IPR-2006-01-Difracao Raios X - e-Science
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IPR-2006-01-Difracao Raios X - e-Science
PUBLICAÇÕES AVULSAS I.P.R. Título CONTRIBUIÇÃO DA DIFRAÇÃO DE RAIOS-X PARA A ANÁLISE DE MATERIAIS NOVOS NO RESTAURO DO PATRIMÔNIO EDIFICADO Autores SANTOS, Adenilson O. – TOGNON, Marcos – CARDOSO, Lisandro P. Publicação Original Painel Iº Congresso de Extensão da UNICAMP Campinas, 5-7 de Dezembro de 2006 Contribuição da difração de raios-X para a análise de materiais novos no restauro do patrimônio edificado. Adenilson Oliveira dos Santosa, Marcos Tognonb e Lisandro Pavie Cardosoa [email protected] [email protected] [email protected] aIFGW e bIPR/INOVA UNICAMP, Campinas (SP), Brasil APRESENTAÇÃO Representação das estruturas cristalinas As técnicas de difração de raios-X são essenciais na caracterização estrutural de novos materiais pela habilidade dessa radiação em interagir com a rede cristalina dos materiais e fornecer informações únicas sobre a estrutura da matéria, não disponíveis por outros métodos de análise, como por exemplo, as fases cristalinas formadas nas amostras analisadas. Neste trabalho, por exemplo, apresentamos uma aplicação PROCEDIMENTOS DE ANÁLISE Amostra Original da difração de raios-X na análise estrutural das fases Calcita (Cal) Cimento Portland cristalográficas presentes em uma amostra de argamassa que é utilizada normalmente em revestimento de edifícios Experimental Simulado Diferença C históricos. As amostras foram obtidas do produto Peneiramento (c. 20 µm) monumento religioso no Estado de São Paulo, sem nenhum tratamento adicional. Portanto, não se trata ainda de um produto comercialmente disponível. As medidas de difração de raios-X foram realizadas em um difratômetro para amostras policristalinas Philips PW1710, Intensidade (u. a.) especialmente preparado para o revestimento de um Q M P G P C D C C C CC P Suporte de Amostra numa geometria Bragg-Brentano, utilizando radiação CuKα, monocromador de grafite para feixe de raios-X difratado, com passos de 0,02o e contagem de 5 20 segundos/ponto. A amostra em forma de pó passou por 30 40 50 60 2θ (graus) uma peneira (20 μm) e quando foi analisada, o difratograma obtido mostrou a presença de várias fases. A P-Portland (cimento); C-Calcita (cal); quantificação destas fases foi feita através do método de G-Gibbsita; Q-Quartzo (silica); refinamento Rietveld e mostrou: cal [Ca(CO3)], gibbsita D-Dolomita; M – MgO Análise com Difratômetro de Raios-X [Al(OH)3], cimento Portland [Ca (OH)2], sílica (SiO2) e óxido de Mg [MgO] como as fases de maior concentração. A identificação da fase cimento na argamassa analisada Refinamento Rietveld (Rwp = 8,9%) indica que a sua utilização no revestimento de edifícios é, pelo menos, limitada, devido à incompatibilidade química 3,2% 8,7% 14,9% 10,9% entre o hidróxido de Ca e inúmeras rochas ou peças cerâmicas com as argamassas de assentamento compostas por argila. 19,8% 42,5% Portland Calcita Gibbsita Quartzo Dolomita MgO Padrão de Difração (Difratograma) CONCLUSÕES O Método Rietveld permite realizar o refinamento de estruturas cristalinas e obter resultados como a Método de Rietveld identificação das fases cristalográficas (análise qualitativa) Análise Quantitativa presentes na amostra analisada e a composição dessas fases (análise quantitativa), além de outros parâmetros estruturais importantes como, por exemplo, a posição dos átomos, parâmetro da célula unitária, distância entre átomos, granulometeria da amostra. Apoio Nesse experimento obtivemos o fator Rwp = 8,9%, o que indica um ótimo índice de precisão da análise. Outras vantagens do uso da difração de raios-x para a caracterização dos materiais históricos são a pequena proporção da amostra necessária e o caráter não destrutivo da análise. Referências H.M. Rietveld (1969), Journal of Applied Crystallography 2, 65. B.H. Toby (2001), Journal of Applied Crystallography 34, 210. Monumento Religioso com revestimento de argamassa de cal e areia Fachada Principal, Convento São Francisco, OLINDA (PE)
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