Stephen Covey - Lyra Consultores
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Stephen Covey - Lyra Consultores
Stephen Covey “Sem envolvimento, não há compromisso. Marque isso, ponha um asterisco, circule, sublinhe isso. Sem envolvimento, não há comprometimento”. A saga deste guru iniciou de uma maneira nada convencional, e seu sucesso nasceu de um insight quando, impulsivamente, largou uma pacata carreira acadêmica para criar o Covey Leadership Center. A empresa de consultoria começou com apenas dois funcionários e ganhou o mundo, tornando-se uma das mais lucrativas da América. Em 1989, Covey lançou sua obra prima “Os sete hábitos das pessoas muito eficazes” e não levou muito tempo para ser considerado pela Time uma das 25 personalidades mais importantes dos Estados Unidos. Hoje, sua empresa, que em 1997 uniu-se com a Franklin Quest e passou a chamar-se Franklin Covey Company, emprega 4.500 consultores, atende mais da metade das 500 maiores companhias americanas e opera em 37 países. Cada aparição do guru da eficiência custa em média 45 mil dólares. Covey criou um estilo próprio e propõe uma espécie de “reengenharia da alma”. Ele não se limita a motivar os executivos, mas a mudar radicalmente a forma de pensar e de viver destes profissionais. Enquanto o credo dos negócios americanos prega lucro acima de tudo, e nas vendas a filosofia é ser mais forte, mais inteligente, mais rápido, Covey defende que os executivos e os trabalhadores devem se concentrar em coisas verdadeiramente importantes, que para ele são: no desenvolvimento de relacionamentos de longa duração com os clientes, na família e nos seres amados, em prestar uma contribuição significativa para a comunidade e em viver uma vida íntegra. Sharon Bernom, uma consultora americana, diz que “Covey tem um enorme poder de atração porque diz às pessoas para tentarem equilibrar as suas vidas, descobrir o que é mais importante e deixarem de andar apenas apagando fogueiras.” Os domínios da eficácia pessoal são também tratados por Stephen Covey que sistematizou os sete hábitos das pessoas eficazes. Para ele, os hábitos que fazem um bom executivo são: ser pró-ativo, começar pelo fim, definir prioridades, pensar nos outros, escutar quem sabe, criar sinergias e equilibrar a vida. Esses hábitos lembram os executivos da importância de prestar atenção a coisas simples que, muitas vezes, são ignoradas, como contratar pessoas que compensem seus pontos fracos, fazer grandes entrevistas na hora da contratação para recrutar pessoas com o caráter e a competência que procura; levar uma vida equilibrada, encontrar tempo para se exercitar, renovar a dimensão espiritual e o intelecto, cortar a televisão, ler mais livros, ter mais tempo para reavivar as relações com as pessoas importantes na sua vida, ajudar os outros; partilhar idéias, cercar-se de pessoas que podem ajudá-lo; ter idéias claras sobre a missão, a visão, os valores e objetivos da sua empresa e dar prioridade aos objetivos que se encaixam na sua missão. Covey explica humildemente que, na verdade, apenas limitou-se a organizar e a divulgar o bom senso, o que todos já sabem, mas raramente põem em prática. Covey viaja por todo o mundo levando o otimismo e propondo uma revisão de valores. Nas suas palestras, ele ensina como criar confiança mútua e respeito entre empregados e gerentes, times de trabalho com resultados orientados, atitudes positivas e suporte mútuo. Ele acredita, acima de tudo, que qualquer transformação precisa, necessariamente, ocorrer primeiro internamente na organização e para isso é necessário uma mudança de atitude, de consciência para que ocorra uma mudança significativa externamente. Covey é considerado um expert em liderança e define os líderes como pessoas que “se sacrificam e operam de acordo com certos princípios fundamentais para concretizar sua visão. Estão dispostos a sacrificar até vida”. Ele cita Gandhi como um exemplo disto lembrando que, sem um poder formal, ele libertou 350 milhões de indianos, sacrificando sua riqueza, sua honra em nome de sua visão. Para Covey, “o verdadeiro sucesso vem de dentro. A vida das pessoas tem como sentido um objetivo: que princípios respeitar? A princesa Diana sacrificou a realeza pela autenticidade. E um psicólogo austríaco encarcerado nos campos de concentração nazista disse: "Suporto qualquer o quê se tenho um porquê." Em seus artigos, Covey defende a idéia de que há um momento na vida em que nos questionamos: "Como é que com a minha vida posso fazer uma diferença?" e acha que se conseguirmos descobrir isso e juntar numa base mundial, podemos lidar com os vários dilemas que nos atormentam. Ele diz que isso envolve ir além do dilema pessoal e a solução mais plausível seria ganhar uma vitória privada com sacrifício: abdicando de algo menor em troca de algo mais elevado, uma causa maior. Covey foca também a competição que nos acompanha desde que somos crianças. Ele conta que “fomos educados a compararmo-nos com outros, a ver sempre quem é melhor, quem ganha e, gradualmente, desenvolvemos uma entidade baseada nessa comparação sistemática que conduz a nossa vida. Fazemos de tudo uma competição em que um ganha e outro perde." Mas, para este guru, as coisas não precisam ser exatamente assim e há uma “outra abordagem, a da abundância, em que todos podem ganhar, ou a vitória de um não ser um bem raro que implica na perca de outro. Nessa linha de pensamento, o guru da eficiência sugere que a chave para transcender a abordagem da raridade do sucesso reside em descobrir o caminho que é excitante, que dá valor e sentido à sua vida. “É uma vitória pessoal. Quanto mais segurança isso lhe dá, menos se sente ameaçado pelos outros.” No mundo dos negócios também estamos perante vários dilemas. Covey aponta o primeiro deles como sendo organizacional: “os negócios são dirigidos pelas leis econômicas do mercado e as empresas pela cultura do local de trabalho”. O segundo é o dilema de gestão: “os gestores querem mais por menos e os empregados querem mais por menos”. E o terceiro seria o dilema interpessoal: “as relações interpessoais são construídas com base na confiança. E os indivíduos pensam mais no eu que no nós. A solução é sacrificar o eu pelo nós.” Covey lembra, então, que esses dilemas representam os papéis do líder, que para resolvê-los terá que tentar compreender as pessoas, manter as promessas, ser honesto, gentil, leal para com os ausentes, clarificar as expectativas e saber pedir desculpa; levar o mercado a todos na empresa, usando avaliações de 360º, o que requer um sacrifício, o de ser julgado por todos na organização; fazer a sobreposição da missão dos gestores com a missão dos empregados. Considerado uma das maiores autoridades mundiais no campo do desempenho humano, Covey acredita que criar o nosso futuro não é esperar que as coisas aconteçam, é reinventar um quebra-cabeça em que falta uma peça: a liderança baseada nos princípios que constrói confiança. O segredo, para ele, é “ouvir os outros atentamente e compreender a natureza dos problemas”. Falando sobre os desafios para o próximo século, Covey propõe um novo paradigma para o campo da administração que partiria do modelo das “relações humanas” e de “recursos humanos”, que tem como base tratar as pessoas bem, para chegar ao modelo da “liderança centrada em princípios”. Esse modelo, segundo seu criador, “tem como meta criar uma força de trabalho responsável com base em uma percepção comum de significado e visão, em torno de um sistema de valores baseado em princípios, e depois explorar o potencial dessa força de trabalho a fim de competir na economia global”. Covey defende a “alto confiança” como sendo a principal arma para a competição no mercado global, pois ela “lhe permite formar parcerias significativas dentro e fora da organização, com funcionários, com clientes, com fornecedores, com todo o mundo". Para ele, isso é simples na medida em que reconhecemos que a confiança vem de princípios básicos como justiça, imparcialidade, honestidade e integridade. Outro caminho apontado por este guru é acreditar no potencial humano. Ele é contundente em afirmar que o executivo que busca o sucesso terá que acreditar que as pessoas são os ativos mais valiosos da sua organização e que são capazes de imensas realizações. Terá de ajudá-las a acreditar nesse potencial, terá de “enxergar a nogueira adulta na sua noz e compreender o processo que ajudará aquela noz a transformar-se em uma enorme nogueira”. Biografia: Covey nasceu em 1932, na cidade de Salt Lake, em Utah, onde seus pais eram proprietários de um hotel. Foi lá que Covey aprendeu e desenvolveu habilidades para gerenciamento. Ex pastor mórmom, o famoso guru da eficiência está há mais de 25 anos ensinando ao mundo princípios de liderança e técnicas administrativas. Entre seus ouvintes, afoitos por seu conhecimento, encontram-se líderes de empresas, do governo e do setor educacional. Covey iniciou sua carreira acadêmica cedo, obtendo o MBA pela Harvard University e o Ph.D. na Brigham Young University, onde foi professor de comportamento organizacional e gerenciamento empresarial. Ele é co-fundador e vice-presidente da Franklin Covey Company, a mais reconhecida organização especializada em liderança e habilidades de management no mundo, e na sua invejada lista de clientes, além de cerca de 1000 empresas de porte médio, consta mais da metade das empresas mencionadas na fortune 500. Covey é também famoso por seu livro os “7 Hábitos das Pessoas muito Eficazes”, que já vendeu mais de 12 milhões de exemplares em 75 países e foi traduzido para mais de 32 idiomas. E, para consolidar o reconhecimento do seu talento, em 1991, ele recebeu o prêmio do McFreely do Conselho Internacional de Management por suas contribuições na área da administração. Obra: Covey é autor de vários livros e artigos sobre liderança, eficiência pessoal e organizacional, e relações familiares e interpessoais. Entre suas principais obras destacam-se: • • • • “The Seven Habits of Highly Effective People” – 1989; "Principle-Centered Leadership: Strategies for personal and professional effectiveness" – 1992; "First things first" – 1994; "Daily Reflections for Highly Effective People: Living the seven habits everyday" - 1994.
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