Relatório anual de 2001
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Relatório anual de 2001
Relatório e Contas 2001 O Banco Nacional Ultramarino, que se estabeleceu em Macau em 1902, faz parte do Grupo Caixa Geral de Depósitos, o maior grupo financeiro português, é um dos dois bancos emissores da Região Administrativa Especial de Macau da República Popular da China. O Banco Nacional Ultramarino passou, a partir de 1 de Julho de 2001, a ser uma sociedade subsidiária da Caixa Geral de Depósitos com sede em Macau, tendo incorporado todos os activos e passivos da Sucursal do BNU em Macau. O Banco Nacional Ultramarino coloca à disposição dos seus clientes, particulares, empresas e institucionais, uma oferta diversificada de produtos e serviços bancários, que inclui cartões de crédito e de débito, recebimento de depósitos, empréstimos para aquisição de habitação, crédito pessoal, crédito ao investimento, apoio e financiamento de operações de comércio externo e produtos de investimento. O Banco comercializa os seus produtos e serviços através de uma rede de 11 agências e de vários canais de distribuição, que incluem um serviço de banca pela Internet e pelo telefone, com o apoio de um eficiente e cordial serviço de atendimento a clientes. Este relatório encontra-se também disponível no web site do Banco no endereço www.bnu.com.mo. A versão inglesa encontra-se disponível apenas on-line. Poderão ser solicitadas cópias deste relatório para : Banco Nacional Ultramarino S.A. Av. Almeida Ribeiro, No.22, Caixa Postal 465 Região Administrativa Especial de Macau República Popular da China Tel: (853) 355111 Fax: (853) 355653 Web site: www.bnu.com.mo Índice A. - Enquadramento Macroeconómico 8 Enquadramento Externo Grande China Economia de Macau B. - Áreas de Actividade 15 Particulares Empresas Recursos Humanos Sistema Informático e Organização Apoio a Actividades Sociais C. - Resultados e Evolução do Balanço 19 Conta de Resultados Proposta de Aplicação de Resultados Balanço - Evolução e Estrutura Órgãos Sociais 23 Demonstrações Financeiras 24 Accionistas com Participação Qualificada 27 Participações 27 Notas às Demonstrações Financeiras 28 Parecer dos Auditores Externos 31 Parecer do Fiscal Único 32 Rede de Agências 33 Grupo CGD 34 8 A. - Enquadramento Macroeconómico 1. Enquadramento A conjuntura económica internacional em 2001 caracterizou-se por uma significativa desaceleração da actividade económica Externo nos principais países industrializados, que determinou uma quebra muita acentuada no volume do comércio internacional. Evolução Global Nos EUA o crescimento económico situou-se em 1,2 por cento, quando no ano anterior tinha sido de 4,1 por cento, em resultado principalmente da diminuição dos investimentos das empresas, em particular as ligadas ao sector das tecnologias de informação e das comunicações, determinado pela diminuição das vendas, dos lucros e pelo aumento do custo de capital resultante da forte quebra dos preços das acções. A economia beneficiou, contudo, do comportamento positivo do consumo privado, para o que contribuiu a redução dos impostos e uma significativa descida das taxas de juro de curto prazo para os valores mais baixos desde há quarenta anos, não obstante a subida da taxa de desemprego e o impacto negativo na confiança dos consumidores resultante dos trágicos acontecimentos de 11 de Setembro. Nos países da União Europeia, em particular na Alemanha, assistiu-se, também, a um abrandamento da actividade económica tendo o Produto Interno Bruto crescido 1,7 por cento contra 3,7 por cento em 2000, devido ao fraco dinamismo do consumo privado e do investimento das empresas. A expansão do consumo privado foi muito moderada devido à elevada taxa de desemprego, tendo o Banco Central Europeu reduzido as taxas de juro de uma forma muito gradual, já que a taxa de inflação permaneceu acima do objectivo fixado. Por outro lado, a margem de manobra da política orçamental nos países da União Europeia permanece limitada pelos compromissos assumidos pelos diversos países membros no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento. A economia japonesa entrou de novo num período de recessão e o Produto Interno Bruto que tinha crescido 2,4 por cento em 2000 sofreu uma quebra de 0,4 por cento em 2001, em virtude da redução verificada nas exportações e no investimento das empresas. Num contexto em que persistem as tendências deflacionistas e as fragilidades do sistema financeiro, o consumo privado manteve-se praticamente estagnado a despeito das taxas de juro que, no quadro de uma política monetária expansionista, se situam em valores muito baixos. A quebra do nível de actividade económica nos países industrializados teve como consequência uma evolução bastante desfavorável do volume do comércio internacional que diminuiu 1 por cento em 2001, depois de ter crescido cerca de 10 por cento no ano anterior. Neste quadro, o volume de exportações da região Ásia Pacífico sofreu uma forte desaceleração, o que determinou, igualmente, uma quebra nos índices de crescimento económico, tendo sido particularmente afectados os países mais dependentes da exportação de produtos das indústrias relacionadas com as tecnologias de informação e comunicações. Alguns países da região, como a Coreia, alcançaram um crescimento positivo (+3 por cento) não obstante a quebra das exportações, devido ao maior dinamismo do consumo privado no seguimento dos esforços feitos na restruturação das empresas industriais e do sector financeiro, o que possibilitou um aumento do crédito concedido quer para particulares quer para as empresas. Existem indicações de que os países mais afectados pela crise económica e financeira que teve o seu início em 1997, como a Coreia, a Tailândia e a Indonésia, já terão ultrapassado a fase mais crítica dos ajustamentos micro e macroeconómicos, nomeadamente no que diz respeito às contas externas, e estarão agora melhor posicionados para beneficiar de uma eventual retoma da economia internacional em 2002. Grande China A Grande China, formada pelas economias da China Continental, Hong Kong, Macau e Taiwan, encontra-se numa fase de rápida integração económica, constituindo a China Continental o seu principal motor do crescimento. O desempenho da economia da China Continental foi bastante satisfatório se tivermos em conta a difícil conjuntura económica internacional, tendo o aumento do PIB sido de 7,3 por cento, ligeiramente abaixo do crescimento registado em 2000 que foi de 8 por cento. 9 A economia beneficiou da forte expansão do investimento em capital fixo, nomeadamente na modernização das infraestruturas e do consumo privado, enquanto se assistiu a uma desaceleração das exportações de bens que cresceram 6,8 por cento em 2001, contra 27,8 por cento em 2000. A perspectiva de entrada da China na Organização Mundial do Comércio, que acabou por se concretizar em Dezembro último, levou a que o investimento directo estrangeiro atingisse níveis recordes, criando condições para uma futura expansão da indústria transformadora e das exportações. O excedente da balança de transacções correntes levou ainda a um aumento da reserva cambial contribuindo para a estabilização da taxa de câmbio do renminbi em relação ao dólar americano. A economia de Hong Kong registou, por outro lado, uma desaceleração significativa do Produto Interno Bruto que cresceu apenas 0,1 por cento, contra 10,5 por cento em 2000, reflectindo uma diminuição das exportações de 5,9 por cento em 2001 (contra um crescimento de 16,1 por cento em 2000) e o fraco dinamismo do consumo privado que aumentou 2 por cento. Este tem sido afectado negativamente pelo aumento da taxa de desemprego que ao longo do ano aumentou de 4,4 por cento para 6,1 por cento e pela quebra de preços no mercado accionista e imobiliário. Por outro lado, persistiu pelo quarto ano consecutivo uma situação de deflação que tem a sua origem, nomeadamente, na crescente integração com as regiões vizinhas da Província de Cantão e pela descida acentuada de preços que se verificou no sector imobiliário nos últimos anos. A significativa redução da prime rate ao longo do ano, acompanhando a evolução das taxas de juro do dólar americano, bem como uma política fiscal fortemente expansionista contribuíram, por outro lado, para atenuar as tendências recessivas na economia. A economia de Taiwan entrou em recessão em 2001, tendo o Produto Interno Bruto registado uma diminuição de 1,9 por cento em virtude da diminuição das exportações (-17,3 por cento) que se ficou a dever sobretudo à forte redução da procura externa de bens dos sectores ligados às indústrias de tecnologia de informação. A procura interna encontra-se constrangida pela realocação do investimento industrial para a China Continental, pela falta de margem de manobra da política fiscal e, também, pelo reduzido dinamismo do crédito face ao nível de endividamento das empresas, num contexto em que a inflação e as taxas de juro se situam em níveis muito baixos. Em 2001 registou-se um aumento do excedente da balança comercial, não obstante a redução das exportações, já que as importações registaram uma quebra significativa devido ao fraco dinamismo da procura interna e à diminuição da importação de componentes para processamento e posterior exportação. 10 Região Administrativa Especial de Macau, China Principais Indicadores Económicos 1997–2001 1997 1998 1999 2000 2001 PIB Real ( em % ) -0,1 -0,4 -3,0 4,6 2,1 Procura Interna ( em % ) 0,8 -4,6 1,3 -8,8 0,4 1,4 -0,9 1,5 0,9 2,8 Procura e Produto Interno Bruto ( va em %) Consumo Privado ( em % ) Consumo Público ( em % ) 4,1 2,4 15,5 -9,8 1,6 Formação Bruta de Capital Fixo ( em % ) 1,9 -12,7 -6,8 -28,4 -7,8 0,7 -14,0 -14,0 -38,9 -31,1 Construção Outras Variação de Existências ( em % ) Exportações Líquidas de Mercadorias e Serviços ( em % ) PIB nominal ( em milhões de USD ) PIB per capita ( em USD ) 5,8 -8,7 13,0 -6,4 24,0 -80,2 -165,8 217,7 -16,1 0,4 -2,5 -4,7 -13,4 39,6 5,1 7.008 6.505 6.134 6.198 6.199 16.796 15.403 14.351 14.394 14.281 Inflação e Desemprego Taxa de Inflação ( IPC va em % ) 3,5 0,2 -3,2 -1,6 -2,0 Taxa de Desemprego ( em % ) 3,2 4,6 6,4 6,8 6,5 Turismo Nº de Visitantes ( em milhares ) 7.000 6.949 7.444 9.162 10.279 Da China Continental 395 817 1.645 2.275 3.006 Nº de Visitantes ( va em % ) -14,1 -0,7 7,1 23,1 12,2 Da China Continental -12,6 80,5 101,4 38,3 32,1 Exportação de Mercadorias ( va em % ) 3,80 3,50 3,60 14,10 -5,20 Importação de Mercadorias ( va em % ) -4,30 -1,00 9,60 6,20 9,80 66 186 160 283 -87 2.158 1.954 1.639 2.177 2.222 Taxa de Cobertura das Importações de Mercadorias (em %) 95,32 100,30 88,01 90,75 77,67 Sector Externo Balança Comercial (em milhões de USD) Balança de Trans. Correntes (em milhões de USD) Taxas de câmbio e de juro Taxa de Câmbio MOP/USD 7,975 7,979 7,992 8,026 8,033 Indice da Taxa de Câmbio Efectiva Nominal 110,78 113,05 111,92 114,31 118,06 Taxa Média Interbancária 3 Meses (MAIBOR) (%) 7,2930 8,4324 5,9479 6,2266 3,6719 Taxa Média Interbancária 3 Meses (LIBOR) (%) 5,7915 5,6148 5,4800 6,5353 3,6787 Taxa de Juro de Depósitos de Poupança 4,50 4,00 3,50 4,50 0,125 Prime Rate (em %) 9,50 9,00 8,50 9,50 5,25 M1 (milhões de MOP) 5.484 5.581 5.088 4.330 5.707 M2 (milhões de MOP) 78.358 80.700 85.821 84.303 91.335 Crédito Total (milhões de MOP) 55.238 55.069 53.024 50.880 49.400 Depósitos Totais (milhões de MOP) 90.707 97.413 101.053 103.267 110.542 Reserva Cambial (milhões de MOP) 20.200 19.700 22.900 26.700 28.200 Principais Agregados Monetários va: variação anual Fonte: Direcção dos Serviços de Estatistica e Censos de Macau e Autoridade Monetária de Macau 11 2. Economia de A economia de Macau, registou em 2001, um crescimento do Produto Interno Bruto da ordem dos 2,1 por cento, inferior Macau ao do ano anterior, tendo o contínuo bom desempenho do sector do turismo atenuado o impacto negativo resultante da Evolução Global diminuição verificada nas exportações de mercadorias do Território. O sector do turismo beneficiou com o aumento do número de visitantes, que ultrapassou os dez milhões, o que contribuiu para o aumento da taxa de ocupação dos hotéis e das receitas do jogo, que atingiram um nível recorde. De destacar o elevado aumento de visitantes da RPC, com 32,1 por cento, mercado que assume uma crescente importância para o turismo de Macau. A decisão tomada pelo Governo de Macau de liberalizar o sector do jogo com a entrada de novos operadores a partir do próximo ano, bem como a concretização de novos projectos turísticos contribuirá para uma maior dinamização e modernização do sector. As exportações de mercadorias registaram uma diminuição de 5,6 por cento em termos reais, em resultado da redução da procura no mercado americano e europeu, tendo as exportações para os EUA, mercado que absorveu 48,3 por cento das exportações do Território, registado um decréscimo de 9,5 por cento. As exportações para a Europa, o segundo maior mercado das exportações do Território com uma quota de 26,9 por cento, sofreram também uma redução que se cifrou em 15,3 por cento. Os têxteis constituem os principais produtos de exportação do Território com uma parcela correspondente a 83,2 por cento do total das exportações surgindo, a seguir, os produtos da indústria do calçado. A procura interna nas suas diversas componentes manteve-se pouco dinâmica. O consumo privado foi influenciado negativamente pela taxa de desemprego que se encontra relativamente elevado e pela conjuntura económica que restringe os aumentos salariais. O sector imobiliário, nos segmentos de espaços para habitação e comércio, continua a registar um excesso de oferta significativo, condicionando o relançamento do sector da construção que poderá, contudo, vir a crescer significativamente nos próximos anos, tendo em conta as obras públicas já anunciadas e a expansão do sector do turismo. A taxa de desemprego que se mantém em níveis elevados registou em 2001 uma ligeira redução situando-se no final do ano em 6,5 por cento. Em 2001 continuaram a prevalecer as tendências deflacionistas na economia, tendo o Índice de Preços no Consumidor registado uma diminuição de 2 por cento no seguimento da quebra de 1,6 por cento registada no ano anterior. Para esta evolução tem contribuído não só a diminuição dos preços dos produtos importados, dada a inexistência de pressões inflacionistas nos principais parceiros comerciais e a valorização do dólar, mas também a estagnação da procura interna, e os efeitos da concorrência de estabelecimentos comerciais da Zona Económica Especial de Zhuhai que limita a margem de manobra dos comerciantes locais na fixação dos preços. Mercado Cambial O dólar americano voltou a apreciar-se em relação às principais moedas num contexto em que continuou a aumentar o fluxo dos capitais aplicados em activos nesta moeda, em particular no mercado obrigacionista. A taxa de câmbio do dólar de Hong Kong, moeda a que a pataca se encontra indexada, apresentou no quadro do sistema de currency board adoptado pelas autoridades daquele Território uma grande estabilidade, relativamente à taxa fixada de 1 USD=7,8 HKD. A pataca manteve-se estável face ao dólar americano e ao renminbi, tendo-se valorizado em 6,3 por cento e 1,3 por cento face ao euro e ao iéne, respectivamente. A taxa de câmbio efectiva nominal da Pataca, tal como calculado pela Autoridade Monetária de Macau, registou uma apreciação de 3,2 por cento no decurso de 2001. 12 Taxas de Juro A forte diminuição das taxas de juro de curto prazo do Dólar Americano num ano em que o Banco de Reserva Federal dos EUA reduziu o objectivo para os Fed Funds por onze vezes, num total de 4,75 pontos percentuais, para 1,75 por cento levou, também, a uma significativa diminuição das taxas de juro no mercado interbancário do Dólar de Hong Kong e das taxas nas operações interbancárias denominadas em patacas. Com o prémio de risco do Dólar de Hong Kong relativamente ao dólar americano, tal como reflectido nas taxas de curto prazo, a situar-se em valores muito baixos, a prime rate acompanhou em grande medida a evolução das taxas do mercado interbancário, passando de 9,5 por cento no início do ano para 5,25 por cento em Dezembro de 2001. Sector Bancário Num contexto de desaceleração da actividade económica resultante da quebra das exportações e da redução da procura de crédito acentuou-se a concorrência nomeadamente no segmento de mercado do crédito a particulares para aquisição de habitação e nos cartões de crédito. O crédito total concedido pelos bancos voltou a diminuir em 2001 (-2,8%), em resultado da redução do crédito concedido às empresas. Os depósitos de clientes tiveram, contudo, uma evolução positiva tendo aumentado 7 por cento num contexto em que as baixas taxas de juro não tem constituído um desincentivo à poupança. A situação de liquidez dos bancos melhorou consequentemente em 2001 o que implicou que o rácio de transformação de depósitos de clientes em crédito, para o conjunto dos bancos, sofresse uma redução de 49,2 por cento para 44,5 por cento. 13 Principais Indicadores da Economia de Macau — Gráficos Produto Interno Bruto Taxa de Variação Anual 5 4 3 2 (em %) 1 0 1997 1998 1999 2000 2001 -1 -2 -3 -4 Inflação e Desemprego Taxas de Variação Anual 10 Taxa de Desemprego 8 Taxa de Inflação 6 4 (em %) 2 0 1997 1998 1999 2000 2001 -2 -4 -6 -8 Turismo — Total de Visitantes e Taxas de Crescimento por Mercado de Origem 12.000 120% R.P. China 100% 8.000 60% 6.000 40% 20% 4.000 0% 2.000 -20% -40% 1997 1998 1999 2000 2001 0 UNIDADE : Milhanes 10.000 80% Outros Visitantes + HK + Taiwan Número de Visitantes 14 Turismo Mercados de Origem em 2001 6% 14% Hong Kong R. P. China Taiwan 51% 29% Outros Visitantes Exportações de Mercadorias Taxa de Variação Anual 25 20 15 10 (em %) 5 0 1997 1998 1999 2000 2001 -5 -10 -15 -20 Exportações Principais Mercados em 2001 12% 7% E.U.A. U.E. Hong Kong 29% 52% R. P. China 15 B. - Áreas de Actividade O Banco Nacional Ultramarino passou, a partir de 1 de Julho de 2001, a ter o estatuto de banco com sede em Macau incorporando todos os activos e passivos da Sucursal do BNU em Macau e do Banco BNU Oriente S.A.. O Grupo Caixa Geral de Depósitos detém a totalidade do capital social do Banco. O BNU, no marketing dos produtos e serviços, adopta uma segmentação em que se diferenciam os clientes da área de particulares dos do sector empresarial. Encontra-se em estudo uma alteração da estrutura orgânica e funcional com a criação de uma área de gestão de operações visando uma clara separação entre as unidades encarregues da promoção comercial das que são responsáveis pelo processamento das operações. A orientação comercial adoptada tem como objectivo central a prestação de um serviço de qualidade aos clientes que se deverá caracterizar pela eficiência, rapidez e cordialidade, factores essenciais em que deverá assentar a fidelização da clientela. Um outro objectivo prosseguido tem sido a promoção da venda cruzada de produtos e serviços, de modo a optimizar o relacionamento com os clientes. A política adoptada estabelece ainda a necessidade de ser desenvolvida uma estratégia multicanal em função das características do mercado local e das preferências dos clientes. Uma outra linha de acção seguida tem sido a automatização de procedimentos administrativos e do processamento das operações, conducente ao aumento do nível de produtividade. 1. Particulares Em 2001 tomaram-se várias iniciativas na área de particulares de que se destacam o lançamento de Cartão Multicrédito, um produto de crédito, e do BNU Online, o serviço de banca pela Internet. Ao solicitar um Cartão Multicrédito, o cliente, através do preenchimento de um único formulário, poderá obter, em simultâneo, limites pré-aprovados para utilização através de cartão de crédito, dos produtos “Easy Cash” e crédito pessoal bem como um limite de crédito para aquisição de habitação. Deste modo, os procedimentos administrativos são simplificados, com claras vantagens para os clientes em termos de rapidez e comodidade. Atráves do BNU Online, um serviço de banca pela Internet disponível em português, chinês e inglês, lançado em Outubro de 2001, poderão ser efectuadas, de uma forma simples e rápida, diversas operações bancárias, nomeadamente as seguintes: • Ver um resumo do movimento das contas de depósito, crédito e cartões de crédito numa única página e verificar os respectivos saldos e transacções efectuadas; • Pagar as contas dos cartões de crédito, telefone, electricidade, água, e outros serviços; • Transferir fundos para diferentes contas do mesmo titular, para contas de terceiros e para investimento na bolsa; • Constituir e proceder ao levantamento de depósitos a prazo; • Comprar ou vender moeda estrangeira; Prevê-se que o número de utilizadores do BNU Online venha a crescer gradualmente, sem prejuízo do atendimento personalizado que se pretende prestar, constituindo um canal de distribuição complementar dos já existentes, nomeadamente do BNU Direct, o serviço de banca pelo telefone. A página na Internet do Banco foi reformulada em termos de design e conteúdos, podendo agora os utilizadores que acedam ao www.bnu.com.mo obter informação detalhada sobre os produtos e serviços disponíveis. 16 Uma outra área de negócio prioritária é a dos cartões de crédito, em que o Banco se encontra bem posicionado no mercado. Em 2001 o número de cartões de crédíto emitidos aumentou 6 por cento, registando-se um incremento no valor das transacções efectuadas de 8,7 por cento no seguimento de diversas campanhas de promoção deste produto. Foram ainda introduzidos novos cartões de crédito, nomeadamente o BNU Net Card, um cartão de crédito virtual, ajustado especialmente para a realização de compras através da Internet e diversos “affinity cards” em associação com entidades locais. Em 2001 continuou-se a ampliar a rede de máquinas POS colocadas em estabelecimentos comerciais, tendo-se verificado um aumento significativo do valor das transacções efectuadas pese, embora, a base relativamente baixa de que se partiu. Num mercado caracterizado por uma forte concorrência e condicionado por uma conjuntura económica menos favorável, torna-se difícil a expansão do crédito neste segmento do mercado, pelo que o crédito a particulares, que inclui o crédito concedido através dos diversos cartões de crédito emitidos, o crédito pessoal e o crédito para aquisição de habitação, cresceu apenas 1,6 por cento. No âmbito do crédito pessoal foram ainda promovidos a conta ordenado “Easy Cash” e o Crédito a Estudantes para continuarem os seus estudos no estrangeiro. A concorrência fez-se particularmente sentir na área do crédito à habitação, tendo o Banco acompanhado os restantes bancos da praça na redução das taxas de juro, lançado diversas campanhas de promoção nos locais de venda de andares e procurado reduzir o tempo de resposta aos pedidos de concessão de crédito. Foi lançado em 2001 o cartão BNU Maestro (MasterCard) um cartão de débito que pode ser utilizado em mais de 780.000 máquinas ATM’s em todo o mundo. Procedeu-se, ainda em 2001, à modernização da rede de ATM’s, cujo número ascende actualmente a 28 unidades, com a instalação de máquinas do último modelo. Procurou-se reduzir ainda os períodos em que as máquinas não podem ser utilizadas pelos utentes, incrementar a publicidade dos produtos do Banco nos ecrãs e avaliar a possibilidade de introdução de novos serviços, no âmbito da participação do Banco na rede JECTO de ATM’s. A rede de agências, composta por 11 balcões, assegura presentemente uma adequada cobertura do Território e a sua funcionalidade foi melhorada com a introdução de um sistema digitalizado para controle das assinaturas, tendo sido instalados PC’s com ligação à Internet em todas as agências. Na agência central foi instalado um centro de investimentos que permite aos clientes transaccionar acções ao balcão e on-line. O Banco Nacional Ultramarino foi distinguido pela Visa com dois prémios para o “Highest Average Card Spend Macau” e o “Best Issuer Fraud Control Macau” e pela Mastercard com o “The Most Successful Maestro Program 2001 in Macau”. 2. Empresas Numa fase em que a procura de crédito pelas empresas é condicionada por uma conjuntura económica pouco favorável que limita as oportunidades de investimento e as necessidades de financiamento corrente do sector industrial e exportador, continuou-se a adoptar uma política selectiva de crédito, que tem em conta o binómio risco/rentabilidade das operações, a viabilidade financeira das empresas e a credibilidade dos mutuários. Com o objectivo de optimizar o relacionamento com os clientes incrementaram-se os contactos directos para acompanhamento da respectiva actividade comercial e também se promoveu o melhor ajustamento das facilidades de crédito disponíveis à necessidade dos clientes bem como a sua maior utilização. 17 Procurou-se ainda angariar novos clientes e diversificar a carteira de crédito apoiando-se as iniciativas da comunidade empresarial local. Foi possível assim aumentar o crédito concedido às empresas, para utilização em Macau e fora do Território, em 14,9 por cento, em virtude do aumento do crédito ao investimento, havendo a destacar a participação do Banco, conjuntamente com outros bancos locais, num “club deal” destinado a financiar a construção das instalações de uma universidade. No que se refere ao crédito externo, verificou-se em 2001 uma menor participação nas operações sindicadas no mercado de Hong Kong devido, quer à redução do número de novas operações colocadas no mercado, quer a uma significativa redução das margens. A entrada da China na Organização Mundial do Comércio poderá vir dar um novo estímulo à actividade empresarial local, quer na área comercial, quer no que respeita ao investimento. As operações ligadas ao financiamento de operações de comércio externo de empresas registaram uma quebra, em termos dos saldos médios, reflectindo a diminuição das exportações e das importações, bem como a situação favorável de liquidez de algumas empresas do sector. Neste contexto, registou-se uma diminuição do volume de operações cambiais negociadas e das comissões cobradas associadas com este tipo de transacções. O Banco deu o seu contributo para a elaboração, pela AMCM, de um sistema de apoio às necessidades de crédito das pequenas e médias empresas com simultânea protecção acrescida para os bancos que decidam nele participar. Este trabalho ainda está em curso. 3. Recursos Os recursos humanos, o capital mais importante do Banco, têm um papel primordial na definição e prossecução dos objectivos Humanos da empresa, seja na qualidade do atendimento prestado aos clientes, na promoção de produtos e serviços, ou na adaptação a estruturas de gestão susceptíveis de aumentar a produtividade. Ao longo dos últimos anos e não obstante o aumento do volume de actividade, tem sido possível manter estável o quadro do pessoal, constituído actualmente por 285 elementos, dos quais 195 trabalham nos serviços centrais e 90 na rede de agências. A par da orientação que tem sido seguida no sentido de reforçar o quadro de pessoal das áreas comerciais e de atendimento a clientes promovendo-se, simultaneamente, e na medida do possível, a rotação do pessoal, foram realizadas diversas acções com o objectivo de elevar o nível de qualificação profissional dos nossos colaboradores. Estas acções de formação, levadas a cabo internamente e por entidades externas, abrangeram um elevado número de empregados e incidiram, sobretudo, nas áreas da divulgação dos produtos e serviços, atendimento de clientes, administração de cartões de crédito, procedimentos internos, canais de distribuição, aprendizagem de línguas, segurança dos sistemas e aplicações informáticas. Em 2001 iniciou-se o estudo para a constituição de um Fundo de Pensões dos empregados do Banco, que substituirá o actual Fundo de Previdência, cujo funcionamento se regulará pela nova legislação publicada sobre esta matéria. 4. Sistema Durante 2001 foram concretizados diversos projectos na área informática em resposta às necessidades da organização, Informático e nomeadamente no que respeita ao lançamento de novos produtos e serviços, procurando-se reduzir os custos dos novos Organização projectos e de manutenção dos sistemas existentes. Destaca-se nesta área o lançamento do BNU Online, a plataforma que permite aos clientes efectuarem operações bancárias através da Internet e as alterações introduzidas no sistema de gestão dos cartões requeridas pela introdução de novos cartões de crédito e débito. Foi actualizado o sistema operativo do computador central e foram aperfeiçoadas as aplicações de gestão de operações nos balcões, operações cambiais, as instruções permanentes de pagamento e transferências. 18 O plano de conversão para o Euro foi executado nos prazos previstos e conforme o programado. O acesso à Internet através da rede interna foi melhorado com a introdução da banda larga tendo-se aumentado o número de utilizadores com acesso à web. Tomaram-se diversas medidas visando reforçar os sistemas de segurança exigidos pela introdução da plataforma de transacções através da Internet e uma maior utilização da rede como meio de comunicação. No domínio da organização procedeu-se à avaliação da adequação da estrutura orgânica do Banco, prevendo-se que esta venha a ser alterada para evidenciar uma segregação mais nítida entre as áreas comerciais e de back office. Em 2001 deu-se ainda continuidade ao trabalho de actualização dos manuais de procedimentos e à racionalização do sistema de produção de relatórios internos. 5. Apoio a O Banco continuou a apoiar diversas iniciativas na área social nos campos da educação, desporto, cultura e instituições que Actividades Sociais se dedicam a servir as camadas mais necessitadas da sociedade. Destaca-se a atribuição de bolsas de estudo para frequência das universidades locais, o patrocínio do XV Festival Internacional de Música de Macau e XII Festival de Artes de Macau e do Campeonato Mundial de Voleibol. 19 C. - Resultados e Evolução do Balanço A partir de 1 de Julho de 2001 o Banco Nacional Ultramarino passou a ter a sua sede social em Macau, incorporando todos os activos e passivos, quer da Sucursal do BNU em Macau, quer do Banco BNU Oriente S.A.. Na interpretação da análise financeira que a seguir se apresenta deve-se ainda ter em consideração: • Os elementos financeiros constantes dos mapas das Demonstrações de Resultados em anexo correspondem à actividade no período compreendido entre 1 de Julho de 2001, data em que o Banco passou a ter a sua sede em Macau, e 31 de Dezembro de 2001. Para melhor se avaliar o desempenho do Banco tomaram-se em linha de conta os valores das contas de resultados respeitantes à actividade para o ano completo de 2001 e não apenas o 2º semestre. • Os elementos financeiros que serviram de base de comparação em 2000 são os constantes das contas anuais da Sucursal do BNU em Macau em 31 de Dezembro desse ano. 1. Conta de O Resultado do Exercício continuou a registar em 2001 uma evolução positiva tendo ascendido a 47,9 milhões de patacas, Resultados um acréscimo de 20,5 por cento relativamente ao obtido no ano anterior, que se fica a dever, em grande medida, ao Resultado do aumento da margem financeira. Exercício O Resultado do Exercício no 2º semestre de 2001 foi de 24,9 milhões de patacas conforme consta do mapa das Demonstrações Financeiras que se anexa. Margem Financeira A Margem Financeira ascendeu a 180 milhões de patacas, um aumento de 8,1 por cento, ou seja de 13,4 milhões de patacas em valor absoluto, tendo-se verificado uma redução significativa, quer dos Juros e Proveitos Equiparados, quer dos Juros e Custos Equiparados, devido à diminuição muito significativa das taxas de juro activas e passivas. A Margem Financeira beneficiou do aumento do crédito concedido, das margens na captação de depósitos e da gestão de tesouraria que teve em linha de conta a tendência de descida das taxas de juro. Por outro lado, foi adversamente influenciada pela redução das margens da carteira de crédito, designadamente do crédito à habitação e pela diminuição das taxas de juro que afectou negativamente a rentabilidade dos fundos não remunerados. Resultados Unidades: Milhares de patacas 166.861 180.299 Margem Financeira Proveitos de Comissões e de Outras Operações Bancárias (liq) 35.981 36.003 202.842 216.301 Produto Bancário 131.358 134.789 Custos Operativos 28.237 31.981 Provisões Líquidas 39.738 47.872 Resultado do Exercício 0 50.000 2000 100.000 2001 150.000 200.000 250.000 20 Proveitos de Os Proveitos de Comissões e de Outras Operações Bancárias (líq) foram em 2001 de 36 milhões de patacas, sensivelmente Comissões e o mesmo valor do ano anterior, em que as principais componentes registaram a seguinte evolução: Outras Operações Bancárias (líq) • As Comissões (líq) aumentaram em 2 por cento havendo a destacar um aumento das comissões cobradas na área dos cartões de crédito e pela emissão de garantias. • Os Lucros em Operações Financeiras (líq) totalizaram 16,8 milhões de patacas, mais 4 por cento que no ano anterior, reflectindo sobretudo os lucros obtidos com a cobertura de operações comerciais de clientes. Produto Bancário O Produto Bancário aumentou em 13,4 milhões de patacas, valor superior em 6,6 por cento ao verificado em 2000, ascendendo a 216,3 milhões de patacas. A variação da Margem Financeira contribuiu em 82,8 por cento para o aumento do Produto Bancário enquanto as Comissões (líq) e os Lucros em Operações Financeiras (líq), contribuíram em 8,6 por cento e 7,8 por cento respectivamente. Custos Operativos Os Custos Operativos aumentaram em 3,4 milhões de patacas, valor superior em 2,6 por cento relativamente ao registado no ano de 2000, atingindo 134,7 milhões de patacas correspondendo à evolução das seguintes componentes: • Custos com o pessoal aumentaram 2,4 por cento, atingindo 81,2 milhões de patacas, tendo-se procurado adequar os níveis de remuneração à evolução da produtividade; • Fornecimentos e Serviços de Terceiros aumentaram 11,2 por cento, ascendendo a 35,6 milhões de patacas, para o que contribuiu o aumento das despesas com a promoção dos produtos e serviços do Banco. • Amortizações tiveram um decréscimo de 16,1 por cento o que reflecte, fundamentalmente, o decréscimo nas amortizações de imobilizado incorpóreo, derivado do facto de ter terminado o período de amortização de diversas aplicações informáticas. O rácio cost-to-income, situou-se em 55 por cento(1), sensívelmente igual ao valor verificado no ano precedente. Provisões As Provisões efectuadas no exercício de 2001, líquidas da reposição e anulação de provisões, totalizaram 31,9 milhões de patacas superior em 13 por cento ao montante constituído no ano anterior. À excepção do aumento das provisões para Riscos Gerais de Crédito, que resultou do aumento do saldo da carteira de crédito, as necessidades de provisionamento foram menores em 2001 que no ano anterior. 2. Proposta de Nos termos legais e estatutários, propõe-se para aprovação da Assembleia Geral que o Resultado Líquido de Aplicação de 24.983.053,75 de patacas tenha a seguinte aplicação: Resultados • Para Reserva Legal, nos termos do art.º 60 do Regime Jurídico do Sistema Financeiro: MOP 4.996.611,00 • Para Reservas Livres, o remanescente : MOP 19.986.442,75 (1) (Custos com Pessoal + Fornecimentos e Serviços de Terceiros + Outros custos administrativos) / Produto Bancário 21 3. Balanço— O Activo Total Líquido do Banco era, em 31 de Dezembro de 2001, de 13.477 milhões de patacas, que corresponde a um Evolução e acréscimo de 10 por cento, representando as aplicações no mercado interbancário 57 por cento e o crédito a clientes 24 Estrutura por cento do Activo Total Líquido. Crédito a Clientes O Crédito a Clientes totalizou 3.200 milhões de patacas, tendo o crédito interno, que cresceu a uma taxa superior à do mercado, aumentado 10 por cento. Estrutura do Activo Líquido Evolução do Activo Líquido, 2000/2001 in % 100% 0,0% 80% 57,43% 15,4% 60% 40% 24,10% 46,0% 20% 18,46% 0% -10% Aplicações em Instituições de Crédito 0% 10% Crédito a Clientes 20% 30% 40% 50% Disponibilidades, Imobilizado e Outros Activos No crédito interno, o crédito a empresas teve um acréscimo de 15 por cento, tendo o crédito a particulares aumentado de 2 por cento. Continuou-se a acompanhar estritamente a qualidade da carteira de crédito, quer através de uma selecção dos riscos a assumir quer da montagem de facilidades que minimizem o risco para o Banco e melhor se adequem às necessidades dos clientes. Procedeu-se também ao estreito acompanhamento dos processos de crédito vencido propondo-se, sempre que justificado, a restruturação dos mesmos. Aplicações em As Aplicações em Instituições de Crédito representam a parcela mais significativa do activo (57 por cento), constituindo um Instituições de instrumento privilegiado de aplicação dos excedentes de liquidez. Crédito O Banco adopta critérios estritos na gestão do risco de liquidez e a gestão do risco de contraparte, associado às operações de tesouraria, obedecendo a limites estabelecidos ao nível do Grupo. Depósitos Totais Os Depósitos Totais, de clientes e do sector público, que totalizavam 9.509 milhões de patacas, registaram um decréscimo de 6 por cento, que se explica pela diminuição de depósitos a prazo (11 por cento) já que os depósitos à vista, de poupança e à ordem, aumentaram 17 por cento. Os depósitos a prazo totais que ascendiam a 7.575 milhões de patacas, representavam, em 31 de Dezembro de 2001, 80 por cento dos Depósitos Totais, ao passo que no ano anterior o seu peso relativo era de 84 por cento. 22 Recursos de Os Recursos de Instituições de Crédito ascendiam a 2.242 milhões de patacas, mais 1.345 milhões de patacas, representando Instituições de 17 por cento do total do passivo, um aumento de 10 pontos percentuais. Crédito Estrutura do Passivo e da Situação Liquída Evolução do Passivo e da Situação Liquída, 2000/2001 in % 100% 149,8% 16,64% 80% -6,3% 60% 6,4% 70,57% 9,1% 40% 710,0% 20% 0,41% 8,92% 0% 3,47% -100% 0% 100% 200% 300% 400% 500% 600% 700% 800% Capitais Próprios e Equiparados Outros Passivos Depósitos de Clientes Recursos de Instituições de Crédito Provisões para Riscos e Encargos Capital Social e O Banco Nacional Ultramarino S.A. foi dotado, em 1 de Julho de 2001, data em que o Banco passou a ter a sua sede em Fundos Próprios Macau, com um capital social de 400 milhões, o qual se encontra totalmente realizado. O Banco contratou ainda em 2001 um empréstimo subordinado de 100 milhões de patacas. Os fundos próprios do Banco para efeitos do cálculo do rácio de adequação do capital, conforme as normas publicadas pela Autoridade Monetária de Macau, ascendiam a 581 milhões de patacas em 31 de Dezembro de 2001, o que corresponde a um rácio de 11 por cento. 23 Órgãos Sociais MESA DA ASSEMBLEIA GERAL Presidente : Joaquim Jorge Perestrelo Neto Valente Vice-Presidente : Liu Chak Wan Secretário : Maria de Lurdes Nunes Mendes da Costa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente : CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS, S.A., representada por Miguel José Pereira Athayde Marques Vice-Presidente : Herculano Jorge de Sousa Vogais : COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE, S.A., representada por Leonel Alberto Range Rodrigues CAIXA - PARTICIPAÇÕES SGPS, S.A., representada por Alberto Manuel Sarmento Azevedo Soares Artur Jorge Teixeira Santos COMISSÃO EXECUTIVA : Presidente : Herculano Jorge de Sousa Vice-Presidente : Artur Jorge Teixeira Santos Membro : COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE, S.A., representada por Leonel Alberto Range Rodrigues FISCAL ÚNICO : Chui Sai Cheong 24 Demonstrações Financeiras BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A. BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 ACTIVO ACTIVO BRUTO PROVISÕES AMORTIZAÇÕES E MENOS-VALIAS ACTIVO LIQUIDO 57.628.271,59 0,00 57.628.271,59 DEPÓSITOS NA AMCM 103.095.408,71 0,00 103.095.408,71 CERTIFICADOS DE DÍVIDA DO GOVERNO DE MACAU 972.906.129,00 0,00 972.906.129,00 18.769.295,80 0,00 18.769.295,80 6.760.134,48 0,00 6.760.134,48 51.888.008,82 0,00 51.888.008,82 0,00 0,00 0,00 2.324.743,16 0,00 2.324.743,16 CRÉDITO CONCEDIDO 3.408.876.475,45 160.607.244,32 3.248.269.231,13 APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO 1.635.521.700,00 0,00 1.635.521.700,00 DEPÓSITOS COM PRÉ-AVISO E A PRAZO NO EXTERIOR 6.104.832.833,88 0,00 6.104.832.833,88 915.548.929,83 23.430.859,67 892.118.070,16 0,00 0,00 0,00 237.945,80 0,00 237.945,80 0,00 0,00 0,00 35.171.777,18 6.000.000,00 29.171.777,18 172.319.225,12 26.508.799,91 145.810.425,21 EQUIPAMENTO 61.159.909,02 50.942.660,40 10.217.248,62 CUSTOS PLURIENAIS 11.085.679,88 9.740.353,20 1.345.326,68 DESPESAS DE INSTALAÇÃO 382.999,00 361.215,10 21.783,90 IMOBILIZAÇÕES EM CURSO 0,00 0,00 0,00 1.351.478,79 0,00 1.351.478,79 194.544.212,77 0,00 194.544.212,77 13.754.405.158,28 277.591.132,60 13.476.814.025,68 CAIXA VALORES A COBRAR DEPÓSITOS À ORDEM NOUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO DEPÓSITOS À ORDEM NO EXTERIOR OURO E PRATA OUTROS VALORES ACÇÕES, OBRIGAÇÕES E QUOTAS APLICAÇÕES DE RECURSOS CONSIGNADOS DEVEDORES OUTRAS APLICAÇÕES PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS IMÓVEIS OUTROS VALORES IMOBILIZADOS CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO TOTAIS 25 BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A. BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 PASSIVO SUB - TOTAIS NOTAS EM CIRCULAÇÃO TOTAL 1.025.885.130,00 DEPÓSITOS À ORDEM 1.324.905.266,07 DEPÓSITOS C/PRÉ-AVISO 0,00 DEPÓSITOS A PRAZO 6.546.535.150,20 DEPÓSITOS DE SECTOR PÚBLICO 1.638.546.191,74 RECURSOS DE INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO NO TERRITÓRIO 7.871.440.416,27 42.382.975,08 RECURSOS DE OUTRAS ENTIDADES LOCAIS 0,00 EMPRÉSTIMOS EM MOEDAS EXTERNAS 2.199.939.507,56 CREDORES POR RECURSOS CONSIGNADOS 0,00 CHEQUES E ORDENS A PAGAR 246.465,32 CREDORES 12.219.326,36 EXIGIBILIDADES DIVERSAS 19.169.383,79 CONTAS INTERNAS E DE REGULARIZAÇÃO 3.912.503.849,85 144.309.306,27 PROVISÕES PARA RISCOS DIVERSOS 74.802.894,23 CAPITAL 400.000.000,00 OUTRAS RESERVAS 22.889.375,31 RESULTADOS TRANSITADOS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 422.889.375,31 0,00 RESULTADO DO EXERCÍCIO 24.983.053,75 TOTAIS 13.476.814.025,68 BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A. BALANÇO ANUAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2001 CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS VALORES RECEBIDOS EM DEPÓSITO VALORES RECEBIDOS PARA COBRANÇA MONTANTE 126.136.031,30 94.338.922,60 VALORES RECEBIDOS EM CAUÇÃO 6.596.342.792,30 GARANTIAS E AVALES PRESTADOS 265.948.726,71 CRÉDITOS ABERTOS 91.187.527,13 ACEITES EM CIRCULAÇÃO 0,00 VALORES DADOS EM CAUÇÃO 0,00 COMPRAS A PRAZO VENDAS A PRAZO OUTRAS CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS DOS QUAIS:TESOURO PÚBLICO-CONTA CORRENTE 54.637.432,62 53.949.172,08 3.171.607.666,57 18.217.700,09 26 BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2001 CONTA DE EXPLORAÇÃO DÉBITO MONTANTE CUSTOS DE OPERAÇÕES PASSIVAS 239.308.706,78 CUSTOS COM PESSOAL CRÉDITO MONTANTE PROVEITOS DE OPERAÇÕES ACTIVAS 333.813.343,15 40.242.459,57 PROVEITOS DE SERVIÇOS BANCÁRIOS 14.713.561,43 1.693.475,00 PROVEITOS DE OUTRAS OPERAÇÕES BANCÁRIAS 10.124.485,71 DOS OUAIS: REMUNERAÇÕES DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO E FISCAL ÚNICO REMUNERAÇÕES DE EMPREGADOS 33.850.759,86 ENCARGOS SOCIAIS 4.188.511,40 OUTROS CUSTOS COM O PESSOAL 509.713,31 FORNECIMENTOS DE TERCEIROS 2.501.333,10 SERVIÇOS DE TERCEIROS RENDIMENTOS DE TÍTULOS DE CRÉDITO E DE PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS OUTROS PROVEITOS BANCÁRIOS 393.582,45 3.373.690,67 PROVEITOS INORGÂNICOS PREJUÍZOS DE EXPLORAÇÃO 22.206,50 0,00 16.366.609,21 OUTROS CUSTOS BANCÁRIOS 8.890.729,44 IMPOSTOS 1.426.449,40 CUSTOS INORGÂNICOS 462.547,84 DOTAÇÕES PARA AMORTIZAÇÕES 8.961.847,80 DOTAÇÕES PARA PROVISÕES 37.312.470,44 LUCRO DA EXPLORAÇÃO TOTAIS 6.967.716,33 362.440.869,91 TOTAIS 362.440.869,91 BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2001 CONTA DE LUCROS E PERDAS DÉBITO MONTANTE PREJUÍZO DE EXPLORAÇÃO 0,00 PERDAS RELATIVAS A EXERCÍCIOS ANTERIORES 1.782.672,32 CRÉDITO MONTANTE LUCRO DE EXPLORAÇÃO LUCROS RELATIVOS A EXERCÍCIOS ANTERIORES 6.967.716,33 18.854.768,65 PERDAS EXCEPCIONAIS 17.531,50 LUCROS EXCEPCIONAIS 9.925.462,59 DOTAÇÕES PARA IMPOSTOS SOBRE LUCROS DO EXERCÍCIO 8.964.690,00 PROVISÕES UTILIZADAS 0,00 RESULTADO DO EXERCÍCIO 0,00 RESULTADO DO EXERCÍCIO 24.983.053,75 (SE POSITIVO) (SE NEGATIVO) TOTAIS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO A RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE 35.747.947,57 TOTAIS 35.747.947,57 27 Accionistas com Participação Qualificada Nos termos do Regime Jurídico do Sistema Financeiro de Macau, participação qualificada é aquela que, por forma directa ou indirecta, representa pelo menos 10 por cento do capital ou dos direitos de voto da instituição participada ou que, por qualquer outro modo, confere a possibilidade de exercer uma influência significativa na gestão desta. Accionistas com participação qualificada: • Caixa Geral de Depósitos, S.A. — 97,13 % Participações Lista das instituições em que o Banco Nacional Ultramarino, S.A. detém participação superior a 5 por cento do respectivo capital social ou superior a 5 por cento dos seus fundos próprios, com indicação do respectivo valor percentual. • SEAP — Serviços, Administração e Participação, Lda — 25% 28 Notas às Demonstrações Financeiras ORGANIZAÇÃO E OPERAÇÕES O Banco BNU Oriente, S.A. (o “Banco”) foi constituído em Macau. O Banco está autorizado a operar sob licença e segundo as normas emitidas pela Autoridada Monetária de Macau (“AMCM”). A actividade do Banco consiste na realização de operações financeiras e na prestação de serviços financeiros nomeadamente a concessão de crédito a empresas e particulares e o recebimento de depósitos dos clientes. Pelas resoluções emitidas em 1 de Julho de 2001, todas as responsabilidades e activos do Banco Nacional Ultramarino, S.A. - Departamento de Macau (“Departamento do BNU em Macau”) foram transferidos com valor zero para o “Banco”. Conforme acordado pela empresa adquirente, a diferença entre os recursos e as responsabilidades, de aproximadamente MOP23.270.000, foi transferida em 1 de Julho de 2001. Este valor foi incluído no balanço na rúbrica reservas. Na mesma data, o nome em português do Banco mudou, de Banco BNU Oriente, S.A. para Banco Nacional Ultramarino, S.A. e o “Banco” adoptou o nome chinês de==========, como parte do seu nome legal. O capital do Banco aumentou de MOP100.000.000 para MOP400.000.000 pela emissão ao par de 300.000 acções de MOP1.000 cada uma. Durante o ano de 2001, a Caixa Geral Depósitos, S.A., um dos accionistas do “Banco”, adquiriu o Banco Nacional Ultramarino S.A., o outro accionista do “Banco“. Após a aquisição, o Banco transformou-se numa subsidiária inteiramente detida pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos, S.A.. BASES DE APRESENTAÇÃO As demonstrações financeiras do banco foram preparadas de acordo com as seguintes bases de apresentação: a) – Reconhecimento de receita Desde que seja provável que os benefícios económicos relativos a uma transacção reverterão para o Banco, e que a receita e custos, se aplicável, possam ser quantificados de forma fiável, é reconhecida uma receita, de acordo com as seguintes bases: i. Juros a receber Os juros a receber são reconhecidos na demonstração de resultados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou cobrança. Os juros de créditos vencidos são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso, sendo apenas reconhecidos em proveitos se e quando recebidos. ii. Comissões a receber As comissões são contabilizadas assim que recebidas, a menos que estejam relacionadas com transacções envolvendo risco de taxas de juro ou outros riscos que se estendam para além do período corrente, casos em que são mensualizadas de acordo com o período das transacções. b) – Empréstimos, Adiantamentos e Descontos Os empréstimos, adiantamentos e descontos são indicados no balanço após terem sido deduzidas as provisões específicas e genéricas para possíveis perdas. As provisões específicas são apresentadas como dedução ao crédito concedido, sempre que, na opinião da Direcção do Banco o mesmo se apresente de cobrança duvidosa. As provisões genéricas são feitas sobre a totalidade da carteira de crédito, não sendo identificadas por cliente. As provisões são feitas com base nas estimativas feitas pela Direcção do Banco e revistas periodicamente. Sempre que necessário, são feitos ajustamentos. 29 c) – Carteira de títulos Os investimentos em títulos são registados pelo seu custo deduzidos de todas as provisões que tenham sido constituídas para menos-valias. Os investimentos em acções são feitos com finalidade de longo prazo e incluídos no balanço pelo seu custo, menos qualquer provisão feita para menos-valias. Os saldos do investimento em títulos são revistos em cada fecho de contas para avaliar o risco de crédito e se os respectivos valores são recuperáveis. São feitas provisões quando se julga que esses valores não serão recuperados, sendo reconhecidos como custos na demonstração de resultados. As provisões para investimento em titulos e acções são repostas na demonstração de resultados quando as circunstâncias que conduziram aos “write-downs” ou “write-offs” cessam de existir e há uma evidência persuasiva de que essas novas circunstâncias persistirão no futuro. Quando há uma venda ou transferência dos investimentos em títulos, qualquer mais ou menos valia daí resultante é reflectida na demonstração de resultados. d) – Imobilizado O imobilizado é indicado pelo custo, deduzido da amortização acumulada. A amortização é calculada com base no método das quotas constantes, de acordo com as taxas fiscalmente aceites como custo, as quais não diferem da vida útil estimada do bem. As taxas anuais são: Terrenos e edifícios Software e melhoramentos em imóveis arrendados Equipamento de escritório, mobiliário e material eléctrico 2% 10% a 33,3% 10% a 50% Quando os bens são vendidos ou chegam ao fim da sua vida útil, o seu custo e amortização acumulada são eliminados das contas e qualquer custo ou ganho resultante da sua alienação é incluído na demonstração de resultados. e) – Moeda Estrangeira Os livros e os registos são mantidos na moeda original, reavaliada para Patacas de Macau. As transacções expressas em moeda estrangeira são reavaliadas com base nas taxas de câmbio em vigor nas datas em que as mesmas ocorreram. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira à data do balanço, são reavaliados com base nos câmbios em vigor naquela data. As diferenças de conversão são reflectidas na demonstração de resultados. f) – Locação Operacional Os contratos de locação onde se verifique que todos os direitos e os riscos inerentes à titularidade dos bens são substancialmente retidos pela sociedade locadora, são contabilizados como locação operacional. As respectivas rendas são registadas como encargos na conta de resultados, numa base constante, durante o período do contrato. 30 g) – Instrumentos Financeiros Derivados Instrumentos financeiros derivados resultam de contratos de futuros, forward e de swap tomados pelo Banco nos mercados monetários e cambiais. Os instrumentos financeiros destinados e classificados como operações de cobertura são valorizados e reconhecidos em resultados de acordo com o critério aplicável aos activos e passivos por eles cobertos. Qualquer ganho ou prejuízo é reconhecido de acordo com o critério aplicável aos activos ou passivos por eles cobertos. As transacções de swap de taxa de juros tomados como parte da gestão da carteira de activos e passivos são identificadas separadamente e os respectivos pagamentos / recebimentos líquidos são incluídos em juros pagos ou recebidos. Activos, incluindo ganhos, resultantes de contratos de swap de divisas ou de taxa de juro, reavaliados de acordo com o respectivo valor de mercado, são relevados em “Outras Contas”. Passivos, incluindo perdas, resultando de tais contratos, são relevados em “Outras Contas e Provisões”. h) – Desvalorização de Activos Os activos, à excepção dos activos financeiros, são revistos para efeitos de desvalorização, sempre que eventos ou alterações das circunstâncias indiquem que o saldo de qualquer activo possa não ser inteiramente recuperável. Sempre que o valor real de um activo exceda o seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por desvalorização que é reflectida na demonstração de resultados como uma menos valia. O valor recuperável é o mais alto de entre o preço líquido de venda do activo e o valor em uso. O preço líquido de venda é o valor recuperável através da venda do activo sem conflito de interesses enquanto que o valor em uso é o valor actual dos cash flows previstos pela continuação em uso do activo e sua alienação no fim da sua vida útil. Os montantes recuperáveis são calculados para cada activo em particular ou, se impossível, para cada centro de custos. A anulação de perdas por desvalorização reconhecidas em exercícios anteriores é efectuada quando há indicação de que a perda por desvalorização para o activo já não existe ou diminuiu. A anulação é registada como proveito ou como aumento das reavaliações. i) – Provisões para riscos bancários gerais As provisões são criadas a fim de precaver possíveis desvalorizações dos activos financeiros. As provisões são feitas com base nas estimativas do Banco e revistas periodicamente. Sempre que necessário são feitos ajustamentos. j) – Benefícios a empregados O Banco assegura um plano de contribuição para um Fundo de Previdência dos seus empregados baseado nas leis e regulamentos locais. O referido plano determina que os seus membros e o Banco contribuam com 5 por cento e 10 por cento do salário básico, respectivamente. As contribuições do Banco para esse plano são imputadas à demonstração de resultados do exercício a que reportam. 31 Parecer dos Auditores Externos RELATÓRIO DOS AUDITORES PARA OS ACCIONISTAS DO BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A. (Anteriormente conhecido por BANCO BNU ORIENTE, S.A.) (Constituído em Macau sob responsabilidade limitada) Auditámos as demonstrações financeiras, as quais foram preparadas em conformidade com as bases de apresentação descritas nas notas anexas às demonstrações financeiras. Responsabilidade do Conselho de Administração e dos Auditores A preparação das demonstrações financeiras, apresentadas de uma forma verdadeira e apropriada, é da responsabilidade do Conselho de Administração. Na preparação das referidas demonstrações financeiras, é fundamental a adopção de critérios e políticas contabilísticas adequadas e a sua aplicação de forma consistente. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião independente, baseada na nossa auditoria, sobre estas demonstrações financeiras. Âmbito A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria emitidas pela Federação Internacional de Contabilistas (“International Federation of Accountants”). Uma auditoria inclui a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avaliação das principais estimativas, juízos e critérios utilizados pelo Conselho de Administração na sua preparação. Uma auditoria inclui, igualmente, a verificação da adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as circunstâncias, e de que estas foram aplicadas de forma consistente e adequadamente divulgadas. A nossa auditoria foi planeada e executada por forma a obtermos todas as informações e explicações que considerámos necessárias, com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Verificámos igualmente ser adequada a apresentação global das demonstrações financeiras, de acordo com as bases de apresentação descritas nas notas às demonstrações financeiras. Entendemos que a nossa auditoria proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião Em nossa opinião, as demonstrações financeiras, preparadas em conformidade com as bases de apresentação descritas nas notas às demonstrações financeiras, apresentam de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do Banco em 31 de Dezembro de 2001, bem como os resultados das suas operações no período compreendido entre 1 de Janeiro de 2001 e 31 de Dezembro de 2001. Sociedade de Auditores Arthur Andersen (Macau) Contabilista Registado Macau, aos 1 de Março de 2002. 32 Parecer do Fiscal Único Senhores Accionistas: O Conselho de Administração do Banco Nacional Ultramarino, S.A., submeteu ao Fiscal Único, nos termos e para efeitos da alínea e) do Artº.32º dos Estatutos, para emissão de parecer, o Balanço, as Contas e o Relatório Anual respeitantes ao exercício de 2001. Complementarmente foi também enviado o Relatório dos Auditores Externos “Sociedade de Auditores Arthur Andersen (Macau)”, sobre as contas do Banco Nacional Ultramarino, S.A., relativas àquele mesmo exercício. O Fiscal Único acompanhou, ao longo do ano, a actividade do Banco, tendo mantido contacto regular com a Administração e dela recebido sempre e em tempo a adequada colaboração e esclarecimentos. Analisados os documentos remetidos para parecer deste Conselho, constata-se que os mesmos são suficientemente claros, reflectindo a situação patrimonial e económica-financeira do Banco. O Relatório do Conselho de Administração traduz de forma clara o desenvolvimento das actividades do Banco no decurso do exercício em apreciação. O Relatório dos Auditores Externos, tido em devida conta pelo Fiscal Único, refere que os documentos de prestação de contas apresentados evidenciam de forma verdadeira e apropriada a situação financeira do Balanço em 31 de Dezembro de 2001, bem como os resultados das operações referentes ao exercício findo naquela data, com observância dos princípios contabilisticos da actividade bancária. Face ao exposto, o Fiscal Único decidiu dar parecer favorável à aprovação do : 1. Balanço e Demonstração de Resultados; 2. Relatório Anual do Conselho de Administração. Macau, 27 de Março de 2002. O FISCAL ÚNICO Chui Sai Cheong == 33 Rede de Agências BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, S.A. Sede Av. Almeida Ribeiro, No.22, Caixa Postal 465 Região Administrativa Especial de Macau República Popular da China Telefone: (853) 355111 Fax: (853) 355653 Telex: (853) 88202BNUMC OM 88351 BNUFX OM E-mail: [email protected] Web Site: http://www.bnu.com.mo Swift: BNULMOMX Centro de Cartões de Crédito Agência Iao Hon Av. Almeida Ribeiro, 22 Telefone: 335533 Fax: 713119 Rua 1 do Bairro Iao Hon, Edf Iao Kai Telefone: 571921 Fax: 400395 Agência Central Av. Almeida Ribeiro, 22 Telefone: 355111 Fax: 355130 Agência São Lourenço Rua João Lécaros, Nº 5–5B Telefone: 572259 Fax: 933200 Agência Mercado Vermelho Av. Almirante Lacerda, Nº. 90–92 Telefone: 371166 Fax: 211619 Agência Horta e Costa Av. Horta e Costa, Nº 54–56 Telefone: 517962 Fax: 527853 Agência Sidónio Pais Av. Sidónio Pais, Nº. 20–20A Telefone: 584436 Fax: 524589 Agência Areia Preta Estrada Marginal do Hipódromo, 147 – C Telefone: 470032 Fax: 470160 Agência Fai Chi Kei Rua Comandante João Belo r/c Edf. Teng Pou Kok Telefone: 260165 Fax: 260637 Agência Aeroporto I. Macau Aeroporto de Macau Telefone: 861309 Fax: 861310 Agência da Taipa Rua de Évora, “Flower City, r/c Quarteirão 40, Taipa Telefone: 833633 Fax: 833622 Agência Chong Fu Alameda Heong San, Nº 58 Edif. Chong Fu r/c Telefone: 703478 Fax: 705180 34 Grupo CGD PORTUGAL PORTUGAL Banca Comercial Gestão de Activos CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS CGD PENSÕES Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 795 30 00 Fax: 21 790 50 51 Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 54 57 Fax: 21 790 54 81 BANCO POSTAL, SA CAIXA GESTÃO DE PATRIMÓNIOS, SA Praça dos Restauradores, 58 - 4º 1269–600 Lisboa Telefone: 21 323 14 00 Fax: 21 323 14 95 Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 50 16 Fax: 21 790 50 66 Banca de Investimento, Corretagem e Capital de Risco CAIXAGEST GERBANCA – SGPS Avenida João XXI, 63 100–300 Lisboa Telefone: 21 790 50 16 Fax: 21 790 50 66 CAIXA VALORES Rua Barata Salgueiro, 33, 5º 1269–057 Lisboa Telefone: 21 313 73 00 Fax: 21 352 63 27 Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 54 54 Fax: 21 790 54 82 FUNDIMO Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 54 50 Fax: 21 790 54 74 Crédito Especializado CAIXA EMPRESAS DE CRÉDITO, SGPS, SA CAIXA BANCO DE INVESTIMENTO Rua Barata Salgueiro, 33 1269–057 Lisboa Telefone: 21 313 73 00 Fax: 21 352 63 27 Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 50 16 Fax: 21 790 50 66 IMOLEASING CAIXA CAPITAL Av. 5 de Outubro, 175, 11º 1050–053 Lisboa Telefone: 21 781 89 70 Fax: 21 793 96 96 Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 54 52 Fax: 21 790 54 84 CAIXA CRÉDITO SFAC Gestão de Activos CAIXA – GESTÃO DE ACTIVOS, SGPS, SA Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 50 16 Fax: 21 790 50 66 Rua Padre António Vieira, 32-6º 1070–197 Lisboa Telefone: 21 381 70 00 Fax: 21 385 08 52 LOCAPOR Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 54 51 Fax: 21 790 54 80 35 PORTUGAL PORTUGAL Crédito Especializado Seguros LUSOFACTOR EAPS – EMPRESA DE ANÁLISE, PREVENÇÃO E SEGURANÇA Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 54 56 Fax: 21 790 54 85 Rua Nova da Trindade, nº 15-A 1200–301 Lisboa Telefone: 21 322 91 89 Fax: 21 340 15 80 Seguros E- Business COMPANHIA DE SEGUROS FIDELIDADE Largo do Calhariz, 32 1249–001 Lisboa Telefone: 21 323 80 00 Fax: 21 323 72 70 CAIXAWEB, SGPS Av, João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 51 11 Fax: 21 790 53 46 COMPANHIA DE SEGUROS MUNDIAL CONFIANÇA IMOPORTAL.COM Largo do Chiado, 8 1248–125 Lisboa Telefone: 21 340 15 00 Fax: 21 340 16 43 Edifício Istécnica, Tagus Park 2780–920 Porto Salvo, Oeiras Telefone: 21 422 96 80 Fax: 21 422 96 89 HPP – HOSPITAIS PRIVADOS DE PORTUGAL Outras Empresas Av. Visconde Valmor, 66, 6º 1050–047 Lisboa Telefone: 21 780 19 49 Fax: 21 794 18 07 SMN – SERVIÇOS MÉDICOS NOCTURNOS Campo Grande, nº 4, 9º Esq 1700 Lisboa Telefone: 21 793 02 73 Fax: 21 793 80 07 PARBANCA SGPS, SA Av. João XXI, 63 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 50 16 Fax: 21 790 50 66 VIA DIRECTA Av. 5 de Outubro, 175, 2º 1050–053 Lisboa Telefone: 21 799 19 20 Fax: 21 799 19 22 CULTURGEST Edº Sede da Caixa Geral de Depósitos Portaria da R. Arco do Cego 1000–300 Lisboa Telefone: 21 795 30 00 Fax: 21 790 50 51 IMOCAIXA Av. 5 de Outubro, 175, 10º 1050–053 Lisboa Telefone: 21 780 76 80 Fax: 21 791 82 61 CAIXANET Av. João XXI, 63, 4º Piso 1000–300 Lisboa Telefone: 21 790 56 76 Fax: 21 790 55 44 CNUFA Av. 5 de Outubro, 175, 10º 1050–053 Lisboa Telefone: 21 790 83 80 Fax: 21 791 82 61 36 ALEMANHA FRANÇA Escritório de Representação Bancos Afiliados Sede BANQUE FRANCO PORTUGAISE Paris Zimmerstrasse, 56 10117 Berlim Telefone: (49 30) 204 54 492 Sede 50, Boulevard Haussmann 75009 Paris ESPANHA Sucursal de Paris Sede Bancos Afiliados BANCO DE EXTREMADURA Cáceres Sede Calle Pintores, 8 10003 Cáceres Telefone: (34 927) 62 61 02 83, Av. Marceau 75116 Paris Telefone: (33 1) 406 95 400 Agência Central 98, Av. D’Iéna 75116 Paris Telefone: (33 1) 406 95 400 ILHAS CAYMAN BANCO SIMÉON Sucursal das Ilhas Cayman Vigo Sede Policarpo Sanz, 5 36202 Vigo Telefone: (34986) 81 07 13 BANCO LUSO ESPAÑOL Sede Grand Cayman Branch Safehaven Corporate Centre Windward One, 2nd floor Grand Cayman Cayman Islands, B.W.I. Telefone: (001 345) 946 43 44 Madrid Sede Maria de Molina, 39 28006 Madrid Telefone: (34 91) 309 90 00 ÍNDIA Escritório de Representação BNU ÍNDIA ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA Sucursal de Nova Iorque 141, Maker Chamber VI – 13th floor 220 Jamnalal Bajaj Road Nariman Point, Mumbai 400021 Telefone: (91 22) 281 94 57 Sede 280, Park Avenue, 28 th floor East Building, 10017 – New York Telefone: (1 212) 557 00 25 LUXEMBURGO Sucursal do Luxemburgo Sede 7, Rue Goethe L–1637 Luxembourg Telefone: (352) 299 676 37 MÉXICO REPÚBLICA CABO VERDE Escritório de Representação Banca de Investimento, Corretagem e Capital de Risco BANCO SIMÉON Moliere, 39–10A – Colónia Polanco Chapultepec Delegación Miguel Hidalgo 11560 México D.F. Telefone: (52 5) 280 75 25 A PROMOTORA Rua Serpa Pinto Caixa Postal 138 Praia – Cabo Verde Telefone: (00 238) 61 77 03 Fax: (00 238) 61 77 02 MÓNACO Seguros Bancos Afiliados GARANTIA BANQUE FRANCO PORTUGAISE Sede Monte Carlo 5, Av. Princesse Alice Telefone: (377) 935 01 115 REINO UNIDO Rua Serpa Pinto Caixa Postal 138 Praia – Cabo Verde Telefone: (00 238) 61 56 61 Fax: (00 238) 61 25 55 REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Bancos Afiliados Sucursal do Reino Unido Sede BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTOS Sede Walbrook-House, 23 – 7th floor Walbrook, London EC4N 8BT Telefone: 44 207 280 02 00 Av. 25 de Setembro Prédio John Orr’s, nº 1679 Maputo Telefone: (258 1) 30 72 63 REPÚBLICA CABO VERDE Agência Central Bancos Afiliados Av. 25 de Setembro Prédio John Orr’s, nº 1679 Maputo Telefone: (258 1) 30 72 63 BANCO INTERATLÂNTICO Cidade da Praia Sede Avenida Cidade de Lisboa Caixa Postal 131 A Cidade da Praia – Santiago Telefone: (238) 61 40 08 BANCO COMERCIAL DO ATLÂNTICO Cidade da Praia Sede Av. Amílcar Cabral Caixa Postal 474 Praia - Santiago Telefone: (238) 61 55 22 Crédito Especializado BCI LEASING Av. 25 de Setembro Prédio John Orr’s, nº 1679 Maputo Telefone:(258 1) 30 77 77 Fax: (258 1) 31 30 07 38 REPÚBLICA POPULAR DA CHINA VENEZUELA Bancos Afiliados Escritório de Representação BANCO NACIONAL ULTRAMARINO, SA Sede Av. Almeida Ribeiro, No.22, Caixa Postal 465 Região Administrativa Especial de Macau Telefone: (853) 355 111 Av. Libertador, Edf. Torre Maracaibo, 11D La Campiña – 1050 Caracas Telefone: 58 2 762 27 23 Sucursal da CGD na Zona Económica Especial de Zhuhai Zhuhai International Trade & Exibition Center Room 1003 Jida, Zhuhai, Guangdong Telefone: (86 756) 3 352 745 REPÚBLICA DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Bancos Afiliados BANCO INTERNACIONAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE Sede Praça da Independência, 3 CP 536 São Tomé Telefone: (23 912) 21 436 SUIÇA Escritório de Representação Sede Rue de Lausanne, 67/69 1202 Genéve Telefone: (41 22) 908 03 60/1/2 TIMOR LESTE Sucursal da CGD BNU TIMOR Ed. ACAIT – Dili Telefone: 670 390 323809