Transferência de calor com mudança de fase: Ebulição e
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Transferência de calor com mudança de fase: Ebulição e
Transferência de calor com mudança de fase: Ebulição e Condensação Transferência de calor por convecção, pois tem movimento de fluido, por ascensão de bolhas e escoamento de condensado Dependem: do calor latente, tensão superficial na interface L-V, propriedades de cada fase - > q proporcional a entalpia de vaporização - é necessário manter ∆T=Ts-Tsat - > h que em uma única fase h (W/m2K) Processo Convecção Natural Engenharia térmica, segurança Exemplos: Gases 2-25 Líquidos 50-1000 Convecção Forçada Gases 25-250 Líquidos Convecção mudança de fase Aplicações: 50-20.000 com 2.500 – 100.000 -Ciclos de refrigeração: evaporadores e condensadores -Centrais térmicas: caldeiras Mudanças de fase Fusão: S-L - Solidificação: L-S Sublimação: S-V - Dessublimação: V-S Vaporização: L-V - Condensação: V-L SÓLIDO LÍQUIDO fusão vaporização condensação Pressão solidificação sublimação GAS desublimação Temperatura Ponto crítico Vaporização: termo genérico para mudança de fase L-V, ainda pode ser: Evaporação: mudança através de uma interface L-V quando a pressão do vapor for menor do que a pressão de saturação na temperatura do líquido (ex. evaporação da água em um lago). Não tem formação de bolhas Ebulição:Mudança no contato do líquido com uma superfície sólida superaquecida (interface L-S) onde Ts > Tsatliq. ebulição Há geração de novas interfaces L-V por meio de nucleação, ou seja, bolhas de vapor. evaporação ar água água aquecimento Ebulição •Rápida formação de bolhas na interface S-L, que se separam da superfície e sobem para superfície livre do líquido •Grande número de variáveis envolvidas •Complexos padrões de movimento do fluido causados pela formação e crescimento das bolhas q" = h (Tsup − Tsat ) água bolhas Elemento de aquecimento q" = h∆Texcesso • envolve propriedades do líquido e do vapor: TL<Tbolha TC da bolha → líquido: condens TL>Tbolha TC da líquido → bolha: cresce bolha e sobe µ, ρ, k, cp •hfg representa a energia absorvida/massa (T,p) •σ σ tensão superficial na interface L-V determina a existência das bolhas (força de atração das moléculas na interface em direção à fase líquida) ↑ T ↓σ σ (é zero no ponto crítico) Ebulição: em função do movimento do fluido aquecimento aquecimento Ebulição: função da temperatura média do fluido (longe da superfície aquecida) água subresfriada água saturadza bolhas aquecimento Ebulição subresfriada aquecimento Ebulição saturada Ebulição em vaso (pool boiling) Curva de ebulição q”ebulição, W/m2 Ebulição em convecção natural Ebulição nucleada Ebulição de transição Ebulição de película Fluxo de calor máximo (crítico), q”max Bolhas entram em colapso no líquido Bolhas sobem para a superfície líquida Ponto de Leidenfrost, q”min EBULIÇÃO NUCLEADA (faixa de A a C) bolhas se formam a uma taxa crescente em pontos de nucleação da superfície aquecida -Faixa AB: bolhas isoladas formadas separando-se da superfície e são dissipadas no líquido. A agitação provocada pelo deslocamento de líquido para a superfície de aquecimento faz h aumentar com o q” -Faixa BC: colunas contínuas de vapor no líquido. Aumenta a temperatura aumenta a taxa de formação de bolhas. >> q” efeito combinado de deslocamento de líquido e da evaporação >> ∆Texc aumenta a taxa de evaporação na superfície. Grande fração da superfície coberta por bolhas, dificultando a chegada do líquido à superfície para mohar a mesma Ponto C Fluxo crítico (CHF) – crise da ebulição Do ponto de vista do projeto de equipamentos a Regime de EN: elevadas taxas de transferência de calor, para para menores ∆Texc aquecimento Ebulição em convecção natural aquecimento Ebulição de transição Ebulição de película Ebulição nucleada aquecimento aquecimento Números adimensionais Métodos e correlações foram desenvolvidos para cada regime de transferência de calor individualmente, tendo como base modelos para os mecanismos específicos em cada um dos regimes. EBULIÇÃO NUCLEADA Em analogia com a convecção forçada turbulenta monofásica, as bolhas promovem o movimento do líquido. (1) O Fluxo de calor (q”) em ebulição nucleada é dado por: g(ρl − ρv cpl (Ts − Tsat ) q" = µl h fg n σ Csf h fg Prl 1/ 2 É válida para superfícies limpas e relativamente lisas 3 Tensão superficial Csf = Constante experimental que depende da combinação superfície-líquido n=expoente do Pr Exemplo: Ebulição nucleada de água em uma panela A água deve ser fervida à pressão atmosférica em uma panela de aço inoxidável polido mecanicamente colocada em cima de uma unidade de aquecimento. A superfície interior da parte inferior da panela é mantida a 108°C. Se o diâmetro da parte inferior da panela é de 30 cm, determinar a) a taxa de transferência de calor para a água, em W, b) a taxa de evaporação da água, em kg/s. g(ρl − ρv cpl (Ts − Tsat ) q" = µl h fg C h Pr n σ sf fg l 1/ 2 & / h fg q=m 3 FLUXO DE CALOR CRÍTICO No projeto de equipamentos de TC em ebulição é extremamente importante ter um conhecimento do fluxo máximo a fim de evitar o perigo da queima. O modelo é baseado em: Exemplo: Transferência de calor máxima em ebulição nucleada A água em um tanque deve ser fervida ao nível do mar por um elemento de aquecimento de aço folheado com níquel de 1 cm de diâmetro equipado com fios de resistência elétrica dentro dele. Determinar o fluxo de calor máximo que pode ser alcançado no regime de ebulição nucleada e a temperatura da superfície do aquecedor. g(ρl − ρv cpl (Ts − Tsat ) q" = µl h fg C h Pr n σ sf fg l 1/ 2 3 Limite inferior para o fluxo de calor A TC por radiação entre a superfície e o líquido aumenta a taxa de evaporação e a espessura da película de vapor e dificulta a TC por convecção Exemplo: Ebulição de película de água em um elemento de aquecimento A água ferve à pressão atmosférica em um elemento de aquecimento horizontal de cobre polido com diâmetro de 5 mm e emissividade de 0,05, imerso em água. Se a temperatura da superfície do fio de aquecimento é de 350°C, determinar a taxa de transferência de calor do fio para a água por sua unidade de comprimento. Ebulição em escoamento •O fluido é forçado a a se mover por uma fonte externa, como uma bomba, enquanto sofre mudança de fase •Exibe efeitos combinados de convecção e ebulição em vaso (movimentação dirigida do fluido e efeitos do empuxo) •Depende da geometria: escoamento interno (dutos) ou externo (placa ou cilindro aquecido) Ebulição em escoamento externo semelhante à ebulição em vaso, mas movimento adicional aumenta muito o fluxo de calor • quanto maior velocidade, maior q” e maior q”max (fluxo crítico) Ex.água: q”cr=35 MW/m2 (ebulição em vaso chega só a 1 mW/m2) Equipamentos de processo operam sob q”<<q”max Ebulição em escoamento interno •Não há superfície livre para o vapor, líquido e vapor escoam juntos •Exibe diferentes regim es de ebulição em função das quantidades relativas de líquido e vapor: Convecção forçada monofásico vapor 1. Líquido subresfriado: conveção forçada Escoamento disperso 2. Formação de bolhas na superfície interna do tubo e são levadas para o núcleo de líquido Escoamento de transição Escoamento anular Título 3. Bolhas crescem e formam pistões de vapor 4. Líquido se limita ao espaço anular entre o núcleo de vapor e as paredes Escoamento a bolhas 5. Pontos secos 6. Gotículas de líquido suspensas no vapor (neblina) e secagem completa Escoamento pistonado Coeficiente de TC, h Convecção forçada monofásico-liquido A ebulição em escoamento interno forçado está associada à formação das bolhas na parede interna aquecida e o crescimento e desprendimento das bolhas é fortemente influenciado pela velocidade de escoamento Se Tparede>Tsat do líquido – ebulição subresfriada (bolhas se formam adjacentes a superfície e líquido subresfriado no núcleo do escoamento) Bolhas presentes na posição radial e X >0 Ebulição em escoamento saturado: X aumenta e devido a diferença de ρliq e ρvap , a um aumenta: 1. escoamento em bolhas (bubbly flow), ↑X; 2. as bolhas coalecem e formam bolsões de vapor (slug flow) e 3. escoamento anular, líquido forma um filme na parede. h varia (aumenta ou diminui) à medida de o X e um aumentam q" = h (Ts − Tsat ) = h∆Texc O <h está presente na segunda região de convecção forçada (vapor), pois kvapor< kliq Nos regimes de bolhas e pistonado tem-se essencialmente ebulição nucleada (EN). No escoamento anular o filme líquido na parede torna-se muito fino e a ebulição nucleada é suprimida. O calor é removido através da evaporação no líquido na interface do filme. O h no filme em escoamento anular pode exceder o dado pela extensão da curva de ebulição em vaso. Para um q” fixo o superaquecimento da parede no fino filme pode tornar-se menor que aquele para a ebulição nucleada plenamente desenvolvida. Para <q” o fluxo crítico ocorre quando o filme líquido seca Para >q” o fluxo crítico ocorre em condições similares à ebulição em vaso (suficiente líquido é disponível da parede ou do núcleo) Correlações Baseadas em superposição de efeitos: Ebulição nucleada (EN) + Ebulição convectiva (EC) Chen (tubo vertical, água, metanol, benzeno,pentano,hexano, heptano, psat: 55 a 3500 kPa, G=500 a 3600 kg/sm2, x=0,01 a 0,71) h TF = h EC + h EN = h LOFo + h bS Ebulição convectiva (EC): hLOFo 1) hLO = Considera que a mistura escoa como líquido no tubo h LO = 0.023 Re LO0.8 Pr 0.3 k l / D 2) F e Fo 1 x = X tt 1 − x 0.9 ρl ρv 0.5 µv µl Se (1/Xtt) <= 0,1 F=1 Se (1/Xtt) > 0,1 F = 2,35(0,213 + 1/ Xtt) 0,736 Re LO = (Gdi / µ l ) 0.1 Fo = F(1 − x)0.8 Ebulição nucleada (EN): hEN=hbS h b = 0,00122 kl 0,79 cpl 0, 45 ρl 0, 49 ∆Texc 0, 24 ∆psat 0,75 σ0,5µ l 0, 29i fg 0,24ρ v 0, 24 ∆Texc = Tsup − Tsat ∆psat é a diferença entre a pressão do vapor do fluido na temperatura da parede e na temperaturea de saturação, ou, ∆psat = ∆Texci fgρ v / Tsat em kPa S fator de supressão de bolhas: Depende da velocidade do escoamento, quanto maior G, menor a espessura da subcamada laminar, inibindo a formação de bolhas, Smax para G →0 (ebulição em vaso) S →0 para elevados G 1 S= 1 + 2,53x10 −6 (ReL F ) 1, 25 1,17 G (1 − x )d i Re L = µl Considera que o líquido da mistura escoa isoladamente no tubo Correlações Empíricas, baseadas em experimentos Shah aplicável aos regimes de ebulição nucleada, convectiva e estratificado. Parâmetros que regem a mudança de fase: - número de ebulição, Bo, correspondente à ebulição nucleada - número de Froude, Fr, parâmetro de Martinelli (Xtt) modificado - número de convecção, Co, referido à ebulição estritamente convectiva Fluidos: água, R-11, R-12, R-22, R-113 e hexano G=100 a 2000 kg/m2s, q”=1,2 a 2000 kW/m2, x=0 a 1, Tsat-5 a 150 °C Tubos verticais e horizontais h TF ψ= hL ou h TF = ψh L Também considerou os dois mecanismos (ebulição nucleada e convectiva), mas considera o maior valor entre as contribuições como sendo o coeficiente bifásico. Fr, Froude: determina os efeitos da estratificação Fr = G 2 /(ρl 2gdi) Co, Convectivo 1 − x Co = x Bo, Ebulição 0,8 ρv ρl q" Bo = Gifg 0,5 Para tubos verticais ou horizontais com: Fr > 0,04 N=Co Fr<0,04 N=0,38 (Fr) -0,3Co ψC = ψ EN 1,8 N E. Convectiva 0,8 E. Nucleada Para N > 1,0 e Bo > 0,0003 ψ EN = 230Bo0,5 Para N > 1,0 e Bo <= 0,0003 ψ EN = 1+ 46Bo0,5 ψSB Para 0,1< N < 1,0 ψSB = FBo0,5 exp(2,74N −0,1 ) Para N < 1,0 ψSB = FBo0,5 exp(2,47 N −0,15 ) F=14,7 para Bo>=0,0011 F=15,43 para Bo<0,0011 ψ é o maior entre ψ C , ψ EN e ψSB
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