instrução técnica operacional

Transcrição

instrução técnica operacional
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DE MINAS GERAIS
ESTADO-MAIOR
INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL
PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
2007
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
DE MINAS GERAIS
ESTADO-MAIOR
INSTRUÇÃO TÉCNICA OPERACIONAL NR 14 , de ___/___/07
PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
1 FINALIDADE
Estabelecer procedimentos para a realização de comunicações operacionais no
CBMMG.
2 OBJETIVOS
2.1 Propiciar maior clareza, rapidez;
2.2 Padronizar o procedimento nas transmissões de mensagens durante o
atendimento de ocorrência;
2.3 Dar maior fluidez às comunicações.
3 COMENTÁRIOS GERAIS
As atividades de comunicações na Corporação iniciaram-se junto com sua
organização.
Os avisos de incêndio, na época, eram dados por salvas de canhões disparadas
do alto do morro do castelo e pelos sinos das igrejas dos locais em que ocorria o
evento.
Ao se observar uma guarnição de bombeiros que retorna ao quartel em sua
viatura, agora em baixa velocidade, em meio ao trânsito dos grandes centros
urbanos, pode-se ter a curiosidade de saber que tipo de ocorrência aquela guarnição
atendeu.
2
Porém, dificilmente se pensa sobre a maneira que as informações sobre a
ocorrência chegaram até o Corpo de Bombeiros e como elas foram repassadas à
guarnição que, por sua vez, também necessita informar, a um centro controlador, por
exemplo, sobre a sua situação operacional.
Uma comunicação eficiente é parte essencial da operacionalidade e segurança
de uma emergência. Os Bombeiros Militares têm um papel importantíssimo no
processo de comunicação, tanto na transmissão quanto no recebimento das
mensagens iniciadas durante um evento emergencial. Para cumprir seu papel, o BM
precisa conhecer qual o equipamento que está disponível para seu uso e como usá-lo
de forma correta, com propriedade e eficiência.
A variedade de ambientes traz a necessidade de variados meios de
comunicação. Cada tipo de comunicação na ocorrência tem sua vantagem e
desvantagem. Nenhum método ou sistema é plenamente eficaz para todo tipo de
evento. Isto significa que as comunicações nas ocorrências podem envolver, desde a
comunicação pessoal até o uso do mais sofisticado sistema de comunicação via
satélite.
Para obter maior eficiência, o BM precisa estar apto a usar os equipamentos
de comunicação que ele tem a sua disposição e conhecer os procedimentos padrões
de comunicação usados na corporação.
Na atualidade, os meios de comunicação mais usados são: o telefone, o rádio,
o fax, as transmissões via Internet e outras por via satélite.
Sistema de comunicações em ocorrências usando equipamentos de
rádio é uma das formas mais comuns e mais usadas. Rádios provêem comunicação
instantânea entre os bombeiros, guarnições, COBOM (Central de Operações do
Corpo de Bombeiros Militar), unidades operacionais e outros da cena de um evento
emergencial.
Um monitoramento e operação eficiente de uma comunicação via rádio podem
trazer as seguintes vantagens:
- O evento emergencial pode ser inspecionado e avaliado rapidamente;
- Todas as partes envolvidas no controle da emergência podem ser informadas ou
consultadas;
- Ordens, planos e informações podem ser rapidamente dadas ou recebidas;
- As responsabilidades do efetivo podem ser designadas e controladas.
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Uma central de comunicações é o foco das transmissões via rádio em um local
emergencial. Os recursos materiais e humanos necessários para se operar em uma
emergência são despachados pela central de comunicações. Em geral, pode prover
todo o aparato necessário a um incidente e pode ser a responsável para iniciar o
apoio operacional em um evento emergencial bem como relocar recursos para suprir
áreas que ficaram desprotegidas.
Para que o sistema opere de forma eficiente, a central de comunicações
precisa se manter informada integralmente da situação de cada viatura. Há vários
meios pelos quais a central de comunicações pode despachar ou aguardar o envio de
recursos operacionais. A maioria das centrais modernas de comunicação usam
algum tipo de sistema computadorizado com auxílio de um áudio para gerenciar suas
atividades. Estes sistemas são comumente chamados sistema CAD (computer aided
dispatch), que em português significa despacho auxiliado por computador.
A complexidade do sistema CAD, em alguns países, é relacionada diretamente
ao tamanho e o nível de atividades daquele local.
Deve-se ter sempre em mente que os centros de comunicações das unidades
é para o público externo sua "Porta de entrada" e "Vitrine". É importante
compreendermos que o sucesso de qualquer operação e o nível de satisfação do
atendimento à comunidade começa no local onde é recebida a primeira comunicação
do solicitante, quer no COBOM, nas SOU ou SOF.
3.1 Atendimento Telefônico
Os telefones de emergência são aqueles utilizados exclusivamente para a
atividade fim da Corporação. Através dos telefones são feitos os pedidos de socorro.
A introdução do prefixo 193 para atender, principalmente, às chamadas
realizadas através dos telefones públicos, agilizou ainda mais o sistema, dispensando
o uso de fichas devido à gratuidade dos serviços.
Os centros de comunicações dos aquartelamentos possuem também linhas
privadas.
Estas linhas fazem a ligação direta entre o quartel de bombeiros e uma
instalação comercial ou industrial na sua área.
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3.1.1 Atendimento não emergencial
O atendimento telefônico deve proporcionar o melhor aproveitamento das
linhas telefônicas, observando-se as seguintes regras:
• o atendimento deve ser rápido, eficiente e cortês. A rapidez não pode
prejudicar a clareza da mensagem;
• o atendimento deve inspirar confiança no solicitante;
• não devem ser dadas informações de âmbito interno;
• nos casos de demora de atendimento ou dificuldade em localizar a pessoa
com quem o solicitante deseja falar, este deve ser informado;
• durante o atendimento telefônico, identificar-se da seguinte maneira: Corpo
de Bombeiros, nome da Unidade, posto/graduação, nome do operador, bom-dia /
boa-tarde / boa-noite;
• evitar termos usados no diminutivo (exemplo: aguarde um minutinho). Se
necessário, usar “aguarde um momento”;
• não usar termos afetivos como “meu bem”, querida e gírias como
“CHUCHU”, “CARA”, etc.;
3.1.2 Atendimento emergencial
No atendimento emergencial deve-se observar as seguintes regras:
• Atendimento por resposta breve e objetiva: "Bombeiros, Emergência!"
• Atender pacientemente buscando as informações fundamentais ao auxílio.
Numa situação de emergência o solicitante está rotineiramente envolvido, ansioso e
impaciente.
• Concluído o atendimento, procurar tranqüilizar o solicitante com frases do
tipo: "Estamos cientes", "Aguarde a chegada dos Bombeiros", etc.
• Durante o atendimento manter firmeza e convicção, clareza e objetividade.
• Orientar o solicitante quando o atendimento for encargo de outro órgão.
• Manter o atendimento nos limites da formalidade, evitando envolvimento
pessoal.
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3.2 RÁDIO TRANSRECEPTOR
A radiotelefonia tem como finalidade transmitir mensagens à grande distância.
Escute e pense antes de transmitir. Desse modo, evitar-se-á a prática irritante de
transmitirem um canal que está em uso.
Pensar antes de transmitir é necessário para evitar interrupções desnecessárias
na comunicação, enquanto a pessoa que transmite decide o que vai dizer. Os canais
de radiocomunicações estão por demais sobrecarregados para permitir uma perda de
tempo valiosa e a pessoa que está esperando pode ter uma mensagem muito
importante para transmitir.
A transmissão de mensagens supérfluas e desnecessárias representa uma sobrecarga para um sistema de comunicações já por si só, sobrecarregado. Além disso, o
regulamento de radiocomunicações proíbe as comunicações desnecessárias.
4 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS
Para a Comunicação na Rede de Rádio do COBOM/CIAD e Unidades de
Execução Operacional na RMBH e Frações descentralizadas serão identificadas nas
comunicações pelo nome do município, bairro ou logradouro principal onde está
localizado o aquartelamento e não mais pelo designativo de Batalhão, Companhia ou
Pelotão. Assim sendo as designações são as seguintes:
Designação atual
Alterada
1º BBM
Afonso Pena
2º BBM
Contagem
3º BBM
Antonio Carlos
P.A Centro
Centro
P.A Saudade
Saudade
P.A Santa Lúcia
Santa Lucia
Pelotão Sabará
Sabará
P.A Caiçara
Caiçara
P.A Venda Nova
Venda Nova
P.A Pampulha ( Aeroporto)
Pampulha
P.A Carlos Prates ( Aeroporto)
Carlos Prates
6
P.A Padre Eustáquio
Padre Eustáquio
Pelotão Santa Luzia
Santa Luzia
Pelotão Ribeirão das Neves
Ribeirão das Neves
Pelotão Vespasiano
Vespasiano
P.A Regap
Regap
P.A Ceasa
Ceasa
P.A Barreiro
Barreiro
Para efeito da utilização do Alfabeto fonético, as designações das funções, por
Unidade serão os seguintes:
4.1
COB
FUNÇÃO
COMANDANTE
CODIFICAÇÃO
COB
SUB COMANDANTE
FOX 01
OPERAÇÕES
FOX 02
SALA DE IMPRENSA
FOX 03
(EM BM)
4.2 COBOM
FUNÇÃO
CODIFICAÇÃO
CHEFE COBOM
DELTA 02
COORDENADOR
DELTA 01
MÉDICO REGULADOR
DELTA 03
7
4.3 1º BBM (Afonso Pena)
FUNÇÃO
COMANDANTE
CODIFICAÇÃO
COMANDO ALFA
SUB COMANDANTE
ALFA 02
CBU
ALFA 01
B/3
ALFA 03
CMT CIA OP
ALFA 04
B/5
ALFA 05
4.4 2º BBM (Contagem)
FUNÇÃO
COMANDANTE
CODIFICAÇÃO
COMANDO BRAVO
SUB COMANDANTE
BRAVO 02
CBU
BRAVO 01
B/3
BRAVO 03
CMT CIA OP
BRAVO 04
B/5
BRAVO 05
4.5 3º BBM (Antônio Carlos)
FUNÇÃO
COMANDANTE
CODIFICAÇÃO
COMANDO CHARLIE
SUB COMANDANTE
CHARLIE 02
CBU
CHARLIE 01
B/3
CHARLIE 03
CMT CIA OP
CHARLIE 04
B/5
CHARLIE 05
8
4.6
Batalhão de Operações Aéreas (BOA) – “APOLO”.
Por funções, as designações no “BOA” serão as seguintes:
FUNÇÃO
COMANDANTE
CODIFICAÇÃO
COMANDO APOLO
SUB COMANDANTE
APOLO 01
AERONAVE 01
APOLO 02
AERONAVE 02
APOLO 03
AERONAVE “X”
APOLO “X”
4.7 Os integrantes das viaturas das Unidades/frações fora da RMBH, quando
estiverem na capital e houver necessidade de comunicar com outra viatura, deverá
fazê-lo por intermédio do COBOM, comunicando o prefixo alfa-numérico da viatura e
o nome do município a que pertence, adotando-se a função como codinome, sendo:
Comandante, Sub Cmt, B/3, etc.;
4.8 Para fins de supervisão, o Chefe do EMBM e os Chefes de Seção, quando em
atuação operacional utilizarão o codinome “PAPA” e seguirão a seguinte codificação:
FUNÇÃO
CODIFICAÇÃO
CHEFE DO EMBM
PAPA 01
BM-1
PAPA 02
BM-2
PAPA 03
BM-3
PAPA 04
BM-4
PAPA 05
BM-5
PAPA 06
BM-6
PAPA 07
4.9 Havendo necessidade, o Estado-Maior, o COB e as Unidades operacionais
poderão criar outras designações além das previstas nesta ITO, mantendo sempre o
seu codinome representativo, com cientificação das demais Unidades para fins de
padronização;
9
4.10
As Unidades do interior poderão criar um codinome para a respectiva
Unidade observando as diretrizes desta ITO, devendo dar conhecimento ao COB e
ao EMBM do fato.
4.11
O comando deve monitorar suas equipes para que usem o rádio de acordo
com os procedimentos, realizando as comunicações o estritamente necessário.
Somente informação operacional e essencial deve ser transmitida e o formato
apropriado deve ser usado.
4.12 As
Guarnições
motorizadas
quando
da
comunicação
com
o
COBOM/SOU/SOF, via rede rádio, deverão inicialmente identificar a categoria da
viatura e depois o número de frota do CBMMG, como por exemplo: UR 360, ABT 477,
APV 300, APP 01, etc.
4.13
A linguagem adotada na rede de radiocomunicação deve ser a mais técnica
possível, com utilização correta da linguagem portuguesa, sendo vedada expressões
coloquiais , chulas ou gírias. A comunicação via rádio deve ser clara, precisa e
objetiva.
4.14
Cuidados na transmissão via rádio
4.14.1 Retirar o microfone do seu suporte (estação móvel, estação portátil e estação
fixa com microfone externo);
4.14.2 Manter a cerca de 5 cm da boca o microfone durante a transmissão de toda a
mensagem
4.14.3 Observar se a rede está limpa, ou seja, se não há ninguém transmitindo
naquele instante;
4.14.4 Acionar a tecla de microfone, verificando o aparecimento de sinal indicativo de
transmissão;
4.14.5 Aguardar um segundo antes de falar para que o início da mensagem não seja
incompleto. Este cuidado deve ser tomado principalmente quando a rede funciona
através de repetidora;
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4.14.6 Identificar-se. Em toda estação de rádio, para comunicação, a identificação é
obrigatória. Em alguns sistemas modernos, o simples apertar da tecla de transmissão
já identifica a estação na central;
4.14.7 Mentalizar a mensagem antes da transmissão. Ela deve ser clara, concisa e
precisa, mesmo se complexa;
4.14.8 Adiar a chamada, caso uma estação não responda. Repeti-la somente após
alguns minutos ou após um posicionamento melhor. Caso este deslocamento não
seja possível, tentar a comunicação com outras estações (inclusive móveis) e solicitar
a retransmissão da mensagem àquela de interesse;
4.14.9 Enquanto transmitindo, manter a tecla apertada soltando-a imediatamente
após a fala;
4.14.10 Durante a transmissão, não utilizar expressões desnecessárias;
4.14.11 Utilizar o rádio somente em comunicação operacional;
4.14.12 Falar claro e pausadamente, dando a mesma entonação a todas as palavras;
4.14.13 Falar com entonação normal na voz, não gritar nem sussurar;
4.14.14 Manter-se calmo, não falar de maneira monótona nem irritante e tampouco
mostrar ansiedade;
4.14.15 Ser cuidadoso na dicção: pronunciar todas as sílabas das palavras, sem
deixar cair o volume da voz nas sílabas finais;
4.14.16 Efetuar o registro de todas as mensagens transmitidas e recebidas, assim
como qualquer ocorrência julgada necessária durante o seu quarto de serviço.
4.15
Práticas proibidas
As seguintes práticas são especificamente proibidas:
4.15.1 Conversação não oficial entre operadores;
4.15.2 Excesso de retoque na sintonia;
4.15.3 Emprego de palavras ou expressões que não sejam as autorizadas;
4.15.4 Entonação irônica ou agressiva na voz;
4.15.5 Interromper comunicações entre outros prefixos sem justo motivo.
11
4.16 Práticas que devem ser evitadas
As seguintes práticas devem ser evitadas:
4.16.1 Uso de excessiva potência de transmissão;
4.162 Transmissão em velocidade maior do que a capacidade de recepção dos
operadores.
4.17Procedimentos para recepção
4.17.1 Para uma perfeita recepção é necessário saber manusear o controle
SQUELCH (abafador ou silenciador).
4.17.2 Em condições normais de recepção, o controle SQUELCH deverá estar num
determinado ponto que podemos chamar de "ponto exato" .
4.17.3 Definimos o "ponto exato" como sendo aquele em que o operador ao ouvir um
ruído contínuo (ruído branco - "chieira") no rádio, acione o controle SQUELCH até
cortar o referido ruído.
4.17.4 Partindo-se da região de ruído, o controle SQUELCH nunca deve ser acionado
além do ponto exato, sob pena de piorar a recepção.
4.17.5 O SQUELCH, também, serve para verificar se o seu equipamento está com
defeito no receptor.
4.17.6
Sempre
que
seu
rádio
está
transmitindo,
a
recepção
é
cortada
automaticamente. Neste caso, se houver um acionamento indevido da tecla de
transmissão ou mesmo um defeito em seu equipamento e o mesmo passar a
transmitir sem que você o deseje, pode-se verificar tal situação, acionando-se o
SQUELCH. Neste caso, com o volume do rádio normal e nenhuma comunicação no
canal, podem ocorrer duas situações distintas:
v O ruído é no alto-falante
v O ruído não é ouvido
Neste caso há necessidade de procurar assistência técnica.
4.18 Solicitação de prioridade
Caso a rede esteja congestionada e haja necessidade de transmitir uma
mensagem de máxima urgência, é solicitado pelo operador "Prioridade", ficando os
demais prefixos obrigados a interromper toda a comunicação, até que a mensagem
seja transmitida.
A solicitação é feita empregando a seguinte terminologia:
12
- Após a interrupção da comunicação pelos demais prefixos, iniciar a mensagem de
prioridade.
- Ao terminar a mensagem "Fim de prioridade para... (citar unidade ou viatura que
solicitou prioridade)".
4.19 Para as transmissões via rádio deverá ser utilizado o código fonético e de
algarismos internacional.
5 PRESCRIÇÕES DIVERSAS
5.1
As UEOp deverão realizar o treinamento do código fonético internacional para
toda a tropa - operacional e administrativa;
5.2
A codificação internacional, bem como o alfabeto internacional serão utilizados
em substituição ao atual utilizado no CBMMG;
5.3
No COBOM o atendimento telefônico será realizado conforme protocolos
existentes naquela Unidade;
5.4
Esta ITO entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições
em contrário, em especial a ICOP 14/02.
Quartel em Belo Horizonte,
de
de 2007
ANTÔNIO DAMÁSIO SOARES, CORONEL BM
CHEFE DO EMBM
ANEXO “A” – Código Fonético Internacional de Letras e Algarismos.
ANEXO “B” – Técnicas de operação dos transceptores.
ANEXO “C” – Expressões convencionais de serviço.
ANEXO “D” – Legibilidade e intensidade dos sinais.
ANEXO “E” – Disciplina da rede rádio.
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ANEXO
“A”
(CÓDIGO
FONÉTICO
INTERNACIONAL
DE
LETRAS
E
ALGARISMOS) À ITO Nº 14, DE ___/___/07 – COMUNICAÇÕES OPERACIONAIS.
São sons de letras e números, que foram criados para facilitar as comunicações.
É utilizado também para soletrar palavra, indicativos de chamadas, abreviatura de
serviço, letras do código, etc. As palavras ou grupo de difícil pronunciação, ou
impossível de serem transmitidas, devem ser soletradas, usando-se o código fonético
internacional, precedido pela expressão "Soletro".
ALFABETO FONÉTICO INTERNACIONAL
LETRA
NOME
PRONÚNCIA
LETRA
NOME
PRONÚNCIA
A
ALFA
AL FAH
N
NOVEMBER
NO VEMM BER
B
BRAVO
BRA VO
O
OSCAR
OSS KAR
C
CHARLIE
CHAR LI
P
PAPA
PAH PAH
D
DELTA
DEL TAH
Q
QUEBEC
KE BEK
E
ECHO
EK O
R
ROMEO
RO MIO
F
FOXTROT FOX TROTT
S
SIERRA
SI ER RAH
G
GOLF
GOLF
T
TANGO
TANG GO
H
HOTEL
HO TELL
U
UNIFORM
YOU NI FORM
I
INDIA
IN DI AH
V
VICTOR
VIK TOR
J
JULIETT
DJOU LI ETT
W
WHISKEY
OUISS KI
K
KILO
KI LO
X
X-RAY
EKSS REI
L
LIMA
LI MAH
Y
YANKEE
YANG KI
M
MIKE
MA IK
Z
ZOULOU
ZOU LOU
14
ALGARISMO FONÉTICO INTERNACIONAL
NÚMERO
NOME
PRONÚNCIA
UTILIZAÇÃO
0
Nadazero
nadasiro
ZERO
1
Unaone
unauone
UNO
2
Bissotwo
bossotu
DOIS
3
Terrathree
terratri
TRÊS
4
Kartefour
kartefor
QUATRO
5
Pantafive
pantafaive
CINCO
6
Soxisix
soxisix
SEIS
7
Setteseven
seteseven
SETE
8
Oktoeight
oktoeite
OITO
9
Novenine
novenainer
NOVE
Quartel em Belo Horizonte,
de
de 2007
ANTÔNIO DAMÁSIO SOARES, CORONEL BM
CHEFE DO EMBM
15
ANEXO “B” - (TÉCNICAS DE OPERAÇÃO DOS TRANSCEPTORES) À ITO Nº 14,
DE ___/___/07 - PROCEDIMENTOS PARA COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Como em toda a atividade humana, também nas comunicações há o modo
certo e o modo errado de se fazer as coisas. Para se obter uma boa comunicação é
necessário que se mantenha a disciplina e se observem alguns procedimentos
básicos, que são:
1 TRANSMISSÃO
1.1
Certifique se a chave seletora de canais está na posição do canal desejado;
1.2
Posicionar o microfone a uma distância de 5 centímetros dos lábios;
1.3
Aperte a tecla “Aperte para falar” (APF), para transmissão;
1.4
Identifique-se corretamente conforme convencionado;
1.5
Aguarde confirmação da central. Transmitir a mensagem somente quando
obtiver autorização da central;
1.6
Fale pausadamente, mais lento do que o normal;
1.7
Procure falar com a mesma intensidade de voz;
1.8
Diga as palavras por inteiro. Cuidado com a finalização das mesmas;
1.9
Pense o quê e como vai falar. Assim se evitam mensagens longas e as falhas
de linguagem, por exemplo: “aa ..”, “é, é ...”, “hm...”, etc;
1.10
Evite termos difíceis, as comunicações devem ser simples, claras e objetivas;
1.11
Codifique (soletrar) a Msg, quando houver dificuldades na comunicação;
1.12
Se houver alguém falando com a central, aguarde. A central só poderá
receber ou transmitir uma Msg por vez.
2 RECEPÇÃO
2.1Girar o controle de volume no sentido horário, até ouvir o “Click” característico que
indica que o transceptor está ligado;
2.2 Ajustar o nível de áudio (volume) num ponto confortável;
16
2.3 Ajustar o silenciador (quando existir), girando o controle (botão) para a direita ou
para a esquerda até obter ruído, depois gire-o no sentido contrário até o ponto de
corte do ruído. Este é o ponto ideal para recepção;
2.4 Se o silenciador permanecer instável, quando da recepção de sinais fracos,
ajustá-lo até obter um ponto de limiar apropriado. Todavia, durante o uso do rádio é
necessário observar:
2.4.1 A topografia, pois auxiliará para se obter condições adequadas de
comunicação;
2.4.2 O posicionamento da viatura em relação à central ou repetidora.
2.5 Nas mensagens entrecortadas, de difícil compreensão, proceda como se segue:
2.5.1 Observe se há algum transformador ou linha de alta tensão, morro ou prédio
alto nas proximidades, pois dificultam a recepção;
2.5.2 Se possível desloque o veículo. Estacione de preferência em local amplo e alto;
2.5.3 Desligue o motor, para diminuir o ruído;
2.5.4 Informe à central que está recebendo com dificuldade. Assim o operador lhe
transmitirá a mensagem pausadamente, repetindo os trechos mais importantes;
2.5.5 Na impossibilidade de comunicação com a central, comunicar-se pelo telefone.
2.6 Locais ideais para transmissão/recepção
A própria natureza das ondas eletromagnéticas nas faixas de VHF/UHF
determina que se obtém melhores condições de comunicação quando ambas as
antenas estejam “se vendo”, portanto a uma distância não muito grande.
A recepção para as faixas de VHF/UHF depende diretamente da altura das
antenas em relação à linha do horizonte. Em condições ideais (por exemplo, ao nível
do mar) o alcance chega a ser superior a 50 Km, se tivermos uma antena no barco, a
uma altura superior a 100 m. As condições de comunicações móvel terrestre são
inerentemente piores, dada a existência de obstáculos e desníveis do terreno. Isso
leva forçosamente a um alcance menor que o ideal, dependendo, em grande parte,
desses fatores. Assim sendo, são os seguintes os melhores locais para
transmissão/recepção:
17
a) Lugares amplos onde houver obstáculos, que não estejam próximos;
b) Lugares altos, que propiciam ondas com alcance visual (ondas diretas);
De posse dessas informações, sempre que possível, observar:
I – Que o veículo esteja de preferência em local amplo e alto;
II – Que não hajam obstáculos físicos (ex.: prédios, árvores, morros, etc.) entre
a viatura e a central ou repetidora;
III – Não chamar a central mais que três vezes de uma mesma posição. Se
não estiver sendo atendido, é porque seu sinal não está chegando à central ou
repetidora.
2.7 Locais inadequados para transmissão/recepção
Assim como existem os melhores locais para transmissão/recepção, existem
também os piores, que devem ser evitados sempre que possíveis. Tais com:
a) Próximos a grandes transformadores ou subestações de eletricidade;
b) Sob cabos de alta tensão;
c) Sob coberturas de postos de combustíveis;
d) Sob galpões industriais ou coberturas metálicas em geral;
e) Sob linhas de transmissão de energia elétrica.
f) Junto a prédios altos, morros, etc.;
g) Sob viadutos, dentro de túneis, etc;
h) Em lugares distantes e/ou baixos.
Quartel em Belo Horizonte,
de
de 2007.
ANTÔNIO DAMÁSIO SOARES, CORONEL BM
CHEFE DO EMBM
18
ANEXO “C” (EXPRESSÕES CONVENCIONAIS DE SERVIÇO) À ITO Nº 14, DE
___/___/07 - COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
São palavras ou frase curtas, normalmente usadas em substituição a
sentenças mais longas e de uso comum. Simplificam as comunicações, facilitando o
controle das rede-rádio e proporcionando uniformidade e rapidez à exploração.
Seguem-se algarismos;
ALGARISMOS
ACUSE
Diga-me, se entedeu ou recebeu a mensagem
AGUARDE
Espere, mantenha-se na escuta
ANULE
ESTA Esta transmissão está errada. Anule-a (não pode ser utilizada
TRANSMISSÃO para anular uma mensagem transmitida e da qual já tenha sido
dado o QSL)
APAGO (Ar)
Terminada minha transmissão não espero que me responda
AQUI É (v)
Esta transmissão parte do posto cujo indicativo é o que se
segue ou transmissão proveniente de ou ainda, de ....;
AUTENTIQUE
Dê a autenticação correspondente ao que se segue....;
CÂMBIO (k)
Terminada minha transmissão aguardo resposta. Transmita;
CERTO (C)
Você está certo ou a versão correta é ....;
CIENTE
Recebi sua mensagem
COMO
ME Como minha transmissão está chegando até você?
RECEBE
CONFIRME
Repita a mensagem
CONSIGNAR
Registre, anota para controle
CONTINUAREI
Expressão usada na transmissão de uma série de mensagens
A TRANSMITIR
ou de uma mensagem em várias partes;
CORREÇÃO
Houve erro nesta transmissão
CORRETO
Está certo
DIGA DE NOVO Repita toda a mensagem que acabou de transmitir ou repita
(RPT)
aparte da mensagem que acabou de transmitir;
ENTENDIDO
Sua última mensagem (ou mensagem indicada) foi recebida,
19
compreendida e vou cumpri-la;
ERRADO
Sua última transmissão está errada. O certo é ....;
ESPERE (As)
Devo interromper minha transmissão por alguns segundos;
FALE
MAIS Você está falando muito depressa. Reduza a velocidade de
DEVAGAR
transmissão;
HORA
A que se segue é a hora ou data-hora;
MENSAGEM
O que se segue é uma mensagem a ser escrita;
NEGATIVO
Não, não está correto, não está autorizado
POSITIVO
Sim, autorizado, afirmativo
PRIORIDADE
Indicação de precedência superior a comum;
PROCEDA
Autorizo, pode prosseguir
PROSSIGA
Adiante com sua mensagem
RECEBIDO
Recebi sua última transmissão;
RETIFICAÇÃO
Nesta transmissão foi cometida um erro. A versão correta é ....;
RETRANSMITA Retransmita esta mensagem para todos os postos cujas
indicações se seguem ....;
SEPARA
Dê espaço para receber o que for transmitido logo após
SOLETRADO
Vou soletrar a palavra seguinte com o alfabeto fonético
TERMINADO
Acabado, fim (usado para indicar que terminou de soletrar pelo
alfabeto fonético)
TRANSMITA
A Estou preparado e atento para receber a mensagem;
MENSAGEM
VOU
Vou soletrar o que se segue .....
SOLETRAR
Quartel em Belo Horizonte,
de
de 2007.
ANTÔNIO DAMÁSIO SOARES, CORONEL BM
CHEFE DO EMBM
20
ANEXO “D” (LEGIBILIDADE E INTENSIDADE DOS SINAIS) À ITO Nº 14, DE
___/___/07 - COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
Legibilidade – Entende-se por legibilidade a clareza, compreensão da
mensagem (sinais) recebida.
Intensidade – Entende-se por intensidade ao volume, tonalidade da
mensagem (sinais) recebida.
Legibilidade e intensidade dos sinais - Classificação
ESCALA
LEGIBILIDADE
INTENSIDADE
1
Ilegível
Muito fraca
2
Legível com intermitência
Fraca
3
Legível com dificuldade
Regular
4
Legível
Boa
5
Legibilidade perfeita
Ótima
É utilizada a classificação acima, quando em um pedido de recepção ou em resposta
a um pedido de recepção, ou seja, se o posto deseja saber como está sendo
recebido, em virtude da comunicação estar
procedendo com dificuldade, deverá
fazer o pedido, usando a expressão convencional (“como me recebe?”). Na resposta
ao pedido de “como me recebe?”, deve ser dada uma informação curta e concisa da
recepção real, dando conseqüentemente uma idéia exata das condições de
recepção.
Para a resposta utiliza-se a expressão convencional de serviço “recebo ....
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(escala da legibilidade) ponto .... (escala da intensidade). Ex. : SL 32, COBOM, “como
me recebe?”- COBOM, SL 32. Recebo-o 4 ponto 3. Se porventura não houver
mensagens a ser transmitida, o COBOM transmitirá: SL 32, COBOM, recebido,
apago.
Quartel em Belo Horizonte,
de
de 2007.
ANTÔNIO DAMÁSIO SOARES, CORONEL BM
CHEFE DO EMBM
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ANEXO “E” (DISCIPLINA DA REDE-RÁDIO) À ITO Nº 14, DE ___/___/07
- COMUNICAÇÃO OPERACIONAL
As prescrições mais importantes a serem seguidas e que fortalecem a manutenção
da disciplina da rede são:
1) Empregar unicamente as regras de exploração em vigor;
2) Eliminar as transmissões desnecessárias ou não autorizadas;
3) Enviar indicativos de chamada com clareza e precisão, evitando repeti-los;
4) Evitar o vício de desenvolvimento de expressões pessoais por parte dos
operadores;
5) Saber usar as freqüências (canal) estabelecidas para as redes;
6) Transmitir numa cadência à altura da capacidade de recepção do operador mais
fraco da rede;
7) Não transmitir sem autorização do órgão coordenador. O COBOM, SOU, etc., são
responsáveis nas respectivas áreas de atuação, pela coordenação e controle do
tráfego de mensagens e, portanto, deverão autorizar as transmissões dos postos,
visando disciplinar a rede e estabelecer prioridade.
8) Responder prontamente a todos os chamados, a não confirmação do recebimento
das chamadas obrigará o posto que chama a fazer novas chamadas,
sobrecarregando a rede, com conseqüente perda de tempo.
9) Só transmitir quando a rede estiver em silêncio, devendo o operador escutar antes
de transmitir. Diversos postos podem transmitir simultaneamente, mas os
receptores só poderão receber um posto de cada vez, sem que haja interferência.
Por esta razão, o operador deverá, antes de transmitir, certificar-se de que
nenhum outro posto está transmitindo, para tanto, bastará escutar alguns
segundos.
10) Não interromper as transmissões de outro posto, exceto em casos excepcionais,
quando a situação for grave e assim exigir. Tal medida visa evitar cortes ou
interferências nas comunicações. Quando a situação exigir, o posto que tiver que
cortar a mensagem do outro, dirigir-se-á ao COBOM, por exemplo, dizendo:
COBOM/AB 4220/PRIORIDADE. Neste caso, o COBOM providenciará o silêncio
da rede para que o posto possa transmitir a sua mensagem, agindo da seguinte
forma: ATENÇÀO REDE: AGUARDE. TRANSMITA AB 4220;
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11) Não acrescentar à mensagem, termos, adjetivos, conjunções desnecessárias à
compreensão da mensagem. A transmissão deve ser tão curta e precisa quando
possível. Tal procedimento irá diminuir o tráfego, possibilitando um maior número
de transmissões destas, num mesmo período.
12) A guarnição deverá ter sempre um de seus integrantes na viatura, na escuta do
rádio. Em casos excepcionais, quando toda a guarnição tiver que se ausentar da
viatura, deve-se dar conhecimento do fato ao PDR e, ao retornar, proceder da
mesma foram;
13) A linguagem deve ser clara, precisa, pausada, com ênfase natural. Este
procedimento permitirá que as mensagens sejam facilmente entendidas.
14) Não se permitem conversações informais entre os operadores. A rede-rádio existe
para o uso operacional, não sendo permitidas transmissões de mensagens ou
contatos particulares.
15) Dar o recebimento de todas as mensagens. Encerrada a transmissão, o posto
receptor dará confirmação do recebimento ou solicitará a retransmissão, quando a
mensagem não for compreendida. Tal medida é importante, já que dará
conhecimento ao posto transmissor sobre a compreensão
da mensagem e
evitará que este faça chamado para pedido de confirmação do recebimento,
diminuindo conseqüentemente o tráfego de mensagens.
16) Não
fazer
chamada
insistentemente
a
um
mesmo
posto.
Em
certas
oportunidades, é comum um posto não receber as transmissões, face à sua
localização. Após três chamadas, sem que o posto atenda, o operador poderá
solicitar que outro posto estabeleça uma “ponte” e retransmita a mensagem.
Quartel em Belo Horizonte,
de
de 2007.
ANTÔNIO DAMÁSIO SOARES, CORONEL BM
CHEFE DO EMBM
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