresa avalie a área de risco e as atividades desenvolvidas. Também é necessário definir os
níveis de desempenho que serão exigidos desse EPI em cada processo e especificá-los ao fornecedor.
Os fabricantes costumam desenvolver os produtos a partir das necessidades do usuário, inclusive em
concepção de palmas distintas, com materiais e tamanhos de punhos diferentes, para que as luvas fabricadas
atendam as especificações das normas técnicas. É muito importante que o empregador adquira luvas com o
tamanho adequado à palma da mão do trabalhador.
Variedade nos acabamentos
- Couro (raspa/vaqueta) ou tecido (lona/algodão)
Proporcionam proteção, principalmente, contra riscos mecânicos. Indicadas onde há contato com
agentes abrasivos e escoriantes presentes em operações em máquinas ou manuais como cortem, transporte,
manuseio e lixamento de chapas metálicas e outros materiais.
- Malha de aço e de aramida
Deve ser inoxdável se a possibilidade de corrosão. O aço deve ser de boa qualidade aliando resistência
e menor peso. Protege de agentes cortantes e perfurantes. Mais utilizado em ambientes como frigorífico,
peixarias e açougues, onde há contato com os discos de cortes, na limpeza do cortador de frios ou na afiação
de facas.
- Isolantes de borracha
Existem seis classes de luvas isolantes sendo a menor classe “00” para uso até 500Ve a de maior classe
“4”, para uso até 36.000V. Usado por profissionais que atuam em contato direto com eletricidade, como os das
concessionárias de energia elétricos, e indiretos, como os trabalhadores das indústrias que atuam em eletricidade.
- Couro tratado, fibras aramidas, tecidos mistos e cerâmicos
Protege de queimaduras imediatas quando há exposição a temperaturas externas como no manuseio
de peças aquecidas. No contato com agentes térmicos em a exposição ao calor seja a partir de 48ºC. Usadas
em trabalhos com forno, fundição, injetoras de plástico, em padarias, estufas e soldagens.
- Algodão ou nylon com tratamento químico
Feitas em malha de algodão ou nylon com tratamento químico na palma da mão, que pode ser em
poliuretano, nitrílico ou opções em que a luva de algodão vem com borracha vulcanizada na palma. Luvas de
nylon permitem manuseio de pequenas peças, e possuem alta resistência mecânica. Já a luva de algodão
com borracha vulcanizada na palma pode, por exemplo, ser usada em setores que demandam alta resistência
à abrasão, rasgos e perfurações.
- PVC, PVA, nitrílica, viton e outros.
Diversos produtos químicos podem ser manuseados com estas luvas. a manipulação de produtos
químicos ocorre em vários processos industriais ( indústria farmacêutica, tintas e vernizes, adesivos, cosméticos e petroquímicos.
- PVC (Cloreto de Polivinila)
No contato com ácidos e álcalis. O uso depende do tempo de exposição (contato direto com a substância química), de sua concentração e natureza química.
- PVA (Álcool Polivinílico)
Solventes orgânicos concentrados. Também depende do tempo da exposição (contato direto com a
substância química), de sua concentração e natureza química. Esse tipo de luva é hidrossolúvel.
- Nitrílica (Butadieno)
Na exposição a ácidos, álcalis e solventes orgânicos. O uso da luva depende do tempo de exposição
(contato direto com a substância química), de sua concentração e natureza química.
- Neoprene (Cloropeno)
Na exposição a ácidos, álcalis e solventes orgânicos. Como a anterior, o uso depende do tempo de
exposição, de sua concentração e sua natureza química.
- Butílica (Isso-butileno)
Para uso especifico contra acetonas e ésteres. Da mesma forma, o uso da luva depende do tempo de
exposição, de sua concentração e sua natureza química.
- Isolantes de borracha
Existem seis classes de luvas isolantes sendo a menor classe “00” para uso até 500Ve a de maior classe “4”, para
uso até 36.000V. Usado por profissionais que atuam em contato direto com eletricidade, como os das concessionárias de energia elétricos, e indiretos, como os trabalhadores das indústrias que atuam em eletricidade.
- Couro tratado, fibras aramidas, tecidos mistos e cerâmicos
Protege de queimaduras imediatas quando há exposição a temperaturas externas como no manuseio de
peças aquecidas. No contato com agentes térmicos em a exposição ao calor seja a partir de 48ºC. Usadas em
trabalhos com forno, fundição, injetoras de plástico, em padarias, estufas e soldagens.
- Algodão ou nylon com tratamento químico
Feitas em malha de algodão ou nylon com tratamento químico na palma da mão, que pode ser em poliuretano, nitrílico ou opções em que a luva de algodão vem com borracha vulcanizada na palma. Luvas de nylon
permitem manuseio de pequenas peças, e possuem alta resistência mecânica. Já a luva de algodão com
borracha vulcanizada na palma pode, por exemplo, ser usada em setores que demandam alta resistência à
abrasão, rasgos e perfurações.
- PVC, PVA, nitrílica, viton e outros.
Diversos produtos químicos podem ser manuseados com estas luvas. a manipulação de produtos químicos
ocorre em vários processos industriais ( indústria farmacêutica, tintas e vernizes, adesivos, cosméticos e
petroquímicos.
- PVC (Cloreto de Polivinila)
No contato com ácidos e álcalis. O uso depende do tempo de exposição (contato direto com a substância
química), de sua concentração e natureza química.
- PVA (Álcool Polivinílico)
Solventes orgânicos concentrados. Também depende do tempo da exposição (contato direto com a substância química), de sua concentração e natureza química. Esse tipo de luva é hidrossolúvel.
- Nitrílica (Butadieno)
Na exposição a ácidos, álcalis e solventes orgânicos. O uso da luva depende do tempo de exposição (contato
direto com a substância química), de sua concentração e natureza química.
- Neoprene (Cloropeno)
Na exposição a ácidos, álcalis e solventes orgânicos. Como a anterior, o uso depende do tempo de exposição,
de sua concentração e sua natureza química.
- Butílica (Isso-butileno)
Para uso especifico contra acetonas e ésteres. Da mesma forma, o uso da luva depende do tempo de
exposição, de sua concentração e sua natureza química.
Proteção do Corpo
A NR6 considera vestimenta para uso profissional os seguintes equipamentos: calça, macacão, conjunto, vestimenta do corpo interno, perneira, capuz e meia. Vale lembrar que os coletes à prova de balas também
são considerados EPIs pelo MTE.
As vestimentas de segurança são peças ou conjunto de peças que protegem o corpo humano ou
parte dele contra riscos como mecânicos, térmicos, químicos, elétricos, radioativos ou umidade proveniente
de operações com uso de água. São usadas, principalmente, nas indústrias e no setor agrícola.
Quando não há normas técnicas ou laboratórios capacitados para realização de ensaios de determinadas vestimentas, a responsabilidade pelo desempenho do EPI é da própria empresa através do termo de
responsabilidade com o qual o CA é concedido.
- Tipos de vestimentas conforme a NR6
- Conjunto de Segurança
Composto de calça e blusão, jaqueta ou paletó. Protege o tronco e os membros superiores e inferiores.
A roupa é sempre de manga longa.
O conjunto é ideal para proteção contra respingos de produtos químicos, umidade proveniente de
operações com uso de água e chamas. Também na proteção contra os agentes térmicos, como nos frigoríficos, onde alguns setores apresentam o agente frio e, outros, o calor (câmara de armazenamento, sala de
escaldagem e depenagem).
- Macacão de segurança
Possui manga longa, com fechamento em zíper, velcro ou botões.
A gola pode ser social ou tipo padre, tipo Fórmula 1. protege tronco e
membros superiores e inferiores.
Indicado em atividades onde há risco de fogo repentino (flash de
fogo) e chamas. Nos locais onde é preciso proteger contra agentes térmicos, respingos de metais fundidos, arco-elétrico (NR-10), umidade e respingos de fluídos químicos, como na indústria química ou na aplicação de
produtos fitossanitários em atividades agrícolas.
- Vestimenta de corpo inteiro
Capa cujo comprimento fica abaixo do joelho do trabalhador. Pode
ser fechado com velcro, botão, zíper ou gancho. Possui manga longa. Sua
função é proteger o tronco e os membros superiores e inferiores.
Deve ser usada para aproximação às chamas, aos respingos de
metais fundidos, ao calor irradiado dos fornos ou caldeiras, à radiação
não-ionizante de soldagem, aos respingos de fluidos químicos, umidade e
baixa temperatura. Necessária ainda contra os riscos elétricos, onde se
devem usar vestimentas condutivas e outras específicas para trabalho com
arco elétrico.
- Perneiras
Essas peças são fechadas através de velcro, zíper ou botões. Normalmente ficam sobre a calça, têm uma pala
de proteção sobre o peito do pé e envolvem toda a perna.
Os trabalhadores devem utilizá-las em ambientes com presença de agentes abrasivos e escoriantes, risco de
respingos de produtos químicos, umidade proveniente de operações com uso de água e agentes térmicos.
São usadas sempre que há a possibilidade de acidente ou incidentes na região da parte inferior das pernas e
dos pés.
- Meias de segurança
Protegem os pés dos usuários. Há várias gramaturas e normalmente é produzida em grafatex de algodão.
Utilizadas para proteção contra baixas temperaturas, como frigoríficos, câmaras frias e outros locais com
características semelhantes.
Combinações Possíveis
A proteção gerada pela vestimenta vai depender da matéria-prima utilizada, como esse material é confeccionado, do tipo de fio e da gramatura. Para cada risco, há materiais que podem ser usados. O mercado oferece
diversas possibilidades de vestimentas, combinando materiais durante a fabricação conforme os riscos existentes.
- Resistência a substâncias líquidas
Trevira (composto por tela de poliéster recoberta de PVC), vinil ou napa são as indicações dos especialistas. O
mercado oferece, por exemplo, tecidos de poliéster e algodão combinados com acabamento para repelência
a água e óleo, protegido com Teflon.
- Resistência a produtos químicos
Tychem e Tyvek (polietileno de alta densidade), PVC, tecidos em algodão 100% ou mistos, tratados com
hidrorrepelentes, aramidas estão entre os materiais mais eficazes. Há opções voltadas para a proteção contra
respingos químicos. Também há combinações de tecidos que aliam proteção ao risco químico e outros riscos
como chamas. Tecidos de poliéster e algodão são combinados com acabamento para repelência a agentes
químicos. Há vestimentas para proteção da pele contra agentes químicos em estado gasoso, líquido ou
sólido.
- Resistência mecânica
Para-aramida é indicada para corte, abrasão, escoriação, enquanto o couro, em raspa ou vaqueta, resiste
contra abrasão e escoriação.
- Antichamas
Vestimentas de fibras, sem tratamento químico são as que devem ser utilizadas. Tecidos antichamas protegem contra arco-elétrico, fogo-repentino, respingos de solda ou materiais fundidos. As empresas oferecem
tecidos com tratamento antichamas ou à base de aramida, meta e para-aramida. Há vestimentas compostas
por multicamadas de tecidos. Para bombeiros, há empresas que combinam resistências às chamas e barreiras
térmicas superiores, seguindo normas internacionais. Há combinações voltadas para respingos de metais que
incluem propriedades antichamas como o tecido que combina sarja, outros materiais e a poliamida alifática,
trazendo também proteção térmica e mecânica. Outra opção são os tecidos 100% algodão com tratamento
de proteção a metais líquidos e incandescentes.
- Eletricidade
Borracha contra coques elétricos. O mercado oferece vestimentas que protegem contra a condução de
eletricidade. Há tecnologias que mesclam fibras de aramida (proteção térmica) e aço modificado
(condutibilidade). Há combinações que protegem contra chamas e arco-elétrico, como destacado no item
antichamas. A orientação é para que as empresas atendam as recomendações da NR-10.
- Resistência ao calor
Para-aramida e Meta-aramida (fibras aramidas) e couro tratado são os materiais recomendados. O calor
irradiado é um risco presente nas indústrias siderúrgicas, metalúrgicas, vidreiras, mineradoras. Há opções de
proteção, que fazem dupla aluminização por filmes termo estáticos, combinadas com tecidos de carbono
pré-oxidado, fibra de vidro e para-aramida ou tecido base 100% Rayon PRF (viscose RF). Também oferece
combinação em camada dupla, com tecidos de aramida. O algodão sem qualquer tratamento não é recomendado para altas temperaturas assim como o nylon.
- Resistência aos agentes biológicos
Polietilenos, polivinílicos e mistos com acabamento antimicrobial, Tyvek e algodão. Há diversas combinações
no mercado, como a de poliéster, algodão e acabamento antimicrobial. Protege contra a proliferação de
bactérias.
- Aumentam a visibilidade
Polivinílicos, poliéster, algodão ou mistos com acabamentos fluorescentes ou retrorefletivos,material sintético impermeável.
Vida Útil
A durabilidade varia conforme o tecido utilizado, a freqüência de uso e o local onde é usado. O próprio fabricante costuma indicar quantas lavagens uma vestimenta suporta, o que é constatado a partir de testes em
laboratórios especializados. Pode ser 50, 100, 120 ou 150 lavagens, o número vai depender das conclusões
dos ensaios. Em caso de acidentes, como com arco elétrico, a roupa deve ser inutilizada.
Proteção dos Pés
Os calçados de segurança são os EPIs que protegem os pés dos trabalhadores de diferentes riscos,
para tanto existe uma ampla variedade de materiais e soluções no mercado. Antes de escolher o melhor
calçado de segurança, deve-se levar inicialmente em consideração os riscos do ambiente em que o usuário
estará exposto. Após, selecione as propriedades que o calçado de conter.
- Resistente a queda de produto
Deve ter biqueira de aço de 200 joules e 15 kN. Existem diversas opções de material como couro,
laminado, sintético, PVC, PU ou borracha. Já o solado, pode ser, por exemplo, em borracha, PU ou PVC.
São indicados para atividades onde existe o risco de impactos devido a queda de produtos. É necessário observar os tipos de solados necessários para cada atividade. O solado de borracha nitrílica, por exemplo,
são indicados para fundição. Se na construção civil há contato com massa ou cimento, então, pode-se aperfeiçoar o uso com um material que resista a esses produtos. O mesmo acontece no trabalho em canaviais, com
materiais que resistam a sacarose.
-Condutivo, isolante e antiestático
Podem ter cabedal em couro, com solado PU, de resistência elétrica, ou borracha específica para o
risco. Há calçados impermeáveis, todo em borracha ou todo elastomérico, que podem ser condutivos, antiestáticos ou isolantes térmicos. As normas ISO prevêem, inclusive, que o calçado isolante do tipo 2(botas) seja
em polimérico ou todo de borracha.
Condutivos são indicados para trabalhadores de alta tensão. Isolantes resistem à passagem de corrente elétrica. Antiestáticos estão relacionados com energia estática e são para áreas de abastecimento de combustíveis e concentração de gases, armazéns graneleiros, reservatórios de derivados de petróleo, etc.
- Respingos de produtos químicos
Devem-se considerar os seguintes quesitos na escolha do calçado: a degradação, a permeação e o
tempo de resistência. Podem ser de couro emborrachado, com solado em PU.
São recomendados para atividades realizadas por trabalhadores da industria em geral, que têm contato com substâncias químicas e também em laboratórios são as que necessitam deste tipo de proteção.
- Resistência térmica
Para alta temperatura, o calçado pode ser em couro, com solado de borracha nitrílica. A fibra de carbono é outra opção. Já para a baixa, o material pode ser couro ou PVC, com solado de borracha natural. Há
materiais diferenciados para palmilhas.
Servem em ambientes com altas temperaturas, como locais com fornos ou chapas quentes. Setores de
temperatura baixa, como frigoríficos e câmaras, necessitam de calçado com especificações apropriada
- Resistência à penetração de objetos pontiagudos
O cabedal pode ser em couro, PVC ou borracha. Já as palmilhas devem ser antiperfurante e anticortantes (aço ou outro material resistente). Um exemplo são as fibras de aramida que podem ser usadas em palmilhas.
Devem ser usados por trabalhadores que se deparam com objetos cortantes, como construção civil,
serviços de limpeza urbana, cervejarias e indústrias em geral.
- Operação com água
Requer calçado hidrofugado, ou seja, resistente à passagem de água. Outra opção são os impermeabilizados. Quando há uma exposição maior à água, recomenda-se calçados em PVC com solado também em
PVC.
Deve ser usados em áreas alagadiças, por exemplo, frigoríficos e jardins, para que os pés fiquem protegidos da umidade proveniente do uso da água.
- Vida Útil
A durabilidade de um calçado de segurança, vai depender da freqüência de usa e das atividades
realizadas pelo trabalhador. Um pedreiro, por exemplo, devido a ação da umidade e do cimento, pode ter uma
botina que dure apenas 30 dias. O mesmo pode ocorrer com um cortador de cana. Já em uma indústria
metalúrgica, esse mesmo calçado pode durar meses.
Protetor Ocular e Facial
- Em Defesa do Olhar
Os óculos de segurança, protetores faciais e as máscaras de solda são os EPIs que dão proteção aos
olhos e à face dos trabalhadores. Esses equipamentos protegem contra impactos de partículas volantes
multidirecionais, respingos de líquidos, luminosidade intensa e radiações ultravioletas e infravermelhas.
Para escolher o equipamento ideal ao trabalhador, é preciso analisar a que riscos ele está submetido. A
necessidade de se proteger somente os olhos ou a face toda deve ser avaliada. Deve-se ressaltar que a proteção dos olhos é obrigatória.
Novos designs de óculos aliam beleza, modernidade, conforto e proteção. Cores mais vivas dão o tom
em alguns equipamentos. Tratamento anti-risco, antiembaçante e contra radiações se fazem mais presentes,
indicando a tendência do consumidor em procurar itens mais elaborados e de maior qualidade.
Estes EPIs podem ser separados nas seguintes classificações:
- Óculos de Segurança
Onde existe o risco de partículas volantes, pós e poeiras, gases, respingos de líquidos, calor, luminosidade
intensa, radiações ultravioletas e infravermelhas e radiações específicas como raios-X e laser. Esses agentes
estão presentes na siderurgia, metalúrgica, setor de transformação e construção civil. Cada situação requer
um modelo específico, tanto no tipo da lente quanto no material da armação e nos materiais que o compõe,
bem como levar em consideração o biótipo do trabalhador.
- Protetores Faciais
Utilizados no mesmo ambiente dos óculos de segurança, mas em situações onde as partículas volantes
ofereçam maior risco de atingir áreas da face, nuca e orelhas. Seu uso é muito comum em serralherias, indústria de madeira e no setor de bebidas. Há ainda seu usa para aplicação de defensivos, apicultura, jateamento,
cultura de cana-de-açúcar, atendimento a emergências por bombeiros e os indicados para riscos químicos e
biológicos.
- Máscaras de Solda
Devem ser usadas em toda operação de soldagem, devido aos riscos de radiação UV, IV e luminosidade intensa, além dos respingos de solda, responsáveis por queimaduras. É importante salientar que não são
indicadas para todos os tipos de solda e operações de oxicorte ou brasagem. A soldagem é um processo
presente em diferentes setores como indústria automobilística, mecânica, forjaria, ferroviária, construção civil
e naval.
Variação de Lentes.
No momento de adquirir um equipamento de proteção ocular ou facial, surgem muitas dúvidas em
relação a que tipo de lente de ser usada. Por isso, é importante conhecer os materiais existentes e saber para
que são indicados. Assim, é possível analisar o tipo ideal para cada atividade.
-Policarbonato
Possuem proteção eficiente contra raios ultravioleta e alta resistência ao calor. É o tipo ideal para
usuários expostos aos riscos de partículas multidirecionais, como em serraria, metalurgia, extração, operação
de máquinas em geral, bancadas, entre outros. Não deve ser utilizada na área química.
-Resina (Orgânica)
O custo é mais baixo que as de policarbonato e mais alto do que as lentes de cristal. São utilizadas em
vários tipos de indústrias. Para alguns casos de solda, são mais eficientes do que cristal e policarbonato. São
indicadas para operações de solda ponto, devido a sua maciez. Já em locais onde há o risco de impactos de
partículas, é mais indicado o uso de policarbonato.
- Resina com tratamento
Tem a mesma aplicação das lentes de policarbonato, a diferença é que são mais apropriadas a trabalhos de alta precisão por ter qualidade óptica superior. Podem ser utilizadas em todas as áreas em que as
lente de policarbonato são indicadas e ainda nas áreas de informática (TI), energia elétrica e indústria química.
- Cristal
São indicadas em alguns casos de solda ou para locais onde há grande exposição a partículas de pó e
poeiras, pintura e demais situações que possam riscar as lentes com facilidade, pois são as mais resistentes a
arranhões. Podem ser usadas nas atividades realizadas por soldadores, por quem usa o esmeril e em locais
com poeira de grãos como no setor alimentício.
Vida útil
A durabilidade dos óculos de segurança, de um protetor facial ou de uma mascara de solda vai
depender de quem usa e da situação na qual são utilizados, da manutenção do equipamento, dos materiais
que os constituem. Um modelo de óculos de segurança, por exemplo, pode durar por poucas horas, cinco
anos ou mais. Lentes em cristal oftálmico, indicadas para ambientes que possam riscar as lentes com facilidade, podem durar até dois anos.
Como as máscaras de solda sofrem mais danos devido aos respingos das operações de soldagem, as
lentes filtrantes são protegidas por lentes de cobertura confeccionadas em policarbonato ou vidro, que
devem ser substituídas periodicamente, sempre que estejam comprometendo a visão.