V - Dadun
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V - Dadun
u / // 1. rs ■ X . S ' - i . / ■V, I V • • V'k S y / SERMAO D O G L O R I O S O SA M IO SE P H Es PO s O d a MAY DE Q .U E DEOS, PREGOU O M. R. P. A N T O N I O D E Da Companhia de Jefu. SAA Offerecido. A O P R Æ C L A R IS S IM O , E N O B IL IS S IM O S E N H O R A L E X A N D R E CIDADAM DO VALLE D E B R A G A , &c. EM COIMBRA. todas f s licenças necesarias. Na officina de J C^A M A 'N T U N E S R ■’ Anno de 1692. L Î ,;r , BISLIi ' •- ; ,{■ ' \J (" " £ a ■ • , T ‘ "A /T A r ^i j;- ¿ l C . l \ J Í Í Í 3^.. I ' i C 11 a Y :•' M o o ^ .y .'0 ■ ÍÍ " ^ :A K Si ,M . o i l * " ') ‘b j i O :o ‘f.!J/-:-i : ' r ; . : :-' , o i / í ?íhíí:- V *■ t.: U A i ïH ,lh j ; ‘j i j c v . i k H -*1 G ' Htl . ‘ OA A /' I'-. Ì ' ACIAWKJ <.. ': . i D E D I C A D O AO P R Æ C L A R I S S I M O, & N O B I L I S S I M O A L E X A N D R E S E N H O R DO VALLE C I D A D A M DE B R A G A , &c. VIS dar à eftampa efie Sermao^quepregou oR.P.J\/[,]ántonio de Sa da Cópanhia de lefuj cm lou'vcr dogloriofo efpofoda Aday de Déos SJofeph, que ventmofamente me chegouas mSos ; pera que en- melhorlhe pudejje ajfegurar emtodos as eftimaçoes qa papel merece^ ja pello Abonado defeu Autor tao conhecidopor ostros efldpoíijQf applaudido nos mmtos q Ihe oímra'o yprincipamefite na Corte de Lishoa^aode hefeti nome^aindaho]e faudofam^te rejpeitadojcom envejas ao Braftl^que tendo^ thèdadojà ejlegrande talento,Iho tomona tornar.Achoii mesi affeBojmtamente commeu aggradecimento^que ?iao Ihepodia mais certo asegurar efps re^eitos-y que da eftam pa Ihedefejo mais coctUar na ejlimaçao dos que olerem^fe^ 7^aôfojfe valedome do refpeitado, Qf authorifado tejlemu nho, comque onome de A4 .indo nellejuntamente ejla^ padojopodia abonar, A effefim bufquei soa pejfoa de A4 .pera Iheofferecer emdemonjiraçao de meuparticular \ affeBojÇ^ tambempor reconhecimentodo multo ^emqefAz tou tou d evedora oIlh iJlriJjîm ^ Q )' R e’v e r cn d iffm o Senhor D. A lexandre d a S y h a hoje dignifjîm o Bifpo d e E h a sy corn qtiem V. A^.tem tao eflreitas rexÿens deparentefco^a cujagrandefa^ Q f benificienciajao em m im n m ï-publicas as obriga^oensy a ¡^. M . como a coufa tanto f u á jju lg u ei e u , que nad fen d o a elle, d e v ia ejle com outros majo^ res obfequios. E efpero achara em (^.Aî.eftep a p e l em feu nobilifjtmo appellido^que iielle ira efvrito, o amparo d e hum Valle b o m , que Ihepode 'valer com f e u .abrigo , ^ ^ felicid a d e de hum Alexandrey que Ihe darà o v a l o r , p er a com elle c o r r e m o mundo p o r g ra n d e,S irv a feV .M .a cei^ tar ejla pequeña offerta, que m eu affe3 o Ihepaga p or d er ü m à d e ju a s obrigaçoens^ como a n e f i u r e ï r o j i e l , que a s recebe y em quem quero f e d ep ojîteefle em penhor. G uarde Nojfo Senhor a V. M . ^ c . Coimbra 8. d e A g o flo d e id / j. M u ito obrigado de V . M . JofephF erreira Jofeph ¿ííitemy ciim ejfet v ir jvfttts. Matth. i. E R A c e le b r a r a J o fe p h ju ila m cn tcccn rp ira todo o creado, nao m enos que C è o ,& terra concorrcm lioje a fellcjar fuas cxcellen cias : pella parte da terra cilu hum É v a n g cliila ,pella parte do C c o ella bum A njo: E v a n g e liza s verdadeiros,6c A njos entendidos i;ió os oradores d elle dia^a verdade E van gelica acclam a a S. Joieph grande n o C è o ,a cloquencia A n gelica publica a S. Jofeph foberano na terragno C è o ,fa z pera m aior grandeili o nom e de jiiilo j ju lto o nom eoii o Evangclifta:/(7^/>¿ ñHtem'.cum cjTet vir juft-ny. 6c na terra faz pera m aior ibberania o titu lo de R e y i R e y o in titu lou o Ari^o'Jofeph filij he Jofeph grade sò na terra, nao he j o fq 'h n o C c o sòm cntc grande a na te r r a , 6c no G è o he igualm ente grande Jcfcph ; na terra, porque R e y ,n o C é o ,p o rq u c ju ilo : Se fe as glorius de lo fe p h fervem de em pcnho a £ vangchilas,£ c de cuidado a A njos aque n à o ennobrece a difcrigao de A n jo , nem a pena de E v a n g e lic a , com o o nao allbm brarà a em preza dos Icuvores de Joièph ? Se o h illoriador mais illuftrado de tal forte o lo u vo u , que ainda te v e que loiivar o A n jo , le o entendim ento mais agudo de tal m odo o engran J.eceo,quc ain da fìcou que engrandecer ao E v 'a n g e liib jc o m o n á o íeraó quaeiquer o u tro s e lo g io s hm itados ? V erdadcu'am ente q u e m e vi em baracado com a evidencia della conlìdera^aó, & pera nao errar, f.chava quc de via fegu ir a am bos os oradores fa g ra d o s, Se applaudir a jo ie p h com o A n jo R e y , & -com o E v a n g e liila ju ilo : porem rcib lvim c ultim am ente a d eixar o A n jo ,& fe gu ir o E v a n g e lic a , a publicar as excelìencia^ de Jofeph ju ilo , &C dar de m ao à foberania de Jofeph R e y , nao sò porque na coníidcrag^aó de Jo fep h R ey,n ecefìàriam en te fe haviao de in tro Ju 2ir advertenci as p o liticas, que j'or nào pregarm os à c o r te , p o llo quc p regu em os n a c e r t e ,m e pareccraó ^fcuzadas, mas tam bem porque m aior lifonja iiircmos a Joieph nos applaufos de j u d o , que n asaccU Hiagoens de R e y . A q u ello efpii ito m fe rn a l, q u c na iyn agoga de G afarnaum atorm entava hum m ifcravel h om em ,vendo q C h r iito o quelan zar, dilielh c aillm : Sao fis fm iin s D ei. B tm fei que fois o A 5 iV.nto 6 Sermao do Gloriofo 1-uito de D eoá. E a th y m io tern pera fy que o P e.n w n io pretendeo neila occafuio^lirongear a C liriftp , pera q^ie o-i^Io m andaílé iahir do co r po : Nbvt te quodjìsptnUHs Deiadftlando «¿íaVí i p f e P regu n to C h r ifto affim com o era Tanto, tam bem nao era R e y ? Smi era ; Vhi-bji ¿y? ? Pois porque nao lifongea o D em on io com o titu lo de R c y ,S c porque o liíongea mais com o titu lo de íánto: Seto te ¡jHodJìs p.u&íij} porque mais lifonja inclu c o applaufo de fanto, que a gloriaA e R e y : logo mais Ufongearemos a Joléph,le o m oftrarm os faiito,do que fe o'nioltrarm os R e y . E ílip p o ílo <^uc o E v a n g c liíla o caao n izo u já por ju lio : lofefh cum ejfet vir jrijius: so correrá hoje por n oli’a conta defco b rir o com quanta rezao o fe z ñas claufulas do E van gellio. A V E M A R IA . Ollct earn traducerci voluit occulte demittere cam. V e n d o S J o fcp li fináis de m áy em fuá efpofa, fem reconhecer em fy obra de pay, nao a quis entregar ájullÍ9a,quis deixala,6c aufentarfe. E íla aufenciiijíé confultarm os ao dou tilíim o M aldonado, nao vinha tá o pouco cu íío í;ia o Santo, que nao tro u x e íle configo os trabalhos de h um dellcrro; Arbitrar voluntarium tnalum religiofefecuin cogttiijj'c^fit per fpc~ cicmptregrinatíonts non vitto alicjuo repudiajfe^fed nccejjitate defervtJJ'e vide retar. Pois lo íep li deílerrado? q u e m o tiv o p'odia ter o Santo pera hua refolu gáo taó contraria a feu deícan go?o m o tiv o foi eíte: V ia le lofep h co m o cm talas conílrangido a cortar por húa de d u as, ou pella fuá in nocencia,ou pella vida de M ana: fe defcubro a M aria,corto por fuá v i da,porque conform e a ley,lia de m orrer a m áos da violencia i fe a nao d clcu b ro ,co rto por m inha innocencia,porque conílnto no adulterio i con fcn tir no adulterio,por nao m orrer M a r ia , refolugao im p ia , m or rer M aria,por nao confentir no adulterio, terrivel con lclh o i pera v i v er cu em N azareth,for50íi\m ente a h e y de denunciar,por nao a com m unicar no deii¿Í:o,pera a nao denunciar,hey d efa zcr aufencia de N a zareth: aufentarm e de N azareth he bem de M aría,viver em N azareth h e com odo m eu:pois que rem edio? irm e eu occultam ente deílerrado, pera que fique M aria livrem ente com vida. O m eyo eílranho ! O reíolu^'ao notavel! q fe defterre lo le p h pera nao entregar a M aria?que e lc ja o s in c o m o d o s d e h u m d e fte r r o ,p o r e ílo r v a r a M aría rigores d e ’ hura cáíligo? A té aqui extrem o raro de ch arídade, tom ar fobre mim penas,por evitar aos ou tros dores. L a vai contando o A p o ílo lo o m ui to que tinha padecido em íervigo dos p ro x im o s , & d iz alTim aos C o rinthios: Q his ¿fifirmatnr, ^ ego non infirmori Q u e hom em h a, que fe a* ílija r que n e lle fcntido expUcáo os D o u to res ellas palavras ) que hom cm N Sao Jofeph. 7 mctn ha, que fe aflija, & pene, q u e nao me aflija cu tam bem , 8c pene com clier G ran d e chnridade a de Paulo,m as com fuá licen za tbi m aior a de jD fcph,porquc P au lo padece com os que padecem , Jofeph e íco Ihe m olellias, porque W a n a e íc u z e p c n a s io Icntim ento de P au lo n ao era rem edio das aftliccoens alheas,porque ncm por j-vadeccr P au lo,d eix a v a ó d c p e n a ro s o u rv o s jo d e íle rro d e Jofeph era fegu ro da vida de M aria, pois por nao m orrer M aria fe deíleiTava Jofeph. E x c e d e o a charidade de Jofeph á charidadc.de P a u lo >Sz pareccoíc com a de C h r illo , de quem d iz o P roph eta Ifaias : Lvuorc cjusfan.injHmus, que com feus males Taramos nos dos noílbs. P era íiirarem os nofío s m iile s c ó o s d e C h r iíio ,n a 6 havia 5 d e fe r outros males os de.^Chriílojfen aó os noílbs; porque fe C h rifto tom ara outros m a le s , ainda nos p u d eraoficar os noílbs; q u e nao fe íegu e a m in h a fau d ed e q u e o u tr o ta m b em adoeca, mas fe o u tro tom ar a m in h a d o e n g a ,en tá o le fegun-.i a m inha faude: L o g o pera nós ficarm os feni m a le s, havia Chriífco de trefpagar os noílbs males a fy: afiiin havia de fe r,& aíTim d iz o m efm o P roph eta q u e foi: Lagnorcs hojirof ipfe dolores nojiros ipfcportavttx S ob re fy tom ou C h riíto noífas dores,6c fe z fuas as nolliis m ilcria s, pe ra q u e só elle pcnaíle,6c nos viveílem o s, pera que so elle padeccUc , 2c 11ÒS íhraílemos; Livore ejtttj'iiífaíi fnmus. Á q u i ch cgo u o am or de C h riHo pera com os homcns,6c aqu i ch ego u a charidade de Jofeph pera co M a n a ,C h riílo ,p o r livrar 0 5 hom ens de anguíH as,aceita p en a s, Joieoh por izentar a M aria de torm en tos,offereceílé a trabalhos; C ltr iílo p o i que os hom ens nao padecáo,padece J o fe p h porque M a n a nao m o r r a , deílerraíe. N a o SÒ excedeo Jofeph n eílao cca fiaó 03 lim ites do preceito do aliio rd o p ro x im o ,m a s,ta m b cm o m odo, com que D éos o manda am ar. D é o s manda que amem os ao p r o x iin o , com o a nos m efm os : Diii^eí froxtmnm tunm ^ficat te tpfiím : & Jofeph mais que afy m elin o araou a M a r ia jE n t á o amam os aos p r ó x im o s , co m o a nos m e fm o s, q u iu K o x:Qm í'uas penas n i« & e o m leus g o ílo s nos alegram os , £c e n tá o ai)namos ae« m ais q u e a nósjm elm os, quando por H•Vralcs de húa pena aceitamo'? nos to r m e n to , quando p®r Ihe efciiíiir liu m d e lg o llo , cortam os pello noflb go lto : de m aneira q u e íérttir feus ^ a le s ,& eítim ar íeus bens,he ámalos c o m o a n ó s ,& antepor feus ma les a noílbs bens, he amaloi^najs que a n o s; Jofeph quis aijtcs fofrev h u m d e íle r r o jd o q u e vcrem .M ari^.J)unacaílig.o>pplposo6Ím ci*cíies ^ o p n o s aos ccm odos aU^pK:«lygo míy§ ^ue a ly:am ou Jofeph a M aria ^ c h c g o u com a obra 110 am or ,do pi1>2cuno, onde D éo s n a o c h c c o ii '»• com 8 Smnao do Gloriofo com o prercito. V crd adeinim en te que lic tao iobida a cbariúa.io de Joicn b , q u c fc a fe nos nao cnfinàra q u e era todo hom cm , pudcra..ios iofpcirar quc tin lu algua c o n fi de d iv in o , poi'quc corcar por com oJic!,cJ o3 p n 'p ria s p o raco d irn m alesa lh e o s ,n à o fo ra ó m m o s que m oftras de divm dadc em (Jhi'ilto. D a v id o u T h o m è a r c fu r rc i^ a o de C h riilo ,fen aó villb as chagas cni l'.*u corpo g lo rio fo , vcm o Senbor a rcduzillo,m andalhe quc vcja, ¿c to uc as màosjSc o la d o ,S cap en as tin b a v ifto , quando exclam ou : D o■inus nictis,^ Deus w<?^i'Senhor m cu,Sc D eo s m cu ;Q u e d efcob rc,q u e c 'l'iio m è em C h riflo ,p cra q u e quando duvidava de hum hom cm rejiViradO jO confcilc tao refolutam cn tc por D eo s foberano ? D on d e o l’. cgio 'r h o m è n ella occailao q u e era C h r illo mais quc hcm cm PD as ¡iag.is,diz S .Pedro C ry fo lo g o : Corporis vulncra^^piijjìonisjìgna, Dettm '(Jc (Jhrifium^T'hoìna 'Vociferant^manifeJlMtc, E, pois diis chagas infere r h o m è em C h r illo ;vdivindade? Sim , q u c fe z T h o m ò configo ctle d iicu rlo : E bem naó faz C h r iilo reparo em me apparcccr com chagas rcfulcitadojSÓ por curar minhas chagas;naó fcnte fcu corpo as fuas,por iàrar as minhas? dem inue os luilres de fua g lo ria, por me H vrardos da nos da m inha o b ilin a caó , corta por fy, p o r m e valer am im ? pois tudo ilio Ikó argum entos de q u e nào he sòm ente hom cm , mas tam bem D eos: Domintis mens, ^ Deusmaus, G lo rio fo S. Jofeph,hom em f^is, ctt o con fcilb , mas mais q ü e hom em pareceis: tao lìngulares-faó as acgoes de voilb fer hum ano, que fe eq u ivo cáo com as acgoens do fer divin o ; argum éco de divindade f®t em C h riílo ncodir à incrcdulidade de T h o m è com repugnancias de fcu cltado,cm vos nao lera dcm onílra^aó -de divino,quereres atalhar o m ai,que am ca9ava a M a r ia , com perdá de voÜ o b c m , mas lera evidencra de mni&heroica v irc u d e , & manifcftrti c a o de mais perfeita charidadc; Noilét eam traducerc, 'voIhU occnlte 7tutterc cdm. D elib erad o afsim lo fep h crn fcu d e ftc r r o , d iz o tc x o que andava o San to confiderando: Hoc autem eo cogttm te^ íe a von tad c eílava já Ibi uta: vólfíft: que obrigava a Jofeph a novas conllderagocns ? NaS-a:ca^ar dc^ rer o que via, d iz C hi*yfoílom o: Conceptionem ntaniféfie bat, foruicationem fufpicari non poterai. V ia Joièph os indicios m anifeílos da C ó ce ig a o de lúa erppfa,£c nao fe periliadia a que fo íle deím anc h o d c fuá hone{lidade,6c com o fundava lúa aufencia na falta q u e os olhos iníínuavaó, elle nao cria, defpoisde r e fo lu tó , torñ aa cprtfidexar de r\o\o'Httc autem ea cogitanti. C o n ten d iao em, Joíeph os ólhos c6 a rezaó, pella parte'dos olhos e íla v á o as m oílras evidentes de m áy,p el la Sdh J o fe p h . 9 ]<i parte da raZao cftava a vida fantiìiìm a de M aria t argiihia o ven tre (Jelbrdcns, m oilrava a vida m o d cilias,o s olhos perfuadiaó aufencia 3, a féz.à6em bargava OS puilbs. Q u c faltailc M aria àfidelidade de efpoia dizia Jofeph,que tenha eu filho,rcm Ter feu pay! aiiìm o apertava a viita. M as corno pode fcr que m e offcndeiTe quem nas palavras he pura, no recato V irg e m , ¿c nas ac^oens fanta? A fiim o foiì'egava a rezào:naó le aquiecava porcm o cium e,renovavafe a lu ta, & crecia o a p e rto iC ó ccb er M aria,& coniervarfe carta,fer m á y , Se fcr ju n tam en te V irg e m , corno fe compadeccPaflhn com batiaó os olhos a rezaó.M as fe Sara defpois tic noventa annos parie,fe I z a b c l, fendo eitcril c o n c e b e o , porqu e iiaó podcrà M aria Ter m ay ,fcm deixar de Ter V irg e m ? Q u e m deu aos n Q v e n t a annos hum filh o,q ucm fe z a cfterilidade fecunda, porqu e nao íaria a virgindáde m á y ? aífim rebatia a rezaó os olhos^ 6c Jofeph nefta perigofa batalha,onde corria fo rt una a honra p r o p r ia , Sc encontrav a rifcos a fam a aIhea,todo zclofo,6c nada te m e ra rio , to d o p e r p le x o , & nada arro jad o , fufpcnfo o ju iz o , fé determ inada a v if t a , vacilante o diícurfojfe perfuadidos o s o lh o s ,já fe p a r tia ,já fe f i c p a , já r e f o lv ia , ¡á coníiderava: Htec atttem eo cogitante'. O h p rodigio mais que hum ano! q em acgáo tá o opportuna a principios íenaÓ defpenhafl'e Jofeph,6c que bataihando a rezao com os clh^^s, nao prccipitaílem os olhos a rczao! q u e a íliv e ílé ta o fe n h o r de í y o j u i z o de Jofeph »quando tinha a vifta t a n t o contra fyl grande valentía! rara viéton a! porque na 5 ha r e z a o , q u e reíiíta aos o lh ó s , nao ha en te n d im cn to , de q u e nao triu m p h e a vifta. P regu n to u S. Joaó a C h rifto , qual ora o traidor,que o havia de en tregar,6c refpondeolhe o Senhor q u e aquelle,a quem de fuá m áo deííc t) paójüC lo g o o deu a Judas: Cui ego immÜHmpancm porrexero^hic me tro, 'áet. P o d efe dar final m ais evidente ? Q u e m duvida q u e defte indicio tam m an ifeíío entendeo S. Joao q u e era Judas o traidor ? P o is affirm a o m e fm o E v a n g e lifta q u e n e n h u m d o s q u e eftavaó á m e z a o fou b e; Hoc autcm nemo fciv it difcumbenttfimi 6c le ncnhum o foub e, lo g o nem •S.Joaó.D ifficultoía co u ía de crer p o r cerro! N e m S. Joaó? Q u e o na 5 foubeílem os outros A p o fto lo s , feja c m b o r a , pois ign oravaò o final ; mas que S.Joao, aquem C h rifto diíle o fin a l, 6c q u e havia v ifto dar o pao a Judas,o nao íbubefle tam bem ? Sim ,re fp o n d c m yfteriofam ente S.Joaó C h ryíb rtom o,6 c dà ara za ó . Cum enim longe à taltfcelere ahejfct ^ net^ne de alys fnfpicabatur: ate Joaó naó alcangou que Judas fo ílc trai dor, p orqu e elle cftava fora de o fer, naó fe pcrfuadia a que ouvclVe infidclidadc nos outros$porque elle era fiei em fy:bem v io dar o pao a Ju das, mas aínda que os olhos deziaó que Judas era o infiel, naó fofpeitou B que 16 Sermaa do GWïofo que o foilc. O com o he certo q u e cada hum fente dos outvos coH(fot*( ine he em fy ,£ i do procedim ento proprio fe argue ordinariam ente Ihcoiqucm vive en tregue aos v k io sv i todos im agina viciofos, 6c quem nao iîibe delinquir,nao fabc ju lg a r d eliito s nos outros. Joa 5 nao le per fuadio a q u e havia infidelidade cm Judas,porque era Joaó fiel: pois co m o havia Jofeph d e fo fp e ita rfiilta se in fu a e fp o fa , fe Jofeph n a o tin h a em fy faltas? D e fuá íkntidade tirc u alem os a rezáo,pera refiftir aos oIh o s ife a v ir tu d e fora m enos, p u d e ra ó o so lh o s render a r e z a o , mas com o a virtu d e era tanta 9podem a rezaÓ fuílen taríe contra os olhos: JÍ£C autem eo cogitante. In cred u lo cu id a v a jo fe p h no que via,m as de tal m odo q u e so coníig o diícuríava: eo cogítatJte.ÍAuito pondera o B iíp o H eim a ó que o na6 * com m un icalfe,porque na co m m u n icaçâo m anifeílava aquelle ao pa recer defeito de fuá efpofa, que elle so fabia,6c nao defcobre Jofeph de q u e _- . ^ ^ . d e c la ro u a fu a q u e d a , 6 ccaíH g o ?n o A p ó ca ly p fe e ftá e x p re flb : Projt ^ ÜHs eji Draco iUe magnus,ferpens nnti(¡Huspyojeéius efi in terram^^ Angeli ejus m m tilo mt[fifunt.V(Á% fe defcobrio o caftigo,p orqu c encobrio o de l i d o ? a rezao he porque do c a ílig o con ílava aos h o m e n s, 8c o deli¿to SÒ D éos o fo u b e ,& culpas.que so a D éos faó m a n ife lla s, n a o as p u b li ca D éos: Ponhafe em bota na cfcritura a queda dos anjos,pois he couía fabida dos hom ens,m as nao fe ponha o crim e,pois so D éo s o conhecej & le D éo s,q u e he Senhor da fam a de ííias criaturas,aílÍm a g u a rd a , affim a falva,8c aífim a c o n fe rv a , com o infam am os aos outros do mais occu lto co n tra o am or,qu e Ihe d evem osrO h aprendamos de D é o s , 6c im item os a Jofeph, que com intereílar naco m m u n icagáo de feus cui dados h u m alivio,nao os quis com raunicar a o u t r e m ,p o r n ao defacreditar a M aria,Sc pode com elle mais a confervagao da honra alhea, d o q u e o defafogo de fuas ancias. N e m na vida,nem na o piniaó quis Jofeph offender a M a ria ; pera Ihe coníervar a vida,fe condenava a hum defterro, 6c pera Ihe guardar a fam a,fe deliberou a hum file n cio .E fe m e p reguntarem , onde andou m ais fina a charidade de Jofeph,fe em q uerer d e ite ra ríe , c u em acabar c o n fíg o a c a la r fe ? S e n o c u id a d o ,q u e p o z n a v id a d e M a r ia ,fe na cau tela , que teve em fuá fam a ? D ifiera que no fe g u n d o , 6c obrigaóm e a im agínalo aflim duas re zo e n s, hüa da parte de M a r ia , porque Ihe fez m aior bem ,6c outra da parte de Jofeph, porque le fe z m aior mal. E lle íilen cio foi pera M aria mais piadoíb, do q u e era aquelle deíi;erro;o de fterro era pera Jofeph m enos penofo > do que fo i o filencio.* V am o s ao pn- Sao Jofeph. 11 prímeirojño m aior bcm de M aria,lo^o irem em os ao fegundo,ao raaior inai de lo íc p h .O filc n d o foi pcra'^Íaria inaispiadofo,do q u o e ra o d e fterro, porque o dellcrró cictizavalhe húa pena m e n o r , & o fílencio UvroLi-a de búa cftlicgáo m aior:com o deíterro conlervavafclhe a vida, com o filcncio confervavaíclhe a ta m a , Sc m aior fentim ento caufára a M a ria perder a fam a,que perder a vida. Q u an d o a C h r illo o vierao prender feus iiiim ig o s, form ou o Senh or conti*a elles ella Utronem exijUs cnm£Íadijs,&fu~ ftibus: baila que com o a ladraó m e vieíles a prender com armas. N o te q u e nao fe q u eixa C h r illo da prizao,fenáo do m odo dellajnao fe queixa,p orq u e o prendem , lenáo porque o prendem com armas. P ois, Sen h or,q u e vai niflb,pera que v o llb fofrim en to rom pa em queixas ? naó vos aggrava a p rizáo ,& aggravavo s o m odo della?H e poííivel q u e mais fentis as circunílancias,que o efteito? Sim ,p orq u e o efteito tiravalhe a vida 96c as circunílancias tiravaólh e a flima i a prizáo abfoUitam entc co n íld era d alcv a va -o á m orte, porqu e pera o m atarem o p ren d iú o , a p rizáo executada com armas aesluzialhe a h o n ra , porqu e o trataváo co m o m alfeitor: & p o llo C h r iílo entre o rig o r de hiia prizaó, que o am eagíiva na vida,6c entre as circunílancias d ella m efm a p r iz a ó , q u e o deíi\uthorizavaó na fa m a , ju lg o u tan to m aior ap en a d o m en o lcab o da fam a, que o fentim ento do rifco da vida, que n á a fe q ueixa da pri zaó, em q u e periga a v i d a , q u e i x a f e daá circu n íla n cias, com que le Quafí ad Utronem exifiisCHmgUdijs y à fufiibus. E f e C h riílo fente m aistocarem lhe na opiniáo,que tocarem lhe na vida,com grande fundam ento digo eu , que m enos fe afíligira M aria de acabar a vida,6cfentira mais v iv e r fem honrádm enos m o le llo lh e fora tolerar húa m o r te , do q u e padecer húa infam ia. L o g o fe Jofeph com o d e fterro Ihe elcu zava a m orte,6c com o lilencio a livro u da infamia*fe J o feph d eílrrado Ihe delviava o ^olpe da v id a , Se Joièph calado Ihe e v ito u a m orte da fam a, bcm fe legue que mais fina andou fuá charidadc n o fílencio, do que no deílerro. M as fe Jofeph calando fuas ancias evitava afflicgoens alh eas, acrecentava m oleílias proprias,6c com o m efm o filcncio , com que a M a ria fe ello rva va ó asm ago a s,crecia ó a Jofeph o s fe n tim e n to s.H e o d e fa fogo m orte da pena,6c o fílencio vida d o to rm en to i quem q u izer húa pena dim inuida, co m m u n iq u ea,q u em q u izer hum to rm en to aum en tado, calefe. Ñ a s penas naó he o mais trabalhoíb íof re ía s, he o mais íerrivel caíalas; atreveiVe hum coragaó com as anguílias, fe Ihc deixaó ^ ^ c a livre,p o r onde relp irc, porcm atarlhé a lin goa he com o defatara v id a .L á concedco D éo s liccn ca a Satanás, pera que atorm cntatB 2 fe ti Sermae do Gloriofo fe a Job ,com tanto que Ihe naó tirallc r* in manu tm efi^verii.,. tamen antrnatn illiasferv^. A rm a d a co tn tanto beneplacito a inveja,n ao o u v c parce,que naó fcriílé,n aó ficou m em bro, que nao laftimaíTe , sóa lin goa nao m altratou, so na boca naó bolio : PelU tne<t confumptis carriíbuSi adhajit os mcum, Ó ” de reliEia fttnt tanttímodo labia circa dentes weos. E porque guarda o D em o n io tanto refpeito a efta parte do corpo quád o uza de tanta crueldade com as outras? Se tem licenga pera mnltrata ra J o b ,8 c o sm a ism e m b ro sp a d e c e m taó exccflivas d o r e s , porque Ihe nao abraza os beigos de m odo que fe naó poílaó m over,p orq ue Ihe n a o m o lcíla a lÍBgoa,de fo rte (me n ao poíia p ronun ciar?O h n ao eítais no cafo: n ao m andou D éo s ao D em o n io que naó tirafie a vida a Job : f^erumtamen animam tllius ferva ? pois com iílb m andou que Ihe n ao to caíl'e na lin go a,q u e im pedir a Job o u zo da Hngoa, com q u e exp licaíle feus fentimentoSjSc folicitafle leu alivio,fora tirarlhe a vida : morrei*a Jobjvendofe taó p e rfc g u id o , fenaó pudera defabafar o anim o pella bocai aquelle d izer que eráo fuas penas intoleraveis,aquelle ponderar tá o fentidam ente feus infortunios,aquelle exp licar fuas an cias, aquelle re petir fuas m oleltias,aquelle form ar q u e ix a s , aquelle rom p er em a y s , aqu elle m u ltip licar fu íp iro s,crá o huns com o relj^iradouros, por onde fe delafogava a dor: fe o D e m o n io Ihe atara a lin goa, perderá Job a v i da, q u e É r a maior. torm en ta nao poder queixarié,qu e o niefm o pade*» cer,6c aíIÍm nao fo i piedacJéjfcnáo ac^áo ío r g o fa , reí’e rvarlhe a lin goa in tatta,pois n ao eíla va em fuá m áo privalo da vida. O h q uanto mar* ty rio feria pera Jofeph v e ríé com penas pera o fcntim ento,6c verle fem lin go a pera o alivio^? H u m defterro cu lla va a vida de M aría a Jofeph,Sc hum filencio Ihc cu-ftou fuá fama; porcm mais fina ib m oftrou , a m cu ver , fua charidade iieíle fíiencio,do que naquelle defterro,porque mais p en ofo Ihe fahio o calarfe,do que Ihe havia de fahir o dellerrarle. N o deíterro pade* ceria a parte fenüvel,cojn o filencio podeceo a parte in tellig iv cl : o deíle rro teria m ales, que afligifl'em o corpo, o filencio aum cntou affli^^ oens, q u e tyran nifaváo a a U n a ,6 c os fentim entos da alm a fa ó tá o grandes, que defaparecem á fuá viíta as m oleftias do corpo. N a q u e lle racional facrifício de Ifaac pregunta S. P ed ro C r y lo lo g o , quem padecia as dores,fe A brah am facrificando i fe Ifaac m orrendo ? ¿C reío lve que abraham : Patrif ibi erat iota pajjio^ ubt films immoUbatur. P o is fe Ifaac era a v iít im a , q u e padecia, fe Ifaac era o que dava a gar gan ta aos fios do c u te llo ,& o que em punha o corpo á violencia d o f o g o : VbifilÍHi immolabatHr'.como pode fer q u e to-^a a pena,toda a dor,8c toda a ancia fo fie só do \>-iCj'íPatrís ibi erat totapaJJìoìA rezáo he,porque aquelle Sao Jofeph. 13 aquelle golp e feria no fcnfivcl ao íilh o ,& to a r v a no in tcllig iv cl ao pay am caçava no corpo p o r e fte k o a Ifaac^& dfiva na alm a por a fte íto -a A b rah am ,& ú v illa de hum a dor,qu e aflige a alm a. 6ca a perder de vifta a dor; que m o lclla o corpo; Patrts ibi ernt totapafßo^ubtfihus iramoit />4rí<r.Mais cruel era o alfanje pera o pay,qu e p e r a o íilh o , porque le no corpo do filho d elcarrcga va o go lp e,n a alm a do pay refultava o ccf o , & tanto m aior fo rça ttin o ecco pera lallim ar a alm a, do que o g o lj'e pera cortar o corpo, que nao he d o r a d o r de lfaac,q u e padece , à v illa d a d o r de A b rah am , qúo fe co m p ad ecei& fe Jofeph calado padeciana alma,&: Joieph dellerrado padecia no c o r p o , claro e ílá que mais cru el foi'pcra Joieph o filcn cio ,d o que era o defterro,6c que m aior foi a fine za de fuá charidade calandofe, do que vinha a fer dcílerrandofc. M as aquem aílim náo bufcava a liv ic sd a te r r a , por attender ao cre dito alheo,era impoíTivcl faltar co m as confolaçoens o C c o ;H u m A n jo defpachou a Jofeph, cílando o Santo cuidando entre íbnhos, o qual inteirandoo da E n carn açaô do V e r b o , Ihe fo llégou temores,&: delrcrrou cuidado: Ecce Angelus D om iniapparuit in fomnis Jofeph.O em que aq ui reparo, he no tem po d cílá appariçaô: em fonhos? Q u e m aíÍim Gui dava de noitCjóc dorm indo, m e lh e r cuidava de d ia ,.& acordado : Pois porqu e náo apparccco o A njo a Joiep h ,quando acordado d ifco rre , fcnaó quando dorm indo coníidera? N á o m erecía Jofeph ver A njosF C óccdeoie fuá v iíla a A b r a h a m : et tres 'vsrißantespropce/imi C on ced eo le a lacob : Fnerunt cjue et obmj Angeli Dei'. C oncedeofe a E \ì2.s: Ecce AngeltisDominitetjgit enm'.Qoncc^cO^Q a D u n icl: b eu s mißt Angelttm'.^ nao fe concede a Jofeph? P o r v e tu ra eraó m enores os m erecim entos de Joleph? A n tes nilVo le m o llra q u e faó m a ic rc s, em que in ereça Jpíeph dorm indo o q u e os outros m creccm vigiando : que te nha tanta fo rç a o fo n o do Joieph, co m o as vigías dos ourros Sancos pe ra tr a ie r A n jo s do C co ,g ra n d e fobcrania de Jofephlque dcçao A njos a A brah am quando efpcra peregrinos pera hofpedar , era m crecim cn to de fuá ch an dadciq u e d cçâ o a Jacob,quando perfeguido de E fa ii viVia d ellerrado, era m crccim ento de fuá paciencia>quC d eçâ o a Elias,quan d o fu g itiv o de Izab cl'bu ícava c s d c íc r to s , era m erccm iento de leus trabalhos’, que deçâo a D a n iel, quando padece no lago dos Icons pel lo c u lto de D éos era m erccinncnto de fuá conllancia : mus que d cçaô A n jos a J® fcph, quand© dorm m .io c u id a , quando por cíla r uTipcúida c o m o fo n o a líb e r d a d e ,n a 6 m c r c c e ;q u e te n h a ó o m efm o prem io os cuidados nao m eritorios de Jofc|ih, que as acçoeiis m eritorias ¿ o : ou tros Santos, excellencia he eíla,q u c so em Joleph fe a ch a,& no lado de G h r iílo a refp eito das outnis partes do corpo. P j :- 14 Sermao ào Glomfo P regu n tafe na T h c o îo g ia ,porque rezáo q u iz confervar C h r iílo era feu corpo glo rio iò as chagas dos p é s ,m á o s ^ lado? £ entre outras rezocns, que le apontáo,he a prim eira,que pera m aior gloria accidental dos m eíiiios p è s , m á o s, Ôc la d o , pera que tiveílcm gloria particular aqiicUas partes,que padeceráo particulares dores: ÒCpor eíia rezaó diz á a a to A g o lh n h o , que haó de ficar tam bem nos corpos dos m artyres fináis das penas,que pndccerdo:Propter accidentalemgloriam corports muL ta, Vifher^ tn perpeíuam vicioriam^ triumphtejue infignis. K pois o lado ha t;c entrar na rcpartiçaô das glorias com os p è s , 8c m áos ? os p é s , ÔC as iTiáos m cre e e rá o , o lado nao m ereceo as chagas dos pés ^6c das máos ib rá o m erito rias, p orqu e foraó recebidas em G h riílo v iv o , fie C h riílo v iv o m erecíala chaga do lado naó foi m e rito ria , porque foi aberta em C h n ílo m o rto ,Se C h r iílo m orto naó merecía: P ois com o fe prem ia o lado igualm ente com os pcs,Sc as máos? T e n h á o em bora os p é s , Se as m áos particulares luzes, pois m ereceráo,m as o lado,que naó m ereceo, p orqu e ha de ter luzes particulares? O s m erecim entos taó defiguaÍ3,&: íis glorias taó com m uas ? E ílk he a p rerogativa daquelle la d o , lograr fcin m erecer o que as máos,Se os pés lograraó m erecen d o , 8c ella he a grandeza de Joí'cph,tcr favores do C éo ,q u an d o naó m e re c e , com o os tiveraó os outros Santos,quando m ereciaó: pera os pés,6c m áos g o zarem mais refplandores, n eceíiitaváo de m erecim en tos, Se o la d o g o 7.0U fem m erecim ento mais refplandores : P era o C c o mandar A n jos ao3 ou tros S a n to s, foi neceílai’io que obraíÍem m erito riam en te, a Jo feph , p.inda quando nao obra m eritoriam ente, manda o C c o A n jo sjtá to con fcgu io o lado com húa chaga,em que n áo fentio d or,com o conleg u irá o os pés,Se as má©s com chagas,cm que fcntiraó doresjtan to íe prem ia o fo n o de Jofcphjconio fe prem ia a charidadc de A W -ah am ,a paciencia de Jacob,os trabalhos de Elias,Sc a conílancia de D iin ie l, Se toi tanto mais privilegiado Jofeph a refpeito dos outros S a n to s , com o o lado de C h r illo a rcTpeito das outras partes do corpo. E lla he a p rim eira rezáo deíla appariçâo em fonhos;pera a fegunda diíFiculto^as m efm as palavras em S.Joaó C h ry ío llo m o . Se pera infor m ar a Zacharias da C o n c e iç â o m ilagro fad e ]o á o ,lh e appareceo m anifclla m cn te hum A n j o , com o pera inform ar a Jofeph da E n ca n ia ça o d o V e rb o ,lh e apparece em fonhos? Apparuit in fomnis. O que fe revehiva a Zacharias,era mais facil.o que íe revelava a Jofeph, era mais difficu lto lb ico n ceb cr húa don zella mais incrivel era,do que cóceber húa m ulher eílcril:pois p orqu e manda D eo s o A n jo m anitcllam entc a Z achariíis.Sc porque em fonhos a Jofeph ? porque fiou mais de Jofeph, Sc fiou menos de Zacharias:naó foi m aior e ilim a çâ o de Zacharias a apparigáo Sao Jofeph. 15 ri^HO ños o lh o s , fo i mais- (icfcoi>íianya j iiaó fiou de Zacharias que crcflc, fe n a á v iíle o A n Jo , 8C G oníioude Jofeph <4ue fem ver o A n j o , crcria. A s claras fe m o ftra D co s a A braham quando o manda fair de íua patria: Deus apparmt Ahraham f^ díxit ad iUum'.exi de terra tua : fie cm lonh os ih c ordena dcfpois q u e Ihe {aerifique a feu filho Ifac : Igitur brJjíi-rn de noíic confurgens. roÁ^ co m o allim ? pera húa cm preza m ciios diíHcultofa, qual era iahir A braham da patria cheio de m erees, 6c rico de prom cílás,m anifcílarclhc D éo s aos olhoSjSc pera húa ac§ao tá o ar dua,qual era facrificar hum filh o ,em que acabavao de todo fuas efpcran^asjaparecclhe cm fonhos?Foi irto retiro de m ageítade , ou m enos aftc¿i:ode A braham rnem foi retirOjncm m enor a fte ó to , fo i mais confiim^arna prim eira apparigÚo fiou m enos, na fegunda confiou mais de Abraham : quando Ihe intunou o d eflerro da patria,que era m enos ar du o,n ao fiou de A braham com o principiante ainda na v ir tu d e , que obcdeceíle ao p r e c e ito , íenáo vifl'e qiiem Iho p u n h a , 6c p or iílb fe Ihe m oítrou defcubertam ente,quando ihe ordenou o facrifício do í il h o , 4 era mais d ifficultofo,fiou delle q u e com o mais crecido ja na fin iid a d c, obcdcceria ao m andadojfem v e r quem Iho ordenava, 6c p or iílb Ihe apareceo em íbnhos. D e m aneira que o m o ílrarlc D éo s viíivclm en tc a A b rah am , foi fiar m enos de fuá fce, 6c apparecerlhe entre íbnhos foi fiar mais de fuá credulidade : P o r fonhos m anda D éo s certificar a Jo'feph do ra y íle rio da Encarna^áo, quando m anda avizar m anifeflam en te a Zacharias da C oncei^ aó de íua efpofa: fiou m enos de Zacharias, 6c confiou mais de Jofeph; a fee de Zacharias era m enos fir m e , requería v er a quem havia de crer,a fec de Jofeph era mais fobcrana, nao neccííitava da v iíta pera crer: á fee de Jofeph b aílavaó fo n h o s, á fce de Z a charias nem villas b a íla v á o : Zacharias vendo o A n j o , duvidou , Jo* le p h ,fe m v e r o A n jo ,c r c o ;Z a c h a r ia s faltou á fe e a c o rd a d o ,J o fe p h nem ainda dorm indo faltou a feejem Zacharias^ainda quando mais cm fy,pode havcr faltas, cm Joíeph, ainda quando m enos em f y , n ao fe acharaó defeitos: dorm indo foube crer J o fe p h , porque fe o íbno Ihe t ínha roubado os fentidos pera v iv e r a ff i, naó Ihos pode roubar pera bedecer a D éos : dorm ia pera a vida,m as velava pera o obfequio : correfpondeo Jofeph de an tem áo, 3c com o em profecía a húa fineza gran de de C h riílo . C h ríflo a m o u tanto aos h o m en s, que ainda dcfpois de nao ter alcntos pera viver a ílÍjte v Q a lc n to s pera nos íavorecer an o s; 6c andou tam pontuai Jofeph em pagar e íla fin eza,que aíTi com o C h ri fto n ao viven d o já pera fy,ainda viVia pera o sliom en sj Joièph citando Como m o rto pera fy,e íla va com o v iv o pera D éos. Pendía C h r iílo na c ru z i6 Serm^ do Gloriofo cru ¿ j'rd cfu rtto a d iîi^ n cia s do odio, & a cuidados da m alicia, quando húcv utrcviJa la n ça Ihc rafgou o peito,6c naô podendo u m orte intibiap as chamas daquclie co raçâo a b razad o ,b ro to u agoa, 6c langue : E xtvit [ungMis, Í 5 aíjHíi i E itra iih o c a f o , derram ar fa n g u c , 6c ;igoa delpois da m orte ? nâo dcfpojou j á a m orte a C h n ft o do lentir naô o p óz jà da ou tra banda do padecer ^ pois fe efta a cçao requere vida : 6c C h n fto e lH jà m orcojccm o derram a ainda agoa,6c iàngue?porque ainda q C h rifto cftuva m orto pera fy,eftava viv o pera nôsro rem edio de noiTas culpas pedia aquelle langue,6c aquella agoa, com o fo n c e , donde manaraó os îacram ciitos: de Latore Chrifii exiirxut Sacramenta : 6c ainda que a mcfc*|É te 1he roubara o alen tó pera v iv e r a f y , nao Ihe faltou alentó pera n o ^ rem ediar a nos. E ra neceflario aos hom ens aquelle fa n g u e , 6c aquella agoa, pois dcrram eo C h r ilto já d e fu n to , que le ella acçào pede vida , C h n fto viv o eftá p erao s hom ens, ainda que m orco pera fy ; nao le ti* nha a fy pera ly ,6 c tinhafe a fy , pera nos ; pode mais com elle o em penh o de nolVo bem , que a im p o iliÿ lid a d e de fuá m orte.O h q u e prim oroíiamcnte eftá co r elpondido C h rifto em Jofeph, nao im pede o fono a Jofeph o fervir cuidadolo a D é o s , fenaó im poíiibilita a m orte a C h r illü o favorecer am ante aos homens. Se a m o rte nao pode tirar a C h riilo a vida pera o favo r,o Ibno nao pode eftorvar a Joieph os fentidos pe ra o agrado. N a o falto u Jofeph a D co s entre as defatençoens de quem dorm e ,6 c entre os cuidados de quem defeança , elp e rto cftava pera D c o s , fe dorm indo pera fy. O r a cu nao eftim o tanto a fee de Jofeph » por crer, 6c ver em Ibnhos,quanto por crer tu d o o que contradiziáo os olhos. Jofeph creo que fuá efpofa era V irg e m , 6c via pejadaa fu aeíp o fa, creo que concebera ao C reador,6c via q era creatu ra,6c nao ha cou za mais repugnante a hum a virgindade, do q u e hüa Ç o n ce iça o , nem m ais contraria ao fer increado de hum filh o , que o fer creado da m áy: 6c q u e crea Jofeph com tanta facilidade contra rodas ellas repugnan cias da vifta,aventejada fee! E n tre todos os m yfterios de noíía fee só o D iv in o S acram cto da E iích ariftia fe cham a por authonom afia m yften o de fee ,*mj/Jienum fidei : pois p ergu n to porque íe da efte titu lo mais in yllerio da E uch ariftia‘ q u e a qualquer o u tro m yfterio? O m yfteao m lyfterio da 'Frindadé myft< reí. N o m yfterio da E u ch ariftia cre-fe o que nao fe v e : ve-íe' p á o , 5c cre -fe que he C h rifto ,6 c s6 hum m yfterio,on d e fe ere o q u e íe naó v e , 6c contra o que fe ve,m erece intitularfe m yfterio da f e e : myfteriiífidet. T a l foi a fee de Jofeph uefta occafiaó,creo contra o que via,p orq ue vía cin Sd& Jofeph. xj Ctn fua efpofa apparatos de m ¿y,£c creo privilegios d eV irgem ,vÌo que era corno as demais m ulhercs,vk creo ^ iiao era m a y corno as demais, creo em contrariedade dos oUios, vciicco repugnancias da v ilt à , fo y fee iìn gular, toi fce avcntcjada. C re i ce a iòba'ania'Ua fcc de Joieph na circunftancia da p e flb a , que Ihc riv e la v a o m yllcrio : rcv cla va lh o hum A u jo : Ecce Angelns Domini apparmt : & crer Joieph a hum A n jo contra o que Ihc deícobriáo os oIhos,encarecida fee.N á o ha onde arribe m ais o h yp erb ole que a dizer,, q u e creo Jofeph o tcitem u nh o de húa creatura contra ièus proprios oIhos,fendo que baila a m enos fundada inform agáod© s olhos pera t a l . YC35 duvidarem os hom ens da v-erdade do C reador. A ch a ó fe os dilcipulos em hua naveta,em que por pequeña Ìè defpicav a o as ondas de feu fu ro r,que Tempre o pequeño ioi defpique do poderoio. C om padeccofe C h r iílo de leu trabalho, & pizando im pcriofam en te as agoas,que efquecidas de Tua inconllancia, venciào os m ontes em fineza, tratou de Ihes foflègar o m edo,certificándoos de q u e elle e ra: Ego fitm^no/ite pimere. P e d ro corno mais am orofo, nào fofrend o as di lagocns do.rem o, Ihc pedio licenga pera o ir b u fc a r , mas com húas palaVras,que m e daó m u ito era que reparar : Domineiji tu es^jnbe me ad te venirefuper atinas. Senhoi'jfe he q u e vós fois,mandaim e ir a vervos.Sen h o r fe he q u e vós lòisFPois naó cré P ed ro a C h riilo ?d u vid a ìè he elle quando C h r iílo teilem u n h a q u e elle he : egofum ? pode haver engano n e iletcìb e m u n h o F p o d e h a v e rfa llib ilid a d e nella v o z ? claro e lla que náo. P ois co m o duvida P ed ro fe he C h riílo ; Domine,fttu w rO ra notai: P e d r o , quando vio a C h r illo fobre as agoas pareceolhe fantafm a : áentes enm turbati fnnt^dícemes ^Hiaphantafmaejl. E c o m o C h r iílo nos olhos de P e d ro correo por fátafm a,náo baila o tellcm u n h o de C h r iílo q u e elle he,pera que naó du vidc P edro,fe he elle. N a ó ou ve te lk m u n h o m enos fundado , q u e o dos olhos de P e d ro , nem verdade mais abonada, q u e a das palavras de C h riílo ,8 c com tudo pode mais com P e,di-o o engano dos olhos i>era vacilar,que a infallibihdade de C h r illo pe ra crer: D om ine^ tu es. E is aqui a fee eílrem ada de J o íe p h , que d u v i r a n d o P ed ro da infallibilidade d o m efm o D s o s , porque encontraráo os olhos,Joièph náo duvida da verdade de hum A n jo , quando tinha os olhos con tra iy i fy vacilla P ed ro da authoridade do C re a d o r , porque C h r illo parece^aos olhos de P ed ro fantafm a,náo vacilla Jofeph no teftcm u n h o de húa cre a tu ra , quando a v illa defcobria na virgindiuie de M aria C on cei^ áo , 8c à divindade do filho rcpugnava o fer creado da *náy. E ile fois divino Jofeph,eílcs faó os exceílbs de vo íla fantidade, cíles C os íS ' SermaodoGíoriúJo os'aííbínbros de vóíFa virrudé:que fácil e m aceitar tfabalHbs'.por c fcu zar aos outros molefl:ias;quc difficulrofo em crer d e fe ito s, que fin gu la f em dim inuir aflicgoei-K alheas,que unic® cm acrecentar as proprias: que priv.iligiado nos tavores,que íbberano na fee! C o m m uita rezao vos acclam a o Evanffeliíta-Santo, Sc vos canoniza ju fto : lofeph antem , cum ejjft vir jufifts. M as antes q u e ,re m a te , tenho que ven cer no E v a n g e lh o h u m eícrupulo,&c reparo co m m u m contra o titu lo de ju llo ,q u e S.M ath cos d á a S .Jo lep h .A le y m andava que achandofe que algüa m u Iher concebera fora do talam o co n ju g a l,fo llé denunciada á jiiU ig a pe ra fe p ro ced erco n tra feu d e fm a n ch o jo fe p h achou q u e fuá efpola avia ■ concebido,fem querelle tiveíle parte em fuá C o n ceig á o : inventa efi m mero habeHs’. ^ w 'io quis denunciar: nollet eam traducere : lo g o co m o , ou cm que era ju lio ,o u Santo J o fe p h , C«;» : M ais. O E v a n g e liñ a poem a fantidáde de Jofeph com o caufa d eíU re íb lu ^ á o , >orque d iz : íofeph autem cum eJJ'et vir ju fiu s, ^ n^liet eam tradftcere:(^\iQ oíeph com o fo íle j u lio , nao a quis cntregar^pok n á a obedecer a búa ey he fantidadePcontrariar hum p receito he virtu de ? Se aíiim f o r a , m uitos Santos tinhamos hoje no m undo. O r a cham ou o E v a n g e liíla a Jofeph ju llo ,6 c Gmto, quando fazia húa acgao aó parecer m enos ajullada com a ley,p o rq u e he tanta fuá excellen cia, 6c tá o rara fuá virtu de,que o que em o u tro fora d c k it o , em Jofeph fo i perfeig-áo : a tranP* g re ü a o d e húa ley,q u e nos outros homens he falta de oblervancia-, fo i em Jofeph deliberagáo de virtu de,q u e e lle he o p rivilegio dós varóens grandes,fer nclles elogio o que nos outros fora defdou-ro, 5c c o n v e ite r em acgocns de gloria o que nos outros he acgiío de vituperio. P ed iraó os m iniítros de C efa r o trib u to a C h n ílo ,m a n d o u a P e d ro q u e o pagaífe por ambos: Da eifpro m e,^ /í:E ís q u e com e^áo os A p o llolos a envejalo valid o,& que era entre todos o maior:/« tila hora a ccef ferunt difcipult ad lefum dtcentes'.quisputas mator efi m regno cdoriiVaTi ta l foipeita ! ha tal enveja cm tal occafiáo ! S e r tribu tario fo i algúa hora indicio de fidalguia? pagar trib u to foi algu m dia m ateria de enveja? da izen gáo de trib u to fe colhe a n o b rc z a ,& fe o n gm a a envejarpois com & fofpeitáo os A p o ílo lo s grande a P ed ro ,& com o o envejáo preferido V quando o vem tributario?P orque he tanta a excellcnaia de P cd ro ,q u c nelle le con verte em honra o que nos óutrofi he vilipen díalo pagar tri b u to ,q u e nos outros homens depota íer pOUco illultres,em P ed ro co i^ repra^ a de m uita loberania:-AlVitn era-grande P e d r o , 6c aílÍm era iní* íig n e jo fe p h ;h ú a le y cn co rttra d a e fíi qitóíiifon áo avahara d c fc ito ? ¿ c com tu d o em Jofeph o ju l^ o u hum E va n g eh íta fantidadc:/(j/f/>¿ autem cum effet vir jujtus. D aqui Saú Jofeph. 19 D a q u i íe legu e q u e Jofeph era cred ito de íuas obras, & n ao as obras credito de Jofeph, a ac^áo de nao q u erer en tregar a M aria náo acrcditou a Joieph d e ju ílo , Jofeph acreditou d e ju ílo e íla a cg a ó ,q u c por illb diíi’e o E v a n g e iiíla que Joieph nao quis entregar a fuá e fp o fa , porqu e era fa n to ,& naó que fo ra fanto,porque náo quis entregar a fuá efpoía: de Jofeph procedía fantidade de fuás a cg o e n s, 6c fuas ac^oens náo refun d iáo fantidade em Joleph. A os outros Santos fuas obras os acreditá o ; o íiicrificio de líaac abonou a A b rah am ,pera com D c o s de am igo ítXiiNunccognovic^mdtimeFDettm. EUas grangeou e ítim a ^ ó de 1er v o de D éos,pera com a viu va de Sarepta a rcfurrei^aó do filho : N m c ju fic cognovi^y ejuonia vir D ei es r«.Mas Joícph a u tíio n za fuas o b r a s , e n . grandece fuas ac^oens,naó fo i fanto pella ac^áo de n á o q uerer denun ciar a M aria,antes o naó querer denunciar a M a r ia , foi a c 9 a ó , 6c deliberagáo fanta p ello que te v c de fuá. O h co m o Jofeph parece divin o! A D éo s naó o ennobreccm Illas o b r a s , antes as obras icen n o b rcccm co m D e o s .L á d iz iá o d o B a u tiíla o s M o n ta n h czesd e Judca: ^uifpHtas fu er ijle e r it,^ enim manns Domtm erat cnm #7/í»iQual vos parece que fe r á J o a ó , porque tem co n figo a m a o d c D é o s? N a ó d ilfe ra ó : qual vos parece q u e ferá D co s,p o iq u e fe z a J o a ó , q u e iflb era fer Joaó cred ito da m áo de D éo s: mas diircraó:qual vos parece que ferá J o a ó , p orqu e tem a m aó de D éo s co n íigo , q iic iílb crá fer a m á o de D co s cred ito de Joaó. E íla he a preem inencia de D co s, 6c ella he tam bem a p crro g aiiva de Joíéphjíe venerada cin D éos pello fub lim e de leu. fer, cóm u n icadaa Jofeph por p rivilegio , 6c por favor. D o n d e ve n h o u ltim am ente a co n clu ir que o m elh o r de Jofeph he Jofeph,porque íe Jofeph d á e lb m a g á o a fuas c o u la s , claro fica que he a couza m e lh o r , q u e ha em fy m eim o ; 6c aílim naó eftirno ílias gr.uidezas,só a JofepheíH m ojJüfcph he o mais fubido,hc o mais eltin iavel, que h a em Joieph.Dcl'pois que Jofephf o filh o de Ja(.ob.)te deu a c o n h e cer com feus irm á o s , voltaraó eíles alegres •a leu p u y , 6c contaraólbe m iudam ente a fobcrana fortu na de Joleph: com o dom uiava t.xio o E g y p to , co m o era a legu n d ap eilb a ú o í<.cynode P h arao, 6c finalm ente com o citava adorado de toaos. O u v io s J a c o b , 6c rom peo nclVas palá- poder?naó prezais fuas glorias: nuó fcltcjaisfu a ditu ? só vos alegi que viva^ Sim :porquc a-coufa uc mais elbina^ 'aó, qu:: ha em J o fe p h , Jofeph, 6c todas elVis g io r ia s 6c ellas ditas he o m enos de Jalcph: 5« / m hi^Iofeph vivit. A ilim lentia Jacob üc feu fillio Jofeph , 6c iiíTiin ^^Ucicu tam bem de jo fep h fiiho uc D a vid ,có tanto miuor rezáo, quau Ci to 20 Sermae do Gloriofo to he m ayor a vcn tagem ,q u e faz hum J o f ^ h .a outro-Joíeph,hum p ay p u tativo dc C h riito a h um V i ío - R e y de É gyp to ,£ c hum valido m u y particular de D eos a hupi privado de P h arao, E fp o fo querido de M a r ia , n a o vos ven ero tanto p ello que obráis, q uanto p ello que foisi nao re co n h cg o em vos coufa de m ayor valia do q u e a vos m clm o ,vo s foisj a m e lh o r de vos. O s outi'os pera fcrem gra-> des ncceííitaó de fuas acgoens, voílas acgoens pera ferem grandes, necefsitaó de vos : os ou tros iaó m enores, q u e fuas obras, pois elles le auth o rizáo com ellas,vós fois m ayor q u e yoílas obras, pois ellas fe accre ditilo convofco;fic já q u e ch egu ei foberanq Patriarcha,com as velas de m inha oragáo a navegar o profundo m ar de voíib s lou vorcs, tem po he já d c a s d o b r a r to d a s á v o ífa d e v a g á o ,q u e correr em tanto g o lfo naó podcria fer fem rifco jS ó vos p ego com rendido a fíeclo ,q u c pois C h r iílo deve m u ito de féu fangue ao fu lle n to ,q u e Ihe offereceo vo ífo lu o r,th eíb u rciro rico de grabas nos alcancéis copiofas enchcntes della ,.em penhor da g lo r ia , Onam mihti S vohist (:!:) F IM . ''ft - -I- { , ,j, i'.i > .V . . i '/•j1 1.1 ■I rfi't.u ' I • ; - j •■ 7 Í. " ! ' ' ■ [ . a c i . 1* c*i- ' • . . -I 5 i ' '■ •v. _ i 1 , «.‘. j :’ . • ¡ l* ' (tei ■(,' .f,o 5r c ■ _ ; Í !i t I :■ :'K.¡ •' ■^ Í ' ■* J>‘ > j ? O : ■ •• • ' .■ ■ •V» : K^ ' •fc i.. Ö ■b » . . ; J *ft- ; >(•■ ■o ... , c ¿.i .Í! :. -<..'4 ;■.-n --v. -I ■ ; Hp/; b •' ■ ' :■ ■ . if ':-v . 5;¡r -i .’ 1 di ,. : > : v b n f ' l ! , ; C ú ,'i H ‘ --iVii'jÇfi,,, -’ i ‘ f.OO j '' • ' / *> ' ■ /j . Ui :>\j* 3obv:>:>--q (Eàiv r, -.f) iío 7 o fn f> r, ô/ iom , . .:.'â i: .b ■I li.’"! ^OÏ^jî *3Ïi -h 0»r í-*¿' i h & i O i ' i ' L '.îll. O‘ :r riT î f î f i 'î c c î ^ î : . ij;t ■ i-’. r:?- ' t f t r - 'f il p ii! m; ,-<r‘ *ífíC':2fn ?■'M ■ •» 10^ ß 51 í 6 ‘'¿'í^ c ';ö i ■i'% ol>,. :iii> cfl'iç f'f (fi tZciof) ah'jv/Kj oÎ'DT or s u ')! ob v/'r:*'! "íñ :oiT:f.p c li q v’ hiifi?*! '.au ['! £G/ í> :i'fl'jlo 'i ». :•. . U -^'üî . -î ^ïv •:: •. '•-•!>•, :ô / cwj '' «'i; ' v I , - ì ■ '•, j x A : „ Oí C‘M »J t" si'I-jh 3 ü : c I fj ¡,1 j mi*.- ;!-., , i -a Cd C ;A ¿)'jfS , ,?abuìti7 ,?f;bi5Ît>'iXj 't iîia,-îr»q ,.-:7citiO i,b o-* , od!' d o ’M ÍJ - ^ .c n o io v ob i.-b 'i'ig VR-n.T -'• -Ti'i 2. '' í,i :.b -EJíy-ïOs j I " íiü m -:''!; ( r i ; 0 '’Ocbi'. J i (V»<¡£n of> >'i£.i’ífiíi ir)nn'..^ofb nci.i <0 ! ••< tobnii^ ~o\ ■)) j'ip fifífii tioa Èri ,ti jlt;o - ' '.líf- .'■'JÓc-'-i^^/br.b '.h j: A o'^p ?si;ff *n íni'Oy ' > ■ f'i ’ >'i r n ‘ ^í^ ''>ft'ir.’" ' ^ . ■j j ÓVJoí í f Rñf j naí * éoiii-gir*':; .UITAM ^ Z'v^f^ í</^?V'C1 Jl^ou Ol>iiD..'HY Ü^a c V A J ■ - ♦ ■ »î 't "V,». • •V, ■ I - '■.i^ ,. r VV '»V'U-'.^ • '• •■ ■ « -• ■ • lÂÇî •>!» . '■ ■ ■ ■-.J *omiE' ■rH'Îiï» • •. . f ¿fe. •sr>r2air^” í ‘-s ' -o*. . i-^;fr»>i..}7firS^v'... ’.- i.mK'Iwv.'*' i • t, »S; f \ 4 k Í é^ t m \ r