A Beleza na História Cultural – do Mundo Clássico ao Proto
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A Beleza na História Cultural – do Mundo Clássico ao Proto
A Beleza na História Cultural – do Mundo Clássico ao Proto-Humanismo (sécs. V a. C. - XV d. C.) Dr. Ricardo da Costa Sidney Silveira Vênus de Milo (c. 200 a. C.) Uta de Naumburg (c. 1260) *** Proponentes: Direção: Prof. Dr. Vicent Martines (Universitat d’Alacant)1 e Ricardo da Costa (UFES)2 Professores: Prof. Dr. Ricardo da Costa. Professor efetivo da UFES e acadêmico correspondente no exterior da Reial Acadèmia de Bones Lletres de Barcelona (Espanha). Sidney Silveira, jornalista, escritor, especialista na obra de Santo Tomás de Aquino e integrante do Instituto Angelicum.3 1 Site: www.ivitra.ua.es Site: www.ricardocosta.com 3 Site: www.institutoangelicum.com.br 2 1 Carga Horária: 90 horas, divididas em aulas de 2:30h, às terças-feiras (das 19h30 às 22h). Cronograma do curso Março 2014: 18, 25 (05h) Abril 2014: 01, 08, 15, 22, 29 (12:30min) Maio 2014: 06, 13, 20, 27 (10h) Julho 2014: 01, 08, 15, 22, 29 (12:30min) Agosto 2014: 05, 12, 19, 26 (10h) Setembro 2014: 02, 09, 16, 23, 30 (12:30min) Outubro 2014: 07, 14, 21, 28 (10h) Novembro 2014: 04, 11, 18, 25 (10h) Dezembro: 02, 09, 16 (7:30min) Metodologia: Na parte histórica, artística e litarária, aulas expositivas com a utilização de data-show para apresentação e análise de material iconográfico relativo aos três recortes temporais (Antiguidade, Idade Média e ProtoHumanismo). O conteúdo basear-se-á em análise histórico-filosófica dos períodos, com estudos de caso selecionados (e que constam da Bibliografia). Como suporte teórico de análise de imagens, utilizaremos os três níveis de compreensão de uma obra de arte propostos por Erwin Panofsky (18921968): a) Primário (o nível mais elementar de entendimento, ou seja, a percepção das formas puras de uma obra); b) Secundário (conhecimento convencional – histórico/cultural – de uma expressão artística); c) Iconológico (conhecimento tanto do contexto histórico quanto técnico e cultural de uma obra). Para os textos literários da Coroa de Aragão, o suporte interpretativo será baseado nas traduções de Ricardo da Costa das obras de Ramon Llull (especialmente o Livro das Maravilhas), Curial e Guelfa e O Sonho. Na parte filosófica, o conteúdo terá como parâmetros aspectos do conceito de beleza em Pitágoras, Platão, Aristóteles, Plotino, Boécio, Santo Agostinho e Pseudo Dionísio Areopagita, todos contemplados à luz das precondições metafísicas para a beleza segundo Santo Tomás de Aquino. Além das obras destes autores indicadas na Bibliografia, o suporte teórico também se baseará no historiador tomista da estética Edgar de Bruyne (18981959), particularmente em duas de suas obras clássicas: História da Estética na Antiguidade Greco-Romana e A Estética na Idade Média. *** 2 Programa das aulas de Ricardo Costa Módulo 1: Sobre artes e artistas – O grande despertar (Grécia, sécs. VII-V a. C.) – O Império do Belo (a Grécia e o mundo grego, sécs. IV a. C. a I d. C.). Módulo 2: Conquistadores do mundo – romanos, budistas, judeus e cristãos (sécs. I a IV d. C.) – Bifurcação de caminhos – Roma e Bizâncio (sécs. V a XIII d. C.) – A Arte Ocidental em fase de assimilação – Europa (sécs. VI a XI). Módulo 3: A Igreja militante (século XII). Estudo de caso: O deambulatório dos anjos: o claustro do mosteiro de Sant Cugat del Vallès (Barcelona) e a vida cotidiana e monástica expressa em seus capitéis (séculos XII-XIII). Módulo 4: A Igreja militante (século XIII). Estudo de caso: A Taula de Sant Miquel do mestre de Soriguerola (Baixa Cerdanha - Catalunha). Módulo 5: Cortesãos e burgueses (o século XIV). Estudo de caso: O Codex Manesse. Módulo 6: As características da Beleza nos clássicos da Coroa de Aragão: Félix ou O Livro das Maravilhas de Ramon Llull, Curial e Guelfa e O Sonho. Os anjos choram a morte de Cristo. A Lamentação de Cristo (detalhe) (c. 1305), de Giotto. Afresco, Capella dell’Arena, Pádua, Itália. *** 3 Ementa: Para apresentar a história do desenvolvimento das expressões artísticas e literárias no Ocidente e na Coroa de Aragão (com seus clássicos literários Félix ou O livro das Maravilhas, Curial e Guelfa e O Sonho), a proposta de nosso curso basear-se-á fundamentalmente no clássico do historiador da arte Ernst Hans Josef Gombrich (1909-1991), A História da Arte, com o enriquecimento bibliográfico de três obras de Erwin Panofsky (1892-1968): Idea: a evolução do conceito de belo (1924), O significado das artes visuais (1939) e Arquitetura gótica e escolástica (1951) e a trilogia de Gina Pischel (História Universal da Arte), além dos trabalhos por nós desenvolvidos e relacionados à literatura da Coroa de Aragão. Ao binômio Gombrich/Panofsky será acrescentado ao conteúdo das aulas meus próprios trabalhos acadêmicos sobre arte medieval, em forma de estudos de caso, além das considerações histórico-metodológicas que Peter Burke (1937- ) desenvolve em seu trabalho Testemunha ocular (2001). Assim, apresentaremos obras artísticas do período selecionado de diferentes naturezas (esculturas, pinturas, afrescos, vitrais, bordados, móveis, miniaturas) para que, ao final do curso, os estudantes adquiram uma noção mais ampla e rica do que foi – e é – o patrimônio cultural e artístico de nossa tradição civilizacional, a ocidental. Da Grécia antiga ao efervescente século XIV. *** Programa das aulas de Sidney Silveira Módulo 1: Os transcendentais e o Belo como atualização intemporal do ser e como fonte para a formação do caráter. Módulo 2: Pitágoras, Platão e Aristóteles: a Beleza como proporção, como Arquétipo e como Ordem – visão crítica. Módulo 3: a) Pseudo Dionísio Areopagita: a Teologia mística da Luz — o Belo maximamente identificado com Deus; b) Plotino: a Beleza como o Reino do Inteligível (Enéada V) Módulo 4: a) Santo Agostinho: a relação biunívoca do mundo com a ordem divina; b) Boécio: ressonâncias pitagóricas; Módulo 5: A Metafísica do Belo em Tomás de Aquino: questões atuais Ementa: Sem beleza não há civilização possível. Para demonstrar isto recorreremos aos sete filósofos que nortearão o curso, apontando aspectos do conceito de Beleza que remontam a Pitágoras e chegam à Idade Média com 4 novos e enriquecidos enfoques. O redicionamento teleológico dado pelo Cristianismo, com a noção de Trindade e a definição dos atributos divinos de uma perspectiva metafísica, fez com que aquilo que hoje se conhece por Estética (nome que a pós-modernidade herdou de Alexander von Baumgarten, porém desprovido de impropriedades semânticas) conhecesse suas mais ricas formulações. Os textos apresentados ao longo do curso mostrarão como a perda de parâmetros metafísicos e a dissociação dos transcendentais Belo e Bom levaram o Ocidente ao declínio do padrão de beleza que Étienne Gilson chama com bastante acerto de “dissolução das formas”. *** Bibliografia Estudos de caso COSTA, Ricardo da, e GRAU-DIECKMANN, Patricia. “El relato del Génesis en el Tapís de la Creació (siglos XI-XII): la transcendencia en la Estética Medieval”.In: LÉRTORA MENDONZA, Celina (et. al.). Filosofía medieval: continuidad y rupturas: XIV Congreso Latinoamericano de Filosofía Medieval - Actas I. Buenos Aires: FEPAI, 2013 (e-Book), p. 463-481. Internet, http://www.ricardocosta.com/artigo/el-relato-del-genesis-en-el-tapis-de-la-creacio-siglos-xixii-la-transcendencia-en-la COSTA, Ricardo da, e DANTAS, Bárbara. “Bondade, Justiça e Verdade. Três virtudes marianas nas Cantigas de Santa Maria e no Livro de Santa Maria, de Ramon Llull”. Internet, http://www.ricardocosta.com/artigo/bondade-justica-e-verdade-tres-virtudes-marianas COSTA, Ricardo da. “A Estética do Corpo na Filosofia e na Arte da Idade Média: texto e imagem”. In: Trans/form/ação, Marília, v. 35, p. 161-178, 2012 Edição Especial. Internet, http://www.ricardocosta.com/artigo/estetica-do-corpo-na-filosofia-e-na-arte-da-idade-media COSTA, Ricardo da. “Ramon Llull (1232-1316) e a Beleza, boa forma natural da ordenação divina”. In: Revista Internacional d'Humanitats. Ano XIII, n. 18, 2010, p. 21-28. Internet, http://www.ricardocosta.com/artigo/ramon-llull-1232-1316-e-beleza-boa-forma-natural-daordenacao-divina COSTA, Ricardo da. “A luz deriva do bem e é imagem da bondade”: a metafísica da luz do Pseudo Dionísio Areopagita na concepção artística do abade Suger de Saint-Denis”. In: Scintilla. Revista de Filosofia e Mística Medieval. Curitiba: Faculdade de Filosofia de São Boaventura (FFSB), Vol. 6 n. 2 jul./dez. 2009, p. 39-52. 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Anais do IV Encontro Internacional de Estudos Medievais IV EIEM. Belo Horizonte: PUC Minas, 2003, p. 266-277. Internet, http://www.ricardocosta.com/pub/manesse.htm 5 COSTA, Ricardo da. “As relações entre a Literatura e a História: a novela de cavalaria Curial e Guelfa”. In: BUTIÑÁ & CORTIJO (eds.). Literatura, Llengua i Cultura de la Corona d'Aragó, volume 1, 2012, p. 84-98. Internet, http://www.ricardocosta.com/artigo/relacoes-entreliteratura-e-historia-novela-de-cavalaria-curial-e-guelfa COSTA, Ricardo da. “Uma jóia medieval no alvorecer do Humanismo: a novela de cavalaria Curial e Guelfa (século XV)”. In: MONGELLI, Lênia Márcia (org.). De cavaleiros e cavalarias. Por terras de Europa e Américas. São Paulo: Humanitas, 2012, p. 539-549. Internet, http://www.ricardocosta.com/artigo/uma-joia-medieval-no-alvorecer-do-humanismo-novelade-cavalaria-curial-e-guelfa-seculo-xv COSTA, Ricardo da. “Os sonhos e a História: Lo somni (1399) de Bernat Metge”. 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A sombria estética do catolicismo pós-conciliar http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2011/06/sombria-estetica-do-catolicismopos.html SILVEIRA, Sidney. Estilhaços do Belo http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2009/01/estilhaos-do-belo.html SILVEIRA, Sidney. Oscar Niemeyer e o êxtase de Narciso http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2012/12/niemeyer-e-o-extase-denarciso.html SILVEIRA, Sidney. A supremacia da estupidez estética — e a derrota da política http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2013/07/a-supremacia-da-estupidezestetica-e.html SILVEIRA, Sidney. A bondade dos distraídos e a maldade na cultura http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2013/10/a-bondade-dos-distraidos-emaldade-na.html SILVEIRA, Sidney. O boçal engajado e a máquina de devorar consciências http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2012/10/o-bocal-engajado-e-maquina-dedevorar.html SILVEIRA, Sidney. A virtude da modéstia http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2011/10/virtude-da-modestia-humildadeno-vestir.html NOUGUÉ, CARLOS. Série “Os fins da arte” http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2008/06/os-fins-da-arte-i.html http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2008/06/os-fins-da-arte-ii.html http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2008/06/os-fins-da-arte-iii.html http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2008/07/os-fins-da-arte-iva.html http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2008/07/os-fins-da-arte-ivb.html http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2008/07/os-fins-da-arte-v.html SILVEIRA, Sidney. A Arte, as potências da alma humana e Deus 6 http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2008/06/arte-as-potncias-da-almahumana-e-deus.html SILVEIRA, Sidney. Fundamento metafísico das virtudes http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2010/11/o-fundamento-metafisico-dasvirtudes.html Obras de referência BURKE, Peter. Testemunha ocular. História e Imagem. Bauru/SP: EDUSC, 2004. 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