Aula Inovações Tecnologicas - NPC
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Aula Inovações Tecnologicas - NPC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO AS NOVIDADES APRESENTADAS NOS ÚLTIMOS DOIS ANOS PELA TÉCHNE – REVISTA DE TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO Mestranda: Michele Fossati Professor: Luiz Fernando M. Heineck Orientador: Humberto Ramos Roman Florianópolis, abril de 2003. 0 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por objetivo atender a disciplina EPS 3354 - Produtividade na Construção Civil, apresentando um resumo das novidades e tendências mostradas na Téchne – Revista de Tecnologia da Construção, da Editora PINI, de janeiro de 2001 a dezembro de 2002. São apresentadas técnicas construtivas, novos materiais e produtos e as novidades das principais feiras de construção mundiais. Com isso, pretende-se obter uma fonte de estudo e material didático, bem como identificar a evolução ocorrida no Brasil neste período e compará-lo com o que é apresentado e utilizado no mercado externo. 1 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Ar condicionado A reportagem Condicionamento por baixo mostra que o ar pode ser insuflado pelo piso elevado a baixa velocidade e temperatura mais alta, com bom desempenho energético e conforto para os usuários. DIFUSORES CENTRAIS: são acomodados perfurando-se o piso, depois de pronto, com uma serra-copo. O espaço entre as saídas depende de dimensionamento de projeto. BARREIRA TÉRMICA: A maior vazão de ar dos difusores lineares, instalados próximos às paredes e janelas, oferece resistência às cargas térmicas provenientes da radiação solar. 2.2. Argamassa Armada A reportagem As mil utilidades do Microconcreto mostra a utilidade da argamassa armada que se diferencia do concreto por eliminar o agregado graúdo e permitir a execução de peças esbeltas, mas que por isso requer muito mais cuidados. 2 As obras do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, em Salvador, são construídas com argamassa armada. A liberdade arquitetônica possibilita formas com conforto térmico e ventilação pela face sul. À esquerda, passarelas de pedestres presentes em vários locais de Salvador e à direita um centro administrativo. A utilização de argamassa armada no mobiliário urbano proporciona maior beleza ao entorno pela sua leveza estrutural e pequenas espessuras. Podem ser construídos pontos de ônibus, lixeiras, bancos de praça e mobiliários rurais. 2.3. Construção Seca A edição nº 51 apresenta a 2a fase de execução da Casa do Futuro, localizada no Morumbi, zona Sul de São Paulo. A residência modelo de 750m2 baseia-se na filosofia da construção seca, empregando estrutura em perfis metálicos leves, fechamento externo com placas cimentícias, tubulações flexíveis, paredes de gesso acartonado e outros sistemas industrializados. 3 A matéria Industrialização máxima apresenta etapas de um hotel construído em Guarulhos que utilizou soluções que vão de lajes metálicas a painéis pré-moldados de fachada, do gesso acartonado a banheiros prontos – tudo como prescreve a cartilha da construção seca. Vista da estrutura metálica. Neste período foi necessário o trabalho de 35 pessoas, que a cada dia montavam os pilares e vigas de um pavimento, com o auxílio de três gruas e dois guindastes, operando simultaneamente. Laje steel deck – A montagem da laje era realizada logo que se terminava a fixação dos pilares, vigas e contraventamento da estrutura. A fachada pré-moldada foi colocada com o auxílio de guindastes e fixada na estrutura por meio de parafusos nos inserts que haviam sido previamente instalados. Esse serviço foi executado após a concretagem da laje steel deck e da aplicação da pintura de proteção contra incêndio da estrutura. Após seis meses de obra, a fachada frontal do hotel já estava com painéis instalados até o 5º pavimento e a laje do átrio curvo também concretada. Vista geral da fachada com as gruas em operação, ao mesmo tempo em que ocorria a montagem da estrutura da cobertura geral em telha de alumínio. 4 Durante a colocação dos banheiros foi preciso a montagem de andaimes nas laterais. Depois de içados pelas gruas, os banheiros eram acomodados em um “carrinho” manual desenvolvido para transportá-los e descarregá-los no local apropriado. Cada módulo era posicionado com o trabalho de cinco pessoas que, por dia, montavam dez banheiros. Na fase da instalação das paredes de gesso acartonado, uma equipe de 16 pessoas produziu em média 1.600 m2 de perfis por dia. Também nesse período foram locadas as instalações elétrica e hidráulica, quando então foram fixadas as placas de madeira em pontos da parede que receberiam maiores esforços. Verificou-se a necessidade da criação de um pavimento específico para a manutenção dos diversos sistemas instalados no hotel. A solução foi construir um piso técnico, onde é possível identificar as falhas de ponto do sistema, facilitando o trabalho dos operadores sem interferir na acomodação dos hóspedes. Acabamento: os corredores de circulação dos apartamentos plaqueados por gesso acartonado e com pintura executada, prontos para receber revestimento vinílico. As equipes formadas por 24 pessoas conseguiam executar aproximadamente três mil m2 de parede por dia. Na seqüência foi apresentada a execução passo a passo dos trabalhos de transporte e fixação dos banheiros prontos. 5 Caixa de banho: Após a chegada na obra, imediatamente é feito o içamento do banheiro com toda a área ao redor isolada. Na seqüência, ocorre o fechamento dos vãos dos banheiros, com chapas metálicas para o transporte até o outro lado do pavimento. Em seguida, os profissionais responsáveis pela instalação preparam a entrada na plataforma, somente quando o banheiro estiver a aproximadamente 50 cm do carrinho. Momento em que o carrinho é posicionado com o banheiro em frente ao vão a ser colocado. 6 O banheiro é empurrado para cima do vão. Inicialmente, a descida do banheiro é feita por meio de macacos. Vista do banheiro pronto. Montado com base em tecnologia italiana, o contêiner de 5,5 t possui a vantagem de chegar com todas as instalações elétricas e hidráulicas prontas, inclusive com os revestimentos de piso e paredes, bem como louças e metais aplicados. A reportagem Pode molhar apresenta os chamados painéis verdes de gesso acartonado e os cimentícios que são utilizados em áreas molháveis ou com grande umidade, mostrando que vedar bem as juntas entre os painéis e no encontro com pisos e paredes é fundamental para garantir a estanqueidade. 7 JUNTAS DELICADAS: No fechamento com peças inteiriças, o principal ponto de entrada de umidade são as juntas. Os cuidados devem ser reforçados no encontro piso-parede. Nos painéis cimentícios, as juntas verticais são garantidas pela barreira de umidade, composta por película de polietileno. Essa mesma manta é empregada na impermeabilização do piso, impedindo a passagem de umidade para o interior do fechamento. ESTRUTURA REFORÇADA: Com peso próprio mais elevado (18 kg/m2), a estrutura de montantes para placas cimentícias é mais robusta que para gesso acartonado. Os parafusos são fixados a cada 20 cm e os perfis são colocados com 40 cm de distância, permitindo curvas a partir de 3 m de raio. REVESTIMENTO: Os painéis pré-fabricados aceitam os tipos mais comuns de revestimento para áreas molháveis, como pedra, plásticos, tintas e cerâmica. Esse último é mais utilizado em setores críticos, como o boxe do banheiro, por ter desempenho mais adequado em relação à impermeabilização e por fazer parte da cultura construtiva brasileira. Além de mantas e revestimento, um ponto importante é a saída de tubulações da parede. A solução é simples, com a colocação de calafetador de silicone. 8 2.4. Construções Populares Na reportagem Popular com tecnologia é mostrado um condomínio de habitações populares em Curitiba com frames de madeira como estrutura e painéis OSB (Oriented strand board) nos fechamentos. A obra desmistifica o uso de materiais industrializados como “coisa de rico”. O suporte de laje do primeiro pavimento é feito com perfis “I” de madeira, com alma de compensado no módulo 1 e de OSB no módulo 2. O vigamento é biapoiado nas paredes externas estruturais e fixado de forma não-rígida, com 6 m de distância entre cada apoio. A estrutura da cobertura conta com tesouras montadas com conectores metálicos do tipo gang-nail; a cobertura é de telha asfáltica. As peças estruturais de compensado ou madeira maciça são ligadas com chapa metálica; as fibras orientadas empregam cola fenólica. As peças horizontais entre os pilares diminuem a velocidade de propagação das chamas e funcionam como barreira. O fogo rompe o gesso acartonado e ataca a parte de baixo da estrutura. Com as barreiras, todo oxigênio é consumido dentro da parede antes que o fogo danifique gravemente a estrutura. A edificação só corre risco de ruir quando o incêndio se alastrar por toda a casa, incluindo a parte de cima dos pilares. Além das aplicações em fechamentos e vigas secundárias, o OSB também está em testes para ser utilizado como fôrma para concreto. O material está sendo testado em cinco obras em São Paulo e os resultados serão aproveitados na elaboração de um manual de uso do OSB em fôrmas. 9 A reportagem Revolução industrial mostra que as casas pré-fabricadas que já fazem parte do mercado nacional. Há modelos norte-americanos de frame metálico ou madeira e modelos mais modestos, também metálicos, para construção popular. Alguns dos sistemas disponíveis são: CASAS ABCP: A ABCP (Associação Brasileira de Cimento Portland) desenvolveu duas alternativas de habitação destinadas a famílias com renda de até três salários mínimos. Uma das casas é executada com fôrmas metálicas verticais que recebem concreto leve auto-adensável lançado por bombas. As instalações hidráulicas, elétricas, caixilhos e armaduras são previamente posicionados. O outro modelo é executado com alvenaria estrutural de blocos de concreto com projeto prévio de instalações, para evitar rasgos desnecessários das paredes. ELEMMOD: O sistema construtivo para habitação popular unifamiliar desenvolvido pelo arquiteto Carlos Eduardo Gomes Carneiro, na Fau-USP, utiliza como estrutura gabaritos e fôrmas de aço patinável, portantes e ativas, que recebem concreto. Baseado na técnica construtiva Elemmod, desenvolvido há mais de 30 anos por Ubertello Bulgarini, ex-professor da Fau-USP, o sistema de encaixe das estruturas dispensa soldas ou rebites. O fechamento é feito com alvenaria de blocos, e os caixilhos são de aço. O sistema pode ser adequado a declividades acentuadas. 10 STEEL FRAME: A construção tirou partido do conceito de casa seca. A estrutura é formada de perfis leves de aço galvanizado com divisórias internas de gesso acartonado. A laje de piso é estruturada com painéis de OSB, que também são empregados nos fechamentos. As instalações hidráulicas são de polietileno reticulado. O proprietário escolhe os revestimentos (siding de PVC, tijolos à vista ou argamassa armada com pintura), e no telhado são utilizadas telhas do tipo shingle. SISTEMA LOG: O sistema construtivo Log para casas de alto padrão é composto de elementos estruturais de madeira roliça reflorestada ligados por encaixes e conexões metálicas que podem ser integrados à alvenaria e concreto. As peças são desenhadas uma a uma, numeradas e detalhadas. Um impermeabilizante com função fungicida e hidrorrepelente é aplicado na superfície da madeira. As instalações hidráulicas podem ser aparentes, fixadas nos elementos de madeira, ou embutidas em paredes hidráulicas. SISTEMA USITETO (AÇO): O Sistema Usiteto, da Usiminas, contempla soluções para prédios semiindustrializados e industrializados e residências unifamiliares. A solução para residências é composta de fundação, estrutura principal e de cobertura metálica. As paredes, telhado e acabamentos dependem da escolha do proprietário. O kit metálico em aço USI-SAC 41, protegido contra a corrosão, permite a montagem das casas em módulos: o primeiro módulo possui quarto, cozinha e banheiro. A primeira expansão acrescenta uma sala e a segunda, um outro quarto. O peso total da estrutura de uma casa de 36 m2 é de 540 kg e é fornecida com manual. Os sistemas hidráulico e elétrico dependem do tipo de parede. 11 NEOHAUS: O sistema construtivo de aço para residências de alto padrão da Neohaus é resultado de uma parceria entre fornecedores nacionais e segue o mesmo conceito das construções norteamericanas. A estrutura principal é de aço produzido na Cosipa, com alto teor de cobre, e as paredes internas são estruturadas com perfis de aço galvanizado leve, o steel frame, sobre radie. A composição permite a execução de vãos maiores e a liberdade de layout. A laje superior e de cobertura é constituída por pequena camada de concreto sobre pré-laje de concreto. No fechamento externo são utilizadas placas cimentícias e como divisórias internas, gesso acartonado. VIFRAN: A Vifran, desenvolve projetos residenciais de alto padrão com emprego de aço. As casas são montadas com pilares, vigas e tesouras em chapas de aço carbono de 2,6 mm. As peças são unidas no chão e içadas por guindaste para fixação sobre radier de concreto de 10 cm. As divisórias internas são estruturadas com perfis de aço galvanizado e gesso acartonado e no fechamento externo utilizam-se placas de fibras de madeira com resina impermeabilizante e anticupim. Após a instalação, as paredes recebem um feltro asfáltico e acabamentos (siding vinílico, tijolo à vista ou argamassa com pintura). CASAFORTE MEDABIL: O sistema Casaforte Medabil emprega paredes autoportantes formadas de perfis pré-fabricados de PVC unidos por sistema macho-fêmea ancorados por perfis de aço. As paredes-fôrmas são preenchidas de concreto leve auto-adensável. Durante a montagem, são colocadas as armaduras e tubulações para as instalações hidráulicas e elétricas. As esquadrias também são de PVC, assim como as portas, se o proprietário quiser. O telhado é formado por uma estrutura metálica que pode receber telhas cerâmicas. 12 CASA FÁCIL GERDAU: O kit fornecido pela Gerdau é composto de pilares, vigas e estrutura de cobertura de aço laminado. Dez modelos diferentes podem ser executados. A montagem é feita sobre radier de concreto, que incorpora insertes metálicos para fixação dos pilares e das tubulações hidráulicas. As paredes são erguidas com alvenaria de tijolos, e, para tanto, a estrutura é travada com tirantes provisórios. A amarração entre alvenaria e pilares é feita com vergalhões. Sobre a estrutura de cobertura metálica podem ser colocadas telhas do tipo romana, paulistinha ou similar. As instalações devem ser feitas de maneira convencional, embutidas nas paredes. LIGHT WOOD FRAME: o Light Wood Frame se baseia no uso das placas de fibras orientadas, o OSB (Oriented Strenght Board). A partir de um radier de concreto, são montados os frames de araucária com fechamentos externos de chapas de compensado de pinus e de OSB. Sidings de madeira revestem as fachadas. As divisórias internas são montadas com gesso acartonado, e as instalações hidráulicas e elétricas são embutidas. As peças de madeira são tratadas em autoclave com preservativo contra cupins e umidade. 2.5. Contensões A reportagem Métodos de Contenção apresenta utilizações em diversas situações de obra. 13 COLUNA DE SOLO-CIMENTO: o solo-cimento compactado é aplicado para resolver problemas de estabilização de taludes em que a terra constitui 90% do peso total. Deve-se, para isso, conhecer a curva granulométrica e os limites de liquidez e plasticidade e dimensionar o maciço a partir do peso específico, coesão e ângulo de atrito interno. O método funciona como proteção superficial quando não tem função estrutural. Por outro lado, se for utilizado como muro de arrimo, comporta-se por gravidade. Pode receber acabamento de vegetação. CORTINA ATIRANTADA: São muros delgados de concreto, com espessura entre 20 e 30 cm, contidos por tirantes protendidos verticais ou subverticais. Suportam grandes alturas e são empregados em quase todos os tipos de terreno. Os tirantes podem, ainda, ficar isolados no maciço. ROFORÇOS COM GEOTÊXTEIS: empregados quando se deseja executar aterros compactados com faces mais íngremes que o usual. O método consiste na utilização de vários níveis de geotêxteis com a resistência à tração, atrito com o solo e fluência conhecidos. Poliéster do geotêxtil é, em geral, insensível a problemas de fluência e possui elevada resistência à tração, além de poder receber um paramento vertical de concreto armado, prémoldado ou não. A face da contenção deve ser protegida quando a inclinação for superior a um ângulo de 60º contra vandalismo e intempéries. O abrigo pode ser executado com geogrelha e 14 revestimento vegetal ou malha metálica e concreto projetado. Quando a inclinação é inferior a 60º, a proteção da face é opcional. CORTINA DE PAINÉIS PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO: Utilizado junto a vias de alto tráfego, o sistema é composto por elementos padronizados – uma viga contínua de base de concreto armado, micro estacas verticais e inclinadas e painéis de concreto protendido pré-moldados colocados sobre as vigas de base entre os perfis metálicos - o que permite ganho de tempo. São instalados tirantes protendidos nos perfis metálicos e as águas são captadas por geotêxtil ao longo da cortina e dissipadas por canaletas no pé da contenção. Paredes de apenas 2,5 m em alguns casos são capazes de conter 5m de espessura de aterro, reduzindo custos com tirantes e concreto. SOLO GRAMPEADO: Chamado de soil nailing, consiste na aplicação de uma tela metálica chumbada e ancorada no maciço e revestida por concreto projetado. Brocas perfuram o maciço e são ancoradas às barras de ferro, que dão resistência ao conjunto. GABIÃO: é um muro de gravidade que suporta o empuxo do maciço pela ação do próprio peso. O gabião é composto por rachão envolvido em tela metálica. A forma de arrumação das pedras pode alterar a densidade e a resistência da contenção. Tem boa permeabilidade e flexibilidade a deformações. 15 GRAMA ARMADA: Ideal para preservar o meio-ambiente, a solução é executada com a aplicação de uma tela PEAD (polietileno de alta densidade) que se entrelaça com revestimento vegetal, formando um tapete resistente. Grampos ou ancoragens profundas garantem uma inclinação superior a relação 1:1. Pode ser utilizado em conjunto com gabião plástico tubular e tradicional. PAREDE-DIAFRAGMA: São cortinas de concreto armado moldadas no solo e executadas em painéis sucessivos. Em geral tem a espessura de 40 cm a 1,20 m e painéis com comprimento mínimo de 2,50m. Atravessa diferentes tipos de solo, inclusive abaixo do nível do lençol freático, e trabalha como fundação quando contém tanto as pressões laterais quanto as cargas verticais. A solução pode ser empregada em balanço e a escavação é feita ao mesmo tempo em que se estabilize o solo com a lama bentonítica. A armadura é colocada posteriormente e lança-se concreto no fundo da cava com tubo tremonha (concretagem submersa), enquanto a lama - menos densa que o concreto – é expulsa. CORTINA COM ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS DE ARGAMASSA ARMADA: A parede é formada por vigas horizontais pré-moldadas de argamassa armada, vigas verticais de apoio compostas por perfis metálicos a cada 2m, vigas-baldrame e fundações executadas com microestacas. A contenção é suportada por chumbadores envoltos em calda de cimento ancorados no maciço. 16 2.6. Controle de Fissuras A reportagem Controle de fissuras por retração plástica em pisos industriais de concreto apresenta alguns dos equipamentos utilizados para este fim: Detalhe do aparelho portátil de medida da velocidade do vento. Detalhe de alguns tipos de aparelhos portáteis para a determinação da umidade relativa do ar, temperatura interna e da superfície do concreto. Exemplo de extensão e proximidade das fissuras na superfície do concreto em estado fresco, oriundas da evaporação da água de constituição. Determinação da temperatura da superfície do concreto endurecido com 24 horas de idade, indicando 51ºC, exposto ao sol. Uso de aparelho portátil para medida da temperatura à base de radiação infravermelha. 17 2.7. Cortes em Concreto A reportagem Como “fatiar” o concreto apresenta as serras e perfuratrizes que fazem a demolição controlada. PERFURAÇÃO DIAMANTADA: feita com equipamento – elétrico ou hidráulico – ao qual se acopla a serra-copo. É possível executar furos que variam de 12 cm até cerca de 1,20 m de diâmetro com profundidades ilimitadas. O tempo médio para furar uma laje (100 mm de diâmetro x 20 cm de profundidade) é de dez minutos. Essa técnica é utilizada em casos que requerem ancoragens de chumbadores de grande dimensão, passagem de dutos, entre outros. PERFURAÇÃO PERCUSSIVA: para furos de pequenos diâmetros e profundidades. São utilizados equipamentos manuais retropercussivos com brocas de metal duro. CORTE DE PISOS E LAJES COM SERRA (flat sawing): são utilizadas máquinas sobre rodas impulsionadas por motores a combustão ou elétricos. A potência do equipamento e o diâmetro da serra são determinados em função da espessura da laje ou do piso a serem cortados. As máquinas para cortar espessuras maiores do que 15 ou 20 cm são autopropulsionadas. 18 CORTE DE PAREDE COM SERRA (wall sawing): esses equipamentos permitem o corte retilíneo de aberturas e rasgos em paredes verticais e inclinadas. Sobre um trilho fixado na superfície a ser cortada desliza um motor (geralmente hidráulico) que impulsiona uma serra circular com movimento de aprofundamento e translação. Pode cortar pisos, lajes e paredes com até 50 cm de profundidade. O tempo gasto para cortar uma laje de 20 cm de espessura é de cerca de dois minutos por metro. SERRAS PORTÁTEIS: são usadas para fazer pequenas aberturas, rasgos e cortes em paredes finas (5 a 10 cm de espessura). Possuem grande versatilidade para serviços em locais confinados ou de difícil acesso. CORTE DE ESPESSURA COM FIO DIAMANTADO (wire sawing): esses equipamentos realizam cortes em grandes estruturas de concreto, sem limite dimensional. Um cabo flexível, revestido de ferramentas cilíndricas diamantadas, desliza a alta velocidade sobre a superfície a ser cortada, mantendo uma pressão constante que provoca o avanço do corte. Rodas desviadoras permitem cortes em qualquer plano e em locais de difícil acesso. São utilizadas máquinas elétricas, hidráulicas ou a combustão, com potência proporcional à dimensão da superfície a ser cortada. Dependendo da geometria do corte, é necessária a execução de perfurações prévias para a passagem do fio diamantado. O tempo de corte de seção específica é de 2 m2/h. 19 HIDRODEMOLIÇÃO: corta as estruturas com jato d’água a altíssima pressão. IMPLOSÃO COM ÁGUA: a técnica desenvolvida pelo engenheiro Hugo Takahashi é utilizada em estruturas onde não é possível perfurações, normalmente os viadutos e torres de caixa d’água. A estrutura é preenchida com água e os explosivos são imersos no líquido. A detonação provoca uma propagação de ondas na água que geram efeitos de tração no concreto, o que fissura todo o material. A associação das forças de tração com a expansão da água leva ao total colapso da estrutura. 2.8. Eficiência Energética A reportagem Força domada: quilowatts de economia apresenta metodologias simples de projeto, soluções bioclimáticas e equipamentos certos, podendo tornar a edificação modelo na era do apagão, empregando tecnologias solares passivas e ativas. As tecnologias passivas referem-se de maneira direta a uma arquitetura bioclimática, cujos “mandamentos” são: forma da edificação; dimensionamento das aberturas; tratamento cromático das fachadas; envoltória (diz respeito aos materiais das paredes externas e das coberturas e ao tipo de revestimento das fachadas, sistema de proteção contra radiações, material e cor) e proteção térmica (especificação de vidros diferentes para fachadas diferentes e uso de protetores solares exteriores, ou brises). As tecnologias ativas são utilizadas se mesmo após a implantação das tecnologias passivas disponíveis ainda restar desconforto na edificação. Essas soluções englobam equipamentos e dispositivos necessários à utilização dos espaços, ao conforto do usuário e à operacionalidade das edificações. Essas tecnologias são utilizadas para otimizar a iluminação e climatização, com a utilização de aquecedores solares e painéis fotovoltaicos. 20 Estética eficiente: arquitetos da Europa passaram a elaboram projetos que incorporam os painéis fotovoltaicos como elementos estáticos de fachada, pois já são obtidas placas com gama variada de cores e tamanhos. A Alemanha, por conta de um plano estabelecido pela comunidade européia, subsidia a instalação de painéis fotovoltaicos em residências como forma de incentivar o consumo de energia de fontes renováveis. 2.9. Fachadas A reportagem Fachadas Nobres apresenta painéis metálicos como revestimento. Do alumínio composto ao aço, do cobre ao titânio, os painéis metálicos conquistam a paisagem urbana dando um ar futurista aos edifícios. A plasticidade e a versatilidade dos metais permitem a elaboração de desenhos e projetos arquitetônicos arrojados, cuja aplicação se estende de reformas de edifícios antigos (retrofit) ao revestimento e fechamento de construções, cada vez mais empregados em edifícios comerciais. Mas para usá-los, a fixação e a selagem das juntas requerem cuidados dobrados para evitar manchas e deformações dos painéis, corrosão e até a queda de componentes. 21 ACM (aluminium composite material) é o material mais empregado no Brasil: os painéis de alumínio composto são constituídos por duas chapas de metal unidas por uma camada de polietileno por meio de um processo termoquímico mecânico. Além disso, o produto permite arrojos como a execução de fachadas curvas, como no Edifício Plaza Centenário. FIXAÇÃO: Em geral, os painéis metálicos podem ser aparafusados, clicados, encaixados ou estruturados. No Brasil, o sistema mais utilizado é o aparafusado associado com juntas de silicone. PATOLOGIAS: as patologias referentes aos revestimentos metálicos para fachadas podem ser divididas em estruturais, de vedação ou problema de incompatibilidade de materiais (corrosão galvânica). VEDAÇÃO: Os sistemas de vedação dos revestimentos de fachadas metálicas podem apresentar junta de silicone ou gaxeta, uma guarnição de borracha extrudada. As juntas de silicone requerem mais cuidados em sua aplicação. ANCORA DE TITÂNIO: Museu Guggenheim em Bilbao, Espanha, apresenta manchas de silicone. A reportagem As fachadas perdem peso, mostram que os painéis de GFRC – Glass Fiber Reinforced Cement – denominando o composto de cimento reforçado com fibra de vidro, combinam facilidades do concreto e a leveza proporcionada pelas fibras de vidro para compor sistema de aplicação rápida e com opções de estampas em baixo e alto relevos. 22 EFEITO DECORATIVO: Por ser um material leve e de fácil molde, o GFRC pode apresentar formatos e tamanhos livremente definidos pelo projeto de arquitetura. Podem ser produzidas peças chanfradas, com alto e baixo relevos, utilizadas como detalhes de acabamento em edificações. ACABAMENTO: No Brasil, serão produzidos painéis com revestimentos diferenciados, obtidos com a aplicação de uma massa formada com granitilhas de diversos tamanhos e cores. A reportagem Cortina de Frente apresenta fachadas em vidro simples ou duplo, painéis préfabricados, placas de granito ou cerâmica, algumas opções de fachada muito utilizadas hoje. A escolha entre os sistemas deve ser condicionada pelo índice de luminosidade interno e pelo conforto ambiental em diferentes épocas do ano. 23 FACHADA DINÂMICA: Alguns detalhes arquitetônicos podem ser conseguidos sem realizar grandes alterações na estrutura: alterna-se a adição com a redução de volumes na fachada mudando apenas a distância da placa cerâmica do esqueleto do edifício com a utilização de insertes de fixação. Isso traz maior movimento e dinamismo ao prédio. FIXAÇÃO EM CERÂMICA: Tanto em cerâmica como em rocha, a fixação pode ser feita com cantoneiras de aço inox chumbadas na estrutura. Os parafusos são inseridos em furos oblongos que permitem a regulagem do prumo do revestimento e o afastamento necessário da estrutura. SISTEMA UNITIZADO: Para a execução desse tipo de fachada, adotada na nova sede do Bank Boston, em São Paulo, basta colocar as ancoragens nos andares e subir as peças por uma grua. A fachada consiste em uma peça única, pronta de fábrica, com a esquadria, o revestimento e o vidro na altura do piso a piso. Outra inovação é o vidro com tecnologia “low-e a todo efeito”, que deixa entrar apenas a luminosidade estipulada em projeto. 24 FACHADA VENTILADA: a fixação mecânica, pode ser realizada com insertes que envolvem as placas ou que se encaixam em sulcos nas suas bordas. Nem sempre é aconselhável a fixação exclusiva com silicone estrutural, pois um erro de dimensionamento ou execução pode causar a queda das peças em situações extremas. A Téchne nº 60 – Março 2002 faz um comentário sobre as fachadas pré-fabricadas. Já existem no mercado brasileiro alguns processos alternativos para a construção de fachadas, incluindo reticulados metálicos para acoplamento de placas ou painéis, chapas de alumínio (“neobond”, “alucobond”, etc), sistemas constituídos por painéis pré-fabricados de concreto, concreto celular autoclavado, placas cimentícias armadas com fibra de vidro (GFRC – Glass Fiber Reinforced Cement) e, mais recentemente, chapas de fibras de madeira orientadas (OSB – Oriented Strand Board). 2.10. Fechamentos A seção “Como Construir” da Téchne nº 64 traz a reportagem Alvenaria de blocos de vidro, dando detalhes sobre as aplicações, projeto, resistência à tração, juntas de movimentação, espaçadores, argamassa e rejunte, execução, controle de qualidade, normas e manutenção. 25 A reportagem da Téchne 69 apresenta as algumas tendências em fechamentos. GESSO ACARTONADO: O consumo de gesso acartonado no Brasil ainda é pequeno quando Estados Unidos comparado e Europa, ao onde dos a tecnologia está totalmente consolidada. Mas os números brasileiros são promissores, provando ser uma solução moderna e eficaz para o mercado da construção civil no País. A tendência é que, cada vez mais, escritórios, hotéis, flats e shoppings centers tenham as paredes internas, revestimentos e forros executados com gesso acartonado. 26 ARGAMASSA compósitos ARMADA: cimentícios estão Muitos sendo desenvolvidos ou aplicados em elementos estruturais, dando origem a novos tipos de argamassa armada: painéis de fechamento de argamassa reforçada com fibras de vidro, painéis tipo sanduíche com núcleo de poliestireno expandido, elementos estruturais de microconcreto armado e outros elementos de pequena espessura. Nas atividades de pesquisa e desenvolvimento muita atenção é dedicada aos compósitos cimentícios de alto desempenho, a serem aplicados em elementos estruturais delgados. Os chamados concretos pós-reativos, por exemplo, não deixam de ser argamassa de desempenho ultra-elevado, contando com adições de superplastificantes, minerais e microfibras. Outros estudos estão voltados à produção de elementos de argamassa armada de alto desempenho com malhas e fios de materiais não-metálicos, como as fibras de carbono, de aramida e de PVA, visando a aplicação em elementos em elementos estruturais delgados. Tais elementos servem para a proteção superficial de estruturas novas e para a recuperação de estruturas degradadas. ALVENARIA: ainda há muito o que se explorar do sistema, em especial, o uso de paredes duplas ou compostas, que proporcionam maior resistência da parede e maior isolamento para os ambientes. A crescente racionalização da construção permite à alvenaria estrutural de blocos cerâmicos ou de concreto o embutimento de tubulações elétricas e hidráulicas nos vazios dos blocos, a aplicação de revestimentos internos com camadas de gesso ou massa corrida e o desenvolvimento de argamassas externas coloridas aplicadas diretamente sobre os blocos. 27 PAINÉIS CIMENTÍCIOS: O desenvolvimento de sistemas e componentes construtivos mais leves, que ofereçam maior valor agregado aos produtos, é uma tendência dominante para o futuro de segmento de pré-fabricados. PAINÉIS ARQUITETÔNICOS: a utilização de fachadas de concreto pré-fabricadas não pode mais ser considerada uma onda isolada. Características como a rapidez na montagem, a regularidade geométrica, a eliminação de serviços pelo lado da fachada, a redução de patologias e a diminuição da necessidade de manutenção impulsionam a adoção do sistema. ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS: Hoje, os produtos de cerâmica vermelha estão desenvolvendo, por meio da ANICER (Associação Nacional da Cerâmica Vermelha), novas técnicas para a fabricação, avaliação do desempenho e aplicação dos componentes para alvenaria. Estão chegando até investimentos estrangeiros para esse segmento. 28 PAINÉIS EM GFRC: Os painéis são constituídos por superfícies laminares de GFRC (Glass Fiber Reinforced Concrete) que formam um sanduíche, incorporando um miolo de lã de vidro, característica que otimiza o isolamento térmico e acústico. A superfície interna pode ser entregue acabada ou pronta para pintura. Os painéis com aberturas podem receber os caixilhos e os vidros ainda em fábrica, sendo entregues em obra totalmente prontos. OSB: As chapas OSB são feitas de tiras de pinus que, homogeneizadas e prensadas em alta temperatura, dão origem a um material sem vazios internos. O produto é resistente ao fogo e ao ataque de cupins. O OSB pode ser acoplado aos frames para fechamento externo, com posterior revestimento em sidings de madeira ou PVC. Formado por dois tipos de estrutura – aço zincado e madeira tratada – o sistema de frames proporciona liberdade de formas ao projeto. A reportagem Pronto para usar apresenta uma busca por industrialização e durabilidade que impulsionou o setor a criar sistemas prontos para a aplicação e com garantia de padrão estético. Há uma aposta na importância das especificações no projeto de acabamento e revestimento. A tendência é que o acabamento deixe de ser um simples acessório. 29 PLÁSTICOS: Os polímeros são uma forte tendência de materiais para acabamento, o uso cada vez mais intenso de esquadrias de PVC, em substituição ao alumínio composto, e de argamassas poliméricas mostra o caminho pelo qual segue o setor. PAINÉIS PRÉ-FABRICADOS: a inovação tecnológica segue também com materiais como os painéis préfabricados de concreto revestidos e os painéis de alumínio composto, que já chegam prontos na obra apenas para serem fixados. 2.11.Feiras Internacionais 2.11.1. BATIMAT As novidades apresentadas na BATIMAT 2001, ocorrida em Novembro no centro de exposições Paris Expo, em Porte de Versailles, Paris são expostas na edição nº 57. Dentre as novidades, destacam-se os 30 GRANDES BLOCOS PARA FACILITAR A ALVENARIA: A Murbric Roulé levou a linha de blocos cerâmicos POROTHERM. São blocos com até 50 cm de comprimento e 25 cm de altura. Os blocos possuem alvéolos para melhorar o desempenho termoacústico, além de desempenhar função de reforço e dissipação das ondas sonoras. O assentamento dos blocos utiliza argamassa de saibro (argila e areia grossa), cimento e aditivos à base de celulose, na mesma cor do bloco, aplicados com rolos de gravidade. O MOLDULBLOC é um bloco portante para isolamento térmico e tratamento das pontes térmicas em fachadas e sistema construtivo modular. Devido à consistência mais compacta e estrutura alveolar, pode proporcionar grande resistência térmica (2,31 m2 C/w em paredes de 30 cm). Os blocos estruturais da FIXOLITE tem função de fôrma para preenchimento com argamassa por gravidade bombeada. A composição dos blocos utiliza fibras vegetais homogêneas, minerais e aglomerantes à base de cimento Portland. O resultado é um bloco leve e que impede a formação de umidade na parede. Dentro do bloco, uma placa de poliestireno expandido garante maior isolamento termoacústico. A Siporex possui o THERMOPIERRE 11, um bloco sílico-calcário de até 37,5 cm de largura e resistência térmica da parede acabada de 3,33 m2 K/W. Alguns desses blocos e painéis são produzidos também no Brasil. Além do grande desempenho construtivo, esses materiais contribuem para conforto interno e racionalização da obra. 31 PAINEIS CIMENTICIOS E SILICO-CALCÁRIOS Fibras de vidro em tela, poliestireno e cimentos com aditivos compõem os painéis da WEDI, para uso como base de revestimentos em paredes, como camada de isolamento acústico a impactos no piso, confinamento de instalações, divisórias em banheiros e outras funções. As faces externas são de cimento sobre tela de vidro. O miolo é de poliestireno extrudado. Os painéis compósitos da LUX são semelhantes e também as aplicações: são especialmente indicados para áreas molhadas e podem ser curvados. Bastante utilizados na construção comercial e industrial os painéis SIPOREX de concreto celular têm até 7,5 m de comprimento e 20 cm de largura. Robustos e leves, reúnem qualidades como isolação térmica, absorção acústica, facilidade de montagem e boa resistência. Ganchos nas peças facilitam o transporte vertical por grua ou guincho e tornam a montagem rápida. COBERTURAS: DO ACRÍLICO AO ZINCO COM COLETOR CELULAR Um moinho gira vagarosamente alimentado por placas de vidro com 28 células fotovoltaicas cada. Os painéis possuem 2.m de comprimento e 36,6 cm de largura e assentam-se sobre a cobertura de zinco. O lançamento da RHEINZINK pode ser utilizado em coberturas com 10° a 75 ° de inclinação. A energia produzida pode garantir o 32 funcionamento de luzes e eletrodomésticos. Menos high tech, telhas de PVC e poliglass ganham espaço das telhas cerâmicas e de concreto. As telhas de poliglass IMACOPPO da Tecno-Imac imitam uma área coberta com telhas cerâmicas em forma de canaleta e estão disponíveis em três tonalidades. A folha de tamanho Standard tem 90 cm de largura útil e até 1,7 m com superfície total útil de 1,5 m2 . Extremamente flexíveis são instaladas com facilidade e fixadas com parafusos. Parecida, mas não do mesmo material, a cobertura PLAQUE COPPO da Cover Life é produzida em acrílico e está disponível em várias cores. A largura útil (sem área de sobreposição) é de cerca de 0,78 m x 1,6 m. O que conta agora no sistema para cobertura parece ser mesmo o peso. A Trus Joist comercializa pranchas de fibras de madeira tratada que constituem o sistema frame works. São pranchas modulares, muito leves, encaixáveis com peças de 3 a 8 m para cobertura de casas com capacidade de suporte de carga de até 500 kg/m2 . Para a subcobertura, a Dörken mostrou na feira a DELTA-FOL, uma manta impermeabilizante de PVC capaz de resistir a variações térmicas de -40° a +80°. Além de sua função principal de bloquear a entrada de água e umidade, a manta impede a condensação do vapor interno na cobertura impedindo a formação de bolor e zonas de umidade. 33 FÔRMAS As cubas plásticas saíram da horizontal e conquistam também a vertical. Na vertical, são empregadas em muros de contenção, ventilação de paredes soterradas, ou de paredes de subsolo. Na horizontal, podem ser usadas na execução de pisos elevados, além de facilitar a construção de dutos subterrâneos para passagem de gases, água, esgoto e redes elétricas e de telefonia. Os sistemas de fôrma com escoramento metálico não trazem muitas novidades. Algumas linhas trazem incorporadas passadiços para circulação dos operários e guarda-corpo. A concorrente Ulma divulgou o sistema COMAIN, uma fôrma estruturada de frame de suporte metálico e placa de 12 mm de resina. A fôrma, apesar da ossatura metálica, não ultrapassa 31 kg/ m2 . As chamadas cofragens metálicas decorativas para balaústres, muros, frontões e pilares são outra mania francesa. A BONIRAY, empresa de Nice, possui diversas linhas, do neoclássico ao art deco. 34 EQUIPAMENTOS MAIS COMPACTOS Boas soluções para o canteiro poderão ser vistas em breve no mercado, como as minibetoneiras da IMER. São betoneiras com capacidade entre 140 l e 350 l. Ocupam pequeno espaço no canteiro e podem ser levadas a qualquer parte da obra com facilidade. Para misturar a argamassa de assentamento rapidamente, a Prottol lançou o mixer modelo MXP 1000 EQ, A massa pode ser misturada no balde ou argamassadeira em poucos minutos, sem a necessidade de deslocamentos de grandes equipamentos. Outro modelo de mixer com balde e carrinho acoplado é oferecido pela ROMUS, o 94020, com capacidade para misturar 75 l de massa. Diversos modelos de haste permitem trabalhar misturas de vários traços. O trabalho de lixar as paredes e forros também ficou mais fácil. A lixadeira WS 702 VE, chamada de LA GIRAFE, dá conta do trabalho de preparo de superfícies longe do alcance das mãos. O cabo da lixadeira tem cerca de 1,5 m e facilita o trabalho de acabamento de cantos altos e forros antes da pintura. 35 A Domosec mostrou na feira seus modelos da linha PROTIMETER de mão para medição da umidade e higrotermia. O diagnóstico é automático e o equipamento mostra, por exemplo, se a superfície apresenta boas condições para aplicação de pisos e cerâmicas. ANDAIMES Os andaimes tubulares fachadeiros da PERI e da ALTRAD MAFRAN são alternativas aos andaimes motorizados. O NKORA SYSTEM é o mais recente modelo da Frenehard e Michaux em matéria de andaimes para pequenas alturas. Os roletes nos suportes da prancha permitem o andaime “escalar” a parede com maior segurança. 36 O FALSO COMO TENDÊNCIA O fake é a principal tendência em matéria de revestimento há muito tempo, não só na França mas em toda a parte. Os materiais de revestimento precisam imitar algo: madeira, vidro, pedra. A mais recente sensação em matéria de acabamentos internos são as placas flexíveis em fibra de vidro ou poliéster como as da OLDSTONE e da PLAC PUZZLE. Este último, como diz o nome, é constituído de um conjunto de placas encaixáveis como em um quebra-cabeças. O acabamento entre as fendas dá um toque real à parede. AS texturas para revestimento interno de paredes alcançam todo o tipo de tonalidade e textura. O forro LUXATEND é um sistema de forro flexível preso a hastes nos cantos das paredes, é oferecido em diversas cores e pode ser instalado em todo tipo de ambiente, até mesmo em cozinhas. O material não se deforma e conserva suas propriedades mesmo exposto a grandes variações térmicas. O filme é utilizado distante da laje, formando um espaço técnico para passagem das instalações. Em matéria de pisos industriais e comerciais a opção cresce pelos materiais à base de PVC. As placas da linha TRAFICLINE da TLM são encaixáveis e não utilizam cola para fixação à superfície. Desempenham ainda a função de isolamento térmico e acústico. 37 O ARTOLEUM SCALA é um piso de linóleo e pigmentos minerais moldado in loco da Forbo, conhecido também como Marmoleum. Possui boa resistência à abrasão para pisos internos e função isolante. TILT-UP CASEIRO: Esta proposta de construção residencial tilt-up parece artesanal, mas a Bonelli, de Torino (Itália), promete grande produtividade. Utiliza-se madeira estabilizada como agregado para produção dos painéis na proporção de 300 kg/m3 . O resultado são painéis leves e com grande resistência térmica e bom isolamento acústico. Insertes nos painéis garantem o travamento entre as peças. Note também os requadros para acomodar os caibros da cobertura. 38 PONTE TÉRMICA: A tira de concreto conforma o painel de poliestireno atravessado pelos espaçadores. O sistema bloqueia a ponte térmica, evita a ocorrência de fissuras entre paredes e lajes e impede a formação de bolor nos cantos. ESCADAS E CHAMINÉS: O engradado metálico serve como suporte para sustentação de escadas retráteis ou chaminés. Vale observar também o uso das chapas metálicas dentadas do tipo Gang-Nail para junção entre as traves da estrutura de cobertura. COLMÉIA VERDE: O geossintético do tipo colméia de polietileno produzido pela empresa italiana Modi garante a estabilidade do solo contra os efeitos da erosão e fixa melhor a cobertura verde em parques, jardins e campos de golfe. ARTICULADO: O Halloute 16 PE é uma plataforma elevatória articulada para trabalhos de até 16 m de altura. O equipamento é bastante útil em trabalhos de instalação e manutenção de coberturas, redes de iluminação, reparos de fachadas e outras atividades. 39 2.11.2. CONEXPO-COM / Agg As novidades da feira CONEXPO-COM / Agg 2002, maior feira norte-americana de construção civil, atesta que o ciclo de renovação tecnológica de máquinas e equipamentos do setor está cada vez menor. REFRIGERAÇÃO ESPECIAL: A escavadeira CX800, lançada pela CASE, é a maior da linha de máquinas inteligentes da empresa. Com capacidade de carga de cerca de 35.380 kg, raio de escavação de 16,19 m e profundidade de escavação de 10,66 m, o equipamento tem injeção eletrônica e um sistema especial de refrigeração do motor. PLATAFORMA TESOURA: O modelo GS-2632, da Genie, é um equipamento para uso industrial movido a bateria. Com altura de trabalho de 10 m e somente 81 cm de largura, a plataforma facilita o trabalho em áreas confinadas e a passagem por portas. MOVIMENTAÇÃO SINCRONIZADA: As novas plataformas articuladas elevatórias da JLC, modelo 1350SJP, permitem uma elevação de até 42 m de altura, por meio de um sistema de movimentação vertical e horizontal. Além disso, possui um sistema de cabos articulados que permite um raio de movimentação completo em todos os vetores de trabalho. 40 VISÃO COMPLETA: A escavadeira com carregamento traseiro JCB 212S apresenta sistema de travamento a partir da cabina e conjunto de retrovisores que possibilita a visão completa das atividades traseiras. O equipamento tem capacidade de 1.480 kg em até 1,2 m de profundidade. MOBILIDADE E RESISTÊNCIA: O novo lançamento da AUSA é um caminhão de carroceria móvel com chassis rígido e rotação hidráulica de 180º. Possui capacidade para 1,5 t e permite o descarregamento em alturas entre 1 e 2 m. ROTAÇÃO COMPLETA: Com um braço de propensão que permite uma rotação completa sem grandes esforços mecânicos ou movimentações centrípetas, a nova escavadeira da Komatsu, oferece baixo nível de ruído para o piloto e uma cabina com mais conforto. PEÇAS ESPECIAIS: O modelo 44 do adaptador hidrostático de eixos, equipamento fundamental para fabricantes de veículos hidrostáticos, é o mais novo lançamento da Dana no mercado. O produto é idealizado para veículos compactos de até 25 cv e o design permite a instalação direta no eixo, ideal para escavadeiras compactas. 41 ESCAVADEIRA AMBIENTAL: A 330CL, da Caterpillar, é equipada com motor Cat C9, com baixo índice de emissão de poluentes e foi projetada para os segmentos da construção e mineração dos mercados americano e latino-americano. ECONOMIA: A seladora E-Z Load Banjo Taper diferencia-se por um dispositivo de fácil carregamento e pela capacidade de trabalho para várias horas, sem que ocorra fadiga do equipamento. Com apenas 1,36 kg, a seladora permite um trabalho centralizado e de rápida secagem em painéis de gesso acartonado. GRANDES CARGAS: O grande atributo da escavadeira rotatória Mega 400-V, é a capacidade de carga: 22 t. O equipamento apresenta cabina com visão 360º, arcondicionado e rádio AM/FM. BOMBAS DE PRECISÃO: As bombas para concreto da Putzmeister atingem quase 58 m de altura e circulam por 53 m, no sentido horizontal. Com uma pressão acima de 200 m3/h a bomba é ideal para atividades de grande precisão. 42 SEM QUEDAS: Idealizados para evitar quedas e acidentes de trabalho, os cordões para ferramentas permitem o livre manuseio dos equipamentos enquanto uma corda de náilon os acopla ao pulso do usuário. Outro lançamento é o Miller Cable Anchorage Connector, cabo com 1,8 m de comprimento, com dispositivo de fechamento ultra-resistente, feito para acoplar operários para movimentações livres em grandes alturas. 2.11.3. SAIE A SAIE 2001 (Salão Internacional da Indústria da Construção), feira anual que ocorre em Bolonha, na Itália, sinaliza a procura das industrias por soluções compatíveis com o desenvolvimento sustentável e consciência ambiental apresentando os sistemas construtivos, máquinas e materiais a seguir: MADEIRA: Apesar da forte indústria de alvenaria, a Itália atualmente investe em tecnologia para a melhoria da madeira, principalmente a laminada, para fazer com que o material passe a ser mais utilizado na hora de especificar estruturas, coberturas de amplos espaços e materiais de revestimento. Os laminados tiveram grande destaque e alguns produtos estavam em composição com materiais como lã de rocha e isopor, para garantir isolamento térmico e também, com metal, para reforço estrutural. Fôrma mista recebe preenchimento de concreto. 43 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS: Dentre as máquinas e equipamentos apresentados, destacamse aqueles utilizados em restauro de edifícios, setor bastante desenvolvido num país repleto de obras-de-arte da Antiguidade. As plataformas de elevação dispensam os andaimes e são muito mais práticas e seguras. Os guindastes estavam disponíveis em capacidades (até 200 t), tamanhos (braços de até 60 m de altura) e modelos para as mais variadas necessidades, com alta tecnologia desenvolvida em maior parte de outros países europeus, como a Alemanha. COBERTURAS E ISOLAMENTOS: As coberturas, em variados materiais, têm a função de garantir isolamento térmico, o que colabora para um menor consumo de energia, seja em aquecimento ou resfriamento. Entre os mais curiosos está o teto revestido de vegetação, que ganha força por permitir a criação de verdadeiros jardins aproveitados. Os em espaços fabricantes antes asseguram não a impermeabilização do teto com um eficiente sistema de drenagem da água excedente. Para a realização de um jardim no teto plano ou inclinado, ou em coberturas de garagem ou terraços, há um investimento em desenvolvimento tecnológico quanto à estrutura, impermeabilização, controle vegetal, temperatura e solos. 44 Em tetos ventilados, a madeira e o poliestireno expandido trabalham juntos para gerar conforto térmico. Os painéis compostos e os acessórios permitem a rapidez na montagem. Já as telhas de policarbonato ganham estrutura alveolar, que lembra uma colméia, permitindo a passagem de luz, filtrando os raios solares, porém evitando o aumento excessivo da temperatura. Telhas de cobre também apelam para o controle de temperatura e facilidade de aplicação. Aplicados sobre placas de poliestireno geram coberturas leves. 45 Placas para isolamento térmico e acústico de fibra natural com cimento Portland e de cortiça são resistentes à imunidade, ao gelo e até ao fogo. Os produtos que utilizam fibra de coco aproveitam a fibra dura composta de celulose para conseguir maior rigidez em composição com a cortiça. Dentre os produtos apresentados na SAIE 2002 (Salone Internazionale Dell´Industrializzazione Edilizia), foram destacados: GRELHA DRENANTE: As grelhas dão maior resistência e firmeza à grama. Indicado para vias de acesso a garagens e com trânsito intenso de pessoas, a fôrma é composta por polipropileno puro e reciclável. Os módulos são retangulares, com as bordas reforçadas e têm 0,25 m2 , espessura de 42 mm e 1,5 kg. PRECISÃO NAS MEDIDAS: O teodolito TS305, da Trimble, conta com distanciômetro Direct Reflex (DR) que mede, de forma simples e veloz, pontos inacessíveis a até 100m de distância. O aparelho, que pesa 11,3 kg, tem baixo consumo energético e possui um painel digital de fácil compreensão. A precisão para medidas de ângulos é de 5”. BANHEIROS MODULARES: A LS Sterchele produz células de banho de concreto armado sob medida. O acabamento interno dos módulos pode ser feito com cerâmica, mármore ou granito de vários formatos, cores e qualidades. A manutenção dos banheiros, que têm um ano de garantia, pode ser feita facilmente por meio de um shaft de serviço interno e um painel externo para acesso aos equipamentos. 46 TRANSPARÊNCIA NO TELHADO: A Pro Tetto fornece soluções para iluminação e ventilação de cômodos superiores de residências. A empresa instala janelas blindadas, vedadas e com proteção térmica em telhados. O produto é de fácil instalação e a inclinação e a variação de abertura podem ser configuradas. MATERIAIS FONOACÚSTICOS: A Mapson dispõe de uma ampla linha de espumas para isolamento e correção acústica em ginásios, salas de reunião, de tiro, de música, escritórios e outras aplicações, especialmente para a absorção acústica de alta freqüência. MANTAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO: O Fondaline é uma capa impermeável que protege e isola estruturas que poderiam ser danificadas pela ação da água, por materiais ou por intervenções futuras. O revestimento se estende com a face escura contra a parede. FERRAMENTAS MULTIUSO: A MultiMaster, da Fein, é um aparelho multiuso de 1,1 kg para execução de pequenas tarefas. Com uma ponteira cambiável, a máquina pode se transformar em lixadeira, minisserra, talhadeira, espátula e outras ferramentas. Está disponível em três versões – Start, Select e Top – que variam a quantidade de funções. 47 MADEIRA PRÉ-MOLDADA: A KLH constrói casas pré-moldadas de madeira. Os painéis que formam as paredes atingem altura de até 2,95 m por até 16,5 m de comprimento com 0,5 m de espessura. O método é indicado para construções habitacionais e industriais. SISTEMA CONSTRUTIVO: Plastibau-3 é formado por dois painéis de poliestireno expandido de alta densidade ligados por treliças metálicas, que constituem uma armadura para aplicação de concreto no interior. Os painéis de espessura padrão 120 cm ou sob medida vêm assentados e constituem uma estrutura rígida pronta para receber o concreto sem nenhum escoramento. Aceita acabamento de gesso acartonado na parte interna. INSTRUMENTAÇÃO COM ULTRA-SOM: O aparelho Tico é capaz de medir, a partir de impulsos ultra-sônicos, a uniformidade de estruturas de concreto, o módulo de elasticidade e sua resistência. FÔRMA METÁLICA E IN LOCO: A Tecnostrutture fornece o pilar PDT que une a característica dos pilares de concreto com uma notável economia de material. São fôrmas que podem receber o concreto e ficar incorporados ao pilar ou atuar sozinhas, sem a injeção de concreto, dependendo do caso. Segundo o fabricante, a quantidade de concreto necessário chega a ser 70% menor do que em pilares de concreto armado convencionais. 48 LAJE ALVEOLAR: A BubbleDeck desenvolveu um método diferenciado de construção de estruturas de concreto. As vantagens desse sistema, que é constituído por módulos alveolares monolíticos, são a velocidade de aplicação, a economia, a flexibilidade, a qualidade e o aspecto ecológico. O produto pode ser aplicado em todos os tipos de edifício, mas é indicado principalmente para indústrias, hotéis, museus e estacionamentos. Está disponível em espessuras entre 23 e 45 cm. GUINDASTE: O guindaste GMK 6220-L da Grove tem 38 m de braço, elevador hidráulico e altura de ponta máxima de 112 m. O equipamento é adaptado a situações com alta necessidade de içamento, como em edifícios de muitos andares. ISOLANTE NATURAL: Celenit L3 é um painel-sanduíche com núcleo de lã e fibra de alta densidade. Pode ser empregado em paredes planas e inclinadas como contraforro ou como revestimento para isolamento acústico. CUBAS PLÁSTICAS: As fôrmas de plástico reciclável da Modi são encaixáveis umas nas outras e facilitam a passagem de tubos e cabos ou de qualquer outro material por debaixo do piso ou atrás das paredes. Indicadas para prédios industriais, hospitalares e civis. 49 2.12.Feiras Nacionais 2.12.1. FEHAB A reportagem sobre a FEHAB 2002 (Feira Internacional da Indústria da Construção), mostra a integração de tecnologias construtivas bem como demonstrações de uso. EDIFÍCIO TECNOLÓGICO: a aparência “recortada” do Tecnohab não foi gratuita. Esse foi o modo de mostrar o edifício em vários momentos construtivos e permitir a “dissecação” de sistemas. INSTALAÇÕES: as instalações passam por shafts, expostos nas áreas do boxe. Foram empregadas tubulações de polietileno reticulado. PISO INTERTRAVADO: No final do trajeto foi colocado um bar com uma minipraça para descanso. FECHAMENTO DOS BANHEIROS: O gesso acartonado foi adotado inclusive nas áreas molháveis, como o banheiro. 50 FÔRMAS: O sistema industrializado de fôrmas com chapas de madeira compensada foi um dos principais destaques por estar integrado ao escoramento e ao sistema de lajes nervuradas. ESTRUTURA: A estrutura metálica empregada no Tecnohab permitiu a construção em apenas quatro dias e meio. As ligações foram feitas por cantoneiras e parafusos galvanizados. LAJE STEEL DECK: detalhe da laje com chapa de aço incorporada pronta para a concretagem, com espaçadores para a armadura. PISO: Amostra do piso radiante utilizado nas áreas internas, tanto com revestimento de madeira quanto cerâmico. O sistema permite o aquecimento do ambiente por meio de dutos colocados no contrapiso. 51 2.12.2. FEICON, FEICON TEC, EXPOLUX A reportagem Giro FEICON, FEICON TEC, EXPOLUX mostra os produtos apresentados na Feira em 2002. PELÍCULA REFLETIVA: trata-se de uma película duplo-refletiva com alto desempenho de controle solar, que evita o espelhamento à noite. A visibilidade através do vidro não é prejudicada. Além de garantir às pessoas visão do exterior, este tipo de película rejeita cerca de 99% dos raios ultravioletas. A coloração do material é feita à base de metal por bombardeamento iônico, processo que garante maior durabilidade da cor. VIDROS METALIZADOS: Os Blindex Metalizados da Pilkington são vidros float com camada metálica em uma das faces. O controle de transmissão solar, a reflexão luminosa e de calor variam de acordo com a camada aplicada. Podem ser caracterizados por média ou alta performance, desenvolvidos para reduzir gradativamente a passagem do calor proveniente da radiação solar para o interior das edificações. São apresentados em várias cores, espessuras e dimensões de chapas. SISTEMA DE COBERTURA: O Fast Roof, é um novo sistema pré-fabricado de cobertura composto de telhas metálicas trapezoidais, acessórios e arremates, como calhas e rufos – também de aço galvanizado – e demais fixações. Criado para atender a projetos que variam de 5 mil a 300 mil m2 , o sistema foi pensado como solução para pequenas e médias obras. O aço galvanizado confere ao produto proteção anticorrosiva, com a vantagem da 52 fixação por parafusos. Permite a utilização de isolamento termoacústico, de domus de iluminação e de ventilação. SEM AMIANTO: A Eternit apresenta ao mercado a Eterflex. A nova linha de telhas e caixas d´água não traz amianto na composição. Os produtos são fabricados com CRFs (cimento reforçado com fio sintético). FORROS REMOVÍVEIS: Fabricados com gesso acartonado, os forros da linha Gyptone, da placo, atendem às várias tendências, com opção de superfícies lisas, perfuradas, fissuradas e texturizadas. A face aparente traz pintura vinílica à base de látex, e a face externa das placas perfuradas recebe um feltro acústico. ESQUADRIAS comum nas ELETROPINTADAS: indústrias Muito automobilísticas, a eletropintura agora está sendo empregada na linha de produção de esquadrias. Este processo combina a fosfatização tricatiônica e a pintura por eletrodeposição de tinta. Com isso, portas e janelas de aço não precisam ser lixadas antes de receber a pintura definitiva, além de se tornarem mais resistentes à ação do tempo, como ferrugens e corrosões. 53 CHAPISCO ROLADO: O Xapiscofix Rolado, da Weber Quartzolit, é uma argamassa para aplicação com rolo. Pode ser empregado em superfícies de concreto, alvenaria de bloco, lajes pré-moldadas (inclusive de isopor) que recebem revestimentos à base de cimento e gesso. Sua coloração possui um tom marrom-claro, que permite diferenciar o produto no momento da aplicação na obra. PENTE DE ARGAMASSA: Uma desempenadeira de aço com dente de raio de 10 mm foi uma das grandes novidades da Cortag. O produto foi pensado para facilitar o trabalho dos pedreiros e auxiliares, no momento de espalhar e pentear a argamassa colante no contrapiso. SISTEMA DE ESGOTO: O Kanasan, desenvolvido pela Kanaflex, é fabricado de acordo com a norma Européia EM 13476, especialmente para redes coletoras de esgoto. Possui dupla parede, sendo a interna lisa e a externa corrugada. O material substitui as linhas tradicionais de cerâmica, concreto ou PVC. Representa um avanço tecnológico neste segmento, uma vez que reduz o tempo da vala aberta e o índice de quebra na instalação. Entre outras vantagens se adapta perfeitamente aos acessórios de PVC existentes no mercado. 54 2.13. Fôrmas para Concreto As fôrmas reutilizáveis de polipropileno para execução de lajes nervuradas são apresentadas na Téchne nº 54. As modernas edificações demandam estruturas leves e grandes panos de lajes com o mínimo de interferências de pilares, para maior aproveitamento de área útil. O sistema é composto de fôrmas autoportantes de polipropileno, iguais a cubas, dispostas lado a lado apoiadas diretamente sobre o escoramento, dispensando o uso de tabuado. O sistema elimina o uso de componentes inertes como concreto celular, tijolos cerâmicos, blocos de concreto e poliestireno expandido. As fôrmas não são incorporadas às lajes e podem ser reutilizadas mais de 60 vezes. São produzidas com polipropileno de alta resistência e estruturadas internamente, o que reforça a capacidade de suporte às cargas do concreto lançado, sem deformar-se. As contrações e dilatações da fôrma não excedem a tolerância máxima de 1%. As peças possuem baixo peso próprio, variando entre 2,8 kg a 12 kg, o que facilita tanto a montagem como a desforma. 55 VANTAGENS: - Torna mais racional a execução de lajes; - O sistema dispensa o uso de compensado e elementos inertes; - Otimiza vãos de maior envergadura; - É comercializado a base de locação ou venda; - Reduz a despesa final da obra; - As nervuras possuem larguras tecnicamente dimensionadas para alojar armaduras; - Proporcionam uma estrutura segura, sem perigo de corrosão precoce. - Desforma manual, sem uso de ar-comprimido; - Disponibilização de meias-fôrmas; - Adaptável a diversos sistemas de escoramento encontrados no mercado. A reportagem Leveza incorporada mostra que o uso do EPS em lajes nervuradas permite a configuração de sistemas uni e bidirecionais com menor peso incorporado. TABULEIRO BRANCO: blocos de poliestireno expandido (EPS) podem substituir os blocos cerâmicos na execução de lajes nervuradas de concreto A reportagem Molde fácil apresenta as fôrmas industrializadas incorporadas à linha de montagem de uma obra, sendo reaproveitáveis e moduláveis. Projeto adequado e mão-de-obra treinada podem tornar esses equipamentos mais econômicos. 56 FORMAS METÁLICAS: possuem bom controle dimensional, não geram resíduos, têm precisão geométrica, mas exigem maiores cuidados com o projeto. VERSATILIDADE: Os sistemas de fôrmas industrializadas garantem a execução de peças com grande variedade de formas e tamanhos. PRODUTIVIDADE: Para de obter melhor aproveitamento dos sistemas de fôrmas industrializadas ou semi-industrializadas é importante o uso do escoramento metálico. O uso da madeira pode acarretar maiores deformações e impedir maior produtividade. ALTERNATIVA ECONOMICA: Fôrmas prontas de madeira compensada não garantem tantas reutilizações como as metálicas, mas permitem uniformidade de equipamentos e custo reduzido. 57 2.14. Forros A reportagem Solução do Barulho mostra que os forros, peças de acabamento e decoração, têm ainda outra função: podem controlar a propagação sonora e melhorar a inteligibilidade em grandes espaços. Para escolher o tipo certo, é preciso considerar interferências das instalações, luminárias e estrutura. O desempenho do forro está diretamente ligado ao matéria e os mais comuns são: FIBRAS E LÃS MINERAIS: Os forros de fibras e lãs minerais trabalham com a capacidade de absorção acústica inerente aos materiais porosos. São produzidos em chapas rígidas de alta densidade acopladas a perfis metálicos de aço galvanizado, ou em rolos para sobrepor forros metálicos. Podem ser confeccionados em lã de vidro, lã de rocha basáltica, ou fibras minerais. O revestimento da face aparente pode ser em tinta vinílica à base de látex, filme de PVC texturizado ou véu de vidro ou de poliéster com película aluminizada. O bom desempenho acústico também depende da espessura da chapa e da distância até a laje. São incombustíveis, não propagam chamas e nem produzem fumaça tóxica em incêndios. Também não favorecem a proliferação de fungos e bactérias. METÁLICOS PERFURADOS: Em geral são fabricados em aço galvanizado ou revestidos com ligas de zinco e alumínio. Recebem pintura à base de poliéster para garantir aumento de vida útil. O espaçamento, disposição e dimensão dos furos influenciam o gráfico de absorção sonora. O emprego de material absorvente associado ao painel metálico eleva bastante o índice de absorção acústica. Esse material pode ser utilizado na forma de mantas minerais sobrepostas ou coladas acima dos painéis ou por meio de jateamento da laje acima do forro. Os forros vazados oferecem a vantagem adicional de permitir o insuflamento e retorno do ar-condicionado diretamente a partir do sobreforro, sem a necessidade de difusores especiais. 58 MADEIRA: Os forros de madeira com lâminas delgadas e câmara de ar são absorvedores seletivos para baixas freqüências em estúdios, teatros e salas de música. Forros de madeira mais espessos utilizados em casas de espetáculos têm a função acústica de criar reflexões para ajuste do som. POLIURETANO: Os forros de espumas flexível e semi-rígida de poliuretano-poliéster auto-extingüível apresentam superfície esculpida na forma de cunhas anecóicas para proporcionar o aumento da área de absorção e difusão do som. Disponíveis em espessuras que variam entre 20 e 75 mm são indicados para ambientes que necessitam de qualidade acústica profissional, em médias e altas freqüências, como estúdios de gravação, auditórios e home theaters. Alguns modelos apresentam alto desempenho acústico. 2.15. Impermeabilização A reportagem Impermeabilizações com cimentos poliméricos apresenta os cimentos modificados com polímeros que foram desenvolvidos recentemente e podem ser utilizados para impermeabilizar estruturas de concreto ou alvenaria. Esses produtos conjugam as características impermeabilizantes de cimentos aluminosos e pozolânicos com as das resinas, geralmente acrílicas, que formando uma estrutura com as partículas de cimento, conferem à mistura de um alto poder de aderência às estruturas e também uma certa flexibilidade que faz com que esse sistema seja capaz de absorver trincas de retração da estrutura. 59 Proteção do concreto aparente Falha de concretagem preenchidas por argila Perfil sem recobrimento Chumbamento com argamassa expansiva Buracos de fôrmas 60 Adesivo estrutural epoxídico Cura deve ser de 72 h antes do enchimento do reservatório. A Téchne nº 62 mostra a execução de revestimento de reservatórios de água – novas ou antigas – com a manta armada de PVC, que tem como vantagens a rapidez de execução, a ausência de vazamentos e infiltrações, e a garantia de manutenção da potabilidade e condições físicoquímicas da água armazenada. 61 2.16. Piscinas A reportagem Vai entrar água mostra os diferentes métodos de execução de piscinas, dentre eles: CONCRETO ARMADO: cuidados com as ALVENARIA ESTRUTURAL: sistema é patologias em juntas de concretagem e no mais vulnerável às acomodações do solo. revestimento devem ser maiores. POLIÉSTER REFORÇADO COM FIBRA VINIL: pontos salientes na superfície do DE concreto ou alvenaria podem perfurar a VIDRO: recomendável parede também de contenção em é piscinas manta. reforçadas. 62 CONCRETO impermeabilização PRÉ-MOLDADO: deve ser refeita se for detectado vazamento no teste. MANTA ARMADA DE PVC: Método ainda pouco conhecido no Brasil, como um “carpete de borracha”, a manta é composta por duas lâminas de PVC com uma tela trançada de poliéster em seu interior e totaliza 1,5 mm de espessura. Instalado de encontro à estrutura da piscina, o material é apoiado sobre uma manta geotêxtil de 3,5 mm de espessura, cuja função é absorver as pequenas irregularidades eventualmente existentes na laje do fundo. 2.17. Pisos A reportagem Pisos e pavimentos de concreto protendido apresenta: REQUISITOS MÍNIMOS: Os pavimentos de concreto necessitam oferecer suporte constante e uniforme, espessuras e dimensões adequadas, dosagem racional do concreto, construção e controle adequados. 66 ARMADURA: O comprimento dos cabos é função da quantidade de concreto a ser protendido e do coeficiente de atrito entre a massa e a sub-base, somados ao dimensionamento das tensões de trabalho normais. CORTE: depois de finalizado o processo de protensão, as pontas expostas dos cabos são cortadas para evitar a corrosão do aço. A reportagem Todos por um, mostra que os pisos intertravados aliam a resistência dos pavimentos rígidos de concreto com a flexibilidade dos pavimentos asfálticos, além de permitir paginações curvilíneas. A aplicação requer cuidados com contenção lateral, juntas bem preenchidas e compactação. 67 TOQUE FINAL: entre tipos diversos de peças, a tabeira serve como recurso estético e facilita o acabamento. Feita junto aos confinamentos, a angulação diferente do assentamento facilita o arremate da pavimentação. O projeto executivo de assentamento é necessário e deve prever os cortes e esquemas de colocação das peças. SEÇÃO TÍPICA DO PAVIMENTO INTERTRAVADO. A reportagem Tudo embaixo, faz uma apresentação dos pisos elevados. Pisos removíveis ficam mais completos e podem ser usados até para insuflamento de ar-condicionado. A escolha deve considerar prováveis interferências elétricas, pé-direito do pavimento, resistência a cargas estáticas e dinâmicas e volume de cabeamento. 68 BEM ALTO: em centrais de processamento de dados, especialmente destinadas à instalação de mainframes, a altura do entrepiso pode chegar a 1,80 m. Neste caso, preestabelece-se a altura e o tipo de infra-estrutura do suporte, a espessura do cabeamento e o tipo de caixa de ligação que será utilizada, além da densidade das estações de trabalho. CLIMATIZAÇÃO: O insuflamento de ar é feito, em geral, junto às fachadas e às áreas centrais do ambiente e exige a colocação de grelhas lineares ou redondas. A climatização pode ser feita, também, por difusores redondos. Neste caso todo cuidado é pouco. A placa cortada ou perfurada perde de 40% a 60% de resistência. CONVECÇÃO: o insuflamento pelo piso libera o ar a baixa velocidade e de baixo para cima. A convecção natural faz o ar quente subir, e o frio permanece junto ao piso. O ar frio se deslocará somente quando entrar em contato com uma fonte de calor. INTERFERÊNCIAS: Os pisos elevados substituem a necessidade de dutos enterrados no contrapiso ou calhas no teto. Certos cabos, porém, sofrem elevado nível de interferências elétricas e devem ser instalados a 25 cm de distância um do outro. 69 A Téchne nº 63 apresenta como Tecnologia de sistemas plásticos, os pisos vinílicos para alto tráfego, apresentando vantagens como rapidez e limpeza na colocação, aumento de 6 mm na altura do piso existente, instalação podendo ser feita sobre pisos existentes como cimentados, cerâmicas, lajotas, granilites ou marmorites; pode ser usado imediatamente após a instalação; grande variedade de cores; conforto acústico no andar instalado e diminuição da propagação de ruídos no andar inferior; sensação agradável ao pisar descalso; boa resistência a agentes químicos de uso comum; conforto térmico e evita o acúmulo de poeira e o alojamento de insetos, por não possuir juntas abertas, sendo indicado para pessoas alérgicas. A Téchne nº 66 mostra os pisos em concreto estampado, como sendo uma das técnicas de pavimentação mais utilizadas na Europa e Estados Unidos. Apresenta como vantagens a rapidez na execução, durabilidade, baixo custo, pode ser executado diretamente sobre o terreno compactado ou sobre lajes ou qualquer piso rígido já existente. Possibilita vários desenhos e formas, tornando o piso totalmente diferenciado; o piso fica menos vulnerável a sujeiras pelo emprego do verniz acrílico; não precisa de manutenção constante; grande economia na composição final dos custos. 70 A seção “Produtos & Técnicas para Construção” traz na Téchne nº 67 o piso radiante, que é um circuito de tubos de polietileno reticulado, embutido no piso da residência, para regulagem térmica do ambiente através da circulação de água quente. Além do Pex, o sistema engloba uma fonte de calor, um grupo de regulagem térmica e um sistema de distribuição. 71 2.18. Plásticos utilizados na construção civil A edição nº 50, traz como matéria de capa, a Engenharia Plástica apresentando as características de 25 componentes plásticos utilizados na construção civil, segundo sua aplicação: - Canteiro de obras: geogrelha, tubo estruturado para drenagem, rede de esgoto e geotêxteis empregados em obras de drenagem, contenções e para separação de materiais de diferentes granulometrias; - Concreto: cubas plásticas para lajes nervuradas, fôrma plástica para concreto, fibra de polipropileno e fôrma de EPS; - Alvenaria: bloco de policarbonato; - Proteção térmica e contra a umidade: telha de polipropileno, chapa de policarbonato, impermeabilização de reservatórios de água com manta de PVC, calha pluvial; - Portas e janelas: esquadrias de PVC, venezianas industriais; - Acabamentos: piso vinílico, papel de parede lavável, revestimento interno de PVC, siding vinílico; - Produtos especiais: divisória de PVC; - Sistema hidráulico: tubulações flexíveis, piso-box, calha de piso, painel de shaft, - Sistema elétrico: canaleta de instalações. Dentre as novidades apresentadas pela Téchne nº 52, encontra-se a pesquisa de um grupo de estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet), localizado em Curitiba, que criaram um bloco de concreto que incorpora isopor e garrafas plásticas de 2l no seu interior. Em fase de testes, o produto chamado de Isopet, é constituído de concreto leve misturado à cerca de 80% de isopor triturado. O interior do bloco possui três garrafas inteiras e tampadas, tipo PET, que segundo os estudantes confere ao bloco resistência à compressão e ajuda no isolamento termoacústico. Um dos objetivos do projeto é tirar de circulação as garrafas plásticas 72 e o isopor desprezados pelos consumidores. De acordo com dados pesquisados, o Brasil joga fora cerca de 40t de isopor por dia, e da produção de 200 mil t de PET produzidas o ano passado, só 15% foram recicladas. Além dessa característica ecológica, o grupo promove as vantagens técnicas do bloco: por ser leve, o produto diminui o desgaste do trabalhador e pode ser montado por leigos, pois possui encaixes laterais macho e fêmea, que dispensa a argamassa de assentamento. Além disso, a porosidade da superfície externa dispensa a aplicação de chapisco e emboço. As Fibras de polipropileno multifilamentares que têm como função evitar fissuras de retração plástica do concreto e argamassa, podem ser empregadas em pisos (industriais e estampados) pavimentos, peças pré-moldadas, em obras de recuperação, em concretos projetados e argamassas (internas e externas). As páginas 64 e 65 Téchne 62 mostram a maior produtividade e estanqueidade conseguida para redes coletoras de esgoto sanitário com sistema 100% plástico. 73 2.19. Pré-moldados Dentre as novidades apresentadas pela Téchne nº 53, a reportagem Quando o canteiro vira fábrica apresenta pré-moldados questionando se vale a pena produzir, em série, peças de concreto no próprio canteiro de obras. Alguns construtores dizem que sim, mas os especialistas alertam para a dificuldade de manter a mesma qualidade garantida pelas indústrias. LOGÍSTICA: A fabricação de elementos pré-moldados no canteiro conta com uma pequena usina de produção e montagem. As peças são armazenadas e transportadas por grua. O içamento é feito com uma treliça espacial, para evitar tensões internas e quebras. As pré-lajes possuem a superfície superior rugosa para permitir melhor aderência do concreto. Ganchos metálicos concretados nas peças possibilitam o içamento por uma treliça espacial. As mesas vibratórias facilitam a vibração e homogeneização do concreto nos elementos prémoldados. As peças são fabricadas com antecedência e estocadas. 74 As escadas pré-moldadas permitem que o acesso aos andares superiores seja feito imediatamente após a montagem. Evitam degraus desnivelados e retrabalho causado por uso antes da secagem total. A concretagem das peças é feita com fôrmas metálicas verticais. Cada fôrma tem face dupla que permite que os dois lados sejam usados para moldagem. Os painéis autoportantes são fixados por hastes metálicas que garantem o correto alinhamento e posicionamento. Na reportagem Construção Mista, é apresentada a substituição de projeto convencional por sistema de pré-viga e pré-laje reduz custos, mão-de-obra e tempo de execução em obra. Após a montagem das armaduras e fôrmas, os pilares são concretados até o nível inferior das vigas. As pré-vigas montadas sobre o escoramento têm o nível garantido pela fôrma do pilar concretado. 75 As pré-vigas de concreto armado, parcialmente concretadas na fábrica com concreto fck 40 Mpa, possuem as extremidades rugosas para auxiliar na ligação entre os concretos pré-fabricados e de consolidação. A princípio as pré-lajes chegavam ao canteiro com a armação de continuidade voltada para cima. A prática de montagem demonstrou que seria mais funcional se a ferragem ficasse reta, facilitando o engate das peças montadas sobre as pré-vigas e escoras. Após a montagem das armaduras negativas e de ligação, o pavimento recebe, em etapa única, a concretagem local. O posicionamento de conduítes foi dispensado, pois os serviços de cabeamento empregam paredes de gesso acartonado. A reportagem Leve como argamassa mostra como agregados de baixa densidade proporcionam redução do peso global das estruturas e isolamento termoacústico. 76 LEVEZA ESTRUTURAL: nos painéis pré-fabricados de concreto, a leveza da peça é obtida com o emprego de agregados de isopor em áreas não-estruturais e agregado comum na região de ancoragens dos inserts metálicos. Nesse caso, a armadura não encosta no isopor e o cobrimento mínimo de concreto é de 3 cm, para um painel com espessura de 10 cm. 77 2.20. Transporte Vertical A Téchne nº 55 traz a reportagem O Transporte certo para cada necessidade. 78 ELEVEDOR: O elevador de obras é responsável por grande parte da movimentação vertical dentro do canteiro de obras. Uma grande parcela de acidentes no setor deve-se à má utilização desse tipo de equipamento. No mercado existem dois grupos distintos, o elevador de guincho, que apresenta uma torre guia metálica movimentada por um sistema de cabos e polias, e o elevador tipo pinhão/cremalheira, composto por uma torre metálica treliçada e uma cabine movimentada por engrenagens e trilhos dentados. O último oferece melhor segurança, velocidade e capacidade de carga, mas, em contrapartida, o custo é mais alto. GUINCHO: O guincho é composto por um sistema de cabos que se movimentam por meio de polias ou engrenagens. A função é elevar pequenas peças, materiais e ferramentas de obras, mas alguns modelos podem chegar a sustentar 3 mil kg. Os mais utilizados são os guinchos de coluna, em geral chumbados a uma coluna, e os guinchos para superfícies horizontais, que quase sempre se situam abaixo do pavimento a ser elevado o material. GRUAS: O guindaste de torre, mais conhecido como grua, é um equipamento de transporte vertical sem decomposição de movimentos. Permite movimentação de cargas de peso elevado, aumento de produtividade e maior organização no canteiro. É composto por uma torre metálica treliçada modular, que pode ser giratória ou estática. A torre sustenta uma treliça metálica com cabos e polias que içam a carga, chamada lança. O contrapeso da lança é posicionado em treliça metálica com comprimento cerca de três vezes menor, no sentido oposto. O movimento horizontal da carga também é obtido por meio de um sistema de cabos e polias localizado na parte inferior da lança. Possui cabine de comando que pode estar localizada na base, na torre ou no conjunto superior. Quanto à movimentação as gruas podem ser fixas, ascensionais ou móveis sobre trilhos. PLATAFORMA DE LANÇA ARTICULADA: As plataformas articuladas de lança telescópicas são utilizadas para conferir acesso rápido de operários que necessitem executar serviços de manutenção, de controle de andamento dos trabalhos de obra e de acabamento em construções a partir de dois pavimentos. Em geral, os controles da plataforma incluem o deslocamento da máquina, elevação, giro da mesa, extensão da lança, rotação e controle do nível da plataforma do 79 operador e direção das rodas.Modelos maiores podem apresentar eixos com extensão hidráulica. BALANCINS: São andaimes suspensos destinados a abrigar mão-de-obra para execução de serviços de acabamento, manutenção e restauração de fachadas. Podem ser a cabo, manuais ou elétricos, ou movidos por sistema pinhão/cremalheira. Os modelos a cabo são sustentados por vigas metálicas chumbadas na cobertura do edifício, e a elevação da plataforma pode ser feita de maneira manual – o próprio operário movimento o equipamento – ou por meio de um sistema elétrico. O tipo cremalheira é movido por engrenagens de maneira semelhante às utilizadas nos elevadores, e sustentado por duas torres. Como no caso dos elevadores, o custo desse sistema é muito superior. ANDAIME FACHADEIRO: Os andaimes fachadeiros, a exemplo das plataformas suspensas também são utilizados para execução de serviços nas fachadas dos edifícios. São apoiados em uma base e montados com estrutura metálica tubular ou madeira. Devem ser amarrados à edificação para resistir às ações dos ventos, e recomenda-se uma fixação a cada 8m na horizontal e 4m na vertical. Uma plataforma dá suporte a tábuas e chapas de madeira que formam o estrado. A qualidade e tamanho das plataformas e estrados são previstos por normas técnicas, assim como a necessidade de guarda-corpos. Permitem acesso a toda a extensão longitudinal da fachada. 80 3. CONCLUSÃO Após a análise das técnicas construtivas, novos materiais e produtos apresentados nestes dois últimos anos (Janeiro de 2001 a Dezembro de 2002) pela Téchne – Revista de Tecnologia da Construção, pôde-se observar que muitas das reportagens se repetem ao longo das edições. Alguns produtos como o gesso acartonado, as fachadas em GFRC (Glass Fiber Reinforced Concrete), o OSB (Oriented Strand Board), os banheiros prontos, bem como soluções em plástico reforçado para a construção civil são insistentemente apresentados. De maneira geral, seja para fachadas, fechamentos, fôrmas para concreto, pisos e demais etapas de construção, a tendência é a construção seca, ou seja, a busca pela industrialização da indústria da construção. Comparando os resumos das feiras internacionais apresentadas pela Téchne com as feiras brasileiras, nota-se que não há diferença significativa nas tecnologias apresentadas. O que nos diferencia do mercado externo são os investimentos destinados para este setor e a cultura dos profissionais brasileiros de desperdício e utilização de mão-de-obra de forma não racional, por ser abundante. Contudo, espera-se reverter este quadro com programas como o PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade) aumentando a qualidade e produtividade das obras brasileiras e transformando a construção de artesanal para uma indústria propriamente dita. 81 4. BIBLIOGRAFIA Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 50. Jan/Fev 2001. Engenharia Plástica. pp 61. Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 51. Jun 2001. Casa do Futuro. pp 10. Téchne – Revista de tecnologia da construção. São Paulo, PINI, nº 52. Mai/Jun 2001. Fachadas Nobres. pp 22-28. 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