AVALIAÇÃO DO BIOPLÁSTICO COMO COBERTURA DO SOLO
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AVALIAÇÃO DO BIOPLÁSTICO COMO COBERTURA DO SOLO
Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 AVALIAÇÃO DO BIOPLÁSTICO COMO COBERTURA DO SOLO PARA O CULTIVO AGRÍCOLA (PROJETO AGRISUS: 1351/14 Coordenador Técnico do Projeto: Prof. Dr. Paulo Fortes Neto APOIO PARCEIRA __________________________________________________________ Universidade de Taubaté 2 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Equipe de Pesquisa da Instituição Proponente Universidade de Taubaté – UNITAU Responsável: Paulo Fortes Neto, Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas (ESALQ/USP), Professor Assistente Doutor, Universidade de Taubaté, Departamento de Ciências Agrárias Estrada Municipal Dr. José Luiz Cembranelli, 5000 Bairro do Itaim - CEP 12081-010-Taubaté-SP Telefone: (12) 363228956, [email protected] http://www.agro.unitau.br. Equipe: Profa Dra Elizabeth da Costa Neves Fernandes de Almeida Duarte (Universidade de Lisboa) Profa Dra Nara Lúcia Perondi Fortes (Universidade de Taubaté) Me Raquel Alexandra Cardoso Costa (Universidade de Lisboa) Me Eliana Maria Araujo Mariano (Universidade de Taubaté) Aluno Kaio Pinheiro, Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (Universidade de Taubaté) Aluno Gustavo Tadeu A. M. de Souza, Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais (Universidade de Taubaté) Aluna Fabiana Brambatti, Curso de Ciências Agrárias (Universidade de Taubaté) Aluno Ruy Costa, Curso de Engenharia Ambiental (Universidade de Taubaté) Aluna Flávia Evangelista, Curso de Ciências Agrárias (Universidade de Taubaté) Aluna Maria Gabriela Cursino, (Universidade de Taubaté) Curso de Engenharia Ambiental Classificação do Projeto: Embasamento da educação (C1 - Pesquisa Agronômica) Universidade de Taubaté 3 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 SUMÁRIO Paginas 1 INTRODUÇÃO 5 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICAS 6 2.1 Utilização de filmes plásticos na cobertura do solo 6 2.1.1. Desvantagens do uso de filmes plásticos 10 2.2. Polímeros biodegradáveis 11 2.2.1. Cobertura de solo com bioplástico 13 3 MATERIAL E MÉTODOS 15 3.1. Local do estudo 15 3.2. Área experimental 15 3.3. Caracterização do solo 16 3.4. Avaliar o desempenho agronômico das culturas agrícolas 17 3.4.1. Correção da acides do solo 17 3.4.2. Sistema de irrigação por gotejamento 18 3.4.3. Coberturas dos canteiros 18 3.4.4. Adubação de plantio 19 3.4.5. Plantio das culturas 20 3.5. Variáveis meteorológicas 20 3.5.1. Dados metereológicos 20 3.5.2. Temperatura e umidade do solo 20 3.5.3. Caracterização química do solo 20 3.5.4. Intensidade e severidade das doenças, pragas e plantas invasoras 21 3.5.5. Rendimento das culturas 21 3.6. Avaliar a biodegradabilidade e toxicidade do bioplástico 22 3.6.1. Variáveis 22 3.6.1.1. Liberação do dióxido de carbono (C-CO2) do solo 22 3.6.1.2. Carbono microbiano do solo 23 3.6.1.3. Identificação de fungos degradadores 23 Universidade de Taubaté 4 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 3.6.1.4. Teste de toxicidade 25 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 26 4.1. Condições climáticas 26 4.2. Temperatura e umidade do solo 27 4.3. Caracterização química do solo 34 4.3.1. Formas nitrogenadas no solo 34 4.3.2. Condutividade elétrica do solo 38 4.3.3. Fertilidade do solo 40 4.4. Intensidade e severidade das doenças, pragas e plantas invasoras 41 4.4.1. Identificação das doenças 41 4.4.2. Identificação das pragas 46 4.4.3. Identificação das plantas invasoras 46 4.5. Rendimentos das culturas 55 4.5.1. Alface 55 4.5.2. Tomate 55 4.5.3 Melão 56 4.5.4. Abobrinha 58 4.5.5. Pimentão 60 4.5.6. Melancia 63 4.6. Liberação de C-CO2 66 4.7. Carbono microbiano do solo 68 4.8. Identificação de fungos degradadores 71 4.9. Teste de toxicidade 72 5 CONCLUSÃO 73 6 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 74 Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 5 1. INTRODUÇÃO A descoberta e o desenvolvimento do polímero de polietileno (PE) nos finais dos anos 30, e sua subseqüente introdução no início dos anos 50 na agricultura sob a forma de filmes de plástico na cobertura do solo e estufas, na tubagem e na fita de rega, revolucionou a produção comercial de muitas culturas hortícolas. Isto permitiu antecipar e aumentar produções, obter produtos limpos e de elevada qualidade, usar de forma mais eficiente os recursos hídricos, reduzir a lixiviação de nutrientes, reduzir a erosão do solo, melhorar o controle de pragas e doenças, reduzir problemas com plantas invasoras e a compactação do solo. Na Europa, a quantidade total de plástico utilizado na agricultura é de 0,7 milhões de toneladas, sendo o plástico para cobertura do solo o mais utilizado no sul da Europa, o plástico para cobertura de estufas mais utilizado no centro e sul da Europa e o plástico utilizado para silagem, nos países nórdicos, em função deste uso, estimasse que todos os anos são geradas 615.000 toneladas de resíduos de plástico agrícola. Estudos realizados pelo Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Cobapla) constatou que em 2012 foram consumidos no Brasil cerca de 2.500 toneladas/ano de filmes plásticos de polietileno para cobertura do solo (mulching) no cultivo de flores, frutas e hortaliças. Os filmes plásticos de polietileno foram aplicados como cobertura do solo em cerca de treze mil hectares, procedimento que apresenta uma tendência de crescimento em torno de 13% ao ano. Devido ao aumento no uso de plástico de polietileno na agricultura o meio técnico vem questionando sobre o seu destino final, pois na maioria das propriedades rurais o plástico é queimado com os restos culturais e/ou fragmentado e misturado com o solo. Neste sentido a utilização da cobertura do solo com plástico biodegradável poderá ser uma alternativa para solucionar o problema de destinação final do plástico de polietileno, pois estudos realizados pelo Projeto Europeu FP7 “Development of enhanced biodegradable films for agricultural activities” – Agrobiofilm constataram que o plástico biodegradável apresentou a mesma produtividade e qualidade obtida com o plástico de polietileno e ainda teve como vantagem a possibilidade de ser incorporado e degradado pelos microrganismos do solo. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 6 No Brasil são raros ou inexistentes trabalhos realizados com plástico biodegradável como cobertura de solo (mulching), sendo assim o presente projeto tem como objetivo avaliar o desempenho agronômico das culturas produzidas com cobertura de bioplástico no solo e verificar a biodegradabilidade e toxicidade do bioplástico durante a sua decomposição no solo. 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1.Utilização de filmes plástico na cobertura de solo Com o advento da produção do polietileno (PE) em 1933 e do cloreto de polivinila (PVC) em 1941 iniciaram-se as pesquisas para utilização destes filmes plásticos na cobertura do solo (Spice, 1959, Garnaud, 1974, Nesmith et al., 1992). A utilização e comercialização de plásticos para cobertura de solo teve início no Japão em 1951 com o uso do filme plástico de PVC e na Europa a introdução ocorreu na década de 60 (Liakatas et al., 1986, Sganzerla, 1991). No Brasil, esta técnica só ganhou repercussão no inicio dos anos 70 com a utilização de polietileno na cultura do morango em São Paulo (Goto, 1997). Entretanto desde a sua introdução o uso destes plásticos vem se intensificando devido às vantagens que trazem à produção agrícola. Atualmente na União Européia são utilizados todos os anos cerca de 92.202 toneladas de filmes plásticos na cobertura de solo, este valor corresponde apenas a 3,5 % do total mundial de 2.630.811 toneladas (Saraiva et al., 2012). Já no Brasil estudos realizados pelo Comitê Brasileiro de Desenvolvimento e Aplicação de Plásticos na Agricultura (Cobapla) constatou que em 2012 foram consumidos cerca de 2.500 toneladas/ano de filmes plásticos de polietileno para cobertura do solo (mulching) no cultivo de flores, frutas e hortaliças. O polímero plástico mais utilizado como cobertura de solo na agricultura é o polietileno de baixa densidade e isto é devido ao seu baixo custo, fácil manuseio, boas propriedades mecânicas e particularmente a elasticidade (Graci et al., 2008). O polietileno é uma resina termoplástica obtida a partir do etileno polimerizado a altas Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 7 pressões. É um material flexível, impermeável e inalterável à água, não apodrece nem é atacado por microrganismos (Valenzuela e Gutiérrez, 1999). Os filmes plásticos utilizados na cobertura do solo apresentam diferentes colorações: preto, branco, cinza, verde, marrom, amarelo e prateado (dupla-face) e estão disponíveis no mercado e são utilizados com diferentes objetivos na agricultura. De acordo com a coloração, opacidade ou transparência, o plástico apresenta maior ou menor capacidade de transmitir radiações caloríficas e visíveis sendo que escolha da cor vai depender das condições climáticas (Sganzela, 1997). Os plásticos dupla face como branco/preto apresentam vantagem adicional por possuir uma face preta, que controla melhor as plantas daninhas e face branca que apresenta a vantagem de refletir praticamente toda luz incidente, iluminando mais o cultivo, principalmente na estação do outono. O plástico prata apresenta melhor resposta na estação de verão. O plástico preto por apresentar menor reflexão (9%), absorve (91%) da radiação que incide sobre ele, elevando assim a temperatura do solo, podendo até causar queimaduras nos tecidos das plantas que entram em contato com o plástico. Este deve ser usado principalmente na estação de inverno (Valenzuela e Gutierrez 1999). As radiações solares e terrestres são absorvidas, refletidas, e transmitidas em proporções diferentes de acordo com as propriedades ópticas da superfície. O grau de aquecimento da superfície do solo depende, em parte, do grau de contato entre plástico e solo e a escolha do plástico deve ser guiada pelos efeitos desejados acima e abaixo da superfície do solo, que são determinadas pelas propriedades ópticas do material plástico, pelo contato do plástico com o solo, e pela geometria do plástico nos camalhões e/ou leiras. Em regiões de climas quentes, a exposição do solo por longos períodos de aquecimento sob um plástico preto pode ser indesejável; sendo indicados os plásticos brancos e prateado uma vez que são mais reflexíveis. Os plástico preto e os claros elevam a temperatura do ambiente acima do solo, enquanto plásticos brancos e prateados podem aumentar ou diminuir ligeiramente a temperatura do solo (Tarara, 2000). Em regiões frias, é indicado o uso de cobertura de cor preta ou transparente, uma vez que essas elevam a temperatura do solo, sendo esse aumento é dependente da Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 8 estação, tipo de solo, quantidade e intensidade luminosa e da umidade do solo (Sampaio e Araujo, 2001). A maior parte dos raios solares é refletida quando o solo está coberto com filmes prateados, os quais transmitem pouca energia ao solo, evitando o aquecimento, sendo um dos materiais sintéticos mais adequados para regiões quentes (Sganzela, 1997). A temperatura do solo é um fator fundamental, pois atua na germinação de sementes, no desenvolvimento e atividade das raízes, na absorção de água, na atividade microbiana e no desenvolvimento de doenças (Bergamashi, 1993). Almeida Neto, (2004) trabalhando com cobertura de solo nas cores amarela, preta, prata e marrom, na cultura do melão, observou que o plástico amarelo foi o que apresentou maior temperatura do ar durante o dia, e esse aumento na temperatura provavelmente se deve ao plástico amarelo ter apresentado maior radiação refletida entre os plásticos estudados nesse experimento. Do mesmo modo, Araújo (2003), estudando o comportamento do plástico preto, prata, palha de carnaúba e solo descoberto na cultura do melão, verificou que a temperatura do solo foi maior quando utilizou os plásticos. O autor atribuiu esse aumento na temperatura, possivelmente porque os filmes plásticos de polietileno reduzem o fluxo de calor latente e aumentam o fluxo de calor sensível para o solo, proporcionando um maior aquecimento do solo em relação a outros tipos de cobertura como palha de carnaúba e o solo descoberto. Apesar dos estudos relatarem sobre a influência das diferentes colorações dos filmes plásticos na produção agrícola, Locascio et al. (2005) e Negreiros et al. (2005) avaliando diferentes cores de plásticos em comparação ao solo sem cobertura, chegaram à conclusão de que, independentemente da cor do filme plástico, o uso de cobertura no solo incrementou a produção do morangueiro e do melão. Segundo Yuri et al (2012) isto ocorreu talvez porque as cores de plásticos utilizados pelos autores favoreceram o aumento da temperatura para estimular a frutificação do morangueiro e o desenvolvimento dos frutos no melão. O desenvolvimento da planta e do fruto está diretamente relacionado com a temperatura. Todas as culturas apresentam para cada fase fenológica, uma temperatura ótima que possibilita expressar o seu potencial (Yuri et al., 2012). Além de favorecer o desenvolvimento das plantas as temperaturas mais elevadas dos solos com cobertura Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 9 plástica e o teor de umidade constante favorecem a maior mineralização do nitrogênio orgânico, aumentando a disponibilidade deste nutriente para as plantas nas camadas mais superficiais do solo (Sampaio et al., 1999). Assim, as condições de temperatura e umidade criadas no solo proporcionam economia de fertilizantes pela maior disponibilidade de nutrientes no solo. De acordo com López e Hernández (2004), estudando a influência da cobertura plástica na produção de pimenta malagueta quanto à umidade e fertilidade do solo, observaram que os solos cobertos com plástico apresentaram tensões de umidade do solo menor que os solos descobertos, uma vez que a cobertura plástica reduz a evaporação de água no solo, evita a lixiviação de fertilizantes, produtos químicos e a erosão do solo (Ramakrishna et al., 2006). Como a cobertura é, geralmente, acompanhada pelo sistema de rega por gotejamento, há também uma redução no consumo de água utilizada durante a irrigação das culturas (Carvalho, 2012). A utilização de filmes plásticos para cobertura de solo em culturas agrícolas apresenta várias vantagens, tais como: uma maior produção, maior precocidade e um controle mais eficiente das plantas invasoras (Green et al., 2003). A cobertura do solo com filme plástico nas mais variadas culturas, visa aumentos na qualidade e no rendimento dessas culturas. Em cucurbitáceas vários resultados foram encontrados quanto à produtividade e qualidade de frutos (Miranda et al., 2003, Medeiros et al., 2007), número, peso médio e produtividade de frutos comerciáveis (Araújo et al., 2003), maiores teores de sólidos solúveis totais (Câmara et al., 2007) e precocidade de colheita do melão (Cantamutto et al., 2000). Na cultura do pepino foram observadas maior precocidade de colheita e aumento da massa seca (Ibarra-Jiménez et al., 2008). No morangueiro tem sido constatado aumentos no rendimento e maior desenvolvimento dos frutos (Oliveira e Scivittaro, 2009; Kikas e Luik, 2011; Yuri et al., 2012). O controle mais eficiente das plantas invasoras pode ser alcançado, se o filme plástico cobrir totalmente o solo durante a maior parte da cultura (Minuto et al., 2008), pois quando da instalação da cultura as plantas partem em vantagem ao serem transplantadas em relação as plantas invasoras que ainda necessitam de radiação solar para germinarem. A germinação das plantas invasoras é assim inibida visto que a Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 10 cobertura do solo com plástico de cor negra reduz a radiação transmitida (lbarra et al., 2001). A cobertura do solo com plástico inibe o desenvolvimento das plantas invasoras na entrelinha e reduzem a aplicação de herbicidas e a capina manual durante o desenvolvimento das culturas (McCraw e Mostes, 2007) A cobertura do solo tem também impactos positivos na compactação do solo, pois torna-os mais solto, friável e bem arejado. Favorecendo dessa forma a oxigenação das raízes e a atividade microbiana durante a ciclagem dos nutrientes no solo (Graci et al., 2008). O plástico de cobertura faz com que os frutos se apresente mais limpos, uma vez que ficam em cima do plástico e não entram em contato com solo, diminuindo tanto os problemas da sujidade dos frutos como a incidência de doenças (McCraw e Mostes, 2007). 2.1.1. Desvantagens do uso de filmes plásticos As desvantagens do uso de filmes plásticos como cobertura de solo está relacionado a sua origem, pois a matéria-prima utilizada na sua produção é proveniente de fonte não renovável e também ao seu destino final, pois após o uso os agricultores têm dificuldades em dar um destino adequado ao plástico remanescente (Moreno e Moreno, 2008). Isto ocorre porque existe um desajuste entre o curto período de tempo durante o qual as culturas necessitam do plástico e a enorme longevidade que o polietileno tem no ecossistema (Martin-Closas et al., 2008). Pois o polietileno é um material que não se degrada naturalmente, tornando necessária a sua remoção após a finalização do ciclo cultural e posterior rencaminhamento dos resíduos removidos para uma estação de reciclagem ou para aterro sanitário, acarretando custos consideráveis ao processo de produção, refletindo-se no preço final dos produtos (Bonhomme et al., 2003). O processo de remoção do plástico é um trabalho difícil e que por mais bem executado que seja acaba sempre por deixar resíduos espalhados no campo, visto que à medida que o plástico vai sendo removido parte do material acaba sempre por rasgar e dar origem à formação de fragmentos com várias dimensões (Carvalho et al., 2012). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 11 A acumulação deste tipo de resíduos no solo ao longo de várias décadas de utilização pode dar origem a contaminações irreversíveis no solo, ameaçando a segurança dos produtos alimentares produzidos nesses terrenos (Briassoulis, 2006). 2.2. Polímeros biodegradáveis Desde o início dos anos 60 que se estudam novas coberturas de solo como possível alternativa ao polietileno (Lamont, 1993). Os primeiros plásticos biodegradáveis surgiram como polímeros baseados em amido (Otey e Westoff, 1980). No entanto, os plásticos biodegradáveis assim obtidos tiveram, até à década de 90, problemas de estabilidade química (Chu e Matthews, 1984). Na década de 90, com a problemática do constante aumento do consumo de energia para produção e transporte de alimentos, o progressivo aumento das emissões de CO2 para a atmosfera e o crescente acumulo de resíduos plásticos no meio ambiente fizeram a sociedade despertar para a necessidade de uma produção baseada em matéria-prima biodegradável (Martín-Closas e Pelacho, 2011). A organização européia defendeu que a alternativa aos materiais não degradáveis seria um polímero que tivesse na sua produção materiais biodegradáveis e de origem renovável (The Plastics Portal, 2012). Alguns destes materiais foram a celulose (proveniente da madeira), óleos vegetais, açúcar e amido. Estes materiais deram origem a polímeros mais tarde denominados de plásticos “bio-based” ou mais genericamente “biopolímeros” ou “bioplásticos”. Estes dois últimos termos geraram alguma confusão porque foram usados, muitas vezes, sem critério para descrever o material usado na produção destes polímeros quanto à fonte do material (renovável ou não) ou a sua funcionalidade (biodegradável e/ou possibilidade de ser compostado). Muitos destes materiais apresentaram uma elevada degradabilidade quer por ação da radiação solar quer pela ação de microrganismos, pois quando incorporados ao solo se degradaram completamente em menos de um ano. Esta característica de se degradar no ambiente, proporciona ao bioplástico uma vantagem em relação ao plástico, pois não é necessária a sua remoção do campo e podem (dependendo do material constituinte) ser incorporado no solo e fornecer nutrientes para as plantas. O material em si tem um custo elevado, mas tem a vantagem Universidade de Taubaté 12 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 de eliminar as etapas de remoção e tratamento de resíduo e ainda mantêm a fertilidade do solo (Berlung, 2006). Dos diversos estudos realizados na área, surgiram biopolímeros como os derivados de amido termoplástico, Mater-Bi®, PLA (polilactato), PBAT (polibutileno adipado tereftalado) da marca Ecoflex® e PHA (polihidroxialcanoato) da Biopol® (Bastioli, 1998; Martín-Closas e Pelacho, 2011). Estes biopolímeros são formados na natureza, sendo que na sua síntese estão geralmente enzimas catalíticas e reações de polimerase que, em geral, se formam dentro das células por processos metabólicos complexos (Chandra e Rustgi, 1998). Ao serem usados são degradados rapidamente no solo, devido à ação dos microrganismos como bactérias e fungos, tendo como resultado a liberação de dióxido de carbono, metano, água e biomassa (Bastioli, 1998, Schettini et al., 2007). O Mater-Bi® é um biopolímero derivado de amido que possui uma estrutura natural formada por cadeias linerares de amilose e cadeias ramificadas de amilopectinas. A produção deste material, implica numa ruptura da estrutura original da molécula de amido e sua posterior reordenação em complexos de estruturas entre amiloses e moléculas naturais, que aumentam a resistência à água e originam mudanças na estrutura mecânica do amido (Cordeiro, 2011). Dentre os vários tipos disponíveis de plásticos biodegradáveis do consórcio AGROBIOFILM têm-se o produto CF04P, com nova formulação à base de Mater-Bi® que tem a mesma matriz de amido de outros produtos já existentes como NF01U e NF803P, mas difere quanto à composição química e conteúdo em materiais renováveis. Enquanto a gama NF tem cerca de 50% de poliésteres biodegradáveis, a gama CF tem mais de 50% de polímeros biodegradáveis, uma vez que as suas fontes renováveis são à base de óleos vegetais. Quimicamente, a matéria-prima do CF04P é um copoliéster alifático/aromático com amido de milho (AGROBIOFILM, 2010). A biodegradibilidade do Mater-Bi® está de acordo com a norma européia da compostagem (EN 13432) (Kyrikou e Briassoulis, 2007). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 13 2.2.1. Cobertura de solo com bioplástico As primeiras tentativas de produzir um plástico para cobertura de solo biodegradável datam de 1972 e ele era revestimento com papel e os testes foram efetuados na cultura do melão. Mais tarde, a fim de se obter um filme para cobertura de solo parcialmente biodegradável, o polietileno foi misturado com amido. Depois um filme para cobertura de solo foi desenvolvido a partir da mistura de nutrientes para as plantas com um polímero solúvel em água, contendo álcool polivinílico, uréia e amido (Plastigone® e Biolan®), e foi, provavelmente, o 1º plástico de cobertura biodegradável, apesar dos filmes de celulose (Ecopac®) estarem entre os materiais de cobertura do solo, porém ainda não tinham sido testados em condições de campo (Martín-Closas e Pelacho, 2011). No início dos anos 90, estudos com termoplásticos derivados de hidratos de carbono apresentaram novas oportunidades em termos de materiais biodegradáveis para utilizar na cobertura de solo. Novos materiais biodegradáveis à base de amido termoplástico foram obtidos e comercializados sob a marca Mater-Bi® e foram também sugeridos algumas gamas para a fabricação dos biofilmes (Bastioli, 1998). Os estudos referentes ao uso agrícola do bioplástico como cobertura de solo têm sido realizado na Europa desde o final dos anos 90 e tem como objetivo verificar a biodegradabilidade no solo e avaliar a eficiência do bioplástio sobre a umidade, temperatura e lixiviação de nutrientes no solo, o controle de doenças, pragas e plantas invasoras, a precocidade das colheitas, a produtividade e composição química das plantas (Olsen e Gounder, 2001; Moreno e Moreno, 2002; Quezanda et al., 2003; Wang et al., 2004; Ngouajio et al., 2008; Minuto et al., 2008; Kasirajan e Ngouajio, 2012). A biodegradação do bioplástico ocorre porque o amido presente na sua composição química é utilizado como fonte de energia e carbono pelos microrganismos do solo. O processo de decomposição ocorre por meio das seguintes etapas: (1) quebra dos compostos de carbono em pequenas moléculas devido a secreção de enzimas e/ou pela ação do meio ambiente (temperatura, umidade e luz solar); (2) absorção e transporte de pequenas moléculas para dentro das células dos microrganismos; e (3) a oxidação das pequenas moléculas no interior das células microbianas em CO2, água e calor (ASTM 2004; Kyrikou e Briassoulis, 2007; Sivan, 2011; Kasirajan e Ngouajio, 2012). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 14 A biodegradação do bioplástico é influenciada pela temperatura, umidade, fertilidade, matéria orgânica do solo e as condições climáticas da região, talvez estas variáveis interagindo em conjunto ou isoladas sejam responsáveis para explicar os diferentes resultados verificados nos estudos de campo realizados por diversos autores (Olsen e Gounder, 2001; Moreno e Moreno, 2002; Wang et al., 2004; Lopez et al., 2007). Olsen e Gounder (2001) utilizando bioplastico na cobertura do solo para a produção de hortaliças na Espanha constataram que 20% do bioplástico foi degradado em 33 dias no verão, 38 dias na primavera, 56 no outono e 83 dias no inverno. Lopes et al (2007) estudando o cultivo do melão em uma região mediterrânea da Espanha, constataram que o bioplástico levou cerca de 6 meses para se decompor após se incorporado ao solo. Já Mirshekari et al (2012) avaliando a eficiência da cobertura do solo com bioplástico e polietileno na produção de milho doce em uma região com elevada temperatura e umidade no Irã, constataram que 50% do bioplástico foi degradado em 56 dias após ter sido utilizado para revestir o solo. Em relação ao teor de matéria orgânica no solo, Saraiva et al, (2012) constataram que a biodegradabilidade do bioplástico e o polietileno não apresentaram diferença significativa em solos com 1% de matéria orgânica, por outro lado, Barragán et al (2010) observaram elevadas taxas de biodegradação do bioplástico em solos com teores de matéria orgânica acima de 3,9%. Quanto a qualidade agronômica os resultados referentes a produtividade de frutos e hortaliças verificados com cobertura de bioplásticos são similares aos observados quando se utilizam plásticos de polietileno na cobertura de solo. Este comportamento foram constatados com várias culturas, tais como o tomate de indústria (Martín-Closas et al., 2003; Arméndariz et al., 2006; Martín-Closas et al., 2008), tomate fresco e de estufa (Candido et al., 2006; Moreno e Moreno, 2008; Ngouajio et al., 2008; Moreno, Moreno e Mancebo, 2009; Anzalone et al., 2010), pimentão (Olsen e Gounder, 2001), melões (Candido et al., 2006; González et al., 2003; Incalcaterra et al., 2004; López et al., 2007; Vetrano et al., 2009; Filippi et al., 2011), e pepinos (Weber, 2000), morangos (Lieten, 2002; Weber, 2003; Scarascia-Mugnozza et al., 2006; Bilck et al., 2010), couve-flor (Magnani et al., 2005), alface (Minuto et al., 2008) e batata-doce (Lee et al., 2009). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 15 3.MATERIAL E MÉTODOS O projeto foi subdividido em dois estudos: 1-Avaliar o desempenho agronômico das culturas produzidas com cobertura de bioplástico no solo e 2-Verificar a biodegradabilidade e toxicidade do bioplástico durante a sua decomposição no solo. 3.1. Local do estudo O projeto foi conduzido durante 18 meses em uma área de 440 m2 situada na Fazenda Piloto do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté – UNITAU –, localizado na área rural do Município de Taubaté, região do Vale do Paraíba, Estado de São Paulo e distante 140 Km da cidade de São Paulo. A área esta localizada nas Coordenadas Geográficas 23º02’34”S e 45º31’02”W e com altitude média de 577m. O clima local, de acordo com a classificação de Köpen (1948) é do tipo Cwa (Sub-tropical), com chuvas de verão e com uma precipitação média anual de 1.300mm. 3.2. Área experimental O terreno da área experimental foi demarcado para realizar a operação de aração e gradeamento do solo até a camada de 40 cm de profundidade, depois efetuou-se o nivelamento e a demarcação da área experimental com 440 m2 (Figura 1). Figura 1. Preparo e nivelamento da área experimental Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 16 A área experimental foi dividida em quatros canteiros com 0,3 m de altura, 1,2m de largura e 50m de comprimento e a distância entre os canteiros foi de 1,0m. Depois a área foi cercada com uma cerca plástica de 0,5m de altura para evitar a entrada de animais domésticos e silvestres (Figura 2). Figura 2. Vista geral da área experimental com os canteiros e demarcada 3.3. Caracterização do solo Para a caracterização da composição química do solo foram coletadas cerca de 10 sub-amostras na profundidade de 20 cm do solo, depois as sub-amostras foram misturadas para compor uma amostra composta e enviada para o Laboratório de Analises de Solos e Plantas do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté. O solo foi classificado como um Latossolo Vermelho Amarelo distrófico de textura média (Embrapa, 1999) e com a seguinte composição química: pH (CaCl2) = 5,3; MO = 21 g.dm-3; P = 30 mg.dm-3; K = 3,5 mmolc.dm-3; Ca = 30 mmolc.dm-3; Mg = 14 mmolc.dm-3; H + Al = 18 mmolc.dm-3; SB = 47,5 mmolc.dm-3; T = 65,5 mmolc.dm-3 e V = 73%. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 17 3.4. Avaliar o desempenho agronômico das culturas agrícolas O delineamento experimental para avaliar o desempenho agronômico das culturas do alface (Lactuca sativa), tomate (Lycopersicon esculentum), melão (Cucumis melo L), abobrinha (Cucurbita moschata), pimentão (Capsicum annuum L) e melancia (Citrullus lanatus L) foi o de blocos casualizados, com cinco blocos e quatro tratamentos: 1-sem cobertura (SC); 2-com Cobertura com casca de arroz com casca de arroz (CA); 3-com cobertura plástica de polietileno (CP) e 4-com cobertura de bioplástico (CB) de amido de milho. Os tratamentos foram distribuídos em canteiros com 1,2m de largura, 0,3m de altura e 10m de comprimento (Figura 3). Os resultados foram submetidos a análise de variância e a diferença entre as medias foram avaliadas pelo teste de Tukey a 5%. Os dados foram analisados pelo software “SAS for Windows” (SAS, 2002). Figura 3. Vista da área experimental com os canteiros cultivados com a alface lisa 3.4.1. Correção da acidez e adubação orgânica Para correção da acidez do solo foram distribuído e incorporado 0,6 Mg.ha-1 de calcário dolomitico e 40 Mg.ha-1 de vermicomposto 40 dias antes do plantio das mudas de alface (Figura 4). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 18 Figura 4 Aplicação e distribuição do calcário dolomitico e vermicomposto nos canteiros O adubo orgânico utilizado foi o vermicomposto produzido no Departamento de Ciências Agrárias a partir da mistura de esterco bovino e podas de jardins. Para a caracterização da composição química foram coletadas seis sub-amostras de vermicomposto em diferentes pontos do canteiro de produção, depois as amostras foram misturadas em uma amostra composta e enviada para o Laboratório de Analises de Solos e Plantas da Universidade de Taubaté. O vermicomposto apresentou a seguinte composição química: pH = 7,0; COT = 320 g.kg-1; N= 12,0 g.kg-1; P= 2,0 g.kg-1; K= 5,1 g.kg-1; Ca = 4,1 g.kg-1; Mg = 2,8 g. kg-1; B = 25 mg.kg-1 e Cu = 25 mg.kg-1. 3.4.2. Sistema de irrigação por gotejamento O sistema de irrigação por gotejamento foi colocado sobre a superfície dos canteiros com linha de tubo gotejador com vazão aferida de 1,67 L h-1 e pressão de serviço de 1,6 kPa e com emissores a cada 20 cm para o alface e 40 cm para o tomate, melão, abobrinha, melão, pimentão e melancia. 3.4.3. Cobertura dos canteiros A cobertura com casca de arroz com palha de arroz foi colocada sobre a superfície do canteiro numa camada com espessura de 4 cm, a cobertura plástica de polietileno de Universidade de Taubaté 19 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 30 µm de espessura e a cobertura com bioplástico com espessura de 15µm na cor preta foram esticados sobre os canteiros e as sobras laterais fixadas com uma camada de 20 cm de terra. Nos ensaios do alface e tomate foram utilizados o bioplástico com espessura de 15µm e nos ensaios com melão, abobrinha, pimentão e melancia foram utilizados o bioplástico com 40 µm de espessura. Ao final de cada colheita as coberturas de casca de arroz, plástico e bioplástico foram incorporadas ao solo. 3.4.4. Adubação de plantio A adubação mineral de plantio variou em função da cultura e as formas de P2O5, K2O e N utilizadas foram o super simples, cloreto de potássio e sulfato de amônio e a adubação orgânica para todas as culturas foi de 40 Mg.ha-1 de vermicomposto. No alface foi aplicado 300 kg ha-1 de P2O5, 100 kg ha -1de K2O e 40 kg ha-1 N parcelado em três aplicações aos 10, 20 e 30 dias após o transplante das mudas, no tomate foi aplicado 60 kg ha-1 de N, 500 kg ha-1 de P2O5 e 200 kg ha -1 de K2O. A -1 adubação de N em cobertura foi aplicada na quantidade de 200 kg ha , parcelado em quatro vezes, com intervalos de 15 dias entre as aplicações, no melão foi aplicado 25 kg ha-1 de N, 120 kg ha-1 de P2O5 e 30 kg ha -1 de K2O. A adubação de N em cobertura foi aplicada na quantidade de 75 kg ha-1, parcelado em quatro vezes, com intervalos de 15 dias entre as aplicações, na abobrinha foi aplicado 20 kg ha-1 de N, 200 kg ha-1 de P2O5 e 100 kg ha -1 de K2O. A adubação de N em cobertura foi aplicada na quantidade de 80 kg ha-1, parcelado em quatro vezes, com intervalos de 15 dias entre as aplicações, no pimentão foi aplicado 40 kg ha-1 de N, 160 kg ha-1 de P2O5 e 60 kg ha -1 de K2O. A adubação de N em cobertura foi aplicada na quantidade de 80 kg ha-1, parcelado em quatro vezes, com intervalos de 15 dias entre as aplicações e na melancia foi aplicado 25 kg ha-1 de N, 120 kg ha-1 de P2O5 e 30 kg ha -1 de K2O. A adubação de N em cobertura foi aplicada na quantidade de 75 kg ha-1, parcelado em quatro vezes, com intervalos de 15 dias entre as aplicações. O calcário foi aplicado apenas no início do experimento porque a saturação de bases do solo se manteve acima de 70% durante a realização dos ensaios entre os anos de 2014 e 2015. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 20 3.4.5. Plantio das culturas O plantio das mudas de alface lisa da cultivar "Regina" foi realizado no dia 22/09/2014 no espaçamento de 0,2 x 0,2m, as mudas de tomate da variedade "Débora" foi realizado no dia 17/11/2014 no espaçamento de 1,0 x 0,8m, as mudas de melão "Gaucho" foi realizado no dia 13/03/2015 no espaçamento de 2,0 x 0,4m, as mudas abobrinha "Menina Brasileira" foi realizado no dia 10/08/2015, as mudas de pimentão da variedade "Yolo Womder" foi realizado no dia 23/09/2015 no espaçamento 1 x 0,6m e as mudas de melancia "Crimson select plus" foi realizado no dia 09/09/2015 no espaçamento 2 x 0,6m. 3.5.Variáveis avaliadas 3.5.1. Dados meteorológicos Os dados meteorológicos de radiação solar, temperatura e umidade foram realizados diariamente com auxilio dos equipamentos (heliógrafo, pireliômetro e higrotermógrafo) existentes na Estação Meteorológica Automática (CPETC-INPE) situada no Departamento de Ciências Agrárias da Universidade de Taubaté (UNITAU). 3.5.2. Temperatura e umidade do solo A temperatura da superfície da cobertura e do solo foi determinada em quatro pontos dos canteiros sempre as 14:00 horas. A medição da temperatura da superfície com cobertura com casca de arroz, plástico e bioplástico foi realizada com um termômetro infravermelho (Mira Laser - 60 + 500oC) colocado tangencialmente a 20 cm de distância da superfície das coberturas. A temperatura do solo foi avaliada por meio da medição com um termômetro especifico colocado a uma profundidade de 5cm abaixo da superfície do solo. A umidade do solo foi determinada pelo método da diferença de peso, coletando-se amostras de solo no centro dos canteiros, a 10 cm de profundidade. Depois de homogeneizadas as amostras foram acondicionadas em recipientes de isopor e enviadas ao laboratório para a quantificação do peso úmido. Para depois serem colocadas em estufas a 105oC, até a completa secagem do solo e então pesadas (peso final). O teor de Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 21 umidade do solo foi obtido pela diferença entre as pesagens final e inicial das amostras, e posteriormente o peso foi transformado em porcentagem (Embrapa, 1997). 3.5.3. Caracterização química do solo As determinações das formas nitrogenadas (N-NH4, N-NO2 + N-NO3) no solo foram realizadas mensalmente nas amostras de solo coletada na camada de 20 cm de profundidade do solo. A extração do nitrogênio foi realizada com a adição de uma solução de KCl (2N) no solo, depois a amostra foi submetida a agitação por 30 minutos e deixada em repouso por mais 30 minutos. Após este período as amostras foram filtradas e 20 ml dos extratos foram submetidas à destilação no micro Kjeldahl conforme a metodologia preconizada por Bremmer e Mulvaney (1982). As determinações de pH, carbono orgânico, fósforo disponível, cálcio, magnésio, potássio, alumínio trocável, capacidade de troca de cátions e saturação por base foram realizadas a cada 4 meses e a condutividade elétrica foi realizada mensalmente nas amostras de terra coletada a 20 cm profundidade do solo, conforme as metodologias propostas por Raij et al (2001) e Embrapa (1997). 3.5.4. Intensidade e severidade das doenças, pragas e plantas invasoras A identificação e a intensidade e severidade das doenças e pragas será realizada durante o desenvolvimento das culturas conforme as metodologias especificadas por Kimati et al (1997) e Gallo et al (2002). As principais espécies de plantas daninhas presentes na parcela foram avaliadas em cinco amostras de 0,25 m2 obtidas aleatoriamente por parcela. As plantas daninhas foram identificadas quanto à família, gênero e espécie (Fey et al, 2013). 3.5.5. Rendimento das culturas A avaliação do rendimento das culturas foi realizado no final do ciclo das culturas com a coleta de plantas situadas na linha central da parcela. A colheita do alface foi realizada 50 dias após o transplante das mudas e para medir a massa da matéria seca, as plantas foram cortadas rente ao solo logo abaixo das folhas Universidade de Taubaté 22 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 basais e depois pesadas em balança para se determinar a massa fresca. Os resultados dessa variável foi expresso em g.planta-1. O rendimento do tomate não foi determinado porque a incidência e a severidade das doenças provocaram danos as plantas em todos os tratamentos e com isso não foi possível realizar a colheita do tomate. A colheita do melão, abobrinha, melancia foi realizada entre os 70 e 90 dias e o pimentão aos 90 dias após o plantio das mudas e para medir o número médio de frutos por planta, comprimento médio de fruto (cm) e massa fresca de frutos (g.planta-1) as plantas foram retiradas da linha central dos canteiros. 3.6. Avaliar a biodegradabilidade e toxicidade do bioplástico A biodegradabilidade e toxicidade do bioplástico no solo foi avaliada pela liberação do dióxido de carbono (C-CO2), biomassa de carbono, identificação de fungos degradadores e teste de toxicidade em amostras de solo coletadas após a incorporação da Cobertura com casca de arroz, plástico e bioplástico no solo. O delineamento experimental utilizados no ensaio de biodegradação e toxicidade foi o de blocos casualizados, com quatro blocos e cinco tratamentos: 1-Sem cobertura; 2-Cobertura com casca de arroz e 3-Cobertura com plástico; 4-Cobertura com bioplástico. Os resultados foram submetidos a análise de variância e a diferença entre as medias foram avaliadas pelo teste de Tukey a 5%. Os dados foram analisados pelo software “SAS for Windows” (SAS, 2000). 3.6.1.Variáveis 3.6.1.1. Liberação do dióxido de carbono (C-CO2) do solo A biodegradação do conteúdo orgânico presente no solo foi avaliada pelo método de incubação conforme a metodologia descrita por Coscione e Andrade (2006). Esse método se baseia na incubação, em frascos respirômetros, de quantidades conhecidas de terra e resíduo. A reação que ocorre pode ser representada por: Conteúdo orgânico (C,H,O) CO2 + H2O Universidade de Taubaté 23 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Em seguida o CO2 formado é recebido por uma solução de volume e concentração conhecida de NaOH que é colocada num frasco dentro respirômetro. A reação que ocorre é: CO2 + 2NaOH Na2CO3 + H2O Em seguida determina-se a quantidade de NaOH que sobrou da reação com o CO2 por condutivimetria de acordo com método proposto por Rodella e Sabóia (1999), calculando-se a quantidade de CO2 que se formou e que foi originada das reações de degradação do conteúdo orgânico do resíduo no solo. Amostras de 500 g de terra foram coletadas após a incorporação da casca de arroz, plástico e bioplástico no solo e depois foram colocados em frascos respirômetros. Em paralelo foi também conduzido um tratamento utilizando a glicose, adicionada a 500g de terra em quantidade correspondente a 800 mg de carbono, como controle para o ensaio de incubação. Os tratamentos foram instalados com quatro repetições e mantidos, durante todo o período de duração, em temperatura de ± 28oC (ABNT, 1999), com 70% da capacidade de retenção de água (CRA) e no escuro. A CRA foi mantida avaliando a massa dos frascos, ou seja, pesando-se o frasco com a amostra de terra e a quantidade de água adicionada. A determinação da quantidade de CO2 emanada dos tratamentos foi realizada por condutivimetria conforme descrito por Rodella e Sabóia (1999). 3.6.1.2. Carbono microbiano do solo O carbono referente à biomassa microbiana do solo foi determinado pelo método de fumigação e extração conforme os procedimentos descritos por Vance, Brooks e Jenkinson (1987). 3.6.1.3. Identificação de fungos degradadores As amostras de fragmentos de polímeros de plástico e bioplástico coletados do solo foram lavados com uma solução de hipoclorito de sódio a 12% para retirar as particulas de areia, silte e argila aderidas aos polímeros e em seguida os fragmentos de polímeros foram distribuídos em placas de Petri contendo meio de cultura apenas com Agar sem fonte de carbono (Figura 5A). Depois as placas foram colocadas em uma Universidade de Taubaté 24 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 estufa com temperatura de ± 28 °C por um período de 72 h, os fungos com crescimento no meio de cultura (Figura 5B) foram retirados em discos de ágar com 6 mm de diâmetro e colocado para crescer em uma placa de Petri contendo Agar - batata dextrose (Figura 5C). (A) (B) (C) Figura 5. Fragmentos de bioplástico (A), crescimento micelial sobre fragmento de bioplástico (B) e o crescimento de isolado de fungo para a identificação. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 25 Os isolados de fungos foram conservados em frascos de vidro (10 mL) contendo água destilada esterilizada e depois de fechado hermeticamente foi armazenado sob refrigeração entre ± 5 a ± 15oC para depois serem identificados (Castellani, 1967). A identificação foi realizada a partir das observações macroscópicas baseada nas descrições das colônias no meio de cultura e as observações microscópicas foram baseadas nas características e estruturas celulares dos fungos filamentosos (Menezes, 1993). 3.6.1.4.Teste de toxicidade A toxicidade do solo, após a biodegradação dos polímeros, foi avaliada através do teste de germinação de sementes de Brassica oleraceae semeadas em 200 g de terra proveniente dos ensaios de liberação do dióxido de carbono (C-CO2). As amostras de terra foram colocadas em caixas de acrílico medindo 11,0 × 11,0 × 3,5 cm. Em cada caixa foram semeadas 40 sementes, numa profundidade de 0,5 cm. O solo sem a adição do bioplástico foi utilizado como controle. A contagem das plântulas germinadas foi realizada no 5°, 7° e 14° dia, apos a montagem do experimento, sendo expressa como porcentagem de germinação (Guerra e Angelis, 2009). A massa seca da parte aérea foi determinada a partir de vinte plântulas colhidas no 14° dia, após o início do experimento de toxicidade. As plântulas foram lavadas e separadas apenas a parte aérea, depois as amostras da parte aérea foram colocadas em estufa com ventilação forçada de ar a ±60 °C por um período de 24 horas, depois as amostras foram retiradas e pesadas para determinar a massa seca da parte aérea. O valor obtido em cada repetição foi dividido pelo número de plântulas utilizadas e os resultados expressos em mg.plântula-1 (Nakagawa, 1999). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 26 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 4.1. Condições climáticas Os dados relativos à temperatura máxima, média e mínima do ar e a média mensal da precipitação pluviométrica durante o período de realização do estudo (setembro de 2014 a dezembro de 2015), são apresentados nas Figuras 6 e 7. Observa-se na Figura 6 que a temperatura média do ar durante o período experimental foi de 22 ºC, a média das temperaturas mínimas resultou em 21,3ºC e a média das temperaturas máximas em 22,7 ºC. Figura 6. Temperatura do ar (ºC) máxima, média e mínima durante o período experimental. Departamento de Ciências Agrárias (UNUTAU), Taubaté, SP, 2014/2015. Quando se analisou a temperatura da superfície das coberturas e do solo (Tabela 1), foi possível observar que as menores temperaturas ocorreram em junho de 2015, coincidindo com a redução da temperatura do ar verificada no mês de junho (Figura 6). A precipitação acumulada no período foi de 1.224,4 mm e entre abril e setembro de 2015 o acumulado foi igual a 70,2 mm e entre novembro de 2014 e março de 2015 foi observado um acumulado de 722,8 mm. Analisando a Figura 7 em conjunto com a Tabela 3 constata-se em todos os tratamentos que os menores valores de umidade do solo foram determinados no mês de maio, coincidindo com as baixas precipitações pluviométrica verificada neste mês. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 27 Figura 7. Precipitação pluviométrica durante o período experimental. Departamento de Ciências Agrárias (UNITAU), Taubaté, SP, 2014/2015 4.2.Temperatura e umidade do solo Na Tabela 1 estão apresentados os valores de temperaturas determinados no solo e na superfície das coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico durante o período de setembro de 2014 a dezembro de 2015. Nota-se na maior parte do período que não houve diferença significativa nos valores de temperatura entre as coberturas com plásticos e bioplásticos. Ainda na Tabela 1, constata-se que as temperaturas mais elevadas no solo e na superfície das coberturas foram predominantes nos períodos de primavera e verão e as menores no outono e inverno. As temperaturas do solo dos canteiros cobertos com plástico e bioplástico apresentaram em 11 meses de monitoramento valores significativamente superiores aos verificados no solo dos canteiros sem cobertura e com cobertura de casca de arroz (Tabela 1). Em relação a temperatura da superfície das coberturas do solo foi constatado que houve diferenças significativas entre as temperaturas em apenas 9 meses, com as temperaturas mais elevadas nas superfícies das coberturas com plástico e bioplástico e as menores na cobertura com palha de arroz. Os maiores valores medidos de temperatura do solo durante o ensaio, no solo sem cobertura e solo coberto com casca de arroz, plástico e bioplástico, foram 50,3; 43,3; 53,6 e 53,4 °C, respectivamente, os resultados concordam com os obtidos por Ribas et al. (2015), em estudos com solo desnudo e com coberturas de plástico e palha. Universidade de Taubaté 28 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 1. Variação da temperatura do solo e da superfície das coberturas dos canteiros e do solo sem cobertura e com cobertura de casca de arroz, plástico e bioplástico durante o período de setembro de 2014 a dezembro de 2015. Tratamentos Solo Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV(%) 31,8c1 43,3b 46,5a 40,8a 5,41 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 32,8b 39,3b 53,6a 53,4a 6,56 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 26,3b 29,0b 36,2a 37,4a 4,50 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 34,9c 42,9b 47,2ab 51,4a 8,17 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 50,3b 42,3b 47,9b 50,4a 4,30 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 34,0a 31,6b 35,2a 33,3ab 5,54 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 26,7b 26,3b 31,4a 31,5a 2,45 1 Cobertura Setembro/2014 Temperatura oC 52,6a 50,7a 48,0b 3,43 Outubro/2014 Temperatura o C 51,1b 60,7a 62,1a 5,65 Novembro/2014 Temperatura o C 32,2b 38,7a 38,8a 6,42 Dezembro/2014 Temperatura oC 51,3a 55,4a 62,6a 10,49 Janeiro/2015 Temperatura oC 52,9b 67,9a 63,0a 6,76 Fevereiro/2015 Temperatura oC 37,9b 49,4a 50,3a 10,59 Março/2015 Temperatura o C 32,2b 35,9a 35,3a 3,48 Diferença 9,3 4,2 7,2 - 11,8 7,1 8,7 11,2 3,2 2,5 1,4 - 12,5 8,2 11,2 - 10,6 20,0 12,6 - 6,3 14,2 17,0 - 5,9 4,5 3,8 - Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo Tukey a 5%. Universidade de Taubaté 29 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Continuação da Tabela 1...... Tratamentos Solo Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 28,1a 27,5a 29,6a 29,1a 5,63 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 27,8b 26,3b 28,9a 28,8ab 4,26 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 22,8a 21,9a 23,2a 22,8a 5,12 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 33,5a 24,8b 31,8a 32,4a 3,48 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 29,0a 25,4b 28,7a 28,2a 6,07 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 36,4a 35,3a 36,8a 36,6a 4,10 Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 32,6a 31,0a 35,4a 34,5a 6,32 1 Cobertura Abril/2015 Temperatura oC 36,8a 35,9a 35,8a 8,40 Maio/2015 Temperatura o C 34,1b 41,6a 40,1a 8,40 Junho/2015 Temperatura o C 29,1a 32,1a 29,8a 4,10 Agosto/2015 Temperatura oC 39,3a 39,4a 41,7a 5,83 Setembro/2015 Temperatura oC 40,2a 42,6a 43,3a 8,65 Outubro/2015 Temperatura o C 51,9a 47,6b 48,6ab 3,69 Novembro/2015 Temperatura o C 40,7a 40,8a 40,1a 7,31 Diferença 9,3 6,3 6,7 - 9,3 12,7 11,3 - 7,8 8,9 7,0 - 14,5 7,6 9,3 - 14,8 13,9 15,7 - 19,6 10,8 12,0 - 9,7 5,4 5,6 - Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo Tukey a 5%. Universidade de Taubaté 30 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Continuação da Tabela 1...... Tratamentos Solo Sem cobertura Cobertura com casca de arroz Cobertura com plástico Cobertura com bioplástico CV (%) 1 25,8ab 22,4b 29,6a 28,2a 9,81 Cobertura Dezembro/2015 Temperatura o C 40,3b 53,1a 51,4a 8,68 Diferença 17,9 23,5 23,2 - Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo Tukey a 5%. Nas superfícies das coberturas a temperatura mais elevada foi evidenciada com o plástico (67,9oC) no mês de janeiro de 2015 e a menor na casca de arroz (29,1oC) em junho de 2015. A Tabela 2 apresenta a média, desvio padrão e amplitude da temperatura determinada no solo e na superfície das coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico, observa-se que as temperaturas mais elevadas foram obtidas no solo com coberturas de plástico e bioplástico e a menor foi verificado na cobertura com casca de arroz que inclusive foi inferior ao valor determinado no solo sem cobertura. Comparando a temperatura do solo coberto com plástico, bioplástico e casca de arroz com a temperatura do solo sem cobertura, nota-se que no solo com plástico a diferença foi de 4,0oC e com o bioplástico foi de 3,8oC, acima do valor verificado no solo sem cobertura, por outro lado, o solo com a casca de arroz ficou 0,8oC a abaixo da temperatura do solo sem cobertura. Tabela 2. Médias e desvio padrão dos valores das temperaturas determinadas no solo e na superfície das coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico, entre setembro de 2014 e dezembro de 2105. Tratamentos Sem cobertura Solo Cobertura Amplitude -------------------------Temperatura (oC) -------------------------32,1 ± 6,9 - Cobertura com casca de arroz 31,3 ± 7,3 41,5 ± 8,0 10,2 Cobertura com plástico 36,1 ± 8,5 46,1 ± 9,7 10,0 Cobertura com bioplástico 35,9 ± 9,3 46,0 ± 10,0 10,1 Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 31 Quanto a média da temperatura verificada na superfície das coberturas, nota-se na Tabela 2 que as temperaturas mais elevadas foram observadas nas coberturas com plástico (46,1oC) e bioplástico (46,0oC) e a menor na casca de arroz (45,1oC). Em relação a amplitude térmica entre o solo sem e com cobertura, constata-se que as três coberturas reduziram em cerca de 10oC a diferença de temperatura entre a superfície da cobertura e o solo. A cobertura com casca de arroz reduziu a temperatura média do solo em 4,8oC e 4,6oC quando comparada com os valores de temperaturas determinadas no solo com plástico e bioplástico, respectivamente. As temperaturas mais elevadas constatadas no solo e na superfície das cobertura com plástico e bioplástico em relação a cobertura com casca de arroz, é atribuída a cor preta do plástico e bioplástico, pois a cor preta favorece a absorção de grande parte da energia irradiada pelo sol e promove a reirradiação desta para o solo (Valenzuela e Guitierrez, 1995). Por outro lado a coloração clara da casca de arroz reflete uma parte da radiação solar para a atmosfera e a outra é transmitida para o solo e nestas condições o solo fica menos aquecido e com temperatura inferior ao do solo com cobertura de plástico e bioplástico. De acordo com Costa et al (1997), isto ocorre porque a cobertura com material vegetal proporciona um maior efeito isolante na superfície do solo e maior perda de energia por irradiação quando comparado com filmes plásticos, além de contribuir para o resfriamento uma vez que permite a transferência de calor latente para o ambiente. Resultados semelhantes também foram encontrados por Andrade Júnior et al (2005) os quais observaram que a temperatura média do solo coberto com casca de arroz foi igual a do solo sem cobertura e menor ao do solo com plástico preto. Monteiro Neto, et al (2014) testando diferentes tipos de coberturas de solo constataram que a utilização de casca de arroz sobre o solo diminuiu a temperatura média em 1,2ºC, quando comparada com a cobertura com plástico preto que propiciou a maior temperatura. A diferença entre as médias das temperaturas (Tabela 2) observadas no solo com cobertura de plástico e bioplástico foi de 0,2oC mais elevada para o plástico, este mesmo valor foi também constatado por Caravalho et al (2012) ao estudarem o desempenho das coberturas com bioplástico e plástico na cultura do morangueiro. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 32 A variação no teor de umidade do solo determinada em amostras coletadas a 5 cm de profundidade do solo nos canteiros sem e com coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico entre os meses de setembro de 2014 a dezembro de 2015 esta apresentada na Tabela 3. Observa-se que os valores de umidade apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos sem e com coberturas, sendo os teores de umidade mais elevados nos solos com cobertura de bioplástico (25,7%), plástico (23,8%) e casca de arroz (22,7%), indicando que estas coberturas foram mais eficiente na retenção de água no solo do que o solo sem cobertura (19,8%) onde foram observadas perdas mais acentuadas de umidade no solo. Os valores de umidade do solo observados nos canteiros com coberturas foram mais elevados, porque as películas de polímeros de amido do bioplástico e de polietileno do plástico apresentam baixa permeabilidade, evitando desta forma a evaporação da água e mantendo a umidade mais elevadas nos intervalos entre as irrigações. E na casca de arroz a água fica retida nos poros entre as cascas, liberando-a gradativamente ao solo e deixando-o mais úmido na camada superficial (Samapaio, et al. 1999, Oliveira e Souza, 2003; Ramakrishna et al., 2006). Analisando ainda a Tabela 3 com a Figura 7 percebe-se que os menores valores de umidade do solo em todos os tratamentos ocorreram entre maio e junho, justamente os meses que apresentaram os menores índices pluviométricos. Na Tabela 4 estão apresentados a média, o desvio padrão e a diferença nos valores de umidade determinadas nas amostras de solo sem e com coberturas, nota-se que as coberturas do solo com plástico e bioplástico apresentaram os maiores teores de água no solo, seguida depois pela casca de arroz e o menor teor foi observado no solo sem cobertura. Os valores dos teores de água no solo das coberturas com plástico e bioplástico foram superiores em 7,6 e 7,8% respectivamente, quando comparados com o teor de água do solo sem cobertura. Em termos relativos os teores de água no solo com plástico e bioplásticos foram superiores em 55 e 57% do valor de umidade determinado no solo sem cobertura. Já em relação a cobertura com casca de arroz a umidade dos solos cobertos com plástico e bioplástico ficaram 43,4 e 44,6% acima do teor de umidade verificado no solo com casca de arroz. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 3. Teor de umidade do solo em amostras coletadas na camada de 5 cm de profundidade dos canteiros sem cobertura, com cobertura com casca de arroz, cobertura com plástico e cobertura com bioplástico durante o período de setembro de 2014 a dezembro de 2015. Tratamentos _________2014__________ S O N D Períodos (ano/meses) ______________________________2015__________________________________ J F M A M J A S O N D --------------------------------------------------------Umidade do Solo (%) --------------------------------------------------------Sem cobertura 10,2c1 10,3c 10,9b 13,5c 15,9c 16,8b 19,8a 17,2b Cobertura com casca de arroz 13,1b 12,7b 14,1b 17,6b 19,1b 17,3b 19,9a 21,3a 14,5a 13,4b 18,9a Cobertura com plástico 22,6a 23,7a 22,5a 23,2a 22,8a 21,5a 23,8a 15,5a 16,3a 22,4a 9,1b 9,7c 11,2b 17,1b 13,6b 13,7b 20,9a 17,6b 22,7a 16,5b 20,1ab 19,7a 19,3ab 22,6a 24,1a 21,5a Cobertura com bioplástico 22,5a 22,7a 23,5a 23,8a 21,6ab 25,7a 20,1a 24,9a 14,3a 14,9ab 20,7a 20,6a 23,3a 23,8a 22,8a ______________________________________________________________________________________________________________________________ CV (%) 1 3,60 4,40 4,50 10,75 7,9 8,06 11,03 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey 9,10 9,30 7,97 21,8 6,28 7,32 11,57 10,07 Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 4. Médias e desvio padrão dos valores da umidade determinadas no solo dos canteiros sem e com coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico, entre setembro de 2014 e dezembro de 2105. Tratamentos Solo Diferença ---------------------------- Umidade (%) ------------------- Sem cobertura 13,7 ± 3,2 - Cobertura com casca de arroz 17,5 ± 3,3 3,8 Cobertura com plástico 21,3 ± 2,7 7,6 Cobertura com bioplástico 21,5 ± 3,2 7,8 4.3. Caracterização química do solo 4.3.1. Formas nitrogenadas no solo Os resultados das quantidades de NH4+ determinadas em amostras de solo coletadas a 5cm de profundidade nos canteiros sem e com coberturas apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos (Tabela 5). Dê uma maneira geral os valores mais elevados de NH4+ foram determinados nos solos revestidos com plástico e bioplástico e os menores no solo sem cobertura e com casca de arroz. Os teores de NH4+ ao longo do tempo nos canteiros com plástico variaram entre 9,2 e 27,2 mg.kg-1 de solo, com bioplástico entre 9,1 e 24,5 mg.kg-1 de solo, com casca de arroz entre 6,8 e 15,8 mg.kg-1 de solo e no solo sem cobertura entre 6,3 e 20 mg.kg-1 de solo. Os teores de NO2- + NO3- determinados nas amostras de solo coletadas a 5cm de profundidade nos canteiros sem e com coberturas entre setembro de 2014 e dezembro de 2015 estão apresentados na Tabela 6. Verifica-se que os teores de NO2- + NO3variaram significativamente com as coberturas de plástico e bioplástico, quando comparados com os teores determiandos no solo sem e com cobertura de casca de arroz. Os valores de NO2- + NO3- no solo com plástico oscilaram de 3,8 e 16,4 mg.kg-1 de solo, com bioplástico a variação foi de 3,1 e 19,0 mg.kg-1 de solo, com a casca de arroz foi de 1,2 e 7,4 mg.kg-1 de solo e no solo sem cobertura foi de 2,5 e 9,8 mg.kg-1 de solo. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 5. Nitrogênio mineral amônio (NH4+) do solo em amostras coletadas na camada de 5cm de profundidade dos canteiros sem e com cobertura de casca de arroz, plástico e bioplástico durante o período de setembro de 2014 a dezembro de 2015. Tratamentos __________2014__________ S O N D Períodos (ano/meses) ________________________________2015________________________________ J F M A M J A S O N D ----------------------------------------------------------NH4+ (mg.kg-1) ---------------------------------------------------------------Sem cobertura 14,4a1 10,6a 9,3a 20,0ab 19,8ab 18,8ab 12,2b 14,2b 11,1b 15,5b 17,9b 12,1b 13,2b 12,6b 12,9b 10,4c 10,7b 11,1b 10,6c 10,6c 21,3a 22,5a Cobertura com casca de arroz 6,8b 8,5b 7,2b 15,8b 14,7b 13,2b 10,1b 13,1b 9,6b Cobertura com plástico 15,3a 10,6a 9,2a 27,2a 26,1a 24,9a 22,6a 23,2a 21,8a 21,7a 21,6a 6,3b 21,7a 21,4a Cobertura com bioplástico 16,1a 10,4a 9,1a 21,7a 22,8a 22,2a 24,5a 24,4a 24,3a 22,7a 23,7a 23,8a 23,1a 21,5a 22,6a ______________________________________________________________________________________________________________________________ CV (%) 1 10,30 13,30 9,30 23,71 23,31 22,88 11,12 15,50 12,20 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey 9,65 10,58 9,03 16,80 6,63 5,28 Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 6. Nitrogênio mineral nitrito (NO2-) + nitrato (NO3-) do solo em amostras coletadas na camada de 5cm de profundidade dos canteiros sem e com cobertura de casca de arroz, plástico e bioplástico durante o período de setembro de 2014 a dezembro de 2015. Tratamentos __________2014__________ S O N D Períodos (ano/meses) _______________________________2015________________________________ J F M A M J A S O N D --------------------------------------------------- NO2- + NO3- (mg.kg-1) ------------------------------------------------------------Sem cobertura 2,9ab1 2,5ab 9,3a 8,4ab 7,8ab 7,2ab 6,4b 8,5b 7,4b 9,6b 6,9c 8,3c 9,8bc 8,3b 8,8b 6,3b 4,3b 7,4b 5,2c 6,3d 5,3c 6,2b 6,5b 13,7a 13,8b 13,7b 16,4ab 13,8a 12,2a Cobertura com casca de arroz 1,6b 1,2b 7,1b 5,7b 4,4ab 4,9b 6,1b Cobertura com plástico 3,8a 2,7a 9,2a 10,5a 9,5a 9,7a 13,1a 14,5a 15,2a Cobertura com bioplástico 4,4a 3,1a 9,1a 11,9a 11,7a 11,3a 16,1a 13,8a 19,0a 14,4a 18,7a 16,7a 19,0a 14,9a 12,4a ______________________________________________________________________________________________________________________________ CV (%) 1 32,80 29,30 19,20 33,73 35,89 31,75 24,28 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey 9,58 19,03 15,19 12,55 8,21 31,35 26,22 15,68 Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Na Tabela 7 estão apresentados a média de NH4+ e NO2- + NO3- determinada no período de setembro de 2014 a dezembro de 2015, verifica-se que os menores teores de nitrogênio mineral foi quantificado no solo do canteiro com cobertura de casca de arroz e os teores mais elevados foram no solo coberto com plástico e bioplástico. Esses resultados sugerem que as frações minerais de NH4+ e NO2- + NO3- foram imobilizadas pelos microrganismos do solo em função da elevada relação C/N da casca de arroz, por outro lado, os elevados teores destas frações no solo com plástico e bioplástico deve-se ao fato de que estas coberturas reduzem a volatilização da amônia e a lixiviação de nitrito e nitrato, fazendo com que estes compostos nitrogenados se concentrem mais no solo. E também as elevadas temperaturas e umidade do solo proporcionadas por estas coberturas favorece a atividade microbiana na mineralização do nitrogênio orgânico do solo e na nitrificação dos adubos nitrogenados(Sampaio et al. 1999; Queiroga, et al. 2002). Tabela 7. Médias e desvio padrão dos teores de NH4+ e NO2- + NO3- determinados no solo dos canteiros sem e com coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico, entre setembro de 2014 e dezembro de 2105. Tratamentos NH4+ NO2- + NO3------------------------- (mg.kg-1 de solo) ------------------Sem cobertura 13,8 ± 3,8 7,4 ± 2,1 Cobertura com casca de arroz 11,0 ± 2,5 5,2 ± 1,8 Cobertura com plástico 20,7 ± 5,1 11,4 ± 3,9 Cobertura com bioplástico 20,8 ± 4,9 13,1 ± 4,8 4.3.2. Condutividade elétrica do solo Os valores da condutividade elétrica do solo em amostras coletadas nos canteiros sem e com cobertura entre setembro de 2014 a dezembro de 2015, foram de uma maneira geral alterados pelo tipo de cobertura utilizado no solo (Tabela 8). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 8. Condutividade elétrica do solo em amostras coletadas na camada de 5cm de profundidade dos canteiros sem cobertura e com cobertura de casca de arroz, plástico e bioplástico durante o período de setembro de 2014 a dezembro de 2015. Tratamentos _____________2014_____________ S O N D Períodos (ano/meses) ___________________________________________2015_________________________________________ J F M A M J A S O N D ------------------------------------------------------------------------ Condutividade elétrica (µS.cm-1) -----------------------------------------------------------------Sem cobertura 195,2a1 210,8a 206,4b 227,4b 224,8b 250,4b 130,0b 129,1b 284,4b 180,8c 206,2b 199,4b 181,9c 154,8b 154,4b Cobertura com casca de arroz 196,2a 201,4a 200,8b 244,0b 256,2b 249,2b 138,1b 132,2b 134,8c 198,8c 205,6b 195,4b 174,1c 165,4b 147,4b Cobertura com plástico 214,0a 221,4a 241,0a 368,6a 431,4a 428,6a 241,8a 274,4a 356,4a 290,6a 323,5a 308,6a 275,2a 282,4a 262,1a Cobertura com bioplástico 200,6a 204,0a 209,2b 285,4b 286,2b 378,2a 234,2a 244,8a 331,6a 269,8b 301,8a 283,3a 238,8a 259,1a 246,7a _____________________________________________________________________________________________________________________________ _______________________ CV (%) 1 5,04 6,86 5,22 11,13 19,80 19,82 4,72 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey 9,96 7,98 4,38 6,22 6,69 7,35 6,08 4,43 Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Percebe-se que os valores da condutividade elétrica foram influenciados pela cobertura com plástico somente aos 60 dias (novembro de 2014) após o início do experimento a campo, neste período a condutividade elétrica variou entre 200,8 µS.cm-1 para com casca de arroz, 206,4 µS.cm-1 para o solo sem cobertura, 209,2 µS.cm-1 para o solo com bioplástico e 241,0 µS.cm-1 para o solo com plástico. Analisando-se os períodos, verifica-se que os valores de condutividade elétrica no solo foram mais elevados com a cobertura plástica, seguida depois pela cobertura com bioplástico, sem cobertura e casca de arroz. Também é possível observar que a condutividade elétrica do solo com casca de arroz se mantêm com valores similares ao do solo sem cobertura durante a realização do experimento. Os valores médios da condutividade elétrica do determinadas no solo sem cobertura e com cobertura de casca de arroz, plástico e bioplástico estão apresentados na Tabela 9. Observa-se que com cobertura de plástico a condutividade elétrica aumentou em 55,5% e a de bioplástico em 35,3%, quando comparadas com o valor da condutividade elétrica do solo sem cobertura.Os valores da condutividade elétrica do solo em todos os tratamentos, provavelmente foram influenciados pelos nutrientes Ca+2, K+ e Mg+2 que apresentaram teores considerados como alto para solo (Valarini et al., 2007). Já o acúmulo desses nutrientes foram mais expressivos no solo dos canteiros revestidos com as coberturas de plástico e bioplástico, pois nesta condição a temperatura da superfície do solo fica mais elevada fazendo com que a água transporte por capilaridade os nutrientes das camadas mais profundas para a superfície do solo (Silva et al., 1997, Paiva, et al., 2004). Tabela 9. Médias e desvio padrão dos valores da condutividade elétrica determinadas no solo dos canteiros sem e com coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico, entre setembro de 2014 e dezembro de 2105. Tratamentos Solo Diferença ----------- Condutividade elétrica (µS.cm-1) ------------- Sem cobertura 195,7 ± 42,8 - Cobertura com casca de arroz 189,3 ± 40,7 -6,4 Cobertura com plástico 304,3 ± 68,5 108,6 Cobertura com bioplástico 264,9 ± 48,7 69,2 Universidade de Taubaté 40 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 4.3.3. Fertilidade do solo Os resultados da composição química do solo estão apresentados na Tabela 10, verifica-se que não houve diferença significativa entre os atributos químicos com os tratamentos sem e com os diferentes tipos de cobertura utilizados no solo. Tabela 10. Composição química do solo coletado a 20 cm profundidade nos canteiros sem cobertura e com Cobertura com casca de arroz, plástico e bioplástico em novembro de 2014. Tratamentos Agosto / 2014 pH MO -3 SC (CaCl2) 6,2a1 (g dm ) 21,4a CA 6,3a 22,8a CP 6,2a 23,4a P K Ca -3 (mg dm ) 24b Mg SB H+Al CTC V -3 1,9a 35,8a (mmolc dm ) 16,6a 54,7a 14,6a 68,7a % 78,8a 24,8b 2,1a 38,0a 17,6a 57,7a 14,6a 72,3a 79,6a 36,6a 1,9a 41,8a 19,2a 63,0a 13,8a 76,7a 81,8a CB 6,3a 22a 36,6a 2,0a 51,6a 22,2a 75,6a 13,8a 89,5a 83,2a _____________________________________________________________________________________________________ 1,39 11,52 20,09 23,81 26,31 16,85 23,25 9,16 18,52 4,51 CV (%) Novembro / 2014 Tratamentos pH MO -3 SC (CaCl2) 6,0a (g dm ) 26,2a CA 6,1a 26,8a CP 6,0a 24,4a P K Ca -3 (mg dm ) 29,4a Mg SB H+Al CTC V -3 2,46a 38,2a (mmolc dm ) 17,4a 58,0a 16,80a 74,8a % 77,2a 29,6a 2,6a 38,2a 18,4a 59,2a 15,2a 74,4a 79,2a 23,6a 2,3a 32,0a 16,4a 50,6a 16,8a 67,4a 75,2a CB 6,0a 25,4a 25,8a 2,0a 40,0a 19,4a 61,4a 16,6a 78,0a 78,2 _____________________________________________________________________________________________________ CV (%) 2,15 15,07 44,27 28,28 19,44 18,14 7,76 18,26 13,22 5,26 Fevereiro / 2015 Tratamentos pH MO -3 SC (CaCl2) 5,9a (g dm ) 23,0a CA 6,1a 23,2a CP 6,0a 23,4a P K Ca -3 (mg dm ) 60,6a Mg SB H+Al CTC V -3 2,84a 36,2a (mmolc dm ) 13,4a 52,42a 18,4a 70,8a (%) 73,8a 59,6a 2,52a 36,6a 14,2a 53,32a 17,6a 70,9a 75a 63,4a 2,44a 37,6a 12,6a 52,64a 18,2a 70,8a 74,4a CB 6,0ab 22,8a 62,6a 2,3a 36,2a 12,2a 51,47a 50,7a 68,1a 74,4a _____________________________________________________________________________________________________ CV (%) 1,10 9,84 16,85 16,32 5,66 17,79 4,30 4,08 3,07 1,75 Dezembro / 2015 Tratamentos pH MO P (g dm-3) 19,2a (mg dm-3) 54,4a SC (CaCl2) 5,8a CA 5,7a 20,2a CP 5,9a 22,0a K Ca Mg SB H+Al CTC V 18,0a 63,2a (%) 71,4a 3,02ab 31,8a (mmolc dm-3) 10,4a 45,20a 58,6a 3,70a 31,6a 10,8a 46,1a 19,2a 65,3c 70,6a 71,4a 2,70a 35,6a 11,4a 49,8a 18,0a 67,7a 73,2a CB 5,7a 21,2a 66,8a 2,80b 35,0a 11,0a 48,8a 20,2a 69,1a 70,6a ______________________________________________________________________________________________________ CV (%) 3,47 9,23 46,55 14,01 12,54 9,87 12,28 10,40 8,45 4,22 SC = sem cobertura; CA = Cobertura com casca de arroz; CP = Cobertura com polietileno e CB = Cobertura com bioplástico 1 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 41 4.4. Intensidade e severidade das doenças, pragas e plantas invasoras 4.4.1. Identificação das doenças A Figura 8 apresenta o número de plantas de alface com sintomas de doenças, percebe-se que o número de plantas doentes foi predominante no canteiro com cobertura de casca de arroz e o menor número foi verificado no cultivo de alface sem cobertura. Já no cultivo com cobertura de plástico e bioplástico a quantidade de plantas doentes não apresentaram diferenças significativas entre a cobertura com casca de arroz e sem cobertura. Nas plantas doentes o sintoma predominante foi de Septoriose (Septoria lactucae pass) e a ocorrência foi mais acentuada nos canteiros revestidos com cobertura de casca de arroz, plástico e bioplástico e em menor foi constatado no canteiro sem cobertura. Este comportamento pode estar relacionado ao fato de que nos canteiros com cobertura a umidade e a temperatura foram mais elevadas e estas condições ambientais favorecem o desenvolvimento do fitopatogêno. Também foi constatado a ocorrência de folhas de alface com sintomas de Vira-cabeça (Topovirus) em um menor número de plantas em todos os tratamentos. O número de plantas doentes na cultura do tomate cultivado em canteiros sem cobertura e com cobertura está apresentado na Figura 8, observa-se que não houve diferença significativa entre os cultivos sem e com coberturas no solo. Das culturas utilizadas no experimento o tomate foi a que apresentou o maior número de plantas doentes por tratamento, constatou-se que o número de plantas doentes no solo sem cobertura foi de 11,4 e no solo com coberturas foi de 10,6 para a casca de arroz, 10,2 com o plástico e 10,8 com bioplástico. Nos isolados realizados nas plantas com sintomas de doenças durante o cultivo do tomate, foi observado o predomínio das doenças bacterianas como a Manchabacteriana (Xanthomonas campestris pv. vesicatoria) e a Murcha-bacteriana (Pseudomonas solanacearum). Na cultura do melão foi verificado que o número de plantas doentes foi mais elevado no canteiro com cobertura de plástico e o menor no cultivo sem cobertura e Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 42 com cobertura de casca de arroz e no canteiro com bioplástico um valor intermediário entre o verificado na cobertura com plástico casca de arroz (Figura 9). Os números de fitopagenos isolados das folhas de plantas doentes de melão que mais predominaram foram o Glomerellacingulata sp. agente causal da doença Antacnose e o Podosphaerascanthii sp. agente causal da doença Oídio. Na cultura da abobrinha o número mais elevado de plantas doentes com sintomas foliares foi determinados nos canteiros sem cobertura e o menor valor no cultivo com bioplástico (Figura 9). Nos isolados realizados nos sintomas das folhas doentes foram identificados a predominância de Pseudoperonospora sp. agente causal do míldio e de Oídium sp agente casual do oídio. Nas culturas do pimentão e melancia não houve diferenças significativas no número de plantas doentes entre os tratamentos (Figura 10). Nota-se apenas que o número de plantas doentes foram mais elevados no tratamento sem cobertura. Nos isolados foliares de pimentão foi observado uma predominância de Ralstonia solanacearum agente causal da Murcha bacteriana e na melancia o fitopatogeno predominante foi o Oidium sp causador da doença Oídio. A presença de fitopatogenos nas culturas do alface, melão, abobrinha, pimentão e melancia não apresentaram riscos de danos econômicos durante o desenvolvimento das culturas, apenas no cultivo do tomate o controle dos fitopatogeno não foi eficiente e a infestação comprometeu o desenvolvimento das plantas e a produção do frutos. O controle das doenças foi realizado de forma preventiva com a aplicação mensal e quinzenal de fungicidas a base de oxicloreto de cobre e sulfato de cobre e também o controle manual com a eliminação de partes das plantas que apresentavam os sintomas das doenças. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 43 Figura 8. Números de plantas doentes de alface (A) e tomate (B) cultivadas no solo sem cobertura (SC) e com cobertura com casca de arroz (CA), cobertura com plástico (CP) e cobertura com bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 44 Figura 9. Números de plantas doentes de melão (C) e abobrinha (D) cultivadas no solo sem cobertura (SC) e com cobertura com casca de arroz (CA), cobertura com plástico (CP) e cobertura com bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 45 Figura 10. Números de plantas doentes de pimentão (E) e melancia (F) cultivadas no solo sem cobertura (SC) e com cobertura com casca de arroz (CA), cobertura com plástico (CP) e cobertura com bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté 46 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 4.4.2. Identificação das pragas A presença de pragas durante o desenvolvimento das culturas foi de baixa intensidade em todos os tratamentos e o número de pragas não foi suficiente para ocasionar danos econômicos nas culturas. Na Tabela 11 estão apresentados as pragas predominantes que foram observados em cada culturas entre o plantio e a colheita. Tabela 11. Principais pragas observadas durante o desenvolvimento das culturas agrícolas cultivadas em canteiros sem e com cobertura de solo Culturas Pragas Alface Lagarta minadora (Liriomyza huidobensis) Tomate Tripés (Frankliniella sp) e Burrinho (Epicauta atomaria) Melão Brocas-das-cucurbitáceas (Diapharia nitidalis) Abobrinha Lagarta rosca (Agrotis ipsilon) e Vaquinha (Diabrotica speciosa) Pimentão Pulgão (Myzus persicae) Melancia Pulgão (Aphis gossypii) O controle das pragas foi realizado de forma preventiva com aplicação mensal e/ou quinzenal de inseticida a base de piretroides e calda de fumo e também de forma manual com a coleta dos insetos e eliminação da parte afetada contendo os insetos. 4.4.3. Identificação de plantas invasoras Os números de plantas invasoras determinados no solo sem cobertura e com coberturas, cultivados com alface, tomate, melão, abobrinha, pimentão e melancia, foram de uma maneira geral controlados significativamente pelo tipo de cobertura utilizado no cultivo das culturas (Figuras 11A, 12A, 13A, 14A, 15A e 16A). Percebe-se que o controle das plantas invasoras foi eficiente no solo com coberturas de plástico e bioplástico, quando comparados com o solo sem cobertura e com casca de arroz. Comparando-se os números de plantas invasoras determinados no solo sem cobertura e coberturas de plástico e bioplástico durante os ciclos das culturas, nota-se Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 47 que o plástico e bioplástico reduziram a infestação das plantas invasoras em 86% no alface, 66,6% no tomate, 77% no melão, 86,3% na abobrinha, 75,4% no pimentão e 83,7% na melancia. Ao analisar a eficiência do controle da cobertura do solo com plástico e bioplástico com a cobertura com a casca de arroz, verifica-se que o plástico e bioplástico reduziram a infestação das plantas invasoras em cerca de 75% no alface, 51,5% no tomate, 57,4% no melão, 80,1% na abobrinha, 63,6% no pimentão e 66,6% na melancia. As plantas invasoras foram separadas em monocotiledôneas e dicotiledôneas e foi constatado um predomínio das monocotiledôneas em relação as dicotiledôneas em todos os tratamentos (Figuras 11BC, 12BC, 13BC, 14BC, 15BC e 16BC). Pode-se verificar que as coberturas de plástico e bioplástico controlaram em 100% a infestação de dicotiledôneas em todos os cultivos e também foram os mais eficientes no controle das monocotiledôneas quando comparados com o solo sem cobertura e com cobertura de casca de arroz. As espécie de dicotiledôneas foram suprimidas pelas coberturas de plástico e bioplástico e elas somente foram detectadas nas aberturas existentes nas coberturas para plantar as mudas. As espécies predominantes entre as monocotiledôneas foram o capim pé-de-galinha (Eleusine indica L) e a tiririca (Cyperus rotindus L), porém nas coberturas com plástico e bioplástico quem prevaleceu foi a tiririca (Cyperus rotindus L) que devido a morfologia e posição das folhas conseguiram perfurar a cobertura de plástico e bioplástico. Analisando as Figuras 11B, 12B, 13B, 14B, 15B e 16B observa-se que em relação ao solo sem cobertura o plástico e bioplástico reduziram a infestação das monocotiledôneas em 76,5% no alface, 46,6% no tomate, 60% no melão, 78,9% na abobrinha, 63,8% no pimentão, 77,4% melancia. E quando comparado com a cobertura de casca de arroz o controle foi de 60% no alface, 32,6% no tomate, 44,4% no melão, 70,7 na abobrinha, 40,7% no pimentão e 53,3% na melancia. Durante o desenvolvimento das culturas foi constatado que a tiririca (Cyperus rotindus L) e o capim pé-de-galinha (Eleusine indica L) foram as espécies predominantes entre as monocotiledôneas e entre as dicotiledôneas as espécies que Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 48 prevaleceram foram o caruru (Amaranthus hybridis L), beldoegra (Portulaca olereacea L) e capim carrapicho (Cenchurs echinatus L). De uma maneira geral ficou constatado que as coberturas dos canteiros com plástisco e bioplástico foram eficientes no controle das plantas invasoras, isto ficou evidente porque estes filmes impedem a incidência da radiação solar que é necessária para a germinação das sementes e desenvolvimentos das plântulas de plantas invasoras (McGraw e Mostes, 2007; Minuto et al., 2008). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 49 Figura 11. Números de plantas invasoras (A), monocotiledôneas (B) e dicotiledôneas nos canteiros de alface cultivada no solo sem cobertura (SC) e com coberturas de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplástico (CB). (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 50 Figura 12. Números de plantas invasoras (A), monocotiledôneas (B) e dicotiledôneas (C) nos canteiros de tomate cultivada no solo sem cobertura (SC) e com cobertura de casca de arroz (CM), plástico (CP) e bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 51 Figura 13. Números de plantas invasoras (A), monocotiledôneas (B) e dicotiledôneas (C) nos canteiros de melão cultivada no solo sem cobertura (SC) e com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 52 Figura 14. Números de plantas invasoras (A), monocotiledôneas (B) e dicotiledôneas (C) nos canteiros de abobrinha cultivada no solo sem cobertura (SC) e com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 53 Figura 15. Números de plantas invasoras (A), monocotiledôneas (B) e dicotiledôneas (C) nos canteiros de pimentão cultivada no solo sem cobertura (SC) e com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey) . Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 54 Figura 16. Números de plantas invasoras (A), monocotiledôneas (B) e dicotiledôneas (C) nos canteiros de melancia cultivada no solo sem cobertura (SC) e com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplástico (CB) (Médias seguidas da mesma letra nas colunas não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 55 4.5. Produção das culturas 4.5.1. Alface A Figura 17 apresenta os resultados da produção de alface cultivada nos canteiros sem cobertura e com cobertura de casca de arroz, plástico e bioplástico, pelos resultados observa-se que houve diferença significativa do rendimento entre a cobertura com bioplástico e o solo sem cobertura. A produção de alface no cultivo com bioplástico foi 64,3 % superior a produção obtida no solo sem cobertura e quando comparada com as produções verificadas com as coberturas, constata-se que ela foi 14,8% mais elevada do que a casca de arroz e 29,3% acima da obtida com o plástico. Figura 17. Produção de matéria seca (g.planta-1) de alface cultivada sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). (Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey) 4.5.2. Tomate A produção do tomate não foi determinado porque a incidência e a severidade das doenças provocaram danos as plantas em todos os tratamentos. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 56 4.5.3. Melão O número de frutos determinado em plantas de melão colhido nos canteiros sem e com cobertura do solo, esta apresentado na Figura 18. Nos canteiros com cobertura com plástico e bioplástico, o número de frutos foi mais elevado quando comparado com os canteiros com cobertura de casca de arroz e sem cobertura. Nos canteiros com cobertura de plástico e bioplásstico foi observado, que o número de frutos foi cerca de 9,5% superior ao valor determinado nos canteiros com cobertura de casca de arroz e nos canteiros sem cobertura o incremento no número de frutos foi superior em 76,9%. Figura 18. Número total de fruto (fruto.planta-1) de melão cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). (Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). A avaliação do comprimento dos frutos de melão colhidos nos canteiros sem e com cobertura, esta apresentada na Figura 19. Observa-se que os frutos com comprimentos mais elevados foram colhidos nos canteiros com coberturas de plástico e bioplástico e os menores nos canteiros sem cobertura. O comprimento dos frutos obtidos nos cultivos com cobertura de plástico e bioplástico foi na média cerca de 23,3 cm e nos canteiros sem cobertura o comprimento foi de 18 cm. Estes resultados indicam que os frutos produzidos com cobertura de plástico e bioplástico apresentaram um Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 57 comprimento superior de 29,4% em relação aos frutos colhidos no solo sem cobertura. Já em relação aos frutos colhidos nos canteiros com casca de arroz a diferença no comprimento foi de 10,8%. Na Figura 20 estão apresentados a massa dos frutos por plantas de melão colhidos nos canteiros sem e com coberturas do solo, verifica-se que não houve diferenças significativas na massa dos frutos entre os tipos de coberturas utilizados no solo, mais a massa dos frutos obtidas com as coberturas variam significativamente em relação aos resultados verificados nos canteiros sem coberturas. Comparando os resultados da massa dos frutos dos canteiros sem e com coberturas, observa-se que a cobertura com bioplástico elevou a produção da massa em cerca de 89,4%, o plástico em 63,1% e a casca de arroz em 55,2%. Figura 19. Comprimento do fruto (cm) de melão cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). (Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 58 Figura 20. Massa do fruto (kg.planta-1) de melão cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). (Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey) 4.5.4. Abobrinha Para todos os componentes de produção (número total de fruto por planta, comprimento de fruto e massa do fruto), não se verificou efeito significativo entre os tipos de coberturas utilizadas no solo, porém houve diferença significativa das coberturas em relação ao solo sem cobertura. (Figuras 21, 22 e 23). O número de fruto de abobrinha colhidos nos canteiros sem e com coberturas oscilaram de 6,4 fruto.plantas-1 para o solo sem cobertura, para 11,2 fruto.planta-1 no solo com cobertura de bioplástico (Figura 21). Esses resultados demonstram que a cobertura com bioplástico promoveu um incremento no número de fruto superior em 75% ao verificado no solo sem cobertura. Já as coberturas com casca de arroz e plástico proporcionaram em média um aumento de 56,2% em relação ao número de fruto determinado no solo sem cobertura. O comprimento dos frutos cultivados nos canteiros sem e com coberturas do solo, foram de uma maneira geral influenciado mais pela cobertura do que pelo tipo de cobertura do solo (Figura 22). Nota-se que o menor comprimento do fruto foi determinado nos frutos colhidos nos canteiros sem cobertura e os maiores nos canteiros Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 59 com cobertura de solo. Na média os frutos colhidos nos canteiros com cobertura apresentaram um comprimento superior em 109,2% quando comparado com os frutos dos canteiros sem cobertura. Figura 21. Número total de fruto (fruto.planta-1) de abobrinha cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). (Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Figura 22. Comprimento do fruto (cm) de abobrinha cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). (Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 60 Quanto a variável massa do fruto foi constatado que os frutos colhidos nos canteiros com coberturas apresentaram os maiores valores de massa quando comparados com a massa dos frutos produzidos nos canteiros sem cobertura (Figura 23). A produção de massa verificada nos canteiros com plástico e bioplástico foi 76,9% e com casca de arroz foi 46,1% superior ao valor constado nos canteiros sem cobertura. Figura 23. Massa do fruto (kg.planta-1) de abobrinha cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey 4.5.5. Pimentão O número de fruto de pimentão colhido nos canteiros sem e com coberturas no solo mostra que houve diferença significativa no número de frutos por planta, dependendo das coberturas utilizada no solo (Figura 24). As coberturas de solo de uma maneira geral influenciaram positivamente o número de frutos por planta, quando comparado com o número de fruto do canteiro sem cobertura. Entre as coberturas o bioplástico foi o que proporcionou o maior número de frutos por planta, seguido depois pelo plástico e casca de arroz. O número de frutos com o bioplástico foi superior em 140% ao número obtido no cultivo sem cobertura, 29,7% ao número na casca de arroz e Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 61 6,0% ao número no plástico. Já com a cobertura de plástico o número de frutos superou em 126% o solo sem cobertura e em 41,3 % a casca de arroz, a casca de arroz foi superior em 84,7% ao numero determinado no solo sem cobertura. A superioridade das coberturas no número de frutos por planta em relação ao solo sem cobertura, demonstra a influência positiva das coberturas de propiciar condições favoráveis ao desenvolvimento da cultura. Figura 24. Número total de fruto (fruto.planta-1) de pimentão cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey O comprimento dos frutos de pimentão foi influenciado significativamente pelas coberturas quando comparado com o solo sem cobertura (Figura 25). A maior média foi observada no tratamento com bioplástico, embora não tenha diferido significativamente das coberturas com plástico e casca de arroz. Os valores do comprimento dos frutos oscilaram de 9,7cm no canteiro sem cobertura para 12,2cm para a cobertura com bioplástico, isto corresponde a aumento de 25,7% no comprimento dos frutos de pimentão. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 62 Figura 25. Comprimento do fruto (cm) de pimentão cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey A massa dos frutos foi afetado significativamente pelos tratamentos onde se verificou certa superioridade das coberturas de bioplástico, plástico e casca de arroz em relação ao solo sem cobertura (Figura 26). A produção de massa dos frutos nas coberturas com bioplástico e plástico foi 163,1% superior a massa determinada no solo sem cobertura e 47% na casca de arroz. Este resultado pode ser explicado pelo maior número de frutos por planta e maior massa dos frutos observados nas coberturas com bioplástico e plástico, pois alguns autores também observaram esta relação entre o número de frutos e o aumento na produção de pimentão (Queiroga et al. 2002), Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 63 Figura 26. Massa do fruto (kg.planta-1) de pimentão cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey 4.5.6. Melancia Para o número de frutos por plantas foi observado que não houve diferença significativa entre os tipos de coberturas, porém verificou-se que as coberturas variaram significativamente em relação ao solo sem cobertura (Figura 27). O número de frutos dos tratamentos com filmes de plástico e bioplástico e com casca de arroz foram superiores ao tratamento solo descoberto. Para os filmes plástico e bioplástico este aumento foi de 77,7% e para a casca de arroz foi de 55,5% em comparação com o canteiro sem cobertura de solo. Em relação a variável comprimento do fruto observou-se melhor resultado com os filmes plástico e bioplástico, os quais não diferiram significativamente (Figura 28). Esses tratamentos apresentam os maiores comprimento dos frutos enquanto o tratamento com casca de arroz e sem cobertura apresentaram resultados semelhantes para esta variável. Analisando os valores médios obtidos com a utilização dos filmes plástico e bioplástico em relação ao solo sem cobertura, verificou-se um aumento de 31,98% no comprimento dos frutos. Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 64 Figura 27. Número total de fruto (fruto.planta-1) de melancia cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey Figura 28. Comprimento do fruto (cm) de melancia cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). (Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 65 Para a massa média dos frutos verificou-se que as coberturas com filme de plástico e bioplástico sobressaíram-se em relação a cobertura com casca de arroz e ao solo descoberto, porém foram semelhantes entre si (Figura 29). Para os filmes de plástico e bioplástico o incremento na massa dos frutos foi 16,00% quando comparado com a casca de arroz e 20,23% em relação ao solo sem cobertura. Figura 29. Massa do fruto (kg.planta-1) de melancia cultivado sem cobertura (SC), com cobertura de casca de arroz (CA), plástico (CP) e bioplásticos (CB). Médias seguidas da mesma letra não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey Os tratamentos com coberturas de bioplástico, plástico e casca de arroz apresentaram valores de produção das culturas agrícolas superiores ao determinado no canteiro sem cobertura. Esses resultados sugerem que as cobertura aplicadas à superfície do solo, seja de origem vegetal ou com filmes de plásticos e bioplásticos favoreceram o desenvolvimento das culturas. Isso se deve aos benefícios do cultivo em solo coberto, pois neste cultivo há menos competição com ervas daninhas, e melhor aproveitamento da água quando comparado como solo nu, por não se verificar evaporação, mas somente transpiração da planta. Desta forma, as plantas do tratamento com cobertura de solo apresentaram melhores condições para o aproveitamento da água disponível que, ao ser reduzida gradualmente durante a secagem do solo, provavelmente reduz o estresse na planta, fazendo com que obtivesse melhor desenvolvimento, tanto no número, Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 66 comprimento e massa dos frutos, refletindo, diretamente no aumento de produtividade do meloeiro. (Queiroga et al., 2001; Rezende, et al., 2005; Monteiro Neto, et al., 2014). 4.6. liberação de CO2 do solo Os resultados da liberação de C-CO2 do solo das amostras coletadas nos canteiros sem cobertura e com coberturas de cascas de arroz, plástico e bioplástico determinados nos períodos de agosto, setembro e outubro de 2014 e fevereiro, março, abril, junho, julho e agosto de 2015 estão apresentados na Tabela 12. As emissões mensais médias de C-CO2 foram influenciadas significativamente pelos tipos de coberturas utilizados no solo, sendo os maiores valores observado no solo com cobertura de bioplástico e os menores no solo sem cobertura. A quantidade de C-CO2 liberado do solo com cobertura de bioplástico se mantêm estável e acima de 20 mg de C-CO2.g-1 de solo durante todos os períodos de monitoramento e nos demais tratamentos as quantidades liberadas ficaram abaixo deste valor. As médias das emissões do período total avaliado foram de 15,44 (± 1,7) no solo sem cobertura, 18,23 (± 1,3) na casca de arroz, 18,60 (± 1,3) no plástico e 21,5 (± 1,5) mg de C-CO2.g-1 de solo com bioplástico (Tabela 13). A diferença entre as emissões de C-CO2 do solo sem e com coberturas foi de 39,24% para o bioplástico, 20,46% para a casca de arroz e 18,06% para o plástico. Esses resultados sugerem que a tendência observada, poderá estar associada a biodegradação do bioplástico, pois neste período foram realizadas 3 incorporações de bioplástico no solo a primeira em agosto a segunda em novembro de 2014 e a terceira em março de 2015. A incorporação do bioplástico no solo pode ter disponibilizado moléculas de amido que por serem solúveis foram rapidamente degradas em glicose e assimiladas pelos microrganismos como fonte de energia e convertidas em emissões de C-CO2 (Bastioli et al. 1990, Kasirajan e Ngouajio, 2012). Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 12. Valores de C-CO2 liberados do solo sem e com incorporação de casca de arroz, plástico, bioplástico e glicose durante os meses de agosto, setembro e outubro de 2014 e fevereiro, março, abril, junho, julho e agosto de 2015. Tratamentos 2014 2015 Agosto Setembro Outubro Fevereiro Março Abril Junho Julho Agosto -1 ---------------------------------------------------------- (mg de C-CO2 g de solo ) ------------------------------------------------------------ Sem cobertura 16,68a1 11,82c 15,84b 15,4b 18,17b 14,30c 15,80b 15,41b 15,32b Cobertura com casca de arroz 17,95a 18,59b 17,52b 17,11b 18,54b 18,16b 20,30a 19,75a 16,10b Cobertura com plástico 17,84a 18,79b 17,95b 16,40b 18,33b 19,01ab 20,80a 20,32a 17,8ab Cobertura com bioplástico 18,05a 21,79a 22,01a 22,49a 21,67a 22,80a 22,50a 21,83a 20,27a 6,36 8,93 7,12 10,98 10,10 4,46 9,15 6,87 14,13 CV (%) 1 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 13. Médias e desvio padrão dos valores das emissões de C-CO2 determinadas no solo dos canteiros sem e com coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico no período entre agosto de 2014 e agosto de 2015 Tratamentos Solo Diferença --------------------- (mg C-CO2.g-1 de solo) --------------- Sem cobertura 15,44 ± 1,7 - Cobertura com casca de arroz 18,23 ± 1,3 2,79 Cobertura com plástico 18,60 ± 1,3 3,16 Cobertura com bioplástico 21,50 ± 1,5 6,06 Ao analisarmos a variação das emissões de C-CO2 do solo de todos os tratamentos com o teor de umidade e temperatura do solo e a variação pluviométrica do período, constata-se que não foi possível estabelecer uma relação destas variáveis com a liberação de C-CO2 determinada no solo. 4.7. Carbono microbiano do solo Na Tabela 14 estão apresentados os valores do carbono microbiano determinados nas amostras de solo coletadas nos canteiros sem e com coberturas, notase que o carbono microbiano foi influenciado significativamente pelos tipos de coberturas, sendo os maiores valores determinados nos canteiros com coberturas de casca de arroz e biolpástico e os menores no solo sem cobertura e com cobertura de plástico. As médias do conteúdo de carbono microbiano do período total avaliado foram de 24,95 (± 2,9) na casca de arroz, 21,11 (± 1,5) no bioplástico, 16,63 (± 2,1) no plástico e 11,99 (± 1,0) µgCmic.g-1 de solo no sem cobertura (Tabela 15). As coberturas de solo proporcionaram um aumento de 108,10, 76,06 e 38,70%, respectivamente, no conteúdo de carbono microbiano do solo quando comparado com o solo sem cobertura O maior conteúdo de carbono microbiano determinado no solo com cobertura de casca de arroz, podem estar relacionado a elevada relação C/N da casca de arroz que ao ser incorporada ao solo favoreceu o processo de assimilação de carbono pelos microrganismos do solo. Pois a sua decomposição no solo será gradual e com isso os Universidade de Taubaté 69 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 microrganismos utilizam parte do carbono como fonte de energia e nutriente, transformando-o em célula microbiana (Almeida et al., 2009). Tabela 14. Valores do carbono microbiano determinados no solo sem e com incorporação de casca de arroz, plástico, bioplástico e glicose durante os meses de outubro de 2014, abril, agosto e novembro de 2015. Tratamentos 2014 2015 Outubro Abril Agosto Novembro -1 ------------------- (µgC-mic.g solo) -------------Sem cobertura 12,18b 10,20b 13,39d 11,13d Cobertura com casca de arroz 21,56a 23,56a 27,97a 26,74a Cobertura com plástico 13,57b 17,10b 18,56c 17,29c Cobertura com bioplástico 19,60ab 20,10ab 22,12b 26,64b 15,03 16,78 11,20 10,14 CV (%) 1 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey Tabela 15. Médias e desvio padrão dos valores do conteúdo de carbono microbiano determinadas no solo dos canteiros sem e com coberturas com casca de arroz, plástico e bioplástico no período entre outubro de 2014 e novembro de 2015 Tratamentos Solo Diferença --------------------- (µgC-mic.g-1 de solo) --------------- Sem cobertura 11,99 ± 1,0 - Cobertura com casca de arroz 24,95 ± 2,9 12,96 Cobertura com plástico 16,63 ± 2,1 4,64 Cobertura com bioplástico 21,11 ± 1,5 9,12 Deve-se ressaltar que os resultados de NH+4, NO-2 + NO-3 e C-CO2 (Tabelas 5, 6 e 12) obtidos no solo com casca de arroz, evidenciam a imobilização das formas nitrogenadas para assimilar carbono e diminuir a mineralização de carbono na forma CCO2. Segundo Oliveira et al (1999) isto ocorre porque os resíduos com elevada relação Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 70 C/N apresentam elevados teores de hemicelulose, celulose e lignina e que após serem incorporados ao solo reduzem a taxa de conversão do carbono orgânico em C-CO2. Já no solo com bioplástico o conteúdo de carbono microbiano foi inferior ao solo com casca se arroz e superior ao solo sem cobertura e com cobertura plástica, neste caso, o amido existente no bioplástico foi utilizado como fonte de carbono e energia pelos microrganismos do solo. Pois o amido é um carboidrato solúvel que rapidamente é biodegradado pelos microrganismos do solo e uma parte do carbono é convertido em CCO2 e a outra é assimilada na produção de novas células (Kasiarajam e Ngouijo, 2012). Entre os tratamentos com coberturas o menor conteúdo de carbono microbiano no solo foi quantificado com a cobertura de plástico e isto pode ser atribuído ao fato de que a película protetora do polietileno colocada sobre o solo desfavorece as entradas de matéria orgânica fresca, diminuindo com isso a atividade da comunidade microbiana em assimilar carbono para a formação de novas células (Almeida et al. 2009). Além disso a cobertura plástica eleva a temperatura e a umidade do solo, influenciando diretamente as reações fisiológicas e características físico-químicas (volume, pressão, difusão e viscosidade) que afetam as células (Tortora et al. 2006). Provavelmente neste caso, essas reações favoreceram o desenvolvimento de microrganismos metabolicamente mais ativo na conversão do carbono orgânico em C-CO2 e menos eficiente no armazenamento na forma de carbono microbiano. O menor conteúdo de carbono microbiano constatado no solo sem cobertura foi devido principalmente à falta de entrada de matéria orgânica, pouca umidade e á variação da temperatura verificada no solo. A ausência de cobertura no solo, com a incidência direta da radiação solar, do vento, da chuva e da capina promoveu a formação de um ambiente com menor umidade e desfavorável ao equilíbrio dos microrganismos no solo. Os resultados obtidos com as coberturas de casca de arroz e bioplástico no conteúdo de carbono microbiano, indicam que as condições com coberturas orgânicas estimulam o desenvolvimento de comunidade de microrganismos com capacidade de aproveitar mais eficientemente o carbono para a produção de novas células e evitar as perdas de carbono na forma de CCO2. Já no solo sem cobertura e com cobertura plástica foi verificado o inverso, devido as condições inadequadas proporcionadas por estes tratamentos. Nesta situação a comunidade microbiana nativa (autóctones) com metabolismos estável foi substituída Universidade de Taubaté 71 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 por microrganismos (zimógenos) com atividade metabólica mais acelerada e com menor aproveitamento para assimilar e armazenar carbono na biomassa microbiana. De acordo com Moreira e Siqueira (2006) esta alteração metabólica que ocorre entre a comunidade microbiana do solo, confirmam uma situação de estresse dos microrganismos, que passaram a consumir mais energia para a sua manutenção no solo. 4.8. Identificação de fungos degradadores Nos fragmentos de plásticos não foi constatado crescimento micelial de fungos, apenas nos fragmentos de bioplástico. Nestes fragmentos foram realizados o isolamento de 20 micélios de fungos e após a identificação dos microrganismos, os gêneros mais encontrados foram o Mucor sp. e Trichoderma sp. Nas Figuras 30 e 31 estão apresentados os aspectos morfológicos e as estruturas vegetativas e reprodutivas dos fungos dos gêneros Mucor sp. e Trichoderma sp. que se desenvolveram nos fragmentos de bioplásticos. a b c d e f Figura 30. Aspectos morfológicos de Mucor sp. Verso algodonoso da colônia (a), reverso da colônia apigmentado (b), hifas filamentosas com corpo de frutificação aumento de 10x (c), germinação e desenvolvimento de esporo aumento 40x (d), esporangiósforos fechados aumento 40x (e) e esporangióforos aberto com esporos liberados aumento 40x (f). Universidade de Taubaté 72 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 a d c b e f Figura 31.Aspectos morfológicos de Trichodema spp. Verso da colônia com pigmentação (a), Reverso da colônia apigmentado (b), aglomerado de hifas filamentosas (d), conidióforos com fiálides em grupo (e), conídios esféricos (f). 4.9. Teste de toxicidade O percentual de germinação das sementes de Brassica oleraceae não apresentou diferença significativa entre os tratamentos e os valores oscilaram entre 99,81 a 97,87%, estes resultados indicam que a germinação não foi afetada pela presença de nenhuma substância liberada pelas coberturas utilizadas no solo. Na Tabela 16 estão apresentados os resultados da produção de matéria seca da parte aérea das plântulas de Brassica oleraceae semeadas nas amostras de solo coletadas nos canteiros sem e com cobertura de palha de arroz, plástico e bioplástico. Constata-se que não foi observado diferença significativa entre os tratamentos e a produção média de matéria seca entre os tratamentos variou entre 10,0 e 16,0 mg.planta1 . Sendo assim, pode-se afirmar que não houve liberação e/ou formação de substâncias tóxicas durante a biodegradação das coberturas incorporadas ao solo. Universidade de Taubaté 73 Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 Tabela 16. Média da massa seca da parte aérea de plântulas de Brassica oleraceae (Couve flor) cultivada em amostras de solo coletadas em agosto e novembro de 2014 e fevereiro, maio e agosto de 2015 nos canteiros sem e com diferentes tipos de coberturas. Períodos (ano/meses) Tratamentos 2014 Agosto 2015 Novembro Fevereiro Maio Agosto -1 ------- matéria seca da parte área (mg.planta ) --------Sem cobertura 10,5a1 10,5a 14,1a 15,0a 13,5a Cobertura com casca de arroz 11,5a 15,0a 15,0a 13,5a 14,5a Cobertura com plástico 12,0a 10,0a 16,0a 13,0a 15,5a Cobertura com bioplástico 11,5a 11,0a 14,5a 16,0a 15,5a ______________________________________________________________________ CV (%) 13,78 18,43 19,45 14,35 16,54 1 Médias seguidas da mesma letra na vertical não diferem estatisticamente entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey 5. CONCLUSÃO Nas condições em que o experimento foi conduzido, conclui-se que: 1. A temperatura da superfície da cobertura e do solo com bioplástico foi similar a temperatura verificada na cobertura com plástico e menor com casca de arroz; 2. A umidade do solo com cobertura de bioplástico apresentou o mesmo desempenho observado no solo com cobertura plástica e foi superior ao solo sem cobertura e com casca de arroz; 3.A cobertura do solo com bioplástico e plástico favoreceram o processo de mineralização do nitrogênio no solo; 4. A condutividade elétrica do solo com bioplástico ficou com valor abaixo do verificado no solo com plástico e acima do valor determinado no solo com casca de arroz; 5.As coberturas utilizadas no solo não influenciaram na composição química do solo; Universidade de Taubaté Autarquia Municipal de Regime Especial Reconhecida pelo Dec. Fed. nº 78.924/76 Recredenciada pelo CEE/SP CNPJ 45.176.153/0001-22 74 6. No controle de fitopatogenos a cobertura com bioplástico apresentou uma eficiência igual ao do filme plástico e casca de arroz; 7. A cobertura com bioplástico foi eficiente no controle de plantas invasoras dos grupos de monocotiledôneas e dicotiledôneas; 8. A cobertura com bioplástico e plástico proporcionaram maior rendimento na matéria seca foliar do alface e no número, comprimento e massa de frutos das culturas de melão, abobrinha, pimentão e melancia; 9. O bioplástico após ser incorporado ao solo foi biodegradado pelos microrganismos do solo em C-CO2 e a outra parte foi assimilada como carbono microbiano (C-mic); 10. As emissões de C-CO2 e o conteúdo de C-mic não foram influenciados pela variação sazonal do clima ou pela umidade e temperatura do solo, mais pelo aporte e estabilização do carbono orgânico incorporado ao solo. 11. Na biodegradação do bioplástico foi verificado a ocorrência de fungos e os gêneros predominantes que apresentaram crescimento nos fragmentos de bioplástico foram o Mucor sp e Trichoderma sp; 12. A biodegradação das coberturas utilizadas no solo não apresentaram toxicidade para a germinação e desenvolvimento das plântulas de Brassica oleraceae. 6.REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS AGROBIOFILM (2010). www.agrobiofilm.eu/pt/bioplasticos (consultado em 6-6-2014). ALMEIDA NETO, A. J; MEDEIROS, J. F; NEGREIROS, M. Z; BEZERRA NETO, F; LEITÃO, M. M. V. B; ESPÍNOLA SOBRINHO, J; PÔRTO, D. R. Q; COSTA, W. P. L.. Produção de melão Cantaloupe influenciada sob diferentes tipos de cobertura e lâminas de irrigação em solo de textura média. Horticultura Brasileira.v. 21, 2003. ALMEIDA, D.; KLAUBERG FILHO, O.; FELIPE, A.F.; ALMEIDA, H.C. Carbono, nitrogênio e fósforo microbiano do solo sob diferentes coberturas em pomar de produção orgânica de maçã no sul do Brasil. Bragantia, Campinas, v.68, n.4, p.1069-1077, 2009. AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS - ASTM.Standard Guide forConducting Terrestrial Plant Toxicity Tests, E 1963 - 02, 2002. 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