Pearl jam - Choco la Design

Transcrição

Pearl jam - Choco la Design
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Radiola
Radiola é um jornal mensal sobre música, apresentando sempre a
programação de shows, letras de músicas e matérias selecionadas de
revistas e sites especializados.
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Jornalista responsável: João Almeida Alves
Editor: Ernesto Silva Santos
Diagramação: Kézia Moura Ortiz
Tiragem desta edição: 1000 exemplares
Pearl jam
Ultraje
a rigor
______
mostra como é
bom estarmos
vivos
albúm: música esquisita
a troco de nada
Pág. 4
Pág. 5
Pág. 1
Há 40 anos, Beatles
chegaram ao fim
mulher
de fases
______
raimundos
Pág. 7
Há 40 anos, Beatles
chegaram ao fim
Considerada a maior banda de todos os tempos, os Beatles se separaram em 10 de abril
de 1970.
O dia 10 de abril pode ser considerado uma péssima data para muitos que têm pelos Beatles o
carinho de fã. Há exatos 40 anos, Paul McCartney anunciou o fim do Fab Four, para que cada
integrante pudesse trilhar outros caminhos, direcionando força e talento a projetos solo.
Confira ao lado capas dos discos dos Beatles
e relembre, em fotos, momentos marcantes
da carreira da banda.
McCartney, John Lennon, Ringo Starr e George
Harrison, por seu trabalho em conjunto, foram
responsáveis por canções de grandiosidade inquestionável, agregando fãs e mais fãs, mesmo
com a passagem de quatro longas décadas provando que quando a música é boa, seu prazo de validade é inexistente.
Em clima de uma efeméride um tanto quanto
triste, a matéria de capa da edição 36 da Rolling
Stone Brasil, publicada em 2009. A reportagem
mostra os bastidores dos últimos dias desta que
é tida como a maior banda de rock de todos os
tempos.
Ano especial
Se em 2010 a homenagem é triste, é possível
dizer que 2009 foi, positivamente, o "ano Beatles". Além dos 40 anos do clássico álbum Abbey Road, todos os discos de estúdio da banda
ganharam, no ano passado, versões remasterizadas - com melhor qualidade de som que a
dos CDs lançados em 1987 -, atingindo o topo
das paradas em vendas. Soma-se a 2009 outro lançamento: o Beatles: Rock Band, a primeira versão do game exclusivamente dedicada a
uma só banda, possibilitando a algumas pessoas a junção de duas paixões: videogames e
Beatles.
algumas dicas para
começar a tocar guitarra
Quando eu vejo os meus filhos brincado no “Guitar Hero”, fingindo ser guitarristas de verdade, sentindo-se em um palco
na frente de milhares de pessoas, é engraçado ver a reação deles com o joystick, em formato da guitarra, e o controle
que eles têm do instrumento. Eles realmente acham que estão tocando.
Apesar de a sensação do jogo ser parecida com a realidade, a distância é brutal. Eu pensei, então, em fazer uma lista
com algumas dicas para quem não sabe nada do instrumento real, mas sabe tudo do instrumento virtual, e quer tocar
guitarra de verdade.
Se você joga “Guitar Hero” e quer ser um rockstar de verdade, segue algumas dicas que você precisa para começar a
tocar este instrumento fantástico, que vai te dar infinitas possibilidades de expressão, ou seja, fazer a sua própria música.
As primeiras cinco dicas eu posto agora, as outras cinco na próxima semana:
1- Procure uma guitarra que satisfaça o seu gosto
musical
A primeira coisa a se fazer é procurar uma guitarra
de verdade, certo? Isto vai depender da música que
você curte, é importante pegar um instrumento que
vai se adequar mais aquilo que você gosta de ouvir.
Hoje, no Brasil, é possível encontrar guitarras de todos os preços, de todos os tipos e marcas. Procure
uma guitarra que não seja tão cara mas que tenha
um bom acabamento e seja equilibrada, que mantenha a afinação. Imite o seu ídolo, vá atrás de uma
guitarra parecida, ou igual, a que ele usa.
2- Use cordas leves no começo
No começo, para os primeiros acordes e solos, é
melhor colocar cordas mais leves na sua guitarra,
as pontas dos dedos ainda não estão calejadas suficientes e as cordas mais leves são menos agressivas aos dedos. Vai ser um processo em que os dedos vão doer mesmo, não tem jeito. Com uma rotina
de estudo adequada e muitos exercícios de escalas
e acordes, os dedos vão ficando mais fortes. Sugiro
as cordas conhecidas como “09”.
3- Teste várias palhetas antes de decidir por uma
A palheta é uma escolha muito pessoal, vai depender muito do estilo de som que você vai fazer e da
maneira como você vai segurá-la: cada um tem um
jeito bem diferente de pegar na palheta. Veja, por
exemplo, guitarristas como Van Halen, Marty Friedman, James Hetfield, George Benson, B.B. King e Keith Richards e observe que cada um tem o seu jeito
de tocar. Ache o mais confortável, teste várias maneiras e crie o seu próprio estilo. Existem dezenas de
possibilidades de espessura, das mais flexíveis até
as mais duras. O tamanho e o formato também variam bastante.
4- Pesquise vários amplificadores
A escolha do amplificador também segue a mesma
linha da escolha da guitarra, faça o som que você
gosta, procure aquela resposta sonora que sempre
sonhou. Há dezenas de modelos disponíveis e você
pode testá-los com calma, pesquisando e aprendendo diferentes combinações entre os graves, agudos,
médios, o gain, os efeitos, etc… Observe também a
praticidade dele, se é muito pesado e de difícil locomoção. Comece procurando um estilo chamado “combo”, que são menores e bastante versáteis.
(Veja o amplificador da Meteoro, MCK 200 ExtremeAndreas Kisser, que leva a minha assinatura)
5- Conheça o instrumento, passe tempo com ele
O próximo passo é conhecer o instrumento, ser
curioso. Passe tempo com ele, mas sem esquecer
das suas responsabilidades com a escola ou trabalho, ache um tempo do dia para ter esta “conversa”
com ele. Coloque as músicas que você gosta e procure as notas do braço da guitarra, observe a relação das posições que você faz com o som emitido.
Procure também um professor, que vai te passar a
parte mais teórica da música, pratique as escalas,
acordes e exercícios com disciplina e curta o instrumento o máximo possível! Brinque também com o
seu amplificador, teste sons mais pesados e distorcidos, sons mais limpos e suaves, sinta a relação das
cordas com o captador, a palheta, enfim, seja curioso, a guitarra tem muito a oferecer.
Na próxima semana eu continuo como as cinco dicas restantes.
Grande abraço, Andreas Kisser
Ultraje a Rigor
Por Tiago Agostini
Álbum Música Esquisita a Troco de Nada
Previsto para Sem previsão de lançamento físico
Com quase 30 anos de carreira, Roger Moreira parece ter cansado
da lógica do mercado e resolveu tocar o Ultraje a Rigor a seu modo.
A banda está gravando um disco a longo prazo, sem data para acabar, lançando pacotes de músicas na internet. “Com o aumento do
acesso à internet e como a nossa fonte de renda continua sendo os
shows, temos liberdade de lançar só três músicas”, conta o vocalista.
Produzido por Roger, Mingau e Flavio Decarolli, esse será o primeiro registro inédito da banda desde 2002, quando saiu Os Invisíveis.
Roger assume a culpa pela demora. “Tive crise de inspiração.” A formação do Acústico MTV, lançado em 2005, foi mantida. “Quebramos
a estética de que a banda precisava ter apenas duas guitarras, baixo
e bateria”, diz Roger, com um ar sossegado. “O objetivo deste disco
não é fazer sucesso. Queremos continuar tocando e nos divertindo.”
mostra como é bom estarmos vivos
Quem acompanha estas mal traçadas linhas
já sabe quem é Monaliza Souza, que fez uma
ótima participação especial em um texto que
escrevi sobre o papel redentor das mulheres na
vida de certos homens.
Pois bem, minha querida amiga enviou um
texto bem legal a respeito da experiência que
ela teve ao assistir a uma apresentação do Pearl
Jam dias atrás na cidade natal dos caras, Seattle (EUA). Por isso, vou dividir com vocês o relato preciso e poético que a Monaliza fez desse
show, que teve ainda como brinde o sempre
ótimo Ben Harper fazendo o show de abertura.
Peguem uma xícara de café ou chá e relaxem
um pouco...
Conta aí, Mona!
“’I’m still alive’. É com esta frase ecoando na
cabeça que centenas de pessoas deixaram o
Key Arena, em Seattle, após uma performance
enlouquecedora do Pearl Jam. A banda está
mais viva do que nunca e encerrar o show com
“Alive” é mais significativo do que parece.
A apresentação de 21 de setembro foi o início
oficial da turnê de Backspacer, o novo álbum da
banda, lançado no dia anterior. Embora já viesse
se apresentando para o público desde agosto,
o grupo escolheu Seattle para tal empreitada.
E deu para entender o motivo: em meio a vizinhos, amigos de infância, colegas de outras bandas, família e fãs, a banda parecia relaxada e
confortável, com Eddie Vedder fazendo brincadeiras do tipo “Estamos um pouco nervosos em
tocar aqui hoje”.
O Pearl Jam entrou no palco tocando “Long
Road” e seguiu misturando canções de todos os
álbuns com músicas novas. O único disco que
não teve qualquer canção incluída no show foi
o Binaural. Ao todo, foram 27 músicas, tocadas
de forma visceral e performática, sendo oito do
mais recente trabalho. Foi até difícil dizer quais
eram as músicas novas e quais eram as antigas, visto que o público cantava em uníssono
todas as canções.
As quase três horas de show tiveram ainda
duas boas participações especiais: o Octava
String Quartet tocou com a banda “Just Breath”
e “The End” no primeiro bis, o que deu um toque
muito emocionante. Já o Syncopated Taint
Horn Quartet tocou de maneira muito vibrante
o único cover da noite, “Real Me”, do The Who.
Bebendo vinho como se fosse água, Vedder foi
crescendo e enlouquecendo ao longo do show,
com uma performance de palco arrasadora. E
ele não foi o único. O guitarrista Mike McCready
E ninguém discorda disso. Quando ele pega o
violão e faz a base para músicas como “Daughter” e “Indifference”, sua grandiosidade fica ainda mais evidente. Jeff Ament e Matt Cameron
formam uma cozinha irretocável, sendo que o
primeiro se alternou entre o baixo elétrico e um
lindo contrabaixo acústico, que deu um toque
sofisticado a canções como ‘Just Breath’. Hoje,
o Pearl Jam é uma mistura explosiva de técnica
e coração.
Mas tendo sido esse o show de abertura da
turnê, houve momentos de altos e baixos. A
performance em “Even Flow” foi confusa e truncada, muito diferente daquela tocada em São
Paulo em 2005, com toda a sua esperada fúria.
A mistura não muito precisa de clássicos, músicas novas e “lados B” também colaborou para
uma sensação de montanha-russa. Nada disso,
porém, tirou o brilho do espetáculo - veja a banda tocando “Amongst the Waves” aqui.
O público respondeu entregando-se de maneira total a todas as canções e aos comentários feitos por Vedder. Ele, alias, é realmente quem
fala pela banda. Mesmo tentando não falar a respeito de política, o vocalista diz em determinado momento que “Se você tem um microfone
na mão, tem que se posicionar”. Ele também
contou que recentemente havia recebido uma
ligação de Chris Novoselic, ex-Nirvana, e sugeriu seu nome para as próximas eleições. Falando em nome da banda, disse que Barack Obama ainda tem muito trabalho pela frente e que
acredita que algo sério está sendo feito a respeito dos conflitos que se arrastam no Oriente
Médio. Para arrematar, disse ainda que concordava com o presidente norte-americano: “Kanye
West é um idiota”, referindo-se ao episódio em
que o rapper tomou das mãos o microfone de
Taylor Swift, que agradecia por seu prêmio no
VMA americano, para dizer que quem merecia
ter vencido era Beyoncé. A platéia riu e aplaudiu.
O último set do show foi iniciado com “Given
to Fly”, com uma lindíssima iluminação de palco e cantada, palavra por palavra, junto com o
publico.
O Pearl Jam mostrou que vive um dos melhores momentos de sua carreira. A maturidade
de seus integrantes como músicos e seres
pensantes atingiu um patamar que não os
deixaram óbvios ou com pouco brilho. Vêse claramente que ainda há uma veia punk
pulsando dentro deles e que ainda que as
canções do disco novo sejam mais líricas e
menos nervosas, elas não são menos complexas. Acima de tudo, é bom poder sair de um
show com a sensação de que continuamos
vivos”.
Por Regis Tadeu, colunista do Yahoo! Brasil
Pearl Jam
também esteve com a sua veia punk ativada e
correu por todo o palco, pulando como se estivesse em uma cama elástica, mexendo com a
platéia e fazendo contato com o público que estava em todos os locais do estádio, mesmo nas
cadeiras mais altas e distantes. Ele se mostrou
livre para solar o quanto quisesse, pois em sua
retaguarda estava Stone Gossard - Vedder fez
questão de dizer, em determinado momento do
show, que o outro guitarrista era realmente um
porto seguro para a banda.
Que mulher ruim
Jogou minhas “coisa” fora
Disse que em sua cama eu não deito mais não
A casa é minha, você que vá embora
Já pra saia da sua mãe e deixa meu colchão
Ela é “pró” na arte de pentelhar e aziar
É campeã do mundo
A raiva era tanta que eu nem reparei que a lua
diminuia
A doida tá me beijando há horas
Disse que se for sem eu não quer viver mais não
Me diz, Deus, o que é que eu faço agora?
Se me olhando desse jeito ela me tem na mão
“Meu filho, aguenta.
Quem mandou você gostar
Dessa mulher de fases?”
Complicada e perfeitinha,
Você me apareceu.
Era tudo que eu queria,
Estrela da sorte.
Quando à noite ela surgia,
Meu bem, você cresceu...
Meu namoro é na folhinha,
Mulher de fases.
Põe fermento, põe as “bomba”
Qualquer coisa que aumente e a deixe bem maior
que o Sol
Pouca gente sabe que, na noite, o frio é quente e
arde e eu acendi
Até sem luz dá pra te enxergar o lençol
fazendo “congo-blue”
É pena, eu sei, amanhã já vai miar... Se aguente,
Que lá vem chumbo quente!
Complicada e perfeitinha,
Você me apareceu.
Era tudo que eu queria,
Estrela da sorte.
Quando à noite ela surgia,
Meu bem você cresceu...
Meu namoro é na folhinha,
Mulher de fases!
Complicada e perfeitinha,
Você me apareceu.
Era tudo que eu queria,
Estrela da sorte.
Quando à noite ela surgia,
Meu bem você cresceu...
Meu namoro é na folhinha
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