Liturgia da Missa do Domingo 26 de Julho
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24 Julho Liturgia da Missa do Domingo 26 de Julho POSTADO POR ADMIN ÀS 08:44 João nos conta que, pouco tempo antes da Páscoa, Jesus alimentou uma multidão inteira com cinco pães de cevada e dois peixes pequenos. Este texto é altamente simbólico! Textos deste Domingo 1ª leitura: «Comerão e ainda sobrará» (2 Reis 4,42-44) Leitura do Segundo Livro dos Reis: Naqueles dias, veio também um homem de Baal-Salisa, trazendo em seu alforje para Eliseu, o homem de Deus, pães dos primeiros frutos da terra: eram vinte pães de cevada e trigo novo. E Eliseu disse: Dá ao povo para que coma.Mas o seu servo respondeu: Como vou distribuir tão pouco para cem pessoas? Eliseu disse outra vez: Dá ao povo para que coma; pois assim diz o Senhor: Comerão e ainda sobrará.O homem distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra do Senhor. 2ª leitura: «Um só Corpo e um só Espírito; um só Senhor, uma só fé, um só batismo» (Efésios 4,1-6 Segunda Leitura (Ef 4,1-6) Leitura da Carta de São Paulo aos Efésios: Irmãos: Eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes; com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor.Aplicai-vos a guardar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só Corpo e um só Espírito, como também é uma só a esperança à qual fostes chamados.Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos. Evangelho: «Distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam» (João 6,1-15). Anúncio do Evangelho (Jo 6,1-15) Naquele tempo, Jesus foi para o outro lado do mar da Galileia, também chamado de Tiberíades. Uma grande multidão o seguia, porque via os sinais que ele operava a favor dos doentes. Jesus subiu ao monte e sentou-se aí, com os seus discípulos. Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus. Levantando os olhos e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe: Onde vamos comprar pão para que eles possam comer? Disse isso para pô-lo à prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer. Filipe respondeu: Nem duzentas moedas de prata bastariam para dar um pedaço de pão a cada um. Um dos discípulos, André, o irmão de Simão Pedro, disse: 9Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isto para tanta gente? Jesus disse: Fazei sentar as pessoas. Havia muita relva naquele lugar, e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens. Jesus tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos que estavam sentados, tanto quanto queriam. E fez o mesmo com os peixes. Quando todos ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos: Recolhei os pedaços que sobraram, para que nada se perca! Recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães, deixadas pelos que haviam comido. 14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado, aqueles homens exclamavam: Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao mundo. Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte. Um conflito entre duas sabedorias O evangelho de hoje faz parte de um conjunto maior que é preciso ter em conta: Jesus multiplica os pães e, logo em seguida, escapa da multidão que quer fazê-lo rei; por fim, caminha sobre o mar, para encontrar-se com os discípulos que, embarcados, enfrentavam um tempo ruim. É preciso ver nestas três passagens o equivalente às tentações que, pelos sinóticos, dão início à vida pública de Jesus (Lucas 4, por exemplo). É o que muitos exegetas pensam: a multiplicação dos pães equivaleria ao "manda que estas pedras se transformem em pão"; a vontade do povo de fazer dele o rei corresponderia ao "todos os reinos da terra, eu te darei"; e, por fim, o caminhar sobre o mar não seria tentar a Deus tanto quanto o atirar-se do pináculo do templo? A cena das tentações anunciava o clima de toda a existência de Jesus. O que lemos hoje dá início ao que foi chamado de "a crise de Cafarnaum", quando a maior parte dos discípulos irá deixar Jesus (evangelho do 21º Domingo). Da mesma forma que Jesus, também os discípulos devem escolher entre duas Sabedorias, entre duas maneiras de conceber a vida: ou o poder (a realeza), a abundância material (os pães multiplicados) e o prestígio pelo próprio desempenho, ou o dom de si mesmo para que os outros possam viver. O evangelista faz notar a proximidade da Páscoa. Não se trata, por certo, da Páscoa da crucifixão, mas a sua simples menção é suficiente para nos fazer pensar nela, da mesma forma que os pães sem fermento e o Maná, "o pão vindo do céu". Sempre o pão O pão e os peixes são alimentos "materiais". Após um longo percurso bíblico, eles chegam aos evangelhos onde se tornam símbolos de Cristo. Do início até o fim, a Bíblia nos fala de alimentos, desde Gênesis 1,29 até ao banquete das núpcias do Cordeiro, no Apocalipse. O pão que dá forças e, também, o pão da tentação (Êxodo 16,4). Daí as prescrições alimentares do Levítico e a dupla comer / não comer que se encontra ao longo de muitas páginas. É que o alimento é ligado à vida. "Ligado" implica em que a vida não é algo que possuímos em nós mesmos, mas que nos vem de alhures; simbolicamente, deste jovem que detém cinco pães e dois peixes. O alimento expressa não só a nossa relação com a natureza, mas, também, a nossa relação com os outros: quantos desconhecidos trabalharam para que este prato chegasse à nossa mesa? E, em torno desta mesa, quantas pessoas reunidas para compartilhar o pão? Alimentar-se, portanto, é religar-se. E o bom pastor reúne o seu rebanho nas pastagens verdejantes: "Havia muita relva naquele lugar". Muita relva e muita gente. O pão e todos os outros alimentos que ele representa só são verdadeiramente bons, quando dele todos tomam parte. O que significa indigestão espiritual dos que permanecem sentados à mesa do banquete, enquanto os famintos jejuam à sua porta. Neste caso, o pão de fato separa, em vez de reunir. O pão material torna-se pão espiritual Na primeira leitura, assim como no evangelho, o pão se multiplica na medida em que é distribuído. Tudo o que damos de nós mesmos é salvo da morte. O que é dado é de qualquer forma transfigurado, é levado para mais além da realidade primeira. E isto atribui ao pão, e ao alimento em geral, um significado inesperado: não é mais relativo apenas à vida física, em sua relação com a natureza e com os outros; torna-se alimento de uma vida acima da vida, de uma Vida que funda toda a vida. Mas não vamos passar depressa demais pelo lado material do alimento, pela satisfação da fome fisiológica. É muito fácil e um tanto superficial opor o pão material ao pão espiritual: o acesso ao espiritual passa por compartilhar o material, passa pela satisfação da fome concreta do outro. O pão, assim, torna-se amor, realidade divina. O que já era antes: o pão das nossas mesas já exprime o amor de Deus para conosco; é o próprio Deus que se dá, para a nossa vida. Vamos levar a sério Santo Irineu quando diz que o Cristo "confirmou (pela Páscoa, da qual participamos pela Eucaristia e que a multiplicação dos pães anuncia) que o cálice que vem da criação era o seu sangue (...), que o pão que vem da criação era o seu corpo". Para que o dom retorne à sua fonte de origem e para que, por aí, nós entremos na vida divina, devemos também nós esposar a lógica do amor, o dom da vida. Marcel Domergue, jesuíta (tradução livre de www.croire.com pelos irmãos Lara) Fonte: CENTRO ALCEU AMOROSO LIMA PARA A LIBERDADE/CAALL Rua Mosela, 289 Mosela - Petrópolis RJ CEP 25675-481 Tel/Fax: 55 0** 24 2242-6433 E-mail:[email protected] [email protected] A PARTILHA DAS REFLEXÕES BÍBLICAS É UMA PARCERIA ENTRE XICO LARA EO CENTRO ALCEU AMOROSO LIMA PARA A LIBERDADE/CAALL
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