sistemas de manipulação, fracionamento e reenvase
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SISTEMAS DE MANIPULAÇÃO, FRACIONAMENTO E REENVASE Esta obra é patrocinada pela Unidade Hospitalar da Eurofarma Laboratórios Ltda. Cód. 504706 S E U H O S P I TA L T R A B A L H A N D O C O M O U M A E N G R E N AG E M . ÍNDICE 1. SISTEMAS DE MANIPULAÇÃO, FRACIONAMENTO E REENVASE 3 2. OBJETIVOS DA CENTRAL DE FARMACOTÉCNICA 3 3. ESTRUTURA DE UMA FARMACOTÉCNICA 4 4. REGULAMENTAÇÃO 5 5. PRINCIPAIS REQUISITOS A SE CONSIDERAR NAS CENTRAIS DE MANIPULAÇÃO 6 6. REENVASE / EMBALAGEM DOS PRODUTOS MANIPULADOS 11 7. VALIDADE DAS FORMULAÇÕES PREPARADAS, MAGISTRAIS E REENVASADAS 12 8. RISCOS DE CONTAMINAÇÃO 13 9. ROTINAS DE TRABALHO 16 10. DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS 18 11. SETORES DE MANIPULAÇÃO 20 SISTEMAS DE MANIPULAÇÃO, FRACIONAMENTO E REENVASE 1. CENTRAL DE FARMACOTÉCNICA Tais como os medicamentos comercializados, os produzidos pelo serviço de farmácia devem possuir requerimentos especiais e devem ser isentos de incompatibilidades, contaminação bacteriana, pirogênios e partículas ou de outros contaminantes tóxicos; ser estáveis quimicamente e ser precisamente manipulados (ter concentração correta da substância prescrita), rotulados, estocados, distribuídos e administrados ao paciente correto, na hora certa. O processo de manipulação pode envolver procedimentos simples como uma diluição ou pode requerer cálculos complexos e muitas manipulações. É consenso, atualmente, de que a manipulação em locais inadequados ou por profissionais inexperientes está associada a riscos, tendo como seqüela uma septicemia e/ou flebite; ou a erros no preparo ou administração, incompatibilidade ou instabilidade pelo emprego de diluentes incorretos ou, ainda, armazenamento inadequado com perda da eficácia, aumento de toxicidade e cristalização; formação de aerossóis pelos antimicrobianos, induzindo irritação e hipersensibilidade, além de aumentar a resistência bacteriana no ambiente. O medicamento que já está pronto para uso não proporciona riscos ao operador ou ao ambiente e pode ser preparado para administração na cabeceira do paciente. 2. OBJETIVOS DA CENTRAL DE FARMACOTÉCNICA a) Proporcionar a qualquer momento, independentemente da disponibilidade comercial, medicamentos de qualidade comprovada, adaptados às necessidades específicas da população que atende. b) Desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégico e / ou econômico para a farmácia hospitalar. c) Fracionar / reenvasar os medicamentos elaborados pela indústria, com objetivo de racionalizar a administração e distribuição, além de diminuir os custos para a instituição. d) Preparar, diluir ou reenvasar germicidas para antisepsia, limpeza, desinfecção e esterilização. e) Garantir a qualidade dos produtos elaborados, manipulados, fracionados ou reenvasados. f) Manipular produtos estéreis, incluindo soluções de administração parenteral, citostáticos e misturas intravenosas, nas condições preconizadas pelas boas práticas de manipulação. g) Contribuir na formação e treinamento de pessoal auxiliar e outros farmacêuticos. 3 3. ESTRUTURA DE UMA FARMACOTÉCNICA PREPARAÇÕES NÃO-ESTÉREIS LABORATÓRIO DE ANÁLISE E CONTROLE DE QUALIDADE PRODUÇÃO SOLUÇÕES OFTÁLMICAS PREPARAÇÕES ESTÉREIS NUTRIÇÃO PARENTERAL QUIMIOTERÁPICOS MISTURAS ENDOVENOSAS FORMAS SÓLIDAS E SEMI-SÓLIDAS FRACIONAMENTO MATÉRIAS-PRIMAS ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS 4 GERMICIDAS (DILUIÇÃO / PRODUÇÃO) PAPÉIS (PÓS) CÁPSULAS SUPOSITÓRIOS POMADAS OUTROS FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS SOLUÇÕES SUSPENSÕES EMULSÕES OUTROS 4. REGULAMENTAÇÃO Afarmácia responde, para todos os efeitos legais, pela avaliação das prescrições quanto à concentração, compatibilidade fisico-química dos componentes, dose, via de administração, manipulação, apresentação, qualidade e acondicionamento, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. O farmacêutico é responsável pela manutenção da qualidade dos medicamentos preparados até sua entrega ao paciente, devendo, também, orientar e treinar os funcionários que realizam os transportes, quando for o caso. A avaliação farmacêutica da prescrição deve ser feita pelo farmacêutico antes da manipulação e, se houver necessidade de alteração, após discussão com o profissional prescritor, as mesmas devem ser anotadas em livro específico para este fim e no verso da receita. As principais regulamentações que devem ser de conhecimento do farmacêutico são as seguintes: a) Portaria ANVISA nº 272, de 08 de abril de 1998 – Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição Parenteral b) Resolução ANVISA RDC nº 33, de 19 de abril de 2000 – Regulamento Técnico sobre as Boas Práticas de Manipulação de medicamentos em farmácias e seus anexos c) Resolução ANVISA RDC nº 63, de 06 de julho de 2000 - Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição Enteral. d) Resolução ANVISA RDC nº 175, de 27 de julho de 2004 – Regulamento Técnico para Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde. e) Resolução ANVISA RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004 – Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Quimioterapia Antineoplásica. Os acidentes na manipulação estão sujeitos às sanções de Código de Defesa do Consumidor, artigos 12º e 14º, seção II. “Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. § 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação. Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se 5 3. ESTRUTURA DE UMA FARMACOTÉCNICA PREPARAÇÕES NÃO-ESTÉREIS LABORATÓRIO DE ANÁLISE E CONTROLE DE QUALIDADE PRODUÇÃO SOLUÇÕES OFTÁLMICAS PREPARAÇÕES ESTÉREIS NUTRIÇÃO PARENTERAL QUIMIOTERÁPICOS MISTURAS ENDOVENOSAS FORMAS SÓLIDAS E SEMI-SÓLIDAS FRACIONAMENTO MATÉRIAS-PRIMAS ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS 4 GERMICIDAS (DILUIÇÃO / PRODUÇÃO) PAPÉIS (PÓS) CÁPSULAS SUPOSITÓRIOS POMADAS OUTROS FORMAS FARMACÊUTICAS LÍQUIDAS SOLUÇÕES SUSPENSÕES EMULSÕES OUTROS 4. REGULAMENTAÇÃO Afarmácia responde, para todos os efeitos legais, pela avaliação das prescrições quanto à concentração, compatibilidade fisico-química dos componentes, dose, via de administração, manipulação, apresentação, qualidade e acondicionamento, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. O farmacêutico é responsável pela manutenção da qualidade dos medicamentos preparados até sua entrega ao paciente, devendo, também, orientar e treinar os funcionários que realizam os transportes, quando for o caso. A avaliação farmacêutica da prescrição deve ser feita pelo farmacêutico antes da manipulação e, se houver necessidade de alteração, após discussão com o profissional prescritor, as mesmas devem ser anotadas em livro específico para este fim e no verso da receita. As principais regulamentações que devem ser de conhecimento do farmacêutico são as seguintes: a) Portaria ANVISA nº 272, de 08 de abril de 1998 – Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição Parenteral b) Resolução ANVISA RDC nº 33, de 19 de abril de 2000 – Regulamento Técnico sobre as Boas Práticas de Manipulação de medicamentos em farmácias e seus anexos c) Resolução ANVISA RDC nº 63, de 06 de julho de 2000 - Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição Enteral. d) Resolução ANVISA RDC nº 175, de 27 de julho de 2004 – Regulamento Técnico para Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde. e) Resolução ANVISA RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004 – Regulamento Técnico de funcionamento dos Serviços de Quimioterapia Antineoplásica. Os acidentes na manipulação estão sujeitos às sanções de Código de Defesa do Consumidor, artigos 12º e 14º, seção II. “Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. § 1º - O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - sua apresentação; II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi colocado em circulação. Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se 5 em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. § 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.” O equipamento usado em todas as fases do serviço deve ser calibrado, ter manutenção prevista e ser monitorado de acordo com esquemas que garantem a segurança de sua função. Os procedimentos, os reagentes, o pessoal e os dispositivos de monitoramento devem estar disponíveis para conduzir as atividades acima. Os resultados devem ser documentados para incluir os testes realizados e as ações corretivas tomadas, caso estes estudos revelem variação dentro dos limites definidos. 5. PRINCIPAIS REQUISITOS A SE CONSIDERAR NAS CENTRAIS DE MANIPULAÇÃO 5.1 – FUNCIONALIDADE A análise prévia da implantação de central de farmacotécnica deve prever, através da demanda, da área física disponível e do fluxo de pessoas e materiais, qual a melhor disposição de equipamentos e materiais que garantam que as solicitações sejam atendidas da forma mais ágil e com o menor custo possível, sem comprometimento da qualidade final do produto ou do serviço oferecido. 5.2 – EQUIPAMENTOS A escolha do equipamento necessário depende do espaço físico disponível, das características da unidade hospitalar e das especialidades médicas (como por exemplo, oncologia/hematologia clínicas, unidades de tratamento intensivo, hospital pediátrico, emergência em hospital geral) que influenciam no tipo de manipulação necessária. As áreas controladas devem ter acesso limitado e estar dispostas suficientemente distantes do local de operações da farmácia, para minimizar a contaminação de fluxo de materiais e pessoas dentro e fora da área. Os processos de digitação, confecção de rótulos e registros devem ser feitos fora da área controlada. As cabines de fluxo laminar, destinadas ao preparo de produtos de risco III devem obrigatoriamente possuir ante-sala grau C. 5.2.1 – INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS Os equipamentos devem ser instalados de forma a permitir fácil operação / manutenção, devem ser também calibrados periodicamente com registro das calibrações no equipamento (etiqueta afixada) e em livro próprio para este fim. As manutenções preventivas, preditivas e corretivas devem ser anotadas em livro próprio. Devem estar instalados de forma que, periodicamente, possam ser fácil e totalmente limpos. Devem ser escolhidos, se possível, de modo a permitir esterilização, por vapor, aquecimento a seco ou outro método. A utilização de qualquer equipamento como auxiliar só é permitida se o mesmo estiver em funcionamento quando for feita a validação da sala controlada. 5.2.2 – CONTROLE DE QUALIDADE DOS EQUIPAMENTOS Para verificação da total eficiência e uniformidade de trabalho em um equipamento, deve estar sempre disponível um manual descrevendo os métodos seguros e eficazes para operação de cada peça do equipamento. 6 5.3 – EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DE PESSOAL O farmacêutico, profissional responsável por assegurar a aplicação do melhor procedimento técnico, deve supervisionar todas as atividades e garantir que o pessoal de apoio esteja adequadamente treinado para o desempenho das mesmas. Ambos devem participar de programas visando aumento/manutenção das competências na manipulação. Os programas incluem o treinamento no uso adequado dos equipamentos, como balanças e instrumentos de medição; as noções da importância na precisão das medições; as técnicas farmacêuticas necessárias para preparação das diversas formas; as propriedades das formas farmacêuticas e os fatores relativos à estabilidade; o armazenamento e procedimentos de manipulação; o manuseio de medicamentos nocivos na área de manipulação, incluindo os procedimentos para evitar exposição, procedimentos de emergência na exposição do manipulador e localização de equipamentos de segurança na área; o uso e interpretação dos símbolos e abreviações químicas nas prescrições e nos produtos; os cálculos farmacêuticos. Os funcionários manipuladores devem ser treinados para atender às cópias das prescrições médicas; organizar e controlar as atividades no setor; cumprir as diretrizes administrativas; manusear com cuidado os manuais de funcionamento do setor; manter a chefia informada sobre qualquer irregularidade ocorrida; dispensar os medicamentos destinados a cada paciente, quando prontos e etiquetados e manter o local de trabalho limpo e arrumado. Os funcionários manipuladores de produtos estéreis devem receber treinamento especial e avaliação teórica e prática, registradas e arquivadas nos programas. Os parâmetros que devem ser implantados nos programas de treinamento incluem técnica asséptica; fatores de contaminação da área crítica; monitoramento ambiental; espaço físico, equipamentos e suprimentos; terminologia e cálculos relativos aos compostos estéreis; documentação sobre os produtos; procedimentos de garantia da qualidade; procedimentos sobre as preparações assépticas; técnica para paramentação e calçamento das luvas; conduta geral na área controlada. Todo pessoal envolvido na manutenção da limpeza deve receber treinamento específico com conceitos básicos sobre assepsia e fatores de contaminação das áreas. A técnica asséptica empregada por cada funcionário manipulador deve ser observada e avaliada durante a orientação e o treinamento. O farmacêutico responsável deve possuir conhecimento suficiente sobre as áreas de controle e qualidade 7 em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido. § 4º - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.” O equipamento usado em todas as fases do serviço deve ser calibrado, ter manutenção prevista e ser monitorado de acordo com esquemas que garantem a segurança de sua função. Os procedimentos, os reagentes, o pessoal e os dispositivos de monitoramento devem estar disponíveis para conduzir as atividades acima. Os resultados devem ser documentados para incluir os testes realizados e as ações corretivas tomadas, caso estes estudos revelem variação dentro dos limites definidos. 5. PRINCIPAIS REQUISITOS A SE CONSIDERAR NAS CENTRAIS DE MANIPULAÇÃO 5.1 – FUNCIONALIDADE A análise prévia da implantação de central de farmacotécnica deve prever, através da demanda, da área física disponível e do fluxo de pessoas e materiais, qual a melhor disposição de equipamentos e materiais que garantam que as solicitações sejam atendidas da forma mais ágil e com o menor custo possível, sem comprometimento da qualidade final do produto ou do serviço oferecido. 5.2 – EQUIPAMENTOS A escolha do equipamento necessário depende do espaço físico disponível, das características da unidade hospitalar e das especialidades médicas (como por exemplo, oncologia/hematologia clínicas, unidades de tratamento intensivo, hospital pediátrico, emergência em hospital geral) que influenciam no tipo de manipulação necessária. As áreas controladas devem ter acesso limitado e estar dispostas suficientemente distantes do local de operações da farmácia, para minimizar a contaminação de fluxo de materiais e pessoas dentro e fora da área. Os processos de digitação, confecção de rótulos e registros devem ser feitos fora da área controlada. As cabines de fluxo laminar, destinadas ao preparo de produtos de risco III devem obrigatoriamente possuir ante-sala grau C. 5.2.1 – INSTALAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS Os equipamentos devem ser instalados de forma a permitir fácil operação / manutenção, devem ser também calibrados periodicamente com registro das calibrações no equipamento (etiqueta afixada) e em livro próprio para este fim. As manutenções preventivas, preditivas e corretivas devem ser anotadas em livro próprio. Devem estar instalados de forma que, periodicamente, possam ser fácil e totalmente limpos. Devem ser escolhidos, se possível, de modo a permitir esterilização, por vapor, aquecimento a seco ou outro método. A utilização de qualquer equipamento como auxiliar só é permitida se o mesmo estiver em funcionamento quando for feita a validação da sala controlada. 5.2.2 – CONTROLE DE QUALIDADE DOS EQUIPAMENTOS Para verificação da total eficiência e uniformidade de trabalho em um equipamento, deve estar sempre disponível um manual descrevendo os métodos seguros e eficazes para operação de cada peça do equipamento. 6 5.3 – EDUCAÇÃO, TREINAMENTO E AVALIAÇÃO DE PESSOAL O farmacêutico, profissional responsável por assegurar a aplicação do melhor procedimento técnico, deve supervisionar todas as atividades e garantir que o pessoal de apoio esteja adequadamente treinado para o desempenho das mesmas. Ambos devem participar de programas visando aumento/manutenção das competências na manipulação. Os programas incluem o treinamento no uso adequado dos equipamentos, como balanças e instrumentos de medição; as noções da importância na precisão das medições; as técnicas farmacêuticas necessárias para preparação das diversas formas; as propriedades das formas farmacêuticas e os fatores relativos à estabilidade; o armazenamento e procedimentos de manipulação; o manuseio de medicamentos nocivos na área de manipulação, incluindo os procedimentos para evitar exposição, procedimentos de emergência na exposição do manipulador e localização de equipamentos de segurança na área; o uso e interpretação dos símbolos e abreviações químicas nas prescrições e nos produtos; os cálculos farmacêuticos. Os funcionários manipuladores devem ser treinados para atender às cópias das prescrições médicas; organizar e controlar as atividades no setor; cumprir as diretrizes administrativas; manusear com cuidado os manuais de funcionamento do setor; manter a chefia informada sobre qualquer irregularidade ocorrida; dispensar os medicamentos destinados a cada paciente, quando prontos e etiquetados e manter o local de trabalho limpo e arrumado. Os funcionários manipuladores de produtos estéreis devem receber treinamento especial e avaliação teórica e prática, registradas e arquivadas nos programas. Os parâmetros que devem ser implantados nos programas de treinamento incluem técnica asséptica; fatores de contaminação da área crítica; monitoramento ambiental; espaço físico, equipamentos e suprimentos; terminologia e cálculos relativos aos compostos estéreis; documentação sobre os produtos; procedimentos de garantia da qualidade; procedimentos sobre as preparações assépticas; técnica para paramentação e calçamento das luvas; conduta geral na área controlada. Todo pessoal envolvido na manutenção da limpeza deve receber treinamento específico com conceitos básicos sobre assepsia e fatores de contaminação das áreas. A técnica asséptica empregada por cada funcionário manipulador deve ser observada e avaliada durante a orientação e o treinamento. O farmacêutico responsável deve possuir conhecimento suficiente sobre as áreas de controle e qualidade 7 ambiental, sobre os componentes e testes dos produtos finais; sobre procedimentos assépticos, técnicas de esterilização, embalagens, equipamentos e seleção de sistemas fechados. 5.3.1 – PARAMENTAÇÃO MÍNIMA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DAS SALAS: Os funcionários manipuladores devem sempre utilizar uniformes limpos para circulação nas áreas controladas, toucas, máscaras, botas ou propés e luvas cirúrgicas estéreis de uso único. Os uniformes devem ser confeccionados de tecido que libere o mínimo de material particulado. Recomenda-se o uso de capotes com punhos elásticos. Durante o preparo, as luvas podem ser enxaguadas frequentemente com álcool a 70% e devem ser trocadas quando sua integridade estiver comprometida ou a cada hora. CLASSE 10 CLASSE 100 CLASSE 1.000 CLASSE 10.000 CLASSE 100.000 capuz capuz capuz capuz Cobertura para cabelo Protetor total para face Cobertura para barba e bigode Cobertura para barba e bigode Cobertura para barba e bigode Cobertura para barba e bigode macacão macacão macacão macacão macacão ou sobretudo botas botas botas botas sapatos próprios luvas luvas luvas luvas luvas 5.4 – COMUNICAÇÕES 5.4.1 – INFORMES MÉDICOS (prescrições médicas) A avaliação da prescrição médica deve observar legibilidade e ausência de rasuras, identificação do profissional prescritor, identificação do leito do paciente, nome e identificação das substâncias prescritas – nome genérico, concentração / dosagem, forma farmacêutica, quantidade, modo de usar, local e data. Cada prescrição deve ser avaliada quanto à compatibilidade e viabilidade dos componentes entre si e suas concentrações máximas. Se a dose ultrapassar os limites ou se forem detectadas interações medicamentosas que possam por risco à saúde do paciente, o profissional prescritor deve confirmar a prescrição médica. Na ausência ou negativa de confirmação, o farmacêutico tem a faculdade de não / dispensar o produto, expondo os motivos por escrito. 8 5.4.2 – INFORMES FARMACÊUTICOS (Rótulos) Os rótulos confeccionados pelo Serviço de Farmácia, para identificação dos medicamentos e do destino dos mesmos, têm como propósito primário a divulgação de informações específicas ao usuário dos medicamentos. A rotulagem feita com uso de lápis ou caneta e o emprego de etiquetas adesivas devem ser vetados, pois não garantem a segurança da identificação. Não deve haver sobreposição de rótulos, conter rasuras ou ser ilegível. Deve aderir firmemente à embalagem e estar posicionado de modo a possibilitar leitura quando o medicamento estiver sendo administrado. Não podem ser alterados por outrem que não o pessoal do serviço de farmácia habilitado para tal. Devem possuir tamanho suficiente para permitir inspeção visual do medicamento contido na embalagem. No rótulo deve constar: o nome do paciente, nome da(s) substância(s), leito/clínica, concentração, prontuário, veículo para reconstituição ou infusão, data da preparação, via, tempo e horário de administração, validade (mês e ano), rubrica do manipulador, lote e data de fabricação, indicação de conservação e emprego de equipos especiais (se necessário), além de indicações especiais, como: misture bem antes de usar, não mastigar, etc. A indicação da concentração deve ser feita utilizando-se o sistema métrico (mcg, mg, g ou ml e l), incluindo-se menção da concentração total da embalagem, ou seja: se um pacote possui 2 comprimidos de 300 mg, por exemplo, deve haver a seguinte indicação: 600 mg, com 2 comp de 300 mg cada. Ou 500 mg, como 100 mg/ml – 5 ml. Quaisquer instruções especiais ou procedimentos requeridos pelo paciente em relação à preparação, armazenamento e administração devem ser parte do rótulo ou acompanhar a medicação, através de ficha anexada à embalagem do medicamento. É recomendável a prática de orientar o paciente sobre o regime terapêutico, para assegurar compreensão e aderência ao tratamento. As embalagens pequenas podem apresentar, no rótulo, apenas o número do prontuário, nome da substância, concentração e nome do paciente, mas devem ser afixadas em um cartão com todas as informações adicionais necessárias. 5.5 – SEGURANÇA Os visitantes e pessoas não treinadas não devem ter acesso às áreas de manipulação. Se necessário o acesso de qualquer funcionário ou pessoa estranha às áreas de manipulação para manutenção de equipamentos ou outros fins, este deve ser instruído sobre os procedimentos de paramentação, higiene e acompanhados por pessoal autorizado. 5.6 – GARANTIA DA QUALIDADE Para assegurar qualidade das formulações a farmácia deve possuir um Sistema de Qualidade bem documentado e monitorado, que incorpore e descreva todas as práticas de manipulação. 9 ambiental, sobre os componentes e testes dos produtos finais; sobre procedimentos assépticos, técnicas de esterilização, embalagens, equipamentos e seleção de sistemas fechados. 5.3.1 – PARAMENTAÇÃO MÍNIMA DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DAS SALAS: Os funcionários manipuladores devem sempre utilizar uniformes limpos para circulação nas áreas controladas, toucas, máscaras, botas ou propés e luvas cirúrgicas estéreis de uso único. Os uniformes devem ser confeccionados de tecido que libere o mínimo de material particulado. Recomenda-se o uso de capotes com punhos elásticos. Durante o preparo, as luvas podem ser enxaguadas frequentemente com álcool a 70% e devem ser trocadas quando sua integridade estiver comprometida ou a cada hora. CLASSE 10 CLASSE 100 CLASSE 1.000 CLASSE 10.000 CLASSE 100.000 capuz capuz capuz capuz Cobertura para cabelo Protetor total para face Cobertura para barba e bigode Cobertura para barba e bigode Cobertura para barba e bigode Cobertura para barba e bigode macacão macacão macacão macacão macacão ou sobretudo botas botas botas botas sapatos próprios luvas luvas luvas luvas luvas 5.4 – COMUNICAÇÕES 5.4.1 – INFORMES MÉDICOS (prescrições médicas) A avaliação da prescrição médica deve observar legibilidade e ausência de rasuras, identificação do profissional prescritor, identificação do leito do paciente, nome e identificação das substâncias prescritas – nome genérico, concentração / dosagem, forma farmacêutica, quantidade, modo de usar, local e data. Cada prescrição deve ser avaliada quanto à compatibilidade e viabilidade dos componentes entre si e suas concentrações máximas. Se a dose ultrapassar os limites ou se forem detectadas interações medicamentosas que possam por risco à saúde do paciente, o profissional prescritor deve confirmar a prescrição médica. Na ausência ou negativa de confirmação, o farmacêutico tem a faculdade de não / dispensar o produto, expondo os motivos por escrito. 8 5.4.2 – INFORMES FARMACÊUTICOS (Rótulos) Os rótulos confeccionados pelo Serviço de Farmácia, para identificação dos medicamentos e do destino dos mesmos, têm como propósito primário a divulgação de informações específicas ao usuário dos medicamentos. A rotulagem feita com uso de lápis ou caneta e o emprego de etiquetas adesivas devem ser vetados, pois não garantem a segurança da identificação. Não deve haver sobreposição de rótulos, conter rasuras ou ser ilegível. Deve aderir firmemente à embalagem e estar posicionado de modo a possibilitar leitura quando o medicamento estiver sendo administrado. Não podem ser alterados por outrem que não o pessoal do serviço de farmácia habilitado para tal. Devem possuir tamanho suficiente para permitir inspeção visual do medicamento contido na embalagem. No rótulo deve constar: o nome do paciente, nome da(s) substância(s), leito/clínica, concentração, prontuário, veículo para reconstituição ou infusão, data da preparação, via, tempo e horário de administração, validade (mês e ano), rubrica do manipulador, lote e data de fabricação, indicação de conservação e emprego de equipos especiais (se necessário), além de indicações especiais, como: misture bem antes de usar, não mastigar, etc. A indicação da concentração deve ser feita utilizando-se o sistema métrico (mcg, mg, g ou ml e l), incluindo-se menção da concentração total da embalagem, ou seja: se um pacote possui 2 comprimidos de 300 mg, por exemplo, deve haver a seguinte indicação: 600 mg, com 2 comp de 300 mg cada. Ou 500 mg, como 100 mg/ml – 5 ml. Quaisquer instruções especiais ou procedimentos requeridos pelo paciente em relação à preparação, armazenamento e administração devem ser parte do rótulo ou acompanhar a medicação, através de ficha anexada à embalagem do medicamento. É recomendável a prática de orientar o paciente sobre o regime terapêutico, para assegurar compreensão e aderência ao tratamento. As embalagens pequenas podem apresentar, no rótulo, apenas o número do prontuário, nome da substância, concentração e nome do paciente, mas devem ser afixadas em um cartão com todas as informações adicionais necessárias. 5.5 – SEGURANÇA Os visitantes e pessoas não treinadas não devem ter acesso às áreas de manipulação. Se necessário o acesso de qualquer funcionário ou pessoa estranha às áreas de manipulação para manutenção de equipamentos ou outros fins, este deve ser instruído sobre os procedimentos de paramentação, higiene e acompanhados por pessoal autorizado. 5.6 – GARANTIA DA QUALIDADE Para assegurar qualidade das formulações a farmácia deve possuir um Sistema de Qualidade bem documentado e monitorado, que incorpore e descreva todas as práticas de manipulação. 9 Esse sistema deve garantir que: – as operações sejam especificadas por escrito, com o cumprimento das exigências de boas práticas de manipulação; – os equipamentos sejam calibrados com documentação comprobatória; – a formulação seja corretamente preparada, segundo procedimentos apropriados, manipulada e conservada para manter a qualidade até seu uso; – sejam realizadas auditorias internas para melhoria contínua; – exista programa de treinamento inicial e contínuo, adaptado de acordo com a necessidade; – exista programa de arquivamento por período estabelecido legalmente, dos documentos exigidos para as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial; – seja continuamente verificada a prática ideal de distribuição para cada medicamento visando a garantia de qualidade na atribuição da nova validade; – seja feita seleção das características físicas, químicas e biológicas, para garantir a reprodutibilidade das mesmas em lotes sucessivos, utilizando como uma das fontes de informação os laudos de análise dos medicamentos, fornecidos pelo fabricante do produto. Em relação às rotinas de trabalho, os funcionários manipuladores devem ser estimulados a esclarecer suas dúvidas; os insumos empregados devem ter a identidade, a qualidade e a pureza esperadas; os processos críticos devem ser validados para que os procedimentos garantam a qualidade proposta para o produto final; o ambiente de produção deve estar de acordo com a manipulação proposta, em relação à limpeza, monitoramento e controle; deve haver avaliação apropriada da estabilidade, para atribuir a validade do lote e assegurar que os produtos tenham a potência, pureza, qualidade e características adequados até o final do prazo de validade estabelecido; deve haver garantia de cumprimento dos processos conforme o estabelecido, sob controle permanente; as condições de preparação e os procedimentos devem prevenir confusões; devem existir rotinas para investigação e correção das falhas ou problemas na preparação, nos testes ou nos produtos, com separação adequada entre as funções de controle de qualidade e as funções de produção. A qualidade do medicamento manipulado está diretamente vinculada ao risco potencial inerente a cada um, ou seja, o item Imprescindível (I) é o item que pode influir em grau crítico na qualidade, segurança e eficácia do produto; o item Necessário (N), pode influir em grau menos crítico na qualidade; o item Recomendável (R), pode influir na qualidade em grau não crítico e o item Informativo (In), oferece subsídios para melhor interpretação dos demais itens, sem afetar a qualidade, segurança e eficácia. 5.6.1 – VALIDAÇÃO DO PROCESSO A validação e o registro anual dos procedimentos assépticos garantem o preparo de produtos estéreis de qualidade aceitável. Para a maioria das técnicas de preparo, o processo de validação é o método de 10 adequação da técnica asséptica. É recomendável que cada indivíduo envolvido na preparação de produtos estéreis complete o processo de validação antes de manipular os produtos. Este processo deve ser acompanhado de procedimento escrito, que inclua avaliação da técnica através de uma simulação para verificar a possibilidade de contaminação microbiológica durante todas as etapas do manuseio dos produtos estéreis. A esterilidade do produto final é uma função cumulativa de todas as etapas da preparação e é determinada pela etapa do processo mais crítica, que provê a mais baixa probabilidade de esterilidade. Para avaliação das etapas, o processo é realizado do mesmo modo que o preparo normal do produto, exceto que um meio de cultura específico é utilizado no lugar de algum produto empregado na manipulação. Se não houver crescimento bacteriano, fica evidente o uso de técnica asséptica. Se houver crescimento, todo o processo precisa ser revisto e as ações corretivas providenciadas, antes da realização de novo teste. 6. REENVASE / EMBALAGEM DOS PRODUTOS MANIPULADOS Certas precauções devem ser tomadas visando a manutenção da qualidade dos medicamentos, ou seja, a operação de empacotamento deve ser isolada, o mais possível, das outras atividades farmacêuticas; cada medicamento deve ser envasado em área específica, somente um fármaco por vez. Do mesmo modo, os rótulos da área de empacotamento devem ser os destinados ao medicamento que está sendo manipulado. Ao ser completado o empacotamento, todo o estoque de medicamentos, todos os rótulos não utilizados e todos os pacotes prontos devem ser removidos da área de embalagem. O sistema de impressão de rótulos precisa ser “zerado” após cada operação de empacotamento, para que se tenha certeza de que o próximo rótulo está sendo impresso para o procedimento subsequente. Antes de se começar cada sessão de empacotamento, deve ser realizada avaliação organoléptica do medicamento (verificação de cor, odor, aparência e marcas). Todos os equipamentos e sistemas devem ser operados e utilizados de acordo com as instruções do fabricante ou outras instruções estabelecidas. Se possível, outro funcionário que não o manipulador, deve verificar que todos os procedimentos tenham sido seguidos conforme as normas estabelecidas. O registro de controle das operações de empacotamento deve ser arquivado e deve constar a descrição completa do produto (nome, forma farmacêutica, dose, concentração, via de administração); a identificação do fornecedor do produto / número de lote; o lote atribuído pela farmácia, se houver; as datas de validade do produto fabricado e do manipulado; o número de unidades embaladas e a data das operações; as iniciais do operador e do conferente; o registro dos materiais de embalagem e dos equipamentos utilizados; a amostra do rótulo e, se possível, do produto embalado, que só deve ser descartada após o vencimento, com avaliação periódica para verificação de sinais de deterioração. Todos os medicamentos devem ser embalados e estocados à temperatura e umidade ambiente controladas para minimizar degradação causada por calor ou umidade. Não devem ser ultrapassados os limites de 11 Esse sistema deve garantir que: – as operações sejam especificadas por escrito, com o cumprimento das exigências de boas práticas de manipulação; – os equipamentos sejam calibrados com documentação comprobatória; – a formulação seja corretamente preparada, segundo procedimentos apropriados, manipulada e conservada para manter a qualidade até seu uso; – sejam realizadas auditorias internas para melhoria contínua; – exista programa de treinamento inicial e contínuo, adaptado de acordo com a necessidade; – exista programa de arquivamento por período estabelecido legalmente, dos documentos exigidos para as substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial; – seja continuamente verificada a prática ideal de distribuição para cada medicamento visando a garantia de qualidade na atribuição da nova validade; – seja feita seleção das características físicas, químicas e biológicas, para garantir a reprodutibilidade das mesmas em lotes sucessivos, utilizando como uma das fontes de informação os laudos de análise dos medicamentos, fornecidos pelo fabricante do produto. Em relação às rotinas de trabalho, os funcionários manipuladores devem ser estimulados a esclarecer suas dúvidas; os insumos empregados devem ter a identidade, a qualidade e a pureza esperadas; os processos críticos devem ser validados para que os procedimentos garantam a qualidade proposta para o produto final; o ambiente de produção deve estar de acordo com a manipulação proposta, em relação à limpeza, monitoramento e controle; deve haver avaliação apropriada da estabilidade, para atribuir a validade do lote e assegurar que os produtos tenham a potência, pureza, qualidade e características adequados até o final do prazo de validade estabelecido; deve haver garantia de cumprimento dos processos conforme o estabelecido, sob controle permanente; as condições de preparação e os procedimentos devem prevenir confusões; devem existir rotinas para investigação e correção das falhas ou problemas na preparação, nos testes ou nos produtos, com separação adequada entre as funções de controle de qualidade e as funções de produção. A qualidade do medicamento manipulado está diretamente vinculada ao risco potencial inerente a cada um, ou seja, o item Imprescindível (I) é o item que pode influir em grau crítico na qualidade, segurança e eficácia do produto; o item Necessário (N), pode influir em grau menos crítico na qualidade; o item Recomendável (R), pode influir na qualidade em grau não crítico e o item Informativo (In), oferece subsídios para melhor interpretação dos demais itens, sem afetar a qualidade, segurança e eficácia. 5.6.1 – VALIDAÇÃO DO PROCESSO A validação e o registro anual dos procedimentos assépticos garantem o preparo de produtos estéreis de qualidade aceitável. Para a maioria das técnicas de preparo, o processo de validação é o método de 10 adequação da técnica asséptica. É recomendável que cada indivíduo envolvido na preparação de produtos estéreis complete o processo de validação antes de manipular os produtos. Este processo deve ser acompanhado de procedimento escrito, que inclua avaliação da técnica através de uma simulação para verificar a possibilidade de contaminação microbiológica durante todas as etapas do manuseio dos produtos estéreis. A esterilidade do produto final é uma função cumulativa de todas as etapas da preparação e é determinada pela etapa do processo mais crítica, que provê a mais baixa probabilidade de esterilidade. Para avaliação das etapas, o processo é realizado do mesmo modo que o preparo normal do produto, exceto que um meio de cultura específico é utilizado no lugar de algum produto empregado na manipulação. Se não houver crescimento bacteriano, fica evidente o uso de técnica asséptica. Se houver crescimento, todo o processo precisa ser revisto e as ações corretivas providenciadas, antes da realização de novo teste. 6. REENVASE / EMBALAGEM DOS PRODUTOS MANIPULADOS Certas precauções devem ser tomadas visando a manutenção da qualidade dos medicamentos, ou seja, a operação de empacotamento deve ser isolada, o mais possível, das outras atividades farmacêuticas; cada medicamento deve ser envasado em área específica, somente um fármaco por vez. Do mesmo modo, os rótulos da área de empacotamento devem ser os destinados ao medicamento que está sendo manipulado. Ao ser completado o empacotamento, todo o estoque de medicamentos, todos os rótulos não utilizados e todos os pacotes prontos devem ser removidos da área de embalagem. O sistema de impressão de rótulos precisa ser “zerado” após cada operação de empacotamento, para que se tenha certeza de que o próximo rótulo está sendo impresso para o procedimento subsequente. Antes de se começar cada sessão de empacotamento, deve ser realizada avaliação organoléptica do medicamento (verificação de cor, odor, aparência e marcas). Todos os equipamentos e sistemas devem ser operados e utilizados de acordo com as instruções do fabricante ou outras instruções estabelecidas. Se possível, outro funcionário que não o manipulador, deve verificar que todos os procedimentos tenham sido seguidos conforme as normas estabelecidas. O registro de controle das operações de empacotamento deve ser arquivado e deve constar a descrição completa do produto (nome, forma farmacêutica, dose, concentração, via de administração); a identificação do fornecedor do produto / número de lote; o lote atribuído pela farmácia, se houver; as datas de validade do produto fabricado e do manipulado; o número de unidades embaladas e a data das operações; as iniciais do operador e do conferente; o registro dos materiais de embalagem e dos equipamentos utilizados; a amostra do rótulo e, se possível, do produto embalado, que só deve ser descartada após o vencimento, com avaliação periódica para verificação de sinais de deterioração. Todos os medicamentos devem ser embalados e estocados à temperatura e umidade ambiente controladas para minimizar degradação causada por calor ou umidade. Não devem ser ultrapassados os limites de 11 temperatura de 23ºC e 75% de umidade. Todos os procedimentos relativos às rotinas de empacotamento e reenvase devem ser escriturados em manual de normas, com revisão periódica determinada. Os manipuladores devem entender completamente os procedimentos antes de começar os trabalhos. 7. VALIDADE DAS FORMULAÇÕES PREPARADAS, MAGISTRAIS E REENVASADAS É responsabilidade do farmacêutico a determinação da validade do medicamento manipulado, de acordo com as características de cada substância, da embalagem e das condições de armazenamento a que o medicamento deve ser submetido. Todo produto manipulado deve apresentar no rótulo um prazo de validade apropriado com indicação das condições para conservação, que seja compatível com a estabilidade da substância ativa ou da forma farmacêutica, considerando-se todos os aspectos de acondicionamento e conservação. As fontes de informação sobre a estabilidade fisico-química dos medicamentos devem incluir uma referência de compêndios oficiais, recomendações dos produtores dos mesmos e pesquisas científicas publicadas. Deve ser implantado um procedimento operacional com diretrizes para estabelecer o prazo de validade dos produtos manipulados, além de arquivo dos resultados. Para garantia da qualidade ou atribuição da nova validade, o prazo de validade de um medicamento manipulado não deve ser superior a 25% do tempo entre a data de manipulação e a validade do lote adquirido. O tempo máximo não deve superar 6 meses. 7.1 – ESTABILIDADE E COMPATIBILIDADE DOS PRODUTOS A determinação do período no qual o produto pode ser administrado após a dispensação deve basear-se na informação disponível sobre estabilidade e nas necessidades do paciente em relação à terapia. Como geralmente os produtos em questão sofrem alterações em suas propriedades físicas e químicas e são manipulados para administração imediata, sua nova validade dependerá de sua estabilidade nas soluções onde estiver diluído. Torna-se necessário, para verificação das condições de estabilidade e integridade, a comparação entre os diferentes laudos de um mesmo produto, a fim de conferir a fidelidade das especificações, pois certas propriedades descritas nos laudos, como higroscopicidade, fotossensibilidade, termolabilidade ou risco de contaminação podem requerer armazenamento em local diferente do original. Quando um produto comercial for usado como fonte de ingrediente ativo, sua validade pode ser aplicada à validade do produto manipulado. Usualmente, estabelece-se como validade os seguintes prazos, de acordo com a forma farmacêutica: • Medicamento uso externo – 8 dias (emulsões dermatológicas, pomadas, etc.) • Preparados estéreis multi-doses – devem ser afixadas etiquetas para marcar data do início de utilização 12 (soluções oftálmicas, insulinas) e as formulações devem ser guardadas em geladeiras ou frigoríficos. • Soluções orais – 30 dias da preparação, armazenados em geladeiras ou frigoríficos. • Sólidos orais – se reenvasados no: - 1º semestre do ano – validade até dezembro - 2º semestre do ano – validade até 30/06 do ano seguinte Para validades mais curtas do que um semestre, considera-se a fornecida pela indústria fabricante, de acordo com o lote. 3 meses • Líquidos orais: reenvasados no 1º semestre reenvasados no 2º semestre Na realização de auditoria de validades, deve-se gerar uma listagem dos medicamentos próximos a vencer, com a finalidade de priorizar as saídas daqueles medicamentos com vencimento mais próximo. } 7.2 – ATRIBUIÇÃO DE NÚMEROS DE LOTE Cada conjunto de produtos manipulados deve receber um único número de lote. Em hipótese alguma deve haver números de lotes iguais para produtos diferentes, ou números diferentes para a mesma bateria de produtos. Os lotes podem ser numéricos, alfa-numéricos ou alfabéticos. Para manutenção da integridade das substâncias é necessário avaliar os seguintes níveis de estabilidade: – química, onde cada ingrediente ativo retém sua integridade e potência estabelecidas dentro dos limites especificados pelos laudos de análise; – física, na manutenção das propriedades originais como aparência, paladar, uniformidade, dissolução e suspensão; – microbiológica, preservando-se a esterilidade ou resistência a crescimento bacteriano, de acordo com as especificações; – terapêutica, desde que o efeito terapêutico se mantenha inalterado – toxicológica, quando não ocorre aumento significativo na toxicidade. Os fatores que afetam a estabilidade incluem as propriedades de cada ingrediente, sejam eles terapeuticamente ativos ou inativos. 8. RISCOS DE CONTAMINAÇÃO É imprescindível a presença dos farmacêuticos no aperfeiçoamento da qualidade, no gerenciamento dos riscos e nos programas de controle de infecções nas organizações hospitalares, para divulgação junto à equipe hospitalar dos resultados dos testes de controle de qualidade, que garantem a segurança das preparações estéreis. As contaminações podem ocorrer por processos assépticos prolongados, processos complexos, exposição do produto ao ar atmosférico ou estocagem por período prolongado de tempo. 13 temperatura de 23ºC e 75% de umidade. Todos os procedimentos relativos às rotinas de empacotamento e reenvase devem ser escriturados em manual de normas, com revisão periódica determinada. Os manipuladores devem entender completamente os procedimentos antes de começar os trabalhos. 7. VALIDADE DAS FORMULAÇÕES PREPARADAS, MAGISTRAIS E REENVASADAS É responsabilidade do farmacêutico a determinação da validade do medicamento manipulado, de acordo com as características de cada substância, da embalagem e das condições de armazenamento a que o medicamento deve ser submetido. Todo produto manipulado deve apresentar no rótulo um prazo de validade apropriado com indicação das condições para conservação, que seja compatível com a estabilidade da substância ativa ou da forma farmacêutica, considerando-se todos os aspectos de acondicionamento e conservação. As fontes de informação sobre a estabilidade fisico-química dos medicamentos devem incluir uma referência de compêndios oficiais, recomendações dos produtores dos mesmos e pesquisas científicas publicadas. Deve ser implantado um procedimento operacional com diretrizes para estabelecer o prazo de validade dos produtos manipulados, além de arquivo dos resultados. Para garantia da qualidade ou atribuição da nova validade, o prazo de validade de um medicamento manipulado não deve ser superior a 25% do tempo entre a data de manipulação e a validade do lote adquirido. O tempo máximo não deve superar 6 meses. 7.1 – ESTABILIDADE E COMPATIBILIDADE DOS PRODUTOS A determinação do período no qual o produto pode ser administrado após a dispensação deve basear-se na informação disponível sobre estabilidade e nas necessidades do paciente em relação à terapia. Como geralmente os produtos em questão sofrem alterações em suas propriedades físicas e químicas e são manipulados para administração imediata, sua nova validade dependerá de sua estabilidade nas soluções onde estiver diluído. Torna-se necessário, para verificação das condições de estabilidade e integridade, a comparação entre os diferentes laudos de um mesmo produto, a fim de conferir a fidelidade das especificações, pois certas propriedades descritas nos laudos, como higroscopicidade, fotossensibilidade, termolabilidade ou risco de contaminação podem requerer armazenamento em local diferente do original. Quando um produto comercial for usado como fonte de ingrediente ativo, sua validade pode ser aplicada à validade do produto manipulado. Usualmente, estabelece-se como validade os seguintes prazos, de acordo com a forma farmacêutica: • Medicamento uso externo – 8 dias (emulsões dermatológicas, pomadas, etc.) • Preparados estéreis multi-doses – devem ser afixadas etiquetas para marcar data do início de utilização 12 (soluções oftálmicas, insulinas) e as formulações devem ser guardadas em geladeiras ou frigoríficos. • Soluções orais – 30 dias da preparação, armazenados em geladeiras ou frigoríficos. • Sólidos orais – se reenvasados no: - 1º semestre do ano – validade até dezembro - 2º semestre do ano – validade até 30/06 do ano seguinte Para validades mais curtas do que um semestre, considera-se a fornecida pela indústria fabricante, de acordo com o lote. 3 meses • Líquidos orais: reenvasados no 1º semestre reenvasados no 2º semestre Na realização de auditoria de validades, deve-se gerar uma listagem dos medicamentos próximos a vencer, com a finalidade de priorizar as saídas daqueles medicamentos com vencimento mais próximo. } 7.2 – ATRIBUIÇÃO DE NÚMEROS DE LOTE Cada conjunto de produtos manipulados deve receber um único número de lote. Em hipótese alguma deve haver números de lotes iguais para produtos diferentes, ou números diferentes para a mesma bateria de produtos. Os lotes podem ser numéricos, alfa-numéricos ou alfabéticos. Para manutenção da integridade das substâncias é necessário avaliar os seguintes níveis de estabilidade: – química, onde cada ingrediente ativo retém sua integridade e potência estabelecidas dentro dos limites especificados pelos laudos de análise; – física, na manutenção das propriedades originais como aparência, paladar, uniformidade, dissolução e suspensão; – microbiológica, preservando-se a esterilidade ou resistência a crescimento bacteriano, de acordo com as especificações; – terapêutica, desde que o efeito terapêutico se mantenha inalterado – toxicológica, quando não ocorre aumento significativo na toxicidade. Os fatores que afetam a estabilidade incluem as propriedades de cada ingrediente, sejam eles terapeuticamente ativos ou inativos. 8. RISCOS DE CONTAMINAÇÃO É imprescindível a presença dos farmacêuticos no aperfeiçoamento da qualidade, no gerenciamento dos riscos e nos programas de controle de infecções nas organizações hospitalares, para divulgação junto à equipe hospitalar dos resultados dos testes de controle de qualidade, que garantem a segurança das preparações estéreis. As contaminações podem ocorrer por processos assépticos prolongados, processos complexos, exposição do produto ao ar atmosférico ou estocagem por período prolongado de tempo. 13 8.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS Os produtos estéreis são classificados em três níveis de risco para o paciente, variando do menor (nível 1) ao maior risco (nível 3). Quando não for possível a classificação adequada do nível de risco, os procedimentos devem ser tomados como os empregados para o nível 3. O processo de combinação de vários ingredientes estéreis em um único recipiente, para depois subdividir o produto em alíquotas requer procedimentos adicionais de controle de qualidade. Deve haver verificação dos cálculos associados a este processo e ser realizada e documentada por um segundo farmacêutico. Quando o procedimento envolve duas fases de adição de produtos em recipientes estéreis, o risco de contaminação associado ao processo também é maior. Os farmacêuticos devem exercer seu julgamento profissional para decidir qual nível de risco se aplica a determinado produto ou situação. Devem ser considerados os fatores que aumentam potencialmente o risco para o paciente, como as rupturas nos frascos, a complexidade dos compostos, as vias de administração, o comprometimento imunológico do paciente, o uso de compostos não estéreis, o crescimento bacteriano no produto final, as condições de armazenamento e o tempo decorrido entre o manuseio da preparação e a administração. Classificação dos medicamentos nos níveis de risco, conforme o tempo e a temperatura, antes da administração completa: Nível de risco Temperatura ambiente Dias de armazenamento 15 a 30 ºC Refrigerador (2 a 8 ºC) I Administração completa dentro de 28 horas Inferior a 7 Inferior a 30 Superior a 7 Superior a 30 II Armazenamento e administração excedem 28 horas III Freezer (-20 a –10 ºC) Produtos compostos a partir de matérias primas não estéreis ou com componentes envases ou equipamentos não estéreis Produtos preparados por combinação múltipla de matérias primas estéreis e não estéreis. 8.1.1 – RISCO NÍVEL 1 (baixo risco) – quando há prevalência das seguintes situações: O produto acabado é composto por produtos estéreis – todos os produtos envolvidos no coquetel são estéreis e há emprego de equipamentos estéreis (seringas, equipos); o processo de manipulação é simples e rápido; há emprego de sistemas fechados 14 OU Utiliza-se reenvase de produtos estéreis (de frascos ou ampolas) com correlatos também estéreis; a transferência dos injetáveis estéreis é realizada através de bomba mecânica com adição subsequente de produtos estéreis por seringa. Também, quando os produtos são estocados à temperatura ambiente e administrados completamente, em no máximo vinte e oito horas após a preparação; são estocados sob refrigeração por sete dias ou menos antes da completa administração a um paciente, em período que não exceda vinte e quatro horas ou congelados por trinta dias ou menos antes da completa administração a um paciente, em período que não exceda vinte e quatro horas. Exemplos: Infusões simples; administração de soluções oftálmicas com preservativos e soluções de NPT, glicose e aminoácidos transferidas para bolsas estéreis pelo método gravitacional com adição subseqüente de substâncias em seringas estéreis. 8.1.2 – RISCO NÍVEL 2 (ou alto risco, categoria I, manipulado em grau A, em área grau C) – quando há prevalência das seguintes situações: A mistura dos medicamentos envolve confecção primária de uma mistura de componentes, que seriam depois transferidos para o recipiente final; todos os produtos são preparados com equipamentos e insumos estéreis em sistemas fechados; o processo envolve várias manipulações de produtos estéreis, executadas por período longo de tempo o procedimento envolve o preparo de frascos multi-dose, sem preservativos, para administração a mais de um paciente ou quando a manipulação é preparada para administração via bomba de infusão. E Quando os produtos são estocados sob refrigeração por sete dias, congelados por trinta dias ou administrados em, no máximo, vinte e oito horas após preparo e armazenamento à temperatura ambiente. Exemplos: NPT para administração após sete dias de preparo; injeções para uso em bombas infusoras portáteis; seringas pré-enchidas sem preservativos; preparo de misturas de substâncias, com aspiração do ar antes da administração. 8.1.3 – RISCO NÍVEL 3 (alto risco, categoria II) Uso de substâncias, equipamentos e embalagens não estéreis, para preparação do medicamento estéril. Uso de sistemas abertos ou preparo de mistura inicialmente em sistema aberto para posterior transferência para o recipiente estéril. Exemplos: Injeções de morfina preparadas a partir de comprimidos ou pós; NPT manipulada a partir de aminoácidos em pó; NPT esterilizadas por filtração final. 15 8.1 – CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS Os produtos estéreis são classificados em três níveis de risco para o paciente, variando do menor (nível 1) ao maior risco (nível 3). Quando não for possível a classificação adequada do nível de risco, os procedimentos devem ser tomados como os empregados para o nível 3. O processo de combinação de vários ingredientes estéreis em um único recipiente, para depois subdividir o produto em alíquotas requer procedimentos adicionais de controle de qualidade. Deve haver verificação dos cálculos associados a este processo e ser realizada e documentada por um segundo farmacêutico. Quando o procedimento envolve duas fases de adição de produtos em recipientes estéreis, o risco de contaminação associado ao processo também é maior. Os farmacêuticos devem exercer seu julgamento profissional para decidir qual nível de risco se aplica a determinado produto ou situação. Devem ser considerados os fatores que aumentam potencialmente o risco para o paciente, como as rupturas nos frascos, a complexidade dos compostos, as vias de administração, o comprometimento imunológico do paciente, o uso de compostos não estéreis, o crescimento bacteriano no produto final, as condições de armazenamento e o tempo decorrido entre o manuseio da preparação e a administração. Classificação dos medicamentos nos níveis de risco, conforme o tempo e a temperatura, antes da administração completa: Nível de risco Temperatura ambiente Dias de armazenamento 15 a 30 ºC Refrigerador (2 a 8 ºC) I Administração completa dentro de 28 horas Inferior a 7 Inferior a 30 Superior a 7 Superior a 30 II Armazenamento e administração excedem 28 horas III Freezer (-20 a –10 ºC) Produtos compostos a partir de matérias primas não estéreis ou com componentes envases ou equipamentos não estéreis Produtos preparados por combinação múltipla de matérias primas estéreis e não estéreis. 8.1.1 – RISCO NÍVEL 1 (baixo risco) – quando há prevalência das seguintes situações: O produto acabado é composto por produtos estéreis – todos os produtos envolvidos no coquetel são estéreis e há emprego de equipamentos estéreis (seringas, equipos); o processo de manipulação é simples e rápido; há emprego de sistemas fechados 14 OU Utiliza-se reenvase de produtos estéreis (de frascos ou ampolas) com correlatos também estéreis; a transferência dos injetáveis estéreis é realizada através de bomba mecânica com adição subsequente de produtos estéreis por seringa. Também, quando os produtos são estocados à temperatura ambiente e administrados completamente, em no máximo vinte e oito horas após a preparação; são estocados sob refrigeração por sete dias ou menos antes da completa administração a um paciente, em período que não exceda vinte e quatro horas ou congelados por trinta dias ou menos antes da completa administração a um paciente, em período que não exceda vinte e quatro horas. Exemplos: Infusões simples; administração de soluções oftálmicas com preservativos e soluções de NPT, glicose e aminoácidos transferidas para bolsas estéreis pelo método gravitacional com adição subseqüente de substâncias em seringas estéreis. 8.1.2 – RISCO NÍVEL 2 (ou alto risco, categoria I, manipulado em grau A, em área grau C) – quando há prevalência das seguintes situações: A mistura dos medicamentos envolve confecção primária de uma mistura de componentes, que seriam depois transferidos para o recipiente final; todos os produtos são preparados com equipamentos e insumos estéreis em sistemas fechados; o processo envolve várias manipulações de produtos estéreis, executadas por período longo de tempo o procedimento envolve o preparo de frascos multi-dose, sem preservativos, para administração a mais de um paciente ou quando a manipulação é preparada para administração via bomba de infusão. E Quando os produtos são estocados sob refrigeração por sete dias, congelados por trinta dias ou administrados em, no máximo, vinte e oito horas após preparo e armazenamento à temperatura ambiente. Exemplos: NPT para administração após sete dias de preparo; injeções para uso em bombas infusoras portáteis; seringas pré-enchidas sem preservativos; preparo de misturas de substâncias, com aspiração do ar antes da administração. 8.1.3 – RISCO NÍVEL 3 (alto risco, categoria II) Uso de substâncias, equipamentos e embalagens não estéreis, para preparação do medicamento estéril. Uso de sistemas abertos ou preparo de mistura inicialmente em sistema aberto para posterior transferência para o recipiente estéril. Exemplos: Injeções de morfina preparadas a partir de comprimidos ou pós; NPT manipulada a partir de aminoácidos em pó; NPT esterilizadas por filtração final. 15 8.2 – MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO Esterilidade é a ausência de bactérias e outros microorganismos. As formulações devem sempre ser absolutamente estéreis (um produto não pode ser relativamente estéril). Se a formulação é uma solução, deve ser livre de material particulado, ou seja, não pode possuir substâncias móveis e insolúveis no recipiente, como celulose, vidro, borrachas de rolha, fibras de algodão ou de vestimenta, metal ou plástico. No caso das suspensões, o material particulado é substância ativa ou ingrediente e não contaminante. As formulações devem ser igualmente livres de pirogênio ( produtos de metabolismo de bactérias), pois sua presença significa crescimento bacteriano em determinada etapa do processo de manipulação. Os métodos de esterilização empregados são: filtração estéril; autoclavação; esterilização por calor seco; esterilização química ou irradiação. O farmacêutico deve garantir que o método empregado é apropriado para os componentes dos produtos manipulados e não altera as propriedades do produto final. O método mais frequentemente empregado é a filtração estéril, utilizando-se filtros de 0,22 µm. Produtos viscosos ou colóides devem utilizar filtros de 0,45 µm. A filtração é utilizada para remoção de partículas das soluções (material particulado ou microorganismos), em materiais química ou fisicamente instáveis à esterilização pelo calor, gás ou radiação. A filtração não é uma esterilização terminal e, após o procedimento, o produto estéril está assepticamente combinado com o seu recipiente. O filtro mais empregado nas manipulações é o “filtro de membrana”, que consiste em lâminas de plástico finas e microporosas. Estes filtros só devem ser utilizados para esterilização de soluções expelidas de seringas. Para garantir que um filtro antibacteriano não sofreu ruptura durante o processo de filtração de um produto, imediatamente devem ser implantados testes de integridade em todos os filtros, através do acoplamento de uma seringa ao filtro (após a lavagem do mesmo em água destilada) e imersão do mesmo em água, para medição das bolhas de ar liberadas em comparação com o estabelecido pelo fabricante. Um valor inferior ao estabelecido pelo fabricante indica que houve ruptura do filtro. 9. ROTINAS DE TRABALHO Para alcançar seus objetivos, a farmacotécnica precisa possuir uma mecânica de funcionamento que permita atribuir a responsabilidade aos funcionários que participam da elaboração e controle dos medicamentos; seguir, de forma detalhada, a fabricação, manipulação ou fracionamento de cada medicamento, com garantia da qualidade; reduzir os desvios da qualidade ao mínimo possível e identificar a origem e as características de qualquer produto. Antes de se começar a manipulação, devem ser observadas as características do medicamento como cor, odor e aspecto. É necessário realizar inspeção visual, para garantir ausência de partículas, de separação de fases, alterações de cor e exatidão dos rótulos. 16 Ao término da manipulação de um fármaco deverão ser retiradas todas as unidades que sobraram, as etiquetas não utilizadas e limpar os equipamentos. É necessário o conhecimento dos medicamentos manipulados (após consulta no manual de bancada) para poder garantir a estabilidade do medicamento em relação à composição química, fotossensibilidade, higroscopia e os requisitos para o armazenamento. 9.1 – MATERIAIS E MANIPULAÇÃO Antes do uso, cada medicamento ou insumo, assim como o material de embalagem, deve ser inspecionado visualmente em relação a danos, defeitos e prazo de validade. As atividades que possam gerar liberação de partículas, como a retirada de insumos, soluções de grande volume e medicamentos de suas embalagens secundárias ou de embarque, devem ser feitas fora da área controlada, antes do processo de assepsia. Os itens que liberam normalmente quantidades inaceitáveis de material particulado (caixas de embarque, toalhas de papel ou livros de referência) não devem ser levados para a área controlada. A embalagem usada para garantir a esterilidade ou estabilidade de certo produto (invólucros de seringas capas de agulhas) é exceção. Os correlatos empregados no manuseio das soluções devem ser retirados sempre ao término da seção para manter sanitização do local. Devem haver áreas destinadas ao armazenamento de produtos de risco III, enquanto sofrem processo de quarentena. O tráfego desnecessário de pessoas nas áreas de armazenamento deve ser evitado. 9.2 – LIMPEZA O descarte de invólucros, seringas utilizadas, caixas e agulhas deve ser realizado pelo menos diariamente e mais frequentemente se necessário, para manter sanitização do local e prevenir acúmulos na área controlada. Os recipientes destinados ao lixo devem manter-se sempre abaixo da mesa da bancada e devem ser removidos da área controlada antes de serem esvaziados. A limpeza da área controlada deve ser monitorada para limitar o acesso de pessoas e não permitir que seja compartilhada entre funcionários, mesmo que sejam habilitados ao trabalho na área crítica. É necessário garantir que os funcionários estejam devidamente paramentados, com uniformes e coberturas limpos; que a vestimenta seja colocada e retirada fora da área crítica; que as portas se mantenham fechadas; que haja limite de estoque de produtos em uso constante; que o mobiliário libere o mínimo de material particulado; que o controle de temperatura e umidade seja efetivo e que a agenda de limpeza e manutenção esteja sendo rigorosamente cumprida. Os desinfetantes devem ser alternados periodicamente, para prevenir o desenvolvimento de microorganismos resistentes. Os refrigeradores, prateleiras e freezers devem ser mantidos limpos. Os mops, esponjas e desinfetantes para uso nas salas classificadas devem ser cuidadosamente selecionados e exclusivos de cada sala, confeccionados de material que libere o mínimo de partículas. Se reutilizados, 17 8.2 – MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO Esterilidade é a ausência de bactérias e outros microorganismos. As formulações devem sempre ser absolutamente estéreis (um produto não pode ser relativamente estéril). Se a formulação é uma solução, deve ser livre de material particulado, ou seja, não pode possuir substâncias móveis e insolúveis no recipiente, como celulose, vidro, borrachas de rolha, fibras de algodão ou de vestimenta, metal ou plástico. No caso das suspensões, o material particulado é substância ativa ou ingrediente e não contaminante. As formulações devem ser igualmente livres de pirogênio ( produtos de metabolismo de bactérias), pois sua presença significa crescimento bacteriano em determinada etapa do processo de manipulação. Os métodos de esterilização empregados são: filtração estéril; autoclavação; esterilização por calor seco; esterilização química ou irradiação. O farmacêutico deve garantir que o método empregado é apropriado para os componentes dos produtos manipulados e não altera as propriedades do produto final. O método mais frequentemente empregado é a filtração estéril, utilizando-se filtros de 0,22 µm. Produtos viscosos ou colóides devem utilizar filtros de 0,45 µm. A filtração é utilizada para remoção de partículas das soluções (material particulado ou microorganismos), em materiais química ou fisicamente instáveis à esterilização pelo calor, gás ou radiação. A filtração não é uma esterilização terminal e, após o procedimento, o produto estéril está assepticamente combinado com o seu recipiente. O filtro mais empregado nas manipulações é o “filtro de membrana”, que consiste em lâminas de plástico finas e microporosas. Estes filtros só devem ser utilizados para esterilização de soluções expelidas de seringas. Para garantir que um filtro antibacteriano não sofreu ruptura durante o processo de filtração de um produto, imediatamente devem ser implantados testes de integridade em todos os filtros, através do acoplamento de uma seringa ao filtro (após a lavagem do mesmo em água destilada) e imersão do mesmo em água, para medição das bolhas de ar liberadas em comparação com o estabelecido pelo fabricante. Um valor inferior ao estabelecido pelo fabricante indica que houve ruptura do filtro. 9. ROTINAS DE TRABALHO Para alcançar seus objetivos, a farmacotécnica precisa possuir uma mecânica de funcionamento que permita atribuir a responsabilidade aos funcionários que participam da elaboração e controle dos medicamentos; seguir, de forma detalhada, a fabricação, manipulação ou fracionamento de cada medicamento, com garantia da qualidade; reduzir os desvios da qualidade ao mínimo possível e identificar a origem e as características de qualquer produto. Antes de se começar a manipulação, devem ser observadas as características do medicamento como cor, odor e aspecto. É necessário realizar inspeção visual, para garantir ausência de partículas, de separação de fases, alterações de cor e exatidão dos rótulos. 16 Ao término da manipulação de um fármaco deverão ser retiradas todas as unidades que sobraram, as etiquetas não utilizadas e limpar os equipamentos. É necessário o conhecimento dos medicamentos manipulados (após consulta no manual de bancada) para poder garantir a estabilidade do medicamento em relação à composição química, fotossensibilidade, higroscopia e os requisitos para o armazenamento. 9.1 – MATERIAIS E MANIPULAÇÃO Antes do uso, cada medicamento ou insumo, assim como o material de embalagem, deve ser inspecionado visualmente em relação a danos, defeitos e prazo de validade. As atividades que possam gerar liberação de partículas, como a retirada de insumos, soluções de grande volume e medicamentos de suas embalagens secundárias ou de embarque, devem ser feitas fora da área controlada, antes do processo de assepsia. Os itens que liberam normalmente quantidades inaceitáveis de material particulado (caixas de embarque, toalhas de papel ou livros de referência) não devem ser levados para a área controlada. A embalagem usada para garantir a esterilidade ou estabilidade de certo produto (invólucros de seringas capas de agulhas) é exceção. Os correlatos empregados no manuseio das soluções devem ser retirados sempre ao término da seção para manter sanitização do local. Devem haver áreas destinadas ao armazenamento de produtos de risco III, enquanto sofrem processo de quarentena. O tráfego desnecessário de pessoas nas áreas de armazenamento deve ser evitado. 9.2 – LIMPEZA O descarte de invólucros, seringas utilizadas, caixas e agulhas deve ser realizado pelo menos diariamente e mais frequentemente se necessário, para manter sanitização do local e prevenir acúmulos na área controlada. Os recipientes destinados ao lixo devem manter-se sempre abaixo da mesa da bancada e devem ser removidos da área controlada antes de serem esvaziados. A limpeza da área controlada deve ser monitorada para limitar o acesso de pessoas e não permitir que seja compartilhada entre funcionários, mesmo que sejam habilitados ao trabalho na área crítica. É necessário garantir que os funcionários estejam devidamente paramentados, com uniformes e coberturas limpos; que a vestimenta seja colocada e retirada fora da área crítica; que as portas se mantenham fechadas; que haja limite de estoque de produtos em uso constante; que o mobiliário libere o mínimo de material particulado; que o controle de temperatura e umidade seja efetivo e que a agenda de limpeza e manutenção esteja sendo rigorosamente cumprida. Os desinfetantes devem ser alternados periodicamente, para prevenir o desenvolvimento de microorganismos resistentes. Os refrigeradores, prateleiras e freezers devem ser mantidos limpos. Os mops, esponjas e desinfetantes para uso nas salas classificadas devem ser cuidadosamente selecionados e exclusivos de cada sala, confeccionados de material que libere o mínimo de partículas. Se reutilizados, 17 devem ser desinfetados após cada limpeza. As superfícies das áreas críticas devem ser limpas antes e depois de cada processo de manipulação. O chão deve ser limpo diariamente. O exterior da capela de fluxo laminar, bem como o mobiliário deve ser limpo semanalmente e após cada evento que possa aumentar o risco de contaminação. As paredes devem ser limpas pelo menos uma vez por mês. Para o preparo de produtos com risco III de contaminação, as paredes devem ser limpas semanalmente. 9.3 – EMBALAGEM E AVALIAÇÃO DO PRODUTO FINAL A seleção da embalagem do produto final adquirida de preferência em fabricantes licenciados é crucial para a manutenção da integridade do mesmo durante toda a vida útil do medicamento. Se for empregado procedimento asséptico de enchimento, a embalagem deve estar estéril no momento do enchimento. O produto final deve ser inspecionado quando a manipulação estiver completa e novamente por ocasião da dispensação. Esta avaliação inclui vazamentos, integridade da embalagem, turvação da solução ou separação de fases, coloração e volume. Para os lotes de produtos classificados nos níveis II e III deve ser recolhida uma alíquota de amostra para avaliação microbiológica. O farmacêutico deve verificar a composição correta, as concentrações e as embalagens. 9.4 – TRANSPORTE DE PRODUTOS MANIPULADOS PARA FORA DA FARMÁCIA Os farmacêuticos devem participar ativamente no desenvolvimento das normas e procedimentos, para garantir o uso seguro de produtos estéreis ao serem distribuídos para os pacientes. As normas devem descrever como o produto é transportado para fora da farmácia, como é estocado, os métodos de devolução, reciclagem e descarte. Os produtos estéreis devem ser protegidos de variações extremas de temperatura ou iluminação que possam interferir em sua estabilidade. Devem ser especificadas as condições de armazenamento e embalagem para proteção durante o transporte, assim como as instruções para os transportadores. 10. DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS Todo o processo de manipulação deve ser devidamente registrado para permitir o rastreamento dos produtos manipulados nos casos de desvios de qualidade. A documentação é exclusiva do Serviço de Farmácia, devendo ser posta à disposição da fiscalização, durante inspeção sanitária. Os manuais de bancada devem, também, trazer os riscos operacionais vinculados às manipulações. O registro do procedimento deve ser mantido em arquivo por determinado período de tempo, considerandose o treinamento do manipulador, as temperaturas do refrigerador e a certificação das capelas de fluxo laminar. Para os procedimentos que envolvem manipulação de produtos de risco III, a documentação deve incluir o arquivo da ficha farmacoterapêutica, os registros de esterilização dos produtos, os registros das quarentenas e as avaliações dos produtos finais, além dos testes de esterilidade. 18 10.1 – NORMAS E PROCEDIMENTOS As normas e os procedimentos devem ser escriturados e cumpridos por todos os funcionários envolvidos no manuseio das preparações. Para isso, é necessário que as mesmas sejam divulgadas, compreendidas e obedecidas, inclusive pelo pessoal treinado para as operações de limpeza. Devem ser revisadas, pelo menos anualmente, por farmacêuticos responsáveis, para refletir os padrões correntes de prática e qualidade. As adições, revisões e exclusões devem ser comunicadas a todos os funcionários. Estas normas devem estabelecer os requerimentos de educação e treinamento, as sanções no caso de transgressão, avaliação de desempenho, seleção e aquisição de produtos, armazenamento e manuseio de insumos, monitoramento ambiental, atribuições de número de lote, procedimentos de inclusão/exclusão de quarentenas, procedimentos para recolhimento de produtos recusados, aquisição de suprimentos, avaliação, teste e dispensação dos produtos finais, uso e manutenção do espaço físico, calibração, manuseio e manutenção dos equipamentos, vestimentas apropriadas e conduta nas áreas controladas, responsabilidades pessoais na área controlada, processos de validação, técnicas de preparo, rotulagem, dispensação, documentação e registros, controle de qualidade, esterilização e prazos de validade. Devem ser estabelecidas as normas para formatação e avaliação das estatísticas dos resultados microbiológicos nas amostras dos produtos dos níveis II e III. 10.2 – FICHA FARMACOTERAPÊUTICA A ficha farmacoterapêutica é um documento que contém informações sobre a descrição do medicamento, dose, concentração ou volume, forma farmacêutica, laboratório de origem, lote, número do lote a ser distribuído pela farmácia, validade conferida pelo fabricante e pela farmácia, especificações da embalagem, condições e data da manipulação, número de unidades manipuladas, nome do funcionário manipulador, rubrica do farmacêutico responsável e condições de armazenamento. Após a manipulação e anterior ao arquivamento, deve receber uma amostra da uma etiqueta do produto acabado. Deve existir procedimento para rastrear todos os arquivos pertinentes às manipulações. Cada lote de produção de produtos estéreis deve gerar um único número de identificação e controle. Não devem haver números idênticos para lotes ou produtos diferentes. 10.3 – MANUAIS DE BANCADA - PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO Os manuais de bancada devem descrever os procedimentos práticos de manipulação de cada medicamento a ser manuseado. São escriturados de acordo com os laboratórios de farmacotécnica implantados, ou seja, manual para sólidos orais, manual para suspensões e emulsões, manual para cremes, pomadas e ungüentos, manual para injetáveis estéreis, manual para quimioterápicos e manual para soluções de nutrição parenteral. 19 devem ser desinfetados após cada limpeza. As superfícies das áreas críticas devem ser limpas antes e depois de cada processo de manipulação. O chão deve ser limpo diariamente. O exterior da capela de fluxo laminar, bem como o mobiliário deve ser limpo semanalmente e após cada evento que possa aumentar o risco de contaminação. As paredes devem ser limpas pelo menos uma vez por mês. Para o preparo de produtos com risco III de contaminação, as paredes devem ser limpas semanalmente. 9.3 – EMBALAGEM E AVALIAÇÃO DO PRODUTO FINAL A seleção da embalagem do produto final adquirida de preferência em fabricantes licenciados é crucial para a manutenção da integridade do mesmo durante toda a vida útil do medicamento. Se for empregado procedimento asséptico de enchimento, a embalagem deve estar estéril no momento do enchimento. O produto final deve ser inspecionado quando a manipulação estiver completa e novamente por ocasião da dispensação. Esta avaliação inclui vazamentos, integridade da embalagem, turvação da solução ou separação de fases, coloração e volume. Para os lotes de produtos classificados nos níveis II e III deve ser recolhida uma alíquota de amostra para avaliação microbiológica. O farmacêutico deve verificar a composição correta, as concentrações e as embalagens. 9.4 – TRANSPORTE DE PRODUTOS MANIPULADOS PARA FORA DA FARMÁCIA Os farmacêuticos devem participar ativamente no desenvolvimento das normas e procedimentos, para garantir o uso seguro de produtos estéreis ao serem distribuídos para os pacientes. As normas devem descrever como o produto é transportado para fora da farmácia, como é estocado, os métodos de devolução, reciclagem e descarte. Os produtos estéreis devem ser protegidos de variações extremas de temperatura ou iluminação que possam interferir em sua estabilidade. Devem ser especificadas as condições de armazenamento e embalagem para proteção durante o transporte, assim como as instruções para os transportadores. 10. DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS Todo o processo de manipulação deve ser devidamente registrado para permitir o rastreamento dos produtos manipulados nos casos de desvios de qualidade. A documentação é exclusiva do Serviço de Farmácia, devendo ser posta à disposição da fiscalização, durante inspeção sanitária. Os manuais de bancada devem, também, trazer os riscos operacionais vinculados às manipulações. O registro do procedimento deve ser mantido em arquivo por determinado período de tempo, considerandose o treinamento do manipulador, as temperaturas do refrigerador e a certificação das capelas de fluxo laminar. Para os procedimentos que envolvem manipulação de produtos de risco III, a documentação deve incluir o arquivo da ficha farmacoterapêutica, os registros de esterilização dos produtos, os registros das quarentenas e as avaliações dos produtos finais, além dos testes de esterilidade. 18 10.1 – NORMAS E PROCEDIMENTOS As normas e os procedimentos devem ser escriturados e cumpridos por todos os funcionários envolvidos no manuseio das preparações. Para isso, é necessário que as mesmas sejam divulgadas, compreendidas e obedecidas, inclusive pelo pessoal treinado para as operações de limpeza. Devem ser revisadas, pelo menos anualmente, por farmacêuticos responsáveis, para refletir os padrões correntes de prática e qualidade. As adições, revisões e exclusões devem ser comunicadas a todos os funcionários. Estas normas devem estabelecer os requerimentos de educação e treinamento, as sanções no caso de transgressão, avaliação de desempenho, seleção e aquisição de produtos, armazenamento e manuseio de insumos, monitoramento ambiental, atribuições de número de lote, procedimentos de inclusão/exclusão de quarentenas, procedimentos para recolhimento de produtos recusados, aquisição de suprimentos, avaliação, teste e dispensação dos produtos finais, uso e manutenção do espaço físico, calibração, manuseio e manutenção dos equipamentos, vestimentas apropriadas e conduta nas áreas controladas, responsabilidades pessoais na área controlada, processos de validação, técnicas de preparo, rotulagem, dispensação, documentação e registros, controle de qualidade, esterilização e prazos de validade. Devem ser estabelecidas as normas para formatação e avaliação das estatísticas dos resultados microbiológicos nas amostras dos produtos dos níveis II e III. 10.2 – FICHA FARMACOTERAPÊUTICA A ficha farmacoterapêutica é um documento que contém informações sobre a descrição do medicamento, dose, concentração ou volume, forma farmacêutica, laboratório de origem, lote, número do lote a ser distribuído pela farmácia, validade conferida pelo fabricante e pela farmácia, especificações da embalagem, condições e data da manipulação, número de unidades manipuladas, nome do funcionário manipulador, rubrica do farmacêutico responsável e condições de armazenamento. Após a manipulação e anterior ao arquivamento, deve receber uma amostra da uma etiqueta do produto acabado. Deve existir procedimento para rastrear todos os arquivos pertinentes às manipulações. Cada lote de produção de produtos estéreis deve gerar um único número de identificação e controle. Não devem haver números idênticos para lotes ou produtos diferentes. 10.3 – MANUAIS DE BANCADA - PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO Os manuais de bancada devem descrever os procedimentos práticos de manipulação de cada medicamento a ser manuseado. São escriturados de acordo com os laboratórios de farmacotécnica implantados, ou seja, manual para sólidos orais, manual para suspensões e emulsões, manual para cremes, pomadas e ungüentos, manual para injetáveis estéreis, manual para quimioterápicos e manual para soluções de nutrição parenteral. 19 Cada folha do manual deve apresentar um medicamento ou matéria-prima, contendo informações sobre a estrutura química, as instruções de armazenagem e conservação, as incompatibilidades – físicas, químicas ou com materiais de envase, a interação com medicamentos, alimentos ou exames laboratoriais, a posologia usual, os veículos empregados na diluição, as instruções de preparo e as atribuições de validade. 11. SETORES DE MANIPULAÇÃO 11.1 – COMPOSIÇÃO FÍSICA DO SETOR DE FARMACOTÉCNICA Conforme determinação da resolução RDC ANVISA nº 50, de 21/02/2002, a farmacotécnica deve ser dividida em sala de manipulação, fracionamento de doses e reconstituição de medicamentos, possuindo área física mínima de 12m2. Deve possuir área de dispensação dos medicamentos manipulados, com 6m2 de dimensões mínimas; sala de preparo de misturas endovenosas (nutrição parenteral) com antecâmara, possuindo no mínimo 5m2 para cada capela; unidade de manipulação e controle de quimioterápicos com antecâmara, possuindo no mínimo 5m2 para cada capela; sala para preparo e diluição de germicidas, com 9m2; laboratório de controle de qualidade, com 6m2 e sala de lavagem, preparo e esterilização de material, com 4,5m2. Os ambientes devem ser protegidos contra entrada de animais e possuir superfícies internas (piso, paredes, teto) lisas, impermeáveis, sem rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis. As áreas devem ser suficientes para garantir a sequência das operações de manipulação, sem permitir riscos de contaminação ou misturas de componentes. A área controlada deve ter acesso limitado, separada das outras atividades da farmácia, para minimizar a possibilidade de contaminação, resultante do fluxo desnecessário de materiais e de pessoal. Deve ser localizada, projetada e construída, de forma a assegurar a qualidade das operações desenvolvidas. Além das instalações normais de manipulação e área administrativa, deve ter também áreas de lavagem e esterilização, manipulação, envase e revisão, além dos vestiários específicos. Os lavatórios, vestiários e salas de descanso / refeitório devem estar separados dos demais ambientes. As tubulações devem ser identificadas conforme legislação específica, assim como a disposição dos equipamentos contra incêndio. Para garantir manutenção de ambiente propício para manipulação de produtos de nível de risco II ou III de risco, é recomendável o estabelecimento de um programa periódico de monitoramento ambiental, para atestar que a área controlada é apta à manipulação e que a capela de fluxo laminar alcança os requerimentos exigidos para o grau A (classe 100). 11.1.1 – LAVAGEM / ESTERILIZAÇÃO A sala destinada à lavagem dos recipientes vazios e esterilização dos cheios deve ser construída dentro da área limpa, classificada como grau D (classe 100.000). Deve ser adjacente à área de manipulação, com 20 passagem de dupla porta para garantir a entrada do material em segurança. 11.1.2 – ÁGUA A água utilizada é considerada matéria-prima produzida pelo estabelecimento e seu sistema de produção deve estar qualificado de acordo com as especificações das farmacopéias. Quando a farmácia não possuir caixa d’água própria, é necessária a análise microbiológica da água de entrada a cada seis meses. A água potável deve ter pressão positiva e contínua, em sistema de encanamento livre. 11.1.3 – VESTIÁRIOS Devem ser sob forma de câmaras fechadas, preferencialmente com dois ambientes para mudança de roupa, caso necessário. Devem possuir ventilação com pressão inferior à da área de manipulação e superior à área externa. As portas das câmaras devem ter sistema de travas para evitar abertura simultânea. 11.2 – CENTRAL DE MISTURAS ENDOVENOSAS Qualquer central de manipulação de medicamentos injetáveis estéreis é um serviço responsável por produzir formas farmacêuticas injetáveis prontas para uso – a partir de fármacos disponíveis no mercado - sob condições ideais de estabilidade e segurança do ponto de vista microbiológico, físico-químico, assim como proteger os manipuladores de contaminação, pelo manuseio de medicamentos potencialmente nocivos. Devido às suas características físico-químicas, as misturas intravenosas podem sofrer uma série de alterações, entre as quais a incompatibilidade assume papel de grande importância. Os objetivos da implantação da central de misturas endovenosas são: – diminuição de gastos com medicamentos; – racionalização de descartáveis; – redução do risco de erros na diluição; – redução de desperdício de medicamentos por fracionamento de doses; – fornecimento de maior segurança para o paciente e médico; – racionalização do tempo da enfermeira; – diminuição da incidência das reações adversas e a profilaxia da disseminação de infecções hospitalares. 11.2.1 – SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO DAS FORMAS INJETÁVEIS Os sistemas não eletrônicos de dispensação de medicamentos injetáveis atualmente incluem: – Seringas para administração direta EV ou IM - empregados para dispensação de medicamentos administrados em bolus. – Administração de medicamentos com emprego de equipos com bureta - o medicamento é diluído e transferido 21 Cada folha do manual deve apresentar um medicamento ou matéria-prima, contendo informações sobre a estrutura química, as instruções de armazenagem e conservação, as incompatibilidades – físicas, químicas ou com materiais de envase, a interação com medicamentos, alimentos ou exames laboratoriais, a posologia usual, os veículos empregados na diluição, as instruções de preparo e as atribuições de validade. 11. SETORES DE MANIPULAÇÃO 11.1 – COMPOSIÇÃO FÍSICA DO SETOR DE FARMACOTÉCNICA Conforme determinação da resolução RDC ANVISA nº 50, de 21/02/2002, a farmacotécnica deve ser dividida em sala de manipulação, fracionamento de doses e reconstituição de medicamentos, possuindo área física mínima de 12m2. Deve possuir área de dispensação dos medicamentos manipulados, com 6m2 de dimensões mínimas; sala de preparo de misturas endovenosas (nutrição parenteral) com antecâmara, possuindo no mínimo 5m2 para cada capela; unidade de manipulação e controle de quimioterápicos com antecâmara, possuindo no mínimo 5m2 para cada capela; sala para preparo e diluição de germicidas, com 9m2; laboratório de controle de qualidade, com 6m2 e sala de lavagem, preparo e esterilização de material, com 4,5m2. Os ambientes devem ser protegidos contra entrada de animais e possuir superfícies internas (piso, paredes, teto) lisas, impermeáveis, sem rachaduras, resistentes aos agentes sanitizantes e facilmente laváveis. As áreas devem ser suficientes para garantir a sequência das operações de manipulação, sem permitir riscos de contaminação ou misturas de componentes. A área controlada deve ter acesso limitado, separada das outras atividades da farmácia, para minimizar a possibilidade de contaminação, resultante do fluxo desnecessário de materiais e de pessoal. Deve ser localizada, projetada e construída, de forma a assegurar a qualidade das operações desenvolvidas. Além das instalações normais de manipulação e área administrativa, deve ter também áreas de lavagem e esterilização, manipulação, envase e revisão, além dos vestiários específicos. Os lavatórios, vestiários e salas de descanso / refeitório devem estar separados dos demais ambientes. As tubulações devem ser identificadas conforme legislação específica, assim como a disposição dos equipamentos contra incêndio. Para garantir manutenção de ambiente propício para manipulação de produtos de nível de risco II ou III de risco, é recomendável o estabelecimento de um programa periódico de monitoramento ambiental, para atestar que a área controlada é apta à manipulação e que a capela de fluxo laminar alcança os requerimentos exigidos para o grau A (classe 100). 11.1.1 – LAVAGEM / ESTERILIZAÇÃO A sala destinada à lavagem dos recipientes vazios e esterilização dos cheios deve ser construída dentro da área limpa, classificada como grau D (classe 100.000). Deve ser adjacente à área de manipulação, com 20 passagem de dupla porta para garantir a entrada do material em segurança. 11.1.2 – ÁGUA A água utilizada é considerada matéria-prima produzida pelo estabelecimento e seu sistema de produção deve estar qualificado de acordo com as especificações das farmacopéias. Quando a farmácia não possuir caixa d’água própria, é necessária a análise microbiológica da água de entrada a cada seis meses. A água potável deve ter pressão positiva e contínua, em sistema de encanamento livre. 11.1.3 – VESTIÁRIOS Devem ser sob forma de câmaras fechadas, preferencialmente com dois ambientes para mudança de roupa, caso necessário. Devem possuir ventilação com pressão inferior à da área de manipulação e superior à área externa. As portas das câmaras devem ter sistema de travas para evitar abertura simultânea. 11.2 – CENTRAL DE MISTURAS ENDOVENOSAS Qualquer central de manipulação de medicamentos injetáveis estéreis é um serviço responsável por produzir formas farmacêuticas injetáveis prontas para uso – a partir de fármacos disponíveis no mercado - sob condições ideais de estabilidade e segurança do ponto de vista microbiológico, físico-químico, assim como proteger os manipuladores de contaminação, pelo manuseio de medicamentos potencialmente nocivos. Devido às suas características físico-químicas, as misturas intravenosas podem sofrer uma série de alterações, entre as quais a incompatibilidade assume papel de grande importância. Os objetivos da implantação da central de misturas endovenosas são: – diminuição de gastos com medicamentos; – racionalização de descartáveis; – redução do risco de erros na diluição; – redução de desperdício de medicamentos por fracionamento de doses; – fornecimento de maior segurança para o paciente e médico; – racionalização do tempo da enfermeira; – diminuição da incidência das reações adversas e a profilaxia da disseminação de infecções hospitalares. 11.2.1 – SISTEMAS DE DISPENSAÇÃO DAS FORMAS INJETÁVEIS Os sistemas não eletrônicos de dispensação de medicamentos injetáveis atualmente incluem: – Seringas para administração direta EV ou IM - empregados para dispensação de medicamentos administrados em bolus. – Administração de medicamentos com emprego de equipos com bureta - o medicamento é diluído e transferido 21 para a bureta do equipo, para administração EV com controle de volume. – Emprego de minibolsas - os fármacos são diluídos em pequenos volumes (50 a 100 ml) de glicose 5% ou cloreto de sódio 0,9%, acondicionados nas bolsas. A solução pode (ou não) ser infundida em via EV primária ou secundária (uso de equipo duas vias) Sistema “piggyback”. – Seringas de infusão - a seringa com o fármaco é posta em um equipamento cuja mola cria pressão positiva no êmbolo. Deste modo, o fármaco é carreado da seringa para o equipo de infusão que contém a solução parenteral. – Monovial - conexão do frasco/ampola à minibolsa, para reconstituição do liofilizado e mistura com o líquido. A solução reconstituída pode ser infundida em via EV primária ou secundária (uso de equipo duas vias). – Bolsas pré-enchidas - o fármaco é misturado ao diluente pelo fabricante e comercializado em dose unitária, pronta para uso. A solução pode (ou não) ser infundida em via EV primária ou secundária (uso de equipo duas vias). 11.2.2 – ÁREA FÍSICA O preparo de produtos estéreis com risco III de contaminação deve ser realizado em área limpa grau A ou B (classe 100) ou em capela de fluxo laminar horizontal ou vertical (também grau A ou B), instalada em área grau C (classe 10.000). Para reduzir a possibilidade de contaminação das salas limpas, deve ser construída uma sala adjacente para suporte. Suas superfícies devem ter materiais resistentes aos germicidas, lisas e impermeáveis, com cantos arredondados, tetos selados e tubulações embutidas na parede. A sala de manipulação deve ser independente e exclusiva, com filtros de ar para retenção de partículas e microorganismos, além de possuir pressão positiva. Para medição desta pressão, é necessária a comparação constante do gradiente de pressão da sala controlada e das salas adjacentes. A pressão positiva em relação às áreas adjacentes deve ser de pelo menos 0,05 polegadas de água. A pressão positiva é necessária para prevenir que as correntes de ar geradas na abertura de portas, na passagem de pessoal através da capela ou na ventilação do sistema de ar refrigerado possam facilmente exceder a velocidade do fluxo de ar gerado na capela. A introdução de insumos ou dos braços na mesa de trabalho da capela também pode carrear contaminantes do ambiente ao redor da capela, para seu interior. O sistema de filtração de ar deve ter controle periódico, com resultados documentados por escrito. O controle microbiológico deve ter protocolo de rotina estabelecido por escrito e rigorosamente cumprido. 11.2.3 – USO DE CAPELAS DE FLUXO LAMINAR As partículas de ar são veículos de microorganismos provenientes de diversas atividades desenvolvidas pelo homem, que normalmente lança no ambiente escamas de pele; da movimentação do ar contendo partículas depositadas nas superfícies contaminadas; do aparelho respiratório, através do falar, do tossir ou espirrar. Numerosas gotículas são expelidas e lançadas no ambiente, aderindo-se às partículas do pó em suspensão. As gotículas se evaporam rapidamente, deixando partículas residuais, cujo diâmetro é variável, veiculando microorganismos. 22 Nos equipamentos de fluxo laminar, o ar é constantemente renovado através de filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air), com a remoção de 99,97% de todas as partículas de 0,3 m ou maiores e velocidade de filtração de 90 fpm (± 20%), impedindo que as partículas em suspensão fiquem no local de preparo, sendo menor a possibilidade de contaminação. OBS: as capelas não esterilizam o ar; criam somente um ambiente ultra-limpo, quando evitam a aderência de contaminantes na superfície do produto estéril. As correntes paralelas de ar envolvem a área de trabalho com velocidade suficiente para mantê-la livre de partículas e microorganismos. A direção do ar pode ser horizontal ou vertical. As capelas de fluxo horizontal são comumente utilizadas, enquanto que as de fluxo vertical são necessárias para a manipulação de produtos nocivos ao ambiente ou ao manipulador (antimicrobianos, antineoplásicos). As capelas de fluxo laminar são projetadas para operar continuamente. Se for desligada entre dois processos de manipulação, deve ser acionada por tempo prévio ao segundo trabalho, suficiente para reciclar completamente todo o ar da área crítica (pelo menos 30 minutos) e então desinfetadas antes do uso. Devem ser certificadas por pessoal qualificado, a cada seis meses, ou quando forem deslocadas, para garantir a eficiência e integridade operacionais. Os pré-filtros na capela devem ser trocados (ou lavados, se possível) mensalmente, de acordo com o estabelecido nas normas e procedimentos. As normas de funcionamento da capela devem estar afixadas em lugar visível. Para auxiliar na redução do número de partículas na área controlada, deve ser implantada uma área adjacente de suporte (antesala), de grau C, separada da área limpa por cortina plástica ou parede. As atividades da área de suporte incluem a lavagem e esfregação das mãos, paramentação e calçamento das luvas, retirada de insumos das embalagens e limpeza e desinfecção das embalagens primárias, antes da manipulação. CLASSE ÁREA DE TRABALHO µ DE TAMANHO PARTÍCULAS COM 0.5µ TIPO DE POR PÉ CÚBICO SALA A OU B CAPELAS 100 100 C SALA CLASSIFICADA 10.000 10.000 D VESTIÁRIOS, SALA ESTERILIZAÇÃO, ETC... 100.000 100.000 11.2.4 – TÉCNICA NA PREPARAÇÃO DE PRODUTOS Técnica asséptica – pode ser definida como o sumário dos métodos de manipulação necessários para minimizar a contaminação de formulações estéreis. 23 para a bureta do equipo, para administração EV com controle de volume. – Emprego de minibolsas - os fármacos são diluídos em pequenos volumes (50 a 100 ml) de glicose 5% ou cloreto de sódio 0,9%, acondicionados nas bolsas. A solução pode (ou não) ser infundida em via EV primária ou secundária (uso de equipo duas vias) Sistema “piggyback”. – Seringas de infusão - a seringa com o fármaco é posta em um equipamento cuja mola cria pressão positiva no êmbolo. Deste modo, o fármaco é carreado da seringa para o equipo de infusão que contém a solução parenteral. – Monovial - conexão do frasco/ampola à minibolsa, para reconstituição do liofilizado e mistura com o líquido. A solução reconstituída pode ser infundida em via EV primária ou secundária (uso de equipo duas vias). – Bolsas pré-enchidas - o fármaco é misturado ao diluente pelo fabricante e comercializado em dose unitária, pronta para uso. A solução pode (ou não) ser infundida em via EV primária ou secundária (uso de equipo duas vias). 11.2.2 – ÁREA FÍSICA O preparo de produtos estéreis com risco III de contaminação deve ser realizado em área limpa grau A ou B (classe 100) ou em capela de fluxo laminar horizontal ou vertical (também grau A ou B), instalada em área grau C (classe 10.000). Para reduzir a possibilidade de contaminação das salas limpas, deve ser construída uma sala adjacente para suporte. Suas superfícies devem ter materiais resistentes aos germicidas, lisas e impermeáveis, com cantos arredondados, tetos selados e tubulações embutidas na parede. A sala de manipulação deve ser independente e exclusiva, com filtros de ar para retenção de partículas e microorganismos, além de possuir pressão positiva. Para medição desta pressão, é necessária a comparação constante do gradiente de pressão da sala controlada e das salas adjacentes. A pressão positiva em relação às áreas adjacentes deve ser de pelo menos 0,05 polegadas de água. A pressão positiva é necessária para prevenir que as correntes de ar geradas na abertura de portas, na passagem de pessoal através da capela ou na ventilação do sistema de ar refrigerado possam facilmente exceder a velocidade do fluxo de ar gerado na capela. A introdução de insumos ou dos braços na mesa de trabalho da capela também pode carrear contaminantes do ambiente ao redor da capela, para seu interior. O sistema de filtração de ar deve ter controle periódico, com resultados documentados por escrito. O controle microbiológico deve ter protocolo de rotina estabelecido por escrito e rigorosamente cumprido. 11.2.3 – USO DE CAPELAS DE FLUXO LAMINAR As partículas de ar são veículos de microorganismos provenientes de diversas atividades desenvolvidas pelo homem, que normalmente lança no ambiente escamas de pele; da movimentação do ar contendo partículas depositadas nas superfícies contaminadas; do aparelho respiratório, através do falar, do tossir ou espirrar. Numerosas gotículas são expelidas e lançadas no ambiente, aderindo-se às partículas do pó em suspensão. As gotículas se evaporam rapidamente, deixando partículas residuais, cujo diâmetro é variável, veiculando microorganismos. 22 Nos equipamentos de fluxo laminar, o ar é constantemente renovado através de filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air), com a remoção de 99,97% de todas as partículas de 0,3 m ou maiores e velocidade de filtração de 90 fpm (± 20%), impedindo que as partículas em suspensão fiquem no local de preparo, sendo menor a possibilidade de contaminação. OBS: as capelas não esterilizam o ar; criam somente um ambiente ultra-limpo, quando evitam a aderência de contaminantes na superfície do produto estéril. As correntes paralelas de ar envolvem a área de trabalho com velocidade suficiente para mantê-la livre de partículas e microorganismos. A direção do ar pode ser horizontal ou vertical. As capelas de fluxo horizontal são comumente utilizadas, enquanto que as de fluxo vertical são necessárias para a manipulação de produtos nocivos ao ambiente ou ao manipulador (antimicrobianos, antineoplásicos). As capelas de fluxo laminar são projetadas para operar continuamente. Se for desligada entre dois processos de manipulação, deve ser acionada por tempo prévio ao segundo trabalho, suficiente para reciclar completamente todo o ar da área crítica (pelo menos 30 minutos) e então desinfetadas antes do uso. Devem ser certificadas por pessoal qualificado, a cada seis meses, ou quando forem deslocadas, para garantir a eficiência e integridade operacionais. Os pré-filtros na capela devem ser trocados (ou lavados, se possível) mensalmente, de acordo com o estabelecido nas normas e procedimentos. As normas de funcionamento da capela devem estar afixadas em lugar visível. Para auxiliar na redução do número de partículas na área controlada, deve ser implantada uma área adjacente de suporte (antesala), de grau C, separada da área limpa por cortina plástica ou parede. As atividades da área de suporte incluem a lavagem e esfregação das mãos, paramentação e calçamento das luvas, retirada de insumos das embalagens e limpeza e desinfecção das embalagens primárias, antes da manipulação. CLASSE ÁREA DE TRABALHO µ DE TAMANHO PARTÍCULAS COM 0.5µ TIPO DE POR PÉ CÚBICO SALA A OU B CAPELAS 100 100 C SALA CLASSIFICADA 10.000 10.000 D VESTIÁRIOS, SALA ESTERILIZAÇÃO, ETC... 100.000 100.000 11.2.4 – TÉCNICA NA PREPARAÇÃO DE PRODUTOS Técnica asséptica – pode ser definida como o sumário dos métodos de manipulação necessários para minimizar a contaminação de formulações estéreis. 23 Os materiais usados devem ser dispostos na área crítica, de modo a evitar interrupção do fluxo de ar unidirecional entre o filtro HEPA e os mesmos. Todos os manuseios devem ser feitos à distância mínima de seis polegadas da janela da capela, em linha direta do fluxo de ar com o filtro e os materiais. Os objetos menores devem ser posicionados mais próximos ao filtro e os maiores mais afastados. Encher a capela de materiais pode comprometer a eficiência do fluxo de ar e aumentar a possibilidade de ocorrência de erros. O número de manipuladores operando ao mesmo tempo deve ser o mínimo possível, para prevenir interferência na direção do fluxo. Qualquer movimento em maior velocidade ou em direção diferente do fluxo de ar da capela pode criar uma turbulência que reduz a eficácia da capela. As soluções retiradas das ampolas devem ser propriamente filtradas para remoção de partículas. As rolhas dos frascos/ampola devem limpas com álcool a 70%, antes da punção. Soluções reconstituídas devem ser misturadas cuidadosamente, garantindo completa dissolução da droga com o diluente próprio. Antes, durante e depois da preparação, o farmacêutico deve conferir a identidade e verificar os insumos empregados nas preparações contra a prescrição original, antes da dispensação do produto. Os produtos risco III devem ser testados, para garantir que não excedam os limites de endotoxinas. 11.3 – PREPARAÇÃO DE PRODUTOS NÃO ESTÉREIS EXTEMPORÂNEOS 11.3.1 – ÁREA FÍSICA E EQUIPAMENTOS A área de manipulação deve ser suficientemente afastada da dispensação e das áreas de circulação. Deve estar afastada de interrupções potenciais, contaminantes químicos, fontes de poeira e matéria particulada. Para minimizar a contaminação química, a área deve estar livre de medicamentos e substâncias químicas. E para a matéria particulada, não se deve abrir caixas na área de manipulação. A área não deve ter saliências e bordas. Deve possuir pia para lavagem de mãos antes das operações de manuseio. É recomendável o controle de temperatura e umidade do ambiente. As superfícies devem ser lavadas no início e no final de cada operação de cada medicamento específico, com solvente adequado. A área de manipulação deve ser limpa diariamente, no momento em que não houver qualquer operação sendo realizada. 11.3.2 – AVALIAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA PARA MANIPULAÇÃO O farmacêutico deve empregar seu julgamento profissional, na avaliação dos insumos, visando obtenção do produto o mais puro possível quimicamente. Esse julgamento é necessário, principalmente nos casos de substâncias químicas que ainda não tenham sido aprovadas para uso médico (substâncias envolvidas nos ensaios clínicos fase III). É necessário que o profissional esteja ciente dos riscos que envolvem tais procedimentos. A seleção dos ingredientes também pode depender da forma farmacêutica a ser manipulada, selecionada algumas vezes pelo farmacêutico. 24 Nestes casos, a seleção de uma forma inclui as características físicas e químicas do ingrediente ativo, as vias de administração possíveis para produção do efeito terapêutico, as características fisiológicas do paciente (consciência, capacidade de deglutição), as características específicas da doença a ser tratada, o conforto do paciente e a conveniência na administração. Se os ingredientes são líquidos, a forma final a ser considerada pode ser solução, xarope ou elixir. Se forem cristais ou pós e a forma final for seca, têm-se como opções envelopes ou cápsulas. Se os ingredientes forem líquidos e sólidos, devem ser consideradas opções como soluções, elixires, xaropes e emulsões. Quando se emprega um medicamento comercializado como fonte de ingredientes ativos, é necessário evitar os medicamentos de liberação lenta ou programada. Os ingredientes químicos empregados como excipientes e preservativos podem afetar a estabilidade e a biodisponibilidade do produto preparado. Se uma forma injetável for empregada como fonte de ingrediente ativo, o sal do produto injetável deve corresponder ao mesmo sal prescrito. Se houver necessidade do emprego de sal diferente para garantir compatibilidade química, física ou disponibilidade do produto, o prescritor deve ser informado. Alguns produtos devem conter constituintes ativos, sob forma de pró-drogas, que podem não ser ativadas, se administradas por via diferente. Ex: uma solução injetável administrada via oral deve ter sua estabilidade avaliada na presença do suco gástrico, paladar e efeitos de primeira passagem. 11.3.3 – ARMAZENAMENTO A maioria das matérias-primas é embalada pelo fabricante, em recipientes herméticos e resistentes à luz. As químicas para manipulação devem ser adquiridas em pequenas quantidades e mantidas em suas embalagens originais, rotuladas com informações sobre o produto e sobre o armazenamento. Os certificados de pureza dos ingredientes químicos devem ser arquivados de acordo com determinação legal ou após a dispensação de todo o produto. O armazenamento deve seguir as instruções explícitas para garantir a integridade dos produtos químicos. A maioria deve ser estocada à temperatura ambiente controlada (entre 15 e 30º C). 11.3.4 – VESTIMENTA PARA ESTE SETOR Os manipuladores devem usar vestimenta adequadamente limpa. Devem ser empregados, sempre que necessário, proteção de cabelo, face, mãos e braços, para evitar contaminação de produtos e trabalhadores. Geralmente, um jaleco limpo é considerado como vestimenta apropriada. Para evitar contaminação microbiana dos produtos, devem ser estabelecidas por escrito as normas orientando sobre os procedimentos para afastamento de um funcionário que apresentar doença ou lesões. 11.3.5 – FONTES DE REFERÊNCIA As informações sobre a manipulação de formas farmacêuticas extemporâneas a partir de produtos 25 Os materiais usados devem ser dispostos na área crítica, de modo a evitar interrupção do fluxo de ar unidirecional entre o filtro HEPA e os mesmos. Todos os manuseios devem ser feitos à distância mínima de seis polegadas da janela da capela, em linha direta do fluxo de ar com o filtro e os materiais. Os objetos menores devem ser posicionados mais próximos ao filtro e os maiores mais afastados. Encher a capela de materiais pode comprometer a eficiência do fluxo de ar e aumentar a possibilidade de ocorrência de erros. O número de manipuladores operando ao mesmo tempo deve ser o mínimo possível, para prevenir interferência na direção do fluxo. Qualquer movimento em maior velocidade ou em direção diferente do fluxo de ar da capela pode criar uma turbulência que reduz a eficácia da capela. As soluções retiradas das ampolas devem ser propriamente filtradas para remoção de partículas. As rolhas dos frascos/ampola devem limpas com álcool a 70%, antes da punção. Soluções reconstituídas devem ser misturadas cuidadosamente, garantindo completa dissolução da droga com o diluente próprio. Antes, durante e depois da preparação, o farmacêutico deve conferir a identidade e verificar os insumos empregados nas preparações contra a prescrição original, antes da dispensação do produto. Os produtos risco III devem ser testados, para garantir que não excedam os limites de endotoxinas. 11.3 – PREPARAÇÃO DE PRODUTOS NÃO ESTÉREIS EXTEMPORÂNEOS 11.3.1 – ÁREA FÍSICA E EQUIPAMENTOS A área de manipulação deve ser suficientemente afastada da dispensação e das áreas de circulação. Deve estar afastada de interrupções potenciais, contaminantes químicos, fontes de poeira e matéria particulada. Para minimizar a contaminação química, a área deve estar livre de medicamentos e substâncias químicas. E para a matéria particulada, não se deve abrir caixas na área de manipulação. A área não deve ter saliências e bordas. Deve possuir pia para lavagem de mãos antes das operações de manuseio. É recomendável o controle de temperatura e umidade do ambiente. As superfícies devem ser lavadas no início e no final de cada operação de cada medicamento específico, com solvente adequado. A área de manipulação deve ser limpa diariamente, no momento em que não houver qualquer operação sendo realizada. 11.3.2 – AVALIAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA PARA MANIPULAÇÃO O farmacêutico deve empregar seu julgamento profissional, na avaliação dos insumos, visando obtenção do produto o mais puro possível quimicamente. Esse julgamento é necessário, principalmente nos casos de substâncias químicas que ainda não tenham sido aprovadas para uso médico (substâncias envolvidas nos ensaios clínicos fase III). É necessário que o profissional esteja ciente dos riscos que envolvem tais procedimentos. A seleção dos ingredientes também pode depender da forma farmacêutica a ser manipulada, selecionada algumas vezes pelo farmacêutico. 24 Nestes casos, a seleção de uma forma inclui as características físicas e químicas do ingrediente ativo, as vias de administração possíveis para produção do efeito terapêutico, as características fisiológicas do paciente (consciência, capacidade de deglutição), as características específicas da doença a ser tratada, o conforto do paciente e a conveniência na administração. Se os ingredientes são líquidos, a forma final a ser considerada pode ser solução, xarope ou elixir. Se forem cristais ou pós e a forma final for seca, têm-se como opções envelopes ou cápsulas. Se os ingredientes forem líquidos e sólidos, devem ser consideradas opções como soluções, elixires, xaropes e emulsões. Quando se emprega um medicamento comercializado como fonte de ingredientes ativos, é necessário evitar os medicamentos de liberação lenta ou programada. Os ingredientes químicos empregados como excipientes e preservativos podem afetar a estabilidade e a biodisponibilidade do produto preparado. Se uma forma injetável for empregada como fonte de ingrediente ativo, o sal do produto injetável deve corresponder ao mesmo sal prescrito. Se houver necessidade do emprego de sal diferente para garantir compatibilidade química, física ou disponibilidade do produto, o prescritor deve ser informado. Alguns produtos devem conter constituintes ativos, sob forma de pró-drogas, que podem não ser ativadas, se administradas por via diferente. Ex: uma solução injetável administrada via oral deve ter sua estabilidade avaliada na presença do suco gástrico, paladar e efeitos de primeira passagem. 11.3.3 – ARMAZENAMENTO A maioria das matérias-primas é embalada pelo fabricante, em recipientes herméticos e resistentes à luz. As químicas para manipulação devem ser adquiridas em pequenas quantidades e mantidas em suas embalagens originais, rotuladas com informações sobre o produto e sobre o armazenamento. Os certificados de pureza dos ingredientes químicos devem ser arquivados de acordo com determinação legal ou após a dispensação de todo o produto. O armazenamento deve seguir as instruções explícitas para garantir a integridade dos produtos químicos. A maioria deve ser estocada à temperatura ambiente controlada (entre 15 e 30º C). 11.3.4 – VESTIMENTA PARA ESTE SETOR Os manipuladores devem usar vestimenta adequadamente limpa. Devem ser empregados, sempre que necessário, proteção de cabelo, face, mãos e braços, para evitar contaminação de produtos e trabalhadores. Geralmente, um jaleco limpo é considerado como vestimenta apropriada. Para evitar contaminação microbiana dos produtos, devem ser estabelecidas por escrito as normas orientando sobre os procedimentos para afastamento de um funcionário que apresentar doença ou lesões. 11.3.5 – FONTES DE REFERÊNCIA As informações sobre a manipulação de formas farmacêuticas extemporâneas a partir de produtos 25 comercializados, podem ser obtidas nas farmacopéias, com o fabricante ou em centros de informações. É essencial respeitar a estabilidade e as condições ideais de armazenamento. 11.3.6 – DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS Cada etapa do processo de manipulação deve ser registrada. Deve haver pelo menos 4 grupos de registros: 1) Fórmulas dos compostos e procedimentos de manipulação Devem ser documentados com riqueza de detalhes, suficientes para que as preparações sejam refeitas e a história de cada ingrediente seja traçada 2) Arquivo de todos os compostos, incluindo amostras de rótulos: A documentação deve ser preparada de modo a incluir registro de quem preparou o produto, nome do supervisor, número do lote, quantidade de ingredientes utilizados e ordem de mistura, mencionando, também, quaisquer procedimentos provisórios empregados (diluição de ingrediente para retirada de alíquota), validade atribuída e requerimentos especiais de armazenamento. 3) Registro de manutenção dos equipamentos 4) Registro de aquisição dos compostos Se forem empregadas cópias de artigos na preparação das soluções extemporâneas, estas devem ser anexadas aos procedimentos. É imprescindível o monitoramento do paciente que tenha recebido a formulação, para assegurar que o produto esteja fisicamente estável e não induza manifestação de reações adversas. Pós-graduada pela Universidade Veiga de Almeida - RJ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. “The ASHP Technical Assistance Bulletin on Compounding Nonsterile Products in Pharmacies”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 51, p1441-48 1994. 2) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. “ASHP Guidelines On Quality Assurance for Pharmacy-prepared Sterile Products”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 57, p. 1150-1163, 2000. 3) National Coordinating Committee on Large Volume Parenterals – “Recommended Procedures for In-use Testing of Large Volume Parenterals Suspected of Contamination or of Producing a Reaction in a Patient”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 35, p. 678-682, 1978. 4) National Coordinating Committee on Large Volume Parenterals – “Recommendations for the labeling on large volume parenterals”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 35, p. 49-51, 1978. 5) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. ASHP – “The ASHP technical Assistance Bulletin on Single Unit and Unit Dose packages of Drugs”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 42, p378-9 1985. 6) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. ASHP – “The ASHP technical Assistance Bulletin on Repackaging Oral 11.3.8 – LOTE LIMITADO O propósito da manipulação de produtos extemporâneos é o fornecimento de terapia individualizada, para um paciente em particular. Quando ao farmacêutico é solicitada repetidamente a preparação de determinado produto, é razoável e mais eficiente a confecção de lotes pequenos do composto. O tamanho dos lotes deve ser consistente com o volume de prescrições recebidas e com a estabilidade da formulação. 11.3.9 – CONSIDERAÇÕES GERAIS Para prover o produto mais estável ao paciente, o farmacêutico deve considerar, ao receber as prescrições, se existe similar comercialmente disponível, pois dispensar o produto comercial é preferível à formulação extemporânea, por que eles carregam a garantia do fabricante em relação à potência e estabilidade; avaliar o propósito da prescrição; investigar a fonte da fórmula prescrita; pesquisar como será empregado o medicamento; indagar se o paciente possui outras condições que devam ser consideradas e saber qual a duração da terapia. Denise de Oliveira Kühner Farmacêutica especialista em Farmácia Hospitalar. 26 Solids and liquids in Single Unit and Unit Dose Packages”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 40, p451-452 1983. 7) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. ASHP - “The ASHP technical Assistance Bulletin on Quality Assurance for Pharmacy-prepared sterile products”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 50, p2386-2398 1993. 8) David W. Bates; Diane D. Cousins; Elizabeth Flynn; “Consensus Development Conference Statement on the Safety of Intravenous Drug Delivery Systems: Balancing Safety and Cost”; Special Report - Hospital Pharmacy; V: Number 2, 150–155; 2000 disponível em: www.factsandcomparisons.com 9) FDA Concept Paper: “Drug Products That Present Demonstrable Difficulties for Compounding Because of Reasons of Safety or Effectiveness” - U.S. Food and Drug Administration • Center for Drug Evaluation and Research ; disponível em: www.fda.org 10) Inaraja, M.T; Castro, J; Martinez, M. J – “Formas Farmacêuticas Estériles: mezclas intravenosas, citostáticos, nutrición parenteral” - Libro de Farmácia Hospitalaria – Sociedad Española de Farmácia Hospitalaria – 3a Edición – 2002 11) Arias, J; Paradela, A; Conheiro, A et cols – “Farmacotecnia: Formas Farmacêuticas No Estériles” - Libro de Farmácia Hospitalaria – Sociedad Española de Farmácia Hospitalaria – 3a Edición – 200 As opiniões manifestadas nesta obra são de inteira responsabilidade do autor, não representando necessariamente o pensamento da Eurofarma. 27 comercializados, podem ser obtidas nas farmacopéias, com o fabricante ou em centros de informações. É essencial respeitar a estabilidade e as condições ideais de armazenamento. 11.3.6 – DOCUMENTAÇÃO E REGISTROS Cada etapa do processo de manipulação deve ser registrada. Deve haver pelo menos 4 grupos de registros: 1) Fórmulas dos compostos e procedimentos de manipulação Devem ser documentados com riqueza de detalhes, suficientes para que as preparações sejam refeitas e a história de cada ingrediente seja traçada 2) Arquivo de todos os compostos, incluindo amostras de rótulos: A documentação deve ser preparada de modo a incluir registro de quem preparou o produto, nome do supervisor, número do lote, quantidade de ingredientes utilizados e ordem de mistura, mencionando, também, quaisquer procedimentos provisórios empregados (diluição de ingrediente para retirada de alíquota), validade atribuída e requerimentos especiais de armazenamento. 3) Registro de manutenção dos equipamentos 4) Registro de aquisição dos compostos Se forem empregadas cópias de artigos na preparação das soluções extemporâneas, estas devem ser anexadas aos procedimentos. É imprescindível o monitoramento do paciente que tenha recebido a formulação, para assegurar que o produto esteja fisicamente estável e não induza manifestação de reações adversas. Pós-graduada pela Universidade Veiga de Almeida - RJ REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. “The ASHP Technical Assistance Bulletin on Compounding Nonsterile Products in Pharmacies”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 51, p1441-48 1994. 2) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. “ASHP Guidelines On Quality Assurance for Pharmacy-prepared Sterile Products”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 57, p. 1150-1163, 2000. 3) National Coordinating Committee on Large Volume Parenterals – “Recommended Procedures for In-use Testing of Large Volume Parenterals Suspected of Contamination or of Producing a Reaction in a Patient”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 35, p. 678-682, 1978. 4) National Coordinating Committee on Large Volume Parenterals – “Recommendations for the labeling on large volume parenterals”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 35, p. 49-51, 1978. 5) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. ASHP – “The ASHP technical Assistance Bulletin on Single Unit and Unit Dose packages of Drugs”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 42, p378-9 1985. 6) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. ASHP – “The ASHP technical Assistance Bulletin on Repackaging Oral 11.3.8 – LOTE LIMITADO O propósito da manipulação de produtos extemporâneos é o fornecimento de terapia individualizada, para um paciente em particular. Quando ao farmacêutico é solicitada repetidamente a preparação de determinado produto, é razoável e mais eficiente a confecção de lotes pequenos do composto. O tamanho dos lotes deve ser consistente com o volume de prescrições recebidas e com a estabilidade da formulação. 11.3.9 – CONSIDERAÇÕES GERAIS Para prover o produto mais estável ao paciente, o farmacêutico deve considerar, ao receber as prescrições, se existe similar comercialmente disponível, pois dispensar o produto comercial é preferível à formulação extemporânea, por que eles carregam a garantia do fabricante em relação à potência e estabilidade; avaliar o propósito da prescrição; investigar a fonte da fórmula prescrita; pesquisar como será empregado o medicamento; indagar se o paciente possui outras condições que devam ser consideradas e saber qual a duração da terapia. Denise de Oliveira Kühner Farmacêutica especialista em Farmácia Hospitalar. 26 Solids and liquids in Single Unit and Unit Dose Packages”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 40, p451-452 1983. 7) AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS. ASHP - “The ASHP technical Assistance Bulletin on Quality Assurance for Pharmacy-prepared sterile products”; Am. J. Hosp. Pharm. V. 50, p2386-2398 1993. 8) David W. Bates; Diane D. Cousins; Elizabeth Flynn; “Consensus Development Conference Statement on the Safety of Intravenous Drug Delivery Systems: Balancing Safety and Cost”; Special Report - Hospital Pharmacy; V: Number 2, 150–155; 2000 disponível em: www.factsandcomparisons.com 9) FDA Concept Paper: “Drug Products That Present Demonstrable Difficulties for Compounding Because of Reasons of Safety or Effectiveness” - U.S. Food and Drug Administration • Center for Drug Evaluation and Research ; disponível em: www.fda.org 10) Inaraja, M.T; Castro, J; Martinez, M. J – “Formas Farmacêuticas Estériles: mezclas intravenosas, citostáticos, nutrición parenteral” - Libro de Farmácia Hospitalaria – Sociedad Española de Farmácia Hospitalaria – 3a Edición – 2002 11) Arias, J; Paradela, A; Conheiro, A et cols – “Farmacotecnia: Formas Farmacêuticas No Estériles” - Libro de Farmácia Hospitalaria – Sociedad Española de Farmácia Hospitalaria – 3a Edición – 200 As opiniões manifestadas nesta obra são de inteira responsabilidade do autor, não representando necessariamente o pensamento da Eurofarma. 27 SISTEMAS DE MANIPULAÇÃO, FRACIONAMENTO E REENVASE Esta obra é patrocinada pela Unidade Hospitalar da Eurofarma Laboratórios Ltda. Cód. 504706 S E U H O S P I TA L T R A B A L H A N D O C O M O U M A E N G R E N AG E M .