estruturas metálicas i
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estruturas metálicas i
PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS ESTRUTURAS METÁLICAS I NOTAS DE AULA 2008 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 0.1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 0.2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 01. Introdução 1.1. – Breve Histórico: 1 Desde a mais remota antigüidade, tem-se notícia do homem a utilizar-se de artefatos de ferro. Iniciando-se pela descoberta do cobre, que se mostrava demasiadamente ductil – capaz de deformar-se sob a ação de cargas -, o homem aprimorando as suas próprias realizações, através do empreendimento de sua capacidade de pensar e de realizar, estabeleceu os princípios da metalurgia, que na definição de alguns autores, é uma síntese; pressupõe o uso coerente de um conjunto de processos, e não a prática de um instrumento único. E esses processos foram-se somando ao longo das necessidades humanas, pois para a síntese da metalurgia ou da forja, juntam-se as percussões (martelo), o fogo (fornalha), a água (têmpera), o ar (fole) e os princípios da alavanca. Imagina-se que, provavelmente, o cobre foi descoberto por acaso, quando alguma fogueira de acampamento tenha sido feita sobre pedras que continham minério cúprico. É presumível que algum observador mais arguto tenha notado algo “derretido” pelo calor do fogo, reproduzindo, mais tarde, o processo propositadamente. Mas, como já se observou, o cobre é por demais mole para que com ele se fabriquem instrumentos úteis, em especial nos primórdios das descobertas humanas, bastante caracterizadas pelas necessidades de coisas brutas. As técnicas de modelagem e de fusão vão se sofisticando quando surge a primeira liga, o cobre arsênico, composto tão venenoso que logo teria que ser substituído. O passo seguinte foi a descoberta de que a adição ao cobre de apenas pequena proporção de estanho, formava uma liga muito mais dura e muito mais útil do que o cobre puro. Era a descoberta do bronze, que possibilitou ao homem modelar uma multidão de novos e melhores utensílios: vasos, serras, escudos, machados, trombetas, sinos e outros. Mais ou menos pelo mesmo período, o homem teria aprendido a fundir o ouro, a prata e o chumbo. Como estabelecem alguns historiadores, uma brilhante descoberta conduz a outra e, dessa maneira, logo depois da descoberta do cobre e do bronze, também o ferro passou a ser utilizado. Esse novo metal já era conhecido há dois mil anos antes da era cristã, mas por longo tempo permaneceu raro e dispendioso, e seu uso somente foi amplamente estabelecido na Europa, por volta do ano 500 a.C. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Todo o ferro primitivo seria hoje em dia classificado como ferro forjado. O método para obtê-lo consistia em abrir um buraco em uma encosta, forrá-lo com pedras, enchê-lo com minério de ferro e madeira ou carvão vegetal e atear fogo ao combustível. Uma vez queimado todo o combustível, era encontrada uma massa porosa, pedregosa e brilhante entre as cinzas. Essa massa era colhida e batida a martelo, o que tornava o ferro compacto e expulsava as impurezas em uma chuva de fagulhas,. O tarugo acabado, chamado ‘lupa’, tinha aproximadamente o tamanho de uma batata doce, das grandes. Com o tempo, o homem aprendeu como tornar o fogo mais quente soprando-o com um fole e a construir fornos permanente de tijolos, em vez de meramente escavar um buraco no chão. Dessa maneira, o aço daí resultante, era feito pela fusão do minério de ferro com um grande excesso de carvão vegetal ou juntando ferro maleável com carvão vegetal e cozinhando o conjunto durante vários dias, até que o ferro absorvesse carvão suficiente para se transformar em aço. Como esse processo era dispendioso e incerto e os fundidores nada sabiam da química do metal com que trabalhavam, o aço permaneceu por muitos anos um metal escasso e dispendioso, e somente tinha emprego em coisas de importância vital, como as lâminas das espadas. Do ponto de vista histórico, narram alguns especialistas, que, por volta do século IV d.C., os fundidores hindus foram capazes de fundir alguns pilares de ferro que se tornaram famosos. Um deles, ainda existente em Dheli, tem uma altura de mais de sete metros, com outro meio metro abaixo do solo e um diâmetro que varia de quarenta centímetros na base a pouco mais de trinta centímetros no topo. Pesa mais de seis toneladas, é feito de ferro forjado e sua fundição teria sido impossível, naquele tamanho, na Europa, até época relativamente recente. Mas, a coisa mais notável nesse e em outros pilares de sua espécie, é a ausência de deterioração ou de qualquer sinal de ferrugem. Após a queda do império romano, desenvolveu-se na Espanha a Forja Catalã, que veio a dominar todo o processo de obtenção de ferro e aço durante a Idade Média, espalhando-se notadamente pela Alemanha, Inglaterra e França. Nesse período, o ferro era obtido como uma massa pastosa que podia ser moldada pelo uso do martelo e não como um líquido que corresse para um molde, como ocorre atualmente. O fim da Idade Média que prepara a Europa moderna pela extensão do maquinismo, é também testemunha das primeiras intervenções do capitalismo no esforço para a produção industrial. Essa evolução é acompanhada por grandes progressos técnicos, especialmente no que se refere aos transportes marítimos e, um impulso semelhante se observa no progresso da metalurgia. A força hidráulica foi aplicada aos foles das forjas, assim obtendo uma temperatura mais elevada e regular, e com a carburação mais ativa deu-se a fundição, correndo na base do forno o ferro Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I fundido susceptível de fornecer peças moldadas. O forno, que a partir de então se pôde ampliar, transformou-se em forno de fole e, em seguida, em alto-forno. O alto-forno a carvão vegetal, segundo os historiadores, apareceu por volta de 1630; o primeiro laminador remonta aproximadamente ao ano de 1700. Entretanto, o grande impulso ao desenvolvimento da siderurgia ocorreu com o advento da tração a vapor e o surgimento das ferrovias, a primeira das quais inaugurada em 1827. Até o fim do século XVIII, a maior parte das máquinas industriais eram feitas de madeira. O rápido desenvolvimento dos métodos de refinação e de trabalho do ferro abriu caminho a novas utilizações do metal e à construção de máquinas industriais e, por conseqüência, à produção, em quantidade, de objetos metálicos de uso geral. Entre as descobertas científicas, que gradativamente iam melhorando o processo de produção industrial, merece destaque a utilização do carvão de pedra para a redução do minério de ferro, que resultou na localização dos complexos siderúrgicos e que veio determinar, por privilégios geológicos, o pioneirismo de uma nação na siderurgia. A Grã-Bretanha foi, realmente, a maior beneficiária dessa conquista científica, em razão de possuir, em territórios economicamente próximos, jazidas de minério de ferro e de carvão de pedra. Junta-se a isto toda uma estrutura comercial voltada para o exterior e já se pode vislumbrar o perfil de um país que, praticamente sozinho, foi capaz de deter o privilégio de domínio do mercado internacional de ferro, a ponto de ter sido considerada a oficina mecânica do mundo. Apesar de não ser o único país a produzir ferro, foi o primeiro a produzi-lo em escala comercial. A expansão da Revolução Industrial modificou totalmente a metalurgia e o mundo. O uso de máquinas a vapor para injeção de ar no alto-forno, laminares, tornos mecânicos e o aumento da produção, transformaram o ferro e o aço no mais importante material de construção. Em 1779, construiu-se a primeira ponte de ferro, em Coalbrookdale, na Inglaterra; em 1787, o primeiro barco de chapas de ferro e outras inovações. As ferrovias, como já mencionado anteriormente, certamente foram o maior contributo à expansão das atividades da metalurgia e, no ano de 1830, entra em operação a ferrovia Liverpool-Manchester. No auge da atividade da construção ferroviária, por volta de 1847, estava em andamento a execução de cerca de dez mil quilômetros de ferrovias. Quando a rede ferroviária britânica tinha sido completada, a indústria siderúrgica ampliada foi capaz de suprir matéria-prima para a construção de ferrovias em outros países, onde se destacam os Estados Unidos que, na década de 1870, construiu cinqüenta e uma mil milhas de estradas de ferro, o que representava, na época, tanto quanto se havia construído no restante do mundo. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Na década de 1880-1890 a produção dos altos-fornos nos Estados Unidos tornou-se a maior do mundo e, antes de 1900, a produção de aço norteamericana ultrapassou a todas as demais no mundo. Para que se tenha uma idéia do nível de crescimento da produção de aço, pode se perceber nela, um aumento vertiginoso, tanto que por volta de 1876, essa produção era de um milhão de toneladas/ano, passando em 1926, cinqüenta anos depois, para a ordem de cem milhões de toneladas ano, atingindo, atualmente, algo em torno de setecentos milhões de toneladas de aços das mais diversas qualidades e propriedades mecânicas, sob a forma de perfis, chapas, barras, tubos, trilhos, etc. Algumas obras notáveis em estruturas metálicas e que merecem ser citadas, demonstram, de maneira insofismável, essa grande conquista do homem moderno. Partindo-se da já mencionada ponte inglesa de Coalbrookdale em 1779, em ferro fundido com vão de 31 metros, passamos, logo depois ainda na Inglaterra, à Britannia Brigde, com dois vãos centrais de 140 metros cada; também pela Brooklyn Bridge em Nova Iorque, nos Estados Unidos, a primeira das grandes pontes pênseis, com 486 metros de vão livre e construída em 1883; a Torre Eiffel, em Paris, datada de 1889, com 312 metros de altura; o Empire State Building, também em Nova Iorque, com seus 380 metros de altura e datado de 1933; a Golden Gate Bridge, na cidade de São Francisco, com 1280 metros de vão livre, construída em 1937 até o World Trade Center, em Nova Iorque, com seus 410 metros de altura e seus 110 andares, construído em 1972, e isso para citarmos algumas. No Brasil, a atividade metalúrgica, no início da colonização era exercida pelos artífices ferreiros, caldeireiros, funileiros, sempre presentes nos grupos de portugueses que desembarcavam nas recém-fundadas capitanias. A matériaprima sempre foi importada e cara. As primeiras obras em estruturas metálicas no Brasil, têm sua origem, assim como nos demais países do mundo, a partir das estradas de ferro. Narra-se que em outubro de 1888, chegou a Bananal, no Estado do Rio de Janeiro, a estação ferroviária que ali seria montada. A mais sensacional estação ferroviária é a Estação da Luz, no centro da cidade de São Paulo, pois com algumas modificações, feitas após um incêndio, a estação é, fundamentalmente, a mesma que se terminou de construir em 1901 e que, imponentemente, marcava e marca até hoje, a paisagem da capital paulista. De data anterior, provavelmente de 1875, encontra-se o Mercado de São José, no Recife; mas, também, o Mercado do Peixe, em Belém, por muito tempo conhecido como o Mercado de Ferro, que foi inaugurado em 1901. 2 Acredita-se que a primeira obra a utilizar-se de ferro pudlado – processo de refinação do ferro datado de 1781, na Inglaterra, patenteado por Henry Cort, Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I descrita como a mais pesada forma de trabalho jamais empreendida pelo homem – fabricado no Brasil, deu-se por volta de 1857, que foi a Ponte de Paraíba do Sul, no Estado do Rio de Janeiro, com cinco vãos de trinta metros, estando em uso até a atualidade. 3 Mas, como marco de construção, não se poderia deixar de citar, em São Paulo, o Viaduto Santa Efigênia, que de acordo com o Eng.º Paulo Alcides Andrade, constituiu-se num marco de São Paulo. A história desse viaduto, segundo o engenheiro, se inicia por volta do ano de 1890, quando se obteve a licença do Conselho de Intendentes para a sua construção. A obra, porém, não foi iniciada e o contrato para sua construção foi cancelado. Para se resumir a história de uma obra repleta de vai-e-vém, de ordem burocrática, ela somente teve início no ano de 1911 e terminou em 1913. A estrutura, totalmente fabricada na Bélgica, foi apenas montada no local, pela união por rebitagem das peças numeradas – processo de ligações estruturais adota na época – e com as furações prontas, sendo inaugurada em 26 de setembro de 1913. As características estruturais da obra nos chamam a atenção, em especial, por determinadas peculiaridades. A ponte é formada por um tabuleiro superior com 255 metros de extensão, apoiado sobre cinco tramos, sendo três centrais com 53,50 metros cada e mais dois vãos com 30,00 metros de vão nas extremidades. Os três vãos centrais, por sua vez, são formados por arcos com flecha de 7,50 metros, o que equivale a uma relação flecha/vão de 7 a 8, valores esses, até hoje utilizados em dimensionamento de estruturas em arco. 4 A primeira corrida de aço em uma usina siderúrgica integrada de grande porte, no Brasil, deu-se em 22 de junho de 1946, na Usina Presidente Vargas, da CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro. O país importava praticamente todo o aço de que necessitava, tanto que as instalações industriais da própria CSN foram construídas por empresas estrangeiras. Por aquele período, à exceção dos produtos planos (chapas) que tinham a demanda garantida, os demais produtos, tais como trilhos e perfis laminados, encontravam dificuldades na sua comercialização, quando foi proposta pela USX – United States Steeel, empresa norte-americana fabricante de aço e fornecedora de estruturas metálicas, após pesquisa de mercado, que a CSN instalasse uma fábrica de estruturas com o objetivo de consumir a produção de laminados e de incentivar o seu uso4. Nascia, dessa maneira, a partir de 1953, a FEM – Fábrica de Estruturas Metálicas, criando uma tecnologia brasileira da construção metálica. 4Roosevelt de Carvalho, na ocasião funcionário da CSN, foi uma pessoa de fundamental importância neste processo. Após breve estágio nos E.U.A.. voltou para Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I organizar na fábrica recém-criada, um curso para detalhamento de estruturas metálicas. O trabalho desenvolvido possibilitou a formação de uma equipe de primeira linha e transformou-se em verdadeira escola. Com Paulo Fragoso a construção metálica conheceu um de seus momentos mais estimulantes. Com a implantação da CSN, ele começou a se preparar para colaborar no desenvolvimento da nova tecnologia que, acreditava, haveria de ganhar grande impulso no país. O vanguardarismo do escritório Paulo Fragoso não se limitou apenas ao arrojo, que propiciou a construção das primeiras grandes edificações de aço no Brasil. Introduziu e aperfeiçoou nos seus projetos os conceitos de vigas mistas, trazido da Alemanha, um dos fatores mais importantes para a viabilização econômica da solução metálica para edifícios altos. Estava deflagrado o processo que daria início às edificações de aço no Brasil. Dignos de nota, muito embora sejam muitas as edificações, mencionaremos apenas algumas dessas obras: Nome Edifício Garagem América Edifício Palácio do Comércio Edifício Avenida Central Edifício Santa Cruz Área Construída 15.214 m2 21.655 m2 75.000 m2 48.717 m2 17 Pavimentos 21 Pavimentos 36 Pavimentos 33 Pavimentos Projeto Arquitetônico Rino Levi Lucjan Korngold Henrique E. Mindlin Jaime Luna dos Santos Projeto Estrutural Paulo R. Fragoso Paulo R. Fragoso Paulo R. Fragoso Paulo R. Fragoso Fabricante F.E.M. F.E.M. F.E.M. F.E.M. Construtora Cavalcanti & Junqueira Lucjan Korngold Capua & Capua Ernesto Wöebcke Quantitativo de Aço 948 Ton. 1.360 Ton. 5.620 Ton. 4.011 Ton. Local - Data S.P. - 1957 S.P. - 1959 R.J. - 1961 R.S. – 1964 1. Cronologia do Uso dos Metais – Organizada por Thomaz Mares Guia Braga 2. Edifícios Industriais em Aço – Ildony H. Belley – Editora Pini 3. Eng.º Paulo Andrade – material disponível na Internet 4. Edificações de Aço no Brasil – Luís Andrade de Mattos Dias – Zigurate Editora – 2002. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL 1.2. ESTRUTURAS METÁLICAS I – Vantagens e Desvantagens na utilização do Aço Estrutural: Como todo material de utilização em construção, o aço estrutural é possuidor de características que trazem benefícios de toda ordem o que, certamente, proporciona vantagens em sua utilização. Muito embora não seja causador de malefícios quando utilizado em construções, é também necessário estabelecer algumas desvantagens com relação à sua utilização. Pois bem, vamos a elas1,2. 1.2.1. – Vantagens: Como principais vantagens da utilização do aço estrutural, podemos citar: a) Alta resistência do material nos diversos estados de solicitação – tração, compressão, flexão, etc., o que permite aos elementos estruturais suportarem grandes esforços apesar das dimensões relativamente pequenas dos perfis que os compõem. b) Apesar da alta massa específica do aço, na ordem de 78,50 KN/m3, as estruturas metálicas são mais leves do que, por exemplo, as estruturas de concreto armado, proporcionado, assim, fundações menos onerosas. c) As propriedades dos materiais oferecem grande margem de segurança, em vista do seu processo de fabricação que proporciona material único e homogêneo, com limites de escoamento, ruptura e módulo de elasticidade bem definidos. d) As dimensões dos elementos estruturais oferecem grande margem de segurança, pois por terem sido fabricados em oficinas, são seriados e sua montagem é mecanizada, permitindo prazos mais curtos de execução de obras. e) Apresenta possibilidade de desmontagem da estrutura e seu posterior reaproveitamento em outro local. f) Apresenta possibilidade de substituição de perfis componentes da estrutura com facilidade, o que permite a realização de eventuais reforços de ordem estrutural, caso se necessite estruturas com maior capacidade de suporte de cargas. g) Apresenta possibilidade de maior reaproveitamento de material em estoque, ou mesmo, sobras de obra, permitindo emendas devidamente dimensionadas, que diminuem as perdas de materiais, em geral corrente em obras. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1.2.2. – Desvantagens: Como principais desvantagens da utilização do aço estrutural, podemos citar: a) Limitação de fabricação em função do transporte até o local da montagem final, assim como custo desse mesmo transporte, em geral bastante oneroso. b) Necessidade de tratamento superficial das peças estruturais contra oxidação devido ao contato com o ar, sendo que esse ponto tem sido minorado através da utilização de perfis de alta resistência à corrosão atmosférica, cuja capacidade está na ordem de quatro vezes superior aos perfis de aço carbono convencionais. c) Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para a fabricação e montagem. d) Limitação, em algumas ocasiões, na disponibilidade de perfis estruturais, sendo sempre aconselhável antes do início de projetos estruturais, verificar junto ao mercado fornecedor, os perfis que possam estar em falta nesse mercado. 1. Estruturas Industriais em Aço – Ildony H. Belley – Editora Pini. 2. Estruturas Metálicas – Antonio Carlos F. Bragança Pinheiro – Editora Edgard Blücher Ltda. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1.3. – Fatores que influenciam o custo de Estruturas Metálicas: 1 Tradicionalmente o aço tem sido vendido por tonelada e, conseqüentemente, discutindo-se o custo de uma estrutura de aço impõe-se que se formulem seus custos por tonelada de estrutura acabada. Na realidade, existe uma gama considerável de outros fatores que se somam na constituição desses valores e que têm influência no custo final dessa estrutura, que não somente o seu peso. Como principais fatores que influenciam o custo de Estruturas Metálicas, podemos citar: a) Seleção do sistema estrutural: ao se considerar qual o sistema estrutural que se propõe dimensionar, é necessário levar em conta os fatores de fabricação e posterior montagem, bem como sua utilização futura, no que diz respeito, por exemplo, à iluminação, ventilação e mesmo outros fatores que venham a ser causadores de problemas futuros e que possam demandar arranjos posteriores. b) Projeto dos elementos estruturais: é sempre necessário um cuidado especial nesse requisito, em vista a imensa repetitividade dos elementos dimensionados. Uma vez que se dimensiona um componente estrutural, ele se repete por um numero grande de vezes, e caso esse elemento tenha sido dimensionado aquém de suas necessidades, os reflexos de ordem estrutural se farão notar em toda a obra; assim como, em caso contrário, de dimensionamento dos elementos estruturais além de suas necessidades reais, acarreta custo adicional, sem dúvida nenhuma, desnecessário. c) Projeto e Detalhe das conexões: da mesma maneira que nos itens anteriores, as conexões, ou as ligações estruturais deverão levar em conta aspectos de fabricação. Por exemplo, as ligações de fábrica poderão ser soldadas, pois esse tipo de trabalho ao ser realizado em fábrica é feito de maneira relativamente simples, ao passo que, quando essas ligações são realizadas na obra, as condições locais já não são tão favoráveis a um bom processo de montagem, em vista de que, na fábrica, trabalha-se ao nível do chão ou mesmo em bancadas apropriadas, enquanto que no local da obra, as condições de trabalho são, em geral, executadas sobre andaimes ou outros elementos; o que nos leva a considerarmos para as ligações de obra a utilização de parafusos. d) Processo de fabricação, especificações para fabricação e montagem: estão dentre os fatores que mais influenciam os custos da obra, pois processos de especificações mal delineadas causam atrasos ou mesmo necessidade de retrabalho de certas etapas de execução, assim como a montagem da estrutura deverá ser levada em conta mesmo antes de sua contratação, para Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I que se verifiquem elementos limitadores dessa etapa da construção, tais como proximidade de vizinhos, linhas de energia, tubulações enterradas, movimentação dos equipamentos de montagem, etc. e) Sistemas de proteção contra corrosão e incêndio: no primeiro caso, da corrosão, já se citou a existência, no mercado, de determinados produtos que minoram essa dificuldade, mas que se deve levar em conta, também, se a oferta desses produtos podem ou não onerar a obra, avaliando e comparando o custo de pinturas especiais em relação ao material aço. De uma maneira geral, principalmente em zonas litorâneas, de grande agressividade, a utilização desses perfis especiais é menos oneroso do que pinturas especiais. No caso de combate a incêndio, esse aspecto deve levar em consideração normas específicas delineadas pelo Corpo de Bombeiros, mas que de uma maneira geral, acrescentam, de forma significativa, ônus sobre o custo da obra. Pintura Intumescente: Proteção passiva em Estruturas Metálicas com tintas intumescentes de acordo com Legislação do Corpo de Bombeiros. No Brasil, a partir de 1995, esta tecnologia foi introduzida, tendo boa aceitação pelo mercado. O sistema compreende de um primer, tinta intumescente a tinta de acabamento. É necessário um prévio jateamento abrasivo e posteriormente a aplicação da tinta de fundo epoximastic vermelho óxido na espessura de película seca de 100 micrometros. O ideal para a execução dos serviços com a pintura intumescente, é que as estruturas já estejam montadas, com as eventuais alvenarias, ou lajes prontas, pois nas faces onde existem tais materiais, não será necessária a aplicação do material, porém, locais onde existam forros ou fechamentos em placas, os serviços de pintura deverão ser executados antes dessas colocações. A aplicação é feita com pessoal especializado pois é necessário rigoroso controle técnico nas demãos de material que não podem ultrapassar os limites estabelecidos por demão, devendo se observar os corretos espaços de tempo entre essas demãos. O acabamento é através de produto adequado, chamado ‘top seal’, aplicado com método convencional de pintura. A tecnologia utilizada nas tintas intumescentes, agem a partir da temperatura de 200.ºC, iniciando-se um processo de expansão volumétrica onde são liberados gases atóxicos e, formando-se uma camada espessa de espuma semi-rígida na superfície da estrutura metálica, protege a mesma, retardando a ação da temperatura sobre essas. Dependendo do tipo da estrutura (leve, média ou pesada) e da utilização (industrial, comercial, institucional) é aplicada uma espessura adequada de material intumescente que irá proteger a estrutura, conforme o caso requerido pela legislação, de 30 a 120 minutos. 1. Edifícios Industriais em Aço – Ildony H. Belley – Editora Pini Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1.4. – Principais fases na construção de uma obra: As obras de construção, de maneira geral, estabelecem determinadas premissas para sua boa execução e que podem ser definidas assim: a) Projeto Arquitetônico: nessa etapa são delineadas a finalidades da obra, o seu estudo, a sua composição, assim como os materiais que serão utilizados, características de ventilação, iluminação. Bem se vê tratar-se de etapa das mais importantes, em vista de que todos os demais projetos complementares – fundações, estrutura, instalações, etc – serão desenvolvidos a partir das premissas definidas nessa etapa, necessitando, portanto, de tempo adequado para sua boa confecção. b) Projeto estrutural: na seqüência natural dos projetos, surge a etapa onde se dá vestimenta ao corpo da obra, ou seja, a estrutura, quando todos os componentes desse corpo devem ser devidamente trabalhados, de forma a estabelecer consonância com o projeto arquitetônico. É não menos importante do que o anterior, pois se o primeiro delineia as linhas básicas de uma obra, a estrutura vem dar conformação àquelas linhas. 1 Vale aqui a citação do Johnstom/Lim., em seu livro “Basic Steel Design”: “Um bom projetista estrutural pensa de fato em sua estrutura tanto ou mais do que pensa no modelo matemático que usa para verificar os esforços internos, baseado nos quais ele deverá determinar o material necessário, tipo, dimensão e localização dos membros que conduzem as cargas. A ‘mentalidade da engenharia estrutural’ é aquela capaz de visualizar a estrutura real, as cargas sobre ela, enfim ‘sentir’ como estas cargas são transmitidas através dos vários elementos até as fundações. Os grandes projetistas são dotados daquilo que às vezes se tem chamado ‘intuição estrutural’. Para desenvolver a ‘intuição e sentir’, o engenheiro torna-se um observador arguto de outras estruturas. Pode até mesmo deter-se para contemplar o comportamento de uma árvore projetada pela natureza para suportar as tempestades violentas; sua flexibilidade é frágil nas folhas e nos galhos diminuídos, mas crescente em resiet6encia e nunca abandonando a continuidade, na medida em que os galhos se confundem com o tronco, que por sua vez se espalha sob sua base no sistema de raízes, que prevê sua fundação e conexão com o solo”. c) Sondagens do Solo: é de fundamental importância para o bom delineamento, em especial, do sistema estrutural a ser adotado que, como já vimos, é um dos fatores preponderantes na análise de custos de uma obra em estrutura metálica. A partir da boa ou má qualidade do solo, o sistema estrutural proposto irá considerar as condições mais propícias para o apoio dessa estrutura sobre os elementos estruturais que compõe as fundações, podendo ou não, por exemplo, serem engastados nesses elementos. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I d) Detalhamento, Fabricação, Transporte e Montagem: nessas etapas os fatores que compõem a boa execução da obra devem ser bem delineados, a começar pelo detalhamento dos elementos estruturais, peça por peça, visando atender necessidades de cronogramas tanto de fabricação quanto de montagem. No caso da fabricação, devem ser observadas as premissas de projeto e detalhamento, assim como prever para as etapas de transporte e montagem, a confecção de estruturas que não exijam, em demasia, a contratação de equipamentos ainda mais especiais, tais como veículos especiais ou guindastes também especiais. 1. Edifícios Industriais em Aço – Ildony H. Belley – Editora Pini Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1.5. – Produtos Siderúrgicos e Produtos Metalúrgicos: Os produtos siderúrgicos, via de regra, podem ser classificados de forma geral em perfis; chapas e barras. As indústrias siderúrgicas produzem cantoneiras de abas iguais ou desiguais, perfis H, I ou Tê, perfis tipo U, barras redondas, barras chatas, tubos circulares, quadrados ou retangulares, chapas em bobinas, finas ou grossas; enquanto os produtos metalúrgicos são os compostos por chapas dobradas tais como perfis tipo U enrijecido ou não, cantoneiras em geral de abas iguais, perfil cartola, perfil Z ou trapezoidais, ou ainda, compostos por chapas soldadas para perfis tipo Tê soldado ou I soldado. 1.5.1. – Designação dos perfis: a) Perfis laminados ou conformados a quente: A designação de perfis metálicos laminados segue determinada ordem Código, altura (mm.), peso (Kg/m) Como exemplo de códigos teremos: L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais I – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ I ‘ H – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘H’ U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘U’ T – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘Tê’ Como exemplo de designação de perfis teremos: L 50 x 2,46 – Perfil L de abas iguais de 50mm e peso de 2,46 kg/ml L 100 x 75 x 10,71 – Perfil L de abas desiguais de 100mm de altura por 75mm de largura e peso de 10,71 kg/ml I 200 x 27 – Perfil ‘ I ‘ com altura de 200mm e peso de 27 Kg/ml H 200 x 27 – Perfil ‘ H ‘ com altura de 200mm e peso de 27 Kg/ml U 200 x 27 – Perfil ‘ U ‘ com altura de 200mm com peso de 27 Kg/ml Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-13 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I b) Perfis de chapa dobrada ou perfis formados a frio (PFF): A designação de perfis metálicos de chapa dobrada segue determinada ordem Tipo, Altura, Aba, Dobra, Espessura (todas as medidas em mm) L – Cantoneiras de abas iguais ou desiguais U – Perfil de seção transversal na forma da letra ‘ U ‘ enrijecidos ou não Como exemplo de designação de perfis teremos: L 50 x 3 – Perfil L de abas iguais de 50mm e espessura de 3mm L 50 x 30 x 3 – Perfil L de abas desiguais de 50mm por 30mm e espessura de 3mm U 150 x 60 x 3 – Perfil U não enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm e espessura de 3mm U 150 x 60 x 20 x 3 – Perfil U enrijecido com altura de 150mm, aba de 60mm, dobra de 20mm e espessura de 3mm A designação de perfis soldados seguem especificações dos fabricantes sempre na forma de perfil tipo ‘ I ‘ CS – Perfil coluna soldada (altura e abas com a mesma dimensão) VS – Perfil viga soldada CVS – Perfil coluna-viga soldada Como exemplo de designação de perfis teremos: CS 250 x 52 – Perfil CS com altura de 250mm e peso de 52 Kg/ml VS 600 x 95 – Perfil VS com altura de 600mm e peso de 95 kg/ml CVS 450 x 116 – Perfil CVS com altura de 450mm e peso de 116 Kg/ml Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-14 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I c) Outros produtos: Chapas finas a frio – possuem espessuras padrão de 0,30mm a 2,65mm e fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.200mm e 1.500mm e nos comprimentos de 2.000mm e 3.000mm, e também sob a forma de bobinas Chapas finas a quente – possuem espessuras padrão de 1,20mm a 5,00mm e fornecidas em larguras padronizadas de 1.000mm, 1.100mmn, 1.200mm, 1.500mm e 1.800mm e nos comprimentos de 2.000mm, 3.000mm e 6.000mm, e também sob a forma de bobinas Chapas grossas – possuem espessuras padrão de 6,3mm a 102mm e fornecidas em diversas larguras padronizadas de 1.000mm a 3.800mm e em comprimentos de 6.000mm e 12.000mm Barras redondas – apresentadas em amplo numero de bitolas que são utilizadas em chumbadores, parafusos e tirantes Barras chatas – apresentadas nas dimensões de 38 x 4,8 a 304 x 50 (mm) Barras quadradas – apresentadas nas dimensões de 50mm a 152mm Tubos estruturais – apresentados em amplo numero de dimensões e fornecidos em comprimento padrão de 6.000mm d) Nomenclatura S.A.E. Para os aços utilizados na indústria mecância e por vezes também em construções civis, emprega-se comfreqüência a nomenclatura S.A.E. SAE 1020 – aço-carbono com 0,20% de carbono 1. Estruturas Metálicas – Antonio Carlos F. Bragança Pinheiro – Editora Edgard Blücher Ltda. 2. Edifícios Industriais em Aço- Ildony H. Belley – Editora Pini Ltda. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-15 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PADRÃO COMERCIAL DE PERFIS METÁLICOS Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-16 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1.6. – Aplicações Gerais das Estruturas Metálicas: Dentre as inúmeras aplicações das estruturas metálicas, podemos citar: • Telhados • Edifícios Industriais, Residenciais e Comerciais • Residências • Hangares • Pontes e Viadutos • Pontes Rolantes e Equipamentos de Transporte (Esteiras) • Reservatórios • Torres • Guindastes • Postes • Passarelas • Indústria Naval • Escadas • Mezaninos • Silos • Helipontos 1. Estruturas Metálicas – Antonio Carlos F. Bragança Pinheiro – Editora Edgard Blücher Ltda. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-17 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1.7. – Principais Normas para Projeto e Obras em Estruturas Metálicas: Entidades normativas são associações representativas de classe ou organismos oficiais que determinam os procedimentos a serem seguidos para a execução de uma determinada atividade. Para projetos e execução de obras em Estruturas Metálicas, existem normas que prescrevem os materiais utilizados (aço, soldas, parafusos, etc), metodologia de projetos (cargas, dimensionamento, detalhamento) e execução da obra (fabricação, montagem, sistemas de combate a corrosão e incêndio). As principais entidades responsáveis por esses diversos níveis de atividades são: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas AISC - American Institute of Steel Construction ANSI – American National Standards Institute ASTM – American Society for Testing and Materials SAE – Society of Automotive Engineers DIN – Deutsch Industrie Norm Tendo em vista que no Brasil o órgão que atende às premissas de projeto, cálculo e execução é a ABNT, essa entidade estabelece como prerrogativas para as atividades na área de Estruturas Metálicas as seguintes normas: NB 14 (NBR 8800) – Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios E que, por sua vez, estabelece como Normas Técnicas complementares: NB 862 (NBR 8681) – Ações e Segurança nas estruturas NB 5 (NBR 6120) – Cargas para o Cálculo de Estruturas de Edificações NB 599 (NBR 6123) – Forças Devido ao Ventos em Edificações NBR 14323 – Dimensionamento para Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio NBR 14432 – Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-18 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I CANTONEIRAS LAMINADAS DE ABAS IGUAIS Perfil Altura Espessura Área Peso Ix = Iy Wx = Wy ix = iy i máx i min Xg = Yg H x peso h (mm) to (mm) cm² kg/m cm4 cm³ cm cm cm cm 16 x 0,71 16 x 16 3,17 0.96 0,71 0,20 0,18 0,45 0,56 0,30 0,51 19 x 0,88 19 x 19 3,17 1,16 0,88 0,37 0,28 0,58 0,73 0,38 0,58 22 x 1,04 22 x 22 3,17 1,35 1,04 0,58 0,37 0,66 0,80 0,48 0,66 25 x 1,19 25 x 25 3,17 1,48 1,19 0,83 0,49 0,76 0,96 0,51 0,76 25 x 1,73 25 x 25 6,76 2,19 1,73 1,24 0,65 0,76 0,95 0,48 0,81 25 x 2,21 25 x 25 6,40 2,83 2,21 1,66 0,98 0,73 0,91 0,48 0,86 32 x 1,50 32 x 32 3,17 1,93 1,50 1,66 0,81 0,96 1,21 0,63 0,91 32 x 2,20 32 x 32 4,76 2,77 2,20 2,49 1,14 0,96 1,20 0,61 0,96 32 x 2,86 32 x 32 6,4 3,61 2,86 3,32 1,47 0,93 1,16 0,61 1,01 38 x 1,83 38 x 38 3,17 2,32 1,83 3,32 1,14 1,19 1,50 0,76 1,06 38 x 2,68 38 x 38 4,76 3,42 2,68 4,57 1,63 1,16 1,47 0,73 1,11 38 x 3,48 38 x 38 6,40 4.45 3,48 5,82 2,13 1,14 1,44 0,73 1,19 38 x 4,26 38 x 38 8,00 5,42 4,26 6,65 4,53 1,11 1,39 0,73 1,24 44 x 2,14 44 x 44 3,17 2,70 2,14 5,41 1,63 1,39 1,76 0,88 1,21 44 x 3,15 44 x 44 4,76 3,99 3,15 7,49 2,29 1,37 1,73 0,88 1,29 44 x 4,12 44 x 44 6,4 5,22 4,12 9,57 3,11 1,34 1,69 0,86 1,34 44 x 5,05 44 x 44 8,0 6,45 5,05 11,23 3,77 1,32 1,66 0,86 1,39 44 x 5,94 44 x 44 10,0 7,61 5,94 12,90 4,26 1,29 1,61 0,86 1,45 51 x 2,46 51 x 51 3,17 3,09 2,46 7,90 2,13 1,60 2,03 1,01 1,39 51 x 3,63 51 x 51 4,76 4,58 3,63 11,23 3,11 1,57 1,99 0,99 1,44 51 x 4,76 51 x 51 6,4 6,06 4,76 14,56 4,09 1,54 1,94 0,99 1,49 51 x 5,83 51 x 51 8,0 7,41 5,83 17,48 4,91 1,52 1,91 0,99 1,54 51 x 6,99 51 x 51 10,0 8,77 6,99 19,97 5,73 1,49 1,86 0,99 1,62 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-19 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I CANTONEIRAS LAMINADAS DE ABAS IGUAIS Perfil h to Peso Área Ix = Iy Wx = Wy ix = iy is min i máx Xg = Yg H x peso mm mm kg/m cm² cm4 cm³ cm cm cm cm 64 x 6,10 64 6,4 6,10 7,68 29,1 6,4 1,95 1,24 2,45 1,83 64 x 7,4 64 8,0 7,40 9,48 35,4 7,8 1,93 1,24 2,43 1,88 64 x 8,8 64 10,0 8,80 11,16 40,8 9,1 1,91 1,22 2,41 1,93 76 x 7,3 76 6,4 7,30 9,30 50,0 9,50 2,36 1,50 2,94 2,13 76 x 9,1 76 8,0 9,10 11,48 62,4 11,6 2,33 1,50 2,94 2,21 76 x 10,7 76 10,0 10,70 13,61 74,9 14,0 2,35 1,47 2,92 2,26 76 x 14,0 76 12,5 14,00 17,74 91,6 17,5 2,27 1,47 2,86 2,36 102 x 12,2 102 8,0 12,20 15,50 154,0 21,00 3,15 2,00 3,96 2,84 102 x 14,6 102 10,0 14,60 18,45 183,1 25,1 3,15 2,00 3,96 2,90 102 x 19,1 102 12,5 19,10 24,19 233,1 32,4 3,10 1,98 3,91 3,00 102 x 23,4 102 16,0 23,40 29,74 278,9 39,4 3,06 1,96 3,86 3,12 127 x 18,3 127 10,0 18,30 23,3 362,0 39,0 3,94 2,51 4,92 3,53 127 x 24,1 127 12,5 24,10 30,65 470,3 51,9 3,92 2,49 4,95 3,63 127 x 29,8 127 16,0 29,80 37,81 566,1 63,3 3,87 2,46 4,89 3,76 127 x 35,1 127 20,0 35,10 44,77 653,5 73,9 3,82 2,46 4,82 3,86 152 x 22,2 152 10,0 22,20 28,13 641,0 58,1 4,77 3,02 6,05 4,17 152 x 29,2 152 12,5 29,20 37,10 828,3 75,8 4,73 3,00 5,97 4,27 152 x 36,0 152 16,0 36,00 45,87 1007,3 93,2 4,69 2,97 5,94 4,39 152 x 42,7 152 20,0 42,70 54,45 1173,8 109,9 4,64 2,97 5,84 4,52 152 x 49,3 152 22,0 49,30 62,77 1327,8 125,5 4,60 2,97 5,80 4,62 203 x 39,3 203 12,5 39,30 50,0 2022,0 138,0 6,38 4,01 - 5,56 203 x 48,7 203 16,0 48,70 62,0 2471,0 169,0 6,32 4,01 - 5,66 203 x 57,9 203 19,0 57,90 73,80 2899,0 200,0 6,27 3,99 - 5,79 203 x 67,0 203 22,0 67,0 85,30 3311,0 230,0 6,22 3,96 - 5,89 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-20 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I CANTONEIRAS LAMINADAS DE ABAS DESIGUAIS Dimensões to c Peso Área Ix Iy Wx Wy ix iy ix min Xg Yg mm mm cm kg/m cm² cm4 cm4 cm³ cm³ cm cm cm cm cm 89 6,4 1,43 7,29 9,29 74,9 32,5 12,3 6,7 2,84 1,89 1,37 1,55 2,82 506 8,0 1,59 9,08 11,48 91,6 39,1 15,3 8,2 2,82 1,85 1,37 1,63 2,90 501 10,0 1,75 10,71 13,61 108,2 45,8 18,2 9,7 2,82 1,83 1,37 1,68 2,95 496 8,0 1,75 10,71 13,48 141,5 70,8 20,2 12,5 3,24 2,29 1,65 1,93 3,20 554 10,0 1,21 12,65 16,00 166,5 79,1 24,0 14,1 3,23 2,22 1,63 1,98 3,25 551 11,1 2,06 14,58 18,52 187,3 91,6 27,1 16,4 3,18 2,22 1,63 2,03 3,30 12,5 2,22 16,52 20,97 208,1 99,9 30,5 18,2 3,15 2,18 1,63 2,11 3,38 543 6,4 1,59 9,08 11,68 120,7 87,4 16,6 13,3 3,21 2,74 1,85 2,31 2,95 759 102 8,0 1,75 11,46 14,52 149,8 108,2 20,8 16,5 3,21 2,73 1,85 2,36 3,00 757 X 10,0 1,91 13,54 17,23 174,8 124,9 24,5 19,3 3,19 2,69 1,85 2,44 3,07 755 11,1 2,06 15,77 19,94 199,8 141,5 28,2 22,1 3,17 2,66 1,83 2,49 3,12 753 12,5 2,22 17,71 22,58 220,6 158,2 31,4 24,9 3,13 2,65 1,83 2,54 3,18 750 8,0 1,91 12,95 16,52 274,7 112,4 31,7 16,6 4,08 2,61 1,93 2,13 4,04 489 10,0 2,06 15,48 19,68 324,7 133,2 37,7 19,8 4,06 2,60 1,93 2,18 4,09 486 11,1 2,22 17,86 22,77 370,4 149,8 43,3 22,5 4,03 2,57 1,93 2,24 4,14 482 12,5 2,38 20,24 25,81 416,2 166,2 49,1 25,3 4,02 2,54 1,91 2,31 4,22 479 22,62 28,84 457,9 183,1 54,3 28,0 3,98 2,53 1,91 2,36 4,27 25,00 31,74 499,5 199,8 59,6 30,8 3,97 2,51 1,91 2,41 4,32 27,23 34,65 541,1 216,4 65,0 33,6 3,95 2,50 1,91 2,46 4,37 29,47 37,48 578,6 233,1 70,1 36,7 3,93 2,49 1,91 2,54 4,45 X 64 102 tg X 76 89 127 X 89 14,3 16,0 2,70 17,5 20,0 3,02 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 472 464 1-21 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I CANTONEIRAS LAMINADAS DE ABAS DESIGUAIS Dimensões to c Peso Área Ix Iy Wx Wy ix iy ix min Xg Yg mm mm cm kg/m cm² cm4 cm4 cm³ cm³ cm cm cm cm cm 10,0 2,22 18,30 23,29 561,9 204,0 54,7 26,1 4,91 2,96 2,24 2,39 4,93 11,1 2,38 21,28 26,97 645,2 233,1 63,1 30,0 4,89 2,94 2,21 2,44 4,98 152 12,5 2,54 24,11 30,65 724,2 262,2 71,3 34,1 4,86 2,92 2,21 2,51 5,05 X 14,3 2,70 26,94 34,26 803,3 287,2 79,6 37,6 4,84 2,90 2,21 2,57 5,11 16,0 2,86 29,76 37,81 878,2 312,2 87,5 41,2 4,82 2,87 2,18 2,62 5,16 32,44 41,29 949,0 337,1 95,2 44,9 4,79 2,86 2,18 2,69 5,23 102 17,5 tg 446 440 435 20,0 3,17 35,12 44,77 1019,8 362,1 102,8 48,5 4,77 2,84 2,18 2,74 5,28 428 12,5 2,54 26,64 33,87 1111,3 270,5 95,4 34,4 5,73 2,83 2,21 2,34 6,15 335 178 14,3 2,70 29,76 37,94 1232,0 299,7 106,2 38,4 5,70 2,81 2,21 2,39 6,20 . X 16,0 2,86 32,89 41,87 1348,6 324,7 116,8 41,8 5,68 2,78 2,18 2,44 6,25 329 17,5 . 36,01 45,74 1461,0 353,8 127,3 46,0 5,65 2,78 2,18 2,51 6,32 . 20,0 3,17 38,99 49,61 1573,3 378,8 137,8 49,6 5,63 2,78 2,18 2,57 6,38 324 12,5 2,54 29,17 37,10 1602,5 278,9 122,9 34,8 6,57 2,74 2,18 2,18 7,26 267 14,3 2,70 32,59 41,48 1781,5 308,0 137,2 38,7 6,55 2,72 2,18 2,24 7,32 . 16,0 2,86 36,01 45,87 1952,1 337,1 151,2 42,7 6,52 2,71 2,18 2,31 7,39 262 203 17,5 . 39,44 50,19 2122,8 362,1 165,1 46,2 6,50 2,69 2,16 2,36 7,44 . X 20,0 3,17 42,71 54,45 2285,1 391,3 178,4 50,2 6,48 2,68 2,16 2,41 7,49 258 21,0 . 46,13 58,65 2443,3 416,2 191,9 54,0 6,45 2,66 2,16 2,49 7,57 . 22,0 3,49 49,26 62,77 2597,3 437,0 204,8 57,0 6,43 2,64 2,16 2,54 7,62 253 23,8 . 52,53 66,90 2751,3 462,0 217,8 60,7 6,41 2,63 2,16 2,59 7,67 . 25,4 3,81 55,66 70,97 2897,0 482,8 230,8 64,1 6,39 2,61 2,16 2,67 7,75 247 102 102 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-22 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL U PADRÃO AMERICANO h x peso h tf to b Área Ix ix Iy Wy iy xg mml X kg/m mm mm mm mm cm² cm cm Wx cm cm 4 cm³ cm cm 76 x 6,1 76,2 6,9 4,32 35,8 7,78 68,9 18,1 2,98 8,2 3,32 1,03 1,11 76 x 7,4 76,2 6,9 6,55 38,0 9,48 77,2 20,3 2,85 10,3 3,82 1,04 1,11 4 3 76 x 8,9 76,2 6,9 0,04 40,5 11,4 86,3 22,7 2,75 12,7 4,39 1,06 1,16 102 x 8,0 101,6 7,5 4,57 40,1 10,1 159,5 31,4 3,97 13,1 4,61 1,14 1,16 102 x 9,3 101,6 7,5 6,27 41,8 11,9 174,4 34,3 3,84 15,5 5,10 1,14 1,15 102 x 10,8 101,6 7,5 8,13 43,7 13,7 190,6 37,5 3,73 18,0 5,61 1,15 1,17 152 x 12,2 152,4 8,70 5,08 48,8 15,5 546 71,7 5,94 28,8 8,06 1,36 1,30 152 x 15,6 152,4 8,70 7,98 51,7 19,9 632 82,9 5,63 36,0 9,24 1,34 1,27 152 x 19,4 152,4 8,70 11,1 54,8 24,7 724 95,0 5,42 43,9 10,5 1,33 1,31 152 x 23,1 152,4 8,70 14,2 57,9 29,4 815 107,0 5,27 52,4 11,9 1,33 1,38 203 x 17,1 203,2 9,90 5,59 57,4 21,8 1356 133,4 7,89 54,9 12,8 1,59 1,45 203 x 20,5 203,2 9,90 7,70 59,5 26,1 1503 147,9 7,60 63,6 14,0 1,56 1,41 203 x 24,2 203,2 9,90 10,0 61,8 30,8 1667 164,0 7,35 72,9 15,3 1,54 1,40 203 x 27,9 203,2 9,90 12,4 64,2 35,6 1830 180,1 7,17 82,5 16,6 1,52 1,44 203 x 31,6 203,2 9,90 14,7 66,5 40,3 1990 196,2 7,03 92,6 17,9 1,52 1,49 254 x 22,7 254,0 11,10 6,10 66,0 29,0 2800 221 9,84 95,1 19,0 1,81 1,61 254 x 29,8 254,0 11,10 9,63 69,6 37,9 3290 259 9,31 117,0 21,6 1,76 1,54 254 x 37,2 254,0 11,10 13,4 73,3 47,4 3800 299 8,95 139,7 24,3 1,72 1,57 254 x 44,7 254,0 11,10 17,1 77,0 56,9 4310 339 8,70 164,2 27,1 1,70 1,65 254 x 52,1 254,0 11,10 20,8 80,8 66,4 4820 379 8,52 191,7 30,4 1,70 1,76 305 x 30,7 304,8 12,70 7,11 74,7 39,1 5370 352 11,7 161,1 28,3 2,03 1,77 305 x 37,2 304,8 12,70 9,83 77,4 47,4 6010 394 11,3 186,1 30,9 1,98 1,71 305 x 44,7 304,8 12,70 13,0 80,5 56,9 6750 443 10,9 214 33,7 1,94 1,71 305 x 52,1 304,8 12,70 16,1 83,6 66,4 7480 491 10,6 242 36,7 1,91 1,76 305 x 59,6 304,8 12,70 19,2 86,7 75,9 8210 539 10,4 273 39,8 1,90 1,83 381 x 50,4 381,0 16,50 10,2 86,4 64,2 13100 688 14,3 338 51,0 2,30 2,00 381 x 52,1 381,0 16,50 10,7 86,9 66,4 13360 701 14,2 347 51,8 2,29 1,99 381 x 59,5 381,0 16,50 13,2 89,4 75,8 14510 762 13,8 387 55,2 2,25 1,98 381 x 67,0 381,0 16,50 15,7 91,9 85,3 15650 822 13,5 421 58,5 2,22 1,99 381 x 74,4 381,0 16,50 18,2 94,4 94,8 16800 882 13,3 460 62,0 2,20 2,03 381 x 81,9 381,0 16,50 20,7 96,9 104,3 17950 942 13,1 498 66,5 2,18 2,21 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-23 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I PADRÃO AMERICANO tf bf tf h d tw Dimensões (mm) A EIXO X-X EIXO Y-Y P Perfil d bf tf tw h cm2 Ix Wx Rx Zx Iy Wy Ry Z Kg/m 76x8.5 76.2 59.2 6.6 4.32 63.0 10.8 105 27.6 3.12 32.0 18.9 6.41 1.33 10.7 8.5 76x9.7 76.2 61.2 6.6 6.38 63.0 12.3 112 29.6 3.02 . 21.3 6.95 1.31 . 9.7 76x11.2 76.2 63.7 6.6 8.86 63.0 14.2 121 32.0 2.93 38.7 24.4 7.67 1.31 13.5 11.2 102x11.4 101.6 67.6 7.4 4.83 86.8 14.5 252 49.7 4.17 . 31.7 9.37 1.48 . 11.4 102x12.7 101.6 69.2 7.4 6.43 86.6 16.1 266 52.4 4.06 . 34.3 9.91 1.46 . 12.7 102x14.1 101.6 71.0 7.4 8.28 86.8 18.0 283 55.6 3.96 . 37.6 10.6 1.45 . 14.1 102x15.6 101.6 72.9 7.4 10.20 86.8 19.9 299 58.9 3.87 . 41.2 11.3 1.44 . 15.6 127x14.8 127.0 76.2 8.3 5.33 110.4 18.8 511 80.4 5.21 92.9 50.2 13.2 1.63 22.5 14.8 127x18.2 127.0 79.7 8.3 8.81 110.4 23.2 570 89.8 4.95 . 58.6 14.7 1.59 . 18.2 127x22.0 127.0 83.4 8.3 12.50 110.4 28.0 634 99.8 4.76 122 69.1 16.6 1.57 30.8 22.0 152x18.5 152.4 84.6 9.1 5.84 134.2 23.6 919 120.6 6.24 139 75.7 17.9 1.79 30.3 18.5 152x22.0 152.4 87.5 9.1 8.71 134.2 28.0 1003 131.7 5.99 . 84.9 19.4 1.74 . 22.0 152x25.7 152.4 90.6 9.1 11.80 134.2 32.7 1095 143.7 5.79 174 96.2 21.2 1.72 38.7 25.7 203x27.3 203.2 101.6 10.8 6.86 181.6 34.8 2400 236.0 8.30 270 155.1 30.5 2.11 51.8 27.3 203x30.5 203.2 103.6 10.8 8.86 181.6 38.9 2540 250.0 8.08 . 165.9 32.0 2.07 . 30.5 203x34.3 203.2 105.9 10.8 11.20 181.6 43.7 2700 266.0 7.86 316 179.4 33.9 2.03 60.3 34.3 203x38.0 203.2 108.3 10.8 13.50 181.6 48.3 2860 282.0 7.69 . 194.0 35.8 2.00 . 38.0 254x37.7 254.0 118.4 12.5 229.0 48.1 5140 405.0 10.30 465 282 47.7 2.42 81.3 37.7 254x44.7 254.0 121.8 12.5 11.40 229.0 56.9 5610 442.0 9.93 . 312 51.3 2.34 . 44.7 254x52.1 254.0 125.6 12.5 15.10 229.0 66.4 6120 482.0 9.60 580 348 55.4 2.29 102 52.1 254x59.6 254.0 129.3 12.5 18.80 229.0 75.9 6630 522.0 9.35 . 389 60.1 2.26 . 59.6 305x60.6 304.8 133.4 16.7 11.70 271.4 77.3 11330 743.0 12.10 870 563 84.5 2.70 145 60.6 305x67.0 304.8 136.0 16.7 14.40 271.4 85.4 11960 785.0 11.80 . 603 88.7 2.66 . 67.0 305x74.4 304.8 139.1 16.7 17.40 271.4 94.8 12690 833.0 11.60 1003 654 94.0 2.63 169 74.4 305x81.9 304.8 142.2 16.7 20.60 271.4 104.3 13430 881.0 11.30 709 99.7 2.61 . 81.9 7.87 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO . 1-24 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I PADRÃO AÇOMINAS tf bf tf h d tw PERFIS I EIXO X - X ESPESSURA BITOLA Massa Linear d bf d' h tw tf Ix 4 Wx 3 EIXO Y - Y Rx Iy cm cm Wy 4 Kg/m mm mm mm mm mm mm cm cm W 150 x 13,0 W 150 x 18,0 W 200 x 15,0 W 200 x 19,3 W 200 x 22,5 W 200 x 26,6 W 200 x 31,3 W 250 x 17,9 W 250 x 22,3 W 250 x 25,3 W 250 x 28,4 W 250 x 32,7 W 250 x 38,5 W 250 x 44,8 W 310 x 21,0 13,0 18,0 15,0 19,3 22,5 26,6 31,3 17,9 22,3 25,3 28,4 32,7 38,5 44,8 21,0 148 153 200 203 206 207 210 251 254 257 260 258 262 266 303 100 102 100 102 102 133 134 101 102 102 102 146 147 148 101 118 119 170 170 170 170 170 220 220 220 220 220 220 220 272 138 139 190 190 190 190 190 240 240 240 240 240 240 240 292 4,3 5,8 4,3 5,8 6,2 5,8 6,4 4,8 5,8 6,1 6,4 6,1 6,6 7,6 5,1 4,9 7,1 5,2 6,5 8,0 8,4 10,2 5,3 6,9 8,4 10,0 9,1 11,2 13,0 5,7 635 939 1.305 1.686 2.029 2.611 3.168 2.291 2.939 3.473 4.046 4.937 6.057 7.158 3.776 85,8 122,8 130,5 166,1 197,0 252,3 301,7 182,6 231,4 270,2 311,2 382,7 462,4 538,2 249,2 6,18 6,34 8,20 8,19 8,37 8,73 8,86 9,96 10,09 10,31 10,51 10,83 11,05 11,15 11,77 82 126 87 116 142 330 410 91 123 149 178 473 594 704 98 W 310 x 23,8 W 310 x 28,3 W 310 x 32,7 W 310 x 38,7 W 310 x 44,5 W 310 x 52,0 W 360 x 32,9 W 360 x 39,0 W 360 x 44,0 W 360 x 51,0 W 360 x 57,8 W 360 x 64,0 W 360 x 72,0 W 360 x 79,0 23,8 28,3 32,7 38,7 44,5 52,0 32,9 39,0 44,0 51,0 57,8 64,0 72,0 79,0 305 309 313 310 313 317 349 353 352 355 358 347 350 354 101 102 102 165 166 167 127 128 171 171 172 203 204 205 272 271 271 271 271 271 308 308 308 308 308 288 288 288 292 291 291 291 291 291 332 332 332 332 332 320 320 320 5,6 6,0 6,6 5,8 6,6 7,6 5,8 6,5 6,9 7,2 7,9 7,7 8,6 9,4 6,7 8,9 10,8 9,7 11,2 13,2 8,5 10,7 9,8 11,6 13,1 13,5 15,1 16,8 4.346 5.500 6.570 8.581 9.997 11.909 8.358 10.331 12.258 14.222 16.143 17.890 20.169 22.713 285,0 356,0 419,8 553,6 638,8 751,4 479,0 585,3 696,5 801,2 901,8 1.031,1 1.152,5 1.283,2 11,89 12,28 12,49 13,14 13,22 13,33 14,09 14,35 14,58 14,81 14,92 14,80 14,86 14,98 116 158 192 727 855 1.026 291 375 818 968 1.113 1.885 2.140 2.416 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO cm ry 3 S 2 cm cm 16,4 24,7 17,4 22,7 27,9 49,6 61,2 18,1 24,1 29,3 34,8 64,8 80,8 95,1 19,5 2,22 2,32 2,12 2,14 2,22 3,10 3,19 1,99 2,06 2,14 2,20 3,35 3,46 3,50 1,90 16,6 23,4 19,4 25,1 29,0 34,2 40,3 23,1 28,9 32,6 36,6 42,1 49,6 57,6 27,2 22,9 31,0 37,6 88,1 103,0 122,9 45,9 58,6 95,7 113,3 129,4 185,7 209,8 235,7 1,94 2,08 2,13 3,82 3,87 3,91 2,63 2,73 3,77 3,87 3,92 4,80 4,84 4,89 30,7 36,5 42,1 49,7 57,2 67,0 42,1 50,2 57,7 64,8 72,5 81,7 91,3 101,2 1-25 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I PADRÃO AÇOMINAS tf bf tf h d tw PERFIS I EIXO X - X ESPESSURA BITOLA Massa Linear d bf d' h tw tf Ix Wx W 410 x 38,8 W 410 x 46,1 W 410 x 53,0 W 410 x 60,0 W 410 x 67,0 W 410 x 75,0 W 460 x 52,0 W 460 x 60,0 W 460 x 68,0 W 460 x 74,0 W 460 x 82,0 W 460 x 89,0 W 530 x 66,0 W 530 x 72,0 W 530 x 74,0 W 530 x 82,0 W 530 x 85,0 W 530 x 92,0 W 610 x 101,0 W 610 x 113,0 W 610 x 155,0 W 610 x 174,0 W 150 x 22,5 W 150 x 29,80 W 200 x 35,90 W 200 x 46,10 HP 200 x 53,0 HP 250 x 62,0 W 250 x 73,0 HP 310 x 79,0 HP 310 x 93,0 38,8 46,1 53,0 60,0 67,0 75,0 52,0 60,0 68,0 74,0 82,0 89,0 66,0 72,0 74,0 82,0 85,0 92,0 101,0 113,0 155,0 174,0 22,5 29,8 35,9 46,1 53,0 62,0 73,0 79,0 93,0 399 403 403 407 410 413 450 455 459 457 460 463 525 524 529 528 535 533 603 608 611 616 152 157 201 203 204 246 253 299 303 140 140 177 178 179 180 152 153 154 190 191 192 165 207 166 209 166 209 228 228 324 325 152 153 165 203 207 256 254 306 308 357 357 357 357 357 357 404 404 404 404 404 404 478 478 478 477 478 478 541 541 541 541 119 118 161 161 161 201 201 245 245 381 381 381 381 381 381 428 428 428 428 428 428 502 502 502 501 502 502 573 573 573 573 139 138 181 181 181 225 225 277 277 6,4 7,0 7,5 7,7 8,8 9,7 7,6 8,0 9,1 9,0 9,9 10,5 8,9 9,0 9,7 9,5 10,3 10,2 10,5 11,2 12,7 14,0 5,8 6,6 6,2 7,2 11,3 10,5 8,6 11,0 13,1 8,8 11,2 10,9 12,8 14,4 16,0 10,8 13,3 15,4 14,5 16,0 17,7 11,4 10,9 13,6 13,3 16,5 15,6 14,9 17,3 19,0 21,6 6,6 9,3 10,2 11,0 11,3 10,7 14,2 11,0 13,1 12.777 15.690 18.734 21.707 24.678 27.616 21.370 25.652 29.851 33.415 37.157 41.105 34.971 39.969 40.969 47.569 48.453 55.157 77.003 88.196 129.583 147.754 1.229 1.739 3.437 4.543 4.977 8.728 11.257 16.316 19.682 640,5 778,7 929,7 1.066,7 1.203,8 1.337,3 949,8 1.127,6 1.300,7 1.462,4 1.615,5 1.775,6 1.332,2 1.525,5 1.548,9 1.801,8 1.811,3 2.069,7 2.554,0 2.901,2 4.241,7 4.797,2 161,7 221,5 342,0 447,6 488,0 709,6 889,9 1.091,3 1.299,1 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO EIXO Y - Y Rx Iy Wy 15,94 404 57,7 16,27 514 73,4 16,55 1.009 114,0 16,88 1.205 135,4 16,91 1.379 154,1 16,98 1.559 173,2 17,91 634 83,5 18,35 796 104,1 18,46 941 122,2 18,77 1.661 174,8 18,84 1.862 195,0 18,98 2.093 218,0 20,46 857 103,9 20,89 1.615 156,0 20,76 1.041 125,5 21,34 2.028 194,1 21,21 1.263 152,2 21,65 2.379 227,6 24,31 2.951 258,8 24,64 3.426 300,5 25,58 10.783 665,6 25,75 12.374 761,5 6,51 387 50,9 6,72 556 72,6 8,67 764 92,6 8,81 1.535 151,2 8,55 1.673 161,7 10,47 2.995 234,0 11,02 3.880 305,5 12,77 5.258 343,7 12,85 6.387 414,7 ry S 2,83 2,95 3,84 3,98 4,00 4,03 3,09 3,23 3,28 4,18 4,22 4,28 3,20 4,20 3,31 4,41 3,42 4,50 4,76 4,86 7,38 7,45 3,65 3,80 4,09 5,12 4,96 6,13 6,47 7,25 7,32 50,3 59,2 68,4 76,2 86,3 95,8 66,6 76,2 87,6 94,9 104,7 114,1 83,6 91,6 95,1 104,5 107,7 117,6 130,3 145,3 198,1 222,8 29,0 38,5 45,7 58,6 68,1 79,6 92,7 100,0 119,2 1-26 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CVS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d bf tf tw h A cm2 EIXO X - X EIXO Y - Y Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 rT IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m * 300x 47 300 200 9,5 8,0 281 60 9499 633 12,5 710 1268 127 4,58 194,5 5,28 16,2 1,38 47,5 * 300x 57 300 200 12,5 8,0 275 72 11730 782 12,8 870 1668 167 4,81 254,4 5,39 30,7 1,38 56,5 * 300x 67 300 200 16,0 8,0 268 85 14200 947 12,9 1052 2134 213 5,00 324,3 5,48 59,2 1,38 67,1 * 300x 70 300 200 16,0 9,5 268 89 14440 963 12,7 1079 2135 214 4,89 326,0 5,43 62,3 1,38 70,2 * 300x 79 300 200 19,0 9,5 262 101 16450 1097 12,8 1231 2535 254 5,01 385,9 5,48 98,9 1,38 79,2 * 300x 85 300 200 19,0 12,5 262 109 16900 1127 12,5 1282 2538 254 4,83 390,2 5,40 109,0 1,38 85,4 300x 95 300 200 22,4 12,5 255 122 19030 1269 12,5 1447 2991 299 4,96 458,0 5,46 166,0 1,38 95,4 * 300x 55 300 250 9,5 8,0 281 70 11500 767 12,8 848 2475 198 5,95 301,4 6,71 19,1 1,58 54,9 * 300x 66 300 250 12,5 8,0 275 84 14310 954 13,0 1050 3256 261 6,21 395,0 6,83 37,2 1,58 66,3 * 300x 80 300 250 16,0 8,0 268 101 17430 1162 13,1 1280 4168 333 6,41 504,3 6,91 72,8 1,58 79,6 * 300x 83 300 250 16,0 9,5 268 105 17670 1178 12,9 1307 4169 333 6,29 506,0 6,86 75,9 1,58 82,8 * 300x 94 300 250 19,0 9,5 262 120 20210 1347 13,0 1500 4950 396 6,43 599,7 6,92 122,0 1,58 94,1 * 300x100 300 250 19,0 12,5 262 128 20660 1377 12,7 1549 4952 396 6,23 604,0 6,94 131,0 1,58 100,0 * 300x113 300 250 22,4 12,5 255 144 23360 1557 12,7 1758 5837 467 6,37 710,0 6,90 204,0 1,58 113,0 * 350x 73 350 250 12,5 9,5 325 93 20520 1173 14,8 1306 3258 261 5,91 398,0 6,69 41,8 1,68 73,3 * 350x 87 350 250 16,0 9,5 318 110 24870 1421 15,0 1576 4169 334 6,15 507,2 6,80 77,4 1,68 86,5 * 350x 98 350 250 19,0 9,5 312 125 28450 1626 15,1 1803 4950 396 6,30 600,8 6,87 123,0 1,68 97,8 * 350x105 350 250 19,0 12,5 312 134 29210 1669 14,8 1876 4953 396 6,08 605,9 6,77 135,0 1,68 105,0 * 350x118 350 250 22,4 12,5 305 150 33100 1889 14,8 2126 5838 467 6,24 711,0 6,84 207,0 1,68 118,0 * 350x128 350 250 25,0 12,5 300 163 35890 2051 14,9 2313 6515 521 6,33 793,0 6,88 280,0 1,68 128,0 * 350x136 350 250 25,0 16,0 300 173 36670 2026 14,6 2391 6521 522 6,14 800,5 6,80 301,0 1,67 136,0 * 400x 82 400 300 12,5 8,0 375 105 31680 1584 17,4 1734 5627 375 7,32 563,0 8,14 45,5 1,98 82,4 * 400x 87 400 300 12,5 9,5 375 111 32340 1617 17,1 1787 5628 375 7,13 571,0 8,05 49,8 1,98 68,8 * 400x103 400 300 16,0 9,5 368 131 39369 1968 17,3 2165 7203 480 7,42 728,3 8,18 92,4 1,98 103,0 * 400x116 400 300 19,0 9,5 362 148 45160 2258 17,4 2483 8553 570 7,59 863,2 8,26 148,0 1,98 116,0 * 400x125 400 300 19,0 12,5 362 159 46350 2317 17,1 2581 8556 570 7,33 869,1 8,14 161,0 1,98 125,0 * 400x140 400 300 22,4 12,5 355 179 52630 2632 17,2 2932 10090 672 7,51 1022,0 8,22 248,0 1,98 140,0 * 400x152 400 300 25,0 12,5 350 194 57280 2864 17,2 3195 11260 750 7,62 1139,0 8,27 335,0 1,98 152,0 * 400x162 400 300 25,0 16,0 350 206 58530 2926 16,9 3303 11260 751 7,39 1147,0 8,17 360,0 162,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1,97 1-27 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CVS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d bf tf tw h A EIXO X - X cm2 EIXO Y - Y Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 rT IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m * 450x116 450 300 16,0 12,5 418 148 52830 2348 18,9 2629 7207 480 6,97 736,3 7,97 109,0 2,08 116,0 * 450x130 450 300 19,0 12,5 412 166 60260 2678 19,1 2987 8557 570 7,19 871,1 8,07 164,0 2,08 130,0 * 450x141 450 300 19,0 16,0 412 180 62300 2769 18,6 3136 8564 570 6,90 881,4 7,93 193,0 2,07 141,0 * 450x156 450 300 22,4 16,0 405 199 70360 3127 18,8 3530 10090 673 7,12 1034,0 8,04 280,0 2,07 156,0 * 450x168 450 300 25,0 16,0 400 214 76350 3393 18,9 3828 11260 751 7,25 1151,0 8,10 367,0 2,07 168,0 * 450x177 450 300 25,0 19,0 400 226 77950 3464 18,6 3948 11270 752 7,06 1161,0 8.01 404,0 2,06 177,0 * 450x188 450 300 25,0 22,4 400 240 79760 3545 18,2 4084 11290 752 6,86 1175,0 7,91 462,0 2,06 188,0 * 450x206 450 300 31,5 19,0 387 263 92090 4093 18,7 4666 14200 946 7,35 1452,0 8,15 714,0 2,06 206,0 * 450x216 450 300 31,5 22,4 387 276 93730 4166 18,4 4794 14210 947 7,18 1466,0 8,07 770,0 2,06 216,0 500 350 16,0 9,5 468 156 73730 2949 21,7 3231 11440 654 8,55 980,0 9,50 109,0 2,38 123,0 * 500x134 500x123 500 350 16,0 12,5 468 171 76290 3052 21,2 3395 11440 654 8,19 998,3 9,33 126,0 2,38 134,0 * 500x150 500 350 19,0 12,5 462 191 87240 3490 21,4 3866 13580 776 8,44 1182,0 9,44 190,0 2,38 150,0 * 500x162 500 350 19,0 16,0 462 207 90120 3605 20,9 2052 13590 777 8,11 1193,0 9,28 223,0 2,37 162,0 * 500x180 500 350 22,4 16,0 455 230 102100 4082 21,1 4573 16020 916 8,35 1401,0 9,40 324,0 2,37 180,0 * 500x194 500 350 25,0 16,0 450 247 111000 4438 21,2 4966 17880 1022 8,51 1560,0 9,48 426,0 2,37 194,0 * 500x204 500 350 25,0 19,0 450 261 113200 4529 20,8 5118 17890 1022 8,29 1572,0 9,37 467,0 2,36 204,0 * 500x217 500 350 25,0 22,4 450 450 115800 4632 20,5 5290 17910 1023 8,06 1588,0 9,26 533,0 2,36 217,0 * 500x238 500 350 31,5 19,0 437 304 134400 5376 21,0 6072 22530 1288 8,62 1969,0 9,53 829,0 2,36 238,0 * 500x250 500 350 31,5 22,4 427 318 136800 5470 20,7 6235 22550 1289 8,42 1984,0 9,43 893,0 2,36 250,0 * 500x259 500 350 31,5 25,0 437 330 138600 5543 20,5 6359 22570 1290 8,27 1998,0 9,36 957,0 2,33 259,0 * 500x281 500 350 37,5 22,4 425 358 155000 6201 20,8 7082 26840 1534 9,55 1390,0 9,55 1390,0 2,36 281,0 * 500x314 500 350 44,0 22,4 412 400 173700 6946 20,8 7973 31480 1799 8,87 2747,0 9,64 2142,0 2,36 314,0 * 550x184 550 400 19,0 16,0 512 234 125100 4549 23,1 5084 20280 1014 9,31 1553,0 10,6 253,0 2,67 184,0 * 550x204 550 400 22,4 16,0 505 260 142000 5163 23,4 5748 23910 1196 9,59 1824,0 10,8 369,0 2,67 204,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-28 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CVS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d bf tf A EIXO X - X EIXO Y - Y rT Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m tw h cm2 * 550x220 550 400 25,0 16,0 500 280 154600 5621 23,5 6250 26680 1334 9,76 2032,0 10,8 485,0 2,67 220,0 * 550x232 550 400 25,0 19,0 500 295 157700 5735 23,1 6438 26700 1335 9,51 2045,0 10,7 531,0 2,66 232,0 * 550x245 550 400 25,0 22,4 500 312 161300 5864 22,7 6650 26710 1336 9,25 2063,0 10,6 604,0 2,66 245,0 * 550x270 550 400 31,5 19,0 487 345 187900 6832 23,4 7660 33630 1681 9,88 2564,0 10,9 945,0 2,66 270,0 * 550x283 550 400 31,5 22,4 487 361 191100 6951 23,0 7861 33650 1682 9,65 2581,0 10,8 1020,0 2,66 283,0 * 550x293 550 400 31,5 25,0 487 374 193600 7042 22,8 8015 33660 1683 9,49 2596,0 10,7 1090,0 2,65 293,0 * 550x319 550 400 37,5 22,4 475 406 217300 7904 23,1 8951 40000 2002 9,93 3060,0 10,9 1580,0 2,66 319,0 * 550x329 550 400 37,5 25,0 475 419 219700 7988 22,9 9098 40060 2003 9,78 3074,0 10,9 1650,0 2,65 329,0 550x357 550 400 44,0 22,4 462 455 244300 8883 23,2 10100 46980 2349 10,20 3578,0 11,0 2445,0 2,66 367,0 550x367 550 400 44,0 25,0 462 468 246400 8961 23,0 10240 46990 2350 10,00 3592,0 11,0 2512,0 2,65 367,0 600x156 600 400 16,0 12,5 568 199 128300 4275 25,4 4746 17080 854 9,26 1280,0 10,6 146,0 2,78 156,0 * 600x190 600 400 19,0 16,0 562 242 152000 5066 25,1 5679 20290 1014 9,16 1556,0 10,6 260,0 2,77 190,0 * 600x210 600 400 22,4 16,0 555 268 172400 5745 25,4 6408 23910 1196 9,45 1828,0 10,7 376,0 2,77 210,0 * 600x226 600 400 25,0 16,0 550 288 187600 6253 25,5 6960 26690 1334 9,63 2035,0 10,8 492,0 2,77 226,0 * 600x239 600 400 25,0 19,0 550 305 191800 6392 25,1 7187 26700 1335 9,36 2050,0 10,7 542,0 2,76 239,0 * 600x278 600 400 31,5 19,0 537 354 228300 7611 25,4 8533 33630 1682 9,75 2568,0 10,8 956,0 2,76 278,0 * 600x292 600 400 31,5 22,4 537 372 232700 7758 25,0 8778 33650 1683 9,51 2587,0 10,7 1030,0 2,76 292,0 * 600x328 600 400 37,5 22,4 525 418 264700 8822 25,2 9981 40050 2002 9,79 3066,0 10,9 1600,0 2,76 328,0 * 600x339 600 400 37,5 25,0 525 431 267800 8927 24,9 10160 40070 2003 9,64 3082,0 10,8 1680,0 2,75 339,0 600x367 600 400 44,0 22,4 512 467 297700 9922 25,3 11250 46980 2349 10,00 3584,0 11,0 2463,0 2,76 367,0 * 600x412 600 400 50,0 25,0 500 525 329400 10980 25,0 12560 53400 2670 10,10 4078,0 11,0 3600,0 2,75 412,0 * 600x211 650 450 19,0 16,0 612 269 200800 6179 27,3 6983 28880 1283 10,40 1283,0 11,9 289,0 3,07 211,0 * 650x234 650 450 22,4 16,0 605 298 228200 7020 27,6 7791 34040 1513 10,70 2307,0 12,1 420,0 3,07 234,0 * 650x252 650 450 25,0 16,0 600 321 248600 7651 27,8 8471 37990 1688 10,90 2570,0 12,2 551,0 3,07 252,0 * 650x266 650 450 25,0 19,0 600 339 254000 7817 27,4 8741 38000 1689 10,60 2585,0 12,0 606,0 3,06 266,0 * 650x282 650 450 25,0 22,4 600 359 260200 8005 26,9 9047 38030 1690 10,30 2607,0 11,9 694,0 3,06 282,0 * 650x310 650 450 31,5 19,0 587 395 303400 9335 27,7 10400 47870 2128 11,00 3242,0 12,2 1070,0 3,06 310,0 * 650x326 650 450 31,5 22,4 587 415 309100 9511 27,3 10700 47900 2129 10,70 3265,0 12,1 1160,0 3,06 326,0 * 650x351 650 450 37,5 19,0 575 447 347000 10680 27,9 11910 56990 2533 11,30 3849,0 12,3 1710,0 3,06 361,0 * 650x366 650 450 37,5 22,4 575 466 352400 10840 27,5 12190 57010 2534 11,10 3869,0 12,2 1800,0 3,06 366,0 650x410 650 450 44,0 22,4 562 522 397300 12230 27,6 13770 66880 2972 11,30 4520,0 12,4 2766,0 3,06 410,0 * 650x461 650 450 50,0 25,0 550 588 440600 13560 27,4 15390 76010 3378 11,40 5148,0 12,4 4040,0 3,05 461,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-29 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CVS tf bf tf h d tw . DIMENSÕES (mm) bf tf A EIXO X - X EIXO Y - Y rT Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m perfil d tw h cm2 700x199 700 450 19,0 12,5 662 254 228500 6529 30,0 7192 28870 1283 10,70 1924,0 12,1 249,0 3,18 199,0 700x217 700 450 19,0 16,0 662 277 237000 6771 29,3 7576 28880 1284 10,20 1924,0 11,8 296,0 3,17 217,0 700x258 700 450 25,0 16,0 650 329 293000 8372 29,8 9284 37990 1688 10,70 2573,0 12,1 557,0 3,17 258,0 700x274 700 450 25,0 19,0 650 349 299900 8568 29,3 9601 38010 1689 10,40 2590,0 11,9 617,0 3,16 274,0 700x303 700 450 31,5 16,0 637 385 351400 10040 30,2 11100 47860 2127 11,10 3230,0 12,3 1020,0 3,17 303,0 700x318 700 450 31,5 19,0 637 405 357900 10230 29,7 11400 47880 2128 10,90 3247,0 12,2 1083,0 3,16 318,0 750x284 750 500 25,0 16,0 700 362 374400 9983 32,2 11020 52110 2084 12,00 3170,0 13,5 616,0 3,47 384,0 750x301 750 500 25,0 19,0 700 383 383000 10210 31,6 11390 52120 2085 11,70 3188,0 13,3 681,0 3,46 301,0 750x334 750 500 31,5 16,0 687 425 450000 12000 32,5 13200 65650 2626 12,40 3981,0 13,7 1136,0 3,47 334,0 750x350 750 500 31,5 19,0 687 446 458100 12220 32,1 13560 65660 2627 12,10 4000,0 13,5 1200,0 3,46 350,0 800x271 800 500 22,4 16,0 755 345 396100 9903 33,9 10990 46690 1868 11,60 2800,0 13,3 478,0 3,57 271,0 800x290 800 500 25,0 16,0 750 370 431800 10790 34,2 11940 52110 2084 11,90 3173,0 13,4 623,0 3,57 290,0 800x308 800 500 25,0 19,0 750 393 442300 11060 33,6 12360 52130 2085 11,50 3193,0 13,2 692,0 3,56 308,0 800x340 800 500 31,5 16,0 737 433 518700 12970 34,6 14280 65650 2626 12,30 3985,0 13,6 1140,0 3,57 340,0 800x357 800 500 31,5 19,0 737 455 528700 13220 34,1 14680 65670 2627 12,00 4004,0 13,5 1210,0 3,56 367,0 850x297 850 500 25,0 16,0 800 378 493800 11620 36,1 12870 52110 2084 11,70 3176,0 13,3 630,0 3,67 297,0 850x316 850 500 25,0 19,0 800 402 506600 11920 35,5 13350 52130 2085 11,40 3197,0 13,2 704,0 3,66 316,0 850x346 850 500 31,5 16,0 787 441 592800 13950 36,7 15370 65650 2626 12,20 3988,0 13,6 1150,0 3,67 346,0 850x365 850 500 31,5 19,0 787 465 605000 14240 36,1 15830 65670 2627 11,90 4009,0 13,4 1220,0 3,68 365,0 900x323 900 550 25,0 16,0 850 411 608400 13520 38,5 14920 69350 2522 13,00 3836,0 14,7 689,0 3,97 323,0 900x343 900 550 25,0 19,0 850 437 623700 13860 37,8 15460 69370 2523 12,60 3858,0 14,5 767,0 3,96 343,0 900x377 900 550 31,5 16,0 837 480 731900 16260 39,0 17850 87380 3177 13,50 4818,0 14,9 1260,0 3,97 377,0 900x397 900 550 31,5 19,0 837 506 746500 16590 38,4 18370 87390 3178 13,10 4840,0 14,8 1340,0 3,97 397,0 950x329 950 550 25,0 16,0 900 419 685600 14430 40,5 15960 60350 2522 12,90 3839,0 14,7 696,0 4,07 329,0 950x350 950 550 25,0 19,0 900 446 703800 14820 39,7 16570 69370 2523 12,50 3862,0 14,5 779,0 4,06 350,0 950x383 950 550 31,5 16,0 887 488 824100 17350 41,1 19060 87380 3177 13,40 4821,0 14,9 1270,0 4,07 383,0 950x404 950 550 31,5 19,0 887 515 841600 17720 40,4 19650 87400 3178 13,00 4844,0 14,7 1350,0 4,06 404,0 1000x355 1000 600 25,0 16,0 950 452 827400 16550 42,8 18240 90030 3001 14,10 4561,0 16,0 755,0 4,37 355,0 1000x414 1000 600 31,5 16,0 937 528 966400 19930 43,4 21820 113400 3781 14,70 5730,0 16,3 1380,0 4,37 414,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-30 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - VS tf bf tf h d tw . DIMENSÕES (mm) A EIXO X - X EIXO Y - Y rT IT U P cm4 m2/ m kg/ m Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 24,0 1679 168 8,36 188 182 30,3 2,75 46,4 3,17 2,67 0,871 21,9 27,9 2017 202 8,49 225 231 38,4 2,87 58,6 3,23 4,75 0,871 21,9 181,0 31,4 2305 230 8,57 256 274 45,6 2,95 69,4 3,27 7,51 0,871 24,6 187,4 25,3 1797 180 8,43 200 231 35,5 3,02 54,3 3,45 2,84 0,911 19,8 4,75 184,0 29,5 2165 216 8,56 240 293 45,1 3,15 68,6 3,52 5,09 0,911 23,2 9,5 4,75 181,0 33,3 2477 248 8,63 274 348 53,5 3,23 81,3 3,55 8,08 0,911 26,1 6,3 4,75 187,4 26,5 1916 192 8,50 213 288 41,2 3,30 62,8 3,74 3,00 0,951 20,8 140 8,0 4,75 184,0 31,1 2312 231 8,62 255 366 52,3 3,43 79,4 3,80 5,44 0,951 24,4 200 140 9,5 4,75 181,0 35,2 2650 265 8,68 292 435 62,1 3,51 94,1 3,84 8,65 0,951 27,6 250x21 250 120 6,3 4,75 237,4 26,4 2775 222 10,30 251 182 30,3 2,62 46,7 3,10 2,85 0,971 20,7 250x24 250 120 8,0 4,75 234,0 30,3 3319 266 10,5 297 231 38,4 2,76 58,9 3,17 4,93 0,971 23,8 250x27 250 120 9,5 4,75 231,0 33,8 3787 303 10,6 338 274 45,6 2,85 69,7 3,22 7,68 9,971 26,5 250x23 250 140 6,3 4,75 237,4 28,9 3149 252 10,4 282 288 41,2 3,16 63,1 3,67 3,19 1.050 22,7 250x23 250 140 8,0 4,75 234,0 33,5 3788 303 10,6 336 366 52,3 3,31 79,7 3,74 5,61 1,050 26,3 250x30 250 140 9,5 4,75 231,0 37,6 4336 347 10,7 383 435 62,1 3,40 94,4 3,79 8,83 1,050 29,5 250x25 250 160 6,3 4,75 237,4 31,4 3524 282 10,6 313 430 53,8 3,70 82,0 4,24 3,52 1,130 24,7 250x29 250 160 8,0 4,75 234,0 36,7 4257 341 10,8 375 546 68,3 3,86 104,0 4,32 6,30 1,130 28,8 250x33 250 160 9,5 4,75 231,0 41,4 4886 391 10,9 391 649 81,1 3,96 123,0 4,36 9,97 1,130 32,5 300x23 300 120 6,3 4,75 287,4 28,8 4201 280 12,1 320 182 30,3 2,51 47,0 3,04 3,03 1,070 22,6 300x26 300 120 8,0 4,75 284,0 32,7 5000 333 12,4 376 231 38,4 2,66 59,2 3,12 5,11 1,070 25,7 300x29 300 120 9,5 4,75 281,0 36,1 5690 379 12,5 425 274 45,6 2,75 70,0 3,17 7,86 1,070 28,4 300x25 300 140 6,3 4,75 287,4 31,3 4744 316 12,3 357 288 41,2 3,04 63,4 3,60 3,36 1,150 24,6 300x28 300 140 8,0 4,75 284,0 35,9 5683 379 12,6 423 366 52,3 3,19 80,0 3,69 5,79 1,150 28,2 300x32 300 140 9,5 4,75 281,0 39,9 6492 233 12,7 480 435 62,1 3,30 94,7 3,74 9,01 1,150 31,4 300x27 300 160 6,3 4,75 287,4 33,8 5288 353 12,5 394 430 53,8 3,57 82,3 4,17 3,69 1,230 26,5 300x31 300 160 8,0 4,75 284,0 39,1 6365 424 12,8 470 546 68,3 3,74 104,0 4,26 6,48 1,230 30,7 300x34 300 160 9,5 4,75 281,0 43,7 7294 486 12,9 535 649 81,1 3,85 123,0 4,31 10,10 1,230 34,3 300x29 300 180 6,3 4,75 287,4 36,3 5831 389 12,7 431 613 68,1 4,11 104,0 4,74 4,03 1,310 28,5 300x33 300 180 8,0 4,75 284,0 42,3 7047 470 12,9 516 778 86,4 4,29 131,0 4,83 7,16 1,310 33,2 300x38 300 180 9,5 4,75 281,0 47,5 8096 540 13,0 591 924 103,0 4,41 155,0 4,89 11,30 1,310 37,3 perfil d bf tf tw h 200x19 200 120 6,3 4,75 187,4 200x22 200 120 8,0 4,75 184,0 200x25 200 120 9,5 4,75 200x20 200 130 6,3 4,75 200x23 200 130 8,0 200x26 200 130 200x21 200 140 200x24 200 200x28 cm2 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO cm 1-31 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - VS tf bf tf h d tw . DIMENSÕES (mm) bf tf A tw h EIXO X - X rT IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 438 288 41,2 2,93 63,6 3,54 3,54 1,250 26,4 516 366 52,3 3,09 80,3 3,64 5,97 1,250 30,0 14,7 583 435 62,1 3,21 95,0 3,69 9,18 1,250 33,2 82,5 4,11 3,87 1,330 28,4 4,21 6,65 1,330 32,6 perfil d 350x26 350 140 6,3 4,75 337,4 33,7 6730 385 14,1 350x30 350 140 8,0 4,75 334,0 38,3 8026 459 14,5 350x34 350 140 9,5 4,75 331,0 42,3 9148 523 cm2 EIXO Y - Y 350x28 350 160 6,3 4,75 337,4 36,2 7475 427 14,4 482 350x33 350 160 8,0 4,75 334,0 41,5 8962 512 14,7 570 482 350x36 350 160 9,5 4,75 331,0 46,1 10248 586 14,9 648 649 81,1 3,75 123,0 4,27 10.30 1,330 36,2 350x31 350 180 6,3 4,75 337,4 38,7 8219 470 14,6 525 613 68,1 3,98 104,0 4,68 4,21 1,410 30,4 350x35 350 180 8,0 4,75 334,0 44,7 9898 566 14,9 625 778 86,4 4,17 131,0 4,78 7,34 1,410 35,1 350x39 350 180 9,5 4,75 331,0 49,9 11351 649 15,1 712 924 103,0 4,30 156,0 4,84 11,50 1,410 39,2 350x38 350 200 8,0 4,75 334,0 47,9 10834 619 15,0 680 1067 107,0 4,72 162,0 5,35 8,02 1,490 37,6 350x42 350 200 9,5 4,75 331,0 53,7 12453 712 15,2 777 1267 127,0 4,86 192,0 5,41 12,60 1,490 42,2 400x28 400 140 6,3 4,75 387,4 36,0 9137 457 15,9 525 288 41,2 2,83 63,9 3,48 3,72 1,350 28,3 400x32 400 140 8,0 4,75 384,0 40,6 10848 542 16,3 614 366 52,3 3,00 80,6 3,58 6,15 1,350 31,9 400x35 400 140 9,5 4,75 381,0 44,7 12332 617 16,6 692 435 62,1 3,12 95,2 3,65 9,36 1,350 35,1 400x30 400 160 6,3 4,75 387,4 38,6 10114 506 16,2 575 430 53,8 3,34 82,8 4,04 4,05 1,430 30,3 400x34 400 160 8,0 4,75 384,0 43,8 12077 604 16,6 677 546 68,3 3,53 105,0 4,15 6,83 1,430 34,4 400x38 400 160 9,5 4,75 381,0 48,5 13781 689 16,9 766 649 81,1 3,66 124,0 4,22 10,50 1,430 38,1 400x33 400 180 6,3 4,75 387,4 41,1 11091 555 16,4 625 613 68,1 3,86 104,0 4,61 4,38 1,510 32,2 400x37 400 180 8,0 4,75 384,0 47,0 13307 665 16,8 740 778 86,4 4,07 132,0 4,72 7,52 1,510 36,9 400x41 400 180 9,5 4,75 381,0 52,3 15230 761 17,1 840 924 103,0 4,20 156,0 4,79 11,60 1,510 41,1 400x40 400 200 8,0 4,75 384,0 50,2 14536 727 17,0 802 1067 107,0 4,61 162,0 5,29 8,20 1,590 39,4 400x44 400 200 9,5 4,75 381,0 56,1 16679 834 17,2 914 1267 127,0 4,75 192,0 5,36 12,80 1,590 44,0 546 53,8 68,3 3,45 3,63 104,0 * 400x 49 400 200 9,5 6,3 381 62,0 17390 870 16,7 971 1267 127,0 4,52 193,6 5,25 14,6 1,590 48,7 * 400x 58 400 200 12,5 6,3 375 73,6 21540 1077 17,1 1190 1667 167,0 4,76 253,7 5,37 29,2 1,590 57,8 * 400x 68 400 200 16,0 6,3 368 87,2 26220 1311 17,3 1442 2134 213,0 4,95 323,7 5,45 59,7 1,590 68,4 * 400x 78 400 200 19,0 6,3 362 98,8 30090 1505 17,5 1654 2534 253,0 5,06 383,6 5,51 94,5 1,590 77,6 * 450x 51 450 200 9,5 6,3 431 65,2 22640 1006 18,6 1130 1268 127,0 4,41 194,3 5,19 15,0 1,690 51,1 * 450x 60 450 200 12,5 6,3 425 76,8 27960 1243 19,1 1378 1668 167,0 4,66 254,2 5,32 29,6 1,690 60,3 * 450x 71 450 200 16,0 6,3 418 90,3 33980 1510 19,4 1664 2134 213,0 4,86 324,1 5,41 58,1 1,690 70,9 * 450x 80 450 200 19,0 6,3 412 102,0 38990 1733 19,6 1905 2534 253,0 4,99 384,1 5,47 94,9 1,690 80,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-32 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - VS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d tw h A EIXO X - X EIXO Y - Y rT Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 IT U P cm4 m2/ m kg/ m bf tf * 500x 61 500 250 9,5 6,3 481 77,8 34420 1377 21,0 1529 2475 198,0 5,64 301,6 6,55 18,3 1,990 61,1 * 500x 73 500 250 12,5 6,3 475 92,4 42770 1711 21,5 1879 3256 260,0 5,94 395,3 6,70 36,5 1,990 72,6 * 500x 86 500 250 16,0 6,3 468 109,0 52250 2090 21,8 2281 4168 333,0 6,17 504,6 6,81 72,2 1,990 85,9 * 500x 97 500 250 19,0 6,3 462 124,0 60150 2406 22,0 2621 4949 396,0 6,31 598,3 6,87 118,0 1,990 97,4 * 550x 64 550 250 9,5 6,3 531 81,0 42560 1547 22,9 1728 2475 198,0 5,53 302,1 6,50 2,090 63,5 * 550x 75 550 250 12,5 6,3 525 95,6 52750 1918 23,5 2114 3256 261,0 5,84 395,8 6,65 36,9 2,090 75,0 * 550x 88 550 250 16,0 6,3 518 113,0 64350 2340 23,9 2559 4168 333,0 6,08 505,1 6,77 72,6 2,090 88,4 * 550x100 550 250 19,0 6,3 512 127,0 74040 2692 24,1 2935 4949 396,0 6,24 598,8 6,84 119,0 2,090 99,9 * 600x 95 600 300 12,5 8,0 575 121,0 77400 2580 25,3 2864 5627 375,0 6,82 571,7 7,89 48,9 2,380 95,0 * 600x111 600 300 16,0 8,0 568 141,0 94090 3136 25,8 3448 7202 480,0 7,14 729,1 8,05 91,6 2,380 111,0 * 600x125 600 300 19,0 8,0 562 159,0 108070 3602 26,1 3943 8552 570,0 7,33 864,0 8,14 147,0 2,380 125,0 * 600x140 600 300 22,4 8,0 555 179,0 123600 4119 26,3 4498 10180 672,0 7,51 1017,0 8,22 234,0 2,380 140,0 * 600x152 600 300 25,0 8,0 550 194,0 135200 4505 26,4 4916 11250 750,0 7,62 1134,0 8,27 322,0 2,380 152,0 * 650x 98 650 300 12,5 8,0 625 125,0 92490 2846 27,2 3172 5628 375,0 6,71 572,5 7,83 49,7 2,480 * 650x114 650 300 16,0 8,0 618 145,0 112200 3453 27,8 3807 7203 480,0 7,04 729,9 8,00 92,5 2,480 114,0 * 650x128 650 300 19,0 8,0 612 163,0 128800 3963 28,1 4346 8553 570,0 7,24 864,8 8,10 148,0 2,480 128,0 * 650x144 650 300 22,4 8,0 605 183,0 147200 4529 28,4 4950 10080 672,0 7,43 1018,0 8,18 135,0 2,480 144,0 * 650x155 650 300 25,0 8,0 600 198,0 161000 4953 28,5 5408 11250 750,0 7,54 1135,0 8,23 323,0 2,480 155,0 * 700x105 700 320 12,5 8,0 675 134,0 115000 3287 29,3 3651 6830 427,0 7,14 650,8 8,35 53,2 2,660 105,0 * 700x122 700 320 16,0 8,0 668 156,0 139700 3990 29,9 4395 8741 546,0 7,49 829,9 8,53 98,8 * 700x137 700 320 19,0 8,0 662 175,0 160360 4582 30,3 5017 10380 640,0 7,71 983,4 8,63 158,0 2,660 137,0 * 700x154 700 320 22,4 8,0 655 196,0 183400 5239 30,6 5716 12240 765,0 7,91 1157,0 8,72 251,0 2,660 154,0 * 700x166 700 320 25,0 8,0 650 212,0 200600 5733 30,8 6245 13660 854,0 8,03 1290,0 8,77 344,0 2,660 166,0 * 750x108 750 320 12,5 8,0 725 138,0 134200 3579 31,2 4001 6830 427,0 7,03 8,29 cm2 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 651,6 cm 18,7 2,660 98,1 122,0 54,0 2,760 108,0 1-33 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - VS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d bf tf A tw h cm2 EIXO X - X EIXO Y - Y Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm cm3 rT IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m 99,6 2,760 125,0 * 750x125 750 320 16,0 8,0 718 160,0 162600 4337 31,9 4789 8741 546,0 7,40 830,7 8,48 * 750x140 750 320 19,0 8,0 712 179,0 186500 4975 32,3 5458 10380 649,0 7,62 984,2 8,59 158,0 2,760 140,0 * 750x157 750 320 22,4 8,0 705 200,0 213200 5685 32,7 6210 12240 765,0 7,83 1158,0 8,69 252,0 2,760 157,0 * 750x170 750 320 25,0 8,0 700 216,0 233200 6219 32,9 6780 13660 854,0 7,95 1291,0 8,74 345,0 2,760 170,0 * 800x111 800 320 12,5 8,0 775 142,0 155100 3877 33,0 4351 6830 427,0 6,94 652,4 8,24 * 800x129 800 320 16,0 8,0 766 164,0 187600 4689 33,8 5194 8741 546,0 7,30 831,5 8,43 100,0 2,860 129,0 * 800x143 800 320 19,0 8,0 762 183,0 215000 5374 34,3 5910 10380 649,0 7,54 985,0 8,55 159,0 2,850 143,0 * 800x160 800 320 22,4 8,0 755 204,0 245500 6137 34,7 6714 12240 765,0 7,75 1159,0 8,65 253,0 2,860 160,0 * 850x120 850 350 12,5 8,0 825 154,0 190900 4491 35,3 5025 8936 511,0 7,63 778,8 9,03 * 850x139 850 350 16,0 8,0 818 177,0 231300 5442 36,1 6009 11440 654,0 8,03 993,1 9,24 110,0 3,080 139,0 * 850x155 850 350 19,0 8,0 812 198,0 265300 6243 36,6 6845 13580 776,0 8,28 1177,0 9,37 174,0 3,080 155,0 * 850x174 850 350 19,0 8,0 805 221,0 303400 7138 37,0 7785 16010 915,0 8,51 1385,0 9,48 276,0 3,080 174,0 * 850x188 850 350 25,0 8,0 800 239,0 332000 7812 37,3 8499 17870 1021,0 8,65 1544,0 9,54 378,0 3,080 188,0 * 900x124 900 350 12,5 8,0 875 158,0 217000 4822 37,1 5414 8936 511,0 7,53 779,6 8,98 * 900x142 900 350 16,0 8,0 868 181,0 262400 5832 38,0 6457 11440 654,0 7,94 993,9 9,20 110,0 3,180 142,0 * 900x159 900 350 19,0 8,0 862 202,0 300800 6685 38,6 7345 13580 776,0 8,20 1178,0 9,33 175,0 3,180 159,0 * 900x177 900 350 22,4 8,0 855 225,0 343700 7637 39,1 8343 16010 915,0 8,43 1386,0 9,44 277,0 3,180 177,0 * 900x191 900 350 25,0 8,0 850 243,0 376000 8355 39,3 9101 17870 1021,0 8,58 1545,0 9,51 379,0 3,180 191,0 * 950x127 950 350 12,5 8,0 925 162,0 245000 5159 39,0 5813 8936 511,0 7,44 780,4 8,92 * 950x146 950 350 16,0 8,0 918 185,0 295900 6229 39,9 6916 11440 654,0 7,85 994,7 9,15 111,0 3,280 146,0 * 950x162 950 350 19,0 8,0 912 206,0 338800 7133 40,6 7855 13580 776,0 8,12 1178,0 9,29 176,0 3,280 162,0 * 950x180 950 350 22,4 8,0 905 229,0 386800 8143 41,1 8911 16010 915,0 8,36 1386,0 9,41 278,0 3,280 180,0 * 950x194 950 350 25,0 8,0 900 247,0 423000 8906 41,4 9714 17870 1021,0 8,51 1546,0 9,48 380,0 3,280 194,0 *1000x140 1000 400 12,5 8,0 975 178,0 305600 6112 41,4 6839 13340 667,0 8,66 1016,0 10,30 *1000x161 1000 400 16,0 8,0 968 205,0 370300 7407 42,5 8172 17070 854,0 9,12 1295,0 10,50 126,0 3,580 161,0 *1000x180 1000 400 19,0 8,0 962 229,0 425100 8502 43,1 9306 21270 1014,0 9,41 1535,0 10,70 199,0 3,580 180,0 *1000x201 1000 400 22,4 8,0 955 256,0 486300 9727 43,6 10580 23900 1195,0 9,67 1807,0 10,80 316,0 3,580 201,0 *1000x217 1000 400 25,0 8,0 950 276,0 532600 10650 43,9 11560 26670 1334,0 9,83 2015,0 10,90 433,0 3,580 217,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 54,9 2,860 111,0 59,7 3,080 120,0 60,5 3,180 124,0 61,4 3,280 127,0 68,7 3,580 140,0 1-34 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CS tf bf tf h d tw . DIMENSÕES (mm) A EIXO X - X EIXO Y - Y rT IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 616 10,8 678 2475 198 6,12 300,6 6,79 18,2 1,48 51,8 766 10,9 843 3256 260 6,36 394,2 6,89 36,4 1,48 63,2 9723 778 10,8 862 3257 261 6,23 395,7 6,84 39,0 1,48 65,8 97,4 11660 933 10,9 1031 4168 333 6,54 503,5 6,97 72,0 1,48 76,5 9,5 218 101,0 11790 943 10,8 1049 4168 333 6,43 504,9 6,92 74,5 1,48 79,1 250 250 16,0 12,5 218 107,0 12050 964 10,6 1085 4170 334 6,24 508,5 6,84 82,5 1,48 84,2 9,5 212 115,0 13460 1076 10,8 1204 4949 396 6,56 598,5 6,98 120,0 1,48 90,4 * 250x 95 250 250 19,0 12,5 212 122,0 13690 1096 10,6 1238 4951 396 6,38 602,0 6,90 128,0 1,48 95,4 * 250x108 250 250 22,4 12,5 205 138,0 15450 1236 10,6 1406 5837 467 6,51 708,0 6,96 201,0 1,48 108,0 * 300x 62 300 300 9,5 8,0 281 79,5 13510 901 13,0 986 4276 285 7,33 432,0 8,14 21,9 1,78 62,4 * 300x 76 300 300 12,5 8,0 275 97,0 16890 1126 13,2 1229 5626 375 7,62 566,0 8,27 43,8 1,78 76,1 * 300x 95 300 300 16,0 9,5 268 121,0 20900 1393 13,1 1534 7202 480 7,70 726,0 8,30 89,6 1,78 95,3 * 300x102 300 300 16,0 12,5 268 130,0 21380 1426 12,8 1588 7204 480 7,46 730,5 8,20 99,4 1,78 102,0 * 300x109 300 300 19,0 9,5 262 139,0 23960 1597 13,1 1765 8552 570 7,85 860,9 8,36 145,0 1,78 109,0 * 300x115 300 300 19,0 12,5 262 147,0 24410 1627 12,9 1816 8554 570 7,63 865,2 8,27 154,0 1,78 115,0 * 300x122 300 300 19,0 16,0 262 156,0 24940 1662 12,6 1876 8559 571 7,41 871,8 8,18 173,0 1,77 122,0 * 300x131 300 300 22,4 12,5 255 166,0 27680 1845 12.9 2069 10080 672 7,78 1018,0 8,34 241,0 1,78 131,0 * 300x138 300 300 22,4 16,0 255 175,0 28170 1878 12,7 2126 10090 673 7,59 1024,0 8,25 260,0 1,77 138,0 * 300x149 300 300 25,0 16,0 250 190,0 30520 2035 12,7 2313 11260 751 7,70 1141,0 8,30 347,0 1,77 149,0 * 350x 93 350 350 12,5 9,5 325 118,0 27650 1580 15,3 1727 8935 511 8,69 773,0 9,56 * 350x112 350 350 16,0 9,5 318 142,0 33810 1932 15,4 2111 11430 653 8,96 987,2 9,68 105,0 2,08 112,0 * 350x119 350 350 16,0 12,5 318 152,0 34610 1978 15,1 2186 11440 654 8,68 992,4 9,55 116,0 2,08 119,0 * 350x128 350 350 19,0 9,5 312 163,0 38870 2221 15,5 2432 13580 776 9,14 1171,0 9,75 169,0 2,08 128,0 * 350x135 350 350 19,0 12,5 312 172,0 39630 2265 15,2 2502 13580 776 8,89 1176,0 9,64 180,0 2,08 135,0 * 350x144 350 350 19,0 16,0 312 183,0 40520 2315 14,9 2591 13590 776 8,62 1184,0 9,53 203,0 2,07 144,0 * 350x153 350 350 22,4 12,5 305 195,0 45100 2577 15,2 2859 16010 915 9,06 1384,0 9,72 282,0 2,08 153,0 * 350x161 350 350 22,4 16,0 305 206,0 45930 2624 14,9 2941 16020 915 8,83 1392,0 9,62 304,0 2,07 161,0 * 350x175 350 350 25,0 16,0 300 223,0 49900 2852 15,0 3204 17870 1021 8,95 1550,0 9,67 406,0 2,07 175,0 * 350x183 350 350 25,0 19,0 300 232,0 50580 2890 14,8 3271 17880 1022 8,78 1558,0 9,60 433,0 2,08 182,0 * 350x216 350 350 31,5 19,0 287 275,0 59850 3420 14,8 3903 22530 1287 9,05 1955,0 9,71 795,0 2,06 216,0 perfil d bf tf tw h cm2 * 250x 52 250 250 * 250x 63 9,5 8,0 231 66,0 7694 250 250 12,5 8,0 225 80,5 9581 * 250x 66 250 250 12,5 9,5 225 83,9 * 250x 76 250 250 16,0 8,0 218 * 250x 79 250 250 16,0 * 250x 84 * 250x 90 250 250 19,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 54,9 2,08 92,9 1-35 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d bf A EIXO X - X EIXO Y - Y Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 rT IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m tf tw h cm2 * 400x106 400 400 12,5 9,5 375 136,0 41730 2086 17,5 2271 13340 667 9,92 1008,0 10,90 62,8 2,38 106,0 * 400x128 400 400 16,0 9,5 368 163,0 51160 2558 17,7 2779 17070 853 10,20 1288,0 11,10 120,0 2,38 128,0 * 400x137 400 400 16,0 12,5 368 174,0 52400 2620 17,4 2881 17070 854 9,91 1294,0 10,90 133,0 2,38 137,0 * 400x146 400 400 19,0 9,5 362 186,0 58960 2948 17,8 3207 20270 1013 10,40 1528,0 11,10 193,0 2,38 146,0 * 400x155 400 400 19,0 12,5 362 197,0 60150 3007 17,5 3305 20270 1014 10,10 1534,0 11,00 206,0 2,38 155,0 * 400x165 400 400 19,0 16,0 362 210,0 61530 3077 17,1 3420 20280 1014 9,83 1543,0 10.90 232,0 2,37 165,0 * 400x176 400 400 22,4 12,5 355 224,0 68620 3431 17,5 3778 23900 1195 10,30 1806,0 11,10 323,0 2,38 176,0 * 400x185 400 400 22,4 16,0 355 236,0 69930 3496 17,2 3888 23910 1195 10,10 1815,0 11,00 348,0 2,37 185,0 * 400x201 400 400 25,0 16,0 350 256,0 76130 3807 17,2 4240 26680 1334 10,20 2022,0 11,00 404,0 2,37 201,0 * 400x209 400 400 25,0 19,0 350 267,0 77210 3860 17,0 4332 26690 1334 10,00 2032,0 11,00 497,0 2,36 209,0 * 400x248 400 400 31,5 19,0 337 316,0 91820 4591 17,0 5183 33620 1681 10,30 2550,0 11,10 911,0 2,36 248,0 * 450x154 450 450 16,0 12,5 418 196,0 75450 3353 19,6 3671 24310 1080 11,10 1636,0 12,30 150,0 2,68 154,0 * 450x175 450 450 19,0 12,5 412 223,0 86750 3856 19,7 4216 28860 1283 11,40 1940,0 12,40 233,0 2,68 175,0 * 450x186 450 450 19,0 16,0 412 237,0 88790 3946 19,4 4364 28870 1283 11,00 1950,0 12,20 262,0 2,67 186,0 * 450x198 450 450 22,4 12,5 405 252,0 99170 4407 19,8 4823 34030 1512 11,60 2284,0 12,50 364,0 2,68 198,0 * 450x209 450 450 22,4 16,0 405 266,0 101100 4494 19,5 4967 34030 1513 11,30 2294,0 12,30 393,0 2,67 209,0 * 450x227 450 450 25,0 16,0 400 289,0 110300 4900 19,5 5421 37980 1688 11,50 2557,0 12,40 523,0 2,67 227,0 * 450x236 450 450 25,0 19,0 400 301,0 111900 4971 19,3 5541 37990 1689 11,20 2567,0 12,30 560,0 2,67 236,0 * 450x280 450 450 31,5 19,0 387 357,0 133500 5935 19,3 6644 47860 2127 11,60 3224,0 12,50 1030,0 2,66 280,0 * 450x291 450 450 31,5 22,4 387 370,0 135200 6008 19,1 6771 47880 2128 11,40 3238,0 12,40 1080,0 2,66 291,0 * 450x321 450 450 37,5 19,0 375 409,0 152300 6770 19,3 7629 56970 2532 11,80 3832,0 12,60 1670,0 2,66 321,0 * 450x331 450 450 37,5 22,4 375 422,0 153800 6836 19,1 7748 56990 2533 11,60 3844,0 12,50 1720,0 2,66 331,0 * 500x172 500 500 16,0 12,5 468 219,0 104400 4177 21,9 4556 33340 1334 12,40 2018,0 13,60 167,0 2,98 172,0 * 500x194 500 500 19,0 12,5 462 248,0 120200 4809 22,0 5237 39590 1584 12,60 2393,0 13,80 259,0 2,98 194,0 * 500x207 500 500 19,0 16,0 462 264,0 123100 4924 21,6 5423 39600 1584 12,20 2405,0 13,60 292,0 2,97 207,0 * 500x221 500 500 22,4 12,5 455 281,0 137700 5506 22,1 5997 46670 1867 12,90 2818,0 13,90 404,0 2,98 221,0 * 500x233 500 500 22,4 16,0 455 297,0 140400 5616 21,7 6178 46680 1867 12,50 2829,0 13,70 437,0 2,97 233,0 * 500x253 500 500 25,0 16,0 450 322,0 153300 6132 21,8 6748 52100 2084 12,70 3154,0 13,80 582,0 2,97 253,0 * 500x283 500 500 25,0 19,0 450 336,0 155600 6223 21,5 6899 52110 2084 12,50 3166,0 13,70 624,0 2,96 263,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-36 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d bf tf A EIXO X - X EIXO Y - Y rT Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 IT U P cm4 m2/ m kg/ m tw h cm2 * 500x312 500 500 31,5 19,0 437 398,0 186300 7453 21,6 8286 65650 2626 12,80 3977,0 13,80 1140,0 2,96 312,0 * 500x324 500 500 31,5 22,4 437 413,0 188700 7548 21,4 8448 65670 2627 12,60 3992,0 13,70 1210,0 2,96 324,0 * 500x333 500 500 31,5 25,0 437 424,0 190500 7620 21,2 8572 65680 2627 12,40 4006,0 13,70 1270,0 2,95 333,0 * 500x369 500 500 37,5 22,4 425 470,0 215300 8612 21,4 9683 78160 3127 12,90 4741,0 13,90 1920,0 2,96 369,0 * 500x378 500 500 37,5 25,0 425 481,0 217100 8679 21,2 9801 78180 3127 12,70 4754,0 13,80 1980,0 2,95 378,0 * 550x228 550 550 19,0 16,0 512 291,0 165300 6010 23,8 6598 52700 1916 13,50 2907,0 14,90 321,0 3,27 228,0 * 550x257 550 550 22,4 16,0 505 327,0 188800 6864 24,0 7521 62130 2259 13,80 3420,0 15,10 481,0 3,27 257,0 * 550x279 550 550 25,0 16,0 500 355,0 206300 7502 24,1 8219 69340 2521 14,00 3813,0 15,20 641,0 3,27 279,0 * 500x290 550 550 25,0 19,0 500 370,0 209400 7616 23,8 8406 69350 2522 13,70 3826,0 15,00 668,0 3,27 290,0 * 550x345 550 550 31,5 19,0 487 439,0 251500 9144 23,9 10110 87370 3177 14,10 4808,0 15,20 1260,0 3,26 345,0 * 550x358 550 550 31,5 22,4 487 456,0 254700 9263 23,6 10310 87390 3178 13,90 4825,0 15,10 1330,0 3,26 358,0 * 550x368 550 550 31,5 25,0 487 468,0 257200 9354 23,4 10460 87410 3179 13,70 4840,0 15,00 1400,0 3,25 368,0 * 550x395 550 550 37,5 19,0 475 503,0 288300 10480 23,9 11640 104000 3782 14,40 5715,0 15,30 2040,0 3,26 395,0 * 550x407 550 550 37,5 22,4 475 519,0 291400 10590 23,7 11830 104000 3783 14,20 5731,0 15,20 2110,0 3,26 407,0 * 550x417 550 550 37,5 25,0 475 531,0 293700 10680 23,5 11980 104000 3783 14,00 5746,0 15,20 2180,0 3,25 417,0 * 550x441 550 550 37,5 31,5 475 562,0 299500 10890 23,1 12350 104100 3786 13,60 5790,0 15,00 2430,0 3,24 441,0 * 550x495 550 550 44,0 31,5 462 630,0 336500 12240 23,1 13930 122100 4441 13,90 6770,0 15,10 3605,0 3,24 495,0 * 600x281 600 600 22,4 16,0 555 358,0 247100 8237 26,3 8996 80660 2689 15,00 4068,0 16,40 525,0 3,57 281,0 * 600x250 600 600 19,0 16,0 562 318,0 216100 7205 26,1 7887 68420 2281 14,70 3456,0 16,30 351,0 3,57 250,0 * 600x305 600 600 25,0 16,0 550 388,0 270300 9010 26,4 9835 90020 3001 15,20 4535,0 16,50 700,0 3,57 305,0 * 600x318 600 600 25,0 19,0 550 405,0 274500 9149 26,0 10060 90030 3001 14,90 4550,0 16,40 751,0 3,56 318,0 * 600x377 600 600 31,5 19,0 537 480,0 330200 11010 26,2 12110 113400 3781 15,40 5718,0 16,60 1370,0 3,56 377,0 * 600x391 600 600 31,5 22,4 537 498,0 334600 11150 25,9 12360 113500 3782 15,10 5737,0 16,50 1450,0 3,56 391,0 * 600x402 600 600 31,5 25,0 537 512,0 338000 11270 25,7 12550 113500 3782 14,90 5754,0 16,40 1530,0 3,55 402,0 * 600x432 600 600 37,5 19,0 525 550,0 379400 12650 26,3 13970 135000 4501 15,70 6797,0 16,70 2230,0 3,56 432,0 * 600x446 600 600 37,5 22,4 525 568,0 383500 12780 26,0 14200 135000 4502 15,40 6816,0 16,60 2310,0 3,56 446,0 * 600x456 600 600 37,5 25,0 525 581,0 386600 12890 25,8 14380 135100 4502 15,20 6832,0 16,50 2380,0 3,55 456,0 * 600x483 600 600 37,5 31,5 525 615,0 394500 13150 25,3 14830 135100 4505 14,80 6880,0 16,40 2660,0 3,54 483,0 * 600x541 600 600 44,0 31,5 512 689,0 444100 14800 25,4 16740 158500 5284 15,20 8047,0 16,50 3941,0 3,54 541,0 * 650x305 650 650 22,4 16,0 605 388,0 316400 9736 28,6 10600 102500 3155 16,30 4771,0 17,80 570,0 3,87 305,0 * 650x330 650 650 25,0 16,0 600 421,0 346400 10660 28,7 11600 114400 3521 16,50 5320,0 17,90 759,0 3,87 330,0 * 650x345 650 650 25,0 19,0 600 439,0 351800 10820 28,3 11870 114500 3522 16,10 5335,0 17,80 814,0 3,86 345,0 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO cm 1-37 PUC- CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PERFIL I SOLDADO - CS tf bf tf h d tw . perfil DIMENSÕES (mm) d bf tf tw h A cm2 EIXO X - X EIXO Y - Y Ix Wx rx Z Iy Wy ry Z cm4 cm3 cm cm3 cm4 cm3 cm m3 rT IT U P cm cm4 m2/ m kg/ m * 150x25 150 150 8,0 6,4 134 32,4 1337 178 6,42 199 450 60 3,73 91 4,10 6,0 0,89 25 * 150x29 150 150 9,5 6,4 131 36,8 1527 204 6,45 227 535 71 3,81 108 4,14 10,0 0,89 29 * 150x31 150 150 9,5 8,0 131 39,0 1559 208 6,32 235 535 71 3,70 109 4,09 11,0 0,88 31 * 150x37 150 150 12,5 8,0 125 47,5 1908 254 6,34 289 704 94 3,85 143 4,15 22,0 0,88 37 * 150x45 150 150 16,0 8,0 118 57,4 2274 303 6,26 349 901 120 3,96 182 4,20 43,0 0,88 45 * 200x29 200 200 6,4 6,4 187 37,0 2710 271 8,56 299 840 84 4,77 128 5,37 5,0 1,19 29 * 200x34 200 200 8,0 6,4 184 43,6 3278 328 8,67 361 1067 107 4,95 162 5,45 8,0 1,19 34 * 200x39 200 200 9,5 6,4 181 49,4 3762 376 8,73 414 1267 127 5,06 192 5,51 13,0 1,19 39 * 200x41 200 200 9,5 8,0 181 52,5 3846 385 8,56 427 1267 127 4,91 193 5,44 15,0 1,18 41 * 200x50 200 200 12,5 8,0 175 64,0 4758 476 8,62 530 1667 167 5,10 253 5,52 29,0 1,18 50 * 200x61 200 200 16,0 8,0 168 77,4 5747 575 8,61 645 2134 213 5,25 323 5,58 58,0 1,18 61 * 250x43 250 250 8,0 6,4 234 54,7 6531 522 10,92 570 2084 167 6,17 252 6,81 11,0 1,49 43 * 250x49 250 250 9,5 6,4 231 62,1 7519 602 11,01 655 2474 198 6,31 299 6,88 16,0 1,49 49 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1-38 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 02 - Aços Estruturais 2.1. – Processo de fabricação: Vimos anteriormente que os processos de obtenção do aço passaram ao longo dos tempos por algumas diversificações, desde os primeiros fornos “cavados” nas encostas, pelos primeiros fornos de alvenaria até alcançarem mediante profundas conquistas tecnológicas os denominados altos-fornos. Na atualidade, 1 os metais ferrosos são obtidos por redução dos minérios de ferro nos altosfornos. O método de fabricação consiste em se carregar, pela parte superior dos altos-fornos, o minério, o calcário e o carvão coque, materiais necessários no processo de fabricação. Pela parte inferior desses mesmos altos-fornos, insufla-se ar quente; o carvão coque queima produzindo calor e monóxido de carbono, que reduzem o óxido de ferro a ferro liquefeito, com excesso de carbono. O calcário converte o pó de coque e a ganga – minerais ferrosos do minério – em escória fundida. Na seqüência, pela parte inferior do forno, são drenados periodicamente a liga ferro-carbono e a escória. O forno funciona continuamente e o produto do altoforno chama-se ferro gusa, uma liga de ferro ainda com alto teor de carbono e com diversas impurezas, cuja maior parte é transformada em aço. O refinamento do ferro fundido em aço consiste em reduzir-se a quantidade de impurezas a limites prefixados, quando, por exemplo, o excesso de carbono é eliminado com a aplicação de gás carbônico; os óxidos e outras impurezas se transformam em gases ou em escória que sobrenada o aço liquefeito. Até há alguns anos atrás, basicamente existiam três processos de fabricação do aço: Conversor Besemer, Forno Siemens-Martin e Forno Elétrico. No primeiro caso, o processo era mais rápido, quando se coloca no Conversor – um recipiente forrado com tijolos com perfurações no fundo – o gusa derretido e injeta-se ar pelas perfurações ao fundo; o ar injetado queima o carbono e algumas impurezas, produzindo calor necessário para a operação que dura de dez a quinze minutos. O metal assim purificado pela injeção de ar é lançado em uma panela e em seguida transferido para os moldes de lingotes, as denominadas lingoteiras e, em seguida, enviado para a laminação. No segundo caso, do Forno Siemens-Martin, o processo é mais demorado, demandando cerca de dez horas. No forno se coloca gusa e sucata de ferro, que são fundidos por chamas provocadas por injeções laterais de ar quente e óleo combustível. Adiciona-se minério de ferro e calcário, processando-se uma série de reações entre o óxido de ferro e as impurezas do metal e estas são queimadas ou se transformam em escória. O aço líquido é analisado, podendo Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I modificar-se a mistura até se obter a composição desejadas e quando as reações estão encerradas, o produto é lançado em uma panela, onde a escória transborda, quando o aço fundido é lançado em lingoteiras e encaminhado para a laminação. ALIMENTADOR TR SP AN TA OR R DO 500°C COQUE - MINÉRIO DE FERRO - CALCÁRIO ESQUEMÁTICO DOS ALTOS-FORNOS 1250°C INJEÇÃO DE AR INJEÇÃO DE AR 1650°C SAÍDA DE FERRO GUSA SAÍDA DE ESCÓRIA No caso do Forno Elétrico, ainda hoje utilizado, a energia térmica é fornecida por arcos voltaicos entre eletrodos e o aço fundido e esse processo é utilizado para refinar aços provenientes do Conversor Bessemer ou do Forno Siemens-Martin. O aço líquido superaquecido absorve gases da atmosfera e oxigênio da escória. O gás é expelido lentamente pelo resfriamento da massa líquida, porém, ao se aproximar a temperatura de solidificação, o aço ferve e os gases escapam rapidamente, que tem como conseqüência a formação de diversos vazios no aço, que deve ser solucionada através da adição de ferro-manganês na panela. Na atualidade, nas fabricações mais modernas, é utilizado em larga escala o Conversor de Oxigênio, denominado Conversor BOF (Sopro de Oxigênio), que como o próprio nome indica, baseia-se na injeção de oxigênio dentro da massa liquida do ferro fundido (gusa). O ar injetado queima o carbono, em um processo de 15 a 20 minutos, ou seja, de ata eficiência. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I O aço líquido, como percebemos, absorve e perde gases no processo de fabricação. Devido a essa desgasificação, os aços são classificados em: efervescentes, capeados, semi-acalmados e acalmados. Os aços efervescentes, assim chamados por provocarem certa efervescência nas lingoteiras, são utilizados em chapas finas; os aços capeados, por sua vez, são análogos aos efervescentes. Os aços semi-acalmados, parcialmente desoxidados, são os mais utilizados nos produtos siderúrgicos correntes – perfis, barras, chapas grossas; enquanto que os aços acalmados, que têm todos os gases eliminados, apresentam melhor uniformidade de estrutura e destinados aos aços-ligas, aos aços de altocarbono, ou mesmo de baixo-carbono destinados à estampagem. A laminação, como processo seguinte, promove o aquecimento dos lingotes obtidos nos processos descritos acima, e são sucessivamente prensados em rolos – laminadores – até adquirirem as formas desejadas: barras, perfis, trilhos, chapas, etc. Importante, também, é conhecermos os tratamentos térmicos, cuja finalidade é a de melhorar as propriedades dos aços e que se dividem em dois tipos principais: • Tratamentos destinados a reduzir tensões internas provocadas por laminação, solda, etc. • Tratamentos destinados a modificar a estrutura cristalina com alterações da resistência e outras propriedades As principais metodologias adotadas são: ♦ Normalização – o aço é aquecido a uma temperatura da ordem de 800ºC e mantido nessa temperatura por quinze minutos e depois deixado resfriar lentamente no ar e através desse processo refina-se a granulometria, removendo-se as tensões internas de laminação, fundição ou forja ♦ Recozimento – o aço é aquecido a uma temperatura apropriada, dependendo do efeito desejado, mantido nessa temperatura por algumas horas ou dias e depois, deixado para resfriar lentamente, em geral no forno e, através desse processo, se obtém a remoção das tensões internas e redução da dureza ♦ Têmpera – o aço é aquecido a uma temperatura de cerca de 900ºC e resfriado rapidamente em óleo ou água para cerca de 200ºC, cuja finalidade é aumentar a dureza e a resistência diminuindo a ductibilidade e a tenacidade Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2.2. – Classificação: Após processo de fabricação e segundo sua composição química, os aços sofrem determinadas classificações a partir dessas composições, pois percebemos que 1 o aço é um composto que consiste quase totalmente de ferro (98%), com pequenas quantidades de carbono, silício, enxofre, fósforo, manganês, etc., sendo que o carbono é o material que exerce o maior efeito nas propriedades do aço, resultando daí, as classificações mencionadas. Os aços utilizados em estruturas metálicas são divididos em dois grupos: aço-carbono e aço de baixa-liga. 2.2.1. – Aço-Carbono: O aço-carbono é o tipo mais usual, quando o acréscimo de resistência em relação ao ferro é produzido pelo carbono. Em estruturas correntes, os aços utilizados possuem um teor de carbono que não deve ultrapassar determinados valores, pois caso esses valores sejam superiores aos limites estabelecidos, haverá um decréscimo na soldabilidade – capacidade de se utilizar processo de soldas – criando algumas dificuldades de fabricação e montagem das estruturas, mesmo embora o resultado dessa maior adição de carbono resulte em um aço de maior resistência e de maior dureza. Nesse tipo de aço 2 as máximas porcentagens de elementos adicionais são: Carbono (1,7%) – Manganês (1,65%) – Silício (0,60%) e Cobre (0,60%) A recomendação básica é que não se ultrapasse o percentual de 0,40 a 0,45%, pois até esses valores, existe patamar definido de escoamento, que estaremos estudando logo mais. Dentre os perfis mais usuais de aço-carbono podemos citar: ASTM A-36: É considerado o tipo mais comum de aço-carbono e que contém de 0,25 a 0,29% de carbono, sendo utilizado em perfis, barras e chapas para os mais diversos tipos de construção, desde pontes, edifícios, etc. ASTM A570: É empregado principalmente para perfis de chapas dobradas, devido à sua maleabilidade ASTM A307: Aço de baixo carbono utilizado em parafusos comuns ASTM A325: Aço de médio carbono utilizado em parafusos de alta resistência. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2.2.2. – Aço de Baixa-Liga: Esse tipo de aço é obtido pelo mesmo aço-carbono acrescido de elementos de liga em proporções diminutas – cobre, manganês, silício, etc. A adição desses elementos promovem alterações na micro estrutura original, ampliando a resistência desse tipo de aço. Na pequena variação de ordem química somada à adição de outros componentes, também pode ser aumentada a resistência à oxidação, fator que como vimos anteriormente, impõe acréscimo de custos nas estruturas. Dessa maneira, os aços de baixa-liga podem ser sub-divididos em: • Aços de Alta Resistência Mecânica ASTM A441: Utilizado em estruturas que necessitem de alta resistência mecânica ASTM A572: Utilizado em estruturas que necessitem de alta resistência mecânica têm, atualmente, aumentado consideravelmente seu uso no mercado de perfis, em especial, vigas tipo ‘ I ‘ ou ‘ U ’ • Aços de Alta Resistência Mecânica e Corrosão Atmosférica ASTM A242: Possuem o dobro da resistência à corrosão do aço-carbono, o que permite sua utilização plena em situações de exposições às intempéries, cujos produtos mais conhecidos respondem pelos nomes comerciais de: NIOCOR, produzido pela CSN; SAC, produzido pela Usiminas e COS-AR-COR, produzido pela Cosipa 1. Estruturas Industriais em Aço – Ildony H. Belley – Editora Pini. 2. Estruturas de Aço – Walter Pfeil – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 3. Estruturas Metálicas – Antonio Carlos F. Bragança Pinheiro – Editora Edgard Blücher Ltda. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2.2.3. – Elementos de Composição Química do Aço: Uma vez verificada a classificação dos aços estruturais, é relevante se conhecer um pouco mais sobre a influência da composição química nas propriedades do aço. 1 A composição química determina muitas das características do aços, sendo que alguns elementos químicos presentes nos aços comerciais são conseqüência dos métodos de obtenção; outros são adicionados a fim de se atingir determinados objetivos. A influência de alguns desses elementos, pode ser descrita resumidamente: • Carbono – como já vimos, é o principal elemento para aumento da resistência • Cobre – aumenta de forma muito eficaz a resistência à corrosão atmosférica e a resistência à fadiga • Cromo – aumenta a resistência mecânica à abrasão e à corrosão atmosférica reduzindo, porém, a soldabilidade • Enxofre – entra no processo de obtenção, mas pode causar retração à quente ou mesmo ruptura frágil, assim como, teores elevados podem causar porosidade e fissuração na soldagem • Silício – aumenta a resistência e a tenacidade e reduz a soldabilidade • Titânio – aumenta o limite de resistência, a resistência à abrasão e a resistência à deformação lenta, sendo muito importante a fim de se evitar o envelhecimento • Vanádio – aumenta o limite da resistência, a resistência à abrasão e a resistência à deformação lenta sem prejudicar a soldabilidade e a tenacidade 1. Estruturas Industriais em Aço – Ildony H. Belley – Editora Pini. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2.3. – Propriedades dos Aços Estruturais: Para melhor se compreender o comportamento das estruturas de aço, se faz necessário conhecer, de forma satisfatória, as principais propriedades dos aços estruturais. O primeiro ponto a ser analisado deve ser o diagrama de tensão-deformação, para se analisar e entender o comportamento estrutural. 1 Quando solicitamos um corpo de prova ao esforço normal de tração, podemos obter valores importantes para a determinação das propriedades mecânicas dos aços. As primeiras propriedades mecânicas que devem ser salientadas são: Fy : Tensão limite de resistência à tração (variável para os tipos de aço) Fu : Tensão última de resistência à tração (variável para os tipos de aço) E : Módulo de Elasticidade = 205 Gpa Elasticidade vem a ser a capacidade que certos elementos estruturais têm de voltar à sua forma original após sucessivos ciclos de carregamento e descarregamento. Se recorrermos à Resistência dos Materiais – o ramo da Mecânica Aplicada que, utilizando os conhecimentos da Teoria Matemática da Elasticidade, bem como da Mecânica Racional, estabelece fórmulas onde são considerados os efeitos internos nos corpos, produzidos pela ação de forças externas – é necessário recordar-se da Lei de Hook. Essa lei muito antiga, segundo alguns autores, data de 1676 e enunciada por Hook, estabelece que através de numerosas observações do comportamento dos sólidos, demonstra-se que, na imensa maioria dos casos, os deslocamentos, dentro de certos limites, são proporcionais às cargas que atuam, ou seja, segundo seja a força, assim será a deformação. 1 Partindo da condição de que as tensões são produzidas pelos esforços atuantes, elas aumentarão com o aumento das forças aplicadas. Daí, os aumentos das tensões serão acompanhados por aumentos das deformações, passando por uma série de estados em que sejam de efeito desde desprezível até a condição de desagregação das moléculas no ponto de ruptura. Para a avaliação desses estados se realizam provas do material (ensaios), por meio de “corpos de prova”, devidamente proporcionados, submetidos à experiência de laboratório com máquinas especiais. No caso dos aços estruturais, os ensaios de laboratório são realizados para esforços de tração. Como vimos acima, a elasticidade é a propriedade que Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I certos corpos têm de retornarem, depois de deformados – sujeitos à ação de uma carga – à sua forma inicial, quando desaparecem as causas que motivaram a deformação. Assim, no ensaio de tração simples, sob a ação de uma carga P, o corpo de comprimento L, é aumentado da grandeza δ. À medida que se aumenta P, δ também aumenta, e se não for ultrapassado o “limite de elasticidade” do material, quando se retira a carga P, o corpo volta às condições primitivas. Por isso, devido à elasticidade, a energia potencial interna, armazenada durante o desenvolvimento da deformação δ, é capaz de devolver ao corpo, em forma de trabalho mecânico, o necessário para restaurar as condições primitivas. ν : Coeficiente de Poisson = 0,30 Coeficiente de Poisson é o coeficiente de proporcionalidade entre as deformações longitudinal e transversal de uma peça. Quando se realiza estudos das deformações ao longo do eixo longitudinal de uma peça, observa-se uma propriedade em todos os sólidos relativas às deformações conseqüentes transversais. Por exemplo, uma tração, que conduz ao aumento do comprimento, corresponderá a uma contração transversal; enquanto que uma compressão, que conduz à redução do comprimento, corresponderá a uma expansão transversal. Portanto, o coeficiente de Poisson equivale o mesmo que coeficiente de deformação transversal. β : Coeficiente de Dilatação Térmica = 12 x 10-6 C Quando se eleva ou se abaixa a temperatura de um corpo, o material se dilata ou se contrai, a não ser que seja impedido por circunstâncias locais e, havendo a mudança de temperatura de uma barra livre, o Coeficiente de Dilatação Térmica do material é a variação por unidade de comprimento e por grau de temperatura G : Módulo de Elasticidade Transversal = 0,385 E Módulo de Elasticidade Transversal ou simplesmente Módulo de Elasticidade de Cisalhamento, é utilizado quando ocorre a extensão ou encurtamento motivada por cisalhamento, ou seja, por corte no plano perpendicular. Essas deformações por corte, ocorrem com as de tração-compressão na flexão e torção γ : Peso Específico = 78,50 KN/m3 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Uma vez conhecidas as principais propriedades mecânicas dos aços estruturais, já se pode analisar o Diagrama de Tensão-Deformação, representado a seguir. DIAGRAMA TENSÃO - DEFORMAÇÃO Fu = 480 MPa D' Fu = 400 MPa B' TENSÃO A' C' D Fy = 345 MPa (A572) B A C Fy = 250 MPa (A36) O DEFORMAÇÃO ZONA PLÁSTICA ESTRICÇÃO ZONA ELÁSTICA Em O-A há proporcionalidade entre a tensão e a deformação, cujo ponto A define o Limite de Proporcionalidade (Lei de Hook – Força e Deformação). Além do ponto A, a linha descreve um raio curto até o ponto B. Se até esse ponto a carga atuante fosse retirada lentamente, haveria o desaparecimento da deformação. Nesse período chamado Período Elástico, o material se comportou elasticamente e o ponto B será o Limite de Elasticidade do Material. Esse ponto B separa duas condições importantes do material, pois após esse limite, o material, como que cansado, perde bruscamente grande poder de resistência. Chegado ao ponto B, ocorre um fenômeno interessante no material, pois o corpo apresenta uma deformação apreciável, sem ter aumento apreciável de tensão e sem que se note qualquer lesão no material, mas se verifica uma queda brusca no caminho do ponto B ao ponto C, onde se observa um desarranjo molecular do material e, por isso mesmo, esse ponto denomina-se Limite de Escoamento (Fy). Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Prosseguindo-se com a análise do diagrama prossegue-se pelo caminho do ponto C ao ponto D, onde as deformações são cada vez maiores, onde no último ponto (D) ocorre o Limite de Tensão Máxima (Fu), também chamado tensão de ruptura. Esse período onde as deformações são permanentes, denomina-se Período Plástico, pois ao ser retirada a carga lentamente, o material não mais retorna ao estado primitivo e permanece em estado de deformação permanente. Ao atingir o ponto D, a seção do material começa a se estrangular, significando uma alteração molecular e, neste período denominado de estricção, a área da seção transversal do material vai diminuindo e começam a aparecer fissuras, de fora para dentro, até que a ruptura se complete. Para efeito de classificação, dizse que o material está no Regime Elástico quando obedece ao período entre os pontos O e B e no Regime Plástico quando ultrapassa o ponto B. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Outras propriedades que devem ser estudadas são2: Dureza – É a resistência ao risco ou abrasão e pode ser medida pela resistência com que a superfície do material se opõe à introdução de uma peça de maior dureza. Os ensaios de dureza são bastante utilizados para verificar a homogeneidade do material. Ductilidade – É a capacidade do material de se deformar sob a ação de cargas e as estruturas dotadas de maior ductilidade sofrem grandes deformações antes de se romperem, o que na prática constitui um aviso da existência de tensões elevadas, ou seja, o aço vai além do seu limite elástico. Tenacidade – É a energia mecânica total que o material pode absorver em deformações elásticas e plásticas até a sua ruptura. Resiliência – É a energia mecânica total que o material pode absorver em deformações elásticas até sua ruptura. Efeito de Alta e Baixa Temperaturas – As altas temperaturas modificam as propriedades mecânicas dos aços estruturais, pois acima de 100ºC, a uma tendência a se eliminar a definição linear do limite de escoamento, surgindo reduções acentuadas das resistências de escoamento bem como do módulo de elasticidade. As baixas temperaturas, por sua vez, estabelecem a perda de ductibilidade e de tenacidade, o que constitui uma fato indesejável, podendo conduzir à ruptura frágil. Ruptura Frágil – São muito perigosas, pois são bruscas e não apresentam avisos pelas deformações exageradas das peças estruturais. O comportamento da fragilidade pode ser abordado sob dois aspectos: iniciação da fratura e propagação. A iniciação ocorre quando uma tensão ou deformação elevada se desenvolve num ponto onde o material perdeu ductibilidade e uma vez iniciada a ruptura, ela se propaga pelo material mesmo sob tensões moderadas. Fadiga – É a ruptura de uma peça sob esforços repetidos em geral determinantes em peças de máquinas e estruturas sob efeito de cargas móveis. 1. Curso de Resistência dos Materiais – Evaristo Valladares Costa – Cia. Editora Nacional 2. Estruturas de Aço – Walter Pfeil – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I TABELA DOS PRINCIPAIS AÇOS ESTRUTURAIS CLASSIFICAÇÃO TIPO DE AÇO PRODUTOS Fy (KN/cm2) Fu (KN/cm2) 25,00 40,00 PERFIS ASTM A36 CHAPAS AÇO-CARBONO BARRAS ASTM A570 CHAPAS 23,00 36,00 ASTM A307 PARAFUSOS 24,00 40,00 ASTM A325 PARAFUSOS 57,00 74,00 34,50 48,00 34,50 48,00 AÇO DE BAIXA-LIGA E ALTA RESISTÊNCIA MECÂNICA PERFIS ASTM A572 CHAPAS BARRAS AÇO DE BAIXA-LIGA, ALTA RESISTÊNCIA MECÂNICA E PERFIS ASTM A588 À CORROSÃO CHAPAS BARRAS ATMOSFÉRICA COMPOSIÇÃO QUÍMICA MÁXIMA DOS PRINCIPAIS AÇOS ESTRUTURAIS ELEMENTO QUÍMICO ASTM A36 (Perfis) ASTM A572 (Grau 50) ASTM A588 (Grau B) ASTM A242 (Chapas) 0,26 0,23 0,20 0,15 ---- 1,35 0,75 – 1,35 1,00 % P max 0,04 0,04 0,04 0,15 % S max 0,05 0,05 0,05 0,05 % Si 0,40 0,40 0,15 – 0,50 ---- % Ni ---- ---- 0,50 ---- % Cr ---- ---- 0,40 – 0,70 ---- % Mo ---- ---- ---- ---- % Cu 0,202 ---- 0,20 – 0,40 0,20 %V ---- ---- 0,01 – 0,10 ---- (% Nb+%V) ---- 0,02 – 0,15 ---- ---- %C % Mn Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 2-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 03 - Caraterísticas Geométricas 1 Para o dimensionamento de peças estruturais, é imprescindível a determinação das ‘características geométricas’ das seções transversais das mesmas. Sem esse mecanismo determinante da capacidade portante das estruturas, não se consegue dimensionar os componentes da estrutura, tão pouco se verificar a estabilidade individual e global das estruturas analisadas. Dessa maneira, temos como ‘características geométricas’ principais os seguintes tópicos: a) b) c) d) e) f) Área Centro de Gravidade Momento de Inércia Raio de Giração Momento Resistente Elástico Momento Resistente Plástico 3.1. – Figuras Planas: Convencionalmente, a primeira etapa para determinação das características geométricas de Figuras Planas, é a cálculo do Momento Estático ou Momento de 1.ª Ordem – sempre a análise da seção transversal de um determinado componente estrutural será efetuado através da figura plana equivalente a essa seção, seja um perfil tipo ‘I’, ‘U’, ‘L’, etc. A definição da Resistência dos Materiais para esse Momento Estático de uma figura em relação a um eixo de seu plano, é uma grandeza definida como a somatória dos produtos de cada elemento de área da figura pela respectiva distância ao eixo. A utilidade do Momento Estático é determinar o Centro de Gravidade das figuras planas e, se a figura for constituída de várias outras, o Momento Estático total é a soma dos Momentos Estáticos das várias figuras. Entretanto, para chegar-se ao cálculo desse Momento Estático, é necessário antes, determinar-se outras características geométricas, pois a equação matemática desse Momento é: Msx = A x Yg ou Msy = A x Xg, onde: A = Área da Seção Transversal; Yg = distância do Centro de Gravidade da seção em relação ao eixo X e Xg = distância do Centro de Gravidade da seção em relação ao eixo Y. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3.1.1. – Cálculo da Área: As equações determinantes para o cálculo de áreas pertencem à Resistência dos Materiais, cabendo no presente curso, apenas as suas deduções principais. Assim, para facilitar o cálculo de área de figuras planas, o melhor meio é o de se desmembrar a figura plana em estudo em figuras geométricas cujas áreas são conhecidas. a) Cálculo de Área de um perfil ‘ I ‘ Soldado Área Total = Ai + AII + AIII A = (18x150) + (270x5) + (12x150) A = 5.850 mm2 ou 58,50 cm2 3.1.2. – Cálculo do Centro de Gravidade: Uma vez determinada a área de uma certa seção transversal, tal qual a que vimos acima, a próxima etapa deverá ser a determinação do Centro de Gravidade dessa seção ou figura plana. Considerando que todo corpo é atraído pela ‘gravidade’ para o centro da Terra, e que o peso de um corpo é uma força cuja intensidade é a medida do produto da massa pela aceleração provocada pela gravidade, os pesos de todas as moléculas de um corpo formam um sistema de foças verticais, cuja resultante é o peso do corpo e cujo centro de forças é o centro de gravidade. No caso de figuras planas, para se determinar o centro de gravidade da seção, assim como se trabalhou com o cálculo de área, divide-se a mesma figura em outras tantas figuras conhecidas para que se possa determinar o centro de gravidade de cada figura inicialmente e, posteriormente, o cálculo do centro de gravidade da figura integral. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Se tomarmos a figura acima, um trapézio ABCD, a fim de se obter, pelo método mais simples o centro de gravidade da seção, prolonga-se na direção da base menor (AB) o comprimento maior (CD) até E, e na direção da base maior (CB) o comprimento menor (AB) até F. Unindo-se EF, esta intercepta a linha mediana traçada entre AB e CD exatamente no ponto do C.G. (Centro de Gravidade). A medida Yg, equivale à formulação matemática: yg = d (2b + B) × 3 (b + B) Quando, por exemplo, nos detivermos diante de uma figura plana de forma quadrada, supondo seus lados iguais com medida de 90 cm., ao aplicarmos a equação acima, obteremos o resultado de: 90 (2 × 90 + 90) yg = × = 45 cm 3 (90 + 90) o que equivale exatamente ao ponto desejado do Centro de Gravidade. Entretanto, quando se trata de figura plana composta, como no caso do exemplo do cálculo de área, a determinação do Centro de Gravidade torna-se um pouco mais complexa, sem com isso tornar-se difícil. Uma vez compreendido o caminhamento lógico do cálculo, podemos determinar o C.G. da figura em questão, em relação aos seus dois eixos de figura plana, ou seja, nas direções X e Y. Vamos voltar à figura original, agora em desenho de maiores proporções, e com o traçado dos eixos de referência ou eixos de auxilio (Xa e Ya) e, com isso, as medidas auxiliares iniciais, y1 a y3 e x1 a x3. Devemos, quando possível, tomarmos o canto inferior esquerdo das peças compostas como referencial 0,0. Ya 18 X1, X2, X3 1 Y1 Y2 2 Yg 300 5 Xg Y3 12 3 Xa 150 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I TABELA 1 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA ÁREA (cm2) Ygi (cm) Msxi (cm3) Xgi (cm) Msyi (cm3) 1 1,8x15 = 27 30-0,9 = 29,1 785,70 15/2 = 7,5 202,50 2 0,5x27 = 13,5 27/2+1,2 = 14,70 198,45 15/2 = 7,5 101,25 3 1,2x15 = 18 1,2/2 = 0,6 10,8 15/2 = 7,5 135 Total 58,50 994,95 438,75 Onde Ygi e Xgi, são as distancias entre os centro de gravidade das figuras individuais conhecidas (1 a 3) até os eixos auxiliares Ya e Xa. Uma vez calculados os valores auxiliares, já nos é possível determinarmos os valores finais relativos ao centro de gravidade da seção transversal, à partir das equações determinadas anteriormente, onde: yg = Portanto: yg = ∑ Msxi ∑ Msyi e xg = ∑A ∑A 994,95 = 17,00 cm 58,50 xg = 438,75 = 7,50 cm 58,50 O que equivale, em nossa figura, ao seguinte resultado: Y 1 2 3 X Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3.1.3. – Cálculo do Momento de Inércia: Momento de Inércia ou de 2.ª Ordem de uma figura plana em relação a um eixo do seu plano, é a somatória dos produtos da área de cada elemento da superfície, pelo quadrado de sua distância, somado ao momento de inércia da peça isolada (Teorema de Steiner). O momento de inércia tem sempre valores positivos, pelo fato de termos o efeito, na equação, do valor da distância elevado ao quadrado, e sua representação pode ser feita através de duas letras, sem que se altere seu significado: J ou I. De acordo com o enunciado acima, os valores de J ou I serão: Jx ou Ix = Jxi + A x Yg2 e Jy ou Iy = Jyi + A x Yg2 Onde I = Momento de Inércia da figura; Ii = Momento de Inércia em relação ao um eixo i, que passa pelo C.G. e Yi = Distância entre o centro de gravidade da figura em relação ao eixo i. i = eixos X ou Y. Pois bem, retomando nossa figura tradicional, vamos determinar os valores do Momento de Inércia ou de 2.ª Ordem, agora com os eixos X e Y posicionados em sua situação real, ou seja, passando pelo C.G. da peça. Mantendo a proposta inicial de se desmembrar a figura plana em figuras geométricas conhecidas, teremos os mesmos retângulos 1, 2 e 3. Dessa maneira podemos, nos utilizando de tabelas auxiliares, calcularmos inicialmente os momentos de inércia de cada um desses retângulos, em relação aos eixos X e Y, agora os eixos tradicionais, traçados a partir do C.G. da seção transversal. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I TABELA 2 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA 1 2 3 A (cm2) Ixi (cm4) Ygi (cm) Iyi (cm4) Xgi (cm) 1,8x15 = 27 15x1,83 = 7,29 12 12,10 1,8x153 = 506,3 12 0 0,5x27 = 13,5 0,5x273 = 820,12 12 2,30 27x0,53 = 0,28 12 0 1,2x15 = 18 15x1,23 = 2,16 12 16,40 1,2x153 = 337,5 12 0 Onde Ygi e Xgi, são as distancias entre os centros de gravidade das seções individuais (1 a 3) em relação aos eixos reais Y e X. A partir dos valores enumerados na tabela acima, já podemos definir os valores dos Momentos de Inércia. Ix = (7,29 + 27x12,102)+(820,12 + 13,5x2,302)+(2,16 + 18x16,402) = 9.695 cm4 Iy = (506,3 + 27x02)+(0,28 + 13,5x02)+(337,5 + 18x02) = 844 cm4 3.1.4. – Cálculo do Raio de Giração: Uma vez determinados os Momentos de Inércia, a próxima etapa é a determinação dos raios de giração, também em relação aos eixos X e Y. Essa característica geométrica das figuras planas é definida por operações matemáticas bastante simples, pois o raio de giração, denominado pela letra r adicionada do seu eixo de direção X ou Y, ou seja rx = raio de giração no sentido X e ry = raio de giração no sentido Y, será igual à raiz quadrada do momento de inércia do eixo correspondente, dividido pela área da seção transversal. Assim sendo, ri = Ii A Onde Ii = Momento de Inércia e A = Área da figura plana Portanto, em nossa figura de estudos, teremos como resultados: rx = 844 9.695 = 12,87 cm e ry = = 3,80 cm 58,5 58,5 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3.1.5. – Cálculo do Momento Resistente: Finalizando o cálculo das características geométricas de figuras planas, resta o Momento Resistente, uma característica geométrica importante nos elementos estruturais. Para efeito de nossos estudos, somente consideraremos o Momento Resistente Elástico, muito embora como vimos no enunciado, existe, também, o Momento Resistente Plástico. Para o cálculo desse Momento Resistente, basta aplicarmos, assim como para o cálculo do raio de giração, simples equação matemática, pois: W xs = Ix Ix Iy Iy ; W xi = ; W ye = ; W yd = ygs ygi xge xgd Onde: Wxs = Momento Resistente Superior em torno do eixo x Wxi = Momento Resistente Inferior em torno do eixo x Wye = Momento Resistente Esquerdo em torno do eixo y Wyd = Momento Resistente Direito em torno do eixo y Para o nosso caso em questão: W xs = 9.695 = 745,76 cm3 13 W ye = 844 = 112,53 cm3 7,50 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO W xi = 9.695 = 570,29 cm3 17 W yd = 844 = 112,53 cm3 7,50 3-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3.1.6. – Características Geométricas de Seções Conhecidas: SEÇÕES PLANAS FIGURA ÁREA C.G. MOMENTO INÉRCIA b 2 h yg = 2 b × h3 Ix = 12 h × b3 Iy = 12 Yg h xg = A = b×h Xg b d 2 d yg = 2 Yg d xg = A= Xg π × d2 4 b 2 h yg = 3 Yg h xg = Xg A= b×h 2 b Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO RAIO DE GIRAÇÃO MOMENTO RESISTENTE h 12 b ry = 12 b × h2 Wx = 6 h × b2 Wy = 6 rx = d 4 d ry = 4 rx = I= π × d4 64 b × h3 36 h × b3 Iy = 36 Ix = rx = 0,23 × h ry = 0,23 × b W= π × d3 32 b × h2 24 h × b2 Wy = 24 Wx = 3-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3.1.7. – Exemplos diversos: Determinar as características geométricas das figuras planas abaixo (medidas em cm): Exemplo 01: Exemplo 02: Determinar as características geométricas das figuras planas abaixo (medidas em mm): Exemplo 03: Exemplo 04: 2 U 304,8 x 30,7 kg/ml 2 L 76 x 10,70 kg/ml 520 74,7 67.5 76 xg Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO xg 10 67.5 10 304,8 76 22,6 22,6 3-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Resolução dos exemplos apresentados: Exemplo 01 Considerando-se o retângulo (1) à esquerda com medidas h=40, b=12, y1=20 e x1=6, e o retângulo (2) o da direita inferior com medidas h=12, b=28, y2=6 e x2=26, teremos: Msx1 = 40 x 12 x 20 = 9.600 cm3 e Msx2 = 12 x 28 x 6 = 2.016 cm3 Msx = 9.600 + 2.016 = 11.616 cm3 e A = (40 x 12 ) + (12 x 28) = 816 cm2 Yg = 11.616 / 816 = 14.23 cm. e por simetria Xg = 14,23 cm. Portanto Yg1 = 5,8 cm e Yg2 = 8,2 cm Ix = 12 × 403 28 × 123 + 40 × 12 × 5,82 + + 28 × 12 × 8,22 = 106.772 cm4 12 12 Por simetria Iy = 106.772 cm4 rx = ry = 106.772 = 11,44 cm 816 W xs = W yd = 106.772 106.772 = 4.143 cm3 ⇔ W xi = W ye = = 7.503,30 cm3 ( 40 − 14,23) 14,23 Exemplo 02 TABELA 1 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA ÁREA (cm2) Ygi (cm) Msxi (cm3) Xgi (cm) Msyi (cm3) 1 20x2 = 40 32 -1 = 31 1240 20 / 2 = 10 400 2 30x2 = 60 30 / 2 = 15 900 20 / 2 = 10 600 Total 100,00 Portanto: yg = 2140 1000 2140 1000 = 21,40 cm e xg = = 10 cm 100 100 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I TABELA 2 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA 1 2 A (cm2) Ixi (cm4) Ygi (cm) Iyi (cm4) Xgi (cm) 20x2 = 40 20 x23 = 13,33 12 9,6 2x203 = 1.333 12 0 30x2 = 60 2x303 = 4.500 12 6,4 30x23 = 20 12 0 Momento de Inércia: Ix = 13,33 + 20 × 2 × 9,62 + 4.500 + 2 × 30 × 6,42 = 10.658 cm4 Iy = 1.333 + 20 × 2 × 02 + 20 + 2 × 30 × 02 = 1.353 cm4 Momento Resistente: teremos ygi=21,40 cm e ygs=32-21,40=10,60 cm W xs = 10.658 = 1.005,47 cm3 10,60 W ye = W xi = 1.353 = 135,3 cm3 10 10.658 = 498,04 cm3 21,40 W yd = 1.353 = 135,3 cm3 10 Raio de Giração: rx = 10.658 1.353 = 10,32 cm e ry = = 3,68 cm 100 100 Exemplo 03 Devemos tomar os dados geométricos dos perfis a partir das tabelas anexas. Assim, para cada perfil teremos: A = 39,10 cm2; Ixo = 5.370 cm4; Iyo = 161,10 cm4; Wxo = 352 cm3 e Wyo = 28,30 cm3 Xgo = 1,77 cm Resolução: Momento de Inércia: [ ] = [161,10 + 39,10 × (26 − 1,77) ]× 2 = 46.233 cm Ix = 5.370 + 39,10 × 02 × 2 = 10.740 cm4 Iy 2 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4 3-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Momento Resistente: 10.740 Wx = = 704,72 cm3 30,48 2 Wy = 46.233 = 1.778,19 cm3 57 2 Raio de Giração: 10.740 46.233 = 11,72 cm e ry = = 24,31cm 2 × 39,10 2 × 39,10 rx = Exemplo 04 Devemos tomar os dados geométricos dos perfis a partir das tabelas anexas. Assim, para cada perfil teremos: A = 13,61 cm2; Ixo = Iyo = 74,90 cm4; Wxo = Wyo = 14,00 cm3 e Xgo = Ygo = 2,26 cm Resolução: Momento de Inércia: [ ] Ix = 74,90 + 13,61× 02 × 2 = 149,80 cm4 [ ] Iy = 74,90 + 13,61× (6,75 + 2,26)2 × 2 = 2.359,52 cm4 Momento Resistente: W xs = 149,80 = 28,05 cm3 (7,6 − 2,26) Wy = 2.359,52 = 261,88 cm3 (6,75 + 2,26) Raio de Giração: rx = 10.740 46.233 = 11,72 cm e ry = = 24,31cm 2 × 39,10 2 × 39,10 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3.1.8 – Exemplos diversos: Determinar as características geométricas (C.G., Momento de Inércia e Momento Resistente) das figuras planas abaixo: 90 40 20 Exemplo 05 (medidas em milímetros) 30 Considerar a figura 1 composta pela mesa superior do perfil e figura 2 pela alma Cálculo do Momento Estático: TABELA 1 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA ÁREA (cm2) Ygi (cm) Msxi (cm3) Xgi (cm) 1 9x2 = 18 4+1 = 5 90 9 = 4,5 2 81 2 4x3 = 12 4 =2 2 24 9 = 4,5 2 54 Total 30 114 Msyi (cm3) 135 Cálculo do Centro de Gravidade: 114 135 yg = = 3,80 cm e xg = = 4,50 cm 30 30 Cálculo do Momento de Inércia: TABELA 2 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA A (cm2) Ixi (cm4) Ygi (cm) Iyi (cm4) Xgi (cm) 1 9x2 = 18 9 × 23 =6 12 2,2-1 = 1,2 2 × 93 = 121,5 12 0 2 4x3 = 12 3 × 43 = 16 12 3,8-2 = 1,8 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4 × 33 =9 12 0 3-13 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Ix = (6 + 18 × 1,22 ) + (16 + 12 × 1,82 ) = 86,80 cm4 Iy = 121,5 + 9 = 130,50 cm4 Cálculo do Momento Resistente: W xs = 86,80 86,80 = 39,45 cm3 W xi = = 22,84 cm3 3,8 2,2 W ye = W yd = 130,50 = 29 cm3 4,5 25 25 200 Exemplo 06 (medidas em milímetros) 25 200 100 Considerar a figura 1 composta pela mesa superior do perfil, a figura 2 pela alma e a figura 3 pela mesa inferior Cálculo do Momento Estático: TABELA 1 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA ÁREA (cm2) Ygi (cm) Msxi (cm3) Xgi (cm) Msyi (cm3) 1 20x2,5 = 50 23,75 1187,5 10 500 2 20x2,5 = 50 12,5 625 10 500 2 10x2,5 = 25 1,25 31,25 10 250 Total 125 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 1843,75 1250 3-14 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Cálculo do Centro de Gravidade: 1.843,75 1.250 = 14,75 cm e xg = = 10 cm 125 125 Cálculo do Momento de Inércia: yg = TABELA 2 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA A (cm2) Ixi (cm4) Ygi (cm) 1 20x2,5=50 20 × 2,53 = 26,04 12 9 2 3 3 20x2,5=50 2,5 × 20 = 1.666,67 12 10x2,5=25 10 × 2,53 = 13,02 12 Xgi (cm) Iyi (cm4) 2,5 × 203 = 1.666,67 12 0 2,25 20 × 2,53 = 26,04 12 0 13,5 2,5 × 103 = 208,33 12 0 Ix = (26,04 + 50 × 92 ) + (1.666,67 + 50 × 2,252 ) + (13,02 + 25 × 13,52 ) = 10.566 cm4 Iy = 1.666,67 + 26,04 + 208,33 = 1.901,04 cm4 Cálculo do Momento Resistente: 10.566 10.566 W xs = = 1.030,83 cm3 W xi = = 716,34 cm3 10,25 14,75 W ye = W yd = 1.901,04 = 190,1 cm3 10 Exemplo 07 (medidas em milímetros) 24 198 150 24 100 30 100 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-15 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Considerar a figura 1 composta pela mesa superior do perfil, a figura 2 pela alma e a figura 3 pela mesa inferior Cálculo do Momento Estático: TABELA 1 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA ÁREA (cm2) Ygi (cm) Msxi (cm3) Xgi (cm) Msyi (cm3) 1 10x2,4 = 24 18,6 446,4 5 120 2 15x3 = 45 9,9 445,5 1,5 67,5 2 10x2,4 = 24 1,2 28,8 5 120 Total 93 920,7 307,5 Cálculo do Centro de Gravidade: 920,7 307,5 yg = = 9,9 cm e xg = = 3,31cm 93 93 Cálculo do Momento de Inércia: TABELA 2 PARA CÁLCULO DE FIGURAS PLANAS FIGURA A (cm2) Ixi (cm4) Ygi (cm) Iyi (cm4) 1 10x2,4 = 24 10 × 2,43 = 11,52 12 8,7 2 15x3 = 45 3 × 153 = 843,75 12 0 15 × 33 = 33,75 12 1,81 2 10x2,4 = 24 10 × 2,43 = 11,52 12 8,7 2,4 × 103 = 200 12 1,69 2,4 × 103 = 200 12 Xgi (cm) 1,69 Ix = 2 × (11,52 + 24 × 8,7 2 ) + (843,75 + 45 × 0 2 ) = 4.500 cm4 Iy = 2 × (200 + 24 × 1,69 2 ) + (33,75 + 45 × 1,812 ) = 718,26 cm4 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-16 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Cálculo do Momento Resistente: W xs = W xi = W ye = 4.500 = 454,55 cm3 9,9 701,80 701,80 = 212,02 cm3 W yd = = 104,90 cm3 3,31 6,69 Exemplo 08 A partir das características geométricas da seção do exercício anterior, determinar as características para as condições compostas propostas nas figuras abaixo. 33.1 33.1 100 300 300 100 198 100 198 100 198 300 198 100 100 33.1 100 33.1 100 Cálculo das carateristicas geometricas do perfil à esquerda: Cálculo do Momento de Inércia: Ix = 2 × 4.500 = 9.000 cm4 Iy = 2 × [701,80 + 93 × (15 + 10 − 3,31)2 = 88.908 cm4 Cálculo do Momento Resistente: W xs = W xi = 9.000 = 909,10 cm3 9,9 W ye = W yd = 88.908 = 3.556,32 cm3 (15 + 10) Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-17 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Cálculo das carateristicas geometricas do perfil à direita: Cálculo do Momento de Inércia: Ix = 2 × 4.500 = 9.000 cm4 Iy = 2 × [701,80 + 93 × (15 + 3,31)2 ] = 63.761 cm4 Cálculo do Momento Resistente: W xs = W xi = 9.000 = 909,10 cm3 9,9 W ye = W yd = 63.761 = 2.550,44 cm3 (15 + 10) Exemplo 09 Calcular as características geométricas da peça estrutural abaixo, sabendo-se que ela deverá ser composta por perfis I CS 350x119. 650 Dados de cada pefil: Y Tabela pág. 1-35 da apostila A = 152 cm2 Y0 Y0 Ix = 34.610 cm4 Iy = 11.440 cm4 X bf = 350 cm e d = 350 cm 325 325 Resolução: Momento de Inércia Ix = 2 × 34.610 = 69.220 cm4 Iy = 2 × (11.440 + 152 × 32,52 ) = 343.980 cm4 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-18 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Cálculo do Momento Resistente: W xs = W xi = 69.220 = 3.955,43 cm3 35 2 W ye = W yd = 343.980 = 6.879,60 cm3 (32,5 + 17,5) Cálculo do Raio de Giração: rx = 69.220 = 15,09 cm (152 × 2) ry = 343.980 = 33,64 cm (152 × 2) Exercicio 10 Dado o esquema de uma treliça de banzos paralelos conforme a figura abaixo, sabendo tratar-se de duas cantoneiras de abas iguais de 64x6,1 (aba x peso), pede-se determinar as características geométricas (Momento de Inércia, Momento Resistente e Raio de giração) uma vez que a chapa de separação das cantoneiras deverá ter espessura de 10 mm. y 64 Dados de cada cantoneira: 6,35 Tabela pág. 1-20 da apostila A = 7,68 cm2 Iy = 29,10 cm4 400 Ix = 29,10 cm4 x xg = yg = 1,83 cm Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-19 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Resolução: Momento de Inércia Ix = 4 × (29,10 + 7,68 × 18,172 ) = 10.258,57 cm4 Iy = 4 × (29,10 + 7,68 × 2,332 ) = 283,18 cm4 Cálculo do Momento Resistente: W xs = W xi = 10.258,57 = 512,93 cm3 20 2 W ye = W yd = 283,18 = 41,04 cm3 (6,4 + 0,5) Cálculo do Raio de Giração: rx = 10.258,57 = 18,27 cm (7,68 × 4) ry = 283,18 = 3,04 cm (7,68 × 4) Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3-20 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 04 - Sistemas Estruturais 4.1. – Elementos Estruturais: Uma vez especificados os tipos de aço comumente utilizados em estruturas metálicas, determinadas as características geométricas de figuras planas que correspondem às seções transversais das peças estruturais, é preciso estudarse os efeitos das forças atuantes nessas peças estruturais que compõem um sistema estrutural. De uma maneira geral, essas peças estruturais podem ser classificadas em: 1) Hastes ou Barras são peças cujas dimensões transversais são pequenas em relação ao seu comprimento. Dependendo da solicitação predominante, essas hastes ou barras podem ser denominadas: Tirantes – sujeitos à tração axial; Colunas ou Pilares – sujeitos à compressão axial; Vigas – sujeitas à cargas transversais que produzem momentos fletores e esforços cortantes; Componentes de Treliças ou Tesouras – sujeitas à tração e compressão axiais. 2) Placas ou Chapas são peças cujas dimensões de superfície são grandes em relação à sua espessura. As peças estruturais denominadas hastes ou barras quando sujeitas às solicitações de tração ou compressão aplicadas segundo o eixo de si mesma – ver figuras do item 4.3.2 nas situações (a) e (b) – apresentam tensões internas de tração ou compressão uniformes na seção transversal – σt e σc – enquanto que nas hastes ou barras sujeitas às solicitações de cargas transversais – situação (c) e (d) – os esforços predominantes são de momentos fletores e cizalhamento. 4.2 – Sistemas Lineares: Os sistemas lineares são formados por combinações dos principais elementos lineares constituindo estruturas portantes em geral. Na treliça, por exemplo, as barras trabalham predominantemente à tração ou compressão simples; as grelhas planas são formadas por feixes de barras que trabalham predominantemente à flexão; enquanto pórticos são sistemas formados por associações de barras retilíneas ou curvelíneas com ligações rígidas entre si que trabalham à tração e compressão simples ou mesmo à flexão. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4.3 – Classificação dos Esforços: Cargas são as forças externas que atuam sobre um determinado sistema estrutural. Esforços são as forças desenvolvidas internamente no corpo e que tendem a resistir às cargas. Deformações são as mudanças das dimensões geométricas e da forma do corpo solicitado pelos esforços. 4.3.1 – Cargas Atuantes: Os sistemas lineares são formados por combinações dos principais elementos que compõem a estrutura. A estrutura, por sua vez, para que possa ser analisada e dimensionada, necessita da determinação das cargas ou ações atuantes sobre essa mesma estrutura, para que uma vez determinadas essas cargas ou ações, se possa verificar os esforços resultantes das aplicações das cargas, assim como as deformações provocadas por elas. A estrutura deverá ter resistência suficiente para suportar essas cargas e suas combinações e manter as deformações plásticas dentro de padrões determinados. Essas cargas ou ações atuantes sobre as estruturas, definidas por Normas específicas (pág.18), de maneira geral, podem ser classificadas em: Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Permanentes – CP ou G: • Peso próprio dos elementos constituintes da estrutura. • Peso próprio de todos os elementos de construção permanentemente suportados pela estrutura – pisos, paredes fixas, coberturas, forros, revestimentos e acabamentos. • Peso próprio de instalações, acessórios e equipamentos permanentes. Para determinação das cargas permanentes apresentadas no ultimo tópico, essas dependem de informações fornecidas por fabricantes. Entretanto, nos dos primeiros tópicos, as cargas permanentes podem ser determinadas a partir dos pesos reais dos materiais mais usuais e indicados abaixo: MATERIAL PESO ESPECÍFICO (KN/m3) CONCRETO SIMPLES 24,00 CONCRETO ARMADO 25,00 ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA 21,00 TIJOLOS FURADOS 13,00 TIJOLOS MACIÇOS 18,00 ROCHA GRANITO – MÁRMORE 28,00 MADEIRA – PEROBA 0,80 MADEIRA – PINHO 0,50 VIDRO 26,00 ASFALTO 13,00 AÇO 78,50 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Acidentais ou Variáveis– CA ou Q: • Sobrecargas de utilização devidas ao peso das pessoas. • Sobrecargas de utilização devidas ao peso de objetos e materiais estocados. • Sobrecargas provenientes de cargas de equipamentos específicos – ar condicionado, elevadores. • Sobrecargas provenientes de empuxos de terra e de água e de variação de temperatura. As cargas acidentais são definidas em função de valores estatísticos estabelecidos pelas normas pertinentes, seus valores são geralmente considerados como uniformemente distribuídos, e podem ser adotadas conforme se segue, nos casos especificados: TIPO LOCAL VALORES MÍNIMOS (KN/m2) EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS DORMITÓRIOS, SALA, COPA, COZINHA E BANHEIRO 1,50 DESPENSA, ÁREA DE SERVIÇO E LAVANDERIA 2,00 COM ACESSO AO PÚBLICO 3,00 SEM ACESSO AO PÚBLICO 2,50 GALERIA DE LOJAS 3,00 COM MEZANINO 5,00 ESCRITÓRIOS SALAS DE USO GERAL E BANHEIROS 2,00 RESTAURANTES VALOR MÍNIMO 3,00 ESCOLAS SALAS DE AULA, CORREDOR 3,00 OUTRAS SALAS 2,00 SALAS DE LEITURA 2,50 DEPÓSITO DE LIVROS 4,00 SEM ACESSO AO PÚBLICO 2,00 COM ACESSO AO PÚBLICO 3,00 ESTACIONAMENTO VEÍCULOS DE PASSAGEIROS 3,00 FORROS SEM ACESSO AO PÚBLICO 0,50 ESCADAS LOJAS BIBLIOTECAS TERRAÇOS Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Vento – CV: As cargas provenientes da ação dos ventos nas estruturas são das mais importantes e, suas considerações e aplicações, estão contidas em norma específica – NBR 6123 - Forças Devidas ao Vento em Edificações. Para se determinar as componentes das cargas de vento, é necessário o conhecimento de três parâmetros iniciais. Em primeiro lugar, determina-se a denominada pressão dinâmica, que depende da velocidade do vento, estipulada através de gráfico especifico, chamado isopletas, que determina a velocidade básica do vento medida sob condições analisadas. Outros fatores determinantes no calculo da pressão dinâmica, são os fator topográfico – leva em conta as variações do terreno; fator rugosidade – considera como o próprio nome define, a rugosidade do terreno, assim como a variação da velocidade do vento com a altura do terreno e das dimensões da edificação e fator estatístico – leva em conta o grau de segurança requerido e a vida útil da edificação. O segundo parâmetro a ser considerado é o dos coeficientes de pressão (Cpe) e de forma (Ce) externos, para edificações das mais variadas formas e como terceiro parâmetro, considera-se o coeficiente de pressão interna (Cpi), que considera as condições de atuação do vento nas partes internas de uma edificação, sob as mais variadas condições. Outras cargas ou Excepcionais - CE: As edificações costumam sofre, além das cargas já delineadas, outras tantas cargas ou ações, provenientes de outros tantos fatores. Dentre essas, poderíamos considerar as cargas provenientes de pontes rolantes, que além das cargas verticais provenientes dos pesos que transportam, também provocam cargas horizontais, decorrentes de frenagens ou acelerações da ponte ou mesmo choque com os anteparos (para-choque) ou ainda esforços provenientes de impacto vertical. Não menos importantes são as considerações sobre as vibrações, em especial, nos pisos. A resposta humana a vibrações é um fenômeno muito complexo e envolve a magnitude do movimento, as características do ambiente e da sensibilidade do próprio ser humano. Os principais tipos de vibrações são: ressonância ou vibração senoidal contínua e transientes ou vibração passageira. O parâmetro mais importante para prevenir vibrações em pisos é o amortecimento e o seu calculo dependente de fatores dos mais interessantes, encontrados nas bibliografias enunciadas. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4.3.2 – Esforços Atuantes: Esforços, como já definido, são as forças desenvolvidas internamente no corpo e que tendem a resistir às cargas. Entretanto, cargas também são forças, porem, desenvolvidas externamente. Assim sendo, os esforços estruturais podem ser caracterizados como esforços externos atuantes ativos e reativos – ativos são produzidos por forças atuantes, ou seja, cargas aplicadas à estrutura, enquanto que reativo são produzidos pelas reações, ou seja, são as equilibrantes do sistema de cargas; ou esforços internos solicitantes e resistentes – solicitantes são os esforços normais de tração ou compressão, cortantes, flexão e torção, enquanto que os resistentes são as tensões normais e tensões de cizalhamento. Os esforços solicitantes internos podem, portanto, ser classificados da seguinte forma: a) Força Normal (N) – é a componente perpendicular à seção transversal das peças, que podem ser de tração (+) se é dirigida para fora da peça ou de compressão (-) se é dirigida para dentro da peça. Essa força será equilibrada por esforços internos (esforços resistentes) e se manifestam sob a forma de tensões normais, que serão de tração ou compressão segundo a força N seja de tração ou de compressão. b) Força Cortante (Q) – é a componente que tende a fazer deslizar uma porção da peça em relação à outra e por isso mesmo provocar corte. Essa força será equilibrada por esforços internos e é denominada tensão de cizalhamento. c) Momento Fletor (Mf ou M) – é a componente que tende a curvar o eixo longitudinal da peça e será equilibrada por esforços internos que são tensões normais. d) Momento Torsor (Mt) – é a componente que tende a fazer girar a seção da peça em torno do seu eixo longitudinal e será equilibrada por esforços internos denominadas tensões de cizalhamento. Na figura representativa abaixo, estão mostrados esforços solicitantes e esforços resistentes em peças estruturais. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO ESTRUTURAS METÁLICAS I 4-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4.3.3 – Deslocamentos: Uma vez sujeita às cargas atuantes, as peças estruturais respondem, como vimos, através de esforços resistentes. Mas, também sobre o influxo das cargas ou esforços atuantes, surge deslocamentos em torno dos eixos transversais da seção da peça. Como também já se estabeleceu, as peças estruturais devem ter capacidade de se manter em condições estáveis plásticas em relação a estas deformações e, por conseguinte, existem valores pré-determinados que estipulam limitações para essas deformações. De uma maneira geral, os valores máximos recomendados para as deformações ou deslocamentos das estruturas são: DESCRIÇÃO CARGAS A COMBINAÇÕES CONSIDERAR DE CARGAS TOTAL TERÇAS E VIGAS DE TAPAMENTO EM SÓ VARIÁVEIS L/180 CP + CA GERAL L/120 VIGAS DE TAPAMENTO EM GERAL CV TERÇAS EM GERAL L/180 CP+CA+0,2CV TRELIÇAS E VIGAS DE COBERTURA EM L/250 CP+CA+0,2CV GERAL CP+0,3CA+O,2C V L/180 VIGAS DE PISO EM GERAL L/300 CP+CA L/350 VIGAS DE PISO SUPORTANTO L/350 ACABAMENTOS SUJEITOS A VIGAS DE PISO SUPORTANTO PILARES CA CP + CA L/400 FISSURAÇÃO CV L/400 CA CP + CA (TRANSIÇÃO) L/500 CA EDIFÍCIOS DE UM PAVIMENTO – H/300 CV + 0,3CA DESLOCAMENTO HORIZONTAL DO 0,2CV + CA TOPO À BASE EDIFÍCIOS DE DOIS OU MAIS H/400 CV + 0,3CA h/300 CV + 0,3CA PAVIMENTOS: DESLOC. HORIZONTAL DO TOPO À BASE DESLOC. HORIZONTAL ENTRE PISOS Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Peças sujeitas a cargas uniformemente distribuídas ou mesmo pontuais sofrem como conseqüência dessas cargas, deformações em torno do eixo solicitado. Dessa maneira, é sempre necessário verificar-se as deformações ocasionadas nessas peças estruturais, de forma que elas não ultrapassem valores anteriormente anotados – ver tabela de deformações permissíveis. Nas peças tradicionais sujeitas a esses tipos de carregamentos, podemos adotar os modelos abaixo, como os mais tradicionais: q × L2 Mmáx = 8 q×L V max = 2 5 × q × L4 f max = 384 × E × I P×L 4 P V max = 2 P × L3 f max = 48 × E × I Mmáx = Onde: M max = Momento Fletor máximo aplicado V max = Reação de apoio ou esforço cortante E = Módulo de deformação I = Momento de Inércia da peça no sentido da aplicação da carga Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4.3.3.1 – Exercícios resolvidos: a) Dado o perfil VS 750 x 108 em aço ASTM A36, simplesmente apoiado sob a forma de viga com vão livre de 11,00 m, verificar a deformação máxima desse perfil sujeito a: 1 – Carga uniformemente distribuída de 16,5 kN / ml ou 0,165 kN / cm 2 – Carga pontual P = 125 kN Dados: Ix = 134.197 cm4 Resolução: ⇒ 1– ⇒ 2- f max = 5 × q × L4 384 × E × I f max = 5 × 0,165 × 1100 4 = 1,14 cm. 384 × 20.500 × 134.197 fadm ≤ L 1100 = = 3,15 cm. < 1,40 cm. 350 350 f max = P × L3 48 × E × I f max = 125 × 11003 = 1,26 cm. 48 × 20.500 × 134.197 fadm ≤ L 1100 = = 3,15 cm. < 1,26 cm. 350 350 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4.3.4 – Método de Dimensionamento: O método a ser adotado neste trabalho será o Método das Tensões Admissíveis. Quando o dimensionamento se efetua com base no Método das Tensões Admissíveis, considera-se que a estrutura, submetida às cargas previstas em normas, funcione nas condições normais de projeto. Uma estrutura tem a resistência necessária se as tensões causadas em seus elementos pelas cargas estabelecidas (por normas) não ultrapassam as tensões admissíveis estabelecidas, que são iguais a uma determinada parte da tensão limite do material, que é considerada como sendo igual ao limite de escoamento, no caso do aço (Fu). A relação entre a tensão de escoamento e a tensão admissível chama-se fator de segurança ou coeficiente de ponderação. Esse fator de segurança tem por objetivo absorver: • Aproximação e incertezas no método das análises • Qualidade de fabricação • Presença de tensões residuais e concentração de tensões • Alteração do para menor nas propriedades do material • Alteração para menor na seção transversal das peças estruturais • Incerteza dos carregamentos O fator de segurança ou coeficiente de ponderação não implica maior segurança para cargas maiores e sim para fatores diversos envolvidos e, em geral, o fator de segurança FS é definido por: FS = PL = C arg a Limite PA = C arg a Admissível de Trabalho As limitações desse método estão em se utilizar um único coeficiente de segurança para todas as incertezas de obra, conforme enumeradas acima, e as combinações de cargas podem ser efetuadas da seguinte maneira, para obras em geral: 1ª. Combinação – CP + CA 2ª. Combinação – (CP + CV) x 0,80 3ª. Combinação – (CP + CA + CE) 4ª. Combinação – (CP + CA + CE + CV) x 0,80 Onde: CP (C. Permanente), CA (C. Acidental), CV (C. Vento) e CE (C. Excepcional) Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I FATOR DE SEGURANÇA PARA ELEMENTOS ESTRUTURAIS ELEMENTO ESTRUTURAL MEMBROS TRACIONADOS VIGAS CRITÉRIO DE DIMENSIONAMENTO CARGA LIMITE CARGA ADMISSÍVEL FATOR DE SEGURANÇA REGIME ELÁSTICO Fy x A 0,6 Fy x A 1,67 RESISTÊNCIA À RUPTURA Fu x A 0,5 Fu x A 2,00 My = Fy x W Ma = 0,6 Fy x W 1,67 Mp = Fy x Z Ma = 0,66 Fy x W 1,70 REGIME ELÁSTICO PERFIS NÃO COMPACTOS REGIME ELÁSTICO PERFIS COMPACTOS L/r = O COLUNAS OU PILARES CARGA MÁXIMA CRC DEPENDE DE FS = 1,67 λ= L/r L/r = 130 FS = 1,92 PARAFUSOS DE ALTA RESISTÊNCIA RESISTÊNCIA À RUPTURA POR CISALHAMENTO Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO MÁXIMO = 3,30 MÍNIMO = 2,10 4-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4.3.5 – Concepção Estrutural: Os sistemas estruturais principais, assim como os secundários, devem ter disposição ou concepção estrutural tal que se possa garantir que essas barras – em geral vigas e pilares – absorvam os esforços a que forem dimensionados sustentando a estrutura que se pretenda projetar. Nos sistemas estruturais comuns que dão sustentação a edifícios de uma maneira geral, deve-se observar os fatores que venham a proporcionar uma estabilidade adequada entre os diversos elementos componentes da estrutura, tais como a prevenção contra flambagem das peças, tanto local quanto global. As cargas verticais dos edifícios metálicos, à semelhança dos edifícios em concreto armado, devem ser absorvidas pelas lajes, que por sua vez transmitem esses esforços às vigas que, por sua vez, as transmitem a outras vigas ou a pilares, finalizando a transmissão dessas cargas nas bases dos pilares e às fundações do edifício. No caso das cargas horizontais, provenientes da ação do vento nas estruturas, essas também devem ser transferidas ao sistema principal de contraventamento da estrutura ou aos núcleos ou paredes de cisalhamento dos edifícios, através das lajes, que nesses casos trabalham à exemplo de um diafragma horizontal. A fim de suportar os efeitos horizontais das ações do vento, as estruturas metálicas podem ser concebidas de variadas maneiras a fim de se estabelecer o sistema de contraventamento vertical: sistema contraventado, sistema rígido, sistema misto e sistema com núcleo rígido. O primeiro caso, de sistema contraventado, considera-se nas duas direções do edifício, quadros que possam absorver as cargas horizontais tendo como modelo, treliças verticais, formadas pelos pilares e vigas do sistema principal associados a peças diagonais dispostas de maneira tal possam a vir a absorver os efeitos das cargas horizontais. O segundo caso, de sistema rígido, considera-se nas duas direções do edifício, estruturas que absorvam os esforços horizontais através da concepção aporticada, ou seja, as peças estruturais absorvem os esforços aplicados através da rigidez de um pórtico. Esse segundo sistema, em função da complexidade das ligações entre as diversas peças estruturais, tende a te um custo superior ao sistema contraventado. O terceiro caso, de sistema misto, considera-se que as estruturas podem ter em uma direção um sistema contraventado e na outra direção um sistema rígido. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-13 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Finalizando, temos o sistema de núcleo rígido, quando adota-se a execução de uma área central ao prédio, em geral em concreto armado nas áreas correspondentes às caixas de escada e elevadores, capaz de absorver os esforços horizontal, à exemplo de uma haste engastada em sua base e livre no topo, cuja rigidez ou inércia, seja capaz de absorver todos os esforços, e cuja deformação esteja dentro de padrões adequados ao bom comportamento estrutural. 1 – SISTEMA CONTRAVENTADO PLANTA CONTRAVENTAMENTO SEÇÃO LONGITUDINAL Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO CONTRAVENTAMENTO CONTRAVENTAMENTO CONTRAVENTAMENTO CONTRAVENTAMENTO CONTRAVENTAMENTO SEÇÃO TRANSVERSAL 4-14 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2 – SISTEMA RÍGIDO PLANTA SEÇÃO LONGITUDINAL Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO SEÇÃO TRANSVERSAL 4-15 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3 – SISTEMA MISTO PLANTA CONTRAVENTAMENTO CONTRAVENTAMENTO CONTRAVENTAMENTO CONTRAVENTAMENTO SEÇÃO LONGITUDINAL Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO SEÇÃO TRANSVERSAL 4-16 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4 – SISTEMA COM NUCELO RIGIDO DE CONCRETO PLANTA SEÇÃO LONGITUDINAL Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO SEÇÃO TRANSVERSAL 4-17 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Uma vez determinado o sistema estrutural vertical que se pretenda adotar, é importante estabelecer-se, também, os princípios do sistema horizontal de contraventamento que se pretenda utilizar. Como vimos anteriormente, as lajes são os componentes estruturais que exercerem função estrutural de diafragma horizontal rígido, a fim de transmitir as cargas horizontais aos demais elementos estruturais. Assim sendo, torna-se importante definir-se o tipo de laje a ser utilizado. Os sistemas mais comuns de lajes são as lajes maciças de concreto armado, as lajes pré-moldadas de concreto (treliçadas e protendidas), as lajes alveolares protendidas, as pré-lajes (maciças ou treliçadas) e as lajes tipo steel deck. As lajes maciças de concreto moldadas no local são o tipo mais comum de execução de lajes, sendo, inclusive, o sistema de laje mais eficiente do ponto de vista de rigidez estrutural, uma vez que suas armaduras são definidas nos dois sentidos de apoio das mesmas, ou seja, são consideradas bi-direcionais, mesmo quando armadas em uma única direção. As lajes pré-moldadas, caracterizam-se pela utilização de vigotas de concreto armado ou protendido que, associadas à colocação de lajotas de concreto, cerâmicas ou mesmo EPS, transmitem as cargas às estruturas subjacentes, sendo a sua eficácia diminuída em relação às lajes maciças, uma vez que são uni-direcionais, ou seja, transmitem a carga somente em uma direção, dificultando a rigidez da estrutura no sentido perpendicular às vigotas. As lajes alveolares protendidas, embora tratar-se de sistema excelente para execução rápida de obras, necessita de equipamentos específicos para sua colocação, assim como, a exemplo das lajes pré-moldadas, são uni-direcionais. Finalizando, temos as lajes steel deck, ou seja, são lajes com forma metálica que já serve como armadura servindo também como plataforma de trabalho para a obra sendo, no entanto, a exemplo das pré-moldadas e alveolares, unidirecional. A fim de se obter o correto contraventamento ou rigidez horizontal da estrutura, independente do sistema de lajes adotado, é preciso adotar-se alguns paramentros. Um deles é através da disposição, a exemplo dos contraventamentos verticais, de sistemas treliçados, cuja finalidade será a de transmitir os esforços horizontais. O segundo parâmetro que se pode considerar, sem que haja necessidade de treliçamento horizontal, é adotar-se a colocação de conectores de cisalhamento, que são peças dispostas sobre a zona de compressão das vigas fletidas, a fim de proporcionar a adequada ligação entre o diafragma horizontal e o sistema metálico. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-18 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I PLANTA COM SISTEMA CONTRAVENTADO PLANTA COM SISTEMA DE CONECTORES LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE LAJE Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 4-19 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 05 - Elementos Sujeitos à Flexão Simples Conforme já mencionado anteriormente, peças sujeitas à flexão simples, são aquelas em que as cargas atuantes tendem a curvar o eixo longitudinal dessas peças, e que serão equilibrados mediante tensões de flexão admissíveis, desenvolvidas pelas mesmas. Na maioria dos casos de flexão simples, elas ocorrem em vigas cujas cargas são aplicadas no plano da alma do perfil, produzindo, assim, uma flexão em relação ao eixo de maior momento de inércia do perfil. Nesses casos ocorrem uma combinação de esforços de tração e de compressão, pois nas vigas quando a mesa superior é comprimida, a inferior é tracionada e vice-versa. Por conseguinte, por se tratar de elemento sujeito a esforços de compressão, a flambagem local assim como a flambagem lateral desses elementos estruturais deverão ser levados em conta como os dois fatores que comandam a resistência dessas peças estruturais. 05.01 – Flambagem Lateral das peças: As seções das peças estruturais quanto a sua condição de resistência à flambagem lateral, podem ser classificadas como compacta, não-compacta e esbelta. A seção é dita compacta quando pode atingir a plastificação total antes de qualquer outra instabilidade e os limites das relações entre as dimensões e as larguras das peças que definem a sua classificação, são determinadas pela tabela abaixo. DESCRIÇÃO DO ELEMENTO RELAÇÃO TIPO DE SEÇÃO COMPACTA NÃO COMPACTA MESAS DE PERFIS I e U LAMINADOS NA FLEXÃO b ≤ tf 54 Fy 80 Fy ALMAS DE PERFIS I e U NA FLEXÃO h ≤ tw 540 Fy 632 Fy As seções que não atenderem a esses limites são denominadas esbeltas. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Apoio Lateral das Vigas: os elementos flexionados estão sujeitos a sofrer flambagem lateral por compressão oriunda da flexão, conforme já vimos e, a fim de evitar essa ocorrência, torna-se necessária a criação de apoios laterais nessas peças a fim de evitar ou diminuir essa influência. Uma viga pode ser considerada totalmente contida quando, por exemplo, a sua mesa de compressão estiver embutida numa laje de concreto armado. Além disso, podemos determinar essa contenção lateral verificando se a viga pode ser considerada com apoio lateral completo e, a fim de atender essa especificação, devemos considerar Lb, a distância entre apoios laterais e cujos valores não deverão exceder os seguintes limites: Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf Fy 14.060 ⎛d⎞ ⎜ ⎟ × Fy ⎝ Af ⎠ onde Af é a área da mesa comprimida ⇒ Af = bf x tf Não atendendo essas condições, a peça será admitida sem apoio lateral completo. 05.02 – Tensão Admissível à Flexão – Fbx: Dependendo do tipo de seção a se dimensionar (compacta, não-compacta ou esbelta) e da existência ou não de apoio lateral completo, os valores para as tensões admissíveis à flexão serão variáveis. Assim sendo: a) Elementos com seção compacta e apoio lateral completo Fbx = 0,66 × Fy b) Elementos com seção não-compacta e apoio lateral completo ⎡ ⎤ ⎛b⎞ Fbx = Fy × ⎢0,79 − 0,0024 × ⎜ ⎟ × Fy ⎥ ≤ 0,60 × Fy ⎝ tf ⎠ ⎣ ⎦ c) Elementos com seção compacta ou não-compacta e sem apoio lateral Lb 71.710 × Cb < ⇒ Fb' x = 0,60 × Fy rt Fy Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 71.710 × Cb Lb 358.580 × Cb ≤ ≤ Fy rt Fy 2 ⎤ ⎡ ⎛ Lb ⎞ y F × ⎥ ⎢ ⎜ ⎟ rt ⎠ ⎝ ⎥ × Fy ≤ 0,60 × Fy ⎢ Fb' x = 0,67 − ⎢ 1.075.670 × Cb ⎥ ⎥ ⎢ ⎥⎦ ⎢⎣ 119.520 × Cb Lb 358.580 × Cb > ⇒ Fb' x = ≤ 0,60 × Fy 2 rt Fy ⎛ Lb ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ rt ⎠ Para qualquer valor de Lb ⇒ Fb" x = 8.430 × Cb ≤ 0,60 × Fy rt ⎛ Lb × d ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ O valor a ser utilizado como tensão admissível à flexão será o maior entre Fb’x e Fb”x E sendo rt = raio de giração da seção T compreendida pela flange comprimida mais 1/3 da área comprimida da alma. Assim sendo: rt = Iy Aw ⎞ ⎛ 2 × ⎜ Af + ⎟ 6 ⎠ ⎝ Onde: Af = Área da mesa comprimida ⇒ Af = bf x tf Aw = Área da alma da peça ⇒ Aw = h x tw Cb = Coeficiente de flexão a ser considerado de acordo com o resultado do diagrama de momentos fletores da peça em questão. 2 ⎛ M1 ⎞ ⎛ M1 ⎞ Cb = 1,75 + 1,05 × ⎜ ⎟ + 0,3 × ⎜ ⎟ ≤ 2,30 ⎝ M2 ⎠ ⎝ M2 ⎠ Onde M1 é o menor momento fletor e M2 é o maior momento fletor nas extremidades do intervalo sem contenção (Lb), e onde M1 / M2 é positivo quando M1 e M2 têm o mesmo sinal e negativo quando tem sinais opostos. Quando o momento fletor em qualquer ponto dentro do intervalo sem contenção é maior do Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I que nas extremidades, ou seja, no caso de vigas bi-apoiadas, o valor de Cb = 1,00. Esse valor tomado é a favor da segurança. Para Cb = 1,00 71.710 × Cb ⎪⎧54 → ASTM A − 36 =⎨ Fy ⎪⎩46 → ASTM A − 572 358.580 × Cb ⎪⎧120 → ASTM A − 36 =⎨ Fy ⎪⎩102 → ASTM A − 572 05.03 – Flambagem Local - Q: Além da flambagem global, as peças estruturais sujeitas à flexão, assim como as comprimidas podem sofrer efeitos da flambagem local. Para assegurar que a flambagem local não ocorra antes da flambagem global da peça estrutural, existem limitações que devem ser obedecidas, ou então, os valores de Fb (tensão de flexão admissível) deverão sofrer coeficientes de minoração, representados por Qa ou Qs. As limitações que devem ser observadas para os casos de flambagem local são: Para elementos enrijecidos – são os elementos que têm as duas bordas, paralelas às tensões de compresão, apoiadas em toda a sua extensão Alma de perfis I, H ou U, teremos Qa: b h ⎡ ⎤ ⎢ ⎥ h 540 210 × tw 37 W ef ⎥ ⇒ Qa = > ⇒ hef = × ⎢1 − tw Wx ⎢ ⎛h⎞ ⎥ Fy f ⎢ ⎜ tw ⎟ × f ⎥ ⎣ ⎝ ⎠ ⎦ b h h 540 ⎧⎪ASTM A36 → 108 ≤ ⇒ Qa = 1,00 ⎨ tw Fy ⎪⎩ASTM A572 → 92 ⎡ (h − hef )2 × tw ⎤ W ef = W x − ⎢ ⎥ e f = Fy para Q = 1,00 6 ⎦ ⎣ Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Para elementos não enrijecidos – são os elementos que têm uma borda livre, paralela às tensões de compressão. b b b Mesas de perfis I, H ou U e abas de perfis L b 80 ⎧⎪ASTM A36 → 16 (Kc = 1,00) ≤ ⎨ tf Fy ⎪⎩ASTM A572 → 14 (Kc = 1,00) Kc Onde: h = altura da alma da peça tw = espessura da alma da peça Fy = Tensão Limite de Resistência à Tração do Aço b = largura da mesa para perfis L e U e 1 / 2 bf para perfis I tf = espessura da mesa Para o calculo da influência da flambagem local nas peças estruturais, dependemos do cálculo de valores auxiliares. O primeiro desses valores é o indice Kc. h ≤ 70 ⇒ Kc = 1,00 tw h 4,05 > 70 ⇒ Kc = 0,46 tw ⎛h⎞ ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ Uma vez determinados os valores de Kc, é possível determinarmos os fatores de minoração Qs, devido à flambagem local. Quando: b 80 ≤ ⇒ Qs = 1,00 tf Fy Kc ⎡ b 80 b 168 b Fy ⎤ > ⇒ Qs = 1,293 − ⎢0,0036 × × e⇒ ≤ ⎥ tf tf Kc ⎦ tf Fy Fy ⎣ Kc Kc b 168 Kc > ⇒ Qs = 1,842 × 2 tf ⎡ Fy ⎛b⎞ ⎤ ⎢Fy × ⎜ ⎟ ⎥ Kc ⎝ tf ⎠ ⎦⎥ ⎢⎣ O coeficiente Q = Qa x Qs será sempre de minoração, portanto, sempre Q<= 1,00 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 05.04 – Peças Esbeltas - Qe: Nas peças estruturais sujeitas aos efeitos de flexão, quando os valores dos limites impostos de seção não-compacta não forem atendidos, ou seja, quando: h 632 > tw Fbx É necessário verificar um outro coeficiente de minoração das tensões admissíveis à compressão, cuja denominação será dada pelas iniciais Qe. h 632 ≤ ⇒ Qe = 1,00 tw Fbx ⎡ h 632 ⎛ Aw ⎞ ⎛ h 632 ⎞⎤ > ⇒ Qe = ⎢1 − 0,0005 × ⎜ ⎟⎥ ≤ 1,00 ⎟×⎜ − tw Fbx ⎝ Af ⎠ ⎝ tw Fbx ⎠⎦ ⎣ Onde: Aw = área da alma da peça Af = área da mesa da peça Fbx = Tensão á flexão calculada em torno do eixo x 05.05 – Tensão de cálculo – fbx: fbx = Mx ≤ Fbx × Q × Qe Wx Onde: Mx = Momento Fletor em relação ao eixo x Wx = Momento Resistente da peça em relação ao eixo x Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 05.06 - Exercícios Resolvidos: tf = 12,5 a) Dado o perfil VS 750 x 108 em aço ASTM A36, verificar o máximo momento fletor suportado pela viga em torno do eixo x, sabendo-se que seu vão máximo Lb = 11,00 m. bf = 320 Dados: y Ix = 134.197 cm4 Iy = 6.830 cm4 d = 750 Fy = 25 kN / cm2 tw=8 x Af = 32 x 1,25 = 40 cm2 Aw = 72,5 x 0,8 = 58 cm2 Resolução: Flambagem local: h 725 540 = = 90,63 ≤ = 108 ⇒ Qa = 1,00 tw 8 Fy h 4,05 = 90,63 > 70 ⇒ Kc = = 0,51 tw (90,63)0,46 ⎧ 80 ⎪ Fy = 11,43 ⎪ ⎪ Kc b 160 ⇒ 11,43 < 12,80 < 24 = = 12,80⎨ tf 12,5 168 ⎪ = 24 ⎪ Fy ⎪ ⎩ Kc ⎡ 25 ⎤ Qs = 1,293 − ⎢0,0036 × 12,80 × ⎥ = 0,97 ⇒ Q = 1,00 × 0,97 = 0,97 0 , 51 ⎣ ⎦ Flambagem global: → Lb = 1100 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 32 = = 403 cm < 1100 cm → sem apoio Fy 25 14.060 14.060 = = 300 cm < 1100 cm → sem apoio 75 d × Fy × 25 Af 40 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Tipo de seção: h 725 b 160 = = 90,63 ≤ 108 ⇔ = = 12,80 tw 8 tf 12,5 54 80 = 10,8 < 12,80 ⇔ = 16 > 12,80 → seção não − compacta Fy Fy Elementos de seção não-compacta e sem apoio lateral: rt = Iy Aw ⎞ ⎛ 2 × ⎜ Af + ⎟ 6 ⎠ ⎝ 6.830 = 8,29 cm 58 ⎞ ⎛ 2 × ⎜ 40 + ⎟ 6 ⎠ ⎝ = Lb 1100 = = 132,69 rt 8,29 viga bi-apoiada Cb = 1,00 71.710 × Cb = 54 Fy < 358.580 × Cb = 120 Fy Fb' x = Fb" x = 119.520 × Cb ⎛ Lb ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ rt ⎠ 2 = Lb = 132,69 rt 119.520 × 1,00 = 6,79 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 2 132,69 8.430 8.430 = = 4,09 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 ⎛d⎞ ⎛ 75 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 1100 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 40 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb’x = 6,79 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 90,63 < = 242 ⇒ Qe = 1,00 tw 6,79 Assim sendo: Fbx = Fb' x × Q × Qe = 6,79 × 0,97 × 1,00 = 6,59 kN / cm2 Para determinar-se o momento máximo aplicado, temos que: Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL fbx = Wx = ESTRUTURAS METÁLICAS I Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x Wx Ix 134.197 × 2 = = 3.579 cm3 d 75 2 Mx = 6,59 × 3.579 = 23.586 kN.cm tf = 9,5 b) Dado o perfil VS 500 x 61 em aço ASTM A36, sob a condição de viga biapoiada de vão de 6,00 m, com contenção lateral apenas nos apoios, determinar a máxima carga concentrada que pode ser aplicada no meio do vão dessa viga, desprezando-se o peso próprio. bf = 250 y Dados: hw = 481 mm Wx = 1.377 cm3 Lb = 600 cm. Af = 23,75 cm2 rt = 6,55 cm. Aw = 30,30 cm2 d = 500 tw=6,3 x Resolução: Flambagem local: 540 h 481 = = 76,35 ≤ = 108 ⇒ Qa = 1,00 tw 6,3 Fy 4,05 h = 76,35 > 70 ⇒ Kc = = 0,55 tw (76,35)0,46 ⎧ 80 ⎪ Fy = 11,86 ⎪ ⎪ Kc b 125 ⇒ 11,86 < 13 < 24,92 = = 13 ⎨ tf 9,5 ⎪ 168 = 24,92 ⎪ Fy ⎪ ⎩ Kc ⎡ 25 ⎤ Qs = 1,293 − ⎢0,0036 × 13 × ⎥ = 0,98 ⇒ Q = 1,00 × 0,98 = 0,98 0 , 55 ⎣ ⎦ Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Flambagem global: → Lb = 600 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 25 = 315 cm < 600 cm → sem apoio = Fy 25 14.060 14.060 = = 267 cm < 600 cm → sem apoio 50 d × Fy × 25 40 Af Tipo de seção: h 481 b 125 = = 76,35 ≤ 108 ⇔ = = 13 tw 6,3 tf 9,5 54 80 = 10,8 < 13 ⇔ = 16 > 13 → seção não − compacta Fy Fy Elementos de seção não-compacta e sem apoio lateral: rt = 6,55 cm e Viga bi-apoiada – Cb=1,00 71.710 × Cb = 54 Fy 358.580 × Cb = 120 Fy 54 < Lb 600 = = 91,60 < 120 rt 6,55 ⎡ ⎛ 25 × 91,602 ⎞⎤ ⎟⎥ × 25 = 11,88 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 Fb' x = ⎢0,67 − ⎜⎜ ⎟ ⎢⎣ ⎝ 1.075.670 × 1,00 ⎠⎥⎦ Fb" x = 8.430 8.430 = = 6,67 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 d 50 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 600 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 23,75 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb’x = 11,88 kN / cm2 Verificação da esbeltez: 632 h = 76,35 < = 183 ⇒ Qe = 1,00 tw 11,88 Assim sendo: Fbx = Fb' x × Q × Qe = 11,88 × 0,98 × 1,00 = 11,64 kN / cm2 Para determinar-se o momento máximo aplicado, temos que: Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL fbx = ESTRUTURAS METÁLICAS I Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x Wx W x = 1.377 cm3 Mx = 11,64 × 1.377 = 16.028 kN.cm Para c arg a aplicada no meio do vão : P×L Mx × 4 Mx = ⇒P = = 4 L 16.028 ×4 100 ⇒ Pmáx = 107 kN 6 c) Determinar a máxima carga uniformemente distribuída sobre uma viga VS 400 x 49, bi-apoiada com 9,00 m. de vão livre, em aço ASTM A36, nas seguintes condições: 1 – contenção lateral contínua por uma laje; 2 – contenção lateral nos terços médios; e tf = 9,5 3 – sem contenção lateral, ou seja, apenas contida nos apoios. bf = 200 Dados: y hw = 381 mm Lx = 900 cm. Af = 19,00 cm2 rt = 5,25 cm. Aw = 24,00 cm2 d = 400 tw=6,3 Wx = 870 cm3 x Resolução: Flambagem local: h 381 540 = = 60,48 ≤ = 108 ⇒ Qa = 1,00 tw 6,3 Fy h = 60,48 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Q = 1,00 b 100 80 = = 10,53 ≤ = 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 9,5 Fy Kc Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Flambagem global: → Lx = 900 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 20 = 252 cm = Fy 25 14.060 14.060 = = 267 cm 40 d × Fy × 25 19 Af Tipo de seção: b 100 h 381 = = 60,48 ≤ 108 ⇔ = = 10,53 tf 9,5 tw 6,3 54 = 10,8 > 10,53 → seção compacta Fy 1 – contenção lateral continua: Lb = 0,00 cm 252 cm > Lb e 267 cm > Lb → apoio lateral completo Elementos de seção compacta e com apoio lateral: Fbx = 0,66 x Fy x Q = 0,66 x 25 x 1,00 = 16,50 kN / cm2 fbx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x Wx W x = 870 cm3 Mx = 16,50 × 870 = 14.355 kN.cm Para c arg a distribuída : p × L2 Mx × 8 14.355 × 8 Mx = ⇒p= = ⇒ pmáx = 0,142 kN / cm = 14,20 kN / m 8 L2 9002 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2 – contenção lateral nos terços médios: Lb = 900 / 3 = 300 cm Lb > 252 cm e Lb > 267 cm → sem apoio lateral completo Elementos compactos sem apoio lateral completo rt = 5,25 cm e viga bi-apoiada Cb = 1,00 71.710 × Cb = 54 Fy 358.580 × Cb = 120 Fy 54 < Lb 300 = = 57,14 < 120 rt 5,25 ⎡ ⎛ 25 × 57,142 ⎞⎤ ⎟⎥ × 25 = 14,85 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 Fb' x = ⎢0,67 − ⎜⎜ ⎟ ⎝ 1.075.670 × 1,00 ⎠⎦⎥ ⎣⎢ Fb" x = 8.430 8.430 = = 13,35 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 ⎛d⎞ ⎛ 40 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 300 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 19 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb’x = 14,85 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 60,48 < = 164 ⇒ Qe = 1,00 tw 14,85 Assim sendo: Fbx = Fb’x x Q x Qe Fbx = 14,85 x 1,00 x 1,00 = 14,85 kN / cm2 fbx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x = 14,85 × 870 = 12.928 kN.cm Wx Para c arg a distribuída : Mx = p × L2 Mx × 8 12.928 × 8 ⇒p= = ⇒ pmáx = 0,128 kN / cm = 12,80 kN / m 8 L2 9002 3 – sem contenção lateral: Lb = 900 cm. Lb > 252 cm e Lb > 267 cm → sem apoio lateral completo Elementos compactos sem apoio lateral completo rt = 5,25 cm e viga bi-apoiada Cb = 1,00 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-13 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL 71.710 × Cb = 54 Fy 358.580 × Cb = 120 Fy Fb' x = Fb" x = 119.520 × Cb ⎛ Lb ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ rt ⎠ 2 = 54 < ESTRUTURAS METÁLICAS I Lb 900 = = 171,42 > 120 rt 5,25 119.520 × 1,00 = 4,07 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 2 171,42 8.430 8.430 = = 4,45 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 ⎛d⎞ ⎛ 40 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 900 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 19 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb”x = 4,45 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 60,48 < = 300 ⇒ Qe = 1,00 tw 4,45 Assim sendo: Fbx = Fb”x x Q x Qe Fbx = 4,45 x 1,00 x 1,00 = 4,45 kN / cm2 fbx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x = 4,45 × 870 = 3.880 kN.cm Wx Para c arg a distribuída : Mx = p × L2 Mx × 8 3.880 × 8 ⇒p= = ⇒ pmáx = 0,038 kN / cm = 3,80 kN / m 8 L2 9002 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-14 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I d) Dado o perfil I 381x 63,3 em aço ASTM A572 e sabendo-se que há uma carga concentrada aplicada no meio do vão, cujo valor é de 100 kN e o vão do perfil biapoiada é de 7,50 m, contido apenas nos apoios, verificar se a viga suporta tal carga. bf=139,7 Dados: Iy = 598 cm3 Lx = 750 cm. P = 100 kN Af = 22,07 cm2 Aw = 36,34 cm2 d=381 Ix = 18.580 cm3 tw=10,4 x tf=15,8 y Fy = 34,50 kN/cm2 hw = 349,4 mm Resolução: Momento máximo aplicado → Mx = p × L2 P × L 6,33 × 7,52 100 × 7,5 + = + = 232 kN.m 8 4 8 4 Flambagem local: h 349,4 540 = = 33,60 ≤ = 92 ⇒ Qa = 1,00 tw 10,4 Fy h = 33,60 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Q = 1,00 b 69,85 80 = = 4,42 ≤ = 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 15,80 Fy Kc Flambagem global: → Lb = 750 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 13,97 = 150 cm < 750 cm → sem apoio = Fy 34,50 14.060 14.060 = = 236 cm < 750 cm → sem apoio d 38,10 × Fy × 34,50 Af 22,07 Tipo de seção: b 69,85 h 349,4 = = 33,60 ≤ 92 ⇔ = = 4,42 tf 15,8 tw 10,40 54 = 9,20 > 4,42 → seção compacta Fy Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-15 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Elementos de seção compacta e sem apoio lateral: rt = Iy Aw ⎞ ⎛ 2 × ⎜ Af + ⎟ 6 ⎠ ⎝ 598 = 36,34 ⎞ ⎛ 2 × ⎜ 22,07 + ⎟ 6 ⎠ ⎝ = 3,26 cm Lb 750 = = 230 rt 3,26 viga bi-apoiada Cb = 1,00 71.710 × Cb = 46 Fy Lb = 230 > 102 rt 358.580 × Cb = 102 Fy Fb' x = Fb" x = 119.520 × Cb ⎛ Lb ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ rt ⎠ 2 = 119.520 × 1,00 = 2,26 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 21kN / cm2 2 230 8.430 8.430 = = 6,51kN / cm2 < 0,60 × Fy = 21kN / cm2 ⎛d⎞ ⎛ 38,10 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 750 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 22,07 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb”x = 6,51 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 33,60 < = 250 ⇒ Qe = 1,00 tw 6,51 Assim sendo: Fbx = Fb”x x Q x Qe Fbx = 6,51 x 1,00 x 1,00 = 6,51 kN / cm2 fbx = Wx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x Wx Ix 18.580 × 2 = = 975 cm3 d 38,10 2 Mx = 6,51× 975 = 6.347 kN.cm = 63,47 kN.m < 232 kN.m A viga não suporta a carga aplicada. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-16 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I e) Dado o perfil U 254 x 22,7 em aço ASTM A36, na condição estrutural de viga bi-apoiada com vão livre de 6,00 m., verificar a maxima carga uniformemente distribuída atuante sobre essa viga em questão, nas seguintes condições: 1 – contida nos apoios e 66 2 – contida no meio do vão Dados: y Iy = 95,10 cm4 6,1 254 Af = 7,33 cm2 11,1 Ix = 2.800 cm4 h = 231,8 mm x Resolução: Flambagem local: h 231,8 540 = = 38 ≤ = 108 ⇒ Qa = 1,00 tw 6,10 Fy h = 38 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Q = 1,00 b 66 80 = = 5,95 ≤ = 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 11,10 Fy Kc Flambagem global: → Lx = 600 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 6,60 = = 83 cm Fy 25 14.060 14.060 = = 162 cm d 23,18 × Fy × 25 Af 7,33 Tipo de seção: h 231,8 b 66 = = 38 ≤ 108 ⇔ = = 5,95 tw 6,10 tf 11,10 54 = 10,80 > 5,95 → seção compacta Fy Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-17 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1 – contenção lateral nos apoios: Lb = 600 cm 83 cm < Lb e 162 cm < Lb → sem apoio lateral completo Elementos de seção compacta e sem apoio lateral: rt = Iy Aw ⎞ ⎛ 2 × ⎜ Af + ⎟ 6 ⎠ ⎝ = 95,10 = 2,22 cm 14,14 ⎞ ⎛ 2 × ⎜ 7,33 + ⎟ 6 ⎠ ⎝ Lb 600 = = 270 rt 2,22 viga bi-apoiada Cb = 1,00 71.710 × Cb = 54 Fy Lb = 270 > 120 rt 358.580 × Cb = 120 Fy Fb' x = Fb" x = 119.520 × Cb ⎛ Lb ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ rt ⎠ 2 = 119.520 × 1,00 = 1,64 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 2 270 8.430 8.430 = 4,05 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 = d 25 , 40 ⎛ ⎞ ⎛ ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 600 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 7,33 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb”x = 4,05 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 38 < = 314 ⇒ Qe = 1,00 tw 4,05 Assim sendo: Fbx = Fb”x x Q x Qe ⇒ Fbx = 4,05 x 1,00 x 1,00 = 4,05 kN / cm2 fbx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x = 4,05 × 220 = 891kN.cm Wx Mx = Mx × 8 891× 8 p × L2 ⇒p= = = 0,0198 kN / cm = 1,98 kN / m 8 L2 6002 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-18 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2 – contenção lateral no meio do vão: Lb = 600 / 2 = 300 cm 83 cm < Lb e 162 cm < Lb → sem apoio lateral completo Elementos compactos sem apoio lateral completo rt = 2,22 cm e viga bi-apoiada Cb = 1,00 71.710 × Cb = 54 Fy 300 = 135 > 120 2,22 358.580 × Cb = 120 Fy Fb' x = Fb" x = 119.520 × Cb ⎛ Lb ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ rt ⎠ 2 = 119.520 × 1,00 = 6,56 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 2 135 8.430 8.430 = 8,10 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 = ⎛d⎞ ⎛ 25,40 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 300 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 7,33 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb”x = 8,10 kN / cm2 Verificação da esbeltez: 632 h = 38 < = 222 ⇒ Qe = 1,00 tw 8,10 Assim sendo: Fbx = Fb”x x Q x Qe Fbx = 8,10 x 1,00 x 1,00 = 8,10 kN / cm2 fbx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x = 8,10 × 220 = 1.782 kN.cm Wx Mx = p × L2 Mx × 8 1.782 × 8 ⇒p= = = 0,040 kN / cm = 4,00 kN / m 8 L2 6002 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-19 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I f) Dois perfis VS 450 x 60, constituindo uma viga, estão dispostos lado a lado, devidamente vinculados e constituídos de aço ASTM A572. O vão admissível para a viga é de 10,00 m e sabendo-se que o perfil está contido somente nos apoios, determinar a máxima carga P aplicada no meio do vão. y Dados de cada perfil: 200 200 Ag = 76,80 cm2 6,3 450 Iy = 1.668 cm4 2 x 425 Wx = 1.243 cm3 12,5 Ix = 27.962 cm4 2 Af = 25,00 cm e Aw = 26,78 cm Resolução: Flambagem local (para cada perfil isoladamente): h 425 540 = = 67,47 ≤ = 92 ⇒ Qa = 1,00 tw 6,3 Fy h = 67,47 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Q = 1,00 b 100 80 = = 8,42 ≤ = 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 12,5 Fy Kc Flambagem global: → Lb = 1000 cm. – verificar apoio lateral 63 × bf Lb1 ≤ Fy Lb2 ≤ = 63 × 40 34,50 = 429 cm < 1000 cm → sem apoio 14.060 14.060 = = 453 cm < 1000 cm → sem apoio d 45 × Fy × 34,50 Af 25 × 2 Tipo de seção: h 425 b 100 = = 67,47 ≤ 92 ⇔ = =8 tw 6,3 tf 12,5 54 Fy = 9,20 > 8,42 → seção compacta Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-20 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Elementos de seção compacta e sem apoio lateral: Iy = 2 x (1.668 + 76,8 x 102) = 18.696 cm4 rt = Iy Aw ⎞ ⎛ 2 × ⎜ Af + ⎟ 6 ⎠ ⎝ = 18.696 = 12,60 cm 2 × 26,76 ⎞ ⎛ 2 × ⎜ 2 × 25 + ⎟ 6 ⎝ ⎠ Lb 1000 = = 79,36 rt 12,60 Viga bi-apoiada Cb = 1,00 71.710 × Cb = 46 Fy 358.580 × Cb = 102 Fy 46 < Lb = 79,36 < 102 rt ⎡ ⎛ 34,5 × 79,36 2 ⎞⎤ ⎟⎥ × 34,5 = 16,15 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 21kN / cm2 Fb' x = ⎢0.67 − ⎜⎜ ⎟ ⎢⎣ ⎝ 1.075.670 × 1,00 ⎠⎥⎦ Fb" x = 8.430 8.430 = = 9,37 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 21kN / cm2 ⎛ 45 ⎞ ⎛d⎞ Lb × ⎜ ⎟ 1000 × ⎜ ⎟ ⎝ 25 × 2 ⎠ ⎝ Af ⎠ Adotamos o maior valor → Fb’x = 16,15 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 67,46 < = 157 ⇒ Qe = 1,00 tw 16,15 Assim sendo: Fbx = Fb’x x Q x Qe Fbx = 16,15 x 1,00 x 1,00 = 16,15 kN / cm2 fbx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x = 16,15 × 2.486 = 40.150 kN.cm = 401,50 kN.m Wx p × L2 P × L 1,2 × 102 P × 10 Mx = + ⇒ 401,50 = + 8 4 8 4 2,5 × P = 401,50 − 15 ⇒ P = 154,60 kN Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-21 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I g) Dois perfis U 305 x 30,7 em aço ASTM A36, dispostos lateralmente um ao outro, bi-apoiados em um vão de 8,00 m, contidos lateralmente nos apoios, recebem uma carga uniformemente distribuída ou uma carga pontual no meio do vão. Determinar essas cargas desprezando-se o peso próprio. y Dados por perfil: 74,7 A = 39,10 cm2 7,11 Af = 9,49 cm2 Aw = 19,81 cm2 x Resolução: 305 Ix = 5.370 cm4 e Iy = 161,10 cm4 12,7 Xg = 14,5 mm 14,5 Flambagem local: h 279,4 540 = = 39,30 ≤ = 108 ⇒ Qa = 1,00 tw 7,11 Fy h = 39,30 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Q = 1,00 80 b 74,7 = = 5,88 ≤ = 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 12,7 Fy Kc Flambagem global: → Lb = 800 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 7,47 × 2 = = 188 cm < 800 cm → sem apoio Fy 25 14.060 14.060 = = 382 cm < 800 cm → sem apoio 27,94 d × Fy × 25 9,49 × 2 Af Tipo de seção: h 279,4 b 74,7 = = 39,30 ≤ 108 ⇔ = = 5,88 tw 7,11 tf 12,7 54 = 10,80 > 5,88 → seção compacta Fy Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-22 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Elementos de seção compacta e sem apoio lateral: viga bi-apoiada Cb = 1,00 Iy = 2 x ( 161,10 + 39,10 x 1,452) = 486,62 cm4 rt = Iy Aw ⎞ ⎛ 2 × ⎜ Af + ⎟ 6 ⎠ ⎝ = 486,62 = 3,08 cm 2 × 19,81⎞ ⎛ 2 × ⎜ 2 × 9,49 + ⎟ 6 ⎝ ⎠ Lb 800 = = 260 rt 3,08 71.710 × Cb = 54 Fy 358.580 × Cb = 120 Fy Fb' x = Fb" x = 119.520 × Cb ⎛ Lb ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ rt ⎠ 2 = 800 = 260 > 120 3,08 119.520 × 1,00 = 1,77 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 2 260 8.430 8.430 = = 6,56 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 ⎛d⎞ ⎛ 30,5 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 800 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 9,49 × 2 ⎠ Adotamos o maior valor → Fb’x = 6,56 kN / cm2 Verificação da esbeltez: 632 h = 39,30 < = 475 ⇒ Qe = 1,00 tw 1,77 Assim sendo: Fbx = Fb’x x Q x Qe = 6,56 x 1,00 x 1,00 = 6,56 kN / cm2 fbx = Mx ≤ Fbx ⇒ Mx = Fbx × W x = 6,56 × 352,13 = 2.310 kN.cm Wx c arg a uniforme : Mx = p × L2 Mx × 8 2.310 × 8 ⇒p= = = 0,029 kN / cm = 2,90 kN / m 8 L2 800 2 c arg a concentrada : Mx = P×L Mx × 4 2.310 × 4 ⇒P= = = 11,55 kN 4 L 800 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 5-23 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 06 – Elementos Sujeitos ao Cisalhamento Peças sujeitas ao cisalhamento, são aquelas em que as cargas atuantes tendem a fazer deslizar uma porção da peça em relação à outra porção da mesma peça e, por isso mesmo, causar corte e que serão equilibrados mediante tensões de cisalhamento admissíveis, desenvolvidas pelas mesmas. 06.01 – Resistência ao Cisalhamento – fv: fv = V ≤ Fv Aw Onde: V = força cortante atuante na seção considerada Aw = área da alma da seção analisada 06.02 – Tensão Admissível ao Cisalhamento – Fv: Fv = 0,40 × Fy ⇔ h 316 ≤ tw Fy h 316 ⎛ Fy ⎞ Fv = ⎜ ⎟ × Cv ≤ 0,40 × Fy ⇔ > tw Fy ⎝ 2,89 ⎠ Onde: Cv = Cv = Para: 31.640 × Kv ⎛h⎞ Fy × ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ 2 quando Cv ≤ 0,80 Kv 158 × quando Cv > 0,80 Fy ⎛h⎞ ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ Kv = 4,00 + Kv = 5,34 + 5,34 ⎛a⎞ ⎜ ⎟ ⎝h⎠ 2 4,00 ⎛a⎞ ⎜ ⎟ ⎝h⎠ 2 quando a ≤ 1,00 h quando a > 1,00 h a = distância entre enrijecedores transversais Kv = 5,34 quando não houver enrijecedores transversais Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 6-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 06.03 – Enrijecedores: Os enrijecedores, também denominados de nervuras, têm a finalidade de, em vigas com altas solicitações à flexão e/ou cisalhamento, impedir a flambagem da alma das vigas, por essas serem em geral, fabricadas com pequena espessura. A fim de se garantir a não ocorrência dessa flambagem local da alma desses perfis, colocam-se nervuras ou enrijecedores, também chapas de pequena espessura, nas posições verticais, horizontais ou ambas. Os enrijecedores verticais são empregados em situação de grandes esforços de cisalhamento, enquanto que os enrijecedores horizontais são empregados em vigas de grande altura. Nos apoios de vigas com alta solicitação de cargas, em especial as vigas de rolamento – de suporte de pontes rolantes – aconselha-se a colocação de enrijecedores verticais nas regiões dos apoios, assim como em vigas em que não haja qualquer conexão entre a alma dessas e os seus apoios. bf te te bf A tw A be d tw be apoio Recomendações básicas para inserção de enrijecedores de apoio deverão seguir as especificações mínimas: te ≥ tw ASTM A36 → 161 h 805 > → be 25 tw ≤ Fy ASTM A572 → 137 te Fy Quanto a colocação de enrijecedores intermediários, esses devem ser aplicados nas mesmas vigas de rolamento, sob altas solicitações estruturais, a fim de combater possíveis excentricidades dos trilhos, que geram empenos da alma e da mesa dessas vigas. De qualquer maneira, é sempre necessária a sua adoção quando: h > 260 → para qualquer aço tw Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 6-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I te d a apoio apoio Recomendações básicas para a determinação do espaçamento a entre enrijecedores: ⎧⎪ASTM A36 → 322 a h 11.620 > 1,5 → ≤ ⎨ h tw Fy × (Fy + 27 ) ⎪⎩ASTM A572 → 252 a h 1.660 ⎧⎪ASTM A36 → 332 ≤ 1,5 → ≤ ⎨ h tw Fy ⎪⎩ASTM A572 → 283 a ≤ 3,00 h a ⎛ 260 × tw ⎞ ≤⎜ ⎟ h ⎝ h ⎠ 2 a < 1.500mm Quanto ao dimensionamento dos enrijecedores, esse deve ser efetuado como se tratasse de uma peça sujeita a um esforço de compressão, cuja carga atuante deve ser o esforço cortante nesse local, da mesma forma já vista anteriormente no capítulo de elementos sujeitos à compressão, com o coeficiente de flambagem K = 1,00 e os comprimentos de flambagem KLx = KLy = h. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 6-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 06.04 – Exercícios resolvidos: a) Verificar o máximo esforço cortante absorvido em um perfil VS 750 x 108 utilizando-se aço ASTM A36 Ver figura do exercício a) de flexão simples, onde: Aw = 72,5 x 0,8 = 58 cm2 316 = 63 Fy h 725 = = 90,63 > 63 tw 8 ⎛ Fy ⎞ Fv = ⎜ ⎟ × Cv ⎝ 2,89 ⎠ Não há enrijecedor lateral: Kv = 5,34 → comparar Cv Cv = Cv = 31.640 × Kv ⎛h⎞ Fy × ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ 2 = 31.640 × 5,34 = 0,82 > 0,80 25 × 90,632 158 Kv 158 5,34 × = × = 0,806 > 0,80 Fy 90,63 25 ⎛h⎞ ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ Adotamos Cv = 0,806 Fv = Fy 25 × Cv = × 0,806 = 6,97 kN / cm2 < 0,4 × Fy = 10 kN / cm2 2,89 2,89 fv = V ⇒ Vmáx = Fv × Aw = 6,97 × 58 = 404,30 kN Aw b) Idem para o perfil soldado VS 500 x 61 em aço ASTM A36 Ver figura do exercício b) de flexão simples, onde: Aw = 48,1 x 0,63 = 30,30 cm2 316 = 63 Fy h 481 = = 76,35 > 63 tw 6,3 ⎛ Fy ⎞ Fv = ⎜ ⎟ × Cv ⎝ 2,89 ⎠ Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 6-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Não há enrijecedor lateral: Kv = 5,34 → comparar Cv Cv = Cv = 31.640 × Kv ⎛h⎞ Fy × ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ 2 = 31.640 × 5,34 = 1,15 > 0,80 25 × 76,352 158 Kv 158 5,34 × = × = 0,956 > 0,80 Fy 76,35 25 ⎛h⎞ ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ Adotamos Cv = 0,956 Fv = Fy 25 × Cv = × 0,956 = 8,27 kN / cm2 < 0,4 × Fy = 10 kN / cm2 2,89 2,89 fv = V ⇒ Vmáx = Fv × Aw = 8,27 × 30,3 = 250,60 kN Aw c) Dado o perfil I 381 x 63.3, verificar o máximo esforço cortante suportado pelo mesmo em aço ASTM A572. Ver figura do exercício d) de flexão simples, onde: Aw = 34,94 x 1,04 = 36,34 cm2 316 = 54 Fy h 349,4 = = 33,60 < 54 tw 10,4 Fv = 0,40 × Fy = 0,40 × 34,5 = 13,80 kN / cm2 V ⇒ Vmáx = Fv × Aw = 13,80 × 36,34 = 501,50 kN Aw d) Dado o perfil U 254 x 22,7, verificar o máximo esforço cortante suportado pelo mesmo em aço ASTM A36 fv = Ver figura do exercício e) de flexão simples, onde: Aw = 23,18 x 0,61 = 14,14 cm2 316 h 231,8 = 63 → = = 38 < 63 tw 6,1 Fy Fv = 0,40 × Fy = 0,40 × 25 = 10 kN / cm2 fv = V ⇒ Vmáx = Fv × Aw = 10 × 14,14 = 141,40 kN Aw Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 6-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I e) Para o perfil dado abaixo, em aço ASTM A572, verificar a necessidade de enrijecedores de apoio e intermediários, assim como o espaçamento adotado. 1.900 9,5 955 apoio Resolução: h 1.900 = = 200 > 137 → é necessário enrijecedor de apoio tw 9,5 h 1.900 = = 200 < 260 → não é necessário enrijecedor int ermediário tw 9,5 Verificação do espaçamento entre enrijecedores, mesmo não havendo necessidade dos mesmos: a 955 h = = 0,502 < 1,5 → = 200 < 283 h 1.900 tw a ≤ 3,00 → a = 1.900 × 3 = 5.700mm h 2 a ⎛ 260 × 0,95 ⎞ ≤⎜ ⎟ = 1,69 → a = 1,69 × 190 = 321,1cm = 3.211mm h ⎝ 190 ⎠ a < 1.500mm Portanto, as condições apresentadas atendem à necessidade estrutural do perfil. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 6-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 07 - Elementos Tracionados Conforme já tivemos a oportunidade de verificar, os elementos tracionados são aqueles onde atua força normal perpendicular ao plano da seção transversal. No caso de aplicação dessa força no centro de gravidade da peça (C.G.) denominamos Tração Simples. O método de dimensionamento será o Método das Tensões Admissíveis. A única maneira de ruína das peças sujeitas à tração simples pode ocorrer pelo escoamento da seção bruta da peça (área bruta) ou pela ruptura da seção liquida (área líquida). 07.01 – Tensão Admissível de Tração – Ft: As condições de resistência de uma peça estrutural aos esforços de tração serão determinadas pela tensão máxima admissível de tração, obtida da seguinte maneira: Para o escoamento da seção bruta ↔ Ftg = 0,60 x Fy Para a ruptura na seção liquida efetiva ↔ Fte = 0,50 x Fu 07. 02 – Área bruta – Ag: A área bruta será denominada por Ag, que é o somatório da seção transversal da peça em dimensionamento ou analise, ou seja, é o produto da espessura da peça pela sua largura. Portanto, Ag = d x t ft=constante Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO d N d d N t 7-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 07. 03 – Área líquida – An: Numa barra com furos causados pela existência de conectores ou parafusos, surge a necessidade de se descontar a área desses furos, passando-se a considerar a existência da área líquida. A área liquida será, portanto, obtida através da subtração da área bruta (Ag) as áreas dos furos contidos nessa seção. An = (d x t) – Aøf fmax=3fmed d Øf Øf d N d N t fmed Entretanto, existem algumas considerações que devem ser levadas em conta a fim de se determinar a area líquida (An) Ao diâmetro nominal do parafuso (∅p - diâmetro do parafuso) devemos somar 2 mm a mais e, no caso de furos padrão, acrescenta-se mais 1,5 mm ao diâmetro nominal, ou seja, o diâmetro do furo (Øf) será 3,5 mm maior do que o diâmetro do parafuso. No caso da existência de furos distribuidos transversalmente ao eixo da peça (diagonal ou zigue-zague), obtemos a largura da seção para o menor valor de seção líquida. 3 2 3 s s g d 2 g 1 1 A área líquida An de barras com furos pode ser representada pela equação: ⎡ s2 ⎤ An = ⎢d − ∑ φp + 3,5 + ∑ ⎥×t 4 × g⎦ ⎣ ( ) Onde : d = altura e t = espessura Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 07. 04 – Área líquida efetiva – Ane: Nas ligações de barras tracionadas, em que a solicitação for transmitida apenas em um ou algum dos elementos da seção, utiliza-se uma seção liquida efetiva (Ane), para levar em conta que, na região da ligação, as tensões se concentram no elemento ligado e não mais se distribuem uniformemente em toda a seção. No caso, Ane = Ct x An Onde o valor de Ct (coeficiente de tração) é determinado pelos seguintes critérios: Quando a força de tração é transmitida a todos os elementos da seção, por ligações parafusadas – Ct = 1,00 Quando a força de tração não é transmitida a todos os elementos da seção: Ct = 0,90 em perfis I ou H, cujas mesas tenham uma largura não inferior a 2/3 da altura, e em perfis T cortados desses perfis, com ligações nas mesas, tendo no mínimo três conectores por linha de furação na direção do esforço. Ct = 0,85 em todos os demais perfis, tendo no mínimo três conectores por linha de furação na direção do esforço Ct = 0,75 em todas as barras cujas ligações tenham no mínimo dois conectores por linha de furação na direção do esforço b Ct = 0,90 se b ≥ 2 h 3 Ct = 0,85 se b < 2 h 3 h N N Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO Ct = 0,75 7-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Para chapas ligadas nas extremidades por soldas longitudinais, o valor de Ct será obtido de acordo com a relação entre l e d (comprimento de solda e largura da chapa respectivamente) d N d <= l <= 1,5 d Ct = 0,75 1,5 d <= l <= 2d Ct = 0,87 L >= 2d Ct = 1,00 l 07. 05 – Índices de Esbeltez: Nas peças tracionadas o índice de esbeltez (λ) não possui fundamental importância, uma vez que o esforço de tração tende a corrigir excentricidades construtivas. Entretanto, a fim de se evitar deformações excessivas, efeitos danosos de impactos ou vibrações indesejáveis, fixaram-se valores máximos para esse índice. Assim sendo o índice de esbeltez λ = Lfl / r, ou seja, a relação entre o comprimento da haste ou barra em relação ao seu raio de giração, deve permanecer dentro dos seguintes valores: Peças de vigamentos principais – λ <= 240 Peças de vigamentos secundários e contraventamentos - λ <= 300 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 07.06 - Exercícios Resolvidos a) Calcular a espessura necessária de uma chapa com altura de 120 mm, sujeita a um esforço axial de tração de 200 kN, para utilização do aço ASTM A36 N=200kN 120 N=200kN Resolução Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 Área bruta necessária → Ag = N 200 = = 13,33 cm2 Ftg 15 Espessura necessária → Ag = d × t ⇔ t ≥ 13,33 = 1,11cm. 12 N=270kN 10 N=270kN 300 b) Duas chapas com espessura de 10 mm e altura de 300 mm, estão emendadas com seis parafusos de 25 mm. Verificar se as dimensões da chapa são suficientes para atender um esforço de 270 kN, sendo o aço utilizado o ASTM A36 Resolução Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Área Bruta: Ag = 30 x 1,0 = 30 cm2 Diâmetro das furações: Øt = 25 + 3,5 = 28,5 mm = 2,85 cm Área liquida: An = (30 – 3 x 2,85) x 1,0 = 21,45 cm2 Ligação transmitida a todos os elementos ↔ Ct = 1,00 Esforço máximo na seção bruta: Ng max = 15 x 30 = 450 kN > 270 kN Esforço máximo resistente na seção liquida: Ne max = 1,00 x 20 x 21,45 = 429 kN > 270 kN. Portanto a seção resiste ao esforço aplicado. c) Determinar a força máxima de tração que uma chapa de 300 mm de largura e 12,5 mm de largura poderá suportar, sendo a sua ligação de extremidade composta por 3 linhas de 3 parafusos cada, com diâmetro de 20 mm, utilizandose do aço ASTM A572 N N 300 1 12.5 1 Resolução Aço ASTM A572 – Fy = 34,5 kN/cm2 e Fu = 48 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 34,5 = 20,70 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 48 = 24 kN/cm2 Área Bruta: Ag = 30 x 1,25= 37,50 cm2 Diâmetro das furações: Øt = 20 + 3,5 = 23,5 mm = 2,35 cm Área liquida: An = (30 – 3 x 2,35) x 1,25 = 28,69 cm2 Ligação transmitida a todos os elementos ↔ Ct = 1,00 Esforço máximo na seção bruta: Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Ng max = 20,70 x 37,50 = 776,25 kN Esforço máximo resistente na seção liquida: Ne max = 1,00 x 24 x 28,69 = 688,56 kN ↔ Esforço máximo N d) Adotando-se as mesmas características anteriores, verificar a força máxima de tração para o seguinte esquema de ligação de extremidades: N 2 N 2 2 12.5 1 100 2 300 1 100 75 Resolução Aço ASTM A572 – Fy = 34,5 kN/cm2 e Fu = 48 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 34,5 = 20,70 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 48 = 24 kN/cm2 Área Bruta: Ag = 30 x 1,25= 37,50 cm2 Diâmetro das furações: Øt = 20 + 3,5 = 23,5 mm = 2,35 cm Área Líquida : An1 = [30 − (2 × 2,35)]× 1,25 = 31,62 cm2 ⎡ ⎛ 2 × 7,52 ⎞⎤ ⎟⎥ × 1,25 = 31,62 cm2 Área Líquida : An2 = ⎢30 − (3 × 2,35) + ⎜⎜ ⎟ × 4 10 ⎢⎣ ⎝ ⎠⎥⎦ Ligação transmitida a todos os elementos ↔ Ct = 1,00 Esforço máximo na seção bruta: Ng max = 20,70 x 37,50 = 776,25 kN Esforço máximo resistente na seção liquida: Ne1 max = 1,00 x 24 x 31,62 = 758,88 kN ↔ Esforço máximo N Ne2 max = 1,00 x 24 x 32,20 = 772,88 kN Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I e) Para a mesma seção, verificar a força máxima de tração sendo a ligação executada através de um cordão de solda de 500 mm. N 500 12.5 N 300 500 Resolução Aço ASTM A572 – Fy = 34,5 kN/cm2 e Fu = 48 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 34,5 = 20,70 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 48 = 24 kN/cm2 Área Bruta: Ag = 30 x 1,25= 37,50 cm2 Área Líquida: L = 500 mm e d = 300 mm. Então : L 500 = = 1,66 d 300 Tabela da pág. 4 ⇔ 1,5d ≤ L ≤ 2b ↔ Ct = 0,87 Portanto, Ane = 0,87 x 37,50 = 32,63 cm2 Ng max = 20,70 x 37,50 = 776,25 kN ↔ Esforço máximo N Ne max = 24 x 32,63 = 783,12 kN Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I f) Duas chapas de dimensões 280 x 20 mm são emendadas por traspasse com parafusos de 20 mm. Seguindo-se esquema abaixo, calcular o esforço resistente das chapas submetidas ‘a tração axial, adotando-se o aço ASTM A36. 3 2 3 3 2 3 20 1 N 280 1 50 50 50 50 N 50 50 50 50 75 75 75 75 Resolução Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 Área Bruta: Ag = 28 x 2,0 = 56 cm2 Diâmetro das furações: Øt = 20 + 3,5 = 23,5 mm = 2,35 cm Áreas líquidas: An1 = [28 − (2 × 2,35)]× 2 = 46,60 cm2 ⎡ ⎛ 2 × 7,52 ⎞⎤ ⎟⎥ × 2 = 48,50 cm2 An2 = ⎢28 − (4 × 2,35 ) + ⎜⎜ ⎟ ⎢⎣ ⎝ 4 × 5 ⎠⎥⎦ ⎡ ⎛ 4 × 7,52 ⎞⎤ ⎟⎥ × 2 = 55,00 cm2 An3 = ⎢28 − (5 × 2,35) + ⎜⎜ ⎟ ⎝ 4 × 5 ⎠⎦⎥ ⎣⎢ Ligação transmitida a todos os elementos ↔ Ct = 1,00 Portanto: Ng max = 15 x 56 = 840 kN ↔ Esforço máximo N Ne max = 1,00 x 46,60 x 20 = 932 kN Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I g) Dado o perfil U 381 x 50,4 em aço ASTM A36, calcular o esforço de tração resistente do perfil sabendo que as ligações de extremidade são compostas de: 1 – 2 linhas verticais de 4 parafusos de 22 mm de diâmetro cada; 2 – um cordão de solda com 500 mm. de extensão e 3 – 2 linhas verticais de 4 parafusos e uma terceira linha de 2 parafusos de 22 mm de diâmetro e sabendo-se que s = 75 mm e g = 85 mm N 10 381 Resolução 1 Dados de Tabela: Ag = 64,20 cm2 Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 Área Bruta: Ag = 64,20 cm2 Diâmetro das furações: Øt = 22 + 3,5 = 25,5 mm = 2,55 cm Área liquida: An = 64,20 – (4 x 2,55 x 1,0) = 54 cm2 Coeficiente de redução – Ct = 0,75 (dois conectores por linha na direção do esforço) Ng max = 15 x 64,20 = 963 kN Ne max = 20 x 54 x 0,75 = 810 kN ↔ Esforço máximo N Resolução 2 N Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10 381 500 7-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Área Líquida: L = 500 mm e d = 381 mm. Então L / d = 500 / 381 = 1,31 Tabela da pág. 4 ↔ d <= L <= 1,5d ↔ Ct = 0,75 Portanto, Ane = 0,75 x 64,20 = 48,15 cm2 Ng max = 15 x 64,20 = 963 kN ↔ Esforço máximo N Ne max = 20 x 48,15 = 963 kN ↔ Esforço máximo N Resolução 3 N 10 381 85 85 85 75 75 Área Bruta: Ag = 64,20 cm2 Diâmetro das furações: Øt = 22 + 3,5 = 25,5 mm = 2,55 cm Áreas liquidas: An1 = 64,20 − (4 × 2,55 × 1,0 ) = 54,00 cm2 ⎛ 2 × 7,52 ⎞ ⎟ × 1 = 57,31cm2 An2 = 64,20 − (4 × 2,55 × 1) + ⎜⎜ ⎟ × 4 8 , 5 ⎝ ⎠ Coeficiente de reduçao – Ct = 0,75 (força não é transmitida a todos os elementos e com dois conectores por linha na direção do esforço) Ng max = 15 x 64,20 = 963 kN Ne1 max = 20 x 54 x 0,75 = 810 kN ↔ Esforço máximo N Ne2 max = 20 x 57,31 x 0,75 = 860 kN h) Dado o esquema abaixo, a partir da força máxima de tração de 420 kN, determinar as espessuras t1 e t2 das chapas de ligação, utilizando-se do aço ASTM A572 e parafusos com diâmetro de 25 mm. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL t2 N=420kN 300 60 60 60 60 t1 N=420kN 90 60 60 60 60 90 ESTRUTURAS METÁLICAS I Aço ASTM A572 – Fy = 34,5 kN/cm2 e Fu = 48 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 34,5 = 20,70 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 48 = 24 kN/cm2 Cálculo da espessura t1 para a área bruta: Ag = b x t1 = 30 x t1 ⇒ sabemos que Ftg = Nmax / Ag, portanto Ag x Ftg = Nmax ⇒ 30 x t1 x 20,7 = 420 ⇒ t1 >= 420 / 30 x 20,7 = 0,68 cm Cálculo da espessura t1 para a área líquida: Admitindo-se parafusos de 25 mm ⇒ ∅f = 25 + 3,5 = 28,5 mm = 2,85 cm An1 = 30 × t1 − (2 × 2,85) × t1 = 24 × t1 ⇒ Fte = N max An1 Por tan to : An1 × Fte = N max ⇒ 24,30 × t1 × 24 = 420 ⇔ t1 ≥ 420 = 0,72cm. 24,30 × 24 ⎡ ⎛ 2 × 92 ⎞ ⎤ ⎟ × t1⎥ = 25,35 × t1 An2 = 30 × t1 − ⎢(4 × 2,85 ) × t1 + ⎜⎜ ⎟ 4 6 × ⎢⎣ ⎝ ⎠ ⎥⎦ Fte = N max ⇒ N max = An2 × Fte × Ct ⇒ 420 = 25,35 × t1 × 24 × 1,00 ⇔ An2 ⎛ 2 × 92 ⎞ ⎟ × t1 = 25,35 × t1 t1 ≥ 30 × t1 − (4 × 2,85 ) × t1 + ⎜⎜ ⎟ 4 × 6 ⎝ ⎠ Fte = t1 ≥ N max ⇔ N max = Fte × An2 × Ct ⇒ 25,35 × t1 × 24 × 1,00 = 420 An2 420 = 0,70cm. 25,35 × 24 × 1,00 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Assim sendo, a espessura mínima t1 >= 0,70 cm, a fim de atender a área liquida na seção 1. Para a espessura t2, basta adotarmos metade da espessura calculada para t1, em vista do esforço ser, também, dividido pela metade, ou seja, cada chapa absorve um esforço máximo de 210 kN., ou seja, t2 >= t1 / 2 = 0,35 cm. i) Determinar a capacidade máxima estrutural de uma ligação composta por duas chapas com dimensões de 220 mm x 8 mm ligadas a uma terceira chapa de um nó de treliça de espessura 12,5 mm, por parafusos de 12,5 mm, utilizando-se o Aço ASTM A36. 12.5 70 70 8 260 220 50 50 50 50 N 8 Resolução Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 Área Bruta: Ag1 = 22 x 0,8 x 2 = 35,20 cm2 Área Bruta: Ag2 = 26 x 1,25 = 32,50 cm2 Para efeito de cálculo, tomamos o mais nocivo dos valores, no caso, Ag2. Diâmetro das furações: Øt = 12,5 + 3,5 = 16 mm = 1,60 cm Áreas líquidas: An1 = 32,50 − [(3 × 1,6) × 1,25] = 26,50 cm2 ⎛ 2 × 72 ⎞ ⎟ × 1,25 = 30,63 cm2 An2 = 32,50 − (4 × 1,60 × 1,25) + ⎜⎜ ⎟ ⎝ 4×5 ⎠ ⎛ 4 × 72 ⎞ ⎟ × 1,25 = 34,75 cm2 An3 = 32,50 − (5 × 1,60 × 1,25) + ⎜⎜ ⎟ 4 5 × ⎠ ⎝ Para Ct = 1,00↔ esforço transmitido a todos os elementos Ng max = 15 x 32,50 = 487,50 kN ↔ Esforço máximo N Ne1 max = 20 x 26,50 = 530 kN Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-13 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I j) Para a ligação tracionada representada no desenho abaixo (medidas em mm), desprezando-se a esbeltez, determinar usando aço ASTM A36: 1 – Carga máxima de tração para cantoneiras de abas iguais 102 x 19,1 (aba x peso), sabendo que os diâmetro dos parafusos será de 12,5 mm; 102 200 2 – Determinar a espessura (t) da chapa de ligação a fim de suportar a máxima carga de tração calculada em 1. 60 t Resolução Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 1 - Dados geométricos das cantoneiras: Ag = 24,19 cm2 t0 = 12,5 mm (espessura da aba) Área bruta → Ag = 2 × 24,19 = 48,38 cm2 C arg a máxima admissível → Ng = Ftg × Ag ⇔ Ng = 15 × 48,38 = 725,70 kN Área Líquida φp = 12,5 mm → φf = 12,5 + 3,5 = 16 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t ] → [24,19 − 1,6 × 1,25] × 2 = 44,38 cm2 Ct – quando a força de tração não é transmitida a todos os elementos da seção com mais de três conectores = 0,85 Ane = 0,85 x 44,38 = 37,73 cm2 Ne = Fte x Ane = 20 x 37,73 = 754,56 kN Portanto, a carga máxima admissível de tração será de 725,70 kN. 2 – Cálculo da espessura da chapa de ligação Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-14 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL Área bruta → Ag = 20 × t → Ftg = ESTRUTURAS METÁLICAS I N 725,70 725,70 = ⇒t= = 2,42 cm Ag 20 × t 15 × 20 Área líquida → An = (20 × t − 1,6 × t ) = 18,4 × t Área líquida efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,85 → Ane = 15,64 × t Fte = N 725,70 725,70 = ⇒t= = 2,30 cm Ane 15,64 × t 15,64 × 20 Portanto, a espessura mínima da chapa deverá ser de 2,42 cm. 60 152 200 60 b) Para a ligação abaixo, determinar a máxima carga de tração admissível com parafusos de 16 mm, perfis U 152 x 12,2, chapa de espessura 12,5 mm e para aço ASTM A36 60 12,5 Resolução Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 1 - Dados geométricos dos perfis U: Ag = 15,50 cm2 t0 = 5,08 mm (espessura da alma) Área bruta → Ag = 2 × 15,50 = 31,00 cm2 C arg a máxima admissível → Ng = Ftg × Ag ⇔ Ng = 15 × 31 = 465 kN Área Líquida φp = 16 mm → φf = 16 + 3,5 = 19,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [15,5 − 3 × 1,95 × 0,508] × 2 = 26,06 cm2 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-15 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Ct – quando a força de tração não é transmitida a todos os elementos da seção com dois conectores por linha = 0,75 Ane = 0,75 x 26,06 = 19,55 cm2 Ne = Fte x Ane = 20 x 19,55 = 391 kN 2 – Carga máxima na chapa de ligação: Área bruta → Ag = 20 × 1,25 = 25 cm2 → Ng = Ftg × Ag = 15 × 25 = 375 kN Área líquida → An = (20 × 1,25 − 3 × 1,95 × 1,25) = 17,69 cm2 Área líquida efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,75 → Ane = 13,27 cm2 Ne = Fte × Ane = 20 × 13,27 = 265,35 kN Portanto, a carga máxima admissível de tração será de 265,35 kN. c) Para a diagonal principal de uma treliça de banzos paralelos em aço ASTM A36, solicitada por uma carga de 45 kN, com comprimento de 3.600 mm e cujas ligações deverão ser com parafusos de 8 mm dispostos em 4 linhas de 2 parafusos cada, utilizando o perfil mais econômico (mais leve), pede-se: 1 – dimensionar a diagonal usando uma única cantoneira de abas iguais; 2 – dimensionar a diagonal usando duas cantoneiras de abas iguais, ligadas por chapa de espessura de 8 mm e sabendo que, nesse caso, deverá haver uma diagonal secundaria impedindo o deslocamento da principal em torno do seu eixo x. Resolução – 1a. Parte Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 e Fu = 40 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 25 = 15 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 40 = 20 kN/cm2 VER DETALHE DETALHE 00 36 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-16 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 1a. Tentativa: Limitação de flambagem Diagonal principal → λ = Lfl 360 Lfl ≤ 240 → r ≥ = = 1,50 cm 240 240 r Perfil adotado L 51 x 2,46 Dados geométricos do perfil: Ag = 3,09 cm2 t0 = 1/8” = 1/8 x 2,54 = 3,18 mm (espessura da aba) e rx = ry = 1,60 cm Área bruta → Ft = N 45 ≤ Ftg ⇒ Ft = = 14,56 kN / cm2 < 15 kN / cm2 Ag 3,09 λ = 360 = 225 < 240 1,60 Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [3,09 − 2 × 1,15 × 0,318] = 2,36 cm2 Área Líquida Efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,85 ⇒ Ane = 2,01cm2 Ft = 45 N ≤ Fte = = 22,39 kN / cm2 > 20 kN / cm2 Ane 2,01 Tendo em vista que o perfil adotado não absorve a carga aplicada é necessário efetuar-se uma segunda tentativa. O próximo perfil mais econômico na tabela é o imediatamente seguinte ao adotado anteriormente. Assim, adotamos L 51 x 3,63. 2a. Tentativa: Dados geométricos do perfil: Ag = 4,58 cm2 t0 = 3/16” = 3/16 x 2,54 = 4,76 mm (espessura da aba) e rx = ry = 1,57 cm Nesse caso somente verificamos a capacidade estrutural do perfil para a Área Liquida Efetiva, uma vez que o perfil anterior, com menor área bruta já absorvia o esforço aplicado. Assim: Diagonal principal → λ = 360 Lfl ≤ 240 → λ = = 229 < 240 r 1,57 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-17 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t ] → [ 4,58 − 2 × 1,15 × 0,476] = 3,49 cm2 Área Líquida Efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,85 ⇒ Ane = 2,96 cm2 Ft = N 45 ≤ Fte = = 15,20 kN / cm2 < 20 kN / cm2 Ane 2,96 Portanto, perfil adotado será L 51 x 3,63 Resolução – 2a. Parte 0 18 18 DETALHE 0 VER DETALHE 00 y diagonal secundária x 8 Nesse caso, teremos de analisar as condições de esbeltez em torno dos eixos x e y. No entanto, a condição mais desfavorável será em torno do eixo x, razão pela qual devemos verificar a esbeltez em torno desse eixo. Assim: 1a. Tentativa: Limitação de flambagem Diagonal principal → λ = Lfl Lfl 180 ≤ 240 → r ≥ = = 0,75 cm r 240 240 Perfil adotado L 25 x 1,19 Dados geométricos do perfil: Ag = 1,48 cm2 t0 = 1/8” = 1/8 x 2,54 = 3,18 mm (espessura da aba) e rx = 0,76 cm Área bruta → Ft = 45 N ≤ Ftg ⇒ Ft = = 15,20 kN / cm2 > 15 kN / cm2 Ag 2 × 1,48 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-18 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2a. Tentativa: Perfil adotado L 25 x 1,73 Dados geométricos do perfil: Ag = 2,19 cm2 t0 = 3/16” = 3/16 x 2,54 = 4,76 mm (espessura da aba) e rx = 0,76 cm Área bruta → Ft = N 45 ≤ Ftg ⇒ Ft = = 10,27 kN / cm2 < 15 kN / cm2 Ag 2 × 2,19 Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t ] → [2,19 − 2 × 1,15 × 0,476] × 2 = 2,19 cm2 Área Líquida Efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,85 ⇒ Ane = 1,86 cm2 Ft = 45 N ≤ Fte = = 24,20 kN / cm2 > 20 kN / cm2 Ane 1,86 3a. Tentativa: Perfil adotado L 32 x 2,20 Dados geométricos do perfil: Ag = 2,77 cm2 t0 = 3/16” = 3/16 x 2,54 = 4,76 mm (espessura da aba) e rx = 0,96 cm Área bruta → Ft = N 45 ≤ Ftg ⇒ Ft = = 8,12 kN / cm2 < 15 kN / cm2 Ag 2 × 2,77 Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t ] → [2,77 − 2 × 1,15 × 0,476] × 2 = 3,35 cm2 Área Líquida Efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,85 ⇒ Ane = 2,85 cm2 Ft = N 45 ≤ Fte = = 15,80 kN / cm2 < 20 kN / cm2 Ane 2,85 Verificação da esbeltez: Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-19 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL λx = 180 0,96 = 187,5 < 240 Iy = 2 × (Iy0 + A × d2 ) → d = xg + ry = ESTRUTURAS METÁLICAS I 2 ⎡ t 0,8 ⎞ ⎤ ⎛ 4 = 2 × ⎢2,49 + 2,77 × ⎜ 0,96 + ⎟ ⎥ = 15,23 cm 2 2 ⎠ ⎥⎦ ⎝ ⎢⎣ Iy 15,23 360 = = 1,66 cm ⇔ λy = = 217 < 240 A 2 × 2,77 1,66 Portanto, perfil adotado será 2 L 32 X 2,20 d) O tirante principal de um sistema estrutural é composto de perfil I 150 x 18 (Padrão Açominas) e por duas chapas com espessura de 8 mm cada com largura de 110 mm e ligados por duas linhas de 2 parafusos de 12,5 mm. sabendo que o perfil I tem 4.600 mm de comprimento e as chapas 2.600 mm de comprimento, verificar se o conjunto suporta uma carga de tração de 250 kN para o aço ASTM A572. I 150 X 18 102 153 2 # 110 x 8 2600 4600 110 Resolução – 1a. Parte Aço ASTM A572 – Fy = 34,5 kN/cm2 e Fu = 48 kN/cm2 Método das Tensões Admissíveis Ftg = 0,60 x 34,5 = 20,70 kN/cm2 e Fte = 0,50 x 48 = 24 kN/cm2 Dados geométricos do perfil: Ag = 23,40 cm2 tf = 7,10 mm (espessura da mesa) e ry = 2,32 cm Área bruta → Ft = N 250 ≤ Ftg ⇒ Ft = = 10,70 kN / cm2 < 20,70 kN / cm2 Ag 23,40 λ = 460 = 198,28 < 240 2,32 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-20 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Área Líquida φp = 12,5 mm → φf = 12,5 + 3,5 = 16 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [23,40 − 2 × 1,6 × 0,71] = 21,13 cm2 Área Líquida Efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,75 ⇒ Ane = 15,85 cm2 Ft = N 250 ≤ Fte = = 15,77 kN / cm2 < 24 kN / cm2 Ane 15,85 Portanto, o perfil I 150 x18 absorve o esforço de tração aplicado. Resolução – 2a. Parte Cálculo das características geométricas das chapas Área bruta → Ag = 2 × 0,8 × 11 = 17,60cm2 110 161 ⎛ 113 × 0,8 ⎞ ⎟ = 177,47 cm4 Iy = 2 × ⎜⎜ ⎟ ⎝ 12 ⎠ 8 ⎡11× 0,8 ⎛ 16,10 ⎞ 4 Ix = 2 × ⎢ + 11× 0,8 × ⎜ ⎟ ⎥ = 1.141,46 cm ⎝ 2 ⎠ ⎥⎦ ⎢⎣ 12 8 2⎤ 3 177,47 260 ry = = 3,18 cm ⇔ λy = = 81,76 < 240 17,60 3,18 110 Atendidas as condições de esbeltez, prossegue-se com o cálculo das chapas Área bruta → Ft = N 250 ≤ Ftg ⇒ Ft = = 7,10 kN / cm2 < 20,70 kN / cm2 Ag 2 × 17,60 Área Líquida φp = 12,5 mm → φf = 12,5 + 3,5 = 16 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [17,60 − 2 × 1,6 × 0,8] × 2 = 30,08 cm2 Área Líquida Efetiva → Ane = Ct × An → Ct = 0,75 ⇒ Ane = 22,56 cm2 Ft = N 250 ≤ Fte = = 11,09 kN / cm2 < 24 kN / cm2 Ane 22,56 Portanto, as chapas absorvem o esforço de tração aplicado. Assim sendo, o conjunto absorve o esforço aplicado. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 7-21 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 08 - Elementos Comprimidos Assim como nos elementos tracionados, nos elementos comprimidos há a atuação de uma força normal perpendicular ao plano da seção transversal. No caso de aplicação dessa força no centro de gravidade da peça (C.G.) denominamos Compressão Simples. Entretanto, ao contrário do esforço de tração que tende a retificar a peça, diminuindo os efeitos de curvatura nas peças estruturais, o esforço de compressão tende a acentuar essas curvaturas. Somente peças muito curtas podem sofrer cargas de compressão até o escoamento do aço, porquanto a situação mais comum é a ocorrência dos efeitos de flambagem ou flexão súbita, antes mesmo que o material atinja sua resistência ultima. Nas peças comprimidas, além da flambagem global, também deve-se considerar a flambagem local. Os primeiros estudos sobre instabilidade foram realizados por Leonhard Euler, em meados do século XVIII, cuja formula comanda a carga crítica de flambagem para peças estruturais esbeltas. 08.01 – Coeficientes de Flambagem – k: A determinação do coeficiente de flambagem k pode ser feito através do conhecimento das fixações da peça estrutural que se analisa ou se dimensiona, assim como a deslocabilidade dessa mesma peça estrutural. As condições de fixação de extremidade de peças estruturais são determinadas por: CONDIÇÕES DE FIXAÇÃO DE EXTREMIDADES ROTAÇÃO FIXA E TRANSLAÇÃO FIXA ROTAÇÃO LIVRE E TRANSLAÇÃO FIXA ROTAÇÃO FIXA E TRANSLAÇÃO LIVRE ROTAÇÃO LIVRE E TRANSLAÇÃO LIVRE Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I L K COMPRIMENTO DA PEÇCA VALORES DO COEFICIENTE DE FLAMBAGEM (K) VALOR TEÓRICO VALOR RECOMENDADO 0,50 0,70 1,00 1,00 2,00 2,00 0,65 0,80 1,20 1,00 2,10 2,00 08.02 – Comprimento de Flambagem – kL: Uma vez determinados os coeficientes de flambagem (K) de uma peça estrutural, pode-se determinar o seu comprimento de flambagem, que será determinado multiplicando-se o valor k pelo comprimento da peça estrutural (L). Portanto, o comprimento de flambagem será kL. 08.03 – Tensão Admissível de Compressão – Fa: As condições de resistência de uma peça estrutural aos esforços de compressão serão determinadas pela tensão máxima admissível de compressão, obtida da seguinte maneira: Para Cc = kL ≤ Cc r 2 × π2 × E Fy ⎡ ⎛ kL ⎞2 ⎤ ⎢ ⎜ ⎟ ⎥ Fy r Fa = ⎢1 − ⎝ ⎠ 2 ⎥ × ⎢ 2 × Cc ⎥ FS ⎥ ⎢ ⎦⎥ ⎣⎢ ⎛ kL ⎞ ⎛ kL ⎞ 0,375 × ⎜ ⎟ 0,125 × ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ ⎝ r ⎠− FS = 1,667 + Cc Cc 3 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 3 8-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Onde: r = raio de giração da peça estrutural E = Módulo de Elasticidade do aço (20500 kN) Fy = Tensão Limite de Resistência à Tração do Aço kL =λ r Para o aço ASTM A36 ⇒ Cc = 128 Para o aço ASTM A572 ⇒ Cc = 108 Para Fa = kL > Cc r 12 × π2 × E ⎛ kL ⎞ 23 × ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ 2 = 105.563 ⎛ kL ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ 2 08. 04 – Índices de Esbeltez: Nas peças comprimidas, o índice de esbeltez (λ) é, ao contrário das peças tracionadas, de fundamental importância, uma vez que o esforço de compressão tende a ampliar excentricidades construtivas. E, a fim de se evitar deformações excessivas, efeitos danosos de impactos ou vibrações indesejáveis, fixaram-se valores máximos para esse índice. Assim sendo o índice de esbeltez λ = Lfl / r, ou seja, a relação entre o comprimento da haste ou barra em relação ao seu raio de giração, não deve ultrapassar: λ <= 200 08. 05 – Flambagem Local - Q: Além da flambagem global, as peças estruturais comprimidas podem sofrer efeitos da flambagem local. Para assegurar que a flambagem local não ocorra antes da flambagem global da peça estrutural, existem limitações que devem ser obedecidas, ou então, os valores de Fa deverão sofrer coeficientes de minoração, representados por Q. As limitações que devem ser observadas para os casos de flambagem local são: Para elementos enrijecidos – são os elementos que têm as duas bordas, paralelas às tensões de compresão, apoiadas em toda a sua extensão Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I h h 215 ⎧⎪ASTM A36 → 43 ⇒ Qa = 1,00 ≤ ⎨ tw Fy ⎪⎩ASTM A572 → 37 b h b Alma de perfis I, H ou U ⎡ ⎤ ⎢ h 215 210 × tw 37 ⎥ Aef ⎥ ⇒ Qa = > ⇒ hef = × ⎢1 − tw Ag Fy f ⎢ ⎛ h ⎞× f ⎥ ⎢ ⎜⎝ tw ⎟⎠ ⎥ ⎣ ⎦ Aef = Ag − [(h − hef ) × tw ] e f = Fa para = 1,00 Para elementos não enrijecidos – são os elementos que têm uma borda livre, paralela às tensões de compressão. b b b Mesas de perfis I, H ou U e abas de perfis L b 80 ⎪⎧ASTM A36 → 16 (Kc = 1,00) ≤ ⎨ tf Fy ⎪⎩ASTM A572 → 14 (Kc = 1,00) Kc Onde: h = altura da alma da peça tw = espessura da alma da peça Fy = Tensão Limite de Resistência à Tração do Aço b = largura da mesa para perfis L e U e (0,5 x bf) para perfis I tf = espessura da mesa Para o cálculo da influência da flambagem local nas peças estruturais, dependemos do cálculo de valores auxiliares. O primeiro desses valores é o indice Kc. Quando: h ≤ 70 ⇒ Kc = 1,00 tw h 4,05 > 70 ⇒ Kc = 0,46 tw ⎛h⎞ ⎜ ⎟ ⎝ tw ⎠ Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Uma vez calculados os valores de Kc, nos é possível determinarmos os fatores de minoração Qs, devido à flambagem local. Quando: b 80 ≤ ⇒ Qs = 1,00 tf Fy Kc ⎡ b 80 b 168 b Fy ⎤ e⇒ ≤ > ⇒ Qs = 1,293 − ⎢0,0036 × × ⎥ tf tf tf Kc ⎦ Fy Fy ⎣ Kc Kc b 168 Kc > ⇒ Qs = 1,842 × 2 tf ⎡ Fy ⎛b⎞ ⎤ ⎢Fy × ⎜ ⎟ ⎥ Kc ⎝ tf ⎠ ⎦⎥ ⎢⎣ O coeficiente Q = Qa x Qs será sempre de minoração, portanto, sempre Q <= 1,00 08.06 – Tensão de cálculo – fa: fa = Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO N ≤ Fa × Qs × Qa Ag 8-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 08.07 - Exercícios Resolvidos a) Determinar a capacidade de carga à compressão axial de um perfil soldado CS 300 x 149 de aço ASTM A36, admitindo-se: 1 – KL = 10,00 m e 2 – KL em relação ao menor eixo = 5,40 m. e em relação ao maior eixo KL = 9,00m tf = 25 bf = 300 Dados de tabelas de perfis: y Ag = 190 cm2 d = 300 rx = 12,67 cm ry = 7,70 cm. tw=16 x Resolução: Referência 1 – KL = 10,00 m = 1000 cm → KLx = KLy = 1000 cm Sendo os valores iguais nos dois sentidos, verificamos a pior hipótese: λy = Fa = 1000 = 129,87 > Cc(128) < 200 7,70 105.563 ⎛ kL ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ 2 = 105.563 = 6,27 kN / cm2 129,872 Flambagem local h = 300 – 2 x 2,50 = 250 mm b = 0,5 x 300 = 150 mm Alma ⇒ h 250 h = = 15,63 < 43 ⇒ Qa = 1,00 ⇒ < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw 16 tw b 150 Mesa ⇒ = = 6 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 25 Fa × Q ≤= Q = Qa × Qs = 1,00 N ⇒ N = Fa × Ag × Q = 6,27 × 190 × 1,00 = 1.190 kN Ag Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Referência 2 – KLy = 540 cm e KLx = 900 cm λx = 900 = 71,03 < Cc(128) < 200 12,67 540 = 70,12 < Cc(128) < 200 λy = 7,70 FS = 1,667 + λx ← comanda 0,375 × 71,03 0,125 × 71,033 − = 1,85 128 1283 ⎡ 71,032 ⎤ 25 Fa = ⎢1 − × = 11,43 kN / cm2 2⎥ 1 , 85 × 2 128 ⎣ ⎦ N = Fa × Ag × Q = 11,43 × 190 × 1,00 = 2.171,70 kN b) Admitindo-se um perfil H 152 x 37,1 de aço ASTM A572, com comprimento de 4,00 m, sabendo-se que suas extremidades são rotuladas (rotação livre e translação fixa), verificar: 1 – Carga axial máxima de compressão admitindo-se que há contenção lateral impedindo a flambagem em torno do eixo y e 2 – Comparar o resultado com uma peçca sem contenção lateral. Dados: y ry = 3,63 cm d = 152.4 Ag = 47,3 cm2 rx = 6,43 cm tf = 12 bf = 150.8 tw=8 x Fy = 34,5 kN/cm2 Resolução: Referência 1 – KLx = 4,00 m = 400 cm (sentido y com contenção) Verificação da flambagem no sentido x: Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL λx = ESTRUTURAS METÁLICAS I 400 = 62,20 < Cc(108) < 200 6,43 FS = 1,667 + 0,375 × 62,20 0,125 × 62,203 − = 1,85 108 1083 ⎡ 62,202 ⎤ 34,50 Fa = ⎢1 − × = 15,55 kN / cm2 2⎥ 1 , 85 ⎣ 2 × 108 ⎦ Flambagem local h = 152,4 – 2 x 12 = 128,4 mm b = 0,5 x 150,8 = 75,4 mm Alma ⇒ h 128,4 h = = 16,05 < 37 ⇒ Qa = 1,00 ⇒ < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw 8 tw b 75,4 Mesa ⇒ = = 6,28 < 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 12 Q = Qa × Qs = 1,00 N ⇒ N = Fa × Ag × Q = 15,55 × 47,30 × 1,00 = 735,52 kN Ag Fa × Q ≤= Referência 2 – KLx = KLy = 4,00 m = 400 cm (sentidos x e y sem contenção) Verificação da flambagem: λx = 400 = 62,20 < Cc(108) < 200 6,43 λy = 400 = 110,19 > Cc(108) < 200 3,63 Fa = 105.563 λ 2 = 105.563 = 8,69 kN / cm2 2 110,19 N = Fa × Ag × Q = 8,69 × 47,30 × 1,00 = 411 kN O perfil nessas condições suporta 45% menos carga de compressão axial do que na referência anterior. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Dados: Ag = 130 cm2 tf = 12,5 c) Admitindo-se um perfil VS 750 x 108 em aço ASTM A36 e sabendo-se que seu comprimento de flambagem tanto na direção x quanto na direção y é de 12,00 m e, em ambas as situações os apoios são com rotulação livre e translação livre, verificar a máxima tensão de compressão axial absorvida pelo perfil. bf = 320 y rx = 31,18 cm ry = 7,04 cm b = 0,50 x 320 = 160 mm tw=8 d = 750 h = 750 – 2 x 12,5 = 725 mm x Resolução: Flambagem global: K = 1,00 ⇒ KL = 1,00 x 1200 = 1200 cm λy = 1200 = 170,45 > Cc(128) < 200 7,04 Fa = 105.563 λ 2 = 105.563 = 3,63 kN / cm2 2 170,45 Flambagem local Alma ⇒ ⎤ 210 × 0,8 ⎡ 37 h 725 = = 90,63 > 43 ⇒ hef = × ⎢1 − ⎥ = 69,28 cm tw 8 3,63 ⎣ 90,63 × 3,63 ⎦ Aef = 130 − [(72,5 − 69,28) × 0,8] = 127,42 cm2 ⇒ Qa = 127,42 = 0,98 130 4,05 h 725 = = 90,63 > 70 ⇒ Kc = = 0,51 0,46 tw 8 ⎛ 725 ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ 8 ⎠ 80 ⎧ 80 ⎪ Fy = 25 = 11,43 ⎪ 0,51 ⎪⎪ Kc b 160 Mesa ⇒ = = 12,80 ⇒ ⎨ tf 12,5 168 ⎪ 168 ⎪ Fy = 25 = 24 ⎪ 0,51 ⎩⎪ Kc Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11,43 < 12,80 < 24 8-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I ⎡ ⎡ 25 ⎤ b Fy ⎤ Qs = 1,293 − ⎢0,0036 × × ⎥ = 1,293 − ⎢0,0036 × 12,8 × ⎥ = 0,97 0 , 51 f c t K ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ Q = Qa × Qs = 0,98 × 0,97 = 0,95 N = Fa × Ag × Q = 3,63 × 130 × 0,95 = 448,30 kN d) Admitindo-se dois perfis I 410 x 60 em aço ASTM A572, colocados lado a lado conforme a figura abaixo, determinar a máxima carga de compressão axial desses perfis, sabendo-se que o comprimento total dessa peça é de 8,00 m, e que na direção x (em torno do eixo y), o perfil encontra-se engastado na base (rotação e translação fixas) e rotulado no topo (rotação livre e translação fixa), enquanto no sentido y (em torno do eixo x), o perfil encontra-se engastado na base (rotação e translação fixas) e livre no topo (rotação e translação livres). y Ag = 76,20 cm2 Ix = 21.707 cm4 Iy = 1.205 cm4 407 rx = 16,88 cm ry = 3,98 7,7 178 x 382 Características Geométricas de cada perfil: 12,5 178 Fy = 34,50 kN / cm2 Resolução: Flambagem global: No sentido y (em torno do eixo x)o pilar é engastado na base e livre no topo: KLx = 2,10 x 800 = 1680cm No sentido x (em torno do eixo y)o pilar é engastado na base e rotulado no topo: KLy = 0,80 x 800 = 640 cm Característica geométricas da peça global Ag = 76,20 x 2 = 152,40 cm2 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Ix = 2 × Ixo = 2 × 21.707 = 43.414 cm4 Iy = 2 × (Iyo + rx = Ag × xg12 ) 2 ⎡ ⎛ 17,8 ⎞ ⎤ 4 = 2 × ⎢1.205 + 76,20 × ⎜ ⎟ ⎥ = 14.482 cm ⎝ 2 ⎠ ⎦⎥ ⎣⎢ 43.414 14.482 = 16,88 cm e ry = = 9,75 cm 2 × 76,20 2 × 76,20 Assim sendo: λx = 1680 16,88 = 99,53 < Cc < 200 λy = 640 = 65,64 < Cc < 200 9,75 FS = 1,667 + 0,375 × 99,53 0,125 × 99,533 − = 1,91 108 1083 ⎡ 99,532 ⎤ 34,50 Fa = ⎢1 − × = 10,38 kN / cm2 2⎥ 1 , 91 2 108 × ⎦ ⎣ Flambagem local (para cada perfil isoladamente): h = 382 mm b = 0,50 x 178 = 89 mm Alma ⇒ ⎤ 210 × 0,77 ⎡ 37 h 382 = = 49,61 > 37 ⇒ hef = × ⎢1 − ⎥ = 38,60 cm > 38,20 cm tw 7,7 10,38 ⎣ 49,61× 10,38 ⎦ Aef = Ag ⇒ Qa = 1,00 h 382 = = 49,61 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw 7,7 Mesa ⇒ Fa × Q ≤= Q = Qa × Qs = 1,00 80 b 89 = = 7,12 < = 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 12,5 25 N ⇒ N = Fa × Ag × Q = 10,38 × 152,40 × 1,00 = 1582 kN Ag Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I e) Uma diagonal de treliça é composta por duas cantoneiras de abas iguais de 64 x 6,3. Sabendo-se que seu comprimento de flambagem em torno de ambos os eixos é de 300 cm, determinar a máxima carga e compressão axial suportada pela diagonal em aço ASTM A36. Dados de cada perfil: y Ix = Iy = 29,10 cm4 x rx = ry = 1,95 cm e xg = yg = 1,83 cm 6,35 64 1,83 Ag = 2 x 7,68 = 15,36 cm2 Resolução: Flambagem global ⇒ pior condição KL = 1,00 x 300 λx = 300 = 153,84 > Cc(128) < 200 1,95 Fa = 105.563 λ 2 = 105.563 = 4,46 kN / cm2 2 153,84 Flambagem local: Mesa / Alma ⇒ b 64 = = 10,07 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 6,35 N = Fa × Ag × Q = 4,46 × 15,36 × 1,00 = 68,50 kN f) Dois perfis do tipo U de 203 x 17,1 estão posicionados de frente um para o outro com distância total de 400 mm. Sabendo-se tratar de aço ASTM A572 e que os comprimentos de flambagem são: 5000 mm em torno do eixo x e de 10000 mm em torno do eixo y, determinar a máxima carga suportada pelo perfil em questão. 400 Dados de cada perfil: 57,4 y Ag = 2 x 21,8 = 43,60 cm2 xg = 1,45 cm 203 Ix = 1.356 cm4 e Iy = 54,90 cm4 x tw = 5,59 mm e tf = 9,9 mm xg Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO xg 8-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Resolução: Flambagem global: No sentido y : KLx = 500cm No sentido x : KLy = 1000 cm Características geométricas da peça global Ix = 2 × Ixo = 2 × 1.356 = 2.712 cm4 2 ⎡ ⎛ 20 − 1,45 ⎞ ⎤ 4 Iy = 2 × (Iyo + Ag × xg12 ) = 2 × ⎢54,90 + 21,80 × ⎜ ⎟ ⎥ = 15.113 cm 2 ⎝ ⎠ ⎥⎦ ⎢⎣ rx = 2.712 15.113 = 7,89 cm e ry = = 18,62 cm 43,60 43,60 Assim sendo: λx = 500 7,89 = 63,37 < Cc < 200 λy = 1000 18,62 = 53,71 < Cc < 200 FS = 1,667 + 0,375 × 63,37 0,125 × 63,373 − = 1,85 108 1083 ⎡ 63,372 ⎤ 34,50 Fa = ⎢1 − × = 15,44 kN / cm2 2⎥ 1 , 85 2 108 × ⎣ ⎦ Flambagem local (para cada perfil isoladamente) h = 203 – 2 x 9,9 = 183,2 mm b = 57,4 mm Alma ⇒ h 203 h = = 36,31 < 37 ⇒ Qa = 1,00 ⇒ < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw 5,59 tw b 57,4 Mesa ⇒ = = 5,80 < 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 9,9 Q = Qa × Qs = 1,00 N = Fa × Ag × Q = 15,44 × 43,60 × 1,00 = 673 kN Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-13 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I g) Dado um perfil CVS 550 x 184 em aço ASTM A572, determinar a máxima carga axial de compressão suportada pelo perfil sabendo-se que em torno do eixo x, a peça está engastada na base e livre no topo, enquanto que em torno do eixo y a peça está rotulada na base e no topo, e que o comprimento da peça é de 9,00 m. tf = 19 bf = 400 Dados geométricos da peça: y 2 Ag = 234 cm tw=16 h = 550 – 2 x 19 = 512 mm d = 550 rx = 23,13 cm e ry = 9,31 cm x b = 0,50 x 400 = 200 mm Resolução: Flambagem global ⇒ L = 900 cm Em torno do eixo x: K = 2,10 ⇒ KLx = 2,10 x 900 = 1890 cm Em torno do eixo y: K = 1,00 ⇒ KLx = 1,00 x 900 = 900 cm λx = 1890 23,13 = 81,71 < Cc(108) < 200 λy = 900 = 96,67 < Cc(108) < 200 9,31 FS = 1,667 + 0,375 × 96,67 0,125 × 96,673 − = 1,91 108 1083 ⎡ 96,672 ⎤ 34,50 Fa = ⎢1 − × = 10,86 kN / cm2 2⎥ ⎣ 2 × 108 ⎦ 1,91 Flambagem local: Alma ⇒ h 512 h = = 32 < 37 ⇒ Qa = 1,00 ⇒ < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw 16 tw b 200 Mesa ⇒ = = 10,53 < 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 19 Q = Qa × Qs = 1,00 N = Fa × Ag × Q = 10,86 × 234 × 1,00 = 2.541kN Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-14 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I h) A fim de absorver uma carga axial de compressão de 750 kN, foi composta uma barra de seção I com chapas das mesas de 200 x 20 mm e da alma de 500 x 8 mm. em aço ASTM A572. Seguindo o esquema estático apresentado, determinar o máximo comprimento da barra que pode ser adotado. tf = 20 bf = 200 Ly y x Ly Lx d = 540 tw=8 Resolução: Características Geométricas da barra Ag = 2 × (20 × 2) + 50 × 0,8 = 120 cm2 ⎛ 20 × 23 ⎛ 0,8 × 503 ⎞ 2⎞ ⎜ ⎟ ⎟ = 62.440 cm4 + 120 × 26 ⎟ + ⎜⎜ Ix = 2 × ⎜ ⎟ ⎝ 12 ⎠ ⎝ 12 ⎠ ⎛ 2 × 203 ⎞ ⎛ 50 × 0,83 ⎞ ⎟+⎜ ⎟ = 2.669 cm4 Iy = 2 × ⎜⎜ ⎟ ⎜ ⎟ ⎝ 12 ⎠ ⎝ 12 ⎠ rx = 62.440 2.669 = 22,81cm e ry = = 4,72 cm 120 120 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-15 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Comprimento máximo do perfil será obtido mediante a tensão máxima: Para Cc = 108 fa = Fa = 750 = 6,25 kN / cm2 ⇔ Fa × Q ≥ fa → adotamos Fa = fa 120 105.563 ⎛ kL ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ 2 2 105.563 105.563 ⎛ kL ⎞ ⇒⎜ ⎟ ≤ = = 16.890 Fa 6,25 ⎝ r ⎠ Lx ⎧ ⎪λx = rx ⇒ Lx = 129,96 × 22,81 = 2.964 cm ⎪ ⎛ kL ⎞ ⎜ ⎟ ≤ 129,96⎨ ⎝ r ⎠ ⎪λy = Ly ⇒ Ly = 129,96 × 4,72 = 613 cm ⎪⎩ ry Flambagem Local: Alma ⇒ ⎤ h 500 210 × 0,8 ⎡ 37 = = 62,5 > 37 ⇒ hef = × ⎢1 − ⎥ = 51,29 cm tw 8 6,25 62 , 5 6 , 25 × ⎦ ⎣ Aef = 120 − [(62,5 − 51,29) × 0,8] = 111,03 cm2 ⇒ Qa = 111,03 = 0,925 120 h 500 = = 62,5 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw 8 Mesa ⇒ Q = Qa × Qs = 0,925 b 100 80 = =5< = 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 20 34,5 Verificação do perfil mediante Q = 0,925 Para Cc = 108 fa = Fa = 750 6,25 = 6,25 kN / cm2 ⇒ Fa = = 6,76 kN / cm2 120 0,925 105.563 ⎛ kL ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ 2 2 105.563 105.563 ⎛ kL ⎞ ⇒⎜ ⎟ ≤ = = 15.616 Fa 6,76 ⎝ r ⎠ Lx ⎧ ⎪λx = rx ⇒ Lx = 124,96 × 22,81 = 2.850 cm ⎪ ⎛ kL ⎞ ⎜ ⎟ ≤ 124,96⎨ ⎝ r ⎠ ⎪λy = Ly ⇒ Ly = 124,96 × 4,72 = 590 cm ⎪⎩ ry Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-16 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Tendo em vista que no plano do eixo y a barra está contraventada, podemos adotar comprimento máximo para a barra de: L = 590 x 2 = 1.180 cm. Fa = 105.563 ⎛ kLy ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ 2 = 105.563 ⎛ 590 ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ 4,72 ⎠ 2 = 6,76 kN / cm2 N = Fa × Ag × Q = 6,76 × 120 × 0,925 = 750,36 kN ≅ 750 kN i) Para a diagonal principal de uma treliça de banzos paralelos em aço ASTM A36, solicitada por uma carga de compressão de 45 kN, com comprimento de 3.600 mm e cujas ligações deverão ser com parafusos de 8 mm dispostos em 4 linhas de 2 parafusos cada, utilizando o perfil mais econômico (mais leve), pede-se: 1 – dimensionar a diagonal usando uma única cantoneira de abas iguais; 2 – dimensionar a diagonal usando duas cantoneiras de abas iguais, ligadas por chapa de espessura de 8 mm e sabendo que, nesse caso, deverá haver uma diagonal secundaria impedindo o deslocamento da principal em torno do seu eixo x. Resolução – 1a. Parte Aço ASTM A36 – Fy = 25 kN/cm2 VER DETALHE DETALHE 00 36 1a. Tentativa: Limitação de flambagem Diagonal principal → λ = Lfl Lfl 360 ≤ 200 → r ≥ = = 1,80 cm r 200 200 Perfil adotado L 64 x 6,10 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-17 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Dados geométricos do perfil: Ag = 7,68 cm2 t0 = 1/4” = 1/4 x 2,54 = 6,35 mm (espessura da aba) e rx = ry = 1,95 cm Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [7,68 − 2 × 1,15 × 0,635] = 6,22 cm2 Flambagem global: λx = 360 = 184,62 > Cc(128) < 200 1,95 Fa = 105.563 λ 2 = Mesa / Alma ⇒ 105.563 = 3,10 kN / cm2 2 184,62 b 64 = = 10,07 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 6,35 N = Fa × An × Q = 3,10 × 6,22 × 1,00 = 19,28 kN < 45 kN 2a. Tentativa: Perfil adotado L 76 x 9,10 Dados geométricos do perfil: Ag = 11,48 cm2 t0 = 5/16” = 5/16 x 2,54 = 7,9 mm (espessura da aba) e rx = ry = 2,33 cm Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [11,48 − 2 × 1,15 × 0,79] = 9,67 cm2 Flambagem global: λx = 360 2,33 Fa = = 154,51 > Cc(128) < 200 105.563 λ 2 = 105.563 = 4,42 kN / cm2 2 154,51 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-18 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL Mesa / Alma ⇒ ESTRUTURAS METÁLICAS I b 76 = = 9,62 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 7,9 N = Fa × An × Q = 4,42 × 9,67 × 1,00 = 42,74 kN < 45 kN 3a. Tentativa: Perfil adotado L 76 x 10,7 Dados geométricos do perfil: Ag = 13,61 cm2 t0 = 3/8” = 3/8 x 2,54 = 9,53 mm (espessura da aba) e rx = ry = 2,35 cm Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [13,61 − 2 × 1,15 × 0,953] = 11,42 cm2 Flambagem global: λx = 360 2,35 Fa = = 153,20 > Cc(128) < 200 105.563 λ 2 = Mesa / Alma ⇒ 105.563 = 4,50 kN / cm2 2 153,20 b 76 = × = 7,98 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 9,53 N = Fa × An × Q = 4,50 × 11,42 × 1,00 = 51,39 kN > 45 kN Portanto, o perfil adotado será L 76 x 10,7 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-19 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Resolução – 2a. Parte 0 18 18 0 DETALHE VER DETALHE 00 y diagonal secundária x 8 Nesse caso, teremos de analisar as condições de esbeltez em torno dos eixos x e y. No entanto, a condição mais desfavorável será em torno do eixo x, razão pela qual devemos verificar a esbeltez em torno desse eixo. Assim: 1a. Tentativa: Limitação de flambagem Lfl Lfl 180 ≤ 200 → r ≥ = = 0,90 cm r 200 200 No entanto, em vista do comportamento anterior de dimensionamento das peças sob a ação da compressão, devemos adotar o perfil também sob os aspectos dos baixos valores obtidos de Fa. Nesse caso, adotamos: Diagonal principal → λ = Estimativa → A ≥ N 45 = = 7,5 cm2 Fa 6 Perfil adotado 2 L 38 x 3,48 Dados geométricos do perfil: Ag = 4,45 cm2 t0 = 1/4” = 1/4 x 2,54 = 6,35 mm (espessura da aba) e rx = 1,14 cm Ix = Iy = 5,82 cm4 e xg = yg = 1,19 cm Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-20 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Flambagem global: Ix = 2 × Ixo = 2 × 5,82 = 11,64 cm4 ry = Ix 11,64 180 = = 1,15 cm ⇔ λx = = 156,52 < 200 A 2 × 4,45 1,15 Iy = 2 × (Iy0 + A × d2 ) → d = xg + ry = 2 ⎡ 0,8 ⎞ ⎤ t ⎛ 4 = 2 × ⎢5,82 + 4,45 × ⎜1,19 + ⎟ ⎥ = 34,14 cm 2 2 ⎝ ⎠ ⎥⎦ ⎢⎣ 360 Iy 34,14 = = 1,96 cm ⇔ λy = = 183,67 < 200 1,96 A 2 × 4,45 λx = 360 = 183,67 > Cc(128) < 200 1,96 Fa = 105.563 λ 2 = 105.563 = 3,13 kN / cm2 2 183,67 Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [4,45 − 2 × 1,15 × 0,635] × 2 = 5,98 cm2 Flambagem local: Mesa / Alma ⇒ b 38 = = 5,98 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 6,35 N = Fa × An × Q = 3,13 × 5,98 × 1,00 = 18,72 kN < 45 kN 2a. Tentativa: Perfil adotado 2 L 51 x 5,83 Dados geométricos do perfil: Ag = 7,41 cm2 t0 = 5/16” = 5/16 x 2,54 = 7,94 mm (espessura da aba) e rx = 1,52 cm Ix = Iy = 17,48 cm4 e xg = yg = 1,54 cm Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-21 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Flambagem global: Ix = 2 × Ixo = 2 × 17,48 = 34,96 cm4 ry = Ix 34,96 180 = = 1,54 cm ⇔ λx = = 116,88 < 200 A 2 × 7,41 1,54 Iy = 2 × (Iy0 + A × d2 ) → d = xg + ry = 360 Iy 90,74 = = 2,47 cm ⇔ λy = = 145,75 < 200 2,47 A 2 × 7,41 λx = 360 2,47 Fa = 2 ⎡ 0,8 ⎞ ⎤ t ⎛ 4 = 2 × ⎢17,48 + 7,41× ⎜1,54 + ⎟ ⎥ = 90,74 cm 2 2 ⎝ ⎠ ⎥⎦ ⎢⎣ = 145,75 > Cc(128) < 200 105.563 λ 2 = 105.563 = 4,97 kN / cm2 2 145,75 Área Líquida φp = 8 mm → φf = 8 + 3,5 = 11,5 mm Área Líquida → An = [ Ag − ∑ φf × t] → [7,41 − 2 × 1,15 × 0,793] × 2 = 11,17 cm2 Flambagem local: Mesa / Alma ⇒ b 51 = = 6,42 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 7,94 N = Fa × An × Q = 4,97 × 11,17 × 1,00 = 55,51kN > 45 kN Portanto, o perfil adotado será 2 L 51 x 5,83 Obs: a resolução dos exercícios somente se apresenta como exemplificação para efeitos didáticos. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 8-22 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 09 – Elementos Sujeitos a Flexão Composta Peças sujeitas a Flexão Composta são aquelas sujeitas às combinações da ação de Momentos Fletores associados à atuação de esforços de Tração ou Compressão. No primeiro caso denomina-se Flexo-Tração, enquanto que no segundo, denomina-se Flexo-Compressão. Para verificação de qualquer uma dessas situações, emprega-se o mesmo procedimento que já foi analisado nos capítulos anteriores. 09.01 – Flexo-Tração: Admitindo-se os esforços solicitantes N = força axial de tração Mx = momento fletor em relação ao eixo x My = momento fletor em relação ao eixo y Teremos as tensões atuantes ft = tensão atuante de tração fbx = tensão atuante de flexão em relação ao eixo x fby = tensão atuante de flexão em torno do eixo y Para as condições de segurança, devemos atender a seguinte equação: ft fbx fby + + 0,6 × Fy Fbx Fby Fbx = tensão admissível de flexão em relação ao eixo x Fby = tensão admissível de flexão em relação ao eixo y Onde Fbx deve ser obtido através das condições estudadas no capitulo 07 e Fby será determinado por: Para perfis não simétricos: Fby = 0,60xFy Para perfis simétricos: b 80 > ⇒ Fby = 0,60 × Fy tf Fy ⎧≤ ⇔ Fby = 0,75 × Fy b 80 54 ⎪ ≤ ⇒ ⎨ ⎤ ⎡ tf Fy Fy ⎪> ⇔ Fby = Fy × ⎢1,075 − 0,006⎛⎜ b ⎞⎟ × Fy ⎥ ⎝ tf ⎠ ⎦ ⎣ ⎩ Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 09.02 – Flexo-Compressão: Admitindo-se os esforços solicitantes N = força axial de compressão Mx = momento fletor em relação ao eixo x My = momento fletor em relação ao eixo y Teremos as tensões atuantes fa = tensão atuante decompressão fbx = tensão atuante de flexão em relação ao eixo x fby = tensão atuante de flexão em torno do eixo y Para as condições de segurança, devemos atender as seguintes equações: 1) baixo nível de compressão fa fa fbx fby ≤ 0,15 ⇔ + + ≤ 1,00 Fa Fa Fbx Fby 2) alto nível de compressão (condições simultâneas) fbx fby ⎧ fa ⎪ 0,6 × Fy + Fbx + Fby ≤ 1,00 ⎪⎪ fa > 0,15 ⇔ ⎨ fa Cmx × fbx Cmy × fby Fa ≤ 1,00 + ⎪ + a ⎞ f a ⎞ f a F ⎛ ⎛ ⎪ ⎟ × Fby ⎟ × Fbx ⎜1 − ⎜1 − ⎪⎩ ⎝ F' ex ⎠ ⎝ F' ey ⎠ Fbx = tensão admissível de flexão em relação ao eixo x Fby = tensão admissível de flexão em relação ao eixo y E: F' e = 12 × π × E ⎛ K × Lb ⎞ 23 × ⎜ ⎟ ⎝ rb ⎠ 2 = 105.563 ⎛ KL ⎞ ⎜ ⎟ ⎝ r ⎠ 2 Cmx e Cmy são fatores de redução: 1 – Membros comprimidos em estruturas deslocáveis – Cm = 0,85 (barras de pórticos, barras em balanço, barras bi-engastadas submetidas a carregamento transversal entre suas extremidades) 2 – Membros comprimidos em estruturas indeslocáveis e não sujeitas a cargas transversais entre os apoios no plano de flexão Cm = 0,60 − 0,40 × Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO M1 ≥ 0,40 M2 9-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I M1 e M2 são o menos e o maior momento fletor nas extremidades da parte do membro sem contenção lateral no plano de flexão considerado. 3 – Membros comprimidos em estruturas indeslocáveis contidas à translação dos nós no plano do carregamento e sujeitas a carregamentos transversais entre os apoios: a) membros com extremidade sem rotação – Cm = 0,85 b) membros com extremidade com rotação – Cm = 1,00 Na maioria dos casos, a verificação e o dimensionamento das peças sujeitas à flexo-compressão, podem ser efetuados utilizando-se de Cm = 1,00, pois tratase de um valor conservador (a favor da segurança). Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 09.03 – Exercícios: a) Uma coluna com 10,00 m. de altura, com três apoios articulados nas direções dos dois eixos principais, está sujeita na extremidade superior a uma carga axial de compressão N = 1.000 kN e a meia altura a um momento fletor M = 300 kN.m. Nessas condições, verificar se um perfil CVS 450 x 116 suporta a aplicação das cargas referidas, utilizando-se do aço ASTM A-36. A = 148,3 cm2 rt = 7,97 cm Fy = 25 kN/cm2 500 cm bf = 300 y d = 450 ry = 6.97 cm 500 cm rx = 18,88 cm 300 kN.m Wx = 2.348 cm3 tf = 16 Dados geométricos do perfil: tw=12.5 x Resolução: 1 – Verificação da compressão Flambagem global – KL = 5,00 m = 500 cm → KLx = KLy = 500 cm Sendo os valores iguais nos dois sentidos, verificamos a pior hipótese: λy = 500 = 71,74 < Cc(128) < 200 6,97 FS = 1,667 + 0,375 × 71,74 0,125 × 71,743 − = 1,86 128 1283 ⎡ ⎛ 71,742 ⎞⎤ 25 ⎟ × Fa = ⎢1 − ⎜⎜ = 11,32 kN / cm2 < 0,6 × 25 = 15 kN / cm2 2 ⎟⎥ ⎣⎢ ⎝ 2 × 128 ⎠⎦⎥ 1,86 Flambagem local h = 450 – 2 x 1,6 = 418 mm b = 0,5 x 300 = 150 mm Alma ⇒ h 418 = = 33,44 < 43 ⇒ Qa = 1,00 tw 12,5 h = 33,44 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Mesa ⇒ fa = b 150 80 = = 9,38 ≤ = 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 16 Fy Kc 1.000 = 6,74 kN / cm2 < Fa = 11,32 × 1,00 × 1,00 = 11,32 kN / cm2 148,30 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2 – Verificação da flexão Flambagem local: As condições de flambagem local já foram verificadas na analise da compressão em condições mais desfavoraveis. Flambagem global: → Lb = 500 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 30 = 378 cm < 500 cm → sem apoio = Fy 25 14.060 14.060 = = 600 cm > 500 cm → com apoio d 45 × Fy × 25 (30 × 1,6) Af Para a condição mais desfavorável, teremos sem apoio lateral completo Tipo de seção: h 418 b 150 = = 33,44 ≤ 108 ⇔ = = 9,38 tw 12,5 tf 16 54 = 10,8 → seção não − compacta Fy Tensão Admissível Elementos de seção compacta e sem apoio lateral: 150 kN.m Lb 500 = = 62,74 rt 7,97 2 M1 0 = = 0 ⇒ Cb = 1,75 M2 150 71.710 × 1,75 = 70,85 25 358.580 × 1,75 = 158,43 25 > Lb = 62,74 rt 150 kN.m ⎛ M1 ⎞ ⎛ M1 ⎞ Cb = 1,75 + 1,05 × ⎜ ⎟ + 0,3 × ⎜ ⎟ ≤ 2,30 ⎝ M2 ⎠ ⎝ M2 ⎠ Fb' x = 0,60 × 25 = 15 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 Fb" x = 8.430 × 1,75 8.430 × 1,75 = = 31,50 kN / cm2 > 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 ⎛d⎞ ⎛ 45 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 500 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 30 × 1,6 ⎠ Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Adotamos o maior valor → Fbx = 15 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 33,44 < = 162 ⇒ Qe = 1,00 tw 15 Tensão atuante fbx = Mx 15.000 = = 6,39 kN / cm2 < Fbx W x 2.348 3 – Verificação da flexão composta fa 6,74 = = 0,595 > 0,15 → alto nível de compressão Fa 11,32 F' ex → 105.563 KLx 500 = = 26,48 → F' ex = = 150,50 kN / cm2 2 rx 18,88 26,48 Fator de redução Cmx: Membros comprimidos em estruturas indeslocáveis e não sujeitas a cargas transversais entre os apoios no plano de flexão. Cmx = 0,60 − 0,40 × M1 0 = 0,60 − 0,40 × = 0,60 M2 150 fbx fby ⎧ fa ⎪ 0,6 × Fy + Fbx + Fby ≤ 1,00 ⎪⎪ fa > 0,15 ⇔ ⎨ fa Cmx × fbx Cmy × fby Fa ≤ 1,00 + ⎪ + f a ⎞ f a ⎞ F a ⎛ ⎛ ⎪ ⎟ × Fby ⎜1 − ⎟ × Fbx ⎜1 − ⎪⎩ ⎝ F' ex ⎠ ⎝ F' ey ⎠ fa fbx fby 6,74 6,39 0 + + ≤ 1,00 → + + = 0,875 < 1,00 0,6 × Fy Fbx Fby 0,6 × 25 15 0 fa Cmx × fbx Cmy × fby 6,74 0,60 × 6,39 + → + + + 0 = 0,86 < 1,00 fa ⎞ 6,74 ⎞ fa ⎞ Fa ⎛ 11,32 ⎛ ⎛ ⎟ × Fby ⎟ × Fbx ⎜1 − ⎜1 − ⎜1 − ⎟ × 15 ⎝ F' ex ⎠ ⎝ 150,5 ⎠ ⎝ F' ey ⎠ Portanto o perfil CVS 450 x 116 absorve as cargas aplicadas. b) Uma coluna com 8,00 m. de altura, com apoios articulados em torno do eixo y e engastado na base e livre no topo em torno do eixo x, está sujeita na extremidade superior a uma carga axial de compressão N = 37,50 kN e a uma carga uniformemente distribuída g = 5 kN/m na direção do eixo y. Nessas condições, verificar se um perfil I 460 x 82 – Padrão Açominas – suporta a aplicação das cargas referidas, utilizando-se do aço ASTM A-572. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I A = 104,7 cm2 bf = 191 Wx = 1.615,5 cm3 d = 460 Fy = 34,5 kN/cm2 Ly=800 cm ry = 4,22 cm y Lx=800 cm rx = 18,62 cm tf = 16 Dados geométricos do perfil: tw=9.9 x Resolução: 1 – Cálculo estático g × Lx 2 5 × 82 Mx = = = 160 kN.m 2 2 2 – Verificação da compressão Flambagem global – KLx = 2 x 800 cm = 1.600 cm → KLy = 800 cm λx = 1.600 = 84,75 < Cc(108) < 200 18,88 λy = 800 = 189,57 > Cc(108) < 200 4,22 Fa = 105.563 = 2,94 kN / cm2 < 0,6 × 34,5 = 20,7 kN / cm2 2 189,57 fa = 37,50 = 0,36 kN / cm2 < Fa 104,7 Flambagem local h = 460 – 2 x 1,6 = 428 mm b = 0,5 x 191 = 95,5 mm Alma ⇒ ⎤ 37 h 428 210 × 0,99 ⎡ = = 43,23 > 37 ⇒ hef = × ⎢1 − ⎥ = 60,73 > 42,8 tw 9,9 × 43 , 23 2 , 94 2,94 ⎦ ⎣ Aef = Ag ⇒ Qa = 1,00 h = 43,23 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Mesa ⇒ fa = 0,36 kN / cm2 < Fa = 2,94 kN / cm2 b 95,5 = = 5,97 < 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 16 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3 – Verificação da flexão Flambagem local: As condições de flambagem local já foram verificadas na analise da compressão em condições mais desfavoráveis. Flambagem global: → Lb = 500 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 19,10 = 205 cm < 800 cm → sem apoio = Fy 34,5 14.060 14.060 = = 271cm < 800 cm → sem apoio d 46 × Fy × 34,5 (19,1× 1,6) Af Para a condição mais desfavorável, teremos sem apoio lateral completo Tipo de seção: pode ser dispensada a verificação uma vez que não existe apoio lateral completo. Tensão Admissível Elementos sem apoio lateral: rt = 1.862 = 4,97 cm 42,8 × 0,99 ⎞ ⎛ 2 × ⎜19,1× 1,6 + ⎟ 6 ⎝ ⎠ Lb 800 = = 160,97 rt 4,97 2 ⎛ M1 ⎞ ⎛ M1 ⎞ Cb = 1,75 + 1,05 × ⎜ ⎟ + 0,3 × ⎜ ⎟ ≤ 2,30 ⎝ M2 ⎠ ⎝ M2 ⎠ M1 0 = = 0 ⇒ Cb = 1,75 M2 160 71.710 × 1,75 = 60,31 34,5 358.580 × 1,75 = 134,87 34,5 Fb' x = Fb" x = < Lb = 160,97 rt 119.520 × 1,75 = 8,08 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 2 160,97 8.430 8.430 = = 12,25 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 ⎛ 46 ⎞ ⎛d⎞ Lb × ⎜ ⎟ 800 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 19,1× 1,6 ⎠ Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Adotamos o maior valor → Fbx = 12,25 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 43,23 < = 180,60 ⇒ Qe = 1,00 tw 12,25 Tensão atuante fbx = Mx 16.000 = = 9,90 kN / cm2 < Fbx W x 1.615,5 4 – Verificação da flexão composta fa 0,36 = = 0,12 < 0,15 → baixo nível de compressão Fa 2,94 0,36 9,90 fa fbx fby + + ≤ 1,00 → + + 0 = 0,93 < 1,00 Fa Fbx Fby 2,94 12,25 Portanto o perfil I 460 x 82 absorve as cargas aplicadas. tf = 31.5 c) Uma coluna com 9,00 m. de altura, com apoios articulados em torno dos eixos principais (x e y), está sujeita na extremidade superior a uma carga axial de compressão N = 2.550 kN e a duas cargas uniformemente distribuídas g = 4,5 kN/m na direção do eixos x e y. Nessas condições, verificar se um perfil CS 400 x 245 suporta a aplicação das cargas referidas, utilizando-se do aço ASTM A-36. Dados geométricos do perfil: bf = 400 A = 316 cm2 2 y 2 Wy = 1.681 cm3 g rx = 17 cm g d = 400 Wx = 4.591 cm3 Lx=Ly=900 cm Af = 126 cm e Aw = 64,03 cm tw=19 x ry = 10,30 cm rt = 11,10 cm Fy = 25 kN/cm2 Resolução: 1 – Cálculo estático g × Lx 2 4,5 × 92 Mx = My = = = 45,56 kN.m 8 8 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2 – Verificação da compressão Flambagem global – KLx = KLy = 900 cm λx = 900 = 52,94 < Cc(128) < 200 17 λy = 900 = 87,38 < Cc(128) < 200 10,30 0,375 × 87,38 0,125 × 87,383 − = 1,883 FS = 1,667 + 128 1283 ⎡ ⎛ 87,382 ⎞⎤ 25 ⎟ × = 10,18 kN / cm2 < 0,6 × 25 = 15 kN / cm2 Fa = ⎢1 − ⎜⎜ 2 ⎟⎥ ⎣⎢ ⎝ 2 × 128 ⎠⎦⎥ 1,883 2.550 = 8,07 kN / cm2 316 Flambagem local fa = h = 400 – 2 x 31,5 = 337 mm b = 0,5 x 400 = 200 mm Alma ⇒ h 337 = = 17,74 < 43 ⇒ Qa = 1,00 tw 19 h = 17,74 < 70 ⇒ Kc = 1,00 tw Mesa ⇒ b 200 = = 6,35 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 31,5 fa = 8,07 kN / cm2 < Fa = 10,18 × 1,00 × 1,00 = 10,18 kN / cm2 3 – Verificação da flexão em torno do eixo x Flambagem local: As condições de flambagem local já foram verificadas na analise da compressão em condições mais desfavoráveis. Flambagem global: → Lb = 900 cm. – verificar apoio lateral Lb1 ≤ Lb2 ≤ 63 × bf 63 × 40 = = 504 cm < 900 cm → sem apoio Fy 25 14.060 14.060 = = 1.772 cm > 900 cm → com apoio d 40 × Fy × 25 (126) Af Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Para a condição mais desfavorável, teremos sem apoio lateral completo Tipo de seção: dispensável a verificação, uma vez que a peça não tem apoio lateral completo Tensão Admissível Elementos de seção compacta e sem apoio lateral: Lb 900 = = 81,08 rt 11,10 Cb = 1,00 – peça bi-apoiada 71.710 × 1,00 = 54 25 358.580 × 1,00 = 120 25 54 < Lb = 81,08 < 120 rt ⎡ ⎛ 25 × 81,082 ⎞⎤ ⎟⎥ × 25 = 12,93 kN / cm2 < 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 Fb' x = ⎢0,67 − ⎜⎜ ⎟ ⎢⎣ ⎝ 1.075.670 × 1,00 ⎠⎥⎦ Fb" x = 8.430 8.430 = = 29,51kN / cm2 > 0,60 × Fy = 15 kN / cm2 ⎛d⎞ ⎛ 40 ⎞ Lb × ⎜ ⎟ 900 × ⎜ ⎟ ⎝ Af ⎠ ⎝ 126 ⎠ Adotamos o maior valor → Fbx = 15 kN / cm2 Verificação da esbeltez: h 632 = 17,74 < = 162 ⇒ Qe = 1,00 tw 15 Tensão atuante fbx = Mx 4.556 = = 0,92 kN / cm2 < Fbx W x 4.591 4 – Verificação da flexão em torno do eixo y perfil simétrico b 80 54 = 6,35 < = 16 → = 10,80 > 6,35 tf 25 25 Fby = 0,75 × Fy = 0,75 × 25 = 18,75 kN / cm2 fby = 4.556 = 2,71kN / cm2 < Fby 1.681 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 5 – Verificação da flexão composta fa 8,07 = = 0,79 > 0,15 → alto nível de compressão Fa 10,18 F' ex → λx = 900 105.563 = 52,94 → F' ex = = 30,67 kN / cm2 2 17 52,94 F' ey → λy = 900 105.563 = 87,38 → F' ey = = 13,83 kN / cm2 2 10,30 87,38 Fator de redução Cmx = Cmy = 1,00 – membros comprimidos em estruturas indeslocáveis contidas à translação dos nós no plano do carregamento e sujeitas a carregamentos transversais entre os apoios, com extremidades com rotação. fbx fby ⎧ fa ⎪ 0,6 × Fy + Fbx + Fby ≤ 1,00 ⎪⎪ fa > 0,15 ⇔ ⎨ fa Cmx × fbx Cmy × fby Fa + ≤ 1,00 ⎪ + ⎪Fa ⎛⎜1 − fa ⎞⎟ × Fbx ⎛⎜1 − fa ⎞⎟ × Fby ⎪⎩ ⎝ F' ex ⎠ ⎝ F' ey ⎠ 8,07 0,92 2,71 fa fbx fby + + ≤ 1,00 → + + = 0,74 < 1,00 0,6 × 25 15 18,75 0,6 × Fy Fbx Fby fa Cmx × fbx Cmy × fby 8,07 1,00 × 0,92 1,00 × 2,71 + + + → + fa ⎞ 8,07 ⎞ 8,07 ⎞ fa ⎞ Fa ⎛ 10,18 ⎛ ⎛ ⎛ ⎟ × 18,75 ⎟ × Fbx ⎜1 − ⎟ × 15 ⎜1 − ⎜1 − ⎟ × Fby ⎜1 − ⎝ F' ex ⎠ ⎝ 13,83 ⎠ ⎝ 37,67 ⎠ ⎝ F' ey ⎠ fa Cmx × fbx Cmy × fby + + = 1,22 > 1,00 fa ⎞ fa ⎞ Fa ⎛ ⎛ ⎜1 − ⎟ × Fbx ⎜1 − ⎟ × Fby ⎝ F' ex ⎠ ⎝ F' ey ⎠ Portanto o perfil CS 400 x 248 não absorve as cargas aplicadas. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 9-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 10 – Bases de Pilares As estruturas metálicas, na maioria quase absoluta das vezes, apóia-se sobre estruturas de concreto armado, sejam essas estruturas compostas por pilares ou blocos de fundações. Em qualquer um dos casos, deverá existir no contato entre os dois tipos de estrutura – metálica e concreto –, bases metálicas a fim de se poder efetuar essa transição entre os sistemas estruturais. A finalidade básica dessas bases metálicas será a de distribuir a carga oriunda dos pilares metálicos sobre uma base de concreto, assim como determinar a fixação da estrutura metálica em sua extremidade inicial. No caso de bases de pilares, existem dois tipos básicos de bases: as rotuladas e as engastadas. As bases rotuladas, conforme a próprio nome a define, são aquelas que têm comportamento estrutural à semelhança de uma rótula, ou seja, são capazes de transmitir esforços verticais e horizontais sem, no entanto, transmitirem momentos fletores. Tendo em vista que a maioria dos pilares metálicos são solicitados a esforços de flexão e compressão e, muito embora esse tipo de base metálica seja bastante econômico, sua utilização restringe-se a pilares de fechamento lateral de edifícios metálicos que não recebam as estruturas principais, ou ainda em casos em que exista terreno de baixa capacidade geotécnica e, assim sendo, momentos fletores não podem ser absorvidos pelas fundações, exigindo bases rotuladas, havendo, nesses casos, a necessidade de se promover adequadas condições estruturais nos componentes acima das bases dos pilares. DETALHE DA BASE DE PILARES EM PLANTA EM CORTE A B H t d N FACE SUP. BLOCO Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO Lb d CHUMBADORES 10-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I As bases engastadas, ao contrário das rotuladas, transmitem, além dos esforços verticais e horizontais, também momentos fletores, possibilitando o engastamento dos pilares junto às bases. Essas bases são bastante variadas em função da amplitude dos esforços que devam absorver, podendo-se dispor de vários chumbadores, assim como de nervuras de enrijecimento, quando se tratar de chapas de espessura elevada. DETALHE DA BASE DE PILARES EM PLANTA EM CORTE M A N d B FACE SUP. BLOCO t d H Lb CHUMBADORES Conforme se verifica nos desenhos esquematizados acima, os elementos componentes principais das bases de pilares metálicos são: chapa de base e chumbadores. 10.1 – Chapas de Base: Para o cálculo das chapas de base, toma-se como resistência admissível do concreto, o valor máximo de 0,35 fck (resistência do concreto à compressão), a partir do qual se verifica as dimensões da chapa. Para as bases de pilares sujeitos somente a esforço de compressão, essas chapas são dimensionadas a partir da tensão gerada pela aplicação desse esforço de compressão, supondo que a chapa possuindo dimensões maiores do que os pilares, conforme mostrado nos desenhos acima, absorva as tensões à maneira de uma aba em balanço com a largura de 1 cm. Na prática, tomam-se para a e b, valores maiores ou iguais a 75 mm. A N B H t b a b fc a a Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-2 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Assim teremos: fc = N ≤ 0,35 × fck A ×B Ma = fc × b2 fc × a2 e Mb = 2 2 Tomando-se o maior valor entre Ma e Mb: (por exemplo Ma) a2 fc × 2 M 2 = 3 × fc × a → Fb = 0,75 × Fy Fb = = W t2 t2 6 3 × fc × a2 fc t≥ → t ≥ 2×a× Fb Fy Para as bases de pilares sujeitas a esforços de compressão e flexão, as tensões sobre a superfície do bloco de fundações apresentam-se de forma irregular. De um lado verifica-se uma maior tensão de compressão, enquanto que do lado oposto, verifica-se uma tendência a tensões de tração de maneira tal que a chapa de base tenda a desprender-se da base, sendo impedida desse desprender através da colocação de chumbadores. M A N B H t b a ft b fc a a Nesses tipos de bases, em geral a medida a é superior a b, sendo, na prática, recomendado que esse valor seja maior ou igual a 100 mm. As dimensões A e B da placa, são em geral, determinadas pelas dimensões dos pilares, sendo, no entanto, necessário verificar se as tensões de compressão não ultrapassam as tensões admissíveis do concreto: A≥ N N ⎛ ⎞ 6×M ≤ 0,35 × fck + ⎜ ⎟+ 2 × B × fc ⎝ 2 × B × fc ⎠ B × fc Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I O cálculo da espessura da placa efetua-se da mesma maneira anterior, adotando-se as condições de uma aba em balanço solicitada por um esforço correspondente à tensão calculada, sendo na prática, essa tensão considerada como sendo retangular e não mais triangular, conforme o diagrama observado, adotando-se o valor máximo obtido para fc. Esse método pode ser adotado uma vez que as dimensões em balanço da chapa são bastante diminutas. 10.2 – Chumbadores: Os chumbadores têm a finalidade de fixar as chapas e, por conseqüência, os pilares metálicos às fundações. Esses chumbadores são barras redondas em aço ASTM A36 ou SAE 1020. Para o primeiro caso de base analisada, ou seja, das bases rotuladas, os chumbadores serão dimensionados somente a esforço de cisalhamento quando houver esforço horizontal: H Anec = 0,4 × Fy Não havendo esforço horizontal, utilizar Øchumb>0,40 x tchapa>16mm. Para o segundo caso, das bases engastadas, conforme se viu, a tendência da chapa de base desprender-se do bloco de fundação em função da aplicação de esforços de flexão, é impedida por chumbadores que serão, dessa maneira, solicitados por esforços de tração (T). N M N 6×M ⎫ fc = + = + c A × B W A × B B × A 2 ⎪⎪ fc × A c= ⎬ M (fc + ft ) c/3 N M N 6×M ⎪ ft = − = − A × B W A × B B × A 2 ⎪⎭ N ft y=A− T e x fc y T= c A C −e→ x = − 3 2 3 M − N× x T → Anec = y n × 0,33 × Fu n = número de parafusos na linha Havendo esforços horizontais geradores de cisalhamento associado aos esforços de tração oriundos de flexão, a tensão limite no chumbador deverá ser determinada por: T H ft = → fv = Achumb Achumb f = ft 2 + 3fh2 ≤ 0,33 × Fu Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Não havendo atuação de cargas horizontais, cargas de tração ou de momentos fletores, o diâmetro dos chumbadores deve ter, como recomendação prática, o mínimo de 16 mm., enquanto que as chapas das bases, dentro da mesma hipótese prática, devem ter espessura maior ou igual a 12.5 mm. TABELA DE CHAPAS GROSSAS ESPESSURA (mm) PESO ((kg/m2) ESPESSURA (mm) PESO (kg/m2) 12,5 100 38 295 16 126 45 355 20 150 50 395 22 176 57 448 25 200 63 495 TABELA PARA CHUMBADORES AÇO Φ (mm) SAE 1020 ASTM A36 Área (cm2) V (Kn) T (Kn) V (Kn) T (Kn) 12,5 1,25 10,30 15,40 12,30 19,60 16 2,00 16,90 25,20 20,10 32,10 20 3,15 26,40 39,40 31,40 50,20 22 3,80 31,90 47,60 38,00 60,80 25 4,95 41,20 61,50 49,10 78,50 32 8,05 67,50 100,80 80,40 128,60 38 11,35 95,20 142,10 113,30 181,30 44 15,20 127,60 190,60 152,00 243,10 50 19,65 164,90 246,10 196,20 314,00 57 25,50 214,20 319,80 255,00 408,00 64 32,15 270,00 403,20 321,50 514,40 SAE 1020: Fy = 21 kN/cm2; Fu = 38 kN/cm2 ASTM A36: Fy = 25 kN/cm2; Fu = 40 kN/cm2 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Os espaçamentos máximos e mínimos recomendados entre chumbadores, deverão estar em acordo com o seguinte esquema geral, onde d=diâmetro do chumbador: a 3d 3d a ⎧⎪15 × t → peças comprimidas espaçamento máximo⎨ ⎪⎩25 × t → peças tracionadas a 3d a ⎧ ⎧d + 6mm → d ≤ 19mm ⎪ ⎪ ⎪ ⎪d + 7mm → 19 < d ≤ 26mm ⎪bordas la min adas⎨ valores de a ⎨ ⎪d + 6mm → 26 < d < 33mm ⎪ ⎪ ⎩1,25 × d → d ≥ 33mm ⎪ ⎪ ⎩bordas cortadas{1,75 × d 10.3 – Exemplos Práticos: 01) Dado o pilar formado por um perfil CS 300x149, sujeito a uma carga de compressão axial de 2.170 kN, sabendo que o concreto utilizado na base será C-25, determinar a espessura da chapa de base e o diâmetro dos chumbadores, utilizando para ambos o aço ASTM A36. b B b A a a Resolução: Dimensões mínimas da chapa: fc = N N 2.170 ≤ 0,35 × fck → A × B = = = 2.480 cm2 A ×B 0,35 × fck 0,35 × 2,5 A = B = 2.480 ≅ 50 cm = 500 mm → a = b = 500 − 300 = 100 > 75mm para fc = 2.170 0,875 × 102 = 0,868 kN / cm2 → Ma = Mb = = 43,75 kN.cm 50 × 50 2 Fb = 0,75 × Fy = 0,75 × 25 = 18,75 kN / cm2 t ≥ 2×a× fc 0,868 = 2 × 10 × = 4,30 mm. → adotado chapa e = 45mm. Fb 18,75 chumbador → H = 0 → φchumb > 0,40 × t = 0,40 × 45 = 18mm → 4φ20mm Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 02) Dado o pilar formado por um perfil VS 750x108, sujeito a uma carga de compressão axial de 450 kN, sabendo que o concreto utilizado na base será C25, determinar, determinar a espessura da chapa de base e o diâmetro dos chumbadores, utilizando para ambos o aço ASTM A36. b B b A a a Resolução: Dimensões mínimas da chapa: fc = N 450 N ≤ 0,35 × fck → A × B = = = 515 cm2 A ×B 0,35 × fck 0,35 × 2,5 A = 750 + 150 = 900mm e B = 470mm. → A × B = 90 × 47 = 4.230 cm2 >> 515 cm2 para fc = 450 0,11× 102 = 0,11kN / cm2 → Ma = Mb = = 3,00 kN.cm 90 × 47 2 Fb = 0,75 × Fy = 0,75 × 25 = 18,75 kN / cm2 t ≥ 2×a× 0,11 fc = 2 × 7,5 × = 1,15 mm. → adotado chapa e = 12,5mm. Fb 18,75 chumbador → H = 0 → φchumb > 0,40 × t = 0,40 × 12,5 = 5mm → 4φ16mm 03) Dado o pilar formado por um perfil CVS 450x116, sujeito a uma carga de compressão axial de 1.000 kN e momento fletor de 150 kN x m, sabendo que o concreto utilizado na base será C-30, determinar, determinar a espessura da chapa de base e o diâmetro dos chumbadores, utilizando para ambos o aço ASTM A36. 150 600 150 750 150 150 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Resolução: Dimensões mínimas da chapa: fc = N M 1.000 15.000 + ≤ 0,35 × fck → fc = + = 0,49 kN / cm2 2 2 A ×B B× A 75 × 60 60 × 75 fc ≤ 0,375 × fck = 0,375 × 3 = 1,05 kn / cm2 > 0,49 kn / cm2 0,49 × 75 c= = 69,34 cm N M 1.000 15.000 2 ( ) 0 , 49 0 , 04 + ft = − = − = −0,04 kN / cm A × B B × A 2 75 × 60 60 × 752 1.000 ⎛ 1.000 ⎞ ⎛ 6 × 15.000 ⎞ + ⎜ ⎟ = 45 cm < 75 cm ⎟+⎜ 2 × 60 × 1,05 ⎝ 2 × 60 × 1,05 ⎠ ⎝ 60 × 1,05 ⎠ 0,49 × 152 = 55,13 kN.cm → Fb = 0,75 × 25 = 18,75 kN / cm2 Ma = 2 A≥ t ≥ 2 × 15 × 0,49 = 4,85 cm. → adotado chapa e = 50 mm 18,75 φchumb > 0,40 × 50 = 20 mm → adotado 2φ20mm y = 75 − T= 69,34 75 69,34 − 7,5 = 44,39 cm → x = − = 14,39 cm 3 2 3 15.000 − 1.000 × 14,39 = 13,74 kN 44,39 Anec = 13,74 = 0,52 cm2 < 3,15 cm2 → φ20mm 2 × 0,33 × 40 04) Dado o pilar formado por um perfil W 460x82, sujeito a uma carga de compressão axial de 37,50 kN e momento fletor de 160 kN x m, sabendo que o concreto utilizado na base será C-25, determinar, determinar a espessura da chapa de base e o diâmetro dos chumbadores, utilizando para a chapa o aço ASTM A36 e para os chumbadores o aço SAE 1020.. 100 390 100 660 100 100 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Resolução: Dimensões mínimas da chapa: fc = N M 37,50 16.000 + ≤ 0,35 × fck → fc = + = 0,58 kN / cm2 2 2 A ×B B× A 66 × 39 39 × 66 fc ≤ 0,375 × fck = 0,375 × 2,5 kn / cm2 > 0,58 kn / cm2 0,58 × 66 c= = 60,77 cm N M 37,50 16.000 2 ( ) 0 , 58 0 , 05 + ft = − = − = −0,05 kN / cm A × B B × A 2 66 × 39 39 × 662 34,50 34,50 ⎞ ⎛ 6 × 16.000 ⎞ ⎛ + ⎜ ⎟ = 53,50 cm < 66 cm ⎟+⎜ 2 × 39 × 0,88 ⎝ 2 × 39 × 0,88 ⎠ ⎝ 39 × 0,88 ⎠ 0,58 × 102 Ma = = 29,00 kN.cm → Fb = 0,75 × 25 = 18,75 kN / cm2 2 A≥ t ≥ 2 × 10 × 0,58 = 3,52 cm. → adotado chapa e = 38 mm 18,75 φchumb > 0,40 × 38 = 15,2 mm → adotado 2φ16mm y = 66 − T= 60,77 66 60,77 − 5 = 40,74 cm → x = − = 12,74 cm 3 2 3 16.000 − 37,50 × 12,74 = 381kN 40,74 Anec = 381 = 10,13 cm2 → adotado 3φ38mm 3 × 0,33 × 38 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 10-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 11 – Projeto de Mezanino 11.1. – Definição: Mezaninos metálicos são estruturas bastante comuns em obras residenciais, comerciais e industriais. Trata-se de estruturas de dimensões das mais variadas mas que, no entanto, tendem a ter essas dimensões menores do que a área onde estão inseridas. Essas estruturas de mezanino estão sempre inseridas nos interiores de áreas e costumam ocupar áreas intermediarias entre pisos, ocupando em torno de cinqüenta por cento da área total. No caso de obras residências, as cargas verticais atuantes são determinadas por normas pertinentes. Para os mezaninos comerciais, há sempre uma variação nas cargas acidentais atuantes, variando entre 0,20 até 1,00 kN/m2. Para os mezaninos industriais, as variações de cargas são muito mais amplas, pois existem casos, muito comuns, em que haja a necessidade de se colocar equipamentos cujo peso deve ser avaliado caso a caso, tanto do ponto de vista da atuação de cargas estáticas quanto dinâmicas, sendo, em geral, dimensionados para cargas acidentais que variam de 0,4 a 1,50 kN/m2, o que não quer dizer que não haja situações ainda mais diversas para todos os casos de utilização. As peças estruturais que compõem os mezaninos metálicos são basicamente vigas, pilares e contraventamentos horizontais e verticais, muito embora nesses sistemas estruturais não haja influência de esforços horizontais provenientes dos efeitos horizontais de vento, pois, na maioria das vezes, esses sistemas encontram-se internamente posicionados, deve se posicionar contraventamentos, uma vez que as estruturas metálicas são sempre bastante esbeltas. No presente caso, vamos dimensionar um mezanino metálico para utilização comercial, utilizando-se para o piso, placas do tipo wall, apropriadas para esses casos. Quanto ao dimensionamento dos contraventamentos, adotaremos perfis mínimos para esse fim. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-1 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 11.2. – Dimensionamento: Dimensionar o mezanino metálico abaixo, utilizando-se dos seguintes dados: a- carga acidental – 4,00 kN/m2; b – peso próprio da estrutura (estimado) – 0,40 kN/m2; c - peso da placa de piso tipo wall – 0,20 kN/m2; d – fôrro – 0,20 kN/m2; e – vigas secundárias – utilizar perfis U laminados (ASTM A-36); f – vigas principais – utilizar vigas padrão W Açominas (ASTM A-572); g – pilares – utilizar perfis CS (ASTM A-36); h – altura do mezanino: 3.400mm. PLANTA DO MEZANINO 1250 6 x 1250 = 7500 06 VM PM.6 PM.7 VM VM VM 04 PM.8 7500 5000 12500 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-2 7000 05 VM VM 3000 05 VM PM.5 02 4000 05 VM 05 05 VM VM 4000 05 03 VM VM VM 05 PM.4 7000 PM.3 06 06 VM 06 VM 06 06 VM 02 VM 06 VM 06 06 VM PM.2 VM 3000 06 01 VM VM 06 PM.1 4 x 1250 = 5000 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I Resolução: Inicialmente devemos definir a atuação das cargas por área de influencia, seguido pela determinação do esquema estático da estrutura. Assim sendo, as primeiras vigas a serem dimensionadas serão as denominadas vigas secundárias, ou V.M.05 e V.M.06, seguido pelas principais: V.M.01 a V.M.04. 1 – V.M.05 CP = 0,40 + 0,20 + 0,20 = 0,80 kN / m2 CA = 4,00 kN / m 2 CT = 4,80 kN / m2 q = 4,80 × 1,25 = 6,00 kN / m. q × l 2 6,00 × 4,002 Mx = = = 12 kN.m = 1.200 kN.cm 8 8 Vx = q × l 6,00 × 4,00 = = 12 kN 2 2 ASTM A − 36 → Fy = 25 kN / cm2 → fbx = Wx = Mx Mx × γp ⇒ Wx = Wx fbx 1.200 × 1,5 → γp = 1,50 (número estatístico) → W x = 120 cm3 0,6 × 25 perfil adotado → U 203 x17,10 (1a tentativa) Dados : W x = 133,40 cm3 / d = 203 mm h = 203 − 2 × 9,9 = 183,20 mm → Aw = 18,32 × 0,559 = 10,24 cm2 b = 57,4 mm → Af = 5,74 × 0,99 = 5,68 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 18,32 h = = 32,77 < 108 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,559 tw b 5,74 = = 5,80 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 0,99 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO Q = Qa × Qs = 1,00 11-3 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I b)flambagem global : Lb = 400 cm. Lb1 = Lb2 = 63 × bf Fy = 63 × 5,74 25 = 72,32 cm < Lb 14.060 14.060 = = 157,36 cm < Lb d 20,3 × Fy × 25 Af 5,68 sem contenção lateral c )tipo de seção → dispensável → sem apoio lateral d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : rt = 54,9 Lb 400 = 1,93 cm → = = 207,25 > 120 10,24 rt 1,93 2 × 5,68 + 6 Cb = 1,00 → Viga bi − apoiada Fb' x = Fb" x = 119.520 × 1,00 = 2,78 kN / cm2 2 207,25 8.430 × 1,00 = 5,90 kN / cm2 400 × 20,3 5,68 632 5,9 = 260 > 32,77 2 Fbx = 5,90 kN / cm Qe = 1,00 → Q = 1,00 Fbx = 5,90 × Q × Qe = 5,90 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 1.200 = = 9,00 kN / cm2 > Fbx → adotar outro perfil W x 133,4 perfil adotado → U 203 x24,20 (2a tentativa) Dados : W x = 164,00 cm3 / d = 203 mm h = 203 − 2 × 9,9 = 183,20 mm → Aw = 18,32 × 1,00 = 18,32 cm2 b = 61,80 mm → Af = 6,18 × 0,99 = 6,12 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 18,32 h = = 18,32 < 108 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 1,00 tw b 6,18 = = 6,24 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 0,99 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO Q = Qa × Qs = 1,00 11-4 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I b)flambagem global : Lb = 400 cm. Lb1 = Lb2 = 63 × bf 63 × 6,18 = = 77,87 cm < Lb Fy 25 14.060 14.060 = = 169,55 cm < Lb d 20,3 × Fy × 25 Af 6,12 sem contenção lateral c )tipo de seção → dispensável → sem apoio lateral d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : rt = 72,9 Lb 400 = 1,99 cm → = = 201 > 120 18,32 rt 1,99 2 × 6,12 + 6 Cb = 1,00 → Viga bi − apoiada 119.520 × 1,00 Fb' x = = 2,96 kN / cm2 2 201 Fb" x = 8.430 × 1,00 = 6,35 kN / cm2 400 × 20,3 6,12 632 6,35 = 251 > 18,32 2 Fbx = 6,35 kN / cm Qe = 100 → Q = 1,00 Fbx = 6,35 × Q × Qe = 6,35 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 1.200 = = 7,22 kN / cm2 > Fbx → adotar outro perfil Wx 166 perfil adotado → U 254 x22,70 (3a tentativa) Dados : W x = 221,00 cm3 / d = 254 mm h = 254 − 2 × 1,11 = 231,80 mm → Aw = 23,18 × 0,61 = 14,14 cm2 b = 66 mm → Af = 6,60 × 1,11 = 7,33 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 23,18 h = = 37,39 < 108 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,62 tw b 6,6 = = 5,95 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 1,11 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO Q = Qa × Qs = 1,00 11-5 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I b)flambagem global : Lb = 400 cm. Lb1 = Lb2 = 63 × bf Fy = 63 × 6,6 25 = 83,16 cm < Lb 14.060 14.060 = = 162,30 cm < Lb d 25,4 × Fy × 25 Af 7,33 sem contenção lateral c )tipo de seção → dispensável → sem apoio lateral d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : 95,10 Lb 400 = 2,22 cm → = = 180,19 > 120 14,14 rt 2,22 2 × 7,33 + 6 rt = Cb = 1,00 → Viga bi − apoiada Fb' x = Fb" x = 119.520 × 1,00 = 3,68 kN / cm2 2 180,19 8.430 × 1,00 = 6,08 kN / cm2 400 × 25,4 7,33 632 6,08 = 256 > 37,39 2 Fbx = 6,08 kN / cm Qe = 1,00 → Q = 1,00 Fbx = 6,08 × Q × Qe = 6,08 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 1.200 = = 5,43 kN / cm2 < Fbx Wx 221 f )Deformação : 6 4 5× × 400 l 400 100 f= = 0,35 cm < = = 1,14 cm 384 × 20.500 × 2.800 350 350 g)cisalhamento : h 316 = 37,39 < = 63,2 → Fv = 0,40 × 25 = 10 kN / cm2 tw 25 fv = Vx 12 = = 0,85 kN / cm2 < Fv Aw 14,14 h)perfil adotado : 7 , 2 2 x 4 5 2 U Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-6 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 2 – V.M.06 CP = 0,40 + 0,20 + 0,20 = 0,80 kN / m2 CA = 4,00 kN / m2 CT = 4,80 kN / m2 q = 4,80 × 1,25 = 6,00 kN / m. Mx = q × l 2 6,00 × 3,002 = = 6,75 kN.m = 675 kN.cm 8 8 Vx = q × l 6,00 × 3,00 = = 9 kN 2 2 ASTM A − 36 → Fy = 25 kN / cm2 → fbx = Wx = Mx Mx × γp ⇒ Wx = Wx fbx 675 × 1,5 → γp = 1,50 (número estatístico) → W x = 68 cm3 0,6 × 25 perfil adotado → U152x12,20 (1a tentativa) Dados : W x = 71,70 cm3 / d = 152 mm h = 152 − 2 × 8,7 = 108,50 mm → Aw = 10,85 × 0,508 = 5,51cm2 b = 48,8 mm → Af = 4,88 × 0,87 = 4,25 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 10,85 h = = 21,36 < 108 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,508 tw b 4,88 = = 5,61 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 0,87 Q = Qa × Qs = 1,00 b)flambagem global : Lb = 300 cm Lb1 = Lb2 = 63 × 4,88 25 = 61,49 cm < Lb 14.060 = 157,25 cm < Lb 15,2 × 25 4,25 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO sem contenção lateral 11-7 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I c )tipo de seção → dispensável → sem apoio lateral d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : rt = 28,80 5,51 2 × 4,25 + 6 = 1,67 cm → Lb 300 = = 179,64 > 120 rt 1,67 Cb = 1,00 → Viga bi − apoiada Fb' x = Fb" x = 119.520 × 1,00 = 3,70 kN / cm2 2 179,64 8.430 × 1,00 = 7,86 kN / cm2 300 × 15,2 4,25 632 7,86 = 225 > 21,36 2 Fbx = 7,86 kN / cm Qe = 1,00 → Q = 1,00 Fbx = 7,86 × Q × Qe = 7,86 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 675 = = 9,41kN / cm2 > Fbx → adotar outro perfil W x 71,7 perfil adotado → U152x19,40 (2a tentativa ) Dados : W x = 95,00 cm3 / d = 152 mm h = 152 − 2 × 8,7 = 108,50 mm → Aw = 10,85 × 1,11 = 12,04 cm2 b = 54,8 mm → Af = 5,48 × 0,87 = 4,77 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 10,85 h = = 12,47 < 108 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,87 tw b 5,48 = = 4,94 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 1,11 Q = Qa × Qs = 1,00 b)flambagem global : Lb = 300 cm Lb1 = Lb2 = 63 × 5,48 = 69,05 cm < Lb 25 14.060 = 176,49 cm < Lb 15,2 × 25 4,77 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO sem contenção lateral 11-8 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I c )tipo de seção → dispensável → sem apoio lateral d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : 43,90 Lb 300 = 1,80 cm → = = 166,67 > 120 12,04 rt 1,80 2 × 4,77 + 6 rt = Cb = 1,00 → Viga bi − apoiada Fb' x = Fb" x = 119.520 × 1,00 = 4,30 kN / cm2 2 166,67 8.430 × 1,00 = 8,82 kN / cm2 300 × 15,2 4,77 632 8,82 = 213 > 12,47 2 Fbx = 8,82 kN / cm Qe = 1,00 → Q = 1,00 Fbx = 8,82 × Q × Qe = 8,82 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 675 = = 7,10 kN / cm2 < Fbx W x 95 f )Deformação : 6 4 5× × 300 300 l 100 = 0,43 cm < = = 0,86 cm. f= 384 × 20.500 × 724 350 350 g)Cisalhamento : h 316 = 12,47 < = 63,2 → Fv = 0,40 × 25 = 10 kN / cm2 tw 25 fv = Vx 9 = = 0,75 kN / cm2 < Fv Aw 12,04 h)perfil adotado U152x19,4 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-9 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 3 – V.M.01/V.M.04 Adotaremos para essas vigas o mesmo dimensionamento, tomando-se a área de influencia da V.M.04. q = 4,80 × 2,00 = 9,60 kN / m. Mx = q × l 2 9,60 × 7,502 = = 67,50 kN.m = 6.750 kN.cm 8 8 Vx = q × l 9,60 × 7,50 = = 36 kN 2 2 ASTM A − 572 → Fy = 34,5 kN / cm2 → fbx = Wx = Mx Mx × γp ⇒ Wx = Wx fbx 6.750 × 1,0 → γp = 1,00 (número estatístico) → W x = 326 cm3 0,6 × 34,5 perfil adotado → W 310x 28,3 (1a tentativa ) Dados : W x = 356 cm3 / d = 309 mm h = 291mm → Aw = 29,10 × 0,6 = 17,46 cm2 bf = 102 mm → Af = 10,2 × 0,89 = 9,08 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 29,10 h = = 48,5 < 92 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,6 tw b 5,10 = = 5,73 < 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 0,89 Q = Qa × Qs = 1,00 b)flambagem global : Lb = 125 cm Lb1 = Lb2 = 63 × 10,2 34,5 = 109,40 cm < Lb 14.060 = 119,75 cm < Lb 30,9 × 34,5 9,08 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO sem contenção lateral 11-10 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I c )tipo de seção → dispensável → sem apoio lateral d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : rt = 158 17,46 2 × 9,08 + 6 = 2,57 cm → Lb 125 = = 48,64 → 46 < 48,64 < 102 rt 2,57 Cb = 1,00 → Viga bi − apoiada 34,5 × 48,642 × 34,5 = 20,50 kN / cm2 Fb' x = 0,67 − 1.075.670 × 1,00 Fb" x = 8.430 × 1,00 = 19,82 kN / cm2 125 × 30,9 9,08 Fbx = 20,50 kN / cm2 632 20,50 = 140 > 48,5 2 2 Fbx = 20,50 kN / cm < 0,60 × 34,50 = 20,70 kN / cm Qe = 1,00 → Q = 1,00 Fbx = 20,50 × Q × Qe = 20,50 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 6.750 = = 18,96 kN / cm2 < Fbx Wx 356 f )Deformação : 9,60 4 5× × 750 l 750 100 f= = 3,51cm > = = 2,14 cm. → adotar perfil maior 384 × 20.500 × 5.500 350 350 9,60 4 5× × 750 100 Ix, nec = = 9.016 cm4 384 × 20.500 × 2,14 W 310 x 44,5 perfis propostos W 360 x39 W 410 x38,80 → Ix = 12.77 cm4 → adotado (mais leve) Em vista de que as características geométricas do perfil são maiores do que o perfil W 310x28,3, adotado na 1a. tentativa, não é necessário efetuar-se as demais verificações. Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-11 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 4 – V.M.03 q = 4,80 × 3,50 = 16,80 kN / m. Mx = q × l 2 16,80 × 7,502 = = 118,13 kN.m = 11.813 kN.cm 8 8 Vx = q × l 16,80 × 7,50 = = 63 kN 2 2 ASTM A − 572 → Fy = 34,5 kN / cm2 → fbx = Wx = Mx Mx × γp ⇒ Wx = Wx fbx 11.813 × 1,0 → γp = 1,00 (número estatístico) → W x = 570 cm3 0,6 × 34,5 16,80 4 5× × 750 100 = 15.780 cm4 para fa = 2,14 cm → Ix, nec = 384 × 20.500 × 2,14 W 360 x57,8 perfis possíveis → W 410x53 → adotado (mais leve) Dados : W x = 929,7 cm3 / d = 403 mm h = 381mm → Aw = 38,10 × 0,75 = 28,58 cm2 bf = 177 mm → Af = 17,7 × 1,09 = 19,29 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 38,10 h = = 50,8 < 92 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,75 tw b 8,85 = = 8,12 < 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 1,09 Q = Qa × Qs = 1,00 b)flambagem global : Lb = 125 cm Lb1 = Lb2 = 63 × 17,7 = 189,85 cm > Lb 34,5 14.060 = 195,07 cm > Lb 40,3 × 34,5 19,29 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO com contenção lateral 11-12 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I c )tipo de seção : h = 50,8 < 92 → compacta tw b = 8,12 < 9 → compacta tf d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : Fbx = 0,66 × 34,5 = 22,77 kN / cm2 632 22,77 = 132 > 50,8 2 Fbx = 22,77 kN / cm Qe = 1,00 → Q = 1,00 Fbx = 22,77 × Q × Qe = 22,77 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 11.813 = = 12,71kN / cm2 < Fbx W x 929,70 f )Deformação : já verificada g)Cisalhamento : h 316 = 50,8 < = 54 → Fv = 0,40 × 34,5 = 13,80 kN / cm2 tw 34,5 fv = Vx 63 = = 2,20 kN / cm2 < Fv Aw 28,58 h)perfil adotado : W 410 x53 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-13 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 5 – V.M.02 q = 4,80 × 1,50 = 7,20 kN / m. Mx = q × l 2 7,20 × 5,002 = = 22,50 kN.m = 2.250 kN.cm 8 8 Vx = q × l 7,20 × 5,00 = = 18 kN 2 2 ASTM A − 572 → Fy = 34,5 kN / cm2 → fbx = Wx = Mx Mx × γp ⇒ Wx = Wx fbx 2.250 × 1,0 → γp = 1,00 (número estatístico) → W x = 109 cm3 0,6 × 34,5 7,20 4 5× × 500 500 100 = 1,43 cm → Ix, nec = = 2.000 cm4 para fa = 350 384 × 20.500 × 1,43 W 200 x22,5 perfis possíveis → W 250 x17,9 → adotado (mais leve) Dados : W x = 182,6 cm3 / d = 251mm h = 240 mm → Aw = 24 × 0,48 = 11,52 cm2 bf = 101mm → Af = 10,1× 0,53 = 5,35 cm2 a)flambagem local (Qa ) : h 24 h = = 50 < 92 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,48 tw b 5,05 = = 9,53 < 14 ⇒ Qs = 1,00 tf 0,53 Q = Qa × Qs = 1,00 b)flambagem global : Lb = 125 cm Lb1 = Lb2 = 63 × 10,1 = 108,33 cm > Lb 34,5 14.060 = 87 cm > Lb 25,1 × 34,5 5,35 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO com contenção lateral 11-14 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I c )tipo de seção → dispensável → sem apoio lateral d)Tensão Admissível de flexão (Fbx ) : rt = 91 11,52 2 × 5,35 + 6 = 2,50 cm → Lb 125 = = 50 → 46 < 50 < 102 rt 2,50 Cb = 1,00 → Viga bi − apoiada 34,5 × 502 × 34,5 = 23,06 kN / cm2 Fb' x = 0,67 − 1.075.670 × 1,00 8.430 × 1,00 Fb" x = = 19,82 kN / cm2 125 × 30,9 9,08 Fbx = 23,06 kN / cm2 632 20,70 = 139 > 50 2 2 Fbx = 23,06 kN / cm > 0,60 × 34,50 = 20,70 kN / cm Qe = 1,00 → Q = 1,00 Fbx = 20,70 × Q × Qe = 20,70 kN / cm2 e)Tensão Atuante : fbx = Mx 2.250 = = 12,32 kN / cm2 < Fbx W x 182,6 f )Deformação : já verificada g)perfil adotado : W 250 x17,9 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-15 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I 5 – P.M.01 a P.M.08 Para o dimensionamento dos pilares adotaremos a pior situação, ou seja, a de maior carga, determinada também por área de influência. Carga do P.M.05: 7,50 + 5,00 4,00 + 3,00 2 A inf luência = × = 21,88 m 2 2 Nmáx = 21,88 × 4,80 = 105 kN ASTM A − 36 → Fy = 25 kN / cm2 → fa = A= Nmáx Nmáx × γp ⇒A= A fa 105 × 1,5 → γp = 1,50 (número estatístico) → A = 10,50 cm2 0,6 × 25 perfil adotado → CS150 x25 Dados : A = 32,40 cm2 / d = 150 mm h = 150 − 2 × 8 = 134 mm → tw = 6,3 mm bf = 150 → tf = 8,0 mm a)flambagem local (Qa ) : h 13,4 h = = 21,27 < 43 ⇒ Qa = 1,00 → < 70 → Kc = 1,00 tw 0,63 tw b 7,5 = = 9,38 < 16 ⇒ Qs = 1,00 tf 0,8 Q = Qa × Qs = 1,00 b)flambagem global : K × L = 1,00 × 340 = 340 cm λx = 340 = 52,96 6,42 λy = 340 = 91,15 → comanda 3,73 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-16 PUC-CAMPINAS – CEATEC – FAC. DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS METÁLICAS I c )Tensão Admissível : λ < Cc = 108 FS = 1,667 + 0,375 × 91,15 0,125 × 91,153 − = 1,91 108 1083 91,152 25 Fa = 1 − × = 8,43 kN / cm2 2 2 × 108 1,91 d)Tensão atuante : fa = 105 = 3,24 kN / cm2 < Fa 32,40 e)perfil adotado → CS150 x25 07 – Verificação do peso total: Ao encerrar-se o dimensionamento é preciso verificar o peso final da estrutura, a fim de que esse não ultrapasse de 10 a 15% do valor inicial adotado. no . de barras peso comprimento total (kg) U152x19,4 → 11 19,4 3,00 640 U254 x22,7 → 07 22,7 4,00 636 W 410 x38,8 → 02 38,8 7,50 582 W 410 x53,0 → 01 53,0 7,50 398 W 250 x17,9 → 02 17,9 5,00 179 CS150 x25 → 08 25,0 3,40 680 Total Geral : 3.115 Área do Mezanino : 67,50 m2 Peso Médio = 3.115 = 46 kg / m2 = 0,46 kN / m2 67,50 Re laçãopesos = 0,46 = 1,15 → não é necessário recalcular 0,40 Prof. AUGUSTO CANTUSIO NETO 11-17