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292 revistacaminhoneiro.com.br 1 VOCÊ PRECISA FAZER SUA CARGA CHEGAR. SHELL RIMULA TAMBÉM. Estradas como essas exigem foco, habilidade e paciência. E exigem muito do seu motor, também. Por isso os engenheiros da Shell desenvolveram a linha de lubrificantes para veículos pesados Shell Rimula, que protege o motor mesmo nas estradas mais desafiadoras. Shell Rimula R3 X prolonga a vida útil do seu motor, além de economizar o seu dinheiro reduzindo o desgaste em até 35%*. Quando você tem um prazo a cumprir, você precisa de um lubrificante que não vai decepcioná-lo. TRABALHA TÃO PESADO QUANTO VOCÊ. Shell Rimula *Se comparado com lubrificantes API CG-04 em testes com veículos de carga pesada em estradas. A redução pode variar, pois os cálculos da economia sugerida dependem da aplicação, condições operacionais, atuais produtos em uso, condições dos equipamentos e as práticas de manutenção. O descarte inadequado da embalagem e do óleo usado pode gerar resíduos sólidos e poluir a água e o solo. Entregue-os em um posto de serviço ou ponto de coleta autorizado. Esta ação ajuda a proteger o meio ambiente. 2 revistacaminhoneiro.com.br 292 carta ao leitor DIRETOR: Saulo P. Muniz Furtado [email protected] O maior patrimônio REDAÇÃO: Graziela Potenza (editora) [email protected] Francisco Reis (redator) [email protected] N esta edição, valorizamos o que você tem de mais precioso: a sua saúde. Portanto, selecionamos os seguintes temas: Diabetes, Aids, Tuberculose, Hipertensão, Hepatites B e C e Sífilis. A descoberta de uma doença na sua fase inicial é uma medida cada vez mais valorizada na medicina atual, visto que quanto mais precoce o diagnóstico maior a possibilidade de sua cura. Mesmo que exerça uma profissão que comprometa boa parte do seu tempo, reserve uma data para fazer o seu check-up médico. Faça uma avaliação do seu estilo de vida para verificar como os problemas diários são resolvidos (ambiente de trabalho e familiar) e analise a sua maneira de lidar com o estresse, seus hábitos alimentares, as questões do fumo, álcool. Todos esses itens são fatores de risco para contrair doenças. Aproveite alguns minutos para relaxar. Uma boa dica é ler as matérias dessa edição como, a avaliação do Atron 2325, como está a profissão de caminhoneiro depois da regulamentação da categoria, o novo Iveco Tector que chega ao mercado com inovações e o motor da linha Ecoline que atende o Proconve P7, entrevista com o doutor Dirceu Rodrigues Alves Júnior do Departamento de Medicina Ocupacional da Associação Brasileira da Medicina de Tráfego (Abramet), como se tornar um caminhoneiro profissional, a segunda etapa da 24ª Gincana do Caminhoneiro que aconteceu em Campo Grande, MS e o artigo dando dicas de como cuidar dos pneus de seu caminhão. Tudo isso, para você viajar nas páginas da revista Caminhoneiro, aliviando o seu estresse que afeta o seu bem maior: a sua saúde. EDITOR DE ARTE: Julio Kniss [email protected] Diagramador: Thiago Piffer PUBLICIDADE: Isidro de Nobrega, Elcio Raffani, Gabriela Ely Bedrossian, Rafael Castilho e Rodrigo Cachioni [email protected] PROMOÇÕES: O. Quatrini (gerente), Cristiane Mattos, Ana Paula Anzzelotti, Maurício Marques, Rafael Gouveia, Ronaldo Lourenço, Rosana Simões Domingues e Verônica Barbosa da Silva DEPARTAMENTO DE DISTRIBUIÇÃO: (E ASSINATURAS) Cláudio Alves de Oliveira (gerente) Janaina Samara da Conceição e Ewerton Diego dos Santos [email protected] DEPARTAMENTO DE COMPRAS: Luciana Ito e Liliani Franco DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO: Jorge Moura, Carlos Alberto Pereira e Marcos Antonio Battagiotto Yeda Machado de Melo Wittmann (secretária da diretoria) Boa leitura. IMPRESSÃO E ACABAMENTO: IBEP Gráfica JORNALISTA RESPONSÁVEL: Graziela Potenza (Reg. MTb: nº 16.992) REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO: Rua Fiandeiras, 687/693 – Vila Olímpia São Paulo-SP, CEP 04545-004 Tel.: (11) 3049-1799 Graziela Potenza Editora www.revistacaminhoneiro.com.br CAMINHONEIRO, revista mensal dirigida a caminhoneiros, foi matriculada em 20/02/85 no 5º Registro de Títulos e Documentos de São Paulo. Ela é distribuída gratuitamente em uma rede de postos credenciados pela Tudo em Transporte Editora Ltda., CNPJ 07.052.911/0001-01 e Inscr. Estadual 149.430.506.110. As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados são de seus autores e não necessariamente as mesmas de CAMINHONEIRO. A elaboração de matérias redacionais não tem nenhuma vinculação com a venda de espaços publicitários. Não aceitamos matérias redacionais pagas. Informes publicitários são de responsabilidade das empresas que os veiculam, não tendo escolha de fotos, ilustrações ou definição de estilo e de texto submetidos à Redação da revista. Os anúncios são de responsabilidade das empresas anunciantes. Não temos corretores de assinaturas ou representantes em outros estados ou países. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos, ilustrações, mapas sem a autorização por escrito da Redação (Lei de Direitos Autorais, nº 9610/98). 292 Tiragem desta edição (100 mil exemplares) auditada por PricewaterhouseCoopers, cuja carta-relatório está à disposição dos interessados. Publicação Mensal - nº 292 - Junho de 2012 - Exemplar avulso = R$ 9,00 Assinatura anual = R$ 90,00 - O Grupo TT também edita a revista NT. Publicação filiada à Anatec Apóia o Programa Na Mão Certa revistacaminhoneiro.com.br 3 saÚDE Como se prevenir da Aids 18 20 22 24 26 28 A Diabetes é uma doença traiçoeira Não dê mole às Hepatites B e C A Hipertensão Arterial é silenciosa Sífilis tem cura com o tratamento certo Fique alerta com a Tuberculose Lançamento Profissão 34 44 Como se tornar um caminhoneiro ÍNDICE Detalhes do novo Iveco Tector 30 38 46 Rodamos com o Atron 2324 Cuide dos pneus do caminhão Avaliação regulamentaçÃO A lei referente à profissão de motorista ARTIGO Gincana do Caminhoneiro 54 4 revistacaminhoneiro.com.br 292 Muitas emoções na segunda etapa ENTREVISTA 16 Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior, da Abramet Caravana Tecnologia Balanço do Fest Drive VM Centro de Pesquisa da MB 47 06 08 10 12 53 60 74 82 50 48 RENOVAÇão A nova linha Daily, da Iveco 58 Rompendo o lacre Um país doente NA MÃO certa Preserve o meio ambiente URGENTE Saiba o que acontece no setor Correio Espaço dos nossos leitores Beira de Estrada Zumilde e a casa sobre rodas GALERIA Desenhos dos nossos leitores Mercado Confira os preços Passatempo Divirta-se com jogos Futebol Duas maravilhas do esporte brasileiro 292 revistacaminhoneiro.com.br 5 Rompendo o lacre N Francisco Reis Redator Um país doente Nesta edição estamos falando sobre algumas doenças. Mas sobre a principal, não falamos: “o câncer”. E não me refiro ao câncer físico. Falo do “câncer” enraizado em Brasília, DF, que se alastrou feito metástase pelo Brasil inteiro. Assim como o câncer que nos ataca, o “câncer” de Brasília tem várias mutações. É o “câncer” da falta de vergonha na cara de um senador que liga para um governador prometendo “blindagem”, proteção na CPI. Ou seja, esse governador não seria chamado, como não foi. Tem o câncer do desvio de verba que ataca no Nordeste onde 90% da verba destinada à seca acaba em mãos erradas, provocando mortes e desespero no povo. Mas o pior câncer é o “câncer” da Saúde que desvia verbas, deixa equipamentos caríssimos enferrujarem, remédios que deveriam chegar à população carente perderem a validade por incompetência na distribuição, paga mal aos médicos e, o pior de tudo, não fornece infraestrutura para atender a população. No Hospital Santa Catarina, em Natal, há equipamentos de alta complexidade enferrujando por falta de uso devido à carência de profissionais, enquanto o Governo complementará os gastos em propaganda no valor de R$ 2.597.074,72. No dia 26/05, no mesmo estado, uma criança de um ano e três meses morreu por falta de vaga na UTI, depois de passar sete horas com um respirador manual. Os baixos salários na Saúde levam à morte de inocentes, como as duas crianças que morreram no Distrito Federal, DF, depois de receberem medicação errada. No dia 31, no Hospital de Santa Maria, no DF, morreu um ciclista que aguardava por quatro dias uma vaga na UTI. No dia 3, um bebê faleceu enquanto esperava vaga na UTI no mesmo hospital. Como não tinha UTI, ele seria transferido, mas faltou a ambulância. Quando a ambulância apareceu, faltou o médico para acompanhá-lo. Quando o médico apareceu, faltou a vida para a pobre criança. Pior do que ver essas mortes é ver o responsável pelo hospital dizer em rede nacional que “liminar não abre vaga na UTI”. Este é o pior câncer. O “câncer” do escárnio, da incompetência, da insensatez, da falta de respeito para com os mortos e com seus parentes. E essa barbárie está acontecendo em Brasília, na capital do País, no centro do poder. Presidenta, precisamos cuidar melhor da saúde do seu povo, povo que acreditou na sua competência, povo que está sendo assassinado por incompetentes atrás de escrivaninhas. Presidenta, um dia Ferreira Gullar escreveu: “conto os que morrem de bouba, de tifo, de verminose. Conto os que morrem de dengue hemorrágica, de câncer e de esquistossomose. Mas todos estes pacientes morrem de fato é de fome, quer a chamemos de febre à esclarecer ou de qualquer outro nome”. Seu povo tem fome. Fome de respeito, fome de dignidade e também, fome de comida. 6 revistacaminhoneiro.com.br 292 292 revistacaminhoneiro.com.br 7 Aperte o play Ajude a preservar o meio ambiente Jorge, Um Brasileiro SINOPSE Descrição Duração: 116 minutos Gênero: Drama Direção: Paulo Thiago Ano: 1988 País de origem: Brasil elenco Carlos Alberto Riccelli Glória Pires Dean Stockwell Denise Dumont Sntônio Grassi Roberto Bonfim Jorge é um caminhoneiro que leva a vida atravessando o País. Após uma discussão com sua mulher, Sandra, relembra seus feitos e aventuras pelas estradas com os companheiros de boléia. Mostra ainda a impunidade, os acidentes, as condições das estradas e rodovias. Vivendo o cotidiano estradeiro, relata também o lado sentimental e a saudade de casa que sente ao realizar suas viagens. CURIOSIDADE O maior monster truck do mundo "The Boss Road", o nome do monstro, é um de uma série de Monster Truck, dos Cascadeurs Motor Show. Você já deve ter ouvido falar em aquecimento global, fenômeno que tem feito com que a Terra fique cada vez mais quente. As principais causas são a poluição do ar e o desmatamento das florestas, ações provocadas pelo próprio homem. E todos nós, de um jeito ou de outro, também acabamos sendo afetados por essas e outras agressões contra o meio ambiente. Foi justamente para aumentar a conscientização dos povos sobre a importância da preservação ambiental que, em 1972, a Assembleia Geral das Nações Unidas instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data - celebrada desde então todos os anos no dia 5 de junho - serve para reforçar a necessidade de mudança de nossas atitudes em relação ao uso dos recursos naturais e das questões ambientes. Você, caminhoneiro, também pode fazer a sua parte. Manter sempre seu veículo regulado, para que ele não polua ainda mais o ar, é um bom começo. Se você transporta cargas perigosas, como combustíveis e produtos químicos, convém redobrar a atenção para evitar acidentes no trajeto. Não jogar lixo nem bituca de cigarro na rua ou beira de estrada também ajuda a proteger o meio ambiente e a prevenir queimadas. Aliás, sobre o assunto lixo, em casa ou no trabalho procure sempre separar tudo o que pode ser reciclado, destinando o material aos serviços de coleta seletiva. Você também pode ajudar a preservar a fauna existente no Brasil, denunciando para o Ibama ações suspeitas de tráfico de animais silvestres. A ligação para o número 0800-618080 é gratuita. Por fim, mas não menos importante, seja você também um agente de proteção de crianças e adolescentes nas estradas. Se você se deparar com qualquer situação de exploração sexual, não hesite: ligue 100, de qualquer telefone e denuncie. A ligação também é gratuita e você não precisa se identificar. 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente, mas todos os dias você, caminhoneiro,também pode fazer algo para evitar a degradação ambiental. Outras curiosidades estão no site: www.cowboysdoasfalto.com.br 8 revistacaminhoneiro.com.br 292 Saiba mais em www.namaocerta.org.br. Para falar com o Programa Na Mão Certa, envie um e-mail para [email protected] ou escreva para a Caixa Postal 11.263 - CEP 05422-970 – São Paulo – SP. 292 revistacaminhoneiro.com.br 9 URGENTE Nova linha de volantes para motor A multinacional americana Eaton, fabricante industrial diversificado, lançou sua nova linha de volantes de motor para veículos comerciais. A nova linha de volantes de motor complementa as soluções de embreagens, tornando a solução ainda mais completa. Agora, a Eaton é a única empresa a fornecer a solução integrada de volante de motor e embreagens para veículos comerciais acima de 7 toneladas. “Entendemos nossos clientes e sabemos que uma solução integrada é muito mais conveniente – estamos ouvindo e atendendo nosso mercado”, afirma Ricardo Dantas, diretor de Vendas e Marketing do Grupo Veículo da Eaton. Outra novidade que os visitantes da Autopar conhecerão de perto são as embreagens Eaton recém-lançadas para veículos comerciais leves acima de 7 toneladas. “Com a entrada dos motores eletrônicos no mercado brasileiro, que geram maior vibração torcional, foi necessário reprojetar os discos de embreagens para filtrar essas vibrações e evitar danos na caixa de câmbio de caminhões e ônibus. E é exatamente esse benefício que as embreagens Eaton oferecem, pois o seu amortecimento principal consegue filtrar essas vibrações, geradas pelo motor. Além disso, elas são equipadas com spring cap (capa da mola), que evita a soltura durante o funcionamento da embreagem. Nossa embreagem funciona como um filtro com capacidade de reduzir em até 5 vezes essas vibrações”, explica o gerente de Aftermarket do Grupo Veículo da Eaton na América do Sul, Carlos Dourado. As novas embreagens estão disponíveis nas versões 330mm, 362mm e 395mm, com vida útil até 30% maior comparado à concorrência e preços competitivos, proporcionando a melhor relação custo-benefício para o cliente final. Conecte-se Saúde Na seção Saúde, do site da revista Caminhoneiro, você encontra informações sobre campanhas de órgãos municipais, estaduais e federais que acontecem em unidades de saúde nos quatro cantos do País, além dos atendimentos itinerantes. Fique ligado neste canal para saber das ações de prevenção, vacinação e diagnósticos que ocorrem perto de você. Destaque do mês Este mês, ganhou destaque na nossa seção Eco Transporte, que tem foco em iniciativas de desenvolvimento sustentável das empresas, uma pesquisa que descobriu que a planta dente-de-leão pode ser uma alternativa na produção de pneus. Leia a matéria completa no nosso site. Edições anteriores Você sabia que as últimas edições da revista Caminhoneiro estão disponíveis no nosso site? Lembra de alguma matéria que te interessou? Alguma história que te comoveu? Todas elas estão à sua disposição no nosso endereço. Acesse e confira! Carga Rápida Centauro homenageia Chapekar No dia 12 de maio, Luis Carlos Guimarães, supervisor de Vendas da Centauro e Kazuo Ohashi, gerente de Marketing da empresa, participaram do evento de comemoração dos 20 anos da loja Chapekar, em Vitória da Conquista, BA. A Centauro homenageou os donos da loja com a entrega de uma placa de aço inox, parabenizando a Chapekar pelos seus 20 anos. Eles realizaram uma palestra aos funcionários da loja e aos reparadores convidados para falar mais sobre os produtos Centauro e mostrar os processos de fabricação e armazenagem das peças. 10 revistacaminhoneiro.com.br 292 Por Fausto Bergocce URGENTE Conselho Executivo da MAN O Conselho de Administração da MAN SE nomeou Ulf Berkenhagen para o Conselho Executivo a partir de 1º de setembro de 2012, e Jochen Schumm a partir de 1º de julho de 2012. Berkenhagen, atualmente no Conselho de Administração da Audi AG, assumirá a recém-criada posição de diretor de Compras na MAN SE e sua subsidiária MAN Truck & Bus AG. Jochen Schumm, anteriormente representante Geral para Recursos Humanos na Volkswagen Veículos Comerciais, será agora responsável por recursos humanos no Conselho Executivo da MAN SE e Conselho Executivo da MAN Truck & Bus AG. O diretor de Recursos Humanos, Jörg Schwitalla, deixa o Conselho Executivo da MAN SE, e assumirá agora um papel consultivo dentro do Grupo Volkswagen. O Conselho de Administração da MAN SE já tinha prorrogado o contrato do diretor Financeiro, Frank H. Lutz, em 20 de Abril de 2012, por mais cinco anos, até 31 de dezembro de 2017. O Dr. Georg Pachta-Reyhofen, CEO da MAN SE, irá assumir deveres adicionais como membro da Administração do Grupo Volkswagen, numa posição em que coordenará o negócio industrial com motores em todo o Grupo. Pachta-Reyhofen mudará para o Conselho de Administração da subsidiária da MAN, MAN Truck & Bus AG a partir de 1º de setembro de 2012, e portanto passará adiante sua posição nesse Conselho Executivo. O Conselho de Administração nomeou Anders Nielsen como o sucessor para o papel de CEO na MAN Truck & Bus AG a partir de 1º de setembro de 2012. O sueco de 49 anos está atualmente no Conselho Executivo da Scania AB, sendo responsável pela produção e logística. Sob a presidência de Rupert Stadler, diretor Geral da Audi AG, Leif Östling – futuro membro do Conselho de Administração da Volkswagen AG, responsável pelas atividades de veículos comerciais – passará a fazer parte do Conselho de Administração da MAN Truck & Bus AG. Corrigindo Na edição nº 291, na seção Urgente, na nota “Empresas Randon farão expansão” a foto certa é a que segue abaixo: Petrobras bate recorde A Petrobras alcançou, no dia 7 de junho, recorde de produção em suas refinarias no Brasil, o que contribui para reduzir as importações de derivados. Foram processados 2.029.021 barris/dia de petróleo, superando o recorde anterior de 2.020.200 barris/dia de petróleo, alcançado em 3/7/2010. Para obter essa marca, buscou-se a máxima eficiência operacional, aproveitando-se todas as oportunidades para aumentar a carga processada, dentro dos limites dos equipamentos e sistemas das refinarias. Foram respeitadas todas as diretrizes de confiabilidade operacional das instalações e os princípios de Segurança, Meio Ambiente e Saúde que norteiam as ações da companhia. Destaca-se, ainda, como um dos aspectos importantes, que esse resultado foi alcançado com a atuação integrada das áreas de Refino e Logística da Petrobras. Energia solar em rastreamento Algumas empresas de logística possuem várias carretas com cargas e os cavalos que levam essas mercadorias são de motoristas autônomos ou terceirizados. Com isso, a empresa não consegue localizar a carga. Foi pensando nesse problema que a Log2BR, empresa do Grupo Policard, criou um equipamento de rastreamento alimentado pela energia solar. Normalmente esses equipamentos ficam instalados no cavalo e é alimentado pela bateria do veículo. Já na carreta não há fonte de energia e, por isso, a carga não é monitorada quando há troca de cavalos. Segundo o sócio Administrador da Log2BR, Flávio Freitas, o produto foi desenvolvido a partir da necessidade de uma empresa específica, mas que logo se percebeu que seria muito útil para todos. “A empresa transporta cargas para o Amazonas, as carretas ficam em balsas e eles precisavam acompanhar de perto o destino da mercadoria. Criamos a solução e hoje notamos que o setor realmente precisa dessa alternativa”, afirma Flávio Freitas. O aparelho tem autonomia de 150 horas sem energia solar. O contratante recebe informações via e-mail caso aconteça qualquer eventualidade, como, bateria desconectada, engate e desengate. O acesso é totalmente seguro, via internet, com informações atualizadas em tempo real. 292 revistacaminhoneiro.com.br 11 estaria mais contente. Deixo uma pergunta no ar: com essa falta de profissionais que nossa categoria esta passando, não é hora de reivindicarmos nossos direitos? Carlos André Muniz [email protected] - Um sonho Solicito com muita humildade e dignidade que contatem uma transportadora desta região, para que eu possa ir vivenciando o dia a dia, seja como ajudante ou qualquer serviço, pois pretendo brevemente pilotar a mais linda carreta. Viajei 20 anos por todo o Brasil. Só pretendo ressaltar que estou me habilitando na categoria “D”, para posterior categoria “E”. Sou divorciado e tenho três filhos bem encaminhados e independentes. Portanto, ofereço total disponibilidade para trechos longos e muita responsabilidade. Antonio E. Ferreira Martins São Paulo, SP A empresa interessada em dar uma chance ao Antonio Eduardo entre em contato via e-mail [email protected] 8 Iniciativa Olá. Sou coordenador do resgate da SP-304 rodovia Luís de Queiroz. Ela corta a região de Americana, ligando Americana a Piracicaba, uma rodovia que já está em sétimo lugar no ranking das rodovias que mais matam. Sou enfermeiro aposentado e estou criando uma equipe multidisciplinar para aten- 12 der nossa região, tipo Anjos do Asfalto. Paulo Pereira de Oliveira Americana - SP Parabéns pela iniciativa. Esperamos que você tenha encontrado apoio. - Indignação Boa tarde! Tento entender o que acontece com o nosso País e com o nosso transporte, pois já faz muito tempo que sofremos com o aumento de combustível, pedágios, estradas ruins e nada de aumento em nossos fretes. Quando comecei (com caminhão) na carreira de condutor profissional, fazíamos a viagem com 30% do frete e o restante era lucro, hoje em dia ficou ao contrário, fazemos a viagem com 70% e o restante é de onde temos que tirar a manutenção do bruto e mantermos as nossas famílias com alimentação, educação, saúde, conforto, enfim, tudo o que um pai de família quer para seus filhos, o melhor. Hoje a cobrança é muito maior por parte das empresas, em relação à velocidade, horário de trabalho, mas não vejo nenhum resultado financeiro, creio que se pelo menos as empresas contratantes fizessem o reembolso por esses serviços, nossa classe revistacaminhoneiro.com.br 292 - Cara metade Gostaria de encontrar alguém que fosse companheiro, amável e fiel para relacionamento. Os interessados me liguem! Meu telefone: (19) 3841 - 2738. Valdenele Andrade Mogi Guaçu – SP - Drogas Sou inspetor de rotas da empresa e instrutor. Sempre abordo o assunto referente ao uso de drogas. Quando saiu a reportagem abordando esse tema, foi muito boa à repercussão aqui na empresa. Estão todos de parabéns. Edval José dos Santos São Paulo – SP Obrigado, continuaremos abordando assuntos que acrescente algo mais à categoria. São José Rio Preto. Quando pego a BR-153, em Marília o desespero começa até a divisa com Minas Gerais. A estrada está cheia de buracos, só que é pedagiada. Na verdade, só pagamos as pinturas e o corte de árvores à beira da estrada. Próximo à cidade de Promissão, tem um buraco em uma ponte, correndo o risco de até tombar o caminhão. Será que não tem fiscalização sobre as concessionárias? Silvio Luiz Woiciechowski Ponta Grossa – PR - Agregado Gostaria de saber como adquirir meu primeiro caminhão. Sou motorista e trabalho registrado, mas queria atuar por conta própria. Eu tenho que tentar agregar em algum lugar para conseguir uma carta para financiar o caminhão. Carlos Rogério [email protected] Prezado leitor, na revista Caminhoneiro nº 289, página 50, publicamos matéria explicando os detalhes para se tornar um agregado. Acesse a matéria consultando o nosso site www. revistacaminhoneiro.com.br - Tacógrafo - Buracos Trabalho com caminhão. Faço a rota Ponta Grossa/ Tome cuidado! No terminal de cargas de São Paulo estão roubando tacógrafo. Infelizmente isso aconteceu no caminhão do meu pai. Cuidado e boa viagem. Simonides Júnior São Paulo - SP 292 revistacaminhoneiro.com.br 13 Faça revisões em seu veículo regularmente PARTICIPE DA COMPETIÇÃO MAIS TRADICIONAL DAS ESTRADAS Na Gincana, caminhoneiro que é bom de braço leva pra casa um caminhão Volkswagen 0 km. Busque sua classificação nas etapas e boa sorte! www.gincanadocaminhoneiro.com.br Imagens Ilustrativas. 1º Lugar 2º e 3º Lugares Notebook Caminhão Volkswagen Constellation 14 revistacaminhoneiro.com.br Inscrições gratuitas 292 1ª ETAPA - Caminhoneiros classificados - Posto São Cristóvão - Fortaleza, CE 1º lugar: Fernando Sakai, Bauru, SP • 2º lugar: Francisco Danillo S. Ferreira, Fortaleza, CE • 3º lugar: Wilson Luis Gabardo, Colombo, PR 2ª ETAPA - Caminhoneiros classificados - Posto Caravagio - Campo Grande, MS 1º lugar: Célio Soczek, Araucária, PR • 2º lugar: André Luiz Cruzeiro, Uberlândia, MG • 3º lugar: Valdiclei Prestes, Colombo, PR 3ª ETAPA - 22 a 24 de junho - Auto Posto São Jorge - Vitória da Conquista, BA (Rod. BR 116, km 804) 4ª ETAPA - 17 a 19 de agosto - Posto Gasparin - Foz do Iguaçu, PR (Rod. BR 277, km 720) 5ª ETAPA - 05 a 07 de autubro - Posto D`Angelis - Montes Claros, MG (Rod. BR 251, km 9,8) 6ª ETAPA - 22 a 24 de novembro - Posto Pará Vip - Ananindeua, PA (Rod. BR 316, km 08) FINAL - 25 de novembro - Posto Pará Vip - Ananindeua, PA (Rod. BR 316, km 08) Patrocínio: Apoio: Uma marca da MAN Latin America Realização: 292 revistacaminhoneiro.com.br 15 ENTREVISTA Carga preciosa Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior, chefe do Departamento de Medicina de Tráfego Ocupacional e diretor de Comunicação da Associação Brasileira da Medicina de Tráfego (Abramet), fala sobre a saúde do caminhoneiro brasileiro. Texto: Graziela Potenza Fotos: Roberto Silva 16 revistacaminhoneiro.com.br 292 “A saúde é o maior bem que podemos ter, portanto preservá-la é essencial ”. Revista Caminhoneiro - Qual é a sua opinião sobre o motorista profissional? Dr. Dirceu Rodrigues Alves Júnior - O motorista é um profissional que desenvolve atividade que classificamos como penosa em função dos riscos físico, químico, ergonômico, biológico e de acidentes a que é submetido. Se não bastasse, é ainda submetido ao estresse físico, mental e social. Tudo isso nos leva a considerar o gerente de unidade móvel (motorista) um indivíduo que dá mais do que é possível, chegando a um limite máximo de exaustão com agentes extremamente nocivos ao seu organismo. Caminhoneiro - O caminhoneiro brasileiro está cuidando melhor de sua saúde? Dr. Dirceu Alves - Não, o trabalho nômade, cada dia numa cidade, o impede de agendar consultas e exames, principalmente, quando não há um vínculo empregatício. Os vinculados a empresas são obrigados a realizarem os exames periódicos e têm um controle do médico do trabalho na empresa. Caminhoneiro - Considerando a sua experiência mundial, qual é o caminhoneiro que tem sua saúde “em dia”? Por quê? Dr. Dirceu Alves - A condição econômica dessa atividade é precária, fica aí o primeiro motivo para insistirem no trabalho com objetivo de aumentar rendimentos esquecendo-se do seu bem maior que é a saúde. O nível cultural de preservação do seu bem-estar físico, mental e social é colocado em segundo plano. Nos países desenvolvidos há preocupação do homem, do empresário e do governo em zelar pela saúde do seu trabalhador que é considerado o patrimônio maior do país. Por aqui ainda estamos longe desse apoio para aqueles que transportam a riqueza do País. Caminhoneiro - Quais as doenças que afetam mais essa categoria de profissionais? Por quê? Dr. Dirceu Alves - Pela exposição aos fatores de risco que já citei, doenças poderão surgir a curto, médio ou longo prazos. Tudo dependerá de doenças pré-existentes, tempo de exposição, sensibilidade individual, hábitos, postura e outros fatores. Três doenças clínicas são comuns de encontrarmos nos caminhoneiros: obesidade, Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. O sedentarismo e hábitos não corretos contribuem para o agravamento. Caminhoneiro - Quais são as dicas para preservar a saúde dos caminhoneiros? Dr. Dirceu Alves - Atividade física, manter um bom condicionamento físico é essencial para se evitar as doenças articulares, neuromusculares, degenerativas impostas pelo trabalho repetitivo e pelos fatores citados. Uma dieta balanceada, fugindo dos condimentos, frituras e gorduras. Hábitos como fumar, beber, uso de medicamentos sem orientação médica devem ser evitados. Para os que já são portadores de doenças, manter controle ambulatorial e seguir as recomendações do médico. Caminhoneiro - Como as tecnologias, que estão nos caminhões, ajudam a preservar a saúde dos caminhoneiros? Dr. Dirceu Alves - A maior parte das tecnologias introduzidas no veículo, como celular, iphone, ipad, tablet, computador, GPS, televisão, toca CD e outros, são contra indicados para quem está na direção de um veículo. Constituem o quarto fator de risco para a ocorrência de acidentes. São agentes que levam as desatenções se forem usados em hora errada. Caminhoneiro - O estresse físico e emocional, quais os estragos que ele faz no organismo da pessoa? Dr. Dirceu Alves - O estresse físico leva a exaustão e ocorre em decorrência de jornadas longas, mau condicionamento físico, trabalho repetitivo e outros. Causando, como já falei danos articulares e neuromusculares. O estresse emocional ocorre em função da possibilidade de um acidente, de ser assaltado, de ter o veículo e a carga roubados, de ser sequestrado. Caminhoneiro - Como o doutor vê a regulamentação da profissão de motorista? Dr. Dirceu Alves - Era uma necessidade que se arrastou por anos. Hoje, com ela já consolidada, vemos que as jornadas de trabalho continuam extensas e porque dizemos isso; diante de tantos riscos que passam pela insalubridade, periculosidade, chegando ao nosso foco à penosidade e comparando com outros tipos de trabalhos vemos que se torna injusto haver imposição de doze ou treze horas de trabalho. Não se pensou na qualidade de vida do profissional e tão pouco nas doenças que pode adquirir pela maior exposição. Sabemos que com quatro horas na direção veicular o homem tem lapsos de atenção, com oito horas ocorre déficit de atenção, que é um dos fatores essenciais na direção veicular. Nessas condições a possibilidade de acidente é duas vezes maior. Caminhoneiro - Qual é uma rotina saudável para esse profissional? Dr. Dirceu Alves - Dormir oito horas imediatamente antes de iniciar o trabalho. Reduzir a jornada de trabalho. Optar pela alimentação saudável, evitando gorduras. O profissional deve também manter o seu bom condicionamento físico. Ele deve fazer periodicamente exame médico, pelo menos a cada ano. Ter a carteira de vacinas atualizada, lembrando-se dos cuidados com as doenças endêmicas existentes nos locais por onde transita. Outros lembretes importantes são tomar a vacina contra a febre amarela e buscar permanentemente a melhor qualidade de vida. s 292 revistacaminhoneiro.com.br 17 SAÚDE Texto: Francisco Reis l Fotos: divulgação Aids não tem rosto Já foi o tempo no qual os portadores do vírus HIV eram identificados pelo rosto e pelo tipo físico, tamanha era a degeneração que a doença causava. Hoje, isso não acontece mais. A ids é a abreviação da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida pelo contato com o vírus HIV. A síndrome é a junção de várias doenças em uma só. O vírus ataca o sistema imunológico das pessoas até torná-lo muito frágil. Isso pode ocorrer durante oito anos, período no qual o portador não desenvolve a doença, mas pode transmitir o vírus. Depois de oito anos, as doenças oportunistas atacam causando um problema pulmonar, cardíaco, cerebral, toxoplasmose, etc. O vírus HIV estava no cérebro de macacos africanos. Uma tribo comeu esses cérebros contraindo e disseminando a doença pelo mundo. “As pessoas ainda têm medo da doença e do tratamento porque o AZT, primeiro medicamento contra a Aids, não era eficaz sozinho, causando mais efeitos adversos do que benéficos”, explica Joselita Maria de Magalhães Caraciolo, médica infectologista assistente da Gerência de Assistência Integral à Saúde, do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS-SP, da Secretaria de Saúde de São Paulo (CRT). “E essa imagem de quem tem Aids vai morrer 18 ficou difundida na população. Outro problema é achar que o tratamento é caro, o que é errado”. Doença estigmatiza Quando a Aids surgiu, ficou com a fama de “praga gay”, o que foi ruim porque as pessoas fora desse grupo se julgavam imunes e não é verdade. Por outro lado, pois a comunidade homossexual é muito organizada, foi atrás de seus direitos e conseguiu assistência. A Aids é transmitida basicamente por duas maneiras: relações sexuais e sangue contaminado (troca de seringas no uso de drogas). Nas relações sexuais, a transmissão ocorre através dos líquidos corpóreos, mesmo antes da ejaculação. Beijo, masturbação e tomar água no mesmo copo não transmitem. Sexo oral pode transmitir, por isso, use o preserva- revistacaminhoneiro.com.br tivo desde o início, pois os líquidos lubrificantes também contêm o HIV. Mas se você foi teimoso e não usou preservativo, ou “azarado” e o preservativo furou, não há motivo de pânico. O primeiro passo é fazer um exame de sangue. No caso de um resultado negativo (não está contaminado) é melhor, depois de três meses da última relação, refazê-lo. Até esse período o vírus pode não aparecer (mas você já pode ter transmitido). Feito o exame, diante de um resultado positivo, não se desespere. O mundo não vai acabar. “O AZT ficou mais barato devido à quebra de patente e ao maior número de empresas produzindo”, diz Joselita Caraciolo. “Além disso, temos outros remédios e exames, muito mais eficientes, que continuam caros, mas o Governo fornece para todos gratuitamente. Ninguém vai morrer de Aids por falta de medicamento e o tratamento pode ser concentrado em três comprimidos diários em dose única e com efeitos colaterais reduzidos o que permite uma vida normal e com longa expectativa de vida”. Para os caminhoneiros é possível agendar visitas médicas a cada três ou quatro meses, ele pega os remédios que utilizará nesse período e deve apenas ter o cuidado de levá-los na viagem, tendo uma vida normal. Existe a opção de procurar os postos de saúde que estão espalhados pelo País. E há uma esperança. Timothy Ray Brown, está sendo considerado o primeiro paciente a ser curado da Aids, depois de passar por um transplante de células-tronco. s por duas maneiras: A Aids é transmitida basicamente ado in relações sexuais e sangue contam 292 BOM MESMO É VOLTAR PARA CASA IA N TO OS-FREE ST revistacaminhoneiro.com.br M IA SE A NTO M AM SI N Respeite a sinalização de trânsito.292 ASB E A n d e s e g u r o , a n d e c o m Fr a s - l e . 19 SAÚDE Texto: Graziela Pontenza l Fotos: divulgação A vilã diabetes Ela não é nem um pouco doce quando mal administrada, podendo causar grandes estragos ao organismo da pessoa. A Diabetes Mellitus é uma doença metabólica caracterizada por um aumento anormal de açúcar ou glicose no sangue. A glicose é a principal fonte de energia do organismo, porém, quando em excesso, no estágio inicial, pode trazer várias complicações à saúde como o aumento de sono e problemas de cansaço. Quando a diabete não é tratada adequadamente, podem ocorrer complicações como ataque cardíaco, derrame cerebral, insuficiência renal, problemas na visão, amputação do pé, perna, braço e lesões de difícil cicatrização, dentre outras. A ausência total ou parcial de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, que reduz o nível de açúcar (glicose) no sangue, interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura). A Diabetes pode ser do tipo 1 onde o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependen- 20 te, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina. Na do tipo 2 as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade. A Diabetes gestacional ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocada pelo aumento excessivo do peso da mãe. Existe ainda a Diabetes associada a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc. Então fique atento aos seguintes sintomas: poliúria (a pessoa urina bastante), polidpsia (sente muita sede), aumento do apetite, alterações visuais, impotência sexual, infecções fúngicas na pele e nas unhas, feridas, especialmente nos membros inferiores, que demoram a cicatrizar e distúrbios cardíacos e renais. Alguns fatores de risco podem desencadear essa doença tais como, obesidade, hereditariedade, falta de atividade física regular, hipertensão, níveis altos de colesterol e triglicérides, medicamentos, como revistacaminhoneiro.com.br 292 Mais um cigarro? Para os fumantes o ideal é parar de fumar já que o fumo provoca estreitamento das artérias e veias. Como a Diabetes compromete a circulação nos pequenos vasos sanguíneos (retina e rins) e nos grandes vasos (coração e cérebro), fumar pode acelerar o processo e o aparecimento de complicações. O diagnóstico precoce é o primeiro passo para o êxito do tratamento. os à base de cortisona, idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II) e estresse emocional. O tratamento da Diabetes exige, além do acompanhamento médico especializado, o endocrinologista, e o ideal é também ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar como exemplo uma nutricionista. Os exercícios físicos também ajudam a controlar o nível de açúcar no sangue. s A DAFENDSOTAPELODSAPOESTCOSONDOOBrMasIAil rO Test-Drive do Volvo VM treinamento de motoristas CALENDÁRIO 2012 1A etapa - 20 a 23 de março 7a etapa - 15 a 18 de maio 13a etapa - 23 a 26 de julho 2A etapa - 27 a 30 de março 8a etapa - 22 a 25 de maio 14A etapa - 31 de julho a 03 de agosto Posto Buffon - Passo Fundo, RS Rod. BR 285 - km 301- Antigo 181 Posto Squizatto - Caxias do Sul, RS Rod. RST 453 - km 71 3a etapa - 09 a 12 de abril Auto Posto Xanxerê - Xanxerê, SC Rod. BR 282 - km 500 4a etapa - 17 a 20 de abril Posto Rudnik - Joinville, SC Rod. BR 101 - km 25 5a etapa - 24 a 27 de abril Posto D.L Nichele & Cia Fazenda Rio Grande, PR Av. Das Américas, 1931 6A etapa - 07 a 10 de maio Posto Castelo - São Carlos, SP Rod. Washington Luiz - km 222 Posto São Paulo 400 II Presidente Prudente, SP Av. Joaquim Constantino, 460 Posto Pichilau - João Pessoa, PB Rod. BR 101 - km 02 Norte - No 631 Posto Frei Damião - Juazeiro, BA Rod. Lomanto Jr - BR 407 - km 06 15a etapa - 14 a 17 de AGOSTO 9a etapa - 29 de maio a 01 de junho Posto Servsul - Pouso Alegre, MG Rod. Fernão Dias - km 870 a 10 etapa - 19 a 22 de junho Posto Farol - Guarulhos, SP Rod. Pres. Dutra - km 208 + 620 M 16A etapa - 28 a 31 de agosto Posto Aparecidão Aparecida de Goiânia, GO Rod. BR 153 - km 129 Posto União Cachoeiro de Itapemirim, ES Rod. Safra Cachoeiro - km 06 17a etapa - 11 a 14 de setembro 11a etapa - 26 a 29 de junho Posto 10 Imigrantes - Cuiabá, MT Rod. Imigrantes - km 01 Posto Rural - Seropédica, RJ Rod. BR 465 - km 42 ( sentido RJ - SP ) 12a etapa - 16 a 19 de julho Auto Posto Cupinzão - Londrina, PR Rod. Celso Garcia Cid, 83 - (PR 445) Posto São Cristóvão - Fortaleza, CE Rod. BR 116 - km 15 VOLVO TRUCKS. DRIVING PROGRESS www.volvo.com.br 292 revistacaminhoneiro.com.br 21 SAÚDE Texto: Graziela Pontenza l Fotos: divulgação Hepatites B e C O diagnóstico e o tratamento precoces podem evitar a evolução das hepatites para a cirrose ou câncer de fígado. O fígado é uma grande usina de força. É ele que transforma os alimentos que comemos e bebemos em energia para o corpo. O frango, o arroz, a batata, tudo se transforma em energia depois de passar pelo fígado. O mais interessante é que além de produzir energia, o fígado também percebe quando é preciso gastar e quando e preciso economizar essa energia. Se o fígado está funcionando direito, ficamos com mais disposição para trabalhar e energia para se divertir. Se tiver algum problema, ficamos cansados, sonolentos, sem força de vontade. A hepatite é uma inflamação do fígado e pode ser causada por um vírus ou por alguma reação do corpo a substâncias como álcool ou remédios. No caso da Hepatite B, na maioria das vezes, pode levar anos até aparecer o primeiro sintoma. Muitas vezes a cura ocorre com o tempo, sem tratamento. Mas 22 em algumas pessoas a doença fica escondida e causa sérios problemas no fígado. Neste caso, a pessoa pode infectar outra sem saber. A Hepatite C é parecida com a Hepatite B. A diferença entre as duas, é que a cura da Hepatite C é muito mais complicada. O correto é procurar um médico. Os primeiros sintomas da Hepatite lembram o de uma gripe forte. A pessoa se sente cansada, meio tonta, com vontade de vomitar. Algumas pessoas têm febre. Dor na região do fígado também é outro sintoma comum. O corpo pode ficar amarelado, principalmente os olhos, a urina escura e as fezes brancas. É preciso estar atento porque nem sempre aparecem sintomas. Muitas pessoas pegam o vírus das Hepatite B e C e demoram anos para perceber que estão com algum problema. Só com exames de sangue detalhados é possível saber se a pessoa está ou não contaminada. Para evitar as hepatites B e C, não com- revistacaminhoneiro.com.br 292 partilhe agulhas e seringas no uso de drogas injetáveis. Exija material esterilizado ou descartável em serviços de Saúde, nos salões de beleza, lojas de tatuagem e piercings. Use sempre camisinha nas relações sexuais. A mãe com Hepatite pode passar para o bebê que está na barriga. Ainda não existe vacina contra a Hepatite C. A vacina contra a Hepatite B está disponível nos postos de saúde para crianças, adolescentes menores de 20 anos, profissionais de saúde, manicures e pedicures, usuários de drogas, hemofílicos, profissionais do sexo, pacientes que fazem hemodiálise, portadores do vírus da Hepatite C, portadores do HIV, portadores de DST, gestantes, caminhoneiros, bombeiros policiais, dentre outros. O teste é um direito seu assegurado pelo SUS. Procure uma unidade de saúde. s Fontes: Ministério da Saúde e Secretaria Municipal de Saúde de Rondonópolis. 292 revistacaminhoneiro.com.br 23 SAÚDE Texto: Francisco Reis l Fotos: divulgação assassina invisível Lutar contra algo que se vê, que apresenta sintomas, é simples. O problema é combater uma doença que mata sem dar aviso. A hipertensão arterial, mais conhecida como pressão alta, é uma das doenças com maior incidência no mundo. E por incrível que pareça, ainda não tem cura, apenas tratamento que permite ao seu portador uma vida normal, desde que tome alguns cuidados bem simples e a medicação recomendada. A falta de sintomas pode fazer com que o paciente esqueça de tomar o seu medicamento, o que leva a um grande número de complicações. “Normalmente, um paciente com pressão igual ou superior a 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio), ou 14/9, é diagnosticado como hipertenso”, explica a Dra. Paula Fernandes, cardiologista da MedCor. “E essa hipertensão deixa as pessoas mais sujeitas a sofrerem com falhas no coração, nos rins e até no cérebro”. A principal causa da pressão alta é a hereditariedade, porém, um pai com dois filhos pode passar para um, para os dois, 24 ou não passar. Além da hereditariedade, fatores como a obesidade, sedentarismo, alcoolismo, fumo e estresse podem desencadear a doença. “Uma pessoa que não tem hipertensão na família, mas não se cuida”, alerta a Dra. Fernandes, “pode contrair a doença ao longo do tempo. Uma pessoa que come demais, muita gordura, não pratica nenhuma atividade física e ainda por cima fuma, aumenta em muito suas chances de ser hipertenso”. Como a doença não avisa, é bom medir a pressão com uma certa frequência, no mínimo, uma vez a cada seis meses. Para isso existem o esfigmomanônetro, aquele aparelho colocado no braço, inflado e uma pessoa fica escutando as batidas do coração. Também existem os esfigmomanômetros eletrônicos. Depois dessa aferição, caso o resultado não seja bom, igual ou acima de 14 por 9, você deve procurar um médico para que ele analise a sua situação, seu mo- revistacaminhoneiro.com.br 292 do de vida, hábitos alimentares e se você é realmente um hipertenso, ou apenas aquela medição deu alteração. “A pressão alta provoca alterações nos vasos sanguíneos e na musculatura do coração”, alerta a Dra. Paula Fernandes. “E dependendo do local onde essas alterações ocorram, podem causa problemas no rim, nos olhos, doenças cardíacas, Acidente Vascular Cerebral (AVC) infarto do miocárdio e até morte súbita”. Por isso, siga os dez mandamentos para não ter hipertensão, mesmo rodando o dia inteiro pelas estradas do Brasil. Mantenha o peso ideal; pratique atividades físicas regulares; reduza o sal; evite bebidas alcoólicas; tenha uma dieta saudável com muitas frutas, verduras e legumes; não deixe de tomar os remédios; o tabaco, em conjunto às outras substâncias tóxicas do cigarro, eleva a pressão imediatamente; controle o estresse; faça avaliações regulares e meça sua pressão uma vez a cada seis meses. s 292 revistacaminhoneiro.com.br 25 SAÚDE Texto: Graziela Pontenza l Fotos: divulgação A Sífilis tem cura Infelizmente, a Sífilis é uma doença que está voltando com intensidade no mundo atual. E la é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST), transmitida, principalmente, nas relações sexuais sem proteção, ou seja, sem utilizar camisinha. Causada por uma bactéria chamada Treponema pallidum, se manifesta por meio de sintomas diversos, como feridas nos órgãos sexuais e manchas nas palmas das mãos e pés, mas também pode permanecer silenciosa. Existem pessoas infectadas com sífilis que não têm sintomas por anos, mas, ainda assim, estão sob o risco de complicações posteriores se não forem tratadas. Embora pareça que a transmissão ocorra por intermédio de pessoas com feridas que estão no estágio primário ou secundário, muitas vezes essas feridas são ignoradas. Aí é que mora o perigo já que muitas vezes a transmissão se dá através de pessoas que não sabem que estão infectadas. O estágio primário da Sífilis é geralmente marcado pelo surgimento de uma úni- 26 ca ferida (chamada de cancro), mas também pode haver feridas múltiplas. O período de tempo entre a contração da infecção e os primeiros sintomas pode variar de 10 a 90 dias (a média é de 21 dias). O cancro é geralmente firme, redondo, pequeno e sem dor. Ele aparece no local onde a Sífilis entrou no corpo. O cancro dura de três a seis semanas e cura sem tratamento. Porém, se o tratamento correto não for administrado, a infecção progride para o estágio secundário. O estágio secundário é caracterizado por erupções na pele e lesões na membrana mucosa. Esse estágio tipicamente começa com erupções em uma ou mais áreas do corpo. As erupções geralmente não causam coceira e podem aparecer enquanto o cancro está sarando ou várias semanas depois. Algumas vezes as erupções do estágio secundário são tão leves que não são notadas. Além das erupções, os sintomas do estágio secundário da sífilis podem incluir febre, dor na garganta, dor de cabeça, perda de peso, dores musculares e fadiga. Os sintomas do estágio secundário da sífilis sumirão com ou sem tratamento. Porém, sem tratamento, a infecção progredirá para o estágio latente mais avançado O estágio latente da Sífilis começa quando os sintomas secundários desaparecem. Sem tratamento, a pessoa continuará a ter Sífilis ainda que não apresente sintomas. A Sífilis tem cura e o tratamento é de acordo com o estágio da doença. Para fazer o diagnóstico, por meio de teste de sangue, procure um serviço de saúde ou um Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) mais próximo de sua casa. s através de pessoas em alguns casos a transmissão se dá as. que não sabem que estão infectad revistacaminhoneiro.com.br 292 PROCURA-SE: O MELHOR MOTORISTA DE CAMINHÃO DO BRASIL. A busca pelo melhor motorista começou. Inscreva-se se estiver preparado para enfrentar esse desafio. A competição Melhor Motorista de Caminhão do Brasil chega à sua quarta edição e está aberta a todos os profissionais habilitados na categoria “E”. Faça a sua inscrição e prove que você é o melhor quando o assunto é condução segura e eficaz. Você ainda concorre a prêmios e treinamentos promovidos pela Scania e seus parceiros. Inscrições nas Casas Scania, nos postos credenciados ou no site, até 26 de julho de 2012. Informações: www.melhormotorista.com.br ou 0800 772 9822 Faça revisões em seu veículo regularmente. Patrocínio: 292 revistacaminhoneiro.com.br 27 SAÚDE Texto: Graziela Pontenza l Fotos: divulgação A perigosa Tuberculose 100% eficaz, O tratamento à base de antibióticos é no entanto, não pode haver abandono. T osse, febre vespertina (geralmente à tarde), perda de apetite, emagrecimento, suor noturno, cansaço fácil, dor no peito e escarro com sangue. Esses são os sintomas que uma pessoa pode sentir quando está com tuberculose. Ela é uma doença infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges (membranas que envolvem o cérebro). Ela pode ser causada pela Mycobacterium tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK), as principais, ou ainda pela Mycobacterium bovis, africanum e microti. A cura leva seis meses, mas muitas vezes o paciente não recebe o devido esclarecimento e acaba desistindo do tratamento antes do tempo. Para evitar o abandono do tratamento é importante que o paciente seja acompanhado por equipes de médicos, enfermeiros, assistentes sociais e visitadores devidamente preparados. 28 A tuberculose pode passar de uma pessoa para outra por intermédio de tosse, espirro ou escarro da pessoa doente. Os exames para identificar a tuberculose são clínico, de escarro, prova turbeculínia (PPD) e raio-X de tórax. Para não passar a doença para outra pessoa, proteja a boca com lenço ou papel, ao tossir ou espirrar. Não cuspa ou escarre no chão. Coloque ao sol travesseiros, cobertores e colchões. Ventile bem o quarto de dormir da casa e evite aglomerações de pessoas em ambiente fechado e sem ventilação. Mensalmente, a pessoa que tem tuber- revistacaminhoneiro.com.br culose, deve comparecer ao posto de saúde para fazer exames e receber os medicamentos. Todos os dias tome os remédios como o médico prescreveu. Faça isso sempre à mesma hora durante o tempo recomendado: isso é fundamental para a cura. Nunca abandone o tratamento antes da alta médica. Evite fumo e bebidas alcoólicas. Saiba que quem tem essa doença e se trata sem interrupção fica curado em seis meses. Abandonar o tratamento antes de estar curado é muito perigoso. s Fontes: Ministério da Saúde e Secretaria da Saúde do Paraná. tra pessoa, Para não passar a doença para ou l, proteja a boca com lenço ou pape ao tossir ou espirrar 292 292 revistacaminhoneiro.com.br 29 REGULAMENTAÇÃO Difíci Texto: Francisco Reis l Fotos: divulgação / Roberto Silva imp D epois de muito tempo tramitando pelos corredores de Brasília, DF, empresários, sindicalistas e caminhoneiros comemoraram a aprovação da Lei nº 12.619, que regulamenta a profissão de motorista. Mas para uma lei ter efeito, precisa ser conhecida, ter estrutura para que os atingidos por ela possam cumpri-la, ter mecanismos de fiscalização e punições, caso contrário será brevemente esquecida. A lei 12.619 é desconhecida pelos caminhoneiros. “Não li como é a regulamentação, não sei como vai funcionar, mas o pessoal disse que já está funcionando, mas eu ainda não sei não”, afirmou César Di Domênico, 44 anos, 20 anos de caminhoneiro, que veio dirigindo um Scania 124, frigorífico, trazendo carne, de Rio Branco, AC, até São Paulo, um percurso de 3.500 quilômetros. Saiu da empresa na quinta-feira (31/5) e chegou ao seu destino na segunda-feira (03/06). Saiu às 17 horas e rodou até às 24 horas. Acordou as seis e tocou até as 22 horas do dia seguinte, só parando para almoçar e abastecer. Quando informado que ele teria que parar a cada quatro horas e descansar 30 minutos, disse que tem seu próprio esquema. “Paro a cada três ho- 30 revistacaminhoneiro.com.br 292 cil e não são praticadas. No Brasil, existem leis qu enta a profissão de Infelizmente, a lei que regulam motorista pode não pegar. Não se continuar como está. plantação ras para esticar as pernas, ir ao banheiro e é claro almoçar. Sempre durmo uma hora depois do almoço”. Parar 11 horas entre uma pegada e outra não tem jeito. “Não preciso de 11 horas de descanso e as transportadoras não irão aceitar”. Se o caminhoneiro prefere sua própria rotina, como a Lei será implantada? Quem irá fiscalizar? O controle da jornada de trabalho será feito pelo empregador, tanto para motorista empregado quanto para o autônomo e poderá ser feito através de anotação em diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo e ainda pelo tacógrafo. Para o autônomo, o artigo 67-C afirma que o motorista profissional é responsável por controlar o tempo de condução estipulado no artigo 67-A e responderá pela não observância dos períodos de descanso estabelecidos, ficando sujeito às penalidades daí decorrentes. O não cumprimento da jornada estabelecida pela lei implica em uma infração grave, cuja penalidade é a multa no valor de R$ 127,69, cinco pontos na CNH e, como medida administrativa, retenção do veículo para cumprimento do tempo de descanso aplicável. Motoristas e transportadoras deverão controlar a jornada de trabalho, porém, em caso de infração se- rá o motorista que pagará a multa. “Mas se eu for cumprir os horários, não conseguirei chegar ao meu destino como a transportadora quer”, afirma um caminhoneiro que preferiu não se identificar. “Se acelerar, terei que pagar multa. Assim fica difícil”. Flávio Benatti, presidente da Associação Nacional das Transportadoras & Logística, NTC&Logística, procura tranquilizar os caminhoneiros. “Todos precisam se adaptar”, diz Benatti. “A lei traz vantagens para os motoristas e para as transportadoras, mas principalmente para toda a sociedade. O principal objetivo da limitação de horário é a segurança do motorista e de todos os que trafegam pelas rodovias do País. Com certeza as empresas irão rever suas tabelas de horários para cobrar prazos possíveis de serem cumpridos dentro da lei”. do Paraná, é mais otimista e tem uma boa sugestão. “Com a regulamentação, as empresas poderão, por exemplo, trabalhar em dupla em regime de revezamento. Em viagens nas quais antes só iria um motorista, agora irão dois para cumprir a jornada correta”. O receio de César Di Domênico de receber uma carga com um horário impossível de se cumprir pela nova legislação não deve se concretizar. “A transportadora deve estar ciente das paradas de descanso para que a Lei seja cumprida”, afirma Santos. “O motorista deverá cumprir a sua jornada de trabalho de acordo com a Lei. Se não cum- Novas vagas Perguntado sobre a possibilidade de essa nova lei acabar estimulando novas contratações, Flávio Benatti afirmou que é uma questão que só as empresas podem afirmar, mas acredita que haverá sim uma maior procura dos jovens pela profissão. Epitácio Antonio dos Santos, presidente da Fetropar, Federação dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário 292 Flávio Benatti: “lei traz vantagens para os motoristas”. revistacaminhoneiro.com.br 31 REGULAMENTAÇÃO César Di Domenico: “mais estacionamentos”. prir, será penalizado e a transportadora poderá ser punida de acordo com o artigo 310 do CTB e pelo Ministério do Trabalho e Emprego”. A NTC trabalha para que este tipo de situação não ocorra, pois a partir desta nova lei, tanto as empresas transportadoras como os motoristas precisarão se adaptar com seus prazos e metas para agir dentro da Lei. “O indicado em caso de tempo curto para longas distâncias, é que se trabalhe com dois motoristas, para que possam cumprir o horário diário estabelecido assim como seus intervalos de descanso”, afirma Flávio Benatti. “Desde que cumpra o ponto que estabelece que o motorista profissional que trabalha em regime de revezamento deve ter repouso mínimo diário de 6 horas consecutivas fora do veículo em alojamento externo, ou na cabine com o veículo parado”. Onde descansar? A Lei 12.619 manda que os motoristas parem a cada quatro horas e descansem 30 minutos. Essa mesma lei, em seu artigo 10º, vetado pelos Ministérios da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão e dos Transportes previa que as concessionárias construíssem estacionamentos para que a lei pudesse ser cumprida. A explicação para o veto foi a de que “a proposta acarretaria novas obrigações aos concessionários de rodo- 32 revistacaminhoneiro.com.br vias, o que poderia ensejar o reequilíbrio dos contratos e o consequente aumento de tarifas cobradas nos pedágios. Ademais, a utilização do regime de parcerias público-privadas deve limitar-se a projetos que exijam recursos vultosos e contratos de longo prazo, os quais permitam a amortização dos valores investidos”. Para o presidente da Fetropar, essa decisão é lamentável. “Trabalhadores, empregadores, Ministério Público do Trabalho e Congresso Nacional chegaram a um acordo desta envergadura que trará economia ao Ministério da Saúde (SUS) com o menor atendimento aos acidentados, Ministério da Previdência com o auxílio acidentário ou invalidez, ou ainda, com pensões por morte, pelas excessivas jornadas de trabalho praticadas por esses profissionais, e vem os Ministérios da Fazenda, do Planejamento, Orçamento e Gestão, e dos Transportes negarem a sua contrapartida”, lamenta Epitácio dos Santos. “Sancionam esta Lei que dá dignidade a esses trabalhadores e humanização no trânsito, e por questões econômicas pergunto, aonde esses profissionais terão local apropriado para o merecido repouso?” César Di Domênico tem a resposta. “Às vezes eu me esforço um pouco mais para chegar a um posto que dê abrigo, mas muitas vezes, paro na estrada, no acostamento. O Brasil não tem estrutura para comportar todos os caminhões”, reclama. “Na Régis Bittencourt, depois das 18 horas, você não tem onde parar, a menos que abasteça o caminhão. Vou ter que parar em Curitiba? Um amigo tentou parar em três postos e acabou parando no acostamento e foi assaltado. Até quando isso acontecerá?”. Saiu de Campo Grande, MS, dirigindo um VW Constellation 24.250 rumo a São Paulo, transportando carne. Ao chegar ao destino, foi informado que cinco caixas estavam sem vácuo e deveriam ser repaletizadas. Chegou a um ponto de apoio do frigorífico na sexta-feira. Permanecia no mesmo local até terça-feira a espera de liberação. Nesse tempo, ficou com o caminhão parado na porta do frigorífico, sem nenhuma segurança e estrutura. Pior do que ele, era a situação de um caminhoneiro que estava esperando a vez de descarregar em um moinho. “Estamos em três caminhões estacionados em local proibido, arriscados a sermos multados, há três dias sem tomar banho e fazendo necessidades só Deus sabe onde”, reclama sem dar o nome. “Somos seres humanos, trabalhadores, profissionais e merecemos respeito”, diz enquanto faz carne moída para comer com pão e seu amigo de viagem faz o café, na cozinha do caminhão. “Eu sabia da regulamentação da profissão, mas não com profundidade”, afirmou Thiago Paixão. “Por enquanto não mudou nada na minha vida. Mas eu acho que tem que haver fiscalização pesada, pois se existe a lei, é para ser cumprida. Tem que ter uma fiscalização com um número suficiente de pessoas, caso contrário, a lei será esquecida”. s Falta tudo Tiago Paixão é a esperança de continuação da categoria. Com 23 anos de idade, já está na estrada há dois anos. Mas se continuar passando as dificuldades que tem passado, dificilmente continuará. 292 Tiago Paixão: “se é lei, tem que ser cumprida”. 292 revistacaminhoneiro.com.br 33 LANçAMENTO Texto: Francisco Reis l Fotos: divulgação Forte e macio A reformulação de um produto começa muito antes dele chegar ao mercado. Até este ponto, uma equipe de profissionais altamente qualificados procura entender o mercado, observa o movimento da concorrênica, as mudanças das leis e a tendência do transporte. “Realizamos pesquisas com centenas de clientes da Iveco e de outras marcas, clínicas comparativas, pesquisas em postos e a partir dessas informações desenvolvemos o produto para atender as expectativas do cliente, com produtos que ele precisa e espera”, afirmou Cristiane Nunes, gerente da Gama de Pesados e Semipesados da Iveco. Ela tem uma grande responsabilidade, pois os semipesados já representam 30% de todas as vendas de caminhões no Brasil, ou seja, de cada três caminhões vendidos, um é semipesado. Devido ao sucesso do Iveco Tector, a plataforma foi mantida e ganhou mais torque, mais potência e mais comodidade para o motorista. O veículo recebeu uma transmissão mais fácil e confortável de utilizar. “O Iveco Tector era o semipesado mais moderno, mas nossa meta era superar todos os padrões”, explicou Cristiane Nunes. “Agora temos a cabine leito e teto alto, espaço interno maior e muito conforto. A suspensão da cabine foi melhorada tornando-a mais macia e isolada das imperfeições do solo. O painel de instrumentos é mais bonito e o novo interior da cabine juntou beleza, comodidade e praticidade transformando o espaço em um verdadeiro escritório, permitindo que o motorista trabalhe com mais conforto”. Como o setor de semipesados é muito pulverizado em termos de utilização, o novo Tector oferece uma grande variedade de entreeixos, além de opções de eixo traseiro que é importante. 34 revistacaminhoneiro.com.br 292 Além disso, ganhou uma versão com um custo/benefício ainda mais atraente, o Iveco Tector Attack, que tem interior menos sofisticado, com parachoque preto, mas mantendo o conforto nas cabines curta e leito. Não tem a opção de teto alto. Foram mais de dois anos de trabalho, que resultaram em 41 versões, três tipos de tração, quatro diferentes distâncias de entreeixos, três versões da cabine, curta, leito e a leito com teto alto, potências de 220 e 280 cavalos e três opções de transmissão com 6, 9 e 10 velodcidades. Aperfeiçoamento Não foi apenas a emissão de poluentes que foi reduzida, atendendo aos índices do Proconve P7, o consumo de combustível também caiu em cerca de 5%. O novo motor de 280 cv, oferece o torque máximo de 950 Nm em uma Espaço amplo para o motorista e os passageiros. faixa que vai de 1250 a 1950 rpm. Foram adotados óleos sintéticos no motor, transmissão e eixo dianteiro. Com isso, o caminhoneiro terá que parar menos vezes. Isso porque a troca do óleo do motor que era feita aos 40 mil quilômetros, agora passou para 60 mil. O da transmissão, antes trocado com 120 mil, agora pode rodar 800 mil quilômetros. Para o eixo dianteiro, a troca de óleo subiu de 120 mil quilômetros para 480 mil. A regulagem pneumática do banco do motorista é de sé- rie. A cama no modelo leito é uma das maiores do segmento. Para facilitar a vida do motorista, há vários porta-objetos espalhados na cabine. Debaixo da mesa há um espaço de bagagem que pode ser alcançada pelas escotilhas. A cabine leito oferece ainda ar-condicionado, vidros verdes elétricos. “O Tector mudou todo seu interior com painel de instrumento novo, alta qualidade de acabamento, melhor ergonomia e posição do motorista. É o mesmo modelo que está rodando na Europa”, afirma Cristiane Nunes. “O banco mudou e tem ajuste lombar para evitar dor nas costas. Os tecidos dos bancos ganharam novos padrões e as cores do interior teto alto é a grande novidade”. O desenvolvimento do projeto do novo Tector é o maior projeto realizado pela Iveco fora da Europa. “A nova geração Ecoline envolveu dois anos de trabalho e representa os melhores caminhões produzidos no Brasil”, afirmou Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. “Nada é impossível quando se trabalha com foco e com uma equipe integrada.” Mazzu alerta que com esta nova geração Ecoline, está surgindo uma nova fase: “uma Iveco mais madura e mais forte, com uma equipe afinada, mais competitiva com produtos de superior qualidade e atendimento além do que nossos clientes precisam e uma rede unida pensando no melhor para todos”. A Iveco aproveitou a troca dos motores por modelos menos poluentes para deixar ainda melhor o Tector, que tem obtido grande sucesso entre os caminhoneiros e frotistas. 292 revistacaminhoneiro.com.br 35 LANçAMENTO Diversidade Um dos modelos é o Iveco Tector 6x2, para 23 toneladas de PBT, com nova opção de cabine leito teto alto, suspensão de cabine mais macia, um novo painel de instrumentos e ar-condicionado de série, entre outros itens de bem-estar. Em mais de 60% dos casos, o motorista do semipesado 6x2 é o próprio dono do caminhão, que espera por mais conforto para enfrentar as muitas horas do transporte rodoviário de médias e longas distâncias, típicas desse tipo de veículo. Com 65% das vendas do segmento dos semipesados, os modelos 6x2 também precisam de força e baixo consumo de combustível e, assim, o modelo tem novo motor de 280 cv com ampla curva de torque e opção de uma transmissão de nove marchas com engate tipo “H sobreposto”, mais suaves, e que oferece até 5% de economia sobre o modelo anterior. Já com os semipesados 4x2, para 17 toneladas de PBT, a estratégia da Iveco foi diferente. Com 20% das vendas entre os semipesados, o veículo 4x2 é predominantemente usado em entregas urbanas e interurbanas de curta distância. São modelos mais simples, que atendem o cliente sensível ao fator custo/benefício, como frotistas, órgãos públicos e pequenos comerciantes. Para este nicho, a Iveco traz novos modelos de entrada, chamados Tector Attack, que são robustos, porém despojados e agressivamente posicionados em termos de preço de venda ao público. A nova geração de semipesados Iveco Tector e Iveco Tec- Banco com ajuste pneumático. 36 Cama garante um bom conforto à noite. tor Attack pode ser configurada em 41 versões diferentes, a partir de três tipos de cabine (curta, leito e a nova versão leito teto alto), potentes e econômicos motores Iveco FPT de 218 cv e 280 cv, três opções de transmissão (de 6, 9 velocidades e 10 velocidades), três tipos de tração (4x2, 6x2 e 6x4) e quatro distâncias entreeixos. Há, ainda, uma versão cavalo-mecânico, 4x2, para serviços especiais, que pode ser comprada por encomenda. Quando lançou a primeira geração do Tector, em 2008, a marca detinha cerca de 3% de participação nessa categoria; em 2011, fechou com 7,4%. Com a nova geração Tector, a Iveco espera acelerar essa tendência de crescimento. “Nossa meta é crescer, no mínimo, um ponto percentual por ano nos semipesados”, antecipa Alcides Cavalcanti, diretor Comercial da Iveco. A expectativa positiva da empresa também se baseia no fato de que o novo modelo é derivado de um dos mais bem-sucedidos caminhões da história da Iveco no mundo. Chamado Eurocargo, ele é o terceiro modelo no ranking dos semipesados europeus, com market share de 21% (um em cada quatro semipesados vendidos na Europa é um Iveco). Lançado em 1991, e quatro gerações depois, cerca de 500 mil Eurocargos já foram comercializados em mais de 160 países. Outro modelo, o Iveco Tector Stradale ressalta uma característica inerente ao Iveco Tector: externamente, o modelo mantém-se imbatível em personalidade, modernidade e bom gosto. “Nesta nova geração, especificamos o tanque de alumínio de 400 litros para todas as versões, o que deu um brilho a mais no visual do caminhão”, explica Cristiane Nunes. “O tanque de alumínio é um dos grandes desejos de todos os motoristas e assim decidimos adotá-lo como de série também na versão Attack”, conta ela. s Vidros e regulagem de espelhos elétricos. revistacaminhoneiro.com.br 292 Interior com muitos porta-objetos. 292 revistacaminhoneiro.com.br 37 AVALIAçÃO Texto: Francisco Reis l Fotos: Roberto Silva Uma linha E ainda melhor A linha “tradicional” da Mercedes-Benz, cujo maior representante era o modelo L 1620, ganhou nome, novos motores e visual e oferece muito conforto. 38 revistacaminhoneiro.com.br 292 m 1996, a Mercedes-Benz lançou o modelo L 1620, que ficou famoso pelo apelido de “Bicudo”, por ter a cabine avançada e o motor na frente do motorista. Equipado com o motor Mercedes-Benz OM 906 LA, seis cilindros em linha turbinado, desenvolvia 231 cavalos de potência a 2.200 rpm e podia levar 16.450 kg de carga útil máxima e 23.000 kg de peso bruto total combinado. Outras características apontadas por seus compradores eram a robustez, força, baixa manutenção, economia e segurança. Neste ponto, uma lenda acabou tornando-se “quase verdade”. Os motoristas que dirigem o L 1620, dizem que ele é mais seguro. Que em caso de acidente frontal, por ter o motor na frente, oferece maior segurança. “Essa afirmação não tem nenhum fundamento, é apenas uma lenda”, afirma Marcelo Liboni, engenheiro de Marketing Caminhões da Mercedes-Benz. “Os modelos ‘cara chatas’ são tão seguros quanto os de cabine avançada como o L 1620. Os ônibus também têm alto índice de segurança e têm o motorista bem à frente”. Seja pelos motivos que forem, o “bicudo” L 1620 tornou-se um sucesso de vendas. Até abril deste ano, foram comercializados 91.449 unidades. Mas sempre é possível melhorar um produto líder de vendas. Surge o Atron Todas as linhas de caminhões Mercedes-Benz têm um nome, menos a “Tradicional”, que agora passou a se chamar Atron. O carro-chefe da nova linha é o semipesado 2324 6x2 (sucessor do L 1620), acompanhado do médio 1319 4x2 e dos pesados 2729 6x4 e do cavalo-mecânico 1635 4x2. O Atron chega equipado com a linha de motores 926, em substituição ao antigo 906. “O 926 oferece maior potência (238 cv a 2.200 rpm) e torque (86,7 mkgf a 1.200 rpm), e maior durabilidade por trabalhar mais ‘folgado’ que o modelo anterior”, explica Liboni. O motor atual é mais potente, tem maior velocidade média, maior aceleração pelo aumento do torque, melhor retomada da velocidade, mas o grande benefício é o Blue Tech 5 que permitiu melhorar a eficiência da queima, obedecendo a legislação Proconve P7. “Quando você tem um motor que precisa atender à legislação, acaba cortando alguns detalhes como torque, potência e isso reduz a eficiência. Agora, como agimos na saída do escape, não precisamos ‘estrangular’ o motor e ainda conseguimos aumentar a queima. O NOx aumentou, mas em contrapartida utilizamos a tecnologia SCR para reduzir as emissões”, explica Liboni. A tecnologia SCR tem apresentado melhor eficiência para controlar o NOx. A tecnologia EGR dá melhor resultado em motor de alta redução, nas de baixa, a SCR tem melhor resultado com o pós-tratamento. Além da redução do consumo de combustível, esse motor aumenta o intervalo entre as trocas de óleo, pois a queima suja menos o lubrificante. O sistema de tratamento de emissão de gás é muito simples, basta abastecer com o Arla 32 e trocar o filtro de papel a cada dois anos. A recomendação é para que não se use diesel S500 (500 partes de enxofre por milhão). Se deve usar sempre o S50, porém, em uma emergência, é admissível usar o S500, desde que esse não seja o combustível constante, o que acabaria danificando o motor a longo prazo. Existe uma válvula chamada OBD que gerencia o sistema. Quando ela percebe que a emissão está acima do padrão, ela avisa o motorista e se a poluição não baixar, a OBD corta a potência para obrigar o motorista a resolver o problema, seja com diesel limpo, ou abastecendo o reservatório de Arla. com os vidros fechados. O motor gira macio e silencioso. Moita até parece o pai da criança de tão orgulhoso que está ao volante e não poupa elogios. “A diferença do Atron para o L 1620 é muito grande, é do dia para noite. Mais potência, mais silencioso, mais torque”, compara Moita colocando o Atron em movimento. Na arrancada, o caminhão mostra toda sua força e em pouco tempo está em quarta marcha. Ao pressionar o acelerador mais forte, o Atron responde bem, mas com sua experiência, Moita alerta que não é necessário acelerar assim, o que só serve para aumentar o consumo. E assim, o teste se transforma em uma grande aula de direção econômica. O motor permite uma atuação tranquila, sem necessidade de tirar a reduzida, indo direto até a sexta marcha (12ª com reduzida). Em um trecho, o Atron estava em quinta marcha, a 1.800 giros. Só para demonstrar, Moita colocou a sexta. Os giros caíram para as 1.400 rpm, a velocidade continuou a mesma, apenas o consumo aumentou. Em um trecho em declive, Moita tirou o pé do acelerador, com um simples toque ligou o freio motor, Top brake, e desceu um bom trecho sem gastar nada de combustível, além de o freio de serviço se manter frio, o que permitiria uma frenagem de emergência com segurança e eficiência. Utilizando o freio motor, todo o conjunto parece estar Amplo espaço na cabine e bancos aconchegantes. Na estrada Nada melhor para conhecer um caminhão, do que uma boa estrada e um motorista experiente. João Moita, técnico em Demonstração, trabalha há mais de 30 anos na Mercedes-Benz e me levou para um “passeio” de 100 quilômetros pelo rodoanel. Depois de dar uma volta em torno do Atron 2324 e observar a nova cabine, com pequenos spoilers no paralama e a saída do escapamento em aço inox, no meio do veículo, entrei na cabine que possui três lugares. A sensação de conforto e aconchego ficou ainda maior O motor 926 LA oferece potência de 238 cv @ 2.200 rpm. 292 revistacaminhoneiro.com.br 39 AVALIAçÃO Painel completo, boa visibilidade . Na estrada o Atron rendeu bem. Boas retomadas, conforto e muito silêncio na cabine. “mais na mão”. O caminhão trafega sem sobressalto. Ao desligá-lo, parece que o conjunto não está tão unido, passa a sensação de estar mais solto. Tomando conta da situação, Moita aciona o Top brake, espera acabar a descida e assume controle mantendo a rotação do motor sempre dentro da faixa verde do conta-giros, localizado no centro do painel que tem uma ampla visão. De volta à fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, SP, Moita faz os cálculos. Em 1h45m de teste pelo rodoanel, o Atron 2324 percorreu 109 quilômetros, consumiu 17,4 litros de diesel (6,3 km/l) e um litro de Arla 32. É claro que a experiência ajuda, mas um bom treinamento é o caminho para extrair tudo o que o caminhão oferece. “Se o motorista souber usar o câmbio e o conta-giros, poderá economizar muito”, garante Moita. “Por isso é importante que o patrão treine seus funcionários”. Na linha de frente Mas não adianta nada ter bons produtos se eles não chegarem às mãos dos clientes em potencial. Para isso a Mercedes-Benz adotou uma política de pulverização levando seus modelos a locais onde pudessem ser vistos pelo maior número de pessoas. “O projeto Ceasa é muito importante por estarmos junto com os clientes”, afirma Tânia Silvestri, diretora de Vendas e Marketing Caminhões da Mercedes-Benz. “É a segunda vez em um Ceasa onde demonstramos o Acello, o Atego e o Atron e sua cabine ‘bicu- o grande benefício é o Blue Tech 5 que permitiu melhorar a eficiência da queima, obedecendo a legislação Proconve P7. 40 revistacaminhoneiro.com.br 292 da’, mais a tecnologia BlueTec 5 que são os grandes atrativos para esses modelos”. Esta apresentação aconteceu no Ceasa Maracanaú, em Fortaleza, CE, tendo ocorrido antes no Ceasa de São Paulo. Apenas entre os meses de março e abril, foram realizados 386 eventos de apresentação de produtos. “Nós trazemos clientes para ver o caminhão, e fazer test drive”, explica Tânia Silvestri. “É a forma mais correta de mostrar todas as vantagens que o produto tem no ambiente que ele atua. Além disso, estamos colocando 1.000 caminhões nas concessionárias da rede para que o cliente possa conhecê-los e fazer os test drive, os quais chamamos truck test”. E a Mercedes-Benz mostrou que além de produtos de qualidade, não ficará esperando pelos compradores. Além de fazer o truck test, a empresa está levando o presidente e o vice-presidente para visitar as concessionárias. A ideia é mostrar que juntos, com o pensamento voltado para o mesmo objetivo, será possível ter um bom ano, mesmo com a expectativa de queda de 15% nas vendas de caminhões neste ano. s 292 revistacaminhoneiro.com.br 41 42 revistacaminhoneiro.com.br 292 292 revistacaminhoneiro.com.br 43 PROFISSÃO Texto: Graziela Potenza l Foto: divulgação Como surgem os bons profissionais Leis que apóiam a categoria, bons salários, ser tratado com respeito e dignidade são alguns quesitos que podem incentivar jovens a serem caminhoneiros. B ons motoristas profissionais de caminhão estão em falta no Brasil. A profissão, que antes passava de pai para filho, vem perdendo essa tradição. “Hoje, o filho de caminhoneiro vê a profissão do pai pouco reconhecida e prefere escolher outra carreira. Outro entrave é a carteira de habilitação categoria “E” que somente pode ser tirada quando a pessoa completa 21 anos de idade. Neste momento, ele já perdeu o entusiasmo”, diz José Natan Emídio Neto, presidente do Sindicato da União Brasileira dos Caminhoneiros. Hoje, quem deseja ingressar nesta profissão acaba tendo algumas dificuldades. Esse é o caso do caminhoneiro Oberdam Lopes Pereira, de Caxias do Sul, RS, que se habilitou na categoria “D”, mas não consegue um trabalho nessa área. “Quero me tornar um ótimo motorista, mas se as empresas não me treinarem e nem contratarem pessoas sem experiência, vai ficar difícil. Sei que está faltando bons profissionais no mercado”, diz Pereira. Segundo Norival de Almeida Silva, presidente do Sindicam-SP, dirigir um veículo exige muita responsabilidade não importa o seu tamanho. Por isso, o primeiro passo para se tornar um caminhoneiro é possuir carteira de habilitação, comprovar experiência de, no mínimo três anos na área, ou realizar 44 o curso estipulado no anexo 3º da Resolução 3.056 de março de 2009, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT). Já o autônomo precisa ter o registro no RNTRC, o que o coloca em um patamar de “caminhoneiro profissional”. A pessoa poderá buscar treinamento nas unidades do Sistema “S”, no caso do setor de Transporte Rodoviário de Carga, é o Sest/Senat, mais próximo de sua residência, ou junto às entidades credenciadas pela ANTT para essa finalidade, entre elas o Instituto Brasil (Ibra). De acordo com Norival Silva, um bom profissional no segmento de Transporte Rodoviário de Carga pode ser considerado aquele que respeita a legislação de trânsito, faz a manutenção frequente do caminhão e busca aprimorar seus conhecimentos. Quanto aos profissionais sem experiência, Norival Silva explica que “a única vantagem é o fato dele não possuir vícios, possibilitando que se enquadre com mais rapidez à filosofia de treinamento da empresa”. Ao ser questionado sobre o que falta para incentivar mais os jovens a optarem por essa profissão, o presidente do Sindicam-SP respondeu que é preciso algumas medidas. A começar pelo incentivo da 1ª carteira de habilitação, já aos 18 anos. Depois é impor- revistacaminhoneiro.com.br 292 tante que a profissão seja tratada com dignidade e a recente lei aprovada no Congresso Nacional, que regulamenta a profissão de motorista, em conjunto com a imediata aprovação do projeto de lei que cria o Estatuto dos Caminhoneiros, tem um papel fundamental nesse quesito. É importante também, demonstrar aos jovens a importância que a profissão de caminhoneiro tem para o crescimento e desenvolvimento do Brasil. Além de uma melhor remuneração, via salário ou frete. Em relação ao futuro do caminhoneiro profissional, ele explica que existem duas possibilidades: a primeira, num cenário de aprovação das leis, sendo que a que regulamenta a profissão de motorista já foi aprovada. Nesse cenário, que contempla a aposentadoria aos 25 anos de profissão, carga horária respeitada e remuneração condigna, o futuro do caminhoneiro será profícuo, com qualidade de vida para ele e sua família, ao longo do tempo de serviço e com uma aposentadoria que permita que ele continue a viver com dignidade. Já o segundo cenário, sem a aprovação do Estatuto do Caminhoneiro e/ou com alguns vetos na lei que regulamenta a profissão de motoristas, como a aposentadoria aos 25 anos de serviço, por exemplo, tudo é muito desanimador, explica Norival Silva. s 292 revistacaminhoneiro.com.br 45 ARTIGO Texto: Eduardo Sacco l Foto: divulgação Cuidar dos pneus é tão importante quanto reformá-los al rketing da Vip Eduardo Sacco, gerente de Ma A reforma de pneus é uma prática comum entre os transportadores. Além de sustentável, economiza combustível e é mais em conta para o bolso de frotistas e transportadores autônomos. Em relação a um novo, cada pneu de carga reformado economiza, em média, 57 litros de petróleo. Quando o assunto é energia elétrica, a redução do consumo chega a 80%. Porém, antes de chegar à etapa de encaminhar um pneu para a reforma, o transportador deve ter ciência da importância dos cuidados com o seu uso e manutenção. Dirigir com atenção é fundamental para a preservação deste elemento essencial para todo caminhoneiro. Evitar o uso excessivo dos freios e não provocar arraste lateral ou roçamento contra guias, bem como trafegar com cuidado em estradas em condições ruins, são algumas recomendações para manter um pneu em condições de, quando for a hora certa, poder ser reformado com garantia. Ter isso em mente é muito importante para o transportador. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), através da Portaria 444, instituiu o Registro de Declaração de Conformidade do Fornecedor que torna obrigatório que reformadoras de pneus de carga (veículos comerciais, comerciais leves e seus rebocados) se adequem a exigências que visam aprimorar o padrão de qualidade dos pneus reformados e possibilitar uma vida útil mais exten- 46 revistacaminhoneiro.com.br sa dos pneus, conferindo-lhes mais desempenho e segurança. As 1,3 mil empresas especializadas na reforma de pneus de carga no Brasil têm até novembro de 2012 para se ajustarem às novas regras. Das que já obtiveram o registro até agora, mais de 50% pertencem à Rede Autorizada Vipal - empresa brasileira líder na América Latina e uma das mais importantes fabricantes mundiais para reforma e reparos de pneus e câmaras de ar. Assim, os critérios de seleção do pneu para reforma passaram a ser mais rigorosos, fazendo com que o transportador não possa mais deixar de reformar em um estabelecimento devidamente registrado. Daí a importância do uso correto e da conservação dos pneus. Tudo começa com a escolha do pneu ou da banda de rodagem certos, tendo por base o tipo de veículo e a sua aplicação. Rodar com a pressão abaixo do especificado ou com sobrecarga é outro fator que deve ser observado, pois reduz muito a vida útil do produto. A pressão inadequada é um dos motivos cruciais para esse desgaste prematuro. A pressão, quando 20% abaixo do especificado, implica na redução do mesmo percentual da vida útil do pneu. A Vipal vem atuando junto à sua Rede Autorizada no sentido de fornecer todo o suporte necessário aos reformadores para a obtenção do registro do Inmetro através de orientação, capacitação das equipes e suporte técnico. Durante esse proces292 so, o Inmetro determina o ensaio de amostras de pneus reformados, que são enviados para laboratórios especializados, um deles pertencente ao Grupo Vipal: o Vipaltec. Este laboratório de alta tecnologia é acreditado pelo órgão desde 2007, e disponibiliza seus serviços para todo o segmento de pneus. Por isso, é fundamental manter estes cuidados com a manutenção dos pneus para aumentar seu índice de recapabilidade e assegurar que estes cheguem aptos na hora da reforma. Manter um pneu em boas condições garante que o mesmo possa estender sua vida útil com a mesma durabilidade e segurança de um novo. Além disso, uma vez que o transportador procede desta forma, estará em condições de usufruir benefícios como a Reforma Qualificada e Garantia (RQG) oferecida pela Vipal, que abrange as principais marcas de pneus e oferece garantia até a terceira reforma. Afinal, o processo de adequação dos reformadores aos requisitos do Inmetro traz uma série de aspectos positivos ao mercado, ao segmento de transporte e ao próprio meio ambiente. Bom para o cliente, para o transportador e bom para o planeta. s CARAVANA Texto: Graziela Potenza l Foto: Ronaldo Lourenço Sucesso absoluto uro 5 Mais de 1500 motoristas já testaram o Volvo VM E na “Caravana Fest Drive VM”. E m três meses rodando pelas estradas do Brasil, a “Caravana Fest Drive VM”, promovida pela Volvo, percorreu mais de oito mil quilômetros. Nas nove paradas que a caravana já fez em postos de combustíveis, mais de 1.500 motoristas tiveram a oportunidade de testar o novo Volvo VM motor Euro 5. Além disso, 146 motoristas já participaram de treinamentos sobre direção defensiva e econômica. “A caravana nos permite um contato direto e intenso com clientes e motoristas. É uma oportunidade para eles conhecerem melhor os novos modelos Euro 5 e esclarecerem dúvidas quanto ao funcionamento da tecnologia SCR” afirma Da- niel Homem de Mello, gerente de marketing da Volvo do Brasil. A “Caravana Fest Drive” já passou por postos de nove cidades (Passo Fundo, Caxias, Xanxerê, Joinville, Fazendo Rio Grande, Londrina, Araraquara, Presidente Prudente e Pouso Alegre) e até setembro vai parar em mais oito postos de combustíveis. Cada uma das paradas é de três dias. “A experiência nos mostra que com ações como estas conseguimos aos motoristas mais informações e a possibilidade de conhecerem e testarem as novidades dos caminhões Volvo VM com motor Euro 5. Ajuda a entender melhor os benefícios dessa nova tecnologia, que melhora a performance dos veículos e ainda beneficia o meio ambiente 292 e a sociedade”, explica Orli Tafner, coordenador da caravana. Durante as paradas, tanto motoristas quanto clientes recebem informações e podem tirar dúvidas sobre a tecnologia Euro 5 e o abastecimento com o diesel S50 e com o aditivo Arla 32. Entre as ações da caravana, ainda há espaço para confraternização, inclusive com música ao vivo. Os caminhões Volvo VM são considerados os mais econômicos da categoria. A linha 2012 dos caminhões VM chegou ao mercado com novas potências e inovações interna e externa. Os veículos são equipados com tecnologia SCR para atender as regras de emissões Euro 5/Proconve P7. s revistacaminhoneiro.com.br 47 RENOVAÇÃO Texto: Francisco Reis l Foto: divulgação não para Não para, não para, A maior parte dos consumidores não imagina o trabalho que dá para se lançar um produto no mercado. A nova linha Daily, da Iveco, demorou mais de dois anos para ser desenvolvida, com o envolvimento de 300 engenheiros que construíram 120 protótipos que, juntos, rodaram cinco milhões de quilômetros até receber a aprovação final. “O Iveco Daily sempre teve a fama de ser um caminhão leve, mas resistente, confortável, muito econômico e bastante fácil de dirigir”, afirma Vitor Americano, gerente de Veículos da Gama de Médios e Leves da empresa. “Para melhorá-lo, conversamos com os clientes, usuários e, colocando suas opiniões à frente, especificamos a nova geração do Daily”. A Iveco tomou essa atitude depois de constatar que 70% dos usuários do mercado entre 3,5 e 7 toneladas são os micro empresários que escolhem o produto e, na maioria das vezes, são eles mesmos quem dirige. Esse tipo de cliente preza o caminhão, a praticidade de entrar e sair, maneira de dirigir, conforto, consumo de diesel e confiabilidade, pois não pode parar de trabalhar. São atitudes como essas que têm levado a Iveco a ganhar cada vez mais espaço no mercado. “A participação da Iveco mais que dobrou, o que nos aponta que estamos na linha certa e continuaremos com a nova linha do Daily”, afirmou Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America. “Também demos passos grandes com nossos caminhões em todas as linhas. A linha Ecoline e a nova geração de caminhões foi o maior desenvolvimento da Iveco fora da Itália. Teremos mais de 140 produtos até 2013 contra 80 atuais, contando com modelos e variações, forneceremos produtos para todas as necessidades dos nossos clientes”. A nova geração Iveco Daily traz novo 48 revistacaminhoneiro.com.br interior (painel, bancos e revestimentos) que o torna mais confortável e elegante. Os motores Iveco FPT F1C Dual Stage, com moderna tecnologia EGR (que dispensa o uso do agente Arla 32), vão de 147 (versão 35S14) a 170 cv (demais versões) e são os mais potentes do segmento. A transmissão é de 6 marchas, com alavanca de mudanças no painel. Com o novo conjunto motor-transmissão, a nova geração Iveco Daily é até 9% mais econômica que a geração anterior. São 30 versões de veículos chassi cabine e furgão, incluindo a exclusiva opção cabine dupla e quatro entreeixos diferentes. No topo da gama, o novo caminhão leve 70C17 Daily Truck, um dos únicos caminhões de 7 toneladas Euro V do mercado hoje. Com capacidade para até 4.520 kg de carga, ele é ágil, econômico e prático. Sua plataforma de carga é a maior. É também a mais baixa em relação ao solo, o que facilita as operações de carga e descarga. O modelo 35S14, para até 3,5 toneladas de PBT, ganha maior potência e agilidade, um benefício adicional para os clientes das cidades com zonas de restrição à circulação. No segmento entre 3,51 e 6 toneladas, os atuais 45S16 e 55C16 passam a se chamar 45S17 e 55C17, devido à maior potência do motor. E pela primeira vez, a Iveco oferecerá o Iveco Daily Minibus, para passageiros, implementado de fábrica. 292 Assim é a Iveco. Sempre inovando, lançando um produto novo para que os clientes tenham o que há de melhor na área de Transporte, com a melhor relação custo/benefício em qualquer segmento. “O novo Iveco Daily é um veículo top em resistência e com baixo custo operacional, que são as duas características principais da nova geração Ecoline”, diz Mazzu. “São os melhores veículos Iveco que já produzimos.” No Iveco Daily basta um degrau para entrar na cabine, as portas são amplas e com grande abertura e possuem motores potentes, câmbio macio e um ótimo diâmetro de giro, que permite uma condução como se fosse um automóvel. “A maioria dos clientes do Daily atua em zona urbana, com muito sobe e desce da cabine e em situação de trânsito pesado”, analisa o engenheiro Alexandre Serretti, gerente Executivo da Plataforma de Veículos Leves e Médios. “No Iveco Daily, o motorista guia menos estressado e, portanto, de forma mais correta e produtiva.” s 292 revistacaminhoneiro.com.br 49 PESQUISA Texto: Graziela Potenza l Fotos: divulgação O rigoroso padrão Mercedes-Benz O Centro de Desenvolvimento Tecnológico (CDT) da Mercedes-Benz no Brasil completou 20 anos de funcionamento e de avanços tecnológicos. 50 revistacaminhoneiro.com.br 292 A empresa é pioneira no desenvolvimento de caminhões e ônibus no Brasil. Em seus mais de 55 anos no País, a Mercedes-Benz sempre apontou as tendências de mercado. Ao introduzir o motor diesel, em 1956, deu impulso decisivo para o avanço dos meios de transporte e da própria indústria automotiva nacional. A companhia também foi pioneira no lançamento dos primeiros motores com gerenciamento eletrônico. Agora, traz para o mercado motores ainda mais “limpos”, com exclusiva tecnologia BlueTec 5, para atendimento à nova legislação Proconve P-7, equivalente ao rigoroso padrão Euro 5. Há 20 anos, a empresa inaugurava, em sua planta de São Bernardo do Campo, São Paulo, o maior Centro de Desenvolvimento Tecnológico do setor de veículos comerciais no País, sendo o maior fora da Alemanha para caminhões e ônibus Mercedes-Benz. A sua inauguração significou a consolidação da área de Desenvolvimento de Produtos da Mercedes-Benz do Brasil, trabalho iniciado muito tempo antes, em 1963, com a implantação da Engenharia de Produtos dedicada a caminhões e chassis de ônibus. Com as novas instalações, houve um agrupamento das diversas equipes e a centralização das atividades num mesmo local. “Somos hoje um dos polos da rede mundial de desenvolvimento da Daimler Trucks, afirma Walter Sladek, diretor de Desenvolvimento Caminhões e Agregados da Mercedes-Benz do Brasil. “Estamos no mesmo nível das unidades similares da Daimler na Alemanha, Estados Unidos, Japão e Turquia, realizando trabalhos globais e desenvolvendo projetos que podem ser lançados em outros países. Isso confirma a capacidade brasileira de gerar soluções com alcance mundial”. É feita a modelagem verificando todos os detalhes do projeto. Pura evolução A vocação pioneira e inovadora da Mercedes-Benz do Brasil ganhou impulso significativo com a inauguração do seu Centro de Desenvolvimento Tecnológico em 1991. Com 18.000 m2 de área construída, num terreno de 40.000 m2, conta hoje com cerca de 650 profissionais, entre engenheiros, técnicos e outros especialistas. O Laboratório de Motores teve papel fundamental no desenvolvimento dos motores para atendimento à legislação Proconve P-7 (que exige a redução de emissões de Material Particulado e de Óxidos de Nitrogênio, entre outros), e para atendimento a novas demandas do mercado em termos de eficiência, desempenho, reduzido consumo, confiabilidade e menor custo operacional. Outro desafio marcante foi a introdução do sistema de pós-tratamento de gases de escape, inovação no mercado brasileiro para os caminhões e ônibus da marca, o que exigiu o desenvolvimento de características específicas para as condições de utilização no País. O desenvolvimento dos motores da nova linha de caminhões e ônibus 2012 teve início em meados de 2008. Foram realizadas 52.000 horas de testes de funcionalidade, durabilidade e emissões em bancos de prova de motores. Já os testes de durabilidade em veículos chegaram a cerca de 10.500.000 km. Cerca de 100 veículos foram utilizados nos testes, nas mais diferentes e severas condições de operação. Foram analisadas ainda 7.000 amostras de óleo lubrificante e de combustível. Contando com a tecnologia mais avançada disponível hoje no mercado mundial, como os 11 bancos de prova de última geração, o Laboratório de Motores é um sofisticado complexo tecnológico que monitora a potência, o torque e o consumo dos motores. Além disso, avalia as características da combustão, emissão de gases, vibrações e outras solicitações mecânicas. Os bancos de prova atuam também na homologação do motor e do sistema de pós-tratamento junto aos órgãos oficiais e auditorias. Segundo Gilberto Leal, gerente Sênior de Desenvolvimento de motores médios e sistemas de pós-tratamento de gases nos bancos de prova da Mercedes-Benz do Brasil é possível simular qualquer condição de funcionamento do motor (carga plena ou parcial, rotação alta ou baixa, diferentes regimes de frenagem, condições atmosféricas, altitudes, temperaturas, umidade do ar, etc). “Têm-se plenas condições de reproduzir qualquer tipo de trajeto, impondo ao motor a mesma solicitação que o veículo exige, no mesmo ritmo ou até mais acelerado”, diz. A companhia também foi pioneira no lançamento dos primeiros motores com gerenciamento eletrônico. Agora, traz para o mercado motores ainda mais “limpos”, com exclusiva tecnologia BlueTec 5. 292 revistacaminhoneiro.com.br 51 PESQUISA Design da linha O novo, moderno e arrojado design da linha de caminhões 2012 da Mercedes-Benz foi totalmente concebido pela área de Estilo do Centro de Desenvolvimento Tecnológico. Seguindo conceitos estéticos mundiais dos caminhões da marca, a equipe aplicou inovações específicas para o mercado brasileiro. O design do Actros com a grade em forma de “V”, projeto da Alemanha, foi a inspiração para a criação do conceito de família dos novos caminhões no Brasil. O Atron agregou um visual arrojado a modelos já consagrados pelos clientes pela força, resistência e confiabilidade. O Accelo, projeto totalmente desenvolvido no Brasil desde sua primeira geração, recebeu novos aprimoramentos e um design ainda mais moderno. O Atego ganhou uma imagem de maior força e robustez. O Axor reforçou o conceito de família da linha 2012. O desenvolvimento do design da linha 2012 foi acompanhado pela área de Estilo da matriz, na Alemanha, com quem a equipe brasileira relaciona-se permanentemente, visando estabelecer uma identidade visual única no mundo para os produtos Mercedes-Benz. Para tornar realidade os conceitos e projetos, a área de Estilo conta com avançados recursos, a começar pela prancheta eletrônica, que permite que os primeiros esboços criados pelos designers sejam enviados diretamente para um computador. A partir daí diversos softwares são utilizados para dar andamento ao trabalho, como o ALIAS, que dá formas ao desenho, utilizando imagens em 3D, e o Show Case, que torna as imagens do ALIAS ainda mais reais, permitindo a movimentação da imagem em vários sentidos. Ainda no Estilo, na engenharia da área de Cabinas, avançadas ferramentas de simulação são utilizadas na fase de elaboração dos projetos em 2D e 3D, assim como uma sofisticada impressora 3D, que permite a avaliação da forma e dimensões previstas em projeto. Depois das etapas de design, proje- 52 revistacaminhoneiro.com.br No Hydropuls é simulada a operação de um veículo numa condição severa. to e cálculos, a área de Cabinas cria os protótipos para testes de funcionalidade e durabilidade, visando a confiabilidade do produto. Somente após esses testes, os produtos são liberados para produção. Testes exigentes Antes de chegar ao mercado, um veículo Mercedes-Benz é submetido a exaustivos testes funcionais, de durabilidade (ciclo de vida operacional “endurance”) e durabilidade estrutural. Isso faz parte da filosofia da marca, que busca assegurar o padrão de qualidade que conquistou mundialmente a confiança de seus clientes. Protótipos destes veículos são especialmente construídos para definições conceituais e avaliações experimentais. A diversificada gama de testes envolve desde a avaliação de um protótipo de caminhão ou de ônibus em ruas, estradas pavimentadas, estradas de terra e campos de provas confinados, até testes específicos para os diversos sistemas veiculares e seus componentes em bancos de provas. Os testes funcionais veiculares realizados no Centro de Desenvolvimento Tecnólogico da Mercedes-Benz tanto podem ser estáticos (avaliações dimensionais, cinemática de suspensão, geometria de direção, torção, ergonomia, balanceamento energérico, interferências eletromagnéticas, entre outros), como podem ser dinâmicos (dirigibilidade, homologação de freios, comportamento de suspensão, avaliações de trem de força, desempenho, consumo de combustível, aerodinâmica, ruído de passagem e outros). Os testes de durabilidade são realizados em condições que simulam as 292 operações mais severas de clientes dos diversos mercados onde serão utilizados. No caso de caminhões, envolve trechos urbanos, rodoviários, mistos e fora de estrada. Os protótipos são ainda submetidos a exaustivas avaliações estruturais, num circuito de terra confinado na Fazenda Pimenta, próximo à unidade da Empresa em Campinas, SP, especificamente preparado para simular de modo acelerado as aplicações de clientes. Outros campos de provas de fornecedores e parceiros também são utilizados para as avaliações dos diversos subsistemas (freios, direção, rodas e pneus e outros). Em seu Centro de Desenvolvimento, a Mercedes-Benz do Brasil conta com os avançados recursos do Hydropuls, um sofisticado banco de provas que simula a operação de um veículo numa condição severa, acelerando o processo de avaliação de um componente para que os resultados dos testes de durabilidade sejam alcançados mais rapidamente. Com base em informações recebidas de veículos em teste na Fazenda Pimenta, que são instrumentados com sensores, o sistema reproduz no banco de provas as mesmas condições daquela operação. A partir daí, o Hydropuls acelera os testes, podendo realizá-los durante 24 horas por dia. Em 200 horas, por exemplo, o Hydropuls simula o equivalente a 50.000 km de testes, o que poderia levar um ano para ser realizado na pista. O Hydropuls da Mercedes-Benz do Brasil é o estado da arte em termos de aceleração de testes de durabilidade, o que permite uma ação corretiva mais rápida em caso de eventuais falhas. Outra grande vantagem é que ele permite que se analise uma falha in loco, observando o componente a qualquer momento, o que seria inviável num veículo em teste no campo. s BEIRA DE ESTRADA Texto: Henrique Perazzi de Aquino l Ilustração: Orlando Alves a s a c a e e d l i Zum sobre rodas M eu nome é Zumilde, tenho 78 anos, sou aposentada, viúva e moro numa grande cidade do interior de Santa Catarina. Minha casa fica na região central, local privilegiado e com um terreno de um quarteirão inteiro vazio, ocupado constantemente por parques e circos. Promotores de muita diversão, principalmente aos moradores no seu entorno. Movimentação diária e entretenimento mais do que garantido durante a permanência daquela parafernália toda em funcionamento. Minha maior distração é ficar no parapeito de minha janela a observar a movimentação da avenida aqui na frente. Tudo muda com o terreno tomado, minha atenção se volta para eles, pois além da convivência pacífica, faço amizades e vê-los morando em trailers e agora, algo mais moderno, verdadeiras casas instaladas na parte destinada às carrocerias de caminhões sempre me instigou. Minha maior curiosidade sempre foi essa, a de conhecer um lugar desses. Uma casa em cima de um caminhão é algo que só via em filmes, mas pouca possibilidade de conhecer pessoalmente. Nos dois últimos que passaram por aqui, primeiro um parque e depois um circo, criei coragem e após as amizades feitas, pedi para conhecer a casa de uma dessas moradoras. Em cima de um caminhão eles instalaram uma imensa cozinha, avarandada e até com vasos pendurados nas beiradas. Esmero de dona Lúcia, a responsável pela comida de todos. Uma escada de metal para chegar lá no alto e no interior, uma cozinha com tudo no seu devido lugar. Ar- mários e guarda louças, quase tudo embutido, para não cair nas viagens, me conta a já simpática amiga. Vendo que minha curiosidade não tinha mais fim, conheço sua casa, também em cima de um caminhão, desses grandões, puxados por carreta. Ela é mãe do dono do parque e ali tem de tudo, sala e espaçoso quarto. Numa estante, vi até livros, protegidos com porta transparente em acrílico. Na mesa central, um vaso cheio de flores. O forro, ela me explica, utilizou material para reduzir o calor e embutido do lado um ar-condicionado. Queria ver mais e fui levada ao alojamento dos trabalhadores. Suas camas são embutidas nas paredes e tudo com seus espaços medidos. Homem nessa situação é mesmo desleixado, mas a linha dura é mantida por Lúcia, que fiscaliza diariamente se nada está fora do lugar. Uma pessoa é paga só para limpar diariamente todas as casas. Fiquei impressionada e consegui repetir a dose logo após a despedida deles e a chegada de um imponente circo. Lá, já com a coragem estabelecida, quem me possibilitou o passeio pelas instalações foi também uma mulher, a Guta, esposa do dono. Pouca coisa diferente. Fico sabendo que é mantido uma espécie de padrão entre eles, um copiando do outro o que deu mais certo. Meu próximo passo é conseguir um passeio entre uma cidade e outra dentro de um desses brutamontes transformados em casa. Mas para isso terei que esperar o próximo a chegar por aqui e ver se consigo realizar mais esse sonho. E morar ali, como será isso? Mas aí já será demais para mim, né! s 292 revistacaminhoneiro.com.br 53 24ª GINCANA DO CAMINHONEIRO 2ª etapa Desafio em dose dupla “Para ver o arco-íris é preciso não temer a chuva”. A frase do escritor Paulo Coelho vem bem a calhar com uma situação vivida durante a segunda etapa classificatória realizada entre os dias 25 e 27 de maio, no Posto Caravágio, no km 11,5 da BR-163, em Campo Grande, MS. Por: Núbia Boito Fotos: Mauricio Fernandes 54 revistacaminhoneiro.com.br 291 292 Como se não bastassem os cones, os competidores da etapa realizada na capital sul-mato-grossense tiveram que driblar a chuva. urante três dias, 436 caminhoneiros foram para a pista mostrar a habilidade na prova do slalom, ziguezagueando entre cones com o objetivo de atingir o tempo pré-classificatório de 25 segundos, imposto pela organização do evento. Quem atingisse a meta, partia para uma segunda volta, com um novo traçado e dificuldade maior. Na sexta-feira, assim que as inscrições para a competição foram abertas, o primeiro a mostrar a sua habilidade no slalom foi Amarildo Batistão, caminhoneiro de Curitiba, PR, que estava sem participar da disputa desde 2001. Amarildo ganhou um automóvel Gol como segundo colocado na 13ª Gincana do Caminhoneiro e, por isso, foi penalizado com a suspensão de dez anos sem participar do evento. “Sou hipertenso e senti meu sangue esquentando, como se fosse a primeira vez”, contou emocionado. Outro caminhoneiro que voltou ao slalom depois de dez anos foi Nelsi Pivetta, de Ibicaré, SC. Aliás, Nelsi veio acompanhado pelo filho Afrânio, que liderou a etapa por um bom período. Mas, quem deixou para fazer a prova no domingo, ficou diante de mais um obstáculo além dos cones: a chuva! Um “pé d´água” caiu no início da tarde dominical, suspendendo a disputa por algumas horas e causando certo desespero àqueles que ainda não tinham ido para a pista... Em cena, alguns caminhoneiros torcendo para que a chuva continuasse e mantivesse o placar até a final da disputa e outros “desesperados” para subir no VW Constellation 19.390 da prova e acelerar, como foi o caso de André Luiz Cruzeiro, de Uberlândia, MG. Ele chegou com jeitinho mineiro de ser, quietinho, foi o último a fazer a prova, com a pista ainda molhada (mas em plenas condições de segurança) e, com direito à torcida, conquistou o segundo melhor tempo da etapa, classificando-se ao lado de Célio Soczek, de Araucária, PR, Valdiclei Prestes, de Colombo, PR, respectivamente primeiro e terceiro colocados em Campo Grande, MS. Aliás, Célio Soczek, que foi finalista no ano passado, só conseguiu classificar-se para a final por ter feito o melhor tempo da etapa, conforme regulamento da prova (Confira quadro de finalistas). Célio, André e Valdiclei já garantiram suas vagas para a grande final do evento, que acontece no dia 25 de novembro, no posto Pará Vip, em Ananindeua, PA, quando o grande campeão levará para casa um caminhão VW Constellation zero km. 292 291 revistacaminhoneiro.com.br 55 2ª etapa 24ª GINCANA DO CAMINHONEIRO Muito mais que o slalom! Além da disputa, a Gincana do Caminhoneiro oferece uma programação completa para o irmão da estrada. Uma delas é poder participar de test drive exclusivo com caminhões da nova linha VW Advantech, todos com motorização Euro 5, que atendem às novas normas brasileiras de poluentes, o Proconve P7. Palestras sobre o Euro 5 e sobre os custos no dia a dia do transportador rodoviário de cargas também foram assuntos abordados pelos engenheiros Edson Latorre Miravetti, da Cummins Emission Solution, e João Roberto Valdívia, convidado especial da MAN Latin America para proferir palestras. Destaque para a participação especial da Polícia Rodoviária Federal, com campanha de conscientização no trânsito, e do Sest/Senat, que realizou testes de glicemia e acuidade visual, além de medir a pressão arterial e vacinar os caminhoneiros contra hepatite B, febre amarela e tétano. No quesito “intercâmbio cultural”, Cuidado com o cone! o evento proporcionou aos convidados a oportunidade de conhecer frutas típicas da região – como bocaiúva, cagaita, araticum, guavira, mangaba e jatobá - com a degustação de sorvetes da marca Delícias do Cerrado. Entretenimento também esteve na pauta da etapa. Além de lan house, “Espaço Família” e recreação infantil (no domingo), no sábado e no domingo, JR, o caminhoneiro cantor, arrancou aplausos dos convidados ao cantar suas canções e interpretar grandes sucessos da música nacional. A 24ª Gincana do Caminhoneiro é dividida em seis etapas, realizadas de abril a novembro de 2012. OS FINALISTAS Célio Soczek Araucária – PR 20 segundos e 820 milésimos André Luiz Cruzeiro Uberlândia – MG 22 segundos e 296 milésimos Valdiclei Prestes Colombo – PR 22 segundos e 319 milésimos “O osso estava duro de roer... era o primeiro lugar ou nada”, disse trêmulo Célio, que é autônomo, tem 38 anos, está há 21 na profissão e desde 2002 segue a Gincana. Fez questão de dedicar sua classificação à esposa Michele, que ficou em Araucária torcendo por ele. Pela terceira vez, André será um dos finalistas do evento. “Esperei parar de chover e pensei: as pessoas têm que lutar pelo o que querem”. Foi quando o mineiro de 37 anos, caminhoneiro há 14 anos e seguidor da Gincana há dez, fez bonito e conquistou seu lugar no pódio. Aos 38 anos, 14 dedicados à vida na estrada, Valdiclei é empregado e já foi finalista da Gincana quatro vezes. “Vim determinado a conquistar minha classificação. A adrenalina é tanta que, só quando desci do caminhão, após a prova, é que enxerguei os cones que ficaram de pé”. 56 revistacaminhoneiro.com.br 292 I A F E E D Ú A S , O Ã Ç A M R O F N I INFORMAÇÃO, SAÚDE E FAMÍLIA Acontece na gincana 1 Ciro Vieira Ferreira, superintendente regional da Polícia Rodoviária Federal de MS, reafirma a campanha de conscientização no trânsito. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Caminhoneiros puderam degustar frutas típicas 2 da região em sorvetes da Delícias do Cerrado. 3 José Reginaldo de Souza, de Campo Grande, MS, trouxe os filhos Cauã e Rihan para torcer por ele na prova de slalom. 4 Foi a Maria de Fátima, esposa do Claudomiro Cordeiro Solidade, que ficou sabendo do evento através de uma notícia na TV e pediu que ele fosse tentar a sorte. 5 O casal sul-mato-grossense Dulce e Gustavo Lopes Soares passou o dia na Gincana, aproveitando cada segundo do evento. “Foi sensacional”, disse ele. 6 Dirceu Serafim e Valdeci Pavini, respectivamente gerente Comercial e Administrativo do posto Caravágio: mestres em hospitalidade e atendimento aos caminhoneiros. 7 Cronometrista ajusta fotocélula: tudo tem que estar perfeito para acompanhar o tempo dos competidores com precisão. Filhos de caminhoneiros usufruem da lan- 8 -house para participar de uma “Gincana Virtual”. 9 Edson Latorre Miravetti, engenheiro da Cummins Emission Solution, fala aos caminhoneiros sobre a tecnologia Euro V. 10 A concessionária Granfer preparou uma surpresa : levou o TGX da MAN para dar uma volta no evento! O Caminhoneiro Cantor Jota R cantou sucessos 11 para o público do posto Caravagio. 12 Claudomiro Miguel, de Curitiba, PR, aproveitou o evento para fazer o teste de glicemia e saber como anda a saúde. 292 291 revistacaminhoneiro.com.br 57 , o h n i l u P e o l u P o d s a t João s i l p i r T e d o ã ç a ger 58 revistacaminhoneiro.com.br Foto: Robson Monteiro E m sessão ordinária no dia 28 de maio de 2012, na Câmara Municipal de Pindamonhangaba, cidade do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, eu recebi a comenda “João Carlos de Oliveira - João do Pulo”. A solenidade contou com a presença de “Pulinho”, filho do saudoso atleta, recordista mundial do salto triplo com sua histórica marca de 17,89 m, obtida nos Jogos Pan-Americanos do México, em 1975, que perdurou por 10 anos. Também foram homenageados, com o “Cartão de Prata”, os esportistas Pedro Henrique Camargo de Toledo, o Pedrão e José Roberto Vasconcelos, o Zezé, que contribuíram para o sucesso na carreira vitoriosa de João do Pulo, natural de Pindamonhangaba e falecido em 29 de maio de 1999, aos 45 anos. João Paulo de Oliveira, o saudoso “João do Pulo”, proporcionou orgulho aos brasileiros no atletismo ao quebrar o recorde mundial do salto triplo no dia 15 de outubro de 1975, nos Jogos Pan-Americanos do México. Ele pulou a uma distância de 17,89 m. Tal marca só foi batida dez anos depois, pelo americano Willie Banks, que saltou 17,97 m. O saltador canarinho bateu vários recordes no juvenil e, no profissional, venceu dois Pan-americanos, além de fatu- Pulinho, José Roberto Vasconcelos (o Zezé, que revelou João do Pulo) e Milton Neves. rar duas medalhas olímpicas de bronze em 1976 (Montreal-CAN) e 1980 (Moscou-RUS). Filho de Pindamonhangaba (SP), terra também de Geraldo Alckmin, João nascera em 28 de maio de 1954. Era menino pobre e órfão de mãe. Na adolescência, ingressou no exército, onde vestiu a indumentária militar por 14 anos e chegou à patente de sargento. Como tinha corpo esguio e pernas longas, começou no atletismo. O sucesso no esporte veio após conhecer o técnico Pedro Henrique de Toledo, o Pedrão. O ex-atleta, porém, experimentou o outro lado da moeda: ostracismo e fracasso nos negócios. A bebida foi a pior solução de seus problemas. Antes disso, uma fatalidade do destino iniciou 292 sua crise pessoal. Em 1980, um acidente abreviou sua promissora carreira. Após sofrer um ano no hospital, ele teve uma perna amputada como resultado da trágica batida automobilística. No fim da vida, deprimido e depressivo, João morreu de cirrose hepática no dia 29 de maio de 1999, aos 45 anos. Seu nome então voltou a ser objeto de várias homenagens, batizando uma série de lugares. Um deles é o centro esportivo que fica em sua cidade natal. Lá, foi criado o memorial João do Pulo, como mais um ponto turístico pindamonhangabense. O local abriga todo o acervo da vida esportiva deste memorável e maior triplista do País, com suas medalhas, troféus e fotos. Eu, Milton Neves, tive a minha recordação. João casou-se duas vezes, deixan- [email protected] @miltonneves www.facebook.com/terceirotempo do uma filha em São Paulo e uma mulher com um filho em Pindamonhangaba, sua cidade natal. Em 28 de maio de 2012, conheci Emmanuel Norberto Carrupt de Oliveira, também conhecido como Pulinho, um rapaz de 17 anos com quase 1,90 m e disposto a seguir carreira como atleta. O encontro aconteceu durante a cerimônia de entrega da Comenda João Carlos de Oliveira - João do Pulo a Milton Neves. Também estava presente a viúva de João do Pulo, Maria Aparecida Carrupt de Oliveira, conhecida como Lili. Herói do futebol brasileiro coloca acervo à venda para ter um final de vida digno e CBF faz que não é com ela! Até 1958, a capital deste imenso país para os “gringos” era Buenos Aires. Quem colocou o Brasil no “mapa mundi” foi a Seleção Brasileira de futebol que conquistou o título de forma invicta da Copa do Mundo da Suécia. Confira mais craques na seção que fim levou no site www.terceirotempo.com.br 1. João do Pulo e Milton Neves no Detran - Em 1975, voltando da Cidade do México com seus épicos 17,89 m, João do Pulo (dir) foi ao Detran para tirar sua carteira de motorista. Lá, Milton Neves trabalhava como setorista da Jovem Pan e aproveitou para tirar uma foto ao lado do grande saltador. 1 Destruindo de vez com o problema de autoestima do brasileiro, popularizado por Nelson Rodrigues como o “complexo de vira-latas”. Revelando para o mundo, monstros sagrados do futebol, como o Rei do Futebol Pelé, Garrincha, o eterno capitão Bellini e também Nilton Santos. E saiba, meus caros leitores, que nenhum jogador campeão do mundo em 1958 recebeu um centavo sequer como prêmio pela conquista. Nem anuência de impostos para produtos importados, como em 1994. s O maior lateral esquerdo do futebol Nilton Santos, foi eleito pela Fifa, o maior lateral esquerdo da história do futebol e hoje, ele e sua esposa, Maria Célia, vivem uma situação muito difícil, triste e comovente. O grande jogador do Botafogo e da Seleção Brasileira sofre das decorrências do Mal Alzheimer e está internado em um clínica no Rio de Janeiro, com despesas pagas exemplarmente pelo time de General Severiano. Mas, infelizmente, sua esposa, Maria Célia luta contra um câncer no cérebro e necessita de remédios caros e auxilio de enfermeiras 24 horas por dia. Sabendo das dificuldades do casal, o carnavalesco Damásio Desidério, da escola de samba Vila Izabel, que recebeu de presente o acervo (chuteiras, camisas, agasalhos usados nas Copas de 58 e 62) como presente do ex-jogador, quando o ex-lateral da Seleção e do Botafogo foi tema da escola em 2002, resolveu colocar tudo a venda em pró do casal amigo. Desidério disse que foi várias vezes a Confederação Brasileira de Futebol, tentando negociar os itens históricos da “lenda”, mas ouviu que não havia interesse da entidade em entrevista ao programa Esporte Fantástico, da Rede Record de Televisão. Em resposta, a CBF disse que ninguém entrou em contato com a nova administração sobre o acervo. A esposa Maria Célia, mora em um quarto na casa da sobrinha, precisa de remédios caros e do auxilio de enfermeiras 24 horas por dia e é a única a trazer a “Enciclopédia”, mesmo que esporadicamente ao nos292 Nilton Santos e Miltão - Mais uma dos dois em foto de 9 de agosto de 2001, quando receberam a Comenda da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho, honra maior concedida pelo Tribunal Superior do Trabalho . so “mundo”: “é só falar baixinho com ele, sobre as coisas do Botafogo. Aí, ele olha para gente, dá um sorriso e entende tudo”. revistacaminhoneiro.com.br 59 60 revistacaminhoneiro.com.br 292 292 revistacaminhoneiro.com.br 61 Mais carga, qualquer caminho. Conexões de ido engate ráp a ar para freios Grupo 26 e 27 Uniões para tubos com corpo em alumínio. que não deixa rebarbas. São Paulo/SP - (11) 5588-7799 Caminhões novos (em R$) MODELO MOTOR Potência (cv/RPM) TARA CARGA ÚTIL PESO BRUTO PESO BRUTO C/3º EIXO PREÇOS (R$) MWM 4.10 TCA MWM 4.10 TCA MWM 4.12 TCE MWM 6.10 TCA 115-2400 115-2400 150-2200 173-2400 - - 6.100 6.100 9.200 13.000 - 85.186 93.235 108.870 129.317 Cummins B 3.9 120 Cummins B 3.9 120 Cummins B 3.9 120 Cummins Interact 4 150 Cummins Interact 4 170 Cummins Interact 4 170 Cummins Interact 4 170 Cummins Interact 6 220 Cummins Interact 6 220 Cummins Interact 6 275 Cummins Interact 6 220 Cummins Interact 6 275 Cummins ISC 320 Cummins ISC 320 Cummins ISC 315 120-2800 120-2800 120-2800 150-2500 170-2500 170-2500 170-2500 220-2500 220-2500 275-2500 220-2500 275-2500 319-2000 319-2000 320-2000 2.390 2.680 2.840 3.050 4.400 4.250 4.670 5.210 6.720 6.690 7.250 7.320 7.860 8.330 6.140 2.100 1.820 3.980 5.200 8.600 10.250 11.330 10.790 16.280 16.310 15.750 15.680 15.140 14.670 39.010 4.500 4.500 6.800 8.250 13.000 14.500 16.000 16.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 16.000 21.000 22.000 23.000 23.000 - 87.731 112.355 97.449 106.119 137.565 146.762 173.117 180.652 196.662 202.521 220.866 238.678 281.472 Consulta 225.191 Iveco F1C Euro III Iveco F1C Euro III Iveco F1C Euro III Iveco F1C Euro III Iveco F1C Euro III Iveco Tector Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 13 Iveco Cursor 8 Iveco Cursor 8 136/3.500 136/3.500 136/3.500 136/3.500 136/3.500 210/2.700 380/1.500 a 1.900 420/1.600 a 1.900 380/1.500 a 1.900 380/1.500 a 1.900 420/1.600 a 1.900 420/1.600 a 1.900 420/1.600 a 1.900 420/1.600 a 1.900 320/2.400 320/2.400 - 1.495 1.495 1.495 2.640 2.770 10.770 - 3.500 3.500 3.500 5.300 5.300 17.000 38.000 38.000 45.000 45.000 45.000 45.000 57.000 57.000 45.000 45.000 - 76.107 78.124 79.267 104.783 108.327 164.821 465.634 483.081 316.761 329.190 342.304 329.874 372.767 360.337 227.064 234.227 OM-364LA OM-612LA OM-904LA OM-904LA OM-904LA OM-904LA OM-366LA OM-904LA OM-906LA OM-926LA OM-926LA OM-457LA OM-457LA OM-457LA OM-457LA OM-457LA OM-457LA OM 457LA OM-457LA 115-2600 156-3800 112-2300 150-2200 177-2200 177-2200 211-2600 177-2200 245-2200 326-2200 326-2200 354-1900 401-1900 428-1900 401-1900 428-1900 428-1900 401-1900 428-1900 2.820 3.700 3.560 3.560 3.560 6.360 3.560 3.560 - 3.880 4.380 5.880 8.540 9.510 10.370 15.790 12.460 12.110 22.853 21.298 21.438 16.762 23.412 23.412 6.700 7.000 9.000 12.990 13.990 14.990 22.000 17.100 17.100 18.600 30.100 20.100 20.100 20.100 30.100 30.100 26.100 33.500 33.500 20.000 21.300 22.000 22.000 23.100 24.100 24.100 24.100 24.100 - 115.526 117.154 137.323 167.229 165.835 180.023 224.128 189.866 196.671 274.371 287.237 321.100 337.257 341.876 389.451 394.242 413.587 441.054 446.012 MWM 4.08 TCE Euro III MWM 4.08 TCE Euro III MWM 4.10 TCA Euro III MWM6.10 TCA - Euro III MWM6.10 TCA - Euro III MWM4.12 TCE - Euro III MWM 6.10 TCA-Euro III 137-3400 143-3400 115-2400 173-2400 173-2400 180-2200 173-2400 - - 7.700 13.000 14.500 12.900 16.000 5.500 7.850 10.500 23.000 102.878 124.950 124.135 172.000 193.102 172.328 196.461 Agrale 6000 RD 8500 9200 13000 Obs: preços sugeridos ao público. (**) Peso Bruto admissível no ponto de apoio da 5ª roda (técnico) Ford F - 350 cabine simples F - 350 cabine dupla F - 4000 Cargo 815e Cargo 1317e Cargo 1517e Cargo 1717e Cargo 1722e Cargo 2422e Cargo 2428e Cargo 2622e Cargo 2628e Cargo 2932e Cargo 5032e Cargo 4532e Mercado Iveco Daily 35S14 CS 3000 Daily 35S14 CS 3450 Daily 35S14 CS 3750 Daily 55C16 GF 3300 Daily 55C16 MF 3950 EuroCargo 170E22 Trakker 380T38 cab. simples - EE 4.500 Trakker 720T42 cab. simples - EE 3.500 Stralis 490 S 38 T TB Stralis 490 S 38 T TA Stralis 490 S 42 T TA Stralis 490 S 42 T TB Stralis 570 S 42 T TA Stralis 570 S 42 T TB Cavallino 450 E 32T - cabine curta Cavallino 450 E 32T - cabine longa Mercedes-Benz 710 715 C 915 C / ACCELO Atego 1315/48 Atego 1418/48 Atego 1518/48 L 1620 6x2 Atego 1718/48 Atego 1725/48 Axor 1933 S/36 Axor 2533 S/48/6x2 Axor 2035 S/36 Axor 2040 S/36 Axor 2044 S/36 Axor 2540 S/33/6x2 Axor 2544 S/33/6x2 Axor 2644 S/33/6x4 Axor 3340/48/6x4 Axor 3344/48/6x4 MAN/Volkswagen 5.140E 8.150E 8.120 13.180 Euro 3 15.180 Euro 3 13.180E 17.180 Euro 3 74 REVISTA CAMINHONEIRO 17.250E 24.250E 26.260E 31.260E 17.250 19.320E 24.250 Cummins Interact 6.0 Cummins Interact 6.0 MWM6.12 TCAE Euro III MWM6.12 TCAE Euro III Cummins Interact 6.0 Cummins ISC Cummins Interact 6.0 250-2500 250-2500 260-2500 260-2500 250-2500 320-2000 250-2500 - - 16.000 23.000 23.000 23.000 - 16.000 16.000 23.000 235.958 249.668 283.168 292.362 263.820 286.622 249.742 MWM5A206 MWM5A260 MWM5A206 MWM7A260 MWM7A260 MWM7A260 MWM7A310 MWM7A310 MWM7A310 D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A D13A 206 a 2200 260 a 2200 206 a 2200 260 a 2200 260 a 2200 260 a 2200 310 A 2.200 310 A 2.200 310 A 2.200 400 a 1.400/1.800 440 a 1.400/1.800 480 a 1.400/1.800 520 a 1.500/1.800 400 a 1.400/1.800 440 a 1.400/1.800 480 a 1.400/1.800 520 a 1.500/1.800 400 a 1.400/1.800 440 a 1.400/1.800 480 a 1.400/1.800 520 a 1.500/1.800 400 a 1.400/1.800 440 a 1.400/1.800 4.950 a 5.080 4.950 a 5.080 6.620 a 6.780 6.620 a 6.780 6.620 a 6.780 7.240 a 7.440 5.950 5.950 5.950 7.250 7.250 7.250 7.250 8.550 8.550 8.550 8.550 9.300 9.300 9.300 9.300 9.300 9.300 11.000 11.000 até 30.000 até 30.000 até 30.000 até 40.000 até 40.000 até 40.000 até 40.000 até 40.000 até 40.000 até 40.000 até 40.000 até 50.000 até 50.000 até 50.000 até 50.000 até 50.000 até 50.000 16.000 16.000 23.000 23.000 23.000 23.000 até 41.600 até 41.600 até 41.600 até 57.000 até 57.000 até 57.000 até 57.000 até 78.000 até 78.000 até 78.000 até 78.000 até 78.000 23.000 23.000 23.000 23.000 até 60.000 até 60.000 até 60.000 até 60.000 até 60.000 até 60.000 até 60.000 até 60.000 - 170.000 180.500 196.000 207.000 228.000 248.000 248.000 252.000 270.000 396.000 406.000 420.000 429.500 423.000 435.000 451.000 458.000 506.000 519.000 532.000 545.000 506.000 520.000 DC12 06 420 DC12 06 420 DT12 18 440 DT12 18 440 DT12 06 470 DT12 06 470 DC16 04 500 DC16 04 500 DC12 06 420 DC12 06 420 DC12 06 420 DC12 18 440 DC12 18 440 DT12 06 470 DT12 06 470 DC16 04 500 DC16 04 500 DC9 11 310 DC12 06 420 DC9 12 270 DC9 12 270 DC9 11 310 DC9 11 310 DC11 08 340 DC12 17 380 DC12 17 380 DC12 06 420 DC12 06 420 DC12 06 420 DT12 06 470 DT12 06 470 DT12 18 440 420 a 1900 420 a 1900 440 a 1900 440 a 1900 470 a 1900 470 a 1900 500 a 1900 500 a 1900 420 a 1900 420 a 1900 420 a 1900 440 a 1900 440 a 1900 470 a 1900 470 a 1900 500 a 1900 500 a 1900 310 a 1900 420 a 1900 270 a 1900 270 a 1900 310 a 1900 310 a 1900 340 a 1900 380 a 1900 380 a 1900 420 a 1900 420 a 1900 420 a 1900 470 a 1900 470 a 1900 440 a 1900 - - 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 16.000 23.000 23.000 23.000 23.000 23.000 19.100 19.100 16.000 16.000 16.000 16.000 16.000 16.000 16.000 23.000 16.000 16.000 23.000 - 490.416 527.022 515.566 553.291 528.840 564.467 574.024 600.835 490.416 527.022 561.952 515.566 553.291 528.840 564.467 600.835 584.145 410.717 499.171 323.945 338.170 323.425 337.657 375.173 405.575 439.212 420.453 454.089 487.985 456.030 489.667 512.306 Volvo Scania R 420 6x2 CR19H (1) R 420 6x4 CR19H R 440 6x2 CR19H R 440 6x4 CR19H R 470 6x2 CR19H R 470 6x4 CR19H R 500 6x2 CR19H R 500 6x4 CR19H R 420 4x2 CR19H (2) R 420 6x4 CR19H R 420 6x4 CR19H R 440 4x2 CR19H R 440 6x4 CR19H R 470 4x2 CR19H R 470 6x4 CR19H R 500 6x4 CR19H R 500 6x4 CR19H P 310 6x4 14 (3) P 420 6x4 CP 14 P 270 4x2 CP 14 (5) P 270 4x2 CP 19 P 310 4x2 CP 14 P 310 4x2 CP 14 P 340 4x2 CP 19 G 380 4x2 CG 19 G 380 4x2 CG 19 G 420 4x2 CG 19 G 420 4x2 CG 19 G 420 6x4 CG 19 G 470 4x2 CG 19 G 470 4x2 CG 19 G 440 6x4 CG 19 Mercado VM 210 ST 4x2 VM 260 ST 4x2 VM 210 ST 6x2 VM 260 ST 6x2 VM 260 TL 6x2 VM 260 ST 6x4 VM 310 4x2 ST VM 310 4x2 LX VM 310 4x2 TL FH 400 4x2 SCV FH 440 4x2 SCV FH 480 4x2 SCV FH 520 4x2 SCV FH 400 6x2 SCV FH 440 6x2 SCV FH 480 6x2 SCV FH 520 6x2 SCV FH 400 6x4 SCV FH 440 6x4 SCV FH 480 6x4 SCV FH 520 6x4 SCV FM 400 6x4 SCV FM 440 6x4 SCV Informações úteis Agrale S.A.: Tel.: (54) 3238-8000; fax (54) 3238-8052 - www.agrale.com.br MAN LATIN AMERICA: SAC 0800-19-3333 - www.vwtrucksbus.com.br Ford Brasil Ltda.: SAC 0800-703-3673 - www.ford.com.br Volvo do Brasil Veículos Ltda.: SAC 0800-416161 - www.volvo.com.br Iveco Latin America Ltda.: SAC 0800-702-3443 - www.iveco.com.br Scania Latin America Ltda.: SAC 0800-019-4224 - www.scania.com.br Mercedes-Benz do Brasil: SAC 0800-9709090 - www.mercedes-benz.com.br REVISTA CAMINHONEIRO 75 Caminhões usados (em R$) Marca/Modelo Obs.: há variações entre os preços publicados e os praticados pelo mercado, em função do estado em que o veículo se encontra e também da região do País. 2011201020092008200720062005 20042003 Mercado FORD C-1217 6X2 3e Dies. C-1317-T 6X2 3e Dies. C-1417 6X2 3e Dies. C-1517-T 6X2 3e Dies. C-1521 6X2 3e Dies. C-1717 CN 6X2 3E Dies. C-1717-T 6X2 3e Dies. C-1721-T 6X2 3e Dies. C-1722-T 6X2 3e Dies. C-1731-T 6X2 3e Dies. C-2421 6X2 3e Dies. C-2422 6X2 3e Dies. C-2422 CN 6X2 3E Dies. C-2422-E 6X2 3e Dies. C-2428 CN 6X2 3E Dies. C-2428-E 6X2 3e Dies. C-2622 6X4 3e Dies. C-2622-E 6X4 3e Dies. C-2626 6X4 3e Dies. C-2628-E 6X4 3e Dies. C-2631 6X4 3e Dies. C-2632-E 6X4 3e Dies. C-2831 6X4 3e Dies. C-2932-E 6X4 3e Dies. C-712-T 4X2 Dies. C-815-E 4X2 Dies. C-815-S 4X2 Dies. CARGO 1933 CNTL 4X2 Dies. 2P CARGO 2423 CN 6X2 3e Dies. 2P CARGO 2429 CN 6X2 3e Dies. 2P CARGO 2623 CN 6X4 3e Dies. 2P CARGO 2629 CN 6X4 3e Dies. 2P F-12000 4X2(N.SERIE) Dies. F-14000 4X2(N.Serie) Dies. F-16000 4X2 Dies. F-350 4X2 Dies. F-4000 TB 4X4(N.Serie) 130300 149000 160000 172000 75000 83800 66000 80000 123400 138600 148800 163000 68200 80300 63800 76300 116100 130000 141800 153000 163000 178000 63000 77000 60300 73000 110400 122300 130000 148800 155300 168800 58800 75300 58500 - 84630 86520 89565 90930 91560 94500 96600 98532 102500 115800 108800 118100 110000 135000 137000 148000 152000 160000 74256 72800 72220 82896 56520 - 82530 83580 87024 88074 89355 91245 93822 93000 94860 94300 108852 98900 111014 103000 126900 120000 139120 142880 150400 68034 66700 69575 79860 54450 - 80745 81900 85050 85050 87045 88200 91397 88800 90576 96600 99800 110000 62000 67735 77748 78926 53010 - 76681 78246 79748 79028 81144 79810 84042 84882 88244 86136 87858 93840 96655 101347 59940 65320 74976 76112 51120 - INTERNATIONAL 4700 4X2 16T Dies. 4900 4X2 Dies. 4900 6X4 3e Dies. 9800 4X2 Dies. 9800 6X4 3e Dies. 9800I 6X2 3e Dies. 9800I 6X4 3e Dies. 299536 312631 - - - - - - - 56800 63500 68580 100000 104000 - CAVALLINO 450E32T 4X2 Dies. 2P 450E33T(CurtaT.Baixo)4X2 170E21 6X2 3e Dies. 2P 230E24 6X2 3e Dies. 2P 170E22 4X2 Dies. 2P 230E22 6X2 3e Dies. 2P TZ740E42 6X2 Dies. 2P 380T38 6X4 3e Dies. 2P 490S44T(T.Alto) 4X2 Dies. 2P 600S40T 6X2 3e Dies. 2P HD 450S38T 4X2 Dies. 2P HD 450S42T 4X2 Dies. 2P HD 490S41T 4X2 Dies. 2P 163300 150000 142000 120000 300000 213400 140000 133800 134000 110000 123774 278800 189400 120000 128448 122000 100000 109760 260000 163000 181824 108800 112900 93400 98000 250000 158800 - 98800 102600 88800 92002 238800 150000 155000 - 90000 93600 80000 87024 152000 225800 138800 143800 - 68990 77300 140000 218000 131860 - 66920 74800 128300 200000 - 70000 116640 - IVECO 76 128040 150350 146900 160050 157800 168800 185000 78800 86300 69000 86800 revistacaminhoneiro.com.br - 292 - - - - - - - HD 570S38T 6X2 3e Dies. 2P HD 740S42TZ 6X4 3e Dies. 2P 240E25 6X2 3e Dies. 2P 260E25 6X4 3e Dies. 2P 380T38 6X4 3e Dies. 2P 217571 273540 160000 165000 300000 190000 258800 138000 150000 268000 183800 248448 118800 138800 240000 176300 106300 125800 228000 168800 - 160000 - - - - 126000 124800 138600 169520 163000 184300 233000 328000 338300 86800 95300 103800 156800 173300 240000 193300 218800 245000 265000 278000 265000 278800 280000 330000 336000 337000 124740 120000 135240 156000 160500 180000 218800 290000 310000 84300 92300 98800 152000 170000 150000 235000 183000 198000 228800 243000 255000 250000 262000 265500 320100 300000 305000 117600 116300 149032 153000 177600 198800 268800 278300 82000 88000 95600 148000 167300 145800 228800 170000 190000 200000 220000 238000 238000 245000 246800 271000 275000 114240 112600 140400 148000 175000 190000 240000 258800 79000 85800 92800 145300 162281 140800 208800 180000 188000 208800 220000 228800 230000 252000 256800 107100 108800 134056 145000 178800 228000 240000 76900 82800 87600 141800 133300 188000 173000 175000 188800 200000 212000 218800 236000 240000 103740 103900 124800 135680 139100 168800 170000 212000 228900 70300 78800 138300 176000 164000 168200 173300 188000 190000 200000 225000 228200 101325 100000 121642 127200 130000 162300 205640 222033 67300 75800 130000 133000 170720 163154 168101 182360 184300 194000 218250 221354 92414 99015 100995 96800 98736 109027 110770 116600 158800 66000 73300 92400 124300 126000 - 89666 98856 96839 99613 99613 155030 64200 70620 87990 98548 117252 119598 - 358800 465000 275000 288000 420000 290000 318000 358000 348036 451050 220000 266750 279360 407400 281300 266500 308460 272000 280160 347260 208800 259200 250000 257500 - 194400 236500 232000 238960 - 186840 196294 229405 225040 231791 - 181440 190620 223000 236000 - 174960 183812 208800 220000 - 169711 178298 202536 213400 139776 - 135200 - MERCEDES-BENZ SCANIA G-420 B 6X4 SZ 3e Dies. G-420 B 8X4 SZ 4e Dies. P-270 6X2 CP 14 DB 3e Dies. P-270 6X4 CP 14 CB 3e Dies. P-310 B 6X4 SZ 3e Dies. P-310 B 8X4 SZ 4e Dies. P-360 6X4 CP 14 3e Dies. P-400 6X4 CP 14 3e Dies. P-94 6X2 DB 260 NA 3e Dies. R-580 B 6X4 NZ(HIGHLINE) 3E Dies. G-380 A 4X2 NA Dies. G-380 LA 6X2 NA 3e Dies. G-420 A 6X2 NA 3e Dies. G-420 LA 6X2 SZ 3e Dies. G-420 LA 6X4 SZ 3E Dies. G-440 A 6X2 NA 3E Dies. Mercado 1215-C 4X2 DIES. 1315(Atego) 6X2 3e Dies. 1318 6X2 3e Dies. 1418(Atego) 4X2 Dies. 1420 4X2 Dies. 1718 6X2 3e Dies. 1720 6X2 3e Dies. 1725(Atego) 4X4 Dies. 1728 6X2 3e Dies. 1728(FlexTruck) 6X2 3e Dies. 2425(Atego) 6X2 3e Dies. 2428 6X4 3e Dies. 2428(Atego) 6X2 3e Dies. 2831(Axor) 6X4 3e Dies. 3340(Axor) 6X4 3e Dies. 3344(Axor) 6X4 3e Dies. 710 4X2 Dies. 715-C(Accelo) 4X2 Dies. 915-E(ChassiAE) 4X2 Dies. L1218 El 6X2 3e Dies. L1418 El 6X2 3e Dies. L1620 6X2 3e Dies. L1620 El 6X2 3e Dies. L1622 6X2 Dies. Atron 2324 6X2 3e Dies. 2P 2423-K 6X4 3e Dies. 2P Axor 2533 6X2 3e Dies. 2P 2726 6X4 3e Dies. 2P Axor 2826 6X4 3e Dies. 2P 2035-S(Axor) 4X2 Dies. 2040-S(Axor) 4X2 Dies. 2044-S(Axor) 4X2 Dies. 2535-S(Axor) 6X2 3e Dies. 2540-S(Axor) 6X2 3e Dies. 2544-S(Axor) 6X2 3e Dies. 2546-LS(Act.) 6X2 3e Dies. 3340-S(Axor) 6X4 3e Dies. 3344-S(Axor) 6X4 3e Dies. Informações úteis 292 revistacaminhoneiro.com.br 77 Caminhões usados (em R$) Marca/Modelo G-440 A 6X4 SZ 3e Dies. G-470 A 6X2 NA 3E Dies. P-124 6X4 CB 360 NZ 3e Dies. P-340 6X2 CP 19 LA Dies. P-420 CA 6X4 NZ 3e Dies. R-124 6X4 GA 400 NZ 3e Dies. R-360 6X4 CR 19 3e Dies. R-380 A 6X2 NA 3e Dies. R-400 6X4 CR 19 3e Dies. R-420 6X4 CR 19 GA 3e Dies. R-440 A 6X2 NA 3e Dies. R-470 A 6X4 SZ 3e Dies. R-480 6X4 CR 19 GA 3E Dies. T-124 4X2 GA 420 NZ Dies. T-124 6X2 LA 360 NA 3E Dies. T-124 6X2 LA 400 NA 3E Dies. Obs.: há variações entre os preços publicados e os praticados pelo mercado, em função do estado em que o veículo se encontra e também da região do País. 2011201020092008200720062005 20042003 378800 348800 318800 358000 373000 - 367436 338336 246000 290000 309236 347260 361810 - 238800 273000 - 227460 262000 240000 - 219708 248000 230000 260590 311040 - 206040 235000 222000 248930 239990 294840 - 190536 222000 213000 235392 224540 286200 - 153700 215340 195360 206610 228330 217803 277614 199800 196100 199800 144160 187200 185328 181896 185328 - - - - - - 210000 220000 193000 203300 - - - - - - 101640 140000 150000 150000 160000 196800 76800 - 98070 133100 142000 142000 152000 183000 73600 - 94500 128800 135000 135000 140000 142800 170000 69000 - 91245 120000 128800 127800 133000 135660 158000 67300 - 81900 84315 88507 102690 105770 115300 123900 112000 134400 120000 120000 122000 124440 136000 65500 121400 127470 78540 80640 81900 91375 90090 94594 99750 102742 108800 116025 102000 122400 110000 116400 118000 120360 133000 63535 112000 117600 75075 78220 78015 84000 88200 97440 100363 98300 105000 95300 114360 103600 105672 122360 103300 108465 70560 71971 75264 79027 91392 94133 94080 88320 105984 99264 101249 90880 95424 SINOTRUK HOWO 380 6X2(Aut.) 3e Dies. 2P 380 6X2(REB.) Dies. 2P 380 6X4(Aut.) 3e Dies. 2P 380 6X4(REB.) Dies. 2P 234465 223300 249100 235000 Mercado VOLKSWAGEN/MAN 13.150 TB-IC 6X2 3e Dies. 13.170 TB-IC(E)6X2 3e Dies. 13.180 TB-IC 6X2 3e Dies. 13.180 TB-IC(E)6X2(Const.) 3e Dies. 13.190 TB-IC(E)6X2 3e Dies. 15.180 TB-IC 6X2 3e Dies. 15.190 TB-IC 6X2 3e Dies. 17.210 TB-IC 6X2 3e Dies. 17.220 TB-IC 6X2 3e Dies. 17.250 TB-IC(E) 4X2 Dies. 17.310 TB-IC 6X2(Titan) 3e Dies. 23.210 TB-IC 6X2 3e Dies. 23.310 TB-IC 6X2(Titan) 3e Dies. 24.220 TB-IC(E) 6X2(Worker) 3e Dies. 24.250 TB-IC(E) 6X2 3E Dies. 26.220 TB-IC 6X4 3e Dies. 26.260 TB-IC 6X4 3e Dies. 31.260 TB-IC 6X4 3e Dies. 31.320 TB-IC(E)6X4(Const.) 3e Dies. 8.120 TB-IC(E)4X2 Dies. 13.190 4X2(Constellation) Dies. 2P 15.190 4X2(Constellation) Dies. 2P 17.220 TB-IC 6X2(Worker)(TractorEuroIII) 3e 2P 17.250 TB-IC(ELETR.) 4X2(CONST.TRACTOR) 2P 19.330 4X2(Constell.Tractor) Dies. 2P 19.390 4X2(Constell.Tractor) Dies. 2P 24.280 6X2(Constellation) 3e Dies. 2P 24.330 6X2(Constellation) 3e Dies. 2P 25.320 TB-IC 6X2(CONST.TRACTOR) 3E 25.390 6X2(Constell.Tractor) 3e Dies. 2P 26.280 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 26.390 6X4(Constell.Tractor) 3e Dies. 2P 31.280 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 31.330 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 31.390 6X4(Constellation) 3e Dies. 2P 5.150 4X2(Delivey) Dies. 2P 8.160 X2(Delivey) Dies. 2P 9.160 4X2(Delivery) Dies. 2P 18.310 TB-IC 4X2(TitanTractor) Dies. 18.310 TB-IC 6X2(TitanTractor) 3e Dies. 78 revistacaminhoneiro.com.br 107100 150000 160000 160000 170000 218800 82000 128331 134636 152775 166015 202536 231636 202536 187210 200014 235710 231636 269660 261900 281300 310400 81286 91374 100686 - 292 19.320 TB-IC(E) CL(Const.) 4X2 Dies. 19.370 TB-IC(E)(CONST.) 4X2 Dies. 25.320 TB-IC(E) 6X2(Tit.Trac.Const.) 3e DD 25.370 TB-IC(E)(CONST.) 6X2 3E Dies. 26.370 TB-IC(E)(CONST.) 6X4 3E Dies. TGX 28.440 XL 6X2 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P TGX 28.440 XLX 6X2 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P TGX 29.440 XL 6X4 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P TGX 29.440 XLX 6X4 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P TGX 33.440 XL 6X4 (Cab.LeitoT.Baixo) 3e Dies. 2P TGX 33.440 XLX 6X4 (Cab.LeitoT.Alto) 3e Dies. 2P 180000 176000 208000 188000 193000 180000 222000 208800 223800 217086 a partir de 2012 a partir de 2012 a partir de 2012 a partir de 2012 a partir de 2012 a partir de 2012 164400 173000 170000 187000 - 146500 158000 158000 168800 - 133500 153260 163736 - 125000 - 121250 - - - 270000 300000 328000 130000 170000 278100 324000 354240 374000 320100 328636 339500 465600 473360 310000 329600 334560 348800 355776 325000 344000 280000 312000 337840 372000 168101 184300 201760 223100 152000 246000 265740 280092 300000 306000 275200 286500 253000 - 141900 231900 242050 262548 280000 285600 243000 273000 245410 - 124500 214700 229381 254490 260000 265200 201400 243000 228000 250000 228620 298200 222600 241500 - 112000 208259 222499 246855 252200 257244 192920 233280 221160 242500 205850 268500 196100 212750 - 108640 90000 103140 179352 213840 189750 260445 177232 192280 - 84000 87570 92610 96600 87300 95256 169176 194400 187910 174052 188830 - 148813 153277 169815 180822 184000 164300 178250 206032 - VOLVO 261900 291000 318160 167100 269757 314280 343612 362780 288000 303850 314160 325000 331500 312100 326000 268000 302640 327704 360840 - Mercado FM-11 370 4X2R Dies. FMX-11 370 6X4R 3E Dies. FMX-13 400 6X4R 3e Dies. VM-17 210 SC 4X2 Dies. VM-17 240 SC 4X2 Dies. VM-210 ST 4X2 Dies. VM-23 210 SC 6X2 Dies. VM-23 240 SC 6X2 Dies. VM-260 LX 6X2 3e Dies. FM-11 370 4X2R Dies. FMX-11 370 6X4R 3E Dies. FMX-13 400 6X4R 3E Dies. FMX-13 440 6X4R 3e(I-Shift) Dies. VM-17 210 LL 4X2 Dies. VM-23 210 LL 6X2 Dies. FH 420 4X2 Dies. 500 4X2 Dies. 2P 540 4X2 Dies. 2P FMX-13 420 6X4R 3e Dies. 2P 460 6X4R 3e Dies. 2P FH 400 6X2 Dies. FH 440(GLOB) 6X2 3E Dies. FH 480(GLOB) 6X2 3E Dies. FH 520 6X2 Dies. FH 520(GLOB) 6X2 3E Dies. FH-12 380 4X2(Glob.) Dies. FH-12 380(P.Lotus) 6X2 3e Dies. FH-12 420 4X2(Top-Class) Dies. FH-12 420 6X4(Glob.) 3e Dies. FM 400 6X4 3e Dies. FM 480 6X4 3e Dies. FM-11 370 6X2 3e Dies. FM-11 370 6X2T 3E(I-SHIFT) Dies. FM-12 380 6X4 3e Dies. FM-12 420 8X4 4e Dies. FMX-13 400 6X4T 3E(I-SHIFT) FMX-13 480 6X4T 3E Dies. NH-12 380 4X2(Glob.) Dies. NH - 12 380 6X4 3E Dies. NH - 12 420 6X4 (Glob) 3E Dies. VM-220 4x2R Dies. 2P VM-220 6x2R 3e Dies.2P VM-270 6x2R 3e Dies. 2P ( Cab. Leito) VM-330 6x2R 3e Dies. 2P Fontes: os preços acima, em real, representam uma média de pesquisa feita em Junho/2012 nestas empresas: Piracema Veículos Ltda., Piracicaba, SP, tel.: (19) 3434-5366; Grandiesel, São Paulo, SP, tel.: (11) 6914-5666; Irmãos Davoli, Mogi Mirim, SP, tel.: (19) 3805-9950; A tabela de preços dos carros é elaborada pela empresa Molicar Serviços Técnicos de Seguros, que pesquisa semanalmente cerca de 500 pontos de vendas nos maiores mercados do Brasil. Molicar, São Paulo, SP, tel.: (11) 3704-7245; Quinta Roda, Sumaré, SP, tel.: (19) 3854-8900; Sonnervig, São Paulo, SP, tel.: (11) 6166-1002; e Tietê Veículos, São Paulo, SP, tel.: (11) 3622-2000. Informações úteis 292 revistacaminhoneiro.com.br 79 Frete por tonelada (valores em Reais) Região Distância Frete pago pelo (saída: São Paulo) mercado em JUNHO/2012 TruckCarreta Centro-Oeste Brasília Cáceres Campo Grande Corumba Cuiabá Goiânia Norte Belém Boa Vista Ji-Paraná Manaus Marabá Macapá Ouro Preto Palmas Porto Velho Rio Branco Vilhena Mercado Sul Blumenau Florianópolis Cascavel Caxias do Sul Curitiba Foz do Iguaçu Londrina Maringá Novo Hamburgo Porto Alegre Umuarama 1.015 km 1.829 km 1.014 km 1.400 km 1.614 km 926 km 147,80 203,28 147,84 184,80 173,25 138,60 120,12 147,84 96,80 138,60 138,60 110,88 2.933 km 4.800 km 2.800 km 3.971 km 3.200 km 3.500 km 2.700 km 2.000 km 3.070 km 3.604 km 2.500 km 369,60 693,00 311,85 646,80 358,05 600,60 294,80 258,72 232,40 388,08 295,68 311,85 508,20 254,10 438,90 300,30 415,80 231,00 207,90 277,20 300,30 194,04 670 km 700 km 900 km 982 km 408 km 1.047 km 528 km 636 km 1.072 km 1.109 km 780 km 87,78 90,09 110,88 129,36 55,44 138,60 78,54 86,90 138,60 129,36 85,80 73,92 76,23 97,02 97,02 50,82 101,64 64,68 69,30 101,64 101,64 69,40 Região Distância Frete pago pelo (saída: São Paulo) mercado em JUNHO/2012 TruckCarreta Nordeste Uruguaiana Aracaju Campina Grande Fortaleza Imperatriz João Pessoa Maceió Natal Recife Salvador São Luiz Teixeira de Freitas Teresina Vitória da Conquista Sudeste Araçatuba Barretos Bauru Belo Horizonte Governador Valadares Ipatinga Marília Ourinhos Presidente Prudente Ribeirão Preto Rio de Janeiro São José do Rio Preto Tupã Vitória Uberlândia 1.531 km 2.177 km 3.000 km 3.137 km 2.334 km 2.770 km 2.453 km 3.000 km 2.660 km 1.962 km 2.970 km 1.257 km 2.700 km 1.439 km 167,47 286,44 332,64 381,15 323,40 346,50 300,30 334,95 332,64 258,72 380,08 227,76 323,40 231,00 138,60 231,00 277,20 311,85 240,24 300,30 254,10 300,30 286,44 213,84 323,40 175,56 309,54 180,18 532 km 450 km 380 km 586 km 914 km 808 km 443 km 400 km 558 km 319 km 429 km 451 km 540 km 882 km 590 km 82,50 78,10 73,92 87,78 129,36 101,64 78,54 73,92 87,78 73,92 87,78 83,16 83,16 128,92 87,78 69,30 64,68 64,68 73,92 101,64 92,40 64,68 64,68 69,30 60,06 69,30 69,30 69,30 101,64 73,92 Fontes: Agência JS, tel.: (11) 3976-5336 e-mail: [email protected] . *Onde houver transporte por rio, os valores não incluem a taxa de transporte fluvial. Obs.: o valor do frete pago pelas agências de carga não é regulado somente pela distância entre a praça (no caso, São Paulo) e o destino. Fatores como a importância econômica ou agrícola da região (de origem ou de destino) contribuem para determinar a oferta de cargas e, conseqüentemente, a procura por cargas. Quanto mais caminhoneiros em busca de determinado frete, mais seu preço tende a baixar. Quando houver muita carga e poucos caminhões, o preço se eleva. O mercado também é regulado pelas condições das rodovias e pela existência ou não de “retornos” para o caminhoneiro. PNEUS - novos e reformados MOTORES - retífica (Novos e reformados, valores em Reais) MedidaNovoRacauchutado 900R20 1000R20 1100R22 275/80R22.5 295/80R22.5 900-20 1000-20 1100-22 (completa, com bomba e bico, valores em Reais) ProtetoresCâmaras 784,00 936,00 1.260,00 1.035,00 1.293,00 Radiais metálicos 575,00 693,00 935,00 695,00 935,00 20,00 20,00 25,00 - 69,00 89,00 99,00 69,00 89,00 559,00 721,00 966,00 Diagonais comuns 450,00 550,00 739,00 22,00 22,00 30,00 69,00 89,00 99,00 Preços médios pesquisados em empresas paulistas e Tortuga Câmaras de Ar, preços para compras à vista. 80 revistacaminhoneiro.com.br 292 Marca Mercedes-Benz Mercedes-Benz Mercedes-Benz Mercedes-Benz MWM Ford Cargo MWM Perkins Perkins Saab-Scania Volvo/Fiat Caterpillar Modelo OM 352/1113/2213 OM 314/608 OM 355/5 OM 355/6 D.226/4 - D.229/4 6.CCT - 16/18 D.229/6 4.236/D10-D20 6.357 110/111 N10/190E Todos Preços à vista em R$, pesquisados na Retífica Super Diesel em Junho/2012. Preços 7.590 6.820 15.950 17.050 8.580 17.380 9.350 8.580 10.780 19.360 21.780 sob consulta 292 revistacaminhoneiro.com.br 81 PASSATEMPO FRASES DE PARA-CHOQUE Mande sua frase para: [email protected] 82 Quando Deus fez o mundo em 6 dias, não tinha ninguém perguntando quando ia ficar pronto. revistacaminhoneiro.com.br 292 292 revistacaminhoneiro.com.br 83 NOVO VOLVO VM Cinto de segurança salva vidas POTÊNCIA E ECONOMIA 84 NA MESMA ESTRADA maiS CoNforto e SeGUraNça: maiS força QUaNdo voCÊ maiS preCiSa: Nova opção de freio motor: Cabines com célula de sobrevivência de série. Maior segurança do motorista. Computador de bordo de última geração. Motor inteligente com extra torque de acionamento automático, disponível no VM 270 de 9 marchas. 60% mais potente, maior eficiência nas frenagens e menor consumo de combustível. Volvo trucks. driving progress 292 revistacaminhoneiro.com.br www.volvo.com.br www.volvo.com.br
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