Aula Inovações Tecnologicas - NPC

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Aula Inovações Tecnologicas - NPC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
AS NOVIDADES APRESENTADAS NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS PELA TÉCHNE –
REVISTA DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO
Mestranda: Michele Fossati
Professor: Luiz Fernando M. Heineck
Orientador: Humberto Ramos Roman
Florianópolis, abril de 2003.
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1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo atender a disciplina EPS 3354 - Produtividade na
Construção Civil, apresentando um resumo das novidades e tendências mostradas na Téchne –
Revista de Tecnologia da Construção, da Editora PINI, de janeiro de 2001 a dezembro de 2002.
São apresentadas técnicas construtivas, novos materiais e produtos e as novidades das
principais feiras de construção mundiais. Com isso, pretende-se obter uma fonte de estudo e
material didático, bem como identificar a evolução ocorrida no Brasil neste período e compará-lo
com o que é apresentado e utilizado no mercado externo.
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2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Ar condicionado
A reportagem Condicionamento por baixo mostra que o ar pode ser insuflado pelo piso elevado a
baixa velocidade e temperatura mais alta, com bom desempenho energético e conforto para os
usuários.
DIFUSORES
CENTRAIS:
são
acomodados
perfurando-se o piso, depois de pronto, com uma
serra-copo. O espaço entre as saídas depende de
dimensionamento de projeto.
BARREIRA TÉRMICA: A maior vazão de ar dos difusores
lineares, instalados próximos às paredes e janelas, oferece
resistência às cargas térmicas provenientes da radiação solar.
2.2. Argamassa Armada
A reportagem As mil utilidades do Microconcreto mostra a utilidade da argamassa armada que se
diferencia do concreto por eliminar o agregado graúdo e permitir a execução de peças esbeltas,
mas que por isso requer muito mais cuidados.
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As obras do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, em Salvador, são construídas com argamassa
armada. A liberdade arquitetônica possibilita formas com conforto térmico e ventilação pela face
sul. À esquerda, passarelas de pedestres presentes em vários locais de Salvador e à direita um
centro administrativo.
A utilização de argamassa armada no mobiliário urbano proporciona maior beleza ao entorno
pela sua leveza estrutural e pequenas espessuras. Podem ser construídos pontos de ônibus,
lixeiras, bancos de praça e mobiliários rurais.
2.3. Construção Seca
A edição nº 51 apresenta a 2a fase de execução da Casa do Futuro, localizada no Morumbi, zona
Sul de São Paulo. A residência modelo de 750m2 baseia-se na filosofia da construção seca,
empregando estrutura em perfis metálicos leves, fechamento externo com placas cimentícias,
tubulações flexíveis, paredes de gesso acartonado e outros sistemas industrializados.
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A matéria Industrialização máxima apresenta etapas de um hotel construído em Guarulhos que
utilizou soluções que vão de lajes metálicas a painéis pré-moldados de fachada, do gesso
acartonado a banheiros prontos – tudo como prescreve a cartilha da construção seca.
Vista da estrutura metálica. Neste período foi necessário o
trabalho de 35 pessoas, que a cada dia montavam os pilares
e vigas de um pavimento, com o auxílio de três gruas e dois
guindastes, operando simultaneamente.
Laje steel deck – A montagem da laje era realizada logo que se
terminava a fixação dos pilares, vigas e contraventamento da
estrutura.
A fachada pré-moldada foi colocada com o auxílio de
guindastes e fixada na estrutura por meio de parafusos nos
inserts que haviam sido previamente instalados. Esse serviço
foi executado após a concretagem da laje steel deck e da
aplicação da pintura de proteção contra incêndio da estrutura.
Após seis meses de obra, a fachada frontal do hotel já estava
com painéis instalados até o 5º pavimento e a laje do átrio
curvo também concretada.
Vista geral da fachada com as gruas em operação, ao
mesmo tempo em que ocorria a montagem da estrutura da
cobertura geral em telha de alumínio.
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Durante a colocação dos banheiros foi preciso a montagem de
andaimes nas laterais. Depois de içados pelas gruas, os
banheiros eram acomodados em um “carrinho” manual
desenvolvido para transportá-los e descarregá-los no local
apropriado. Cada módulo era posicionado com o trabalho de
cinco pessoas que, por dia, montavam dez banheiros.
Na fase da instalação das paredes de gesso acartonado, uma
equipe de 16 pessoas produziu em média 1.600 m2 de perfis por
dia. Também nesse período foram locadas as instalações elétrica
e hidráulica, quando então foram fixadas as placas de madeira
em pontos da parede que receberiam maiores esforços.
Verificou-se a necessidade da criação de um pavimento
específico para a manutenção dos diversos sistemas instalados
no hotel. A solução foi construir um piso técnico, onde é
possível identificar as falhas de ponto do sistema, facilitando
o trabalho dos operadores sem interferir na acomodação dos
hóspedes.
Acabamento: os corredores de circulação dos apartamentos
plaqueados por gesso acartonado e com pintura executada,
prontos para receber revestimento vinílico. As equipes
formadas
por
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pessoas
conseguiam
executar
aproximadamente três mil m2 de parede por dia.
Na seqüência foi apresentada a execução passo a passo dos trabalhos de transporte e fixação dos
banheiros prontos.
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Caixa de banho: Após a chegada na obra, imediatamente é
feito o içamento do banheiro com toda a área ao redor
isolada.
Na seqüência, ocorre o fechamento dos vãos dos banheiros,
com chapas metálicas para o transporte até o outro lado do
pavimento.
Em seguida, os profissionais responsáveis pela instalação
preparam a entrada na plataforma, somente quando o
banheiro estiver a aproximadamente 50 cm do carrinho.
Momento em que o carrinho é posicionado com o banheiro
em frente ao vão a ser colocado.
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O banheiro é empurrado para cima do vão.
Inicialmente, a descida do banheiro é feita por meio de
macacos.
Vista do banheiro pronto. Montado com
base em tecnologia italiana, o contêiner de
5,5 t possui a vantagem de chegar com
todas as instalações elétricas e hidráulicas
prontas, inclusive com os revestimentos de
piso e paredes, bem como louças e metais
aplicados.
A reportagem Pode molhar apresenta os chamados painéis verdes de gesso acartonado e os
cimentícios que são utilizados em áreas molháveis ou com grande umidade, mostrando que vedar
bem as juntas entre os painéis e no encontro com pisos e paredes é fundamental para garantir a
estanqueidade.
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JUNTAS DELICADAS: No fechamento com peças inteiriças, o principal ponto de entrada de
umidade são as juntas. Os cuidados devem ser reforçados no encontro piso-parede. Nos painéis
cimentícios, as juntas verticais são garantidas pela barreira de umidade, composta por película de
polietileno. Essa mesma manta é empregada na impermeabilização do piso, impedindo a
passagem de umidade para o interior do fechamento.
ESTRUTURA
REFORÇADA:
Com
peso próprio mais elevado (18 kg/m2), a
estrutura de montantes para placas
cimentícias é mais robusta que para
gesso acartonado. Os parafusos são
fixados a cada 20 cm e os perfis são
colocados com 40 cm de distância,
permitindo curvas a partir de 3 m de raio.
REVESTIMENTO: Os painéis pré-fabricados aceitam os tipos mais comuns de revestimento
para áreas molháveis, como pedra, plásticos, tintas e cerâmica. Esse último é mais utilizado em
setores críticos, como o boxe do banheiro, por ter desempenho mais adequado em relação à
impermeabilização e por fazer parte da cultura construtiva brasileira. Além de mantas e
revestimento, um ponto importante é a saída de tubulações da parede. A solução é simples, com a
colocação de calafetador de silicone.
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2.4. Construções Populares
Na reportagem Popular com tecnologia é mostrado um condomínio de habitações populares em
Curitiba com frames de madeira como estrutura e painéis OSB (Oriented strand board) nos
fechamentos. A obra desmistifica o uso de materiais industrializados como “coisa de rico”.
O suporte de laje do primeiro pavimento é feito com perfis
“I” de madeira, com alma de compensado no módulo 1 e de
OSB no módulo 2. O vigamento é biapoiado nas paredes
externas estruturais e fixado de forma não-rígida, com 6 m
de distância entre cada apoio. A estrutura da cobertura conta
com tesouras montadas com conectores metálicos do tipo
gang-nail; a cobertura é de telha asfáltica. As peças estruturais de compensado ou madeira
maciça são ligadas com chapa metálica; as fibras orientadas empregam cola fenólica.
As peças horizontais entre os pilares diminuem a velocidade de
propagação das chamas e funcionam como barreira. O fogo rompe o
gesso acartonado e ataca a parte de baixo da estrutura. Com as barreiras,
todo oxigênio é consumido dentro da parede antes que o fogo danifique
gravemente a estrutura. A edificação só corre risco de ruir quando o
incêndio se alastrar por toda a casa, incluindo a parte de cima dos
pilares.
Além das aplicações em fechamentos e vigas secundárias, o OSB
também está em testes para ser utilizado como fôrma para concreto.
O material está sendo testado em cinco obras em São Paulo e os
resultados serão aproveitados na elaboração de um manual de uso do
OSB em fôrmas.
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A reportagem Revolução industrial mostra que as casas pré-fabricadas que já fazem parte do
mercado nacional. Há modelos norte-americanos de frame metálico ou madeira e modelos mais
modestos, também metálicos, para construção popular.
Alguns dos sistemas disponíveis são:
CASAS ABCP: A ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) desenvolveu duas
alternativas de habitação destinadas a famílias com renda de até três salários mínimos. Uma das
casas é executada com fôrmas metálicas verticais que recebem concreto leve auto-adensável
lançado por bombas. As instalações hidráulicas, elétricas, caixilhos e armaduras são previamente
posicionados. O outro modelo é executado com alvenaria estrutural de blocos de concreto com
projeto prévio de instalações, para evitar rasgos desnecessários das paredes.
ELEMMOD: O sistema construtivo para habitação
popular unifamiliar desenvolvido pelo arquiteto
Carlos Eduardo Gomes Carneiro, na Fau-USP,
utiliza como estrutura gabaritos e fôrmas de aço
patinável, portantes e ativas, que recebem concreto.
Baseado
na
técnica
construtiva
Elemmod,
desenvolvido há mais de 30 anos por Ubertello
Bulgarini, ex-professor da Fau-USP, o sistema de encaixe das estruturas dispensa soldas ou
rebites. O fechamento é feito com alvenaria de blocos, e os caixilhos são de aço. O sistema pode
ser adequado a declividades acentuadas.
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STEEL FRAME: A construção tirou partido do
conceito de casa seca. A estrutura é formada de perfis
leves de aço galvanizado com divisórias internas de
gesso acartonado. A laje de piso é estruturada com
painéis de OSB, que também são empregados nos
fechamentos.
As
instalações
hidráulicas
são
de
polietileno reticulado. O proprietário escolhe os revestimentos (siding de PVC, tijolos à vista ou
argamassa armada com pintura), e no telhado são utilizadas telhas do tipo shingle.
SISTEMA LOG: O sistema construtivo Log para casas
de alto padrão é composto de elementos estruturais de
madeira roliça reflorestada ligados por encaixes e
conexões metálicas que podem ser integrados à
alvenaria e concreto. As peças são desenhadas uma a
uma, numeradas e detalhadas. Um impermeabilizante
com função fungicida e hidrorrepelente é aplicado na
superfície da madeira. As instalações hidráulicas podem
ser aparentes, fixadas nos elementos de madeira, ou embutidas em paredes hidráulicas.
SISTEMA USITETO (AÇO): O Sistema Usiteto, da
Usiminas, contempla soluções para prédios semiindustrializados e industrializados e residências
unifamiliares. A solução para residências é composta
de fundação, estrutura principal e de cobertura
metálica.
As
paredes,
telhado
e
acabamentos
dependem da escolha do proprietário. O kit metálico
em aço USI-SAC 41, protegido contra a corrosão, permite a montagem das casas em módulos: o
primeiro módulo possui quarto, cozinha e banheiro. A primeira expansão acrescenta uma sala e a
segunda, um outro quarto. O peso total da estrutura de uma casa de 36 m2 é de 540 kg e é
fornecida com manual. Os sistemas hidráulico e elétrico dependem do tipo de parede.
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NEOHAUS: O sistema construtivo de aço para residências de alto
padrão da Neohaus é resultado de uma parceria entre fornecedores
nacionais e segue o mesmo conceito das construções norteamericanas. A estrutura principal é de aço produzido na Cosipa,
com alto teor de cobre, e as paredes internas são estruturadas com
perfis de aço galvanizado leve, o steel frame, sobre radie. A
composição permite a execução de vãos maiores e a liberdade de
layout. A laje superior e de cobertura é constituída por pequena
camada de concreto sobre pré-laje de concreto. No fechamento
externo são utilizadas placas cimentícias e como divisórias internas, gesso acartonado.
VIFRAN: A Vifran, desenvolve projetos residenciais
de alto padrão com emprego de aço. As casas são
montadas com pilares, vigas e tesouras em chapas de
aço carbono de 2,6 mm. As peças são unidas no chão
e içadas por guindaste para fixação sobre radier de
concreto de 10 cm. As divisórias internas são
estruturadas com perfis de aço galvanizado e gesso
acartonado e no fechamento externo utilizam-se placas de fibras de madeira com resina
impermeabilizante e anticupim. Após a instalação, as paredes recebem um feltro asfáltico e
acabamentos (siding vinílico, tijolo à vista ou argamassa com pintura).
CASAFORTE MEDABIL: O sistema Casaforte Medabil emprega
paredes autoportantes formadas de perfis pré-fabricados de PVC
unidos por sistema macho-fêmea ancorados por perfis de aço. As
paredes-fôrmas são preenchidas de concreto leve auto-adensável.
Durante a montagem, são colocadas as armaduras e tubulações para as
instalações hidráulicas e elétricas. As esquadrias também são de PVC,
assim como as portas, se o proprietário quiser. O telhado é formado
por uma estrutura metálica que pode receber telhas cerâmicas.
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CASA FÁCIL GERDAU: O kit fornecido pela Gerdau
é composto de pilares, vigas e estrutura de cobertura de
aço laminado. Dez modelos diferentes podem ser
executados. A montagem é feita sobre radier de
concreto, que incorpora insertes metálicos para fixação
dos pilares e das tubulações hidráulicas. As paredes são
erguidas com alvenaria de tijolos, e, para tanto, a
estrutura é travada com tirantes provisórios. A
amarração entre alvenaria e pilares é feita com vergalhões. Sobre a estrutura de cobertura
metálica podem ser colocadas telhas do tipo romana, paulistinha ou similar. As instalações devem
ser feitas de maneira convencional, embutidas nas paredes.
LIGHT WOOD FRAME: o Light Wood Frame se baseia no uso
das placas de fibras orientadas, o OSB (Oriented Strenght Board).
A partir de um radier de concreto, são montados os frames de
araucária com fechamentos externos de chapas de compensado
de pinus e de OSB. Sidings de madeira revestem as fachadas. As
divisórias internas são montadas com gesso acartonado, e as
instalações hidráulicas e elétricas são embutidas. As peças de
madeira são tratadas em autoclave com preservativo contra
cupins e umidade.
2.5. Contensões
A reportagem Métodos de Contenção apresenta utilizações em diversas situações de obra.
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COLUNA DE SOLO-CIMENTO: o solo-cimento compactado é
aplicado para resolver problemas de estabilização de taludes em
que a terra constitui 90% do peso total. Deve-se, para isso,
conhecer a curva granulométrica e os limites de liquidez e
plasticidade e dimensionar o maciço a partir do peso específico,
coesão e ângulo de atrito interno. O método funciona como
proteção superficial quando não tem função estrutural. Por outro
lado, se for utilizado como muro de arrimo, comporta-se por
gravidade. Pode receber acabamento de vegetação.
CORTINA ATIRANTADA: São muros delgados de
concreto, com espessura entre 20 e 30 cm, contidos por
tirantes protendidos verticais ou subverticais. Suportam
grandes alturas e são empregados em quase todos os tipos
de terreno. Os tirantes podem, ainda, ficar isolados no
maciço.
ROFORÇOS COM GEOTÊXTEIS: empregados
quando se deseja executar aterros compactados com
faces mais íngremes que o usual. O método consiste
na utilização de vários níveis de geotêxteis com a
resistência à tração, atrito com o solo e fluência
conhecidos. Poliéster do geotêxtil é, em geral,
insensível a problemas de fluência e possui elevada
resistência à tração, além de poder receber um
paramento vertical de concreto armado, prémoldado ou não. A face da contenção deve ser protegida quando a inclinação for superior a um
ângulo de 60º contra vandalismo e intempéries. O abrigo pode ser executado com geogrelha e
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revestimento vegetal ou malha metálica e concreto projetado. Quando a inclinação é inferior a
60º, a proteção da face é opcional.
CORTINA
DE
PAINÉIS
PRÉ-MOLDADOS
DE
CONCRETO: Utilizado junto a vias de alto tráfego, o
sistema é composto por elementos padronizados – uma
viga contínua de base de concreto armado, micro estacas
verticais e inclinadas e painéis de concreto protendido
pré-moldados colocados sobre as vigas de base entre os
perfis metálicos - o que permite ganho de tempo. São
instalados tirantes protendidos nos perfis metálicos e as
águas são captadas por geotêxtil ao longo da cortina e dissipadas por canaletas no pé da
contenção. Paredes de apenas 2,5 m em alguns casos são capazes de conter 5m de espessura de
aterro, reduzindo custos com tirantes e concreto.
SOLO GRAMPEADO: Chamado de soil nailing, consiste na
aplicação de uma tela metálica chumbada e ancorada no maciço e
revestida por concreto projetado. Brocas perfuram o maciço e são
ancoradas às barras de ferro, que dão resistência ao conjunto.
GABIÃO: é um muro de gravidade que suporta o empuxo
do maciço pela ação do próprio peso. O gabião é composto
por rachão envolvido em tela metálica. A forma de
arrumação das pedras pode alterar a densidade e a
resistência da contenção. Tem boa permeabilidade e
flexibilidade a deformações.
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GRAMA ARMADA: Ideal para preservar o meio-ambiente, a
solução é executada com a aplicação de uma tela PEAD
(polietileno de alta densidade) que se entrelaça com
revestimento vegetal, formando um tapete resistente. Grampos
ou ancoragens profundas garantem uma inclinação superior a
relação 1:1. Pode ser utilizado em conjunto com gabião plástico
tubular e tradicional.
PAREDE-DIAFRAGMA: São cortinas de
concreto
armado
moldadas no
solo
e
executadas em painéis sucessivos. Em geral
tem a espessura de 40 cm a 1,20 m e painéis
com
comprimento
mínimo
de
2,50m.
Atravessa diferentes tipos de solo, inclusive
abaixo do nível do lençol freático, e trabalha como fundação quando contém tanto as pressões
laterais quanto as cargas verticais. A solução pode ser empregada em balanço e a escavação é
feita ao mesmo tempo em que se estabilize o solo com a lama bentonítica. A armadura é colocada
posteriormente e lança-se concreto no fundo da cava com tubo tremonha (concretagem
submersa), enquanto a lama - menos densa que o concreto – é expulsa.
CORTINA COM ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS DE
ARGAMASSA ARMADA: A parede é formada por vigas
horizontais pré-moldadas de argamassa armada, vigas
verticais de apoio compostas por perfis metálicos a cada
2m,
vigas-baldrame
e
fundações
executadas
com
microestacas. A contenção é suportada por chumbadores
envoltos em calda de cimento ancorados no maciço.
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2.6. Controle de Fissuras
A reportagem Controle de fissuras por retração plástica em pisos industriais de concreto
apresenta alguns dos equipamentos utilizados para este fim:
Detalhe do aparelho portátil de medida da velocidade do
vento.
Detalhe de alguns tipos de aparelhos portáteis para a
determinação da umidade relativa do ar, temperatura
interna e da superfície do concreto.
Exemplo de extensão e proximidade das fissuras na
superfície do concreto em estado fresco, oriundas da
evaporação da água de constituição.
Determinação da temperatura da superfície do concreto
endurecido com 24 horas de idade, indicando 51ºC, exposto
ao sol. Uso de aparelho portátil para medida da temperatura
à base de radiação infravermelha.
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2.7. Cortes em Concreto
A reportagem Como “fatiar” o concreto apresenta as serras e perfuratrizes que fazem a
demolição controlada.
PERFURAÇÃO DIAMANTADA: feita com equipamento –
elétrico ou hidráulico – ao qual se acopla a serra-copo. É
possível executar furos que variam de 12 cm até cerca de 1,20
m de diâmetro com profundidades ilimitadas. O tempo médio
para furar uma laje (100 mm de diâmetro x 20 cm de
profundidade) é de dez minutos. Essa técnica é utilizada em
casos que requerem ancoragens de chumbadores de grande
dimensão, passagem de dutos, entre outros.
PERFURAÇÃO PERCUSSIVA: para furos de pequenos diâmetros e profundidades. São
utilizados equipamentos manuais retropercussivos com brocas de metal duro.
CORTE DE PISOS E LAJES COM SERRA (flat sawing): são
utilizadas máquinas sobre rodas impulsionadas por motores a
combustão ou elétricos. A potência do equipamento e o
diâmetro da serra são determinados em função da espessura da
laje ou do piso a serem cortados. As máquinas para cortar
espessuras maiores do que 15 ou 20 cm são autopropulsionadas.
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CORTE DE PAREDE COM SERRA (wall sawing): esses
equipamentos permitem o corte retilíneo de aberturas e rasgos em
paredes verticais e inclinadas. Sobre um trilho fixado na superfície
a ser cortada desliza um motor (geralmente hidráulico) que
impulsiona uma serra circular com movimento de aprofundamento
e translação. Pode cortar pisos, lajes e paredes com até 50 cm de
profundidade. O tempo gasto para cortar uma laje de 20 cm de
espessura é de cerca de dois
minutos por metro.
SERRAS PORTÁTEIS: são usadas para fazer pequenas
aberturas, rasgos e cortes em paredes finas (5 a 10 cm de
espessura). Possuem grande versatilidade para serviços em locais
confinados ou de difícil acesso.
CORTE DE ESPESSURA COM FIO DIAMANTADO
(wire sawing): esses equipamentos realizam cortes em
grandes estruturas de concreto, sem limite dimensional.
Um cabo flexível, revestido de ferramentas cilíndricas
diamantadas, desliza a alta velocidade sobre a superfície
a ser cortada, mantendo uma pressão constante que
provoca o avanço do corte. Rodas desviadoras permitem
cortes em qualquer plano e em locais de difícil acesso. São utilizadas máquinas elétricas,
hidráulicas ou a combustão, com potência proporcional à dimensão da superfície a ser cortada.
Dependendo da geometria do corte, é necessária a execução de perfurações prévias para a
passagem do fio diamantado. O tempo de corte de seção específica é de 2 m2/h.
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HIDRODEMOLIÇÃO: corta as estruturas com jato d’água a altíssima pressão.
IMPLOSÃO COM ÁGUA: a técnica desenvolvida pelo engenheiro Hugo Takahashi é utilizada
em estruturas onde não é possível perfurações, normalmente os viadutos e torres de caixa d’água.
A estrutura é preenchida com água e os explosivos são imersos no líquido. A detonação provoca
uma propagação de ondas na água que geram efeitos de tração no concreto, o que fissura todo o
material. A associação das forças de tração com a expansão da água leva ao total colapso da
estrutura.
2.8. Eficiência Energética
A reportagem Força domada: quilowatts de economia apresenta metodologias simples de
projeto, soluções bioclimáticas e equipamentos certos, podendo tornar a edificação modelo na era
do apagão, empregando tecnologias solares passivas e ativas.
As tecnologias passivas referem-se de maneira direta a uma arquitetura bioclimática, cujos
“mandamentos” são: forma da edificação; dimensionamento das aberturas; tratamento cromático
das fachadas; envoltória (diz respeito aos materiais das paredes externas e das coberturas e ao
tipo de revestimento das fachadas, sistema de proteção contra radiações, material e cor) e
proteção térmica (especificação de vidros diferentes para fachadas diferentes e uso de protetores
solares exteriores, ou brises).
As tecnologias ativas são utilizadas se mesmo após a implantação das tecnologias passivas
disponíveis ainda restar desconforto na edificação. Essas soluções englobam equipamentos e
dispositivos necessários à utilização dos espaços, ao conforto do usuário e à operacionalidade das
edificações. Essas tecnologias são utilizadas para otimizar a iluminação e climatização, com a
utilização de aquecedores solares e painéis fotovoltaicos.
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Estética eficiente: arquitetos da Europa passaram a elaboram
projetos que incorporam os painéis fotovoltaicos como
elementos estáticos de fachada, pois já são obtidas placas com
gama variada de cores e tamanhos.
A Alemanha, por conta de um plano estabelecido pela
comunidade européia, subsidia a instalação de painéis
fotovoltaicos em residências como forma de incentivar
o consumo de energia de fontes renováveis.
2.9. Fachadas
A reportagem Fachadas Nobres apresenta painéis metálicos como revestimento. Do alumínio
composto ao aço, do cobre ao titânio, os painéis metálicos conquistam a paisagem urbana dando
um ar futurista aos edifícios. A plasticidade e a versatilidade dos metais permitem a elaboração
de desenhos e projetos arquitetônicos arrojados, cuja aplicação se estende de reformas de
edifícios antigos (retrofit) ao revestimento e fechamento de construções, cada vez mais
empregados em edifícios comerciais. Mas para usá-los, a fixação e a selagem das juntas requerem
cuidados dobrados para evitar manchas e deformações dos painéis, corrosão e até a queda de
componentes.
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ACM (aluminium composite material) é o material mais empregado no Brasil: os painéis de
alumínio composto são constituídos por duas chapas de metal unidas por uma camada de
polietileno por meio de um processo termoquímico mecânico.
Além disso, o produto permite arrojos como a execução de
fachadas curvas, como no Edifício Plaza Centenário.
FIXAÇÃO: Em geral, os painéis metálicos podem ser
aparafusados, clicados, encaixados ou estruturados. No Brasil, o
sistema mais utilizado é o aparafusado associado com juntas de
silicone.
PATOLOGIAS: as patologias referentes aos revestimentos
metálicos para fachadas podem ser divididas em estruturais, de
vedação ou problema de incompatibilidade de materiais
(corrosão galvânica).
VEDAÇÃO: Os sistemas de vedação dos revestimentos de fachadas metálicas podem apresentar
junta de silicone ou gaxeta, uma guarnição de borracha extrudada. As juntas de silicone requerem
mais cuidados em sua aplicação.
ANCORA DE TITÂNIO: Museu Guggenheim em Bilbao,
Espanha, apresenta manchas de silicone.
A reportagem As fachadas perdem peso, mostram que os painéis de GFRC – Glass Fiber
Reinforced Cement – denominando o composto de cimento reforçado com fibra de vidro,
combinam facilidades do concreto e a leveza proporcionada pelas fibras de vidro para compor
sistema de aplicação rápida e com opções de estampas em baixo e alto relevos.
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EFEITO DECORATIVO: Por ser um material leve e de fácil molde, o GFRC pode apresentar
formatos e tamanhos livremente definidos pelo projeto de arquitetura. Podem ser produzidas
peças chanfradas, com alto e baixo relevos, utilizadas como detalhes de acabamento em
edificações.
ACABAMENTO:
No
Brasil,
serão
produzidos painéis com revestimentos
diferenciados, obtidos com a aplicação de
uma massa formada com granitilhas de
diversos tamanhos e cores.
A reportagem Cortina de Frente apresenta fachadas em vidro simples ou duplo, painéis préfabricados, placas de granito ou cerâmica, algumas opções de fachada muito utilizadas hoje. A
escolha entre os sistemas deve ser condicionada pelo índice de luminosidade interno e pelo
conforto ambiental em diferentes épocas do ano.
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FACHADA DINÂMICA: Alguns detalhes arquitetônicos
podem ser conseguidos sem realizar grandes alterações na
estrutura: alterna-se a adição com a redução de volumes na
fachada mudando apenas a distância da placa cerâmica do
esqueleto do edifício com a utilização de insertes de fixação.
Isso traz maior movimento e dinamismo ao prédio.
FIXAÇÃO EM CERÂMICA: Tanto em cerâmica como em rocha, a fixação pode ser feita com
cantoneiras de aço inox chumbadas na estrutura. Os parafusos são inseridos em furos oblongos
que permitem a regulagem do prumo do revestimento e o afastamento necessário da estrutura.
SISTEMA UNITIZADO: Para a execução desse tipo de fachada,
adotada na nova sede do Bank Boston, em São Paulo, basta colocar
as ancoragens nos andares e subir as peças por uma grua. A fachada
consiste em uma peça única, pronta de fábrica, com a esquadria, o
revestimento e o vidro na altura do piso a piso. Outra inovação é o
vidro com tecnologia “low-e a todo efeito”, que deixa entrar apenas a
luminosidade estipulada em projeto.
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FACHADA VENTILADA: a fixação mecânica, pode ser realizada
com insertes que envolvem as placas ou que se encaixam em
sulcos nas suas bordas. Nem sempre é aconselhável a fixação
exclusiva
com
silicone
estrutural,
pois
um
erro
de
dimensionamento ou execução pode causar a queda das peças em
situações extremas.
A Téchne nº 60 – Março 2002 faz um comentário sobre as fachadas pré-fabricadas. Já existem no
mercado brasileiro alguns processos alternativos para a construção de fachadas, incluindo
reticulados metálicos para acoplamento de
placas ou painéis, chapas de alumínio
(“neobond”, “alucobond”, etc), sistemas
constituídos por painéis pré-fabricados de
concreto,
concreto
celular
autoclavado,
placas cimentícias armadas com fibra de
vidro (GFRC – Glass Fiber Reinforced
Cement) e, mais recentemente, chapas de
fibras de madeira orientadas (OSB –
Oriented Strand Board).
2.10. Fechamentos
A seção “Como Construir” da Téchne nº 64 traz a reportagem Alvenaria de blocos de
vidro, dando detalhes sobre as aplicações, projeto, resistência à tração, juntas de movimentação,
espaçadores, argamassa e rejunte, execução, controle de qualidade, normas e manutenção.
25
A reportagem da Téchne 69 apresenta as algumas tendências em fechamentos.
GESSO ACARTONADO: O consumo de
gesso acartonado no Brasil ainda é
pequeno
quando
Estados
Unidos
comparado
e
Europa,
ao
onde
dos
a
tecnologia está totalmente consolidada.
Mas
os
números
brasileiros
são
promissores, provando ser uma solução
moderna e eficaz para o mercado da
construção civil no País. A tendência é
que, cada vez mais, escritórios, hotéis, flats
e shoppings centers tenham as paredes
internas, revestimentos e forros executados com gesso acartonado.
26
ARGAMASSA
compósitos
ARMADA:
cimentícios
estão
Muitos
sendo
desenvolvidos ou aplicados em elementos
estruturais, dando origem a novos tipos de
argamassa armada: painéis de fechamento
de argamassa reforçada com fibras de
vidro, painéis tipo sanduíche com núcleo
de poliestireno expandido, elementos
estruturais de microconcreto armado e
outros elementos de pequena espessura. Nas atividades de pesquisa e desenvolvimento muita
atenção é dedicada aos compósitos cimentícios de alto desempenho, a serem aplicados em
elementos estruturais delgados. Os chamados concretos pós-reativos, por exemplo, não deixam
de ser argamassa de desempenho ultra-elevado, contando com adições de superplastificantes,
minerais e microfibras. Outros estudos estão voltados à produção de elementos de argamassa
armada de alto desempenho com malhas e fios de materiais não-metálicos, como as fibras de
carbono, de aramida e de PVA, visando a aplicação em elementos em elementos estruturais
delgados. Tais elementos servem para a proteção superficial de estruturas novas e para a
recuperação de estruturas degradadas.
ALVENARIA: ainda há muito o que se
explorar do sistema, em especial, o uso de
paredes
duplas
ou
compostas,
que
proporcionam maior resistência da parede
e maior isolamento para os ambientes. A
crescente racionalização da construção
permite à alvenaria estrutural de blocos
cerâmicos ou de concreto o embutimento
de tubulações elétricas e hidráulicas nos
vazios dos blocos, a aplicação de revestimentos internos com camadas de gesso ou massa corrida
e o desenvolvimento de argamassas externas coloridas aplicadas diretamente sobre os blocos.
27
PAINÉIS CIMENTÍCIOS: O desenvolvimento de
sistemas e componentes construtivos mais leves,
que ofereçam maior valor agregado aos produtos,
é uma tendência dominante para o futuro de
segmento de pré-fabricados.
PAINÉIS ARQUITETÔNICOS: a utilização de fachadas de
concreto pré-fabricadas não pode mais ser considerada uma onda
isolada. Características como a rapidez na montagem, a regularidade
geométrica, a eliminação de serviços pelo lado da fachada, a
redução de patologias e a diminuição da necessidade de manutenção
impulsionam a adoção do sistema.
ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS: Hoje, os produtos
de cerâmica vermelha estão desenvolvendo, por meio da
ANICER (Associação Nacional da Cerâmica Vermelha), novas
técnicas para a fabricação, avaliação do desempenho e aplicação
dos
componentes
para
alvenaria.
Estão
chegando
até
investimentos estrangeiros para esse segmento.
28
PAINÉIS EM GFRC: Os painéis são constituídos por superfícies
laminares de GFRC (Glass Fiber Reinforced Concrete) que
formam um sanduíche, incorporando um miolo de lã de vidro,
característica que otimiza o isolamento térmico e acústico. A
superfície interna pode ser entregue acabada ou pronta para
pintura. Os painéis com aberturas podem receber os caixilhos e
os vidros ainda em fábrica, sendo entregues em obra totalmente
prontos.
OSB: As chapas OSB são feitas de tiras de pinus que,
homogeneizadas e prensadas em alta temperatura, dão origem a
um material sem vazios internos. O produto é resistente ao fogo e
ao ataque de cupins. O OSB pode ser acoplado aos frames para
fechamento externo, com posterior revestimento em sidings de
madeira ou PVC. Formado por dois tipos de estrutura – aço
zincado e madeira tratada – o sistema de frames proporciona
liberdade de formas ao projeto.
A reportagem Pronto para usar apresenta uma busca por industrialização e durabilidade que
impulsionou o setor a criar sistemas prontos para a aplicação e com garantia de padrão estético.
Há uma aposta na importância das especificações no projeto de acabamento e revestimento. A
tendência é que o acabamento deixe de ser um simples acessório.
29
PLÁSTICOS: Os polímeros são uma forte tendência de materiais
para acabamento, o uso cada vez mais intenso de esquadrias de
PVC, em substituição ao alumínio composto, e de argamassas
poliméricas mostra o caminho pelo qual segue o setor.
PAINÉIS PRÉ-FABRICADOS: a inovação tecnológica
segue também com materiais como os painéis préfabricados de concreto revestidos e os painéis de alumínio
composto, que já chegam prontos na obra apenas para
serem fixados.
2.11.Feiras Internacionais
2.11.1. BATIMAT
As novidades apresentadas na BATIMAT 2001, ocorrida em Novembro no centro de exposições
Paris Expo, em Porte de Versailles, Paris são expostas na edição nº 57.
Dentre as novidades, destacam-se os
30
GRANDES BLOCOS PARA FACILITAR A ALVENARIA:
A Murbric Roulé levou a linha de blocos cerâmicos POROTHERM.
São blocos com até 50 cm de comprimento e 25 cm de altura. Os
blocos possuem alvéolos para melhorar o desempenho termoacústico,
além de desempenhar função de reforço e dissipação das ondas
sonoras. O assentamento dos blocos utiliza argamassa de saibro (argila
e areia grossa), cimento e aditivos à base de celulose, na mesma cor do
bloco, aplicados com rolos de gravidade.
O MOLDULBLOC é um bloco portante para isolamento térmico e
tratamento das pontes térmicas em fachadas e sistema construtivo
modular. Devido à consistência mais compacta e estrutura alveolar,
pode proporcionar grande resistência térmica (2,31 m2 C/w em paredes
de 30 cm).
Os blocos estruturais da FIXOLITE tem função de fôrma para
preenchimento com argamassa por gravidade bombeada. A
composição dos blocos utiliza fibras vegetais homogêneas,
minerais e aglomerantes à base de cimento Portland. O
resultado é um bloco leve e que impede a formação de umidade
na parede. Dentro do bloco, uma placa de poliestireno
expandido garante maior isolamento termoacústico.
A Siporex possui o THERMOPIERRE 11, um bloco sílico-calcário
de até 37,5 cm de largura e resistência térmica da parede acabada de
3,33 m2 K/W. Alguns desses blocos e painéis são produzidos
também no Brasil. Além do grande desempenho construtivo, esses
materiais contribuem para conforto interno e racionalização da obra.
31
PAINEIS CIMENTICIOS E SILICO-CALCÁRIOS
Fibras de vidro em tela, poliestireno e cimentos com aditivos
compõem os painéis da WEDI, para uso como base de
revestimentos em paredes, como camada de isolamento acústico a
impactos no piso, confinamento de instalações, divisórias em
banheiros e outras funções. As faces externas são de cimento
sobre tela de vidro. O miolo é de poliestireno extrudado.
Os painéis compósitos da LUX são semelhantes e também as
aplicações: são especialmente indicados para áreas molhadas e
podem ser curvados.
Bastante utilizados na construção comercial e industrial os
painéis SIPOREX de concreto celular têm até 7,5 m de
comprimento e 20 cm de largura. Robustos e leves, reúnem
qualidades como isolação térmica, absorção acústica, facilidade
de montagem e boa resistência. Ganchos nas peças facilitam o
transporte vertical por grua ou guincho e tornam a montagem
rápida.
COBERTURAS: DO ACRÍLICO AO ZINCO COM COLETOR CELULAR
Um moinho gira vagarosamente alimentado por placas de vidro com 28
células fotovoltaicas cada. Os painéis possuem 2.m de comprimento e
36,6 cm de largura e assentam-se sobre a cobertura de zinco. O
lançamento da RHEINZINK pode ser utilizado em coberturas com 10°
a 75 ° de inclinação. A energia produzida pode garantir o
32
funcionamento de luzes e eletrodomésticos. Menos high tech, telhas de PVC e poliglass ganham
espaço das telhas cerâmicas e de concreto.
As telhas de poliglass IMACOPPO da Tecno-Imac imitam
uma área coberta com telhas cerâmicas em forma de canaleta e
estão disponíveis em três tonalidades. A folha de tamanho
Standard tem 90 cm de largura útil e até 1,7 m com superfície
total útil de 1,5 m2 . Extremamente flexíveis são instaladas com
facilidade e fixadas com parafusos.
Parecida, mas não do mesmo material, a cobertura PLAQUE
COPPO da Cover Life é produzida em acrílico e está disponível
em várias cores. A largura útil (sem área de sobreposição) é de
cerca de 0,78 m x 1,6 m.
O que conta agora no sistema para cobertura parece ser mesmo o
peso. A Trus Joist comercializa pranchas de fibras de madeira tratada
que constituem o sistema frame works. São pranchas modulares,
muito leves, encaixáveis com peças de 3 a 8 m para cobertura de
casas com capacidade de suporte de carga de até 500 kg/m2 .
Para a subcobertura, a Dörken mostrou na feira a DELTA-FOL, uma
manta impermeabilizante de PVC capaz de resistir a variações
térmicas de -40° a +80°. Além de sua função principal de bloquear a
entrada de água e umidade, a manta impede a condensação do vapor
interno na cobertura impedindo a formação de bolor e zonas de
umidade.
33
FÔRMAS
As cubas plásticas saíram da horizontal e conquistam também a
vertical. Na vertical, são empregadas em muros de contenção,
ventilação de paredes soterradas, ou de paredes de subsolo. Na
horizontal, podem ser usadas na execução de pisos elevados,
além de facilitar a construção de dutos subterrâneos para
passagem de gases, água, esgoto e redes elétricas e de telefonia.
Os sistemas de fôrma com escoramento metálico não trazem
muitas
novidades.
Algumas
linhas
trazem
incorporadas
passadiços para circulação dos operários e guarda-corpo.
A concorrente Ulma divulgou o sistema COMAIN, uma fôrma
estruturada de frame de suporte metálico e placa de 12 mm de
resina. A fôrma, apesar da ossatura metálica, não ultrapassa 31
kg/ m2 .
As chamadas cofragens metálicas decorativas para balaústres, muros,
frontões e pilares são outra mania francesa. A BONIRAY, empresa de
Nice, possui diversas linhas, do neoclássico ao art deco.
34
EQUIPAMENTOS MAIS COMPACTOS
Boas soluções para o canteiro poderão ser vistas em breve no mercado,
como as minibetoneiras da IMER. São betoneiras com capacidade entre
140 l e 350 l. Ocupam pequeno espaço no canteiro e podem ser levadas a
qualquer parte da obra com facilidade.
Para misturar a argamassa de assentamento rapidamente, a Prottol lançou
o mixer modelo MXP 1000 EQ, A massa pode ser misturada no balde ou
argamassadeira em poucos minutos, sem a necessidade de deslocamentos
de grandes equipamentos. Outro modelo de mixer com balde e carrinho
acoplado é oferecido pela ROMUS, o 94020, com capacidade para
misturar 75 l de massa. Diversos modelos de haste permitem trabalhar
misturas de vários traços.
O trabalho de lixar as paredes e forros também ficou mais fácil. A
lixadeira WS 702 VE, chamada de LA GIRAFE, dá conta do trabalho
de preparo de superfícies longe do alcance das mãos. O cabo da
lixadeira tem cerca de 1,5 m e facilita o trabalho de acabamento de
cantos altos e forros antes da pintura.
35
A Domosec mostrou na feira seus modelos da linha
PROTIMETER de mão para medição da umidade e
higrotermia. O diagnóstico é automático e o equipamento
mostra, por exemplo, se a superfície apresenta boas condições
para aplicação de pisos e cerâmicas.
ANDAIMES
Os andaimes tubulares fachadeiros da PERI e da ALTRAD MAFRAN são alternativas aos
andaimes motorizados. O NKORA SYSTEM é o mais recente modelo da Frenehard e Michaux
em matéria de andaimes para pequenas alturas. Os roletes nos suportes da prancha permitem o
andaime “escalar” a parede com maior segurança.
36
O FALSO COMO TENDÊNCIA
O fake é a principal tendência em matéria de revestimento há muito tempo, não só na França mas
em toda a parte. Os materiais de revestimento precisam imitar algo: madeira, vidro, pedra.
A mais recente sensação em
matéria de acabamentos internos
são as placas flexíveis em fibra
de vidro ou poliéster como as da
OLDSTONE e da PLAC PUZZLE. Este último, como diz o nome, é
constituído de um conjunto de placas encaixáveis como em um
quebra-cabeças. O acabamento entre as fendas dá um toque real à
parede. AS texturas para revestimento interno de paredes alcançam
todo o tipo de tonalidade e textura.
O forro LUXATEND é um sistema de forro flexível preso a hastes nos
cantos das paredes, é oferecido em diversas cores e pode ser instalado em
todo tipo de ambiente, até mesmo em cozinhas. O material não se deforma
e conserva suas propriedades mesmo exposto a grandes variações
térmicas. O filme é utilizado distante da laje, formando um espaço técnico
para passagem das instalações.
Em matéria de pisos industriais e comerciais a opção cresce pelos
materiais à base de PVC. As placas da linha TRAFICLINE da
TLM são encaixáveis e não utilizam cola para fixação à superfície.
Desempenham ainda a função de isolamento térmico e acústico.
37
O ARTOLEUM SCALA é um piso de linóleo e pigmentos
minerais moldado in loco da Forbo, conhecido também como
Marmoleum. Possui boa resistência à abrasão para pisos
internos e função isolante.
TILT-UP CASEIRO: Esta proposta de construção residencial tilt-up parece artesanal, mas a
Bonelli, de Torino (Itália), promete grande produtividade. Utiliza-se madeira estabilizada como
agregado para produção dos painéis na proporção de 300 kg/m3 . O resultado são painéis leves e
com grande resistência térmica e bom isolamento acústico. Insertes nos painéis garantem o
travamento entre as peças. Note também os requadros para acomodar os caibros da cobertura.
38
PONTE TÉRMICA: A tira de concreto conforma o painel de
poliestireno atravessado pelos espaçadores. O sistema bloqueia
a ponte térmica, evita a ocorrência de fissuras entre paredes e
lajes e impede a formação de bolor nos cantos.
ESCADAS E CHAMINÉS: O engradado metálico serve como
suporte para sustentação de escadas retráteis ou chaminés. Vale
observar também o uso das chapas metálicas dentadas do tipo
Gang-Nail para junção entre as traves da estrutura de cobertura.
COLMÉIA VERDE: O geossintético do tipo colméia de
polietileno produzido pela empresa italiana Modi garante a
estabilidade do solo contra os efeitos da erosão e fixa melhor a
cobertura verde em parques, jardins e campos de golfe.
ARTICULADO: O Halloute 16 PE é uma plataforma elevatória
articulada para trabalhos de até 16 m de altura. O equipamento é
bastante útil em trabalhos de instalação e manutenção de
coberturas, redes de iluminação, reparos de fachadas e outras
atividades.
39
2.11.2. CONEXPO-COM / Agg
As novidades da feira CONEXPO-COM / Agg 2002, maior feira norte-americana de construção
civil, atesta que o ciclo de renovação tecnológica de máquinas e equipamentos do setor está cada
vez menor.
REFRIGERAÇÃO ESPECIAL: A escavadeira CX800,
lançada pela CASE, é a maior da linha de máquinas
inteligentes da empresa. Com capacidade de carga de cerca
de 35.380 kg, raio de escavação de 16,19 m e profundidade
de escavação de 10,66 m, o equipamento tem injeção
eletrônica e um sistema especial de refrigeração do motor.
PLATAFORMA TESOURA: O modelo GS-2632, da Genie, é
um equipamento para uso industrial movido a bateria. Com
altura de trabalho de 10 m e somente 81 cm de largura, a
plataforma facilita o trabalho em áreas confinadas e a passagem
por portas.
MOVIMENTAÇÃO SINCRONIZADA: As novas plataformas
articuladas elevatórias da JLC, modelo 1350SJP, permitem uma
elevação de até 42 m de altura, por meio de um sistema de
movimentação vertical e horizontal. Além disso, possui um
sistema de cabos articulados que permite um raio de
movimentação completo em todos os vetores de trabalho.
40
VISÃO
COMPLETA:
A
escavadeira
com
carregamento traseiro JCB 212S apresenta sistema
de travamento a partir da cabina e conjunto de
retrovisores que possibilita a visão completa das
atividades
traseiras.
O
equipamento
tem
capacidade de 1.480 kg em até 1,2 m de profundidade.
MOBILIDADE E RESISTÊNCIA: O novo lançamento da
AUSA é um caminhão de carroceria móvel com chassis
rígido e rotação hidráulica de 180º. Possui capacidade para
1,5 t e permite o descarregamento em alturas entre 1 e 2 m.
ROTAÇÃO COMPLETA: Com um braço de propensão
que permite uma rotação completa sem grandes esforços
mecânicos ou movimentações centrípetas, a nova
escavadeira da Komatsu, oferece baixo nível de ruído
para o piloto e uma cabina com mais conforto.
PEÇAS ESPECIAIS: O modelo 44 do adaptador
hidrostático de eixos, equipamento fundamental
para fabricantes de veículos hidrostáticos, é o
mais novo lançamento da Dana no mercado. O
produto é idealizado para veículos compactos de
até 25 cv e o design permite a instalação direta no
eixo, ideal para escavadeiras compactas.
41
ESCAVADEIRA AMBIENTAL: A 330CL, da Caterpillar, é
equipada com motor Cat C9, com baixo índice de emissão de
poluentes e foi projetada para os segmentos da construção e
mineração dos mercados americano e latino-americano.
ECONOMIA: A seladora E-Z Load Banjo
Taper diferencia-se por um dispositivo de
fácil carregamento e pela capacidade de
trabalho para várias horas, sem que ocorra
fadiga do equipamento. Com apenas 1,36
kg, a seladora permite um trabalho
centralizado e de rápida secagem em painéis de gesso acartonado.
GRANDES CARGAS: O grande atributo da
escavadeira rotatória Mega 400-V, é a
capacidade de carga: 22 t. O equipamento
apresenta cabina com visão 360º, arcondicionado e rádio AM/FM.
BOMBAS DE PRECISÃO: As bombas para
concreto da Putzmeister atingem quase 58 m de
altura e circulam por 53 m, no sentido horizontal.
Com uma pressão acima de 200 m3/h a bomba é
ideal para atividades de grande precisão.
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SEM QUEDAS: Idealizados para evitar quedas e acidentes de
trabalho, os cordões para ferramentas permitem o livre manuseio dos
equipamentos enquanto uma corda de náilon os acopla ao pulso do
usuário. Outro lançamento é o Miller Cable Anchorage Connector,
cabo com 1,8 m de comprimento, com dispositivo de fechamento
ultra-resistente, feito para acoplar operários para movimentações
livres em grandes alturas.
2.11.3. SAIE
A SAIE 2001 (Salão Internacional da Indústria da Construção), feira anual que ocorre em
Bolonha, na Itália, sinaliza a procura das industrias por soluções compatíveis com o
desenvolvimento sustentável e consciência ambiental apresentando os sistemas construtivos,
máquinas e materiais a seguir:
MADEIRA: Apesar da forte indústria de
alvenaria, a Itália atualmente investe em
tecnologia para a melhoria da madeira,
principalmente a laminada, para fazer com que
o material passe a ser mais utilizado na hora
de especificar estruturas, coberturas de amplos
espaços e materiais de revestimento. Os
laminados tiveram grande destaque e alguns produtos estavam em composição com materiais
como lã de rocha e isopor, para garantir isolamento térmico e também, com metal, para reforço
estrutural.
Fôrma mista recebe preenchimento de concreto.
43
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Dentre as máquinas e equipamentos apresentados, destacamse aqueles utilizados em restauro de edifícios, setor bastante desenvolvido num país repleto de
obras-de-arte da Antiguidade.
As plataformas de elevação dispensam os andaimes e
são muito mais práticas e seguras.
Os guindastes estavam disponíveis em capacidades (até
200 t), tamanhos (braços de até 60 m de altura) e
modelos para as mais variadas necessidades, com alta
tecnologia desenvolvida em maior parte de outros
países europeus, como a Alemanha.
COBERTURAS E ISOLAMENTOS: As coberturas, em variados materiais, têm a função de
garantir isolamento térmico, o que colabora para um menor consumo de energia, seja em
aquecimento ou resfriamento.
Entre os mais curiosos está o teto revestido de
vegetação, que ganha força por permitir a criação de
verdadeiros
jardins
aproveitados.
Os
em
espaços
fabricantes
antes
asseguram
não
a
impermeabilização do teto com um eficiente sistema
de drenagem da água excedente. Para a realização de
um jardim no teto plano ou inclinado, ou em
coberturas
de
garagem
ou
terraços,
há
um
investimento em desenvolvimento tecnológico quanto à estrutura, impermeabilização, controle
vegetal, temperatura e solos.
44
Em tetos ventilados, a madeira e o poliestireno expandido
trabalham juntos para gerar conforto térmico. Os painéis
compostos e os acessórios permitem a rapidez na
montagem.
Já as telhas de policarbonato ganham estrutura alveolar, que lembra uma colméia, permitindo a
passagem de luz, filtrando os raios solares, porém evitando o aumento excessivo da temperatura.
Telhas de cobre também apelam para o controle de temperatura e facilidade de aplicação.
Aplicados
sobre
placas
de
poliestireno
geram
coberturas
leves.
45
Placas para isolamento térmico e acústico de fibra natural com cimento Portland e de cortiça são
resistentes à imunidade, ao gelo e até ao fogo. Os produtos que utilizam fibra de coco aproveitam
a fibra dura composta de celulose para conseguir maior rigidez em composição com a cortiça.
Dentre os produtos apresentados na SAIE 2002 (Salone Internazionale Dell´Industrializzazione
Edilizia), foram destacados:
GRELHA DRENANTE: As grelhas dão maior resistência e firmeza à grama.
Indicado para vias de acesso a garagens e com trânsito intenso de pessoas, a fôrma é
composta por polipropileno puro e reciclável. Os módulos são retangulares, com as
bordas reforçadas e têm 0,25 m2 , espessura de 42 mm e 1,5 kg.
PRECISÃO NAS MEDIDAS: O teodolito TS305, da Trimble, conta
com distanciômetro Direct Reflex (DR) que mede, de forma simples e
veloz, pontos inacessíveis a até 100m de distância. O aparelho, que
pesa 11,3 kg, tem baixo consumo energético e possui um painel digital
de fácil compreensão. A precisão para medidas de ângulos é de 5”.
BANHEIROS MODULARES: A LS Sterchele produz células
de banho de concreto armado sob medida. O acabamento
interno dos módulos pode ser feito com cerâmica, mármore ou
granito de vários formatos, cores e qualidades. A manutenção
dos banheiros, que têm um ano de garantia, pode ser feita
facilmente por meio de um shaft de serviço interno e um painel
externo para acesso aos equipamentos.
46
TRANSPARÊNCIA NO TELHADO: A Pro Tetto
fornece soluções para iluminação e ventilação de
cômodos superiores de residências. A empresa instala
janelas blindadas, vedadas e com proteção térmica em
telhados. O produto é de fácil instalação e a
inclinação e a variação de abertura podem ser
configuradas.
MATERIAIS FONOACÚSTICOS: A Mapson dispõe de uma
ampla linha de espumas para isolamento e correção acústica em
ginásios, salas de reunião, de tiro, de música, escritórios e outras
aplicações, especialmente para a absorção acústica de alta
freqüência.
MANTAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO: O Fondaline é
uma capa impermeável que protege e isola estruturas que
poderiam ser danificadas pela ação da água, por materiais
ou por intervenções futuras. O revestimento se estende
com a face escura contra a parede.
FERRAMENTAS MULTIUSO: A MultiMaster, da Fein, é um
aparelho multiuso de 1,1 kg para execução de pequenas tarefas.
Com uma ponteira cambiável, a máquina pode se transformar em
lixadeira, minisserra, talhadeira, espátula e outras ferramentas.
Está disponível em três versões – Start, Select e Top – que variam
a quantidade de funções.
47
MADEIRA PRÉ-MOLDADA: A KLH constrói casas
pré-moldadas de madeira. Os painéis que formam as
paredes atingem altura de até 2,95 m por até 16,5 m de
comprimento com 0,5 m de espessura. O método é
indicado para construções habitacionais e industriais.
SISTEMA CONSTRUTIVO: Plastibau-3 é formado por dois
painéis de poliestireno expandido de alta densidade ligados por
treliças metálicas, que constituem uma armadura para aplicação de
concreto no interior. Os painéis de espessura padrão 120 cm ou sob
medida vêm assentados e constituem uma estrutura rígida pronta
para receber o concreto sem nenhum escoramento. Aceita
acabamento de gesso acartonado na parte interna.
INSTRUMENTAÇÃO COM ULTRA-SOM: O aparelho Tico é capaz
de medir, a partir de impulsos ultra-sônicos, a uniformidade de
estruturas de concreto, o módulo de elasticidade e sua resistência.
FÔRMA METÁLICA E IN LOCO: A Tecnostrutture fornece o pilar PDT que
une a característica dos pilares de concreto com uma notável economia de
material. São fôrmas que podem receber o concreto e ficar incorporados ao pilar
ou atuar sozinhas, sem a injeção de concreto, dependendo do caso. Segundo o
fabricante, a quantidade de concreto necessário chega a ser 70% menor do que
em pilares de concreto armado convencionais.
48
LAJE ALVEOLAR: A BubbleDeck desenvolveu um
método diferenciado de construção de estruturas de
concreto. As vantagens desse sistema, que é constituído
por módulos alveolares monolíticos, são a velocidade
de aplicação, a economia, a flexibilidade, a qualidade e
o aspecto ecológico. O produto pode ser aplicado em
todos os tipos de edifício, mas é indicado principalmente para indústrias, hotéis, museus e
estacionamentos. Está disponível em espessuras entre 23 e 45 cm.
GUINDASTE: O guindaste GMK 6220-L da
Grove tem 38 m de braço, elevador hidráulico e
altura de ponta máxima de 112 m. O equipamento
é adaptado a situações com alta necessidade de
içamento, como em edifícios de muitos andares.
ISOLANTE NATURAL: Celenit L3 é um painel-sanduíche com
núcleo de lã e fibra de alta densidade. Pode ser empregado em
paredes planas e inclinadas como contraforro ou como
revestimento para isolamento acústico.
CUBAS PLÁSTICAS: As fôrmas de plástico reciclável
da Modi são encaixáveis umas nas outras e facilitam a
passagem de tubos e cabos ou de qualquer outro
material por debaixo do piso ou atrás das paredes.
Indicadas para prédios industriais, hospitalares e civis.
49
2.12.Feiras Nacionais
2.12.1. FEHAB
A reportagem sobre a FEHAB 2002 (Feira Internacional da Indústria da Construção), mostra a
integração de tecnologias construtivas bem como demonstrações de uso.
EDIFÍCIO TECNOLÓGICO: a aparência
“recortada” do Tecnohab não foi gratuita.
Esse foi o modo de mostrar o edifício em
vários momentos construtivos e permitir a
“dissecação” de sistemas.
INSTALAÇÕES: as instalações passam por shafts, expostos
nas áreas do boxe. Foram empregadas tubulações de
polietileno reticulado.
PISO INTERTRAVADO: No final do trajeto foi colocado um
bar com uma minipraça para descanso.
FECHAMENTO DOS BANHEIROS: O gesso acartonado foi
adotado inclusive nas áreas molháveis, como o banheiro.
50
FÔRMAS: O sistema industrializado de fôrmas com chapas de
madeira compensada foi um dos principais destaques por estar
integrado ao escoramento e ao sistema de lajes nervuradas.
ESTRUTURA: A estrutura metálica empregada no
Tecnohab permitiu a construção em apenas quatro dias e
meio. As ligações foram feitas por cantoneiras e
parafusos galvanizados.
LAJE STEEL DECK: detalhe da laje com chapa de aço
incorporada pronta para a concretagem, com espaçadores
para a armadura.
PISO: Amostra do piso radiante utilizado nas áreas
internas, tanto com revestimento de madeira quanto
cerâmico. O sistema permite o aquecimento do ambiente
por meio de dutos colocados no contrapiso.
51
2.12.2. FEICON, FEICON TEC, EXPOLUX
A reportagem Giro FEICON, FEICON TEC, EXPOLUX mostra os produtos apresentados na
Feira em 2002.
PELÍCULA
REFLETIVA:
trata-se
de
uma
película duplo-refletiva com alto desempenho de
controle solar, que evita o espelhamento à noite. A
visibilidade através do vidro não é prejudicada.
Além de garantir às pessoas visão do exterior, este
tipo de película rejeita cerca de 99% dos raios
ultravioletas. A coloração do material é feita à
base de metal por bombardeamento iônico,
processo que garante maior durabilidade da cor.
VIDROS METALIZADOS: Os Blindex Metalizados da Pilkington são
vidros float com camada metálica em uma das faces. O controle de
transmissão solar, a reflexão luminosa e de calor variam de acordo com a
camada aplicada. Podem ser caracterizados por média ou alta
performance, desenvolvidos para reduzir gradativamente a passagem do
calor proveniente da radiação solar para o interior das edificações. São
apresentados em várias cores, espessuras e dimensões de chapas.
SISTEMA DE COBERTURA: O Fast Roof, é um novo sistema
pré-fabricado de cobertura composto de telhas metálicas
trapezoidais, acessórios e arremates, como calhas e rufos – também
de aço galvanizado – e demais fixações. Criado para atender a
projetos que variam de 5 mil a 300 mil m2 , o sistema foi pensado
como solução para pequenas e médias obras. O aço galvanizado
confere ao produto proteção anticorrosiva, com a vantagem da
52
fixação por parafusos. Permite a utilização de isolamento termoacústico, de domus de iluminação
e de ventilação.
SEM AMIANTO: A Eternit apresenta ao mercado a Eterflex. A
nova linha de telhas e caixas d´água não traz amianto na
composição. Os produtos são fabricados com CRFs (cimento
reforçado com fio sintético).
FORROS REMOVÍVEIS: Fabricados com gesso acartonado, os
forros da linha Gyptone, da placo, atendem às várias tendências,
com opção de superfícies lisas, perfuradas, fissuradas e
texturizadas. A face aparente traz pintura vinílica à base de látex,
e a face externa das placas perfuradas recebe um feltro acústico.
ESQUADRIAS
comum
nas
ELETROPINTADAS:
indústrias
Muito
automobilísticas,
a
eletropintura agora está sendo empregada na linha
de produção de esquadrias. Este processo combina a
fosfatização
tricatiônica
e
a
pintura
por
eletrodeposição de tinta. Com isso, portas e janelas
de aço não precisam ser lixadas antes de receber a
pintura definitiva, além de se tornarem mais resistentes à ação do tempo, como ferrugens e
corrosões.
53
CHAPISCO ROLADO: O Xapiscofix Rolado, da Weber Quartzolit, é
uma argamassa para aplicação com rolo. Pode ser empregado em
superfícies de concreto, alvenaria de bloco, lajes pré-moldadas (inclusive
de isopor) que recebem revestimentos à base de cimento e gesso. Sua
coloração possui um tom marrom-claro, que permite diferenciar o
produto no momento da aplicação na obra.
PENTE DE ARGAMASSA: Uma desempenadeira de aço
com dente de raio de 10 mm foi uma das grandes novidades
da Cortag. O produto foi pensado para facilitar o trabalho dos
pedreiros e auxiliares, no momento de espalhar e pentear a
argamassa colante no contrapiso.
SISTEMA DE ESGOTO: O Kanasan, desenvolvido
pela Kanaflex, é fabricado de acordo com a norma
Européia
EM
13476,
especialmente
para
redes
coletoras de esgoto. Possui dupla parede, sendo a
interna lisa e a externa corrugada. O material substitui
as linhas tradicionais de cerâmica, concreto ou PVC.
Representa um avanço tecnológico neste segmento,
uma vez que reduz o tempo da vala aberta e o índice de quebra na instalação. Entre outras
vantagens se adapta perfeitamente aos acessórios de PVC existentes no mercado.
54
2.13. Fôrmas para Concreto
As fôrmas reutilizáveis de polipropileno para execução de lajes nervuradas são apresentadas na
Téchne nº 54.
As modernas edificações demandam
estruturas leves e grandes panos de lajes
com o mínimo de interferências de
pilares, para maior aproveitamento de
área útil.
O sistema é composto de fôrmas
autoportantes de polipropileno, iguais a
cubas, dispostas lado a lado apoiadas
diretamente
sobre
o
escoramento,
dispensando o uso de tabuado. O sistema elimina o uso de componentes inertes como concreto
celular, tijolos cerâmicos, blocos de concreto e poliestireno expandido. As fôrmas não são
incorporadas às lajes e podem ser reutilizadas mais de 60 vezes. São produzidas com
polipropileno de alta resistência e estruturadas internamente, o que reforça a capacidade de
suporte às cargas do concreto lançado, sem deformar-se. As contrações e dilatações da fôrma não
excedem a tolerância máxima de 1%. As peças possuem baixo peso próprio, variando entre 2,8
kg a 12 kg, o que facilita tanto a montagem como a desforma.
55
VANTAGENS:
-
Torna mais racional a execução de lajes;
-
O sistema dispensa o uso de compensado e elementos inertes;
-
Otimiza vãos de maior envergadura;
-
É comercializado a base de locação ou venda;
-
Reduz a despesa final da obra;
-
As nervuras possuem larguras tecnicamente dimensionadas para alojar armaduras;
-
Proporcionam uma estrutura segura, sem perigo de corrosão precoce.
-
Desforma manual, sem uso de ar-comprimido;
-
Disponibilização de meias-fôrmas;
-
Adaptável a diversos sistemas de escoramento encontrados no mercado.
A reportagem Leveza incorporada mostra que o uso do EPS em lajes nervuradas permite a
configuração de sistemas uni e bidirecionais com menor peso incorporado.
TABULEIRO BRANCO:
blocos de
poliestireno expandido (EPS) podem
substituir
os
blocos
cerâmicos
na
execução de lajes nervuradas de concreto
A reportagem Molde fácil apresenta as fôrmas industrializadas incorporadas à linha de montagem
de uma obra, sendo reaproveitáveis e moduláveis. Projeto adequado e mão-de-obra treinada
podem tornar esses equipamentos mais econômicos.
56
FORMAS METÁLICAS: possuem bom controle dimensional, não geram resíduos, têm precisão
geométrica, mas exigem maiores cuidados com o projeto.
VERSATILIDADE: Os sistemas de fôrmas industrializadas garantem a execução de peças com
grande variedade de formas e tamanhos.
PRODUTIVIDADE: Para de obter melhor aproveitamento dos sistemas de fôrmas
industrializadas ou semi-industrializadas é importante o uso do escoramento metálico. O uso da
madeira pode acarretar maiores deformações e impedir maior produtividade.
ALTERNATIVA ECONOMICA: Fôrmas prontas de madeira compensada não garantem tantas
reutilizações como as metálicas, mas permitem uniformidade de equipamentos e custo reduzido.
57
2.14. Forros
A reportagem Solução do Barulho mostra que os forros, peças de acabamento e decoração, têm
ainda outra função: podem controlar a propagação sonora e melhorar a inteligibilidade em
grandes espaços. Para escolher o tipo certo, é preciso considerar interferências das instalações,
luminárias e estrutura. O desempenho do forro está diretamente ligado ao matéria e os mais
comuns são:
FIBRAS E LÃS MINERAIS: Os forros de fibras e lãs minerais
trabalham com a capacidade de absorção acústica inerente aos
materiais porosos. São produzidos em chapas rígidas de alta
densidade acopladas a perfis metálicos de aço galvanizado, ou
em rolos para sobrepor forros metálicos. Podem ser
confeccionados em lã de vidro, lã de rocha basáltica, ou fibras
minerais. O revestimento da face aparente pode ser em tinta
vinílica à base de látex, filme de PVC texturizado ou véu de vidro ou de poliéster com película
aluminizada. O bom desempenho acústico também depende da espessura da chapa e da distância
até a laje. São incombustíveis, não propagam chamas e nem produzem fumaça tóxica em
incêndios. Também não favorecem a proliferação de fungos e bactérias.
METÁLICOS PERFURADOS: Em geral são fabricados em aço
galvanizado ou revestidos com ligas de zinco e alumínio. Recebem
pintura à base de poliéster para garantir aumento de vida útil. O
espaçamento, disposição e dimensão dos furos influenciam o
gráfico de absorção sonora. O emprego de material absorvente
associado ao painel metálico eleva bastante o índice de absorção
acústica. Esse material pode ser utilizado na forma de mantas minerais sobrepostas ou coladas
acima dos painéis ou por meio de jateamento da laje acima do forro. Os forros vazados oferecem
a vantagem adicional de permitir o insuflamento e retorno do ar-condicionado diretamente a
partir do sobreforro, sem a necessidade de difusores especiais.
58
MADEIRA: Os forros de madeira com lâminas delgadas e
câmara de ar são absorvedores seletivos para baixas
freqüências em estúdios, teatros e salas de música. Forros de
madeira mais espessos utilizados em casas de espetáculos
têm a função acústica de criar reflexões para ajuste do som.
POLIURETANO: Os forros de espumas flexível e semi-rígida de
poliuretano-poliéster
auto-extingüível
apresentam
superfície
esculpida na forma de cunhas anecóicas para proporcionar o
aumento da área de absorção e difusão do som. Disponíveis em
espessuras que variam entre 20 e 75 mm são indicados para
ambientes que necessitam de qualidade acústica profissional, em
médias e altas freqüências, como estúdios de gravação, auditórios e
home theaters. Alguns modelos apresentam alto desempenho
acústico.
2.15. Impermeabilização
A reportagem Impermeabilizações com cimentos poliméricos apresenta os cimentos modificados
com polímeros que foram desenvolvidos recentemente e podem ser utilizados para
impermeabilizar estruturas de concreto ou alvenaria. Esses produtos conjugam as características
impermeabilizantes de cimentos aluminosos e pozolânicos com as das resinas, geralmente
acrílicas, que formando uma estrutura com as partículas de cimento, conferem à mistura de um
alto poder de aderência às estruturas e também uma certa flexibilidade que faz com que esse
sistema seja capaz de absorver trincas de retração da estrutura.
59
Proteção do concreto aparente
Falha de concretagem preenchidas por argila
Perfil sem recobrimento
Chumbamento com argamassa expansiva
Buracos de fôrmas
60
Adesivo estrutural epoxídico
Cura deve ser de 72 h antes do enchimento do
reservatório.
A Téchne nº 62 mostra a execução de revestimento de reservatórios de água – novas ou antigas –
com a manta armada de PVC, que tem como vantagens a rapidez de execução, a ausência de
vazamentos e infiltrações, e a garantia de manutenção da potabilidade e condições físicoquímicas da água armazenada.
61
2.16. Piscinas
A reportagem Vai entrar água mostra os diferentes métodos de execução de piscinas, dentre eles:
CONCRETO ARMADO: cuidados com as
ALVENARIA ESTRUTURAL: sistema é
patologias em juntas de concretagem e no
mais vulnerável às acomodações do solo.
revestimento devem ser maiores.
POLIÉSTER REFORÇADO COM FIBRA
VINIL: pontos salientes na superfície do
DE
concreto ou alvenaria podem perfurar a
VIDRO:
recomendável
parede
também
de
contenção
em
é
piscinas
manta.
reforçadas.
62
CONCRETO
impermeabilização
PRÉ-MOLDADO:
deve
ser
refeita
se
for
detectado vazamento no teste.
MANTA ARMADA DE PVC: Método ainda pouco
conhecido no Brasil, como um “carpete de
borracha”, a manta é composta por duas lâminas de
PVC com uma tela trançada de poliéster em seu
interior e totaliza 1,5 mm de espessura. Instalado de
encontro à estrutura da piscina, o material é apoiado
sobre uma manta geotêxtil de 3,5 mm de espessura,
cuja função é absorver as pequenas irregularidades eventualmente existentes na laje do fundo.
2.17. Pisos
A reportagem Pisos e pavimentos de concreto protendido apresenta:
REQUISITOS MÍNIMOS: Os pavimentos de concreto necessitam oferecer suporte constante e
uniforme, espessuras e dimensões adequadas, dosagem racional do concreto, construção e
controle adequados.
66
ARMADURA: O comprimento dos cabos é função da quantidade de concreto a ser protendido e
do coeficiente de atrito entre a massa e a sub-base, somados ao dimensionamento das tensões de
trabalho normais.
CORTE: depois de finalizado o processo de protensão,
as pontas expostas dos cabos são cortadas para evitar a
corrosão do aço.
A reportagem Todos por um, mostra que os pisos intertravados aliam a resistência dos
pavimentos rígidos de concreto com a flexibilidade dos pavimentos asfálticos, além de permitir
paginações curvilíneas. A aplicação requer cuidados com contenção lateral, juntas bem
preenchidas e compactação.
67
TOQUE FINAL: entre tipos diversos de peças, a
tabeira serve como recurso estético e facilita o
acabamento. Feita junto aos confinamentos, a
angulação diferente do assentamento facilita o
arremate da pavimentação. O projeto executivo de
assentamento é necessário e deve prever os cortes
e esquemas de colocação das peças.
SEÇÃO TÍPICA DO PAVIMENTO INTERTRAVADO.
A reportagem Tudo embaixo, faz uma apresentação dos pisos elevados. Pisos
removíveis ficam mais completos e podem ser usados até para insuflamento
de ar-condicionado. A escolha deve considerar prováveis interferências
elétricas, pé-direito do pavimento, resistência a cargas estáticas e dinâmicas e
volume de cabeamento.
68
BEM ALTO: em centrais de processamento de
dados, especialmente destinadas à instalação
de mainframes, a altura do entrepiso pode
chegar a 1,80 m. Neste caso, preestabelece-se
a altura e o tipo de infra-estrutura do suporte, a
espessura do cabeamento e o tipo de caixa de
ligação que será utilizada, além da densidade
das estações de trabalho.
CLIMATIZAÇÃO: O insuflamento de ar é feito, em geral, junto às fachadas e às áreas centrais
do ambiente e exige a colocação de grelhas lineares ou redondas. A climatização pode ser feita,
também, por difusores redondos. Neste caso todo cuidado é pouco. A placa cortada ou perfurada
perde de 40% a 60% de resistência.
CONVECÇÃO: o insuflamento pelo piso
libera o ar a baixa velocidade e de baixo para
cima. A convecção natural faz o ar quente
subir, e o frio permanece junto ao piso. O ar
frio se deslocará somente quando entrar em
contato com uma fonte de calor.
INTERFERÊNCIAS: Os pisos elevados substituem a necessidade de
dutos enterrados no contrapiso ou calhas no teto. Certos cabos,
porém, sofrem elevado nível de interferências elétricas e devem ser
instalados a 25 cm de distância um do outro.
69
A Téchne nº 63 apresenta como Tecnologia de sistemas plásticos, os pisos vinílicos para alto
tráfego, apresentando vantagens como rapidez e limpeza na colocação, aumento de 6 mm na
altura do piso existente, instalação podendo ser feita sobre pisos existentes como cimentados,
cerâmicas, lajotas, granilites ou marmorites; pode ser usado imediatamente após a instalação;
grande variedade de cores; conforto acústico no andar instalado e diminuição da propagação de
ruídos no andar inferior; sensação agradável ao pisar descalso; boa resistência a agentes químicos
de uso comum; conforto térmico e evita o acúmulo de poeira e o alojamento de insetos, por não
possuir juntas abertas, sendo indicado para pessoas alérgicas.
A Téchne nº 66 mostra os pisos em concreto estampado, como sendo uma das técnicas de
pavimentação mais utilizadas na Europa e Estados Unidos. Apresenta como vantagens a rapidez
na execução, durabilidade, baixo custo, pode ser executado diretamente sobre o terreno
compactado ou sobre lajes ou qualquer piso rígido já existente. Possibilita vários desenhos e
formas, tornando o piso totalmente diferenciado; o piso fica menos vulnerável a sujeiras pelo
emprego do verniz acrílico; não precisa de manutenção constante; grande economia na
composição final dos custos.
70
A seção “Produtos & Técnicas para Construção” traz na Téchne nº
67 o piso radiante, que é um circuito de tubos de polietileno
reticulado, embutido no piso da residência, para regulagem térmica
do ambiente através da circulação de água quente. Além do Pex, o
sistema engloba uma fonte de calor, um grupo de regulagem
térmica e um sistema de distribuição.
71
2.18. Plásticos utilizados na construção civil
A edição nº 50, traz como matéria de capa, a Engenharia Plástica apresentando as características
de 25 componentes plásticos utilizados na construção civil, segundo sua aplicação:
-
Canteiro de obras: geogrelha, tubo estruturado para drenagem, rede de esgoto e geotêxteis
empregados em obras de drenagem, contenções e para separação de materiais de diferentes
granulometrias;
-
Concreto: cubas plásticas para lajes nervuradas, fôrma plástica para concreto, fibra de
polipropileno e fôrma de EPS;
-
Alvenaria: bloco de policarbonato;
-
Proteção térmica e contra a umidade: telha de polipropileno, chapa de policarbonato,
impermeabilização de reservatórios de água com manta de PVC, calha pluvial;
-
Portas e janelas: esquadrias de PVC, venezianas industriais;
-
Acabamentos: piso vinílico, papel de parede lavável, revestimento interno de PVC, siding
vinílico;
-
Produtos especiais: divisória de PVC;
-
Sistema hidráulico: tubulações flexíveis, piso-box, calha de piso, painel de shaft,
-
Sistema elétrico: canaleta de instalações.
Dentre as novidades apresentadas pela Téchne nº 52, encontra-se a
pesquisa de um grupo de estudantes do Centro Federal de Educação
Tecnológica do Paraná (Cefet), localizado em Curitiba, que criaram um
bloco de concreto que incorpora isopor e garrafas plásticas de 2l no seu
interior. Em fase de testes, o produto chamado de Isopet, é constituído de
concreto leve misturado à cerca de 80% de isopor triturado. O interior do
bloco possui três garrafas inteiras e tampadas, tipo PET, que segundo os
estudantes confere ao bloco resistência à compressão e ajuda no
isolamento termoacústico. Um dos objetivos do projeto é tirar de circulação as garrafas plásticas
72
e o isopor desprezados pelos consumidores. De acordo com dados pesquisados, o Brasil joga fora
cerca de 40t de isopor por dia, e da produção de 200 mil t de PET produzidas o ano passado, só
15% foram recicladas. Além dessa característica ecológica, o grupo promove as vantagens
técnicas do bloco: por ser leve, o produto diminui o desgaste do trabalhador e pode ser montado
por leigos, pois possui encaixes laterais macho e fêmea, que dispensa a argamassa de
assentamento. Além disso, a porosidade da superfície externa dispensa a aplicação de chapisco e
emboço.
As Fibras de polipropileno multifilamentares
que têm como função evitar fissuras de
retração plástica do concreto e argamassa,
podem ser empregadas em pisos (industriais e
estampados) pavimentos, peças pré-moldadas,
em obras de recuperação, em concretos
projetados e argamassas (internas e externas).
As páginas 64 e 65 Téchne 62 mostram a maior produtividade
e estanqueidade conseguida para redes coletoras de esgoto
sanitário com sistema 100% plástico.
73
2.19. Pré-moldados
Dentre as novidades apresentadas pela Téchne nº 53, a reportagem Quando o canteiro
vira fábrica apresenta pré-moldados questionando se vale a pena produzir, em série, peças de
concreto no próprio canteiro de obras. Alguns construtores dizem que sim, mas os especialistas
alertam para a dificuldade de manter a mesma qualidade garantida pelas indústrias.
LOGÍSTICA: A fabricação de elementos pré-moldados
no canteiro conta com uma pequena usina de produção e
montagem. As peças são armazenadas e transportadas
por grua. O içamento é feito com uma treliça espacial,
para evitar tensões internas e quebras.
As pré-lajes possuem a superfície superior rugosa para
permitir
melhor
aderência
do
concreto.
Ganchos
metálicos concretados nas peças possibilitam o içamento
por uma treliça espacial.
As mesas vibratórias facilitam a vibração e
homogeneização do concreto nos elementos prémoldados.
As
peças
são
fabricadas
com
antecedência e estocadas.
74
As escadas pré-moldadas permitem que o acesso aos
andares superiores seja feito imediatamente após a
montagem. Evitam degraus desnivelados e retrabalho
causado por uso antes da secagem total.
A concretagem das peças é feita com fôrmas metálicas
verticais. Cada fôrma tem face dupla que permite que os
dois lados sejam usados para moldagem.
Os painéis autoportantes são fixados por hastes metálicas
que garantem o correto alinhamento e posicionamento.
Na reportagem Construção Mista, é apresentada a substituição de projeto convencional por
sistema de pré-viga e pré-laje reduz custos, mão-de-obra e tempo de execução em obra.
Após a montagem das armaduras e fôrmas, os
pilares são concretados até o nível inferior das
vigas. As pré-vigas montadas sobre o escoramento
têm o nível garantido pela fôrma do pilar
concretado.
75
As
pré-vigas
de
concreto
armado,
parcialmente concretadas na fábrica com
concreto
fck
40
Mpa,
possuem
as
extremidades rugosas para auxiliar na ligação
entre os concretos pré-fabricados e de
consolidação.
A princípio as pré-lajes chegavam ao canteiro com a
armação de continuidade voltada para cima. A prática de
montagem demonstrou que seria mais funcional se a
ferragem ficasse reta, facilitando o engate das peças
montadas sobre as pré-vigas e escoras.
Após a montagem das armaduras negativas e
de ligação, o pavimento recebe, em etapa
única,
a
concretagem
local.
O
posicionamento de conduítes foi dispensado,
pois os serviços de cabeamento empregam
paredes de gesso acartonado.
A reportagem Leve como argamassa mostra como agregados de baixa densidade proporcionam
redução do peso global das estruturas e isolamento termoacústico.
76
LEVEZA ESTRUTURAL: nos painéis pré-fabricados de
concreto, a leveza da peça é obtida com o emprego de
agregados de isopor em áreas não-estruturais e agregado
comum na região de ancoragens dos inserts metálicos.
Nesse caso, a armadura não encosta no isopor e o
cobrimento mínimo de concreto é de 3 cm, para um painel
com espessura de 10 cm.
77
2.20. Transporte Vertical
A Téchne nº 55 traz a reportagem O Transporte certo para cada necessidade.
78
ELEVEDOR: O elevador de obras é responsável por grande parte da movimentação vertical
dentro do canteiro de obras. Uma grande parcela de acidentes no setor deve-se à má utilização
desse tipo de equipamento. No mercado existem dois grupos distintos, o elevador de guincho,
que apresenta uma torre guia metálica movimentada por um sistema de cabos e polias, e o
elevador tipo pinhão/cremalheira, composto por uma torre metálica treliçada e uma cabine
movimentada por engrenagens e trilhos dentados. O último oferece melhor segurança, velocidade
e capacidade de carga, mas, em contrapartida, o custo é mais alto.
GUINCHO: O guincho é composto por um sistema de cabos que se movimentam por meio de
polias ou engrenagens. A função é elevar pequenas peças, materiais e ferramentas de obras, mas
alguns modelos podem chegar a sustentar 3 mil kg. Os mais utilizados são os guinchos de coluna,
em geral chumbados a uma coluna, e os guinchos para superfícies horizontais, que quase sempre
se situam abaixo do pavimento a ser elevado o material.
GRUAS: O guindaste de torre, mais conhecido como grua, é um equipamento de transporte
vertical sem decomposição de movimentos. Permite movimentação de cargas de peso elevado,
aumento de produtividade e maior organização no canteiro. É composto por uma torre metálica
treliçada modular, que pode ser giratória ou estática. A torre sustenta uma treliça metálica com
cabos e polias que içam a carga, chamada lança. O contrapeso da lança é posicionado em treliça
metálica com comprimento cerca de três vezes menor, no sentido oposto. O movimento
horizontal da carga também é obtido por meio de um sistema de cabos e polias localizado na
parte inferior da lança. Possui cabine de comando que pode estar localizada na base, na torre ou
no conjunto superior. Quanto à movimentação as gruas podem ser fixas, ascensionais ou móveis
sobre trilhos.
PLATAFORMA DE LANÇA ARTICULADA: As plataformas articuladas de lança telescópicas
são utilizadas para conferir acesso rápido de operários que necessitem executar serviços de
manutenção, de controle de andamento dos trabalhos de obra e de acabamento em construções a
partir de dois pavimentos. Em geral, os controles da plataforma incluem o deslocamento da
máquina, elevação, giro da mesa, extensão da lança, rotação e controle do nível da plataforma do
79
operador e direção das rodas.Modelos maiores podem apresentar eixos com extensão hidráulica.
BALANCINS: São andaimes suspensos destinados a abrigar mão-de-obra para execução de
serviços de acabamento, manutenção e restauração de fachadas. Podem ser a cabo, manuais ou
elétricos, ou movidos por sistema pinhão/cremalheira. Os modelos a cabo são sustentados por
vigas metálicas chumbadas na cobertura do edifício, e a elevação da plataforma pode ser feita de
maneira manual – o próprio operário movimento o equipamento – ou por meio de um sistema
elétrico. O tipo cremalheira é movido por engrenagens de maneira semelhante às utilizadas nos
elevadores, e sustentado por duas torres. Como no caso dos elevadores, o custo desse sistema é
muito superior.
ANDAIME FACHADEIRO: Os andaimes fachadeiros, a exemplo das plataformas suspensas
também são utilizados para execução de serviços nas fachadas dos edifícios. São apoiados em
uma base e montados com estrutura metálica tubular ou madeira. Devem ser amarrados à
edificação para resistir às ações dos ventos, e recomenda-se uma fixação a cada 8m na horizontal
e 4m na vertical. Uma plataforma dá suporte a tábuas e chapas de madeira que formam o estrado.
A qualidade e tamanho das plataformas e estrados são previstos por normas técnicas, assim como
a necessidade de guarda-corpos. Permitem acesso a toda a extensão longitudinal da fachada.
80
3. CONCLUSÃO
Após a análise das técnicas construtivas, novos materiais e produtos apresentados nestes
dois últimos anos (Janeiro de 2001 a Dezembro de 2002) pela Téchne – Revista de Tecnologia da
Construção, pôde-se observar que muitas das reportagens se repetem ao longo das edições.
Alguns produtos como o gesso acartonado, as fachadas em GFRC (Glass Fiber Reinforced
Concrete), o OSB (Oriented Strand Board), os banheiros prontos, bem como soluções em
plástico reforçado para a construção civil são insistentemente apresentados.
De maneira geral, seja para fachadas, fechamentos, fôrmas para concreto, pisos e demais
etapas de construção, a tendência é a construção seca, ou seja, a busca pela industrialização da
indústria da construção.
Comparando os resumos das feiras internacionais apresentadas pela Téchne com as feiras
brasileiras, nota-se que não há diferença significativa nas tecnologias apresentadas. O que nos
diferencia do mercado externo são os investimentos destinados para este setor e a cultura dos
profissionais brasileiros de desperdício e utilização de mão-de-obra de forma não racional, por
ser abundante.
Contudo, espera-se reverter este quadro com programas como o PBQP-H (Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade) aumentando a qualidade e produtividade das obras
brasileiras e transformando a construção de artesanal para uma indústria propriamente dita.
81
4. BIBLIOGRAFIA
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Engenharia Plástica. pp 61.
Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 51. Jun 2001. Casa do
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Nobres. pp 22-28.
Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 52. Mai/Jun 2001. Isopet pp
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Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 53. Ago 2001. As fachadas
perdem peso. pp 84-86.
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domada: quilowatts de economia. pp 56-65.
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Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 57. Dez 2001. SAIE 2001. pp
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Mista. pp 24-28.
Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 58. Jan 2002. Molde fácil. pp
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