nevos displásicos - Dra. Luciana Maluf
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nevos displásicos - Dra. Luciana Maluf
nevos DISPLÁSICOS (NEVOS ATÍPICOS) E O RISCO DE MELANOMA nevos DISPLÁSICOS (NEVOS ATÍPICOS) E O RISCO DE MELANOMA www.SkinCancer.org NEVOS E MELANOMA NEVOS NORMAIS são pequenas manchas marrons ou saliências na pele que aparecem nas primeiras décadas de vida em quase todas as pessoas. Podem ser achatadas ou elevadas, e são geralmente arredondadas e com formato regular. A maioria delas aparece por causa da exposição ao Sol. O MELANOMA, um dos tipos de câncer de pele mais mortais, manifesta-se na forma de manchas ou saliências assimétricas, com bordas irregulares, multicoloridas ou castanhas, que crescem com o passar do tempo. Também pode começar como um nevo plano e tornar-se elevado com o passar do tempo. Em casos mais raros, pode não ser pigmentado. NEVOS DISPLÁSICOS (nevos atípicos) são nevos benignos e não usuais, que podem assemelhar-se ao melanoma. Pessoas com grandes quantidades desse tipo de nevo espalhadas pelo corpo têm um risco maior de desenvolver um ou vários melanomas. Quanto maior o número de nevos, maior o risco; quem apresenta 10 ou mais nevos tem 12 vezes mais risco de desenvolver câncer de pele que a população em geral. Os nevos displásicos são encontrados mais frequentemente em pacientes com melanoma do que na população em geral. Artigos médicos sugerem que entre 2% e 8% da população caucasiana possua esse tipo de nevo. A hereditariedade aparentemente desempenha um papel importante na sua formação. Aqueles que possuem nevos displásicos e têm histórico familiar de melanoma (dois ou mais familiares de primeiro grau com a neoplasia) possuem grande chance de desenvolver o câncer cutâneo. Os indivíduos que têm nevos displásicos, mas sem antecedentes familiares de câncer de pele, têm de 7 a 27 vezes mais chances de desenvolver a neoplasia do que a população em geral. Isso certamente demanda autoexames mensais, visitas regulares ao dermatologista e proteção solar diária. A “CLÁSSICA” SÍNDROME DOS NEVOS ATÍPICOS Algumas pessoas possuem tanto nevos normais como nevos atípicos e são classificadas como pacientes de síndrome de nevos atípicos. Esse grupo tem elevado risco de contrair câncer de pele. Pessoas com a síndrome de nevos atípicos clássica apresentam as seguintes características: • 100 ou mais nevos. • Um ou mais nevos de 8 mm (1/3 de polegada) ou com maior diâmetro. • Um ou mais nevos atípicos. Os pacientes com a síndrome familiar do nevo displásico ou melanoma maligno familiar (FAMMM, em inglês) enfrentam um risco excepcionalmente alto de desenvolverem melanoma. Esses indivíduos não só têm a síndrome de nevos atípicos como ainda possuem parentes de primeiro ou segundo grau com melanoma. Enquanto nevos atípicos geralmente aparecem na infância, nas pessoas com FAMMM eles podem surgir em qualquer idade. NEVOS NORMAIS X NEVOS DISPLÁSICOS Este folheto irá ajudá-lo a reconhecer os nevos displásicos/ atípicos e a identificar precocemente os melanomas, na fase em que eles têm maior índice de cura. NEVOS NORMAIS Em média, um jovem adulto possui entre 10 e 20 pintas ou manchas elevadas. Normalmente, nevos típicos (nevos melanocíticos) têm as seguintes características: Nevo simétrico e normal. Ao desenhar uma linha dividindo o nevo, os lados serão iguais. FORMATO: simétrico, arredondado ou oval. BORDA: regular, bem delimitada e bem definida. COR: uniforme, geralmente castanha, marrom ou cor de pele. Nevo com simetria normal, pequeno, em tom de marrom e borda regular. DIÂMETRO: geralmente 6 mm (1/4 de polegada) ou menor. LOCAL: concentradas, em sua maioria, nas áreas expostas ao Sol, como face, tronco, braços e pernas. INÍCIO: infância, na maioria das vezes, mas podem aparecer até os 35-40 anos. NEVOS DISPLÁSICOS Geralmente largos, os nevos atípicos são um dos mais importantes fatores de risco de melanoma. Clinicamente, esses nevos são semelhantes aos melanomas. Suas principais características são: Nevo melanocítico atípico (Nevo de Clark) – assimétrico, borda irregular, variação de cor e diâmetro menor do que 6 mm. FORMATO: geralmente assimétrico; uma linha dividindo a lesão não criaria dois lados simétricos. BORDA: irregular ou mal delimitada – o nevo some gradualmente na pele. Nevo multicolorido comum, com aparência de coroa de flores. COR: variável e irregular, podendo ser castanha, marrom, marrom escuro, vermelha, azul ou preta. DIÂMETRO: geralmente maior do que 6 mm (1/4 de polegada), do tamanho de uma borracha, mas pode ser menor. LOCAL: normalmente no dorso, tórax anterior, abdômen e extremidades; pode normalmente ocorrer em áreas que não ficam expostas, como nádegas, virilhas, seios ou couro cabeludo. Nevo displásico na região lombar. Aproximação demonstra assimetria, variação de cor e irregularidade da borda. Nevo displásico na parte direita superior das costas. Aproximação mostra bordas mal definidas, assimetria e variação de cor. TAMANHO: Crescimento de um nevo que antes tinha tamanho normal ou surgimento de um nevo após os 35-40 anos devem levantar suspeitas. SUPERFÍCIE: Parte central é geralmente elevada, com a parte periférica plana ou com algumas elevações. APARÊNCIA: Bem variável; nevos displásicos sempre são diferentes uns dos outros. NÚMERO: Variável. Tanto pode haver poucos como pode haver mais de 100 nevos. Ter um elevado número de nevos, atípicos ou não, implica risco de desenvolver melanoma. Não espere sinais mais graves de melanoma aparecerem, como: • PRURIDO • DOR • ELEVAÇÕES • SANGRAMENTOS • CROSTAS • INCHAÇO •INFILTRAÇÕES • ULCERAÇÃO • COLORAÇÃO PRETA OU AZULADA Se qualquer um desses sinais aparecer na sua pele ou na de um familiar, não adie: consulte um dermatologista ou outro médico com experiência em problemas de pele. Qualquer novo nevo ou ponto pigmentado – ou qualquer mudança de tamanho, forma, cor ou sintomas em um nevo já existente – pode ser o primeiro sinal de câncer de pele. Nevo displásico – assimétrico, borda irregular, vários tons de marrom. Nevo displásico (acima da orelha) – assimétrico, borda mal definida, variação de cor, tamanho igual a 3/4 de polegada. QUANDO UM NEVO SE TORNA MELANOMA Pessoas com nevos displásicos e com histórico familiar de nevos displásicos e melanoma tendem a desenvolver câncer mais cedo do que os pacientes que não possuem os nevos. Indivíduos que têm nevos displásicos, mas não têm histórico familiar de melanoma, podem desenvolver melanoma relativamente cedo, embora não seja frequente. Felizmente, o melanoma é um dos cânceres mais fáceis de identificar e um dos mais fáceis de curar, se detectado e retirado precocemente. No entanto, caso a neoplasia se espalhe para outros órgãos (metástase), o prognóstico (previsão) é muito ruim. Cerca de 8.700 óbitos decorrentes do melanoma ocorrem todos os anos. Algumas vezes é difícil distinguir nevos displásicos de melanomas em estágios iniciais (ocasionalmente, os melanomas podem iniciar no interior de nevos displásicos). Para estabelecer a diferença, o médico remove o nevo ou parte dele e envia para ser examinado em laboratório. Muitos médicos recomendam o dermatoscópio para examinar um nevo, o que amplia a imagem e permite a visualização de estruturas internas e de cores invisíveis a olho nu. Melanoma em um nevo displásico – assimétrico, borda irregular, variação de cor e 1/3 de polegada. Melanoma decorrente de um nevo displásico solitário – preto, marrom e rosa, tamanho igual a 1/2 de polegada. Lembre-se: qualquer nevo (ponto pigmentado ou saliência) que sofra mudança significativa no tamanho, na forma ou na cor — ou outros sintomas como coceiras e sangramentos — pode ser um melanoma. COMO SE PROTEGER Qualquer pessoa que possua risco elevado de contrair melanoma deve permanecer alerta. Algum desses fatores de risco – olhos, cabelos ou pele clara; sardas; muitos nevos; histórico pessoal ou familiar de melanoma ou de não melanoma; sensibilidade ao Sol; incapacidade de se bronzear; queimaduras solares frequentes ou intermitentes; um grande nevo presente desde o nascimento ou um nevo displásico – se aplica a você? O melhor conselho é: “conheça a sua pele.” Cada membro de sua família deve estar a par de todos os nevos presentes na pele para minimizar o risco de o melanoma alcançar níveis ameaçadores à vida. Qualquer um, especialmente aqueles com maior risco de desenvolverem melanoma, deve: • Fazer mensalmente um exame completo da pele, usando uma boa fonte de luz (para iluminar as áreas examinadas), um espelho de corpo e um espelho de mão. Peça a um parente ou amigo para ajudar a examinar partes do corpo difíceis de enxergar. O secador de cabelo é útil para checar o couro cabeludo. Examine também a planta dos pés e as partes entre os dedos das mãos e dos pés. • Procure um médico imediatamente caso qualquer um dos sinais de risco de melanoma descritos anteriormente seja encontrado. • Faça um exame completo de corpo com um médico ao menos uma vez ao ano. Se nevos estão mudando, como pode ocorrer durante a adolescência, eles devem ser checados com mais frequência. Informe seu médico sobre qualquer nevo que tenha sinais suspeitos, sintomas ou mudanças. SUGESTÕES PARA PESSOAS COM NEVO DISPLÁSICO Se o seu médico suspeita de um nevo displásico, talvez um ou mais nevos passem por uma biópsia – procedimento em que uma pequena parte do nevo é retirada cirurgicamente para exame em microscópio. Não é necessário remover todos os nevos displásicos. Entretanto, se nevos mostrarem alterações significativas ou sinais de melanoma, ou novos nevos surgirem após os 40 anos, talvez o seu médico considere a possibilidade de removê-los. Quando o diagnóstico de nevo displásico é confirmado pelo microscópio, é aconselhável: • Escrever os antecedentes familiares completos sobre nevos atípicos, melanomas ou outros cânceres. Discuta isso com seu médico. • Fazer exames de pele regularmente, em um intervalo recomendado pelo seu médico, e aconselhar familiares a fazer o mesmo. • Adicionar aos check-ups do seu médico autoexames corporais mensais. • Reduzir a exposição ao Sol. Exposição excessiva pode estimular a formação de novos nevos ou até mesmo causar melanomas. • Perguntar ao seu médico sobre a possibilidade de mapeamento fotográfico corporal dos nevos, especialmente se membros da família têm nevos displásicos ou melanoma, ou se você possui muitos nevos. Alterações podem ser mais facilmente identificadas desta forma. • Ter qualquer alteração ou mudança atípica na pele prontamente examinada pelo seu médico. • Perguntar ao seu médico se um exame oftalmológico é recomendável. Nevos e melanomas podem surgir dentro dos olhos. • Estar sempre alerta, mas não se preocupar excessivamente. Com autoexames regulares, exames profissionais e bom senso, você reduzirá imensamente as chances de um melanoma crescer até um tamanho ameaçador antes de ser detectado e retirado. PREVENINDO O CÂNCER DE PELE Apesar de as neoplasias serem curáveis quando detectadas e tratadas precocemente, o melhor é prevenir, sempre. Seguem abaixo alguns hábitos saudáveis que devem fazer parte da rotina de cuidados com a saúde: Procure ficar na sombra, especialmente entre 10 da manhã e 4 da tarde. Não se queime. Evite bronzear-se ou utilizar câmaras de bronzeamento artificial. Para proteger-se do Sol, vista-se adequadamente e utilize chapéu de abas largas e óculos de Sol com filtros para radiação UV. Use um filtro solar de amplo espectro (UVA/UVB) todos os dias, com FPS 15 ou mais. Para atividades prolongadas ao ar livre, use um filtro solar resistente à água, de amplo espectro (UVA/UVB) com FPS 30 ou mais. Aplique 30 gramas (ou duas colheres) no corpo inteiro 30 minutos antes de sair ao ar livre. Reaplique a cada 2 horas ou depois de nadar ou suar em excesso. Mantenha os recém-nascidos longe do Sol. Filtros solares só podem ser utilizados por bebês maiores de 6 meses. Realize um autoexame da pele, da cabeça aos pés, a cada 6 meses. Consulte seu dermatologista todos os anos, para que ele faça um exame completo da pele. Revisores Médicos: Alfred W. Kopf, MD • Arthur J. Sober, MD • Steven Q. Wang, MD Imagens cortesia de: William A. Crutcher, MD • Ashfaq A. Marghoob, MD • Harold Rabinovitz, MD • MSKCC Dept. of Dermatology Tradução: Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD) Revisor Médico da Tradução: Luciana Maluf Azevedo, MD Uma publicação de The Skin Cancer Foundation Para mais informações ou folhetos adicionais, entre em contato com: The Skin Cancer Foundation 149 Madison Ave., Suite 901 • New York, NY 10016 www.SkinCancer.org ©1997, 2007. Revisado em 2010. Impresso nos EUA BR8b-09.11
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